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Gênese e Morfologia do
Solo
Iane Barroncas GomesEngenheira Florestal
Mestre em Ciências de Florestas Tropicais
Professora Assistente CESIT - UEA
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Atributos físicos do solo
▪ Textura (granulometria)
▪ Estrutura
▪ Porosidade (macro e micro)
▪ Densidade
▪ Resistência do solo à penetração (dureza,
consistência)
▪ Teor de umidade
▪ Plasticidade
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A física de solos estuda e define, qualitativa e quantitativamente, as
propriedades físicas, bem como sua medição, predição e controle, com o objetivo de entender os mecanismos que governam a funcionalidade dos
solos.
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Componentes do solo4
Existe solo fisicamente ideal?
▪ Um solo fisicamente ideal para o
crescimento de plantas deve:
▪ Apresentar boa retenção de água
▪ Bom arejamento
▪ Suprimento de calor equilibrado
▪ Pouca resistência ao crescimento radicular
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Existe solo fisicamente ideal?
▪ Um solo fisicamente ideal para o a
manutenção da qualidade ambiental e
dos ecossistemas deve:
▪ Apresentar boa estabilidade dos agregados
▪ Boa infiltração de água
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As propriedades físicas do solo são atributos mensuráveis e servem como indicadores da
qualidade dos solos
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Sobre as partículas sólidas do solo
▪ Variam grandemente em tamanho, forma e
composição química
▪ Podem se combinar das formas mais variadas
possíveis
▪ Forma a matriz do solo
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Matriz ↔ Porosidade
água
ar
Minerais
[argila, silte, areia]
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Textura (granulometria)
▪ É definida pela distribuição de tamanho das
partículas
▪ Proporção relativa das classes de tamanho de
partículas de um solo
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Classificação em classes de tamanho das partículas da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
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Te
xtu
ra
▪ A textura de um solo exclui partículas maiores
que 2mm e a matéria orgânica
▪ O total de partículas é a soma das proporções
de areia + silte + argila
▪ Valor normalmente expresso em porcentagem
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Te
xtu
ra
▪ O número possível de arranjamentos
resultantes da combinação das proporções dos
minerais é muito grande
▪ Para tanto foi criado um sistema de
classificação para as classes de textura dos
solos
14
Te
xtu
ra
▪ A avaliação da textura é feita diretamente no
campo e em laboratório
▪ No campo, a estimativa é baseada na
sensação ao tato ao manusear uma
amostra de solo
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Te
xtu
ra16
AREIASENSAÇÃO
DE ASPEREZA
Te
xtu
ra17
SILTESENSAÇÃO DE MACIEZ
Te
xtu
ra18
ARGILA
SENSAÇÃO
DE
MACIEZ
+ PLASTICIDADE
Te
xtu
ra
▪ Em laboratório, a amostra de solo é
dispersa numa suspensão e, por
peneiramento e sedimentação, se
determina exatamente a proporção de
areia, argila, e por diferença, silte.
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Triângulo textural
21Qual a classificação textural de um solo com:
• 35% de argila
• 25% de silte
• 40% de areiaResposta: o solo é franco-argiloso
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Qual a classificação textural dos solos do trabalho de Soares et al., (2016)?
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Solo sob cultivo de milho:
434,2 g de areia por kg de solo = 43,42%
444,3 g de silte por kg de solo = 44,30%
121,5 g de argila por kg de solo = 12,15%~100%
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Qual a classificação textural dos solos do trabalho de Soares et al., (2016)?24
Argila – 12,15%
Silte – 44,30%
Areia – 43,42%
Resposta: o solo é de textura
franca
Estrutura
▪ É a forma como as
partículas estão
arranjadas em agregados
▪ A variação do tipo de
estrutura do solo é usada
na classificação de solos
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Conceito de agregado
▪ Pode ser definido como interação física,
química e biológica das partículas do
solo
26
CASTRO FILHO, 2002
Estrutura
▪ A estrutura do solo, conceitualmente, não é um
fator de crescimento das plantas ou indicativo
direto da qualidade ambiental
▪ Porém está relacionada indiretamente com
muitos dos fatores que agem sobre eles
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Exemplos de fatores influenciados pela estrutura do solo:
▪ Suprimento de água
▪ Aeração
▪ Disponibilidade de nutrientes
▪ Atividade microbiana
▪ Penetração das raízes
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A organização das partículas e o ambiente de
formação formam diferentes
AGREGADOS
O tipo de agregado
determina a
ESTRUTURA DO SOLO
1)Granular e Grumosa
2)Laminar
3)Prismática e Colunar
4)Blocos angulares e subangulares
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Estrutura granular e grumosa
▪ Agregados redondos formados na superfície do
solo sob influência da matéria orgânica e atividade
microbiológica
▪ Os grumos apresentam poros visíveis
▪ A sensação ao manusear o solo é de friabilidade,
soltando-se facilmente dos agregados vizinhos
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Estrutura granular e grumosa
▪ Grumos são unidades estruturais muito
porosas
▪ Estrutura granular é comum no horizonte A,
especialmente em solos com matéria orgânica
▪ A estrutura é diretamente afetada pelo tipo de
manejo do solo
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Estrutura granular (esferoidal)
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Estrutura laminar
▪ Estrutura achatada
▪ Os agregados são de formato laminar e
formados por influência do material de origem
ou em horizontes muito compactados
▪ Pode ocorrer tanto em horizontes superficiais
quanto em mais profundos
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Estrutura laminar
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Estrutura prismática e colunar
▪ Os agregados formam-se em ambientes mal
drenados e em horizontes subsuperficiais com
pequena influência da matéria orgânica
▪ Normalmente são agregados grandes e adensados
▪ Quando o topo dos prismas são arredondados
teremos a estrutura colunar
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Estrutura prismática e colunar
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Blocos angulares em um horizonte B de uma região semi-árida
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Estrutura em blocos
▪ Os agregados têm formato de cubos ou
poliedros e formam-se em ambientes
moderadamente a bem drenados nos subsolos
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Estrutura em blocos angulares e subangulares
▪ Quando apresentam faces planas e ângulos
agudos na maioria dos vértices são chamados
blocos angulares
▪ Quando as unidades estruturais apresentam
mistura de faces arredondadas e planas com
muitos vértices arredondados são chamados
blocos subangulares.
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Blocos angulares e subangulares
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Gênese da estrutura do solo
▪ Os mecanismos de formação da estrutura
ainda não são completamente conhecidos
▪ Mas sabe-se que é um processo que se inicia
com a própria formação do solo
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Processos que influenciam na formação da estrutura do solo pela aproximação de partículas:
▪ Floculação da argila e cátions trocáveis
▪ Desidratação do solo
▪ Secamento localizado
▪ Pressão causada pelas raízes
▪ Ação da macrobiota do solo
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Processos que influenciam na formação da estrutura do solo pela estabilização de agregados:
▪ Quantidade e tipo de argila
▪ Forças eletrostáticas
▪ Matéria orgânica
▪ Ação mecânica das raízes
▪ Fonte de material orgânico da superfície
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Um solo bem estruturado apresenta:
▪ Poros adequados para a entrada de ar e água
no solo
▪ Porosidade adequada para que a água se
movimente através do solo, sendo disponível
para as culturas, assim como permita uma boa
drenagem do solo
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Um solo bem estruturado apresenta:
▪ Porosidade adequada para o crescimento das
culturas após a germinação das sementes,
permitindo que as raízes explorem um maior
volume de solo em busca de ar, água e
nutrientes
▪ Resistência à erosão pela alta agregação
45
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O que pode
destruir o arranjo
estrutural do solo?
▪ Preparo intensivo e queima de resíduos
▪ Tráfego intenso de máquinas com umidade
inadequada
▪ Impacto das gotas de chuva (desmatamento)
▪ Inaptidão agrícola
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Descrição da estrutura no campo
▪ Observa-se o tamanho e a forma das unidades
▪ Preferencialmente com o solo seco, pois a
umidade une as partículas e altera a forma
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Porosidade
▪ É o espaço do solo não ocupado por sólidos e
ocupado pela água e ar
▪ Proporção entre o volume de poros e o volume
total de um solo
▪ É inversamente proporcional à densidade
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Relação entre tamanho dos agregados e porosidade
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poro
poro
Fatores que influem sobre a porosidade
▪ O tipo de solo
▪ Arenosos possuem entre 35% e 50% de espaço
poroso
▪ Argilosos entre 40% e 60% de espaço poroso
▪ Profundidade
▪ Quanto mais profundos, mais compactados
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Tamanho dos poros
▪ Macroporos: não retêm água e são
esvaziados pela gravidade (predominam
em solos arenosos)
▪ Microporos: são aqueles que retêm
água contra a gravidade (presominam
em solos argilosos
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MACROPOROS
▪ Permitem a infiltração
▪ São grandes o suficiente para permitir o
desenvolvimento do sistema radicular e abrigar
organismos de menor tamanho que habitam o
solo
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MACROPOROS
▪ Em solos bem estruturados, os macroporos
são geralmente encontrados entre as unidades
estruturais
▪ Macroporos criados por raízes, minhocas e
outros organismos constituem um tipo muito
importante de poros chamados bioporos.
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MICROPOROS
▪ Mesmo quando não estão preenchidos com
água, seu tamanho diminuto não permite a
circulação de ar
▪ A água que fica retida neles nem sempre está
disponível para a planta
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a) Espaços entre as partículas
b) Entre as unidades estruturais
c) Bioporos
Tipos de poros
Determinação da porosidade em laboratório
▪ Método:
▪ Satura-se uma amostra de solo com água e
mede-se o volume contido.
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A porosidade tem importância no cultivo de plantas
Estima-se que um percentual em torno de 50% de espaço poroso seja o ideal
para o bom desenvolvimento das raízes
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Densidade
▪ Expressa a relação entre:
quantidade de massa de solo seco
unidade de volume do solo
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Densidade
▪ No volume do solo é incluído o volume de
sólidos e o de poros do solo
▪ Entretanto, havendo modificação do espaço
poroso haverá alteração da densidade
▪ O uso principal da densidade do solo é como
indicador da compactação
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Valores de referência de Ds62
1,2 a 1,9 g/cm³ - valores normais para solos arenosos
0,9 a 1,7 g/cm³ - valores normais para solos argilosos
Valores em torno de 1,6 g/com³ e 1,4 g/cm³ para solos arenosos e argilosos respectivamente, podem restringir o crescimento radicular
Determinação da Ds
▪ Coleta de uma amostra de solo de volume
conhecido
▪ Secagem do solo
▪ Determinação do peso seco da amostra
▪ Transformação para a unidade desejada
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Modificação da densidade do solo pela compactação em diferentes profundidades
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Resistência do solo à penetração - consistência
▪ Descreve a resistência do solo em diferentes
umidades contra pressão ou forças de
manipulação
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Consistência
▪ Se refere à facilidade de quebra ou à
plasticidade e pegajosidade de um solo em
diferentes umidades ao ser manipulado pelas
mãos
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Variação de forças associadas à consistência com a variação da
umidade do solo.
Teor de umidade68
Plasticidade69