Enchei-vos do Espirito Santo

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ENCHEI-VOS DO ESPIRITO SANTO ! Efsios 5.18-21 A IMPORTNCIA DA PLENITUDE DO ESPRITO SANTO Seria impossvel exagerar a importncia que o Esprito Santo exerce em nossa vida: Paulo j falou que somos selados pelo Esprito (1:13-14) que no devemos entristecer o Esprito (4:30). Agora nos ordena a sermos cheios do Esprito (5:18). o Esprito Santo que nos convence do pecado. ele que opera em ns o novo nascimento. ele quem nos ilumina o corao para entendermos as Escrituras. ele quem nos consola e intercede por ns com gemidos inexprimveis. ele quem nos batiza no corpo de Cristo. ele quem testifica com o nosso Esprito que somos filhos de Deus. ele quem habita em ns. 1- DUAS ORDENS UMA NEGATIVA, OUTRA POSITIVA Embriaguez ou enchimento do Esprito? O apstolo comea fazendo uma certa comparao entre a embriaguez e a plenitude do Esprito. 1. A semelhana superficial Uma pessoa que est bbada, dizemos, est sob a influncia do lcool; e certamente um cristo cheio do Esprito est sob a influncia e sob o poder do Esprito Santo. .2. O contraste profundo Na embriaguez o homem perde o controle de si mesmo; no enchimento do Esprito ele no perde, ele ganha o controle de si, pois o domnio prprio fruto do Esprito. O resultado oposto O resultado da embriaguez a dissoluo (asotia). As pessoas que esto bbadas entregam-se a aes desenfreadas, dissolutas e descontroladas. Perdem o pudor, perdem a vergonha, conspurcam a vida, envergonham o lar. Trazem desgraas, lgrimas, pobreza, separao e oprbrio sobre a famlia. Buscam uma fuga para os seus problemas no fundo de uma garrafa, mas o que encontram apenas um substituto barato, falso, maldito e artificial para a verdadeira alegria. A embriaguez leva runa. Ilustrao: a lenda do vinho feito da mistura do sangue do pavo, leo, macaco e porco. Todavia, os resultados de estar cheio do Esprito so totalmente diferentes. Em vez de de nos aviltarmos, embrutecermos, o Esprito nos enobrece, nos enleva e eleva. Torna-nos mais humanos, mais parecidos com Jesus. II. OS BENEFCIOS DO ENCHIMENTO DO ESPRITO SANTO 1. Comunho v. 19a - falando entre vs com hinos e cnticos espirituais Este texto nos fala da comunho crist. O crente cheio do Esprito no vive resmungando, reclamando da sorte, criando intrigas, cheio de amargura, inveja e ressentimento, mas sua comunicao s de enlevo espiritual para a vida do irmo.

O enchimento do Esprito remdio de Deus para toda sorte de diviso na igreja. A falta de comunho na igreja carnalidade e infantilidade espiritual (1 Co 3:1-3). O contexto aqui a comunho na adorao. No culto pblico, o crente cheio do Esprito Santo edifica o irmo, bno na vida do irmo. Salmo 95:1 Vinde, cantemos ao Senhor, com jbilo, celebremos o rochedo da nossa salvao. um convite recproco ao louvor! 2. Adorao v. 19 entoando e louvando de corao ao Senhor Aqui, o cntico no entre vs, mas sim, ao Senhor. No adorao fria, formal, apagada, morta, sem entusiasmo, sem vida. O crente cheio do Esprito adora a Deus com entusiasmo. Usa toda a sua mente, emoo e vontade. Um culto vivo no carnal nem morto. No barulho, misticismo nem emocionalismo. No experiencialismo, mas um culto em esprito e em verdade, um culto cristocntrico, alegre, reverente, vivo,vibrante, cheio de significado. 3. Gratido v. 20 dando sempre graas por tudo a nosso Deus e Pai... O crente cheio do Esprito est cheio no de queixas, de murmurao, mas de gratido. Embora o texto diga que devemos dar graas sempre por tudo, necessrio interpretar corretamente este versculo. No podemos dar graas por tudo como por exemplo, pelo mal moral. Uma noo estranha est conquistando popularidade em alguns crculos cristos de que o grande segredo da liberdade e da vitria crists o louvor incondicional: que o marido deve louvar a Deus pelo adultrio da esposa; que a esposa deve louvar a Deus pela embriaguez do marido; que os pais devem louvar a Deus pelo filho que foi para as drogas e pela filha que se perdeu. Semelhante sugesto uma insensatez e uma blasfmia. Naturalmente, os filhos de Deus aprendem a no discutir com Deus nos momentos de sofrimento, mas sim, a confiar nele e, na verdade, dar-lhe graas pela sua amorosa providncia mediante a qual ele pode fazer at mesmo o mal servir aos seus bons propsitos (Gn 50:20; Rm 8:28). Mas, isso, louvar a Deus por ser Deus e no louv-lo pelo mal. Fazer assim, seria reagir de modo insensvel dor das pessoas (ao passo que a Bblia nos manda a chorar com os que choram). Fazer assim seria desculpar e at encorajar o mal (ao passo que a Bblia nos manda odi-lo e resistir o diabo). O mal uma abominao para o Senhor e no podemos louv-lo ou dar-lhe graas por aquilo que ele abomina. Logo, o tudo pelo qual devemos dar graas deve ser qualificado pelo seu contexto, a saber a nosso Deus e Pai, em nome do Senhor Jesus Cristo. Nossas aes de graas devem ser por tudo o que consistente com a amorosa paternidade de Deus. 4. Submisso v. 21 Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo Uma pessoa cheia do Esprito no pode ser altiva, arrogante, soberba. Os que so cheios do Esprito Santo tm o carter de Cristo, so mansos e humildes de corao. Em Cristo devemos ser submissos uns aos outros. Esse verso 21 um versculo de transio, e forma a ponte entre as duas sees deste captulo. No devemos pensar que a submisso que Paulo recomenda s esposas, s crianas e aos servos seja outra palavra para inferioridade.

Igualdade de valor no identidade do papel. Duas perguntas devem ser feitas: De onde vem a autoridade? Como essa autoridade deve ser exercida? 1) A autoridade vem de Deus - Por trs do marido, do pai,do pastor, do ministro, devemos discernir o prprio Senhor que lhes deu a autoridade que tm. Portanto, se querem submeter a Cristo, submetam-se a eles. Mas a autoridade dos maridos, pais , pastor e ministros no ilimitada nem as esposas, filhos, ovelhas e liderados devem prestar obedincia incondicional. A autoridade s legtima quando exercida debaixo da autoridade de Deus e em conformidade com ela. Devemos obedecer a autoridade humana at o ponto em que no sejamos levados a desobedecer a autoridade de Deus. Se a obedincia autoridade humana envolve a desobedincia a Deus, naquele ponto, a desobedincia civil fica sendo o nosso dever cristo: Antes importa obedecer a Deus que aos homens (At 5:29). 2) Nunca deve ser exercida de modo egosta, mas, sim, sempre em prol dos outros para cujo benefcio foi outorgada Quando Paulo descreve os deveres dos maridos, dos pais e dos senhores, em nenhum caso a autoridade que os manda exercer. Pelo contrrio, explcita ou implcitamente, adverte-os contra o uso imprprio da autoridade, probe-os de explorar a sua posio, e os conclama, ao invs disso, a lembrar-lhes das suas responsabilidades e dos direitos da outra parte. Um marido cheio do Esprito Santo ama a esposa como Cristo ama a igreja. Uma esposa cheia do Esprito se submete ao marido como a igreja a Cristo. Pais cheios do Esprito criam os filhos na admoestao do Senhor. Filhos cheios do Esprito obedecem seus pais. Pastores e ministros cheios do Esprito Santo tratam com dignidade suas ovelhas e liderados. III. O IMPERATIVO DO ENCHIMENTO DO ESPRITO SANTO A forma exata do verso Plerouste sugestiva por vrias razes. 1. Est no modo imperativo Enchei-vos no uma proposta alternativa, uma opo, mas um mandamento de Deus. Ser cheio do Esprito obrigatrio, no opcional. No ser cheio do Esprito Santo pecado. Ilustrao: O dicono na Igreja Batista do Sul dos EUA excludo da igreja por embriaguez. Billy Graham perguntou: algum dicono j foi excludo por no ser cheio do Esprito Santo? 2. Est na forma plural A plenitude do Esprito Santo no um privilgio elitista, mas sim uma possibilidade para todo o povo de Deus. A promessa do derramamento do Esprito rompeu as barreiras social, da idade e do sexo. 4. Est no tempo presente contnuo No grego h dois tipos de imperativo: 1) Um aoristo que descreve uma ao nica. Exemplo: Joo 2:7 Jesus disse: Enchei dgua as talhas. O imperativo aoristo, visto que as talhas deviam ser

enchidas uma s vez. 2) Um presente contnuo descreve uma ao contnua. Exemplo: Efsios 5:18 Quando Paulo nos diz: Enchei-vos do Esprito imperativo presente, o que subentende que devemos continuar ficando cheios. A plenitude do Esprito no uma experincia de uma vez para sempre, que nunca podemos perder, mas sim, um privilgio que deve ser continuamente renovado pela submisso vontade de Deus. Fomos selados de uma vez por todas, mas temos a necessidade do enchimento diariamente. Precisamos mais dos recursos de Deus do que dos recursos do homem. A igreja primitiva quando ficou cheia do Esprito Santo tornou-se uma fora invencvel!