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SAÚDE OCUPACIONAL PROIBIDA A REPRODUÇAO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR © TODOS OS DIREITOS FICAM RESERVADOS. EDUBRAS OFICINA MECÂNICA

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SAÚDEOCUPACIONAL

PROIBIDA A REPRODUÇAO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR© TODOS OS DIREITOS FICAM RESERVADOS.

EDUBRAS

OFICINA MECÂNICA

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INTRODUÇÃO

Entre os aspectos negativos do trabalho estão a sujeira, o perigo, o cansaço, a monotonia, e váriosoutros.

Portanto, se bem a maioria das pessoas pode gostar do seu trabalho, pois lhes proporciona satis-fação, auto-realização e até prazer, para alguns o trabalho é uma carga, visto que, existem trabal-hadores para os quais as condições penosas e o perigo são indissociáveis de sua tarefa. Raramente,o trabalho é um prazer para os mineiros que extraem o carvão, os pescadores de alto mar e muitostrabalhadores da construção. Para eles, a melhora das condições de trabalho deve consistir, sobre-tudo, na redução das horas de trabalho, da duração da vida ativa, dos riscos até onde seja possível,e por outro lado, o aumento das férias pagas e dos períodos de descanso.

SAÚDE

A saúde e a doença são o resultado de uma interação constante entre o organismo e o meio am-biente em que o homem cresce e se desenvolve. Considerar a Saúde e a Doença como estáticosatravés do tempo, constitui um grave erro. É necessário compreender que a saúde nunca é a mes-ma, assim como também não é a mesma a sociedade.

Desde alguns anos atrás, começa a impor-se a idéia da multicausalidade como elemento a valorizarna origem de alguns processos de saúde-doença, responsabilizando aos hábitos pessoais comocausadores dos mesmos. O estilo de vida e os hábitos pessoais começam a desenvolver um papelque antes desempenhava o agente infeccioso.

Por outro lado, ainda quando a medicina assume a multicausalidade e expressa-se em «fatores derisco», poucas vezes ou quase nunca, incorpora aqueles determinados pelas condições de trabalhoou o meio sócioeconômico. Vejamos o que acontece com as doenças coronárias: muitos falam desuas relações com a obesidade, o hábito sedentário, o hábito de fumar, o grau de colesterol e atédo tipo de personalidade. No entanto, raramente interroga-se em relação a outros elementos quepossam também comportar-se como fatores de risco coronário, tais como o ruído, a exposiçãocrônica ao calor, a exposição ao monóxido de carbono, a provável ação de certos dissolventes, asjornadas rotativas, o estresse por excesso de trabalho ou por subutilização das capacidades poten-ciais, etc.

Sem dúvida, a deterioração das condições de vida, na maioria dos setores trabalhadores duranteesta década (níveis nutricionais, tempo destinado à recreação, qualidade de moradia, atenção emsaúde e serviços sanitários), predispõem a uma deterioração das condições de saúde, que se expre-ssam em mais doenças. No entanto, independente disto, o peso dos fenômenos, o aumento naprodutividade do trabalho, e a situação de inestabilidade laboral, incidem também de forma defi-nitiva no aumento da tendência a contrair doenças.

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Existem diferentes concepções da saúde, das quais é importante destacar:

Concepções médicas Tratam:

Somática-fisiológica Do bem-estar do corpo

Psíquica Da inter-relação entre o físico e psíquico

Sanitária De preservar, manter, ou recuperar asaúde coletiva e não a individual

Concepções sociais Tratam:

Político-legal Do direito para toda a população

Econômica De que é mais econômico investir ematividades preventivas que em curativas

Social De que saúde e doença não sãoacontecimentos individuais, senãosociais

O conceito ideal de saúde é definido pela Organização Mundial de Saúde como: “o estado de bem-estar físico, mental e social completo”, e não simplesmente a ausência da doença.

CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO (CEMAT)

Diversos fatores presentes no meio ambiente de trabalho combinam-se e produzem na saúde efei-tos complexos e múltiplos. Entre estes aparecem as doenças cardiovasculares, o câncer provocadopelo fumo, e a deterioração lenta, mas constante, da capacidade funcional e da saúde do trabalha-dor. Não pode-se assinalar nenhum fator por separado como a causa. Além disso, as repercussõespara a saúde também não limitam-se a um tipo de efeito único e facilmente identificável.

Outro ponto de grande importância, é que também se produz uma potenciação entre causa eefeito.

Assim, quando começam-se a sentir os efeitos negativos na saúde e no bem-estar, o trabalhadorencontrará com freqüência as tarefas mais pesadas, o sistema de turnos mais incômodo, etc., queao mesmo tempo aumentará esses efeitos adversos.

Os fatores psicossociais no trabalho consistem em interações dinâmicas entre as condições de

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trabalho (a tarefa, seu meio ambiente e as condições de sua organização) e os fatores humanos(as capacidades do trabalhador, suas necessidades, sua cultura e sua situação pessoal fora do tra-balho).

Quando estes fatores encontram-se em equilíbrio, o trabalho cria sentimentos de confiança em simesmo, aumenta a motivação, a capacidade de trabalho, a satisfação geral e melhora a saúde. Ainteração negativa entre estes dois fatores pode conduzir a transtornos emocionais no comporta-mento e mudanças bioquímicas e neuro-hormonais, com riscos adicionais de doenças.

SAÚDE OCUPACIONAL

A relação Saúde-Trabalho é bilateral, já que tanto a saúde influencia no trabalho, quanto esteinfluencia na saúde, podendo ser positivas ou negativas estas relações. No estudo e tratamentodesta relação, dentro e fora do lugar de trabalho (CEMAT), é onde interfere a Saúde Ocupacional,especialidade multidisciplinária fundamentalmente preventiva dos riscos laborais, com o objetivode alcançar a saúde plena dos trabalhadores em seu trabalho.

«A O.M.S. define dentro da Estratégia Global da Saúde Ocupacional, que a saúde no trabalho eo meio ambiente laboral sadio, encontram-se entre os mais valiosos bens dos indivíduos,comunidades e países, já que contribuem não somente para garantir a saúde dos trabalhadores,senão também, positivamente à produtividade, qualidade dos produtos, motivações no trabal-ho, satisfação laboral e desta forma, à boa qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade».

Para o desenvolvimento da Saúde Operacional é necessária a intervenção de várias disciplinas téc-nicas (a Medicina Laboral, a Segurança Industrial, a Ergonomia, entre outras) e também a partici-pação de trabalhadores, de empregadores e do Estado.

RISCO LABORAL

Os riscos no trabalho podem-se entender como aqueles elementos ou fatores nocivos que ge-ram-se pelos objetos e os meios de trabalho, que isolada ou combinadamente podem danificar asaúde do trabalhador.

No campo epidemiológico, define-se como a probabilidade de que o trabalhador seja afetadopor algum destes fatores.

Atualmente enfrentamos riscos de dois tipos: por um lado os riscos tradicionais, que seguem provo-cando numerosas vítimas de acidentes de trabalho e doenças profissionais; por outro lado, os riscosnovos, surgidos do progresso tecnológico, dos novos produtos e as novas formas de organizaçãodo trabalho, que modificam as próprias tarefas a realizar.

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Os fatores de risco podem-se agrupar em:

GRUPO I: CONDIÇÕES DE SEGURANÇAGRUPO II: MEIO AMBIENTE FÍSICO DE TRABALHOGRUPO III: CONTAMINANTES QUÍMICOS E BIOLÓGICOSGRUPO IV: CARGA FÍSICA DE TRABALHOGRUPO V: ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

SINISTROS LABORAIS

A cada ano se produzem no mundo, somente na indústria manufatureira, uns 50 milhões de aci-dentes (em média: 160.000 por dia), que provocam 100.000 mortes e 1.500.000 trabalhadorescom uma incapacidade permanente. É muito provável que esta avaliação seja muito inferior à rea-lidade, já que devem-se acrescentar os milhões de trabalhadores vítimas de doenças contraídas notrabalho, os acidentes das outras indústrias e a confiabilidade dos registros estatísticos dos diferen-tes países.

Os sinistros laborais estão constituídos pelos incidentes, os acidentes de trabalho e as doençaslaborais. Os sinistros laborais agrupam-se conforme determinadas características.

O incidente é um quase-acidente de trabalho, que provoca uma interrupção da atividade laboralpor menos de 24 horas e portanto, não ocasiona indenização. Também chamado «acidente semlesões», já que não provoca lesões no trabalhador, mas sim pode ocasionar danos menores emalgumas máquinas ou aparelhos, sendo necessário efetuar reparações para voltar e recomeçar oprocesso produtivo, com o tempo perdido que isto ocasiona.

O acidente de trabalho define-se desde o ponto de vista técnico, como o sucesso não programa-do, inesperado ou não, que interrompe a atividade laboral, provocando uma perda útil de tempo,uma lesão corporal e danos materiais; e desde o ponto de vista legal como o sucesso imprevisto,violento, limitado no tempo (menor de 24 horas), de origem externa (por ações ou como con-seqüência do trabalho), que provoca uma lesão corporal e/ou uma perturbação funcional, numindivíduo em relação de subordinação.

Os acidentes resultam dos efeitos combinados de circunstâncias físicas (condições inseguras), quemuitas vezes podem ser reconhecidas; e de fatores humanos (atitudes inseguras), que podem sermodificados através do treinamento, educação e supervisão. Na realidade, é necessário analisá-losdesde o ponto de vista global das Condições e Meio Ambiente de Trabalho (CEMAT).

As conseqüências de um acidente de trabalho podem ser:

� Humanas: pela lesão física (incapacidade ou morte) e psíquica; econômicas (no indivíduo, naempresa e na sociedade); e sociais (no familiar e na sociedade).

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Entre as doenças laborais podemos destacar:

� Profissionais: aquelas que tem sua origem no trabalho e estão numa lista e portanto, possuemcaráter indenizável.

� Ocupacionais: aquelas que tem sua origem no trabalho, mas não reconhecidas legalmente comoprofissionais e portanto, sem caráter indenizável.

� Relacionadas com o trabalho: aquelas doenças comuns, associadas e/ou agravadas por algunsfatores de risco laboral.

� Desocupação: aquelas que se dão em desempregados e/ou empregados com inestabilidade la-boral importante.

As doenças profissionais definem-se pela causa laboral que atua lentamente. É possível identificaruma causa específica para certas doenças, no entanto outras devem-se a diversas causas. Alémdisso, há doenças causadas por circustâncias nas quais efetua-se o trabalho (uma postura forçada,esforços físicos repetidos) e que, conseqüentemente deveriam ser reconhecidas como profissio-nais, apesar de que este reconhecimento não deveria ser extensivo a todos os trabalhadores dessetipo. Tecnicamente, é a deterioração lenta e paulatina da saúde do trabalhador, produzida poruma exposição crônica a situações adversas do trabalho. Legalmente, acrescenta-se que deve estarincluída na lista de doenças profissionais da seguinte tabela:

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Lista de doenças profissionaisConvênio Internacional Nº 121 da O.I.T.

Doenças profissionais Trabalhos queapresentam riscos

1 - Pneumoconiose causada por pós minerais (silicose, antracosilico- Todos os trabalhosse, asbestose) e silicotuberculose sempre que a silicose seja uma que exponham o riscocausa determinante de incapacidade ou morte. considerado.

2 - Broncopneumopatias causadas pelo pó de metais duros. Id.

3 - Doenças broncopulmonares causadas pelo pó de algodão, Id.de linho, de cânhamo ou de sisal.

4 - Asma profissional causada por agentes sensibilizantes ou irritantes, Id.reconhecidos como tais ou inerentes ao tipo de trabalho.

5 - Alveolites alérgicas extrínsecas e suas seqüelas causadas pela Id.inalação de pós orgânicos, conforme a legislação nacional.

6 - Doenças causadas pelo berilo (glucínio) ou seus componentes Id.químicos.

7 - Doenças causadas pela cadmia ou seus componentes tóxicos. Id.

8 - Doenças causadas pelo fósforo ou seus componentes tóxicos. Id.

9 - Doenças causadas pelo cromo ou seus componentes tóxicos. Id.

10 - Doenças causadas pelo magnésio ou seus componentes tóxicos. Id.

11 - Doenças causadas pelo arsênico ou seus componentes tóxicos. Id.

12 - Doenças causadas pelo mercúrio ou seus componentes tóxicos. Id.

13 - Doenças causadas pelo chumbo ou seus componentes tóxicos. Id.

14 - Doenças causadas pelo flúor e seus componentes tóxicos. Id.

15 - Doenças causadas pelo sulfúreo de carbono ou seus componentes Id.tóxicos.

16 - Doenças causadas pelos derivados halogênicos tóxicos dos hidro- Id.carbonetos alifáticos ou aromáticos.

17 - Doenças causadas pelo benzeno ou seus componentes tóxicos. Id.

18 - Doenças causadas pelos derivados nitrados e amínicos tóxicos do Id.benzeno ou de seus homólogos.

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19 - Doenças causadas pela nitroglicerina ou outros ésteres do ácido Id.nítrico.

20 - Doenças causadas pelo álcool, o glicol, ou a cetona. Id.

21 - Doenças causadas por sustâncias asfixiantes: óxido de carbono, Id.cianureto de hidrogênio ou seus derivados tóxicos, hidrogênioou sulfurado.

22 - Afecção auditiva causada pelo ruído. Id.

23 - Doenças causadas pelas vibrações (afecções dos músculos, dos Id.tendões, dos ossos, das articulações, dos vasos sanguíneos perifé-ricos ou dos nervos periféricos).

24 - Doenças causadas pelo ar comprimido. Id.

25 - Doenças causadas pelas radiações- ionizantes. Todos os trabalhosque exponham àação de radiações

ionizantes.

26 - Doenças da pele causadas por agentes físicos, químicos ou bioló- Todos os trabalhosgicos, não considerados em outros pontos. que exponham ao

risco considerado

27 - Doenças da pele causadas pelo alcatrão, breu, betume, óleos Id.minerais, antraceno; ou os componentes, produtos ou resíduosdessas sustâncias.

28 - Câncer de pulmão ou doenças causadas pelo amianto. Id.

29 - Doenças infecciosas ou parasitárias contraídas numa atividade a) Trabalhos no cam-que implique um risco especial de contaminação. po da sanidade

e trabalhos de labora-tório.b) Trabalhos veteriná-rios.c) Trabalhos demanipulação deanimais, de cadávers,ou despojos deanimais; ou demercadorias quepossam haver sidocontaminadas poranimais, ou cadávers,ou despojos deanimais.

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A SAÚDE NO TRABALHO

A medicina do Trabalho é a disciplina encarregada de estudar e prevenir as doenças laborais ecomo princípio fundamental, é necessário dizer que sempre podem-se prever.

Para isto devemos levar em conta:1 - os antecedentes de saúde geral do trabalhador.2 - os antecedentes de trabalho e de exposição a riscos laborais.3 - a informação sobre a tarefa atual.4 - dados da vigilância ambiental e das provas biológicas, assim como dos produtos que utilizam-

se na tarefa.5 - a informação sobre os elementos de proteção pessoal e seu uso.

Se aparece alguma sintomatologia ou dano à saúde do trabalhador, deve-se saber:a - se o tabalhador relaciona seu problema de saúde com o trabalho.b - se os sintomas começam com o trabalho.c - se os sintomas desaparecem com o distanciamento do lugar de trabalho.d - se seus colegas possuem os mesmos sintomas.

Dado o caráter essencialmente preventivo desta disciplina, é importante conhecer os contaminan-tes do meio ambiente laboral e seu comportamento. Definimos como contaminantes aos agentespotencialmente prejudiciais para a saúde do trabalhador, classificando-os em:a - químicos: matéria inerte (gases, vapores, aerosois).b - físicos: energia mecânica (ruídos, vibrações), energia térmica (calor, frio), energia eletromagné-

tica (radiações).c - biológicos: organismos vivos (bactérias, virus, fungos, parasitos, etc.).

VIAS DE ENTRADA AO ORGANISMOA interação entre o tóxico e o organismo no caso de contaminantes químicos inicia-se numa zonado corpo em contato com o meio ambiente contaminado, constituindo a via de entrada, podendoser:

1 - Via Respiratória: ingressam por ela: pós, fumaças, aerosois, gases e vapores. As partículas demaior tamanho são retidas pelo muco da árvore bronquial, e eliminadas ao exterior involunta-riamente na inalação e com as expectorações. As de menor tamanho chegam ao alveolo pul-monar, produzindo dano local ou passando ao sangue, para sua posterior distribuição.

2 - Via Cutânea: muitas sustâncias produzem dano local na pele, enquanto que outras a atraves-sam e chegam também ao sangue para sua posterior distribuição.

3 - Via Oral: Existem sustâncias que encontram-se no meio ambiente laboral e que contaminamalimentos e bebidas e de forma acidental podem ingressar ao organismo, produzindo tambémlesões locais e/ou atrevessar as mucosas para chegar ao sangue e distribuir-se.

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DISTRIBUIÇÃOQuando o tóxico passa ao sangue, é distribuído a todo o organismo, dissolvido no plasma ou unidoàs proteínas plasmáticas.

ACUMULAÇÃOAs sustâncias depositam-se e acumulam-se num órgão, sendo em alguns casos, lugares de depósi-to (chumbo nos ossos, praguicidas no tecido oleoso); em outros, produzem efeitos locais.

METABOLISMOOs componentes químicos são alterados, transformando-se em produtos mais solúveis em água,para facilitar assim sua eliminação; em outros casos, transformam-se em produtos mais tóxicos queo original.

ELIMINAÇÃOÉ o processo contrário à absorção do tóxico; a maioria eliminam-se pela urina, inalterados ou meta-bolizados; outros eliminam-se pela bili, podendo ser reabsorvidos, e a maioria dos voláteis, o fazempor via respiratória.

EFEITOSOs efeitos podem ser agudos (aqueles detectáveis num período curto de exposição) ou crônicos(aqueles detectáveis depois de um período longo de exposição). Estes efeitos podem ser: irritativos,corrosivos, sensibilizantes, asfixiantes, anestésicos, neumoconióticos, cancerígenos e sistemáticos.

A SEGURANÇA NO TRABALHO

A Segurança é a técnica que está dirigida à redução dos riscos laborais, com a finalidade de evitara materialização de acidentes de trabalho e, caso se produza o acidente, diminuir as conseqüênciasdo mesmo para que seja mínima. Classifica-se em Preventiva (evita o acidente) e Protetora (evita alesão).

Para que a Segurança Laboral seja efetiva, deve basear sua atuação em técnicas de intervenção.Não deve ser impulsiva e deve ter objetivos claros. Em resumo, as ferramentas de trabalho não sãomateriais, senão intelectuais, pelo qual o limite da nossa atuação é nossa própria capacidade inte-lectual, assim como a formação correta e atualizada, que nos proporcionem os elementos técnicosindispensáveis para desenvolver-nos o mais corretamente possível.

A mínima informação que necessita para identificar um risco como potencial acidente é:1 - a forma previsível do acidente.2 - o agente material que determina o acidente.3 - as causas de risco ou os fatores que podem desencadear o acidente.

O risco fica suficientemente definido por três fatores básicos:A) As conseqüências: resultado normalmente esperado em caso de produzir-se o acidente (físicos

ou materiais).

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B) A exposição: tempo real ou freqüência de exposição de risco.C) A probabilidade que o acidente aconteça.

A Segurança no Trabalho deve levar em conta:1 - proteção da maquinária, de forma tal que esta não seja um risco para o trabalhador ou os

outros operários em seu entorno.2 - proteções pessoais adequadas ao trabalho que se realiza.3 - conscientização do pessoal quanto aos riscos, detectação e eliminação dos mesmos.4 - proteção do meio ambiente laboral.

MAQUINÁRIA: tanto as maquinárias como as ferramentas devem ser as adequadas para cada tra-balho, devem possuir as proteções de segurança correspondentes e devem ser conferidas periodi-camente.

Posto fixo: distribui-lo de forma tal que os elementos que se utilizem mantenham uma harmoniaque proporcione liberdade ao trabalhador, sem colocá-lo em risco e que ofereça garantias totais.

Posto móvel: em todos os casos as conexões devem ser de caráter permanente.

TRABALHADOR: deve-se proporcionar aos trabalhadores a proteção adequada de acordo com ocontaminante em jogo, para que realizem o trabalho de forma saudável.

Os elementos de proteção pessoal devem cumprir com o seguinte:• devem ser a última barreira entre o indivíduo e o risco;• devem ser complementários da proteção coletiva;• somente devem utilizar-se quando é impossível aplicar outros sistemas de prevenção;• possuem uma vida limitada e devem manter-se sempre limpos e em boas condições de uso;• seu uso sempre deve ser individual e da forma adequada;• devem ser adequados para reter o contaminante ao que estamos expostos.

É importante que para trabalhar em qualquer máquina ou com qualquer ferramenta, os operáriostenham os conhecimentos e a apredizagem necessários para seu correto funcionamento em con-dições de segurança, assim como o conhecimento das doenças profissionais, a checagem de suasaúde contemplada em programas de monitorização biológica através de um corpo médico res-ponsável.

AMBIENTE: o ambiente deve possuir condições seguras e saudáveis, com a monitorização ambien-tal que garanta o cumprimento da tarefa com o menor risco possível, bem como a localização dasmaquinárias, o dispor de espaços de trabalho adequados, o controle dos conjuntos de proteçãopessoal, o sistema de ventilação adequado, etc. O local de trabalho deve estar seco e livre de obs-truções, com boa iluminação e ventilação adequada.

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A ERGONOMIA

A idéia de adaptar as condições de trabalho às necessidades e aptidões do ser humano não é nadanovo; no entanto, sua visão científica é algo mais recente, e constitui o objeto próprio de umanova especialidade: a Ergonomia. Existem várias definições em relação à Ergonomia:� Tecnologia que se encarrega das relações entre o homem e o trabalho.� Técnica que busca uma harmonização entre o homem e o ambiente físico que o rodeia.� Analisa as condições de trabalho no que diz respeito ao aspecto físico de trabalho (ambiente

térmico, ruído, vibrações, iluminação, posturas, desgaste energético, carga mental, fadiga ner-vosa, carga de trabalho) e tudo aquilo que possa colocar em perigo a saúde dos trabalhadores,seu equilíbrio psicológico e nervoso.

� Método científico para adaptar o trabalho ao homem (O.I.T., 1961).

Na ergonomia podemos encontrar diferentes tipos:

• Do posto de trabalho e de sistemas: refere-se ao estudo concreto e exaustivo das relações entreum homem e uma máquina. A ergonomia de sistemas homens-máquinas estuda conjuntos deelementos humanos e não humanos submetidos à interação entre eles. Primeiro deve-se começarcom a ergonomia de sistemas e depois continuar com a de postos de trabalho.

• De concepção e corretora: a primeira é quando o sistema que se estuda não existe ainda narealidade; é a ergonomia em fase de projeto e procura conseguir o desenho ótimo dos sistemashomens-máquinas. Na segunda, estuda-se um sistema já realizado e tenta aperfeiçoá-lo, corrigin-do-o.

• Geométrica: muito utilizada para delimitar campos de aplicação e desenvolvimento. Implica oestudo das relações entre o homem e as relações métricas e posicionais do posto de trabalho, paraadequá-las otimamente e ao máximo conforto. O conforto geométrico possui três aspectos funda-mentais: o conforto posicional (resultado de uma adequada interação entre o posto de trabalho eo corpo humano, dirigido ao desenho de postos de trabalho e a determinar as posturas mais ade-quadas); o conforto cinético-operacional (resultado do movimento muscular e sua forma de trabal-ho em relação ao acoplamento à tarefa) e a relação de segurança (dirigida à proteção frente aoselementos agressivos da máquina).

• Ambiental: estuda as relações entre o homem e o meio ambiente que incidem sobre ele, condi-cionando seu estudo de saúde e de conforto

• Temporal: busca o bem-estar do trabalhador em relação aos tempos de trabalho; estuda horários,tempos de jornada, otimização das pausas e descansos, ritmos de trabalho, avaliando a relaçãofadiga-descanso em seus aspectos físicos e psíquicos.

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CONTROLE DO MEIO AMBIENTE LABORAL

Nos finais do século XIX e começo do XX, com a Revolução Industrial e a nova tecnologia, surgemas primeiras disposições legais sobre prevenção e portanto, uma nova disciplina: a Higiene Indus-trial. Podemos defini-la como a disciplina preventiva das doenças laborais, mediante o controle dapresença de agentes nocivos no meio ambiente de trabalho, isto é dos Monitoramentos Ambien-tais.

Sua metodologia de ação, poderíamos pontualizar em:1 - Identificação: de que sustância ou elemento trata-se.2 - Medição: que quantidade existe dessa sustância no meio.3 - Valoração: comparação de resultados (define a situação: segura ou perigosa).4 - Correção ambiental: modificações, substituições, ventilação, EPP, etc.5 - Controle periódico e avaliação.

Utilizam-se aparelhos específicos para a medição dos diferentes contaminantes, como por exem-plo, o sonômetro (ruído), o termômetro de bulbo úmido (temperatura), o luxômetro (iluminação),diferentes variedades de detectores e dosímetros (radiações e sustâncias químicas), etc.Seugem então guias de controle de risco ambiental para a saúde dos trabalhadores. São recomen-dações que não significam necessariamente linhas de separação entre a segurança e o perigo, masque levando-as à prática permitem que não se produzam danos graves à saúde. Estes guias conhe-cem-se como Valores Limites Umbrais (TLV, Thershold Limit Values). Os TLVs indicam os valoreslimites de concentração de sustâncias químicas e de riscos físicos, sendo os mais utilizados:1 - TLV-TWA: concentração média ponderada no tempo para uma jornada de trabalho de 8 horas

diárias e 40 horas semanais, às que podem estar expostos os trabalhadores sem efeitos adver-sos.

2 - TLV-STEL: concentração à qual os trabalhadores podem estar expostos durante um curto espaçode tempo (15 minutos) sem sofrer danos.

3 - TLV-C: concentração que não deve ultrapassar em nenhum momento da jornada de trabalho.Estes limites variam conforme a sustância envolvida, e a via de ingresso, considerando em gerala absorção por via inalatória e cutânea. As concentrações podem-se expressar em ppm (partespor milhão) ou mg/m3 (miligramos por metro cúbico de ar).

CONTROLE DA SAÚDE DO TRABALHADOR

Uma vez realizados os controles do meio ambiente e as correções possíveis dos riscos presentes, énecessário tomar medidas que garantam que os trabalhadores não estão contaminados ou preve-ni-los da contaminação ou dano físico posterior. Isto é realizado através dos Monitores Biológicospara o qual realizam-se análises de urina, sangue ou ar exalado do trabalhador, sendo importantea coleta da amostra e o tempo de realização: antes de começar o turno (16 horas sem exposição),no começo da semana de trabalho (24 horas sem exposição) e no final da semana de trabalho(depois de 5 dias de exposição).

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Os índices biológicos de exposição (BEI) servem como valor de referência, propostos como guia, aoigual que os TLVs, para a avaliação do risco potencial presente no ambiente de trabalho. Estesindicadores aplicam-se para exposições de 8 horas diárias e 40 horas semanais.

O contole biológico deve-se considerar sempre complementário do ambiente. Deve usar-se paracomprovar a amostragem ambiental e a eficácia das medidas adotadas para o controle de riscospor exemplo, os elementos de proteção pessoal (EPP). Não deve-se tomar nenhuma determinaçãode um resultado inesperado procedente de uma medida isolada, senão nas realidades de umaamostragem múltipla.

MAPAS DE RISCO

Os mapas de risco possuem como fundamento o fato de possuir um conhecimento real, permanen-te e atualizado das condições de trabalho diretamente relacionadas com os fatores de risco laboral.O mapa de risco permite localizar, avaliar e conhecer a exposição à qual estão submetidos os trabal-hadores. A informação deve ser sistemática e atualizável, com a finalidade de adequar continua-mente as atividades preventivas.

Estes fatores serão avaliados pelos trabalhadores através dos “grupos homogêneos”, constituídospelos grupos de homens que realizam, dia a dia, a mesma experiência de trabalho, que recuperama experiência dos mais velhos e a transmitem aos novos. Estes grupos, mediante consenso, aceita-rão ou rejeitarão uma determinada situação de risco; chama-se “validação consensual”.

A subjetividade dos trabalhadores é contrastada com os estudos técnicos sobre um risco determi-nado, dando lugar à “subjetividade objetivada». Mediante este método é possível criar um registrode dados ambientais, assim como dos danos sanitários.

São necessários como requisitos para a confecção de um mapa de risco: um aparelho de trabalhomultidisciplinário, a participação dos trabalhadores, informação estatística disponível, sistemas decodificação unificados e válidos, assim como o apoio informático.

Considera-se então, de grande importância que cada lugar de trabalho possua um mapa de riscos,com a identificação de todos os fatores perturbadores da segurança e da saúde dos trabalhadores.

PRIMEIROS SOCORROS

Nos lugares de trabalho onde praticam-se as normas de segurança, o número de acidentes detrabalho se manterá a baixo nível. No entanto, sempre existe a possibilidade de que se produzaalguma lesão. Os mais comuns são os traumatismos (cortes, esguinces e distensões, golpes oucontusões), os ferimentos e as queimaduras.

O número de lesões dependerá de adotar e colocar em prática, por parte da empresa e dos trabal-hadores, as mormas de segurança laboral, de acordo com o tipo de trabalho. A natureza das lesões

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que possam-se produzir, dependerá dos processos e tipo de trabalho, assim como da localizaçãogeográfica da empresa e o acesso a serviços assistenciais de forma imediata.

Portanto, o conhecimento dos primeiros socorros por parte da empresa e dos trabalhadores, éimportante em qualquer e em todo lugar de traballho. É fundamental que os trabalhadores secapacitem para a aplicação dos mesmos e contar com os elementos mínimos necessários numamaleta de primeiros socorros para atuar de forma imediata quando se produza alguma situaçãoque possa colocar em risco a vida das pessoas.

A aplicação dos primeiros socorros diante de um acidentado, realiza-se com o objetivo de salvar avida do mesmo, evitando provocar lesões adicionais à pessoa ou a quem está auxiliando.

A continuação descrevem-se alguns procedimentos para tratar diferentes tipos de acidentes. A des-crição destes procedimentos é de caráter unicamente informativo. Antes de começar com qualquerprocedimento de tratamento de acidentes ou similar, é importante receber treinamento e/ou con-sultar um profissional devidamente certificado, da área da saúde.

TRAUMATISMOS ÓSSEOS

1- De crâneo:� Com perda de conhecimento:

• Movimento em bloco.• Deixá-lo em posição lateralizada.• Chamar um médico urgentemente.

� Sem perda de conhecimento• Deve-se observar se a pessoa está acordada, com tendência ao sono, excitada, com perda de

memória, se existe um escorrimento de líquido claro pelo nariz ou ouvidos.• Se existe ferida na cabeça, aproximar as bordas da ferida, não pressionando contra o osso do

crâneo.

2 - De coluna:� Em qualquer acidente que se desconfie de lesão de coluna, para prevenir a lesão da medula

espinhal, é necessário imobilizar a coluna, mobilizando a pessoa em bloco, colocando-a bocapara cima sobre uma superfície plana e rígida, evitando o giro da cabeça com elementos decontensão em ambos lados da mesma.

� Se está consciente ou não, ante o risco de vômito, ao estar sujeitada numa superfície plana,esta deverá ser lateralizada.

3 - De tórax:� Mobilizar em bloco, já que um mal movimento pode provocar uma perfuração de pulmão.

4 - De pelvis:� Mobilizar em bloco, já que pode ocorrer uma hemorragia interna ou uma lesão de bexiga.

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5 - Membros superiores e inferiores:� Manter o alinhamento do osso com tabuinhas de contensão, amarrando as ataduras sobre as

tabuinhas e não sobre a fratura.

FERIDAS COM HEMORRAGIAS

1 - Hemorragias externas� Comprime-se em forma direta até conseguir parar o sangramento.� Contida a hemorragia, se é possível, realiza-se a lavagem da zona por arrastamento e com água

e sabão neutro.� Se é algum dos membros, comprimi-los e elevá-los.� Em caso de lesão de uma artéria, comprimir a zona por 30 minutos no mínimo, até a chegada do

médico.� Nas lesões venosas (varizes), aplica-se pressão digital com elevação do membro e enrola-se a

perna com atadura elástica suave.� Diante de uma lesão com vidro, ferro ou madeira cravada no abdomem, etc., é fundamental não

retirar o elemento causante da lesão e tentar mentê-lo fixo com esparadrapo.� Se existe amputação, é necessário pensar no reimplante; eleva-se a zona da amputação, faz-se

compressão na zona amputada. A parte amputada conserva-se em gazes estéris umedecidascom soro ou água fervida fria, coloca-se num recipiente limpo, seco e selado (ex: sacola plástica)num refrigerador a 4º ou deixa-se escorrer água fria por fora (nunca sobre gelo nem no conge-lador).

1 - Hemorragias internas� São muito importantes, devido a que a sangue fica no corpo e pode gerar un shock, o qual pode

derivar num coma.

QUEIMADURAS

1 - Por calor (líquidos ferventes, explosões, fogo, etc.):� Devem-se cortar as roupas sem arrastá-las sobre a ferida.� Aplica-se água fria ou panos frios sobre as zonas queimadas, para diminuir a dor e evitar que o

calor aumente a lesão, cuidando para não provocar uma hipotermia.� Não deve-se aplicar nenhum produto (cremes, pomadas, desinfetantes, etc.) sobre a lesão.� Devem-se conservar intactas as bolhas (flictenas); se existe alguma já estourada, deve-se lavar ou

cobrir com material estéril ou limpo.� Se a lesão é no rosto, a pessoa deverá permanecer sentada.� Se é em braços ou pernas, colocam-se elevados em forma funcional.� É necessário informar a quem o transladar sobre: com que se queimou, tempo que leva desde o

acidente e as medidas de primeiros socorros realizadas.� Se é por fogo direto, é importante saber se houve inalação de fumaças, pela possibilidade de

lesões térmicas ou químicas das vias respiratórias ou de intoxicação.

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2 - Por frio:� É importante saber a intensidade, o tempo de exposição e o grau de umidade.� Deve-se colocar roupa seca não muito quente (passar da hipotermia ao calor de forma brusca

pode gerar transtornos cardíacos).

3 - Por químicos (ácidos, álcalis):� Em forma imediata, deve-se retirar a roupa e lavar por arrastamento com abundante água.� Em queimaduras oculares por álcalis (partículas ou líquidos), lavar profusamente com água (sem

pressão, suavemente), durante 20 minutos no mínimo, enseguida vira-se a pálpebra, procurandopartículas que possam extrair-se com um hissope de algodão úmido e logo cobre-se e deve sercontrolado por oftalmologista.

4 - Por eletricidade:� Importa a intensidade e a voltagem, sendo mais perigosas ao aumentar estas variantes.� Deve-se liberar a vítima da corrente, protegendo-se devidamente o resgatador; pode-se desco-

nectar a fonte, cortando o fio com um machado seco e com cabo de madeira ou pode-se retirar avítima utilizando roupa seca, borracha ou outros elementos não conductores.

� Se a pessoa está sem respiração e sem pulso, iniciar a reanimação cardiorespiratória.

OBSTRUÇÕES DA VIA RESPIRATÓRIA EM PESSOAS CONSCINTES

� Pode ser com comida, ossos, prótese dental, etc.� Utiliza-se a manobra de Heimlich (compressão do diafragma na altura da boca do estômago):

• Se é um adulto, deve-se colocar atrás da pessoa; passar os braços ao redor da cintura;coloca-se o punho com o polegar em direção à parede do abdomem, tomando este punhocom a outra mão; realizam-se 5 compressões fortes e firmes para cima, repetindo estaoperação até ter éxito;

• Esta manobra pode-se realizar também no chão, caso a pessoa desmaie: com a pessoaboca para cima e a cabeça de lado, realizam-se 5 compressões com o calcanhar da mão nodiafragma.

CRISE CONVULSIVA

� Ajudar à pessoa na caída, segurando-a suavemente.� Retirar tudo com o que possa se bater.� Não sujeitá-la .� Não tentar abrir a boca nem colocar nada nela.� Esperar até que a crise passe.� Quando a crise passou, colocar com suavidade a cabeça de lado, para facilitar a saída de saliva.� Sempre deve ser vista por um médico.

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DESMAIOS

� Podem ser precedidos de palidez, suor, salivação, visão apagada e pulso rápido e fino.� Ao desmaiar, há uma inconsciência, pupilas dilatadas, pulso lento e fraco, podem haver movi-

mentos anormais, perda de urina, etc.� Colocar a cabeça de lado, ambas pernas levemente elevadas e afrouxar as roupas se estão muito

justas e não dar nada para cheirar.

REAÇÕES ALÉRGICAS

� Deve-se investigar que elemento foi o fator causador da alergia (picaduras, alimentos, pinturas,etc.).

� Observar a pele (vergões, inchação, etc.) e as vias aéreas superiores (mudanças na voz, sensaçãode garganta fechada, dificuldade para respirar.)

REANIMAÇÃO CARDIORESPIRATÓRIA

1 - Avaliação: saber se há ou não consciência, se respira e se tem pulso.� Se está inconsciente e possui pulso e respira, colocá-la em posição de segurança e pedir ajuda.� Se está inconsciente, não respira e não tem pulso, coloca-se a pessoa numa superfície plana e

dura, cuidando ao movimentá-la, para proteger sua coluna cervical.

2 - Manobras de reanimação:� Respiratória:

• Limpar a boca, colocar a cabeça em hiperextensão (queixo para cima e testa para atrás).• Abrir a boca, tapar o nariz, e insuflar ar pela mesma com duas respirações plenas, observar a

elevação do tórax.• Soltar nariz e boca e observar a descida do tórax, escutar saída de ar• Em caso de lesão de boca, será dada respiração pelo nariz.

� Cardíaca:• Para realizar a massagem cardíaca, apoia-se o calcanhar das mãos sobre o esterno (da ponta

deste para cima aproximadamente 4 cm) com os braços esticados, cotovelos juntos, ombrospor cima das mãos, realizando movimentos de pistom com os mesmos, utilizando a força dotronco, comprimindo aproximadamente 5 cm com suavidade e firmeza. A compressão e arelaxação devem ter o mesmo ritmo e tempo de duração.

� Reanimação respiratória e cardíaca com uma única pessoa:• Coloca-se do lado do acidentado, à altura do tórax, de maneira de poder efetuar ambas

reanimações.• Começa-se pela respiração, dando duas respirações seguidas de 15 compressões. Depois de

terminadas , comprovar se existe pulso e se respira espontaneamente; caso não seja assim,continuar as manobras até que o pulso e a respiração estejam normais ou até que chegue omédico.

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� Reanimação com duas pessoas:• Uma realizará a respiração e a outra a massagem cardíaca. A pessoa que dá as respirações

coloca-se à altura da cabeça e a que dá a massagem à altura do tórax.Começa-se com a respiração, duas respirações seguidas de 5 compressões e continua-secom uma respiração e cinco massagens, sempre controlando a saída de ar e pulso, paraconstatar a efetividade das manobras.

• Devem-se continuar as mesmas até que apresente respiração e pulso espontâneo ou até achegada do médico.

Em todos os lugares de trabalho deve existir uma maleta de primeiros socorros com as seguintescaracterísticas:

� Deve estar num lugar visível, ao alcance de todos os trabalhadores;� Não deve estar trancado com chave;� De acordo ao número de trabalhadores e à area física de trabalho, pode haver mais de um;� Deve ser manejável e portátil;� Deve conter no mínimo:

• Ataduras elásticas;• Ataduras de gaze;• Esparadrapo;• Gazes;• Elementos de contensão (tabuinhas);• Tesoura;• Antissépticos;• Algodão;• Analgésicos via oral:• Sabonete neutro;• Luvas descartáveis.

PREVENÇÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL

Quando falamos em «prevenção» nos lugares de trabalho, estamos nos referindo freqüentementea compromisso. Um compromisso que é o produto da confrontação de diferentes interesses, mui-tas vezes contraditórios. Nos ambientes laborais dominados pelos imperativos da produção, a pre-venção dá prioridade ao homem, a sua saúde, a salvaguarda do seu equilíbrio e de sua integridadefísica, mental e social. O trabalhador converte-se no ponto de referência constante.

A prevenção deve buscar a saúde dos trabalhadores, minimizando os efeitos negativos e favorecen-do os positivos do trabalho e levando em conta as mudanças no mundo laboral; isto implica nanecessidade de um novo enfoque, o que preconiza o tratamento multi e interdisciplinário, onde ostrabalhadores e empregados aportam suas experiências e conhecimentos, e trabalham de formaconjunta com os técnicos (o médico em saúde ocupacional, o técnico em segurança, o psicólogo,o arquiteto, o engenheiro), no diagnóstico dos riscos ocupacionais, assim como na elaboração deestratégias para melhorar as conições e os meio ambientes de trabalho.

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Neste sentido, os Serviços de Saúde no Trabalho constituídos em forma multidisciplinária, configu-ram em elemento muito importante para o desenvolvimento da prevenção dos riscos laborais nosambientes de trabalho. As funções destes Comitês são a divulgação e informação dos trabalhado-res (promoção da Segurança e Higiene), a investigação de acidentes de trabalho e doenças profis-sionais, os monitoramentos ambientais e biológicos e o controle da informação.

É importante que no âmbito laboral defina-se uma política clara de prevenção de riscos laborais eque se comunique a todo o pessoal, inclusive que hajam instruções precisas sobre os procedimen-tos a executar, assim como a informação e capacitação em Saúde e Segurança de todos os trabalha-dores.

Um programa de preveção de riscos ocupacionais de qualquer lugar de trabalho, necessariamentedeve conter, no mínimo, os seguintes pontos:

• Informação ao pessoal sobre a tarefa a realizar e as normas de segurança.• Desenho ergométrico do lugar de trabalho, assim como dos aparelhos e mobiliário.• Manutenção das máquinas e ferramentas .• Manutenção elétrica.• Boa higiene do local de trabalho.• Iluminação adequada, em qualidade e distribuição.• Ventilação e temperatura adequadas.• Recipientes de lixo em quantidades e situação adequadas.• Possuir, manter e utilizar os elementos de proteção pessoal adequadamente.• Serviços do pessoal adequados.• Monitoramento ambiental e vigilância médica do pessoal.

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A SAÚDE E SEGURANÇA NA OFICINA MECÂNICA

Uma oficina mecânica é um lugar de trabalho no qual coexistem diferentes ocupações ou tarefas,que vão desde reparações mecânicas ou elétricas, reparações de carroçarias, incluindo pintura etratamento de chapa.

Neste sentido, devemos destacar que a exposição a riscos laborais pode ser de caráter diverso,podendo ser derivado:

� Das condições de segurança.� Do meio ambiente físico de trabalho.� Da utilização de sustâncias químicas.� Da carga física de trabalho.� Da organização do trabalho.

Dependendo do tamanho da oficina e das atividades que se desenvolvem, deve-se dispor de umacerta variedade de ferramentas e aparelhos, incluindo geralmente: macacos, plataformas hidráuli-cas, lâmpadas e trados elétricos portáteis, máquinas-ferramentas pequenas, uma coleção de chavese outras ferramentas manuais, serviço de ar comprimido, aparelho de solda, fossa, e em algunscasos, até cabinas para pintura com pistola e uma seção de carga de baterias. Isto traz como con-seqüência a alta possibilidade de ter acidentes de trabalho (cortes, lacerações, contusões, corposestranhos nos olhos, etc.); além disso, a maior parte das máquinas possuem como principal fonteenergética a eletricidade, pelo qual o risco elétrico é importante e deve ser levado em conta. Tam-bém a possibilidade de acidentes de trabalho está relacionada com a permanência de elementosde trabalho, assim como com os resíduos líquidos, que geralmente são freqüentes.

Além disso, a possibilidade de incêndios e explosões são freqüentes, pela combustão acidental dealgodões embebidos em combustível e de sustâncias químicas (utilizadas fundamentalmente comodesengordurantes) ou de vapores de gasolina.

A explosão de pneumáticos pode projetar os dispositivos de sujeição e causar graves lesões durantea reparação ou manutenção, especialmente durante o enchimento.

Dentro do meio ambiente físico, os fatores mais destacados que incidem na saúde destes trabalha-dores, são o ruído e as vibrações geradas pelas máquinas, motores ligados, etc., os que levam aadquirir determinadas doenças profissionais (surdez, problemas reumáticos e vasculares de origemlaboral).

Em relação aos contaminantes químicos, utillizam-se múltiplas sustâncias com diferentes finalida-des, mas todas de uma toxicidade realmente importante. Além disso, durante sua utilização, asmesmas transformam-se em gases, vapores, fumaças e pós, e ingressam ao organismo por via respi-ratória. Entre elas temos:

� Os solventes (derivados do petróleo, extremamente voláteis e inflamáveis), utilizados mui-to freqüentemente pelo seu uso como desengordurantes, para limpeza de máquinas e

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ferramentas; podem ser causa de intoxicações agudas ou de doenças profissionais bemdeterminadas; são tóxicos que afetam qualquer parte do organismo, fundamentalmente oaparelho digestivo, o sistema nervoso central e periférico e além disso provocam a irritaçãodas vias respiratórias pelas quais ingressam ao corpo (aparato respiratório e pele).

� Os combustívies, se bem são derivados também do petróleo e produzem os mesmos efei-tos que os solventes, é muito importante ressaltar que são misturas e portanto, estão com-postos por vários solventes e metais, dando a possibilidade de intoxicações cruzadas e demanejo mais complexo.

� O chumbo é o outro grande contaminante químico que encontramos nas oficinas mecâni-cas, já que este metal encontra-se na gasolina (tetraetilo de chumbo), nas baterias (chum-bo metálico e óxido de chumbo), o mínio (tetraóxido de chumbo), etc. O chumbo, sejaqual for sua apresentação, é um irritante e de uma toxicidade importante, afetando todo oorganismo, gerando a doença profissional conhecida como saturnismo.

� O ácido sulfúrico é um componente das baterias, que deve ser levado em conta, por ser umirritante e cáustico das vias respiratórias, provocar queimaduras na pele, úlceras na córneae além disso, um tóxico sistêmico.

� O monóxido de carbono é um gás sem cheiro, presente de forma quase constante emqualquer oficina mecânica e produz uma intoxicação aguda, que se não é tratada a tem-po, provoca a morte do trabalhador.

� Os líquidos de freio contém glicerina e álcool e provocam lesões irritantes nas mucosasoculares, fundamentalmente.

� O pó é outro dos elementos a levar em conta, principalmente quando estejam realizando-se reparações em embreagens ou em freios, ou quando trocam-se discos de freios; peloconteúdo de fibras de asbesto nos mesmos, e como sabe-se, este contaminante além deprovocar problemas respiratórios, produz câncer de pulmão.

� As resinas epóxi, que são utilizadas no polimento e com agentes endurecedores nas colas,são irritantes para os olhos e a pele, além de hipersensibilizar o trabalhador.

O tema das posturas que devem-se adotar em determinadas situações, assim como os esforçosexcessivos, os movimentos ou esforços repetitivos e os falsos movimentos, são os causantes damaioria das afecções osteomusculares, das que são portadores os trabalhadores desta atividade(doenças lumbágicas e ciáticas, hérnias, torceduras, desgarres musculares, etc.).

É freqüente que para atender às necessidades dos clientes, os mecânicos tenham que trabalhardurante muitas horas, durante os dias de descanso e em períodos de riscos laborais.

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Dada a multiplicidade de riscos aos que estão submetidos os trabalhadores desta atividade, faz-senecessária a implementação de um programa de saúde ocupacional ou de prevenção de riscoslaborais, o qual implica:

� A informação ao pessoal sobre o trabalho a realizar, as normas de segurança e as normasde higiene pessoal.

� Uma ergonomia de desenho ou corretora dos postos de trabalho.� A normalização dos trabalhos em cada posto.� Uma boa ventilação e iluminação dos locais de trabalho.� O controle e manutenção das máquinas e ferramentas.� A boa sinalização.� A existência de extintores adequados, acessíveis e bem sinalizados.� Depósitos adequados para os resíduos sólidos e líquidos.� Uma boa higiene e ordem do local.� O uso e a manutenção dos elementos de proteção pessoal (EPP) adequados.� O monitoramento ambiental dos riscos.� A vigilância médica do pessoal.