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Em EDIÇÃO 45 ANO 5 JUNHO 2018 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL PAPA PEDE DIÁLOGO NA NICARÁGUA pág. 10 JESUÍTA ALEMÃO É DECLARADO VENERÁVEL pág. 19 SJPAM E AS UNIVERSIDADES JESUÍTAS pág. 21 ENCONTRAR DEUS EM TODAS AS COISAS Em busca da melhor forma de anunciar o Evangelho, os jesuítas estão presentes em diversas áreas do conhecimento ENCONTRAR DEUS EM TODAS AS COISAS Em busca da melhor forma de anunciar o Evangelho, os jesuítas estão presentes em diversas áreas do conhecimento especial pág. 12

ENCONTRAR DEUS EM TODAS AS COISAS - jesuitasbrasil.com · os seus dons, numa determinada situa-ção histórica, em favor dos outros. As- ... buscando compreender seus aspectos e

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  • JESUTAS BRASIL

    Em EDIO 45ANO 5JUNHO 2018INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    PAPA PEDE DILOGO NA NICARGUA

    pg. 10

    JESUTA ALEMO DECLARADO VENERVEL

    pg. 19

    SJPAM E AS UNIVERSIDADES JESUTAS

    pg. 21

    ENCONTRAR DEUS EM TODAS AS COISASEm busca da melhor forma de anunciar o Evangelho, os jesutas esto presentes em diversas reas do conhecimento

    ENCONTRAR DEUS EM TODAS AS COISASEm busca da melhor forma de anunciar o Evangelho, os jesutas esto presentes em diversas reas do conhecimento

    especial pg. 12

  • 4 5Em Em

    SUMRIO EDIO 45 | ANO 5 | JUNHO 2018

    EDITORIAL Apostolado Intelectual, nossa identidade

    Pe. Elton Vitoriano Ribeiro, SJ

    CALENDRIO LITRGICO

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO A beleza de Deus

    Pe. Jos Paulino Martins, SJ

    O MINISTRIO DE UNIDADENA IGREJA SANTA S Papa pede dilogo na Nicargua Pedido de perdo e acolhida:

    gestos que curam

    Viagem do Papa Irlanda

    ESPECIALDilogo entre f e razo

    MUNDO CRIA Jesutas da frica esboam plano estratgico Nova rede da Conferncia da sia-Pacfico inspirada

    pelo Esprito

    Pe. Wilhelm Eberschweiler declarado Venervel Nomeao

    AMRICA LATINA CPAL O desafio do co-laborar Visita Parquia de Belm dos Solimes O SJPAM e as universidades Mapeamento da Igreja da Amaznia colombiana

    GOVERNO II Encontro de Comunicadores da

    Provncia dos Jesutas do Brasil

    SERVIO DA F Jesuta participa de evento indito sobre

    Teologia na China

    6

    78

    10

    12

    18

    20

    22

    23

    Ao longo da histria, os jesutas tm atuado nas diversas reas do conhecimento: padre Eugenio Rivas em sala de aula, na FAJE (Faculdade Jesuta de Filosofia e Teologia), em Belo Horizonte (MG)

    Dilogo entre f e razo

    Foto

    : Arq

    uivo

    FAJ

    E

  • 4 5Em Em

    DES E VOCAES

    Provncia BRA lana Relatrio de Justia Socioambiental 50 anos do curso noturno do colgio Santo Incio 50 anos do curso noturno do colgio Santo Incio

    EDUCAO Rede Jesuta de Educao realiza seu 1 Simpsio Peregrinos de Cala Jeans: 5 anos de atuao

    JUVENTUDES E VOCAES Primeiro mdulo da Escola MAGIS de Lideranas Jovens

    NA PAZ DO SENHOR Pe. Pedro Cansio Melchert Pe. Constantino Gonzlez Garcia

    JUBILEUS / AGENDA

    EmJESUTAS BRASIL

    24

    26

    28

    29

    31

    INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    EXPEDIENTE

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos

    Jesutas do Brasil, produzida pelo Escritrio de

    Comunicao BRA.

    COMUNICAO [email protected]

    www.jesuitasbrasil.com

    DIRETOR EDITORIALPe. Anselmo Dias, SJ

    EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)

    REDAOJuliana Dias

    Silvia Lenzi

    DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva

    PRODUO AUDIOVISUALrica Silva

    Ir. Lucemberg de Oliveira Lima, SJ

    Luza Costa

    Sara Oliveira (estagiria)

    COLABORADORES DA 45 EDIOBruno Alface, Dayse Lacerda, Graziela Cruz, Julia-

    na Najan, Paulo Batista, Pe. Valrio Sartor e Ana

    Ziccardi (reviso). Um agradecimento especial a

    todos que colaboraram com a matria especial

    dessa edio.

    TRADUO DAS NOTCIAS MUNDO + CRIA GERALPe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

    PROMOO DA JUSTIA SOCIOAMBIENTAL

  • 6 7Em Em

    EDITORIAL

    APOSTOLADO INTELECTUAL, NOSSA IDENTIDADE

    Desde sua fundao, a Companhia de Jesus deu grande importncia dimenso intelectual de seu apostolado. Os primeiros jesutas se co-

    nheceram enquanto estudavam em Paris

    (Frana) e, por isso, essa dimenso crti-

    ca e sapiencial sempre esteve presente

    na identidade da Companhia de Jesus.

    Para os jesutas, o Apostolado Intelectual

    uma contribuio significativa e ilumi-

    nadora para a descoberta dos caminhos

    de Deus no mundo. Assim, em toda par-

    te e em qualquer situao, esse apos-

    tolado tem importncia fundamental

    para a vida e misso da Companhia de

    Jesus em sua atitude de compreender as

    diversas culturas, sociedades e pessoas

    e, assim, anunciar o evangelho de for-

    ma encarnada e proftica.

    A importncia do Apostolado Inte-

    lectual fica muito visvel na histria da

    Companhia e na vida de muitos jesutas.

    Por exemplo, no Brasil, So Jos de An-

    chieta encarna esse ideal de jesuta dedi-

    cado misso e, por isso mesmo, usa to-

    das as suas habilidades e capacidades em

    favor dos outros. Em Anchieta, o Aposto-

    lado Intelectual ganha vida em sua mais

    completa realizao. Ele, usando de suas

    capacidades, dramaturgo, catequista,

    poeta, gramtico, historiador, telogo,

    pedagogo, mistagogo; enfim, usa todos

    os seus dons, numa determinada situa-

    o histrica, em favor dos outros. As-

    sim como Anchieta, poderamos pensar

    em tantos outros jesutas, mas tambm

    leigas e leigos, religiosos e religiosas,

    inspirados pela espiritualidade inaciana,

    vivendo, criativamente, a misso.

    Para os jesutas, nossa capacida-

    de intelectual, que nos permite olhar a

    realidade de forma crtica e sapiencial,

    indispensvel para pensar f e justia,

    f e cincias, f e culturas, f e socieda-

    de, f e razo. nesses mbitos, nessas

    fronteiras, que o dilogo se faz presen-

    te. nesses lugares que a Companhia

    de Jesus, como fiel seguidora de Cristo

    na Igreja, pode e deve contribuir. Por

    isso o padre Adolfo Nicols, antigo Su-

    perior Geral da Companhia de Jesus,

    numa carta aos jesutas, em 24 de maio de 2014, escreve lembrando do valor do

    PARA OS JESUTAS, O APOSTOLADO INTELECTUAL UMA CONTRIBUIO SIGNIFICATIVA E ILUMINADORA PARA A DESCOBERTA DOS CAMINHOS DE DEUS NO MUNDO

    Apostolado Intelectual. Nessa carta, ele

    aponta quatro modos de viver, em todos

    os ministrios da Companhia, essa di-

    menso fundante da vida do jesuta, que

    exige dos jesutas a capacidade de viver

    sempre numa tenso criativa em busca

    do melhor, numa insero profunda em

    busca da vontade encarnada de Deus,

    numa atitude crtica diante das realida-

    des. Tudo isso num horizonte sapien-

    cial, iniciando processos, construindo

    pontes, em busca das reconciliaes de

    que o mundo tanto precisa.

    Assim, os diversos modos de viver

    o Apostolado Intelectual na Companhia

    de Jesus so encarnados:

    Na misso de ensinar;

    Na misso de investigar;

    Na misso de formar;

    Na misso de discernir.

    Pe. Elton Vitoriano Ribeiro, SJ

    Professor de Filosofia da FAJE

    (Faculdade Jesuta de Filosofia e Teologia)123

    4Alguns jesutas tm a misso de, in-

    seridos numa comunidade de investi-

    gao cientfica, investigar a realidade

    buscando compreender seus aspectos

    e apontando caminhos de realizao.

    Outros, em vrias instituies de ensi-

    no, formal ou informal, tm a misso de

    ensinar a homens e mulheres a sabedo-

    ria acumulada pelas culturas em vista

    de maior crescimento humano. Outros

    ainda, nos mais diversos lugares onde

    possvel, acompanhando pessoas e si-

    tuaes, formar homens e mulheres para

    os demais, sob a luz do evangelho. Mas

    todos temos a misso de discernir. Hoje,

    especialmente, discernir caminhos de

    reconciliao em nosso mundo, muitas

    vezes ferido, mas, sempre, profunda-

    mente amado por Deus.

    Boa leitura!

  • 6 7Em Em

    calendrio litrgicoPrprio da Companhia de Jesus JUNHO

    DIA 8

    DIA 9

    DIA 29

    DIA 21

    So Tiago Berthieu Sagrado Corao de Jesus

    So Jos de Anchieta

    So Lus Gonzaga

    So Pedro

    So Paulo

  • 8 9Em Em

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    Pe. Jos Paulino Martins, SJ

    Formado em Comunicao Social, com habilitao em

    Publicidade e Propaganda, o padre Jos Paulino Martins exerce

    a funo de scio do mestre de Novios da Provncia dos

    Jesutas do Brasil BRA. Vivendo em Feira de Santana (BA), o

    jesuta colabora ainda na Parquia de Todos os Santos, em Feira

    de Santana (BA). Apaixonado por artes plstica, ele conta que

    consegue transmitir o que pensa e sente por meio das formas

    e cores mais do que falando e escrevendo. Em entrevista ao

    informativo Em Companhia, ele ressaltou que pintar quase

    uma necessidade, um encontro muito particular e especial

    comigo mesmo.

    Conte-nos um pouco da sua histria.

    Nasci em 20 de janeiro, dia de So Se-bastio, em 1967, numa pequena colnia com cerca de 50 famlias, em Mato Gros-so do Sul. Sou o primeiro filho de Sebas-

    tio e Maria e tenho trs irms. Em 1975, nos mudamos para a cidade de So Paulo

    (SP), onde vivi at a entrada para a vida

    religiosa, aos 28 anos. Como todo mi-grante pobre, comecei a trabalhar cedo.

    Aos 10 anos, era catador de materiais reciclveis. Depois, trabalhei como bal-

    conista, metalrgico, bancrio, propa-

    gandista de laboratrio farmacutico e,

    por fim, montei um pequeno comrcio

    no ramo de confeces, com a ajuda de

    minha irm mais velha e de minha me,

    que eram costureiras por profisso.

    Por que decidiu ser jesuta?

    A coisa mais genial que tem na vo-

    cao de uma pessoa o modo como

    Deus se comunica com ela. O modo

    como o Criador se comunica com a cria-

    tura, a linguagem, a didtica, a peda-

    gogia empregada por Deus. Quando

    decidi ser jesuta, Deus j havia me

    envolvido e conduzido at onde eu es-

    tava naquele momento.

    Conheci a Companhia de Jesus em

    1992, quando fui fazer o Retiro de Car-naval do Anchietanum. O retiro como

    proposta no me empolgou. No estava

    acostumado a silenciar. Mas, curiosa-

    mente, sai dali considerando, pela pri-

    meira vez, a possibilidade de ser padre.

    Fiz acompanhamento vocacio-

    nal no Anchietanum por dois anos e

    meio, orientado pelo padre Jos Maria

    Herreros. Ele, com a sua simplicidade

    e pacincia para comigo, foi aos pou-

    cos me apresentando a Companhia e a

    misso a ela confiada pela Igreja. E isso

    me empolgava a ponto de querer viver

    essa experincia. Sempre fui idealista

    e, naquele momento de minha vida,

    essa proposta me parecia ser a mais

    coerente com o que buscava, mesmo

    sem saber dar nome ao que estava bus-

    cando. Como todo jovem inquieto, eu

    estava procurando viver por uma causa

    que tivesse sentido.

    Quais as experincias mais mar-

    cantes de sua formao como jesuta?

    Destaco duas experincias entre tan-

    tas. A primeira foi a experincia do novi-

    ciado. Um tempo muito significativo de

    aprendizado sobre mim mesmo, sobre

    Deus e sobre a Companhia de Jesus. A ex-

    perincia dos Exerccios Espirituais (EE)

    de 30 dias e a experincia de hospital fo-

    ram as mais significativas desse tempo.

    Os EE de 30 dias permitiram estreitar os laos afetivos com Deus e acreditar no

    seu amor incondicional por mim. Deus

    me ama no porque sou bom ou dese-

    jo s-lo; no porque o sigo ou desejo

    segui-lo. Tampouco pelas coisas que

    fao ou deixo de fazer. Deus me ama,

    fundamentalmente, porque sou filho

    Dele. Essa experincia fez com que eu

    comeasse a olhar o mundo e a mim

    mesmo de modo diferente, fez com que

    acreditasse mais em Deus e, consequen-

    temente, mais em mim mesmo. Deixar

    que Deus agisse em minha vida me deu

    mais liberdade diante do mundo. Feita

    essa experincia do amor incondicio-

    A BELEZA DE DEUS

  • 8 9Em Em

    nal de Deus por mim, pude confront-la

    na experincia seguinte, a do hospital.

    Nunca tive a mnima inclinao para o

    ambiente hospitalar, ao contrrio, tinha

    muita resistncia. A experincia se deu

    em, mais ou menos, 30 dias e a pude vi-venciar, mais uma vez, a presena afeti-

    va e efetiva de Deus, que j estava l me

    esperando num leito de hospital.

    A segunda experincia marcante

    foi a etapa da Terceira Provao no Chi-

    le. Fazer novamente a experincia dos

    Exerccios de 30 dias, 14 anos depois da primeira, foi um grande presente de

    Deus, prova daquele amor a que me re-

    feri anteriormente. Essa segunda expe-

    rincia confirmou os aprendizados da

    primeira e me convidou a confrontar os

    limites afetivos que ainda existiam no

    que diz respeito abertura para as pos-

    sibilidades apostlicas. Fui enviado para

    trabalhar por 45 dias numa casa de recu-perao de dependentes qumicos. Esse,

    como o hospital, no era um ambiente

    em que, afetivamente, gostaria de estar

    e, mais uma vez, o Senhor se mostrou

    presente naqueles jovens dependentes

    de droga, dependentes de carinho, de-

    pendentes de acolhida, dependentes

    de afeto, dependentes de Deus. Fui pre-

    sena de Deus na vida deles, na mesma

    medida em que eles foram presena de

    Deus na minha. Somos filhos do mesmo

    Pai e Ele nos ama de igual maneira.

    Atualmente, o senhor scio do

    mestre de Novios, como essa misso?

    Cheguei na Bahia em janeiro de

    2014, para essa misso. Cada nova mis-so tem a sua especificidade. Os novi-

    os esto na primeira etapa de formao

    de um jesuta na Companhia de Jesus, o

    que significa dizer que esto num pro-

    cesso contnuo de discernimento. De

    nossa parte, temos que dar os elemen-

    tos necessrios para que, no final dos

    dois anos, estejam aptos a professar os

    votos. Um dos desafios, e talvez o mais

    significativo, o de ajudar o novio a

    conhecer mais a Deus, a Companhia e

    a si mesmos. So esses elementos que

    os ajudaro a dizer se querem ou no a

    continuar o processo de formao.

    O perfil desses jovens novios mu-

    dou muito ao longo do tempo?

    A tentao sempre presente a de

    achar que a sua experincia foi a melhor.

    Mas, como disse, isso tentao e, por

    ser tentao, deve ser vencida todos os

    dias. A experincia que os jovens vivem

    hoje no poderia ser, absolutamente, a

    que eu vivi h quase 25 anos como novi-o. O jovem de hoje vive o tempo de hoje,

    o jovem do meu tempo no existe mais.

    O desafio vencer a barreira do choque

    ou conflito geracional. O jovem que che-

    ga Companhia hoje um jovem esper-

    to, antenado e, principalmente, conec-

    tado. E isso muito bom, pois so fruto

    de sua realidade. Sem dvida que o perfil

    do jovem mudou e sempre mudar. Ser

    jovem ser inquieto, criativo, sonhador,

    idealista...E o jovem que est chegando

    para a Companhia tudo isso, mas com a

    cabea de um jovem do sculo XXI.

    Alm da formao em Comu-

    nicao Social, o senhor artista

    plstico e pinta cones bizantinos.

    O que o motivou a desenvolver o

    lado artstico?

    Fui para a escola rural aos 7 anos. Apesar de no ter lembranas claras

    desse perodo, uma coisa me lembro

    muito bem. Gostava mesmo de dese-

    nhar. O problema que no existia,

    naquela comunidade, cadernos para

    desenhos, ento a professora me proi-

    biu de continuar a desenhar no nico

    caderno que tinha para escrever. Moti-

    vo: est desperdiando caderno.

    Aprendi a pintar cones bizanti-

    nos em So Paulo, na Catedral Greco-

    -Catlica Melquitano Brasil, Nos-

    sa Senhora do Paraso, tendo como

    mestre o padre Marcelo Souza Ber-

    tani, membro dessa igreja. No sou

    formado em artes plsticas, sou to

    somente um amante desse segmento.

    Pintar quase uma necessidade. um

    encontro muito particular e especial

    comigo mesmo.

    Como a arte pode ser elemento

    de evangelizao?

    E o verbo se fez imagem e habitou

    entre ns. O nosso Deus o Deus da bele-

    za. O artista sacro Claudio Pastro diz, em

    seu livro O Deus da Beleza: A beleza no

    um produto do ser humano; est to aci-

    ma dele! Ela o atrai, o seduz e, assim, o ser

    humano no vive sem ela. Vivemos numa

    cultura marcada pelo domnio da ima-

    gem. Penso que, nesta realidade, as artes

    plsticas podem ter papel importante no

    convite a um olhar mais atento e menos

    fugaz realidade do mundo. Como falar

    da beleza de Deus quando no somos ca-

    pazes de perceber a beleza do mundo?

    COMO FALAR DA BELEZA DE DEUS

    QUANDO NO SOMOS CAPAZES DE PERCEBER A BELEZA DO MUNDO?

  • 10 11Em Em

    Fontes: Correio Brazilense | Folha de S. Paulo | AFP

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S

    Depois de novos confrontos e mortes em protestos contra o governo da Nicargua, em 3 de junho, o Papa Francisco pediu dilogo ao

    pas. Eu me uno a meus irmos bispos

    da Nicargua e sua dor pelas violncias

    cometidas por grupos armados, afirmou

    o Papa na orao do Angelus na praa de

    So Pedro, no Vaticano, acrescentando

    que a Igreja continua sendo favorvel ao

    dilogo, mas, para isso, pede o compro-

    misso efetivo de respeitar a liberdade e,

    antes que mais nada, a vida. E finalizou:

    Rezo para que cessem todas as violn-

    cias, para que se renam novamente as

    condies para o dilogo.

    Esses novos protestos contra o pre-

    sidente Daniel Ortega aconteceram na

    cidade de Masaya, a 30 km de Mangua, capital da Nicargua. Centenas de mani-

    festantes enfrentaram, com barricadas

    e armas caseiras, os policiais e outros

    grupos de choque do governo. Cinco

    pessoas morreram, segundo a ONG As-

    sociao Nicaraguense de Proteo aos

    Direitos Humanos (ANPDH). Foto

    : EFE

    /Pao

    lo A

    guila

    r

    ENTENDA OS CONFLITOSOs conflitos na Nicargua come-

    aram em 18 de abril. Depois que o governo do pas promoveu ajustes no

    sistema previdencirio e aumento de

    impostos, estudantes universitrios

    convocaram a populao a sair s ruas

    para se rebelar. Cerca de 100 pessoas morreram na ocasio.

    As decises do governo de Daniel

    Ortega so, automaticamente, aprova-

    das pelo Congresso, j que a oposio

    foi impedida de participar das ltimas

    eleies. Daniel Ortega participou da

    Revoluo Sandinista, em 1979, que retirou do poder Anastasio Somoza.

    Governou o pas at 1990, quando per-deu a eleio. Voltou novamente pre-

    sidncia, por meio da urnas, em 2017, mantendo-se at hoje.

    nicarGUA

    PAPA PEDE DILOGO NA NICARGUA

  • 10 11Em Em

    VIAGEM DO PAPA IRLANDA

    PEDIDO DE PERDO E ACOLHIDA: GESTOS QUE CURAM

    No incio de junho, o Papa Francisco recebeu cinco sa-cerdotes vtimas de abusos do padre chileno Fernando Karadi-

    ma. Convocada pelo Pontfice, a reu-

    nio teve o objetivo de se aprofundar

    na realidade vivida por parte dos fi-

    is e do clero do Chile. Com a ajuda

    destes cinco sacerdotes, o Papa bus-

    Entre os dias 25 e 26 de agosto, o Papa Francisco viajar a Dublin, capital da Irlanda, para participar do IX Encontro Mundial das Famlias,

    que ter como tema O Evangelho da fa-

    ca solucionar a ruptura interna da

    comunidade. Assim, poder comear

    a reconstruo de uma relao sau-

    dvel entre os fiis e seus pastores,

    uma vez que todos tiverem consci-

    ncia de suas prprias feridas, co-

    municou o Vaticano.

    Em outra nota, emitida no final

    de abril, o Vaticano havia antecipado

    que com este novo encontro, o Papa

    Francisco quer mostrar sua proximi-

    dade dos sacerdotes vtimas de abuso,

    acompanh-los em seu sofrimento e

    ouvir suas opinies, com vistas a me-

    lhorar as atuais medidas preventivas

    e a luta contra os abusos na Igreja.

    Fontes: Jornal do Brasil | Vatican News

    O evento em Dublin ser o pri-

    meiro grande encontro das fam-

    lias do mundo aps a publicao da

    Exortao Apostlica Amoris laetitia,

    na qual o Papa Francisco escreve so-

    bre o amor na famlia.

    mlia, alegria para o mundo. O even-

    to j tem mais de 30 mil inscritos, vindos de mais de 100 pases.

    Segundo a agenda, em seu pri-

    meiro dia na cidade, o Pontfice ir

    Festa das Famlias no Croke Park

    e, no domingo, presidir a missa

    de encerramento do encontro em

    Phoenix Park. Na programao

    Irlanda, Francisco participar

    tambm da recitao do Angelus

    na Baslica do Santurio Mariano

    de Knock, em County Mayo (a 200 km da capital), alm de fazer uma visita a

    um centro de acolhimento para fam-

    lias sem casa, administrado por Fra-

    des Capuchinhos.

    Esto previstas tambm audincias

    com o presidente irlands, Michael Hig-

    gins, e com outras autoridades irlandesas,

    da sociedade civil e do corpo diplomtico

    da Irlanda, alm de bispos do pas.

    Fonte: Vatican News

  • 12 13Em Em

    ESPECIAL

    DILOGO ENTRE F E RAZO A COMPANHIA DE JESUS FRUTIFICOU NO MUNDO DAS LETRAS,

    DAS ARTES, DA MSICA E DA CINCIA, E DISSERTOU SOBRE DANA,

    ENFERMIDADES E LEIS DA ELETRICIDADE E DA PTICA. OS JESUTAS

    ENFRENTARAM OS DESAFIOS DE COPRNICO, DESCARTES E NEWTON,

    E 35 CRATERAS DA SUPERFCIE LUNAR FORAM NOMEADAS POR

    CIENTISTAS JESUTAS.

    Gods Soldiers: Adventure, Politics, Intrigue and Power A History of the Jesuits (Jonathan Wright)

    Em12

  • 12 13Em Em

    DILOGO ENTRE F E RAZO esde a fundao da Companhia de

    Jesus, os jesutas sempre foram

    reconhecidos como exmios es-

    tudiosos. Ao longo da histria, a formao

    e a atuao em diversas reas do conheci-

    mento confirmam essa tradio da Ordem

    religiosa fundada por Incio de Loyola,

    que tem buscado, na profundidade inte-

    lectual, um modo de anunciar o Evange-

    lho. A importncia do Apostolado Intelec-

    tual to grande que, em uma conferncia

    no Mxico, em 2010, o ento Superior Ge-ral, padre Adolfo Nicols, afirmou que

    esse no um ministrio isolado, pois se

    aplica a todas as obras e apostolados je-

    sutas, visto que requerem aprendizado

    e inteligncia, imaginao e perspiccia,

    estudos slidos e anlises rigorosas.

    Para o padre Geraldo Luiz De Mori,

    reitor da FAJE (Faculdade Jesuta de Filo-

    sofia e Teologia), a definio do Pe. Geral

    indica que esse apostolado uma caracte-

    rstica de toda a atividade da Companhia

    de Jesus. No fundo, trata-se de no se

    contentar com um olhar superficial sobre

    a realidade, mas de desvend-la em pro-

    fundidade, afirma o jesuta.

    Ao longo da histria, vrios jesutas destacaram-se em diferentes reas do saber. Conhea alguns deles:

    Nesse sentido, segundo o padre

    Marcelo Aquino, reitor da Unisinos

    (Universidade do Vale do Rio dos Si-

    nos), o Apostolado Intelectual pode

    acontecer em diferentes contextos.

    Nas universidades, nas parquias, nos

    centros sociais, em grupo de pesquisa,

    na editorao de uma revista, na asses-

    soria ao trabalho com jovens, em uma

    casa de formao, na experincia de

    acompanhamento espiritual. Faz Apos-

    tolado Intelectual todo jesuta que con-

    templa a ao do Esprito no corao

    das pessoas, nas dobras das instituies

    ou nas trilhas que nos so propostas a

    percorrer para anunciar o Evangelho de

    Cristo, revela.

    O padre Guillermo Antonio Cardona

    Grisales, coordenador da Pastoral Social

    da Diocese de Santarm (PA), lembra

    que o Apostolado Intelectual tambm

    est presente no Plano Apostlico da

    Provncia dos Jesutas do Brasil BRA

    (2015-2020). Ele aparece como uma das caractersticas fundamentais de nosso

    modo de proceder apostlico, o minis-

    trio instrudo, ressalta.

    Nesse contexto, o Apostolado In-

    telectual, primeiramente, consiste no

    exerccio do pensar, ou seja, ir alm do

    que aparece primeira vista para com-

    preender a complexidade dos processos

    que vivemos, para encontrar sentido ao

    que se faz e abrir um espao criativi-

    dade, que inventa caminhos para uma

    vida melhor, explica padre Guillermo.

    Apesar de caracterizar e estar presen-

    te em todas as atividades da Companhia

    de Jesus, o Apostolado Intelectual cons-

    titui uma rea especfica, intimamente

    relacionada com o carisma inaciano. A

    espiritualidade de Incio de Loyola no

    a da fuga do mundo, mas a da busca e

    do encontro de Deus em todas as coisas.

    Isso tem implicaes profundas na ma-

    neira como os jesutas se relacionam com

    o mundo. Por mais complexa que seja a

    realidade, eles devem buscar encontrar

    nela as pegadas do Criador, do Salvador

    e do Santificador. Isso se d pelo discer-

    nimento. E o discernimento tem uma di-

    menso espiritual, sem dvida, mas tam-

    bm implica a capacidade de leitura do

    real. Para isso, servem todos os saberes.

    O italiano foi mis-

    sionrio na China,

    cientista, gegrafo e

    cartgrafo. Um dos grandes cones

    da busca de dilogo entre o saber

    ocidental e o oriental.

    MATTEO RICCI(1552-1610)

    Em 13

    Foto: irmo chins Emmanuel Pereira (1610)

    Natural do Peru, foi importante na

    sistematizao da experincia das re-

    dues Guaranis.

    ANTONIO RUIZ DE MONTOYA (1585-1652)

    Foto: Georgetown University

    De origem espanho-

    la, conhecido como

    o Apstolo do Brasil, chegou ao Pas

    em 1553. Aqui, foi dramaturgo, poeta,

    gramtico, historiador e linguista.

    JOS DE ANCHIETA (1534-1597)

    Foto: Benedito Calixto

  • 14 15Em Em

    Por isso, tambm, muitos jesutas sempre

    se interessaram por todos os campos do

    conhecimento, estabelecendo dilogos

    importantes entre f e razo, abrindo-

    -se s novas culturas, tanto as que foram

    descobertas no perodo da fundao da

    Companhia quanto as que so gestadas

    ao longo dos grandes avanos da cincia

    moderna e, recentemente, as da tecnoci-

    ncia, explica padre Geraldo.

    Para o padre lvaro Pimentel, vice-rei-

    tor da PUC-Rio (Pontifcia Universidade

    Catlica do Rio de Janeiro), a Companhia

    de Jesus sempre buscou anunciar o Evan-

    gelho tendo como seu estilo prprio a

    encarnao no mundo atual. Essa atua-

    lidade do apostolado da Companhia exige

    hoje, como no passado, conhecimento,

    em profundidade, da cultura, da cincia

    e dos grandes problemas do tempo. Por

    isso h alguns jesutas que se dedicam,

    de modo constante, aos estudos e ao cha-

    mado Apostolado Intelectual em sentido

    estrito. Recebem-no em suas vidas como

    misso, afirma.

    A FORMAO DO JESUTAHoje, assim como no passado, os

    jesutas esto envolvidos em diversas

    reas do conhecimento, por isso o es-

    tudo e a pesquisa so indispensveis

    para a realizao da misso de Cristo

    no mundo. Assim, a qualidade des-

    sa atuao depende da boa formao

    desses jesutas. Ns somos prepa-

    rados para exercer a misso na pers-

    pectiva da profundidade, ou seja, no

    devemos repetir acriticamente o que

    todos fazem, nem nos contentarmos

    com a superficialidade. Isso cons-

    titutivo da espiritualidade, do discer-

    nimento, da busca do maior servio,

    explica padre Geraldo.

    O investimento nos estudos das cin-

    cias filosficas e teolgicas, assim como

    nas outras cincias, parte fundamental

    da formao dos jesutas. Procuramos

    ajudar a decifrar a presena de Deus nas

    multifacetadas experincias pessoais e

    histricas da humanidade. A dialtica f

    Nascido em Portu-

    gal, mas criado no

    Brasil, o jesuta desta-

    cou-se como escritor e orador, conhe-

    cido pelos famosos sermes.

    Natural de Santos (SP)

    e conhecido como

    padre voador, consi-

    derado precursor da aeronutica.

    Nascido na Itlia,

    foi compositor e

    muito importante na

    poca das misses jesuticas na Am-

    rica do Sul, na qual contribuiu com

    numerosas composies.

    ANTNIO VIEIRA (1608-1697)

    BARTOLOMEU LOURENO DE GUSMO (1685-1724)

    DOMENICO ZIPOLI (1688- 1726)

    ESPECIAL

    Exige dedicao constante, pacin-

    cia e humildade para percorrer ca-

    minhos longos de leituras, reflexo,

    trabalho de campo ou experimentos,

    at que se possa recolher os frutos em

    uma publicao e contribuir, assim,

    para o avano da cincia e tambm

    para a incidncia nas transformaes

    sociais estruturais, como tem aconte-

    cido nas ltimas dcadas.

    INVESTIGAO

    ENSINO

    A misso de ensinar, para ns, con-

    siste menos em transmitir e mais

    em suscitar em nossos estudantes

    o desejo de aprender e a alegria de

    descobrir, por eles mesmos, o que

    desejamos comunicar-lhes.

    FORMAO

    A misso de formar vai alm da

    cincia e se insere no campo da

    vivncia dos valores cristos e da

    cultura em que estamos, na ativi-

    dade acadmica e, sobretudo, na

    vida social.

    DISCERNIMENTO

    A misso de discernir o nosso mundo

    prpria do Apostolado Intelectual da

    Companhia de Jesus, pois auxilia no

    discernimento dos sinais dos tempos,

    ajudando nossos contemporneos a

    auscultar a presena do Esprito Santo

    na histria hodierna, para promover o

    Reino de Deus e mudanas fundamen-

    tais na vida individual e, especialmen-

    te, na esfera pblica da sociedade.

    Em14

    Foto: Jos Rodrigues Nunes Foto: The Zipoli InstituteFoto: acervo do Museu Paulista da USP. Coleo Benedito Calixto de Jesus - CBCJ

  • 14 15Em Em

    e justia vem mostrando sua virtualidade

    para o modo de proceder do intelectual

    jesuta, afirma padre Marcelo.

    Para aqueles que se dedicam ao Apos-

    tolado Intelectual como misso, o padre

    lvaro explica que esse trabalho or-

    denado em quatro eixos: investigao,

    ensino, formao e discernimento. Essa

    breve descrio das frentes de misso do

    Apostolado Intelectual na Companhia de

    Jesus configura um enorme desafio que

    ultrapassa as foras do corpo apostlico

    de nossa Companhia e exige, portanto,

    uma insero na comunidade acadmica

    e cientfica do Pas, ressalta o jesuta.

    O padre Geraldo lembra, tambm,

    que a insistncia nos estudos huma-

    nsticos uma caracterstica prpria

    tanto da organizao dos estudos na

    Companhia nascente quanto nas di-

    versas pocas de sua histria. Ainda

    hoje, os estudantes jesutas so for-

    mados em contato com o grande pa-

    trimnio de estudos humansticos da

    humanidade, o que os capacita para

    dar contribuio significativa na com-

    preenso da realidade e para atuarem

    nela, afirma.

    Sobre o incio da Companhia de Je-

    sus, padre Guillermo recorda que Santo

    Incio de Loyola encontrou os primei-

    ros companheiros, com quem fundou,

    mais tarde, a Ordem religiosa, na Uni-

    versidade de Paris (Frana), uma das

    mais prestigiadas no sculo XVI. Ape-

    sar do Apostolado Educacional no ter

    sido, de incio, considerado um campo

    de atuao dos jesutas, os companhei-

    ros fizeram a opo por um ministrio

    instrudo para melhor servir ao ann-

    cio do Reino de Deus e defesa da f.

    Isso explica porque, desde o incio,

    houve o interesse dos jesutas por uma

    formao de qualidade que lhes permi-

    tisse exercer seus ministrios com um

    bom respaldo de conhecimentos. Isso

    serviu de base para orientar a forma-

    o dos futuros jesutas dentro de um

    padro de educao de qualidade, que

    ajuda a fazer compreender a mensa-

    gem de Deus e seu Reino no meio de

    uma cultura que se quer erigir dentro

    de um esprito mundano e no sobre

    a dignidade da vida humana e do bem

    comum. Para fazer compreender a pro-

    fundidade da f crist, preciso conhe-

    cer, em profundidade, tanto o sentido

    da existncia humana como da Boa

    Nova que anunciada, ressalta.

    APOSTOLADO INTELECTUAL HOJENo mundo, o Apostolado Intelectu-

    al da Companhia de Jesus se desenvol-

    ve e se concretiza de diferentes manei-

    ras e, como lembra padre Guillermo,

    dentro da definio da misso univer-

    sal da Companhia de Jesus, dada pelas

    Congregaes Gerais, como servio da

    f e promoo da justia na trplice

    reconciliao de que precisa o mundo

    hoje (com Deus, com os outros e com a

    natureza), recolhendo as experincias

    atuais dos jesutas nos servios que

    prestam Igreja e sociedade. O je-

    suta afirma tambm que isso recorda

    as reflexes e orientaes dos ltimos

    Superiores da Companhia de Jesus.

    Padre Geraldo, da FAJE, explica que

    essa diversidade do Apostolado Inte-

    lectual est presente em todo o mun-

    do. Na Europa, algumas Provncias

    tm instituies universitrias dedi-

    cadas ao estudo, ensino e pesquisa em

    Filosofia e Teologia. Outras apostaram

    mais no campo editorial, por meio de

    revistas de perfil mais acadmico, em

    geral, de Filosofia, Teologia, Espiritua-

    lidade e Cincias Sociais, ou de perfil

    mais cultural e de grande divulgao.

    Uma das revistas mais importantes

    que encarnam esta ltima perspectiva

    Poeta, escritor e

    historiador portu-

    gus que viveu muitos

    anos no Brasil, autor da obra Histria

    da Companhia de Jesus no Brasil.

    Fundador da PUC-

    -Rio, o brasileiro foi

    filsofo, telogo e es-

    tabeleceu importante dilogo com o

    mundo intelectual da ento capital do

    Pas, Rio de Janeiro.

    Natural da Frana, o

    jesuta foi paleontlo-

    go e pioneiro, no mundo catlico, do

    dilogo entre f crist e teoria da evo-

    luo das espcies.

    SERAFIM LEITE(1890-1969)

    LEONEL FRANCA (1893-1948)

    TEILHARD DE CHARDIN(1881-1955)

    PROCURAMOS

    AJUDAR A

    DECIFRAR A PRESENA

    DE DEUS NAS

    MULTIFACETADAS

    EXPERINCIAS

    PESSOAIS E HISTRICAS

    DA HUMANIDADE

    Pe. Marcelo Aquino

    Em 15

    Foto: Wikipedia Foto: Ncleo de Memria PUC-Rio Foto: Ncleo de Memria PUC-Rio

  • 16 17Em Em

    Fundador do De-

    partamento de Fsica

    da PUC-Rio, o austraco um dos

    pioneiros do estudo da radioativi-

    dade natural no Brasil.

    Socilogo, membro

    da Academia Brasilei-

    ra de Letras, por muitos anos, traba-

    lhou no Ibrades (Instituto Brasileiro

    de Desenvolvimento).

    FRANCISCO XAVIER RSER(1904-1967)

    FERNANDO BASTOS DE VILA(1918-2010)

    ESPECIAL

    a Revue tudes, dos jesutas franceses,

    que h mais de 150 anos busca estabe-lecer um dilogo entre cristianismo e

    cultura contempornea, conta. Nas

    Amricas, por sua vez, o jesuta fala

    que a Companhia criou muitas uni-

    versidades, algumas delas com grande

    impacto na produo do saber, alm de

    terem contribudo para a formao de

    muitos profissionais e de imigrantes,

    como o caso dos Estados Unidos.

    Na Amrica Latina, ele explica que,

    alm das universidades, os centros

    sociais foram lugar de elaborao de

    pensamento crtico, em geral, em di-

    logo com os movimentos sociais que

    buscam sociedades mais justas. Na

    sia, em alguns pases, a Companhia

    tambm investiu muito na criao de

    universidades. Algo parecido com o

    que comea a acontecer em algumas

    provncias da frica, explica.

    Atualmente, no Brasil, o Apostolado

    Intelectual feito por meio das univer-

    sidades jesutas, dos centros de pesqui-

    sa e ao social, dos centros de espiri-

    tualidade, dos institutos de pesquisa e,

    nos ltimos anos, dos institutos de pro-

    duo de informao, debates e publica-

    es (Institutos Humanitas Unisinos e

    Unicap). No mbito dos centros de pes-

    quisa e ao social, o padre Geraldo des-

    taca alguns trabalhos, como o do OLMA

    (Observatrio Nacional de Justia Socio-

    ambiental Luciano Mendes de Almei-

    da), em Braslia (DF); do CEAS (Centro

    de Estudos e Ao Social), em Salvador

    (BA); do CEPAT (Centro de Promoo de

    Agentes de Transformao), em Curitiba

    (PR); e do SJMR Brasil (Servio Jesuta

    aos Migrantes e Refugiados).

    Uma parte importante do Aposto-

    lado Intelectual desenvolvida nas

    universidades jesutas, que fortale-

    cem a construo do pensamento cr-

    tico e dos valores humanos. Na visita

    que fez ao Brasil, em 2017, o atual Su-perior Geral da Companhia de Jesus,

    padre Arturo Sosa, esteve em vrias

    instituies de ensino superior (FAJE,

    PUC-Rio, Centro Universitrio FEI,

    Unicap Universidade Catlica de

    Pernambuco e Unisinos). Na ocasio,

    ele pontuou que a universidade um

    lugar privilegiado para colocar em

    prtica a misso da Companhia hoje.

    Em seus discursos, padre Arturo afir-

    mou que as universidades no devem se

    restringir apenas criao de ambientes

    de busca da verdade, por meio de estudos

    e debates, mas, ao mesmo tempo, devem

    propor alternativas para os grandes pro-

    blemas da humanidade. Alm disso, se-

    gundo padre Geraldo, o jesuta pontuou

    outros aspectos importantes da misso da

    Companhia de Jesus no Apostolado Inte-

    lectual. Na FAJE, ele insistiu no papel das

    instituies universitrias em criar pen-

    samento orientado para a formulao de

    um sistema de ideias, para o desenvolvi-

    mento sustentvel, de modo a transmitir

    conhecimento de uma maneira adequada

    Nascido na Ale-

    manha, foi profes-

    sor de Filosofia e Teologia e um

    dos mais importantes telogos do

    sculo XX.

    KARL RAHNER (1904-1984)

    Jesuta e astrnomo: o irmo jesuta Guy Consolmagno conquistou, em 2014, a Medalha Carl Sagan, prestigiado prmio concedido anualmente pela Sociedade Astronmica Americana

    Em16

    Foto: karlrahnersociety.com Foto: Ncleo de Memria PUC-Rio Foto: Acervo do Projeto Comunicar

  • 16 17Em Em

    Brasileiro, arque-

    logo e fundador de

    diversas instituies

    importantes no cenrio nacional,

    como a SAB (Sociedade de Arqueo-

    logia Brasileira).

    Telogo italiano, li-

    gado ao CEAS (Centro

    de Estudos e Ao Social), da Bahia,

    na assessoria aos movimentos popu-

    lares e na revista Cadernos do CEAS.

    Telogo brasileiro

    que acompanhou a

    criao da Teologia da libertao.

    Hoje, com 86 anos, o

    espanhol antroplogo,

    dedicado ao mundo indgena no Bra-

    sil e no Paraguai.

    Natural de Minas Gerais, foi filso-

    fo e fez avanar o pensamento filo-

    sfico no Brasil.

    PEDRO IGNACIO SCHMITZ (1929)

    CLUDIO PERANI (1932-2008)

    JOO BATISTALIBANIO (1932-2014)

    BARTOLOMEU MELI (1932)

    HENRIQUE DE LIMA VAZ (1921-2002)

    sensibilidade de geraes mais jovens.

    Na PUC-Rio, ele recordou o aporte da uni-

    versidade na misso de reconciliao e

    da justia. Na Unisinos, discorreu sobre

    o discernimento, afirmando que a uni-

    versidade um lugar privilegiado para o

    desenvolvimento dos saberes, para en-

    xergar alm dos seus muros e estar atento

    aos problemas da humanidade. No Cen-

    tro Universitrio FEI, destacou o papel da

    universidade como espao definido pelo

    pluralismo e pela convergncia de diversi-

    dades que se encontram e dialogam com a

    sociedade. Na Unicap, lembrou o papel da

    universidade no processo de democratiza-

    o da sociedade, sobretudo, neste tempo

    de polarizaes, relembra o reitor da FAJE.

    O padre Guillermo recorda, tambm,

    os principais desafios do Apostolado In-

    telectual da Companhia de Jesus hoje,

    que foram apontados pelo Padre Geral.

    As principais realidades do mundo que

    desafiam nosso apostolado a procurar

    respostas criativas so seis: 1) As migra-es em propores at agora desconhe-

    cidas; trata-se de milhes de pessoas, em

    condio de migrantes, refugiados ou

    migrantes forados, que deixam seu lugar

    de origem procura de uma vida melhor;

    2) A crescente desigualdade social e eco-nmica nos pases e no mundo, o abismo

    entre ricos e pobres se faz cada vez mais

    profundo e infranquevel; 3) O enfraque-cimento da capacidade de dilogo, que

    leva ao recrudescimento da polarizao

    e do conflito; 4) A crise socioambiental, que afeta nossa casa comum, como diz

    o Papa Francisco, que leva a um sistema

    de produo e de consumo que engendra

    uma cultura de descarte, e que, entre suas

    causas, est o atual paradigma cientfico-

    -tecnolgico dominante; 5) A cultura digi-

    tal, que traz um grande avano, mas est

    afetando as relaes pessoais e intergera-

    cionais; 6) O enfraquecimento e descrdi-to da poltica, ressalta ele.

    Para o jesuta, a valorizao e o for-

    talecimento do Apostolado Intelectual

    so essenciais na misso da Companhia

    de Jesus. Para sermos, verdadeiramente,

    discpulos do Senhor, apstolos compro-

    metidos em transmitir a graa recebida,

    precisamos pensar, isto , ir a fundo nes-

    se trabalho intelectual que ajuda efic-

    cia da Palavra pregada. Aqui, finalizo com

    uma fala do Padre Geral: Esta necessida-

    de de compreender a fundo nosso mun-

    do para poder oferecer o maior e o melhor

    servio Glria de Deus a razo pela

    qual entendemos nossa misso como

    um verdadeiro apostolado intelectual.

    Nosso desejo entender o ser humano

    e o mundo, na sua complexidade, para

    que o ser humano possa configurar o

    mundo de um modo mais compassivo

    e, portanto, mais divino, conclui.

    Acesse o QR Code e veja o vdeo sobre o Apostolado Intelectual | https://goo.gl/n5eA7o

    Em 17

    Foto: www.padrevaz.com.br Foto: Assessoria de Comunicao ASAV Foto: Iglesia en Valladolid (www.flickr.com)

    Foto: www.jblibanio.org.brFoto: www.textobr.com

  • 18 19Em Em

    COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CRIA GERAL

    JESUTAS DA FRICA ESBOAM PLANO ESTRATGICO

    NOVA REDE DA CONFERNCIADA SIA-PACFICO INSPIRADA PELO ESPRITO

    A Conferncia Jesuta da sia--Pacfico (JCAP) tem uma nova rede que busca promo-ver a participao mais ativa e orga-

    nizada da Espiritualidade Inaciana

    na regio. A Rede de Espiritualida-

    de Inaciana (ISN) foi, formalmente,

    constituda em sua primeira reunio

    oficial, realizada em Chiang Mai (Tai-

    lndia), em maio. A rede identificou

    trs iniciativas prioritrias:

    1

    2

    3

    Boa governana poltica, direitos humanos, desenvolvimento sus-tentvel, paz, distribuio equi-tativa dos recursos naturais, mudanas

    climticas e sustentabilidade alimentar

    so as reas a que se dedicaro os Cen-

    tros Sociais da Companhia de Jesus na

    frica, nos prximos cinco anos. O pla-

    no estratgico foi esboado em reunio

    dos responsveis pelos Centros Sociais

    na regio, realizada em Nairbi (Qu-

    nia), no incio de maio.

    Os Centros Sociais so uma das im-

    portantes ferramentas com as quais a

    Companhia de Jesus desenvolve seu

    Apostolado Social a favor dos exclu-

    dos, marginalizados e explorados nas

    prises, nos campos de refugiados, nos

    subrbios e, tambm, nas escolas, nos

    lugares onde amadurecem as decises

    polticas e econmicas. No continente

    africano, os jesutas mantm 11 Cen-tros Sociais, em Benin, Chade, Costa

    do Marfim, Qunia, Malau, Madagas-

    car, Repblica Democrtica do Congo

    (um em Kinshasa e um em Lumubashi),

    frica do Sul, Zmbia e Zimbbue.

    Esse plano estratgico ser, agora, discu-

    Desenhar um perfil espiritual dos ministrios da Companhia, que

    pode ser usado em obras apostlicas de todos os tipos e nveis.

    Criar um modelo (planilha) de planejamento apostlico e

    discernimento, baseado nos Exerccios Espirituais.

    Apoiar estudos teolgicos sobre a aplicao dos Exerccios em

    encontros inter-religiosos.

    tido nos prprios centros sociais e nas

    Provncias, sendo, depois, analisado na

    reunio do Apostolado Social dos jesu-

    tas africanos, a ser realizada em Lusaka

    (Zmbia), no ms de agosto de 2018.

  • 18 19Em Em

    PE. WILHELM E BERSCHWEILER DECLARADO VENERVEL

    NOMEAO

    Em 21 de maio de 2018, o Papa Francisco reconheceu as vir-tudes heroicas e declarou ve-nervel o jesuta alemo Wilhelm

    Eberschweiler. Nascido em 1837, em Pttlingen (Saar, Alemanha), o religioso

    entrou no noviciado da Companhia de

    Jesus em 1858, sendo ordenado sacer-dote em 1868. Seus ltimos votos foram pronunciados em 1872.

    Pe. Wilhelm Eberschweiler tinha

    tambm trs outros irmos jesutas.

    Na Companhia de Jesus, ele exerceu as

    funes de mestre de novios e reitor

    do Juniorado, tanto na Prssia como

    na Holanda e na Inglaterra, lugares

    onde a Ordem religiosa teve que se exi-

    lar ao ser expulsa das terras germni-

    cas. Ele contribuiu por quase 50 anos

    para o acompanhamento espiritual e

    formao de centenas de jovens leigos,

    religiosos, jesutas e candidatos ao sa-

    O Papa Francisco nomeou:

    Dom Milan Lach (SVK) bispo da

    Eparquia Rutena de Parma, que com-

    preende uma grande parte do Oeste

    Mdio dos Estados Unidos. A Igreja

    Catlica Rutena uma igreja catli-

    ca oriental em plena comunho com

    o Bispo de Roma. Nascido em 1973, o Bispo Lach ingressou na Companhia

    Fonte: Boletim da Cria Geral dos Jesutas (Edies 9 e 10, maio e junho)

    cerdcio, sendo, ao mesmo

    tempo, um exemplo ex-

    traordinrio para essas

    pessoas. Foi conside-

    rado um apstolo

    do amor alegre de

    Deus, que ele ex-

    perimentou na vida

    diria. Alguns de seus

    escritos preservados

    mostram sua intensa

    unio com Deus. Mor-

    reu em Exaten (Holanda),

    em 1921. E, em 1958, seus restos mortais foram transfe-

    ridos para Trier (Alemanha),

    onde esto na Igreja dos

    Jesutas, atual Semin-

    rio principal da dio-

    cese. L, continua

    sendo objeto de

    grande devoo.

    de Jesus em 1995 e foi ordenado sa-cerdote em 2001. O Papa Francisco nomeou-o bispo auxiliar da Arquie-

    parquia de Presov dos Bizantinos, em

    junho de 2013. Em 2017, foi nomeado administrador apostlico da eparquia

    paroquial, aps a jubilao do Bispo

    anterior, John Michael Kudrick.

  • 20 21Em Em

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL

    O DESAFIO DOCO-LABORAR

    Pe. Roberto Jaramillo Bernal, SJPresidente do CPAL Um dos trs principais convites da 36 Congregao Geral foi COLABORAR. Os outros dois

    esto, substancialmente, imbricados:

    discernir e trabalhar en-red-ados.

    Entre os grandes perigos desta poca

    de hipercomunicao, est o remane-

    jar tanto os conceitos, que se acaba ab-

    -usando e desgastando a sua fora. No

    o sentimos, por acaso, internamente,

    quando o vigor da nossa vida espiritual

    se perde e maquiamos a nossa prpria

    linguagem em homilias, aulas, reunies

    e encontros, falando de orao, contem-

    plao, exame, magis, generosidade, re-

    conciliao, homens para os outros, luta

    pela justia etc.?

    H quase trs anos, os delegados de

    Colaborao da CPAL (Conferncia dos

    Provinciais Jesutas da Amrica Latina e

    do Caribe) deram luz um material de

    FORMAO humana, espiritual e apos-

    tlica, dirigido a todos os colaboradores

    e colaboradoras da e na misso, jesutas

    e no jesutas: leigos, religiosos, sa-

    cerdotes e outros, crentes ou no. Esse

    esforo colaborativo um verdadeiro

    tesouro por sua riqueza de contedo,

    sua pertinncia pedaggica, seu acervo

    bibliogrfico e, sobretudo, porque co-

    munica muito bem, tanto em sua tota-

    lidade como em suas partes (quer dizer:

    tomado como um contnuo para ser

    implementado em trs anos, ou como

    uma caixa de ferramentas para usar

    de maneira criativa), as principais in-

    tuies antropolgicas e teolgicas da

    Companhia de Jesus.

    Hoje, queremos relanar esse

    material, mais uma vez disponvel

    em sua totalidade, no site da Cpal,

    de forma aberta. Acesse jesuitas.lat/es/

    somos/colaboracion e faa o download

    do documento.

    Queremos convidar a todos os que

    formam o corpo apostlico da Compa-

    nhia de Jesus para CONHECER e UTI-

    LIZAR o material em universidades,

    escolas, parquias, trabalhos com a ju-

    ventude, casas de retiro, centros sociais

    e equipes de formao ou capacitao,

    equipes de incidncia ou de trabalho com

    migrantes e refugiados, rdios, escrit-

    rios de comunicao, equipes gerenciais

    e administrativas; e tambm oferecendo-

    -o para que muitas outras pessoas, que

    no trabalham diretamente com os jesu-

    tas, dele se apropriem e aproveitem.

    O documento tem trs grandes ca-

    ptulos: um sobre Formao Humana,

    outro sobre Espiritualidade Inaciana e

    outro sobre o desafio de unir F e Justia.

    So 16 mdulos e uma guia metodolgica para o participante, com 308 documentos ou referncias bibliogrficas on-line e,

    pelo menos, 360 atividades pedaggicas disponveis, alm de outros recursos.

    Nossa gratido a Clara Burguez, que

    esteve frente desse trabalho por vrios

    anos, e a todos aqueles que colaboraram

    em sua produo e organizao at hoje.

    Mas nossa maior gratido com

    aqueles que reservam um momento

    para mergulhar no programa e o UTI-

    LIZAM criativamente em suas ativida-

    des apostlicas.

  • 20 21Em Em

    O SJPAM E AS UNIVERSIDADES

    MAPEAMENTO DA IGREJADA AMAZNIA COLOMBIANA

    VISITA PARQUIA DE BELMDOS SOLIMES

    No dia 23 de maio, o padre Alfredo Ferro, do SJPAM (Servio Jesuta Pan-Ama-znico), e representantes da Uni-

    versidade Javeriana, de Bogot (Co-

    lmbia), estiveram reunidos com a

    consultoria GRIMORUM. Contratada

    para auxiliar na definio sobre o pa-

    A REPAM (Rede Eclesial Pan--Amaznica) est fazendo um mapeamento eclesial da regio Pan-amaznia que ser uma

    ferramenta valiosa para sua prtica

    como rede e para as diversas juris-

    pel do SJPAM na relao com as uni-

    versidades da AUSJAL (Associao de

    Universidades Confiadas Compa-

    nhia de Jesus na Amrica Latina) em

    torno da Amaznia e, ao mesmo tem-

    po, sobre suas possibilidades de arti-

    culao, a GRIMORUM apresentou os

    resultados do trabalho.

    Fonte: Carta Mensal Pan-Amaznia (n 49/Maio 2018) Acesse www.jesuitasbrasil.com/cartapanamazonia e leia a ntegra desta e de outras edies.

    dies eclesisticas. Na Colmbia,

    quem est frente desse trabalho

    o Sr. Robby Ospina, que, junto com

    padre Alfredo Ferro e Maria Teresa

    membros do SJPAM (Servio Jesuta

    Pan-Amaznico) , estiveram dialo-

    gando, no dia 22 de maio, em Bogot, com a ONG GAIA, cuja trajetria na

    Amaznia colombiana tem sido mui-

    to importante.

    O objetivo do encontro foi conhecer

    o trabalho realizado pela ONG, alm de

    buscar a melhor maneira de aproveitar

    os estudos e pesquisas feitos por ela e

    traduzidos em mapas, teis para a RE-

    PAM Colmbia para aprimoramento do

    mapeamento que est sendo feito.

    O objetivo da consultoria prestada

    era apontar formas de aumentar a arti-

    culao entre o SJPAM e as instituies

    de Ensino Superior, a servio do terri-

    trio amaznico e de seus habitantes.

    Aps seis meses, a consultoria concluiu

    o trabalho e apresentou um documento

    que ser analisado.

    Entre os dias 25 e 28 de maio, o pa-dre Valrio Sartor visitou a Pa-rquia de Belm dos Solimes, diocese de Alto Solimes. Na ocasio,

    o jesuta apoiou os Freis Capuchinhos

    nas celebraes e tambm na organi-

    zao da acolhida aos estudantes je-

    sutas que vivenciaro a experincia

    de frias no ms de dezembro.

    Segundo padre Valrio, a visita

    foi uma oportunidade de conhecer

    melhor o trabalho atual e a perspecti-

    va futura de misso dos Capuchinhos

    com os povos da etnia tikuna, que so

    a maioria na parquia. Na oportu-

    nidade, o jesuta tambm conversou

    com as mulheres da Associao MA-

    PANA, que produz alimentos para as

    escolas locais, dentro da proposta da

    soberania alimentar.

  • 22 23Em Em

    COMPANHIA DE JESUS GOVERNO

    II ENCONTRO DE COMUNICADORES DA PROVNCIA DOS JESUTAS DO BRASIL

    A Provncia dos Jesutas do Brasil--BRA realizou o seu II Encontro de Comunicadores, entre os dias 23 e 25 de maio. Cerca de 50 colaborado-res participaram do evento, no Centro

    Cultural Joo XXIII, no Rio de Janeiro

    (RJ). A programao incluiu palestras,

    oficinas e reflexes sobre os desafios co-

    municacionais da Companhia de Jesus

    e suas Obras no Brasil, alm da troca de

    experincias entre os comunicadores.

    No primeiro dia, o Ir. Eudson Ramos,

    scio do provincial, deu as boas-vindas

    aos participantes. Na ocasio, o jesuta

    falou sobre as mudanas na organiza-

    o da BRA, como a criao dos Ncleos

    Apostlicos em substituio s Platafor-

    mas Apostlicas. Com base nisso, ele fri-

    sou que a Companhia de Jesus chama-

    da a um novo desafio: O desafio de traar

    um plano em rede.

    Segundo ele, esse trabalho tem diver-

    sas frentes, um exemplo a rede de edu-

    cao. O primeiro desafio que cada um

    consiga trabalhar com seus pares, isso

    ser um bom passo. Em seguida, fazer um

    trabalho intra-apostlico, pois a perspec-

    A tiva trabalhar transversalmente, ressal-tou o scio, pedindo aos comunicadores: contamos com a colaborao de vocs.Ir. Eudson frisou ainda que a mis-

    so da Companhia de Jesus universal

    e, hoje, todos so chamados a ter maior

    conexo. A proposta, para vocs apro-

    fundar as formas de contribuir com a

    misso da Provncia BRA. Neste encon-

    tro, espero que vocs possam aprofun-

    dar o que cada obra tem feito pensando

    na perspectiva da Provncia, disse. Para

    ele, os colaboradores da Provncia BRA

    precisam ser mais do que bons profissio-

    nais. Precisamos questionar qual o nos-

    so diferencial, qual o nosso magis, como

    pessoas e profissionais. O magis nos di-

    ferencia e nos capacita para desenvolver

    a colaborao na misso, finalizou.

    Em seguida, o Pe. Anselmo Dias,

    coordenador da Equipe de Comunica-

    o da BRA, elencou as principais rea-

    lizaes da Comunicao da Provncia

    ao longo de 2017. Segundo ele, atual-mente, existem mais de 100 obras je-sutas no Brasil. Hoje, temos contato

    ativo com cerca de 90 obras e o princi-

    pal papel da comunicao ajudar na

    articulao delas, explicou.

    O jesuta falou tambm sobre as pers-

    pectivas para a Comunicao da Provn-

    cia BRA e ressaltou a importncia da ca-

    pacitao tcnica dos profissionais e do

    aprofundamento no conhecimento sobre

    a Companhia de Jesus.

    Pe. Anselmo Dias destacou ainda que

    com o 2 Encontro de Comunicadores da BRA, a Provncia d mais um passo

    no fortalecimento da sua comunicao.

    Segundo ele, alm de ser um momento

    de interao entre os que fazem comu-

    nicao nas obras e servios, o evento foi

    tambm uma oportunidade de discutir e

    aperfeioar o texto da Poltica de Comu-

    nicao da BRA e dar continuidade ao

    Planejamento Estratgico da rea. Outra

    novidade do encontro foram as oficinas

    de comunicao, visando formao de

    nossos colaboradores, contou o jesuta,

    acrescentando que o caminho foi aber-

    to, agora temos que dar as mos para su-

    perar os obstculos e, assim, ajudarmos a

    Companhia de Jesus a cumprir sua mis-

    so de anunciar a Boa Nova do Reino.

    Foto

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  • 22 23Em Em

    JESUTA PARTICIPA DE EVENTOINDITO SOBRE TEOLOGIA NA CHINA

    O telogo jesuta lio Gasda, professor da FAJE (Faculdade Jesuta de Filosofia e Teolo-gia), foi o nico brasileiro participan-

    te do Congresso China e Amrica Lati-

    na: novas abordagens e interaes para

    uma cooperao crescente, realizado

    nos dias 11 e 12 de maio. Patrocina-do pelo governo chins e organizado

    pela Escola de Estudos Internacionais

    da Universidade de Zhuhai, a Confe-

    rncia reuniu, pela primeira vez, te-

    logos catlicos.

    Segundo padre Gasda, diversos

    intelectuais da Amrica Latina par-

    ticiparam do encontro, alm de es-

    tudantes e professores chineses da

    Universidade. Foi uma oportunidade

    riqussima de intercmbio de ideias,

    opinies e experincias, sem falar da

    convivncia com a cultura, a msica,

    a arte e a gastronomia locais, co-

    mentou o jesuta, que apresentou a

    palestra Economia, Poltica e Liberta-

    o a partir do olhar latino-americano

    e da experincia brasileira.

    Durante o evento, as exposies

    trataram sobre Teologia, tica e Po-

    ltica. Apesar de algumas dificul-

    dades, como o corte do oramento

    e a tentativa de reduzir o nmero

    de convidados, os organizadores

    consideraram a conferncia um su-

    cesso, uma vez que, segundo eles,

    nos ltimos meses, intensificou-

    -se o controle ideolgico na China,

    sobretudo depois do XIX Congresso

    do Partido Comunista, realizado em

    outubro de 2017. Impressionado com a visita

    China, o professor da FAJE destacou

    a importncia do evento, o primeiro

    sobre temas relacionados Teologia

    realizado no pas, aps a revoluo co-

    munista liderada por Mao Ts-Tung,

    em 1949. Desde essa poca, qualquer referncia teologia ou religio era

    sistematicamente censurada, motivo

    pelo qual a mudana do ttulo original

    do evento e de alguns ttulos de pales-

    tras, que faziam referncia aos dois

    conceitos, foi obrigatria.

    A acolhida e a receptividade fo-

    ram impecveis. No aspecto turstico,

    vale destacar a histrica e mtica Ma-

    cau e seus monumentos e cassinos

    gigantescos; o museu que conserva a

    tradio cultural milenar; a presena

    portuguesa e dos jesutas; as relquias

    de So Francisco Xavier guardadas no

    antigo seminrio So Jos. Foi marcan-

    te a visita que fizemos aos jesutas que

    l trabalham, comentou.

    FOI UMA OPORTUNIDADE RIQUSSIMA DE INTERCMBIO DE IDEIAS, OPINIES E

    EXPERINCIAS, SEM FALAR DA CONVIVNCIA COM A CULTURA, A MSICA, A ARTE E A GASTRONOMIA LOCAISPe. lio Gasda

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F

  • 24 25Em Em

    COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA SOCIOAMBIENTAL

    PROVNCIA BRA LANA RELATRIO DE JUSTIA SOCIOAMBIENTAL

    Ao completar pouco mais de trs anos de criao, a Pro-vncia dos Jesutas do Brasil--BRA acaba de lanar seu primeiro

    Relatrio de Justia Socioambiental.

    O documento, uma amostra da atua-

    o do Apostolado de Justia Socio-

    ambiental da Companhia de Jesus no

    Pas, permite ampliar o conhecimento

    e o reconhecimento sobre as aes das

    obras sociais da Provncia. Celebro

    com muita alegria este primeiro rela-

    trio, pois representa o coroamento de

    um trabalho intenso e que enfrentou

    grandes desafios em seus primeiros

    anos de constituio da nova Provn-

    cia BRA, articulando mltiplas fren-

    tes de ao de promoo da justia

    socioambiental, afirma o padre Jos

    Ivo Follmann, secretrio para a Justia

    Socioambiental da Provncia dos Je-

    sutas do Brasil, acrescentando que a

    publicao importante, sobretudo,

    para o prprio fortalecimento da Rede

    de Justia Socioambiental, que vem

    sendo costurada com a participao e

    o fiel empenho de mltiplas mos por

    meio das diferentes aes apostlicas

    da Ordem religiosa no Brasil.

    Ao longo de 52 pginas e por meio de 12 exemplos de ao, o relatrio consegue mostrar a amplitude da

    atuao da Provncia BRA nas trs

    dimenses do Apostolado de Justia

    Socioambiental: reconhecimento da

    dignidade humana na diversidade;

    incluso social e busca de superao

    das desigualdades; e cuidado am-

    biental. Neste Relatrio, ao olhar-

    mos para as conquistas, avanos e

    aprendizados de 2017 e vislumbrando os horizontes de 2018, vemos um cor-po apostlico cada vez mais unido em

    torno da nossa misso e comprome-

    tido com a construo de um mundo

    mais justo, conta o padre Joo Renato

    Eidt, provincial dos Jesutas do Brasil.

    Pe. Jos Ivo lembra ainda que o

    relatrio muito fiel em retratar o

    direcionamento que est sendo dado

    para a promoo desse apostolado,

    como forma de compromisso revita-

    lizado nessa dimenso da misso da

    Companhia de Jesus. Desse modo, ele

    solicita a todas as Obras da Provncia

    CELEBRO COM MUITA ALEGRIA ESTE PRIMEIRO RELATRIO, POIS REPRESENTA O COROAMENTO DE UM TRABALHO INTENSO [...]Pe. Jos Ivo Follmann

    BRA a divulgao do documento, que,

    como ressalta, o porta-voz didtico

    e prtico do conceito de justia socio-

    ambiental. nos conhecendo melhor

    que melhor nos reconhecemos como

    participantes de uma mesma misso,

    finaliza o jesuta.

    Acesse https://bit.ly/2ltWgrX e veja o relatrio!

  • 24 25Em Em

    50 ANOS DO CURSO NOTURNO DO COLGIO SANTO INCIO

    Uma noite de homenagem e muita emoo. Assim foi a solenidade de comemora-o dos 50 anos do curso Noturno do

    Colgio Santo Incio, em 25 de maio, no Rio de Janeiro (RJ). O evento con-

    tou com discurso do padre Ponciano

    Petri, reitor e diretor-geral do Col-

    gio, e da coordenadora pedaggica

    do Noturno, Silvia Henriques, alm

    de apresentao teatral escrita pelos

    alunos e educadores do Noturno.

    Primeira a falar, Silvia Henri-

    ques agradeceu a presena de todos

    os convidados alunos, educadores,

    direo do Santo Incio e jesutas da

    Comunidade e destacou o carter

    descontrado da celebrao. Em se-

    guida, padre Ponciano proferiu al-

    gumas palavras de agradecimento a

    todos os jesutas e colaboradores que

    j trabalharam no Noturno, ressaltan-

    do a coragem, a sabedoria e a ousadia

    diante dos desafios e oportunidades,

    e aos mais de 22 mil estudantes que passaram pelas salas de aula do Col-

    gio. Em segundo lugar, para tomar-

    mos conscincia de que, mais do que

    nunca, justia social se faz com edu-

    cao e educao de qualidade. Desse

    modo, nosso compromisso se torna

    ainda maior para que, luz da bonita

    e slida histria feita at aqui, avan-

    cemos e inovemos a nossa misso de

    educar. Que Santo Inacio de Loyola

    continue nos inspirando e nos forta-

    estudantes atendidos ao longo de anos.

    Atualmente, alunos de EJA e cursos tcnicos.

    DE 1968 A 201822.553 50

    1.000

    lecendo em nossa caminhada educa-

    cional, completou padre Ponciano.

    Fundado em 1968, o curso No-turno do Colgio Santo Incio uma

    das obras sociais mais importantes

    da Companhia de Jesus no Rio de Ja-

    neiro. Atende, atualmente, cerca de

    1.000 alunos de Educao de Jovens e Adultos (EJA) da 5 fase do Ensino Fundamental II ao Ensino Mdio e

    de cursos tcnicos de Administrao,

    Anlises Clnicas, Enfermagem e In-

    formtica, totalmente gratuitos para

    pessoas de baixa renda.

  • 26 27Em Em

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    REDE JESUTA DE EDUCAO REALIZA SEU 1 SIMPSIO

    Com o tema Currculo e Inovao, o I Simpsio da Rede Jesuta de Educao reuniu mais de 150 pes-soas, entre estudantes e educadores das

    escolas jesutas do Pas e especialistas da

    rea de Educao do Brasil e da Amrica

    Latina, entre os dias 16 e 18 de maio, no Colgio Loyola, em Belo Horizonte (MG).

    O presidente da Rede Jesuta de Edu-

    cao Bsica, irmo Raimundo Barros,

    fez a abertura do Simpsio, que contou

    com a presena do secretrio da Educa-

    o da Provncia dos Jesutas do Brasil

    BRA, padre Srgio Mariucci; do diretor

    corporativo do Colgio Loyola, padre M-

    rio Sndermann; e demais membros do

    Conselho Diretor da escola, bem como

    representantes da comunidade escolar.

    Na ocasio, foi inaugurado um novo

    ambiente de aprendizagem no Colgio

    Loyola, o Espao Pe. Kolvenbach SJ. Irmo

    Raimundo, agradecendo a participao

    das delegaes e o empenho das equipes

    internas, ressaltou que tanto o Simpsio

    quanto a criao do novo espao refletem

    o momento de consolidao da Rede Je-

    suta de Educao Bsica vivido pela Pro-

    vncia dos Jesutas do Brasil.

    Durante o evento, os principais as-

    suntos abordados foram: o currculo

    nas referncias da Companhia de Je-

    sus; a Base Nacional Comum Curricular

    (BNCC); a formao dos professores e a

    Legislao Brasileira, que abordou as mu-

    danas ocorridas nas leis relacionadas

    Educao. Alm das palestras, acontece-

    ram vrias oficinas, para as quais os par-

    ticipantes se dividiram em grupos para

    experincias diferentes oferecidas pelas

    escolas da RJE.

    As palestras realizadas durante o I Simpsio da RJE esto disponveis no

    canal da TV Loyola no Youtube. Acesse www.youtube.com/tvloyola e assista!

    PARTICIPAO DOS ESTUDANTESO evento contou com a imerso

    de um grupo de dez estudantes do

    Ensino Mdio do Colgio Loyola, que

    se envolveram em todo o processo de

    preparao e realizao das ativida-

    des do Simpsio. Divididos em du-

    plas, os alunos assumiram funes de

    acolhida aos palestrantes, recepo,

    credenciamento e acompanhamento de

    participantes, alm de suporte ao setor

    de tecnologia. Outro papel importante

    apropriado pelo grupo foi a cobertura do

    evento para o perfil do Colgio Loyola no

    Instagram, alm de outras atividades de

    apurao de informaes, captao de

    imagens (fotos e vdeos) junto equipe

    de Comunicao.

    Entre os principais compromissos

    e acordos do Simpsio, esto a cria-

    o de grupos permanentes de dilo-

    go, sobre os temas destacados, em to-

    das as unidades da RJE, a elaborao,

    pelo Comit Permanente de Currcu-

    lo, de um documento que apresente

    os resultados do Simpsio e, tambm,

    de diretrizes curriculares norteadoras

    para a RJE. O CPC tambm ter como

    atribuio o estudo da Base Nacional

    Comum Curricular.

  • 26 27Em Em

    PEREGRINOS DE CALA JEANS:5 ANOS DE ATUAO

    AS TRS PRINCIPAIS FRENTES DE ATUAO DO PCJ

    Espiritualidade Missa da Juventude, participao nas Oraes de Taiz e nos Exerccios Espirituais para Jovens, Lucernrios, Manhs de Orao e Espiritualidade.

    Amizade Confraternizaes, sadas culturais, Campeonato Solidrio de Fut-sal, Festivais de Torta.

    Ao Social Aes de curto e longo prazo, voluntariados mensais, projeto da Capela de Alagoinhas, visita a creches, asilos e hospitais, entre outros.

    Em abril de 2013, a partir da expe-rincia vivida durante a Semana Santa Jovem (SSJ), promovida pelo Colgio Antnio Vieira na cidade de Ca-

    pim Grosso, serto da Bahia, alunos uni-

    ram-se para formar o grupo Peregrinos de

    Cala Jeans (PCJ). Ao retornarmos dessa

    vivncia com condies to diferentes, fi-

    camos todos inquietos e com o sentimen-

    to de que podamos fazer algo a mais por

    aquela gente. Ainda dentro do nibus na

    volta para Salvador (BA), decidimos que

    continuaramos a nos encontrar para bus-

    car transformar realidades como aquelas

    vivenciadas na SSJ, relembra Gabriel Mo-

    reira Gomes Cavalcanti, um dos jovens

    fundadores do Peregrinos de Cala Jeans.

    O desejo de fazer a diferena na vida

    das pessoas por meio do prprio esforo

    foi essencial para unir os membros do

    grupo, que tem como base o equilbrio

    de trs pilares: Espiritualidade, Amizade

    e Ao Social. A espiritualidade inaciana

    um dos pilares fundamentais do Pere-

    grinos de Cala Jeans. a partir dos valo-

    res inacianos que o grupo atua, sendo o

    ponto de partida para que possamos ter

    um conhecimento mais ntimo de Deus

    e, inclusive, de ns mesmos, diz Gabriel.

    Hoje, o PCJ composto por jovens,

    alunos e antigos alunos do Colgio

    Antnio Vieira, em Salvador (BA), que

    tm em seu horizonte o desejo de ser

    magis, ou seja, fazer o bem por meio

    dos pilares que fundamentam a ini-

    ciativa. Para o irmo Pedro Ernane Go-

    mes, assistente social do Colgio An-

    tnio Vieira e referencial do trabalho

    com Juventude e Vocaes no Ncleo

    Apostlico da Bahia, o grupo impor-

    tante no meio juvenil por evangelizar

    com o jeito jovem, respeitando as di-

    ferenas religiosas e culturais. O PCJ

    tem sido um sinal de evangelizao

    na comunidade educativa do Colgio

    Vieira, como tambm nos espaos em

    que fazem ao social, seja em cre-

    ches, abrigos de idosos e hospitais,

    entre outros, conta o jesuta.

    Gabriel recorda que, no incio do

    PCJ, o maior desafio foi arrecadar 10 violinos e do-los para a Orquestra

    Flor do Meu Serto, em Capim Grosso.

    Conhecemos mais sobre esse proje-

    to na Semana Santa Jovem de 2013 e foi essa ao social o nosso ponto de

    partida para organizar as primeiras

    tarefas no PCJ. Nos comprometemos a

    fazer essa doao aps ver a situao

    da escola, em que, s vezes, um vio-

    lino tinha que ser dividido entre trs

    jovens. Ao percebemos a importncia

    dessa orquestra na vida da juventude

    da cidade, que tinha na msica uma

    esperana para sua vida e uma forma

    de educao, passamos a trabalhar

    incessantemente para conseguir o di-

    nheiro para a compra dos instrumen-

    tos, conta o jovem, que foi o primeiro

    coordenador do PCJ, entre 2013 e 2015.Hoje, aps cinco anos da criao

    do grupo, Gabriel afirma que o que

    mais o inspira a continuar atuante

    ver que esto surgindo novas lideran-

    as dispostas a continuar essa cami-

    nhada. E finaliza: A melhor coisa

    ver que um ideal seu est sendo leva-

    do adiante e, independentemente das

    mudanas que o grupo possa sofrer,

    que so naturais e necessrias, a es-

    sncia permanece. Que venham os 50 anos ento...

    SAIBA MAIS Instagram: www.instagram.com/grupopcj

    Facebook: www.facebook.com/peregrinosdecalcajeansE-mail: [email protected]

  • 28 29Em Em

    COMPANHIA DE JESUS JUVENTUDE E VOCAES

    PRIMEIRO MDULO DA ESCOLA MAGIS DE LIDERANAS JOVENS

    Realidade brasileira, Condies juvenis no Brasil e Desenvolvi-mento psicoafetivo na adoles-cncia e juventude. Esses foram os trs

    temas discutidos durante o primeiro

    mdulo da Escola MAGIS de Lideranas,

    realizado no Centro MAGIS Inaciano da

    Juventude (CIJ), em Fortaleza (CE), entre

    os dias 30 de maio e 3 de junho.A Escola, composta por um conjun-

    to de trs mdulos de quatro dias cada,

    prope um itinerrio de formao que

    contempla vivncia e reflexo terica

    sobre temas relacionados aos Eixos de

    atuao do Programa MAGIS Brasil e s

    dimenses do ser humano.

    Aylla Silveira, de Manaus (AM), res-

    saltou que participar da Escola MAGIS

    est sendo uma experincia incrvel,

    devido s vivncias, s trocas possibili-

    tadas, aos momentos de contemplao,

    espiritualidade e oficinas que acontece-

    ram. Para a jovem, o tema Desenvolvi-

    mento Psicoafetivo de Adolescentes e Jo-

    vens, aprofundado e debatido no terceiro

    dia de formao, o que mais precisa ser

    trabalhado junto juventude, pois uma

    das temticas que mais se relaciona atu-

    almente com as nossas realidades.

    A partir de uma metodologia parti-

    cipativa, que facilita a troca de experin-

    cias entre os participantes e a construo

    coletiva do aprendizado, a Escola MAGIS

    PRXIMOS MDULOS: FIQUE ATENTO!Com os temas Pedagogias da Juventude e Espiritualidade e Eclesiologia, os prxi-

    mos mdulos acontecero:

    De 14 a 18 de novembro de 2018 Rio de Janeiro (RJ).

    De 19 a 23 de junho de 2019 So Paulo (SP).

    tem o intuito de possibilitar a reflexo

    crtica sobre a atuao e a aquisio gra-

    dual das habilidades e de atitudes neces-

    srias ao trabalho junto aos jovens.

    Segundo Vanessa Correia, coorde-

    nadora do Eixo Formao e Assessoria

    do Programa MAGIS, a Escola teve um

    processo coletivo de construo, as-

    sim, ela resultado da experincia do

    trabalho com juventude dos Centros,

    Casas e Espaos MAGIS do Programa.

    Ela foi pensada em trs mdulos, con-

    templando um conjunto de temas que

    vo desde refletir a realidade brasileira

    e a realidade juvenil at discutir a nossa

    f, a nossa espiritualidade e a dimenso

    pedaggica do nosso trabalho.

    Nesse primeiro mdulo, alm do apro-

    fundamento de contedo, a programao

    contou com momentos de orao, inte-

    grao, insero e convivncia. Os jovens

    visitaram o centro histrico da capital

    cearense, participaram de debates, jogos,

    dinmicas e da noite cultural. Alm disso,

    houve celebrao e momentos pessoais e

    comunitrios de orao, que possibilita-

    ram Escola MAGIS configurar-se como

    uma experincia na qual o contedo, a

    prtica e a convivncia fraterna tambm

    compem o processo formativo. Para Va-

    nessa, essa proposta entendida enquan-

    to um itinerrio de formao, uma expe-

    rincia de caminho formativo, que vai se

    acumulando, se ampliando e ganhando

    dimenso multiplicadora no Brasil.

    O Programa MAGIS Brasil compre-

    ende que, cada vez mais, se faz neces-

    sria a atuao de pessoas conscientes e

    bem-formadas que desejem se colocar a

    servio com os demais, na busca de uma

    nova ordem social, em que prevaleam

    valores do Evangelho. A Escola MAGIS,

    projeto do Programa, nasce da percepo

    da importncia da formao de lideran-

    as jovens para garantir a transformao

    da sociedade e da Igreja.

  • 28 29Em Em

    NA PAZ DO SENHORPE. PEDRO CANSIO MELCHERTPor Pe. Carlos Henrique Mller

    Padre Melchert, como era conheci-do, nasceu no dia 7 de agosto de 1930, na cidade de Santos (SP), fi-lho de Germano Melchert Junior e Addy

    Proost Melchert. Foi batizado no dia 31 de agosto do mesmo ano.

    Ingressou na Companhia de Je-

    sus em Nova Friburgo (RJ), em 1 de fevereiro de 1947, sendo provincial o Pe. Artur Alonso. Dois anos depois,

    em 2 de fevereiro de 1949, emitiu os primeiros votos. Sua formao con-

    tinuou em Nova Friburgo, no Col-

    gio Anchieta, onde fez o Juniorado

    e estudou Filosofia, de 1949 at 1953. No mesmo Colgio Anchieta, viveu

    seu perodo de Magistrio, de 1954 at 1957. Depois, em 1958, foi envia-do para os estudos de Teologia, no

    Colgio Mximo Cristo Rei, em So

    Leopoldo (RS). Fez l o primeiro ano

    de Teologia, curso que concluiu no

    Weston College, em Weston, Massa-

    chusetts (Estados Unidos), em 1961. Pe. Melchert recebeu a ordem no

    presbiterado na capela do mesmo Co-

    lgio, em 18 de junho de 1960, pela im-posio das mos do Cardeal Ricardo

    Cushing, arcebispo de Boston (Esta-

    dos Unidos).

    De volta ao Brasil, em 1962, fez a Terceira Provao, em Trs Poos,

    Volta Redonda (RJ), sendo instrutor o

    Pe. Cesar Dainese. No dia 15 de agosto de 1963, diante do Pe. Cesar Dainese, emitiu os ltimos votos.

    PE. MELCHERT FOI UM JESUTA DINMICO, SACERDOTE ZELOSO, PROCO CRIATIVO, DIRETOR DE COLGIO, PROFESSOR, AMANTE DA MSICA E DA ARTE.

    Depois de trabalhar por trs anos

    no Seminrio Menor Aloysianum,

    no Rio de Janeiro (RJ), boa parte da

    vida apostlica do Pe. Melchert foi

    dedicada educao. Trabalhou no

    Colgio Santo Incio, no Rio de Janei-

    ro, de 1966 at 1979 e de 2007 a 2014, colaborando, tambm, na Igreja San-

    to Incio. Contribuiu com os Encon-

    tros de Casais com Cristo (ECC). Foi,

    ainda, diretor arquidiocesano do

    Apostolado da Orao e do Movimen-

    to Eucarstico Jovem, de 2009 a 2014. Durante cinco anos, em Nova Fribur-

    go (RJ), de 1983 at 1988, foi diretor geral e acadmico do Colgio Anchie-

    ta. Trabalhou no Colgio So Lus, em

    So Paulo (SP), e foi proco da Igreja

    So Lus Gonzaga, diretor regional

    dos ECC na Arquidiocese de So Pau-

    lo e diretor do Pateo do Collegio, na

    mesma cidade. Pe. Melchert foi para

    Roma (Itlia), em 1980, para traba-lhar como locutor na Rdio Vaticano,

    onde ficou at 1982.

    Desde 2005, morou na Residncia Nossa Senhora da Estrada, em So

    Paulo, cuidando da sade. Nessa casa,

    ele continuou participando das ativi-

    dades comunitrias, mantendo conta-

    to com os amigos, colaborando com o

    COMPANHIA DE JESUS NA PAZ DO SENHOR

    Mensageiro do Corao de Jesus e fa-

    zendo apreciadas homilias nas missas

    dominicais da Capela. Seu falecimen-

    to ocorreu no dia 17 de maio de 2018, nessa mesma residncia, indo morar

    na casa do Pai.

    Pe. Melchert foi um jesuta dinmi-

    co, sacerdote zeloso, proco criativo,

    diretor de colgio, professor, amante

    da msica e da arte. Famoso por seu

    Coral Anchieta quando jovem e outras

    iniciativas onde trabalhou. Era sempre

    otimista e aberto para a realidade.

    Sempre ligado pastoral, desen-

    volvendo bom relacionamento com

    os jovens. Esprito jovial e esportivo o

    mostram sempre de bem com a vida.

    Na Parquia So Lus, desenvolveu

    uma sensibilidade especial pela situ-

    ao dos moradores de rua, aos quais

    dedicou boa parte do seu tempo. Na

    carta de felicitao pelo jubileu de

    ouro de vida religiosa, o ento Supe-

    rior Geral da Companhia de Jesus, Pe.

    Peter-Hans Kolvenbach, lembrou da

    equipe formada por ele, na parquia,

    para atend-los.

  • 30 31Em Em

    COMPANHIA DE JESUS NA PAZ DO SENHOR

    NA PAZ DO SENHORPE. CONSTANTINO GONZLEZ GARCIAPor Pe. Carlos Henrique Mller

    Padre Constantino Gonzlez Gar-cia nasceu em Baquerin de Cam-pos, Palencia, na Espanha, no dia 11 de maro de 1922, filho de Gregrio Gonzlez e Pascuala Garcia. Ingressou

    na Companhia de Jesus em Carrin de

    los Condes, tambm em Palencia, em 18 de agosto de 1938. Na poca, o Provin-cial era o Pe. Antonio Encinas.

    Foi em terras espanholas que Pe.

    Constantino realizou seus estudos.

    Em 18 de agosto de 1940, emitiu os primeiros votos em Salamanca, onde

    continuou fazendo os estudos pr-

    prios do Juniorado. Em Oa Burgos,

    fez os estudos filosficos, no pero-

    do de 1943 at 1946. Sua experincia apostlica mais direta aconteceu em

    Vigo-Pontevedra, no Colgio Apsto-

    lo Santiago, onde viveu o tempo de

    magistrio, durante os anos de 1946 a 1948. Terminado esse tempo, foi en-viado para Comillas-Santander, Col-

    gio Mximo Sagrado Corazn, para os

    estudos teolgicos, de 1948 at 1952. Nessa mesma cidade, recebeu a or-

    dem do presbiterado, em 24 de julho de 1951.

    Em 17 de dezembro de 1952, che-gou ao Brasil. Fez a Terceira Provao

    em Pareci Novo (RS), em 1953, sob a instruo do Pe. Jorge Steiger. E, em 15

    de agosto de 1974, em Anchieta (ES), emitiu os ltimos votos. Pe. Constan-

    tino veio para ficar e, assim, em 15 de maio de 1974 conseguiu sua naturali-

    NO PAS, GRANDE PARTE DA VIDA DO PE. CONSTANTINO FOI DEDICADA EDUCAO [...]

    zao no Brasil. No Pas, grande parte

    da vida do Pe. Constantino foi dedi-

    cada Educao, atuando de diversas

    maneiras, como professor, orientador

    espiritual dos alunos, secretrio, pre-

    feito de disciplina, em diversos col-

    gios, no s da Companhia de Jesus.

    Em Ipatinga (MG), de 1963 a 1969, trabalhou no Colgio So Francisco Xa-

    vier e, mais tarde, foi Proco e diretor do

    Colgio Municipal por dois perodos:

    1973 e 1974 e durante o ano de 1976.

    Em Anchieta (ES), trabalhou no Gi-

    nsio e Seminrio Menor (1954-1956). Em Juiz de Fora (MG), em 1957, foi co--fundador do Colgio Imaculada, de-

    pois Colgio dos Jesutas. Em 1970, vol-tou a Juiz de Fora, onde ficou at 1972, trabalhando no Colgio dos Jesutas.

    Novamente, o vemos no Colgio dos Je-

    sutas, durante os anos de 1985 e 1986 e, depois, no perodo de 1995 a 2005. Tam-bm trabalhou no Colgio Loyola, em

    Belo Horizonte (MG), em 1958 e em 1975. Nos anos de 1959 a 1961, exerceu seu apostolado na Educao, em Santa Rita

    do Sapuca (MG), no Instituto Moderno

    de Educao. Em So Paulo (SP), traba-

    lhou no Colgio So Francisco Xavier e

    com a misso japonesa.

    Uma boa parte de sua vida foi de-

    dicada, ainda, ao trabalho paroquial.

    O vemos na Parquia Cristo Operrio,

    em Belo Horizonte, entre 1987 e 1989, como Vigrio Paroquial, e na Par-

    quia de Justinpolis (MG), em 1991. Desde o ano de 2006, morou na Re-

    sidncia Irmo Luciano Brando, em

    Belo Horizonte, cuidando da sade e

    rezando pela Igreja e pela Companhia

    de Jesus. E foi, nessa casa, que fale-

    ceu, aos 96 anos, no dia 3 de junho. O padre Gerardo Cabada Castro,

    companheiro de comunidade em Juiz de

    Fora, d seu testemunho sobre o jesuta:

    O Pe. Constantino era um grande

    companheiro de comunidade, apesar

    do seu apostolado intenso, valorizava

    a vida comunitria e a vida de orao.

    Exercia muitos ministrios em diver-

    sas comunidades da cidade, sempre

    com grande disposio para celebra-

    o eucarstica e para a escuta das

    pessoas, principalmente, por meio

    da confisso. Tinha grande amor pela

    natureza, pois, no tempo em que no

    estava na misso, dedicava-se ao cui-

    dado da mata dos jesutas, uma re-

    serva da Mata Atlntica na cidade de

    Juiz de Fora, fazendo trilhas e podan-

    do rvores.

  • 30 31Em Em

    AGENDA

    AnchietanumTema Introduo liturgiaLocal So Paulo (SP)Site www.anchietanum.com.brTel.: (11) 3862-0342 / 96465-1414

    Casa de Retiros Padre Anchieta CARPAOrientador Pe. Jos Fernandes, SJLocal Rio de Janeiro (RJ) Site casaderetiros.org.brTel.: (21) 3322-3069/3322-3678

    Centro MAGIS Inaciano da JuventudeLocal Fortaleza (CE) Site www.cijmagis.comTel.: (85) 3231-0425

    Vila FtimaOrientador Pe. Jos Vollmer, SJLocal Florianpolis (SC) Site www.vilafatima.com.brTel.: (48) 3237-9245/99933-7464

    Casa MAGIS Capixaba Local Iconha (ES) www.facebook.com/EspacomagiscapixabaTel.: (28) 99942-1892

    Casa de Retiros Sagrado Corao de Jesus Mosteiro dos Jesutas Orientador Pe. Jaldemir Vitrio, SJLocal Baturit (CE)Site mosteirodosjesuitas.com.brTel.: (85) 3347-0362/99220-7227

    Centro Loyola de F e Cultura PUC-RioTema A exaltao de Santo Incio de Loyola de Andrea PozzoTema Pe. Jos Maria Fernandes, SJLocal Rio de Janeiro (RJ)Site www.centroloyola.puc-rio.brTel.: (21) 3527-2010

    Casa MAGIS ManresaLocal Cascavel (PR) Site www.casamanresa.wix.com/siteTel.: (45)3323-3648

    Centro de Espiritualidade Cristo Rei CECREI Orientador Pe. Dionsio Seibel, SJLocal So Leopoldo (RS)Site www.cecrei.org.brTel.: (51) 3081-4200

    Casa MAGIS ManausLocal Manaus (AM)E-mail [email protected]/CasaMagisManaus

    Casa de Retiros Vila KostkaTema Faa sua vida florescer: curando feridas e transcendendo a dorOrientadores Nadir Paes e Pe. Adilson Silva, SJLocal Itaici (Indaiatuba/SP)Site www.itaici.org.brTel.: (19) 2107-8500/2107-8501

    JULHO

    7 E 8

    7 A 15

    6 A 8

    14

    16 A 24

    OFICINA E ORAO

    SEMINRIO DA JUSTIA SOCIOAMBIENTAL

    RETIRO DE 8 DIAS

    ESCOLA DE LITURGIA

    RETIRO DE 8 DIAS

    SEMANA DO VOLUNTARIADO JOVEM

    RETIRO DE 4 DIAS

    PEREGRINAO INACIANA

    RETIRO INACIANO

    CAF COM ARTE

    EXERCCIOS ESPIRITUAIS PARA CATEQUISTAS

    JUBILEUS 50 ANOS DE SACERDCIOEm 27 de julhoPe. Francisco de Assis Costa Taborda

    25 ANOS DE SACERDCIOEm 3 de julhoPe. Carlos Alberto Contieri

    18 A 22

    16 A 24

    28

    28 E 29

    20 A 24

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  • 32 ATEm Em