8/14/2019 ENEM Amazonas GPI Fascculo 2 A Expresso Lingstica - Contedos Complementares

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1- Outras guras de linguagemAlm das guras constantes do fscculo 02, oportuno o reconhecimento de outras manifestaes da

linguagem gurada, passveis de cobrana por parte do ENEM. Veja:

1. Antonomsia

Emprego caracterizado pela substituio de um nome por uma expresso que lembre uma qualidade,caracterstica ou fato que de alguma forma o identique.

O Poeta dos Escravos notabilizou a terceira gerao romntica.

2. Apstrofe

Chamamento ou invocao de divindades e seres, imaginrios ou no, tornados interlocutores com objetivosexpressivos. Pode compor o discurso potico ou sagrado.

mar salgado, quanto do teu sal / So lgrimas de Portugal! (Fernando Pessoa)

3. Eufemismo

Emprego de palavras ou expresses que buscam suavizar outras, tidas como desagradveis, chocantes,grosseiras.

Querida, ao p do leito derradeiro / Em que descansas dessa longa vida, / Aqui venho e virei, pobre querida, Trazer-te o corao do companheiro. (Machado de Assis)

4. Gradao

Emprego de seqncia de palavras, sinnimas ou no, que contribuem para intensicar uma idia. Pode serda menos intensa para a mais intensa ascendente), ou o contrrio (descendente).

O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se. (Padre Vieira)

5. Onomatopia

Consiste na formao de palavras pela imitao de sons e rudos. a representao da coisa pelo som queela apresenta.

Sino de Belm, bem-bem-bem/ Sino da Paixo, bate bo-bo-bo. (Manuel Bandeira)

6. Aliterao

a repetio de fonemas consonantais idnticos, no incio ou no interior das palavras, com nalidadesexpressivas.

O vento vem vindo de longe, /a noite se curva de frio (Ceclia Meireles)

7. Assonncia

a repetio de fonemas voclicos idnticos, no incio ou no interior das palavras, com nalidadesexpressivas.

formas alvas, brancas, formas claras (Cruz e Souza)

Contedos complementares

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8. Anfora

Consiste na repetio, com nalidades enfticas, de uma palavra ou expresso no incio de frases ou dosversos consecutivos.

No retrato que me fao/ -trao a trao-/ s vezes me pinto nuvem, / s vezes me pinto rvore... / s vezes mepinto coisas / De que nem tenho mais lembrana... (Mrio Quintana)

9. Epstrofe

Consiste na repetio, com nalidades enfticas, de uma palavra ou expresso no m de frases ou de versosconsecutivos.

Nunca morrer assim, num dia assim, de um cu assim (Olavo Bilac)

10. Assndeto

a omisso do elemento conectivo, entre oraes ou termos de orao, para transmitir idia de dinamismoe/ou simultaneidade.

por toda a cmara, reluziam, cintilavam, refulgiam os escudos de oiro (Ea de Queirs)

11. Polissndeto

a repetio de elemento conectivo entre oraes ou termos de orao, para garantir autonomia doselementos do discurso.

Trabalha, e lima, e teima, e sofre, e sua!

12. Elipse

a omisso de um termo, expresso ou orao que se pode facilmente subentender no discurso.

Vou-me embora pra Pasrgada, / l sou amigo do rei (Manuel Bandeira)

13. Zeugma

um tipo particular de elipse que consiste na omisso de termo j revelado pelo no discurso.

O meu pai era paulista / Meu av, pernambucano / O meu bisav, mineiro / Meu tatarav, baiano. (Chico Buarque)

14. Hiprbato

Tambm denominada inverso, essa gura consiste na troca da ordem direta dos termos da orao (sujeito,verbo, complementos, adjuntos) ou de nomes e seus determinantes.

A primeira vez que ftei Tereza / Como as plantas arrasta a correnteza / A valsa nos levou nos giros seus (Castro Alves)

15. Pleonasmo

Como gura , consiste na repetio de idias com nalidades enfticas, expressivas, no se confundindo, pois,com o pleonasmo vicioso, que inaceitvel para a norma culta.

A mim me resta disso tudo uma tristeza s / Talvez no tenha mais luar / Pra clarear minha cano (Gilberto Gil)

16. Silepse

Trata-se de uma aparente discordncia com as normas gramaticais, mas, na realidade, uma concordnciaideolgica, que se faz com o sentido percebido no contexto. Pode ser considerada como:

Silepse de gnero Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove. (Olavo Bilac)Silepse de nmeroTambm a mim me parece boa a gente Aguiar. Nunca tiveram flhos? (Machado de Assis)Silepse de pessoa Alis todos os sertanejossomos assim (Raquel de Queirs)

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- Lngua falada X Lngua escrita

Como o emissor (pessoa que fala ou transmite uma mensagem) est presente sicamente nas comunicaesorais, a lngua falada (lngua oral) dispe de um nmero incontvel de recursos rtmicos e meldicos: entoao,pausas, ritmo, uncia, gestos.

Veja algumas das caractersticas principais da lngua oral:

Freqentes recursos rtmicos e meldicos (inclusive linguagens no-verbais, como a corporal);

frases curtas;

frases inacabadas, cortadas ou interrompidas;

freqncia de repeties, hesitaes e bordes de fala (p. ex.: Pois, eu, sabe, eu penso que todos que... pronto,no sei...);

constante omisso de palavras:

emprego de formas contradas (t em lugar de est, etc.);

descumprimento das normas gramaticais;

viabilidade de adequao do discurso em funo das reaes dos ouvintes.

J a lngua escrita, diferenciando-se das manifestaes da oralidade, apresenta as seguintes caractersticasprincipais:

sinais de pontuao e acentuao para transmitir a expressividade oral;

frases longas (emprego usual, apesar da possibilidade, tambm, do uso de frases curtas);

uso de vocabulrio mais extenso e cuidado;

uso de descries enriquecidas com o detalhamento;

observncia muito mais rigorosa das regras gramaticais.

- Variaes de modalidade expressiva

Tais variaes comprovam, de certo modo, a supercialidade de algumas denies, que pretendemcategorizar certos elementos e fenmenos. Os nveis da lngua manifestam-se atravs de duas variantes: alngua falada e a lngua escrita; que so, em si, variaes de modalidade expressiva. Mas a modalidade expressivase manifesta mais constantemente nas chamadas linguagens especiais: gria, calo, regionalismos e linguagemtcnico-cientca.

A gria se refere a um conjunto de vocbulos e expresses, caractersticas de certos grupos socioprossionaise classes sociais, a que se recorre quando a linguagem corrente no supre certas necessidades comunicativas,ou quando se deseja, simplesmente, no ser totalmente entendido por outros grupos da sociedade. Assim,existem grias de estudantes, mdicos, engenheiros, policiais, bandidos etc.

O calo referente a um tipo de linguagem comum nas classes menos favorecidas socialmente, sendoconhecida como uma lngua de rua.

Os regionalismos se vinculam chamada variao geogrca, sendo vocbulos e expresses caractersticasde uma dada regio.

A linguagem tcnico-cientca engloba discurso que utiliza um vocabulrio especco e rigoroso usado poruma determinada cincia ou tcnica para descrever cenrios, situaes e teorias que lhes digam respeito.