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  UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO SISTEMA DE RASTREAMENTO VEICULAR ANTÔNIO QUIRINO RIBEIRO FILHO MÁRCIO DAS CHAGAS RAMOS Orientador: Prof. Ms. Weysller Matuzinhos de Mo ura Goiânia – GO Dezembro/2007

EngComp - Sistema de Rastreamento Veicular

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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DA COMPUTAO

SISTEMA DE RASTREAMENTO VEICULAR

ANTNIO QUIRINO RIBEIRO FILHOMRCIO DAS CHAGAS RAMOS

Orientador: Prof. Ms. Weysller Matuzinhos de Moura

Goinia GO Dezembro/2007

ANTNIO QUIRINO RIBEIRO FILHOMRCIO DAS CHAGAS RAMOS

SISTEMA DE RASTREAMENTO VEICULAR

Trabalho de concluso de curso apresentado ao Instituto de Cincias Exatas e Tecnolgicas da Universidade Paulista para a obteno do grau de Bacharelado em Engenharia da Computao. Orientador: Prof. Ms. Weysller Matuzinhos de Moura

Goinia GO Dezembro/2007

ANTNIO QUIRINO RIBEIRO FILHOMRCIO DAS CHAGAS RAMOS

SISTEMA DE RASTREAMENTO VEICULAR

Monografia apresentada ao Instituto de Cincias Exatas e Tecnolgicas da Universidade Paulista UNIP, como requisito obteno do grau de Bacharel em Engenharia da Computao.

Orientador: Prof. Ms. Weysller Matuzinhos de Moura

Aprovada com conceito: ______

Goinia, ____ de _________________ de 2007

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________ Orientador: Prof. Ms. Weysller Matuzinhos de Moura

____________________________________________________ Prof. Esp. Nelson Batista Leito Neto

____________________________________________________ Prof. Esp. Renzo Kawamura de Brito

RESUMO O sistema de rastreamento veicular via satlite tem se aprimorado rapidamente, em virtude das novas necessidades do mercado e pelo avano tecnolgico. Assim, este trabalho se prope a realizar uma abordagem acadmica e prtica sobre o assunto. A implementao consiste em um sistema cliente/servidor no qual o cliente uma aplicao desenvolvida na plataforma J2ME instalada em um terminal mvel. Ela possui um GPS integrado junto ao veculo que se conecta via GPRS a um Servidor Socket na WEB que, por sua vez, salva as informaes de localizao em um banco de dados SQL Server Express. Para a recuperao dos dados, uma aplicao WEB desenvolvida em ASP.NET e uma biblioteca AJAX do Yahoo consulta o banco de dados e utiliza o servio Google Maps API para mostrar ao cliente a localizao exata do veculo em um sistema de mapas.

PALAVRAS-CHAVE: Rastreamento, GPS, GPRS, Goolge Maps API

SUMRIOLISTA DE FIGURAS ..................................................................................................................................... 5 LISTA DE TABELAS .................................................................................................................................... 6 SIGLAS UTILIZADAS .................................................................................................................................. 7 INTRODUO .............................................................................................................................................. 8 1. RASTREAMENTO VEICULAR .......................................................................................................... 9 1.1. 1.2. 1.3. 2. ELEMENTO DE LOCALIZAO ..................................................................................................... 10 REDE DE COMUNICAO .............................................................................................................. 11 SISTEMA DE RECEPO E GERENCIAMENTO .......................................................................... 11

GPS (GLOBAL POSITIONING SYSTEM) .........................................................................................13 2.1. 2.2. 2.3. COMPONENTES DO SISTEMA ........................................................................................................ 13 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA .................................................................................................. 15 CORREO DE ERROS .................................................................................................................... 15

3.

GPRS (GENERAL PACKET RADIO SERVICE)...............................................................................17 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 3.5. 3.6. VANTAGEM DA UTILIZAO DO GPRS ...................................................................................... 17 COMUTAO DE DADOS ............................................................................................................... 18 COMUTAO DE CIRCUITOS ........................................................................................................ 18 COMUTAO DE PACOTES ........................................................................................................... 18 REDE GPRS ........................................................................................................................................ 18 GSM (GLOBAL SYSTEM FOR MOBILE COMMUNICATIONS) ........................................................ 19

4.

SISTEMA PROPOSTO ........................................................................................................................20 4.1. 4.2. 4.2.1. 4.2.2. 4.2.3. 4.3. 4.4. 4.5. 4.5.1. 4.5.2. ARQUITETURA ................................................................................................................................. 20 ELEMENTO DE LOCALIZAO ..................................................................................................... 21 MDULO XT65 ............................................................................................................................. 22 O SOFTWARE J2ME ....................................................................................................................... 23 TERMINAL DE GRAVAO ....................................................................................................... 25 SERVIDOR SOCKET ......................................................................................................................... 25 BANCO DE DADOS ........................................................................................................................... 25 SERVIDOR WEB ................................................................................................................................ 26 ATORES DO SISTEMA ................................................................................................................. 26 INTERFACE DA APLICAO ..................................................................................................... 27

CONCLUSO ...............................................................................................................................................31 BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................................................................32 APNDICE A ................................................................................................................................................33

LISTA DE FIGURAS Figura 1 Arquitetura Bsica de um Sistema de Rastreamento .............................................. 9 Figura 2 - Interseco das clulas ......................................................................................... 10 Figura 3 Arquitetura do Sistema de Recepo e Gerenciamento ........................................ 12 Figura 4 Trs subsistemas do GPS (LELES BELORIO, 2005) .......................................... 14 Figura 5 Determinao da distncia (Marrie Zogg, 2001) .................................................. 15 Figura 6 Arquitetura do Sistema Proposto ......................................................................... 21 Figura 7 Mdulo Siemens XT65 (Siemens, 2007) ......................................................... 22 Figura 8 Diagrama da Estrutura do Banco de Dados.......................................................... 26 Figura 9 Tela de Login ...................................................................................................... 27 Figura 10 Tela Principal .................................................................................................... 28 Figura 11 Funo Cadastro de Clientes ............................................................................. 28 Figura 12 Funo Cadastro de Veculo .............................................................................. 29 Figura 13 Funo Localizardor.......................................................................................... 30 Figura 14 - Mdulo G20 (Informat Technology, 2007)......................................................... 34 Figura 15 Mdulo G24 (Informat Technology, 2007) ........................................................ 35 Figura 16 Mdulo TC65 (Siemens, 2007) ...................................................................... 36 Figura 17 Mdulo XT65 (Siemens, 2007) ..................................................................... 37 Figura 18 Mdulo XT75 (Siemens, 2007) ..................................................................... 38 Figura 19 Mdulo GPS ET-332 (GlobalSat, 2007) ............................................................ 39 Figura 20 Mdulo GPS EM-408 (GlobalSat, 2007) ........................................................... 40

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Comparativo de valores dos mdulos .................................................................. 22 Tabela 2 Fabricantes de GPS e Mdulos de Celular........................................................... 33

SIGLAS UTILIZADAS AJAX GPS GPRS GSM E-CID MCT API EDGE YUI IP TCP JAD J2ME Asynchronous JavaScript And XML Global Positioning System General Packet Radio Service Global System for Mobile Communications Enhanced Cell ID Terminal de Comunicao Mvel Application Programming Interface Enhanced Data Rates for GSM Evolution Yahoo User Interface Internet Protocol Transmission Control Protocol Java Application Descriptor Java Plataform, Micro Edition

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INTRODUO O crescente aumento no nmero de roubos de veculos tem mostrado a dificuldade que a Polcia Militar tem para localiz-los, levando pessoas e empresas a procurar por conta prpria uma forma de proteger seus patrimnios. Dentro deste quadro, os sistemas de rastreamento surgiram no Brasil h cerca de oito anos e rapidamente se tornaram uma valiosa ferramenta de combate ao roubo de veculos. O projeto consiste em desenvolver um sistema de rastreamento veicular para uma empresa que disponibilizar o servio para os seus clientes. Para isso, necessrio que o sistema permita visualizao de dados por cliente, no permitindo, assim, que um cliente tenha acesso s informaes de outros clientes e tambm ter um tipo de usurio do sistema que possa cadastrar clientes e veculos. O sistema funciona da seguinte forma: ser instalado um comunicador mvel celular em um veculo que possua acoplado um receptor GPS capaz de determinar sua posio geogrfica (latitude, longitude, altitude), data e hora. Esses dados sero enviados via rede celular por uma conexo GPRS para um Servidor Socket na WEB e este armazena as informaes em um Banco de Dados. Uma aplicao WEB disponibilizar o servio para o cliente. Para este estudo, no sero abordado questes financeiras e econmicas, somente ser tratado questes tcnicas, onde sero mostradas inicialmente as partes que compem um Sistema de Rastreamento Veicular, as tecnologias utilizadas e por fim, ser feita descrio do sistema proposto.

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1.

RASTREAMENTO VEICULAR comum as pessoas interpretarem que monitoramento sinnimo de rastreamento.

Logo, importante definir o que rastreamento, pois, assim, possvel delimitar melhor o escopo tratado neste trabalho. Rastreamento o processo pelo qual um veculo acompanhado por meio de um satlite, radar ou rdio (Dicionrio Aurlio On-line). Monitoramento o ato de acompanhar e avaliar dados fornecidos por aparelhagem tcnica (Dicionrio Aurlio On-line). O rastreamento est dentro do conceito de monitoramento e, por isso, gera algumas confuses. Para se entender melhor, um exemplo prtico pode ser analisado: o rastreamento dos nibus de uma empresa de transportes um bom exemplo de aplicao, pois permite saber se eles esto dentro dos prazos de tempo de viagem ou se saram de seu percurso padro. Este rastreamento em tempo real permite aos coordenadores tomar decises imediatas sobre certos acontecimentos como, por exemplo, parada indevida que pode ser por causa de um pneu furado, veculo quebrado ou assalto. Caso os nibus comecem a emitir avisos de porta aberta ou falta de combustvel e o sistema tiver a capacidade de intervir no veculo, como corte de combustvel, no ser mais um rastreamento e, sim, um monitoramento. Assim delimitamos nosso escopo a um sistema de rastreamento e no monitoramento. A Figura 1 ilustra a Arquitetura Bsica de um Sistema de Rastreamento.

Figura 1 Arquitetura Bsica de um Sistema de Rastreamento (BALBINO E SILVA & BORGES MOREIRA, 2005) O

elemento de localizao contempla os mecanismos ou equipamentos de aquisio

das coordenadas geogrficas. A Rede de Telecomunicao consiste no meio que transmitido os sinais com os dados de posio. O sistema de recepo e gerenciamento onde os dados so armazenados analisado para a tomada de decises de acordo com cada evento recebido (BALBINO E SILVA & BORGES MOREIRA, 2005).

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1.1.

ELEMENTO DE LOCALIZAO

O elemento de localizao tem a tarefa de descobrir sua coordenada geogrfica e enviar esta informao com clareza para o mdulo que executar a transmisso da informao para a Central de Monitoramento. Atravs da leitura de sinais emitidos por outros equipamentos (no caso, satlites) e clculos de triangulao possvel obter a sua localizao. Existem hoje no mercado vrios sistemas de localizao como o Global Positioning System (GPS) e o Enhanced Cell ID (E-CID) que so os mais utilizados. Ambos possuem o mesmo mecanismo que o de clculo de triangulao como mencionado anteriormente, mas o que difere a fonte do sinal utilizado para o clculo. No Sistema GPS, os sinais so provenientes de satlites na rbita da Terra, j no ECID so provenientes das antenas da rede de celulares. O campo de abrangncia do sinal emitido atravs de cada ponto de transmisso independe se do satlite ou das antenas da rede de celulares e chamado de clula de atuao. Cada equipamento l o sinal de cada clula e atravs do clculo de triangulao ele calcula sua posio. A Figura 2 ilustra duas situaes: na primeira existem trs equipamentos que produzem trs clulas de abrangncia; e na segunda situao existem quatro equipamentos que produzem quatro clulas da mesma natureza. Analisando esta ilustrao, possvel perceber que, na segunda situao, a rea de interseco menor que na primeira, logo a preciso maior, pois maior nmero de dados est disponvel para o clculo.

Figura 2 - Interseco das clulas

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1.2. REDE DE COMUNICAO A rede de comunicao nada mais que o meio por onde os dados so trafegados. Existem vrios tipos de rede que podem ser usados. Para decidir qual utilizar necessrio analisar alguns aspectos, como: acessibilidade, custo financeiro e administrativo e, talvez, o mais importante que ela deve atender aos aspectos tcnicos necessrios. Como j foi descrito na Introduo, este trabalho propor um modelo para o rastreamento de veculos via rede celular, pois com o crescimento destas redes, ela se tornou a mais vivel, devido sua ampla cobertura e custos acessveis. 1.3. SISTEMA DE RECEPO E GERENCIAMENTO O Sistema de Recepo e Gerenciamento responsvel por receber, armazenar e processar os dados enviados pelo elemento de localizao atravs da rede de comunicao (BALBINO E SILVA & BORGES MOREIRA, 2005). Este sistema pode, inclusive, ter certa inteligncia, pois possvel programar para executar a tomada de deciso baseado em premissas de acordo com as finalidades e polticas previamente adotadas. Um exemplo de tomada de deciso que sempre que o objeto ficar sem enviar dados por mais de uma hora, o sistema envia uma mensagem de texto para o celular do proprietrio do objeto monitorado informando a falta de comunicao. Pode-se dizer que o Sistema de Recepo e Gerenciamento possui trs partes muito importantes: Monitor de entrada, que fica monitorando a rede em busca dos dados enviados pelo elemento de localizao; o Banco de Dados, que onde os dados so armazenados; e a Aplicao, que processa os dados e mostra a informao para o usurio final.

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Figura 3 Arquitetura do Sistema de Recepo e Gerenciamento

O monitor de entrada tem a funo de ficar ouvindo a entrada de rede para capturar os eventos emitidos pelo elemento de localizao. Sempre que um evento ocorre, ele interpreta a informao recebida e armazena os dados nas tabelas do Banco de Dados de forma correta. No Banco de Dados so armazenados os dados de forma a guardar o histrico de todos os eventos emitidos por meio de cada um dos objetos rastreados. A aplicao recupera os dados no banco, processa e mostra a informao solicitada por ele de forma clara para o usurio.

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2. GPS (GLOBAL POSITIONING SYSTEM) O GPS (Sistema de Posicionamento Global) foi criado pelas Foras Armadas norteamericanas para suprir a necessidade de localizao precisa de seus navios de guerra. Atualmente utilizado em vrias reas de tecnologia para localizao de qualquer objeto no solo. A utilizao desse sistema gratuita podendo, assim, qualquer pessoa utilizar necessitando apenas de um receptor que capte o sinal emitido pelos satlites. O funcionamento desse sistema simples: um receptor de sinais de satlite localizado no MCT (Terminal de Comunicao Mvel) que recebe os sinais de posio de trs satlites, na prtica utiliza-se quatro devido aos vinte e quatro satlites estarem divididos em seis planos diferentes, obtendo, dessa forma, quatro satlites por plano, mas somente trs so necessrios. O clculo da posio feito por triangulao, como mostrado na Figura 4. O GPS um sistema composto de vinte e quatro satlites em rbita em torno da Terra a mando do Departamento de Defesa Norte-Americano. Esse sistema trabalha vinte e quatro horas por dia em qualquer condio e possui relgios de pulso que indicam latitude, longitude e altitude dos GPSs. Os satlites descrevem rbitas aproximadamente circulares em volta da Terra em perodos de doze horas siderais, suas distncias em relao a Terra de aproximadamente 20.200 km (LELES BELORIO, 2005). 2.1. COMPONENTES DO SISTEMA Para que seja possvel entender melhor como funciona o GPS, necessrio conhecer um pouco da infra-estrutura tecnolgica associada ao sistema de posicionamento global, constituda por trs subsistemas: segmento espacial, segmento terrestre e segmento do utilizador.

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Figura 4 Trs subsistemas do GPS (LELES BELORIO, 2005)

O segmento espacial composto por vinte e quatro satlites faz duas voltas em torno da Terra por dia, a uma altitude de 500 km. Suas rbitas foram escolhidas de modo que se possa ver de 5 a 8 satlites, mas para calcular com preciso a posio necessrio apenas quatro destes aparelhos. O segmento de controle composto por cinco estaes na Terra, alm de algumas antenas de comunicao com os satlites, responsvel por dirigir o sistema. Este segmento controlado pelo Departamento de Defesa Norte-Americano. Nestas estaes, so observadas as trajetrias dos vrios satlites que constituem o sistema GPS atualizado, com grande preciso, o tempo. Estas informaes so transmitidas aos satlites e com estes dados o sistema de cada satlite recalcula e corrige sua posio absoluta e a informao que enviada para a Terra. A estao primria da constelao GPS localiza-se nos Estados Unidos, no Estado do Colorado. O outro segmento de utilizador composto pelos usurios e constitudo por um receptor de rdio e uma unidade de processamento capaz de decodificar, em tempo real, a informao enviada por meio de cada satlite e calcular a posio. Cada satlite de 30 em 30 segundos e de 6 em 6 segundos envia sinais de caractersticas diferentes. Para que haja uma boa recepo dos sinais, se faz necessrio pelo menos 12 minutos e 30 segundos.

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2.2. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA Os fundamentos de funcionamento baseiam-se na distncia entre um ponto, o receptor, e outros de referncia, os satlites. Descobrindo a distncia que separa de trs pontos possvel calcular a distncia relativa a esses mesmos trs pontos com uma interseco de trs circunferncias, cujo raio a distncia medida entre o receptor e os satlites.

Figura 5 Determinao da distncia (Marrie Zogg, 2001)

Cada satlite recebe um sinal do receptor que, por sua vez, mede o tempo que os sinais demoram para chegar at ele. Multiplicando o tempo pela velocidade do sinal (a velocidade da luz), obtm-se a distncia do receptor ao satlite (distncia = velocidade x tempo). 2.3. CORREO DE ERROS Erros, em algumas fontes, so difceis de eliminar. Os clculos pressupem que os sinais GPS so emitidos em uma velocidade constante (a velocidade da luz), mas, infelizmente, esta velocidade s constante no vcuo. Assim que o sinal entra na atmosfera da Terra, diminui a velocidade resultando em clculos incorretos de distncia. Outra fonte significativa de erro a Disponibilidade Seletiva (D/S). Disponibilidade seletiva uma degradao artificial do sinal emitido pelo Departamento de Defesa. Ela causa

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erro em uma posio do GPS de mais de cem metros. A disponibilidade seletiva pode ser removida com uma tcnica chamada Correo Diferencial. A correo diferencial uma tcnica que aumenta imensamente a preciso dos dados GPS coletados. Isto envolve o uso de um receptor em um lugar conhecido, a estao base e a coleta de posies GPS em lugares desconhecidos com receptor mvel. Os dados coletados no lugar conhecido so usados para determinar quais erros esto contidos nos dados do satlite. A informao da Estao Base , ento, aplicada aos dados coletados pelo receptor mvel e as diferenas de desvio so usadas para remover os erros. Deve-se conhecer a Estao Base muito bem, pois a preciso da posio de correo diferencial depende da preciso das coordenadas da Estao Base.

...

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3. GPRS (GENERAL PACKET RADIO SERVICE) Tecnologia que aumenta as taxas de transferncia de dados nas redes GSM existentes. Esta tecnologia faz que o transporte de dados seja por comutao de pacotes. O GPRS possui uma taxa de transferncia muito mais elevada do que as tecnologias anteriores, que usavam comutao por circuitos e era em torno de 12kbps. O GPRS, em situaes ideais, pode ultrapassar a marca dos 40 kbps. Na comutao de circuitos, a conexo estabelecida do ponto de origem da transferncia de dados ao destino. Os recursos da rede so dedicados por toda a durao da chamada, at que o usurio interrompa a conexo. Ao contrrio do GPRS, o servio sempre ativo, ou seja, ele um modo nos quais os recursos somente so atribudos a um usurio quando for necessrio enviar ou receber dados. Com esta tcnica, possvel que usurios compartilhem os mesmos recursos, aumentando, assim, a capacidade da rede e permitindo a gerncia razoavelmente eficiente desses recursos. Desta forma, as operadoras de GPRS disponibilizam acesso Internet mvel em alta velocidade e a um custo razovel, pois a cobrana feita pela quantidade de pacotes de dados transmitida e no pelo de conexo Internet (BALBINO E SILVA & BORGES MOREIRA, 2005). 3.1. VANTAGEM DA UTILIZAO DO GPRS Utilizao de voz e dados no mesmo canal ao mesmo tempo; Ampla cobertura em todas as unidades; Acesso imediato e permanente para dados; Aumento significativo na velocidade de transmisso de dados; A velocidade varia de 40 a 144 kbps; Utilizao de protocolos X.25 e IP amplamente divulgados. Possibilidade de utilizao de vrias operadoras de telefonia e modelos; Tarifao efetuada com base na quantidade de dados transmitidos. Os celulares modernos utilizados em GPRS podem ser classificados em trs tipos diferentes, conforme abaixo (BALBINO E SILVA & BORGES MOREIRA, 2005): Classe A: para uso simultneo de voz e dados; Classe B: para uso de voz e dados, porm, no simultneo;

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Classe C: para uso apenas de dados. 3.2. COMUTAO DE DADOS A comutao de pacotes semelhante a um quebra-cabea, a imagem que ele representa dividida em pequenas peas pelo fabricante e colocada em um saco-plstico. Durante o transporte entre a fbrica e o comprador, as peas so misturadas. Quando o comprador do jogo retira as peas da embalagem, ele as remonta formando a imagem original. Todas as peas so relacionadas entre si e se encaixam, mas a forma como so transportadas e remontadas varia. Uma melhor maneira de entender o sistema de comunicao das redes GSM/GPRS conhecer um pouco sobre as duas tcnicas existentes de transporte de dados pelas redes de comunicao. 3.3. COMUTAO DE CIRCUITOS Uma conexo estabelecida do ponto de origem at o destino, os recursos da rede so reservados durante toda a chamada e os dados podem ser transmitidos continuamente ou por bursts (rajadas). Sendo os recursos alocados durante toda a transmisso dos dados, o nmero de usurios que podem ser atendidos nessa tcnica se torna limitado. 3.4. COMUTAO DE PACOTES Os recursos so alocados para o usurio somente quando for necessrio enviar ou receber dados. Estes so enviados em pacotes, os quais so rateados pela rede juntamente com o trfego de outros usurios, permitindo que vrias pessoas compartilhem os mesmos recursos. Isto aumenta a capacidade da rede e permite que os recursos sejam gerenciados com eficincia. 3.5. REDE GPRS Por utilizar a comutao de pacotes, os telefones GPRS no necessitam de circuitos dedicados alocados para si. Dinamicamente, estabelecido um canal fsico que permanece enquanto os dados estiverem sendo transmitidos e poder ser atribudo a outro usurio assim que for concluda a transmisso, tornando mais eficiente o uso da rede. Por ter seus pacotes trafegando entre sua rede e redes TCP/IP, o GPRS inclui novos procedimentos de transmisso e sinalizao, bem como novos protocolos para integrao com o ambiente IP. Novos

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sistemas de deteco/correo de erros e mltiplos timeslots tambm so colocados no GPRS, o que permite operar com taxas de dados mais altas. 3.6. GSM (GLOBAL SYSTEM FOR MOBILE COMMUNICATIONS) uma tecnologia mvel e o padro mais popular para celulares do mundo. Telefones GSM so usados por mais de um bilho de pessoas em mais de 200 pases. O GSM possui uma srie de caractersticas que o distingue dentro do universo das comunicaes mveis. O sistema partilha elementos comuns com outras tecnologias utilizadas em telemveis, como a transmisso feita de forma digital e a utilizao de clulas (como funciona um telemvel). De acordo com o consumidor, a vantagem da tecnologia GSM so os servios de baixo custo, tais como: troca de mensagem de texto que foi desenvolvida para o GSM. A vantagem para as operadoras tem sido o baixo custo de infra-estrutura causada por competio aberta. A performance dos celulares muito parecida, mas o sistema GSM tem mantido compatibilidade com os telefones GSM originais e, ao mesmo tempo, o sistema GSM continua se desenvolvendo com o lanamento do GPRS e, alm disso, a transmisso de dados em alta velocidade foi adicionada ao novo esquema de modulao EDGE (Enhanced Data Rates for GSM Evolution).

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4. SISTEMA PROPOSTO Este captulo traz a implementao do Sistema Proposto, ou seja, um Sistema de Rastreamento Veicular. Nele se descreve, com detalhes, o que foi desenvolvido e os resultados obtidos, abordando cada uma das etapas do desenvolvimento e analisando cada uma das escolhas, levando em considerao aspectos tcnicos e tericos. Ser varivel o nvel de detalhamento escolhido para cada um dos tpicos, de acordo com sua importncia e dificuldade. A idia permitir que todos os esclarecimentos sejam feitos e justificados nesse projeto. importante observar que este trabalho se prope a mostrar um tipo de mecanismo de rastreamento de veculo e no um sistema de gerncia de veculo. A diferena entre eles que no primeiro caso, no h uma necessidade de intervir no funcionamento do veculo, h apenas o compromisso de adquirir a sua posio geogrfica. J o segundo caso um sistema mais completo, pois outros aspectos so colocados como modelos de interveno no veculo pelo sistema de gerncia e integrao com sistemas externos como o da Polcia Militar, ou com o prprio dono do veculo. 4.1. ARQUITETURA O sistema de rastreamento veicular composto de quatro partes distintas: Elemento de Localizao, responsvel por receber o sinal do satlite e enviar os dados para o Servidor Socket; Servidor Socket, responsvel por receber os dados do elemento de localizao e salvar no Banco de Dados; Servidor WEB, responsvel pela apresentao da localizao do veculo no mapa; e Banco de Dados, responsvel pela armazenagem segura dos dados de todo o sistema. O Servidor Socket, Servidor WEB e Banco de Dados podem estar instalados no mesmo computador ou em computadores diferentes, pois so aplicaes independentes que se comunicam.

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Figura 6 Arquitetura do Sistema Proposto

4.2. ELEMENTO DE LOCALIZAO O elemento de localizao tem duas funes: codificar o sinal enviado pelo sistema de satlites e calcular a sua posio geogrfica; enviar a sua posio ao Servidor Socket atravs de uma conexo GPRS. Estas duas funes podem ser desempenhadas por um nico equipamento ou por dois acoplados: um receptor GPS e um mdulo de comunicao mvel celular. Para definir qual equipamento melhor atende s necessidades, foi realizada uma pesquisa com o intuito de identificar os diversos modelos de GPS e mdulos de comunicao mvel celular, disponveis no mercado que atendia as seguintes necessidades: Alto grau de preciso do receptor GPS. Possibilidades de interfaceamento1 com padro de protocolo conhecido. Disponibilidade de informaes tcnicas. O mdulo de comunicao mvel celular deve utilizar a tecnologia GSM e ter suporte comunicao GPRS. Atravs de uma pesquisa, foram encontrados vrios equipamentos que atendiam s especificaes, como pode ser visto no APNDICE A. Dentre as muitas possibilidades, restringimos aos mdulos da Siemens devido a serem os nicos que possuem o GPS1

Ligao entre dois equipamentos por meio de portas de comunicao.

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integrado ao mdulo, facilitando assim o desenvolvimento por no ser necessrio a criao de hardware. Dois mdulos da Siemens atendem aos requisitos: XT65 e XT75. A nica diferena tcnica entre eles e que o modulo XT75 da suporte a tecnologia EDGE (uma evoluo do GPRS, pois permite transferncia de dados em alta velocidade), porem para o trabalho proposto essa tecnologia no relevante j que a quantidade de dados transferido muito pequena. Para decidir qual dos dois mdulos utilizar, foi feito uma cotao na AZEGO. Os valores podem ser vistos na Tabela 1.

Mdulo XT65 XT75

Valor R$ 320,00 R$ 410,00

Tabela 1 - Comparativo de valores dos mdulos

Avaliando os custos, foi escolhido o mdulo XT65, pois possui o menor custo. 4.2.1. MDULO XT65 O mdulo XT65 possui as tecnologias GSM e GPS combinadas de maneira a otimizar a soluo. O receptor GPS de alta sensibilidade permite realizar o posicionamento global at mesmo em lugares fechados e, atravs da tecnologia GPRS possvel fazer a transmisso permanente dos dados coletados. O mdulo possui processador integrado, memria e um grande nmero de interfaces (Siemens, 2007).

Figura 7 Mdulo Siemens XT65 (Siemens, 2007)

As principais caractersticas do XT65 so (Siemens, 2007): Receptor GPS de alta performance (16 canais)

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GSM quad-band (850/900/1800/1900 MHz) GPRS Classe 12 JAVA IMP-NG Pilha TCP/IP integrada Driver RIL para Microsoft Windows Mobile Este mdulo nada mais que o ncleo de um celular. Ele tem todas as funes que um celular possui porem no tem teclado ou visor. Ele pertence a uma linha de produtos da Siemens, criada para atender as necessidades de aplicaes customizadas que preciso fazer uso da rede de telefonia mvel celular como meio de transporte dos dados. Para que ele funcione necessrio utilizar um chip de celular de qualquer operadora que de suporte a tecnologia GSM. Um inconveniente que todos os dados trafegados sero cobrados pela operadora do servio e tambm estar sujeito ao uso na rea de cobertura da mesma. 4.2.2. O SOFTWARE J2ME Para que o mdulo funcione necessrio que algum o programe. Esta programao feita na plataforma Java 2 Micro Edition (J2ME). Uma plataforma robusta que traz uma srie de benefcios ao desenvolvedor como o encapsulamento da complexidade que a particularidade de cada equipamento. J2ME uma API Java voltada para micro aplicativos que rodam em micro processadores assim como os dos celulares. Esta API consiste em um conjunto de bibliotecas de tempo de execuo que fornecem ao desenvolvedor de software uma forma padro de acessar os recursos do sistema (FIGUEIREDO DOMICIANO & RODRIGUES DE ALMEIDA, 2005). A J2ME possui varias definies de padres de aplicao. Estes padres esto diretamente relacionados robustez do hardware que ira rodar a aplicao. Como no o foco a tecnologia J2ME para demonstrar este trabalho, no ser abordado detalhes sobre este assunto, apenas o ser falado sobre o padro em que o mdulo XT65 se encaixa. O mdulo XT65 se encaixa no padro Mobile Information Device Profile (MIDP), tambm conhecido como MIDlets. Embora seja desenvolvidos para rodar em dispositivos diversos, MIDlets so codificados e compilados em computadores comuns e depois transferidos para os dispositivos onde sero executados. O MIDP apenas uma especificao. Os fabricantes tm a liberdade de desenvolver suas prprias implementaes (FIGUEIREDO DOMICIANO & RODRIGUES DE ALMEIDA, 2005).

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O Aplication Manager (AM) de cada dispositivo quem vai controlar os aplicativos a serem instalados, onde e como sero armazenados e como sero executados. As classes de cada aplicativo esto em um arquivo JAR (JAVA Archive), o qual vem acompanhando de um descrito JAD (Java Application Descriptor). Assim que a MIDlet invocada, o AM invoca o mtodo startApp(), o qual coloca a MIDlet no estado ativo. Enquanto ela estiver executando o AM pode pausar ela invocando o mtodo pauseApp() no caso de uma chamada sendo recebida, ou SMS chegando. A aplicao pode pausar a si mesma, bastando invocar notifyPaused(). Assim como a AM pode pausar a aplicao e esta si mesma, o como o mesmo com o DestroyApp() que invocado pela AM para fechar a aplicao ou at mesmo pode ser fechada atravs da prpria aplicao invocando o notifyDestroyed() (FIGUEIREDO DOMICIANO & RODRIGUES DE ALMEIDA, 2005).

Figure 1 - Ciclo de vida de uma MIDlet

Ao mostrar o cliclo de vida de uma MIDlet possvel entender funcionamento do software: No construtor da aplicao feita a inicializao de todas as variveis de ambiente, de acordo com as informaes no arquivo JAD2. Ao iniciar a aplicao, ela entra em um lao que verifica o status de sincronismo com a operadora e, caso no esteja sincronizado, ele espera cinco segundos e verifica novamente, no saindo o lao at que esteja sincronizado. Ao sair do lao de sincronismo, a aplicao inicia uma thread3 que, de acordo com o intervalo de tempo configurado, ela aciona um mtodo que faz a leitura do GPS e abre uma conexo GPRS com o Servidor Socket enviando os dados. Esta thread continua sendo executada infinitamente.

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Java Application Descriptor (JAD) um arquivo de configurao da aplicao J2ME. Thread uma forma de um processo dividir a si mesmo em duas ou mais tarefas que podem ser executadas simultaneamente, O suporte thread fornecido pelo prprio Sistema Operacional.

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4.2.3. TERMINAL DE GRAVAO Para que seja possvel instalar o software J2ME no mdulo, foi preciso adquirir um terminal de gravao. Este terminal pode ser adquirido junto prpria Siemens ou por outras empresas que desenvolveram terminais compatveis. Para o projeto foi utilizado um terminal fornecido e fabricado pela GEEMPA, pois o fator custo foi avaliado e como as funcionalidades so as mesmas para o produto de ambos os fornecedores, o terminal da GEEMPA foi o que apresentou o menor custo. O terminal possui uma interface USB e uma interface RS232 para comunicao do mdulo com o computador. Atravs dessas interfaces possvel fazer o debug4 a aplicao facilitando, assim, a identificao de erros no cdigo. Outra grande vantagem para o projeto, que este terminal permite executar as aplicaes instaladas no mdulo sem necessidade de desenvolvimento de hardware para o projeto. 4.3. SERVIDOR SOCKET Desenvolvido na linguagem de programao VB.NET, o Servidor Socket tem a funo nica de monitorar uma porta de comunicao esperando pelos dados enviados pelo elemento de localizao e armazen-los no Banco de Dados. O seu funcionamento se resume a monitorar a porta de comunicao estabelecida nas configuraes e quando houver solicitao de conexo, ele estabelece a conexo e recebe uma stream de dados e fecha a conexo. A stream convertida em texto que contm as informaes de data, hora e posio do veculo. Ento, ao obter estas informaes, o Servidor Socket as salva no banco de dados e aguarda um novo pedido de conexo. 4.4. BANCO DE DADOS Foi utilizado o SQL Server Express, um Banco de Dados gratuito fornecido pela Microsoft. Ele foi escolhido devido aos integrantes da equipe do projeto j ter experincia com a ferramenta e por ser gratuita. Na figura abaixo mostrado um diagrama que representa a estrutura da Base de Dados, onde se pode identificar suas tabelas e seus relacionamentos. As tabelas so utilizadas para armazenar as informaes que o sistema gerencia como um todo.4

Debug quando um programa executa linha por linha com a finalidade de encontrar o ponto exato que est com problemas.

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Figura 8 Diagrama da Estrutura do Banco de Dados

Neste diagrama, possvel identificar trs tabelas: Clientes, Veculos e Posies. Cada registro da tabela Cliente representa um cliente especfico, no podendo, assim, ter dois registros para um mesmo cliente. Na tabela Veculo, cada registro representa um veculo de um cliente e cada cliente pode ter vrios veculos. Na tabela Posies, cada registro representa um conjunto de dados que determina a posio de um veculo especfico em dado instante. 4.5. SERVIDOR WEB No certo dizer que a aplicao WEB a parte mais importante do projeto, pois todas so importantes, porque sem qualquer uma das partes o sistema se torna intil. Mas, com certeza, uma das mais trabalhosas de se desenvolver, pois ela que ir interagir diretamente com o usurio e possuir as regras do negcio. 4.5.1. ATORES DO SISTEMA Para definir a interao dos usurios do sistema, foram criados dois papis distintos: Administrador e Usurio. Existe apenas um nico Administrador e ele o nico com permisso para cadastrar clientes e veculos. O Usurio tem acesso apenas s informaes dos veculos que pertenam a ele, no podendo, assim, ter acesso s informaes de veculos de outros clientes. A deciso de colocar papis no sistema foi feita para simular uma aplicao comercial onde os funcionrios da prestadora de servio teriam as permisses de Administrador e os clientes, as permisses de Usurio cliente.

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4.5.2. INTERFACE DA APLICAO Com o intuito de aprimorar a usabilidade da aplicao, a interface foi desenvolvida utilizando uma tcnica de programao hoje conhecida por AJAX5. Existem vrias bibliotecas disponveis na Internet. Para o Sistema Proposto foi escolhida a biblioteca de interface do usurio do Yahoo (YUI)6. O motivo de escolher a YUI foi a qualidade da documentao e exemplos prticos disponveis. Com recursos da YUI, o usurio tem a impresso de que cada uma das funes aberta em uma nova janela dentro do browse, lembrando, alis, os sistemas Windows. Outro recurso tambm bastante interessante que o browse no executa post, deixando a interao do usurio com o sistema muito mais agradvel. Na Figura 9, pode-se ver a tela de Login. Esta funo utilizada para autenticar7 um usurio no sistema, pois como as informaes de cada cliente so sigilosas, cada usurio s pode ter acesso aos dados referentes a ele e no de todos os clientes cadastrados.

Figura 9 Tela de Login

AJAX o uso sistemtico de tecnologias providas por navegadores, como Javascript e XML, para tornar pginas mais interativas com o usurio, utilizando-se de solicitaes assncronas de informaes. 6 YUI uma biblioteca AJAX desenvolvida pelo Yahoo. 7 Autenticar um usurio significa que ele deve fornecer suas credencias para acesso ao sistema. Geralmente, esta credencial representada por um nome de usurio e uma senha correspondente.

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Na Figura 10, pode-se ver a tela principal do sistema. Logo aps a autenticao do usurio, ele redirecionado para essa tela, pois a partir dela, possvel chamar todas as outras funes do sistema. Para cada chamada de uma funo, ser aberto dentro da tela principal o formulrio da funo solicitada.

Figura 10 Tela Principal

Na Figura 11, pode-se ver o formulrio de Cadastro de Clientes. Atravs desta funo, possvel cadastrar um novo cliente no sistema, ou at mesmo consultar, modificar e excluir dados de um cliente cadastrado.

Figura 11 Funo Cadastro de Clientes

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Na Figura 12, pode-se ver o formulrio Cadastro de Veculo. Atravs desta funo, possvel cadastrar um novo veculo no sistema, ou at mesmo consultar, modificar e excluir dados de um veculo cadastrado.

Figura 12 Funo Cadastro de Veculo

Para a funo Localizador, foi utilizado um servio do Google Maps API. Este servio oferece uma tecnologia fcil e eficiente de mapeamento e informaes sobre empresas da regio, incluindo locais dos estabelecimentos e informaes para contato. Ele tambm disponibiliza outras funes como trao de rodas e calculo de distancia entre dois pontos (Google Maps API, 2007). O Google Maps API permite embutir Google Maps em suas prprias pginas WEB com JavaScript. A API fornece um conjunto de utilitrios para manipular mapas permitindo adicionar contedo a eles atravs de uma variedade de servios, tornado assim seus mapas mais ricos e suas aplicaes muito mais robustas. Na Figura 13, pode-se ver a funo Localizador. Esta funo poderia ser considerada o resultado final de todos os esforos deste trabalho, pois atravs dela possvel visualizar a

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localizao do veculo em um sistema de mapas. Este sistema de mapas foi criado atravs da utilizao de uma API8 do Google Maps.

Figura 13 Funo Localizardor

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API - um conjunto de rotinas e padres estabelecidos por um software para utilizao de suas funcionalidades por programas aplicativos que no querem envolver-se em detalhes da implementao do software, mas apenas usar seus servios.

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CONCLUSO Evidentemente, este trabalho envolveu temas que foram abordados ao longo do curso de Engenharia da Computao, temas como conectividade de redes wireless, programao, Banco de Dados, Arquitetura de Servidores, desenvolvimento de aplicaes para equipamentos com restries de processamento e tecnologias de localizao. Estes temas foram abordados e colocados em prtica obtendo um prottipo de acordo com os resultados esperados, ou seja, que conseguiram provar o conceito inicial de que vivel a implantao de um Sistema de Rastreamento por Satlite e Rede de Comunicao Mvel Celular. Foi demonstrado que, mesmo com vrias tecnologias diferentes como GPS, GPRS, ASP.NET e J2ME trabalhando juntas, pode-se construir um sistema portvel, funcional e robusto, pois foi feita uma implementao completa do sistema. Visto que o sistema importante e confivel, quase impossvel mensurar as inmeras possibilidades de aplicaes. Concluiu-se, ento, que o rastreamento veicular por satlite e rede mvel celular tem grande potencial, pois atravs dele e possvel se trabalhar em inmeros setores e ramos de atividade do mercado. TRABALHOS FUTUROS Todo projeto pode ter continuao. Um Projeto de Rastreamento Veicular pode, por exemplo, ser ampliado e melhorado. Este abordou apenas o rastreamento de veculos, mas h inmeras aplicaes que ele pode evoluir para se tornar ainda mais til e prtico. Para continuao deste projeto, apresenta-se como sugesto: Implementar mecanismos de interveno no veculo como corte de combustvel, tranca de portas e acionamento de alarme. Implementar mecanismos de monitoramento do estado do veculo como nvel de combustvel, carga de bateria, velocidade e nvel de leo. Criao de funes que gerem relatrio como a distncia que cada veculo percorreu e consumo de combustvel. atuar. Criao de funes que mostrem a rota percorrida pelos veculos. So muitas as funes em potencial, mas isso depender do ramo de atividade que se pretenda

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BIBLIOGRAFIA BALBINO E SILVA, A., & BORGES MOREIRA, L. R. Telemetria em sistemas de comunicao mvel celular. Braslia. 2005.

FIGUEIREDO DOMICIANO, L. E., & RODRIGUES DE ALMEIDA, L. R. Implementao de servios alternativos de localizao via celular com participao do usurio. Braslia. 2005. LELES BELORIO, C. Descrio de um sistema de rastreamento veicular utilizando GPS. Uberlndia. 2005.

Marrie Zogg, J. GPS global positioning system. 2001. Siemens. Mdulos e terminais. .Disponvel em http://www.siemens.com.br/templates/coluna1.aspx?channel=6573. Acesso em 25 de novembro de 2007. GlobalSat. GPS Engine Boards. Disponvel em http://www.usglobalsat.com/c-18-gpsengine-boards.aspx. Acesso em 25 de novembro de 2007. Informat Technology. Mdulos :: GSM/GPRS. Disponvel em http://www.informattechnology.com.br/catalogo/wireless_catalogo.php?cat_id=12. Acesso em 25 de novembro de 2007. Dicionrio Aurlio On-line. Disponvel em http://200.225.157.123/dicaureliopos/login.asp. Acesso em 25 de novembro de 2007. Google Maps API. Google Code. Disponvel em http://code.google.com/apis/maps/. Acesso em 25 de novembro de 2007.

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APNDICE A Este tpico tem por finalidade fazer uma anlise dos equipamentos de GPS e mdulos de celulares, limitando-se queles que esto disponveis no mercado buscando um produto que atenda s necessidades visando sempre ao equilbrio dos aspectos tcnicos e econmicos. A tabela abaixo mostra os principais fabricantes e produtos encontrados no mercado. Fabricante Motorola Tipo Mdulo Celular Mdulo Celular Siemens Mdulo Celular e GPS Mdulo Celular e GPS Global Sat GPSTabela 2 Fabricantes de GPS e Mdulos de Celular

Modelo G20 G24 TC65 XT65 XT75 ET-332 EM-408

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G20

Figura 14 - Mdulo G20 (Informat Technology, 2007)

O mdulo celular GSM/GPRS extremamente pequeno e encapsulado com vrias caractersticas avanadas, projetado para facilitar, de forma rpida e simples, a integrao com outros produtos OEM (Informat Technology, 2007). CARACTERSTICA DA DESCRIO ESPECIFICAO TCNICA Bandas GSM EGSM 900/1800 MHz GSM 850/1900 MHz GPRS Multi-slot Classe 8 MO/MT SMS FAX Embedded TCP/IP Stack STK Sobre RS232 Range de Temperatura Operacional: -20C e +60C Funcional: -20C e +70C Armazenamento: -40C e +85C Tenso Operacional: 3,3 a 4,2 V Conectores: 70 pinos RF MMCX Dimenses: 45,2 x 24,4 x 6,0 (mm) Interface Serial RS232 e USB Comandos AT GSM 07.05 e 07.07

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G24

Figura 15 Mdulo G24 (Informat Technology, 2007)

O mdulo de O G24 o mais novo mdulo GSM/GPRS-EDGE da Motorola, focado em transmisso de dados e voz para o mercado de comunicaes. Para proporcionar a mxima economia e flexibilidade, este mdulo oferecido em trs verses. A verso bsica Quadriband, a verso EDGE e a ltima com suporte JAVA (Informat Technology, 2007). CARACTERSTICA e ESPECIFICAO TCNICA Quadri-Band 850/900/1800/1900 MHz GPRS Multi-Slot Classe 10 EDGE Multi Slot Classe 10 (dependente do modelo) JAVA (dependente do modelo) MO/MT SMS Embedded TCP/IP stack STK Sobre RS232 Operacional: -20C e +60C Funcional: -20C e +70C Armazenamento: -40C e +85C Tenso Operacional: 3,3 a 4,2 V Conectores: 70 pinos RF MMCX Interface Serial RS232 e USB Comandos AT GSM 07.05 e 07.07 Dimenses: 45,2 x 24,4 x 6,0 (mm)

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TC65

Figura 16 Mdulo TC65 (Siemens, 2007)

Baseado em Java, o TC65 permite aos desenvolvedores trabalhar com uma sofisticada plataforma de software diminuindo o tempo de desenvolvimento e custos. Ele tambm possui tecnologia GSM/GPRS Quadri-Band de alta qualidade, alm de no ser necessrio o uso de um controlador, memria e pilha TCP/IP externos (Siemens, 2007). As principais caractersticas do TC65 so: Suporte a Java, IMP 2.0 GSM Quadri-Band (850/900/1800/1900 MHz) GPRS Classe 12 Processador ARM7 Memria Flash de 1,7 MB e Memria RAM de 400 KB Pilha TCP/IP Integrada Transferncia Segura de Dados Via OTA Temperatura de Operao Estendida Livre de Chumbo

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XT65

Figura 17 Mdulo XT65 (Siemens, 2007)

No mdulo XT65, as tecnologias GSM e GPS so combinadas de maneira a otimizar a soluo e com a tecnologia JAVA solues mais complexas podem ser desenvolvidas em menor tempo e com menor custo possvel. Graas tecnologia Quadri-Band, o XT65 pode ser usado em qualquer lugar do mundo que possua uma rede GSM. O receptor GPS de alta sensibilidade permite realizar o posicionamento global at mesmo em lugares fechados e, atravs da tecnologia GPRS, possvel fazer a transmisso permanente dos dados coletados. Como o mdulo possui processador integrado, memria e grande nmero de interfaces, os desenvolvedores de solues tero uma grande reduo nos custos do projeto (Siemens, 2007). As principais caractersticas do XT65 so: Receptor GPS de alta performance (16 canais) GSM Quadri-Band (850/900/1800/1900 MHz) GPRS Classe 12 JAVA IMP-NG Pilha TCP/IP Integrada Drive RIL para Microsoft Windows Mobile

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XT75

Figura 18 Mdulo XT75 (Siemens, 2007)

O mdulo XT75 o primeiro mdulo que conecta o GPS tecnologia GSM de forma coerente, otimizando a combinao dessas duas tecnologias. A tecnologia Quadri-Band possibilita a utilizao do mdulo XT75 em qualquer lugar do mundo e o GPS integrado de alta sensibilidade permite realizar o posicionamento global at mesmo em lugares fechados. Graas tecnologia EDGE, a transmisso de dados feita at trs vezes mais rpidas que a tecnologia GPRS, possibilitando, por exemplo, adicionar servios como Internet, downloading de mapas, envio de SMS em solues de sistema de navegao. Considerveis redues de custos podem ser feitas devido ao fato de o mdulo possuir componentes como processador, memria e grande nmero de interfaces. A tecnologia JAVA proporciona aos desenvolvedores um menor tempo no desenvolvimento da soluo. (Siemens, 2007) As principais caractersticas do XT75 so: Receptor GPS de alta performance (16 canais) GSM quad-band (850/900/1800/1900 MHz) EDGE (E-GPRS) Classe 10 JAVA IMP-NG Pilha TCP/IP integrada Drive RIL para Microsoft Windows Mobile

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ET-332

Figura 19 Mdulo GPS ET-332 (GlobalSat, 2007)

Este mdulo GPS pequeno e com alta sensibilidade ideal para aplicaes OEM de todas as reas. Caractersticas Tcnicas: Canais: 20 Preciso Tenso Dimenses: 36.4 x 35.4 x 8.3mm Tipo de Interface: conector de 5 Pinos Tempo de aquisio o Quente: 8 s o Frio: 42 sec Condies Dinmicas o Altitude mxima: 18000 m o Velocidade mxima: 515 m/s o Acelerao: 4g

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EM-408

Figura 20 Mdulo GPS EM-408 (GlobalSat, 2007)

Este mdulo GPS pequeno e com alta sensibilidade ideal para aplicaes OEM de todas as reas. Caractersticas Tcnicas: Canais: 20 Tenso de Operao: 3,3 % 5 Consumo: 44 mA Dimenses: 36,4 x35.4x8.3 Tipo de Interface: conector de 5 Pinos Porta Serial / Dados: 1 / TTL