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1 ENERGIA E ECONOMIA CONSUMO ATINGE PATAMAR RECORDE (Folha de SP) 25/02/2010 ............................................................................. 3 Só Marina é futuro (Folha de SP) 25/02/2010 .................................................................................................................... 3 Petrobras vai explorar águas profundas, diz Argentina (Folha de SP) 25/02/2010........................................................ 4 Cuba culpa EUA por morte de dissidente (Folha de SP) 25/02/2010............................................................................... 4 STF adia julgamento e centrais podem ter repasse neste ano (Folha de SP) 25/02/2010 ............................................ 5 Câmara aprova proposta que dá recursos do pré-sal a aposentados (Folha de SP) 25/02/2010................................. 6 BC retira R$ 71 bi do mercado e reduz oferta de crédito pelos bancos (Folha de SP) 25/02/2010 .............................. 6 Governo sofre derrotas na votação de emendas aos projetos do pré-sal (O Estado de SP) 25/02/2010.................... 7 Consumo de energia bate o 5º recorde do ano (O Estado de SP) 25/02/2010................................................................ 8 Governo dá como certo retorno da rede óptica (O Estado de SP) 25/02/2010 ............................................................... 9 Produção da Petrobrás aumenta 2,6% em janeiro (O Estado de SP) 25/02/2010......................................................... 10 Iberdrola abre caminho para fusão (Valor Econômico) 25/02/2010 ............................................................................... 10 Grupo espanhol decide focar expansão nos EUA (Valor Econômico) 25/02/2010 ...................................................... 12 Debênture da Cemig tem demanda de R$ 6 bilhões (Valor Econômico) 25/02/2010 ................................................... 13 Ação da Eletrobrás pode interromper operação da Eletronet (Valor Econômico) 25/02/2010 ................................... 13 Mudança na diretoria da Previ começa a ser definida (Valor Econômico) 25/02/2010................................................ 14 A crise está de volta ou é apenas uma turbulência? (Valor Econômico) 25/02/2010 .................................................. 15 Licença ambiental (Valor Econômico) 25/02/2010........................................................................................................... 16 Após outubro, ritmo foi menos explosivo (Valor Econômico) 25/02/2010 ................................................................... 16 Avanços ainda dependem de infraestrutura e mais inovação (Valor Econômico) 25/02/2010................................... 17 Grandes projetos trazem de volta perspectivas de planejamento (Valor Econômico) 25/02/2010 ............................ 20 Censo mapeia expansão da cana em SP (Valor Econômico) 25/02/2010 ..................................................................... 21 Exportações estaduais do setor crescem 11% em janeiro (Valor Econômico) 25/02/2010 ........................................ 23 Cipoal de impostos prejudica e atrasa a indústria brasileira (Valor Econômico) 25/02/2010 .................................... 24 Consumo e segurança explicam uso de térmicas (Valor Econômico) 25/02/2010 ...................................................... 26 Leilão de Belo Monte deverá ser feito só em abril (Valor Econômico) 25/02/2010 ...................................................... 27 Estados e municípios garantem sustentabilidade dos arranjos produtivos (Valor Econômico) 25/02/2010 ........... 27 Retomada de empréstimos privados para investimentos (Valor Econômico) 25/02/2010.......................................... 28 Governo paulista lança o Salariômetro (Correio Popular) 25/02/2010 ......................................................................... 29 Stephanes: Petro-Sal é modelo para setor de fertilizante (Estadão Online 17:25h) 24/02/2010................................. 30 Bionergy acredita em adjudicação de Miassaba III (CanalEnergia) 24/02/2010 ........................................................... 30 Cemig GT vende entre 20 e 35 MW médios em leilão (CanalEnergia) 24/02/2010 ....................................................... 31 Tractebel registra lucro de R$ 1,134 bilhão em 2009 (CanalEnergia) 24/02/2010 ........................................................ 31 Dívida da Celg aumenta 250% entre 2003 e 2008, segundo relatório do TCE-GO (CanalEnergia) 24/02/2010 ......... 31 Copel PNB encerra em baixa de 1,75% (CanalEnergia) 24/02/2010............................................................................... 32 Eletronuclear assina termo de compromisso de compensações socioambientais com três municípios (CanalEnergia) 24/02/2010.................................................................................................................................................. 32 Belo Monte: EPE corre para conclui cálculo dos custos ainda esta semana (CanalEnergia) 24/02/2010 ................ 33 Chesf vai participar de leilão de fontes alternativas com parque de 180 MW (CanalEnergia) 24/02/2010 ................ 33 Coner vai movimentar R$ 2 bilhões até 2013 (CanalEnergia) 24/02/2010 ..................................................................... 33 CCC e CDE: transmissoras pagam R$ 34,126 milhões referentes a dezembro (CanalEnergia) 24/02/2010 ............. 34 Adiada assinatura de contrato para construção de PCHs na rede da Sabesp (CanalEnergia) 24/02/2010 .............. 34

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ENERGIA E ECONOMIA CONSUMO ATINGE PATAMAR RECORDE (Folha de SP) 25/02/2010 ............................................................................. 3 Só Marina é futuro (Folha de SP) 25/02/2010 .................................................................................................................... 3 Petrobras vai explorar águas profundas, diz Argentina (Folha de SP) 25/02/2010........................................................ 4 Cuba culpa EUA por morte de dissidente (Folha de SP) 25/02/2010 ............................................................................... 4 STF adia julgamento e centrais podem ter repasse neste ano (Folha de SP) 25/02/2010 ............................................ 5 Câmara aprova proposta que dá recursos do pré-sal a aposentados (Folha de SP) 25/02/2010 ................................. 6 BC retira R$ 71 bi do mercado e reduz oferta de crédito pelos bancos (Folha de SP) 25/02/2010 .............................. 6 Governo sofre derrotas na votação de emendas aos projetos do pré-sal (O Estado de SP) 25/02/2010 .................... 7 Consumo de energia bate o 5º recorde do ano (O Estado de SP) 25/02/2010 ................................................................ 8 Governo dá como certo retorno da rede óptica (O Estado de SP) 25/02/2010 ............................................................... 9 Produção da Petrobrás aumenta 2,6% em janeiro (O Estado de SP) 25/02/2010 ......................................................... 10 Iberdrola abre caminho para fusão (Valor Econômico) 25/02/2010 ............................................................................... 10 Grupo espanhol decide focar expansão nos EUA (Valor Econômico) 25/02/2010 ...................................................... 12 Debênture da Cemig tem demanda de R$ 6 bilhões (Valor Econômico) 25/02/2010 ................................................... 13 Ação da Eletrobrás pode interromper operação da Eletronet (Valor Econômico) 25/02/2010 ................................... 13 Mudança na diretoria da Previ começa a ser definida (Valor Econômico) 25/02/2010 ................................................ 14 A crise está de volta ou é apenas uma turbulência? (Valor Econômico) 25/02/2010 .................................................. 15 Licença ambiental (Valor Econômico) 25/02/2010 ........................................................................................................... 16 Após outubro, ritmo foi menos explosivo (Valor Econômico) 25/02/2010 ................................................................... 16 Avanços ainda dependem de infraestrutura e mais inovação (Valor Econômico) 25/02/2010 ................................... 17 Grandes projetos trazem de volta perspectivas de planejamento (Valor Econômico) 25/02/2010 ............................ 20 Censo mapeia expansão da cana em SP (Valor Econômico) 25/02/2010 ..................................................................... 21 Exportações estaduais do setor crescem 11% em janeiro (Valor Econômico) 25/02/2010 ........................................ 23 Cipoal de impostos prejudica e atrasa a indústria brasileira (Valor Econômico) 25/02/2010 .................................... 24 Consumo e segurança explicam uso de térmicas (Valor Econômico) 25/02/2010 ...................................................... 26 Leilão de Belo Monte deverá ser feito só em abril (Valor Econômico) 25/02/2010 ...................................................... 27 Estados e municípios garantem sustentabilidade dos arranjos produtivos (Valor Econômico) 25/02/2010 ........... 27 Retomada de empréstimos privados para investimentos (Valor Econômico) 25/02/2010 .......................................... 28 Governo paulista lança o Salariômetro (Correio Popular) 25/02/2010 ......................................................................... 29 Stephanes: Petro-Sal é modelo para setor de fertilizante (Estadão Online 17:25h) 24/02/2010 ................................. 30 Bionergy acredita em adjudicação de Miassaba III (CanalEnergia) 24/02/2010 ........................................................... 30 Cemig GT vende entre 20 e 35 MW médios em leilão (CanalEnergia) 24/02/2010 ....................................................... 31 Tractebel registra lucro de R$ 1,134 bilhão em 2009 (CanalEnergia) 24/02/2010 ........................................................ 31 Dívida da Celg aumenta 250% entre 2003 e 2008, segundo relatório do TCE-GO (CanalEnergia) 24/02/2010 ......... 31 Copel PNB encerra em baixa de 1,75% (CanalEnergia) 24/02/2010 ............................................................................... 32 Eletronuclear assina termo de compromisso de compensações socioambientais com três municípios (CanalEnergia) 24/02/2010.................................................................................................................................................. 32 Belo Monte: EPE corre para conclui cálculo dos custos ainda esta semana (CanalEnergia) 24/02/2010 ................ 33 Chesf vai participar de leilão de fontes alternativas com parque de 180 MW (CanalEnergia) 24/02/2010 ................ 33 Coner vai movimentar R$ 2 bilhões até 2013 (CanalEnergia) 24/02/2010 ..................................................................... 33 CCC e CDE: transmissoras pagam R$ 34,126 milhões referentes a dezembro (CanalEnergia) 24/02/2010 ............. 34 Adiada assinatura de contrato para construção de PCHs na rede da Sabesp (CanalEnergia) 24/02/2010 .............. 34

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Alstom entrega último rotor de Foz do Chapecó nesta sexta (CanalEnergia) 24/02/2010 .......................................... 34 Reservatórios do Sul atingem 97,2% do volume armazenado (CanalEnergia) 24/02/2010 ......................................... 35 Produção de gás permanece estável em janeiro, segundo Petrobras (CanalEnergia) 24/02/2010 ........................... 35 Sudeste registra alta de 9,8% no consumo de janeiro, segundo EPE (CanalEnergia) 24/02/2010 ............................ 35 Temperaturas elevadas fazem consumo aumentar 9,1% em janeiro, diz EPE (CanalEnergia) 24/02/2010 ............... 36 Luz para Todos no Pará passa das 250 mil ligações (CanalEnergia) 24/02/2010 ....................................................... 37 Cesp PNB opera em alta de 1,59% (CanalEnergia) 24/02/2010 ...................................................................................... 37 Demanda recorde chega a quase 71 mil MW no SIN, segundo ONS (CanalEnergia) 24/02/2010 ............................... 37 Aneel homologa transferência de autorização de duas térmicas (CanalEnergia) 24/02/2010 ................................... 37 BR Distribuidora inicia testes de unidades geradoras no Pará (CanalEnergia) 24/02/2010 ....................................... 38 Cteep e Transirapé têm projetos enquadrados no Reidi (CanalEnergia) 24/02/2010 .................................................. 38 Alstom assina contrato de € 90 milhões para automação de térmica na Africa do Sul (CanalEnergia) 24/02/2010 38 Curso ensina fundamentos do setor elétrico no Rio de Janeiro (CanalEnergia) 24/02/2010 ..................................... 39 SINDICAL Nestas quinta (25) e sexta-feiras (26) (CUT Nacional) 24/02/2010 ................................................................................. 39 São Paulo (CUT Nacional) 24/02/2010 ........................................................................................................................... 42 Defesa dos trabalhadores (CUT Nacional) 24/02/2010 .................................................................................................... 42 Nesta sexta-feira (26) (CUT Nacional) 24/02/2010 ........................................................................................................ 43 Fortalecimento da ação sindical continental (CUT Nacional) 24/02/2010 ................................................................... 43 Setor Petroquímico (CUT Nacional) 24/02/2010 ........................................................................................................... 45 Mais uma vitória dos movimentos sociais (CUT Nacional) 24/02/2010 ........................................................................ 46 Sem essa de aumentar juros e diminuir o Estado (CUT Nacional) 24/02/2010 .......................................................... 46 Trabalhadores e BB discutem saúde e condições de trabalho nesta quinta (25) (CUT Nacional) 24/02/2010 ......... 47 Economistas denunciam as ligações siamesas entre o Boletim Focus e a especulação (CUT Nacional) 24/02/2010 ............................................................................................................................................................................ 47 Ato do Sindicato dos Bancários em Osasco (SP) arranca negociação com Bradesco (CUT Nacional) 24/02/2010 .............................................................................................................................................................................................. 48 OIT lança campanha sobre as perspectivas atuais sobre a justiça social (CUT Nacional) 24/02/2010 .................... 48 Mobilização social garante alimentação como direito constitucional (CUT Nacional) 24/02/2010 ......................... 49 Mercado automotivo deve gerar mais de 250 mil empregos em 2010 (CUT Nacional) 24/02/2010 .......................... 50 CUT e FUP apoiam Chapa 2 na eleição do Sindicato dos Petroleiros de S.José dos Campos (CUT Nacional) 24/02/2010 ............................................................................................................................................................................ 51

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ENERGIA

CONSUMO ATINGE PATAMAR RECORDE (Folha de SP) 25/02/2010 As altas temperaturas e a retomada da indústria foram decisivas para elevar o consumo nacional de energia em janeiro, que registrou alta de 9,1% ante o mesmo período de 2009. O forte calor fez com que o consumo de energia elétrica atingisse o maior patamar já registrado em um mês de janeiro. TENDÊNCIAS/DEBATES

Só Marina é futuro (Folha de SP) 25/02/2010 JOSÉ ELI DA VEIGA -------------------------------------------------------------------------------- O total contraste entre Marina Silva e os "favoritos" inviabilizará qualquer conciliação programática para o segundo turno -------------------------------------------------------------------------------- DESTA VEZ não há escapatória: o "fator Marina" obriga todos os pré-candidatos à Presidência a dar substancial destaque ao meio ambiente. E é provável que a questão seja muito bem tratada pelos dois favoritos, pois contarão com a ajuda dos competentes times de governos, conduzidos por Carlos Minc, no federal, e por Xico Graziano e José Carlos Carvalho, nos paulista e mineiro. Equipes em que predominam técnicos identificados com a senadora Marina Silva, mesmo que, por razões mais pragmáticas que altruísticas, não apoiem sua pré-candidatura. Impõe-se, então, uma óbvia pergunta: poderá haver diferença significativa entre o discurso da senadora e os que serão os adotados pelos favoritos, caso realmente assimilem as ideias de seus ambientalistas? Ao contrário do que parece, a resposta é um retumbante sim. E o total contraste inviabilizará qualquer conciliação programática para o segundo turno, mesmo que ocorra algum acordo por motivos táticos. Só não percebe quem esquece ou ignora o antagonismo que há entre o imperativo da sustentabilidade e a esclerosada visão socialdemocrata do capitalismo. Por mais que tenha havido diversificação da fauna partidária socialdemocrata em seus quase 150 anos de adaptações a uma miríade de circunstâncias históricas e político-culturais, nada impediu que nela persistisse sua própria razão de ser, chame-se de "paradigma" ou de "DNA". Do trabalhismo ao comunismo, passando por todas as espécies de socialismo, o essencial continua a ser a busca de maximização do crescimento econômico conjugada a políticas sociais que reduzam a pobreza e -quando possível- desconcentrem a repartição da renda. Nesse tronco pode ser facilmente enxertado um ramo ambiental, mas sem consistência, já que tomar cuidado com a base natural da sociedade atrita com a opção primordial por pisar fundo no acelerador do PIB. A nova visão, que brotou no pós-1968, tanto repele a dicotomia entre as esferas social e ambiental da vida humana quanto abomina o reducionismo socialdemocrata por entender que o estilo de crescimento econômico é que deve ser subordinado ao objetivo de melhoria sustentável da qualidade de vida, e não o contrário. Ou seja, absoluta prioridade "socioambiental" (só uma palavra bem antes de ser autorizada pela nova ortografia). Nada a ver com a concepção de turbinar o PIB com aborrecidas concessões a uma exigência ambiental que seria restritiva, além de separada da social. Tudo isso poderia cheirar abstrato demais se não pululassem exemplos concretos. A suprema aspiração do governo foi acelerar o crescimento (PAC), criando os conflitos que tangeram a ministra Marina Silva para fora. E Carlos Minc estava na mesma rota quando a mudança do quadro eleitoral provocada pela pré-candidatura de sua antecessora elevou a cotação do "cerradinho" em detrimento da "soja", segundo metáfora de Gilberto Carvalho sobre a índole de Lula. Por acaso há político socialdemocrata que discorde da linha do governo Lula, esteja ele no PT, PSDB, PDT, PSB, PPS, PC do B ou PSOL, tenha ficado no PMDB ou baldeado para o atual DEM? Claro que não. Alguns adoram malhar a ineficiente gestão do PAC, mas só porque querem mais do mesmo. A nenhum jamais ocorreria a imprescindível necessidade de substituí-lo por um "Plano de Transição ao Ecodesenvolvimento", sem investimentos contrários à realidade socioambiental. Caso dos mais emblemáticos está na BR-319, que precisa ser abortada, e seus recursos transferidos para obras de saneamento ou de geração de energia limpa. Sim, a economia brasileira ainda precisa crescer. E muito. Mas não de qualquer maneira, e ainda menos a qualquer custo, como querem os duetos Dilma/Ciro e Serra/Aécio. Para o projeto nacional que agora engatinha com Marina, importa muito mais a direção e a qualidade do crescimento econômico do que sua velocidade. Aliás, se o contrário fosse melhor, este país já seria um dos mais desenvolvidos do mundo, pois nenhum outro PIB nacional aumentou mais do que o seu entre 1900 e 1980: algo como 50% mais do que o dos EUA. Em suma: mesmo que o noticiário eleitoral coloque Marina numa suposta terceira via, ela está na primeira para o futuro do Brasil, pois todos os demais candidatos se engalfinham na carcomida segunda. --------------------------------------------------------------------------------

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JOSÉ ELI DA VEIGA , 61, é professor titular de economia e orientador do programa de pós-graduação em relações internacionais da USP e autor, entre outras obras, de "Mundo em Transe". www.zeeli.pro.br

Petrobras vai explorar águas profundas, diz Argentina (Folha de SP) 25/02/2010 DE BUENOS AIRES A Casa Rosada contrapôs o início da prospecção de petróleo pela empresa britânica Desire Petroleum na região das Ilhas Malvinas com o anúncio de "uma operação inédita na história petroleira argentina, que volta a explorar o mar, depois de mais de 30 anos". Segundo divulgou o Ministério do Planejamento, comandado por Julio De Vido, as empresas Enarsa (Energia Argentina Sociedade Anônima) e a hispano-argentina YPF "perfurarão poços em águas profundas", tendo ainda a Petrobras como integrante do consórcio. A pasta divulgou que as duas primeiras empresas têm 35% de participação no consórcio, e a Petrobras, 25%. Os 5% restantes são da Petrouruguay. O contrato estabelece que cabe à Petrobras, à YPF e à Petrouruguay "aportar os fundos necessários para financiar o investimento correspondente à Enarsa na etapa de exploração da área". Diz ainda que o financiamento "será a fundo perdido, se o resultado da exploração for negativo". O comunicado não menciona o montante do investimento. A Folha tenta ouvir o Ministério do Planejamento argentino sobre o assunto desde a última segunda-feira, mas não obteve resposta. Procurada também na segunda passada, a Petrobras disse que o contrato data do ano de 2006, quando a Presidência da Argentina era ocupada por Néstor Kirchner, marido e antecessor da atual presidente, Cristina Kirchner. A estatal disse à Folha que estava tentando checar os dados fornecidos pelo governo argentino até a conclusão desta edição e descartou a possibilidade de dar entrevista a respeito do assunto. Na semana passada, equipes do Ministério da Indústria e do Turismo da Argentina e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil definiram a área de "petróleo e gás" como 1 das 8 prioridades para promover a "integração produtiva" entre os dois países. No próximo dia 17, ambas as pastas voltam a se reunir, para avaliar as possibilidades de financiamento a projetos. Assim como o Reino Unido, a Argentina enfrenta queda em suas reservas de petróleo. O total atual do país é 34% menor que o patamar registrado nos anos 1990. Em 31º lugar no mundo, a Argentina conta hoje com reservas comprovadas de 2,6 bilhões de barris. A produção diária é de 800 mil barris. No caso do Reino Unidos, que ocupa o 29 lugar em reservas, esses números são, respectivamente 3,4 bilhões e 1,5 milhão. Há muita divergência na avaliação do potencial petrolífero da região das Malvinas. Dados citados pela imprensa argentina por analistas que debatem o provável impacto de descobertas na região assinalam desde a existência de "um novo golfo Pérsico", com 60 bilhões de barris na área, a mais comedidos 3 bilhões de barris, que seriam de difícil exploração, dadas às condições climáticas e geológicas pouco favoráveis. Em 1998, os britânicos realizaram estudos para a exploração de petróleo nas Malvinas. Naquela época, a cotação do petróleo tornou economicamente inviável a operação.

Cuba culpa EUA por morte de dissidente (Folha de SP) 25/02/2010 Acusação foi feita pelo próprio Raúl Castro ao lado de Lula, que, mais tarde, negou ter recebido carta com pedido de ajuda Marco Aurélio Garcia afirma que morte é "lamentável", entretanto ressalva que "há problemas de direitos humanos no mundo inteiro" Lula Marques/Folha Imagem Raúl Castro, ao lado de Lula, no porto de Mariel que será reformado com financiamento brasileiro SIMONE IGLESIAS ENVIADA ESPECIAL A HAVANA (CUBA) A morte do preso político Orlando Zapata Tamayo, 42, que estava em greve de fome havia 85 dias em Cuba, fez sombra ao clima festivo da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos irmãos Fidel e Raúl Castro.

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Ontem de manhã, ao visitar com Lula a região onde será construído um novo porto perto de Havana, Raúl nem precisou ser questionado pelos jornalistas. Deu bom-dia, disse saber qual seria a pergunta e imediatamente culpou os EUA. "Foi condenado a três anos, foi levado aos nossos melhores hospitais, morreu. Lamentamos muito. Isso se deve à confrontação que temos com os EUA, temos perdido milhares de cubanos", disse. Ao lado de Raúl, Lula, que depois teve encontro com Fidel, nada falou. Mais tarde, irritado, disse não ter sido procurado para ajudar. "Não recebi nenhuma carta [em referência a carta que presos cubanos disseram ter enviado]. As pessoas precisam parar com o hábito de fazer carta, guardar para si e depois dizer que mandaram." Lula lamentou "profundamente" o ocorrido, condenou a greve de fome como forma de protesto e foi irônico ao dizer que se os dissidentes de Cuba quiserem ser também "dissidentes do Lula não tem problema nenhum". Afirmou também que pode ser criticado por muitas coisas, "menos de ser uma alma que não faça solidariedade", porém, saiu pela tangente e em nenhum momento se referiu ao regime ditatorial e aos motivos que levaram à dissidência e às prisões políticas na ilha. Nos desafios aos EUA, Raúl disse que o seu governo e o de Fidel jamais mataram ou torturam opositores e que milhares de cubanos morreram nas últimas décadas vítimas de "terrorismo de Estado", segundo ele, praticado por Washington. "Em meio século, aqui não assassinamos ninguém. Aqui ninguém foi torturado. Aqui não houve nenhuma execução extrajudicial. Foram torturados em Cuba, sim, é verdade, mas na base de Guantánamo, não em nosso território", disse. Zapata era considerado pela Anistia Internacional como "prisioneiro de consciência", enquanto, para o governo cubano, ele e outros prisioneiros não passam de "mercenários" a serviço dos EUA. Segundo grupos de direitos humanos, mais de 30 oposicionista foram presos ou mantidos presos em suas casas por agentes de segurança entre anteontem e ontem, no que foi apontado como uma tentativa do governo cubano de impedir que o funeral do dissidente virasse um acontecimento político. Após responsabilizar Washington pela morte de Zapata, Raúl criticou a imprensa. "Desde que um tal de Guttenberg inventou a imprensa, só se publica o que quer o dono da imprensa", disse, e completou: "Aqui não temos uma máxima liberdade de expressão, é certo. Deixem-nos tranquilos, deixem-nos quietos, deixem-nos desenvolver normalmente nossas atividades. Essa é a realidade, o resto é historia". O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que está em Cuba com Lula, disse, sobre a morte de Zapata, que "há problemas de direitos humanos no mundo inteiro". A jornalista SIMONE IGLESIAS viajou no trecho de Cancún a Cuba em avião da FAB IMPOSTO SINDICAL

STF adia julgamento e centrais podem ter repasse neste ano (Folha de SP) 25/02/2010 JULIANNA SOFIA LUCAS FERRAZ DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Sob pressão das centrais sindicais, o STF (Supremo Tribunal Federal) adiou ontem a conclusão do julgamento que deverá acabar com o repasse do imposto sindical para as entidades. Não há previsão de quando o assunto voltará ao plenário do tribunal e isso pode assegurar às centrais o recebimento dos recursos pelo menos por mais este ano. Ontem, antes do início da sessão do STF, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), circulava pelo tribunal e afirmou à Folha que o julgamento da ação de inconstitucionalidade seria adiado. Após a sessão, o ministro Eros Grau, responsável pelo pedido de vista (mais tempo para analisar o caso), disse que "o assunto é muito complicado, tem de ser estudado muito bem". Ele não disse quando o tema entrará novamente na pauta do STF. Nas últimas semanas, as centrais se mobilizaram para jogar a conclusão do caso pelo menos para abril. O maior volume do imposto sindical é recolhido pela Caixa Econômica Federal justamente nesse mês e, se as atuais regras forem mantidas até lá, as entidades poderiam assegurar o repasse do dinheiro já recolhido dos trabalhadores neste ano. A contribuição sindical equivale a um dia de salário do trabalhador e é descontada dos salários de março, cujo pagamento é feito no início de abril. O repasse para as centrais foi de R$ 80,9 milhões no ano passado. A ação de inconstitucionalidade foi levada ao STF pelo DEM. A votação começou no ano passado. Cinco ministros já votaram -três contra o repasse do imposto para as centrais e dois a favor. CONGRESSO

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Câmara aprova proposta que dá recursos do pré-sal a aposentados (Folha de SP) 25/02/2010 NOELI MENEZES DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Em derrota para o governo Lula, a Câmara dos Deputados aprovou ontem proposta que destina parte dos recursos da exploração do pré-sal para recompor as perdas das aposentadorias superiores a um salário mínimo. O novo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), antes mesmo do final da votação, já anunciou que o Planalto não terá compromisso com a proposta pró-aposentados. A oposição acusou o governo de não cumprir promessas que fez aos aposentados. Por 309 votos a 92, oposição e dissidentes da base aliada mantiveram emenda do deputado Márcio França (PSB-SP) ao projeto do Fundo Social que reserva 5% da verba do combate à pobreza para os aposentados. A Câmara analisou 14 emendas ao texto base do projeto de lei, aprovado anteontem, que cria um fundo social com recursos da exploração do pré-sal para financiar programas contra a pobreza, de enfrentamento das mudanças climáticas e de desenvolvimento da educação, cultura, saúde pública e ciência e tecnologia. Apenas o destaque que beneficia os aposentados foi aprovado, depois de mais de seis horas. "Essa emenda inviabiliza o Fundo Social. Não pode ser aprovada", disse José Genoino (PT-SP). Entre os destaques rejeitados estão a exigência de que os recursos do fundo constem do Orçamento da União, a proibição da aplicação da verba em infraestrutura e a inclusão de esporte e segurança como beneficiadas. O projeto do Fundo Social segue agora para o Senado. Depois passará pelo crivo do presidente da República.

BC retira R$ 71 bi do mercado e reduz oferta de crédito pelos bancos (Folha de SP) 25/02/2010 Além de começar a reverter medidas contra a crise, BC faz aperto monetário que ajuda no combate à inflação Edna Simão, BRASÍLIA APERTO - Henrique Meirelles(BC) anuncia mudanças no compulsório O Banco Central (BC) começou a retirar os estímulos ao crédito concedidos em 2008 para atenuar o impacto da crise global na atividade econômica. Ontem à noite, a autoridade monetária anunciou a reversão de parte das medidas que flexibilizaram o recolhimento compulsório, a parcela dos depósitos que os bancos devem manter no BC. A decisão deve tirar R$ 71 bilhões da economia a partir do fim de março e início de abril. Outros R$ 50 bilhões continuarão com os bancos, já que nem todas as mudanças efetuadas no auge da crise foram revistas. "O sistema está suficientemente líquido. Não se justifica mais injeção de liquidez", afirmou o presidente do BC, Henrique Meirelles. "Os indicadores mostram que as condições de liquidez estão adequadas." O mercado financeiro já esperava que o governo tomaria iniciativas nessa direção para atenuar as pressões inflacionárias que começam a surgir no atual cenário de economia mais aquecida. O Ministério da Fazenda, nos bastidores, defendia a retomada dos compulsórios, considerando que a medida pode contribuir para adiar o início do novo ciclo de alta dos juros previsto para março ou abril pelo mercado financeiro. Apesar disso, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Luiz Mendes, frisou que a reversão das medidas anticrise terá efeito "neutro" nos juros bancários. "O compulsório está deixando de ser um instrumento de política monetária no mundo e hoje é um instrumento prudencial de administração de liquidez do sistema", afirmou Mendes. "O objetivo (das medidas) é de regular o mercado e criar um colchão de liquidez." Meirelles disse que a decisão do BC está em consonância com o debate internacional do período pós-crise. Segundo ele, o compulsório, antes visto como prejudicial para os bancos, passou a ser considerado, no conselho de Basileia, como um dos ativos mais seguros para composição de um "colchão" de liquidez do sistema financeiro, assim como papéis de governo. Dos R$ 71 bilhões que serão retirados da economia, R$ 34 bilhões se referem à reversão do compulsório sobre os depósitos a prazo. A alíquota do recolhimento, que havia sido reduzida para 13,5% no início da crise, voltará a 15% a partir de 9 de abril.

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Os restantes R$ 37 bilhões serão depositados no BC a partir de 22 de março. O volume será recolhido ao BC com a restauração da alíquota de 8% exigida no chamado compulsório adicional, cobrada nos depósitos à vista e a prazo, que havia caído para 5% e 4%, respectivamente. Os recolhimentos, porém, só poderão ser feitos em espécie, e não mais em títulos. "A ideia é equilibrar o volume de títulos e dinheiro no mercado. É um mero ajuste fino", disse Mendes. A única medida que continuará em vigor é a dedução que as instituições maiores podem fazer do compulsório quando compram ativos de pequenos e médios bancos. Ela terminaria em 31 de março, mas foi prorrogada para 30 de junho. Porém, o limite para dedução caiu de 55% para 45% do compulsório total. Também foram criados redutores para o recolhimento de compulsório de depósitos a prazo e também da exigibilidade adicional. Nesse caso, os bancos com patrimônio acima de R$ 5 bilhões não poderão mais fazer dedução. Antes, o abatimento chegava a R$ 2 bilhões.

Governo sofre derrotas na votação de emendas aos projetos do pré-sal (O Estado de SP) 25/02/2010 Emenda que destina parte dos recursos do pré-sal para recompor valor das aposentadorias é aprovada por 356 a 1 Denise Madueño, BRASÍLIA Começou mal para o governo a votação dos projetos do pré-sal na Câmara dos Deputados. Na noite de ontem, o Planalto sofreu duas derrotas acachapantes ao votar a lei da criação do Fundo Social a ser constituído com recursos da produção e comercialização do petróleo da camada do pré-sal. Uma emenda, proposta por um deputado da base governista, Márcio França (PSB-SP), destinou parte do dinheiro do fundo para investir na recomposição do valor das aposentadorias acima de um salário mínimo. A emenda foi aprovada por 356 votos a favor e um único contrário. A emenda diz que no mínimo 5% da parte do Fundo Social reservada ao combate à pobreza deve ser usada para a recomposição das aposentadorias. Quando os líderes da base aliada tentaram aprovar uma "emenda à emenda", propondo um destino genérico ao dinheiro, falando em investimentos para os "segurados da Previdência Social", o governo sofreu a segunda derrota: 309 votos contra 92 e uma abstenção. Apenas o PT e o PMDB votaram a favor dessa manobra em torno da proposta mais genérica, para não obrigar o governo a destinar o dinheiro para as aposentadorias acima do mínimo. A recomposição dos benefícios da Previdência acima do salário mínimo está numa proposta apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) que tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, mas já foi aprovada no Senado. Por ordem do Planalto, que alegou falta de dinheiro, os líderes do governo barraram a tramitação mostrando que o custo da recomposição custará cerca de R$ 76 bilhões ao ano - agora o Fundo Social do pré-sal será a fonte dos recursos. QUATRO PROJETOS O texto básico do projeto de lei do Fundo Social havia sido aprovado na noite de terça-feira, ficando para ontem a decisão de plenário sobre 14 emendas. O relator do projeto foi o deputado Antonio Palocci (PT-SP), ex-ministro da Fazenda. Para contornar as pressões eleitorais, já havia ampliado o leque de destinações dos recursos do Fundo Social, que financiará programas e projetos de combate à pobreza e de desenvolvimento de educação, cultura, saúde, ciência e tecnologia e mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O projeto do Fundo Social é uma das quatro propostas do marco regulatório do pré-sal encaminhadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso em setembro do ano passado. A proposta de criação da Petro-Sal, estatal que fará a gestão dos novos contratos, foi encaminhada ao Senado em novembro. O governo ainda precisa aprovar na Câmara a capitalização da Petrobrás e concluir a votação do novo modelo de exploração, onde o Planalto corre outro risco de derrota por causa da divisão de receitas com a cobrança de royalties. A derrota de ontem à noite foi a primeira sofrida pelo Planalto sob a liderança do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), novo líder do governo na Câmara. O projeto aprovado pelos deputados vai agora ao Senado, onde o Planalto enfrenta problemas constantes nas votações - a maioria é frágil e o governo sofreu na Casa uma derrota histórica, em dezembro de 2007, quando foi aprovado o fim da cobrança da CPMF, o imposto do cheque.

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"INACEITÁVEL" Pelo texto aprovado ontem, a destinação do dinheiro do Fundo para as aposentadorias é clara: "No mínimo 5% dos recursos a serem aplicados no combate à pobreza serão destinados a um Fundo Específico, a ser gerido pelo Ministério da Previdência Social, para recomposição da diferença entre o que foi recolhido em salários mínimos e efetivamente pago pela Previdência Social a seus segurados". "É uma emenda inaceitável", afirmou Palocci. "Essa emenda anula, nega e inviabiliza o Fundo Social", reclamou José Genoino (PT-SP). Os apelos de Vaccarezza contra a aprovação da proposta não surtiram efeito na base aliada, preocupada com o desgaste de rejeitar uma emenda que beneficia os aposentados em ano eleitoral. Durante todo o dia, o PT ficou sozinho contra a emenda do deputado Márcio França. Primeiro, numa manobra regimental, o governo tentou evitar a votação nominal, quando os votos não são registrados no painel eletrônico, mas foi derrotado pelos próprios aliados. Depois, tentou derrubar a proposta no voto, mas, quando percebeu o tamanho do prejuízo que teria, recorreu à negociação, mas não conseguiu segurar a base.

Consumo de energia bate o 5º recorde do ano (O Estado de SP) 25/02/2010 Alta demanda é atribuída sobretudo ao calor no Sudeste e Centro-Oeste RIO A demanda brasileira por energia bateu novo recorde na terça-feira, às 14h44, ao atingir o pico de 70.954 megawatts (MW). Foi o quinto recorde este ano, por causa das altas temperaturas, sobretudo no Sudeste e Centro Oeste. O calor teve grande peso também no consumo de energia em janeiro, que cresceu 9,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo informou ontem a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O recorde de terça-feira está registrado no boletim preliminar da operação do sistema elétrico, divulgado ontem. No mesmo dia, houve recorde de demanda no Sudeste, Centro-Oeste (44.190 MW, também às 14h44) e no Nordeste (10.115 MW, às 14h32). O último recorde de demanda no Sistema Interligado Nacional (SIN) ocorreu dia 4 de fevereiro, em uma semana de consumo excessivo também por causa do calor. As elevadas temperaturas deram o tom da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, também divulgada ontem pela EPE, com dados do consumo em janeiro. Nesse mês, o consumo nacional atingiu 33.718 gigawatts/hora (GWh), 9,1% mais que no mesmo período de 2009. Foi a maior taxa de crescimento para um mês de janeiro desde o início da série histórica. Houve alta significativa em todas as classes de consumo. No caso de comércio e residências, com crescimento de 8,7% e 7,5%, respectivamente, o calor foi apontado como o responsável. Segundo a EPE, a diferença de temperatura neste início de 2010 superou os 2º C em cidades como Rio, Vitória e Curitiba. No Espírito Santo e no Rio, houve alta de 16,1% e 15,8%, respectivamente, no consumo residencial. "Com a aquisição de aparelhos de refrigeração pela população e, principalmente, pela intensificação no uso dos mesmos, o consumo médio das residências brasileiras anotou o valor de 165 KWh em janeiro, o maior desde o racionamento de 2001/2002", destaca o texto. É o quinto ano seguido de alta no consumo per capita residencial no primeiro mês do ano. Mais da metade da alta no consumo em janeiro, porém, veio da indústria, com 13,2%, o equivalente a 5,2 pontos porcentuais da taxa global. Para o ONS, esse desempenho é explicado pela baixa base de comparação de 2009, quando uma parte da indústria parou. Segundo a resenha, o maior crescimento no consumo industrial ocorreu nos Estados que apresentaram maior retração no período de crise: Espírito Santo (alta de 95% no consumo de janeiro), Minas Gerais (25,4%), Bahia (19,6%) e Rio Grande do Sul (30,7%). No acumulado de 12 meses, o consumo de energia permanece em queda, de 0,1%.N.P. NÚMEROS 70.954 megawatts foi o pico de consumo de energia às 14h44 de terça-feira desta semana, 5º recorde do ano

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44.190 megawatts foi o pico de consumo de energia no Sudeste e Centro-Oeste, no mesmo dia e hora 10.115 megawatts foi o pico de consumo no Nordeste no mesmo dia e hora

Governo dá como certo retorno da rede óptica (O Estado de SP) 25/02/2010 Medida retira um dos entraves ao programa de banda larga pública Renato Andrade, BRASÍLIA PODER PARALELO - O deputado cassado, ex-ministro e lobista José Dirceu, que admite ter prestado consultoria para o dono da Eletronet A retomada do controle da rede de fibras ópticas da Eletronet é considerada fato consumado pelo governo. Com isso, o Palácio do Planalto remove um dos entraves para lançar o plano de oferta de serviços de internet por banda larga pública. Para o governo, a solução também acaba com as especulações de possíveis favorecimentos aos acionistas da empresa que atualmente administra a rede, como o empresário Nelson dos Santos, que pagou ao ex-ministro José Dirceu R$ 620 mil por serviços de consultoria. O governo se apoia em um contrato assinado em 1999 pela Eletrobrás e a Eletronet, empresa criada naquele ano para gerir a rede de fibra óptica que se encontra em processo de falência. Segundo o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, o documento deixa claro que a Eletronet tinha só o direito de uso dos cabos. Na eventualidade de sua falência, a rede seria retomada pelas centrais elétricas federais, efetivas proprietárias dos 16 mil quilômetros de cabos de fibras ópticas que correm por 18 Estados. Segundo Adams, os sócios da Eletronet não terão ganhos financeiros com a revitalização da Telebrás. "Os sócios da Eletronet não vão receber nada. Especular que esse rapaz (Nelson dos Santos) vai receber uma fatia de R$ 200 milhões é absolutamente inverídico", disse. O objetivo central do contrato assinado em 1999 era garantir o "direito de acesso" da Eletronet à infraestrutura de cabos ópticos do sistema de transmissão de energia. Na época, o governo Fernando Henrique Cardoso considerou que a empresa poderia aproveitar o sistema para transmitir dados de outras empresas, o que renderia recursos para os cofres públicos. Os problemas financeiros da AES, parceira da Eletrobrás no negócio, inviabilizaram a empresa, que entrou com um pedido de autofalência em 2003, processo que se arrasta até hoje. Uma das cláusulas do contrato garantiu às centrais elétricas (Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul) que o documento seria rescindido em caso de falência da empresa e uma das consequências da rescisão seria o retorno imediato dos bens para os antigos gerenciadores da rede. "Objetivamente, esse patrimônio pertence ao sistema elétrico. A Eletronet tinha, não têm, um contrato de cessão onerosa em que teria a competência de administrar toda a rede", afirmou Adams. PORTA FECHADA Apesar das discussões na Justiça sobre as dívidas da Eletronet, Adams acredita que a partir do momento em que o governo decidiu retomar o controle da rede, evitando a recuperação da empresa, foram fechadas todas as possibilidades de algum ganho para os sócios da companhia. Na terça-feira, a Folha de S. Paulo afirmou que uma possível recuperação da Eletronet poderia render a Nelson dos Santos cerca de R$ 200 milhões. Anos atrás, com a empresa já falida, ele pagou R$ 1 para virar sócio da Eletronet. "A única alternativa para ele poder receber isso seria, eventualmente, a Eletronet sair da falência, o que não é sequer cogitado", afirmou Adams. A incorporação da empresa pela Telebrás numa possível revitalização da estatal para conduzir o plano de banda larga também seria outra possibilidade de ganho para Santos, mas o titular da AGU garantiu que essa também não é uma alternativa. Segundo o advogado Márcio André Mendes da Costa, contratado pelas centrais elétricas no processo de falência da Eletronet, o governo quase favoreceu o ex-cliente de Dirceu. "O governo quase entrou numa roubada, mesmo", disse.

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Segundo ele, em 2006 havia uma orientação para que o governo usasse uma estatal para assumir o pagamento dos fornecedores da Eletronet e suspender a falência. Alertado pela AGU, em 2007, o governo mudou de estratégia e enterrou as possibilidades de ganho para os sócios da empresa falida.

Produção da Petrobrás aumenta 2,6% em janeiro (O Estado de SP) 25/02/2010 Média ainda é inferior aos 2,05 milhões de barris por dia estabelecidos para serem atingidos em 2009 Kelly Lima, RIO A produção de petróleo da Petrobrás no Brasil aumentou 2,6% em janeiro deste ano, na comparação com janeiro do ano passado. Mas teve uma pequena queda, de 0,75%, em relação a dezembro, por causa da parada, para manutenção, de três plataformas na Bacia de Campos. Segundo os dados informados ontem pela estatal, a produção atingiu 1,972 milhão de barris por dia na média de janeiro. Essa média ainda é inferior à meta de 2,05 milhões de barris por dia estabelecida pela companhia para 2009. Para este ano, a expectativa de aumento na produção está concentrada no alcance do pico de produção de algumas plataformas que começaram a operar no ano passado, já que não há praticamente projetos de grande porte com início previsto para 2010. A produção de gás natural no País teve queda de 2,6% em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2009. A produção de gás, que atingiu 49,548 milhões de metros cúbicos por dia, porém, foi superior em 5,2% à produção de janeiro de 2009. No exterior, a produção de gás foi de 15,912 milhões de metros cúbicos por dia, registrando um aumento de 0,3% em relação a dezembro. Já em comparação com o mesmo mês do ano passado, houve um acréscimo de 1%, em decorrência de maior demanda local de gás no Peru. Considerando óleo e gás, a produção total da companhia no Brasil e no exterior aumentou 3,8% em relação a janeiro de 2009, atingindo 2,525 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O volume também é 1% superior à média diária atingida pela Petrobrás nos 12 meses do ano passado. De acordo com a direção da estatal, a leve redução na produção entre dezembro e janeiro ocorreu "em função das operações de manutenção preventiva de plataformas". A estatal informou que três delas passaram por esse processo na Bacia de Campos. Por outro lado, diz a companhia, o volume de petróleo e gás natural extraído dos campos situados nos países onde a Petrobrás atua chegou a 241.314 barris de óleo equivalente em janeiro, indicando um aumento de 12,3% em relação à produção de janeiro de 2009. Contribuíram para o resultado a entrada em produção do campo de Akpo e de novos poços no campo de Agbami, ambos na Nigéria. Quando comparado com dezembro de 2009, o volume apresentou uma redução de 1%, em decorrência de intervenções em poços para recuperação de produção em Akpo. OGX A companhia de petróleo do grupo do empresário Eike Batista, a OGX, concluiu a perfuração do poço OGX-5, com indícios de hidrocarbonetos numa terceira seção geológica, com profundidade de 4,1 mil metros. Os dados iniciais indicam a presença de algo entre 30 milhões e 90 milhões de barris de óleo recuperável. O poço está localizado no bloco BM-C-43, em águas rasas da parte sul da Bacia de Campos, no qual a OGX detém 100% de participação. A sonda Ocean Ambassador será deslocada para a área do prospecto Vesúvio, no bloco BM-C-41, cuja perfuração deve ser iniciada em março. Energia: Camargo Corrêa e Previ sentem que está mais próxima a união de CPFL e Neoenergia

Iberdrola abre caminho para fusão (Valor Econômico) 25/02/2010

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Josette Goulart, de São Paulo O principal empecilho para a fusão entre a CPFL e a Neoenergia, almejada por Previ e Camargo Corrêa, ambas acionistas na companhia paulista, perdeu força ontem. A empresa espanhola Iberdrola, que compartilha o controle da Neoenergia com a Previ, anunciou um plano de investimentos para os próximos dois anos de nada mais nada menos do que € 18 bilhões. Tantos bilhões de euros e o nome do Brasil não foi sequer citado no programa da companhia. A empresa vai focar seus investimentos nos Estados Unidos e na Inglaterra e o principal executivo da Iberdrola disse ainda que pretende se desfazer de € 2,5 bilhões em ativos que possui pelo mundo para fazer frente a essa estratégia, segundo a agência Bloomberg. As negociações entre Camargo, Previ e Iberdrola para que a construtora entre no capital da Neoenergia, e posteriormente faça a fusão com a CPFL, já acontecem há mais de três meses. Se dependesse somente do fundo de pensão e da construtora, o negócio já estaria fechado e a maior empresa distribuidora já estaria operando. Juntando as duas, a nova companhia fica com 21% de mercado e mais de 15 milhões de consumidores. Mas como diz um importante administrador do fundo dos funcionários do Banco do Brasil, isso não depende só dos dois ou da simples vontade do governo para que as duas empresas se unam. "Não dá para simplesmente o governo expulsar os espanhóis do Brasil, não é?", afirma uma fonte ligada às empresas. "Zapatero (referência ao primeiro-ministro espanhol) telefona para o Lula na mesma hora."

Uma das propostas feitas à Iberdrola é que a empresa fique com a parte de geração da Neoenergia, deixando as distribuidoras de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Bahia em mãos da Camargo e Previ. Eventualmente, a Iberdrola poderia até manter uma participação minoritária na companhia. O que a construtora e a própria Previ não desejam de forma alguma que os espanhóis façam parte do bloco de controle. O principal motivo seria o poder de vetar os planos de investimentos e de aquisições da nova companhia. No final de 2008, quando a Neoenergia fez uma proposta pela fatia da Votorantim na CPFL, a intenção já era a de fundir as duas empresas. Mas a Camargo Corrêa não ficou confortável de ter a Iberdrola como sócia e, por isso, exerceu seu direito de preferência e comprou a parte da família Ermírio de Moraes na CPFL. Alguns meses depois, quem ficou desconfortável com os espanhóis foi a Previ. Era abril de 2009, quando Cemig e Neoenergia fizeram conjuntamente uma proposta de compra pela filial brasileira da empresa italiana de transmissão Terna. Poucos dias antes de ser fechado o negócio, a Iberdrola vetou a participação da Neoenergia, deixando os executivos da Previ constrangidos frente à Cemig. A estatal mineira acabou assumindo sozinha o negócio. A decisão da Iberdrola na época foi tomada porque a agência de classificação de risco Fitch havia rebaixado mundialmente seu rating. Em função da crise, as ações da companhia perderam fortemente o valor e parte da dívida era atrelada ao preço de suas ações. Se o preço ficasse abaixo de determinado valor, a dívida teria que ser paga antecipadamente. Além disso, naquele primeiro trimestre a queda do lucro da companhia havia chegado a 34%. A situação da elétrica espanhola melhorou bastante de lá para cá. Ontem, a empresa anunciou um lucro apenas 1,3% menor do que no ano anterior. Em meados do ano, elevou seu capital em € 1,5 bilhão com emissão de novas ações. Mas ainda hoje mantém uma dívida líquida de € 24 bilhões. Com planos tão definidos para crescer nos Estados Unidos

e Inglaterra, e principalmente em energias renováveis, a Iberdrola deixa um pouco de lado o mercado brasileiro na avaliação de alguns executivos que almejam a fusão de Neoenergia com CPFL.

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O outro empecilho que poderia vir da construtora ACS, uma das maiores do mundo e principal acionista da Iberdrola, também parece ter ficado para trás. Nessa semana, a Iberdrola divulgou convocação para assembleia de acionistas que vai definir novos membros do conselho de administração e não houve aceitação do pleito da ACS de ter mais assentos no conselho. Isso porque existe conflito de interesse entre as duas companhias, já que a Iberdrola também tem um braço construtor. Como a ACS já investiu no Brasil mais de € 550 milhões e está em 25 projetos de concessão de transmissão, havia um receio de que quisesse elevar sua presença via a elétrica. No Brasil, a Iberdrola tem ainda uma participação de mercado via EDP, empresa portuguesa que é dona de distribuidoras como Bandeirante Energia, em São Paulo. Nesta semana, entretanto, os espanhois venderam 2,7% de sua participação na companhia portuguesa e assim deram indícios de que vão sair definitivamente da EDP. Em geração brasileira, ainda há interesse no país. Em 2009, o presidente da Iberdrola veio pessoalmente ao país para dar seu aval à participação da Neoenergia no leilão da hidrelétrica de Belo Monte. A empresa inclusive já assinou memorando de entendimentos para participar da disputa com Andrade Gutierrez, Vale e Votorantim. Para esse tipo de investimento, a Neoenergia tem um caixa guardado sob forma de reserva de lucro superior a R$ 4 bilhões. Portanto, o aporte de sócios não é necessário.

Grupo espanhol decide focar expansão nos EUA (Valor Econômico) 25/02/2010 Ed Crooks e Mark Mulligan, Financial Times, de Londres e Madri A companhia espanhola Iberdrola, maior empresa de energia eólica no mundo, está focando os Estados Unidos como sua "principal plataforma de crescimento" para os próximos três anos, disse ontem a empresa. Divulgando seus planos de investimentos para 2010-12, o grupo energético espanhol disse que quase 40% de seus € 18 bilhões (cerca de US$ 24 bilhões) em gastos de capital no período terão como destino os Estados Unidos, aplicados principalmente em fazendas eólicas e em sistemas de transmissão e de distribuição de eletricidade. Ignacio Galán, presidente executivo da companhia, disse que os Estados Unidos são o mercado com a maior margem para de desenvolvimento de energias renováveis. "Há países menores com mercados atraentes, mas seu potencial é limitado", disse o executivo durante sua apresentação. Galán também criticou os planos visando eliminar o limite de 10% para os direitos de voto dos acionistas na Espanha, dizendo que a maioria dos investidores da Iberdrola não está preocupada com isso, e que o governo deveria concentrar-se em questões mais importantes, como uma reforma no mercado de trabalho. O executivo manifestou-se no momento em que Iberdrola anunciou uma ligeira queda nos lucros antes de impostos em 2009, em queda de 5%, para €3,66 bilhões no período. Os números beneficiaram-se da agressiva expansão da Iberdrola fora da Espanha nos últimos anos, tendo o crescimento dos negócios internacionais compensado uma desaceleração dos preços e da demanda no mercado interno espanhol. A produção da Iberdrola na Espanha caiu 3,4%, pois as famílias e as empresas estão sofrendo uma forte recessão desde o fim de 2008. No resto do mundo, porém, o grupo espanhol registrou melhores resultados operacionais em termos de moeda local, para o que contribuiu em parte a primeira consolidação de ano inteiro de sua operação nos Estados Unidos, a Energy East, comprada por US$ 4,5 bilhões em 2008. Para os próximos três anos, a Iberdrola prevê a alocação de apenas 24% dos gastos de capital na Espanha, 25% no Reino Unido e 39% nos Estados Unidos. As outras unidades de negócios ficam os 12% restantes Os investimentos estão sendo incrementados novamente, para uma média de € 6 bilhões por ano para 2010-12, crescendo ao longo do período, após terem sido cortados drasticamente para € 4,2 bilhões em 2009. Galán disse que a empresa espera ser capaz de cobrir os seus planos de investimento usando seus fluxos de caixa no período, e que irá manter a sua dívida líquida próxima do nível atual de cerca de € 25 bilhões.

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O investimento nos Estados Unidos é particularmente atraente, em parte devido a uma esperada dotação de fundos de estímulo de US$ 2 bilhões - cerca de 30% de seus investimentos previstos para energia eólica - como resultado de apoio do presidente Barack Obama a geração de energia com baixo teor de carbono. A Iberdrola já é a segunda maior empresa de energia eólica nos Estados Unidos, com quase 3.600 megawatts (MW) de capacidade instalada no fim do ano passado, e tem planos para dobrar e construir outro 1 mil MW por ano nos próximos três anos. Os Estados Unidos têm a maior capacidade instalada de energia eólica no mundo. (Tradução de Sergio Blum)

Debênture da Cemig tem demanda de R$ 6 bilhões (Valor Econômico) 25/02/2010 Carolina Mandl, de São Paulo Com a primeira oferta bilionária de debêntures do ano, a Cemig testou anteontem o apetite dos investidores. O resultado foi que a demanda pelos papéis excedeu a oferta em R$ 3,3 bilhões, totalizando R$ 6 bilhões, derrubando a remuneração paga pela companhia. Para a primeira série, com vencimento em 2012, o valor máximo oferecido pela Cemig era de 1,5% mais a taxa DI ao ano. Depois do processo de coleta de intenção de investimento entre os potenciais compradores do papel, a remuneração caiu para 0,9% mais a taxa DI. No caso da segunda série, que vence em 2015 e é atrelada ao IPCA, oferecia-se a taxa da NTN-B mais 1,5%, percentual que caiu para 1,2%. O problema foi que a Cemig só pôde atender a demanda por R$ 2,7 bilhões em debêntures, valor inicialmente previsto para a oferta. Isso porque a lei das sociedades por ações determina que as emissões de debêntures de uma companhia não podem ultrapassar o limite do capital social delas. No caso da Cemig, seu capital social é de 3,29 bilhões. Assim, essa emissão atual, somada a uma de R$ 588 milhões feita em 2007, levaria a empresa a exceder o patamar estabelecido em lei. Os recursos captados com essa oferta vão ser usados para pagar uma dívida de R$ 2,7 bilhões em notas promissórias, com juros de 113% da taxa DI, feita no ano passado. A operação tem como coordenadores seis bancos: Banco do Brasil (líder), Caixa Econômica Federal (CEF), BTG Pactual, Espírito Santo, Votorantim e HSBC. Neste ano, até agora, houve a conclusão de três ofertas públicas de debêntures. A Brookfield fez uma operação de R$ 366 milhões, a Cteep, de R$ 548,6 milhões, e a Cemig com seus R$ 2,7 bilhões. A próxima emissão bilionária deve ser a da Oi, em abril, com uma oferta de R$ 2,25 bilhões que testará a demanda dos investidores por papéis de longo prazo indexados ao IPCA, com vencimento em dez anos. Governo: Telefônica avaliou compra da Eletronet para atender clientes corporativos fora de São Paulo

Ação da Eletrobrás pode interromper operação da Eletronet (Valor Econômico) 25/02/2010 Heloisa Magalhães, do Rio Valente: "Com a disseminação da banda larga móvel as empresas vão ter muita necessidade de infraestrutura" Empresas do sistema Eletrobrás aguardam o término de ajustes técnicos da rede para requerer judicialmente que deixem de ser oferecidos os serviços que ainda são operados pela Eletronet. Com isso, deixarão de usar a infraestrutura as operadoras privadas de telecomunicações que têm contratos com a Eletronet ficando aberto o caminho para o governo utilizar a rede para atender ao Plano Nacional de Banda Larga. Furnas, Eletrosul, Eletronorte e Chesf que são detentoras da fibras ópticas utilizadas pela Eletronet e instaladas junto ao sistema de transmissão de energia elétrica. E, de acordo com o advogado Marcio Andre Mendes Costa, da Mendes Costa Advogados, que representa as empresas, em dezembro do ano passado, quando obteve autorização de posse, foi iniciada uma revisão da infraestrutura que fica pronta agora em março para que, em seguida, seja solicitada a emissão de posse, já requerida judicialmente . Desde novembro do ano passado, a 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro devolveu às empresas do sistema Telebrás o direito do uso das fibras ópticas que vem sendo operadas pela Eletronet. A falência da companhia foi decretada em

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2004. Tudo começou com um contrato de concessão de uso da para a Eletronet em 1999. Mas uma das cláusulas previa que em caso de falência da operadora, os bens da concessão retornariam para as quatro empresas cedentes. Segundo Mendes Costa, os credores deverão ser atendidos quando a massa falida fizer a liquidação de ativos e que for vendido pode ser distribuído pelos credores. O advogado das empresas do sistema Eletrobrás explica que em 2007 foi feito um pedido na Justiça para que os bens voltassem uma vez que foi decretada a falência judicialmente. Lembra que as fibras, entre outras funções, são utilizadas para garantir segurança do sistema elétrico pois pela rede passam informações sobre o sistema de geração de energia por meio da fibras ópticas. "Imagina rede do sistema elétrico ficar na dependência de uma empresa que faliu", disse. Usuárias dos serviços da Eletronet, várias operadoras de telecomunicações analisaram a compra da concessão, durante todos esses anos enquanto tramitava o processo de de falência da Eletronet. A Oi, Telefônica, Embratel, Intelig entre outras, segundo fontes ouvidas pelo Valor, analisaram a possibilidade de comprar a dívida da Eletronet para retirar a empresa da falência e explorar a companhia. A Oi, conforme noticiou ontem a "Folha de São Paulo", admitiu que avaliou o negócio. A Telefônica, segundo presidente da empresa Antonio Carlos Valente, avaliou a compra, antes dele assumir a companhia, uma vez que a rede em uso pela Eletronet poderia tornar-se alternativa para atender clientes corporativos fora do estado de São Paulo. "Com o advento da banda larga a capacidade de meios de transmissão passou a ser muito demandada e com a disseminação da banda larga móvel as empresas vão ter muita necessidade de infraestrutura", disse. Lembrou que Embratel, Intelig e a própria Oi já têm redes nacionais em operação mas para uma empresa como a Vivo, por exemplo, uma infraestrutura do porte da usada pela Eletronet agregaria valor. E explicou que a TIM agora tem a Intelig o que completa a infraestrutura assim como a GVT montou a sua com a compra da Geodex ficando com uma rede "importante". Valente disse que seria "muito bom para o Brasil que as fibras da em uso pela Eletronet sejam utilizadas, é um patrimônio do país", destacou. O governo deverá se posicionar em março sobre como vai montar a infraestrutura para formatar o plano que irá disponibilizar o acesso à banda larga. A proposta é usar a rede das empresas do sistema Telebrás, hoje em parte operada pela Eletronet e também da Petrobras. O serviço vai custar entre R$ 25,00 a R$ 35,00. A Telefônica iniciou serviço semelhante, com isenção de ICMS, ontem em São Paulo, por R$ 29,80 com velocidade de acesso de 256 Kb. Fundo de pensão: Joílson Ferreira deve substituir Rosa na presidência

Mudança na diretoria da Previ começa a ser definida (Valor Econômico) 25/02/2010 Vera Saavedra Durão, do Rio Joílson Ferreira, funcionário de carreira do BB e atual diretor de Participações da Previ, é o mais cotado a substituir Sérgio Rosa na presidência da fundação Termina amanhã o prazo para inscrições de chapas para a eleição direta, em maio, de dois diretores executivos da Previ, nas áreas de administração e planejamento. O pleito em si não alteraria muito a vida do maior fundo de pensão do país, com patrimônio de R$ 133 bilhões, não fosse o fato de que também em maio chega ao fim o mandato de Sérgio Rosa, atual presidente da fundação dos funcionários do Banco do Brasil, cargo de indicação política da cúpula do BB e no qual Rosa permaneceu por dois mandatos, ou seja, oito anos. O Valor apurou que o nome mais cotado para substituir Rosa na presidência é o de Joílson Ferreira, 50 anos, advogado diplomado pela USP, funcionário de carreira do BB e atual diretor de Participações da Previ. A Previ é um colegiado com seis diretores com remuneração idêntica à dos diretores do Banco do Brasil. Atualmente, a maioria destes executivos é ligada ao PT. Pelo estatuto da fundação, três diretores - o presidente e os diretores executivos de Participações e de Investimento - são escolhidos diretamente pelo BB e referendados pelo Conselho Deliberativo da Previ, enquanto outros três - Administração, Planejamento e Seguridade - são eleitos diretamente por 178 mil associados em todo o país para mandatos de quatro anos, renováveis por mais quatro. Joílson Ferreira foi indicado em 2008 para a Diretoria de Participações em substituição a Renato Chaves, juntamente com o atual diretor de Investimento, Fábio Moser. Ambos têm ainda dois anos no exercício dos respectivos cargos. Quando foi chamado para a Diretoria de Participações, Joílson exercia a função de gerente - executivo do BBBI.

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Como diretor de Participações da Previ, é ele quem substitui o presidente como interino, quando este se ausenta ou tira férias e é quem cuida das participações acionárias da fundação, entre elas a Vale do Rio Doce, da qual o fundo é o controlador, CPFL e Embraer, dentre outras empresas gigantes. Sergio Rosa também foi diretor de Participações da Previ, em 2000. O fato é simbólico e pode sinalizar para uma potencial preferência do BB por Joílson. De modo geral, os diretores executivos da Previ têm vínculos partidários com o PT, ligados a corrente majoritária do partido do governo, a antiga Articulação, agora denominada Construindo Novo Brasil. Assim como Rosa, Ferreira teve militância sindical e goza de bom trânsito dentro do governo Lula. Se sua indicação se concretizar, seu mandato na presidência da Previ irá até 2014, num Brasil pós-Lula, que pode ser presidido por Dilma (PT) ou Serra (PSDB). Se deixar a Diretoria de Participações, Joílson pode ser substituído automaticamente pelo seu gerente de participações Ricardo Giambroni, ou por outro nome indicado pelo BB. No âmbito das eleições diretas para diretores de Administração e Planejamento existem até agora dois nomes no páreo. Paulo Assunção de Souza, aposentado do BB, que já foi conselheiro do banco, da Anabb (Associação dos Funcionários do BB) e é do conselho de administração da Neoenergia, é um nome escolhido pela situação, ligada à Articulação do PT, para ocupar a diretoria executiva de Administração, hoje ocupada por Francisco Alexandre, que pode compor chapa com a candidata à Diretoria de Planejamento, Elaine Michel, indicada pela Anabb, da qual é Diretora de Relações Externas e Parlamentares, cujo presidente, Valmir Camilo, é do PPS. A atual diretora de Planejamento é Cecília Garcez, que cumpre seu segundo mandato e não pode ser reeleita. Ela foi indicada pela Anabb. Apesar de algumas divergências entre Camilo e Rosa, durante os anos de 2004, 2006 e 2008 a Anabb e o PT se compuseram numa chapa de unidade e ganharam as eleições diretas. Segundo observadores do cenário eleitoral da Previ, este ano a aliança pode se repetir. O Valor procurou Valmir Camilo, mas não conseguiu contatá-lo para confirmar a dobradinha. Até agora, não tem ainda nenhuma chapa inscrita. Na Previ, a expectativa é que as inscrições aconteçam na última hora de amanhã. Além das diretorias executivas de Administração e Planejamento, terão que ser eleitos ainda dois nomes para o Conselho Deliberativo, um titular e um suplente; um titular e um suplente para o Conselho Fiscal; dois titulares e dois suplentes para o Conselho Consultivo do Plano 1 (Benefício Definido); e dois titulares e dois suplentes para o Previ Futuro. Palavra do gestor:

A crise está de volta ou é apenas uma turbulência? (Valor Econômico) 25/02/2010 Alexandre E. Santo Infelizmente, o início deste ano vem sendo caracterizado pelo retorno da volatilidade nos mercados. Sempre que ela aumenta - no caso da Bovespa, praticamente dobrou entre janeiro e fevereiro -, os investidores de longo prazo saem prejudicados. Já os especuladores são, temporariamente, beneficiados. Quando isso acontece, a tendência é de que os pequenos e médios investidores se retraiam, face às possibilidades de maiores perdas. Outra consequência ruim é a interrupção de processos de abertura de capital de algumas empresas, que pretendiam captar recursos para expansão dos negócios. Mas por que os mercados estressaram de uma forma tão abrupta e radical, contrastando com a "festa" de valorização de 2009? Os amantes da física sabem das implicações da transformação de energia num determinado sistema, a chamada entropia. O exemplo clássico: o gelo derretendo num copo aumenta a entropia. Peço licença para comparar a economia com um sistema/organismo. Quando abusamos na alimentação, ingerindo em excesso gorduras e carboidratos, nosso organismo responde aumentando as taxas de colesterol e glicose. De forma análoga, quando na economia os excessos se fazem presentes por muito tempo, as consequências aparecerão, cedo ou tarde. É assim que se dão os momentos de expansão e retração, caracterizando os convencionais ciclos econômicos. Muitos economistas, nesses anos de esplendor, afirmavam que a nova economia mudaria os paradigmas e que viveríamos para

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todo o sempre um período de grande moderação, com crescimento sustentável e baixa inflação. Até que veio a crise para sepultar todos esses prognósticos. A lambança de 2008 foi uma resposta aos excessos que ocorreram, a partir da década de 1990. A globalização financeira, alicerçada pelo liberalismo econômico do consenso de Washington, deu origem a uma série de bolhas de preços em ativos, mais notadamente no mercado imobiliário americano e nas ações. Essas bolhas, embaladas por um sistema financeiro pouco regulado e ganancioso, criaram um ambiente propício para níveis de alavancagem jamais vistos, já que a liquidez era abundante e os juros muito baixos. Essas condições favoráveis fizeram com que os agentes econômicos se empanturrassem de dívidas, cujos riscos eram "teoricamente diluídos" via derivativos mágicos, mas que, na hora h, de nada serviram. Como gosto de dizer aos meus alunos: "Se você quer boa mágica, chame o David Copperfield e não um financista"! O que está acontecendo pode ser uma recaída da crise, que, em 2009, pareceu estar no retrovisor. O mote do estresse é a situação fiscal de alguns países europeus, atolados em déficits gigantescos. O que os mercados temem é que os PIIGS (Portugal, Itália, Islândia, Grécia e Espanha) caminhem para um "default" soberano, o que seria uma tragédia grega. O que fazer para que essas nações não quebrem? Qualquer bom estudante de economia sabe que um país possui três grandes instrumentos de política macroeconômica: fiscal, monetária e cambial. Como esses países integram a União Europeia, sob a égide da moeda/banco central únicos, eles perderam o pleno manejo destas duas últimas. Uma das mais rápidas e eficazes políticas de expansão econômica é a desvalorização da moeda, que traz impacto positivo sobre o setor exportador, ao melhorar a competitividade dos produtos no exterior. Nenhum desses países pode optar por isso (não mais possuem moeda própria), nem mesmo reduzir seus juros a zero, como fez o Fed. Resta-lhes, portanto, a política fiscal, grande fator de preocupação, já que seus déficits públicos parecem difíceis de serem revertidos. Mesmo com o FMI ou a própria União Europeia jogando a boia para salvá-los, injetando bilhões de euros em suas economias, a sinalização terá sido péssima e talvez nem funcione. Minha grande preocupação é: os tesouros salvaram o setor privado para debelar a crise, mas quem irá salvar os tesouros? Estou convencido de que ainda teremos muitos sobressaltos. Serão necessários ajustes duríssimos, com novas doses de sacrifício para as sociedades. Nem mesmo a China estará livre de uma mudança em sua política de crescimento acelerado. Voltando às comparações acima, o gelo derreteu e o sistema ficou instável. O coração enfartou e agora só uma dieta radical para salvar a economia global. Alexandre Espírito Santo é diretor do curso de RI da ESPM-RJ e economista da Way Investimentos E-mail: aesanto@wayinvestimentos. com.br

Licença ambiental (Valor Econômico) 25/02/2010 O Instituto Brasileiro de Estudos do Direito da Energia realiza o curso Licenciamento ambiental nos empreendimentos de energia. Data: 1º a 4 de março Horário: das 19h às 22h Local: rua Cincinato Braga, 321, 8º andar, São Paulo Informações: [email protected].

Após outubro, ritmo foi menos explosivo (Valor Econômico) 25/02/2010 Sergio Lamucci, de São Paulo A perspectiva de crescimento explosivo apontada por alguns indicadores em outubro do ano passado - especialmente a alta de 2,9% da indústria em relação a setembro - não se confirmou nos meses seguintes, indicando que a atividade passou a avançar a um ritmo mais moderado. A produção industrial registrou quedas modestas em novembro e dezembro, que devem ter sido seguidas em janeiro por uma alta nada exagerada de 0,5% a 1% sobre o mês anterior, feito o ajuste sazonal.

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O nível de utilização de capacidade instalada (Nuci) da indústria de transformação, que saltou de 81,1% em agosto para 83,8% em dezembro, manteve-se nesse mesmo nível em janeiro deste ano, na série dessazonalizada da Fundação Getulio Vargas (FGV). As vendas do varejo, por sua vez, perderam algum ímpeto no fim do ano passado, fruto da antecipação de compras de bens como veículos e eletrodomésticos de linha branca nos meses anteriores, sugerindo que o consumidor aproveitou para adquiri-los antes do fim das desonerações tributárias. O economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, acredita que o ritmo de expansão da economia arrefeceu, ainda que continue razoável. Para ele, a antecipação de compras de bens duráveis é de fato um dos principais motivos para explicar o comportamento atual da atividade. Segundo estimativas da LCA, desde novembro o licenciamento de automóveis e comerciais leves está na casa de 11 mil unidades por dia, abaixo dos 13 mil a 14 mil de setembro e outubro, na série livre de influências sazonais. "O número atual é forte, mas está longe do pico ocorrido na virada do terceiro para o quarto trimestre de 2009." Borges diz o indicador de atividade econômica da LCA, que estima a evolução mensal do Produto Interno Bruto (PIB), também dá sinais de arrefecimento. Nos três meses até outubro, o índice mostrava um crescimento de 3% na comparação com os três meses encerrados em julho, feito o ajuste sazonal. "Já nos três meses até fevereiro, o ritmo está na casa de 1%", afirma Borges, explicando que o indicador é calculado com base em dados como o licenciamento de veículos, caminhões e ônibus, a evolução do M1 (o papel moeda em poder em público e os depósitos à vista), a balança comercial e o consumo de energia. Ele acredita também que, depois de uma forte reposição de estoques ocorrida no começo do quarto trimestre de 2009, muitas empresas passaram a produzir a um ritmo um pouco mais fraco, já que tinham adequado os níveis de inventários. Por tudo isso, ele acha que o Nuci não chegará tão rapidamente próximo do nível recorde de 86,7%, atingido em junho de 2008, como apontava o relatório de inflação de dezembro do Banco Central (BC). O economista-chefe do Credit Suisse, Nílson Teixeira, chama a atenção para o impacto do setor de bens duráveis, especialmente do segmento automobilístico, para as quedas da indústria em novembro e dezembro. A antecipação do consumo parece ter jogado de fato um papel importante aí, acredita Teixeira. Para janeiro deste ano, ele espera uma alta da produção industrial de 0,5% sobre o mês anterior, feito o ajuste sazonal. "Há um ponto de interrogação sobre o ritmo de crescimento da indústria. Não há dúvida de que haverá recuperação neste ano, mas há incerteza sobre quão forte ela será", afirma Teixeira, que projeta uma alta de 12% para a produção industrial neste ano, em parte porque a base de comparação é muito fraca, já que houve queda de 7,4% em 2009. Para ele, a indústria deverá avançar neste ano a um ritmo de 0,7% ao mês, na série livre de influências sazonais. "Não é 1,5% a 2% registrado em parte do ano passado, mas é superior ao que deve ter ocorrido em janeiro", diz Teixeira, para quem é prematuro dizer que há uma acomodação do ritmo de atividade. Por enquanto, ele não vê motivos para mudar a sua previsão de crescimento do PIB de 6,5% em 2010. "A massa salarial está crescendo, a disponibilidade de crédito aumenta e os juros médios não devem ficar muito diferentes do ano passado, o que deve sustentar uma demanda forte." O economista Bernardo Wjuniski, da Tendências Consultoria Integrada, vê um crescimento mais modesto ao longo do ano, projetando expansão do PIB de 5,2%. Para ele, além da antecipação de compras por conta da expectativa do fim das desonerações tributárias, o cenário um pouco mais incerto na economia global e a perspectiva de alta dos juros por aqui levam o consumidor a ser um pouco mais cauteloso. Para a produção industrial de janeiro, ele estima alta de 1% em relação a dezembro, puxada para cima pela alta de 2,4% do fluxo de veículos pesados no período e de 1,6% do consumo de energia, ainda que influenciado pelo calor do verão. Na ponta negativa, queda de 0,7% na produção de veículos e de 0,4% na expedição de papelão ondulado, sempre na série com ajuste sazonal. O economista Rogério César de Souza, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), diz que os indicadores sugerem um início do ano tímido para a atividade econômica, mas também acha cedo para classificar o atual processo de acomodação. Ele observa que a produção de bens de capital e bens intermediários continuou firme no fim do ano. As quedas se deram principalmente em bens duráveis, destaca Souza. Cenário:

Avanços ainda dependem de infraestrutura e mais inovação (Valor Econômico) 25/02/2010 Juan Garrido, para o Valor, de São Paulo Almeida: agenda de marcos regulatórios entre sustentabilidade e infraestrutura

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Os instrumentos necessários para a construção de uma política industrial ativa estarão, pelo menos em parte, à disposição do próximo governo brasileiro, seja ele qual for. "Uma política de desenvolvimento produtivo não se estabelece do dia para a noite e não basta definir o escopo para que o projeto se materialize", constata Júlio Gomes de Almeida, professor de economia da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, para quem alguns dos pré-requisitos exigidos, como as capacitações técnicas e as competências produtivas e de geração de prosperidade dos consumidores, estão dados. "O Brasil, dentro de um ambiente democrático consolidado, já pode vislumbrar possibilidades muito mais sólidas do que uma simples declaração de intenções." No mesmo tom, especialistas como Reginaldo Arcuri, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), concordam que o papel da democracia deve ser ressaltado porque hoje a questão central em qualquer processo de desenvolvimento econômico é a capacidade de inovação. "E para inovar é preciso que haja um ambiente de liberdade, de troca de opiniões e de confronto de posições." Um dos instrumentos de que o país dispõe, pronto e acabado, é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderoso. Na visão de Alexandre Comin, analista da gerência de estudos e políticas industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o quesito "instrumentos financeiros" foi o que mais avançou na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em maio de 2008. Segundo ele, isso se deve, em grande parte, ao reforço de caixa de R$ 100 bilhões com que o BNDES foi brindado pelo Tesouro em 2009, ao qual se seguiu outro de R$ 80 bilhões no fim ano. "Isso dá ao BNDES tranquilidade para poder ampliar suas linhas de crédito ao setor privado." Outros dois instrumentos ainda estão em desenvolvimento: o da execução das obras de infraestrutura necessárias para o crescimento sustentado da economia e o do aperfeiçoamento da capacidade de inovação das empresas brasileiras. Para Gomes de Almeida, uma política industrial ousada não combina com a precária infraestrutura atual. "A torcida é para para que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou o equivalente ao PAC no próximo governo seja um sucesso." Como só torcer não basta, o economista da Unicamp lembra que é preciso avançar também nas questões regulatórias. A seu ver, o assunto é muito extenso, mas ele ilustra com um exemplo: seria preciso definir uma agenda de regulação no campo da sustentabilidade versus investimentos em infraestrutura. "Temos aí instâncias ainda conflitantes", afirma, acrescentando que o ideal seria transformar esse contencioso em algo mais amigável, via marcos regulatórios e sistemas de apreciação de contratos. Os professores de economia ensinam que políticas industriais buscam, fundamentalmente, criar estímulos ao investimento privado, seja por via da alteração dos preços relativos, a exemplo da concessão de subsídios e isenções, seja através da redução da incerteza quanto ao retorno de tais investimentos, como é o caso da política de compras governamentais ou da programação de investimentos públicos em áreas como a infraestrutura. Rafael Oliva, assessor econômico do presidente Luciano Coutinho, do BNDES, ressalta que para o caso brasileiro o desenho da política industrial tem que obedecer uma "geometria variável", ou seja, capaz de dialogar com a diversidade do setor produtivo. "Depois, na etapa de operacionalização, precisa ser intensiva em coordenação entre os gestores do programa e as empresas, para viabilizar ações dentro da complexidade e sofisticação da economia brasileira", diz, enfatizando que isso é crucial para fazer fluir a compreensão e a interlocução entre o setor público e os agentes privados. O economista João Carlos Ferraz, diretor do BNDES, afirma que, por conta dessa complexidade, a nova política industrial em preparo não pode ser uma política reducionista. "O BNDES entende que a base produtiva do país não é homogênea em termos de estágio de evolução, isto é, temos empresas de um mesmo setor que apresentam configurações completamente diferentes uma das outras", observa. Ele gostaria que, do ponto de vista estrutural, essa política fosse rica e complexa o suficiente para mirar e mobilizar instrumentos que façam avançar as atividades produtivas das empresas a partir do estágio de evolução em que elas se encontrem, para poder ultrapassar depois esse estágio na direção das melhores práticas competitivas internacionais. Sob o ângulo operacional, Ferraz afirma que uma política industrial nos dias de hoje não pode ser tocada por uma agência só. "Aqui no BNDES estão envolvidas dezenas de agências e centenas de técnicos, que remam numa direção específica", diz. Segundo ele, "temos mecanismos de gestão adequados em termos de informação e em total interação com os agentes privados." Um programa que ilustra bem essa nova institucionalidade é o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (Profarma), desenhado pelo BNDES, lançado em 2004 e ampliado em 2007. Segundo Pedro Palmeira, diretor do departamento de produtos intermediários químicos e farmacêuticos do BNDES, nesta segunda fase do Profarma, os principais objetivos são a ampliação ao apoio à inovação e acumulação de competências tecnológicas nas empresas e o fortalecimento das empresas nacionais.

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Ele acredita que após as melhorias nos aspectos produtivos e a ampliação da parcela de mercado pelas empresas nacionais, é necessário dar o passo em busca de produtos mais inovadores. Esta orientação para a atuação do BNDES deve-se a alguns fatores. O primeiro é o aumento da concorrência interna no mercado de genéricos, cuja competição está baseada em preço. A intenção é reduzir as margens do segmento no médio e longo prazos. "Por isso, torna-se importante o movimento em direção à inovação, para garantir a sustentabilidade das empresas no futuro." Segundo Palmeira, para sustentar o custo das atividades associadas à inovação e desenvolvimento de novos medicamentos, é necessário um volume significativo de recursos. "Empresas com estrutura de capital mais forte são mais capazes de destinar os recursos necessários para essas atividades." Palmeira diz também que com o crescimento do mercado farmacêutico brasileiro e a expectativa de expiração de patentes de diversos medicamentos, os laboratórios multinacionais têm demonstrado interesse nas empresas nacionais. "Fortalecer as empresas nacionais pode ampliar os investimentos em inovação e contribuir para a preservação das competências no país." Em convergência com outros programas do governo Lula, a PDP se baseia na definição clara de objetivos, tendo estabelecido quatro desafios: ampliar a taxa de investimento para eliminar e evitar gargalos de oferta; elevar o esforço de inovação, principalmente no setor privado; preservar a robustez das contas externas; e fortalecer as micro e pequenas empresas, gerando efeitos competitivos e distributivos positivos. Para cada desafio, definiu-se uma meta para 2010. Foram organizados 32 programas de ação. Em um ano e oito meses de existência, foram implantados 34 comitês-executivos, envolvendo mais de 400 técnicos e 90 órgãos governamentais, responsáveis pelo diálogo com acima de 180 entidades representativas de 28 setores produtivos. A PDP conta com 289 medidas implementadas, das quais 36% são de apoio à ampliação ao investimento fixo e 29% referem-se ao crescimento da participação das exportações brasileiras no comércio mundial. Dentre as 289, destacam-se medidas de financiamento (30%) e de natureza fiscal-tributária (31%). Cerca de 75% das medidas são originadas no âmbito da PDP, enquanto outras 25% estão associadas a programas com forte relação com os objetivos da PDP e das ações anticrise. Segundo o presidente da ABDI, Reginaldo Arcuri, uma das preocupações é em parte recuperar - mas, numa fração maior, ser capaz de construir - estruturas de planejamento. "Mas não o tipo de planejamento que o Brasil teve nos anos 60 ou 70, com o Estado interferindo sobre a fatia mais significativa do PIB, porque eram então as grandes empresas públicas as que controlavam boa parte dos insumos básicos e, em alguns casos, também os serviços." O planejamento visado é outro, que seja capaz de compartilhar as ações com os empresários. Segundo Arcuri, na medida em que se tem um processo de avanço da importância do setor privado sobre o volume do PIB e da sua participação em maior grau no processo de sofisticação da economia, é fundamental que as duas instâncias estejam trabalhando articuladamente. "Por definição, o trabalho a quatro mãos é necessário no caso da economia, porque o Estado não pode planejar sozinho uma atividade que ele não controla totalmente. Ao mesmo tempo, torna-se impossível ao conjunto dos agentes privados tomar decisões que não estejam sob o manto de estruturas regulatórias, direitos estabelecidos e a fixação de ações comuns." O presidente da ABDI lembra que a PDP não é uma obra acabada. A seu ver, uma política industrial contemporânea tem que estar apta a responder a pelo menos um desafio central: não há coisa mais permanente, nas circunstâncias do mundo moderno, do que a mudança. "É por isso que ela tem no seu bojo iniciativas voltadas ao desenvolvimento de sistemas empresariais de maior porte, com escala e governança compatíveis com as melhores práticas internacionais." Nesse sentido, a decisão do governo de viabilizar grandes grupos empresariais nacionais, com recursos do BNDES, para tornarem-se empresas globais, representa um esforço para superar a pouca expressão internacional do Brasil. Pelos dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), embora em 2008 as exportações brasileiras tenham aumentado 23% em valores, superando a média mundial de crescimento de 15% e ficado acima das taxas de expansão dos Estados Unidos, da Alemanha e da China (que cresceram 17%), o país mantinha no fim desse ano a mesma parcela da fatia do comércio mundial que detinha em 2007. A taxa é inferior a de 20 anos atrás. O Brasil (22º maior exportador mundial) ainda é superado pela Malásia, Suíça e México, o país latinoamericano mais bem posicionado no ranking, na 16ª posição. Em linha com o processo em andamento, a CNI apontou, em recente avaliação, alguns caminhos para elevar a demanda e aumentar a competitividade da indústria no novo cenário global. Além da adaptação dos instrumentos financeiros, é preciso reforçar a agenda estruturante, o regime fiscal para a competitividade e o aprimoramento do apoio à pesquisa e desenvolvimento e à inovação.

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Segundo Alexandre Comin, da CNI, agenda estruturante é a criação de mecanismos para o desenvolvimento de determinadas cadeias produtivas. "Uma agenda estruturante muito clara foi a criação, em 2003, do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Promimp) para o setor naval e outros segmentos fornecedores da Petrobras e da cadeia de exploração do petróleo e gás." O Promimp envolve desde formação de mão de obra em grande escala até a criação de mecanismos específicos de compras para a Petrobras. Com linhas de crédito do BNDES e foco específico no fortalecimento de uma cadeia produtiva, o programa tem facilitado o desenvolvimento de fornecedores da indústria naval e do petróleo. "Jamais se conseguiria resultados positivos com instrumentos de caráter geral, daí ser tão importante pensar com especificidade, mirando na singularidade dos problemas de cada cadeia", diz Comin. O banco de fomento foi uma peça a mais na política anticíclica do governo ao longo de 2009, cujo vetor mais poderoso foi utilizar os bancos oficiais federais para oferecer crédito ao setor privado, como forma de contrabalançar a retração dos bancos privados na concessão de empréstimos. O BNDES entrou com investimentos para inovação, o Banco do Brasil com financiamentos em geral e para as exportações, e a Caixa Econômica Federal com o financiamento habitacional. Para Comin, a política anticíclica do governo deu bons resultados, o que permitiu que o Brasil saísse da crise antes dos outros países. Ele acha que a efetivação do crédito foi mais importante que a redução do IPI, mesmo no caso dos segmentos beneficiados com a medida tributária. "Temos isso bem documentado no caso dos bens de capital", diz. Ele lembra que o setor teve o IPI reduzido em junho de 2009, envolvendo 70 itens, como válvulas industriais, árvores de transmissão e aerogeradores. "Do ponto de vista de quem compra uma máquina ou equipamento, as mudanças trazidas nas condições de financiamento têm um impacto maior sobre o fluxo de caixa e sobre o custo arcado pelo comprador do que a redução do IPI, ainda que esta tenha sido significativa no setor dos bens de capital." O terceiro caminho apontado pela CNI foi o do regime fiscal para a competitividade. Afinal, tendo em vista o oneroso sistema tributário do país, o quadro de competição em que a indústria brasileira se insere no mundo e o cenário global para o qual ela terá que se preparar, inclui obrigatoriamente a China. "Eu acho que existe um país novo que é uma grande empresa, que se chama China S.A.", diz o presidente da Escola de Marketing Industrial (EMI), José Carlos Teixeira Moreira. Em sua visão, a China S.A. é a fábrica do mundo. "Sendo a fábrica do mundo e com as características tributárias atrofiadas e de mão de obra barata que conhecemos, é impossível competir na arte do fazer mais barato com a China", afirma. Segundo ele, a alternativa que resta para um país como o Brasil - caso não queira se eternizar como fornecedor de matéria-prima - é tornar os produtos "made in Brazil" incomparáveis na sua eficiência global frente àquilo que é ofertado no mundo. Para Moreira, nada indica que o modelo tributário vá mudar no curto prazo. "Assim, a única forma que dispomos de alcançar ganhos no momento atual - e ao mesmo tempo sermos diferentes - é aumentar o valor percebido do que produzimos", diz. Ele dá o exemplo de uma empresa que em vez de competir com a China resolveu ter o chinês como aliado. "Essa empresa decidiu que em 2010 vai desativar 50% de sua linha de produção e trazer tudo da China - de forma fragmentada para que o chinês não possa copiar. Sua estratégia é aumentar o preço no Brasil e incrementar seu ganho, mas não por causa do custo do material e sim porque ela vai usar toda a energia anteriormente gasta para produzir, numa energia para ampliar o produto, incorporando elementos como adaptabilidade e desenhos e alternativas de aplicabilidade diferentes. A isso chamo eficiência global."

Grandes projetos trazem de volta perspectivas de planejamento (Valor Econômico) 25/02/2010 Uma crítica recorrente no Brasil é de que o planejamento dos investimentos governamentais - e não apenas na área de infraestrutura - foi menosprezado por décadas a fio. Além disso, o país não conseguiu construir uma política industrial ativa no sentido de que fossem formadas capacitações ou vantagens comparativas novas. O secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, gosta de tratar do assunto e assina embaixo de todas essas reprovações. Ele sente que os grandes projetos de investimento, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a futura exploração de petróleo na camada pré-sal são fatores que contribuem para a concretização da nova política industrial preconizada pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada pelo em 2008. " Eles proporcionam, em primeiro lugar, um horizonte de planejamento."

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Barbosa acha que o ambiente criado no país é positivo, tanto por induzir o setor privado a investir, quanto por oferecer um menu de investimentos governamentais que possa ser progressivamente contemplado. "Além disso, a escala dos projetos, bem como sua importância estratégica, constitui excelente oportunidade para que a política industrial seja utilizada como apoio ao desenvolvimento dos setores nos quais a empresa nacional possa recuperar participação e lucratividade. Isso permite o avanço de indústrias e fornecedores que, de outra forma, seriam supridos pela oferta externa, com todas as consequências nocivas em termos tecnológicos " , diz, citando como exemplos os grandes projetos hidrelétricos do PAC e a retomada da indústria naval, no âmbito do pré-sal. Para o professor de economia da Unicamp, Júlio Gomes de Almeida - que ocupou há alguns anos a mesma cadeira de secretário de política econômica do Ministério da Fazenda - acha que os grandes projetos talvez venham a preencher, no âmbito da política industrial, a lacuna das definições sobre que país vai ser dentro de alguns anos. Num breve retrospecto, o professor da Unicamp lembra que a política industrial deixou de existir no Brasil nos anos 90. "Já nos anos 80, com toda aquela crise inflacionária, ela começava a emitir os primeiros sinais de derrocada", cita, acrescentando que depois, por opção, a política industrial voltou timidamente no início do primeiro governo Lula, dando um segundo passo na PDP. Em sua visão, a PDP, formulada em 2007 e lançada em 2008, é uma política industrial ampla, abarcando muito setores, todos eles corretamente definidos. "Eu acho que é necessário passar esse estágio: fazer uma política industrial ampla, para recuperar um conceito que parecia perdido, de fazer política industrial no Brasil." Segundo João Carlos Ferraz, diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os grandes projetos como PAC, pré-sal, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 apontam o caminho e a agenda que o país tem para transformar-se. Ele considera que o PDP, que em 2008 mirava 2010, tinha uma concepção complexa e representou um esforço enorme no sentido de organizar uma institucionalidade. "Era o elemento que nos faltava e ele avançou bastante", diz, acrescentando que o país vem passando por um processo onde o horizonte de investimentos vai se estendendo e aprofundando. Ferraz diz que os eventos programados para representam investimentos de infraestrutura que continuarão por um longo tempo. "Além da Copa do Mundo e da Olimpíada, a gente está vendo planos de investimentos na área de petróleo e gás cujo horizonte é o ano 2020", diz, chamando a atenção que há muito tempo não se falava em planejamento para daqui a dez anos. "Muitos dos investimentos programados são de longo prazo e esse é um prato cheio para que as empresas, as associações setoriais e o governo se organizem no sentido de atender a demanda que surgirá não só no período de execução dos projetos como a partir de sua conclusão." Embora haja um clima de euforia, o diretor do BNDES reconhece que a atual conjuntura não é fácil e exige um grau de coordenação grande dos atores envolvidos. "Hoje a gente está tentando escapar da síndrome do eu invisto se você comprar, com o sujeito que vai comprar respondendo eu comprarei se você investir", diz. "Com um cenário organizado, o setor privado pode hoje estimar a demanda futura. A política pública, por seu lado, deveria ser capaz de coordenar melhor as informações divulgar a sua disposição de abraçar a sustentabilidade com a clareza necessária para produzir a contrapartida de que o empresário irá gerar mais e melhores empregos, investir em inovação, respeitar o meio ambiente, condenar o trabalho escravo, essas coisas. Essa é a agenda a construir para um futuro melhor", afirma. Para Barbosa, titular da política econômica, os modelos de parceria público-privadas (PPPs) poderão ser viáveis e eficazes para contornar as limitações orçamentárias. As PPPs são uma modalidade de concessão de serviços públicos ao setor privado, na qual o concessionário tem parte ou a totalidade de suas receitas advindas da contrapartida que o Estado paga pela prestação do serviço. Embora o modelo permita viabilizar a concessão de projetos e apresente benefícios sociais e econômicos, não consegue gerar atratividade suficiente para o setor privado. Mas ele entende que a criação das PPPs ampliou o leque de projetos passíveis de serem empreendidos pelo setor privado. (JG) Cenários: Levantamento do governo mostra que área ocupada por canaviais aumentou 101% de 1996 a 2007

Censo mapeia expansão da cana em SP (Valor Econômico) 25/02/2010 Fernando Lopes, de São Paulo Sim, a área plantada de cana cresceu vertiginosamente em São Paulo nas últimas décadas. Um número maior de propriedades rurais passou a investir na cultura no Estado, e grande parte do avanço dos canaviais se deu sobre áreas que antes abrigavam pastagens, grãos e laranja. Mesmo assim a produção paulista de alimentos cresceu, ainda que a perda de espaço de algumas lavouras tenha afetado o ritmo de incremento.

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Com uma ou outra ressalva, o diagnóstico acima é repetido por especialistas do setor desde que uma nova onda global em torno do etanol começou a se formar, no fim de 2006. Mas, sobretudo no caso do avanço dos canaviais sobre outras atividades, faltavam dados mais concretos de campo para comprovar a tese, e esse talvez seja o principal objetivo do novo Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo.

De autoria dos pesquisadores Mário Pires de Almeida Olivette, Katia Nachiluk e Vera Lúcia Ferraz dos Santos Francisco, do Instituto de Economia Agrícola (IEA) - vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, a nova versão do Projeto Lupa, como é conhecido o censo, será publicado nos próximos dias e compara a evolução dos canaviais e seus reflexos em "concorrentes" entre as safras 1995/96 e 2007/08. A partir da análise dos dados coletados entre julho de 2007 e setembro de 2008 por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e IEA, o novo levantamento mostra que a área cultivada com cana-de-açúcar aumentou 101% entre as duas safras e alcançou 5,497 milhões de hectares, ou 26,8% do total ocupado no Estado por culturas perenes, temporárias, pastagens, reflorestamento, vegetação natural, brejos e várzeas e áreas de descanso ou complementares. Em 2007/08, a área total de cana em São Paulo dividia-se por 99.799 unidades de produção agropecuária (UPAs), ante 70.111 propriedades que tinham canaviais em 1995/96. O número de UPAs aumentou, portanto, 42%, enquanto a área cresceu 101%. O levantamento realça que, de todos os municípios paulistas, 17% reduziram a área de cana entre 1995/96 e 2007/08, enquanto 30% a ampliaram em até 100%, 36% de 100% a 1.000% e 16% em mais de 1.000%. Com o aumento de área apurado e os ganhos de produtividade obtidos com o desenvolvimento de novas técnicas de manejo, variedades de cana mais eficientes e mecanização, a colheita de cana em São Paulo passou de 191,192 milhões de toneladas em 1996 para 332,234 milhões em 2007, conforme dados adicionais fornecidos ao Valor por Mário Olivette. E é nesse ponto que o pesquisador atenta: apesar de acossadas pelos canaviais, a produção de outras cadeias, inclusive alimentos, também aumentou no intervalo. "Nosso objetivo foi demonstrar o que apontavam os discursos, sobretudo na questão da disputa de terras entre energia e alimentos. No período analisado, vimos que as pesquisas ajudaram a incentivar a expansão dos canaviais, mas também a produção de alimentos no Estados. Na região oeste de São Paulo, por exemplo, a produção de grãos está muito tecnificada", afirma Olivette. Mesmo a produção de laranja, também muito afetada pela proliferação de doenças como o greening e que cedeu espaço para a cana nesses últimos anos, sobreviveu e manteve-se praticamente estável. A área plantada com a fruta caiu de 865,8 mil hectares, em 1995/96, para 741,316 mil em 2007/08. São Paulo abriga o maior parque citrícola do

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mundo e é responsável por mais de 80% das exportações brasileiras de suco de laranja - que, por sua vez, respondem por mais de 80% dos embarques totais globais. No caso do milho, grão mais cultivado no Estado, a área encolheu quase 46%, de 1,234 milhão de hectares para 667,7 mil. Na soja, a queda foi de 44,5%, para 396,4 mil, enquanto no feijão foi de 35,8%, para 104,2 mil, e no arroz foi de 63%, para 16,8 mil. Ainda assim, informa Olivette, a colheita de grãos em São Paulo mais do triplicou de lá para cá. O levantamento destaca que área e produção de café diminuíram de 1995/96 a 2007/08, o que foge da tendência dos demais produtos citados, que a braquiária, que domina as pastagens paulistas, perdeu pouco espaço e segue soberana na ocupação da terra, com 7,190 milhões de hectares em 2007/09, e que o eucalipto, no time da cana, passou a ocupar uma área maior no Estado - 862,5 mil hectares, 27% acima do resultado apurado em 1995/96. A produção de frutas em geral também disparou. Levando-se em consideração a ocupação da terra pela cana, o levantamento do governo divide o Estado em quatro áreas principais. O grupo 1, formado por 201 municípios do centro e do oeste de São Paulo (32,5% do total de municípios paulistas), é caracterizado por um incremento pujante dos canaviais, de 506,8 mil hectares para 2,034 milhões. Nesta porção, a cana tomou espaço de grãos e pastagens, principalmente. No grupo 2, composto por 174 municípios espalhados também pelo centro e o oeste do Estado, mas também na "perna leste" do mapa, a expansão dos canaviais foi menor, mas também expressiva - a área foi de 56,7 mil para 178,9 mil hectares. Neste rol a tomada de áreas de outras culturas foi bem mais modesto e o crescimento dos eucaliptos também foi elevado. No grupo 3, que se concentra no centro-norte do Estado e onde está o polo de Ribeirão Preto, talvez o mais conhecido centro canavieiro do Brasil e do mundo, o plantio de cana, mais maduro, também cresceu, mas menos. O que chama a atenção nesta frente é a redução do espaço ocupado pelos pomares de laranja - de 338,5 mil hectares em 1995/96 para 147,9 mil em 2007/08 -, mas muito mais por causa de problemas fitossanitários próprios do que pelo assédio sucroalcooleiro. No grupo 4, espalhado no sul e mais perto do litoral, a cana tem pouca influência.

Exportações estaduais do setor crescem 11% em janeiro (Valor Econômico) 25/02/2010

De São Paulo Puxadas pelo segmento sucroalcooleiro, as exportações paulistas do agronegócio somaram US$ 1,14 bilhão em janeiro deste ano, 10,7% mais que no mesmo mês de 2009. As importações aumentaram 13% em igual comparação, para US$ 520 milhões, e com isso o superávit estadual do setor registrou incremento de 8,8%, para US$ 620 milhões. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) - vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, com o desempenho observado a participação do agronegócio nas exportações totais de São Paulo diminuiu para 36,4% no mês passado, ante fatia de 37,5% em janeiro de 2009. No caso das importações, houve aumento de 10,3% para 11,6%. Vale observar que a balança paulista consolidada, envolvendo todos os setores, tornou-se menos deficitária em janeiro passado (US$ 1,36 bilhão).

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Em relação à balança nacional do setor, o peso paulista cresceu. Nas exportações do agronegócio, São Paulo representou 26,8% dos embarques brasileiros em janeiro, ante 23,7% no mesmo mês do ano passado, ao passo que nas importações a fatia passou de 32,9% para 34,4% entre os primeiros meses de 2009 e 2010. Na balança comercial nacional, apontam os cálculos divulgados ontem pelo IEA, a parte do agronegócio no total apresentou comportamento um pouco distinto dos sinalizados pelos resultados estaduais. Nesta relação, o peso do setor nas exportações diminuiu - de 44,4% em janeiro de 2009 para 37,7% em janeiro deste ano - e também ficou menor nas importações (13,6% para 13,2%). Tributação:

Cipoal de impostos prejudica e atrasa a indústria brasileira (Valor Econômico) 25/02/2010 Marco Damiani, para o Valor, de São Paulo Juarez Rizzieri, da Fipe: complexidade desafia experts em legislação fiscal Empilhados um a um, os impostos de abrangência nacional formam uma torre de 19 andares. Cada pavimento se destina a uma sigla diferente. Lá estão o decano Imposto sobre a Renda (IR), o pré-adolescente Adicional de Frete para Remuneração da Marinha Mercante (AFRMM), criado em 2001, e o misterioso Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). Na prática, quase todos os cidadãos brasileiros sabem onde ficam nesse edifício o Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e o Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA). Para a indústria, ambientes nos quais se instalam o Imposto sobre Produtos industrializados (IPI), oImposto sobre Exportações (IE) e o (Imposto sobre Importações (II) estão entre os mais frequentados. Não bastasse, porém, a altura, capaz de causar vertigens no mais seguro dos contribuintes, a torre do fisco apresenta uma ampla mobilidade entre suas dependências. Um imposto que se recolhe no térreo pode reaparecer logo acima, em combinações que associam, por exemplo, o universal Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Programa de Integração Social/Programa de Fomento do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP)) e o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Este último, de resto, existe em três versões: para empregadores, empregados e autônomos. A construção avança de maneira disforme, para cima e para os lados, com os acréscimos de taxas, contribuições e uma série de normas municipais, estaduais e federais baixadas, sem exceção, todos os dias úteis. No conjunto, abriga uma carga tributária que, em 2009, ficou próxima de 36% do PIB. Um porcentual sem dúvida elevado, em comparação aos serviços públicos oferecidos em troca, mas cujo volume já vai sendo minimizado pelos estudiosos em tributação. "O grande problema do sistema tributário brasileiro é a sua complexidade, que desafia os maiores experts em legislação fiscal", afirma o professor Juarez Rizzieri, coordenador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo. "Já se sabe que a carga está próxima à média dos países desenvolvidos, ainda que não tenhamos dos poderes públicos uma reciprocidade à altura dos impostos recolhidos. O que muito empresário não sabe é como se manter dentro da lei diante de um emaranhado tão grande de siglas e de uma legislação tão vasta e mutante."

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Em 2009, a sociedade brasileira arrecadou para os cofres públicos perto de R$ 520 bilhões em impostos. Quase 20% dessa fortuna, no entanto, teve de ser alocada para o pagamento dos juros da dívida pública, algo como R$ 110 bilhões. A sobra foi destinada à folha de pagamento dos funcionários públicos, um contingente superior a 10 milhões de pessoas, custeio da máquina e investimentos. Essa equação apresenta um ponto fraco quando se analisa a qualidade do imposto pago no Brasil. O Imposto sobre a Renda é um dos poucos a ter caráter progressivo, pelo qual quem ganha mais, paga mais. Hoje, suas alíquotas variam da isenção até 27,5%, incidente sobre rendimentos superiores a R$ 3.743,19 mensais. Pode-se discutir, é claro, se as faixas de incidência são justas, mas o caráter progressivo é o mesmo que vigora em países como os Estados Unidos, onde os mais ricos já chegaram a pagar, no auge da Segunda Guerra Mundial, em 1944, até 94% de IR - e hoje podem se dar por aliviados com uma mordida de 35% em seus rendimentos. O problema fiscal no Brasil reside mais propriamente, segundo os especialistas, no que é cobrado pelo Estado sobre as indústrias que produzem riquezas. Mais especificamente, no ICMS. "Este imposto é o calcanhar de Aquiles do nosso sistema fiscal", afirma Clóvis Panzarini, ex-coordenador de arrecadação tributária da Secretaria de Fazenda de São Paulo. Em todo o território nacional, nada menos que 27 diferentes legislações regem a cobrança desse tributo - uma para cada unidade da federação. Com frequência, ele se torna cumulativo, incidindo sobre a produção e a comercialização. Companhias de dimensões nacionais, que têm negócios em várias praças, enfrentam taxações sobre seus produtos nas barreiras fiscais que terminam por resultar, muitas vezes, em até 30% do preço final dessas mercadorias. Em tese, essa cumulatividade não poderia ocorrer, uma vez que a legislação do ICMS, criada em 1967, estabeleceu o ambiente do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) como lugar em que as normas fiscais estaduais deveriam ser submetidas e aprovadas sob uma condição, a da unanimidade. A prática, no entanto, é outra. "A guerra fiscal é a regra em vigor, o que não apenas confunde como prejudica as empresas que procuram seguir à risca a legislação. Ao obedecerem as normais de um Estado, que, por exemplo, lhes concede benefícios fiscais, podem estar desrespeitando a de outro, que glosa e registra multas pelo desfrute daquele benefício", diz Panzarini, hoje consultor tributário para grandes empresas. Somente o Estado de São Paulo possui nada menos que 50 barreiras fiscais em suas rodovias, como forma de checar continuadamente a circulação de mercadorias e, especialmente, sua situação fiscal. O ICMS é visto muitas vezes como um tributo injusto, porque, no dia a dia, incide em igual medida sobre empresários, empregados, desempregados, ricos e pobres, sem distinção. Tome-se, por exemplo, o ICMS sobre o consumo de energia elétrica. Em muitos Estados, ele chega a 12% sobre o consumo de até 200 kwh/mês e avança para até 25% quando essa medida é ultrapassada em um único quilowatt sequer. Uma residência na periferia das grandes cidades, onde vivem várias pessoas de uma mesma família de baixa renda, pode sofrer essa tributação, assim como uma empresa com centenas de empregados e receita compatível com a sua produção. "Não existe um critério lógico para este tipo de distinção", acredita o professor Kiyoshi Harada, titular da cadeira de direito financeiro e tributário da USP. "Ele é inconstitucional e injusto tanto para os pobres que consomem mais, como para os empresários que são penalizados em sua produção." Nos últimos 20 anos, por outro lado, as legislações estaduais do ICMS foram salpicadas de benefícios fiscais que têm sido cada vez mais questionados. "Centenas de normas foram baixadas à revelia do Confaz e, na verdade verdadeira, são simplesmente ilegais", sustenta o consultor Panzarini. Ele cita como exemplo as isenções fiscais concedidas por Estados que procuraram atrair montadoras de veículos para suas divisas, como Bahia, Minas Gerais e outros. "Se um Estado como São Paulo, que sempre se sentiu prejudicado por essas medidas, resolver questionar a fundo esses benefícios, as concessionárias de veículos localizadas em seu território se verão, de um dia para o outro, diante de uma dívida que chegará à casa dos bilhões de reais", acredita. "E isso porque venderam automóveis que, na origem de sua fabricação, fizeram jus a alíquotas rebaixadas ou zeradas de ICMS cuja publicidade foi intensa." No outro prato da balança, as empresas que voltam a totalidade ou parte de sua produção para a exportação igualmente penam diante da complexidade do ICMS e de outros impostos que incidem sobre a cadeia produtiva. Amparadas pela lei, essas companhias têm esperado, em média, até 11 meses para reaver em juízo os impostos pagos à União e aos Estados durante o processo produtivo - e que, pela legislação atual, devem lhes ser creditados imediatamente. Há casos em que o resgate dos impostos sobre os produtos exportados demora três anos para voltar aos cofres das indústrias. "Essa situação esdrúxula abala o caixa do empresário nacional e chega a alterar planos de investimentos de grandes companhias estrangeiras, cujos executivos, à primeira informação, se recusam a admitir que isso aconteça no Brasil real", afirma. Navegar nas águas turvas da legislação fiscal brasileira tem sido uma tarefa que demanda cada vez mais tempo e toma recursos crescentes das empresas. Um estudo da PriceWaterhouse Consultores, fechado em 2008, colocou o Brasil em penúltimo lugar entre 178 países analisados quanto à complexidade de suas normas tributárias. Quanto mais simples, mais à frente no ranking. Segundo esse trabalho, uma empresa de porte médio chega a empregar, aqui, 2,6 mil horas/ano para se manter em dia com o fisco. Isso acontece não apenas pelo grande número de impostos, taxas e

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contribuições, mas também pelas regras normativas que todos os dias são estampadas nos diários oficiais das três esferas de governo. Esse cipoal normativo criou e desenvolveu uma ampla indústria de consultores tributários, que, neste momento, já sente a necessidade de ampliar seu leque de serviços e lançar mão da tecnologia para acompanhar a aceleração das atualizações legais. Entre os mais conhecidos braços de apoio às empresas neste setor, o IOB acaba de inaugurar um portal na internet que promete mostrar ao empresário toda e qualquer mudança fiscal no exato instante em que ela ocorra. "A informação deve chegar em tempo real para ter verdadeira utilidade e assegurar que a sua empresa atue dentro da lei", registra o texto de apresentação do portal. "Isso é gerenciamento de risco." Sócio da área tributária do escritório Pinheiro Neto, o advogado Luiz Peroba vem conhecendo por dentro, nos últimos dois anos, o quanto é difícil mudar o que na prática prejudica a produção e onera as empresas. Ele foi um dos consultores encarregados de dar forma ao projeto de reforma tributária que tramita no Congresso. Nessa tarefa, participou de encontros internacionais e ajudou a organizar um seminário internacional patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para aprofundar as discussões sobre o assunto. Peroba está certo de ter chegado a um bom termo. "A grande maioria dos representantes dos setores econômicos e dos Estados se convenceram que o projeto simplifica e unifica a legislação do ICMS, com regras transitórias amplas e garantias de compensações para os que sentem prejudicados", avalia, em referência ao modelo que prevê a substituição do atual tributo pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) - em até 12 anos, alíquotas determinadas pela União - e não mais pelos Estados - e cobrança no destino de consumo da mercadoria. Essa arquitetura fiscal alinharia o Brasil aos países mais desenvolvidos do mundo. Porém, do mesmo modo que é um otimista quanto ao conteúdo do projeto, o advogado é cético quanto a sua aprovação. "Neste ano eleitoral, a chance de a reforma tributária avançar é simplesmente zero", crava. "Se houver pressão da sociedade, em especial dos agentes econômicos, as chances estão na colocação desse tema na agenda dos candidatos, para que a discussão se reinicie no governo que tomará posse em 2011."

Consumo e segurança explicam uso de térmicas (Valor Econômico) 25/02/2010 Danilo Fariello, de Brasília O consumo de energia bateu recorde em janeiro, puxado pela recuperação da economia e pelo forte calor, que fez aumentar a demanda das residências e do comércio, especialmente pelo uso de ar-condicionado. Em janeiro, a carga foi de 33.718 gigawatts-hora (GWh, indicando um crescimento do consumo de 9,1% em relação ao mesmo mês de 2009. Além do crescimento do consumo industrial, que reflete a recuperação econômica, em janeiro destacou-se também o elevado avanço nos níveis de consumo das residências e do comércio. Esse maior consumo foi reflexo das altas temperaturas no Sudeste e no Sul, que levam a um uso maior de sistemas de refrigeração. Em relação a janeiro de 2009, o clima ficou mais quente em todas as capitais dos Estados das duas regiões, com diferença que superou 2 no Rio de Janeiro, Vitória e Curitiba, diz o relatório da EPE. O aumento no consumo foi uma das causas do maior uso de termelétricas, uma energia mais cara e mais poluente. O uso destas usinas foi intensificado desde novembro do ano passado para reduzir o risco de novo apagão na linha de transmissão de Itaipu e já custou cerca de R$ 100 milhões desde 10 de novembro, quando um blecaute deixou sete Estados no escuro. Essa quantia significa o custo de acionamento das térmicas para compensar a redução da carga transmitida por Itaipu ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em linhas de 150 kW, diz Hermes Chipp, diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Para reduzir ou eliminar o uso das térmicas, Furnas, que controla a linha de transmissão de Itaipu, está investindo em proteções especiais nos isoladores do sistema. Uma reavaliação da segurança dessa conexão será feita apenas em abril disse Chipp ontem, após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Por enquanto, a carga de Itaipu nas linhas de 150 kW está reduzida de 6 mil megawatts (MW) para cerca de 3 mil MW. É essa energia que é compensada pelo acionamento das térmicas. "O custo (das térmicas) é o custo da segurança do sistema", diz Chipp. Esse valor de R$ 100 milhões deverá compor o cálculo de revisão das tarifas elétricas no próximo ano, podendo elevar a variação das contas de luz. Na reunião de ontem do CMSE discutiu-se também o apagão do dia 10 de fevereiro no Nordeste, que ocorreu por um problema nas linhas de transmissão da Chesf. Segundo análise da empresa, o apagão ocorreu porque uma ventania

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colocou as linhas em contato com árvores, que interromperam a conexão. Estava vencido o contrato de poda dessas árvores e não havia licença para nova licitação do serviço. Segundo Roberto Messias Franco, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o órgão editará uma nova instrução normativa na próxima semana determinando que as licitações para poda da vegetação sob as linhas seja concomitante à licença de operação (com prazos de 4 a 6 anos). O contrato para poda era renovado anualmente, o que exigia mais burocracia e levava a atrasos no corte das árvores sob a linha. Segundo Chipp, do ONS, embora outros blecautes tenham ocorrido em diversos Estados recentemente, nenhum foi causado por problemas em linhas do Sistema Interligado, além dos que afetaram as linhas de Furnas e da Chesf.

Leilão de Belo Monte deverá ser feito só em abril (Valor Econômico) 25/02/2010 De Brasília O edital para o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte será divulgado apenas a partir da próxima semana e, assim, o leilão ocorrerá só em abril. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) ainda avalia as alterações nos custos do empreendimento após divulgação da licença prévia ambiental. Para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) lançasse o edital na reunião ordinária de terça-feira, o estudo da EPE deveria ter ficado pronto até ontem. Edvaldo Santana, diretor da Aneel, não descarta a realização de uma reunião extraordinária para tratar do assunto, mas explica que ela tem de ser marcada com 48 horas de antecedência, o que inviabiliza o edital para fevereiro. São necessários pelo menos 30 dias entre a publicação do edital e o leilão, por isso ele deverá ocorrer em abril. Portanto, o leilão deverá ser feito apenas quando a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussseff, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já tiverem deixado o governo para se candidatarem. O prazo para saírem do governo e concorrerem nas eleições é fim de março. Dilma concorrerá à Presidência pelo PT e Lobão tentará se reeleger para o Senado pelo PMDB no Maranhão. Atualmente, Lobão está licenciado e sua vaga é ocupada pelo suplente Edison Lobão Filho. Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, diz que ainda faltam complementos no cálculo dos custos de Belo Monte, com potência de 11 mil MW. Deve subir o preço-teto da tarifa, anteriormente previsto para R$ 68 por megawatt/hora (MW/h). A EPE deverá rever para cima a estimativa inicial de custo de R$ 2,5 bilhões relacionados a questões socioambientais, porque o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) exigiu novas condicionantes que somam R$ 1,5 bilhão ao emitir a licença prévia. Esses custos somam-se aos previstos no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) previamente feito. O custo total da obra, previsto em R$ 16 bilhões inicialmente pela EPE, também deverá ser revisto para cima. Os potenciais investidores acreditam que o valor esteja subavaliado. Segundo Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, se o edital sair na próxima semana, é possível fazer o leilão no começo de abril. O último balanço do PAC prevê o leilão até 12 de abril. Segundo Edvaldo Santana, da Aneel, o edital para o leilão de Belo Monte já está pronto, aguardando apenas o estudo da EPE, que também deverá ser apresentado novamente ao Tribunal de Contas da União (TCU). (DF)

Estados e municípios garantem sustentabilidade dos arranjos produtivos (Valor Econômico) 25/02/2010 Hoje existem perto de 950 Arranjos Produtivos Locais (APLs) no país, responsáveis pela criação de mais de dois milhões de empregos diretos - e estratégicos para a interiorização do setor produtivo - , segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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Os APLs são agrupamentos de micro, pequenas e médias empresas num mesmo território, alinhadas em torno de uma única atividade econômica. "Os arranjos produtivos podem funcionar como estímulo, mas não existe uma receita pronta, pois os objetivos de cada um são distintos", diz a diretora de Assuntos Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Heloisa Menezes. "É preciso identificar as necessidades da base setorial e de cada localidade para se obter avanços de fato." Heloisa reforça que a promoção do desenvolvimento local depende do esforço conjunto de governos, empresários, sindicatos, associações e entidades de capacitação, de crédito e de tecnologia. "O simples estabelecimento de uma empresa em determinada região não é suficiente para modificar sua realidade", avalia. "Políticas estaduais e até municipais para garantir a sua sustentabilidade precisam envolver acesso a crédito, tecnologia, mão de obra, além de um processo de desburocratização para inserir os empreendimentos na economia formal." Mas os APLs apontam para uma rota de crescimento, segundo avaliação do presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Ad Diper), Jenner Guimarães do Rêgo. "A política prioritária do governo de Estado é a interiorização do desenvolvimento, com a desconcentração dos investimentos para promover o equilíbrio social", destaca. Duas vertentes norteiam esse conjunto de ações. A implementação de empreendimentos estruturantes e o fortalecimento das cadeias e arranjos produtivos locais. Como resultado ele destaca a atração da Sadia, Perdigão, Bom Gosto, Alnor, Novartis, Hemobrás e o projeto Suape Global, entre outras centenas de empreendimentos. Com intuito de garantir um fluxo de investimentos privados quando o acordo de isenção tributária com as empresas chegar ao fim, medidas para qualificar mão de obra e reforçar os serviços estão em curso. Uma delas envolve projeto articulado com Secretaria de Educação para levar ao interior novas escolas técnicas. "Também temos um banco de talentos locais formado em parceria com as próprias empresas, como é o caso da Sadia", conta Rêgo. "A ideia é detectar a característica determinante ao negócio da empresa para depois intervir no arranjo produtivo do município, como ocorreu com a planta da Perdigão instalada em Bom Conselho, que rendeu novo estímulo à cadeia produtiva do leite." No Rio Grande do Sul, o estímulo tributário também caminha integrado a outros mecanismos. "Diante do acirramento da guerra fiscal é impossível disputar com outro Estado sem conceder esse tipo de benefício", diz o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Sul, Marcio Biolchi. "Priorizamos alguns setores de maior competitividade como o de biodiesel e o de energia renovável para o qual lançamos mão de crédito presumido de 50% do ICMS." (RC) Financiamento:

Retomada de empréstimos privados para investimentos (Valor Econômico) 25/02/2010 Mario Rocha e Diogo de Hollanda, para o Valor, de São Paulo e Rio Coutinho, do BNDES: apoio às pequenas e médias empresas continua a ser prioridade O ano de 2010 deve marcar a retomada do crescimento da economia brasileira e a normalização das operações de crédito privado para a indústria. O aperto nas linhas de empréstimo bancário no país, provocado pela crise financeira internacional a partir de setembro de 2008, começou a ser desfeito no segundo semestre de 2009. E, ao longo de 2010, a oferta de crédito deverá encontrar sua contrapartida na demanda das empresas que voltam a investir. Nesse período crítico, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve papel importante para manter a roda da economia girando. No banco estatal, a previsão é de volta à normalidade. Tanto que depois de crescerem 63% em 2009, os desembolsos para o setor industrial podem cair em 2010 com a normalização da oferta de crédito privado. Em vez de aumentar a liberação de recursos, o banco trabalhará para reassumir as funções que seu presidente, Luciano Coutinho, identifica como o "veio histórico" da instituição: o apoio à inovação tecnológica e ao aumento da capacidade produtiva da indústria. "Estamos nos preparando para um cenário de normalização das condições de crédito e de maior participação privada no apoio ao investimento. Nossa meta é mais qualitativa", diz.

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Em 2009, o BNDES desembolsou R$ 63,5 bilhões para a indústria, o equivalente a 46% do montante total liberado em 2009 (R$ 137,4 bilhões). Em meio às adversidades da crise financeira, uma parte relevante dos recursos teve como finalidade o financiamento de capital de giro e outras atividades em geral desempenhadas por bancos comerciais. Em 2010, as operações para capital de giro ficarão restritas ao segmento de pequenas empresas, que, segundo Coutinho, ainda enfrenta dificuldades para obter recursos. Incluindo todos os setores, o BNDES prevê desembolsar R$ 126 bilhões este ano, queda de 8% em frente a 2009. O BNDES detectou os primeiros indícios de uma retomada vigorosa dos investimentos na indústria de transformação e na extrativa mineral este ano. A exceção, por enquanto, são as commodities ligadas às exportações. Embora destaque a necessidade de aumentar a capacidade produtiva das companhias, Coutinho diz que não há, neste momento, "setores estrangulados". Segundo ele, a intenção do banco é "olhar prospectivamente" e tentar estimular setores que, no fim de 2010 e início de 2011, possam estar com nível mais alto de utilização da capacidade. Para Coutinho, o desempenho da indústria será decisivo para o objetivo de elevar a taxa de investimento do país para perto de 19%. "A elevação do investimento sobre o PIB é fundamental para sustentar um crescimento saudável da economia." Nesse sentido, o Programa de Sustentação do Investimento (BNDES-PSI), que deveria durar de julho a dezembro de 2009, foi prorrogado até 30 de junho deste ano. O BNDES-PSI foi criado para estimular a manutenção dos investimentos da indústria em plena crise mundial. O foco do programa caiu sobre setores de bens de capital, exportação e inovação. Sua carteira atingiu R$ 37,1 bilhões em seis meses, com 80% contratados. O destaque são os juros, de 6% ao ano para aquisição de ônibus e caminhões; 4,5% para máquinas e equipamentos; e de 3,5% a 4,5% ao ano para investimentos em inovação. Coutinho diz que o apoio às pequenas e médias empresas se intensificou e continuará a ser uma prioridade. Em 2009, os desembolsos para esse segmento alcançaram R$ 23,9 bilhões, aumento de 9,5% em relação a 2008. O número de operações mais do que dobrou, passando de 179,8 mil para 367 mil. Entre as ferramentas utilizadas para financiar pequenas e médias estão o Cartão BNDES e a linha Finame, para compra de máquinas e equipamentos. O economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, aponta três gargalos que dificultam os empréstimos privados à indústria brasileira. O maior é o custo do crédito. O segundo é a alta carga tributária, com as empresas sendo obrigadas a manter onerosos departamentos jurídicos. O terceiro gargalo está na infraestrutura, onde os setores de energia e logística precisam ser ampliados e melhorados para dar sustentação ao crescimento econômico.

Governo paulista lança o Salariômetro (Correio Popular) 25/02/2010 Ferramenta on-line calcula remuneração média das profissões em todo o território nacional Da Agência Anhanguera O governador de São Paulo, José Serra, e o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, apresentaram ontem o Salariômetro (www.salariometro.sp.gov.br). A ferramenta on-line calcula a remuneração média de admissão das ocupações em todos os estados brasileiros. Para o Estado de São Paulo informa ainda o salário médio nos 645 municípios. O novo instrumento de pesquisa sobre o mercado de trabalho é gerenciado pela Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert) e foi desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP). “Com o Salariômetro, o trabalhador fica sabendo o valor médio que o mercado paga quando contrata pessoas com perfil parecido com o dele”, afirma o secretário Guilherme Afif. Ele lembra que a ferramenta também é útil para os empregadores. “A empresa que precisa contratar poderá também se informar sobre quanto as outras empresas estão pagando para estes profissionais”. O Salariômetro informa a salário médio das pessoas contratadas pelo mercado de trabalho formal, com carteira assinada, no período de seis meses anteriores à consulta. Informa ainda a quantidade e a idade média dos trabalhadores por categoria em dezembro de 2008. Decodificação “O Salariômetro decodifica o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e a Rais (Relação Anual de Informações Sociais). Os nossos mercados têm cotações de tudo (juros, moedas, ações, imóveis), mas não havia — até agora — nenhuma cotação do maior patrimônio do trabalhador, que é o valor do salário”, explica Guilherme Afif. Os cálculos do Salariômetro são feitos a partir dos dados do Caged e da Rais, bancos de dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a partir de informações administrativas de todos os estabelecimentos do País. Em uma

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demonstração ao governador de como funciona a ferramenta, Afif comparou o salário médio de um mergulhador profissional no Estado do Rio de Janeiro e em Santos, Litoral paulista. Enquanto o fluminense recebe R$ 1.579,00, o paulista ganha R$ 949,00. (Com Agência Estado) SAIBA MAIS - Como usar Para conhecer o valor do salário médio de admissão do cargo de interesse, o usuário preenche na internet um formulário muito simples em que informa o código da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) referente à sua profissão, além de outros dados (faixa etária, cor, gênero, escolaridade, setor e Unidade da Federação). Caso o usuário não saiba o código da ocupação na CBO, deve fazer uma busca por palavras-chave que representem a profissão. O sistema ajuda nessa busca apresentando opções de ocupações para o usuário escolher a que mais se aproxima da profissão de interesse. Se, depois de preenchido todo o formulário, o resultado for nulo, o usuário deve fazer uma nova consulta, agrupando algumas das informações – ou seja, precisa escolher a opção “Todos” ou “Todas” em algum (s) dos campos a serem completados (Estado, faixa etária, cor, gênero, escolaridade e setor).

Stephanes: Petro-Sal é modelo para setor de fertilizante (Estadão Online 17:25h) 24/02/2010 CÉLIA FROUFE Agencia Estado BRASÍLIA - A empresa que o governo pretende criar para tornar o Brasil autossuficiente em fertilizantes terá como modelo a Petro-Sal, estatal que vai gerir os contratos para a comercialização de petróleo e gás natural da União. A informação foi dada esta tarde pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ao deixar a cerimônia de lançamento do Projeto Biomas, da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). "A instituição a ser criada não vai produzir. Ela não será uma executora", disse. Ontem, Stephanes e o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, confirmaram que estão adiantados os estudos para a criação da estatal de fertilizantes. O ministro da Agricultura também disse que a comercialização dos produtos continuará nas mãos do mercado, como acontece hoje. "Apesar de não atuar nestas áreas, esta instituição poderá indicar empresas mistas participantes do processo", disse. Na avaliação de Stephanes, o Brasil demorou para "acordar" em relação à atualização do Código Mineral. "O nosso código tem quase meio século e é voltado para ouro, diamante...", afirmou. Com a criação da estatal para coordenar o segmento de fertilizantes, o assunto poderá avançar mais rapidamente que as discussões envolvendo a reelaboração do Código Mineral.

Bionergy acredita em adjudicação de Miassaba III (CanalEnergia) 24/02/2010 Empresa espera que não haver dificuldade para contratar energia. New Energy Option informa que não foi notificada pela Aneel Danilo Oliveira, da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas 24/02/2010 A Bionergy espera que a contratação do parque eólico Miassaba III será adjudicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica nas próximas semanas. Em comunicado enviado nesta quarta-feira, 24 de fevereiro, a empresa afirmou que está segura quanto a adjudicação do empreendimento. “Contamos com a eficiência da agência e estamos certos de que não haverá qualquer dificuldade para a contratação da energia”, informou o diretor-presidente da Bioenergy, Sérgio Marques na nota. Marques destacou ainda que a situação já está regularizada junto ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), que é responsável pelo licenciamento ambiental no estado. Na última terça-feira, 23, a Aneel decidiu suspender a adjudicação à Eólica Miassaba III devido à existência do parque Alegria II, outorgado em 2001, na mesma área onde a usina havia informado que será instalada.

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O empreendimento integra o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, outorgado para a empresa New Energy Option. A agência deverá intimar a empresa para, no prazo de 10 dias, prestar os esclarecimentos quanto à localização da EOL Alegria II. Procurada pela Agência CanalEnergia, a New Energy Options informou que não foi notificada pela Aneel. "A New Energy Options, empresa subsidiária da Multiner, informa que não recebeu qualquer comunicado da Agência Nacional de Energia Elétrica até o momento", informou. O consórcio responsável por Miassaba III é integrado, além da Bioenergy, por Eletronorte, Furnas, Miassaba Geradora Eólica e J. Malucelli Construtora de Obras. No leilão, os consórcios com participação da Bioenergy conseguiram contratar outros três projetos de geração de energia eólica, num total de 162 MW (70 MW médios). De acordo com a Bionergy, os projetos Aratua I, Rei dos Ventos I e Rei dos Ventos III já foram habilitados pela Aneel. Colaborou Dayanne Jadjiski.

Cemig GT vende entre 20 e 35 MW médios em leilão (CanalEnergia) 24/02/2010 Produto tem prazo de fornecimento entre 1º de junho de 2010 a 31 de dezembro de 2017. Certame acontece no próximo dia 2 de março Da Agência CanalEnergia, Mercado Livre A Cemig GT realizará no próximo dia 2 de março leilão de venda de energia convencional no ambiente de contratação livre. No certame, será disponibilizado um lote único, de 20 a 35 MW médios, com prazo de fornecimento entre 1º de junho de 2010 a 31 de dezembro de 2017. O termo de adesão deverá ser enviado através do fax (31) 3506-4660 até o próximo dia 26 de fevereiro até às 17 horas. O resultado do certame será divulgado até às 17 horas.

Tractebel registra lucro de R$ 1,134 bilhão em 2009 (CanalEnergia) 24/02/2010 No quarto trimestre, resultado chegou a R$ 352 milhões. Receita líquida cresce 2,8% em relação a 2008 Da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças 24/02/2010 A Tractebel obteve lucro líquido de R$ 1,134 bilhão em 2009. O desempenho representa alta de 1,7% sobre o mesmo resultado de 2008, que havia sido de R$ 1,115 bilhão. No quarto trimestre, o lucro líquido ficou em R$ 352 milhões e superou os R$ 276 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior. A receita operacional bruta de 2009 ficou em R$ 3,886 bilhões, ante R$ 3,793 bilhões apurados no mesmo período de 2008. Em 2009, a receita líquida cresceu 2,8% em relação ao mesmo período de 2008, quando apurou R$ 3,4 bilhões, e fechou em R$ 3,497 bilhões de receita. No quarto trimestre, a receita líquida ficou em R$ 914 milhões, contra R$ 844 milhões no mesmo período de 2008. O Ebitda - lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, em inglês - ficou em R$ 2,178 bilhões, contra R$ 2,177 bilhões em 2008. No quarto trimestre, o Lajida chegou a R$ 609 milhões, superando os R$ 530 milhões do igual período anterior.

Dívida da Celg aumenta 250% entre 2003 e 2008, segundo relatório do TCE-GO (CanalEnergia) 24/02/2010 Nos últimos 25 anos, endividamento da companhia até 31 de dezembro de 2008 chegou a R$ 4.662,348 Da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças A dívida da Celg aumentou 250% entre 2003 e 2008. De acordo com o relatório elaborado pelos técnicos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE), o endividamento da companhia neste período resultou em um passivo total de R$ 2,466 bilhões em 31 de dezembro de 2008. Nos últimos 25 anos, a dívida da Celg até 31 de dezembro de 2008 chegou a R$ 4.662,348. De acordo com a supervisora dos trabalhos dos servidores do TCE, Edna Andrade, o saldo devedor dos empréstimos firmados pela companhia com instituições bancárias em janeiro deste ano foi de aproximadamente R$ 711 milhões. Em valores a receber, a companhia teria R$ 2,173,482 referentes à dívida do estado de Goiás, com prefeituras e créditos junto à Eletrobrás. Ainda segundo Edna, a dívida da Celg com a Eletrobrás representou uma perda mensal estimada de receita da ordem de R$ 17 milhões, deduzindo os impostos, e de R$ 25 milhões mensais, com impostos. Por isso não foram liberados créditos referentes a programas de universalização de energia.

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Para a Celg, 2006 foi o ano em que o endividamento mais cresceu. Houve reversão da estratégia de obter equilíbrio econômico-financeiro, de acordo com a supervisora, provocada pelo aumento do endividamento de curto prazo. Foi registrado um aumento de 89,94% no total de empréstimos e financiamentos. Para Edna, a Celg foi se tornando cada vez menos autossustentável. "A situação financeira piorou de forma acentuada e houve dificuldades para honrar compromissos a curto prazo, com redução da capacidade de se autofinanciar".

Copel PNB encerra em baixa de 1,75% (CanalEnergia) 24/02/2010 Light ON fecha com alta de 0,99%. Aos 24.230 pontos, IEE registra -0,28% Da Agência CanalEnergia, Noticiário A Copel PNB encerrou em baixa de 1,75% no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo desta quarta-feira, 24 de fevereiro. Assim como a Copel PNB, outras ações registraram resultados negativos no Índice de Energia Elétrica, entre elas a AES Eletropaulo PNB (-1,31%), a AES Tietê PN (-1,11%) e a Celesc PNB (-1,05%). A Light ON fechou com alta de 0,99%, seguida pela Cesp PNB (0,90%). O IEE chegou aos 24.230 pontos com baixa de 0,28%. O Ibovespa também registrou baixa ao fim do pregão, com -0,47% aos 65.794 pontos. Confira abaixo o desempenho das ações que compõem o IEE no pregão de hoje: AES Eletropaulo PNB: -1,31% AES Tietê PN: -1,11% Celesc PNB: -1,05% Cemig PN: -0,31% Cesp PNB: 0,90% Coelce PNA: 0,27% Copel PNB: -1,75% CPFL Energia ON: -0,67% Eletrobrás PNB: -0,39% Energias do Brasil ON: -0,29% Equatorial ON: -0,11% Light ON: 0,99% MPX Energia ON: 0,34% Tractebel ON: -0,15% Terna Participações UNT: 0,08% Transmissão Paulista PN: 0,23%

Eletronuclear assina termo de compromisso de compensações socioambientais com três municípios (CanalEnergia) 24/02/2010 Serão destinados recursos para áreas de educação, saúde, defesa civil, ação social, saneamento, cultura e meio ambiente durante construção de Angra 3 Da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente A Eletronuclear assinou nos últimos dias 18 e 19 de janeiro, com as prefeituras de Rio Claro, Paraty e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, um termo de compromisso que versa sobre as compensações socioambientais de Angra 3 (1.350 MW), atendendo as condicionantes estabelecidas no processo de licenciamento ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Através do convênio, a companhia nuclear destinará recursos para projetos nas áreas de educação, saúde, defesa civil, ação social, saneamento, cultura, meio ambiente, entre outras, durante a construção da usina. Com a prefeitura de Rio Claro, o termo de compromisso, no valor de R$ 14 milhões, visa à execução de 31 projetos. Mais tarde, serão investidos R$ 8 milhões em convênios definidos pela empresa em parceria com diversos órgãos, totalizando R$ 22 milhões em projetos para o município. Pretende-se investir principalmente nas áreas de saúde, educação, meio ambiente e defesa civil, e na reforma da Casa da Cultura Manuel Gonçalves Portugal e do Centro Cultural de Lídice. Em Paraty, os investimentos somam R$ 60 milhões. Do montante, a prefeitura terá ingerência sobre R$ 46 milhões, distribuídos em 33 projetos. Os outros R$ 14 milhões serão investidos em projetos em parceria com diversos órgãos, como o Ibama e Instituto Estadual do Ambiente, por exemplo. Cerca de R$ 15 milhões serão destinados ao saneamento básico e R$ 3 milhões para recuperação do calçamento do Centro Histórico.

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Com Angra dos Reis foi assinado um convênio no valor de R$ 31,7 milhões, que serão aplicados nas obras e no aparelhamento do Hospital da Japuíba para emergências médicas. O hospital terá 169 leitos, sendo 18 de CTI, e irá atender à população de Angra e das cidades que fazem parte do Consórcio Intermunicipal de Saúde. São eles: Mangaratiba, Paraty e Rio Claro. Estima-se que até dezembro deste ano os serviços estejam concluídos. Ao todo, a Eletronuclear irá investir R$ 317 milhões no município, e a Prefeitura terá ingerência sobre R$150 milhões.

Belo Monte: EPE corre para conclui cálculo dos custos ainda esta semana (CanalEnergia) 24/02/2010 Aneel depende do novo montante para votar edital do leilão previsto para ocorrer até 12 de abril. TCU precisa dar aval a proposta Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Planejamento e Expansão A Empresa de Pesquisa Energética espera concluir o cálculo dos custos da hidrelétrica de Belo Monte (PA-11.233 MW) até a próxima sexta-feira, 26 de fevereiro. O recálculo foi necessário após o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis impor R$ 1,5 bilhão em compensação ambiental a usina. A EPE tinha cálculo, anteriormente, em R$ 2,5 bilhões os gastos ambientais da obra orçada em R$ 16 bilhões. O novo cálculo avalia se as novas compensações vão influenciar custo final do empreendimento. O novo custo terá ainda que ser reavaliado pelo Tribunal de Contas da União, que já aprovou o projeto apresentado pela EPE. O preço-teto sugerido de R$ 68 por MWh para o mercado cativo pode ser alterado com o novo valor. Após o aval do TCU, a Agência Nacional de Energia Elétrica poderá apreciar o edital do leilão previsto para ocorrer até o dia 12 de abril.

Chesf vai participar de leilão de fontes alternativas com parque de 180 MW (CanalEnergia) 24/02/2010 Empresa também prepara chamada pública para formar consórcios. Estatal é sócia de dois parques no RN Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas A Chesf vai voltar a participar de um leilão com projetos de energia eólica. A empresa foi vencedora do certame de energia eólica, realizado ano passado, em consórcio com a portuguesa Martifer. Na ocasião, a empresa comercializou energia de duas usinas. Agora, segundo Rui Barbosa, superintendente de projetos e construção de geração da Chesf, a empresa já conta com um projeto de 180 MW localizado no município de Casa Nova na Bahia. "O projeto entrou no leilão no ano passado só que não comercializamos a energia", disse o superintendente à Agência CanalEnergia, acrescentando que o projeto é 100% da Chesf. Mas a empresa não deve se limitar a essa usina no leilão. Barbosa adiantou que a estatal vai lançar uma chamada pública em breve para receber proposta de investidores interessados em forma um consórcio para o certame previsto para ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano. "Estamos fechando o cronograma da chamada pública", salientou. Quanto aos parques eólicos Areia Branca (27,3 MW) e Mar e Terra (23,1 MW), comercializados no leilão de 2009, ambos no Rio Grande do Norte, Barbosa conta que os consórcios estão em conversação com os fornecedores para fechar os contratos. "Já temos pré-contratos assinados de antes do leilão. Agora estamos negociando com os fornecedeores", disse. A Chesf tem 49% dos parques e a Martifer 50,5%. As empresas contam com sócios minoritários, 0,5%, em cada parque. Barbosa contou que a expectativa é iniciar as obras no máximo no terceiro trimestre do ano. As empresas aguardam também a licença ambiental de instalação do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema). O superintendente não quis falar em investimentos nos parques potiguares para não atrapalhar as negociações com os fornecedores.

Coner vai movimentar R$ 2 bilhões até 2013 (CanalEnergia) 24/02/2010 No ano passado, movimento ficou em R$ 31 milhões. Alta se deve a realização do leilão de eólica Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas

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A Conta de Energia de Reserva (Coner) vai multiplicar várias vezes o movimento financeiro nos próximos anos. Pelos cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que administra a conta, a perspectiva é que a Coner movimente R$ 2 bilhões até 2013. Isso se deve a entrada da contabilização da energia vendida no leilão de energia eólica realizado no ano passado. A energia dos parques será disponibilizada a partir do segundo semestre de 2012. O incremento será significativo se comparado aos R$ 31 milhões movimentados no ano passado, o primeiro da Coner. Para dar visibilidade e transparência a conta, a CCEE disponibiliza, na internet, os extratos bancários da Coner, com demonstrativos detalhados das movimentações financeiras e comprovantes de aplicações. A Câmara também divulga relatório com as informações da contabilização dessas operações, certificado de auditoria da liquidação financeira e resultado dos leilões relacionados. A CCEE também está aperfeiçoando seus sistemas e processos vinculados à gestão da energia de reserva, criando novos controles para a administração dos contratos e da Coner. Segundo a Câmara, a proposta contempla o constante crescimento dos montantes financeiros e contratos gerados pelos leilões de reserva, de forma a aumentar a segurança e transparência das operações.

CCC e CDE: transmissoras pagam R$ 34,126 milhões referentes a dezembro (CanalEnergia) 24/02/2010 Valores devem ser recolhidos até o próximo dia 28 de fevereiro Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas As transmissoras Cteep, Furnas, Cemig, Celg, Copel, CEEE, Chesf, Eletronorte, SMTE e Afluente pagarão um total de R$ 34,126 milhões de quotas da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis e da Conta de Desenvolvimento Energético referentes ao mês de dezembro. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, os valores devem ser recolhidos até o próximo dia 28 de fevereiro. De acordo com despacho 415 publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 24 de fevereiro, as quotas fixadas pela agência valem para empresas que atendem consumidores livres e/ou autoprodutor com unidades de consumo conectadas às instalações da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional.

Adiada assinatura de contrato para construção de PCHs na rede da Sabesp (CanalEnergia) 24/02/2010 Contrato deve ser assinado nos próximos dias. Usinas somam 7 MW de potência e demandarão R$ 27 milhões de investimentos Danilo Oliveira, da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas A assinatura do primeiro contrato para a construção de pequenas centrais hidrelétricas aproveitando o potencial da rede de distribuição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, prevista para esta quarta-feira, 24 de fevereiro, foi adiada. Segundo a Sabesp, a nova data ainda não foi definida, mas o contrato deve ser assinado nos próximos dias. Em 2009, a Sabesp abriu licitação vencida pelas empresas Tecniplan e Servtec, em consórcio. A licitação prevê duas usinas de 7 MW no total, sendo que uma delas será instalada na estação de tratamento de Guaraú, na Serra da Cantareira, e terá potência de 4 MW. A outra usina, com 3 MW de capacidade, será instalada na estação de tratamento do Atibainha, que também pertence ao sistema Cantareira. Na ocasião, a oferta de energia gerada para Sabesp ficou em 23% contra a previsão inicial do edital que era de no mínimo 20%. A Sabesp calcula investimentos da ordem de R$ 27 milhões para os projetos. A receita total com a venda de energia pode chegar a R$ 8 milhões por ano. As obras tem duração de 34 meses e a concessão vai até 2030.

Alstom entrega último rotor de Foz do Chapecó nesta sexta (CanalEnergia) 24/02/2010 Previsão é de que primeira unidade entre em operação a partir de agosto e última até fevereiro de 2011 Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção

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A Alstom entregará na próxima sexta-feira, 26 de fevereiro, o último rotor da hidrelétrica de Foz do Chapecó. Com 149,5 toneladas e 4,18 metros de altura, a peça saiu da fábrica da companhia, em São Paulo, no último dia 1º de fevereiro e completa as quatro unidades produzidas pela Alstom para a obra. De acordo com a Alstom, o primeiro rotor foi entregue em junho, o segundo, em setembro e o terceiro, em novembro do ano passado. A companhia é responsável pela produção, entrega e supervisionamento da montagem dos equipamentos das quatro turbinas de 213,75 MW cada. A previsão, ainda segundo a Alstom, é de que a primeira unidade entre em operação a partir do próximo mês de agosto e a última até fevereiro de 2011. A hidrelétrica de Foz do Chapecó está localizada no rio Uruguai, entre os municípios de Águas de Chapecó, em Santa Catarina, e Alpestre, no Rio Grande do Sul, e o reservatório da usina ocupará uma área de 79.2 km². A Foz do Chapecó Energia é formada pela CPFL, Furnas e CEEE.

Reservatórios do Sul atingem 97,2% do volume armazenado (CanalEnergia) 24/02/2010 Índice está 70,6% acima da curva de aversão ao risco. UHE G.P. Souza opera com 99,47% da capacidade, segundo ONS Da Agência CanalEnergia, Noticiário A hidrelétrica de G.P. Souza opera com 99,47% da capacidade de armazenamento, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico referentes à última terça-feira, 23 de fevereiro. Os reservatórios do Sul atingem 97,2% do volume acumulado. Confira abaixo a situação de cada submercado: Submercado Norte - Os reservatórios atingem 97,7% do volume acumulado, mantendo estabilidade. A hidrelétrica de Tucuruí trabalha com 97,63% da capacidade armazenada. Submercado Sudeste/Centro-Oeste - Os reservatórios registram 77% do volume, com alta de 0,1%. O índice está 60,4% acima da curva de aversão ao risco. As usinas Miranda e Emborcação operam com 57,95% e 54,31%, respectivamente. Submercado Sul - O nível dos reservatórios chega a 97,2%, com baixa de 0,2%. O índice está 70,6% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de G.P. Souza trabalha com 99,47% da capacidade de armazenamento. Submercado Nordeste - Os reservatórios registram 68,5% do volume, registrando baixa de 0,2%. O índice está 58,5% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho opera com 72,45% da capacidade.

Produção de gás permanece estável em janeiro, segundo Petrobras (CanalEnergia) 24/02/2010 No Brasil, companhia produziu 49,548 milhões de m³/dia e no exterior foram produzidos 15,912 milhões de m³/dia Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas A produção de gás natural em campos nacionais da Petrobras manteve-se praticamente nos mesmos níveis de janeiro do ano passado, atingindo 49,548 milhões de metros cúbicos diários. Já no exterior a produção foi de 15,912 milhões de metros cúbicos, registrando um aumento de 0,3%. Em comparação com janeiro do ano passado, houve um acréscimo de 1%, devido à maior demanda local de gás no Peru. Se considerada a produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no país em janeiro do ano pasado, foi verificado um aumento de 2,9% sobre o volume produzido, alcançando 2.284.440 barris de óleo equivalente por dia. Segundo a empresa, o volume de petróleo e gás natural proveniente dos países onde a Petrobras atua no exterior chegou a 241.314 barris de óleo equivalente por dia em janeiro, 12,3% acima da produção do mesmo mês do ano passado. Este aumento se deve, de acordo com a companhia, à entrada em produção do campo de Akpo e de novos poços no campo de Agbami, ambos na Nigéria.

Sudeste registra alta de 9,8% no consumo de janeiro, segundo EPE (CanalEnergia) 24/02/2010 Indústria retomou atividade industrial, totalizando crescimento de 14,7%. Região Sul teve alta de 10,6% no consumo de energia Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Consumidor

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A região Sudeste teve alta de 9,8% no consumo de energia de janeiro, totalizando 17.950 GWh, segundo informe da Empresa de Pesquisa Energética divulgado nesta quarta-feira, 24 de janeiro. A região foi responsável por 57% do consumo total do país no mês passado. A indústria teve alta de 14,7%, somando 7.596 GWh, o que corresponde a 47% do consumo regional. A EPE salientou que a base de comparação é deprimida em decorrência da crise financeira internacional, que afetou, fortemente, o setor. Os estados de Minas Gerais e Espirito Santo, por exemplo, registraram altas de 25,4% e 95% no consumo industrial, respectivamente. Isso porque, no caso do Espírito Santo, praticamente todas as unidades de pelotização do estado encontravam-se desligadas em janeiro de 2009. No caso do consumo residencial, as temperaturas elevadas puxaram a taxa para cima. A demanda aumentou 6,5% no mês passado, em comparação a janeiro de 2009. As temperaturas ficaram 2º C acima da média nas cidades do Rio de Janeiro e Vitória (ES). Rio e Espírito Santo viram o consumo das residências saltar 16% no mês. Já São Paulo teve alta de apenas 3,1% devido o menor período de leitura do consumo por parte de uma grande distribuidora do estado. O consumo residencial per capita da região ficou em 186 kWh, com aumento de 3,8% comparativamente a janeiro de 2009. Minas teve um consumo abaixo da média, 127 kWh, enquanto o Espirito Santo ficou em linha. Já Rio e São Paulo tiveram média superior a regional com 200 kWh e 205 kWh. No caso do consumo comercial, a alta ficou em 8,7%, o correspondente a 3.290 GWh. Rio de Janeiro e Espírito Santo contribuiram para a taxa, com crescimento na casa dos 13%, afetada pelas altas temperaturas. Outras regiões - Na região Sul, o consumo cresceu 10,6% no mês para 5.911 GWh. As três principais classes tiveram altas superiores a 10%, com destaque para a industrial com 17,7% na comparação com janeiro de 2009. O Rio Grande do Sul registrou alta de 30,7% na demanda industrial com a retomada da atividade econômica. A classe residencial teve alta de 11,1% e a comercial, 11,4% no consumo. O consumo per capita das residências sulistas ficou em 197 kWh, o que o maior desde o ano 2000, pré-racionamento. O consumo per capita nacional ficou em 165 kWh, o maior desde o racionamento. Na região Centro-Oeste, o consumo de energia aumentou 8% em janeiro, ante o mesmo mês anterior. A classe industrial teve alta de 20,4%. Já as classes residencial e comercial ficaram em 5,3% e 5,6% de crescimento. A região Nordeste aumentou o consumo em 7,4% no período. As classes residencial, comercial e industrial tiveram crescimento de 8,9%, 7,5% e 9,1%, respectivamente. O Norte do país teve as menores taxas de crescimento com alta total de 4,1% no mês passado. A classe industrial cresceu 1,5%. As classes residencial e comercial se expandiram em 5,3% e 7,4%.

Temperaturas elevadas fazem consumo aumentar 9,1% em janeiro, diz EPE (CanalEnergia) 24/02/2010 Classes residencial e comercial registram índices de crescimento recorde. A indústria teve consumo 13,2% maior que no ano anterior Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Consumidor A Empresa de Pesquisa Energética registrou uma alta de 9,1% no consumo de energia em janeiro passado, em relação com o mesmo mês anterior, segundo informe publicado nesta quarta-feira, 24 de fevereiro. O consumo chegou a 33.718 GWh em virtude das altas temperaturas, que influenciaram o consumo residencial e comercial cujas as taxas de crescimento ficaram em 7,5% e 8,7%, respectivamente. Os índices são os maiores para os dois segmentos em um mês de janeiro. A indústria também mostra recuperação da atividade, apontando uma alta de 13,2% no consumo no mês passado, totalizando 13.772 GWh. A EPE ressalta que o índice é influenciado pela baixa base de comparação, mesmo assim o setor contribuiu com 5,2 pontos percentuais da taxa consolidada do consumo total. O mercado livre teve crescimento de 15,7% no mês, alcançando 8,2 mil GWh. No acumulado de 12 meses, o consumo nacional ainda é influenciado pelas consequências da crise financeira internacional. O consumo recua 0,1% no período. A indústria tem queda de 6,1% no acumulado, já residência e comércio crescem 6,4% e 6,5%, respectivamente. O mercado livre continua em queda de 7,6% em um ano.

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Luz para Todos no Pará passa das 250 mil ligações (CanalEnergia) 24/02/2010 Nos últimos cinco anos, foram implantados 44.500 quilômetros de linhas de alta e baixa tensão Da Agência CanalEnergia, Consultor O Luz para Todos concluiu mais de 250 mil ligações no Pará, o que representa mais de um milhão de beneficiados com o programa nos últimos cinco anos. De acordo com a Celpa (PA), foram implantados 44.500 quilômetros de linhas de alta e baixa tensão, além de 430 mil postes e mais de 53 mil transformadores no período. Ao todo, o programa chegou a 141 dos 143 municípios do estado, beneficiando 3.800 localidades em áreas rurais ou ribeirinhas. Em 2009, foram 40.600 novas ligações realizadas em 136 municípios.

Cesp PNB opera em alta de 1,59% (CanalEnergia) 24/02/2010 Copel PNB registra baixa de 0,99%. IEE atinge os 24.168 pontos com -0,53% Da Agência CanalEnergia, Noticiário A Cesp PNB está operando em alta de 1,59% no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo desta quarta-feira, 24 de fevereiro. Além da Cesp PNB, o Índice de Energia Elétrica registra outras marcas positivas, entre elas a Light ON (1,49%). A Copel PNB opera em baixa de 0,99%, seguida pela Tractebel ON (-0,87%). O IEE chega aos 24.168 pontos em baixa de 0,53%. O Ibovespa também registra baixa, com -0,39%, aos 65.852 pontos. Confira abaixo o desempenho das ações que compõem o IEE no pregão de hoje: AES Eletropaulo PNB: 0,96% AES Tietê PN: -0,32% Celesc PNB: 0,14% Cemig PN: -0,10% Cesp PNB: 1,59% Coelce PNA: 0,27% Copel PNB: -0,99% CPFL Energia ON: 0,78% Eletrobrás PNB: 0,11% Energias do Brasil ON: -0,31% Equatorial ON: -0,52% Light ON: 1,49% MPX Energia ON: -0,45% Tractebel ON: -0,87% Terna Participações UNT: 0,08% Transmissão Paulista PN: 0,65%

Demanda recorde chega a quase 71 mil MW no SIN, segundo ONS (CanalEnergia) 24/02/2010 Nordeste registra terceiro recorde consecutivo. SE/CO tem demanda de 44.190 MW Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção O Operador Nacional do Sistema Elétrico registrou novos recordes de demanda tanto no Sistema Interligado Nacional como nos subsistemas Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste. No SIN, a demanda atingiu a máxima de 70.954 MW às 14:44 horas da última terça-feira, 23 de fevereiro. O recorde anterior havia sido no dia 4 desse mês com pico de 70.654 MW. O Nordeste atingiu demanda recorde pelo terceiro dia seguido. Às 14:32 horas de ontem (23) a demanda alcançou 10.115 MW, ante 9.914 MW na segunda-feira, 22. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o pico de demanda foi alcançado às 14:44 horas, quando ficou em 44.190 MW, sendo que o recorde anterior fora de 43.159 MW no último dia 4.

Aneel homologa transferência de autorização de duas térmicas (CanalEnergia) 24/02/2010 UTEs Termonordeste e Termoparaíba passam a pertencer a Centrais Elétricas da Paraíba

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Dayanne Jadjiski, da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas A Agência Nacional de Energia Elétrica homologou a transferência de autorização das termelétricas Termonordeste e Termoparaíba a Centrais Elétricas da Paraíba (Epasa). Pertencentes anteriormente a Centrais Elétricas de Pernambuco, as usinas têm capacidade instalada de 170,8 MW e estão localizadas no município de João Pessoa, na Paraíba. A autorização foi concedida na reunião da Aneel realizada nesta terça-feira, 23 de fevereiro.

BR Distribuidora inicia testes de unidades geradoras no Pará (CanalEnergia) 24/02/2010 Ao todo, são 13 motogeradores instalados nas térmicas Alcoa Porto e Alcoa Beneficiamento. Relatório final deve ser entregue à Aneel em 60 dias Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou os testes de 13 unidades motogeradoras da Petrobras Distribuidora, em Juruti (PA). Sete das unidades somam 9,828 MW de potência e estão instaladas na UTE Alcoa Beneficiamento. As outras seis unidades totalizam 5,644 MW, sendo quatro de 0,324 MW e seis de 0,724 MW, e pertencem à UTE Alcoa Porto. As usinas estão localizadas, respectivamente, nas instalações industriais de mineração e beneficiamento de bauxita e instalações do complexo portuário da Omnia Minérios, na Enseada do Lago Grande Juruti. A Aneel também liberou os testes de 15 unidades geradoras que totalizam 31,5 MW da Unidade III do Parque Bons Ventos Aracati. O empreendimento pertence à Bons Ventos Geradora e está localizado no município de Aracati (CE). Em Manaus (AM), a Aneel autorizou os testes da unidade geradora 3 da UTE Manauara da Companhia Energética Manauara. A unidade possui 17,076 MW de potência instalada. A Luzboa S.A recebeu a autorização para os testes das unidades geradoras 1 e 2 da pequena central hidrelétrica Oliveira, localizada no município de msmo nome, em Minas Gerais. Cada unidade tem potência estimada de 1,44 MW, totalizando 2,88 MW. As empresas têm o prazo de 60 dias para envio de relatório confirmando ou corrigindo a potência das unidades geradoras. As informações constam nos despachos 394, 395, 396, 397 e 398 do Diário Oficial da União da última terça-feira, 23 de fevereiro.

Cteep e Transirapé têm projetos enquadrados no Reidi (CanalEnergia) 24/02/2010 MME incluiu planos de reforços em instalações de transmissão das empresas nos estados de São Paulo e Minas Gerais Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas O Ministério de Minas e Energia aprovou o enquadramento de projetos de reforços e melhorias em instalações de transmissão de energia da Cteep e da Transirapé no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura. De acordo com as portarias 62 e 64 do Diário Oficial da União da última terça-feira, 23 de fevereiro, os sistemas reforçados dessas empresas estão localizados nos estados de São Paulo e Minas Gerais, respectivamente. O MME também enquadrou no Reidi as pequenas centrais hidrelétricas Água Prata (13,3 MW) e Água Clara (4 MW). Os empreendimentos estão localizados nos municípios de Juscimeira e Jaciara, no Mato Grosso, e pertencem à Usina Elétrica do Prata. As informações constam na portaria 63 publicada no D.O.U. desta terça-feira, 23.

Alstom assina contrato de € 90 milhões para automação de térmica na Africa do Sul (CanalEnergia) 24/02/2010 Projeto faz parte do programa de expansão da empresa Eskom, que pretende dobrar a capacidade elétrica do país nas próximas décadas Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas A Alstom assinou com a Eskom no início de fevereiro contrato de € 90 milhões para automação do projeto da térmica Kusile, na África do Sul. A Alstom Power será responsável pela engenharia, fornecimento e instalação do novo sistema de controle distribuído. O projeto faz parte do programa de expansão da Eskom que pretende dobrar a capacidade elétrica da África do Sul nas próximas décadas. De acordo com a Alstom, um contrato semelhante foi assinado em

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novembro para a construção da usina de Medupi. O plano de expansão prevê a construção de novas usinas e a otimização de plantas existentes, incluindo a reforma de usinas nucleares e a carvão, como Koeberg e Arnot.

Curso ensina fundamentos do setor elétrico no Rio de Janeiro (CanalEnergia) 24/02/2010 Acende Brasil promove oito horas de orientações com visão multidisciplinar. incluindo questões físicas, institucionais, econômicas, ambientais e sociais Da Agência CanalEnergia, Regulação e Política O setor de energia, com seus princípios de funcionamento e estruturais, será tema do curso Fundamentos do Setor Elétrico Brasileiro, do Instituto Acende Brasil, que será realizado na próxima quinta-feira, 25 de fevereiro, no Rio de Janeiro. O curso aborda geração de energia, cadeia produtiva, papéis e responsabilidades das empresas, do regulador e do governo, construção da conta de luz, revisão da tarifa, licenciamento ambiental e outros temas relacionados. O objetivo do curso é oferecer uma visão multidisciplinar do setor elétrico brasileiro, incluindo questões físicas, institucionais, econômicas, ambientais e sociais, a partir da introdução de conceitos básicos para o entendimento do setor. Ele terá duração de oito horas e é voltado a profissionais recém envolvidos com as áreas de negócios de energia, especialistas de outras áreas das empresas de energia e fornecedores de produtos ou prestadores de serviços para o setor elétrico. Os interessados deverão pagar R$ 1.090, e as inscrições podem ser feitas através do site www.acendebrasil.com.br.

SINDICAL

Nestas quinta (25) e sexta-feiras (26) (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por Luiz Carvalho CUT convida ministro e parlamentares para discutir estratégias de combate ao racismo Júlia Nogueira (SNCR)A Central Única dos Trabalhadores promove na quinta e na sexta-feira (dias 24 e 25 de fevereiro), no Hotel Braston (Rua Augusta, 467), região central de São Paulo, a Oficina de Planejamento da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo. O encontro reunirá o Ministro de Estado da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, os parlamentares Janete Pietá (deputada federal - PT) e Vicente Paulo da Silva (deputado federal – PT), além de secretários cutistas estaduais de combate ao racismo para analisar o momento atual, as políticas públicas e estabelecer ações com o objetivo de ampliar a luta pela promoção da igualdade racial. Apesar do Brasil ser majoritariamente negro – segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 49,7% da população brasileira declara ser da raça negra – e mesmo com os avanços obtidos nos últimos anos por meio de ações afirmativas como o ProUNi (Programa Universidade para Todos) e às políticas de cotas nas universidades, as desigualdades ainda persistem. De acordo com pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e da Fundação Seade, os negros recebem 50% a menos que os não-negros na região metropolitana de São Paulo. As taxas de desemprego são maiores para negros em comparação às pessoas de outras raças (17,6% contra 13,3%) e nas empresas brasileiras, pouco mais de 3% dos cargos de chefia são ocupados por negros, segundo o Ibope e o Instituto Ethos. A Secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Nogueira, define que o encontro tem como prioridade estabelecer um plano de luta unificado para que os trabalhadores exijam a efetiva implementação da lei 10.629, que torna obrigatório o ensino da História da África e da cultura afro-brasileira no ensino fundamental das escolas públicas e privadas, e para que os sindicatos incluam em seus acordos e convenções coletivas cláusulas que

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combatam a discriminação no ambiente de trabalho. “Queremos conscientizar nossos companheiros e companheiras, a partir das CUTs estaduais e dos sindicatos cutistas, sobre a importância de exigir que as escolas retratem nossas origens de forma correta, sem deturpação, e de apontar nas campanhas salariais o debate sobre o fim do preconceito racial no processo seletivo e de promoção nas empresas.” A aprovação do Estatuto da Igualdade Racial pela Câmara dos Deputados em setembro do ano passado também fará parte dos debates. “O Estatuto da Igualdade Racial não dará conta de reparar toda a dívida que o Brasil tem com a população negra, mas é uma arma fundamental para enfrentar a fatia racista e conservadora do Brasil, minoritária, mas poderosa. Caso não nos mobilizemos, esse documento corre o risco de perder a força”, defende Maria Júlia. Programação Dia 25 de Fevereiro de 2010 09h00min – Mesa de Abertura Artur Henrique da Silva Santos – Presidente da CUT Maria Julia Reis Nogueira – Secretária Nacional de Combate ao Racismo 09h45min – Apresentação dos Convidados 10h30min - Painel: Promoção da Igualdade Racial no Brasil – Avanços e Desafios no combate ao racismo Expositores: Ministro de Estado da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial Edson Santos Deputada Federal Janete Pietá Deputado Federal Vicente Paulo da Silva Coordenação: Maria Julia Reis Nogueira 13h00min – Intervalo para Almoço 14h30min – Apresentação da Sistematização do Debate sobre “Promoção da Igualdade Racial no Brasil – Avanços e Desafios – Júlia 14h45min - Painel: Estratégia da CUT no Combate ao Racismo e na promoção da Igualdade Racial: Avanços,desafios e limites Expositores: –Isabel da Silva e – Marcos Benedito

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Coordenação: Maria Júlia dos Reis Nogueira 16h45min – Intervalo 17h05min – Perfil dos/as Secretários/as e da situação das Secretarias Estaduais de Combate ao Racismo - Apresentação – Archimedes - Abertura para alguns comentários e complementos 17h35min - Trabalho em Grupos: Questão: Frente ao contexto atual das políticas e estratégias de combate ao racismo e promoção da igualdade racial e, considerando a situação das Secretarias Estaduais, quais devem ser as prioridades do Plano de Ação da SNCR ? 19h00min – Encerramento dos trabalhos e Jantar Dia 26 de Fevereiro de 2010 08h30min - Apresentação dos Trabalhos em Grupo e definição das prioridades da SNCR - Coordenação: Maria Julia Reis Nogueira e Assessoria 10h30min - Desenho do Plano de Ação da SNCR – Dividir presentes em grupos por prioridade que terão a tarefa de trabalhar a partir da matriz abaixo

Prioridade Ação Prazo Responsável Apoio 12h30min – Intervalo para Almoço 14h00min - Apresentação dos Grupos / esclarecimentos / definições sobre as ações Propostas e encaminhamentos 16h00min – Avaliação 17h00min – Encerramento

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São Paulo (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por CNTT Chapa Cutista vence eleição dos Sindiviários Cerca de 1.700 trabalhadores da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, mais conhecidos como “marronzinhos”, elegeram a Chapa 1 cutista “Experiência e Luta” para conduzir o Sindicato da categoria (Sindviários). O atual presidente do Sindviários é Luiz Antônio Queiroz -- que também ocupa o cargo de Secretário de Saúde do Trabalhador da CUT/SP -- será vice-presidente na nova Direção. O novo presidente eleito do Sindicato é Reno Ale. Segundo a Coordenação da eleição, a Chapa cutista venceu o pleito com 1.011 votos válidos e a Chapa 2 obteve 624 votos. Os votos brancos somaram 26 e os nulos 36. Posse e democracia A nova Direção do Sindicato tomará posse no dia 14 de abril, quando termina o mandato da atual diretoria. Em informativo, o Sindviários relatou à categoria que o processo eleitoral ocorreu de forma democrática. “As duas chapas disputaram a eleição em igualdade de condições, respeitando-se o número de mesários e presidentes de mesas eleitorais”, relatou. Ainda segundo o boletim, o resultado das urnas refletiu a maioria da categoria em “manter o Sindicato filiado à Central Única dos Trabalhadores”. Em blog da Associação dos Funcionários da CET-SP, Alfredo Coletti, atual Secretário de Saúde do Sindicato e futuro Secretário Geral da nova Diretoria, agradeceu a todos os sócios e sócias do Sindviários de todo o Estado de São Paulo, que compareceram às urnas e mostraram por meio do voto a sua vontade. “Nesta próxima gestão, seremos ainda mais capazes e ativos, podem apostar e claro cobrar”, enfatizou. Transportando CNTT-CUT Redação: [email protected] endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email - [email protected] endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email Siga-nos: www.twitter.com/cnttcut

Defesa dos trabalhadores (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por CUT-MG CUT/MG repudia decisão judicial na greve dos rodoviários A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais vê com preocupação a crescente ingerência do Poder Judiciário na relação capital/trabalho no Brasil, sempre em prejuízo da classe trabalhadora. O caso mais recente envolve greve dos rodoviários da Grande Belo Horizonte. O sindicato dos funcionários das empresas de transporte coletivo cumpriu todas as exigências legais, dentro dos prazos estabelecidos pela legislação e, ainda assim, a paralisação foi considerada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho. A parcialidade da decisão judicial foi tal que o advogado da entidade sindical sequer participou da audiência que, na segunda-feira (22), decretou a ilegalidade do movimento. O sindicato, ainda por cima, se viu ameaçado de multa diária de R$ 360 mil, o bloqueio das contas da entidade, das federações e outras entidades envolvidas, além da apreensão dos seus veículos. Mesmo tendo divergências com o Sindicato dos Rodoviários, a CUT-MG não pode deixar de se solidarizar com a categoria, que reivindica reajuste salarial justo. E a Central não pode também concordar com a decisão do desembargador Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, do Tribunal Regional do Trabalho, que penalizou apenas os trabalhadores. Nesta semana, os metalúrgicos da fábrica de autopeças Apumante, de Contagem, paralisaram as atividades em protesto pela demisssão de um companheiro de trabalho, considera injusta. O Tribunal Regional do Trabalho, na convocação para uma audiência de conciliação, deixou claro que o Sindicato dos Metalúrgicos estava sujeito a uma multa de R$ 170

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mil por dia de greve. O movimento foi encerrado com um acordo que determina estudo de mudanças no departamento de recursos humanos da empresa, que os dias parados não serão descontados e que os metalúrgicos não sofrerão qualquer retaliação. No ano passado, os bancários sofreram a mesma pressão por parte da Justiça para encerrar o movimento de paralisação. A Justiça até impôs um interdito proibitório aos sindicalisatas (proibição de aproximação num raio de 200 metros dos locais de trabalho, por exemplo). A judicialização das relações do trabalho e, como consequência, o engessamento das ações dos movimentos sindicais, vêm se tornando uma rotina neste país. Para a CUT-MG, o Judiciário não pode tomar o lugar dos outros poderes, nem arbitrar sempre contra os trabalhadores. O direito de greve está fundamentado na Constituição e, portanto, precisa ser respeitado.

Nesta sexta-feira (26) (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por Contraf-CUT Itaú Unibanco antecipará o pagamento da PLR e da PCR Em resposta à reivindicação da Contraf-CUT, o Itaú Unibanco informou nesta quarta-feira que fará o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e da Participação Complementar nos Resultados (PCR) nesta sexta-feira, 26 de fevereiro. Com o lucro líquido de R$ 10,5 bilhões no ano passado, o Itaú Unibanco anunciou que não pagará os 2,2 salários de regra básica da PLR para todos os funcionários, porque a distribuição de 5% do lucro líquido não atinge o patamar de 2,2 salários. Dos 88 mil bancários da instituição, os 46% que se encontram nas faixas salariais iniciais receberão os 2,2 salários de PLR. Os outros 54% embolsarão a regra básica (90% do salário mais R$ 1.024) majorada, porém, sem atingir o teto de 2,2 salários. O valor adicional da PLR será de R$ 2.100 (descontados os R$ 1.050 já pagos em outubro), que representa o teto da regra dos 2% do lucro líquido. Além disso, também serão pagas as diferenças da PCR, no valor de R$ 1.500 (descontada a antecipação de R$ 700). A fórmula mais simplificada e justa de pagamento da PLR e do valor adicional foi uma conquista da campanha nacional dos bancários do ano passado. "Todos se lembram que os bancos queriam reduzir o pagamento da PLR e foi preciso a categoria fazer uma greve nacional de 15 dias para mudar o modelo de cálculo e a distribuição da participação nos lucros, o que foi um avanço para os trabalhadores", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "O que é inadmissível é o maior banco privado do país não contemplar todos os seus funcionários com a PLR cheia de 2,2 salários. E isso vamos cobrar do banco", adverte Carlos Cordeiro.

Fortalecimento da ação sindical continental (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por CUT Nacional Oficina da CSA com a participação da CUT discutirá as formas de prevenção e erradicação do trabalho infantil doméstico A Confederação Sindical das Américas - CSA, em parceria com a OIT/IPEC (Programa Internacional para a Erradicação do Trabalho Infantil), promoveu o primeiro Seminário sobre a Erradicação do Trabalho Infantil, em outubro de 2008, no Paraguai, para o planejamento das ações nos países do continente americano e, em 2009, no Panamá.

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A edição deste ano acontece no Brasil, entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Esta reunião binacional entre as confederações sindicais de Brasil e Paraguai visa levantar informações gerais sobre o Trabalho Infantil em cada país e promover linhas estratégicas de ação. Durante o Seminário, a CUT mostrará as ações desenvolvidas na área em conformidade com confederações, federações e sindicatos filiados. Vale destacar as ações conjuntas com a Fenatrad (Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas) e Contracs (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços), além da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) que desenvolve várias campanhas educacionais sobre o tema e para a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura) que desenvolve inúmeras ações de combate ao trabalho infantil no campo, local de enorme incidência dessa forma de trabalho, além do envolvimento da Fetraf (Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar). Ações cutistas Na CUT, a secretaria responsável pelo acompanhamento do tema é a Secretaria Nacional de Políticas Sociais - SNPSo, que também é responde por outras áreas, como direitos humanos, relação com os movimentos sociais, diversidade sexual, trabalhadores com deficiência, reforma urbana, saúde pública, entre outras. A Secretaria Nacional de Políticas Sociais da CUT tem assento na Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil – CONAETI, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego do governo Federal, no do Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil – FNPETI e no Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA. Para o movimento sindical, as tarefas de denúncia e cobrança de ações governamentais continuam a cumprir um importante papel. As desigualdades sociais continuam a pressionar a existência do trabalho infantil no Brasil. Dessa forma, a melhoria salarial, a formalização do contrato de trabalho, a extensão de direitos trabalhistas, a luta pela universalização das políticas públicas de saúde, educação, moradia, emprego etc. também são formas de luta para a erradicação dessa forma de exploração. O grande desafio é aliar essas ações mais gerais como a formulação de políticas específicas para o setor. Sabemos que a solução definitiva para esse problema está relacionada com um processo de transformação social. Por isso, é preciso politizar cada ação, relacionando a luta cotidiana do combate ao trabalho infantil com a construção de uma sociedade sem exploradores nem explorados. Nesse sentido, já no 10º Congresso Nacional da CUT realizado em agosto 2009 lançamos, com a participação da OIT, a campanha nacional para erradicação do Trabalho infantil por ocasião do dia 12 de junho – dia mundial e nacional de combate ao Trabalho Infantil. Realizaremos nos dias 19, 20 e 21 de março, deste ano, o II Encontro Nacional de Políticas Sociais da CUT, cujo encontro tem reservado um período para discutir a estratégia da CUT na erradicação do Trabalho infantil, com a participação do Sr. Renato Mendes – IPEC-OIT. Como resultado do encontro, lançaremos para o 12 de junho uma Campanha Nacional pela Erradicação do Trabalho Infantil, direcionada às entidades sindicais cutistas. A campanha abordará, através de cartilhas com orientações sindicais, as convenções 138 e 182 da OIT, o decreto das piores formas, cartazes e atividades de debates com as CUT’s estaduais e sindicatos filiados. Oficina Sindical “Fortalecimento da ação sindical continental para a prevenção e erradicação do trabalho infantil doméstico” – Brasil e Paraguai 24 de fevereiro 09:00 Inscrição 09:30 Abertura Explicação dos objetivos e metodologia da reunião 10:00 Apresentação e levantamento de expectativas dos/as participantes 10:30 Apresentação sobre trabalho infantil e as piores formas de trabalho infantil Análise das Recomendações 146 e 190 / OIT – Sr. Renato Mendes- IPEC/OIT Legislação e estatuto do Trabalho Infantil e Trabalho Infantil na região Brasil e Paraguai - as ações que estão sendo desenvolvidas pela OIT-IPEC – Sr. Renato Mendes – IPEC/OIT

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11:20 Pausa café 11:40 Debate 13:00 Almoço 14:30 Relatório da Central de ações na área do Trabalho Infantil - Paraguai 15:30 Seção de perguntas 15:50 Relatório da Central de ações na área do Trabalho Infantil - Brasil 16:50 Pausa café 17:10 Seção de perguntas 25 de fevereiro 09:00 Lembretes do dia anterior 09:15 As normas internacionais e mecanismos de cumprimento das Convenções 138 e 182 - Sr. Christian Ramos - OIT 10:00 Seção de perguntas 10:30 Pausa café 10:50 Passos para a Convenção sobre Trabalhadores Domésticos: Comentários sobre o questionário, agenda e outros - Relatório elaborado pela OIT - Sr. Christian Ramos – OIT 11:40 Debate 12:00 Avanços e desafios para os/as trabalhadores/as domésticos/as - FENATRAD - Sra. Creuza Maria Oliveira - FENATRAD 12:30 Seção de perguntas 13:00 Almoço 14:30 Trabalho em grupos para construção de itens para o Plano de linhas estratégicas de ação. Construção dos eixos para a cartilha de formação sobre o tema do Trabalho Infantil e entrada para a Convenção da OIT sobre Trabalhadores Domésticos 15:30 Socialização dos grupos 16:15 Pausa café 16:40 Plenária 17:10 Avaliação e encerramento

Setor Petroquímico (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por João Caetano - CNQ-CUT Grupo de Trabalho da CNQ-CUT define plano de ação e de lutas Foi realizada na manhã desta terça-feira, dia 23, uma reunião do Grupo de Trabalho do Setor Petroquímico da CNQ-CUT, para debater os desafios do setor com a aquisição da empresa Quattor pela Braskem e as consequências que o monopólio privado do setor poderá trazer para a sociedade e também para os trabalhadores. Além de representantes da CNQ, participaram também do encontro, dirigentes da FUP, do Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, Sindicato dos Químicos do ABC, Sindipolo-RS, Sindicato dos Petroquímicos de Duque de Caxias (RJ) e da Oposição Petroleira da Alagoas e Sergipe. Depois de intensos debates, ficou definido que será atualizado com novos dados um documento anterior produzido pelo GT sobre o setor petroquímico. Este documento será encaminhado aos participantes e discutido pela direção da CNQ, que se reúne em São Paulo nos dias 3, 4 e 5 de março. Serão ainda produzidos boletins nas bases petroquímicas, em solidariedade à luta dos trabalhadores da Braskem Unidade Rio Grande do Sul, cujo acordo salarial terminou em outubro de 2009 e, até o momento, ainda não conseguiu fechar um novo acordo, por conta da postura da empresa que insiste em retirar direitos e rebaixar salários. Isso será um primeiro passo para reorganização das lutas dos trabalhadores na busca da unificação nacional. Outra iniciativa será a de rearticular as ações das redes de trabalhadores do setor petroquímico de forma unificada em torno de pontos comuns, como defesa de direitos, Fundos de Pensão, entre outros. Ficou ainda definido que a CNQ irá marcar audiências com representantes da Petrobrás, do BNDES e do Governo Federal para apresentar o documento sobre as preocupações dos trabalhadores com as mudanças no setor petroquímico, além de audiências públicas no Senado e na Câmara Fede

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Mais uma vitória dos movimentos sociais (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por CUT-DF Paulo Octávio sai do governo do Distrito Federal O pedido tão aguardado de renúncia de Paulo Octávio do governo do Distrito Federal saiu nesta terça-feira (23), quando o governador interino enviou à Câmara Legislativa do Distrito Federal uma carta informando sua decisão. Antes, Paulo Octávio também anunciou sua desfiliação do DEMo. A oficialização da saída do cargo de governador interino será feita com a leitura da carta de renúncia no plenário da CLDF. Com a decisão, quem assume o governo do DF é o deputado Wilson Lima (PR), presidente da CLDF, que já vinha preparando as malas rumo ao Buriti. Na impossibilidade de Lima, quem assume é o vice da Casa, Cabo Patrício (PT). Se as coisas não se resolverem na Câmara Legislativa, quem governará o DF será o presidente do Tribunal de Justiça, Nívio Geraldo, que provavelmente, se for o caso, passará a bola para o novo presidente eleito Otávio Augusto Barbosa, que presidirá o Tribunal após 26 de abril. As coisas já andavam mal para o lado de Paulo Octávio, que não pôde contar com o apoio do partido nem da base aliada na CLDF. Com isso, o ex-governador interino percebeu que “ser um facilitador para normalização da política e administrativa da cidade”, como ele mesmo afirmou no último dia 18, quando recuou da renúncia, não é tão poético assim. Para a CUT-DF, a decisão de Paulo Octávio é mais uma vitória da Central, dos movimentos sociais e sindicais e da população em geral. “Tiramos as duas principais peças da corrupção do governo do DF. Ao que tudo indica, deputados da base aliada que participaram desse vergonhoso esquema de corrupção também estão renunciando ao mandato. Agora nossa luta é para que Arruda permaneça longe do governo do DF e que Roriz seja descartado pelo povo do Distrito Federal nas próximas eleições”, afirmou a presidente da CUT-DF, Rejane Pitanga.

Sem essa de aumentar juros e diminuir o Estado (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por Artur Henrique e Pedro Armengol Nem a crise que abalou os Estados Unidos e Europa e que se alastrou pelo mundo, com impactos diferenciados entre países e regiões, faz com que os defensores das políticas neoliberais desistam de atacar as conquistas do processo brasileiro de retomada do Estado como indutor do crescimento. Há duas notícias que vêm ganhando espaço em parte da imprensa, esta que em grande parte é sustentada por esses sanguessugas do mercado. A primeira dessas notícias é a velha cantilena de que é preciso aumentar os juros para controlar a inflação, como se nós estivéssemos vivendo uma conjuntura de inflação de demanda - o que evidentemente não é o caso - e de que o único instrumento de política macroeconômica para coibir o suposto aumento da inflação seria a elevação da taxa básica de juros. Devemos lembrar que as previsões do próprio Banco Central e até mesmo dos consultores de mercado para a inflação 2010 são de que ela deve ficar dentro da margem prevista pela meta oficial. Outro detalhe importante é que se há algum tipo de pressão inflacionária, isso se dá por intermédio dos preços não controlados, como planos de saúde, mensalidades escolares e tarifas de transporte público, o que mostra, isso sim, a necessidade de estabelecermos mecanismos para coibir a ganância dos empresários pelo lucro fácil e rápido. Além disso, o que as aves de rapina do mercado querem mesmo é lucrar com o aumento da dívida pública. Não podemos esquecer que os títulos dessa dívida pertencem a apenas 0,04% das famílias brasileiras. Cada aumento da taxa básica de juros eleva a remuneração desses títulos.

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A outra cantilena que quer voltar ao noticiário é a velha e cansada, irresponsável, campanha que vem sendo realizada por jornais e a revista Veja, que querem a redução dos investimentos na reconstrução do Estado brasileiro, que foi destruído ao longo dos anos 1990. Frases como "aumento absurdo de gastos com servidores", ou "inchaço da máquina" contrastam com qualquer análise séria e responsável de quem defende o papel do Estado como indutor do desenvolvimento. O número de servidores por habitante no Brasil está abaixo dos países que compõem o G-20 - atenção para o detalhe de que o G-20 é um bastião do capitalismo - e também não acompanhou o crescimento demográfico do País nos últimos 30 anos. Temos um longo caminho a percorrer para a necessária construção do Estado e do serviço público que os neoliberais destruíram. E aqui vai um alerta a alguns integrantes do governo Lula que teimam em querer aprovar um projeto que limita os investimentos públicos com a folha de pagamento dos servidores, na intenção de sinalizar ao mercado que há preocupação com responsabilidade fiscal. Exigimos é responsabilidade social. Artur é presidente da CUT, e Pedro Armengol, um dos coordenadores do Escritório de Brasília

Trabalhadores e BB discutem saúde e condições de trabalho nesta quinta (25) (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por Sindicato dos Bancários de São Paulo Os bancários do Banco do Brasil participam nesta quinta-feira (25) de nova reunião da mesa temática de Saúde e Condições de Trabalho. Entre os temas a serem debatidos estão PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), Exame Periódico de Saúde (EPS), Programa QVT, Programa Pavas e Programa de Reinserção. Na reunião o banco deve fazer apresentações sobre os temas e será feito debate sobre a situação dos bancários nos locais de trabalho. Reunião adiada – Inicialmente marcadas para esta quarta-feira (24), as reuniões das mesas temáticas de Previdência e de Terceirização foram adiadas para o dia 11 de março, em função de problemas operacionais do banco. Além disso, já está agendada para o dia 3 de março reunião da mesa de Remuneração, que discutirá o PCCS. Além das mesas temáticas, os bancários e o Banco do Brasil mantêm uma mesa de negociações permanente, que se reúne no próximo dia 10 de março.

Economistas denunciam as ligações siamesas entre o Boletim Focus e a especulação (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por Hora do Povo Na segunda-feira (22), o boletim Focus elevou pela quinta vez consecutiva a estimativa para a inflação medida pelo IPCA para este ano, passando de 4,80% da semana passada para 4,86%. Há quatro semanas a projeção era de 4,60%. A projeção para a taxa Selic para o fim de 2010 manteve-se em 11,25% ao ano. Atualmente está em 8,75%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa passou de 5,47% para 5,50%, uma precisão de 0,03 ponto em apenas uma semana. Qual explicação para isso? Chute, simplesmente. Para o economista Amir Khair, consultor e mestre em finanças públicas, as expectativas de inflação apontadas pelo boletim Focus revelam-se frequentemente equivocadas, uma vez que “capta majoritariamente as informações do mercado financeiro, e não do mercado como um todo”. Segundo ele, “o Banco Central responde muito ao que o mercado financeiro pensa e vice-versa, há uma espécie de ligação siamesa nessa história”. Khair considerou que há interesse dos bancos em juros mais altos, ao contrário dos setores ligados à produção. “O próprio mercado reconhece que, no início do ano, a inflação é sazonalmente mais elevada”, afirmou Khair. O economista Ricardo Carneiro, do Centro de Estudos de Conjuntura e de Política Econômica da Unicamp, observou que os preços industriais estão estáveis, verificando-se aumento em alguns itens localizados, como ônibus em São

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Paulo, alguns alimentos e serviços como educação e saúde. “Eu não sairia aumentando a Selic em 2 ou 2,5 pontos porcentuais, porque não acho que essa pressão de preços seja generalizada”, frisou. É a pressão do sistema financeiro pelo aumento dos juros, disseminada na mídia e pelo boletim Focus, do Banco Central. Aumentos sazonais como de mensalidades e de materiais escolares, de alimentos e de tarifas de ônibus, bem como mudanças de casas decimais a cada semana para as estimativas de inflação, PIB e taxa de câmbio, entre outros indicadores econômicos, são brandidos em favor do aumento da taxa básica de juros. WWW.horadopovo.com.br

Ato do Sindicato dos Bancários em Osasco (SP) arranca negociação com Bradesco (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região Trabalhadores do Bradesco na Cidade de Deus, em Osasco-SP, e de agências das demais instituições financeiras instaladas no "calçadão" manifestaram revolta com a postura da federação dos bancos (Febraban) em "caçar" o feriado da última sexta (19), quando o município comemorou 48 anos de emancipação. Os bancários da matriz do Bradesco retardaram o início dos trabalhos por quase duas horas e funcionários de mais de 30 agências de outras instituições financeiras mantiveram a paralisação durante todo o feriado. Um bancário que não será identificado diz que os bancos estão desrespeitando a população de Osasco e afirma que foi prejudicado duas vezes. "Moro em São Paulo e trabalho aqui em Osasco, por isso não folguei em nenhum desses dois feriados municipais. O Bradesco não pode querer ser mais que o poder público. Poderia estar descansando ou até me programando para viajar mais cedo e aproveitar o feriado prolongado", relata. Para o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região Alexandre Bertazzo, os bancários aderiram em peso à manifestação no feriado. "Fica a lição para todos os bancos de que os funcionários exigem respeito", afirma. Negociação - Durante o protesto na matriz, a direção do Bradesco entrou em contato com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região (Seeb/SP) e marcou negociação para esta quarta-feira (24) para discutir o pagamento de hora extra e os próximos feriados. O Sindicato está reivindicando que todos os bancos que funcionaram neste feriado paguem horas extras com percentual de 100%.

OIT lança campanha sobre as perspectivas atuais sobre a justiça social (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por OIT A Organização Internacional do Trabalho lançou uma nova campanha mundial intitulada Vozes sobre a Justiça Social com o objetivo de apresentar uma plataforma mundial sobre as perspectivas atuais sobre a justiça social e as maneiras para alcançá-la, em particular através do mundo do trabalho. A campanha faz parte das iniciativas em nível mundial que comemorar – no dia 20 de fevereiro – o segundo Dia Mundial da Justiça Social. A campanha reunirá em um mesmo foro diferentes vozes e pontos de vista sobre o significado da justiça social, especialmente nestes momentos de crise econômica. “A atual crise econômica e de emprego faz com que nossa luta constante para alcançar a justiça social torne-se ainda mais difícil e urgente”, disse Juan Somavia, Diretor-Geral da OIT. “É vital que levantemos nossas vozes para promover uma sociedade mais justa. Este foro é uma oportunidade para fazer precisamente isso”. A partir de 19 de fevereiro estarão disponíveis as primeiras entrevistas sobre justiça social, nas quais intervirão Juan Somavia; Guy Rider, Secretário Geral da Conferência Sindical Internacional (CSI); Antonio Peñaloza, Secretário Geral da Organização Internacional de Empregadores (OIE); Embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo, representante permanente do Brasil perante as Nações Unidas e outras organizações internacionais em Genebra; Pascal Lamy, Diretor da Organização Mundial de Comércio; e o professor Alain Supiot.

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“Uma das melhores maneiras de alcançar a justiça social é o trabalho decente. Dignidade do trabalho, dignidade do ser humano, estabilidade da família, paz na comunidade – disso trata o trabalho decente”, disse Juan Somavia. “Muitos governos e muitas sociedades estão dispostos a dizer: se dois terços das pessoas do mundo estão bem, podemos mais ou menos prescindir da outra terça parte. Creio que todos nós devemos nos unir e dizer que não podemos prescindir de ninguém. Temos uma responsabilidade coletiva, compartilhada, para garantir que todos participem do progresso e do incremento do bem-estar”, disse Guy Rider, Secretário Geral da CSI. O Secretário Geral da OIT, Antonio Peñaloza, assinalou: “Para alcançar a justiça social é necessário ter algo para distribuir, é preciso distribuir riqueza, emprego e está claro que isso não surge do nada, senão que precisa vir do crescimento, de uma realidade econômica, de uma riqueza que existe no país. Por isso, pensamos que justiça social e crescimento caminham juntos, lado a lado, não um em detrimento do outro”. Outras opiniões serão agregadas ao longo do ano. O site oferece links para outras páginas web e documentos relacionados com a justiça social.

Mobilização social garante alimentação como direito constitucional (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por CEBES Um abaixo assinado liderado pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) colheu mais de 50 mil assinaturas em favor da inclusão da alimentação como direito constitucional. Desde o dia 5 de fevereiro, uma emenda à Constituição garantiu o acesso ao alimento como direito social. Para o presidente do Consea, Renato Sérgio Maluf, a aprovação da proposta torna a alimentação uma questão de Estado e não política de um ou outro governo. “Assegurar o direito à alimentação e, com ele, a soberania alimentar, a segurança alimentar e nutricional, passa a ser um dever de Estado, e não apenas deste ou daquele governo”, disse ele. A campanha nacional, liderada pelo Consea, teve a participação de entidades civis, movimentos sociais, órgãos públicos e privados, organizações não governamentais, artistas e cidadãos e cidadãs de todo o País. O presidente do Consea lembrou três figuras históricas brasileiras como fundamentais no combate à fome. São elas, o patrono do Conselho, José de Castro, autor de um dos principais estudos sobre a fome no mundo; ao sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que moveu uma grande campanha nacional nos 1980; e a fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns. “Temos que agradecer a todos, mas particularmente essas figuras que antecederam essa lei e que, na verdade, estão na história desse movimento que acabou chegando a esse ponto”. Uma das mudanças fundamentais da inclusão da alimentação como direito social é a implicação dos entes federados com a segurança alimentar. “O mandato constitucional significa que todas as esferas de governo estão comprometidas com sua realização, isto é, governos estaduais e municipais também estarão compelidos a se envolver na construção do sistema e da política nacional de segurança alimentar”, afirmou Renato Sérgio. A emenda constitucional número 64 foi aprovada com 376 votos favoráveis, nenhum contrário e duas abstenções. Fome no mundo - As desigualdades entre produção e alimentação não acontecem somente em regiões específicas. O problema da fome é da organização do comércio mundial, como aponta Renato Sérgio Maluf. “Temos que reorientar a maneira como se organiza o sistema alimentar para que os países possam implementar políticas soberanas ligadas a alimentação e nutrição”. Segundo ele, o problema da fome ainda passa por questões imperialistas, impositivas dos países ricos sobre os pobres. “Uma boa parcela dos países mais pobres foram convertidos em importadores de alimentos. Isso é um escândalo, fruto de um sistema integrado, controlado por um pequeno número de grandes corporações, e pelas políticas de um pequeno grupo de grandes países”.

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Agricultura familiar promove equilíbrio entre produção e acesso a alimentos - Uma conta que ainda não fecha é a relação entre produção de alimentos e o número de famintos no mundo. Uma das causas desse problema, segundo o presidente do Consea, é falta de administração das reservas de alimentos. “Os famintos, subnutridos ou aqueles que se alimentam irregularmente existem por razões de renda, pois estamos falando de pobreza e desigualdade social. Então a resposta para fechar essa equação entre produção e alimentação é emprego e salário. É renda”, diz Renato Sérgio Maluf. Esses problemas são mais graves nas zonas rurais, onde se concentram boa parte das desigualdades. “O trágico, o paradoxo, é que os indicadores mais graves de pobreza e de programas de fome e desnutrição estão na zona rural. Eles deveriam não só ter acesso aos alimentos como serem fornecedores”, aponta. Uma das soluções, segundo estudos do Consea, é priorizar a agricultura familiar. “Quando você atua junto às comunidades rurais mais pobres você ataca dos dois lados da equação, pois está criando condições de existência digna para essas famílias, porque elas podem desempenhar suas atividades econômicas de maneira adequada, e ao fazerem isso, estarão fornecendo alimentos. Por isso é que as políticas para a agricultura familiar são tão importantes”, destaca. Alimentação como direito social. O que isso muda? Confira os três pontos citados pelo presidente do Consea, Renato Sérgio Maluf 1 - “Enxergo que as mudanças dependem muito das iniciativas dos governos e da própria sociedade. Primeiro temos que fazer uma grande campanha nacional de divulgação da referência do direito, para que as pessoas saibam que a alimentação adequada e saudável é um direito de todo brasileiro e de toda brasileira e que, portanto, elas têm que se apropriar desse direito e exigi-lo”. 2 - “Segundo é começarmos a trabalharmos na construção de instrumentos de exigibilidade do direito. Isto é, o que é que um cidadão, uma cidadã, ou uma organização pode fazer quando esse direito é violado. Quem é o responsável? É o prefeito? É o governador? É quem? E quem se move para assegurar isso?”. Com a nova lei tudo muda, pois está na constituição, então agora estados e municípios estão igualmente comprometidos a implementar políticas que de direitos a alimentação. Isso quer dizer que a alimentação não é mais uma questão de governo A ou B, é uma obrigação de Estado, no qual todos se comprometem, união, estados e municípios e também a sociedade". 3 - “Terceiro desdobramento é fazer referência ao mandado constitucional nos programas que dizem respeito à alimentação e nutrição. Eles tem agora que cumprir um mandato constitucional, então isso coloca questões tanto da maneira de implementá-los, da sua justificativa, da forma, e o comprometimento das várias esferas de governo com essas ações”.

Mercado automotivo deve gerar mais de 250 mil empregos em 2010 (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por Agência FEM-CUT Estimativas da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) apontam que o mercado automotivo deve gerar mais de 250 mil empregos diretos neste ano. O setor, que já responsável por 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, projeta crescimento ainda maior em 2010. Para o professor e coordenador de Pós-Graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Renato Borgueresi, o marcado demandará mais profissionais qualificados. “Este setor está ligado diretamente à economia do

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País. Como as projeções são positivas tanto para a economia quanto para o setor, haverá procura por profissionais diferenciados, já que a concorrência neste mercado é muita acirrada”, explicou. De acordo com o profissional, ainda faltam pessoas no mercado que saibam pensar sobre o negócio de maneira estratégica e que entendam sobre o funcionamento de toda cadeia do setor. “Não basta encantar o cliente pelos preços. Esses profissionais, além de venderem produtos de qualidade, devem também oferecer serviços diferenciados. Precisam criar um vínculo entre a empresa e o cliente”, declarou Borgueresi. A Fenabrave afirma que para atender à demanda por profissionais qualificados, foi criado um curso de MBA em gestão estratégica de negócios automotivos em parceria com a ESPM. Segundo a entidade, podem se inscrever na especialização pessoas com nível superior completo de qualquer área de formação, que já atuam ou pretendem atuar no segmento automotivo.

CUT e FUP apoiam Chapa 2 na eleição do Sindicato dos Petroleiros de S.José dos Campos (CUT Nacional) 24/02/2010 Escrito por Imprensa da FUP Começou nesta terça-feira, 23, a eleição para escolher a nova nova diretoria do Sindipetro de São José dos Campos, no estado de São Paulo. A FUP e a CUT apóiam a Chapa 2 – Renovação e Unidade Nacional, que tem à frente o companheiro Ilário Gabriel Gomes, do movimento de base que faz oposição à atual diretoria do sindicato. Cerca de 900 petroleiros da ativa, aposentados e pensionistas sindicalizados estão aptos a votarem e têm até quinta-feira (25) a chance de mudar os rumos do sindicato. É muito importante que os trabalhadores se envolvam na discussão, participando ativamente do processo eleitoral. O equívoco cometido pela atual diretoria, que desfiliou o sindicato da FUP e da CUT, pode ser corrigido através do voto, elegendo dirigentes comprometidos em restabelecer a unidade nacional da categoria. A divisão enfraquece os trabalhadores na disputa de classes e coloca em risco a própria organização sindical petroleira. A categoria tem conquistado vitórias importantes nas campanhas e greves justamente porque tem a FUP como a única entidade nacional que de fato representa os petroleiros. De 23 a 25 de fevereiro, participe da eleição! Vote Chapa 2!

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