ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

E n c ic l o pé d iaP o pu l a r

DE CULTURA BÍBLICA

Louis-Claude Fillion

Enciclopédia Popular de

Cultura Bíblica

Tradução de

Adriana Goulart de Oliveira

Editora Central Gospel

Rio de Janeiro

2003 - 1a edição

Copyright © 2003 por Editora Central Gospel

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

FUlion, Louis-Claude

ISBN 85-89811-26-3Enciclopédia popular de cultura bíblica / Louis- Claude Fillion Rio de Janeiro: 2003 456p

1. Bíblia-história, antropologia I. Título II. Série DDDCDDDXXX.X

Capa: Munhoz DesignerProjeto gráfico e diagramação: Editae/Pedro Simão, Isabella FritschRevisão: Joel da SilvaResgate, atualização, supervisão editoriale de produção: Jefferson Magno CostaImpressão e acabamento: Imprensa da Fé

Ia edição: setembro de 2003 reimpressão: novembro de 2003

Proibida a reprodução total ou parcial sem a permissão escrita da Editora Central Gospel

Editora Central Gospel Ltda Rua Honório Bicalho. 102

Cep: 21.020-000 - Rio de Janeiro RJ Telefax: (21) 2598-2019

site: www.editoracentralgospel.com.br

http://www.editoracentralgospel.com.br

Sumário

A presentação...........................................7 Abreviatura dos livros da B íb lia ........... 9

■ Parte I - Vida Doméstica1. Vida íntima e em fa m ília ................. 13 4. R efeições.......................................... 1032. M oradia................................................57 5. Cerimônias fúnebres e doenças 1153. Mobília e utensílios ......................... 77

Parte II - Vida Civil e Social7. Valores m onetários......................... 2398. Literatura ..........................................2559. Tribunais............................................26710. Navegação ......................................27911. Viagens e transportes................... 28912. Relacionamentos so c ia is ............. 305

1. Agricultura........................................ 1352. Caça e p e s c a ...................................... 1593. Artes e profissões ............................1694. Arquitetura........................................1955. Passatempo ......................................2156. Dança e m ú sica ............................... 223

Parte III - Vida Política

1. Realeza .............................................315 2. Exércitos e guerra ...........................327

f Parte IV - Vida Religio sa

1. Culto e ad oração............................. 373 3.Idolatria................................................ 4132. Influência das tradições judaicas em 4. Superstições e sacrifícios entre osoutras culturas..................................... 409 p a g ã o s ...................................................... 437

449índice de assuntos

Apresentaçãoü s chineses já diziam que “uma imagem vale mais do que mil

palavras”. E se essa imagem estiver associada a uma boa e esclarecedora palavra, alcançará um incalculável valor. É isto o que o leitor constatará ao ler ou consultar a Enciclopédia Popular de Cultura Bíblica.

A intenção daquele que a escreveu foi traçar um rico, fiel e am- pio quadro da vida doméstica, social, política e religiosa dos antigos judeus e das demais nações que se relacionaram com eles. E todo o vasto e riquíssimo material reproduzido aqui é uma sólida e irrefutável demonstração da veracidade e autenticidade da Vala- vra de Deus.

As gravuras reunidas nesta enciclopédia são reproduções do imenso tesouro de tudo 0 que de importante foi descoberto nos países relacionados com as Sagradas Escrituras, especialmente no terreno da antropologia bíblica. E vale salientar que uma conside- rável parte desse acervo já não mais existe — foi destruída, perdida, roubada ou danificada pelas duas grandes Guerras Mundiais.

Na época em que o teõlogo Louis-Claude Fillion começou a reunir material para este livro (1865), a fotografia não havia ainda conquistado os recursos e as facilidades de que dispõe hoje. Por esse motivo o grande pesquisador contratou um grupo de desenhistas e com eles percorreu dezenas de instituições culturais e museus espalhados pelo mundo, obtendo também autorização para desenhar o acervo pertencente às coleções particulares de arqueólogos e outros grandes pesquisadores.

Além desse magnífico material ilustrativo, a Enciclopédia Po- pular de Cultura Bíblica traz dezenas de verbetes com ricas infor

β · ENCICLOPÉDIA POPULAR DF CULTURA BÍBLICA

mações sobre centenas de temas distribuídos dentro de quatro aspectos principais da vida do povo bíblico: vida íntima em família, vida civil e social, vida política e vida religiosa. Os verbetes seguem a ordem alfabética dentro das seções. Para facilitar a rápida locali- zação de seus temas, inserimos nas liltimas páginas desta obra um índice de assuntos.

É importante também salientar que este livro é o resultado de uma longa existência dedicada ao esrudo de todos os assuntos relevantes relacionados às Sagradas Escriftiras. Louis-Claude Fillion, teólogo judeu-francês pertencente a uma ilustre família que se converteu ao cristianismo no século XDC foi um dos homens mais sábios no conheci- mento das Escrituras em toda a história do cristianismo.

Além desta Enciclopédia Popular de Cultura Bíblica (publicada na França em 1883, sob o título Atlas Archéologique de la Bible), Louis- Claude Fillion escreveu um riquíssimo Comentário Geral da Bíblia, em 8 volumes; um excelente Atlas Geográfico da Bíblicv, uma impressio- nante e reveladora História dos Milagres de Jesus, e uma monumental Enciclopédia da Vida de Jesus, em 4 volumes.

A bibliografia que acompanha originalmente esta enciclopé- dia, composta de livros em francês, inglês, alemão, italiano e latim, por citar obras raras e de difícil acesso aos leitores não-especializa- dos, foi suprimida.

Que esta Enciclopédia Popular de Cultura Bíblica possa contri- buir para o enriquecimento, a edificação e o crescimento da fé de seus leitores.

A todos os que tiverem o privilégio de abrir esta obra em busca de esclarecimentos bíblicos e informações, nós, seus editores, convidamos: Bem-vindos ao maravilhoso mundo cultural ilustrado das Sagradas Escrituras!

— Os Editores

A b r ev ia tu r a d o s L iv r o s d a B íblia

Velho Testamento

Eclesiastes............................EcCantores de Salomão — CtIsatas .....................................IsJeremias.................................JrLamentações .................... LmE zequiel............................... EzDaniel ................................DnOséias...................................OsJ o e l ...................................... J1Amós .................................AmO badias ..............................ObJonas ................................... JnM iquéias ........................... MqN a u m .................................. NaH abacuque ........................ HcSofònias ................................SfA g e u .................................... AgZacarias............................ ZcM alaquias...........................Ml

Gênesis................................ GnÊ xodo ................................... ÊxLevítico ............................... LvN ú m ero s ........................NmD euteronôm io ................. DtJosué ...................................... JsJuizes .................................... JzR u te ......................................Rt1 S a m u e l .......................... ISm2 S a m u e l ..........................2Sm1 R e is ............................. 1 Rs2 Reis ............................. 2 Rs/ Crônicas......................... lCr2 Crônicas.........................2CrEsdras .................................EdNeem ias.............................. NcE ster ......................................EtJó ......................................... JóS a lm o s .................................. SIProvérbios.......................... PV

Novo Testamento

1 Timóteo ......................ITm2 Timóteo ......................2TmT ito ........................................ TtFilemom ..........................FmH ebreus ........................... H bTiago ....................................Tg/ Pedro ................................ 1 Pe2 Pedro ................................2Pe1 João ................................ 1102 João .................................. 2J03 João .................................. 3J0Judas .................................... JdApocalipse........................... Ap

M ateus .................................. MtM arcos............................... McLucas .....................................LcJoão ..................................... JoA tos .........................................AtR om anos .............................RmI Coríntios ........................1C02Coríntios ........................2CoGálatas .................................G1Efésios ................................ EfFilipe rises ............................ FpColossenses...........................Cl1 Tessalonicenses............... lTs2 Tessalonicenses...............2Ts

PRIMEIRAPARTE

- Vida Doméstica ־

f

I. Vida Intima e em Família

ANÉIS

impressão. Em ]6 38.14 Deus ensina a Jó que a natureza é modelada como o barro sob o selo. (Veja as figuras 8 e 9 - selos egípcios; 4 - selo assírio. Nessas figuras vemos anéis usados como sinetes, cujos originais estão conservados no Museu Britânico). O rei Assuero selou com o anel, na presença da rainha Ester, a escritura que revogava a maldade de 1 Iamã

Acessórios que sempre foram apreciadíssimos pelos povos bíblicos (figura 3 - mãos de múmia cheias de anéis.) Eram normalmente de metal precioso, mas às vezes os fabricavam em porcelana (figuras 1 e 2 - anéis egípcios). Neles gravavam ·se pequenas figuras para servir de selo, e a argila fresca era então usada em lugar de cera para receber a

Figura 3 - mAo» dc múmia cheias dc anéis

1· iguras I c 2 - anéis egípcios, um deles com a figura do deus galo

Figura* 8 c 9 -selos egípcios

contra os judeus (Et 8.8). Veja o seguinte grupo de anéis egípcios: figura 5 - imagem do escaravelho sagrado; 6 e 7 - imagens de outros deuses egípcios; 14 - imagem do crocodilo sagrado do Nilo; l ü e l l - imagem do falcão sagrado dos faraós; 12 e 1 3 - imagem do deus chacal Aniibis.

Figuras 10 c 11 - anel com a imagem do falcão sagrado dos faraós

Flgurus 12 c 13 - anel com a imagem do deus chacal Anúbis

Figura 4 -selo assírio

Figura 5 - anel com a imagem do cM.־aravelho sagrado do Kgiio

Figuras 6 c 7 - unéis com as imagens do outros deuses egípcios

I Figura 14 - anel com a imagem do crocodilo

-J sagrado do Nilo

VIDA INTIMA E EM FAMÍLIA* 17

BANHO

deveriam estar sempre limpos diante de Deus (Lv 14.8; 15.13), ou por um cuidado de higiene e beleza (Rt 3.3). A figiira15 representa uma cena de banho no antigo Egito: uma dama da alta sociedade egípcia toma banho ajudada por escravas e outra dama.

Não satisfeitos em lavar sempre as mãos e os pés- que era um dos preceitos da lei do Sinai (Êx 30.20,21) ־ os judeus também tomavam banho freqüentemente, fosse por um ato de purificação religiosa, significando que

Ffeura 15 -o banho dc an u dam.1 egípcia

• t ·ENCCIOPEOIA POPUl AR DE CULTURA B'BLICA

BARBA

em tempos geralmente para apresentar-se ao rei (2Sm 19.24). Raspara barba de alguém contra sua vontade era considerado um ato particular de injúria. Veja

A barba sempre foi considerada pelos judeus como 11111 ornamento, assim como por todos os povos do Oriente Médio. Eles só a raspavam em épocas de grande luto, e aparavam-na de tempos

Figuni 17 - barba de um judeu

castigo (Ez 5.1). As figuras16 a 25 representam barbas de alguns homens de !)ovos relacionados com os judeus. A figura

2Sm 10.4 e Is 7.20. Raspá־ la ou arrancá-la significava também: aflição (Ed 9.3; Is 15.2;Jr 41.5); humilhação (Jr 48.37); aviso de

Figurn 26 - estátua com o rosto desgaMado, moMrando u longa barba dc um medo-persa

Figura 21 -barba de um heteu

Figura 23 -barba dc 11 in sírio

!·'igura 22 - barba de um midlanita

V lp r a 19 -ta rtu lie um

"־־־־

um amomta

Figura 24 -barba de um damasceno

20 -

1 dc um moabita

• ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Os monumentos nos levam a crer que os egípcios raspavam-na completamente.

26 - estátua com o rosto desgastado, encontrada em um monumento de Persépolis mostra a barba de um rei persa.

Figuri 27 -curiosa gravura dc um faraó pcscaixlo.Em seu queixo ha uma barba postiça

Figuru 2א - baifta 11c um rei u.\sírio

(Veja Gn 41.14).No entanto, eles usavam, às vezes, pequenas barbas postiças no queixo (figura 27).As figuras 28,29 e 30 mostram a maneira curiosa como os assírios e babilônicos frisavam e encaracolavam suas barbas.

Figuru 30 - Nabucoüonosor c mui harta real

g?.|NC1a0PÉD<A POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

BRACELETES

Eram ornamentos comuns usados tanto pelos homens como pelas mulheres dos países bíblicos. Os bracelet es estava m entre os presentes que Rebeca recebeu (Gn 24.22,30). Este acessório também estava entre os despojos dos midianitas (Nm 31.50). Saul usava um bracelete (manilha) quando foi morto na guerra contra os filisteus (2Sm 1.10), e esse mesmo acessório também foi citado por Isaías quando o profeta pronunciou 0

julgamento de Israel (Is 3.19). As figuras 31 - bracelete em forma de serpente; e 32 mostram alguns modelos usados no antigo Egito.Figura 33 - bracelete assírio; veja também as figuras 36 - braceletes em forma de crocodilos e serpentes; 3 4 e 3 5 -

Figuru 31 -bracelete cm fomui dc serpente

Figura 32 -bracelete de uma princesa egípcia

Figuru 33 - bracelete u\i1do cm Nfnive

VIDA INTIMA.E EM FAMÍLIA•23

Figura 37 - brnceletes usado* em Babilônia

braceletes usados em Nínive. Geralmente, usavam-se dois em cada braço, um 110 punho e o outro acima do cotovelo.

F iguru 36 - braceletes egípcios cm forma dc crocudilos c » p e n t e s

Ftgura 35 - bracelete de OM h.< ninivita

24 . ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

BRACELETES NOS TORNOZELOS

As figuras 38 a 42 mostram tornozelos femininos e masculinos com esses ornamentos, que eram símbolos de luxo e ostentação no tempo dos profetas (Is 3.17-20, a r a ) . Alguns desses braceletes traziam pequenos guizos, como mostra afigura 38, usados por mulheres do Oriente Médio.

Figuru 41 -bracelete emtornozelomasculino

Figura 40 -um bracelete em tornozelo masculino

VIDA ÍNTIMA E EM FAMlUA· 25

BRINCOSa esse patriarca os deuses e tira as ,,arrecadas” (brincos) que estavam em suas orelhas. As figuras 43 a 53 mostram diversos modelos de brincos. Alguns reproduzem algo ligado aos deuses de quem os usou, e ornamentaram as

Figura 4 7 - 0 eunuco que serve ao rei nesta figura usa brincos

Não há indícios de que os homens usassem esses acessórios entre os hebreus, embora os ismaelitas (Jz8.24) e outros povos fizessem uso deles. Entretanto, eram normalmente usados por mulheres e crianças. Em Gênesis 35.4, a família de Jacó dá

V | p n 44 v 45 -tanto h egípcK*s

Figura 46 - brincos cunaneus

Figura 53 - conjunto de brincos babilônicos

25 . g s o a .y Ξ Ρ i A POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

orelhas de milhões de pessoas que se relacionaram com os judeus. Muitos desses brincos são mencionados nas Sagradas Escrituras: Gn 24.30; Êx 35.22;Pv 25.12; Is 3.19;Ez 16.12.

Figura 52 -brinco-amuletocananeu

FneuràίΓΚΐ '

Figura 50 -brinco egípcio em forma de serpente

Figura 51 -brinco-amuletoassírio

J

CAPA

Espécie de blusa redonda, sem mangas e com capuz {figuras 54 e 55), usada sobre a túnica como proteção contra 0 frio e a chuva. Paulo, prisioneiro em Roma, pediu a seu discípulo Timóteo que lhe trouxesse sua capa deixada em Trôade (2Tm4.13).

Figura 54 - romano de capa

2B«B*;1CL0PÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

CINTO

Figura 56 -funcionário do Egito

apertar a roupa à altura da cintura usando um cinto. Veja referências bíblicas relativas a Elias correndo à frente de Acabe (lRs 18.46); um dos filhos dos profetas que ungiu Jeú como rei,

Acessório de pele de animais, de couro, de linho ou de tecidos comuns que servia para levantar um pouco a túnica {figura 56 - um funcionário do Egito). Veja2Rs 1.8; Mt. 3.4;Jr 13.4. Sua principal função era impedir que o largo vestido atrapalhasse a caminhada ou o trabalho de alguém. Isto era o que se chamava “cingir-se” -

Figura 57 -adolescente grego usando túnica sem cinto

VIDA ÍNTIMA E EM FAMÍLIA•29

fugir da prisão (At 12.8). Espiritualmente, “cingir- se”é desviar-se de todo embaraço e obedecer a vontade de Deus. Freqüentemente, o cinto era considerado um ornamento luxuoso, até mesmo para os homens (figura 58 - grupo de ricos cintos egípcios).

Figura 58 - grupo de ricos cintos egípcios

sob as ordens de Eliseu (2Rs 9.1); a condição na qual os sacerdotes levitas que deveriam entrar no santuário para servirem ao Senhor (Ez44.18); o servo servindo ao seu senhor (Lc 17.7־ 8); Jesus preparando-se para lavar os pés dos discípulos(Jo 13.4); Pedro andando desembaraçadamente quando era moço (Jo 21.18); o anjo preparando Pedro para

» 1»BMOCLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figuras 60 -caçador grego duplamente cingido

O Apocalipse nos apresenta 0 Filho do Homem (Ap 1.13) e os anjos (Ap 15.6) cingidos de cinto de ouro à altura do peito. Os guerreiros penduravam no cinto seus punhais e espadas (Jz 3.16; 2Sm 20.8- figura 61) e os escribas seus tinteiros (Ez 9.2). Às vezes colocava-se dinheiro no cinto (Mt 10.9). Da mesma forma que era considerado“descingido” aquele que usava a túnica sem cinto (lRs 20.11; Is 45.1, a r a ;

veja a figura 57), 0 inverso era considerado “cingido״. (Veja as figuras 59 e 60).Veja também Lc 12.35 e Ef 6.14.

Figura 61 - cinto usado para segurar punhal

CLÂMIDE

Figura 62 -estudante de filosofia grego usando uma clâmide de orla trabalhada

Capa (ou manto) de origem grega, que fez parte do traje de soldados gregos e romanos{figura 62 - estudante de filosofia ateniense). Normalmente, era presa sobre o ombro direito e não passava do joelho. Jesus foi revestido de uma clâmide, “capa escarlate״, pelos soldados pretorianos de Pilatos (Mt 27.28).

COLARES

Estes também foram sempre um acessório precioso para as mulheres dos países bíblicos. Eles eram, como hoje, de ouro, de prata, de pérolas, de pedras preciosas etc. Ezequiel falou

Figura 63 - grupo de colares egípcios usados por princesas e rainhas

32 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figura 64 - colar cultuai egípcio

de colares egípcios.No tempo de Isaías eram muito usados e foram citados como referência à vaidade de Israel (Is 3.18-23).

sobre os colares em Ez 16.11, e em Cantares os colares também são mencionados entre as confissões de amor (Ct 1.10). Figura 65- grupo de colares assírios; figuras 63, 64 e 6 6 - grupo

VIDA ÍNTIMA E EM FAMÍLIA » 33

DOBRAS NO ΜΑΝΤΟ

Figuras 67 e 68 -nobres gregos ostentando seus finos mantos com dobras

Eram pregas formadas sobre o peito, produzidas graças a uma maneira especial de dobrar o manto que envolvia 0 corpo {figuras 67e68- homens da nobreza grega). Nessas vastas pregas colocavam־se carne, pão etc, como num bolso ou numa sacola. Vej a 2Rs. 4.39, onde se usa também 0 termo “capa״. No dizer do salmista, é lá que se colocava a mão direita inativa (Sl. 74.11 ,figura 67).

ESPELHOS

Figura 69 - espelho egípcio

Eram de bronze polido e munidos de um cabo (figuras 69, 70e71). Era um objeto relativamente raro em Israel. A Bíblia os chama de mar’ah, “aquilo que faz ver״ (Êx 38.8) ou “reveladores״. O espelho

34 « ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figura 70 - espelho com o cabo representando um deus egípcio

Figura 71 - espelho com o cabo na forma de pendão de trigo sustentado por gaviões reais

está entre os acessórios que seriam destruídos no cativeiro de Israel (Is 3.23). Descrevendo a mobília do Tabernáculo em Êxodo 38.8, Deus mandou que a base da pia de cobre fosse feita dos espelhos das mulheres que serviam à entrada da tenda.

Figura 72 - mulher romana se maquiando diante de um espelho

VIDA INTIMA E EM FAMILIA35״

ESTAR NU

contra 0 Egito e a Etiópia; Jo 21.7, quando Simão Pedro viu o Senhor e se jogou no mar. Porém, em passagens como Gn 2.25 (Adão e Eva); Gn 9.21 (Noé); e Jó 1.21, a nudez é total.

Entre 0 povo judeu (e outros povos da antigüidade), nem sempre o termo “estar nu” significava estar totalmente sem roupa. Geralmente a palavra “nu״ era empregada no sentido de pouco vestido (veja a figura 73 - estátua do Vaticano. Tanto os judeus como os gregos e romanos consideravam nu alguém vestido com pouca roupa, de acordo com a linguagem popular. Esta é a significação que se deve dar a várias passagens da Bíblia:ISm 19.24, quando Saul profetizou na presença de Samuel; Is 20.2, quando Isaías profetizou

Figura 73 -jovemromano “nu1

Ξ' JCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA · ־ :

GRANDE VÉU BRANCO E GRANDE MANTO PRETO

Figura 74 - mulher síria usando véu branco e manto preto

As mulheres usavam esses véus para sair às ruas. É provável que Rebeca estivesse usando um desses (Gn 24.65, figura 74).

MANTO

Junto com a túnica, constituía uma parte essencial do traje popular dos hebreus {figura 76 - beduíno do deserto). Primitivamente, era uma peça larga, de tecido, usada para envolver 0 corpo, como se faz com um xale. Os pobres 0 utilizavam também como cobertor (Êx 22.26,27, nvi). Às vezes servia como recipiente para carregar trigo ou objetos (Êx. 12.34; Rt.3.15;Pv. 30.4 etc.), costume, aliás, que ainda existe no Oriente moderno.

Figura 75 -dama egípcia com seu manto pregueado

Figura 76 - beduíno do deserto vestido de acordo com as condições climáticas onde ele vivia

VIDA ÍNTIMA E EM FAMÍLIA * 37

MANTO FEMININO

Figura 77-mulher de classe média da Síria com seu manto festivo

PALIO

(.Figura 77- mulher de classe média da Síria).As filhas da Síria (Ez 16.57) se vestiam assim. Rute segurou seu manto para que Boaz 0 enchesse de cevada (Rt 3.15). Veja também Ct 5.7.

Figura 78- dama assíria com rico manto estampado

Figura 79 - soldado grego protegido do frio por um pálio durante vigilância à noite

Capa de origem grega e romana muito usada pelos soldados que cumpriam turnos de vigilância à noite; também chamada poncho {figura 79 - soldado grego, de acordo com um vaso antigo). Tipo de manto ou coberta. Este parece ter sido também 0 estilo de certos mantos judeus,

58 * ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

que ficavam presos a ricas fivelas. A figura 79 mostra a maneira de se envolver num pálio.

Figura 80 -exemplo de pálio

PENDENTES DE NARIZ

em Israel e na Síria (figuras 81 e 82), e eram colocados tanto na parte externa quanto na parte interna do nariz.

Figura 82 - mulher síria com 0 nariz ornamentado por um pendente

Essa estranha jóia é mencionada em Gn 24.47 (a ra ) , quando Eliezer, 0 servo de Abraão, encontra Rebeca. Veja também Is 3.21, no julgamento do profeta Isaías a Jerusalém. Os pendentes foram sempre usados

Figura 8 1 - mulher judia com pendente de nariz

VIDA ÍNTIMA E EM FAMÍLIA · 39

PENTEADO DAS MULHERES

Usavam longas tranças (figuras 89e92 - mulher egípcia de tranças, e uma peruca encontrada em um túmulo babilônico). As tranças eram usadas às vezes até pelos homens (Jz 16.13-19). Havia também 0 frisado (ou “encrespadura”) artificial de que fala Isaías 3.24 (figura 86 - mulher etíope); (Jr 13.23; At 8.27); figura 84 - egípcias com variados cortes de cabelo; figura 83 - mulher síria; figura 87- uma dama assíria.

Figura 84 -egípcias com penteados * ariados

Figura 83 - penteado de mulher síria

* ΞΜ I _ : = EDI A POPULAR DECULTURA BÍBLICA

(lTm 2.9 e IPe 3.3). Conforme dizem estas passagens, as mulheres deveriam fazer profissão de servir a Deus com

Havia também todos os ornamentos mundanos reprovados pelos apóstolos e de uso proibido às mulheres cristãs de seu tempo

Figura 85 -mulher árabe penteada e adornada para festa

VIDA INTIMA E EM FAMÍLIA » 41

Figura 91 - objetos de ourivesaria usados nos cabelos e em penteados de mulheres judaicas

1É1111U11 eEÍpciâ

Figuradama assíria

f ip ira Sfr -i m u i u i t n r e o o p e

Figura 90 - adorno de cabelo babilônico

42 · ENCYCLOPEDIA POPULAR DE CULTURA BIBLICA

Figura 92 -perucababilônica

traje honesto, com pudor e modéstia {figura 88 - dama egípcia; figuras 92, 9 4 e9 5 - perucas de mulher encontradas em sepulcros egípcios e babilônicos; figura 85 - mulher árabe; figuras 93 - [ornamento judeu], 96 [ornamentos judeus], 9 0e91 - objetos de ourivesaria que as mulheres usavam em seus cabelos; figura 83 - penteado de mulher síria.

Figura 93 - ornamento usado nos cabelos de mulheres judaicas

Figura 96 - objetos de ourivesaria usados nos cabelos e em penteados de mulheres da Palestina

Figuras 94 e 95 -perucas egípcias

VIDA ÍNTIMA E EM FAMÍLIA 43 ״

PENTEADO DE CHIFRES

Freqüentemente, a Bíblia apresenta 0 chifre como emblema de força, autoridade e orgulho.(.Figuras 98 e 99). Em Jr 48.25 eEz 29.21, os termos “braço” e “poder״ são, em hebraico, uma mesma palavra: chifre. Veja também Dn 8.5,9. Em 2Sm 22.3 e Lc 1.69, as expressões “a força de minha salvação״ e “uma salvação poderosa״, respectivamente, são traduções do termo

Figuras 98 - homem grego da classe poderosa

“chifre״. Um penteado especial, reservado às pessoas ricas e influentes do Líbano, mas que também é encontrado entre pequenos povoados africanos, pode servir de ilustração a esse costume: figura 97.

Figura 99 - mulher filistéia ostentando o símbolo do seu poder

Figura 97 -penteado de uma libanesa, em forma de chifre

44·ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

PENTEADO DOS HOMENS

Figura 100 - árabe em traje de festa

assírio; veja Is 62.3, a ra ) .

Os assírios que Ezequiel viu subir ao encontro de Israel também usavam tiaras coloridas e largas na cabeça (Ez 23.15), e se diferenciavam dos que usavam turbantes {figuras 101 e 102).

A Bíblia fornece poucas informações sobre este assunto. Sabe-se que o homem não saía de casa com a cabeça descoberta em hipótese alguma, e tudo leva a crer que o penteado atual dos beduínos era parecido com 0 dos homens do antigo povo hebreu (figura 100): um lenço recaído sobre os ombros e ligado ao alto da cabeça por um cordão. Os ricos usavam, às vezes, suntuosos diademas {figura 103- um eunuco

Figura 102 - sírio usando turbante

Figura 101 -judeu usando turbante

Figura 103- eunuco assírio usando diadema

PERFUMES E ÓLEOS AROMÁTICOS

unção sacerdotal (Êx 30.25), em funerais, rituais religiosos e para ocasiões de romantismo e ternura.

_________________________________________________ ____________________ VIDA ÍNTIMA E EM FAMÍLIA«45

PINTURA E MAQUIAGEMAo se confrontarem com as práticas repugnantes de Jerusalém, os profetas reprovaram o uso de pinturas nas mulheres judias mais de uma vez (Jr 4.30 eEz 23.40).Conforme indicam essas passagens, as mulheres costumavam pintar o

Figura 105 - olho de mulher egípcia maquiado

Figura 106 - olho de mulher judia maquiado

O clima do Oriente torna os óleos muito desejados e saudáveis, e a Bíblia os mencionafreqüentemente como sinal de generosidade e excelente hospitalidade (Rt 3.3; SI 23.5; Ec 7.1;Mc 14.3,4). Era apreciada a mistura do óleo de oliva aos perfumes mais ou menos preciosos (figura 104- um criado egípcio perfumando o seu senhor). O óleo era também usado para a

Figura 104 - nobre egípcio sendo perfumado por um escravo


umedecido com óleo ou com qualquer outro líquido. Assim, 0 brilho dos olhos era realçado de maneira singular. A princesa Jezabel pintou em volta dos olhos para

Figura 108 - vaso e pincel de pintura egípcios

contorno dos olhos (figura 105 - olho de uma egípcia maquiado; figura 106- olho de uma judia maquiado; figura 107- mulher síria maquiada em grande estilo). Para isso, usava- se antimônio em pó (Jr 4.30), aplicado com o auxílio de uma pequena espátula, seco ou

Figura 109 - estojo romano

Figura 107 -mulher síria maquiada e vestida para uma festa

VIDA ÍNTIMA E EM FAMÍLIA»47

Figura 112 - estojo babilônico

falar com Jeú da janela de seu palácio (2Rs 9.30). Veja figura 108 - vaso e pincel de pintura egípcios; figura 109- estojo romano; figura 112- estojo babilônico; e figura 111- estojo judeu. As figuras 110,113 e 114 mostram os diversos recursos de que as mulheres lançavam mão para se tatuar.

4 mw HIVpn 110 - tipos ,die -julizzta faciais

Üimpun : EI - judeu

Figura 113 - moça judaica tatuada

48 » ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figura 114 - mãos e pés femininos tatuados

RICO TRATE DE MULHER

Figura 115 -mulher judia em trajes de festa

Roupas luxuosas sempre foram muito cobiçadas pelas mulheres dos países citados pela Bíblia. Eram comercializadas na época dos profetas do Antigo Testamento e usadas pelas mulheres judias. A Bíblia fala sobre esses trajes caros e o tecido com que eles eram confeccionados: Pv 31.24; Is 3.22; Jr 2.32 {figura 115- mulher judia em traje de festa).

VIDA INTIMA E EM FAMÍLIA · 49

SANDALIAS ANTIGAS

Figura 118 - modelo assírio

Figura 119 -modelo filisteu

Figura 118- sandália usada pelos habitantes de Nínive; 116- sandália usada pelos judeus; 119- sandália usada pelos filisteus;i23 - sandália usada pelos gregos; figuras 117,120,121 e 122- sandálias egípcias usadas no tempo dos faraós. Elas sempre foram o calçado habitual dos povos bíblicos. As pessoas ricas tinham escravos especialmente encarregados de lhes calçar as sandálias, de atar e desatar as correias. João Batista se considerou indigno de desatar as correias das sandálias do Mestre (Mt 3.11; Mc 1.7;Jo 1.27 e At 13.25).

Figura 116 - modelo judeu

Figura 117 -modeloegípcio

Figura 120 - modelo egípcio



Figura 123 -grego


SAPATOS ROMANOS

Além de sandálias, citadas em Mt 10.10 e Lcl0.4, as pessoas também usavam sapatos. Estes cobriam todo o pé, ao contrário das sandálias, que o deixavam descoberto (figuras 124,125 e 126 - sapatos usados pelas autoridades e nobres romanos no tempo de Jesus). As sandálias, por serem mais baratas e mais confortáveis, eram

TRATE DAS MULHERES DO POVO

Era muito parecido com o dos homens, com a diferença da túnica, que para as mulheres era mais longa e mais larga (figura 127).

Figura 127 - traje de uma mulher judaica do povo

o calçado do povo, enquanto os sapatos eram vistos sempre nos pés de pessoas de mais recursos.

VIDA INTIMA E EM FAMILIA · 51

TRATES DOS ANTIGOS PERSAS

Figura 128 -antigo traje persa

Ciro, Dario e Artaxerxes, citados em 2Cr 36.22;Ed 4.24; Et 1.2; e Dn 8.20 - reis e nobres da Média e da Pérsia.

Note-se que a personagem reproduzida na figura 128 usa os calções mencionados pelos historiadores Heródoto e Xenofonte, e pelo profeta Daniel. Sadraque, Mesaque e Abednego vestiam esses mesmos trajes quando foram lançados na fornalha (Dn 3.21-27). Observando as figuras 129 e 132, o leitor poderá ter uma idéia de como se vestiam Hamã, Assuero,

TUNICA

Figura 129 -persa com rica túnica

A Bíblia se refere à túnica de José (Gn 37.3); do sacerdote (Êx 28.4-39); de Arão e seus filhos (Êx 29.5-8); do menino Samuel (ISm 2.19); de Tamar (2Sm 13.18, ARA); de Sebna, cuja túnica seria dada a Eliaquim (Is 22.21); dos apóstolos, que não deveriam ter


Figura 130 - umtrabalhador árabe

duas túnicas (Mt 10.10); de Jesus (Jo 19.23); das viúvas, cujas túnicas Dorcas costurava e lhes dava (At 9.39).A túnica de várias cores geralmente era usada pelo filho primogênito ou pessoa de destaque (Gn 37.3 ,figuras 129 e 131- persa e egípcio com ricas túnicas. Outro modelo de traje popular consistia numa túnica de lã ou de algodão, mais ou menos longa e com mangas, usada no Oriente antigo e moderno (figura 130- um trabalhador árabe).

Figura 132 -príncipe medo-persa e sua bela túnica

Figura 131 - egípcio com rica túnica =

VIDA ÍNTIMA E EM FAMÍLIA ♦ 53

estreito, cuja abertura era fechada com cuidado. Veja Mt 26.7 e as passagens paralelas.

Figura 135 -modelo romano

VASO DE ALABASTRO

Usado para guardar perfumes {figura 133 - vasos de alabastro dos judeus e do antigo Egito; figura 135- vaso de alabastro romano; figura 134 - vaso de alabastro assírio). Os antigos costumavam conservar seus perfumes em vasos de alabastro, que tinham forma alongada e o gargalo geralmente

133 - modelos<mmmoiw c ·_:eu■ י

Figura 134 -modelo usado


VESTIDO DE PANO DE SACO

Vestido de uma túnica

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vestes por pano de saco -áspera. Homens e também chamado demulheres vestiam pano cilício - no julgamentode saco em sinal de luto, divino (Is 3.24). Jesusou em situações de também falou em panodesespero e angústia de saco que seria usado(figura 136- grupo de pelos habitantes desemitas conduzidos ao Corazim e Betsaida emcativeiro). Jacó se vestiu caso de arrependimentode pano de saco após (M tl 1.21). Veja aindareceber a notícia do outros exemplos: adesaparecimento de José astúcia dos servos do rei(Gn 37.34). Davi mandou sírio Ben-Hadade, queque todos vestissem pano vestidos de pano de sacode saco quando Abner foi imploraram a Acabe pelamorto (2Sm3.31). vida desse rei (lRs 20.31־0 profeta Isaías disse que 32); a humilhação deJudá e Jerusalém Acabe perante Deustrocariam as suas (lRs 21.27); Ezequias

buscando 0 socorro do

VIDA INTIMA E EM FAMÍLIA» 55

judeu clamando por misericórdia após a sentença de morte (Et 4.1-3); Daniel buscando ao Senhor (Dn9.3); oarrependimento do rei e do povo de Nínive (Jn 3.4-8); as duas testemunhas do Apocalipse (Ap 11.3).

Senhor diante da ameaça do rei da Assíria (2Rs 19.1); Davi e os anciãos pedindo misericórdia a Deus (lCr 21.16); a consagração dos israelitas após a leitura do Livro da Lei no tempo de Neemias (Ne 9.1); Mardoqueu e o povo

VÉUS BORDADOS

Os véus eram bordados em finos tecidos e significavam respeito e modéstia. Usaram véu, segundo a Bíblia: Tamar (Gn 38.14); Rebeca (Gn 24.65); a mulher de Cantares (Ct 4.1, a ra);

as “filhas de Sião״(Is 3.23) e as mulheres da igreja em Corinto (1C0 11.6 -figura 137).

Figura 137 - dois modelos de véu e a forma como eles eram usados

2. Moradia

MORADIA »59--------------------------------ון

! CASAS

para “sua casa1) ״ Rs 12.24).No at e no n t , a palavra designa um conjunto de habitações, e outras vezes uma família, incluindo o pessoal de serviço. Pode também significar um estado organizado, como por exemplo “a casa de Israel״ e “a casa de Judá״ (2Sm 12.8; Mt 15.24), ou uma dinastia, “a casa de Davi1) ״ Rs 12.26;Zc 12.8; Lc 1.27).

Na Bíblia, algumas vezes a palavra casa tem o sentido de tenda. Na passagem de 1 Samuel 13.2, Saul escolheu três mil homens de Israel e o restante mandou que voltasse para “sua casa״. Quando as dez tribos que formaram o reino de Israel se separaram das duas tribos que formaram o reino de Judá, cada um voltou para as “suas tendas״ ou

Fisnira 138 -casa áe barro sendo arrombada por bdrões


materiais mais preciosos (lCr 29.2). Figura 142- casa assíria, de acordo com um baixo-relevo de Nínive; figura 140- mansão egípcia, como a que pertenceu a Potifar; figuras 141 e 143- outras casas egípcias, de acordo com antigos monumentos. Assim como no Oriente Médio moderno, as casas dos pobres tinham apenas um ou dois cômodos; porém, as casas das pessoas da classe alta tinham muitos cômodos e um grande

Os pobres construíam suas casas com tijolo seco ou cozido ou barro pisado, como descreve JÓ4.19 {figura 138- casa de barro arrombada por ladrões), ou pedra comum {figura 139- casa de camponeses na Síria). Já os ricos construíam suas casas com pedras de entalhe ou mármores preciosos. O palácio de Salomão contou com este material (lRs 7.8,9). Eliseu enviou um dos filhos dos profetas para profetizar contra a “casa de Acabe2) .(Rs 9.7-8״ A Casa de Deus teve o acabamento em mármore e outros

Figura 140 - mansão egípcia

MORADIA •61

à noite. Samuel conversou com Saul num terraço eirado (ISm 9.25), e de um terraço Davi viu Bate-Seba tomando banho (2Sm 11.2).A parte superior das casas era também usada para momentos de oração e meditação (2Rs 23.12; Jr 19.13;At 10.9; etc.) ou para

salão de recepção {figura 150- interior da mansão de um rico judeu) e apartamentos com compartimentos amplos (figura 151): mansão em Damasco; figura 152- quarto de dormir de um rei assírio.Os tetos planos eram aproveitados para as pessoas se refrescarem

Figura 143 -casa egípcia

com torre

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Figura 144 - pátio intemo de uma rica mansão síria

Figura 145 - portões de mansões no antigo Egito

Figura 148 - porta de casa de veraneio no antigo Egito

Figura 146 - antiga porta de uma mansão no Egito Figura 149 - porta de casa de campo no antigo Egito

MORADIA «63

figura 156- fachada de uma casa egípcia; figura 155- trecho de um bairro egípcio. Às vezes cultivavam-se vinhas no terraço para manter o frescor dentro da casa (figura 159- antiga casa egípcia; figura 153- casa síria). Geralmente uma dupla escada conduzia ao teto, uma vindo do interior da casa e outra comunicando diretamente com a rua, segundo a descrição dada por Jesus em

dormir sob uma cabana de folhagem nas noites de verão {figura 139). O terraço serviu de acesso para levar 0 paralítico até Jesus (Lc5.19).O piso do terraço era geralmente de argila batida, com um revestimento de ladrilhos e suas bordas providas de balaustradas ou parapeitos, em conformidade com as antigas prescrições de Moisés (Dt 22.8). Figuras 153 e 154- casas sírias;

Figura 150 - interior i i mansão de um rico radeu


(2Rs 23.12; Dn 6.10,At 1.13-14; 20.8)~,de local mais arejado para descansar no verão (Jz 3.20), de abrigo durante 0 luto (2Sm 18.33), e de apartamento para hóspedes (lRs 17.19,2Rs 4.10 etc.) Veja figuras 157 e 158- fachadas de casas assírias, vendo-se quartos nos terraços, de acordo com um baixo- relevo de Nínive. As casas muito ricas e os palácios eram geralmente dispostos em quadrado, de modo a deixar um espaço livre no meio, cercado de colunas, de galerias, onde ficava um

Figura 151 - mansão em Damasco

Mateus 24.17 {figura 160- conjunto de habitações em Nazaré).A maioria das casas tinha apenas umcompartimento térreo; entretanto, o teto plano possibilitava a construção de um quarto alto, na extremidade do terraço, que servia de local para orações

Figura 152 - quarto de dormir de um rei assírio

MORADIA « 65

fonte; figura 167- planta de uma casa na Síria; figura 170- mansão romana com átrio ou pátio interno; figura 168- galeria interior de um palácio no Egito; figura 144- pátio interno de uma rica mansão síria, como a que pertenceu ao general Naamã, comandante do exército do rei da Síria (2Rs 5.1). As portas exteriores, das quais fornecemos várias amostras, eram ornamentadas. Veja figuras 159,162 e 164- portas egípcias do antigo Egito. Às vezes eram gravados ou desenhados nomes, sentenças ou

poço ou um tanque (2Sm17.18). Esses espaços quase sempre eram transformados em graciosos jardins. Figura 165- planta de uma casa do antigo Egito, onde a letra A representa uma

Figura 153 - casa síria


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Figura 155 - trecho bairro egípcio

Figura 159 - casa egípcia com um

jardim no telhado

Figura 156 -fachada de uma casa egípcia

MORADIA « 67

tinham uma porta dupla: a primeira dava acesso à rua, no vestíbulo, e a segunda conduzia ao interior da casa {figura 169- entrada de uma casa de Pompéia). As portas abriam-se e

emblemas sobre as portas (Êx 12.7, Dt 6.9: figuras 161 e 166).Na época de Jesus, em conformidade com os usos importados da Grécia ou de Roma, algumas casas ricas

Figura 163porta de casa judaica

ΓΎ Ψ

2 -asa

1

141 - porta de casa assíria

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68» ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

fechadas tanto através de ferrolhos internos (Ne 3.3; Ct 5.5; veja figura 163), como por meio de fechaduras e chaves {figura 174- chave de uma casa judaica; figura 175- fechaduras do antigo Egito, em madeira de oliveira). A figura 173 mostra como a fechadura

Figura 164 -porta de uma casa do antigo Egito

Figura 166 - entrada de uma casa egípcia

fechavam-se com o auxílio de dobradiças (“gonzos”, “coiceiras”, etc) que se apoiavam sobre gonzos (lRs 7.50,Pv 26.14), geralmente muito maciços: figura 172- gonzos antigos, de acordo com os originais conservados no Museu Britânico. As portas eram

Figuras 167- planta de

casa na Síria

Figuras 165 - ^ —planta de uma ^ ΞΞ casa no antigo א ב^ב :

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MORADIA 69 ״


era ajustada à porta.As janelas eram normalmente muito estreitas {figura 182).Eram fechadas simplesmente com venezianas de madeira ou com grades, às vezes muito graciosas, que ainda são encontradas em muitas regiões dos países citados pela Bíblia, e permitem ver sem ser visto (Jz 5.28; Pv7.6; figuras 176,177,178 e 179- modelos de venezianas de casas egípcias; figura 171- quarto de uma casasíria). Figura169 - entrada de uma casa de Pompéia

Figura 170 - mansão romana com átrio interno

As paredes internas, e sobretudo os tetos, eram ornados nas casas ricas. As figuras 180 e 181, relativas a casas egípcias, dão uma idéia desses lambris, que eram de madeira, estuque, mármore etc. Veja lRs 7.7; Jr 22.14;Am 3.15; Ag 1.4, etc.

MORADIA »71

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i " י ״ ׳■׳’ י י ' · I I f ( 'Figura 171 - quarto de uma casa síria

Figura 173 - exemplo de como a fechadura era ajustada à porta

Figura 174 - chave de uma casa judaica

Figura 172 - gonzos antigos usados em casas de judeus Figura 175 -

fechaduras do antigo Egito, em madeira de oliveira


MORADIA »73

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Figura 181 - modelo de lambris egípcios

Figura 182 - janelas muito antigas

Figura 177 - modelo de veneziana egípcia

Figura 178 - modelo de veneziana egípcia

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Ftgura 179 -■modelo de 1reoezíana egípcia

figura 180 -«©deSode !!!«®,bns egípcios

Criadas por Jabal (Gn4.20), as tendas são mencionadas freqüentemente na Bíblia e serviram de habitação aos patriarcas e depois aos hebreus, durante a vida nômade destes {figura 184). Cremos que a sua forma externa, a sua organização interna e o material com que eram construídas se assemelhavam aos das tendas das tribos árabes de hoje. {Figura 183- árabe sentado à entrada de sua tenda (Gn 18.1); figura 187- interior de uma tenda; figura 185-

MORADIA«75

as guerras. Esse antigo estilo de habitação era às vezes coberto com peles de animais (Êx36.19). Numa alusão à futura glória de Sião, 0 profeta Isaías mandou esticar as cordas e firmar bem as estacas das tendas (Is 54.2). As tendas tinham forma retangular, apoiavam-se em uma fileira de três paus e no centro uma estaca mais alta facilitava o escoamento da água da chuva. Os romanos construíam dentro delas

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Figura 185 - árabes armando uma tenda

árabes armando uma tenda; figura 186- um acampamento próximo ao mar Morto. Veja Gn 25.16, n v i. As tendas eram usadas nos acampamentos durante

Figura 186 - acampamento às margens do mar Morto

76 « ENCYCLOPEDIA POPULAR DE CULTURA BIBLICA

Figura 187 - interior de uma tenda

recabitas, por exemplo, continuaram morando em tendas (Ir 35.7-10).Na sua empolgação de ficar para sempre na companhia de Jesus, de Moisés e de Elias, Pedro quis construir três tendas para eles (Mt 17.4).

compartimentos femininos. As passagens de Gênesis 24.67, 31.33 e Juizes 4.17 dão a entender que as mulheres possuíam a sua própria tenda. Quando os israelitas se estabeleceram em Canaã, grupos como os

3. Mobília e Utensílios

MOBÍLIA E UTENSÍLIOS · 79

ÂNFORA

Vaso grande de cerâmica, com duas asas simétricas e fundo pontiagudo, usado por gregos e romanos para armazenar azeite, vinho, água etc. Ocupava 0 lugar dos tonéis, que só seriam inventados muito tempo depois. Figura 188, de acordo com um baixo- relevo de Pompéia.Figura 188 - escravos carregando uma ânfora

BACIA

colocada entre 0 tabernáculo e 0 altar para que os sacerdotes lavassem as mãos (Êx 40.30, ara) . Jesus usou uma bacia com água para lavar os pés

Figura 191 - bacia babilônica com uma inscrição no interior

Confeccionadas de bronze, prata, metal ou ouro, as bacias na Bíblia eram usadas no cerimonial do templo, por ocasião do sacrifício (Êx 12.22). Uma bacia foi

Figura 189 - bacia babilônica com a imagem

| de uma serpente no

80»ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

interior; figura 192- bacias judaicas; figura 190- bacia usada em Nínive.

dos discípulos (Jo 13.5). Figuras 189 e 191- bacias babilônicas com desenhos e inscrições no

Figura 192 -judaicas

Em torno do braseiro repleto de brasas ardentes as pessoas se aqueciam {figura 193- judeus diante de um braseiro). O braseiro citado pela primeira vez na Bíblia em Êx 27.3, era de cobre e ficava no altar do holocausto. Mais tarde, Salomão fez os braseiros de ouro para 0 templo (lRs 7.50). Numa passagem sobre a restauração de Israel (Zc 12.6), Deus promete colocar os líderes de Judá como braseiros no meio de um monte de lenha.

BRASEIRO

Figura 193 - judeus conversam enquanto se esquentam diante de um braseiro

MOBÍLIA E UTENSÍLIOS · 81

Figura 194 - encosto para a cabeça usado em camas

A cama tinha os mais variados modelos, como mostram as ricas camas romana e egípcia, com degraus, das figuras 195 e 196. Os israelitas costumavam descansar em camas como essas (Am 6.4). Eram fabricadas de madeira, marfim, bronze, ferro, ouro ou prata (Et 1.6, ara)

e tinham degraus para subir (SI 132.3). As figuras 152 e 194 ilustram tipos de apoio para a cabeça

Figura 195 - cama romana com degraus

Figura 196 - cama egípcia com degraus


usados nas camas; a figura 199 mostra outro modelo de cama usada pelos povos bíblicos, e a figura 197 mostra um leito pequeno e pobre sobre o qual eram provavelmente levados os paralíticos na época de Jesus (veja Mc 2.4 e Jo 5.8, 9). Figura 198- pintura de Pompéia mostrando um modelo de cama romana.

Figura 198 - modelo de cama romana

no qual os paralíticos eram transportados na Palestina

Figura 199 - modelo de cama judaica (estrado com tiras de couro)

MOBÍLIA E UTENSÍLIOS»83

I CANDELABRO

Suporte para lâmpadas. Também chamado de “velador”: Vide Mt 5.15, Lc 8.16 etc [figuras 200, 201 e202, a do meio com a imagem de um deus). Os candelabros ficavam geralmente nos templos, mas também eram encontrados em sarcófagos (para iluminarem a viagem do morto para a eternidade), nas entradas das casas e nas lápides dos sepulcros. Em Apocalipse é o símbolo da Igreja (Ap 1.12; 2.5).

Tinham diferentes formas e tamanhos. Eram utilizados para carregar ou conservar provisões (figuras 206 e 207, cestos utilizados por gregos e judeus; figuras 203 e 204- cestos romanos. Esta última figura mostra que alguns cestos eram tão grandes que se faziam

Figura 201 - candelabro com a imagem de um deus

Figura 202 - candelabro persa

Füjjgpra 200 - candelabro judeu

ESTOS

Figura 203 -cesto romano


Figura 204 -cesto romano

necessárias duas pessoas para carregá-lo. Os cestos foram usados após 0 milagre da multiplicação dos pães, Mt 14.20; 16.10 e Jo 6.13. Havia cestos tão fortes e grandes que podia-se carregar dentro deles um homem (2C0 11.33).

Figura 206 - cestos gregos

Figura 205 - cestos usados em Damasco

MOBÍLIA E UTENSÍLIOS » 85

CÔMODA

Alguns móveis tipo cômodas, mais ou menos ornadas, eram usadas para guardar todo o tipo de roupas, inclusive as de cama, mesa e banho (figura 208). A Bíblia cita a palavra “guarda- roupas״ em 2Rs 22.14 (ara ) e 2Cr 34.22, como referência à profissão de Salum, marido da profetisa Hulda.

Figura 208 - cômoda do palácio de um faraó

d iv ã ou SOFÁ

Figura 209 -divã de uma princesa filistéia Dalila usou um desses

Normalmente pouco elevados, ocupavam uma parte notável na sala de recepção ou em quartos particulares. A palavra “divã” é citada apenas uma vez na Bíblia, em Et 7.8 (ara) , quando Hamã é desmascarado pela rainha Ester. Esses móveis eram decorados com tapetes ou almofadas, e à noite

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86»ENCICLOPEDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

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eram usados como camas (Pv7.16). Veja afigura 209 -divã de uma filistéia (Dalila?) e210- cama usada como divã.

Figura 210 -modelo de cama oriental também usada como divã

FACA

Figura 211 - faca de uso dos ninivitas

As facas eram usadas só na cozinha. As pessoas não as utilizavam à mesa, pois a carne era servida cortada {figuras 211,212 e213- modelos assírios; figura 214- modelos judeus). Abraão, num ato de fé, ergueu uma faca (chamada “cutelo”) para imolar 0 seu filho Isaque. Veja Gn 22.6,10.

MOBÍLIA E UTENSÍLIOS » 87

Figuras 212 e 213 -facas usadas pelos assírios (ninivitas)

GARRAFAFigura 215 - garrafas utilizadas pelos antigos judeusUsada para servir ou

guardar vinho. Os modelos fabricados eram diferentes dos modelos de hoje [figura 215- modelos judeus; figura 216- modelos egípcios). Ao falar sobre a prosperidade da casa de Davi (Is 22.24), o profeta

Figura 214 - facas (ou cutelos) usadas pelos judeus

88«ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Isaías cita as garrafas numa linguagem figurada. É provável que 0 odre a que se refere Jeremias também seja 0 mesmo utensílio (Jrl3.12).

Em geral, 0 aspecto das lâmpadas não variou entre os povos bíblicos (figura 223 - grupo de lâmpadas judaicas; figuras 217,218,219e 222 - lâmpadas egípcias, de acordo com modelos antigos; figura 221 - lâmpada romana suspensa, acompanhada de um pequeno objeto

Figura 216 - garrafas usadas pelos antigos egípcios

LÂMPADA

MOBÍLIA E UTENSÍLIOS«89

Figura 223 - grupo de lâmpadas judaicas

bronze e de ouro.As lâmpadas ficavam suspensas nos candelabros durante os cultos. No sentido figurado, representa 0 Senhor (1 Sm 3.3;2 Sm 21.17; 2 Sm 22.29). O desaparecimento da luz significa a morte (Jr 25.10).

para preparar a mecha [pavio], conforme monumentos.Figura 220 - lâmpada de vidro, um modelo particular encontrado em Jerusalém. No antigo Israel, as tendas e as casas eram iluminadas por lâmpadas de azeite (Sf 1.12). Sua estrutura era de cerâmica. Havia também lâmpadas mais sofisticadas de pedra,

Figura 222 -lâmpada egípcia

Figura 220 - lâmpada de vidro usada em Jerusalém

Figura 221 -lâmpada romana suspensa


LANTERNA

Figura 225 - lanternas do Egito antigo. Deus usou o profeta Sofonias para dizer que esquadrinhará Jerusalém com lanternas (Sf 1.12). Com isto ele quis dizer que os pecados de seus habitantes não ficariam ocultos. Ao prenderem Jesus, os soldados romanos portavam lanternas parecidas com a da figura 224 (Jo 18.3 - um modelo encontrado em Herculano).

Figura 224 -lanterna romana

Figura 226 -lanterna egípcia

Figura 225 - lanternas do Egito antigo

ODRE

Os odres de pele de animais sempre foram bastante usados pelos povos citados na Bíblia. Durante as longas caminhadas, os viajantes transportavam neles água, vinho ou leite (Gn 21.14; Js 9.4,13; Jz4.19). Figura 227- mulher romana

Figura 227 - mulher romana esvaziando

um odre de vinho

MOBÍLIA E UTENSÍLIOS »91

Figura 229 - antigos semitas em viagem levando sua provisão de água em odres

Figuras 230 e 231 -formatos curiosos de odres

Figura 232 -vendedor de água no Egito

esvaziando um odre de vinho, de acordo com uma pintura de Pompéia; figura 229 - antigos semitas em viagem levando sua provisão de água em odres, de acordo com um afresco egípcio; figura 228 - mulher assíria dando de beber a seu filho em um odre, de acordo com um baixo- relevo; figuras 230 e231 - outros odres cheios; figura 232- vendedor de água no Egito.

Figura 228 - mulher assíria dando de beber a seu filho em um odre


PANELA E CALDEIRÃO

Figura 233 - caldeirão romano

Feitos tanto de barro como de metal, tinham diversas formas {figura 234 - caldeirão de bronze, proveniente da cidade egípcia de Tebas; figura 236 - panela romana, de acordo com uma pintura de Pompéia; figura 235 caldeirão usado pelos judeus; e 233 - caldeirão romano). Êx 16.3; Jz 6.19; lSm2.14; 2Rs 4.38-41.

Figura 234caldeirão egípcio de bronze

Figura 236 -panela romana

MOBÍLIA E UTENSÍLIOS « 93

PILÃO E CONCHA

Figura 241 - pilão judeu

Figura 241 - pilão usado pelos judeus; figura 237- egípcio pilando, de acordo com antigos monumentos. Confira Pv. 27.22. Também eram utilizados diversos utensílios pequenos, como as frigideiras ou assadeiras (figura 240; vejaEz.4.3 etc.), as conchas para retirar água dos potes (figura 238 - modelo egípcio) e grandes garfos. Estes eram usados para mexer a comida enquanto se cozinhava (figura 239; 1 Sm 2.13-14).

Figura 240 -frigideiraromana

Figura 237 - egípcio pilando

Figura 238 - concha egípcia utilizada para retirar água de pote

Figura 239 -cozinheiros egípcios utilizando um grande garfo


PINCA

Acessório para as lâmpadas (figuras 242 e 243, de acordo com antigos monumentos).

Figura 242 - acessório romano para o uso de lâmpadas

POLTRONA E TRONOEram geralmente confortáveis, como nossas poltronas atuais, com braços e assentos de púrpura (1Rs10.19 eCt 3.9,10). O assento também é empregado como figura para representar autoridade, Is 52.2 (n v i) . As figuras 244,247, e 248 mostram ricas poltronas e um assento antigos. As figuras 245 e 246 mostram bancos e

Figura 244 - poltrona utilizada pelos imperadores romanoscadeiras usados nas casas simples.


PRATO

Havia pratos de diversos formatos (figura 249 - pratos judeus; figuras 250 e 251 - modelos de pratos egípcios). Veja também Mt 14.8 e Mc 14.20.Figura 249 - pratos

usados pelos judeus

Figura 250 - uma refeição entre servos egípcios

Figura 251 - mulheres egípcias conduzindo alimentos em pratos, caldeirões e travessas

MOBÍLIA E UTENSÍLIOS « 97

TACA E CÁLICE

Figura 252 -cálice assírio

As taças e os cálices sempre foram utilizados em ocasiões especiais ou para servir a pessoas especiais. Figuras 252 e 253 - cálice e taça assírios; figura 254 - taça judaica. Já os copos eram utensílios utilizados no dia־a־dia, se bem que a Bíblia chama muitas vezes de copo uma taça

Figura 254 -taça judaica

ou um cálice: Gn 40.21; 44.2; Pv 23.31; Jr 25.17. Havia uma pessoa qualificada para servir, que era o copeiro-mor (vejaGn 40.11).Mas pobres como o da parábola de Natã não poderiam se dar a esse luxo (2Sm 12.3). Veja Jr 35.5; Lc 22.20; Ap 16.19 etc.

Figura 253taça assíria


TOCHA

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estavam com tochas quando prenderam Jesus (Jo 18.3). A tocha, na Bíblia, simboliza a plenitude do Espírito Santo (At 2.3). Diante do trono de Deus ardem sete tochas de fogo (Ap 4.5).

URNA OU CÂNTARO

Figura 255 -modelo romano

Figura 255 - tocha dos antigos romanos. As tochas foram o sinal decisivo na vitória de Israel sobre os midianitas (Jz 7.20). Naum viu os carros correrem como tocha pelas ruas da cidade (Na 2.4); os soldados também

As urnas ou cântaros de argila, confeccionados nos mais diversos modelos, serviam especialmente para carregar água {figuras 256,257 e 259 - urnas e cântaros antigos; figura 258 - uma mulher de Nazaré com um cântaro de água). Normalmente tinham a forma arredondada e a boca estreita. Vide Gn 24.15; Ec 12.6; Lc 22.10; Jo 4.28, etc.

Figura 258 -mulher de Nazaré vindo da fonte

Figura 256 - cântaro cananeu

Figura 257 -cântaro judeu

Figura 259 - urnas e cântaros antigos usados pelos sírios e filisteus

VASOS E XÍCARAS

Figura 260-vaso duplo usado pelos antigos habitantes de Jerusalém

Os ricos possuíam em suas casas vasos preciosos de modelos e material variados.A maior parte dos recipientes domésticos era de cerâmica.Já outros eram fabricados em pedra, bronze, prata e ouro, de acordo com a sua utilidade. (.Figura 261- vasos judaicos; figura 260 -vaso, encontrado

» ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figura 261 - vasos judaicos

Figura 262 -xícara grega

em Jerusalém; figuras 262 e 263 - xícaras grega e assíria; figuras 264, 265 e 266 - vasos egípcios). Na época do Novo Testamento, devido aos rituais de purificação espiritual, a produção de vasos de pedra teve de ser aumentada para atender à demanda (Jo 2.6). Nas cartas de

Figura 263 -xícara assíria

MOBÍLIA E UTENSÍLIOS * 101gi—

Paulo, os vasos de ouro, prata e argila representam a diversidade do valor humano (Rm9.21; 2Tm2.20). Eles são metáforas do corpo (2Co 4.7; Hs 4.4 e lPe 3.7). Figura 263 - xícara assíria. Figura 262 -xícara grega.

REFEIÇÕES* 105

COMIDA E BEBIDA

Figura 270 - panelas e travessas egípcias cheias de carne

Comia-se carne de boi, de carneiro, de ovelha, de aves e de animais de caça, e também legumes, frutas, leite e cereais.A carne era servida cozida e assada {figuras 270 e 273- panelas e caldeirões cheios de carne, de acordo com monumentos egípcios).É provável que as panelas dessas figuras sejam iguais às do Egito antigo citadas pelos israelitas em Êx 16.3. Os filhos do sacerdote Eli tiravam a carne da panela depois de 0 sacrifício ter sido oferecido, (ISm 2.13-14).

Figura 272 - ave sendo preparada para ir ao forno

106« ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figura 277 - egípcio depenando codornizesFigura 274 - egípcio preparando um ganso

A carne do sacrifício também era distribuída entre 0 povo (2Cr 35.13). As ilustrações das figuras 272,274 e 277 mostram 0 preparo de gansos e

Figura 278-assíriotransportando uma ânfora de vinho

Figura 279 -homem empunhando uma jarra e um cálice de vinho romanos

Figura 275 -bule e bacia egípcios

Figura 276 -mesa romana

Figura 280 - bacia e bule usados pelos babilônios

REFEIÇÕES »107

Figura 281 - egípcios trabalhando na conservação de aves (de um mural desgastado)

Na figura 281, egípcios trabalham na conservação de aves. Antes das refeições, as mãos eram lavadas cuidadosamente, já que as pessoas dispensavam o uso de talheres, mas cada um comia com seus dedos num só prato. Veja Mt 15.2; 26.23; Mc 7.2; 14.20. As figuras 275 e 280 mostram bacias e bules usados para a lavagem de mãos. Na figura 282, o servo lava as mãos do seu senhor, e na figura 283 - refeição entre judeus durante a qual as pessoas colocavam as mãos dentro do mesmo prato

codornizes, e na figura 271, de acordo com monumentos egípcios, um cozinheiro assa um ganso.Veja Nm 11.31,32.

Figura 282 - servo lava as mãos do seu senhor


Amos, encontramos na Palestina o hábito <Ie comer deitado sobre r

divãs, costume que se■ ■ -* ·

tornou muito comum na época de Jesus. Veja Am 6.4 e Lc 17.7, entre outras passagens. Nas figuras 288,289,290,292 e 293- variados tipos de mesa. A figura 290, de acordo com um antigo mármore romano, mostra uma cama onde os antigos romanos comiam.

(Mc 14.18-20).Os antigos hebreus comiam sentados (Gn 27.19; Jz 19.6; etc). Figura 287- mulheres egípcias lanchando. Sem dúvida, os judeus se serviam de mesas pouco elevadas. Figura 276 - mesa romana; figura 286- mesa síria, figura 283 - mesa judaica, figura 284 - mesa do antigo Egito. Entretanto, desde 0 tempo do profeta

Figura 283 - refeição de judeus durante a qual as pessoas colocam as mãos dentro do mesmo prato

REFEIÇÕES »109

vezes, os hebreus se coroavam de flores durante seus luxuosos banquetes, à maneira dos gregos: figura 288. Bebia- se vinho durante e após as refeições. Devido a este costume e aos excessos decorrentes desse hábito, deram ao vinho o nome de mosto (.misch’teh). Mosto é o suco de uva que já entrou em processo de fermentação. Portanto,

Figura 284 - mesa do antigo Egito, tendo como pedestal a estátua de um mestre-sala

Os lugares mais honrosos eram reservados aos convidados de uma posição social superior: ISm 9.22; Mc 12.39;Lc 14.8 etc. A partir de diversas passagens bíblicas, como Is 28.1, pode-se concluir que, às

110» ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figura 287 - escravos servem lanche durante uma reunião de mulheres egípcias

ânfora de vinho coroada de flores; figura 291 - assírios fazendo um brinde. Nas casas dos ricos, os servos, tanto homens como mulheres, eram encarregados de servirem às mesas :figura 285. Neemias prestou este mesmo serviço ao rei Artaxerxes (Ne 2.1).

tornou-se uma bebida alcoólica. O profeta Oséias disse que 0 mosto tira o entendimento (Os 4.11). Veja também Is 5.11; Am 6.6 etc.Figura 279- homem romano empunhando uma jarra e um cálice de vinho. Figura 278- assírio carregando uma

Figura 288 - gregos coroados de flores durante um banquete

REFEIÇÕES» 111

Figura 289 - romanos bebem e conversam reclinados diante da mesa

Figura 292 - romanos sentados e reclinados para comer e beber

Figura 291 -assíriosfazendoum brinde

Figura 290 - cama utilizada pelos romanos para suas refeições

Figura 293 - mesa diante da qual as pessoas se reclinavam para comer.

Uma no estilo desta foi usada também por Jesus

(Mc. 14.3)

112« ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

LEGUME

sua primogenitura,(Gn 25.29-34); e os discípulos dos profetas comeram um “caldo de ervas2) ,(Rs 4.38״ Figura 294 - egípcios preparando lentilhas.

Figura 294 - egípcios cozinhando lentilhas

Espécie vegetal muito consumida na antigüidade. As mulheres costumavam preparar sopas ou pratos saborosos com eles. Alguma vezes, dependendo da versão, a sopa é citada na Bíblia como ensopado e outras vezes como cozinhado, ervas ou lentilhas. Jacó preparou “um guisado vermelho de lentilhas” e por ele Esaú trocou

PÃO

Figura 295 - moinho usado pelos judeus

Também chamado de bolo. Era considerado, como em nossos dias, a base essencial da alimentação.Era normalmente preparado pelas mulheres (Gn 18.6,Mt 13.33 etc.). Para isso, havia pequenos moinhos à mão em toda parte.(A figura 295 mostra um moinho, e a 297 mostra

REFEIÇÕES »113

Figura 297 - as duas peças que compunham 0 moinho

Figura 298 -peneira romana

Babilônia. Usavam-se pequenas peneiras (“crivos”) para separar o farelo da farinha, ato conhecido também como “cirandar”: Am 9.9; Lc 22.31 etc. (.Figura 298 - peneira romana). Na interpretação teológica, o pão significa Cristo,(Jo 6.25-58), a base sólida do alimento espiritual para todos os povos.

suas duas peças desencaixadas. Afigura 296 mostra esse moinho em ação). Duas mulheres colocavam em movimento um moinho (Mt 24.41). Moer era uma função sempre cansativa, nas grandes casas reservada aos escravos, Êx 11.5; Jz 16.21. (Sobre fornos e sobre padaria, veja o verbete Artes e Profissões). Em Is 47.2, Isaías fala sobre 0 trabalho no moinho para profetizar contra

Figura 296 - mulheres judaicas trabalhando no moinho

5. Cerimônias Fúnebres e Doenças

CERIMÔNIAS FÚNEBRES E DOENÇAS »117

sarcófago fenício

CAIXÕES

Eram colocados em jazigos escavados ao longo das paredes, como mostra a figura 302, ou em sarcófagos de pedra, às vezes ricamente esculpidos. Sarcófagos eram caixões de luxo, usados pelos reis e nobres. A figura 300 - mostra a tampa de um sarcófago descoberto em Jerusalém; a figura 301 mostra a mesma tampa em outro ângulo para uma melhor visualização das gravuras; figura 299 - sarcófago fenício.

Figura 300 - tampa de um sarcófago descoberto em Jerusalém

Figura 301 - a mesma tampa da figura 300 vista de outro ângulo

Figura 302 - túmulos escavados na rocha

CERIMÔNIAS FÚNEBRES E DOENÇAS »119

DOENÇAS

Figura 303 - leproso com o rosto deformado

leprosos de 2Rs 7.3 estavam fora da cidade, como mandava a Lei de Moisés. Muitos leprosos foram curados por Jesus (Mt 8. 1-3; Lc 7.22).

Figura 304 - mãode um leproso já

sem algumas falanges

Figura 305 -médicos egípcios tratando de seus pacientes

Os monumentos permaneceram quase mudos em relação às doenças. Entretanto, existe um afresco egípcio, um dos mais curiosos, que representa médicos ocupados em cuidar de seus pacientes ou em operar doentes (figura 305). Veja Mc 5.26. A triste enfermidade da lepra, que sempre existiu em estado endêmico nas regiões orientais, é apresentada apenas por meio das discussões dos médicos ou por relevos e gravuras. (Na figura 306, leprosos de Jerusalém pedem esmola). De acordo com a lei, os


Um homem coberto de lepra, (Lc 5.12), jamais , poderia se aproximar de alguém, mas Jesus 0 atendeu. Figura 303 - cabeça de um leproso. Na figura 304 - mão leprosa, a metade já corroída pela enfermidade.

Figura 306 - leprosos de Jerusalém pedem esmolas

FUNERAIS

Lavavamcuidadosamente 0 defunto (At 9.37) e envolviam־no em lençol, (Mt 27.59). Às vezes envolviam seus membros um a um, em pequenas

Os documentos artísticos sobre os funerais dos antigos judeus e dos outros povos mencionados na Bíblia são numerosos. Vejamos como eram os rituais:

Figura 307 -sepultamento egípcio em que se vê a viúva do lado do caixão e as carpideiras (pranteadoras profissionais)

CERIMÔNIAS FÚNEBRES E DOENÇAS«121־

colocado sobre uma maca. As figuras 307 e 322 ilustram a maneira como eles eram carregados e pranteados. Desde os tempos remotos, os hebreus e outros povos citados na Bíblia confiavam à terra o cadáver de seus mortos, salvo raras exceções, como Abraão, que foi sepultado numa caverna (Gn 25.9). Em outros casos, os sepulcros ficavam fora das cidades e aldeias, como descreve a história da viúva de Naim (Lc7.12), eo episódio da ressurreição de Lázaro (Jo 11.31). Os pobres, sem dúvida,

Figura 308 - esquife (caixão) usado em um dos países bíblicos, colocado sobre uma maca

faixas separadas (Jo 11.44). Veja o exemplo na figura 309. Em seguida o morto era colocado num caixão - ou esquife - (Lc 7.14) e carregado sobre uma padiola ou maca (2Sm 3.31) até o sepulcro. Figura 308: esquife usado em um dos países citados na Bíblia,


Figura 309 - cadáver envolvido em faixas e lençóis

tinham que se contentar em sepultar seus mortos em uma cova de algum cemitério comum, os chamados cemitérios públicos, conforme 2Rs 23.6.0 profeta Urias foi enterrado num lugar como esse (Jr 26.23).Os egípcios cuidavam melhor dos defuntos do que os judeus. Diz a Bíblia que eles demoraram 40 dias para embalsamar Israel (Jacó), Gn 50.2,3 {figura 312 -

Figura 310 - mumificadores em plena atividade

Figura 311- preparação do sarcófago de um faraó

Figura 312 - cadáver de um egípcio sendo envolvido com faixas após ter sido colocado em um sarcófago

CERIMÔNIAS FÚNEBRES E DOENÇAS » 123

mostra a mesma operação em outro estágio. Figura 311- fim da preparação de um caixão para múmia.Os sarcófagos egípcios eram os mais ricos da Antiguidade. As figuras 313,314,315 e 316 mostram vários sarcófagos e urnas mortuárias do antigo Egito.

Figura 316 - urna funerária egípcia

um morto sendo envolvido com faixas por servos egípcios após ter sido colocado em um sarcófago. A figura 310

Figura 313 -sarcófago de um

f c : faraó

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Figura 314 -sarcófagos e umas funerárias egípcias

Figura 315 -sarcórfago de um sacerdote egípcio


LUTO

Figura 319 - cena de despedida do morto (mumificado) no antigo Egito

intensas manifestações de luto e amargura, rasgando suas vestes, cobrindo o rosto, lançando poeira sobre a cabeça ou batendo no peito. Alguns desses

Imediatamente após o falecimento, no interior da casa, durante o caminho para o túmulo ou nas visitas à sepultura, os parentes e amigos do morto entregavam-se a

Figura 320 -lacrimatórios encontrados na Palestina

Figura 321 -carpideiras egípcias acompanham uma múmia dentro de uma barca até a sepultura através do rio Nilo

Figura 317 - carpideiras (pranteadoras) romanas

Figura 320a - homem jogando poeira em cima da própria cabeça em sinal de luto

Figura 318 -manifestação de dor diante de uma tumba judaica

CERIMONIAS FÚNEBRES E DOENÇAS 125 ״

Figura 322 - um enterro judeu

diversos gestos estão nitidamente expressos na figura 324 - cena de lamentação, em volta da cama de um morto) figura 319- cerimônia no antigo Egito diante de uma múmia; figura 326 - mulheres judias chorando diante de uma

Figura 323 - sacrifício, libação e cenas de luto no antigo Egito.A múmia de um nobre egípcio está nas mãos do deus chacal Anúbis

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sacrifício, libação e cenas de luto no antigo Egito diante de um morto; figura 318- manifestações

Figura 324 - cena de lamentação em volta da cama de um morto


romanas, de acordo com* יum mármore antigo; figura 321 - carpideiras egípcias acompanham uma múmia, conduzida de barca ao túmulo através do rio Nilo.Talvez a influência das carpideiras tenha levado ao uso de lacrimatórios, recipientes onde as lágrimas eram recolhidas. Veja a figura 320 - duas amostras encontradas na Palestina.

Figura 326 - mulheres judias chorando diante de uma tumba

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Figura 325 - cena egípcia em torno de um morto

de dor diante de tumba judaica; figura 320a - um sírio jogando poeira em cima da própria cabeça em sinal de luto. Veja também figura 322 - um enterro judeu; figura 325 - cena egípcia em torno de um morto. Gn 37.35; 50.1; 2Sm 1.2,12,17; 2Sm3.31; 14.2; Jó 21.32; Lc 7.12 etc.Os mais ricos tinham o costume de contratar carpidores e carpideiras, homens e mulheres pagos para chorar nos velórios: Jr 9.17;Mt 9.23 etc. Veja a maior parte das figuras mencionadas acima e outras mais: figura 317 - carpideiras

CERIMÔNIAS FÚNEBRES E DOENÇAS « 127

TUMULOS

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Figura 327 -túmulo de Zacarias, em Jerusalém \ w·*.

Afigura 330 (diagrama do túmulo de Tiago, em Jerusalém) e afigura 331 (diagrama do túmulo dos profetas) dão uma idéia da extensão considerável que tinham, às vezes, os sepulcros

..^ · ró V

Figuras 328 e 329 - fachada dos túmulos de reis e juizes, em Jerusalém

MMí Figura 330 - diagrama do túmulo de Tiago, em Jerusalém


judeus. Desde a Antiguidade (2Sm 18.18etc.) havia 0 costume de

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se levantar sobre os túmulos monumentos de pedra que, mais tarde, se transformaram em grandiosos mausoléus

CERIMÔNIAS FÚNEBRES E DOENÇAS «129

Figura 334 - túmulo de um rei cananeu, em Amrith

Figura 333 - sepulcros talhados na rocha, perto de Persépolis

para os ricos. Veja Jó 3.11 ־ 14. (.Figura 332 - túmulo de Hirão; figura 337- túmulo de Absalão, em Jerusalém; figura 334 - túmulo cananeu em Amrith. Os ricos costumavam mandar preparar para si suntuosas criptas talhadas na rocha, às vezes com grandes despesas, das quais ainda existem formidáveis ruínas nos países bíblicos (figura 327- túmulo de

*

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Figura 335- plano interno do mesmo túmulo


Figura 336 - interior de um sepulcro em Amrith

eram hereditárias, como aconteceu com Joás e Asael, sepultados no túmulo de seus pais (Jz 8.32; 2Sm2.32). Jáo "homem de Deus”, em lRs 13.20-24, por desobedecer as ordens divinas, foi morto por um leão no caminho e não teve 0 mesmo destino. Como modelo de sepulturas, veja também a figura 336 - interior de um sepulcro em Amrith. Entrava-se nesses sepulcros por uma escada ou por uma abertura situada no nível do solo ou do lado, segundo a disposição do

Zacarias, em Jerusalém; figuras 328 e 329 - fachadas dos túmulos dos reis e juizes, em Jerusalém; figura 333 - sepulcros talhados na rocha, perto de Persépolis; figura 339 - túmulos antigos talhados na rocha e cemitério judeu ao pé do Monte das Oliveiras. Geralmente, as sepulturas desse gênero

Figura 337 - túmulo de Absalão, em Jerusalém -

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CERIMÔNIAS FÚNEBRES E DOENÇAS»131

terreno. (Na figura 338 vê-se a introdução de duas múmias em um sepulcro, de acordo com monumentos egípcios).Essa abertura era sempre fechada com uma grande

j Figura 338 - introdução de duas múmias em um sepulcro, de acordopedra redonda e lisa. com monumentos egípcios

Assim fizeram nasepultura de Jesus(Mt 27.60; 28.2); e nasepultura de Lázaro(Jo 11.38).

Figura 339 - cemitério judeu com túmulos antigos talhados na rocha ao pé do Monte das Oliveiras

SEGUNDAPARTE

I . Agricultura

AGRICULTURA» 1.37

ADEGA

Local onde se conserva o vinho: figura 340 - adega egípcia, de acordo com antigos m onum entos. Adiante, o leitor encontrará mais informações sobre vinho e lagares.

F igura 340 - adega egípcia

ARADOS

F igu ra 341 - arado usado pelos habitantes da Palestina

F ig u ra 342 -arado egípcio

utilizado na época de Samuel (ISm 13.20,21) e Miquéias (Mq 4.3). Nos Evangelhos Jesus

Os arados ou charruas m odernos ainda conservam a simplicidade primitiva que possuíam entre os povos bíblicos: o trabalhador utiliza um a leve relha, geralmente revestida de ferro, um timão e um a alavanca para dirigir os bois. Este m esmo sistema era

F igu ra 343 - egípcios arando c semeando, usando o arado da figura 342

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W1 I

F ig u ra 345 - cena de trabalhadores na lavoura no antigo Egito, onde sc vê homens puxando um arado (relevo desgastado)

F igura 344 -jugo usado em bois pelos agricultores judeus

Normalmente, eram os bois que realizavam esse trabalho. A Bíblia descreve com o era o processo de aragem e sem eadura (Is 28.24,25). Os bois eram atrelados com um jugo bastante parecido com os nossos [figuras 381 e343).

tam bém citou 0 arado para ilustrar sua m ensagem (Lc. 9.62). Figura 341 - arado usado pelos habitantes da Palestina; figura 342 - arado egípcio; veja- 0 em ação nas figu ras 381 6 343. Algumas vezes os hom ens puxavam o arado [figura 345 - cena de trabalhadores na lavoura do antigo Egito.

AGRICULTURA· 139

CARROS AGRÍCOLAS

F igu ra 346 - carro de boi romano. Observe-se 0 deialhe do jugo

Os carros agrícolas dos hebreus são m encionados em diversos lugares da Bíblia. Serviram tam bém para carregar a Arca da Aliança (ISm 6.7,8,10) e am assar a terra (Am 2.13).Assemelhavam-se aos m odelos dos antigos m onum entos rom anos (figuras346 e347)0, ao modelo sírio {figura 348).

F igura 347 - corro de boi romano

ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBLICA ״140

CELEIRO

trigo era derram ado pelos orifícios dispostos sobre o teto e caía em com partim entos isolados, como representa a figura 349; aberturas feitas embaixo de cada com partim ento perm itiam extrair 0 trigo facilmente.

As colheitas eram arm azenadas em celeiros e os produtos nelas estocados tam bém eram cham ados de “tesouros״: Gn 41.35; Êx 1.11; lC r27.25 (“tesouros da terra״); Ix: 12.18. Figuras 349 e 350 -ce le iro s egípcios, de acordo com m onum entos antigos. O

AGRICULTURA· 141

COLHEITA

A seara, no tem po da ceifa (ou sega), era vigiada noite e dia por guardiões (Jr4.17). A Bíblia tam bém fala sobre cabanas improvisadas, que eram erguidas no meio dos campos cultivados, e onde ficavam os vigias, Is 1.8; 24.20. (Figura 351). A Colheita era a últim a das três principais festas sagradas anuais dos judeus (Êx23.16).Os frutos da colheita

F igu ra 351 - vigia guardando, durante a colheita, um campo cultivado

F igura 354 - feixes de trigo são am ontoados no antigo Egito

F igu ra 352 - egípcios ajuntam trigo cm molhos

F igura 355 - trabalhadoresF ig u ra 353 -egípcio separando o trigo para ser arma/.enado


F igu ra 359 -foices egípcias

em molhos; figura 354 - feixes são am ontoados, cena do antigo Egito; figura 356 - trigo carregado em grandes cestos para ser secado e trilhado sobre a eira. A colheita tipifica 0

Arrcbatamento da Igreja (Mt 13.40-43 e G16.8).Os m em bros de cada família, homens, mulheres, crianças, servos e operários, realizavam a colheita dos cereais, particularm ente do trigo. Veja Rt2.4- 8,21,23; Jo 4.36, Tg 5.4 etc. As pessoas comiam seus frutos em pleno campo. Certas espécies de plantas eram com pletam ente arrancadas, mas os cereais, cortados com foices (J13.13). Em um sentido simbólico, nesta

eram atados em m olhos e am ontoados perto da eira. Veja Gn 37.7;Lv 23.10; Jz 15.5;Rt 2.7,15. M iquéiasfala que o ajuntam ento das nações contra Israel é plano divino e as com para a feixes (“gavelas”) para a eira (Mq 4.12). Figura 352- egípcios ajuntam o trigo

F iguras 357 e 358 - cenas da colheita de milho no antigo Egito, de acordo com uma pintura que está no Museu do Louvre

AGRICULTURA· 143

F ig u ra 360 - mulher c menino judeus voltam para casa após respigarem 0 trigo

passagem o profeta Joel fala sobre o julgam ento das nações. A sega foi constituída na Festa das Semanas em Israel (Dt 16.9. Figura 359- foices egípcias; figura 353 -co lh e ita no antigo Egito; figuras 357 e 358 - cenas da colheita do milho no antigo Egito, de acordo com um a pintura que está no M useu do Louvre. Fra perm itido aos pobres respigarem: {Figura 360- respigadores de Belém:Lv 19.9; Rt2.2 etc.

F ig u ra ־ 363 egípcios ordenham uma vaca

antigo Egito, figura que pode ter sido influenciada pela presença dos hebreus em Gósen, no Egito (Gn 47.4-6). Figura 366 - inspetor de gado no Egito, acom panhado de um secretário e um serviçal. Faraó manteve relações diplomáticas com a família de Jacó, ao colocar toda a terra do

GADOO livro de Gênesis inform a que o pastoreio de ovelhas era abom inação para os egípcios. Suas antigas pinturas confirmam adm iravelm ente esse fato, já que os pastores apareciam sem pre informes e caricaturados (figura 361). Em contrapartida, os hebreus sem pre tiveram m uita estim a pela atividade pastoril: figura 362 - estábulo de bois no

F igura 361 - caricatura egípcia de um pastor de gado. Os pastores eram abom inados pelos egípcios

F igu ra 362 - estábulo de bois no antigo Egito. Figura provavelmente do tempo em que os hebreus viviam em Gósem, no Egito

A G R IC U LT U R A L

Fignra 364 - egípcios alimentam e cuidam de animais doentes

Egito e seu gado à disposição do pai e dos irm ãos de José (Gn 47.6). Apascentar ovelhas é um a função realm ente sublim e e requer hum ildade e m ansidão, razão pela qual tipifica a

Figura 366 - missão da Igreja (1 Pe 5.2-

F ig u ra 365 -apríscojudeu

4). Na figura 363, egípcios ordenham um a vaca (0

leite era um dos alim entos favoritos dos hebreus); Figura 365- aprisco judeu. Jesus exortou os seus seguidores a entrarem pela porta do aprisco (Jo 10.1). Figura 364- pastores cuidam de anim ais doentes, de acordo com um a pintura egípcia.

146 «ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTJRA BÍBÜCA

Sob o sol escaldante do Oriente, todo cultivo agrícola seria impossível sem um a irrigação constantem ente renovada (Ec2.6).Os poços e as cisternas de que falam a Bíblia (figura 367- poço de Berseba) foram construídos para esse fim. O sistema de irrigação se desenvolveu no Egito e na Síria, onde

F igura ־ 367 poço dc Bersebasubsiste sob a forma de

IRRIGAÇÃO

F ig u ra 370 - escavação de iim poço no Egito

F igura 371 - a mesma atividade de escavação vista de frente

F igu ra 372 -egípcio cavando um poço

AGRICULTURA 147 י

F igu ra 369 - escavação de um poço

rodas hidráulicas {figuras 368 6 371- escavação de um poço vista de lado e de frente), e de baldes para retirar água (figuras 369,370 6 372 - operários cavando poços; afigura 761 m ostra egípcios transportando regadores, de acordo com um a pintura antiga.

TUGO

F igu ra ־ 374 aguilhão usado para estimular o boi

O term o “jugo״ tornou- se, na linguagem sagrada, o emblema da sujeição. Veja ISm 6.7; Is 9.4; Jr 5.5; etc. Para estim ular os bois, era usado um longo aguilhão; sua outra extremidade possuía um a espátula para limpar a relha do arado (figura 374). Na figura

F igu ra 373 -servos trabalhando com enxada no antigo Egito

373 vemos hom ens com enxada desm anchando os torrões de terra após a passagem do arado puxado por bois debaixo de jugo. Numa figura de linguagem, Jesus com parou 0 seu amor com um jugo suave (Mt 11.30). Veja também as figuras 344 e 761.

LAGAR________

Era um tanque onde as uvas eram pisadas e espremidas: figura 375 - servos egípcios pisando uvas em um lagar; figura 376- uvas sendo levadas ao lagar, cena do antigo Egito; figura 377- outro m odo egípcio de esprem er as uvas; figura

F igu ra 375 -servos egípcios pisando uvas cr um lagar

AGRIÇULTü.RA.‘ 149

F iguras 379 c 38« ־lagares romanas

378- lagar grego; figuras 379 e 380- lagares romanos. As passagens bíblicas enfatizam o lagar com o o dia da vingança e da redenção (Is 63.2,3). Veja tam bém : Jr 49.9, e Mt 21.33.

F igu ra 376 - uvas sendo levadas ao lagar

F igu ra 377 - egípcios usando um esprem edor gigante de uvas

LAVOURA

F igu ra 382 - picaretas usadas pelos antigos judeus

Era preparada com 0 uso da pá, da picareta, da enxada ou do arado, instrum entos muito antigos. Usando a pá os judeus cuidavam tam bém de sua higiene (Dt 23.13). O patriarca Jó tinha em pregados que lavraram suas terras (Jó 1.14). Figuras 382- picaretas judaicas; figura 373- hom ens trabalhando com enxadas; figura 381 - trabalhadores rurais usando arado no antigo Egito.

F igu ra 381 - agricultores egípcios usando

AGRICULTURA*. 16.1,

MALHACÃO DO TRIGO

F igu ra 385 - cam poncs usando o trenó da figura 383

tanto pelos bois, que andavam sobre a eira (Dt 25.4; Is 28.28; figura 384 - cena egípcia), como por m áquinas especiais, conforme dois modelos sírios: figura 386 - perfil de um trenó; figura 387- 0 m esm o carro visto de baixo; a figura 383 (letras Λ e B) apresenta outro

Os judeus recorriam aos m esm os procedim entos usados hoje no Oriente Médio para m alhar o trigo — que são absolutam ente diferentes dos nossos. A debulhação (este é 0 term o técnico mais conveniente para “m alhação”) era feita

trcnó usado para debulhar o trigoF igu ra 383 -

ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

modelo de trenó; as figuras 389 e 385 dem onstram como eles eram usados.Os profetas citaram algumas vezes a malhação do trigo para ilustrar 0 juízo de Deus sobre as nações inimigas de Israel (Am 1.3; Is 41.15).

F iguras 386 1387 ־ - trenó usado na malhação do trigo, vendo-se esse instrumento de

e de baixo

F igura 388 - outro modelo de trenó de malhação

389 - trenó de malhação

AGRICULTURA-153

ÓLEO

A fabricação de óleo era im portante na maioria das regiões bíblicas. As figuras 391 e392, reproduzem antigos lagares (local onde as olivas [azeitonas) eram espremidas) de óleo ainda existentes na Palestina.A figura 390 reproduz a planta de um grande parque egípcio, com vila, vinhedos e jardins (Ec2.5). A Igreja é com parada a um jardim

H gura 39() - planta <lc um parque egípcio de oliveiras c vinhedos

154. ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figu ra 393 - jardins suspensos na Babilônia c Assíria

Na figura 141 o leitor pode ver um a antiga casa egípcia cercada de um m odesto jardim.

fechado (Ct 4.12).A figura 393 m ostra “jardins suspensos״ na Assíria e na Caldéia.

PA

os rom anos, era sem elhante a um a cesta (figura 395 - réplica de um a antiga peneira romana). Peneirar tam bém era cham ado de “cirandar". Boaz utilizou a peneira para lim par a cevada na eira (Rt 3.2); em Is 30.24 a pá é citada como ferram enta para a

F igura 395 - peneira romana

O grão era agitado e lançado ao ar com o auxílio de pá {figura 394 - pá de peneirar usada pelos assírios {figura 396- pá sendo usada por operário judeu. Figura 397- trabalhadores egípcios joeirando (peneirando) cereais. A peneira, conhecida entre

F igura 394 - páusada pelos assírios

AGRICULTURA· 155

limpeza espiritual do povo de Israel; Jeremias citou a expressão “padejar״ na sentença contra Jerusalém (Jr 4.11,12). A pá foi um instrum ento usado figuradam ente por Jesus para lim par o seu povo (M13.12).

SEMEADURA

F igura 398 - rolo usado na sem eadura

A técnica era sem elhante à utilizada ainda hoje (Mt 13.3-8). Os arqueólogos supõem que após as sem entes serem lançadas no solo, passava-se 0 arado um a segunda vez para que os grãos penetrassem na terra. (Veja figura 399- trabalhadores rurais do antigo Egito. É possível que, assim com o os

F ig u ra 396 - operário judeu trabalhando com a pá

ז56 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figura 399 -rebanho de cabras pisam campo recém semeado

é com parada à germ inação do evangelho, e a terra ao coração do hom em (Lc 8.11,15 e lPe 1.23); e é sem elhante ao processo da ressurreição dos m ortos no dia do A rrebatam ento da Igreja de C risto (! Co 15.35-38).

egípcios, os judeus tam bém deixassem os rebanhos de cabras ou de ovelhas pisarem nos cam pos recém -sem eados [figura 399), ou utilizavam o rolo, há m uito tem po usado no Oriente Médio [figura 398). Λ sem eadura

VINDIMA

Assim como a sega, a vindim a (colheita de uvas) era realizada em meio à alegria (Jz 9.27;Is 16.10). Figuras 400 e 401 - cenas de vindimas egípcias.A vindima, no sentido figurado, representa, entre outras coisas, a ira de Deus sobre a terra (Ap 14.18-20).

F igu ra 4(M> -vindima (colheita de uva) egípcia

Figura 401 - egípcios trabalhando na vindima (colheita de uvas)

VmCULTURA

Os povos bíblicos podavam a vinha com um a faca especial, como m ostra a figura 402 (Is 18.5).O versículo: “e estes converterão as suas espadas em enxadões” (Is 2.4), faz alusão a esta ferramenta. É provável que as espadas e as foices citadas em J13.10 representem a referida faca.

2. Caça e Pesca

CAÇA E PESCA •161

CACA

0 principal objetivo da caça era eliminar animais nocivos e prover alimento às pessoas.A Bíblia m enciona pela primeira vez a palavra “caça" em Gn 10.9, ao citar Ninrode como poderoso caçador.Para caçar, usava־se principalm ente 0 arco e a rede. Figura 405 - rei assírio caçando leões; figura 403 - cena de caça na Assíria, de acordo com um baixo-relevo de

F igura 403 - os assírios, descendentes de Ninrode. eram poderosos caçadores

F igura 405 - rei assírio caçando leões

m · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

caçada. Algumas vezes usava-se arpão, conforme Jó 41.7. Figura 408 - caça a hipopótam os no antigo Egito. Os pássaros norm alm ente eram capturados com laços ou através de arapucas grandes ou pequenas, que na Bíblia são com paradas aos hom ens perniciosos (Ec9.12;Jr 5.26,27 etc.).Figura 410- arapuca aberta e erguida, de

Korsabad; figura 404 - cena de caça no Egito; figura 406 - leoa perfurada por flechas; figura 411- rei assírio lutando com um leão.A figura 407 mostra um a caçada a touros selvagens, de acordo com um baixo-relevo assírio, c a figura 412 mostra um rei babilônico oferecendo libações aos deuses sobre os cadáveres de quatro leões mortos em uma

Figura 406 - mortalmente ferida pelas flechas de um caçador assírio, a leou agoniza

CAÇA E PESCA. 163

Figura 407 - caçada a touros selvagens

F igu ra 411 -um rei assírio descendente de Assurbanipal luta contra

F ig u ra 4 1 0 -arapuca egípcia arm ada

F igura 408 - caçada ao hipopótamo no antigo Egito

F igura 409 - pássaro preso em ■ma gaiola de caça egípcia

164 · ENCICLOPÉDIA POPULAR CE CULTURA BÍBLIÇA

F igu ra 414 - rede que os egípcios usavam para a captura de pássaros

acordo com m onum entos egípcios; figura 409 - um pássaro preso num a gaiola; figura414 - rede egípcia para pegar pássaros; figura 413- rede estendida entre os juncos e pronta para ser puxada.

CAÇA E PESCA· 165

Os israelitas eram grandes consum idores de peixe no Egito, conforme diz Nm 11.5. A figura 418 m ostra egípcios salgando peixes para conservá-los. Já naquela época usava- se a linha para pescar.O livro de Jó (12.8) fala dos peixes como um testem unho das obras das mãos de Deus. Isaías profetizou que 0 Nilo — motivo de orgulho e um dos deuses egípcios — teria escassez de peixes (Is 19.8), e os seus

PESCAF igu ra 415 - peseaüor egípciousando um tipo diferente de rede

F igura 417 -instrumento de pesca

F igu ra 416 -redes secando ao sol

F igura 418 - egípcios salgando peixes para conservá-los

ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA ״

Habacuque fala em peixes, anzóis e rede quando prediz a ruína de Judá (Hc 1.14,15).Por fim, Jesus com parou 0 Reino dos céus a um a rede de pescar (Mt 13.47), e prom eteu fazer dos irm ãos Pedro e André pescadores de hom ens (Mt4.18,19). Figura 419- pescador

habitantes ficariam debaixo do furor do Senhor, como antílopes na rede (Is 51.20). Nos tem pos bíblicos existiam redes de todas as formas e dim ensões, conforme m ostram as figuras 416,415 (um pescador egípcio), 421 (um pescador filisteu), e 420 (grupo de pescadores).

F igiin i 419 - pescador judeu usando larrafa no lago de Tíberíades

C A Ç A I PESCA •167

F igu ra 420 - grupo de pcscadorcs cananeus (fenícios)

judeu do lago de Tiberfades. Figura 425 - pescadores egípcios usando um a grande rede. Para a pesca com linha, veja as figuras 27,423,424 6 422.

Figura 421 - pescador fdisteu

F igu ra 422 - pescador de N ínive usando o anzol


F igura 423 - pesca de anzol no antigo Egito

F igu ra 425 - pcscadorcs cgípcios usando uma grande rede

3. Artes e Profissões

ARTES E PROFISSÕES •171

um ataque ao boi antes de m atá-lo e, à direita, um boi recentem ente imolado sendo esquartejado, de acordo com um baixo-relevo egípcio.

AÇOUGUEIRO

É mencionado apenas indiretamente no Livro Sagrado, em 1C0 10.25, e isso tem uma explicação: cada família matava em sua própria casa os animais destinados ao consumo. Entretanto, alguns sacerdotes judeus exerciam, em vista dos sacrifícios, as mais delicadas operações do açougue.Veja, por exemplo, os capítulos 1,4 e 5 do livro de Levítico. Figura 427- açougueiro egípcio am olando a faca; figura 426 - à esquerda

F igu ra 426 - à esquerda, òdí sendo levado para a morte; à direita, boi sendo esquartejado (de um relevo muito desgastado)

0Sgêm ÉB ÉÉ

172 · ENCICLOPÉDIA POPULAR Dl CULTURA OlBUCA

CARPINTEIRO

O Senhor Jesus Cristo teve como pai de criação a um carpinteiro, e também foi carpinteiro (Mt 13.55; Mc 6.3). Este ofício existe desde a época mosaica (Êx 25.10; 35.33; 37.1,10 etc.). As figuras 430,431 e 432 mostram três oficinas de marcenaria

Figura 428 - machado usado pelos ninivitas

F iguru 429 - belíssimo machado de procedência egípcia

Figuru 430 - marceneiros no antigo Egito

F igura 431 - oficina de marcenaria egípcia


Figura 432 - marceneiros egípcios em várias fases do seu trabalho (relevo desgastado)

Palestina; na figura 432 vemos um a serra, de acordo com um vaso etrusco; e na figura 436 mais ferramentas de carpinteiro e cesto para transportá-las. Esses diversos instrum entos e ferramentas são mencionados na Bíblia. Isaías fala do carpinteiro que fabricava ídolos

(ou carpintaria) no antigo Egito; a figura 429 mostra um m achado egípcio, belíssima obra de m arcenaria, conservado no Museu Britânico; a figura 428 m ostra um m achado assírio, de acordo com um modelo antigo; na figura 434 vemos ferramentas de carpinteiro usadas na

74 . ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

(Is 44.13-18). Nas recom endações sobre o uso das ferram entas . (Êx 20.25) o Senhor proibiu que o buril fosse usado no en talhe de pedras para a construção do altar. A Bíblia tam bém m enciona o milagre do m achado que flutuou no rio Jordão (2Rs 6.5-7).O m achado foi citado por João Batista como sím bolo do juízo divino (Mt 3.10).

F igu ra 434 - ferramentas de carpinteiro usadas pelos judeus do tempo de Jesus

«Q3E2S5S-

F ig u ra 436 -ferram entas de

carpinteiro e 0 cesto utilizado para transportá-las

F ig u ra 435 - serra de carpinteiro

ARTES E PROFISSÕES ■ ו 75

ESCULTOR

F igura 438 - egípcio cinzclando os membros de uma estátua

Figuras 437 e 439 - estatuários egípcios. Esses profissionais eram muito solicitados na antigüidade. Suas obras iam das imagens dos querubins sobre a Arca da Aliança (2Cr 3.10) à fabricação de ídolos entre os povos pagãos (Is 44.17). Por não existir o recurso da fotografia, m uitos nobres, além dos faraós, mandavam esculpir suas próprias estátuas.

F igura 439 - escultor pintando uma estátuaF igura 437 - estatuário egípcio esculpindo uma estátua

FERREIRO E CHAVEIRO

(2Rs 24.14). Os ferreiros, pedreiros, carpinteiros e serralheiros ajudaram a reformar a Casa do Senhor (2Cr 24.12).O profeta Isaías fala sobre 0 árduo trabalho do ferreiro (Is 44.12).A Bíblia cita algumas ferram entas usadas pelos metalúrgicos da antigüidade: bigorna (“safra״), martelo (Is 41.7), crisol (Pv 17.3) etc. Veja detalhes sobre essas

Várias passagens das Sagradas Escrituras m ostram que os ferreiros e os chaveiros e outros artesãos especialistas em ferro, cobre e bronze eram muito prósperos entre 0 povo bíblico.O uso do ferro foi boicotado duran te a servidão dos israelitas aos filisteus (ISm 13.19). Os ferreiros estavam entre os cativos levados para Babilônia

F igura 440 - enquanto dois

ARTES E PROFISSÕES · 177

A maioria dos fornos dom ésticos era móvel, e por isso de dim ensões pequenas. Eram construídos com tijolos revestidos de argila por dentro e por fora. Figura443 - forno judeu; figuras444 e 445 - antigos fornos

- ferreiros colocando um pedaço de melai sobre o braseiroF igura 441

profissões nas gravuras dos m onum entos egípcios {figura 440- fornalha e fole de ferreiros; figura 441- dois operários colocam um pedaço de metal sobre o braseiro; figura442 - em um a cena análoga, um terceiro personagem esvazia um saco de carvão.

F ig u ra 443 - antigo forno judeu encontrado em Nazaré

F igura 442 - enquanto dois ferreiros colocam uma peça de metal sobre o fogo. outro operário esvazia um saco de carvão

FORNOS


egípcios. Para aquecê- los, eram acesas lenhas ou ervas dessecadas (Mt 6.30). Entretanto, os padeiros tinham fornos maiores, sem elhantes aos que são usados hoje no Ocidente.

F igura 444 - antigo forno do tempo dos faraós

F igura 445 - trabalhador egípcio colocando carvflo dentro de um forno

LAVADEIRO

e36.2). Mas nenhum lavadeiro, por melhor que fosse, poderia tornar mais resplandecentes as vestes com as quais Jesus foi visto natransfiguração (Mc 9.2-3).

Nos tem pos bíblicos, tam bém era profissão de homens. Eles sabiam dar aos tecidos um a brancura notável. A Bíblia m enciona duas vezes essa palavra (Is 7.3

Figura 446 - no Egito, os homens também lavavam roupa. A figura mostra dois lavadeiros profissionais

AR TE S ^R O FIS S 0E S ״179

Figura 446 - lavadeiros egípcios; figuras 447 e 448- lavadeiros romanos, de acordo com pinturas de Pompéia.

O nom e não aparece na Bíblia, mas existem passagens que falam sobre 0 processo de extração da madeira nas florestas (Is 10.34;SI 74.6 ).Figura 449- árvores sendo derrubadas no Líbano; figura 887- assírios derrubando árvores.A floresta do Líbano era um dos locais mais procurados pelos lenhadores.

Figura 449 - lenhadores assírios derrubando árvores no inaiue Líbano. O s ninivitas eram grandes saqueadores de árvores dos países vizinhos

F igura 447 e 448 - lavadeiros romanos; um deles esfrega as roupas comO S p é s

ENHADOR

^E N C IC LO P É D IA POPULAR DE CULTURA BlBLICA

OLEIRO

que Judas recebeu por trair Jesus, os príncipes dos sacerdotes com praram o cam po de um oleiro, conform e Mt 27.7,10. Figura 450 ־

Em vários lugares as Sagradas Escrituras fazem referência ao oleiro judeu e ao seu trabalho (lCr 4.23;Jr 19.1,2). Com o dinheiro

F ig u ra 450 - O le iro judeu trabalhando em sua oficina


diversos vasos de barro. O Senhor dos Exércitos tem 0 poder de moldar o seu povo, assim como o oleiro molda o vaso (Jr 18.2-6).

F igura 451 - olaria no antigo Bgito

oleiro judeu trabalhando sobre um torno. Figura 451 - u m a olaria no antigo Egito. Na figura 452, enquanto um forno é aquecido, em outro forno são colocados

F igu ra 452 -1 colocam; dc b1UT0

no fornovasos

OURIVES

A ourivesaria era arte praticada entre as nações bíblicas há m uito tempo. Confeccionavam objetos diversos e imagens de escultura (Jz 17.4;Jr 10.14). As descrições

Figuru 453 - ourives trabalhando com uma pinça c soprando us brasas do crisol através de um tubo

seqüência num erada na figura, os operários 6,7,8 e 9 lavam o metal precioso, e os operários 10,11 e 12 repassam 0

metal para os operários 13 e 16, que lhe fazem outras preparações. Na fileira de cima, 0 operário 3 usa um tubo para ativar o fogo; 0 4 pesa o metal; o 5 toma nota e os operários 1,2,14 e 15 fabricam vários objetos de joalheria.

bíblicas sobre os objetos de culto no deserto mostram a intensa atitude dos ourives (Êx 25,30,32,37,39 etc.). A figura 453 representa um ourives trabalhando, com um a pinça e soprando 0 braseiro de seu crisol portátil através de um tubo. Na figura 454 vemos 0 trabalho em uma oficina de ourivesaria. Segundo a

Figura 454 -diversas fases de trabalho em uma

ourivesaria (vero texto principal)

ARTES EPR0F1S$0ES3&1״

m ass! de pão com os pés

As am assadeiras são citadas en tre as bem - aventuranças e as m aldições, no m onte Gerizim (Dt 28.5,17), e o ferm ento é citado em Mt 13.33 com o sím bolo das falsas doutrinas.A figura 459 m ostra um padeiro egípcio preparando m assa de

EIRO

A m assa dos pães e dos bolos era p reparada com cuidado e colocada em cestos depois de ferm entada. Os israelitas saíram com tan ta pressa do Egito que levaram as suas m assas sem que estas tivessem ainda levedado (ferm entado) (Èx 12.34).

F ig u ra 455 - padeiros egípcios preparando m assa de pão

״ ENÇIC10PÉDIAP0PUI AH DE CULTURA_״.184 I I 1 ״ CA

pão, de acordo com 0

desenho em um a tumba; figura 456 - egípcios preparam massa com os pés; figura 455 e 457- outros padeiros egípcios, de acordo com monum entos.

F igura 458 - padeiros egípcios preparando tortas e bolos

F igura 459 - padeiro egípcio inclinado sobre uma tribua de preparo de massa de pão

AWES E PROFISSÕES 0 8 5

Esta profissão sempre existiu no Egito, mas a Bíblia só a apresenta na Palestina mais tarde. 0 profeta Oséias fala sobreo forno aceso pelo padeiro e a massa levedada como símbolo da iniqüidade de Efraim e Samaria (Os 7.4-7).Cada família fazia 0 seu próprio pão, de acordo com o hábito primitivo.Devido à insuficiência

dos m oinhos manuais, Figura 461 - moinho movido por cavalo

passaram a ser utilizados m oinhos movidos por burros ou cavalos para triturar o trigo. Em uma de suas parábolas, Jesus falou sobre a pedra de moinho (“mó de azenha” - Mt 18.6). A figura 461 mostra um m oinho posto em funcionam ento com a ajuda de um cavalo, e a figura 460 mostra esse moinho aberto e dividido em duas peças.

H p w i 460 - o moinho da < p r a 461 aberto e dividido em A o » peças

de confeitaria fina, que eram assados ao forno ou fritos no óleo; m as nada se com para ao pão especial que desceu no deserto (Êx 16.14,15,31). A passagem bíblica de 2Sm 13.6-9 m ostra passo- a passo a confecção dos־bolos na antigüidade. Figura 464 - dois egípcios fritando bolos em forma de espiral; figuras 458 e 463 - egípcios preparando bolos; note- se, na figura 463, o bolo em forma de coração; provavelmente Am non

Fig u n i 464 - padeiros egípcias preparando doces

em forma dc espiral

F igura 462 - variados formatos de pão

Os pães eram pequenos, redondos e quase sem pre finos. Por isso era fácil parti-los com os dedos (Is 58.7; Mt 14.19; 15.36;26.26 etc. Figura 462 - pães consum idos em países citados pela Bíblia. Eram fabricados tam bém vários tipos de produtos

F igura 463 - padeiras egípcios preparando bolos

ARTES E PROFISSÕES· 187

F igura 465 -padeiro levando um tabuleiro de bolos ao forno

pediu que sua irmà Tamar preparasse algo parecido para ele em 2Sm 13.6 ;figura 465- bolos sendo levados ao forno. Essa figura parece explicar a forma como trabalhavam os confeiteiros de faraó na passagem bíblica de Gn 40.16,17.

EDREIRO

em um a de suas visões (Am 7.7,8).Na simbologia, 0 prumo significa retidão.Na figura 466 vemos um prum o romano, de acordo com um modelo encontrado em Pompéia

Os pedreiros aparecem em diferentes livros da Bíblia, ao lado dos talhadores de pedra.A figura 467 mostra a construção de um templo egípcio. O profeta Amós m enciona 0 prumo

F igura 466 - prumo usado pelos antigos pedreiros romanos

108· ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

F igura 467 - pedreiros eonstroem um templo egípcio

SAPATEIRO

Sobre este ofício são encontrados furadores usados por sapateiros, reproduzidos na figura 468, de acordo com os m odelos egípcios do Museu Britânico. É provável que estes mesmos instrum entos tam bém servissem para furar as orelhas do servo que, mesmo alforriado, preferisse ficar com 0 seu senhor (Êx 21.4-6 e Dt 15.17).

ARTES.E. PROFISSÕES ».189

TALHADOR DE PEDRAS

Esse profissional foi muito estim ado pelos judeus, sobretudo durante a construção do templo de Salomão e do templo de Herodes,0 Grande, quando foram construídas cidades e edificados esplêndidos edifícios religiosos. Veja1 Rs 5.17; 6.7; 15.22; e 2Rs 12.12; 22.6. As figuras 469 e 470 m ostram talhadores de pedra em plena atividade.


TECELÃO

F igura 472 -o s egípcios eram habilidosíssimos tecelões

É provável que os hebreus tenham aprendido este ofício durante o período de escravidão no Egito.Esses profissionais foram convocados para confeccionar, entre outras obras, as vestes sacerdotais (Êx 28.3-6,32 e 35.35), e eram da descendência de Judá (lCr 4.21). Sua arte serviu de ponto de partida para belas comparações bíblicas (ISm 17.7; 2Sm 21.19; Jó 7.6; Is 38.12

AH Ih S E PROFISSÕES ■191

egípcias; figura 478 - cena romana; figura 476- fusos do antigo Egito, de acordo com os originais conservados no Museu Britânico. Os egípcios trabalhavam na fabricação do fio de linho de maneira peculiar. Veja a figura 477- pente de m adeira para desembaraçar 0 linho, de acordo com um original egípcio; figura 480- preparação do linho

[x^ entre os egípcios; no

etc.). As figuras 471,472 e 475 representam tecelões em plena atividade no antigo Egito; a figura 474 mostra um tear judaico.A preparação do fio (lã, algodão, linho) era feita no fuso (Êx 35.25;Pv 31.19 etc). Os homens se dedicavam tam bém a este serviço, ainda que essa fosse, geralmente, uma ocupação das mulheres. Veja as figuras 473 e 479- cenas

Figura 475 - tecelões x do antigo Egito em plenaV S atividade (de um mural(muito desgastado ׳


&F igura 478 - umatecelã romana

plano superior o linho é transportado e batido; no plano inferior,0 linho é esticado para a fabricação de cordas.

F igura 476 - fusos 53 W 1usados por tecelões doantigo Egito 1

Figura 479 - os egípcias eram considerados mestres na arte de trabalhar com Has de linho

\\ Iע ע

Figura 477 - pente de madeira usado para desem baraçar 0 linho

a r t e se p r o fissOe s · 193

F igu ra 482 - tijolo egípcio com 0 sincte do Faraó Tuimés III

cruel dos capatazes. Leia mais sobre este trabalho em 2Sm 12.31; Jr 43.9;Na 3.14 etc. Ez4.1 nos ensina que na Babilônia e em Nínive escrevia־se sobre tijolos frescos.A figura 481 mostra a confirmação deste fato: tijolo assírio com 0 nome e os títulos do rei Salmanasar, de acordo com 0 original conservado no Museu Britânico; a figura 482 mostra um tijolo egípcio com a marca do sinete do Faraó Tlitmés 111 (Museu Britânico).

TITOLEIRO

Os tijoleiros sempre foram muito numerosos nas regiões do Oriente Médio, onde pedra para construção é rara, cara e de difícil extração.No Egito, 0 povo hebreu foi forçado a executar rudes trabalhos em argila e tijolo (Êx 1.14; 5.7-8). Nas figuras 514 e 516, de acordo com um a pintura egípcia, vemos um panoram a geral do trabalho escravo. O barro era preparado, irrigado, os tijolos eram fabricados em fôrmas de madeira e depois empilhados para secar. O trabalho era executado sob o bastão

Figura 481 - lijolo assírio com 0 nome do rei Salmanasar

L M l ENCIÇLOPEDIA POPULAR DE CULTURA BlBLlCA

VIDRACEIRO

Devido à limpidez e transparência, 0 mar de vidro do Apocalipse foi com parado ao cristal (Ap 4.6). Na figura 483 vemos vidraceiros em atividade. No plano superior os operários egípcios assopram 0

vidro, e no de baixo o vidro é retirado.

Embora essa profissão não seja m encionada na Bíblia, a m atéria-prim a desses profissionais aparece em algumas passagens. O cristal é citado em Jó 28.17, e Ezequiel viu sobre a cabeça dos anim ais um firm am ento como o cristal (Ez 1.22).

F igura 483 - vidraceiros egípcios fabricando jarros de cristal

. Arquitetura

ARQUITETURA · 187

acordo com antigos m onum entos; figura 489- capitel de um a coluna do tem plo de Herodes; figura 492 ־־ base e capitel de coluna em Susâ; figura 488- coluna de Persépolis. Estas colunas eram

COLUNAS

F igu ra 484 - capitel de coluna encontrado cm Jerusalem

responsáveis pela sustentação dos templos.

Na arquitetura judaica, elas eram raras e habitualm ente pouco ornam entadas, m as os egípcios, os assírios, os persas, os gregos e rom anos costum avam decorá-las. Veja a figura 484 - coluna judaica; figura 485 - base de um a coluna antiga descoberta em Jerusalém; figuras 486 e 487 - capitéis de colunas egípcias, de

F igura 485 - base de uma coluna

antiga encontrada em Jerusalém

198 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBUCA

As colunas do Templo de Dagom derrubado por Sansão também eram ornam entadas (Jz 16.23-30).

F igu ra 490 - coluna egípcia

F igura 487 ־ capitel de coluna egípcia

F ig u ra 491coluna grega

"V:׳ו , ? נ μ י 1 1. F igura 492 - base e

capitel de coluna mcdo-pcrsa

F iguru 488 -coluna medo-persa

ARQUITETURA »199

1BELISC0 S

F igu ra 493 - obelisco cm honra dos reis assírios que atacaram Israel e Judá

F igu ra 494 - obelisco erguido h glória dos faraós

arquitetura judaica, as suas datas tenham causado controvérsias e as notas bíblicas sobre esse assunto sejam bem obscuras, nós podem os fazer um a idéia possivelm ente exata desses m onum entos entre os judeus. Sem ter 0 caráter rico e brilhante das construções assírias, egípcias ou persas, os m onum entos dos hebreus im pressionam por suas grandiosas massas, pela unidade, sim plicidade e regularidade de suas linhas. Não se sabe dizer ao certo qual era 0 seu estilo. Mas eles tinham pelo m enos m uita originalidade, imitando, em alguns lugares, os edifícios egípcios e fenícios.

Nas citações bíblicas, os obeliscos aparecem com 0 nom e de “coluna״(ISm 15.12; 2Sm 18.18); ou “m onum ento״(2Rs 23.17 e is 19.19). Figura 493 - obelisco assírio; figura 494 ־ obelisco egípcio.Os egípcios diziam que o obelisco representava a 44materialização do raio solar״.Ainda que tenham sido encontrados muito poucos deles na


ORNAMENTAÇÃO

Figura 498 - detalhes de decoração assírios; figura 496 e 495 - mosaicos assírios; figura 497- um ângulo do túm ulo de Absalão, em Jerusalém; figura 501 - frisos com ornam entos em forma de lis, em Persépolis; figuras 499 e 500 - motivos de decoração egípcios; figura 502 - detalhes da porta dupla de Jerusalém; figura 508 escultura fenícia encontrada em Sarepta. O rei Salomão adornou com ouro as paredes, os um brais e as portas do

F igura 495 - mosaico de um palácio em Nínive

ARQUITETURA •201

tem plo do Senhor (2Cr 3.6,7). Espiritualmente, 0

adorno da Igreja é a glória de Cristo. Algumas vezes, os profetas citaram o adorno de Israel sim bolizando a aparente glória de suas riquezas. Jesus criticou a hipocrisia dos fariseus que usavam0 adorno com o aparência de piedade (Mt 23.29-31).

20? · ENCYCLOPEDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

F igura 499 - motivo de decoração egípcia

F igura 501 - frisos com ornamentos cm forma de lis, em Persépolis

F igura 502 - detalhes da porta dupla de Jerusalém

ARQUITETURA ·2Q3

(Et 1.9). Isaías disse que os filhos do rei Ezequias seriam eunucos no palácio de Nabucodonosor (Is 39.7). Daniel estava entre os m ancebos cheios de

CIOS

A Bíblia diz que 0 rei Salomão edificou a sua casa real (2Cr 2.1).A rainha Vasti tam bém fez um banquete com as mulheres da 4‘casa real” do rei Assuero

F igura 503 - detalhe Ja escadaria do palácio do rei persa Xerxes

204 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBLIÇA

F igura 504 - outro detalhe do palácio de Xerxes, em Persdpolis

»

sabedoria que foram levados para viver no palácio deNabucodonosor (Dn 1.4). figura 503 - escada de honra do palácio do rei Xerxes, em Persépolis; figura 504 - detalhes de ruínas do mesmo palácio; figura 509 ־ um palácio babilônico

F igura 505 -palácio de Hircano

F igura 506 - pane da fachada do palácio de Sargon. em Nínivc

Figura 509 -palácio babilônico restaurado

ιΰ.ι/·Γ״

aaaa

ARQUITETURA •205

restaurado; figura 506 - parte da fachada do palácio de Sargon, em Nínive. A figura 510 e a figura 511 m ostram de maneira mais surpreendente, trabalhadores egípcios

F igura 508 - escultura encontrada nas ruínas de um palácio filisteu em Surepta

F igura 507 - fachada do palácio do rei Dario


do palácio dc Dario, em Persépolis; figura 513- entrada de um templo babilônico da época de Nabucodonosor; figura 512- p lanta de um palácio assírio.

e assírios, transportando e erguendo estátuas colossais de um rei e um deus; figura 505 - fachada norte do palácio de Hircano, em Araqel Emir; figura 507 - fachada m eridional

F igu ra 511 - trabalhadores assírios transportando a estátua do deus Adramclcque

F igura 510 - trabalhadores egípcios transportam a estátua de seu rei, 0 faraó

ARQUITETURA. 207

F igu ra 512 - plantu dc um palácio assírio

Figura 513 - entrada dc um templo babilônico da época dc Nabucodonosor

Mh

208 - ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

JfWf\F igura 514 - os pedreiros gregos c egípcios construíram grandes monumentos

F ig u ra 515 - Porta de Babel, no Cairo!

F igura 516 - pedreiros egípcios construindo um palácio para o faraó

ARQUiTET-UBÀ - *- 2Q9

PEDREIRAS

Encontradas na Palestina, Fenícia e em várias regiões da Síria em caráter totalm ente particular: os blocos de pedra atingiam dim ensões consideráveis, eram talhados som ente nas bordas e grosseiramente esculpidos na parte central (veja a figura 517- pedreira dos arredores de Jerusalém, utilizada na construção do templo; figuras 518 e 519- m uralhas esculpidas, m ontadas com pedras

F igura 517 - pedreira de onde se extraiu muitas pedras para a construção do templo dc Jerusalém

F igura 518 - detalhe dc muralha onde foram utilizadas pedras gigantescas

F igura 519 - trecho de muralha de uma construção antiga de Jerusalém


F igura 520 - os egípcios foram os maiores construtores do mundo antigo

externa do templo de Jerusalém; figura 522- muralha que contorna a porta ocidental de Jerusalém. Alguns arqueólogos dizem que elas são da época de Salomão; outros acham que elas datam da época de Herodes, o Grande. Veja a respeito dessas pedras gigantescas em1 Rs 5.17 e 7.9-11, quando Salomão m andou trazer as pedras lavradas para construir o templo. Ao profetizar a destruição de Jerusalém pelo exército do general Tito, no ano 70, Jesus expressou a im ensidade da destruição dizendo figuradamente que não ficaria "pedra sobre pedra” (Mc 13.1-2).

F igura 521 - túm ulo de Abraão, em Hebrom, vendo-se um detalhe de sua muralha

gigantescas extraídas das pedreiras; figura 520- egípcios transportando um a grande pedra de construção; figura 521 - m uralha ou cerco do túmulo de Abraão, em Hebrom; figura 523 - m uralha de um a parte

}12AgNC!QPÍ DIAJQPyiAaJCE mWBASÍBUCÔ_____________________________

PORTAL EM MEIO-CÍRCULO

As figu ras 524,525 6 527 m ostram portais romano, judeu e assírio. Figura ־ 526 portal egípcio talhado na rocha, em Tebas. Esse tipo de arquitetura não era encontrado entre os antigos judeus. Só na reconstrução dos muros de Jerusalém, Neemias

F igura 526 - portal egípcio talhado na rocha

edificou os portais (Ne 6.1). No salmo profético sobre o domínio universal de Cristo, Davi m anda que os portais se levantem para a entrada do Rei da Glória (SI 24.7).

ARQUITETURA «213

PORTAS E PORTICOS

: ־ ן־ · .. · : ־ ·י -*־-־— - *■r*-. *v ־

־;3

F igu ra 529 -porta antiga de uma cidade judaica

Médio, pelo m enos de um a m aneira parcial. Figura 529 - porta antiga de um a cidade judaica; figura 515 - porta de Babel, no Cairo; figura

É bem conhecido, segundo a Bíblia, o papel desem penhado pelas portas das cidades na

antigüidade como lugares de reunião, como cortes de justiça etc.; veja Dt 21.19; Js 20.4;Rt 4.10-11; Jó 29.7;SI 87.2; At 3.10, etc. Esses antigos usos subsistem ainda hoje no Oriente

F ig u ra 528 - uma das portas da antiga Nínivc

?14 . ENÇIÇLOPÉPIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

5 3 0 - portas de cidades assírias; figura 528 - outra porta assíria, de acordo com um baixo-relevo de Nínive; figura 531 - pórtico de um tem plo egípcio em Carnaque; figura 532 -

Figura 531 ־־ porta de um tem plo na cidade egípcia de Carnaque

porta antiga em Antioquia. No Novo Testamento, Jesus é com parado à porta (Jo 10.9). A porta tam bém significa a disposição de entregar a vida à Cristo (Ap3.20).

F igurn 532 - antiga porta da cidade de Antioquia

י . רי . / ' ׳;. י - ׳ ־f.--; .י}*?■־־···־.;■:*־»:.

5. Passatempo

PASSATEMPO •217

ANFITEATROS

referido em At 12.21 seja um anfiteatro. Assim que eclodiu a confusão na cidade de Éfeso, Gaio e Aristarco estavam em um teatro (At 19.29-40). Figura 534 - o Coliseu Romano, visto de fora; figura 535 - o anfiteatro de Pompéia, visto do interior; figura 533 - seção de um anfiteatro onde se podem ver a disposição das arquibancadas e a galeria coberta.

F lyura 535 - anfiteatro dc Pompcia

O livro de Atos dos Apóstolos narra diferentes cenas dram áticas que se passaram em anfiteatros. É provável que 0 tribunal

F ig u ra 533 - trecho dc um luxuoso anfiteatro com galeria coberta F igura 534 -

o famosíssimo Coliseu Romano onde. entre outras coisas, os criil&os foram martirizados

218 ■ ENCKXOPéDlA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

DIVERTIMENTOS E ESPORTES

F igu ra 537 - jogador dc disco romano

Os grandes divertimentos à maneira grega e romana só penetraram na Palestina em épocas de decadência e infelicidade. Figura 537 - jogador de disco, de acordo com um modelo do Museu Britânico. Várias passagens do Talmude deixam claro que existia uma variedade de jogos para a distração dos antigos hebreus, em

O profeta Zacarias fala sobre m eninos e meninas de Jerusalém brincando em suas ruas (Zc8.5). Enquanto esperavam Moisés descer do Monte Sinai, os israelitas levantaram-se para se divertir (fix 32.6).Figura 536 - divertimento infantil chamado “bola de cavalo”, de acordo com m onum entos egípcios. Mesmo os hom ens de idade m adura têm necessidade de recreação. Sansão divertiu os filisteus no templo de Dagom (Jz 16.25).

F ig u ra5 3 6 -d ivertim ento infantil usado |K>r crianças egípcias chamado ,‘bola de cavalo"

PASSATEMPO »219

Figura 539 - iipo dc jogo semelhante ao xadrez

Em várias passagens de suas epístolas, Paulo cita os jogos clássicos (1C0 9.24-27) e fez alusão ao exercício corporal (lTm 4.8); depois, garante que a coroa de glória está reservada para todos quantos am am a vinda de Cristo (2Tm4.8). Há

Θ tam bém um a referência

F ig u ra 540 -um» malabarista

F igu ra 538 -jogo das mãos

todas as épocas e em todos os países. Figura 539- tipo de jogo de xadrez; figura 538 ־ jogo das mãos. Apreciado por italianos e orientais, esse jogo consiste em os dois jogadores deverem ao mesmo tempo abrir espontaneam ente de suas mãos tantos dedos quantos desejarem.O que enunciar um núm ero igual ao total dos dedos mostrados por um e por outro jogador, marcará ponto; figura 540- um a malabarista; figura 541 - dois acrobatas.

F igu ra 541 - d o is acrobatas

• ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

sobre a carreira que nos está proposta, em Hb 12.1. Figura 544 - um a corrida em Roma; figura 542 - luta com bastão, cena egípcia; figura 545 - o pugilismo, cena grega, de acordo com um vaso antigo; figura 546- luta corpo־a־corpo, de acordo com um vaso grego; figura 5 4 7 - coroas

F igura 542 - lulu de Ixistdo

M 9 ·

S'־ i· ·F igura 543 - dado antigo

usado pelos romanos

F igura 544 - atletas disputam corrida em um estúdio cm Koma

Figura 547 - com as gregas que eram dadas aos vencedores

F igura 545 - pugilistas gregos

gregas que eram dadas aos campeões, fi provável que os soldados tenham usado dados para "lançar sortes" sobre as vestes dc Jesus no m om ento da crucificação do Senhor (Mt 27.35). Figura 543- dado antigo encontrado na cidade rom ana de Herculano.

Figura 546 - luta eorpo-a-corpõ

6. Dança e Música

JQANÇAJLMUSICA 5 22 ״

DANCA

Durante um longo tempo, a dança apareceu no Oriente bíblico apenas como um alegre e inocente exercício, do qual hom ens e mulheres nunca tomavam parte sim ultaneam ente (veja ISm 18.6; Jó 21.11,12;Ir 31.4; Mt 11.17; Lc 7.32). Era, às vezes, manifestação religiosa (Êx 15.20; Jz 21.19-21; 2Sm 6.5,14). A dança consistia em movimentos compassados das pernas e dos braços, com acom panham ento de canto e instrum entos musicais (Jz 11.34;SI 150.3-5, etc.).

A figura 548 mostra dançarinos egípcios; na figura 549 vemos um tocador de harpa e três dançarinas; na figura 552 - egípcias e um a criança dançam ao som de tamborins.Mais tarde, com a introdução dos costumes gregos, na Terra Santa essas danças se tornaram lascivas c incovenientes (Mt 14.6). Figura 550- dançarina romana, de acordo com um afresco de Pompéia; figura 551- dançarina romana tocando címbalos.

F igura 552 -mulheres egípcias c

uma criança dançam ao som dc tamborins

DANÇA E MÚSICA •227

INSTRUMENTOS MUSICAIS

Figura 555 -pandeiro grego

batendo tambor, de acordo com antigos m onum entos; figura 559- pandeirista assírio; figura 561 - tam bor babilônico; figura 558- antigo tam bor egípcio

Λ Bíblia m enciona três categorias de instrumentos: percussão, sopro e cordas. Entre os instrum entos de percussão destacam-se os tam borins e vários tipos de tambores: figura 554 - pandeirista romano, de acordo com um a pintura de Pompéia; figura 555- pandeiro grego; figura 556 - assírio

F igu ra 553 -egípcio locando flauta

F igura 556 -eunuco assírio tocando tambor

F igura 554 -pandeiro romano

- ENCICLOPÉDIA POPULAR DE ÇULTUMA BlBLlCA.

F igura 559 - pandcirista assírio

encontrado em Tebas, com sua baqueta; figura563 - outros tam bores do antigo ligito, de acordo com monum entos; figuras 557 e 562 - tam bores da Babilônia e da Assíria; figura 560 - instrum ento egípcio. Veja Gn 31.27;Jz 11.34; 1 Cr 13.8; SI 81.3; Jr 31.4 etc.). Os címbalos sonoros eram apreciados pelos m édio-orientais de

F igura 56« -os egípcios foram grandes inventores de instrumentos musicais da antiguidade. Instrumento de invenção egípcia

F igu ra 557 - tambor da Babilônia

$

ÜANÇAE MÚSICA •229

todos os tem pos (2Sm 6.5; lC r 13.8 etc.). Figura 564 - assírio tocando címbalos;figura 567־ címbalos romanos, de acordo com um grafite de Pompéia; Figura 565 - antigos címbalos egípcios. Os saltérios foram também muito usados (2Sm 6.5). Figura 566 - saltérios egípcios; figura 568 ־ saltério cananeu; figura 569- egípcios tocando saltérios. Esse instrum ento era representado por um arco de metal,

ÜANÇAE MÚSICA •229

todos os tem pos (2Sm 6.5; lC r 13.8 etc.). Figura564 - assírio tocando címbalos;figura 567- címbalos romanos, de acordo com um grafite de Pompéia; Figura 565 - antigos címbalos egípcios. Os saltérios foram também m uito usados (2Sm 6.5). Figura 566 - saltérios egípcios; figura 568 - saltério cananeu; figura 569- egípcios tocando saltérios. Esse instrum ento era representado por um arco de metal,

F igura 562 - tamlM»! usado pelos músicos de Nínive

F igura 563 -outros tambores usados no antigo

230 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA DIOLICA

atravessado por várias varetas de aço móveis, que quando agitadas produziam um barulho sem elhante ao dos triângulos.Entre os instrum entos de sopro destacam -se a gaita de foles, provavelmente o mais antigo instrum ento de sopro dos hebreus e dos caldeus (Dn 3.5,10). Figura 572 - gaita de foles dos romanos; figura 570 - gaita de foles dos árabes.

F igura 564 - assírio locando dm balos

F igura 567 - dm balos romanos

F igura 565- antigos címbalos egípcios

F igura 568 -salt (frio canuncu

gANÇAEM tJSlCAjLgai

Esse instrum ento era acom panhada do órgão, seu derivado, que os primeiros talmudistas conheciam muito bem Figura 574 - órgão hidráulico, de acordo com uma moeda.

Esse instrum ento ainda é muito apreciado entre os povos vizinhos dos judeus. O mais conhecido modelo da flauta era o pífaro (Dn 3.5). Figura 573- pífaro, de acordo com um m árm ore de Pompéia.

232 · ENCICLOPÉOIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

F igura 5 7 3 - pílaro romaito

Figura 578- flauta judaica; figura 581 - músicos tocando flautas doces; figura 576- musicista egípcia tocando flauta dupla; figura 579 - musicistas profissionais egípcias; figura 577 - flauta egípcia; figura 586 - flautista assírio. Entre os instrum entos de cordas destacam-se: Io) a lira

F igura 570 -gaita dc foles árabe

F igura 571 - flauta judaica dupla

DANÇA E MÚSICA •233

F ig u ra 578 -Dauiu judaica

{figura 580 - lirista rom ana usando o plectro, de acordo com uma pintura de Pompéia; o plectro é representado à esquerda da gravura); figura 582- lirista egípcia; figura 595- liristas assírios, de acordo

FiRura 576 - músici.sta egípcia tocando flauta dupla

com baixo-relevo conservado no Museii Britânico; figuras 583,584 e 585 - liras com três, quatro e cinco cordas, gravadas sobre antigas moedas judaicas; 2o) a harpa; figuras 589 e 590- harpas egípcias; figura 588- tipo de harpa árabe; 592 - harpista egípcio, de

Figura 585 - antiga moeda judaica

com a figura dc uma lira

de tr ts cordas


Figura לאה - violonista árabe

F igura 588 -harpa árabe

acordo com uma pintura deTebas; 3o) e o violão: figiira 593 - violonista

tegípcia; figura 587- um violonista árabe. Veja como principais referências bíblicas:ISm 16.23; 2Sm 6.5; lCr 13.8; 15.20; SI 33.2; 43.4; Is 5.12; 24.8;Dn 3.5,7,10, Ap 5.8; 14.2 etc.Desde a primeira época

F igura 589 -harpas egípcias

F igura 590 -harpa egípcia

?38 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BIBLICA

(Gn 31.27 etc.); em acontecim entos políticos, religiosos e em eventos profanos (Is 5.12; 24.8; Am 6.5). Sobre a associação da música ao culto judeu, veja lCr 15.16,28;Ed 3.10; Ne 7.73; 12.27; SI 150 etc. Veja também a figura 581 - concerto egípcio durante um a cerimônia religiosa.

Figuro 596 - flautista tocando ao compasso de palmas

Figura 597 -locadoras dc

httipits c cantora»

da história (Gn 4.21), as Sagradas Escrituras falam sobre o nascimento da música instrumental, que depois associou-se às vozes hum anas (Gn 31.27; Êx 15.20; lRs 1.40 etc.).Figura 597- três tocadoras de harpa acom panhadas de duas cantoras marcando 0 ritmo; figura 591 - uma orquestra acom panhada por um coral de mulheres e crianças. Mural descoberto nas ruínas de Nínive.A música vocal ou instrumental era tocada pelos antigos hebreus em todos os m om entos da vida: em cerimônias fúnebres (2Cr 35.25;Mt 9.23); em festividades e datas especiais

.

7. Valores Monetários

VALQRE3MONETAfllOS •241

seguindo o sistema decimal, a 39 litros.Na figura 600, dois egípcios m edem o trigo com o efa, enquanto um escriba anota o núm ero das medidas. Veja Êx 16.36; Lv5.11;Dt 25.14; Is 5.10; Ez 45.10-11; etc. As figuras 599 e 598 mostram,respectivamente, um efa e um bato romanos.

EFA E BATO

F igura 599 -efa romano

F igura 598 -balo romano

Serviam de unidade para as medidas de capacidade, para sólidos e líqíiidos. Diferenciam- se um do outro apenas pelo nome. Seu conteúdo eqüivalia, segundo os cálculos rabínicos, a 432 ovos de galinha;

242 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CUU u ׳

MEDIDA DE COMPRIMENTO

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As medidas de com prim ento usadas entre os antigos hebreus, egípcios, assírios e outros povos citados na Bíblia, eram atribuídas na maioria das vezes às diferentes partes do corpo hum ano, como indicam seus nomes: o côvado, o palmo, a polegada etc. Veja os seguintes exemplos:Êx 28.16; 1 Rs 7.27;2Cr4.5; Jr 52.21, etc.). Figura 601 - dois côvados egípcios.

K iguruáO I ·cô vadocg ípcio

VALORES MONETAROS •243

MOEDAS

F igura 602 ־ anligas moedas egípcias em forma dc anéis

aproxim adam ente U$ 3,50 {figura 604, de acordo com um original conservado no Museu Britânico - à esquerda, a efígie do rei, que segura uma lança em um a das mãos e na outra, um arco. Na época dos Macabeus, os judeus começaram a

O ouro e a prata eram usados como meio de troca e compra. Aparecemfreqüentem ente na Bíblia (Gn 23.15; etc.); como ainda hoje no Oriente Médio, costumavam pesá-los antes de fechar negócio {figura 637- sacos cheios de moedas, de acordo com um afresco egípcio; figura 602- antigas moedas egípcias em forma de anéis; figura 603- egípcio pesando lingotes de ouro e de prata. (Os pesos no Egito tinham forma de animais). Só mais tarde os judeus passaram a utilizar moedas (Ed 2.69; 8.27; Ne 7.70 etc.) de outra nação: o dárico persa, de ouro puro, cujo valor era de

F igura 603 - egípcio pesando ouro c pruta

244. ENÇIÇlQPÊPiA POPULAR DEÇULTyRA BlBLjÇA

com a inscrição “siclo de Israel”; no verso, um ramo de flores e a inscrição “Jerusalém, a santa״); figura 606 - meio-siclo do mesmo tem po “ano dois״, com em blem as idênticos; figura 608 - m oeda de cobre, de Simào Macabeu (à direita, “ano quatro”, contornando um vaso; à esquerda, um vaso e a inscrição “Pela redenção de Israel”; figura 607-

r iguru 607 - moeda judaica dc cobre do tempo dc Siinão Macabeu

Figura 606-mcio-siclo judeu ״ י

cunhar moedas, e AntíocoVII, da Síria, reconheceu esse direito. Reunimos diversas amostras dessa época e dos anos seguintes: Figura 605 - siclo atribuído a Simão Macabeu (moeda de prata. Na frente, uma taça e acima as palavras abreviadas “Ano três”

F igura 604 -dárico persa

F igurusiclo judaico de Simão Macabeu

Figuru 608 - moeda judaica dc cobre, onde sc lê "pela redenção dc Israel"

m 0 f l £ S ΜΟΝΕ TAP 105 '245

F igure 611 - moeda judaica lie cobre. do tempo de J0S0 Hircano

F igure 6 12 - moeda dc cobre do tempo de Alexandre Jamtée

V ° LJ /Figure 613 - quadrâ. N. Jantiga moeda romana ^

sumo sacerdote, amigo dos judeus"; à direita, uma romã entre dois chifres).Figiira 611 - moeda de cobre, de loão Hircano; à esquerda, a inscrição “João, o sum o sacerdote e amigo dos judeus”; à direita, os mesmos emblemas da figura 609. Figura 6 7 2 - m oeda de

m oeda de cobre de Simão Macabeu (à esquerda, “ano quatro, quartel" e dois feixes; à direita, um fruto e a frase “Pela redenção de Israel”; figura 609- m oeda de cobre de Judas Macabeu (à esquerda, a inscrição “Judas, o ilustre sacerdote e amigo dos judeus”, na parte interna de um a coroa de oliveira; à direita, um a rom ã entre dois chifres; figura 610- m oeda de cobre de Jonatan (à esquerda, as palavras "Jonatan, o

F igura M » - moeda judaica de cobre, com a frase: MJudas, o ilustre sacerdote e amigo dos judeus”

F igura 610 - moeda judaica dc cobrc, com a frase. “Jonatan. o sumo sacerdote, amigo dos judeus"


esquerda, as palavras gregas “ 0 rei Antígona” no interior de um diadema; à direita, dois chifres, e provavelmente a inscrição “Matatias, o sumo sacerdote”); figura 615 - m oeda de cobre de Herodes, o Grande (à esquerda, cacho de uvas e as palavras “de Herodes”, em grego; à direita, a palavra “Ftnarca” em grego e um capacete macedônio; figura 616- moeda de

F ig u r a 617 - m oeda dc Arquelau

moeda dc Arquelau

F igura 619 - moeda dc cobre dc Herodes Antipas, onde se lê: “0 Tetrarca”

F igura 614 - moeda dc cobre com a inscrição: "M atatias. o sumo sacerdote"

F igura 615 - moeda de cobre de Herodes, 0 Grande, onde se lô a palavra: "lítnarca"

F igura 616 - moeda de cobre de Herodes, 0 Grande, onde se lê: "do rei Herodes"

cobre de Alexandre Jannée (à esquerda, uma âncora contornada pelo nom e de Alexandre em grego; à direita, uma espécie de roda com estas palavras em hebraico: “Jonathan, 0

rei”); figura 614 - m oeda de cobre de Antígona (à

VALORES MONETÁRIOS 247 י

F igura 620 - moeda de cobre do tctrarca Filipe, onde se vê a cabeça do imperador Tibério Ctfsar

direita, um tripé de suporte a um incensário com as palavras “do rei Herodes״, em grego; figura 617- m oeda de Arquelau (no verso, o título "Etnarca”, abreviado); figura 618- outra m oeda de Arquelau; figura 619- m oeda de cobre, de Herodes Antipas (à esquerda, “Herodes״ e as palavras, o Tetrarca”, em grego, em volta de uma palma; à direita, uma coroa de oliveiras contornando as palavras

cobre, de I Ierodes, o Grande (à esquerda, um capacete com uma estrela em cima, acom panhada de dois ram os de oliveira; à

F igura 621 ־ outra moeda de cobre de I Ierodes Antipas. onde se lê n palavra “Tiberio"

F ig u ra 622 - m oedu de H erodes A g rip a 1,onde sc lê: "do rei Agripa"

:46 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBLICA

F igura 623 - moeda de cobre de Herodes Agripa II. onde se vê a cabeça coroada de T 1I0, o general romano que destruiu Jerusalém no ano T) d.C.

oliveira); figura 622 - m oeda de Herodes Agripa 1 (à esquerda a expressão, “do rei Agripa” em grego e um guarda- sol real; à direita, três espigas com praganas e as letras L e S “ano 6”; figura 620- moeda de cobre, do tetrarca Filipe (à esquerda, a cabeça de Tibério e a abreviação em grego de “ano 19”; à

“A Caius César Germanicus”, também em grego; figura 621 - outra m oeda dc cobre de Herodes Antipas (à esquerda, 0 mesmo da m oeda anterior; à dire ta, o nom e grego “Tibérius” 11o meio de um a coroa de

F iguru 624 -moeda com a data cia primeira revolta dos judeus, e a frase: “À liberdade de Israel”

F igura 626 - moeda cunhada pelos romanos cm memória da tomada dc Jerusalém (vê-se uma mulher chorando sentada aos pés do general Tito)

F iguru 625 - siclo dc Barkochba, onde se 12: “pela liberdade dc Jerusalém"

VALQRES MONETÁRIOS» 249

F igura 629 - outra moeda sobre o mesmo acontecimento

folha de vinha e a legenda hebraica “À liberdade de Israel”; à direita, um a urna e as palavras "ano dois״ em hebraico; Figura 625 - siclo de BarKochba, no tempo do imperador Adriano (à esquerda, um feixe e em volta as palavras hebraicas “pela libertação de Jerusalém״, à direita, o nome “Simeão” e um templo com um a estrela

em cima;H Figura 626-

m oeda cunhada

F igu ra 627 - moeda romana em .mem ória da tomada dc Jerusalém, vendo-se a cabeça do imperador Vcspasiano, pai do general Tito

direita, um templo e a legenda “do tetrarca Filipe״, em grego; figura 623 - moeda de cobre de Herodes Agripa II (à esquerda, a cabeça coroada de Tito, com seu nom e e seus títulos em grego; à direita, a efígie da vitória e as palavras gregas “ano 26, rei Agripa”; figura 624 - moeda com a data da primeira revolta dos judeus (à esquerda, uma

Figura 62« - ceitil romano com a cabeça do deus mitológico Janns de face dupla


que a anexação da Judéia era definitiva);Figura 629 - outra moeda sobre 0 mesmo acontecimento; figura 628 - ceitil romano, em tam anho natural (moeda de cobre; à esquerda, a cabeça de Janus, à direita, uma proa de navio). Jesus falou sobre o ceitil em Mt 10.29 e Lc 12.6; figura 630- outro ceitil (à direita, a cabeça do deus Mercúrio); figura 631 - quadrã romano (0

quarto de um ás; na frente, a cabeça de Hércules, no verso, a proa de um navio de guerra); figura 613 - a mesma moeda reduzida (mão aberta e três esferas;

F igura 630 - ceitil romano, onde se vê à direita o deus mitológico Mercúrio

pelos romanos em recordação da tom ada de Jerusalém (uma mulher chora sentada ao pé de um a palmeira; Tito em pé a contem pla);figura 627- moeda sobre 0 mesmo evento (à esquerda, a cabeça e os títulos latinos de Vespasiano; à direita, a palmeira e a mulher que chora, como acima, e a figura da "Vitória״ que grava sobre uma placa de bronze as letras S, P, Q e R, "o Senado e o povo de Roma״, para significar

Sumo Sacerdote). Foi esta moeda que Jesus apresentou na passagem sobre o tributo, em Mt 22.19-21; Figura 635- dracm a antiga (moeda grega, em prata, quase equivalente ao denário de Roma; na frente, cabeça de Minerva; atrás, um a coruja). Esta moeda foi citada por Jesus na parábola da dracma perdida, em Lc 15.8,9; figura 636 - didracma de Rodes (moeda de prata, equivalente a duas dracmas: na frente, a figura do deus Sol; atrás, um a rosa. Essas doze últimas figuras que acabaram de ser citadas são moedas de Roma e da Grécia, freqüentem ente

Figura 632 - denário ou m eio-denário (moeda de prata); figura 634 - denário rom ano (em prata; na frente, a deusa de Roma; atrás, uma carruagem puxada por quatro cavalos. Jesus citou a m oeda corrente da época em uma parábola (Mt 18.28). Essa m oeda da época também é citada, em Mc 6.37, na multiplicação dos pães; Figura 633 - denário de Tibério (à esquerda, a cabeça e os títulos de Tibério; à direita, figura sentada e as palavras “Pontifex maximus”,

F igura 633 - denário de Tibério, onde se lc: “Sumo Sacerdote" (do culto pagão)

252 · ENCICl OPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figu ra 635 - dracma antiga com a cabcça da deusa Minerva

m encionadas nos escritos do Novo Testamento, e de uso com um na Palestina, no tem po de Jesus. Λ moeda usada pelos judeus aparece em apenas duas passagens no Novo Testamento, em Mt 26.15 e 27.3-5, quando Judas traiu o Mestre - sob o nom e de argenteus, ou “m oeda de prata”, que designava o siclo.

F igura 636 - didracma cie Rodes, onde se vê a figura do deus Sol

PESOSVALORES MONETÁRIOS ·P$3

A unidade de peso entre os judeus eraosiclo, cujo nome significava “ponderai״; ele eqüivalia provavelmente a 14,2g. Para pesar, eram usadas balanças {figuras 640 e 641 - balanças encontradas em Pompéia; figuras 638 e 639 - balanças egípcias;

F igura 639 - balança

F igura 640 - balança romana com uma única bandeja

F igura 641 -balança romana dc gancho

figuras 642 e 643 - balanças judaicas. Algumas vezes a Bíblia fala sobre “balanças enganosas״ como abominação ao Senhor (Pv 11.1 e 20.1), enquanto que 0 peso e a balança justos pertencem ao Senhor (Pv 16.11).

Figura 643 - balança judaica

Figura 642 -balança judaica

ib4 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Os pesos consistiam primitivamente em simples pedras (Gn 24.22; Lv 19.36). Mais tarde, foram usados sob diversas formas: figura 644 - peso assírio no formato de um ganso; figura 645 - outro peso assírio em forma de leão; veja também pesos egípcios na figura 603.

Figuro 644 - peso no formaio de um ganso usado pelos nini.'itas

F iguro 645 - peso em forma dc leão usado pelos mercadores de Assurhanipal

8. Literatura

------------------------------ -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------LITERATURA ♦2S7

ALFABETO

m oedas judaicas; a coluna 5 contém as velhas letras semíticas; a coluna 6 reúne os caracteres gregos mais ou m enos antigos; na coluna 7 vemos os caracteres latinos, de onde vêm os nossos.É muito interessante ver como, de um m esm o tipo primitivo, saíram, por sucessivas modificações, alfabetos tão diferentes. Veja tam bém na figura 646, os acentos (“um i ou um til") das letras hebraicas de que fala Jesus em Mt 5.18.

As letras (ou caracteres), em sua origem não se diferenciam m uito das usadas pelos fenícios, os criadores do alfabeto.Veja a figura 647- quadro comparativo dos antigos alfabetos. A coluna 1 mostra 0 hebraico dos livros e dos m anuscritos mais recentes; a coluna 2 mostra a escrita hebraica quadrada do tem po de Jesus; na coluna 3 vemos os caracteres aram aicos usados no tem po de Esdras; a coluna 4 m ostra os caracteres em pregados sobre

h to ר £ lí b 5? b ג ל לF igu ra 646 - caracteres hebraicos com os acentos sobre os quais falou Jesus

258. ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTUHA BlBLICA

1 9Μ 5 K 5 6 7

AlΨk X א V * A׳ A Λ /Λ ABcth ב ה כ 9 5 i & Bdintcl tmi W λ ר ר λ ר λ ד r ־ B<cDaltífi ד ר ן< <1 Λ Δ !> Dtf* דז ה 1 ר 3־ ז 3 3 Ε EYav ר ו ו T Y U f ר (V]Ffajiii ו ו j 9־ ף I I IÚiith ח ח η ח פ Η B B H HTeth ט [VI ÜÜ 0 Φ ® ΘJod י 1 ו■ I T. ^ 1 i 1 IC,aph כ ב ע y ב V וי 3 k Khamed ל U ׳( u 1׳ J l A L/tfejn יי כ פ ^ ע "1 r ף Mλ/ιιη כ j ן ל 4ז 1ו NSame (Τι ס 7 V \ ו Ξ

ע y C׳ 0 0 0 0The פ ב ו ל ר 1 r ו PTjade צי זג ץ rKoph, ? ק ? יו ?!Φ? 9 aAefch ר ר íו 1 1í ^ ף 8 F R.Sin עז V V׳ W W > ί ΛΛ $Tav ת מ h X + X + T T

F ig u ra 647 - quadro comparativo dos antigos alfabetos

LITERATURA •259

SCRITA

A V < t׳־ 1 ^

* ?,ט «י *#7נF igura 648 - cscrila aramaica. idioma falado per Jesus

Js 8.32; Jz 8.14), quando Deus m andou que este escrevesse para memória (fix 17.14). Figura 648- frase em aramaico: “Ao senhor Mitharavahishet, teu servo Pachim...”

Supõe-se que a existência e 0 conhecim ento da escrita entre os israelitas datem da época de Moisés (Êx 17.14;Nm 5.23; Dt 17.18; 24.1;

GRAVAÇÕES

F igura 649 -cilindro babilônico coberto de inscrições

Jó 19.23-24 faz alusão ao antigo costume de gravar com buril (“pena de ferro”) inscrições sobre as pedras. Os assírios e os babilônicos escreviam, como se sabe, sobre tabletes ou cilindros de argila fresca, que eram depois secados ao sol ou cozidos no forno [figura 649- cilindro babilônico coberto de palavras).

260 ·ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBl ICA

INSCRIÇÕES HEBRAICAS

<) leitor poderá apreciar agora algumas inscrições, reproduzidas de antigos m onum entos (figura 650- antiga inscrição hebraica;Jigura 657- inscrição de um rei moabita; (veja 2Rs 3.4); figura 653 - duas palavras da linha 22 da inscrição do rei moabita, que dizem: Anôk baniti (“eu edifiquei”); figura 652 - série de nomes próprios gravados sobre o túmulo de Tiago, em Jerusalém, e datada do terceiro século antes de Cristo: Eis os nomes: “Eleazar, Chaniah, Johezer, Judá, Simei, Jochanan”; figura 655 - “A rainha Tsadda”, inscrição descoberta sobre 0

Figura 650 - nntiguíssima inscrição hebraica

Figuro 651 -rolo desdobrado

|)nwvyF igura 652 -nomes próprios gravados no túmulo dc Tiago

Figura 653 - frase moabita. que diz: "eu edifiquei'

K V : v v » v r n ׳ v .־״* י י - ' ־*’ר-־ · , ; >: ־־ '.■ v / ¥ » « , ״ ? M w r \ · ·

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UTEHATURA . j j f t j

F ig u ra 657 - tábua de pedra com uma inscrição sobre um rei moabita

túm ulo dc um a rainha, em Jerusalém ; figura 654 - *Tobias", nom e gravado sobre um rochedo em Arak d Emir, na Palestina, provavelmente dois séculos antes da Era Cristà; figura 656 - “Que a paz esteja neste lugar e em tod os os lugares de Israel״, in scrição descoberta sobre a sinagoga dc Kerf Beraim, perto de Safed.

ר1ר6 = ^F ig u ra 654 - *Tobias", nome gravado sobre um rochedo na Palestina

1 l \ Jt I L \

F ig u ra 655 - incrição descoberta sobre o túm ulo dc uma rainha, em Jerusalém

ι^ ψ ini ם 1 ק כ כ ס η/π 1F׳כל^פ^םןגבןשר\( igura 656 - inscrição

hebraica, que diz: "que a paz esteja neste lugar e em todos

OS lugares dc Israel"


LIVROS

no formato convencional). Paulo conta que estudou em Jerusalém “aos pés de Gamaliel” (At 22.3); a figura 658 mostra um a escola judaica, e ilustra essa expressão de Paulo ricamente. Na verdade, essa sem pre foi a atitude

Eram formados de cadernos costurados uns aos outros, técnica já conhecida na antigüidade; mas esse tipo de livro era muito menos usado que os rolos de papiro ou pergaminho (figura 659- homem lendo um livro

LITERATURA ·2W

dos discípulos nas aulas de seus mestres, tanto 11a célebre universidade rabínica de Jerusalém, como nas mais modestas escolas das cidades e das aldeias.

F iguni 659 - romano lendo um livro

ROLOS

Os povos citados na Bíblia aprenderam a usar materiais mais cômodos para escrever sobre eles: no Egito, o papiro {figura 660 - escriba egípcio escrevendo, de acordo com um afresco). Na Fenícia, entre os antigos hebreus e em outros lugares, as folhas de pergam inho eram colocadas lado a lado e

F ig u ra 661) - escriba egípcio cm plena atividade

e amarrados; figura 665 ־־ rolo com índice. Observe sobre os volumes abertos as colunas mencionadas em Jr 36.23, NVI.Em Roma e entre os judeus, os tabletes e tabuinhas recebiam um a fina

F igura 663 - m ios romanos unidos c atados

dispostas em forma de rolos (veja alusões à escrita entre os hebreus em Nm 5.23; Jr 36.23;Lc 4.17 etc.). Figura 662 - rolo judeu; figura 661 - rolos hebraicos reunidos em uma caixa; figura 666 - 0 célebre rolo do Pentateuco samaritano; figura 663 - rolos romanos reunidos

Figura 661 -rolos hebraicos

L IT E R A T U R A ^

F igu ra 666 - o famosíssimo rolo do Pentateuco samarítuno

F igura 664 - pluma de caniço e tinteiros de uso romano

camada de cera. É provável que o sacerdote Zacarias tenha escrito o nome de João Batista sobre um a dessas tabuinhas (Lc 1.63). Veja as figuras 667 e 668. Escrevia־se sobre esses tabletes com uma caneta de aço, de ouro ou de outro material duro (figura 669 - antigo estilo

F igura 665 - ro lo com índice

ENCICLOPEDIA POPULAR DE CULTURA BlBLICA ״266

F igura 66« - tabuinhas gregas usadas pelos escribas. acompanhadas do "estilo"(caneta da dpoca)

romano). Para escrever sobre o pergaminho e sobre o papel, usava־se um caniço talhado com canivete e uma tinta preta, conservada em um tinteiro (Jr 36.18; Ez9.2;3 Jo 13 etc.). Figura 664 - pluma de caniço e tinteiro, de acordo com um grafite de Pompéia; a figura 660 - mostra esse instrum ento em uso.

--------------------— C 3Figura 669 - estilo ( '4caneta") romano

F igura 667 - tabuinhas de escrita judaicas

9. Tribunais

TRIBUNAIS •269

CASTIGOS. EXECUÇÕES E PRISÕES

escora principal e uma travessa. Havia quatro tipos da cruz: em forma de T {figura 670); a cruz latina (figura 671), que diferenciava־se da

Entre os castigos citados pela Bíblia, 0 mais terrível e hum ilhante era 0 suplício da cruz, que foi suportado amorosa e pacientem ente pelo Senhor Jesus Cristo.As cruzes eram de madeira e, normalmente, pouco elevadas. Elas consistiam em uma

F igura 671 -c ro z latina (modelo da que foi usada

para crucificar Jesus)

F igura 670 - cruz em forma de T

270 * ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA 8I8UCA

(figura 671). A viga principal era munida, mais ou menos no meio, de um pedaço de madeira projetado na frente e chamado de “assento״ pelos latinos. O condenado, seguindo a expressão consagrada, “m ontava a cavalo״ sobre esse suporte, sem o qual as mãos se rasgariam imediatam ente após serem pregadas e 0 corpo cairia ao pé da cruz. O

F igura 673 - cadeira elevada onde os - V A mugistrados sc assentavam paru julgai־ e ·~V ~ V - , proferir suas sentenças

F igura 672 -cru / latina sem

íicessórios

primeira apenas por uma leve projeção à altura da cintura e um apoio para os pés; a cruz latina sem esses dois detalhes (figura 672), e a chamada cruz de Santo André, em forma de X (que não foi representada aqui). Está confirmado que Jesus m orreu na cruz latina

TRIBUNAIS •271

Figuru 677 - prego ou cravo usado para fixar à cru/, as mãos e os pcs dos crucificados

raram ente usado. Geralmente começava-se fixando na terra 0

instrum ento do suplício: 0 condenado era em seguida erguido sobre o suporte e lhe pregavam as mãos e os pés nos diferentes troncos da cruz. Fornecemos dois modelos de pregos enormes; um deles segundo toda a

sucedâneo era um pequeno degrau. Havia duas m aneiras de executar a crucificação. Às vezes a cruz era estendida sobre 0 chão; depois que os carrascos pregavam as mãos da vítima com cravos ao madeiro, a cruz era levantada e firmada. Porém, esse m étodo era

272 . ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBLICA

F igura 679 - estatueta representando o esmagamenlo dc um condenado sob as patas dc um elefante

F igura 681 - lorturador ninivita arrancando a pele de um prisioneiro

F igura 678 - correntes usadas nos pés de prisioneiros romanos

probabilidade, serviu à crucificação de Jesus {figuras 676 e 677 - pregos usados em crucificações no tem po de Jesus. A figura 674 (detalhe retirado do arco do triunfo de Tito) dá uma idéia do titulus, prancheta de madeira

TRIBUNAIS •273

um a masm orra rom anaF ig u ra 684 - prisioneiro de

J ) F ig u ra 682 - prisioneiro assírio ״*!■ * ® * * » c o m os pés e as mfios algem ados

F ig u ra 686 - assírios esquartejando um condenado

F ig u ra 685 - cubículos apertadíssim os onde os condenados ficavam trancados c cncolliidos atd m orrer

F ig u ra 683 - m ulher egípcia recebendo polpes de vara com o castigo

274»ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA 81MJÇA

F igu ra 689 - infratores sáo levados à presença de autoridades entre os servos egípcios para ser castigados

Figura 688 - instrumento romano utilizado para decepação e decapitação

F igura 690 ־ carrasco romano conduzindo o instrumento da figura 688

que se fixava na cruz, depois de se escrever, em resumo, os crimes do condenado (veja Mt 27.37 etc.). Essa prancheta era levada diante do acusado enquanto este era conduzido ao suplício, ou

tblsu na !s_;275

F igu ra 692 - o terrivelmente famoso suplício da roda

então era pendurada em seu pescoço.Usado entre os antigos povos do Oriente Médio, o pau de tortura romano parece ter sido o antecessor da cruz. Esse cruel suplício era infligido de várias maneiras. Figura 697- pau de tortura romano; figura 693 - pau de tortura entre os assírios, usado para em palar as vítimas. Veja Ed 6.11. Os hebreus, primitivamente, só usavam esse pau para

F igura 691 - neslas condições ficaram Pedro, Paulo, Silas (Al 16.24) c os demais cristãos que as autoridades judaicas c romanas mandaram trancar em suas prisões e masmorras

276 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CUL’ URA BÍBLICA

F igura 694 - a ΠageIação foi documentada nesta moeda romana

F igura 695 - chicote com pedaços de ossos amarrados nas tiras de couro (um desses teria sido usado para açoitar Jesus)

F igura 697 - pau dc tortura romano. Observe-se 0 detalhe das quatro pedras amarradas nos braços e nos pés do condenado

suspender os cadáveres dos condenados (Dt 21.22). Mais tarde, porém, passaram a prender nele hom ens ainda vivos. Veja 2Sm 21.5-10.

F igura 698 - escravo levando chicotadas de seu senhor

F igura 696 - chicote romano com pedaços de metal nas pontas

F igura 693 - os assírios (que lambem habitavam Nínive) eram lemidos. entre outras coisas, por empatarem seus prisioneiros de guerra

TRIBUNAIS »272

SINÉDRIO JUDEU

mais im portantes de Jsrael e, especialmente, as que se referiam à religião. Os Evangelhos 0

m encionam freqüentem ente. Veja, entre outras passagens Mt 2.4; 26.57-59; 27.1; Mc 14.53,55; 15.1; Lc 22.66; Jo 11.47; At 4.5-21; 5.21; 22.30; 23.1-9 etc.Os rom anos suprimiram do Sinédrio um a boa parte de seu prestígio e de sua autoridade (Jo 18.31).

conselheiros, que eram ao todo setenta (incluindo 0 çagâri). Em cada um a das extremidades do semicírculo era colocado um secretário: 0 da direita anotava tudo 0

que era favorável ao acusado; 0 da esquerda, tudo o que lhe era desfavorável. O Sinédrio era com posto de três classes de pessoas: os príncipes dos sacerdotes, os doutores da lei e os anciãos ou notáveis. Esse tribunal julgava as causas

A figura 699 m ostra o Sinédrio judeu em sessão. Encontramos ilustrados aqui os detalhes expostos no Talmude sobre a ordem de posicionam ento dos m embros desse famoso tribunal judeu. Eles se sentavam em semicírculo sobre divãs. No centro do semicírculo, sobre um estrado, ficavam o Naci (presidente), que era 0

sum o sacerdote, e seu çagân (ou vice- presidente). Em seguida, vinham de cada lado os

F igura 699 - o Sinédrio judeu cm um dia de reunião solene

10. Navegação

NAVE.QA£AQ_!l281

BARCOS E NAVIOS

habitavam cidades célebres como Tiro,Sidon eTársis, entre outras, tinham num erosos navios de guerra que percorriam 0

Mediterrâneo sem cessar, e iam até lugares muito distantes (Gn 49.13;Jz 5.17; Is 23.1; Ez 27 e 28, Jn 1.3-16 etc.). Os egípcios também sempre tiveram frotas à sua

A maioria dos detalhes náuticos inseridos na Bíblia é encontrada nos m onum entos egípcios, assírios e outros. Dispomos de todos os esclarecimentos básicos sobre esse assunto.Os fenícios (povo cananeu), esses célebres navegadores e comerciantes da antigüidade, que

F igura 700 - navio egípcio recebendo um carregamento de mercadorias diversas

20.36,37). As figuras 700- navio egípcio em carregamento; 701 - navio de guerra romano, de acordo com um baixo- relevo de Pompéia; e 702- navio de guerra romano de maior dimensão - m ostram o que eram os navios da antigüidade. Para os barcos de transporte e cabotagem, que jamais cobriam longos percursos e limitavam-se a margear a costa (At 20 e diversas outras passagens bíblicas), veja as figuras 703 e 704 - barcos egípcios carregados de bois e de pedras. Os barcos e canoas de pequenas dimensões eram tão numerosos


disposição, para transportar suas riquezas à vários países (Dt 28.68; At 27.6; 28.11 etc.). Os hebreus, a partir de Salomão, passaram a ter seus navios comerciais, que lhes traziam preciosos tesouros de Ofir (lRs 9.26,2Cr8.18;

F igura 701 - navio de guerra romano

F igura 702 - grande navio dc guerra romano

NAVEGAÇÃO •283

Figura 703 - barcos egípcios recebendo um carregamento dc pedras

especial [figura 710- três egípcios construindo barco desse tipo; figura 708 - barco de papiro sendo lançado na água; figura 712 - em barcação leve navegando sobre o Nilo com o auxílio de remadores. Os mastros eram às vezes talhados com m adeira das magníficas florestas do Líbano (compare

como hoje (figuras 705, 706, 709 e 713- embarcações assírias de diferentes formas, entre elas um bote sustentado por odres, de acordo com baixos-relevos; veja Mt 4.18-22; Lc 8.22-25,At 27.16,32 etc.). As barcas rápidas dos egípcios, construídas com 0 entrelaçamento de papiro (Is 18.2), m erecem m enção

F ig u ra 704 -barco egípcio transportando

F igura 705 - outro barco assírio dc transporte de passageiros

284. ENCICLOPÉDIAPPPULAR DE CULTURA BlBUCA

executa um a m anobra relativa à grande vela.O carvalho de Basã era muito procurado para a fabricação de remos, por causa de sua solidez (Ez 27.6; veja tam bém Is 33.21 etc). Veja as figuras 705, 706 e 712- remadores em seu posto.

Figura 706 - barco assírio dc transporte dc passageiros

Is 33.23; Ez 27.5; veja os belos mastros da figura 700. Para a confecção de velas sempre se usou o linho do Egito (Ez 27.7; figura 714- antiga vela egípcia ornada com ricos desenhos, de acordo com um afresco; veja tam bém a figura 701, onde se

t ig u ra 708 - 0 barco da figura 710 sendo lançado na água

F igura 707 -manobrador dc leme

NAVEGAÇÀO •285

O lem e (At 27.40 etc.) consistia em dois enormes remos colocados atrás do navio. A figura 711 mostra a maneira como ele era manobrado; figura 707- um m anobrador de leme no seu posto, de acordo com um baixo-relevo romano; reveja também as figuras 701 e 702 (Ez 27.8; Jn 1.6; Pv 23.34 etc.). As âncoras

F igu ra 709 - barcos assírios, um deles com 0 casco envolvido por odres (bolsas de couro)

F igura 710 - egípcios constrocm um barco dc papiro

F igu ra 711 -lemes romanos

F ig u ra 712 - embarcação egípcia navegando sobre o Nilo


Η κ ιιη ι 713 -barco assírio

deTrajano).Enfim a natação, objeto de uma ilustração de Isaías (Is 25.11) é vista nas figuras 715 e716- nadadores assírios, de acordo com dois baixos- relevos. Vários entre eles

(At 27.29; Hb 6.19) eram sem elhantes aos modelos atuais, com o se vê na figuras 711b e 717 (âncoras antigas). Ficavam suspensas na proa do navio (figura 717, de acordo com a coluna

NAVEGAÇÃO ■ 207

I

usavam volumosos odres para ajudar a nadar ־ conforme vemos nessas duas figuras ־ equivalentes às nossas bóias de hoje.

F igura 715 ־soldados assírios

fazem treinamento de guerra usando odres como bóias

F igura 717 -âncora romana

F igura 716 ־ nadadores assírias usando odres conto bóias são atacados por arqueiros

I. Viagens e Transporte

VJAGENS ETRANSPOPTE »291

ANIMAIS

assírios pondo cargas sobre um camelo. O boi tam bém era utilizado para transporte de cargas e pessoas (figura 723). Leia a passagem sobre 0

levita (Jz 19.10); a viagem

Os animais de carga eram geralm ente os burros, os cavalos e os camelos. Veja Is 30.6. As figuras 718,719, 720 e 721 mostram anim ais de carga. A figura 749 mostra

I' igura 719 - grupo dc semilas ancestrais de Abraão conduzindo parle dc sua carga sobre um burrinho

292 » ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBUCA

F igu ra 720 - dupla dc cavalas cananeus usados como animais de carga

como criaturas de Deus e dignos, portanto, de piedade e misericórdia (Gn 24.19,20; SI 50.10;). Era proibido, por exemplo, arar com o boi e o asno unidos na mesma

de Abigail para encontrar-se com Davi (ISm 25.20);e a procura de Simei por seus servos fugitivos (lRs 2.40). A Bíblia considera os animais

Figura 721 - crianças c bagagens conduzidas sobre um burro por um grupo

VIAGENS E TRANSPORTE •293

Figura 722 - assírios colocando bagagens sobre um camelo

Todos os animais tinham direito ao descanso, e as pessoas deveriam ajudar o asno sobrecarregado.

junta, visto que o asno é mais fraco; e não era permitido am ordaçar o boi enquanto ele debulhava (1 Co 9.9).

F iguru 723 - carro de boi babilônico

Os arreios faziam parte dc todos os ornam entos descritos em Ed 1.6. Veja figura 725 - cavaleiro assírio m ontando um cavalo adornado de finos arreios; figura 724 - cavalo persa levando ao pescoço a cam painha de que fala 0 profeta Zacarias (Zc 14.20). As rédeas e o freio várias vezes são citados na Bíblia para simbolizar 0

controle do Senhor sobre o seu povo (2Rs 19.28; SI 32.9; Pv26.3; Is 30.28; 37.29 etc.).

Cobertos de selas e palanquins mais ou m enos ornam entados, os camelos eram preparados para enfrentar longas viagens. Quando saiu em busca de um a mulher para Isaque, Eliezer param entou os camelos desta forma. Figura 730- caravana do tem po dos patriarcas; figura 727- palanquim sírio usado em longas viagens, sobre os lombos de dois camelos;

Figura 726 - palanquim usado pelos antigos judeus

296a E.NCIÇLOPÉDIA..POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

F igura 728 - palanquim egípcio carregado por escravos. F.ra 0 iransporte de autoridades e nobres

figura 729-pa lanqu im de gala para transportar um a noiva; figura 726- outro tipo de palanquim sobre o dorso de um camelo. Na figura 728 vemos um palanquim egípcio carregado por escravos, de acordo com

VIAGENS E TRANSPQRTE •297

CARAVANAS

Certamente, para viajar, era preferível associar-se à caravanas, como ainda se faz hoje no Oriente Médio (Gn 37.25; Jó 6.18). As figuras 719 e 721 mostram um grupo de semitas chegando ao

F igura 730 - caravana patriarcal. Abraão. 1 saque e Jacó viajavam assim

Egito. A figura 730 mostra um a família de pastores nôm ades viajando com criados e rebanhos. Ela nos dá uma idéia bem exata de como viajavam Abraão, Isaque e Jacó com suas famílias.

298 · ENCCL0PÉD1A POPULAR DE CULTURA BlBLICA

CARROS

Figura 731 -carruagemassíria

babilônico). Os israelitas apresentaram bois e carroças ao Senhor, na dedicação do Tabernáculo (Nm7.3), e a Arca da Aliança voltou para Jerusalém transportada em carro de bois (ISm 6.7-8). Figura 735 - carriola romana, de acordo com um mármore funerário;

F igura 732 - carro cgípcio puxado por vacas para 0 transporte dc dama egípcia (teria sido o carro da mulher de Potifar?)

Os carros eram puxados tanto por bois como por cavalos [figura 734 - carro assírio; figura 733- carros egípcios; figura 732 - outro carro egípcio; figura 723 - carro

VIAGENS E TRANSPORTE •299

perdido os seus cavalos de carga e cavalos de guerra (Ez 27.14), e Joel diz que a aparência dos gafanhotos no Dia do Senhor é sem elhante a de um cavalo (J12.4).Os carros mais sofisticados tinham

• carros de bois egípcios, um deles composio dc duas carroças

figura 731 - carruagem assíria. É provável que os carros dessas figuras fossem sem elhantes aos que acom panharam José no Egito (Gn 41.43), ou aos que foram buscar Jacó e sua família (Gn 45.19,27) ou aos que Davi tom ou dos filisteus (2Sm8.4). Ezequiel lam enta que Tiro tenha

F igura 735 - carriola romana


F igura 7 3 6 - carro egípcio de quatro rodas transportando uma urna funerária

V!AQf.NS£ TRANSPORTE ■30.1

F igu ra 740 - cavalos de uso do rei de Nínivc

apenas ura par de rodas. Encontrados especialm ente na Assíria, no Egito e na Palestina, os cavalos tiveram destaque entre os anim ais trocados por trigo, nos sete anos de fome do Egito (Gn 47.17), e foram citados entre outros animais em Ex 9.3 por ocasião das pragas do Egito. A força de um

Figura 739 - cavalos usados pela família rcaTassíria

- cavalo usado por Nabucodonosor

HOSPEDAGEM

hospitalidade era uma virtude e 0 hóspede tinha um direito sagrado. Abraão recebeu com magnificência os três hom ens celestiais em Manre (Gn 18.1-8), e Ló

Os viajantes se abrigavam em tendas ou em hospedagens públicas chamadas khans, conforme mostra a figura 742. Para a vida no deserto, a

F igura 742 -hospedagem pública

exército era geralmente identificada pelo número de seus cavalos e cavaleiros (Is 31.1;Ez 17.15; Hc 1.8). Veja tam bém o que o Senhor falou sobre os decretos de um rei, nas suas últimas instruções ao povo de Israel (Dt 17.16). Veja as figuras 739,740 e 741.

VIAGENS E TRANSPORTE • 303

que eles não levassem provisões para a viagem, pois assim facilitariam a cam inhada (Mt 10.10; Mc 6.8; Lc 9.3). Além do mais, teriam de confiar na provisão divina. Figuras 743 e 744 - viajante grego e viajante romano.

recebeu dois anjos em Sodoma (Gn 19.1-8). O relato do crime em Gibeá (Jz 19.16-24) mostra a que extremos poderia chegar o respeito pela hospitalidade.

VIAJANTES

Os que viajavam m odestam ente a pé - e eles formavam a grande massa de viajantes ־ nunca deixavam de carregar um bordão. Outro detalhe interessante é que ao convocar os discípulos para a missão de anunciar o Reino de Deus, Jesus recom endou

Abraão deu a Agar (Gn 21.14). Na figura 719, o personagem logo após 0 jum entinho conduz ao om bro um odre de água.

304. ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBUCA

Os viajantes levavam suas provisões em um saco de viagem (figura 747, de acordo com um m ármore antigo, e 746, de acordo com um a pintura antiga). Guardavam 0 dinheiro no cinto ou em uma pochete de couro pendurada no ombro {figura 745 - mendigo romano. Veja Lc 10.14) e tam bém um odre cheio de água para m atar a sede. Pão e um odre com água foi o que

Figuro 747 -viajante judeu, como o filho pródigo

Figuro 745 -mendigo romano

12. Relacionamentos Sociais

RELACIONAMENTOS SOCIAIS •307

POSTURAem pé, mas depois sentou-se para falar aos presentes (Lc 4.16,20). No céu, Cristo está assentado à direita do Pai (Mc 14.62; Cl 3.1), mas levantou-se para receber 0 espírito de Estêvão, 0

primeiro mártir, que morreu apedrejado (At 7.56,59).

Figura 748 - quatro maneiras que os antigos egípcios usavam para sentar-se no chão

SAUDAÇÕES

A figura 748 representa, de acordo com os m onum entos egípcios, a maneira como os homens do povo costumavam sentar-se. A leitura das Escrituras, na sinagoga, era feita em pé, mas 0 expositor depois sentava-se para exortar nu ensinar. lesus leu-as

As pessoas se cumprimentavam com uma simples inclinação, com um abraço cordial ou um beijo. Veja os encontros de Jacó e


F igura 750 - os antigos habitantes dos países citados na Bíblia faziam uso de muitos gestos ao cumprimentarem alguém

Labão (Gn 29.13),Jacó e Esaú (Gn 33.4), Arão e Moisés (Êx 4.27), Jônatas eDavi (ISm 20.41); o beijo de Judas em Jesus (Mt 26.49); e a despedida de Paulo (At 20.37). Figura 752 - árabes se

Figuro 751 - um casal de árabes se inclina e beija a mâo de um alto funcionário

RELACIONAMENIQSSOC íAIS •309

deles (figura 750- observe as diferentes posições dos braços e das mãos; figura 757- egípcios se inclinam diante de um oficial

cum prim entando. Os inferiores davam a seus superiores sinais de grande respeito, inclinando-se profundam ente diante

Figura 757 - escravos egípcios se inclinam diante dc uma autoridade

Figura 754 - estrangeiros se ajoelham pedindo graça ao rei

F igura 755 - saudação dc um casal dc egípcios a outro casal egípcio

753 egípcios saúdam o faraó. Veja algumas referências bíblicas sobre saudações: Gn 42.6; ISm 24.8; 28.14; 2Sm 1.2; 14.4, 2Cr 7.3; Mt 27.29; At 10.25 etc.

público. Havia o envio de beijos (Jigura 749), 0

beijo na mão (751), o ajoelhar-se para pedir graça à autoridade (figura 754), ou prostrar- se com pletam ente (figura 756), conforme fez Hamã diante de Ester. Na figura

r ---------------------------------- --------------------------------- — --------------------------------------------- RELACIONAMENTOS SOCIAIS «311

TRANSPORTE DE CARGAS

Figura 760 - os antigos já praticavam a técnica do empacotamento

figura 758 mostra uma figura mitológica transportando um jugo; a parte superior da figura mostra um jugo egípcio antigo, longo. Veja também a figura 761.A figu ra 759 mostra uma carroça filistéia

A figura 760 mostra objetos amarrados num pacote para agilizar 0

transporte, de acordo com a coluna Trajana. Jesus falou sobre os fardos atados ao repreender os fariseus legalistas (Mt 23.4). A

mitológica transportando um jugo

312 ·EN C IC LOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

transportar água

F igura 764 - casal árabe. Enquanto o homem carrega a bagagem, a mulher segura uma criança pela mão e transporta outra ao ombro

sendo arrastada por dois fllisteus.As mulheres tinham uma forma especial de carregar os seus filhos. No antigo Oriente Médio

eles eram levados aos ombros ou dentro de um cesto preso às costas da mãe, conforme figureis 762 e 763.

Figuru763־

criançasendocarregada no ombro de sua mãe

Figura7 6 2 -criança sendo carregada em um cesto

TERCEIRA PARTE- Vida Política-

I . Realeza

r-

------------------------------------------ .------------------------------------------------ R P A I P 7 A . J17׳

CARRO

Era geralmente usado pelos reis em ocasiões especiais (1 Rs 1.5). Talvez devido à sua grande quantidade, 110 reinado de Salomão foram edificadas cidades só para carros (lRs 9.17,21). Figura 765 - um rei da Assíria passeia de carro às margens de um rio, acompanhado de seus guardas.

Hgura 765 - o rei assírio Scnaqueribe passeia às margens de um rio

318 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBUCA

CETRO

As principais insígnias da realeza eram o cetro e a coroa. O cetro primitivamente tinha a forma de um longo bastão e simbolizava o poder pastoral ifigura 766 - o rei Assurbanipal, com espada, cetro e sua roupa real, de acordo com um baixo-relevo de Nínive; figura 781 - um rei da Babilônia, de acordo com monumentos de Persépolis. O cctro citado na bênção de Jacó (Gn 49.10) simboliza a autoridade real e teve origem em Judá. Balaão profetizou sobre o cetro de Jesus, que de Israel procederia (Nm 24.17). Em Ir 48.17,0 cetro é comparado ao cajado.Na ameaça a diversas nações, Amós fala sobre o cetro da Síria (Am 1.5).

Figura 766 - d rei Assurbanipal com o cctro c m i : is ve.sies imperiais

REALEZA•31

CONSAGRAÇÃO

Tanto em Israel como no Egito, os reis eram consagrados com uma unção solene (2Sm 2.4;5.3). Figura 767- uma unção real, de acordo com monumentos egípcios. A Bíblia está cheia de expressões como “ungido״ e "ungido do Senhor", usadas pelos escritores sagrados (ISm 24.10; Hc 3.13 etc).

ungido por sacerdotes egípcios

COROA

L:ra colocada sobre a cabeça dos reis, na cerimônia de sua entronização, e raramente era tirada (figuras 768 - rainha da Assíria, com coroa real; figura 769 - coroa de um rei filisteu; figuras 770, 771, 772, 774 e 775-

lilistcu

Figura 76א -rainha assíria usando coroa

Figura 769 -. I«* u m r*»(

Figura 767- príncipe sendo

320 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BI&yÇA

Figura 773 - Ires cornas usadas por reis judeus

coroas egípcias, de acordo com antigos monumentos; figura 28 (página 21)-coroa assíria; figura 773 ־־ coroas judaicas. Veja 2Sm 1.10; 12.30 etc.

Figura 774 - coroa dc faraó

Figura 772 -coroa dc lar uri

coroa de faraó

TRONO

Poltrona rica e elevada, destinada a ser ocupada por reis e rainhas, que era colocada sobre um estrado, simbolizando o esplendor e a majestade do poder real. Em Gn 41.40 e2Sm 3.10,0 “trono” é um termo simbólico para distinguir

Figura 776 -trono que foi ocupado pelos terríveis reis da Assíria

Figura 775 - coroa rainha egípcia

coroa de faraó

REAIF.ZA\321

a autoridade. Salomão mandou construir para si um esplendoroso trono (1 Rs 10.18-20). O Senhor foi visto em um altoe sublime trono (Is 6.1). Figura778 - trono judeu; figura 777- tronos egípcios; figura 776 -

322· ENCICLOPÉDIA POPULAR D€ CULTURA BÍBLICA

Figura 780 - Is0 rei M" ' ·.! ־.

&Senaqueribe hácom arco e ■f . /flecha, sentado /no seu luxuoso K 'f trono*׳*<;' Á

trono assírio, de acordo com um baixo-relevo; figura 779- um rei egípcio recebe as súplicas de seus súditos. Figura 780 - o rei Senaqueribe sentado no seu trono.

Figura 779 - assim faraó gostava dc ser representado no seu troro: ele bem grande e as pessoas bem pequeninas

VESTES REAIS

Figuro 781 -baixo-relevo muito desgastado,onde se vê um rei habilónico com suas vestes reais

Eram de grandíssimo valor. Depois de ser honrado por Hamá (Et 6.8,10,11), Mardoqueu, com roupas de cor azul, recebeu uma grande coroa (Et 8.15).O rei de Tiro, numa alusão a Lúcifer, vestia-se esplendorosamente (Ez 28.13-19). Veja os reis assírios das figuras 766 e30 (página 21).

f i gALEZA.*Jtta

SÁTRAPAS

REFEIÇÃO REAL

A mesa do rei era suntuosamente servida e repleta de vasos e louças preciosos. Pelo menos nas grandes cerimônias, as refeições eram acompanhadas de música. Veja Gn 40.20;

Kigura 783 - sálapras da Pérsia. com maquetes representando as cidades governadas por eles. Quase todos os homens assírios usavam harba

Os sátrapas eram governadores de província na Pérsia antiga. A figura 783 mostra dois sátrapas. Eles trazem nas mãos as maquetes das cidades fortificadas governadas

2Sm 19.35; lRs 10.21;Dn 5.1. A figura 782 proporciona uma idéia de como pode ter sido o banquete de Assuero (Et 1). Nessa figura, um rei persa faz sua refeição acompanhado da rainha.

Figura 782 - rei persa cm banquete com a rainha

324 . ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULI URA BÍBLICA

por eles, como símbolos de sua autoridade.(Ed 8.36; Et 8.9; 9.3;Dn 3.2,3,27). A figura 785 mostra ainteressantíssima cerimônia de investidura de um grande funcionário egípcio na presença de faraó. Note- se que essa investidura (promoção, elevação) se dá através de um colar, assim como foi com José (Gn 41.42). A figura 784 mostra um governador do antigo Egito.

Figura 7K5 - faraó eleva um dc seus funcionários a um importantíssimo cargo

Figura 784 -governador do antigo Bgito. lista pode ter sido a maneira como José se vestiu

REALEZA •325

SERVOS

Entre eles, a Bíblia destaca os eunucos (lHs 22.9; 2Rs 20.18;Ir 38.7, At 8.27 etc.). Na figura 30 (página 21) um eunuco segura um leque atrás de um monarca assírio; figura 786 - mordomo de faraó Figura 47 (página 25) - rei assírio sendo servido por eunuco. Veja Gn 40.20-21; lRs 10.5.

TRIBUTOS

788, 789, 7906 791 mostram uma longa procissão deembaixadores que levam tributos ao rei da Assíria, de acordo com o obelisco de Ninrode.

Farte considerável dos recursos dos reis vinha dos tributos que lhes eram pagos pelos povos que se tornavam seus vassalos (1 Rs 9.21; Ne 5.4; Et 10.1; Am 5.11;Mc 12.14). As figuras 787,

ligu ra 788 - reverencia ao reiKigura 787 - tributo«, ao rei da Assíria

3W JENÇ IS.Q P*plA POPULAUDE C a n /R A BlBLlCA

Figura 7 9 - א políticos assírios cm visita ao rei

Figura 790 - chefes dc províncias trazem os seus tributos

Flgurâ 791 - presentes para o rei da Assíria

2. Exércitos e Guerra

E GUERRA.329

ARCO, FLECHA E ALTAVA

Figura 793 - urquciro hahilônico cm posição do tiro

Armas cie origem remota e muito usadas pelos hebreus. 0 arco é citado em Gn 48.22 0 49.24. Os filhos de Ulào eram fiecheiros (lCr8.40). Os persas também usavam arcos, conforme diz Is 13.18, napredição da ruína de Babilônia; e

330 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE a JLTURA BlBUCA

Figura 7% -arqueiro babilónicocm posição dc liro

Jeremias fala do arco de Elão (Jr 49.35). Figura 794 - arqueiro assírio; figura 792 - companhia de arqueiros egípcios; figuras 793 e 796 - arqueiros babilônicos em diferentes posições de tiro;figura 795-aljava suspensa ao ombro de um guerreiro assírio.

Figurii 795 -soldado de Senaqueribe condu/indo ao ombro sua aljava

Figuru 794 -arqueiroassino

EXÉRCITOS E0UERRA 331 י

BOTAS E IOELHEIRAS

Figura 797 -guerreiro de NíibuaxkMKKor com botas c joclheiras

Podemos associá-las às armas defensivas. Eram também chamadas de grevas (armaduras que cobriam as pernas, da altura dos joelhos aos pés) e as sólidas botas (ISm 17.6). Veja as figuras 797 e 798.

Figura 79א - so!d;»dos da artillKuia c infantaria assírias com botas e grevas (protcçüo par<1 as pernas)

, .1 r. uO PÊD IA POPULAR(* CULTURA BlBUCA

ARMA BRANCA

Figura K02 - armas cortantes e perfurantes usadas pelos soldados dc faraó

Figura SOI - espadas c punhais usados por imperadores romanos

Constituída dc uma lâmina metálica destinada a produzir ferimentos cortantes ou perfurantes durante o combate à curta distância. Figura 8 02- grupo de armas perfurantes e cortantes egípcios. Figura 8 0 0 - um facão romano. As figuras 799 e 801 mostram diversos modelos dc espadas e punhais. Jesus se referiu a esse tipo de arma em Mt 10.34.

Figura m -

l

ÁVERES

costumavam usara expressão de Dt 28.26 e1 Sm 17.44. Figura 803 - urubus devoram cadáveres de inimigos vencidos pelos assírios.

Abandonados no campo de batalha, tornavam-se alimento das aves de rapina e das bestas-feras. Por isso durante confrontos, os inimigos

Figura 803 -urubus devoram cadáveres dc pessoas mortas por soldados dc Assurbanipal

ACETE

Figura 8(M -Nabucodonosordc capacete (curiosa imagem dele sen barba)

Figura 804 (cabeça de Nabucodonosor, de acordo com um camafeu mais recente); figuras 811 e 812 - capacetes assírios, de acordo com modelos conservados no Museu Britânico; figura 810- capacete persa, de

334. ENCICLOPÉDIA POPULAR OE ÇULTURA R18UCA

F igu ras X I I c א 12capacetes assírios

Figuracapacete persa

acordo com monumentos de Persépolis; figura 8 13- outro capacete persa, Museu Britânico; figuras 805 e 806 - capacetes egípcios; figura 808 e 809

capacetes gregos, dc acordo com vasos antigos; figuras 807 e 814 - capacetes romanos, de acordo com os baixos-

Figura H13-capacete real persa

Figura 05א - capacetes egípcios

F igura 14 א- capacetes romanos

relevos da coluna de Trajano. A Bíblia cita os capacetes quando fala sobre o exército de Uzias (2Cr 26.14). O capacete foi chamado de elmo por leremias (Jr 46.4). Os invasores de Jerusalém usariam capacetes (Ez 23.24). Em sentido figurado, o capacete significa a nossa salvação (Ef 6.17).

Figura 07א -capacetesromano»

outro capacete egípcio

F iguras KOK ecapacetes gregos

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- EXEPCrros f g ucrra · 335

CARROS DE GUERRA

Ι'ϊ^ ιιη ι 815 -c a rro dc gucrra do rei da Assíria

os israelistas (fix 14.6-7). O Senhor recomendou que seu povo não temesse os carros dos inimigos (Dt 20.1). Josué garantiu que a tribo de Manassés venceria os

Foram muito usados pelos exércitos que atacaram os judeus nos tempos antigos. Faraó paramentou os seus carros e os seus cavaleiros para perseguir

aag_>3tC aa.0PÉP1A po pu la r de cultura bíblica

Figuro 820 -carro dc guerra egípcioFigura 818 - carro de guerra romano

Figura 819 - cano dc guerra do exército dc Nabucodonosor

numerosos carros de guerra dos cananeus (Js 17.16-18). Os israelitas não expulsaram o povo do vale porque aqueles inimigos tinham carros de ferro (Jz 1.19). Os

Figuro 817 - earn* dc guerrn assino munido de aljavas

>E GUERRA •337=>:43;>;nv

com um afresco; figura 819-carro de guerra babilônico; figura 8 1 8 - carro de guerra romano; figura 820 - carro de guerra egípcio com aljavas cheias de flechas; figura 821 - outro carro egípcio, atrelado e montado; figura 8 1 7 - carro de guerra assírio munido de aljavas.

carros de guerra tinham apenas duas rodas e eram conduzidos por dois ou quatro velozes cavalos. Hlesnão conduziam mais que dois guerreiros e o condutor. Figura 816- combate de carros; figura 8 1 5 - carro de guerra assírio, atrelado e montado, de acordo

Figura 821 - carro dc guerra dc uso dc genenus do exercito egípcio

330 · ENCICLOPEDIA OPULAR DE CULTURA BÍBLICA

CAVALARIA

Davi guerreou contra exércitos munidos de carros de guerra (2Sm8.4). Um carro desses foi usado porAbsalào (2Sm15.1). Os cavalos sào preparados para a batalha, mas do Senhor vem a vitória (Pv21.31). 0 profeta Isaías descreveu os cavalos preparados para a guerra (Is 5.28). Figura 823 - arqueiros assírios a

Figura 823 -arqueiro» ussírios u cavalo

Figura 822 - elefantes usados como anua de guerra

CXÉfOTOSE GUERRA·33S

Figura 824 - Icgionário romano a cavalo

cavalo; figura 824 - legionário romano a cavalo. Mais tarde, a partir dc Alexandre, o Grande, é a vez de os elefantes serem utilizados nos combates: figura 822 elefantes usados como arma de guerra.

CERCO

Figuni 826- antigo aríete romano

cerco (Ez 4.2); e trincheiras (Lc 19.43). Os assaltantes faziam brechas nos muros com enormes aríetes manuais (figura 826 - antigo aríete romano, de acordo com a coluna deTrajano), que depois foram

Levantava-se abrigo contra abrigo, torre contra torre, forte contra forte, de maneira a cortar toda e qualquer comunicação dos lugares sitiados e a dar ao assalto melhores chances de sucesso. Os elementos do cerco eram chamados de tranqueiras (2Rs 19.32; e Jr 6.6); vaiados (Jr 32.24);

Figura 825 - aríete romano

- ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

ataque a unia fortaleza

contra uma fortaleza; figura 829- aríete assírio munido de uma torre. O profeta Ezequiel é o primeiro escritor sagrado a mencionar esse instrumento (Ez 4.1,2; 21.22; 26.9).

Figura 829 - arqueiros assírios usam um arícic

com lorrc

substituídos por equipamentos com rodas sobre as quais erguiam torres onde se posicionavam os guerreiros. Figura 825 - aríete romano de uma época mais recente; figura 8 2 7 - aríete assírio, de acordo com um baixo־ relevo; figura 82 8 - egípcios lançam 0 aríete

Figura 82 7 - arícic usado pelos soldados dc Senaqueribe

EXERÇITOS E GUERRA · 341

Figura 8 3 1 - soldado egípcio usando escudo, capacete c cota dc malha

figura 832 - couraças gregas, de acordo com modelos antigos; figuras 834 e 835 - armaduras em forma de escamas de acordo com os baixos- relevos da coluna de

COURACA

A couraça e a cota de malha aparecem na Bíblia como símbolos de proteção, tanto no sentido próprio como no figurado (ISm 17.5,38; 2Cr 26.14). A couraça também é símbolo de justiça e fé (Is 59.17; Ef 6.14; lTs 5.8; Ap 9.17). Figuras 830 6 831 - cotas de malha egípcias;

Figura 832 -couraças usadas pelos gregos

342 . ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBLICA

TYajano e de Antonino; figura 836 - couraça egípcia; figura 833 - cota de malha assíria, de acordo commonumentos de Nínive.

Figura 833 - c o t a de malha dos soldados de Assurhampul

EXÉRCITOS E GUERRA · ?42

ESCUDO

Λ Bíblia fala de escudos como figura, representando proteção (Gn 15.1). Fala sobre o escudo de Saui (2Sm 1.21) e os escudos de ouro de lladadezer (2Sm 8.7; lCr 18.7,8). Fala dos escudos de Deus (SI 47.9); do escudo como a Palavra de Deus (Pv 30.5); e do escudo da fé (Ef 6.16). Figura 83 7 - escudo romano, visto de frente e de perfil; figura 84 0 - escudo egípcio; figura 839 - 0 mesmo escudo visto por trás para mostrar como era segurado; figura 838 - grande escudo egípcio.

Figura H4I ־ um

legionário romano c

seu escudo

Figura K42 -escudos

asados pelas legiões

romanns

Figura 838 - grande escudo usado pelos soldados dc faraó

Figura 839 - o mesmo escudo da figura 840. visto por trás

Figura 837 - escudo usado pelos soldados do general Ilto. destruidor de Jerusalém

Figura 840 -escudo egípcio

ESPADA E GLÁDIO

Figura 845toldados filisteus armados de gládio

Gládio era uma espécie de espada bastante curta com dois gumes, que se podia esconder por baixo da roupa, conforme fez Húde (Jz 3.16), e Davi (ISm 17.39).Figura 84 5 - soldados filisteus armados dc gládio; figura 844 - gládio

egípcio; figura 843 - uma espada assíria; figura 846- bainha de adagas dos judeus; figura 84 8 - punhal e adaga romanos.

Figura 846bainhas dcadagasjudaicas

Figura 847 -punhal judeu

Figura 843 -espada (adaga) dos soldados dc Nínivc

Figura 848 -punhal e adagaromanos

Figura 844 - gládio (ou adaga) cgípcio

iE GUERRA •345

ESTANDARTES

Eram usados para reunir os combatentes e assinalar vitórias. Consistiam em uma haste com qualquer objeto preso ao alto. No início eram usados objetos comuns; mais tarde, foram substituídos por outros mais significativos {figura 852- águia romana; figuras 850,851,853,854,8556 856 - estandartes egípcios; figura 85 7 - estandartes romanos, de acordo com

Figura 852 -estandarte da águiu romana que <>s judeus sempre consideravam uma afronta quando os soldados de César o conduziam pelas ruas dc Jerusalém

Figura 853 -estandarte egípcio representando o lótus

{ura 849 - três andartes dos íncitos dc naqueribe e s urban ipal

Figura 85(1 -estandarte egípcio

representando o deus sol

Figuru 856 -estandarte

egípcio representando

0 deus cervo

Figura 855estandarte egípcio representando o deus lalcâo

Figura 854 -estandarte

egípcio do f araó Akcnatonfigura 851 - estandartes egípcios representando a deusa

Horror, o deus pelicano e o deus crocodilo


Figura 857 - estandartes representando o poder e a soberba do exército romano. As letras **SPQR" significam: “O Senado e o Povo de Roma"

antigos monumentos. Na figura 858, o primeiro soldado à frente conduz um estandarte. A serpente fabricada no deserto tornou-se um dos símbolos de Cristo (Nm 21.8,9; 10 3.14). O estandarte, outras vezes, significa a guerra do Senhor contra as nações impenitentes (Is 5.26), a ruína de Babilônia e 0 livramento de Israel (Is13.2). Para se salvar da invasão estrangeira, a bandeira deveria ser asteada (arvorada) como aviso a Israel (Jr 4.6).

BgnCTTP8EQUEffto*a47-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ן

FORTIFICAÇÕES___________________

Figura 860 - fa te assírio conslmído sobre uma colina

oFigura 861 -fcctc a.v.írio à beira domar

um destacado lorte (figura 862 - a caricatura egípcia representa um assalto a uma fortificação), ou uma

Já se sabia também tirar grande proveito das fortificações, que aparecemfreqüentemente nos antigos monumentos. Podiam ser tanto um simples abrigo construído com terra e madeira {figura 859 - fortificação no estilo romano, de acordo com a coluna deíVajano), como

e uma dupla muralha; figura 864 - outro forte egípcio com dois fossos; figura 865 - fortaleza assíria, de acordo com um baixo-relevo de Nínive; figura 860- forte assírio construído sobre uma colina; figura 861 - forte assírio construído à

Figura K62 - caricatura egípcia representando 0 ataque a um forte

ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBUCA348·

verdadeira fortaleza, com sólidas muralhas e aberturas que permitiam a tropa observar, atacar e se defender. As fortificações tinham torres altas e fossos com águas profundas: figura 863 - fortaleza egípcia circundada por um fosso

Figura H64 - fortaleza egípcia com dois fossos c uma poderosa muralha

beira do mar ;figura 866 - torres e muralhas da cidade judaica de Laquis, de acordo com um baixo- relevo assírio; figura 867- planta de uma

EXÉRCITOS E GUERRA-349

fortaleza; no interior pode-se perceber as casas dos habitantes e as tendas dos soldados; figura 868 - segmento de um forte assírio. Leia sobre os homens de

Figura 65א - fortaleza assíria da época de Assurbanipal

Figura 867 - planta dc uma fortale/a, vcndo-scח interior a.s casas dos habitantes c as נtendas dos soldados

Figuro 866 - torres c muraliias da cidade judaica de I jkjuís, sendo atacadas pelos assírios (baixo-rclcvo dc autoria dos próprios assírios)

Penuel (Jz 8.9,17); a Torre de Siquém (Jz 9.46); a tranqueira de Abel-Bete-Maaca (2Sm 20.15); a restauração das fortificações de Jerusalém (Ne 3.8); a beleza notável de Sião (SI48.12-13); a cidade fortificada, conforme diz Is 26.1; e a figura de linguagem do profeta Habacuque(Hc2.1).

Figura 868 - bloco dc baixo-rclcvo dc um lorte assírio

350 ·ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

EXÉFCíTOSE GUERRA •351

FUNDA

ligura 71א - atirador de funda romano

Provavelmente é a mais antiga das armas de guerra. Foi usada por Davi (ISm 17.40,49) e seus companheiros (1 Cr12.2). Figura 873- atirador de funda egípcio; figura 872- atirador de funda posicionado na torre de uma cidade fortificada; figura 869 - funda judaica; figura 871 - atirador de funda romano; figura 870- atirador de funda assírio.

Figura 872 -atirador de funda posicionado em uma tone

Figura 869 -funda usada pelos soldados judeus

Figura 873 - atirador dc funda egípcio

Figura 87(1 - ;atirador de 'funda

?52 · ENCICLOPÉCXA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

GUERRAS

l igura 875 - o ici Daria um do» succvsorcs do rei Ciro no trono da Pérsiu (oude estüo situados hoje o Irfl c 0 Iraque) pisa e humilha um grupo de oficiais c ministros dc um rei vencido

Nelas ocorriam os atos mais cruéis. 0 direito do vencedor não tinha nenhum limite. As mulheres e as crianças eram levadas para o cativeiro. A parte inferior da figura 876 mostra uma cena assim. Os homens eram rudemente amarrados ou acorrentados, torturados de mil maneiras, literalmente massacrados. A figura 875 mostra o rei Dario 1 pisando seus inimigos vencidos; na figura 874-

Figuru 874 - Senaqueribe pisa e fura as costas de um inimigo humilhado

Figura 876 - as terríveis assírios (a capitai do país deles era Nínivc) atacam, invadem, matam e levam prisioneiros os habitantes dc uma fortaleza

cena análoga na Assíria; figura 878 - a mesma cena no Egito; figura 877- outra cena egípcia do mesmo gênero; figura 879 -u m judeu prisioneiro dos egípcios, de acordo com um afresco; figura 880 - os dentes, os cabelos e a barba dos soldados vencidos sào arrancados; figura 882 - assírios torturam os cativos; figura 881 - soldados assírios contam as cabeças dos inimigos mortos após a batalha; figura 884 - mesma cena

contam os hieróglifos da placa

Figura 877- prisioneiros vencidos pelos egípcios sendo pisados pelo faraó

Figuru 878 - faraó pisa seus inimigos

Figura 879 -judeu prisioneiro dos egípcios sendo levado para o cativeiro, conforme

Hguru 880 - assírios arrancam os cabelos, a barba e 05» dentes de seus prisioneiros

egípcios são levados amarrados da maneira mais bárbara; figura 888- prisioneiros sào arrastados pelos assírios que lhes passaram um anel nos lábios. Os

no Egito, agora com a contagem de mãos decepadas; figura 883 - os olhos dos inimigos vencidos sào vazados, de acordo com um baixo- relevo assírio; figuras 886 e 885 - prisioneiros dos

H gtira 881 - soldados assírios contain as cabeças que eles cortaram de seus inimigos vencidos

Figuro SS2 -com requintes de crueldade, assírios torturam c arruncum a cabeça dc seusprisioneiros (dc um relevo muito desgastado)

I igin a H85 - egípcios levam judeus c soldados I'disteus amarrados para o cativeiro

20.19,20). Porém, Josué mandou que os soldados pisassem no pescoço dos inimigos (Js 10.24). IJm rei teve os polegares dos pés e das mãos cortados (Jz 1.6,7). A terra dos filhos de Amom foi destruída (lCr20.1).

campos dos inimigos vencidos também eram saqueados e as árvores cortadas. Figura 887- assírios cortam as árvores de um país inimigo. Na Bíblia, a lei proibia cortar as árvores da cidade conquistada (Dt

llguru KM - soldados egípcios levam seus prisioneiros amarrados de diversos modos

J56 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BIBLIÇA

Veja também a humilhação dos filhos de judá na luta contra os siros (2Cr28.915־).O Messias pisará seus inimigos (SI 110.1).Λ figura 816 mostra como eram as batalhas na antigüidade: uma luta

Figura 887 -assírioscortamárvores do país de seus inimigos vencidos (segundo um baixo- relevo muito desgastado)

corpo a corpo, em que a coragem assumia importante papel. Λ marcha rápida dos guerreiros e 0 barulho dos carros produziam um ruído que Isaías comparou ao som de

Kiliuru 88א - prisioneiros do exército de Nínive com o rosto coberto, são arrastados pelos lábios para o cativeiro

5 F G U p R R 3LH· י KEX

« j g

Figura 9אא - soldados de Nabucodonosor combatem cm um

ocorreu na batalha contra os filhos de Benjamim, em Gibeá (Jz 20.38).Figura 889- combate em um pântano; repare os cavaleiros emboscados nos juncos.

ondas e torrentes (Is17.12-14; 28.2). Uma parte das tropas era posta em emboscada: graças a isso, vencia-se pela astúcia tanto quanto pela força. Foi o que fizeram Abraão (Gn 14.14-16) e Josué (Js 8.12), e foi o que

INVASÕES

Figura 891 - soldados assírios alue am uma fortaleza. Observe-se na base da gravura os prisioneiros empalados (espetados cm estacas De um baixo-relevo muito desgastado pelo tempo)

Tanto os sitiados como os sitiantes usavam catapultas e balistas para arremeter ao longe dardos, pedras e até mesmo vigas (2Cr 26.15). Figura 893 ־־ balista romana. Em cima das

Figura 890 -arqueiros assinasatacam com aríete

Figura 892 - soldado romano condu/indo uma escada que será usada nu invasão de

uma fortaleza

nas fortalezas. Reveja a figura 87 6 - assalto cios assírios a uma fortaleza; figura 891 - cena análoga, de acordo com um baixo relevo ninivita;

escadas e se defendendo com seus escudos contra as flechas e as pedras que lhes lançavam os sitiados, os invasores se esforçavam para penetrar

Figura «93 - balista (arreme.ssador de dardos e pedras, equivalente ao aiual canhão) de uso romano

figura 892 - soldado romano levando uma escada usada em invasões, de acordo com a coluna deTrajano. Na figura 894 egípcios fazem o cerco de um lugar fortificado, e o invademFigura 894 - soldados

egípcios invadem uma fortaleza usando escadas

EXÉRCITOS EQUERRA.3e3

Os filisteus eliminaram os ferreiros entre os israelistas a fim de impedir que estes fabricassem lanças (ISm 13.19). Durante a edificação dos muros de Jerusalém, os judeus trabalhavam armados de lança (Ne 4.13). Na profecia do juízo contra as nações, Deus manda Israel forjar as suas lanças (JI 3.10). Um soldado furou 0 lado de

Figura 897 -lancciroassírio

LANÇA

Figura 895 - soldado romano armado dc lança em um posto de guarda

Jesus com uma lança (Jo 19.34). Figura 895 - soldado romano armado de lança monta guarda diante da tenda do imperador, segundo a coluna deTrajano; figura 896 - lanceiro assírio; figura 897 - outro lanceiro assírio.

Figur» 8% -lanceiro assírio

JÔ4 · ENCICLOPÉDIA POPULAH DE ÇULTURA BÍBLICA

MACAS DE GUERRA

Era uma arma de ferro ou de outro material, com uma extremidade esférica provida de pontas aguçadas. Também conhecido como clava. Figura 8 9 8 - grupo de maças de guerra egípcias e assírias. Possivelmente é 0 que cita Pv25.18, como “martelo" (Na a r a , o

termo usado é maça).K1

Figura 898-inatas de guerra usadas por soldados de faraó eSenaqueribe

J

TREINAMENTO PARA A GUERRA

também o servo de Deus deve ser instruído a usar as suas armas espirituais (2Sm 22.33-39). Mas dias virão em que as nações não aprenderão mais a guerrear (Is 2.4; Mq 4.3).

Os treinamentos eram feitos ao som da trombeta, conforme a figura 899. Naturalmente os soldados exerciam 0 ofício das armas, e eram treinados no uso do arco (2Sm 1.18). Assim

EXÉRCITOS E GUERRA · 366

Figura KW - pelotão egípcio treinando ao som de trombeta

SOLDADOS

também as figuras 900 e 901 - dois reis acompanhados dc seus ajudantes־de־ordem; figura 9 0 3 - legionário

Figura 4)(IO - um reiacompanhado de seu ajudante-de-ordem

Figura 901 - um rei observa .1 batalha 10b o olhar dc um ajudante-de-ordem

Os exércitos eram compostos por soldados divididos em pelotões, companhias e falanges. Veja figura 792- pelotão de arqueiros egípcios; figura 902- batalhão de infantaria egípcio. Veja


Figura 902 - batalhão de inlantaria egípcio

E GUERRA •367

Figura 904 - dois centunòcs romanos

romano; figura 904 - dois centuriões romanos, de acordo com baixos- relevos; figura 905 - magistrados militares, dc acordo com a coluna de TYajano.

Figura ‘X)5 - magistrados e procônsulcs romanos (Pilat

também foi procônsul)

Figuru ,Mtò - rei assírio reloma triuntalmcntc da guerra, enquanto soldados transportam as cabeças de seus inimigos


TRIUNFO

Servia para guiar as tropas e dar sinais, conforme fez íoabe na guerra contra Abner (2Sm 2.28). De acordo com o toque, a tropa deveria recuar ou avançar (2Sm 18.16). Paulo observou que se a

Os exércitos vitoriosos se entregavam a grandes comemorações quando voltavam ao seu país. Vejao cântico de Débora (Jz caso do voto de ־31); 0 5.1Jefté (Jz 11.30-37). As

Figura 907 -trombctu dcguerraromana

mulheres saíram ao encontro do rei Saul (ISm 18.6,7). Figura 90 6 - entrada triunfal do rei da Assíria, de acordo com um baixo-relevo.

TROMBETA

EXÉRCITOS E GUERRA •369

trombeta (ou corneta) produzisse som incerto, ninguém se prepararia para a batalha (1C0 14.8). Figura 907- trombeta de guerra romana, figura 909 - trombeta de guerra judaica; figura 9 1 0 - t rom betei ro grego; figura 908- trombeteiro assírio, de acordo com um baixo-relevo.Figura 908 corneteiro assírio

Figura 910 - corneteiro gregoMgura 909-trombeta dc guerra judaica

I . Culto e Adoração

--------------------------------------------CULTO E ADQRAçto*g71

ALTAR DO HOLOCAUSTO

Figura 911 -sacerdotes dirigem-se ao altar para remover a came das vítimas e manter o fogo aceso

Figur» 913 -coletor dc bronze no qual se recolhiam as cinzas do altar

bronze embaixo e em volta. O altar era oco e cheio de pedras; entre os quatro chifres, havia uma grelha para receber 0 fogo perpétuo e as vítimas do sacrifício. Figura 913 - reconstituição de um coletor de cinzas de bronze; figura 911 - sacerdotes conduzindo utensílios para remover a carne das vítimas e manter o fogo aceso sobre o altar. Veja Êx 27.3.

Esse altar era colocado no átrio, diante do Lugar Santo. A figura 912 corresponde bem à descrição detalhada que se lê no livro de Êxodo (Êx 27.1-8 e 38.1-7). Era feito de madeira de acácia, coberto de bronze, e tinha cinco côvados de largura, cinco de comprimento e três de altura; de cada um dos quatro cantos do altar saíam chifres revestidos de bronze. Além disso, havia uma grelha de

Figura 912 -o Altar do Holocausto usado pelos antigos judcuj.

376 » ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlSLlCA

ALTAR DO INCENSO

Figura ‘>14 - u Altar do Incenso do Tabcmáculo judeu

Zacarias entrou para oferecer 0 incenso e viu o anjo do Senhor (Lc 1.9־1 D.Veja figura 914. Ficava no Lugar Santo. O incenso é comparado às orações dos santos (Ap 5.8).

Tinha dois côvados de altura por um de largura lira fabricado em madeira de acácia com um revestimento de ouro, e tinha quatro chifres, um em cada extremidade superior. Pela manhã e à noite, 0 sacerdote queimava sobre ele os mais agradáveis perfumes, conforme ordenado pela lei (fix 30.1-9137.25-29).

CULΓΟ Ε ADORAÇÃO•377

ARCA DA ALIANÇA

de Cristo e é o símbolo de nossa comunhão com Deus. Nas duas extremidades do propiciatório havia dois querubins de ouro, cujas asas estendiam-se para frente, conforme a figura

Cofre em madeira de cetim, coberto de ouro, colocado no Santo dos Santos. Vide Êx 25.10-21;37.1-9; Mb 9.4. Sobre a arca havia uma tampa chamada propiciatório, que lembra o sacrifício

Figura 915 ־ Arca da Aliança, vendo·se os dois anjos sobre o propiciatório

915. Veja também as figuras 916, 917,919 ־ arcas egípcias levadas cm procissão; figura 918 - uma arca egípcia (detalhes ampliados da figura 917); figura 9 2 0 - outro exemplo de arca egípcia; figuras 921 e 922- anjos com asas estendidas, de acordo com monumentos egípcios.

Figura 917 -arca de vários deuses egípcios conduzida em prociss&o

Figura 916 - os egípcios também fabricavam arcas nas quais conduziam as imagens dos seus deuses

CULTO E ADORAÇÃO •379

I igura 918 - detalhes ampliados da arca da figura 917. onde se vê, na parte dc baixo, a figura do abutre (urubu), deus do Ruixo-Egito

Hguras 921 e 922 - anjos representados pelos egípcios

Figura 919 - sacerdotes conduzem a arca (ou andor) de um deus egípcio

A arca guardava vários. . Figura 920 - outro

objetos preciosos, entre exemplo de «rca

eles as tábuas do concerto, a vara de Arão e uma urna de ouro com o maná (11b 9.4). A figura da arca era cunhada nas

Figura 923 - curiosos seres alados egípcios

antigas moedas judaicas. Afigura 925 mostra uma uma. Compare-a com a urna do maná da figura 926, que foi reconstituída.

FiKuru 924 - os egípcios também representaram seres alados Teriam eles sido influenciados pelos judeus'

Figura 925 -quatro antigas moedas judaicas nas quuis se vê a urna onde o maná era guardado

Figura 926 - reconstrução da urna onde era guardado o maná

CABANASCULTO E ADORAÇÃO •381

Aos lugares sagrados podemos reunir as cabanas de folhagem, sob as quais os judeus comemoravam a Festa dos Tabernáculos, em conformidade com as prescrições da lei mosaica (Lv 23.34,35; Dt16.13-15; Jo 7.2 etc.). Veja figura 927.

Figura 927 - diversos modelos dc cabanas de folhagem que os judeus construíam para a Festa dos Tabernáculos


CANDELABRO

representação do candelabro, tanto a partir dos baixo-relevos encontrados em Tiberíades (figura 930), como a partir de uma cena do arco do triunfo de Tito, onde se vê 0 candelabro sendo carregado sobre os ombros dos triunfantes [figura 931). O

O candelabro de sete hastes era de ouro maciço e também ocupava um lugar de honra no Santo Lugar (Êx 25.31-39; 37.17-24, Hb9.2 etc. Figura 929 -

F igura 929 -candelabro de sete liastes, de ouro maciço, usado no tabermículo

F igura 92« -candelabro gigantesco que existia em Jerusalém na época de Jesus, c que só era aceso durante a Festa dos Tabcmácjlos

candelabro gigantesco, representado na figura 928, é um daqueles que os judeus usavam para iluminar 0 pátio do templo de Jerusalém durante a Festa dos Tabernáculos. Jesus representa hoje esse candelabro, pois só Ele nos ilumina para a vida eterna (Jo 8.12).

pelas mas de Roma conduzindo o candelabro judeu que eles retiraram do Templo antes de destruí-lo

Figura 930 - baixo relevo encontrado cm Tibcríades, onde se vê a representação do candelabro ן ideu de sete hastes

3 8 4 . ENCICLOPÉDIA POPULAR OE CULTURA BÍBLICA

FILACTÉRIOS

O costume de usar filactérios ainda subsiste entre os judeus {figuras 932 e 933 - filactérios para a cabeça; figura 935- judeu orando, tendo na fronte um filactcrio; figura 934 - filactério para o braço e a maneira de usá-lo. Como se vê, os tephillin ou filactérios

Figura 933 -filactério par.» a cabeça

são pequenas caixas contendo um pergaminho, no qual são inseridos diversos textos bíblicos, escritos em hebraico; esses filactérios eram presos por grandes correias que se enrolavam em torno dos braços ou do corpo.

Figura 932 -filactcrio da época de Jesus

CUl ' A ׳ >1 O Q B A fite ifB

Figura 935 - judeu orando c usando na testa um niactérío (caixa contendo um pergaminho com textos bíblicos),cm rigorosa observância dc Ex 13.9

386 · ENCICLOPÉDIA PQPVLAR DE CULTURA BÍBLICA

INCENSÁMOS

Eram de ouro, assim como as colheres de incenso. O rei Uzias foi punido por causa de sua pretensão em queimar incenso (2Cr 26.16-19). Ezequicl viu incensários nas mãos dos 70 anciãos que traziam abominação ao santuário (Ez 8.9-11). Figura 936 - incensário; figura 937- incensário munido de correntes; figura 938 -colheres para incenso.

Figura 938 - colheres para incenso de variados formatos

Figura 936- incensário usado pelos judeus

Figura 937 - o incensário tinha muitas vcze* que ser oscilado para espalhar o odor do incenso. Daí a necessidade do uso de correntes

CULTO EADORAÇAO-387

Figura 942 - as franjas enun consideradas sagradas, pelos judeus

MANTO DE ORAÇÃO

Nesses mantos os judeus pregavam franjas sagradas ou tzitzith (figuras 941 e 942). As franjas tiveram um importante significado na vida dos judeus. Representavam virtude e poder. Ao tocar na orla do vestido de Jesus, a mulher que sofria do fluxo de sangue teve a saúde restaurada (Mt 9.20). Também foram usadas pelos egípcios (figura 939, de acordo com um mural).

Figuru 939 - egípcio usando um bermud&o

com franjas. Eles também se esforçavam

para servir aos seus falsos deuses

Figura 940 -fariseu usando manto com franjas

388 «ENÇIÇLOPÊDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

MAR DE FUNDIÇÃO________________Bacia gigantesca, na qual os sacerdotes colocavam a água usada nos rituais de purificação e ablaçào. A ilustração que fornecemos (figura 943), reproduz o mar de fundição do templo de Salomão (lRs 7.23-26) que era um pouco diferente daquele do Tabernáculo de Moisés (Êx 30.17-21 e 38.8).

MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃO

Ficava no Lugar Santo.De acordo com a descrição dada por Moisés, assemelha-se à nossa figura 944, segundo o formato dado por Deus no deserto (fix 25.23-30; 37.10-15) e o I desenho do templo que Davi deu a Salomão (1 Cr

— 41

Figura 943 - marde fundição (ou dc bronze) que o rei Salomão mandouconstruir notemplo

wmÊEmKÊmmm

Figura 944 - Mesa dos Fâcs da Proposição, usada dentro do Tabernáculo

951 - uma mesa de pães da proposição. Os pães, em número de doze e renovados a cada semana, eram provavelmente em forma de círculos {figura 949). Eles eram colocados uns sobre os outros em uma rica bandeja de ouro

28.16). Veja a figura 945 - a mesa dos pães da proposição e as trombetas sagradas dos judeus levadas cm triunfo pelas ruas de Roma, depois da tomada de Jerusalém (baixo- relevo do arco deTito). Veja também a figura

!·'Ígurn 945 - soldados rommos desfilando pelas ruas dc Roma com 3 mesa dos pães da pmposrçflo c as trombetas sagraJas que eles retiraram do templo de Jerusalem antes de dcstnMo

390 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBLICA

Figura 949 - esta 6 a forma mais provável dos pães da proposição

Figura 950 - bandeja onde os piles da proposição eram colocados

{Jigura 950), em duas fileiras de seis pães cada uma, sobre as quais se colocava um pequeno recipiente para o incenso, ou galheta (figuras 947 e 948 - galhetas de formatos diferentes). A figura 946 contém uma reprodução aproximada dos pães ázimos, ou sem levedo (fermento), que os judeus comiam no oitavo dia da Páscoa. Veja a instituição da festa (fix 13.3,6,7); a última Páscoa de Jesus com os seus discípulos (Mt26.17);e Paulo alertando sobre 0

fermento (1 Co 5.7,8).

Figura 951 - outra gravura da mesa de pães da proposição

Flguru 947 - |>equcno recipiente para incenso que era colocado sobre os pães da proposição, c que os judeus chamavam de galheta

Figura 948 - bandeja com os pães da proposição, sobre os quais há uma galheta

Figura ,W» pães asmos (sem fermento)

CUCTOE ADORAÇÃO •391

ORAÇÕES

Figura 953 - silhueta dc um homem cm oração. Havia,

entre os povo» citados nu Bíblia, muitas orações erradamente

direcionadas

(Mt 6.5). Jesus derramou seu coração cm oração no Getsêmani (Lc 22.41). Paulo se pôs de joelhos para orar pelos efésios (At 20.36). Algumas vezes, o povo chegava a se prostrar completamente cm oração (Ne 8.6). Os

Faziam-se as orações de pé, com as mãos estendidas, ou de joelhos (mais freqüente), como mostram as figuras 955 e953 - cenas análogas às dos judeus, atribuídas a monumentos antigos. Veja também a figura 952. Veja os exemplos de oração na Bíblia: a oração de Ana, a mãe de Samuel (1 Sm 1.10); Salomão dedicando o Templo a Deus (1 Rs 8.23-53; 2Cr6.13-42); a oração de Esdras (Hd 9.5-15). A oração não deve ser feita como a dos hipócritas

Figura 952 - família cristã orando junta - dc uma gravura das ^ catacumbas de Roma ^

/

392 · fNCICLOPÉOlA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

proteção u deusa Minerva antes de ir para a batalha. Os romanos viveram cegos espiritualmente até a lu/ tie Cristo brilhar c alcançar muitos deles

respeitosamente (de acordo com uma pedra gravada). Veja lRs 19.18. Os antigos judeus, quando oravam, tinham o cuidado de atar à fronte e ao braço esquerdo os tephillin ou filactérios, em conformidade com uma palavra do Senhor, entendida por eles 110 sentido estritamente literal: “Isso será para ti como um sinal sobre a tua mão e como uma recordação entre os teus olhos”, Êx 13.9.

Figura 954 - egípcio prostrado diante da estátua da deusa Hulor. O antigo Egito nfio conheceu o culto ao VerdadeiO Deus

pagãos também oravam, ainda que inutilmente aos seus ídolos. Figura954 - egípcio prostrado diante de um ídolo egípcio. Sabemos que a palavra adoração é derivada de acl e os, e significava,primitivamente, um beijo enviado ao céu. Os seres humanos nem sempre adoravam ao verdadeiro Deus. Figura 955 - general romano faz suas preces diante de uma estátua; ele está começando a se ajoelhar e se dispõe a enviar um beijo à deusa, cujo pé o general toca

------------------------------------------------------------------------ EyUBíAPQB*CAQlS2

PESSOAS CONSAGRADAS

Eram os levitas, os sacerdotes e o sumo sacerdote. Os monumentos guardam um silêncio quase absoluto sobre este assunto tão importante. Porém, as informações bíblicas nos permitem reconstituir, de uma maneira quase exata, os trajes religiosos da família sacerdotal em Israel. Esses trajes consistiam em quatro vestes, conforme P.x 39.27-29: uma túnica branca de linho fino, uma mitra de linho, com um formato difícil de se ilustrar com exatidão, calções de linho, um cinto de linho de várias

Figura 956 - levit;» tocando trombeta

304 · ENCICLOPEDIA POPULAR DE CULTURA BIDLICA

cores. Os pés ficavam descalços, em respeito ao santuário. Figura 956- judeu Ievita; figura 957- sumo sacerdote judeu; figura 958 ־*sumo sacerdote em trajes simples. Em cima do traje comum dos sacerdotes, o

Figura 957 - sumo sacerdote judeu com bacia e incensário. Está de pés descalços em respeito ao santuário

Figura 958 - sumo sacerdote em trajes considerados n&o-oficinis

sumo sacerdote do judaísmo colocava ainda outros ornamentos especiais de grande riqueza, que passaremos a descrever:

CULTO E ADORAÇÃO •395

Figura 961 -outros formatos de sinos c romàs

1° - Uma túnica superior, de cor azul, tecida inteiramente, sem costuras, com pequenos sinos de ouro e de romãs em fio azul, púrpura e carmesim presos de maneira intercalada em sua orla (fix 39.1 -26; figuras .95.9 e 961 - pequenos sinos e romãs; Jigura 960 - o sumo sacerdote com traje completo;

Figura 96« - sumo sacerdote vestido dc seu traje completo para entrar no Sunt״ dos Santos

Figura 959 - pequenos sinos e romãs que eram pendurados na roupa do sumo sacerdote

396 « ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBLICA

x -t■ '■ '■ : A

I igura 963 - o éfode usado pelo sumo sacerdote

2o Um éfode de ouro e dc fio azul, púrpura e carmesim, artisticamente trabalhado, acompanhado de um cinto nas mesmas cores e de ombreiras de ouro e de diamante {figura 963 -

o éfode);

l isura % 2 - éfode e peitoral com doze pedras preciosas; \0 bre cada uma «lessas pedras está o nome de uma tribo dc Israel

3o - um peitoral preso ao éfode, como mostra a figura citada anteriormente. Fra um ornamento quadrado, ricamente trabalhado, levando quatro fileiras de três pedras preciosas, com 0 nome dc cada uma das doze tribos de Israel sobre cada uma dessas pedras (Êx 39.2־ 21; figura 962).

CULTO t AüOHAÇÂO · 397

4o - Uma mitra, tendo na frente uma lâmina tie ouro presa com fitas azuis. Sobre a lâmina de ouro liam-se as palavras: “Santidade ao Senhor״ (figura 964). Veja fix 39.20,30.

Sinagogas eram as casas de oração, cuja origem parece remontar ao cativeiro na Babilônia. Na época de Jesus e dos apóstolos, as sinagogas eram encontradas em todos os países onde havia judeus. Foi em uma sinagoga que Jesus leu o livro do profeta Isaías (Lc 4.16-21 ).Nas sinagogas ele costumava ensinar no sábado (Lc 13.10). Paulo também discursou em unia

Figura %5 -trecho dc uma sinugogu

h ii>ura %4 - mitra usada pelo sumo *accrdote. na qual se lc as palavras:

Santidade ao Senhor"

SINAGOGAS

, סי אנ^ד· א ל

ךני»י\יי

' ב י ״ מ מ

·M ÍÜ

Kigurn 966- santuário

dc uma sinagoga. [

vendo· sc o armário

onde eramüusrdíKlos c.

" ו t f ?vr Vos rolosמן * מ יי*^ sagradosי * j e r ^ lp

ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA ״ 398

CULTO E AÜORAÇÀO · 399

colunas; figura 966 - santuário de uma grande sinagoga, com um armário contendo os rolos sagrados.

sinagoga (At 13.14). Figura 9 6 7 - interior de uma sinagoga; figura 965 - visão de um trecho lateral de uma sinagoga, com suas altíssimas

TABERNACULOtestamento. O antigo tabernáculo ilustrou 0 tipo do novo tabernáculo, que é a Igreja redimida pelo sangue dc Cristo (Hb 9.1 8־). Λ figura 971 mostra 0 tabernáculo em seu conjunto, que compreende 0 pátio cercado dc cortinas. Λ figura 968 mostra a arrumação externa

Primeiro local do culto entre os antigos hebreus. Os detalhes sobre o tabernáculo estão no livro de Êxodo (Êx 26.1 ־37,27.1-21). No tabernáculo estavam o altar do holocausto, a bacia de bronze, o candelabro, a mesa da preposição, 0 altar do incenso e a arca do

Figura 96« - arrumação externa das cortinas que circundavam o tabernáculo

I , .j Figura 969 -U y arrumação interna

/ dessas cortinas

sala menor situada no fundo, o Santo dos Santos (figura 977 - planta do tabernáculo). F.ste último não ocupava mais de dez cóvados, dos trinta que compunham o santuário. Um riquíssimo véu separava 0 lugar

CULTO E ADQHAÇÃQ » 401

Figura 970 - buquê composto de uma palma circundada por

ramos de salgueiro e mino, que os judeus seguravam duiuntc as cerimônias da

Festa dos Tabcmáculos

dessas cortinas, e a figura 969 sua organização interna. 0 tabernáculo tinha trinta côvados de comprimento por dez de largura, e era composto de um primeiro cômodo chamado Santo, e de uma

Figura 971 - visào panorâmica e externa do tabernáculo

Santíssimo do lugar Santo. Veja a estrutura do tabernáculo na figura 975. As figuras 972- base dc metal para as tábuas de encaixe - e 973 - base para as mesmas tábuas de canto; 976 - tábuas em madeira de acácia e 974 - barras de madeira, ilustram alguns detalhes particulares.

Figura 972 - base dc metal usada no tabernáculo

Figura 973 - base para as tábuas dos

Ângulos

Figur■ 977 - planta do tabernáculo

Figura 976 -tábuas de

madeira de acácia usadas no

tabernáculo

Figura 974 - barras de madeiras usadas no tabernáculo

Figura 975 - estrutura do tabernáculo

402

CUl 10 E ADORAÇAO-40י

ITEMPLO DE HERODES

apresentamos dão uma idéia exata do conjunto e dos detalhes. Pode-se perceber suntuosas galerias por volta de todo 0 templo. No interior, vêem-se o vasto pátio dos gentios, os outros pátios reservados aos judeus e

O Templo de Herodes, que não era outro senão o mesmo de Zorobabel (Ed 3.8,9; 4.4-24; Jo 2.20), também foi reconstituído eestá disponível nas figuras 97fí e 979. As duas gravuras que

404. ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA DIDLICA

Figura 979 -reprodução do vasto

complexo de construções que constituía o templo dc Herodes

Quando o tempo em que o povo deveria adorar a Deus no tabernáculo terminou, Salomão ergueu um célebre templo, no alto da colina de Moriá, ao oriente de Jerusalém. Veja 1 Rs 6; 2Cr 3; Ez 40,41. É bem provável que esse

TEMPLO DE SALOMÃO

Figura 980 - fachada do templo de Salomão

os numerosos prédios destinados ao culto. A nave compreendia os lugares Santo e o Santo dos Santos.

CULTO b ADORAÇÃO •405

Figura ‘M2 - planta dc um templo egípcio (para fins dc comparação)

glorioso edifício tenha se acabado por completo na época da invasão dos caldeus. Entretanto, algumas analogias egípcias nos permitem reconstituí-lo até certo ponto (figura 981 - planta geral do templo de Salomão; figura 982 - planta do templo de

Figura 981 - planta geral da templo de Salomão, destmído pelos soldados

/ hahilònicos

406 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BiBUCA

Figura 985 - capitel de uma coluna do templo de Salomão

Edfou; figura 980 - fachada do templo de Salomão; figura 984 - seção longitudinal do mesmo templo; figura 983 - seção longitudinal de um templo egípcio; figura 985 - capitel das colunas Jaquim e Boaz (lRs 7.21). O templo de Salomão superou a todos os demais templos de sua época.

F igura 983 - vista lateral de um templo egípcio

Figura 984 - vista lateral do templo de Salomão

CULTO E ADORAÇÃO. 4Q7

TROMBETA SAGRADA

r\»לץז-ר

&Figura 987 - mezouzahs - caixas 41c ferro contendo um pergaminho com ordenanças do Senhor, que os judeus suspendiam sobre os batentes dc suas portas

buzina no monte (fix 19.16); a lei sobre as trombetas (Lv 25.9); buzinas de chifre de carneiro (Js 6.4); a buzina de Gideào (Jz 7.18); o uso das trombetas nas festividades (lCr 13.8);11a comemoração do templo (2Cr5.12,13);na reedificaçào do templo (Ed 3.10), e na proclamação do Dia do Senhor (11 2.1).Havia ainda a mezouzah

Eram de dois tipos: as trombetas retorcidas, geralmente em forma de chifre. Figura 9fí6 - tipo de trombeta ainda usada pelos judeus para a festa do primeiro dia do ano do calendário judaico; figura 956 - levita tocando trombeta; c as trombetas retilíneas, mostradas no arco do triunfo deTito (figura 945). Veja na Bíblia referências sobre trombetas e buzinas: A

Figura 986 -trombetas judaicas

retorcidas c cm forma dc chifre

ordenança estabelecidas pelo Senhor, em Dt 6.4-9;11.13-21. Uma pequena abertura deixava perceber somente o nome sagrado Schaddaí (figura 987- duas mezouzah). É a prática de Dt 6.9 e 11.20, que o povo tinha de obedecer.

(i.e., ombreira), uma pequena caixa de ferro branco 011 de metal precioso, que os judeus suspendiam sobre os batentes de suas portas, depois de ter depositado nela um pergaminho, sobre o qual eram escritas as últimas

UTENSÍLIOS DIVERSOS

Figura 988 - vasos usadiw para libnção

Diversos utensílios eram utilizados para os sacrifícios, como as taças para receber e derramar0 sangue das vítimas, os vasos para libaçào etc.1 Rs 7.40,45,50. Veja as

figuras 988 e 989.

sangue das vítimas

Figura ‘>89 -taça para recolher 0

2. Influência das Tradições Judaicas em Outras Culturas

INFLUÊNCIA DAS TRADIÇOê S JUDAICAS EM OUTRAS CULTURAS •41

ARCA DE NOÉ

F igura 990 - medalha encontrada n;1

Babilônia representando Noé e soa família saindo da arca

A arca de Noé e a saída da arca estào representadas na célebre medalha dc Apamea, encontrada na Babilônia (figura 990). Repare a pomba e o nome de “NO” (Noé) gravado sobre a arca (Gn 7 e8).

ARVORE DA VIDA

(Gn2.9). Ela produziii registros históricos entre os povos que viveram na região onde existiu o Éden. Uma das provas disso é a árvore sagrada dos assírios, conforme mostra a figura 991.

Figura 991 -baixo-rclcvo assírio mostrando a árvore da vida

412· ENCYCLOPEDIA POPULAR DE CULTURA pjBUCA

QUEDA DE ADÃO E EVA

Um alto-relevo babilônico ilustra esse episódio (figura 992). Nüo falta nada à cena, nem mesmo a · ameaçadora serpente indo em direção à mulher, por trás dela. Veja Gn 3.

TORRE DE BABEL

Flguru ‘>92 - 1 1 qucü41 dc Adão c Eva cm uma representação bnbilônicu

- iguru 993 ־1 ruínas da torre dc H abei

A figura 993 mostra a tentativa de reconstrução das ruínas de Birs- Ninrode, sobre a localização da antiga Babilônia. Tudo leva a crer que lá estão os restos da torre de Babel. A parte sombreada indica o estado atuai das ruínas (Gn 11.1-9).

Λ

3. Idolatria

IDOLATRIA 415 י

Λ figura 994 mostra ο deus babilônico Adrameleque, cujo culto foi levado à Palestina pelos habitantes de Sefarvaim (2Rs 17.31). Crianças eram queimadas em sua honra. Por isso, as inscrições antigas 0

chamam de “mestre do fogo". Era representado sob a forma de um touro alado, com cabeça de homem.

Figura 994 - deus babilônio Adrameleque

416· ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBLICA

ASTAROTE CANANÉIA

homossexualismo e outras impurezas morais. Sem dúvida alguma, ela é a “rainha dos céus" de que fala Jeremias (Jr 7.18; 44.17). Daí o ornamento simbólico em forma de meia-lua acima de sua testa em nossa gravura. Salomão rendeu-lhe culto (1 Rs 11.5). Figura 9 9 6 -0 arco rolante de Astarote, gravado sobre 0

reverso de uma moeda de bonze dos cananeus.

cultuaria pelos cananeus. Era a mulher dc Baal

A figura 995 mostra a Astarote (ou Astarté) cananéia com uma meia- lua sobre a cabeça, de acordo com uma estátua do museu do Louvre. Assim como Baal era o deus principal dos fenícios e dos cananeus, Astarote era sua deusa mais venerada e importante entre aqueles povos. A Bíblia associa freqüentemente os nomes de Baal e Astarote. Veja Jz 2.13; 10.6; ISm 7.4; 12.10 etc. Os hebreus participaram mais de uma vez de seu vergonhoso culto que era constituído de prostituição,

_________ IDOLATRIA·417

BAAL. DEUS CANANEU_____________

F igura 997 -neste bloco dc

pedra (muito desgastado pelo

tempo) 0 * cananeus

representaram Baal. Ele é visto

aqui com uma coroa de raios

Λ figura 998 reproduz uma antiga moeda cananéia onde se vê Baal sentado. 0 nome Baal significa senhor. Na moeda vê־se também uma espiga e um cacho de uvas. Baal, o deus-sol, era considerado o deus Criador aquele que dava a vida e a fecundidade às plantas. E isto sempre foi uma afronta ao verdadeiro Deus. Através de Elias Deus mostrou que exerce controle sobre

a natureza. Ele é quem é o Senhor, e não Baal, 1 Rs 18.22-46. Veja também a

figura 999- moeda filistéia com imagens de Baal e Astarote associadas (frente e verso).F igura 996 - moeda

cananéia mostrando o carro de Astarote

418· ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

Figura 998 - moeda cananéia com a imagem do deus Hnal

16.31,32; 2Rs 11.18; 2Cr 28.2 ejr 11.13. Os próprios judeus se curvaram várias vezespara adorá-lo.

Figura 997- bloco de pedra cananeu representando Baal. Repare a coroa de raios que envolve a cabeça do deus. Sobre essa divindade, tào célebre na terra de Canaã antes e depois doestabelecimento dos israelitas, veja jz 2.11 -13; 6.28-32; 1 Sm 7.4; lRs

Figura 999- moeda filistéia com as imagens dc Baal c \ ל

BELZEBU. DEUS CANANEU

Figura 1000- medalha fabricada pelos fenícios (cananeus), relacionada ao culto a Belzebu, 0

“deus das m o sc a s2 Rs״. 1.2; Mt 10.25; 12.24,27; Mc 3.22 eLc 11.15.

Figura 1000 - niedalha dos cananeus com a imagem dc Bcl/obu, o “deus das moscas"

DAGOM. DEUS DOS FILISTEUSIDOLATRIA •419

Λ figura 1002 mostra uma curiosa imagem do deus filisteu Dagom, o deus- peixe; na figura 1001 vemos imagens do mesmo deus, desenhadas sobre pedras preciosas pertencentes ao Museu Britânico. Veja Jz 16.23; ISm 5.2-7; 1 Cr 10.10.

1‘igura 1002 - imagem dc Dagom, 0 deus- peixe dos tllisteus-fenfcios (que eram grandes marinheiros e pescadores)

Figura 1001 - imagens dc Dagom. 0 deus cuja imagem caiu e se despedaçou diante da arca do Senhor

DEUS DA BABILÔNIA

A figura 1003 mostra Bel, o principal deus da Babilônia. A gravura mostra sua estátua sendo levada sobre um andor.Ele aparece de pé; sua fronte está ornada por um duplo par de chifres, símbolos de força. Sua atitude é de alguém que ,.gur־ J1M . 1mag־m

dc Bel-Marduque. deus da Babilônia sendo levada cm procissão

420 · ENCICLOPÉDIA POPULAR OE CULTURA BÍBLICA

ligeiramente variada de Baal. Λ Palavra de Deus faz referência a ele em Is 46.1; Ir 50.2 e 51.44.

anda, levando um machado em uma mão e um raio na outra. Bel nào passa de uma forma

A figura 1005 mostra a imagem do deus Nisroque esculpida na parede do templo em que foi assassinado 0 rei

Figura 1005 - deus assírio Nisroque. adorado por Assurbanipal c outros reis

Scnaqueribe, em Nínive (2Rs 19.37; Is 37.38).Os assírios também adoravam o deus Nebo (figura 1007- deus assírio Nebo, de acordo com uma estátua do

Fittura 1004 -deus assírio

Anamelcquc (0 Adramclequc

de 2Rs 17.31)

IDOLATRIA •421

Figura 1007deus assírio Nebo

F igura 1006 - imagem da deusa Astarote cultuada

também pelos assírios

Museu Britânico). O nome dessa divindade é parte integrante do nome do rei Nabucodonosor, dc Nebopolassar e outros nomes assírios. Is 46.1 traz uma predição humilhante contra Nebo. Veja na figura 1004 0

deus assírio Anameleque, 0 mesmo Adrameleque de 2Rs 17.31.

422 «ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBLICA

Figura 1008 - deuses bnbilônicos levadas em prodMsilo

A figura 1008 mostra deuses babilônicos levados em procissão. H uma ilustração pitoresca de Is 46.1-7. Veja a Astarote assíria (Anate), na figura 1009 de pé sobre um leão e armada como a deusa Diana. A apelação a Anate está presente na composição de diversos nomes hebraicos. Confira Js.19.38; Jz. 1.33. Figura 1006 - a mesma Astarote, de acordo com monumentos mais recentes.

Figura 1009 - aAstarote assíria (Anate)

armada como a deusa grega Diana, andando

sobre um leão

DEUSES DO EGITOIDOLATRIA ·42C

Λ figura 1010 mostra três deuses egípcios de Tebas (Osíris, ísis e I Iator). As figuras 10II, 1012 e 1015 mostram a mais importante tríade de falsos deuses do Baixo Egito, Osíris, ísis e Hórus, de acordo com um afresco. Os egípcios gostavam de reunir em grupos (aqui o pai, a mãe

Figura ΙΟΙ I - Osíris, principal deus egípcio Foi incapaz dc impedir as de/ pragas do Egito

e o filho) suas inúmeras divindades. Não existe a menor semelhança entre os ensinamentos cristãos e as obscuras concepções religiosas do Egito. O Senhor atacou diretamente esses deuses (Ex 12.12; Is 19.1). Entre outros deuses, os egípcios também veneravam o deus Apis, figura 1016 0־ boi Ápis, de acordo com um baixo- relevo de Tebas; figura

Figuru 1010 - deuses egípcios Osíris, ísis c Hator

424 ·ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBLICA

Figura 1014 -Amon dc Nô. deus egípcio

citado cm Jr 46.251017- o mesmo boi, de

acordo com um bronze mais antigo. Nào restam dúvidas que os bezerros de ouro adorados pelos judeus em diferentes épocas de sua história

Figuni 1013 -a Astarote assíria (ou Asiarté) dos egípcios, condu/indo um carro de guerra c atropelando os inimigos do faraó

Figura 1012 - ísis. deusa egípcia

Figura 1015 - Hórus, deus egípcio

IDOLATRIA •425

Fiiiuru 1016 - 0 hoi Ápis, dois egípcio que unha um harém dc vacas à sua disposição c vários sacerdotes para cuidar dele

Γ I : Γ I I 1 1 I ' I ' I ' 1 < I 1 I 1 1' I I I I - · I » I I 1 I I j

tenham sua origem nesse deus da idolatria egípcia. Veja Êx 32.4,8; D19.16; lRs 12.28-30; Ne 9.18; SI 106.19; Os 8.6 e At 7.41. Veja na figura 1011 o deus egípcio Amon de Nô, citado cm Jr 46.25. Também na figura 1013 vemos a Astarote egípcia, de pé em um carro de guerra, de acordo com a pintura de interior de uma pirâmide.

Figura 1017 - outra imagem do deus Ápis. lisse foi 0 deus que inspirou a imagem do bezerro construído no deserto pelos judeus


DIANA DE ÉFESO

l i j - uru 1018׳ fumosa imagem dc Diana dos clésios. aquela que causou vários conflitos ao apóstolo Paulo.Ela era também chamada dc “Diana, a alimentadora”. Daí os vários seios, leócs, vacas c feixes de trigo c frutas em sua imagem

Na figura 1018 podemos ver a Diana de Éfeso, ou Diana nutrix (“Diana, a alimcntadora”). cujo culto tinha notável celebridade em toda a Ásia Menor. Veja At 19.23־ 40. Nossa gravura reproduz uma estátua do museu do Vaticano. Essa estátua de Diana de Éfeso era de madeira enegrecida pelos séculos, revestida de um pano ou de faixas que a envolviam como se envolvia uma múmia egípcia. Usava ^ como penteado uma coroa ou uma medida de grãos; leões rastejavam em torno de seus braços estendidos e, sobre os panos que a envolviam, podiam ser vistas cabeças de touros, grifos, flores e frutas. Era uma “divindade nutritiva". A figura 1020 representa a

IDO LATRIAM g

Diana dos cfésios em miniatura, de acordo com uma moeda antiga. Afigura 1019 nos mostra a deusa em seu santuário, de acordo com outra moeda antiga que também traz 0 nome de Éfeso. A figura 1021 mostra 0 templo de Diana dos lifésios, do qual a cidade de Éfeso muito se orgulhava, At 19.35.

ÍDOLOS DO LAR ÍTERAFINS1

Figura 1022- ídolo cananeu encontrado na ilha de Chipre. Veja também as figuras 1023, 1024 e 1025 - outras estatuetas canancias ainda mais grosseiramente trabalhadas. Os povos do antigo Oriente Médio, especialmente os

imagem de Diana dc ÉlcsoFigura 1019 moeda mostrando Diana dc Éfeso no .seu santuário

Figura 1021 -moeda com ;1 representação do famoso templo dc Diana dos elésios

cananeus, parecem ter tido muito gosto por estatuetas desse gênero, que lhes serviam de deuses domésticos (Gn 31.19,34,35; Jz 18, 14, 18, 20; ISm 15.23, ara ; ISm 19.16, a r a ; 2Rs 23.24; Os 3.4; Zc 10.2).Na figura 1026 vemos dois terafms babilônicos. Essas estatuetas eram fabricadas em madeira ou em metal, geralmente

Figura 1024 -tcrafim cultuado pelos filistcus

428 · ENCICLOPÉDIA POPULAR OE CULTURA BÍBLICA

Figura 1023 - umdeuses dos cananeus

l lgura 1025 - ídolos do lar. ou terafms, cultuados cm Hard, cidade dc Labào. c cm todas as demais cidades da Mesopotamia

representando formas humanas que parecem ter sido equivalentes, tanto entre os hebreus como entre os povos vizinhos, aos deuses domésticos (penates) de Roma. Iodo um culto idólatra foi desenvolvido em torno delas. Veja Gn 31.19; 30-35; 35.2,4; Jz 17.5; 18.14-21; ISm 15.23; Ez 21.21; Os 3.4; Zc 10.2.

Figuni 1026 - ídolos do lar cultuados pelos

moradores dc Babilônia

43o · ENCICLOPéDlA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA

LOCAIS DE IDOLATRIA

Kiguro 1029 - moeda de bronze do tempo do imperador romano Caracalla, representando o templo de Haal

Caracalla (figura 1029), e vários monumentos megalíticos do país de Moabe, aos quais os beduínos atribuíram grande importância religiosa, (figura 1030- dólmen moabita; Jigura 1028- local de culto

Sobre os vários locais consagrados ao culto das falsas divindades, nós só temos a acrescentar aqui o templo de Baal, que aparece representado em uma medalha de bronze do tempo do imperador

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Figura 1027 - medidas do local dc culto dos inoabiLu. da figura seguinte

Figuro 1028 - local dc culto idólatra usudo pclos cananeus

Figura 1031 - porta de entrada de pequeno templo no antigo tigilo

Figura 1032 -monumento idólatra dos moabilas

idólatra dos cananeus; figura 1032- menir moabita). Sobre esse antigo hábito de erguer enormes pedras em homenagem à divindade, veja Gn 28.18,22; 31.45,Dt 27, Js 4.3 etc.

Figura 1033 - grande c antigo templo aos deuses do Ugiio

IDOLATRIA •431

Figura 1030 - local de culto idólatra dos moabilas

432 · ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA BlBUCA

MOLOOUE. DEUS DOS CANANEUS

Na figura 1034 vemos o ídolo Moloque, o minotauro, um dos deuses dos cananeus, retirado de um escaravelho de cornalina. Era uma divindade cananéia à qual os hebreus também sacrificaram seus filhos inúmeras vezes (Lv 18.21; Dt 18. Rs 23.10; Jr־ 14; 9232.35; Am 5.26; At 7.43).

aoHguru 1034 - imagens do deus Moloque qual os judeus sacrificaram seus filhos

SACERDOTES PAGÃOS E MAGOS

Figura 1035 -sacerdote as-síno levando uma vítima para sacrificar a um deus de Nínive

A figura 1038 mostra um sacerdote egípcio revestido com um éfode, e 11a figura 1037 vemos um grupo de sacerdotes egípcios. Azenate, esposa de José, era filha de Potífera, sacerdote

lOOCATRIA · 433

Figura 1036 - mago egípcio do tempo dc Jesus

egípcio, que certamente vestia-se como esses sacerdotes (Gn 41.45). Veja Êx 7.22; 8.7,18,19; 9.11. Figura 1035-u m sacerdote assírio levando uma vítima, de acordo

Figura 1037 - nove saccrdotes egípcios. Poliíera. sogro dc José. foi um deles Cada um estã vestido dc acordo coin o deus ao qual scrv iam

434. ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTUPA BÍBLICA

com um baixo ·relevo. Veja Dn 1.20; 2.2,10,27; 4.7,9. figura 1036- um mago egípcio. Ele traz seu bastão na mão, assim como os magos do Faraó perseguidor (Êx 7.11). Figura 1039- um encantador de serpentes do antigo Egito, de acordo com um vaso conservado no museu do Louvre; figura 1040-

IDOLATRIA«435

Figura 1 0 4 0 -encantadores de Mírpentes no Oriente Médio do século XIX

encantadores de serpentes do Oriente Médio moderno. Veja ÊX7.11; Dt 18.9-11;SI 58.4-5; Ec 10.11;Is 19.3; Jr 27.9.

Figura 1039 -encantador de

serpentes no antigo Egito

. Superstições e Sacrifícios Entre os Pagãos

SUPERSTIÇÕES E SACRIFÍCIOS ENTRE QSPAQAQS * 438

ALTARES

Hram de vários tipos. Figura 1041- altares egípcios (1 e 2), assírios (3 e 5) e babilônico (4); figura 1042- um altar assírio; figura 1044- altar romano, de acordo com um grafite de Pompéia; figura 1043 - dois altares romanos sobre os quais se queimavam incensos.

Figura 1041 - altares egípcios, assírios c babilónicoe

Figura 1042 - altar usado pelos sacerdotes dc

Assurbanipal para oferecer sacrifícios aos

seus ídolos

440· ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULTURA tíBLLCA

Em cima ou em baixo de vários desses altares, eram feitas aberturas para receber ou deixar escorrer as libações. Veja Jz 6.25; 1 Rs 16.32;2Cr 14.5; Jr 11.13.

1Γ flrj ml 1

1611|

Φ .1111

Figura 1044 - aliar romano

Figura 1(143-dois altares romanos

AMULETOSUsados contra doenças, ou mal olhado. Utilizados no antigo Egito, em Canaã, 11a Palestina e 11a Síria. São sempre jóias e acessórios. Figuras 1045,1046 e l 047-am uletos, de acordo com os originais conservados no

Figura 1045 - Museu Britânico.amuletos cananeus

Eram representações de órgãos supostamente curados pelos deuses, e oferecidos como gratidão a estes. Figura 1048 - braços e orelhas oferecidos em ex-voto aos deuses pelos antigos egípcios.

Kitiuni 1048 - braças c orelhas apresentados aos ídolo» como ex-votos pelo» antigos egípcios

EX-VOTOS

SUPERSTIÇÕES E SACRIFÍCIOS ENTRE O S PAQÂOS 44 ״

Figura 1047 - amuleto que os filisteus penduravam na

porta dc suas casas

442 · ENCYCLOPEDIA POPULAR DE CULTURA BÍBLICA__________

GESTOS DE REVERÊNCIA PAGÃOS

Figura 1049 - egípcio cm gesto dc reverência a um ídolo

Figura !050 - adorador egípcio ajoelhado diante da imagem do boi Ápis (baixo-relevo muito desgastado)

Usados na adoração aos ídolos. Figura 1050- adorador ajoelhado diante do boi Ápis. Veja também a figura 1049. Veja Êx 20.4-5; 34.14,SI 97.7.

^ · . . J ־ . . .

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Figura 1051 -objetos dc culto

usados pelos persas

QBTETOS DE CULTO

Figura 1051 - fogareiro, pequenas pinças e colheres para incenso usados pelos persas; figura 1052- incensários egípcios. Veja 2Rs. 23.5;2Cr 30.14, etc.

SACRIFÍCIOS PAGÃOS

Eram feitos diferentes tipos de sacrifícios em homenagem aos falsos deuses. Veja Is. 1.29; Êx 8.25-26; Dt 32.17; 2Rs 21.5,6; 23.10; 2Cr 28.22- 23; 33.22; At 14.12-13,18; Figura 1053 -sacrifício de um bode entre os romanos; figura 1054- sacrifício na Assíria Figura 1053 - romanos

sacrificando um bode

·H4 - ENCICLOPÉDIA POPULAR DE CULnjRA BlBLIÇA

1■ igura 1054 - sacerdotes ninivitas de Senaqueribe sacrificando um touro

antiga, de acordo com um obelisco de Ninrod; figura 1055 - sacrifício de um touro, de acordo com um baixo-relevo romano. Sacrifícios humanos eram também muito comuns entre os povos pagãos e até mesmo em Israel. Veja as figuras 1056 e 1057. Veja também 2Rs 17.31; SI 106.37,38; Jr 7.31; 19.5; Ez 16.20,21; 23.37 etc.

Figura 105-6 - egípcios sacrificando pessoas aos

seus deuses

Figura 1055-sacrifício dc um touro entre os romanos

Como ilustração de sacrifícios pagãos, veja a figura 1061 - imolaçào de um touro pelos egípcios; figura 1058- sacrifício de pássaros, de acordo com um afresco de Boulaq; figura 1062- sacerdotes egípcios trazem para o


Figura 1 (>60 -ganchos para

remover 11 carne das vítimas sacrificadas

Figuro 1059 - allur dc ■111 deus egípcio cobcrto dc sacrifícios dc todo tipo, inclusive dc uma serpente

Figura 1061 -sacrifício de um boi

Figura 1062 - egípcios levam para diante do ultar do deus chacul Anúbis (a figura dele está no canto superior esquerdo) os membros dc um touro sacrificado a esse deus

SUPERSTIÇÕES E SACRIFÍCIOS ENTRg OS p a g ã o s •4 4 ־

altar os membros de um touro que acabaram de imolar; figura 1059- altar carregado de carnes imoladas. O verdadeiro sacrifício está descrito em Lv 1.4-9 eLv 1.15 etc.

Figura 1063 - bacia móvel usada p!u1;־ recolher o sangue das vítimas sacrificadas

TATUAGENS

Eram marcas supersticiosas que certas pessoas idólatras gravavam na testa ou no braço, em honra às suas divindades. Figura 1064 - pessoas com tatuagens diversas. Veja Ez 9.4;Ap 13.16,17; 14.9,11;16.2; 20.4.

Kilturu 1064 - diversas pessoas pertencentes a países citadas pela Bíblia tatuadas 11a tc.sta

índice de Assuntos

C aixões.............................................................117C am a...............................................................81Candelabro.........................................................83Candelabro.......................................................382Capa.................................................................... 27Capacete.......................................................... 333Caravanas.........................................................297Carpinteiro....................................................... 172C a rro ................................................................ 317C arro s.............................................................. 298Carros agrícolas............................................... 139Carros de g u e rra .............................................335C asas.................................................................. 59Castigos, execuções e prisões........................ 269Cavalaria.......................................................... 338Celeiro....................................................... 140C erco................................................................339C estos................................................................ 83C e tro ................................................................318C in to .................................................................. 28Clâmide...............................................................31C olarcs...............................................................31Colheita.............................................................141Colunas............................................................ 197Comida e bebida............................................. 105Cômoda ............................................................ 85Consagração ...................................................319Coroa................................................................319Couraça............................................................ 341

DDagoin, deus dos filisteus..............................419D an ça ..............................................................225Deus da Babilônia...........................................419Deuses da A ssíria...........................................420Deuses do ligito.............................................. 423Diana de Éfeso................................................ 426Divà ou so fá ...................................................... 85

AAçougueiro....................................................171Adega............................................................. 137Adrameleque................................................415Alfabeto......................................................... 257Altar do ho locausto .................................... 375Altar do in cen so .......................................... 376Altares........................................................... 439Amuletos....................................................... 440A néis...................................................................15Anfiteatros....................................................217A nfora................................................................ 79Animais......................................................... 291Arados........................................................... 137Arca da a lian ç a ............................................ 377Arca de noé....................................................411Arco, flecha e a ljav a .....................................329Arma branca ................................................ 332Árvore da v id a ..............................................411Astarote cananéia........................................ 416

BBaal, deus cananeu...................................... 417B acia ..................................................................79B an h o ................................................................ 17Barba.................................................................. 18Barcos e nav ios............................................... 281Belzebu, deus can an eu ................................. 418Botas e joelheiras........................................... 331Braceletes.......................................................... 22Braceletes nos tornozelos................................24Braseiro..............................................................80Brincos..............................................................25

cCabanas ................................ ......................... 381Caça.................................................................. 161Cadáveres........................................................333

Irrigação....................................................... 146

JJugo ............................................................... 148

LLagar............................................................. 148Lâmpada.............................................................88Lança............................................................. 363lan te rn a .............................................................90Lavadeiro......................................................178Lavoura......................................................... 150Legume.............................................................112Lenhador ....................................................... 179Livres................................................................262Locais de idolatria ......................................... 430L uto .................................................................. 124

MMaças de g u e rra .............................................364Malhaçào do trigo............................................151M anto .................................................................36Mamo de oração..............................................387Manto fem in ino ................................................37Mar de fund ição ............................................. 388Medida de com prim ento .............................. 242Mesa dos pães da proposição........................ 388M oedas.............................................................243Moloque, deus dos cananeus.........................432

OO beliscos......................................................... 199Objetos de c u lto ............................................. 442Odrc.................................................................... 90Oleiro.................................................................180Ó leo...................................................................153Orações.............................................................391Ornamentação ...............................................200Ourives.............................................................181

PP á ......................................................................154

Divertimentos e e sp o rtes ...........................218Dobras no m a n to ............................................. 33D oenças....................................................... 119

EEfa e b a to ......................................................241Escrita........................................................... 259Escudo...........................................................343Escultor......................................................... 175Espada e g ládio ............................................344Espelhos............................................................ 33Estandartes..................................................345Estar n u .............................................................. 35Ex-votos.......................................................... 441

FF aca .................................................................... 86Ferreiro e chaveiro ..........................................176Filactérios........................................................384Fornos...............................................................177Fortificações................................................... 347F u n d a ............................................................. 351Funerais...........................................................120

GG a d o ................................................................ 144G arrafa .............................................................. 87Gestos de reverência p ag ão s ........................ 442Grande manto preto......................................... 36Grande véu branco e ....................................... 36Gravações........................................................ 259G uerras............................................................ 352

HH ospedagem.................................................. 302

1ídolos do lar (terafm s)...................................427Incensários...................................................... 386Inscrições hebraicas.......................................260Instrumentos m usicais................................. 227Invasões..........................................................360

Sinagogas.....................................................397Sinédrio judeu............................................. 277Soldados................. .................................... 365

TTabernáculo................................................. 400Taça e cálice......................................................97Talhador de pedras...................................... 189Tatuagens..................................................... 447Tecelão......................................................... 190Templo de herodes......................................403Templo de sa lom ão ....................................404Tendas............................................................. 74

Tijoleiro......................................................... 193Tocha............................................................... 98Torre de b a b e l............................................. 412Traje das mulheres do povo ............................50Trajes dos antigos p e rs a s ................................ 51Transporte de cargas.................................. 311Treinamento para a guerra .........................364Tributos.........................................................325

Triunfo .........................................................368

T rom beta .....................................................368

Trombeta sagrada........................................407Trono............................................................ 320T úm ulos....................................................... 127T única.............................................................. 51

uUrna ou c ân ta ro ............................................. 98Utensílios diversos......................................408

vVaso de a labastro ............................................. 53Vasos e xícaras...................................................99Vestes reais................................................... 322Vestido de pano de sa c o .................................. 54Véus bordados................................................. 55

Viajantes.......................................................303Vidraceiro..................................................... 194V indim a....................................................... 156

Viticulture ................................................... 157

Padeiro ......................................................... 183Palácios.........................................................203Pálio................................................................... 37

Panela e caldeirão.............................................92P ão ................................................................ 112Pedreiras.......................................................209Pedreiro ....................................................... 187Pendentes de nariz...........................................38Penteado das m ulheres................................... 39Penteado de ch ifres......................................... 43

Penteado dos hom ens..................................... 44Perfumes e óleos arom áticos..........................45P esca ............................................................. 165P esos.............................................................253Pessoas consagradas.................................. 393Pilão e concha...................................................93P in ça ..................................................................94

Pintura e m aquiagem ......................................45Poltrona e t ro n o ............................................... 94

Portal em meio-círculo.............................. 212Portas e pórticos..........................................213P o stu ra .........................................................307P ra to .................................................................. 96

QQueda de adão e e v a .................................. 412

RRefeição real ................................................323Hico traje de m ulher..........................................48

R olos.............................................................263

sSacerdotes pagãos e m ag o s.......................432Sacrifícios pagãos........................................443Sandálias a n tig as ........................................... 49Sapateiro....................................................... 188Sapatos ro m an o s........................................... 50Sá trapas....................................................... 323Saudações ................................................... 307Sem eadura................................................... 155Servos...........................................................325

M i a d o C u l t u r a l I l u s t r a d o D a s

S a g r a d a s E s c r it u r a s

s chineses já diziam que "uma imagem w ie mais do que m; pa ü ־׳ ־.:■E se essa imagem estiver associada a uma hoa e esclarecedora pa:a> ״ jv , . v wr

incalculável valor. É isto o que o leitor constatará ao ler a E SC Κ Ι ΟΡΕΓΧ ■ WiCULTURA BÍBLICA.As mais de mil gram ras reunidas nesta obra são repmduçõt.s ch> זי׳ו1י.י!ד :■ א ! . s»que de importante fo i descoberto nos paises relacionados com a B: N a Ü seu autor. Louis-Claude Fillion. um teólogo judeu-fram cs de um j ״ ־ anát.1 ψ rconverteu ao cristianismo no século XIX, começou a reunir material p a r a ־ t» w .־ 1 quando a fotografia ainda nào havia conquistado a sofisticação e a* ta 1 ! mPor esse motivo o grande [)esquisador contratou um grupo dc dc^i nr. ־,.׳ 1)0 ׳־ : correu dezenas de instituições culturais e museus espalhados / >!. > -:י י י׳ _ ־ ־ ■rautorização para desenhar o acen ’0 pertencente às coleções particular]o de am <9i ■s■ outros grandes pesquisadores.Além desse magnífico material ilustrativo, a ENCICLOPÉDIA Ρ Ο /'ί LAR DE C L L T l & A BÍBLICA traz inúmeros verbetes com ricas e fundamentais injitrmaçôt ' . .temas distribuídos dentro de quatro aspectos principais da vida J- > / ־

Vida intima em família ־- Vida civil e social -Vidapolítica, e- Vida religiosa

A todos os que tiverem o privilégio de abrir esta obra em busca de e u ·!׳ יג>■ .> informações, nós convidamos:Bem-vindos ao maravilhoso mundo cultural ilustrado das Sagradas Em tu ..

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