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Encontros para Grupos Bíblicos em Família - arquifln.org.br · Anexo 4: Leitura Orante da Palavra de Deus ... refletimos sobre o Credo, ... Isaías fala ao povo de Deus que

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Encontros para Grupos Bíblicos em Famíliae Comunidades Eclesiais de Base

Tempo Advento/Natal – 2013

VEM, SENHOR JESUS!

Arquidiocese de Florianópolis

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SUMÁRIO

Apresentação ..................................................................................... 3

Orientações para os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) e Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) ......................................................................... 4

Celebração inicial: O Natal está chegando ........................................ 6

1º Encontro: A Boa-Notícia do nascimento de Jesus ....................... 14

2º Encontro: A alegre espera na promessa do Senhor .................... 21

3º Encontro: A vinda do Emanuel ..................................................... 27

Celebração final: A alegria do nascimento de Jesus ........................ 33

Anexo1: Cantos ................................................................................ 40

Anexo 2: Adote uma criança em Guiné-Bissau ................................ 44

Anexo 3: Tempo Quaresmal ............................................................. 45

Anexo 4: Leitura Orante da Palavra de Deus ................................... 46

Discursos do Papa Francisco ........................................................... 47

Equipe de Elaboração, Revisão e Editoração .................................. 56

Equipe de Articulação ....................................................................... 57

Avaliação .......................................................................................... 59

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APRESENTAÇÃO

Os esquemas dos Grupos Bíblicos em Família, para o tempo do Advento, vêm com algumas novidades. Os temas dos encontros podem ser aprofundados com conteúdos do Catecismo da Igreja Católica. Também são enriquecidos com uma reflexão da Campanha de Evange-lização que é realizada durante o Advento. As outras novidades podem ser encontradas nos anexos. Lá estão reproduzidos alguns discursos do Papa Francisco e também o esquema da Leitura Orante da Bíblia.

Os três pensamentos expressos pelo Papa Bento XVI no livro “Infância de Jesus” possam ajudar a compreender o significado do Natal.

O mundo moderno até admite que Deus possa agir nos pen-samentos e nas ideias, mas não sobre a matéria. No nascimento e ressurreição de Jesus, Deus age sobre a matéria. No Natal, o poder criador de Deus abraça todo ser. Com a concepção de Cristo, Deus inicia uma nova criação.

Na época do nascimento de Jesus, o mundo vivia um tempo de paz. Todos os seres e os bens foram registrados (recenseamento). No império romano havia uma língua comum que permitia a compreensão do pensamento e da ação. Neste tempo, o Natal do Senhor fez entrar no mundo uma mensagem universal de salvação.

A manjedoura era o lugar onde os animais encontravam alimento. No Natal está deitado na manjedoura aquele que se apresenta como verdadeiro pão descido dos céus. É o alimento de que o ser humano necessita para se tornar uma pessoa humana.

Que neste tempo de Advento renovemos a disposição de seguir a estrela que nos leva à gruta de Belém.

D. Wilson Tadeu JönckArcebispo de Florianópolis

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ORIENTAÇÕES PARA OS ANIMADORES E ANIMADORAS DOS GRUPOS BÍBLICOS

EM FAMÍLIA (GBF) E COMUNIDADES ECLESIAS DE BASE (CEBs)

Os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família e das Comunidades Eclesiais de Base exercem um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidiocesana. As orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão de dinamizar o funciona-mento dos Grupos:

1. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Reunir os vários grupos da comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum.

2. AMBIENTE: É muito importante usar a criatividade, prepa-rando bem o ambiente, com símbolos que ilustrem a ideia central do encontro.

– Bíblia: Não pode faltar. É importante que todos os participantes a levem sempre, porque é a fonte inspiradora de toda oração, reflexão e proposta de ação do grupo.

– Casinha: Símbolo forte, deve estar sempre presente, porque identifica os Grupos Bíblicos em Família como “Igreja nas casas”, lem-brando as primeiras comunidades cristãs.

3. CANTOS: Quando não são conhecidos, poderão ser rezados, ou substituídos por outros que o grupo conhece.

4. TAREFAS DO ANIMADOR(A): Envolver todos os participan-tes, distribuindo responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças. Apresentar os novos membros ao grupo. Promover um clima de acolhida e bem-estar para todos. Visitar os novos moradores da comunidade e as famílias convidando para participar.

5. GRUPOS GRANDES: Quando o grupo for muito grande, a ponto de dificultar a participação ativa de todos, propomos que dois membros, já bem familiarizados com a vida dos grupos, se disponham a iniciar novos grupos, colaborando com a propagação do anúncio da Palavra de Deus na comunidade.

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6. QUESTÕES DA COMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, con-versar sobre elas. Lembrar as necessidades da comunidade (água, esgoto, coleta de lixo, calçamento, policiamento, controle do tráfico e uso de drogas, violência, locais para celebrações, catequese e lazer...), a fim de que o grupo esteja sempre atento, valorizando a vida num todo e colaborando com o bem-estar da comunidade.

7. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade. Se o compromisso sugerido para um encontro for difícil de ser execu tado, escolha-se outro. O importante é ligar sempre oração, reflexão e ação.

8. CONTINUIDADE: Manter o grupo unido e articulado, motivan-do-o a dar continuidade aos encontros durante todo o ano. A equipe de redação prepara um livreto para os encontros de cada tempo litúrgico do ano: Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; Tempo Comum.

9. PLANEJAMENTO PAROQUIAL: Para o bom funcionamento dos GBF e das CEBs em nível paroquial é necessário que o nosso planejamento esteja contemplado no planejamento paroquial.

10. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livreto. Este livreto trouxe um novo roteiro. Pedimos sua colaboração, enviando-nos sua opinião, que é muito importante para a equipe de elaboração e revisão. É avaliando que se aprende a melhorar a quali-dade do nosso trabalho de evangelização. Faça a avaliação no grupo, seguindo o questionário que está no final do livreto, dê sua opinião e envie para:

Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em FamíliaRua Esteves Junior, 447 – Centro

CEP: 88015-130 – Florianópolis/SCE-mail: [email protected]

Obrigada pela sua valiosa colaboração e bom trabalho!

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Celebração inicial

O NATAL ESTÁ CHEGANDO

Vinde, vamos caminhar à luz do Senhor! (Is 2,5).

Ambiente: Bíblia, casinha, coroa do Advento com as 4 velas, símbolos natalinos cristãos, símbolos do Ano da Fé e da Jornada Mundial da Juven-tude (JMJ), fotos do Papa.

Acolhida: Pelos animadores/as.

Motivação e oração inicial

A 1: Irmãs e irmãos, bem-vindos! Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai, e a comunhão do Espírito Santo nos acompanhem nestes encontros e em todos os dias de nossa vida.

Todos(as): Bendito seja Deus para sempre.A 2: Há poucos dias encerramos o Ano da Fé, durante o qual, em

nossos grupos, refletimos sobre o Credo, nossa profissão de fé. Lembramos também a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em nosso país, a visita do Papa Francisco, e outros momentos que marcaram a nossa caminhada.

(Momento de partilha)

A 1: Digamos com alegria as palavras do Papa Francisco:

T: “Quando Deus habita em nossos corações, a paz, a bondade, a ternura, o entusiasmo, a serenidade e a alegria são frutos do Espírito Santo, e a nossa vida é transformada, a nossa maneira de pensar e agir se renova, torna-se a forma de pen-sar e de agir de Jesus, de Deus”.

A 2: Todos esses grandes momentos, e outros, vividos nos GBF, na co-munidade, na família, fortalecem a nossa fé, fazendo arder o nosso coração e levando-nos ao encontro pessoal com Jesus Cristo.

(Entram os símbolos do Ano da Fé e da JMJ, e fotos do Papa)

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Canto: Igreja nas casas! Os grupos se encontram em torno da Bíblia, Palavra de Deus.

Refletem, conversam, e rezam, e cantam, na prece entrelaçam a terra e os céus.

/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família :/

A 1: Com todo o entusiasmo de quem crê em Deus Trindade, con-vidamos você, sua família e toda a comunidade a participarem de nossos encontros de preparação para o Natal. Saudamos a Santíssima Trindade, cantando:

Canto: Em nome do Pai...

A 2: Continuamos nossa caminhada de fé, iniciando o Advento. O Natal está chegando. Uma alegria muito grande vai tomando conta das pessoas e vai contagiando tudo e todos.

A 1: Há uma ternura inexplicável no coração da gente. Uma espiritua-lidade intensa ressurge dentro de nós.

(Durante o canto, entram os símbolos natalinos e a casinha)

Canto: 1. O tempo vai passando sutilmente, de repente a gente lembra que o Natal já vai chegar.

/: É preciso parar, é preciso lembrar que Cristo veio para nos salvar. :/

A 2: A cada uma das quatro semanas do Advento, vamos nos reunir nas casas de família para ouvir a Palavra de Deus, refletir sobre ela e nos fortalecer na oração, para agirmos segundo os ensina-mentos do Senhor.

(Enquanto se canta, entra a coroa do Advento e alguém acende a 1ª vela. Depois do canto, fazer um momento de silêncio, contemplando a chama)

Canto: 1. Uma vela se acende, o caminho a iluminar. Preparemos nossa casa: É Jesus que vai chegar!

/: No Advento, a tua vinda nós queremos preparar. Vem, Senhor, que é teu Natal, vem nascer em nosso lar! :/

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Fato real

A 1: Durante o Advento, ouviremos alguns textos extraídos do livro da profecia de Isaías. Por isso, vamos conhecer um pouco melhor esse profeta tão importante.

Leitor(a): Isaías foi um dos maiores profetas da primeira aliança (An-tigo Testamento). Sua vida se passou oitocentos anos antes de Jesus. Ele viveu num período histórico muito agitado, quando governavam reis indecisos diante do império assírio, que amea-çava o povo de Deus.

Isaías era de Jerusalém. Era um sábio e intelectual, que tinha acesso ao palácio do rei de Judá. Em períodos de crises e de perigo, aconselhava o rei. Demonstrava grande preocupação com a situação dos camponeses pobres, das viúvas e dos órfãos.

Combatia o latifúndio, que estava tomando conta do país, o luxo ostensivo, a corrupção generalizada e a injustiça.

A força profética de Isaías e de seus seguidores levava ao povo esperança e alegria de viver; era um constante convite ao povo para alcançar a libertação, na reconstrução de uma sociedade baseada na justiça, no amor e na fidelidade ao Senhor Deus.

Isaías usa linguagem poética, com muita sensibilidade, estilo simples, enriquecido de muitas imagens, de sonhos e visões, para anunciar a Palavra de Deus, atingindo em profundidade os destinatários.

Canto: Profetas anunciaram, e Cristo se encarnou! O que era só mistério, nascendo se revelou.

A 2: Os textos da profecia de Isaías que iremos refletir neste nosso livreto, do tempo de Advento e Natal, fazem uma exortação ao povo para que aconteça uma mudança de atitude frente à situa-ção de injustiça, infidelidade e idolatria daquela época. Como participantes dos Grupos Bíblicos em Família, somos chamados a refletir muito bem a proposta da profecia, que é tão atual para a prática em nossos dias.

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A Palavra de Deus Ilumina

A 1: O texto que vamos ouvir é uma palavra de conforto em meio a uma situação de crise. Isaías fala ao povo de Deus que sofria muito naquela época.

Canto: /: Tua palavra é lâmpada para meus pés, Senhor. Lâmpada para meus pés, Senhor, luz para o meu caminho. :/

Leitor (a) da Palavra: Leitura da Profecia de Isaías 2,1-5.

(Um breve silêncio. Deixar a Palavra de Deus entrar em nosso coração)

A 2: Vamos relembrar, passo a passo, o texto lido:a) Como inicia o texto? O que sabemos sobre Jerusalém?b) Na visão de Isaías, como estará o monte do templo do Senhor

Javé?c) Quem correrá, quem irá para lá?d) O que dirão os povos e nações?e) Quem julgará as nações?f) Em que se transformarão as armas de guerra?g) Qual o convite que o profeta faz?

(Responder)

A 1: Qual a relação do texto com o advento e a vinda do Messias?

(Vamos conversar)

A 2: Após ouvirmos a Palavra de Deus e refletirmos sobre ela, apre-sentemos a Deus em forma de oração as nossas alegrias, espe-ranças e sofrimentos.

(Preces espontâneas)

Canto: 1. Chegou a hora de sonhar de novo, de tornar-se povo e se fazer irmão. Chegou a hora que ligeiro passa de ganhar a graça para a conversão.

/: Meu caro irmão, olha pra dentro do teu coração, vê se o Natal se tornou conversão e te ensinou a viver. :/

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Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo

A 2: Isaías utiliza a imagem das peregrinações religiosas ao Templo de Jerusalém para ressaltar a esperança universal por um mundo de salvação.

L 1: O povo estava passando por um momento de crise político-religiosa.

L 2: O profeta anuncia uma grande mudança com a vinda do Messias.

L 3: Quando isso acontecer, as armas serão transformadas em ins-trumentos de trabalho para produzir alimentos.

L 4: Ao invés de violência, os povos de todo o mundo se preocuparão apenas em matar a fome de toda gente.

T: “Vinde, vamos caminhar à luz do Senhor” (Is 2,5).

L 1: Caminhemos “à luz do Senhor” e olhemos para a maneira como a sociedade de hoje se prepara para celebrar o Natal: agitação, consumismo, gastos desnecessários, substituição da pessoa de Jesus por ídolos...

L 2: É necessário rever nossas atitudes e procurar vivenciar o ver-dadeiro sentido do Natal: tempo de vigilância, oração, diálogo, solidariedade, simplicidade, esperança e alegria.

T: “Vinde, vamos caminhar à luz do Senhor” (Is 2,5).

L 3: O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que a vinda do Filho de Deus à terra é um acontecimento tão importante que Deus quis prepará-lo durante séculos (CIC 522).

L 4: Os profetas anunciaram a vinda do Messias ao povo de Israel, o que despertou no coração de muitos povos a expectativa dessa vinda (CIC 522).

A 1: Ao celebrar cada ano a liturgia do Advento, a Igreja atualiza essa espera do Messias. Ao recordar a longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo da sua se-gunda vinda (CIC 524).

Canto: /: Vem, Senhor, vem nos salvar, com teu povo vem caminhar. :/

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Compromisso

A 2: Neste tempo do Advento, preparemo-nos para o Natal, realizando os encontros com as famílias nas casas. Seria bom assumir um compromisso não só para o tempo do Advento, mas que pudesse ser vivencia-do durante todo o próximo ano. Sugestões:1. O grupo adota e acompanha

uma família carente, orien- tando-a e apoiando para que busque melhores condições de

vida.2. Ajudar algum morador de rua a se recuperar para viver com

mais dignidade. 3. Ajudar, no que for necessário, famílias que cuidam de idosos

e doentes.4. Participar da Campanha em prol do projeto educacional para as

crianças da África, colaborando com R$ 240,00 por ano, adotando os estudos de uma criança. Contato: Instituto Padre Vilson Groh, (48) 3039-1828 (Mais informações em anexo, no final deste livreto).

(Conversar e ver como assumir algum dos compromissos. Pode ser assumido pelo grupo ou pessoalmente)

A 1: Nosso propósito especial para este Natal será: Participar da missa na noite de Natal (os grupos podem conversar com a equipe de liturgia para organizar em conjunto). Preparar-nos com entusiasmo para celebrar um Natal de paz e solidariedade na família e na co-munidade, evitando exageros na comida e corrida ao comércio.

Canto: Abre tua porta que alguém está batendo. Abre tua porta que alguém está nascendo. É Jesus que vem a ti.

/: Por que não respondes? Por que tu te escondes, e im-pedes Jesus de renascer? :/

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Oração

A 2: Rezemos o salmo 122 (121), para que a alegria e a paz estejam presentes em nossas vidas.

T: Fiquei alegre quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

Lado A: E agora se detêm nossos pés às tuas portas, Jerusalém!

Lado B: Jerusalém é construída como cidade sólida, compacta.

Lado A: É para lá que sobem as tribos, as tribos do Senhor, segundo a lei de Israel, para louvar o nome do Senhor.

Lado B: Pois lá estão os tribunais de justiça, os tribunais da casa de Davi.

Lado A: Desejai a paz para Jerusalém: “Vivam em paz os que te amam”;

Lado B: Haja paz nos teus muros, segurança em teus palácios!

Lado A: Por amor aos meus irmãos e a meus amigos, eu direi: “Paz para ti!”

Lado B: Por amor à casa do Senhor, nosso Deus, te desejo a felicidade.

T: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no principio, agora e sempre. Amém.

Bênção

A 2: Que o Senhor venha também para a Jerusalém de hoje, que é a igreja, mas também a nossa cidade e a nossa casa. O Deus da esperança, da alegria e da paz nos abençoe e nos envie.

T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo.Canto: 1. Quando o dia da paz renascer, quando o sol da esperança

brilhar, eu vou cantar. Quando o povo nas ruas sorrir, e a roseira de novo florir, eu vou cantar. Quando as cercas caírem no chão, quando as mesas se encherem de pão, eu vou cantar. Quando os muros que cercam os jardins, destruídos, então os jasmins vão perfumar.

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/: Vai ser tão bonito se ouvir a canção, cantada de novo. No olhar do homem a certeza do irmão. Reinado do povo. :/

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

Campanha para Evangelização – “Evangeli.já”

Viver o espírito na-talino e celebrar verdadei-ramente o Natal significa viver o encontro pessoal e comunitário com Jesus de Nazaré. Essa vivên-cia nos leva a transmitir a todas as pessoas a Boa-Notícia, o dom e a rica experiência des-te encontro com Jesus, participando ativamente na obra evangelizadora da Igreja. Em comunhão com toda a Igreja no Bra-sil, somos chamados a participar da Campanha para a Evangelização, cujo o lema é: “Eu vos anuncio uma grande ale-gria!”. A Campanha inicia no domingo de Cristo Rei e segue até o 3° domingo do Advento.

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1º Encontro

A BOA NOTÍCIA DO NASCIMENTO DE JESUS

“Um broto vai surgir do tronco seco de Jessé, das velhas raízes um ramo brotará” (Is 11,1).

Ambiente: Bíblia, casinha, imagem de Maria, coroa do Advento com as velas, figuras de pessoas necessitadas.

Acolhida: Boas-vindas a cada uma e a cada um. Sin-tam-se acolhidos de coração nesta família.

Motivação e oração inicial

Animador(a): É um momento de graça estarmos aqui para nos for-talecer na fé, aprofundar nossa amizade, partilhar nossas vidas com suas alegrias e preocupações do dia a dia.

(Momento de partilha)

A: Estamos aqui para refletir e meditar sobre a realização da pro-messa da vinda de Jesus, o Filho de Deus, como o profeta Isaías anuncia. Peçamos que Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, nos ilumine, rezando:

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

A: Advento é tempo de espera. Que a luz da 2ª vela do Advento re-nove a nossa esperança, e clareie a nossa vida e a nossa casa, para acolhermos a vinda do Emanuel, Deus conosco.

(Enquanto cantamos, uma pessoa da casa que acolhe acende a 2ª vela)

Canto: A segunda vela acesa vem a vida clarear. Rejeitemos, pois, as trevas: é Jesus que vai chegar.

/: No Advento, a tua vinda nós queremos preparar. Vem, Senhor, que é teu Natal, vem nascer em nosso lar :/

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A: Façamos um momento de silêncio para nos colocar na presença de Deus. Vamos lembrar as várias situações em que a vida é ame-açada: na nossa realidade, no Haiti, na Síria, no Oriente Médio, na África, e em muitas regiões do nosso próprio país. Podemos lembrar os nomes dos missionários que estão a serviço dos irmãos e irmãs em tantos lugares do mundo doando-se totalmente.

(Momento para as pessoas falarem)

Canto: /: Vai, vai, missionário do Senhor, vai trabalhar na messe com ardor. Cristo chegou para anunciar, não tenhas medo de evangelizar. :/

A: Rezemos em dois lados o Salmo 71.

T: Em seus dias florescerão a justiça e a paz.

Lado A: Ó Deus, concedei ao rei vosso julgamento e a vossa justiça ao filho do rei: Que ele governe o povo com justiça, e vosso pobre conforme o direito.

Lado B: Que em seus dias floresça a justiça e muita paz até o fim das luas: Que ele domine de mar a mar, desde o rio até aos confins da terra.

Lado A: Pois ele liberta o indigente que clama e o pobre que não tem protetor: Tem compaixão do fraco e do indigente, e salva a vida dos indigentes.

Lado B: Que seu nome permaneça para sempre, e sua fama dure sob o sol! Nele sejam abençoadas as raças todas da terra, e todas as nações o proclamem feliz!

T: Em seus dias florescerão a justiça e a paz. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo...

Canto: /: Da cepa brotou a rama, da rama brotou a flor, da flor nasceu Maria, de Maria, o Salvador. :/ 1. Neste dia, neste dia o Senhor estenderá sua mão libertadora

pra seu povo resgatar. Estandarte para os povos o Senhor levantará, a seu povo, a

sua Igreja toda a terra acorrerá.

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Fato real

Leitor(a): Roberto era um jovem muito agressivo. Não obedecia aos pais e quebrava tudo dentro de casa. Muitas foram as tentativas de ajudá-lo. Certo dia, Márcia convidou Roberto para entrar num gru-po de jovens da comunidade, a qual o acolheu com muito carinho. Ele participou de vários encontros, partilhou sua vida em grupo. Aos poucos, tomou consciência de sua realidade e começou a acreditar nas suas qualidades. Sentiu que era capaz de estudar e se formar e mudar o rumo de sua vida. Hoje estuda e atua numa ONG, auxiliando adolescentes em situação de risco, os quais não têm a presença dos pais no dia a dia. Assim ele contribui para o bem da sua família, da comunidade e da sociedade.

A: Esse fato nos mostra que, com a graça de Deus, é possível mudar e nunca desanimar. A fé nos faz acreditar que a pessoa pode se converter, e que outro mundo é possível.

Canto: Chegou a hora de sonhar de novo, de tornar-se povo e se fazer irmão. Chegou a hora que ligeiro passa de ganhar a graça para a conversão.

/: Meu caro irmão, olha pra dentro do teu coração, vê se o Natal se tornou conversão e te ensinou a viver. :/

A Palavra de Deus iluminaA: Ouçamos com fé e atenção a Pala-

vra de Deus que nos fala através do profeta Isaías.

Canto: Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor. /: Lâmpada para os meus pés, Senhor, luz para o meu caminho. :/

Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Profeta Isaías 11,1-10.

(Silêncio para nos deixar tocar pela Palavra de Deus)

A: Para entender melhor o texto, vamos dizer as palavras ou versí-culos que mais nos chamaram atenção.

(Tempo)

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A: Vamos ler novamente os versículos 2 e 6.

(Ler na bíblia)

A: O que o texto diz para nós hoje, quando fala da justiça e do julgamento? Como podemos relacionar o fato real com o texto bíblico?

(Conversar)

A: Baseados na Palavra de Deus que refletimos: O que o texto nos leva a dizer a Deus em forma de oração?

(Momento para as preces de agradecimentos, louvor, pedidos,...)

Canto: /: Vem, Senhor, vem nos salvar, com teu povo vem caminhar. :/

Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo

A: Vimos como o povo na época de Isaías aguardava um reinado, fundado na justiça, que gerasse paz e harmonia.

T: “Julgará os fracos com sua justiça, com retidão dará sua sentença em favor dos humilhados na terra” (Is 11,4).

L 1: O profeta Isaías nos lembra que pertencemos à grande família do Povo de Deus, e que desse tronco nascerá o Salvador.

T: “Do tronco de Jessé nascerá um broto... Sobre ele pousará o Espírito de Deus: Espírito de sabedoria e inteligência, Espírito de conselho e fortaleza, Espírito de conhecimento e temor de Deus” (Is 11,2).

A: Deus cumpre sua promessa na vinda de Jesus de Nazaré. A partir da ação de Jesus se constrói um novo mundo, no qual todas as coisas se reconciliam, surgindo um novo reinado de paz, de justiça e fidelidade.

T: “O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).L 2: Precisamos construir esse novo reinado no lar das nossas famílias,

no trabalho, na comunidade, especialmente neste tempo em que nos preparamos para o Natal do Senhor.

T: “Vou criar um novo céu e uma nova terra!” (Is 65,17).

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L 3: Deus vem ao encontro do ser humano pela sua aliança, e, na plenitude do tempo, pela encarnação redentora de seu Filho Jesus.

T: “Quando, porém, chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho. Ele nasceu de uma mulher...” (Gl 4,4).

L 1: Jesus vem para cumprir toda a justiça. Quer dizer, submeter-se inteiramente à vontade do Pai para a remissão dos nossos pe-cados (CIC, 536).

T: O Filho de Deus, nascido da Virgem Maria, tornou-se verda-deiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado (CIC 470).

A: Nesse tempo do Advento e Natal somos convidados pelo profeta Isaías a mudar a cultura de morte que existe ao nosso redor:

L 2: Da violência para a paz;

L 3: Da concentração de bens para a partilha;

L 1: Da corrupção para a justiça e para a ética;

L 2: Do egoísmo para a solidariedade;

L 3: Do ódio para o perdão;

L 1: Do desespero para a esperança;

L 2: Do medo para a segurança.

Canto: /: Lutar e crer, vencer a dor, louvar ao Criador! Justiça e Paz hão de reinar, e viva o amor! :/

1. Quando Jesus a terra visitou, a Boa-Nova da justiça anunciou: o cego viu, o surdo escutou, e os oprimidos das correntes libertou.

Compromissos

A: Trazendo a reflexão para a nossa prática na realidade que nos cerca: moradia, saúde, educação e segurança sem qualidade..., como podemos vivenciar o texto do profeta Isaías?

(Vamos refletir)

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A: Conversemos sobre as propostas de compromisso sugeridas na Celebra-ção Inicial.

(Momento de partilha do compromisso assumido)

Oração

A: Nesse tempo do Advento em comunhão com a Igreja no Brasil somos chamados a participar da Campanha para a Evangeliza-ção. Rezemos:

T: Pai Santo, quisestes que a vossa Igreja fosse no mundo fonte de salvação para todas as nações, a fim de que a obra do Cristo que vem continue até o fim dos tempos. Aumentai em nós o ardor da evangelização, derramando o Espírito prometido, e fazei brotar em nossos corações a resposta da fé. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!

A: No domingo, dia 08, celebraremos a festa da Imaculada Con-ceição de Maria. Peçamos a Maria nossa mãe a grande evan-gelizadora que nos ensine a sermos humildes e cheios de amor (breve silêncio). Saudemos Maria, mulher esclarecida, modelo de fé, consciente e aberta ao amor, lembrando o grande momento da visita do Anjo.

Lado A: O Anjo do Senhor anunciou a Maria. E ela concebeu do Es-pírito Santo.

T: Ave Maria...Lado B: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a vossa

Palavra.

T: Ave Maria...Lado A: E o Verbo divino se fez homem. E habitou entre nós.

T: Ave Maria...A: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.

T: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

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A: Oremos.

T: Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, a fim de que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, cheguemos pela sua paixão e morte à glória da ressurreição. Pelo mesmo Cristo nosso Senhor. Amém.

Canto: Uma entre todas foi a escolhida. Foste tu, Maria, a serva pre-ferida, Mãe do meu Senhor, Mãe do meu Salvador.

/: Maria, cheia de graça e consolo, vem caminhar com teu povo, nossa mãe sempre serás. :/

Bênção

(Façamos a bênção de dois a dois, cantando)

Canto: Deus nos abençoe (mão na cabeça), Deus nos proteja (mão nos ombros), Deus nos dê a paz (aperto de mão), Deus nos dê a paz (abraço).

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

Campanha para Evangelização – “Evangeli.já”

Toda Igreja é chamada a evangelizar. O trabalho evange-lizador é uma exigência da graça que recebemos no batismo. Quem está em verdadeiro processo de evangelização, torna-se evangelizador. A Campanha para a Evangelização foi instituída pelos bispos em 1997 e realizada pela primeira vez em 1998, com o objetivo de despertar nos fiéis o compromisso evangelizador e a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais da Igreja no Brasil. A CE tem o slogan “evangeli.já”, que faz referência à palavra evangelizar. A coleta da Campanha para a Evangeli-zação, para a qual se pede a generosa colaboração de todos os fiéis, será realizada no 3° domingo do Advento.

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2° Encontro

A ALEGRE ESPERA DA PROMESSA DO SENHOR

“Dizei àqueles que têm o coração perturbado: Tomai ânimo, não temais! Eis

o vosso Deus!” (Is 35,4).

Ambiente: Bíblia, coroa e velas do Advento, casinha, estampa ou presépio, a foto de uma mulher grávida (ou ela presente, se houver).

Acolhida: Pelas pessoas da casa.

Motivação e oração inicial

Alguém da casa ou animadora(a): Como é bom acolher a todos ao estarmos juntos novamente, alegres e cheios de esperança na renovação do cumprimento da promessa do Senhor. Que nossa alegria seja partilhada entre nós, com um abraço fraterno.

(Momento do abraço)

A: Neste tempo do Advento estamos vivendo esta bela experiência da alegre espera do Natal que se aproxima. Preparemos nosso coração, recolhendo-nos num instante de silêncio, pois o Senhor quer nos visitar e ficar conosco.

(Um breve silêncio)

Canto: /: Virá o dia em que todos, ao levantar a vista, veremos nesta terra reinar a liberdade. :/1. Minha alma engrandece o Deus libertador, se alegra o meu

espírito em Deus, meu Salvador. Pois ele se lembrou do seu povo oprimido e fez da sua serva a Mãe dos esquecidos.

A: Coloquemo-nos na presença de Deus, saudando a Santíssima Trindade:

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

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A: Em Belém, uma luz brilhou para todos! Ao acendermos a terceira vela, sejamos luzeiros de esperança, iluminando o caminho para a vinda do Senhor Jesus.

Canto: Na terceira vela temos a esperança a crepitar. Nossa fé se reanima: é Jesus que vai chegar.

/: No Advento, a tua vinda nós queremos preparar. Vem, Senhor que é teu Natal, vem nascer em nosso lar. :/

A: Rezamos o Salmo 98(97) em dois coros:

Mulheres: Aclamai o Senhor, povos todos da terra, regozijai-vos, alegrai-vos e cantai;

Homens: Salmodiai ao Senhor com a cítara, ao som do saltério e com a lira.

Mulheres: Com a tuba e a trombeta, elevai aclamações na presença do Senhor.

Homens: Ressoe o mar e tudo o que contém, o globo inteiro e os que nele habitam.

Mulheres: Que os rios aplaudam, que as montanhas exultem em brados de alegria, diante do Senhor que chega,

Homens: Porque ele vem governar a terra. Ele governará a terra com justiça, e os povos com equidade.

T: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Fato real: Raios de liberdade

Leitor(a): “A noite passada não dormi tranquilo. Duas vezes ao ano, a pastoral carcerária promove um encontro externo com os presi-diários, com autorização da justiça. Fiquei a pensar, contei car-neirinhos, continuei acordado. Chegou a hora esperada, chamam meu nome. Meu coração dispara, choro por dentro, de alegria. A Kombi chega, não cabem todos. O Coordenador nos autoriza a irmos sozinhos até o pátio, sem escolta, onde o micro-ônibus nos aguarda. Os policiais ficam de olhos arregalados. Ao lado, há uma paisagem encantadora. Os pássaros cantando, borboletas no ar, a mata toda verde. Redescobri que o céu é redondo e lá longe se emenda com a terra. Fazia quase nove anos que me

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encontrava trancado em uma cela, sem contato com o mundo ex-terior, com pena de 52 anos a cumprir. Fiquei igual a uma criança feliz. Vi mulheres, crianças, casas, o Lago Paranoá parecia um mar sereno. Abri bem a janela, para que o vento me acariciasse o rosto. Tive a sensação de estar diante de alguém que há muito não via, de quem perdera a intimidade. O que dizer? Fomos re-cebidos com bandeirinhas e boas-vindas. Sentimo-nos amados. Senti que ainda há amor no coração das pessoas. Passamos o dia e boa parte da noite rezando. Dormi olhando as estrelas, que há muitos anos não via. Houve várias surpresas. Mas uma me chamou a atenção. Uma ceia de Natal à luz de velas. Um coral cantando músicas. Chegaram os familiares: minha mãe, minha irmã, meus filhos, meus dois irmãos, cunhadas que não conhe-cia, sobrinhos, Fiquei emocionado, e uma lágrima me fugiu, uma lágrima que achava não mais existir. O futuro sorrira novamente para nós. Vi a iluminação do Natal da Torre da TV na Esplanada dos Ministérios. Foram dias de amor, esperança e alegria, os mais felizes em nove anos” (João Dias).

A: Esse encontro aconteceu em dezembro de 1997. O detento João Dias continuava preso. Sua pena é alta, mas acaba de se formar em Pedagogia pela Universidade Católica de Brasília, como bol-sista. Parabéns, João Dias, você é um vencedor em Jesus Cristo. Jesus é a alegria esperada e ilumina o fato que lemos e toda a nossa vida.

T: “Estive preso e viestes me visitar” (Mt 25,36b).

Canto: Senhor, vem salvar teu povo das trevas da escravidão. Só Tu és nossa esperança, és nossa libertação.

/: Vem, Senhor! Vem nos salvar. Com teu povo vem caminhar! :/

A Palavra de Deus ilumina

A: Nesse tempo do Advento, caminhamos ao encontro do aconte-cimento maravilhoso que é a realização da nossa alegre espe-rança do Natal do Senhor, como vamos ouvir no texto do profeta Isaías.

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Canto: Alegrai-vos sempre no Senhor, alegrai-vos no Senhor. Alegrai-vos, alegrai-vos, alegrai-vos no Senhor! Alegrai-vos, alegrai-vos, alegrai-vos no Senhor!

Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Profeta Isaías 35,1-6,10.

(Um breve silêncio. Ler novamente o texto)

A: Vamos repetir as palavras fortes do texto que nos chamaram a atenção. Que alegre esperança Isaías anuncia, no texto?

(Responder)

A: O que o texto diz para nós hoje? O que há de comum na Palavra lida e partilhada e no fato da vida?

(Vamos conversar)

A: O que podemos dizer a Deus, em forma de súplica, agradecimento e louvor...?

(Momento de oração)

Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo

A: O Evangelho de Mateus (25,36) ilumina o fato da vida. Jesus se apresenta como sendo ele próprio o detento: “Estive preso e viestes me visitar”. Com a liberdade perdida, o detento descreve a espera incansável de liberdade, esperança de participar da vida e de continuar a ser amado.

L 1: O fato da vida ilumina a nossa vida e nos mostra como devemos agir diante das situações vividas pelos nossos semelhantes.

T: “Isaías canta a alegre esperança. “Eles verão a glória e o esplendor de Deus” (Is 35,2b).

L 2: Na sua bondade e sabedoria, Deus quis revelar-se a si mesmo e tornar conhecido o mistério de sua bondade (CIC 51).

T: “Exulte o coração dos que procuram o Senhor” (CIC 30).

A: No nosso tempo, qual esperança move o coração do povo?

(Um breve silêncio).

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A: Olhando a realidade, vemos muita injustiça, opressão e domínio da mídia, que exalta a busca do ter e do prazer, e muitas vezes leva as pessoas ao vazio, à depressão. São novos cárceres! Como nos libertar?

(Breve silêncio)

A: Por meio dos profetas, Deus forma seu povo na esperança da salvação, destinada a todos (CIC 64).

L 3: “Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos pelo seu Filho” (Hb 1,2).

Canto: /: No Advento, a tua vinda nós queremos preparar. Vem, Senhor, que é teu Natal, vem nascer em nosso lar. :/

Compromissos

A: A reflexão de hoje nos leva a ser presença no meio dos jovens iludidos por prazeres e drogas, no meio dos presos e encarcerados, no meio de tantas pessoas que precisam de uma palavra, de um gesto nosso.

(Um breve silêncio para refletirmos)

A: Vamos olhar novamente os com- promissos que foram propostos na celebração inicial.

(Momento de conversa)

OraçãoA: Rezemos, com alegre esperança, o texto refletido do profeta

Isaías:

T: “O deserto e a terra árida vão se regozijar. /A estepe vai alegrar-se e florir; como o lírio ela florirá,/ exultará de júbilo e gritará de alegria./ A glória do Líbano lhe será dada, o es-plendor do Carmelo e do Saron;/ será vista a glória do Senhor e a magnificência de nosso Deus. / Fortificai as mãos desfa-lecidas, robustecei os joelhos vacilantes./ Dizei àqueles que têm o coração perturbado:/ Tomai ânimo, não temais! Eis o vosso Deus!”

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Bênção

A: O Senhor, que cumulou de glória e alegria o povo de Israel, fortifique e anime os nossos corações. O Senhor volte seu rosto para nós e nos dê a paz. O Senhor se compadeça de nós e nos abençoe.

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.Canto: /: Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um

novo mar. Neste dia, os oprimidos, numa só voz, a liberdade irão cantar. :/1. Na nova terra, o fraco, o pobre e o injustiçado serão juízes

deste mundo de pecado. Na nova terra, o forte, o grande e o prepotente irão chorar ate ranger os dentes.

2. Na nova terra os povos todos irmanados, com sua cultura e direitos respeitados, farão da vida um bonito amanhecer. Com igualdade no direito de viver.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

Campanha para Evangelização – “Evangeli.já”

A campanha para a Evangelização, que inicia no domingo de Cristo Rei e segue até o 3° domingo do Advento, tem por objetivo conscientizar e motivar todos os fiéis para a participação ativa na missão evangelizadora da Igreja através de três caminhos: o tes-temunho, as ações pastorais específicas e a garantia de recursos materiais para o trabalho evangelizador. A coleta da Campanha para a Evangelização é realizada no 3° domingo do Advento, e é distribuída da seguinte maneira: 45% ficam na própria diocese, 20% vão para o Regional da CNBB em Santa Catarina e 35% são destinados à CNBB nacional.

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3º Encontro

A VINDA DO EMANUEL

“Eis que a jovem conceberá e dará à luz um filho e lhe porá o nome de Emanuel” (Is 7,14).

Ambiente: Bíblia, casinha, fotos (figuras) de mulhe-res grávidas e crianças ou de famílias com crianças, coroa do Advento com as velas e outros símbolos natalinos.

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Amigas e amigos, continuando a nossa preparação para a celebração do nascimento de Jesus, somos todos convidados a refletir sobre a promessa que Deus fez: a vinda do Emanuel, o Deus conosco. Já nos alegramos com a promessa, e mais ainda com a sua realização, porque ela se concretizou em Jesus de Nazaré. Com muita alegria e fé, queremos saudar a Santíssima Trindade.

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

A: Vamos acender a 4ª vela da coroa do Advento, enquanto cantamos:

(Convidar uma mulher grávida para acender a 4ª vela)

Canto: Eis a luz da quarta vela, um clarão se faz brilhar. Bate forte o coração: é Jesus que vai chegar.

/: No advento, a tua vinda nós queremos preparar. Vem, Senhor, que é teu Natal, vem nascer em nosso lar! :/

A: Rezemos em dois lados ou cantemos.

L 1: Como o sol nasce da aurora, de Maria nascerá aquele que a terra seca em jardim converterá. Ó Belém, abre teus braços ao Pastor que a ti virá.

T: Emanuel, Deus conosco, vem ao nosso mundo, vem!

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L 2: Ouve, ó Pastor do teu povo, vem do alto dos céus onde estás. Vem teu rebanho salvar, mostra o amor que lhe tens!

T: Emanuel, Deus conosco, vem ao nosso mundo, vem!L 3: Cultiva e protege esta vinha, foi tua mão que a plantou! Protege

e confirma teu eleito, aquele que é nosso Pastor!

T: Emanuel, Deus conosco, vem ao nosso mundo, vem!L 1: Nunca mais de ti nos afastaremos, dá-nos a vida que alegres

louvaremos o teu nome!

T: Emanuel, Deus conosco, vem ao nosso mundo, vem!Canto: As colinas vão ser abaixadas, os caminhos vão ter mais fulgor.

O Senhor quer as vidas ornadas para a festa da vida e do amor. Vem, Senhor!

/: Vem salvar teu povo, Deus conosco, Emanuel. Neste pão, um mundo novo quer teu povo, Deus fiel! :/

Fato real

Leitor(a): O casal Sônia e Marcelo, depois de 6 anos de casados, des-cobriu que estava impossibilitado de gerar filhos. Essa condição afetou muito a vida dos dois, pois gostariam muito que o amor que os unia fosse continuado através de filhos. Certo dia, ele, por trabalhar na área médica, foi realizar um atendimento voluntário em um abrigo de menores. Depois do atendimento, brincou com algumas crianças, e assim conheceu um menino de 5 anos que muito lhe chamou a atenção. Foi para casa com o sentimento no coração de ter encontrado o filho tão querido. Conversou com a esposa a respeito e, quando voltou para continuar seu trabalho, levou-a com ele. Ao brincar e conversar com a mesma criança, ambos tiveram o mesmo sentimento: aquele era o filho que eles tanto queriam ter gerado. Voltaram diversas vezes, para conhecer a criança e também se deixar conhecer por ela. Decidiram então pedir a adoção dela e passaram por todo o processo e prepara-ção necessária para tal. Toda a família, pais, tios, tias, primos e primas também foram envolvidos na preparação e espera do novo membro que iria chegar, só que não sabiam quando aconteceria. Depois de um longo tempo, a notícia tão esperada chegou: O juiz

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havia autorizado a adoção. Que alegria! Podiam definitivamente trazer para casa o filho do coração e com ele repartir o amor que os unia, educando-o com muito carinho.

A: Com muita fé, o casal viveu a esperança de um dia ver seu sonho realizar-se. Deus os surpreende com o sentimento no coração de terem encontrado o filho querido, tão esperado. A graça de Deus em Maria surpreendeu a humanidade com a vinda do seu Filho amado, Jesus de Nazaré. Conhecemos alguma história semelhante ao fato real?

(Conversar sobre o assunto)

Canto: /: Sonho lindo, encantador, esperança, amor e fé. Sonha Deus libertador com Jesus de Nazaré! :/

A Palavra de Deus Ilumina

A: Neste tempo do Advento somos to-dos chamados a viver a esperança e a graça do amor de Deus, que se revela plenamente no seu filho Jesus. A profecia de Isaías que iremos ouvir nos diz como Deus oferece um sinal de salvação através da promessa do envio do Emanuel – Deus conosco.

Canto: /: Pela Palavra de Deus, sabe- remos por onde andar! Ela é luz e verdade, precisamos

acreditar. :/1. Cristo nos chama. Ele é pastor. Sabe meu nome. Fala, Senhor.

Leitor(a) da Palavra: Leitura da profecia de Isaías 7,10-14.

(Momento de interiorização da Palavra)

A: O texto que acabamos de ouvir se refere a uma situação muito difícil que o rei de Judá, Acaz, e seu povo estavam passando. Nes-se contexto, Deus se manifesta através do profeta Isaías. Porém, o rei Acaz não se entrega totalmente nas mãos de Deus e pede auxílio ao rei do império assírio. Vamos ler o texto em silêncio, prestando atenção nas falas de cada um dos personagens.

(Ler o texto na própria bíblia. Em seguida, contar)

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A: O texto diz que aquela época era um tempo de ameaça, de do-minação por causa da guerra de reis estrangeiros. Vamos dizer as palavras e versículos que mais nos chamaram atenção sobre essa situação.

(Momento para falar)

A: Como podemos relacionar a história de Sonia e Marcelo com o texto bíblico de Isaías? O que tudo isso diz para nós hoje?

(Vamos conversar)

A: Diante de tudo o que refletimos, o que podemos dizer a Deus em forma de oração, louvor, pedido ou agradecimento?

(Preces espontâneas)

Canto: Senhor, vem salvar teu povo das trevas da escravidão. Só Tu és nossa esperança, és nossa libertação.

/: Vem, Senhor! Vem nos salvar. Com teu povo vem caminhar! :/

Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo

A: Frente a uma ameaça de dominação, muitas vezes os gover-nantes, e mesmo as pessoas comuns, reagem procurando se defender com uma força igual ou maior do que aquela que os ameaça.

L 2: Mas é preciso entregar-se totalmente nas mãos de Deus e confiar na sua promessa.

L 3: Deus oferece uma nova forma de reação, não mais com a força e a guerra, mas por meio do sinal do Emanuel – o Deus conosco.

L 1: A salvação e a libertação de toda ameaça virão de uma criança, nascida de uma jovem simples, uma virgem do povo.

T: “Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que a jovem conceberá e dará à luz um filho e lhe porá o nome de Emanuel” (Is 7,14).

L 2: O nome Emanuel tem o significado de Deus conosco. Deus está sempre conosco, ele não nos abandona.

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L 3: Precisamos confiar em Deus e acreditar que, quando o povo se une, todos juntos são a força de Deus para a libertação de toda e qualquer dominação.

T: Pela concepção do Filho de Deus no seio da Virgem Maria, e pelo seu nascimento, o Emanuel – o Deus conosco – veio morar entre nós.

L 1: A Virgem Maria concebeu o Filho de Deus por obra do Espírito Santo. “O Espírito Santo descerá sobre ti,” disse-lhe o anjo, na Anunciação (CIC 484-486).

Canto: 1. O tempo vai passando sutilmente, de repente a gente lembra que o Natal já vai chegar. É preciso parar, é preciso lembrar que Cristo veio para nos salvar.2. A praça apareceu iluminada. Na calçada, o povo pensa que

em pacotes compra a paz. Só de Deus vem a paz, é só ele quem traz felicidade para todos nós.

Compromissos

A: Após a meditação que fizemos do texto de Isaías, que tal colaborarmos para que na família o Natal seja celebrado com muita simplicidade, fé e alegria. A nossa caminhada do tempo do Ad-vento está chegando ao fim. Como es-tamos desenvolvendo o compromisso assumido na celebração inicial?

(Ler novamente os compromissos na Celebração inicial e partilhar como estamos assumindo)

Oração

A: O Natal está chegando, e queremos rezar para que, com muita alegria, saibamos celebrar a glória do céu que se manifesta na fraqueza de uma criança recém-nascida.

T: Nos te louvamos, Senhor Deus, pela encarnação e pelo nas-cimento do teu Filho, Jesus. Ajuda-nos a acolher a Boa-Nova de vida plena que ele nos traz. Que saibamos viver com o amor e com a mesma paz que ele nos dá.

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A: Unidos na esperança do Emanuel – Deus conosco, rezemos de mãos dadas:

T: Pai-nosso..., Ave Maria..., Glória ao Pai...

Bênção

A: Peçamos a bênção de Deus para todos nós e nossas famílias:

T: Abençoai-nos, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.Canto: 1. Minh’alma dá glórias ao Senhor. Meu coração bate alegre

e feliz. Olhou para mim com tanto amor, que me escolheu, me elegeu e me quis. E de hoje em diante eu já posso prever: todos os povos vão me bendizer. O Poderoso lembrou-se de mim, Santo é seu nome sem fim.

2. O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz. Maria carrega o Salvador, porque Deus faz, sempre cumpre o que diz. E quando os povos aceitam a lei passa de pai para filho seu dom. Das gerações ele é mais do que rei, ele é Deus pai, ele é bom.

3. Minh’alma dá glórias ao Senhor. Meu coração bate alegre e feliz. Olhou para mim com tanto amor que me escolheu, me elegeu e me quis. O orgulhoso ele sabe dobrar, o poderoso ele sabe enfrentar. O pobrezinho ele defenderá, não nos abandonará.

4. O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz. Maria carrega o Salvador, porque Deus faz, sempre cumpre o que diz. Quem tem demais qualquer dia vai ver o que é ter fome e não ter pra comer. Quem passa fome comida terá, eis que a justiça virá.

5. Minh’alma dá glórias ao Senhor. Meu coração bate alegre e feliz. Meu povo já sente o seu amor, ele promete, ele cumpre o que diz. Aos nossos pais ele um dia jurou, ele é fiel e jamais enganou, estamos perto da era do amor. Bendito seja o Senhor.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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Celebração final

NATAL – NASCIMENTO DE JESUS

Eu vos anuncio uma grande alegria!” (Lc 2,10).

Preparar o ambiente com uma colcha de retalhos e todos os símbolos que acompanharam a caminhada do Tempo do Advento; pão, para partilhar no final do encontro.

(Convidar as crianças para participar da celebração e vesti-las de branco. Os grupos que quiserem podem fazer

uma confraternização natalina)

Acolhida: Bem afetuosa e alegre, as pessoas podem se acolher, cantando.

Canto: /: Seja bem-vindo, olê lê, seja bem-vinda, olá lá. Paz e bem pra você, que veio participar! :/

(O grupo pode escolher outro canto)

Motivação e oração inicial

Animador(a): Com grande alegria acolhemos todas as pessoas nesta celebração tão especial, que se concretiza na alegre esperança da vinda do menino Deus que veio trazer a paz para todo o povo. É o mesmo Deus que caminha conosco e nos ensina a defender a vida.

Todos(as): Em nome do Pai...A: Durante todo o Advento nos preparamos bem para celebrar o

nascimento de Jesus, participando das celebrações dominicais e dos nossos encontros. O Natal é uma celebração muito importante da nossa fé cristã: É Deus que se encarna e vem morar entre nós. Com alegria vamos compor o espaço sagrado desta celebração com a colcha, que representa os GBF, e os símbolos natalinos que motivaram a nossa preparação para o Natal.

(Enquanto cantamos, entram os símbolos da caminhada do Advento)

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Canto: /: Tu vens, tu vens! Eu já escuto os teus sinais. :/1. É muito bom, que alegria te louvar, ó Pai querido, dom de amor

e de bondade! Há muito tempo prometeste ao teu povo que tu virias visitar a humanidade.

A: Maria foi instrumento e servidora para este grande acontecimento. Saudamos a mãe de Jesus, rezando a Oração do Anjo.

Lado A: O Anjo do Senhor anunciou a Maria. E ela concebeu do Es-pírito Santo.

T: Ave Maria...Lado B: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a vossa

Palavra.

T: Ave Maria...Lado A: E o Verbo divino se fez homem. E habitou entre nós.

T: Ave Maria...A: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.

T: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.A: Oremos:

T: Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, a fim de que, conhecendo pela anunciação do anjo a encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, cheguemos pela sua paixão e morte à glória da ressurreição. Pelo mesmo Cristo, nosso Senhor. Amém.

Canto: /: Ave, cheia de graça. Ave, cheia de amor. Salve, ó mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor. Salve, ó mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor. :/1. Mãe do criador, rogai. Mãe do salvador, rogai. Do libertador,

rogai por nós. Mãe dos oprimidos, rogai. Mãe dos perseguidos, rogai. Mãe dos desvalidos, rogai por nós.

Fato real

Leitor(a): Catarina, natural do Oeste catarinense, veio com os seus pais para a capital à procura de uma vida melhor, pois lá na sua terra

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enfrentavam desafios habituais da vida na roça. Com muitas dificul-dades foram morar em um dos morros dessa cidade. E lá foram se ajeitando. O que eles não esperavam era que os desafios na cidade pudessem ser maiores do que os da roça. Sendo assim, muitas coisas ruins aconteceram. Era um mundo diferente. Catarina, com apenas 16 anos, um dia apareceu grávida, e isso foi demais para seus pais. Eles não aceitaram a situação e a expulsaram de casa. A moça, desesperada e sem saber o que fazer, muitas vezes até foi aconselhada a abortar. Ela, porém, não aceitou. Passou maus momentos, dormiu na rua, passou fome, mas, já amando seu filho, continuou firme e pediu ajuda. Dona Bernadete, que trabalhava de serviços gerais em um hospital, acolheu Catarina e arrumou para ela um trabalho provisório. Orientada por Bernadete, ela fez o pré-natal e cuidou da saúde do seu bebê com muito carinho. Vendo o esforço e a seriedade da filha, seus pais tiveram compaixão, se arrependeram e chamaram Catarina de volta para casa, já no fim de sua gravidez. Com humildade e amor, ela voltou, e o nascimento de sua menina foi uma grande alegria para todos. A menina Inês está hoje com dois anos e vive com sua mãe e seus avós.

A: Conhecemos história parecida?

(Momento para pensar)

A: Embora na sociedade encontremos pessoas que matam, excluem, defendem o poder injusto e opressor, e fecham as portas a quem precisa, conhecemos também pessoas solidárias que acolhem e ajudam, apontam caminhos e sabem amar, como dona Bernadete. Inês, a menina da história, e tantas outras crianças têm dificuldade de encontrar um lugar digno para nascer, como aconteceu com Jesus.

Canto: 1. Quando completou-se o tempo de Maria dar à luz, /: não havia na cidade um lugar para Jesus.:/2. E José de porta em porta nas famílias foi bater /: e pediu algum

abrigo pra Jesus que ia nascer. :/3. Encontrou porta fechada, pouso não havia mais, /: e Jesus

nasceu humilde num abrigo de animais. :/4. Desce Deus em sua glória e entre a gente quer viver. /: Não

fechemos nossa porta ao Senhor que vai nascer. :/

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A Palavra de Deus ilumina

A: Vamos acolher com carinho e fé o texto do Evangelho escrito por Lu-cas, que nos fala do nascimento de Jesus.

(Durante o canto, entram a Bíblia e as 4 velas do Advento acesas)

Canto: /: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação ou encenação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas 2,1-20.

(A narração do Evangelho pode ser encenada. Sugestão: Caso não seja encenada, após a leitura entram cantando crianças vestidas de branco e pessoas da comunidade e ficam junto do presépio)

Canto: /: Natal é vida que nasce. Natal é Cristo que vem. Nós somos o seu presépio e a nossa casa é Belém. :/

1. Deus se tornou nossa grande esperança, E como criança no mundo nasceu. Por isso vamos abrir nossa porta, a Cristo o que importa é conosco viver.

2. Ele assumiu nossa vida terrena, ao céu nos acena com gestos de amor. Veio a todos salvar igualmente, queria somente ser nosso Pastor.

Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo

A: Os pastores, representantes dos pobres e excluídos daquele tempo, eram considerados pela sociedade gente sem importân-cia. Mas são eles os primeiros a receberem o anúncio da Boa-Notícia.

T: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nas-ceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor!” (Lc 2,10-11).

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L 1: Jesus nasceu numa estrebaria, em extrema pobreza, no meio da história humana, dominada pelos poderosos e, no entanto, foi anunciado como o Salvador do mundo.

T: Jesus nasceu na humildade de um estábulo, no seio de uma família pobre. As primeiras testemunhas deste acontecimento são simples pastores. E é nesta pobreza que se manifesta a glória do céu (CIC, 525).

L 2: A pobreza é o sinal da salvação que chega à humanidade. Isso é o contrário da mentalidade reinante, que privilegia o ter e o poder.

L 3: O fato de o Salvador ser encontrado num humilde estábulo é cho-cante e incomoda, abala, e questiona os critérios e os valores da uma sociedade voltada para a riqueza, ganância, consumismo...

T: Hoje a Virgem dá à luz o Eterno, e a terra o acolhe numa gruta. Cantam os anjos e os pastores, e, com a estrela, os magos põem-se a caminho, porque tu nasceste para nós, pequena criança, Deus eterno, Filho de Deus! (CIC, 525).

L 1: Em Belém foi uma alegria para os pastores, os pobres. Hoje é uma alegria para todas as pessoas que procuram Jesus.

A: O verdadeiro sentido do mistério do Natal cumpre-se em nós, na nossa vida, quando nos tornamos pequenos diante de Deus e dos irmãos e irmãs. A Igreja não se cansa de cantar a glória desta noite (cf. CIC 526):

Canto: 1. Vinde, cristãos, vinde à porfia. Hinos cantemos de lou-vor. Hinos de Paz e de alegria, hinos de anjos do Senhor. /: Glóóóóóóóóóóóóóóória a Deus nas alturas. :/

2. Foi nesta noite venturosa do nascimento do Senhor que anjos de voz harmoniosa deram a Deus o seu louvor. /: Glóóóóóóóóóóóóóóória a Deus nas alturas. :/

3. Vinde juntar-vos aos pastores. Vinde com eles a Belém. Vin de correndo pressurosos. O Salvador enfim nos vem. /: Glóóóóóóóóóóóóóóória a Deus nas alturas. :/

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Bênção do pão

A: Rezemos pedindo a bênção sobre o pão.

(Alguém fique no centro com o pão erguido. Todos erguem as mãos na direção do pão)

T: Ó Deus, Pai criador da mãe terra e de toda vida, recebei nossas vidas e nossos grupos. Abençoai este alimento, para que seja sinal de pão em todas as mesas, esperança em nossas lutas, alegria em nossa caminhada e graças para todos os povos que sabem partilhar. Por Cristo, nosso Senhor, Amém.

Pai nosso...(Enquanto partilhamos o pão, cantemos)

Canto: 1. Nesta mesa da irmandade, a nossa comunidade se oferece a ti, Senhor. Nosso sonho e nossa luta, nossa fé, nossa conduta te entrega-mos com amor.

/: Novo jeito de sermos Igreja nós buscamos, Senhor, na tua mesa. :/

2. Neste pão te oferecemos os mutirões que fazemos, a partilha, a produção. Neste vinho, a alegria que floresce cada dia dentro de nossa união.

Oração e bênção

A: Rezemos:

T: Senhor Jesus, ao celebrarmos o teu nascimento, visita-nos e permanece nos nossos lares, nos lares de nossa arqui-diocese e de todo o mundo. Permanece conosco, com o Pai e o Espírito Santo, e com tua mãe Maria. Fortalece nossa cami-nhada com tua bênção infinita. Amém!

(Sugerir uma confraternização, com partilha, e cantar Noite feliz em volta do presépio ou da mesa)

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Canto: 1. Noite feliz! Noite feliz! O Senhor, Deus de amor, pobrezinho nasceu em Belém. Eis na lapa Jesus, nosso bem. Dorme em paz, ó Jesus, dorme em paz, ó Jesus.

2. Noite feliz! Noite feliz! Ó Jesus, Deus da luz, quão afável é teu coração, que quiseste nascer nosso irmão e a nós todos salvar, e a nós todos salvar.

3. Noite feliz! Noite feliz! Eis que no ar vêm cantar aos pastores os anjos do céu, anunciando a chegada de Deus, de Jesus salvador, de Jesus salvador.

Lembrete

Ler bem o anexo 2 sobre a Campanha Adote uma criança em Guiné-Bissau e o anexo 3 sobre a Campanha da Fraternidade de 2014. Ler também e meditar os Discursos do Papa Francisco que publicamos neste livreto. Socialize, partilhe nos grupos, na comunidade e com outras pessoas.

Atenção

Em 2014 é nossa tarefa acolher bem o próximo livreto, que será rezado e refletido no novo tempo litúrgico, o Tempo da Quaresma e Páscoa, numa profunda reconciliação com Deus. Nesse tempo também refle-tiremos sobre o apelo da Campanha da Fraternidade: Fraternidade e tráfico de pessoas, conforme anexo no final deste livreto.

Com entusiasmo preparemos bem a Celebração Inicial do novo livreto, motivando a participação e o empenho dos membros dos GBF na árdua tarefa de evangelizar nas casas, prédios, condo-mínios... É importante divulgar bem o dia, a hora e o local da Celebração Inicial, na paróquia ou comunidade, e convidar todos os irmãos e irmãs para participar dos GBF.

Boas Festas! Na alegria do anúncio da Boa-Notícia: “Vinde, Senhor Jesus”, seja vivido o verdadeiro sentido da nossa festa de Natal com os valores cristãos: o amor, a paz, a justiça, a conversão e a esperança. Um abençoado Natal e um feliz Ano Novo, com esperança reno vada em Jesus, o Emanuel Deus-conosco.

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Anexo 1

CANTOS DE ADVENTO – NATAL

01 Deus vem a nós

/: Deus vem a nós, homem se faz! Festa de amor e paz! :/

1. A terra se ilumina na luz da noite santa, a estrela da esperança das trevas se levanta.

2. O povo preparado ao céu estende a mão, porque está bem perto a sua salvação.

02 Teu povo aqui reunido

1. Teu povo aqui reunido procura vida nova./ Tu és a esperança, o Deus que nos consola.

/: Fala, Senhor! Fala da vida! Só Tu tens palavras eternas, queremos ouvir! :/

2. São tantos os apelos que vêm dos oprimidos. Tu és quem liberta, o Deus dos esquecidos.

03 Quero ouvir teu apelo, Senhor

1. Quero ouvir teu apelo, Senhor. Ao teu chamado de amor res-ponder. Na alegria te quero servir, e anunciar o teu reino de amor.

/: E pelo mundo eu vou, cantando o teu amor. Pois dispo-nível estou, para servir-te, Senhor. :/

04 Estou pensando em Deus

1. Tudo seria bem melhor, se o Natal não fosse um dia, e se as mães fossem Maria, e se os pais fossem José, e se os filhos parecessem com Jesus de Nazaré.

/: Estou pensando em Deus. Estou pensando no amor. :/

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05 Cristo nasceu para todos

1. Guiados pela estrela da nossa fé ardente, iremos ao altar ver Cristo que nasceu.

/: Cristo nasceu para todos nós. :/

2. Reis magos e pastores, os grandes e pequenos, conosco vinde ver o Cristo que nasceu.

06 Mãe Maria

1. Mãe Maria, um dia fizeste o mundo cantar, ao trazer o teu filho pra nos alegrar.

/: Ó Maria, tu és venerada. Pelo mundo tu és aclamada. O teu povo, a cada momento, mais quer te amar. :/

2. Mãe Maria, o mundo caminha com muita aflição, procurando buscar, em teus braços, a libertação. Mãe Maria, abençoa este povo com teu manto azul e protege-o da fome, da guerra, de norte a sul.

07 Hoje a noite é bela

1. Hoje a noite é bela, vamos à capela, sob a luz da vela, felizes a rezar. Ao soar o sino, sino pequenino, vai o Deus menino nos abençoar.

/: Bate o sino pequenino, sino de Belém: já nasceu o Deus menino para o nosso bem. Paz na terra pede o sino alegre a cantar. Abençoe o Deus menino este nosso lar :/

08 Noite linda noite bela

1. Noite linda, noite bela, noite tão cheia de luz! Toda a terra canta um hino com a chegada de Jesus!

2. Noite feita de esperança, noite clara de esplendor. Salve a Virgem Maria que seu filho nos doou!

3. Noite feita de bondade, noite feita de amor. Pois nasceu o Deus Menino, Jesus Cristo Salvador!

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09 O Natal pode ser todo dia

1. Inovamos, Senhor, nosso lar, convidamos vizinhos, irmãos. Preparamos a mesa do altar, pro Natal de Jesus celebrar.

/: O Natal pode ser todo dia, se cada família se compro-meter a viver qual José e Maria, em seu dia a dia Jesus acolher! :/

10 Virá o dia em que todos

/: Virá o dia em que todos,/ ao levantar a vista,/ veremos nesta terra/ reinar a liberdade. :/

1. Minh’alma engrandece o Deus libertador,/ se alegra o meu espírito em Deus, meu Salvador./ Pois ele se lembrou do seu povo oprimido/ e fez da sua serva a Mãe dos esquecidos.

2. Imenso é seu amor, sem fim sua bondade,/ pra todos que na terra o seguem na humildade./ Bem forte é nosso Deus, levanta o seu braço,/ espalha os soberbos, destrói todos os males.

3. Derruba os poderosos dos seus tronos erguidos/ com sangue e suor de seu povo oprimido./ E farta os famintos, levanta os humilhados,/ arrasa os opressores, os ricos e os malvados.

4. Protege o seu povo, com todo o carinho,/ fiel é seu amor, em todo o caminho!/ Assim é o Deus vivo, que marcha na história,/ bem junto do seu povo, em busca da vitória.

11 A noite se iluminou

/: A noite se iluminou. O céu se vestiu de luz. Os anjos cantaram glória quando nasceu Jesus. :/

1. Eu quero ver os pastores chegando, pra visitar o menino Jesus. Eu quero ver todo povo sorrindo, e junto seguindo a mensagem da luz.

12 É Natal! É Natal!

1. Hoje é dia de a gente se encontrar, hoje é dia de a gente re-solver: o Senhor no mundo quer morar, o que é que vamos responder?

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/: É Natal! É Natal! O menino Jesus já nasceu! É Natal! É Natal! E no meio de nós quer viver. :/

2. Ele outrora não encontrou lugar, a cida de não tinha mais pensão, não sabia que ele vinha dar vida e paz, amor e salvação.

13 Hino dos Grupos Bíblicos em Família

1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram / em torno da Bíblia, Palavra de Deus.

Refletem, conversam, e rezam, e cantam,/na prece entrelaçam a terra e os céus.

/: É fé e vida na partilha. / É Grupo Bíblico em Família. :/2. Igreja nas casas! Assim foi no início,/ aí se encontravam os

grupos cristãos. Por isso, o símbolo é hoje a casinha,/ a mística é o grupo de

irmãs e irmãos.

3. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade. / Pessoas diversas constroem comunhão.

Partilham suas buscas, seus sonhos, problemas, / e tudo se torna fraterna oração.

4. Igreja nas casas! O centro é a Bíblia,/ resposta divina a huma-nas questões.

Assim, a oração, reflexão da Palavra,/motiva e orienta concre-tas ações.

5. Igreja nas casas! São células vivas/da comunidade em torno a Jesus.

Ninguém é cristão isolado, sozinho./ Amor verdadeiro à unidade conduz.

6. Igreja nas casas! A arquidiocese/ nos chama e convida a evangelizar.

Os grupos refletem o rosto da Igreja,/ que é graça presente em todo lugar.

/: É fé e vida na partilha. / É Grupo Bíblico em Família. :/

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Anexo 2

Adote uma criança em Guiné-BissauColabore contribuindo nos estudos de um estudante da Guiné-Bissau. Com

R$ 240,00 (78 euros) por ano, uma criança de Guiné-Bissau tem garantida a sua educação. Para auxiliar nesse serviço, está sendo criada uma campanha de arreca-dação de recursos.

Em Guiné-Bissau, na África, o governo não assume a educação como uma real prioridade, os professores são mal remunerados e muitas vezes ficam meses sem receber os salários. Assim, as greves são constantes. Para minimizar esse problema, em algumas instituições de ensino governamentais criaram o método de ensino de autogestão, que consiste em cada família pagar 78 euros por ano, para manter as aulas sem greves. O dinheiro paga o uniforme, o material escolar e os professores. As famílias que têm condições financeiras, pagam para os filhos estudarem. Mas a maioria não tem dinheiro. Dessa forma, está sendo criada a campanha de colaboração aqui na Arquidiocese. A intenção é que cada pessoa contribua com 78 euros (equivalente a R$ 240,00) por ano, o que vai garantir a educação da criança por um ano no Liceu, que equivale ao segundo grau, etapa anterior à faculdade. Essa contribuição também pode ser feita mensalmente, com 08 euros (R$ 24,00).

“É um compromisso que deve ser assumido continuamente. Pois, cada crian-ça será adotada pelos apoiadores. Caso parem de contribuir a educação dela será comprometida. A pessoa que apoiar, terá a foto da criança que vai ajudar e poderá acompanhar o desenvolvimento dela”, disse Pe. Maio da Silva, da Guiné-Bissau.

Colônia de Férias – outro projeto que também está sendo desenvolvido. Nos meses de julho a setembro, os jovens não têm aula, nem alguma alternativa de lazer; para dar esse suporte, foi criado o projeto. Para ele, não há um valor fixo, cada um pode doar o quanto puder. Atualmente, 200 crianças de Empada são atendidas no projeto Colônia de férias; com mais recursos poderiam receber mais pessoas. Durante a Colônia de Férias, as crianças aprendem a fazer artesanatos, bordado, rendas, e outros trabalhos. É uma forma de elas ficarem ocupadas e aprenderem algo útil.

A ideia de buscar apoiadores para os dois projetos surgiu a partir de duas visitas. Na segunda vez, ele levou quatro pessoas e elas assumiram a educação de algumas crianças. Assim, teve-se a ideia de levar a proposta para outras pessoas da Arquidiocese. Pe. Lúcio Espíndola está em Guiné-Bissau desde 2008 e trabalha na paróquia de Empada com o Pe. Maio da Silva.

Os interessados em colaborar com os projetos podem obter mais informações com Willian Narzetti, do Instituto Padre Vilson Groh, pelo fone (48) 3039 1828, ou pelo e-mail [email protected] As doações poderão ser depositadas na conta Banco do Brasil – 001, Agência 4236-6, CC 57.543-7, CNPJ: 13.188.828/ 0001-67, Instituto Padre Vilson Groh.

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Anexo 3

Tempo Quaresmal

O tempo quaresmal, por ser um tempo de conversão, possibilita o caminho da verdadeira liberdade. Os exercícios quaresmais do jejum, da oração, e da esmola nos abem silenciosamente para o encontro com aquele que é a plenitude da vida, que é a luz e a vida de toda pessoas que vem a este mundo (cf. Jo 1,10).

A liberdade nos foi doada na cruz de Cristo. Ele nos libertou e, por isso concedeu-nos participar da plenitude de sua vida. Na morte, deu-nos a vida; no sofrimento, conquistou para nós plena liberdade dos filhos e filhas de Deus.

No caminho de conversão pastoral, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos apresenta a Campanha da Fraternidade como itinerário de libertação pessoal, comunitária e social. Tráfico Humano e Fraternidade é o tema da Campanha para a quaresma em 2014. O lema é inspirado na carta aos Gálatas: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).

O tráfico humano viola a grandeza de filhos, destrói a imagem de Deus, cerceia a liberdade daqueles que foram resgatados por Cristo. As comunidades, as famílias, as pessoas certamente buscarão superar a globalização da indiferença em relação ao tráfico humano, o que nos tirou a capacidade de chorar.

“Peçamos ao Senhor a graça de chorar pela nossa indiferença, de chorar pela crueldade que há no mundo, em nós, incluindo aqueles que, no anonimato, tomam decisões socioeconômicas que abrem a estrada aos dramas como este” (Papa Francisco).

Maria das Dores nos acompanhe no caminho de conversão! Jesus Cristo crucificado-ressuscitado, que nos libertou do pecado e da morte, anime nossos passos na participação em sua morte e ressurreição.

D. Leonardo Ulrich SteinerBispo Auxiliar de Brasília

– Secretário Executivo da CNBB

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Anexo 4

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS A Leitura Orante é uma das formas de espiritualidade bíblica. Consiste num momento em que se reflete e se reza um texto bíblico. Algumas dicas poderão ajudar-nos na vivência de uma autêntica espiritualidade bíblica.

Atitude do discípulo fiel

1 – Preparação a) Escolher um local silencioso;b) Definir um momento diário (ou semanal) para a leitura orante.2 – Leitura a) Escolher o texto. Rezar ou cantar, pedindo a luz do

Espírito Santo. b) Ler e reler o texto bíblico com convicção de que

Deus me fala.

(Em silêncio, abrir-se ao Espírito Santo e deixar que Ele nos fale)

c) O que o texto diz? Analisar o texto e situá-lo em seu contexto de origem. Procurar compreender, marcar no texto tudo o que me chama atenção, personagens,

lugar, quando e como Deus aparece no texto. (Refletir sem trazer o texto para o hoje)

3 – Meditação a) O que o texto me diz?b) Refletir, ruminar, aprofundar o sentido do texto para

nós: ligar a Bíblia e a vida. Agora, sim, atualizar o texto para hoje.

4 – Oração a) O que o texto me leva a dizer a Deus em forma de oração. b) Escolher um salmo para rezar ou fazer preces de agradecimento, súplica e

louvor...5 – Contemplaçãoa) O que Deus pede de mim? b) Olhar a realidade com os olhos de Deus e com-

prometer-me. Avaliar minhas atitudes, olhar ao meu redor, perceber os fatos gritantes da realidade em que vivo: situações de riscos, dos pobres, das pessoas que sofrem...

6 – AçãoA Palavra de Deus provoca em mim conversão. Iluminado pela Palavra devo assumir

um compromisso, um gesto concreto que transforme a minha vida e o meu redor.

Sugestão: Fazer a leitura orante nos intervalos do término do livreto do Advento/Natal até a chegada do livreto do Tempo da Quaresma e Páscoa.

DISCURSOS DO PAPA FRANCISCO

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MISSA NA BASÍLICA DO SANTUÁRIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA APARECIDA

HOMILIA DO PAPA

Quarta-feira, 24 de Julho de 2013

Eminentíssimo Senhor Cardeal,Venerados irmãos no episcopado e no sacerdócio,Queridos irmãos e irmãs!

Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. No dia seguinte à minha elei-ção como Bispo de Roma fui visitar a Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério. Hoje, eu quis vir aqui para suplicar a Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo latino-americano.

Queria dizer-lhes, primeiramente, uma coisa. Neste Santuário, seis anos atrás, quando aqui se realizou a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, pude dar-me conta pesso-almente de um fato belíssimo: ver como os Bispos – que trabalharam sobre o tema do encontro com Cristo, discipulado e missão – eram animados, acompanhados e, em certo sentido, inspirados pelos milha-res de peregrinos que vinham diariamente confiar a sua vida a Nossa Senhora: aquela Conferência foi um grande momento de vida de Igreja. E, de fato, pode-se dizer que o Documento de Aparecida nasceu justa-mente deste encontro entre os trabalhos dos Pastores e a fé simples dos romeiros, sob a proteção maternal de Maria. A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: “Mostrai-nos Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.

Assim, de cara à Jornada Mundial da Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um País e de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Para tal, gostaria de chamar à

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atenção para três simples posturas, três simples posturas: Conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; viver na alegria.

1. Conservar a esperança. A segunda leitura da Missa apresenta uma cena dramática: uma mulher – figura de Maria e da Igreja – sendo perseguida por um Dragão – o diabo – que quer lhe devorar o filho. A cena, porém, não é de morte, mas de vida, porque Deus intervém e coloca o filho a salvo (cf. Ap 12,13a.15-16a). Quantas dificuldades na vida de cada um, no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos. Frente ao desânimo que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no coração esta cer-teza! Deus caminha a seu lado, nunca os deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colo-cam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Enco-rajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-os no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo. Neste Santuário, que faz parte da memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, ge-nerosidade, solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã.

2. A segunda postura: Deixar-se surpreender por Deus. Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende. A história deste Santuário serve de exemplo: três pesca-dores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Parnaíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa

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Senhora da Conceição. Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende, como o vinho novo, no Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas pede que nos deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas surpresas. Confiemos em Deus! Longe d’Ele, o vi-nho da alegria, o vinho da esperança, se esgota. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com Ele, aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é pecado, se transforma em vinho novo de amizade com Ele.

3. A terceira postura: Viver na alegria. Queridos amigos, se cami-nhamos na esperança, deixando-nos surpreender pelo vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não podemos deixar de ser testemunhas dessa alegria. O cristão é alegre, nunca está triste. Deus nos acompanha. Temos uma Mãe que sempre intercede pela vida dos seus filhos, por nós, como a rainha Ester na primeira leitura (cf. Est 5, 3). Jesus nos mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados. O cristão não pode ser pessimista! Não pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto. Se estivermos verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, o nosso coração se “incendiará” de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado. Como dizia Bento XVI aqui neste Santuário: «O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” (Discurso inaugural da Conferência de Aparecida – 13 de maio de 2007).

Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2,5). Sim, Mãe, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja.

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VISITA À COMUNIDADE DE VARGINHA (MANGUINHOS)DISCURSO DO PAPA

Rio de Janeiro – Varginha – 25 de Julho de 2013

Queridos irmãos e irmãs!

Que bom poder estar com vocês aqui! Que bom! Desde o início, quando planejava a minha visita ao Brasil, o meu desejo era poder visitar todos os bairros deste País. Queria bater em cada porta, dizer “bom dia”, pedir um copo de água fresca, beber um “cafezinho” – não um copo de cachaça! – falar como amigo de casa, ouvir o coração de cada um, dos pais, dos filhos, dos avós... Mas o Brasil é tão grande! Não é possível bater em todas as portas! Então escolhi vir aqui, visitar a Comunidade de vocês; esta comunidade, que hoje representa todos os bairros do Brasil. Como é bom ser bem acolhido, com amor, gene-rosidade, alegria! Basta ver como vocês decoraram as ruas da Comu-nidade; isso é também um sinal do carinho que nasce do coração de vocês, do coração dos brasileiros, que está em festa! Muito obrigado a cada um de vocês pela linda acolhida! Agradeço ao casal Rangler e Joana pelas suas belas palavras.

1. Desde o primeiro instante em que toquei as terras brasileiras e também aqui junto de vocês, me sinto acolhido. E é importante saber acolher; é algo mais bonito que qualquer enfeite ou decoração. Isso é assim porque quando somos generosos acolhendo uma pessoa e partilhamos algo com ela – um pouco de comida, um lugar na nossa casa, o nosso tempo – não ficamos mais pobres, mas enriquecemos. Sei bem que quando alguém que precisa comer bate na sua porta, vo-cês sempre dão um jeito de compartilhar a comida: como diz o ditado, sempre se pode “colocar mais água no feijão”! Se pode colocar mais água no feijão? Sempre? E vocês fazem isto com amor, mostrando que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração!

E o povo brasileiro, sobretudo as pessoas mais simples, pode dar para o mundo uma grande lição de solidariedade, que é uma palavra – esta palavra solidariedade – é uma palavra frequentemente esque-cida ou silenciada, porque é incômoda. Quase parece um palavrão…

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solidariedade! Queria lançar um apelo a todos os que possuem mais recursos, às autoridades públicas e a todas as pessoas de boa vonta-de comprometidas com a justiça social: Não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e mais solidário! Ninguém pode permanecer insensível às desigualdades que ainda existem no mundo! Cada um, na medida das próprias possibilidades e responsabilidades, saiba dar a sua contribuição para acabar com tantas injustiças sociais! Não é, não é a cultura do egoísmo, do individualismo, que frequentemente regula a nossa sociedade, aquela que constrói e conduz a um mundo mais habitável; não é ela, mas sim a cultura da solidariedade; a cultura da solidariedade é ver no outro não um concorrente ou um número, mas um irmão. E todos nós somos irmãos!

Quero encorajar os esforços que a sociedade brasileira tem feito para integrar todas as partes do seu corpo, incluindo as mais sofridas e necessitadas, através do combate à fome e à miséria. Nenhum esfor-ço de “pacificação” será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma. Uma sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma; antes, perde algo de essencial para si mes-ma. Não deixemos, não deixemos entrar no nosso coração a cultura do descartável! Não deixemos entrar no nosso coração a cultura do descartável, porque nós somos irmãos. Ninguém é descartável! Lem-bremo-nos sempre: somente quando se é capaz de compartilhar é que se enriquece de verdade; tudo aquilo que se compartilha se multiplica! Pensemos na multiplicação dos pães de Jesus! A medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata os mais neces-sitados, quem não tem outra coisa senão a sua pobreza!

2. Queria dizer-lhes também que a Igreja, “advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que clamam ao céu” (Doc. Ap., 395), deseja oferecer a sua colaboração em todas as iniciativas que signifiquem um autên-tico desenvolvimento do homem todo e de todo o homem. Queridos amigos, certamente é necessário dar o pão a quem tem fome; é um ato de justiça. Mas existe também uma fome mais profunda, a fome de uma felicidade que só Deus pode saciar. Fome de dignidade. Não existe verdadeira promoção do bem-comum, nem verdadeiro desen-volvimento do homem, quando se ignoram os pilares fundamentais que sustentam uma nação, os seus bens imateriais: a vida, que é dom de

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Deus, um valor que deve ser sempre tutelado e promovido; a família, fundamento da convivência e remédio contra a desagregação social; a educação integral, que não se reduz a uma simples transmissão de informações com o fim de gerar lucro; a saúde, que deve buscar o bem-estar integral da pessoa, incluindo a dimensão espiritual, que é essencial para o equilíbrio humano e uma convivência saudável; a se-gurança, na convicção de que a violência só pode ser vencida a partir da mudança do coração humano.

3. Queria dizer uma última coisa, uma última coisa. Aqui, como em todo o Brasil, há muitos jovens. Hein, jovens! Vocês, queridos jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício. Também para vocês e para todas as pessoas repito: nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança. A realidade pode mudar, o homem pode mudar. Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem, a não se acostumarem ao mal, mas a vencê-lo com o bem. A Igreja está ao lado de vocês, trazendo-lhes o bem precioso da fé, de Jesus Cristo, que veio «para que todos tenham vida, e vida em abundância» (Jo 10,10).

Hoje a todos vocês, especialmente aos moradores dessa Comuni-dade de Varginha, quero dizer: Vocês não estão sozinhos, a Igreja está com vocês, o Papa está com vocês. Levo a cada um no meu coração e faço minhas as intenções que vocês carregam no seu íntimo: os agradecimentos pelas alegrias, os pedidos de ajuda nas dificuldades, o desejo de consolação nos momentos de tristeza e sofrimento. Tudo isso confio à intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Mãe de todos os pobres do Brasil, e com grande carinho lhes concedo a minha Bên-ção. Obrigado!

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ENCONTRO COM OS VOLUNTÁRIOS (JMJ)DISCURSO DO PAPA

Rio de Janeiro, – Pavilhão 05 do Rio Centro, 28 de Julho de 2013

Queridos voluntários!

Não podia regressar a Roma sem antes agradecer, de modo pessoal e afetuoso, a cada um de vocês pelo trabalho e dedicação com que acompanharam, ajudaram, serviram aos milhares de jovens pere-grinos; pelos inúmeros pequenos detalhes que fizeram desta Jornada Mundial da Juventude uma experiência inesquecível de fé. Com os sorrisos de cada um de vocês, com a gentileza, com a disponibilidade ao serviço, vocês provaram que “há maior alegria em dar do que em receber” (At 20,35).

O serviço que vocês realizaram nestes dias me lembrou da missão de São João Batista, que preparou o caminho para Jesus. Cada um, a seu modo, foi um instrumento para que milhares de jovens tivessem o “caminho preparado” para encontrar Jesus. E esse é o serviço mais bonito que podemos realizar como discípulos missionários: preparar o caminho para que todos possam conhecer, encontrar e amar o Senhor. A vocês que, neste período, responderam com tanta prontidão e gene-rosidade ao chamado para ser voluntários na Jornada Mundial, queria dizer: sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é grande a riqueza da vida que se recebe!

Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação é caminhar para a realização feliz de si mesmo. A todos Deus nos chama à santidade, a viver a sua vida, mas tem um caminho para cada um. Alguns são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacra-mento do Matrimônio. Há quem diga que hoje o casamento está “fora de moda”. Está fora de moda? [Não…]. Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem

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contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, crê que vocês não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. E tenham também a coragem de ser felizes!

O Senhor chama alguns ao sacerdócio, a se doar a Ele de modo mais total, para amar a todos com o coração do Bom Pastor. A outros, chama para servir os demais na vida religiosa: nos mosteiros, dedican-do-se à oração pelo bem do mundo, nos vários setores do apostolado, gastando-se por todos, especialmente os mais necessitados. Nunca me esquecerei daquele 21 de setembro – eu tinha 17 anos – quando, depois de passar pela igreja de San José de Flores para me confes-sar, senti pela primeira vez que Deus me chamava. Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede! Vale a pena dizer “sim” a Deus. Nele está a alegria!

Queridos jovens, talvez algum de vocês ainda não veja claramente o que fazer da sua vida. Peça isso ao Senhor; Ele lhe fará entender o caminho. Como fez o jovem Samuel, que ouviu dentro de si a voz insistente do Senhor que o chamava, e não entendia, não sabia o que dizer, mas, com a ajuda do sacerdote Eli, no final respondeu àquela voz: Senhor, fala eu escuto (cf. 1Sm 3,1-10). Peçam vocês também a Jesus: Senhor, o que quereis que eu faça, que caminho devo seguir?

Caros amigos, novamente lhes agradeço por tudo o que fizeram nestes dias. Agradeço aos grupos pastorais, aos movimentos e novas comunidades que colocaram seus membros ao serviço desta Jornada. Obrigado! Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui! Po-dem contar sempre com minhas orações, e sei que posso contar com as orações de vocês. Uma última coisa: rezem por mim.

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Equipe de Elaboração e RevisãoIr. Clea Fuck

Ir. Emília de Bona SartorElísio Finato

Pe. Isaltino DiasDiác. José Antônio Schweitzer

Jupira Silva da CostaMaria Angelina da Silva

Maria Glória da SilvaSilvia Togneri

Diác. Silvino AngstDiác. Wilson Fábio de Castro

Equipe de Editoração Digitação: Maria Glória da Silva Revisão teológica: Pe. Vitor Galdino Feller Apresentação: Dom Wilson Tadeu Jönck Revisão final: Ir. Clea Fuck Editoração eletrônica e capa: José Valmeci de Souza (Atta)

Coordenação Arquidiocesana de PastoralLeda Cassol Vendrúscolo

Pe. Revelino Seidler

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Equipes de Articulação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família

Coordenação Arquidiocesana: Maria Glória da Silva – (48) 3224 4799 / (48) 3258-1281 / (48)9634-4667

Rua: Esteves Júnior, 447 – CentroCEP: 88015-130 – Florianópolis – SC

E-mail: [email protected]

Equipes de Articulação Comarcal

Comarca de Santo Amaro

Diác. Paulo Cesar Turnes – (48) 3245-5282 / 9994-9113

Comarca de São José

Osmarete Terezinha S. Barbosa – (48) 3247-8886Claudia J. Orelo e Luizinho Orelo – (48) 3033-4301

Comarca da Ilha

Marlene de Almeida Dias – (48) 3225-2025 / 9103-5506Mario Andricópolo e Lucia M. S. Andricópolo – (48) 3209-4090 / 9613-9513

Comarca do Estreito

Margarete Severino Pereira – (48) 3243-2331/ 8430-6878Alzira Steiner Horr – (48) 3346-7896

Diác. Wilson Fábio de Castro – (48) 3034-7264

Comarca de Biguaçu

Maria da Glória Agassi – (48) 3246-5945Maria Helena Campos Siqueira – (48) 3243-4600

Marcia Cabral de Simas – (48) 3285-2038Eliane Pereira – (48) 9622-7936

Comarca de Tijucas

Lucelaine Souza Loudetti – (48) 3265-0807

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Comarca de ItajaíMaria da Graça Vicente – (47) 3268-1954Glória Maria Dal Castel – (47) 3348-5726

Noêmia Mariana da Silva – (47) 3344-2561

Comarca de Brusque

Elza Creppas Bosio – (47) 3355-2673Regina Martinenghi – (47) 3355-7819

Maria Luiza Rodrigues – (47) 3351-1954 / 3044-1923

Coord. Arquidiocesana das Comunidades Eclesiais de Base

Edson Luiz Mendes (48) 3733 5327 / (48) 9901-9316Édem Silvana Demari (48) 3733 5327 / (48) 9901-9297

E-mail: [email protected]

Programas de rádio dos GBF/CEBs

Rádio “Cultura AM 1110 – Mais Feliz com Jesus”Programa dos GBF – “Igreja nas casas”,

aos sábados às 14hs30min.Contato: Volmar de Souza Netto – (48) 3733-4941 / (48) 9998-6800

E-mail: [email protected]

Radio “Conceição” – ItajaíPrograma dos GBF – “Sintonia Bíblica”,

às segundas-feiras às 14hs30min.Contato: Glória Maria Dal Castel – (47) 3348-5726

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AVALIAÇÃO

As Equipes de Redação e de Articulação dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) pedem que você colabore para o fortalecimento dos grupos na nossa Arquidiocese, respondendo ao seguinte questionário e enviando a resposta, até o dia 28 de fevereiro de 2014, endereçado à Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família ou E-mail: [email protected]

1) Quanto aos grupos:

Qual o nome da sua Paróquia e do grupo?

Quantos grupos há sua na sua paróquia ou comunidade?

2) Quantas pessoas costumam participar das reuniões do seu grupo?

– Todas as pessoas colaboram com a leitura, reflexões e sugestões? Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ).– Convidamos outras pessoas, principalmente as que se encontram

afas tadas da Igreja? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

3) O conteúdo do livreto:

– Os assuntos tratados nos encontros são importantes para a Igreja, para a sua paróquia, para a sua comunidade?

Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– As ideias e compromissos propostos são assumidos pelos grupos? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Ajudam a transformar a vida das pessoas e da comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

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4) A linguagem do livreto:

– Dá para entender bem tudo o que está escrito? Tudo ( ) A maior parte ( ) Muito pouco ( ).– Se não dá para entender tudo, qual é a principal dificuldade?

5) Os cantos:

– Os cantos estão de acordo com os temas tratados? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Os cantos são conhecidos pelo seu grupo? Todos ( ) A maioria ( ) Alguns ( ) Nenhum ( ).

6) Como é elaborado o planejamento dos GBF e das CEBs na sua Paróquia?

7) Avalie a caminhada dos GBF e das CEBs na sua comunidade e na sua paróquia.

– Três pontos positivos:

– O que e como poderia ser melhor:

8) Você ouve os programas de rádio dos GBF e das CEBs? Como os avalia e qual é sua sugestão?

9) Relacione esse livreto do Tempo do Advento Natal, que traz um novo roteiro, com os livretos anteriores e dê sua opinião, que é muito importante para a equipe de elaboração e revisão.