100

Enigma assustador

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Depressão, suícideio, despreso, angustia

Citation preview

Page 1: Enigma assustador
Page 2: Enigma assustador
Page 3: Enigma assustador
Page 4: Enigma assustador

8

28

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

É com esta frase que o juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados Zaloar Murat Martins abre a entrevista concedida à Haley.

A morte súbita é uma das principais causas de óbitos em crianças com até 1 ano de idade. A prevenção está na forma como elas dormem.

Conheça um pouco da história de superação e dedicação de Valéria Araújo, jornalista.

Há cinco mil anos os chineses já usavam a acupuntura para alcançar efeitos terapêuticos, aliviar dores e até na cura de doenças.

Artigo Flavio Fagundes

Se toda vez que você entra em contato com pó, ácaros ou fu-maça vem aquela louca vontade de espirrar, atenção, você sofre de rinite alérgica.

Médicos garantem que um tratamento adequado de proble-mas psicológicos pode evitar o suicídio e dar sentido à vida das vítimas.

Sobrancelhas arqueadas, olhar fi xo ou cabisbaixo, caretas, balanço das mãos. É o seu corpo dizendo o que se passa sem você perceber.

“A família é a instituição básica”

Eu faço caras e bocas

Carta do leitor

Hora do recreio!

Teoria X Prática

Na ponta da agulha

Descobrindo a Ciência!

Você já sorriu hoje?

Segredo! Não conte a ninguém

Nariz alérgico

Garanta um sono dos anjos

Minha história

10

162024

2632

38

46

36

12

14

índice

30motivospara ler!

Enigma assustadorCAPA

42

52

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.pag.pag.pag.

pag.

Uma das melhores maneiras de se proteger as baleias é com a criação de santuários em áreas delimitadas nos mares.

Corpo de Bombeiros de Dourados-MS, alerta para o aumento nos casos de afogamento no período de calor.

No Brasil, quinto maior território terrestre do mundo, o uso desequilibrado de adubos e fertilizantes pode trazer sérias consequências.

Intoxicação, queimaduras, carrapatos são alguns dos perigos que podem estar no quintal de casa e prejudicar a saúde dos bichinhos de estimação.

Terra fértil

Espeleo o que?Por que defendemos as baleias?

Olhos no turismoÁlcool ou gasolina?

Crítica de Mídia

Eles disseram

Fique por dentro

Dicas de Segurança

Veja os cuidados que devem ser tomados!

Jesus Cristo, o Príncipe da PazManoel de Barros, carnes, ossos e poesias...Março, mais mulherVIDA - uma dádiva vinda de Deus

Quintal em segurança

5660

646872747678

80869094

Page 5: Enigma assustador

8

28

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

É com esta frase que o juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados Zaloar Murat Martins abre a entrevista concedida à Haley.

A morte súbita é uma das principais causas de óbitos em crianças com até 1 ano de idade. A prevenção está na forma como elas dormem.

Conheça um pouco da história de superação e dedicação de Valéria Araújo, jornalista.

Há cinco mil anos os chineses já usavam a acupuntura para alcançar efeitos terapêuticos, aliviar dores e até na cura de doenças.

Artigo Flavio Fagundes

Se toda vez que você entra em contato com pó, ácaros ou fu-maça vem aquela louca vontade de espirrar, atenção, você sofre de rinite alérgica.

Médicos garantem que um tratamento adequado de proble-mas psicológicos pode evitar o suicídio e dar sentido à vida das vítimas.

Sobrancelhas arqueadas, olhar fi xo ou cabisbaixo, caretas, balanço das mãos. É o seu corpo dizendo o que se passa sem você perceber.

“A família é a instituição básica”

Eu faço caras e bocas

Carta do leitor

Hora do recreio!

Teoria X Prática

Na ponta da agulha

Descobrindo a Ciência!

Você já sorriu hoje?

Segredo! Não conte a ninguém

Nariz alérgico

Garanta um sono dos anjos

Minha história

10

162024

2632

38

46

36

12

14

índice

30motivospara ler!

Enigma assustadorCAPA

42

52

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.

pag.pag.pag.pag.

pag.

Uma das melhores maneiras de se proteger as baleias é com a criação de santuários em áreas delimitadas nos mares.

Corpo de Bombeiros de Dourados-MS, alerta para o aumento nos casos de afogamento no período de calor.

No Brasil, quinto maior território terrestre do mundo, o uso desequilibrado de adubos e fertilizantes pode trazer sérias consequências.

Intoxicação, queimaduras, carrapatos são alguns dos perigos que podem estar no quintal de casa e prejudicar a saúde dos bichinhos de estimação.

Terra fértil

Espeleo o que?Por que defendemos as baleias?

Olhos no turismoÁlcool ou gasolina?

Crítica de Mídia

Eles disseram

Fique por dentro

Dicas de Segurança

Veja os cuidados que devem ser tomados!

Jesus Cristo, o Príncipe da PazManoel de Barros, carnes, ossos e poesias...Março, mais mulherVIDA - uma dádiva vinda de Deus

Quintal em segurança

5660

646872747678

80869094

Page 6: Enigma assustador

Saindo do forno a 10ª edição da sua Revista Ha-ley... Para aqueles que duvidavam, estamos aqui, sim! E este mês trazemos de capa uma reportagem muito especial sobre o suicídio. Assunto enigmático, polêmi-co, motivo de dor para milhares e milhares de pessoas e que, principalmente, continua sendo um tabu peran-te a sociedade.

Apoiados em teóricos da comunicação que anali-sam a difícil abordagem do tema na mídia, optamos em fazer uma matéria em que seu foco é a prevenção do suicídio e ainda apontar quais são os caminhos para o tratamento. Tudo isso para não favorecer influências negativas por meio da reportagem.

A entrevista da edição deste mês busca responder a seguinte pergunta: ‘Como transformar a realidade de milhares de crianças e adolescentes que, diaria-mente, estão expostos a algum tipo de violência? Por isso, escolhemos o juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados Zaloar Murat Martins, que busca, cons-tantemente, garantir a criança os direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente e possibilitar oportunidades e condições de dignidade.

Fizemos ainda uma homenagem ao poeta Manoel de Barros, que nos recebeu amavelmente em sua re-sidência na cidade de Campo Grande e abriu o cora-ção a nossa equipe de reportagem.

Essas são algumas das surpresas que trazemos a você, nesta edição de março. Além disso, gostaríamos de convidar todos os nossos leitores a acompanhar a Haley também virtualmente no nosso endereço eletrônico: www.revistahaley.com.br. Lá, você pode participar da enquete, deixar comentários nas maté-rias e não se esqueça de mandar sua sugestão para a nossa redação. O e-mail é redaçã[email protected].

Aprecie a leitura e temos um encontro marcado na próxima edição. Até lá!

DIRETORIA EXECUTIVA: João dos Santos / Ailton DiasDIRETOR ADMINISTRATIVO: João dos SantosDIRETORIA FINANCEIRA: Claudete dos SantosCONSELHO EDITORIAL: Ailton Dias / João dos Santos Claudete dos SantosREDAÇÃO: Maria Alice Campagnoli Otre / Caroline Oliveira / Ellen KotaiCOLABORADORES: Flávio Fagundes / Franz Maciel Mendes / Silva Junior / Miriam Névola / Ana Paula Batista / Franciele Oliveira / Helton Costa REVISÃO: Rafaela BonardiFOTOGRAFIA: Ellen KotaiCAPA FOTO-MONTAGEM: Thomas HenriqueDIREÇÃO DE ARTE: Acácio Junior / Thomas HenriqueCHEFE DE IMPRESSÃO: Fernando HostonDIAGRAMAÇÃO: Acácio Junior / Thomas HenriqueASSINATURAS: Ozeni Silva Ferbonio - 67•3425-7264CARTAS À REDAÇÃO: [email protected]

PARQUE GRÁFICO:Marindress Editora Gráfica Ltda.

R. Raul Frost, 2680 - Parque Nova DouradosCEP 79840-280 - Dourados-MS

67 • 3425.7264

A Revista Haley é da Marindress Editora Gráfica. É proibida a re-produção de reportagens e anúncios sem autorização. Os anúncios e ofertas são de inteira responsabilidade dos anunciantes. Os artigos publicados refletem as opiniões dos articulistas. AVULSO: R$ 9,50. ASSINATURA ANUAL: R$ 100,00

editorialedição anterior ®y

Page 7: Enigma assustador

Saindo do forno a 10ª edição da sua Revista Ha-ley... Para aqueles que duvidavam, estamos aqui, sim! E este mês trazemos de capa uma reportagem muito especial sobre o suicídio. Assunto enigmático, polêmi-co, motivo de dor para milhares e milhares de pessoas e que, principalmente, continua sendo um tabu peran-te a sociedade.

Apoiados em teóricos da comunicação que anali-sam a difícil abordagem do tema na mídia, optamos em fazer uma matéria em que seu foco é a prevenção do suicídio e ainda apontar quais são os caminhos para o tratamento. Tudo isso para não favorecer influências negativas por meio da reportagem.

A entrevista da edição deste mês busca responder a seguinte pergunta: ‘Como transformar a realidade de milhares de crianças e adolescentes que, diaria-mente, estão expostos a algum tipo de violência? Por isso, escolhemos o juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados Zaloar Murat Martins, que busca, cons-tantemente, garantir a criança os direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente e possibilitar oportunidades e condições de dignidade.

Fizemos ainda uma homenagem ao poeta Manoel de Barros, que nos recebeu amavelmente em sua re-sidência na cidade de Campo Grande e abriu o cora-ção a nossa equipe de reportagem.

Essas são algumas das surpresas que trazemos a você, nesta edição de março. Além disso, gostaríamos de convidar todos os nossos leitores a acompanhar a Haley também virtualmente no nosso endereço eletrônico: www.revistahaley.com.br. Lá, você pode participar da enquete, deixar comentários nas maté-rias e não se esqueça de mandar sua sugestão para a nossa redação. O e-mail é redaçã[email protected].

Aprecie a leitura e temos um encontro marcado na próxima edição. Até lá!

DIRETORIA EXECUTIVA: João dos Santos / Ailton DiasDIRETOR ADMINISTRATIVO: João dos SantosDIRETORIA FINANCEIRA: Claudete dos SantosCONSELHO EDITORIAL: Ailton Dias / João dos Santos Claudete dos SantosREDAÇÃO: Maria Alice Campagnoli Otre / Caroline Oliveira / Ellen KotaiCOLABORADORES: Flávio Fagundes / Franz Maciel Mendes / Silva Junior / Miriam Névola / Ana Paula Batista / Franciele Oliveira / Helton Costa REVISÃO: Rafaela BonardiFOTOGRAFIA: Ellen KotaiCAPA FOTO-MONTAGEM: Thomas HenriqueDIREÇÃO DE ARTE: Acácio Junior / Thomas HenriqueCHEFE DE IMPRESSÃO: Fernando HostonDIAGRAMAÇÃO: Acácio Junior / Thomas HenriqueASSINATURAS: Ozeni Silva Ferbonio - 67•3425-7264CARTAS À REDAÇÃO: [email protected]

PARQUE GRÁFICO:Marindress Editora Gráfica Ltda.

R. Raul Frost, 2680 - Parque Nova DouradosCEP 79840-280 - Dourados-MS

67 • 3425.7264

A Revista Haley é da Marindress Editora Gráfica. É proibida a re-produção de reportagens e anúncios sem autorização. Os anúncios e ofertas são de inteira responsabilidade dos anunciantes. Os artigos publicados refletem as opiniões dos articulistas. AVULSO: R$ 9,50. ASSINATURA ANUAL: R$ 100,00

editorialedição anterior ®y

Page 8: Enigma assustador

entrevista y

“A família é ainstituição básica”instituição básica”

É com essa frase que o juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados Zaloar Murat Martins abre a entrevista concedi-da à Haley.

haley - Quais os maiores problemas que envolvem as famí-lias, crianças e adolescentes atualmente?

Dr. Zaloar: A família é instituição básica, essencial, indispensá-vel à sociedade organizada, pois, enfraquecida a família, debilitada estará a sociedade. A responsabilidade dos pais é muito grande na formação dos filhos, já que lhes cabe, mais pelo exemplo do que pelas palavras, dar-lhes a devida orientação e acompanhamento. Infelizmente, o bom exemplo não tem sido costumeiramente dado, é o pai que bebe e ainda estimula o filho, muitas vezes criança, a ingerir bebida alcoólica; é a falta de diálogo como forma de orientação e educação e, também aos pais cumpre fiscalizar o comportamento dos filhos, verificando com quem andam, quem

são os seus amigos, a sua turma, quando chegam tarde em casa, em que condições estão voltando da rua, pois a omissão ou indife-rença dos pais pode levá-los a contraírem vícios desastrosos à for-mação. A liberdade excessiva que hoje se presencia é prejudicial ao desenvolvimento sadio da criança e do adolescente.

haley - Quais os programas e ações existentes na cidade que vêm dando certo no auxílio à infância e adolescência?

Dr. Zaloar: Primeiramente, poderia apontar a formação do Corpo de Fiscais (Comissários) do Juízo, composto por dedicados servidores do Poder Judiciário que emprestam o seu tempo gra-tuita e voluntariamente no serviço de fiscalização no que diz res-

Como transformar a realidade de milhares de crianças e adolescentes que, diariamente, estão expostos a algum tipo de violência? Esse é alguns dos temas abordados nesta entrevista concedida pelo juiz da Vara da Infância de Dourados Zaloar Murat Martins.

Natural da cidade gaúcha de Cruz Alta e magistrado estadual há 21 anos, o juiz busca, constantemente, ga-rantir a criança os direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente e possibilitar oportunidades e condições de dignidade.

Maria Alice Otre

peito ao cumprimento do estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como das portarias, alvarás ou outro ato baixado pelo Juízo. Busca-se coibir o uso de bebida alcoólica pelos adolescentes, o seu ingresso em clubes, salões e promoções consideradas diversões públicas, frequência a motéis e outras situ-ações. Todavia, é importante frisar que a educação primeira deve vir de berço, da própria família, pois a nossa fiscalização, apesar de acanhada em face da pequena estrutura, é apenas supletiva da dos pais ou responsáveis, e só deve existir quando estes se omitem, pois há também interesse do Estado na formação da juventude. Por outro lado, instituímos recentemente o Projeto Padrinho, vi-sando a proteger de forma afetiva, material, crianças e adolescentes que vivem em entidades de acolhimento (abrigo), ou quando se encontram junto às suas famílias, em situação de risco pessoal, des-de que haja em Juízo procedimento administrativo. Temos ainda o Projeto Adotar, o qual visa a capacitar pessoas e casais interessados na adoção de criança ou adolescente, o Projeto Pai de Verdade, em que se busca atribuir a paternidade aos recém-nascidos, em cujos registros de nascimento o pai está ausente.

haley - Dourados foi apontada como uma das cidades em que os jovens estão mais expostos à violência no MS. Qual o caminho para transformar essa realidade? Há esperança?

Dr. Zaloar: Penso que o caminho para combater a violência entre a juventude é através da educação, mas não uma educa-ção de faz de conta, uma educação capaz, séria, com projetos, metas e cobrança de resultados, e que esteja comprometida especial-mente com a camada da população menos favorecida. Essa lição extraio do meu trabalho diário, quando ve-rifico que a grande parte dos ado-lescentes infratores na faixa etária de 15 a 17 anos, ou encontram-se frequentando os primeiros anos do Ensino Fundamental, ou aban-donaram as salas de aula, embora semialfabetizados. Esperança há, somos um país ainda jovem, com um povo ordeiro e trabalhador. A questão não é tratada com o devi-do respeito, seriedade e comprometimento pelo poder público. São necessárias políticas públicas de médio e longo prazo para tirar a educação da estagnação em que se encontra, com maci-ços investimentos.

haley - Se fosse para escolher uma área para se investir em Dourados (educação, esporte, cultura, saúde, segurança, lazer) para ajudar crianças e adolescentes de alguma forma, em que área o senhor indicaria investimento? Por quê?

Dr. Zaloar: O caput do artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece ser dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à educação, ao lazer, à cultura, dentre outros. No caso de necessi-tar priorizar investimentos, certamente o faria nas áreas da saúde, sem ela não há vida, e da educação, prioridade absoluta para o desenvolvimento e progresso de um povo.

haley - O fato de estarmos muito próximos à fronteira com o Paraguai favorece de alguma forma prejuízos ou crimes contra crianças e adolescentes?

Dr. Zaloar: A resposta é positiva. É sabido que a fronteira com o Paraguai é importante porta de entrada de substâncias entorpe-

centes no país, o que facilita o consumo em nossa cidade, onde se a obtém com maior facilidade e fartura e com preço bem menor. Demais disso, crianças e adolescentes são cooptados por trafican-tes, para o transporte e comercialização da droga, parte das vezes tornando-os usuários-dependentes, reféns das quadrilhas. Certa-mente, tais fatos causam sérios prejuízos na formação da criança e do adolescente, quando não sequelas irreversíveis.

haley - Ouve-se muito que crianças e adolescentes mais in-formados correm menos riscos. Tudo depende, porém, da qua-lidade da informação, não? Como o senhor avalia os conteúdos comunicacionais veiculados pela imprensa nacional e local?

Dr. Zaloar: Vivemos na era da informação, nas áreas escrita, falada, televisiva e mais recentemente, a virtual. É impensável nos dias de hoje vivermos sem internet. Crianças e adolescen-tes não mais podem viver à margem desses importantes meios de comunicação, imprescindíveis à sua educação e cultura, mas desde que com qualidade de conteúdo, pois é sabido que es-pecialmente a internet pode tornar-se prejudicial à formação do jovem se acessada de forma livre e sem controle. Cabe aos pais ou responsáveis essa importante tarefa de disciplinar o acesso, com imposição de limites e efetiva fiscalização, especialmente a internet.

haley - O senhor acredita que os jogos eletrônicos, internet, a imprensa e propa-gandas podem ser usadas em benefício às crianças e adolescentes? Qual seria o ca-minho para isso?

Dr. Zaloar: Todos podem ser exce-lentes meios de transmissão de conhe-cimento, gerando com isso educação e cultura. O caminho para essa utilização em benefício às crianças e adolescentes passa pelo seio familiar, único filtro capaz de evi-tar a utilização inadequada desses meios. Conclui-se de todo esse questionário que o eixo central das questões envolventes da

criança e do adolescente é a família, e a maneira de mantê-la atu-ante e sadia se dá através da própria sociedade, desde que devida-mente organizada e com ações específicas voltadas para esse fim. y

Page 9: Enigma assustador

entrevista y

“A família é ainstituição básica”instituição básica”

É com essa frase que o juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados Zaloar Murat Martins abre a entrevista concedi-da à Haley.

haley - Quais os maiores problemas que envolvem as famí-lias, crianças e adolescentes atualmente?

Dr. Zaloar: A família é instituição básica, essencial, indispensá-vel à sociedade organizada, pois, enfraquecida a família, debilitada estará a sociedade. A responsabilidade dos pais é muito grande na formação dos filhos, já que lhes cabe, mais pelo exemplo do que pelas palavras, dar-lhes a devida orientação e acompanhamento. Infelizmente, o bom exemplo não tem sido costumeiramente dado, é o pai que bebe e ainda estimula o filho, muitas vezes criança, a ingerir bebida alcoólica; é a falta de diálogo como forma de orientação e educação e, também aos pais cumpre fiscalizar o comportamento dos filhos, verificando com quem andam, quem

são os seus amigos, a sua turma, quando chegam tarde em casa, em que condições estão voltando da rua, pois a omissão ou indife-rença dos pais pode levá-los a contraírem vícios desastrosos à for-mação. A liberdade excessiva que hoje se presencia é prejudicial ao desenvolvimento sadio da criança e do adolescente.

haley - Quais os programas e ações existentes na cidade que vêm dando certo no auxílio à infância e adolescência?

Dr. Zaloar: Primeiramente, poderia apontar a formação do Corpo de Fiscais (Comissários) do Juízo, composto por dedicados servidores do Poder Judiciário que emprestam o seu tempo gra-tuita e voluntariamente no serviço de fiscalização no que diz res-

Como transformar a realidade de milhares de crianças e adolescentes que, diariamente, estão expostos a algum tipo de violência? Esse é alguns dos temas abordados nesta entrevista concedida pelo juiz da Vara da Infância de Dourados Zaloar Murat Martins.

Natural da cidade gaúcha de Cruz Alta e magistrado estadual há 21 anos, o juiz busca, constantemente, ga-rantir a criança os direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente e possibilitar oportunidades e condições de dignidade.

Maria Alice Otre

peito ao cumprimento do estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como das portarias, alvarás ou outro ato baixado pelo Juízo. Busca-se coibir o uso de bebida alcoólica pelos adolescentes, o seu ingresso em clubes, salões e promoções consideradas diversões públicas, frequência a motéis e outras situ-ações. Todavia, é importante frisar que a educação primeira deve vir de berço, da própria família, pois a nossa fiscalização, apesar de acanhada em face da pequena estrutura, é apenas supletiva da dos pais ou responsáveis, e só deve existir quando estes se omitem, pois há também interesse do Estado na formação da juventude. Por outro lado, instituímos recentemente o Projeto Padrinho, vi-sando a proteger de forma afetiva, material, crianças e adolescentes que vivem em entidades de acolhimento (abrigo), ou quando se encontram junto às suas famílias, em situação de risco pessoal, des-de que haja em Juízo procedimento administrativo. Temos ainda o Projeto Adotar, o qual visa a capacitar pessoas e casais interessados na adoção de criança ou adolescente, o Projeto Pai de Verdade, em que se busca atribuir a paternidade aos recém-nascidos, em cujos registros de nascimento o pai está ausente.

haley - Dourados foi apontada como uma das cidades em que os jovens estão mais expostos à violência no MS. Qual o caminho para transformar essa realidade? Há esperança?

Dr. Zaloar: Penso que o caminho para combater a violência entre a juventude é através da educação, mas não uma educa-ção de faz de conta, uma educação capaz, séria, com projetos, metas e cobrança de resultados, e que esteja comprometida especial-mente com a camada da população menos favorecida. Essa lição extraio do meu trabalho diário, quando ve-rifico que a grande parte dos ado-lescentes infratores na faixa etária de 15 a 17 anos, ou encontram-se frequentando os primeiros anos do Ensino Fundamental, ou aban-donaram as salas de aula, embora semialfabetizados. Esperança há, somos um país ainda jovem, com um povo ordeiro e trabalhador. A questão não é tratada com o devi-do respeito, seriedade e comprometimento pelo poder público. São necessárias políticas públicas de médio e longo prazo para tirar a educação da estagnação em que se encontra, com maci-ços investimentos.

haley - Se fosse para escolher uma área para se investir em Dourados (educação, esporte, cultura, saúde, segurança, lazer) para ajudar crianças e adolescentes de alguma forma, em que área o senhor indicaria investimento? Por quê?

Dr. Zaloar: O caput do artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece ser dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à educação, ao lazer, à cultura, dentre outros. No caso de necessi-tar priorizar investimentos, certamente o faria nas áreas da saúde, sem ela não há vida, e da educação, prioridade absoluta para o desenvolvimento e progresso de um povo.

haley - O fato de estarmos muito próximos à fronteira com o Paraguai favorece de alguma forma prejuízos ou crimes contra crianças e adolescentes?

Dr. Zaloar: A resposta é positiva. É sabido que a fronteira com o Paraguai é importante porta de entrada de substâncias entorpe-

centes no país, o que facilita o consumo em nossa cidade, onde se a obtém com maior facilidade e fartura e com preço bem menor. Demais disso, crianças e adolescentes são cooptados por trafican-tes, para o transporte e comercialização da droga, parte das vezes tornando-os usuários-dependentes, reféns das quadrilhas. Certa-mente, tais fatos causam sérios prejuízos na formação da criança e do adolescente, quando não sequelas irreversíveis.

haley - Ouve-se muito que crianças e adolescentes mais in-formados correm menos riscos. Tudo depende, porém, da qua-lidade da informação, não? Como o senhor avalia os conteúdos comunicacionais veiculados pela imprensa nacional e local?

Dr. Zaloar: Vivemos na era da informação, nas áreas escrita, falada, televisiva e mais recentemente, a virtual. É impensável nos dias de hoje vivermos sem internet. Crianças e adolescen-tes não mais podem viver à margem desses importantes meios de comunicação, imprescindíveis à sua educação e cultura, mas desde que com qualidade de conteúdo, pois é sabido que es-pecialmente a internet pode tornar-se prejudicial à formação do jovem se acessada de forma livre e sem controle. Cabe aos pais ou responsáveis essa importante tarefa de disciplinar o acesso, com imposição de limites e efetiva fiscalização, especialmente a internet.

haley - O senhor acredita que os jogos eletrônicos, internet, a imprensa e propa-gandas podem ser usadas em benefício às crianças e adolescentes? Qual seria o ca-minho para isso?

Dr. Zaloar: Todos podem ser exce-lentes meios de transmissão de conhe-cimento, gerando com isso educação e cultura. O caminho para essa utilização em benefício às crianças e adolescentes passa pelo seio familiar, único filtro capaz de evi-tar a utilização inadequada desses meios. Conclui-se de todo esse questionário que o eixo central das questões envolventes da

criança e do adolescente é a família, e a maneira de mantê-la atu-ante e sadia se dá através da própria sociedade, desde que devida-mente organizada e com ações específicas voltadas para esse fim. y

Page 10: Enigma assustador

“Quero parabenizar os responsáveis pela edição e publicação da Revista Haley, pelo con-teúdo e temas que são abordados em suas pági-nas, que vêm ao encontro do bom gosto de seus leitores. Ler a Haley é nos manter atualizados com o que há de melhor em nossa cidade, na sociedade, com assuntos diversos e sempre com qualidade e assuntos importantes. Uma Revista deste nível merece meu reconhecimento e re-comendo a todas as pessoas que apreciam uma boa leitura.”

Vanderlei P. Barros, presidente do Sindi-cato dos Taxistas de Dourados

Parabéns pela inovação gráfica e editorial. Dourados estava precisando dessa novidade!

Stephania S.R. Gomes, Publicitária da Rádio 94 FM

Tive a satisfação de ver a 8ª e a 9ª edição da Revis-ta em um consultório médico. Gostei tanto que liguei na mesma hora para fazer minha assinatura. Quero parabenizar toda equipe da Haley que de uma edição para outra já vi muitas coisas diferentes e muito legais. Gostei muito da nova forma que estão fazendo os artigos, uma coisa mais limpa.

A revista é show! Pena que parece que a popu-lação não caiu em si ainda. Poxa! Uma revista dessas na cidade, acho que todos deveriam assinar. Quero dar um puxão de orelha em vocês. Vamos valorizar o que é nosso, vejo a Revista como uma ótima for-ma de mostrar o melhor da cidade e até mesmo o Estado.

Murilo Moura, Empresário em Campo Grande

“Puxa gente, estou deslumbrada!!! Adorei a revista. Dourados está de parabéns. A qualida-de da Haley, somada às matérias interessantes, versáteis e atuais, causa um impacto desde o pri-meiro momento em que a conhecemos. Os cri-térios e a forma como são abordados os temas é fantástico e muito profissional. Sinceramente, não poupo elogios, porque estou muito feliz por termos em nossa cidade uma revista séria e competente.”

Rosângela Margaret Rode, leitora

@revistahaley.com.brredacaoseja qual for o assunto

a haley quer saber!!!

carta do leitor

Page 11: Enigma assustador

“Quero parabenizar os responsáveis pela edição e publicação da Revista Haley, pelo con-teúdo e temas que são abordados em suas pági-nas, que vêm ao encontro do bom gosto de seus leitores. Ler a Haley é nos manter atualizados com o que há de melhor em nossa cidade, na sociedade, com assuntos diversos e sempre com qualidade e assuntos importantes. Uma Revista deste nível merece meu reconhecimento e re-comendo a todas as pessoas que apreciam uma boa leitura.”

Vanderlei P. Barros, presidente do Sindi-cato dos Taxistas de Dourados

Parabéns pela inovação gráfica e editorial. Dourados estava precisando dessa novidade!

Stephania S.R. Gomes, Publicitária da Rádio 94 FM

Tive a satisfação de ver a 8ª e a 9ª edição da Revis-ta em um consultório médico. Gostei tanto que liguei na mesma hora para fazer minha assinatura. Quero parabenizar toda equipe da Haley que de uma edição para outra já vi muitas coisas diferentes e muito legais. Gostei muito da nova forma que estão fazendo os artigos, uma coisa mais limpa.

A revista é show! Pena que parece que a popu-lação não caiu em si ainda. Poxa! Uma revista dessas na cidade, acho que todos deveriam assinar. Quero dar um puxão de orelha em vocês. Vamos valorizar o que é nosso, vejo a Revista como uma ótima for-ma de mostrar o melhor da cidade e até mesmo o Estado.

Murilo Moura, Empresário em Campo Grande

“Puxa gente, estou deslumbrada!!! Adorei a revista. Dourados está de parabéns. A qualida-de da Haley, somada às matérias interessantes, versáteis e atuais, causa um impacto desde o pri-meiro momento em que a conhecemos. Os cri-térios e a forma como são abordados os temas é fantástico e muito profissional. Sinceramente, não poupo elogios, porque estou muito feliz por termos em nossa cidade uma revista séria e competente.”

Rosângela Margaret Rode, leitora

@revistahaley.com.brredacaoseja qual for o assunto

a haley quer saber!!!

carta do leitor

Page 12: Enigma assustador

faz com que o bebê respire parte do ar que deveria se eliminado, aumentando as chances de sufocar ou se asfixiar. “Essas posições devem ser evitadas”, explica Dr. Arruda.

De acordo com o Centro de Pes-quisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a melhor posição para garantir um sono seguro ao seu filho é colocá-lo de barriga para cima. Assim, o risco do bebê sofrer morte sú-bita é reduzido em mais de 70%. Após esta constatação, o Ministério da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e Pastoral da Criança, criou a campanha “Dormir de Barriga para Cima é Mais Seguro”.

E foi desconstruindo o que aprendeu com a mãe, de que a forma correta para o bebê dormir é de lado, que Luciana mudou a maneira de colocar a pequena Anna Beatriz no berço. “Com meu primeiro filho, como não havia ainda campanhas do tipo, ele sempre foi colocado pra dormir de lado e assim cres-ceu. Já com a Anna, comecei a mudar meu conceito. Busquei informações sobre morte súbita e notei que ela dormia melhor de barriga pra cima. Uma vez, quando a coloquei de lado, ela virou a cabecinha pra baixo e ficou sufocando, pois não conse-guia virar de volta. Após o susto, resolvi aderir à campanha e vejo que é a forma que ela mais gosta de dormir”. Outro cui-dado de Luciana é só colocar a filha para dormir após conseguir fazê-la arrotar.

Ela afirma que algumas pessoas ainda a condenam por ter aderido à campanha. “As pessoas mais velhas me cercam e não conseguem aceitar a campanha. Como colocar isso na cabeça da vovó que fica com o netinho, enquanto a mãe está traba-lhando? É bem complicado”.

Assim como muitas avós, algumas mães temem que ao dormir de barriga para cima o bebê pode aspirar o vômito e se afogar. Mas o fato é que isso passa de uma crença popular, pois se uma criança que está deitada de barriga se afogar, a ten-dência, por instinto, é tossir e assim, chamar a atenção dos pais.

Campanhas orientando a posição mais segura para o bebê dormir já vêm sendo realizadas em alguns países desde 1992. O resultado foi a redução da inci-dência de morte súbita em 40% nos Es-tados Unidos e em 75% na Inglaterra. O Brasil é um dos últimos a oficializar essa recomendação, talvez isso seja um dos motivos para tanta resistência por parte de algumas famílias.

E isso ficou provado em uma pesqui-sa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) com gestantes da comunidade local. O estudo revelou que das 42,9% mulheres que receberam a orientação na maternidade da forma

correta de colocar o bebê [de barriga para cima], apenas 24% delas colocaram a criança na posição correta. Dr. Arruda ex-plica que essa resistência está enraizada na cultura das pessoas. “Na América Latina, existe o hábito cultural de posicionar o bebê de lado para dormir e, apesar da falta de estatísticas, es-tima-se que a morte do berço ocorra em índices semelhantes aos que acontecem quando ele dorme de costas”.

Conheça as orientações da campanha:

Dr. Arruda faz recomendações para evitar a SMSL.

Luciana aderiu à campanha e a filha Anna Beatriz adora dormir de barriga para cima.

Fonte: Pastoral da Criança

- Coloque o bebê para dormir de barriga para cima em seu próprio berço. Evite as posições de lado ou de barriga para baixo;

- O berço deve ter grades verticais próximas e colchão fi rme;

- Mantenha o berço sem brinquedos, bichos de pelúcia, almofadas, travesseiros e protetores. Esses itens podem cobrir o rosto do bebê e fazê-lo su-focar;

- Prenda o cobertor sob o colchão. Ele deve co-brir apenas o tórax, deixando os braços livres;

- O bebê não deve dormir na cama com os pais. Coloque o berço no quarto do casal nos primeiros meses;

- O quarto deve estar arejado, com temperatura agradável. Não aqueça o ambiente porque este é um dos fatores de risco para a morte súbita;

- Vista o bebê com roupas leves para dormir. y

Garanta um

SONO DOS ANJOSA morte súbita é uma das principais causas de óbitos em

crianças com até 1 ano de idade. Por isso, a campanha ‘Dormir de Barriga para Cima é Mais Seguro’ espera não tornar um

pesadelo o sono do seu fi lhoCaroline Oliveira

A chegada de um bebê é sinônimo de comemoração para toda a família. A alegria se renova a cada movimento, gesto, sorriso dado pelo pequeno. Mas além de todas as

paparicações e inúmeras visitas com direito a presentes, qual mãe ou pai já não ficou observando seu filho enquanto ele dorme e disse a famosa frase: ‘dorme igual a um anjinho?’

A publicitária Luciana Brandão é um exemplo disso. Mãe coruja assumida, ela está sempre atenta e faz de tudo para o bem-estar dos filhos, Gabriel, de 2 anos e 10 meses, e a caçuli-nha da casa, Anna Beatriz, de 8 meses. E para garantir uma vida saudável aos pimpolhos, a atenção vai muito mais além e é re-dobrada, também, na hora de dormir, ou melhor, na posição

que irá colocá-los para dormir. Tudo porque a Síndrome da Morte Súbita em Lactantes (SMSL) é uma das principais causas de morte em bebês com até 1 ano de idade.

Segundo o médico especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria, Luiz Carlos de Arruda Leme, a morte súbita é inesperada e ocorre sem explicação, mesmo após investigação e necropsia. Nos Estados Unidos, de cada 100 mil óbitos por ano, 56 são vítimas da síndrome, por isso ela é considerada o terceiro maior fator de mortalidade infantil no País. Entretan-to, a causa ainda não está definida. O que se sabe é que está associada à posição em que o bebê dorme no berço, princi-palmente, quando a criança dorme de bruço ou de lado. Isso

bebês

Page 13: Enigma assustador

faz com que o bebê respire parte do ar que deveria se eliminado, aumentando as chances de sufocar ou se asfixiar. “Essas posições devem ser evitadas”, explica Dr. Arruda.

De acordo com o Centro de Pes-quisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a melhor posição para garantir um sono seguro ao seu filho é colocá-lo de barriga para cima. Assim, o risco do bebê sofrer morte sú-bita é reduzido em mais de 70%. Após esta constatação, o Ministério da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e Pastoral da Criança, criou a campanha “Dormir de Barriga para Cima é Mais Seguro”.

E foi desconstruindo o que aprendeu com a mãe, de que a forma correta para o bebê dormir é de lado, que Luciana mudou a maneira de colocar a pequena Anna Beatriz no berço. “Com meu primeiro filho, como não havia ainda campanhas do tipo, ele sempre foi colocado pra dormir de lado e assim cres-ceu. Já com a Anna, comecei a mudar meu conceito. Busquei informações sobre morte súbita e notei que ela dormia melhor de barriga pra cima. Uma vez, quando a coloquei de lado, ela virou a cabecinha pra baixo e ficou sufocando, pois não conse-guia virar de volta. Após o susto, resolvi aderir à campanha e vejo que é a forma que ela mais gosta de dormir”. Outro cui-dado de Luciana é só colocar a filha para dormir após conseguir fazê-la arrotar.

Ela afirma que algumas pessoas ainda a condenam por ter aderido à campanha. “As pessoas mais velhas me cercam e não conseguem aceitar a campanha. Como colocar isso na cabeça da vovó que fica com o netinho, enquanto a mãe está traba-lhando? É bem complicado”.

Assim como muitas avós, algumas mães temem que ao dormir de barriga para cima o bebê pode aspirar o vômito e se afogar. Mas o fato é que isso passa de uma crença popular, pois se uma criança que está deitada de barriga se afogar, a ten-dência, por instinto, é tossir e assim, chamar a atenção dos pais.

Campanhas orientando a posição mais segura para o bebê dormir já vêm sendo realizadas em alguns países desde 1992. O resultado foi a redução da inci-dência de morte súbita em 40% nos Es-tados Unidos e em 75% na Inglaterra. O Brasil é um dos últimos a oficializar essa recomendação, talvez isso seja um dos motivos para tanta resistência por parte de algumas famílias.

E isso ficou provado em uma pesqui-sa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) com gestantes da comunidade local. O estudo revelou que das 42,9% mulheres que receberam a orientação na maternidade da forma

correta de colocar o bebê [de barriga para cima], apenas 24% delas colocaram a criança na posição correta. Dr. Arruda ex-plica que essa resistência está enraizada na cultura das pessoas. “Na América Latina, existe o hábito cultural de posicionar o bebê de lado para dormir e, apesar da falta de estatísticas, es-tima-se que a morte do berço ocorra em índices semelhantes aos que acontecem quando ele dorme de costas”.

Conheça as orientações da campanha:

Dr. Arruda faz recomendações para evitar a SMSL.

Luciana aderiu à campanha e a filha Anna Beatriz adora dormir de barriga para cima.

Fonte: Pastoral da Criança

- Coloque o bebê para dormir de barriga para cima em seu próprio berço. Evite as posições de lado ou de barriga para baixo;

- O berço deve ter grades verticais próximas e colchão fi rme;

- Mantenha o berço sem brinquedos, bichos de pelúcia, almofadas, travesseiros e protetores. Esses itens podem cobrir o rosto do bebê e fazê-lo su-focar;

- Prenda o cobertor sob o colchão. Ele deve co-brir apenas o tórax, deixando os braços livres;

- O bebê não deve dormir na cama com os pais. Coloque o berço no quarto do casal nos primeiros meses;

- O quarto deve estar arejado, com temperatura agradável. Não aqueça o ambiente porque este é um dos fatores de risco para a morte súbita;

- Vista o bebê com roupas leves para dormir. y

Garanta um

SONO DOS ANJOSA morte súbita é uma das principais causas de óbitos em

crianças com até 1 ano de idade. Por isso, a campanha ‘Dormir de Barriga para Cima é Mais Seguro’ espera não tornar um

pesadelo o sono do seu fi lhoCaroline Oliveira

A chegada de um bebê é sinônimo de comemoração para toda a família. A alegria se renova a cada movimento, gesto, sorriso dado pelo pequeno. Mas além de todas as

paparicações e inúmeras visitas com direito a presentes, qual mãe ou pai já não ficou observando seu filho enquanto ele dorme e disse a famosa frase: ‘dorme igual a um anjinho?’

A publicitária Luciana Brandão é um exemplo disso. Mãe coruja assumida, ela está sempre atenta e faz de tudo para o bem-estar dos filhos, Gabriel, de 2 anos e 10 meses, e a caçuli-nha da casa, Anna Beatriz, de 8 meses. E para garantir uma vida saudável aos pimpolhos, a atenção vai muito mais além e é re-dobrada, também, na hora de dormir, ou melhor, na posição

que irá colocá-los para dormir. Tudo porque a Síndrome da Morte Súbita em Lactantes (SMSL) é uma das principais causas de morte em bebês com até 1 ano de idade.

Segundo o médico especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria, Luiz Carlos de Arruda Leme, a morte súbita é inesperada e ocorre sem explicação, mesmo após investigação e necropsia. Nos Estados Unidos, de cada 100 mil óbitos por ano, 56 são vítimas da síndrome, por isso ela é considerada o terceiro maior fator de mortalidade infantil no País. Entretan-to, a causa ainda não está definida. O que se sabe é que está associada à posição em que o bebê dorme no berço, princi-palmente, quando a criança dorme de bruço ou de lado. Isso

bebês

Page 14: Enigma assustador

[email protected]

Imagine alguém não saber dizer ao médico se sua mãe já teve uma doença. Tudo o que sei de mim foi o que me contaram; e acreditem, não foi muito. Fui adotada com 15 dias de nascida. Minha mãe do coração me deu todo o amor do mundo. Nos olhos dela eu via compaixão,

dedicação e bondade. Aos 4 anos de idade perdi meu pai adotivo. Um câncer no pulmão o tirou dos meus abraços, dos meus carinhos de filha. Por causa disso, todo Dia dos Pais era um problema para mim. Eu queria entregar os meus inúmeros cartõezinhos e camisas de papel que eu mesma fazia na escola. Minha mãe me incentivava nos estudos e para sua alegria, sempre tive notas boas. Com seis anos, sabia ler e escrever, porque ela me ensinou tudo. Minha mãe dizia que na vida podiam nos tirar tudo, menos o conhecimento, pois através dele teríamos como reconstruir tudo novamente. Aos 13 anos descobri que ela estava com câncer. Ela sofria dia e noite e eu também. Quantas vezes me peguei lavando o rosto para disfarçar o pranto que não cessava do meu rosto. Vendo a morrer aos poucos, eu também morria. Antes de morrer veio a revelação bombástica: disse-me que era a minha avó biológica. Que o meu pai era o filho dela e que minha mãe não tinha como cuidar de mim e por isso me deu. Sozinha no mundo, fui morar de favor na casa desse meu ‘suposto’ pai, por uma questão judicial. Mudei de Estado. Meu então irmão virou meu pai, minha cunhada se tornou minha madrasta e meus dois sobrinhos, meus meio-irmãos. Tudo isso, na teoria, porque na prática eles nunca me aceitaram como da família. Minha madrasta, ou “tia”, como eu a chamava, fazia questão de deixar bem claro que eu era a cruz que eles tinham que carregar. Dos 13 aos 19 anos foram os piores da minha vida. Não podia mais ser eu. Tinha que ser aquilo que eles queriam que eu fosse, ou seja, nada. Talvez pela minha tia, eu estaria ainda com eles lavando o chão. Apanhar sem saber o porquê quando se tem 18 anos era normal para mim. Só tinha apenas uma certeza: queria mudar meu destino. Comecei a trabalhar fora. Isso deixava minha madrasta furiosa. Ela fazia de tudo para me humilhar. Era comum encontrar minhas roupas jogadas no chão, porque não podiam estar no mesmo cesto que as dela. Iniciei um curso universitário. O problema é que a faculdade ficava em outra cidade, a 200 quilômetros. Eu trabalhava, estudava e ajudava nos trabalhos de casa, que eram feitos de madrugada. Todas as noites eu chorava diante de tantas humilhações e injustiças. No meu trabalho, conheci um jornalista que me ensinou muito do que sei hoje. Fiquei muito amiga da esposa dele. Ela não aceitava que eu continuasse naquela vida miserável e me fez o convite para morar em Dourados. Eu poderia estudar, trabalhar e ajudá-la com os afazeres domésticos. Diante da proposta tentadora, acabei aceitando, depois dos desmandos da minha madrasta que me atormentava dia e noite, querendo que eu fosse embora. Não voltei mais lá e prometi que jamais voltaria, quem sabe assim eles seriam felizes de verdade agora que a cruz foi embora das costas deles. Em minha nova vida, ganhava cerca de R$ 10 por dia trabalhando. Ia me mantendo também com a pensão que recebia com a morte da minha mãe, que recebi até os 21 anos. Era tratada como uma filha pelo casal que me estendeu a mão e me deu emprego. Notei que eu não era aquele “verme” que minha madrasta queria que eu acreditasse. Vi que alguém poderia sentir admiração e respeito por mim. Estudei e ganhei uma bolsa de estudos pelo sistema Prouni, já que não tinha condições de bancar a faculdade de Jornalismo. No primeiro ano, consegui um estágio num jornal on-line de Dourados. Fui para outro jornal, onde comecei a trabalhar profissionalmente.

No segundo ano de faculdade, casei, direitinho como manda o figurino, na igreja e tudo. O meu esposo acreditou em mim e desafiou até a própria família para ficar comigo. Quantas idas e vindas dele me carregando para cima e para baixo, muitas vezes na chuva e de bicicleta, para que eu cumprisse meus trabalhos universitários. Eu chegava “morrendo” de cansaço na faculdade, mas fazia dali o meu parque de diversões, pois acreditava que através dos estudos eu poderia mudar a minha vida. Hoje estou conquistando tudo o que quero: um amor ver-dadeiro, uma profissão, bens materiais e amigos de verdade. Hoje sou feliz, mas quero mais. Continuo estudando e lutando para que as próximas linhas desta história tenham mais sucesso e seja um exemplo de superação.

A próxima pode ser a sua, envie-nos com algumas fotos

Valéria Araújo, jornalista.

Todo mundo tem uma história de vida que daria um livro. A minha não é um conto de fadas, mas acredito que o importante é que cada um tem o poder de transformar cada página da sua história naquilo que deseja, basta fazer as escolhas certas. Eu não sei nada sobre a minha origem e isso faz de mim uma pessoa praticamente sozinha, lutando para criar e entender a própria história. Isso às vezes incomoda.

ralheira a cinderelaDe gata bor

minha história

Page 15: Enigma assustador

[email protected]

Imagine alguém não saber dizer ao médico se sua mãe já teve uma doença. Tudo o que sei de mim foi o que me contaram; e acreditem, não foi muito. Fui adotada com 15 dias de nascida. Minha mãe do coração me deu todo o amor do mundo. Nos olhos dela eu via compaixão,

dedicação e bondade. Aos 4 anos de idade perdi meu pai adotivo. Um câncer no pulmão o tirou dos meus abraços, dos meus carinhos de filha. Por causa disso, todo Dia dos Pais era um problema para mim. Eu queria entregar os meus inúmeros cartõezinhos e camisas de papel que eu mesma fazia na escola. Minha mãe me incentivava nos estudos e para sua alegria, sempre tive notas boas. Com seis anos, sabia ler e escrever, porque ela me ensinou tudo. Minha mãe dizia que na vida podiam nos tirar tudo, menos o conhecimento, pois através dele teríamos como reconstruir tudo novamente. Aos 13 anos descobri que ela estava com câncer. Ela sofria dia e noite e eu também. Quantas vezes me peguei lavando o rosto para disfarçar o pranto que não cessava do meu rosto. Vendo a morrer aos poucos, eu também morria. Antes de morrer veio a revelação bombástica: disse-me que era a minha avó biológica. Que o meu pai era o filho dela e que minha mãe não tinha como cuidar de mim e por isso me deu. Sozinha no mundo, fui morar de favor na casa desse meu ‘suposto’ pai, por uma questão judicial. Mudei de Estado. Meu então irmão virou meu pai, minha cunhada se tornou minha madrasta e meus dois sobrinhos, meus meio-irmãos. Tudo isso, na teoria, porque na prática eles nunca me aceitaram como da família. Minha madrasta, ou “tia”, como eu a chamava, fazia questão de deixar bem claro que eu era a cruz que eles tinham que carregar. Dos 13 aos 19 anos foram os piores da minha vida. Não podia mais ser eu. Tinha que ser aquilo que eles queriam que eu fosse, ou seja, nada. Talvez pela minha tia, eu estaria ainda com eles lavando o chão. Apanhar sem saber o porquê quando se tem 18 anos era normal para mim. Só tinha apenas uma certeza: queria mudar meu destino. Comecei a trabalhar fora. Isso deixava minha madrasta furiosa. Ela fazia de tudo para me humilhar. Era comum encontrar minhas roupas jogadas no chão, porque não podiam estar no mesmo cesto que as dela. Iniciei um curso universitário. O problema é que a faculdade ficava em outra cidade, a 200 quilômetros. Eu trabalhava, estudava e ajudava nos trabalhos de casa, que eram feitos de madrugada. Todas as noites eu chorava diante de tantas humilhações e injustiças. No meu trabalho, conheci um jornalista que me ensinou muito do que sei hoje. Fiquei muito amiga da esposa dele. Ela não aceitava que eu continuasse naquela vida miserável e me fez o convite para morar em Dourados. Eu poderia estudar, trabalhar e ajudá-la com os afazeres domésticos. Diante da proposta tentadora, acabei aceitando, depois dos desmandos da minha madrasta que me atormentava dia e noite, querendo que eu fosse embora. Não voltei mais lá e prometi que jamais voltaria, quem sabe assim eles seriam felizes de verdade agora que a cruz foi embora das costas deles. Em minha nova vida, ganhava cerca de R$ 10 por dia trabalhando. Ia me mantendo também com a pensão que recebia com a morte da minha mãe, que recebi até os 21 anos. Era tratada como uma filha pelo casal que me estendeu a mão e me deu emprego. Notei que eu não era aquele “verme” que minha madrasta queria que eu acreditasse. Vi que alguém poderia sentir admiração e respeito por mim. Estudei e ganhei uma bolsa de estudos pelo sistema Prouni, já que não tinha condições de bancar a faculdade de Jornalismo. No primeiro ano, consegui um estágio num jornal on-line de Dourados. Fui para outro jornal, onde comecei a trabalhar profissionalmente.

No segundo ano de faculdade, casei, direitinho como manda o figurino, na igreja e tudo. O meu esposo acreditou em mim e desafiou até a própria família para ficar comigo. Quantas idas e vindas dele me carregando para cima e para baixo, muitas vezes na chuva e de bicicleta, para que eu cumprisse meus trabalhos universitários. Eu chegava “morrendo” de cansaço na faculdade, mas fazia dali o meu parque de diversões, pois acreditava que através dos estudos eu poderia mudar a minha vida. Hoje estou conquistando tudo o que quero: um amor ver-dadeiro, uma profissão, bens materiais e amigos de verdade. Hoje sou feliz, mas quero mais. Continuo estudando e lutando para que as próximas linhas desta história tenham mais sucesso e seja um exemplo de superação.

A próxima pode ser a sua, envie-nos com algumas fotos

Valéria Araújo, jornalista.

Todo mundo tem uma história de vida que daria um livro. A minha não é um conto de fadas, mas acredito que o importante é que cada um tem o poder de transformar cada página da sua história naquilo que deseja, basta fazer as escolhas certas. Eu não sei nada sobre a minha origem e isso faz de mim uma pessoa praticamente sozinha, lutando para criar e entender a própria história. Isso às vezes incomoda.

ralheira a cinderelaDe gata bor

minha história

Page 16: Enigma assustador

Hora dorecreio

O lanche na escola, se bem administrado, pode contribuir para a atenção nas aulas e evitar transtornos alimentares na

infância e fase adulta. O equilíbrio cabe aos pais

saúde Triiiiiiiiiiiimmmmmmmm! É hora do recreio! Hora de conversar, brincar e, claro, comer! Momento importante para o cotidiano dos pequenos, o lanche na escola deve

ser encarado com muita responsabilidade, já que pode ajudar a criança a se concentrar nas aulas, ter disposição e bem-estar, ou, por outro lado, atrapalhar seu desenvolvimento.

Para a especialista em nutrição clínica, Mariana Josgrilberg de Jesus, vários são os pontos a se considerar quando se fala no lanche na escola. Ela destaca que o corpo precisa receber alimento a cada três horas, em média, para manter a concen-tração de glicose no sangue, que é o que dá energia para todos os órgãos do corpo funcionarem bem, inclusive o cérebro. Esse intervalo de alimentação também serve para que o metabolis-mo (responsável pela regulação de calorias) funcione bem, daí a importância dessa refeição na escola. “A falta desse lanche pode levar a dores de cabeça, dificuldade de concentração na escola e ainda prejudicar o gasto energético, podendo contribuir para o ganho de peso”, orienta a nutricionista.

Dentre as principais dicas dadas pela nutricionista, é impor-tante os pais se atentarem para o fato de que o lanche deve ser leve. “O lanche é uma refeição complementar e, por isso, deve ser leve. A função dele é manter a glicemia do corpo e evitar que a criança fique com muita fome para a próxima refeição. Alimentos ‘pesados’ e gordurosos têm um processo de digestão muito lento no organismo, que podem sim prejudicar a aten-ção da criança na escola”. Cachorro-quente com maionese, ke-tchup e batata palha, portanto, saem da lista dos alimentos ideais neste período, embora sejam os grande responsáveis pelas filas das cantinas. Também devem ser evitados, de uma forma geral, os produtos industrializados que costumam conter mais ingre-dientes maléficos do que benéficos ao organismo. “Por isso, sempre, quanto mais natural melhor”, destaca a nutricionista, que além do cachorro-quente, sugere que se evite os salgadi-nhos industrializados, os refrigerantes, os doces em geral, os embutidos (salsicha, mortadela e presunto), os salgados fritos e as bolachinhas com e sem recheio, figurinhas sempre presentes nas cantinas.

Na correria do dia a dia, muitos pais têm optado por subs-tituir a lancheira por algumas moedas, deixando muitas vezes para a cantina da escola o papel de cuidar dos hábitos alimen-tares dos filhos. Mariana deixa claro que o ideal é que a criança leve para a escola alimentos preparados pelos pais e que dian-te dessa impossibilidade, que os pais sejam responsáveis por orientá-los quanto ao que comer na escola. “Algumas escolas procuram oferecer alimentos mais saudáveis enquanto outras não. O melhor é que os pais visitem a escola para avaliar esses alimentos. Caso não haja opções saudáveis, o melhor é que a criança leve o lanche de casa quase sempre e combinar, no máximo, um dia na semana para que ela compre o lanche na escola, e, mesmo assim, esse dia deve ser orientado pelos pais sobre o que comprar.”

Ana Flávia Fernandes Mueller, mãe da Bárbara, de quatro anos, não tem tanta preocupação quan-to ao lanche da filha, pois a escola oferece os ali-mentos, seguindo um cardápio semanal. Segun-do ela, as refeições são variadas e buscam ser balanceadas, estimulando as crianças a come-rem coisas diferentes e nutritivas. “Tem o dia do

pão de queijo com suco de laranja; o dia da torta de legumes e o dia em que eles vão pra cozinha e fazem o próprio sanduíche, o que os motiva bastante a comer, pois daí ela pode escolher o que quer colocar no pão”, conta a mãe. A quarta-feira é um dia especial dedicado às frutas e a preocupação da escola tem dado resultado. “O dia da fruta é muito bom porque a Babi não come quase frutas em casa. Diz que não gosta... Mas na escola, ela vê os outros comendo e se motiva!”.

Apesar da facilidade que a mãe tem de a escola fornecer o lanchinho, ela não está salva das vontades e pedidos que fa-zem parte da vida de toda criança e, abre exceções, liberando lanches não tão nutritivos. “Às vezes ela vê alguns amiguinhos levando salgadinho e quer levar também, então, de vez em quando ela acaba nos convencendo e leva o bom e velho Elma Chips”, brinca a mãe. Afinal, ser radical nunca é uma boa ideia.

Maria Alice Otre

A nutricionista Mariana Josgrilberg de Jesus dá di-cas aos pais com opções de lanches

Page 17: Enigma assustador

Hora dorecreio

O lanche na escola, se bem administrado, pode contribuir para a atenção nas aulas e evitar transtornos alimentares na

infância e fase adulta. O equilíbrio cabe aos pais

saúde Triiiiiiiiiiiimmmmmmmm! É hora do recreio! Hora de conversar, brincar e, claro, comer! Momento importante para o cotidiano dos pequenos, o lanche na escola deve

ser encarado com muita responsabilidade, já que pode ajudar a criança a se concentrar nas aulas, ter disposição e bem-estar, ou, por outro lado, atrapalhar seu desenvolvimento.

Para a especialista em nutrição clínica, Mariana Josgrilberg de Jesus, vários são os pontos a se considerar quando se fala no lanche na escola. Ela destaca que o corpo precisa receber alimento a cada três horas, em média, para manter a concen-tração de glicose no sangue, que é o que dá energia para todos os órgãos do corpo funcionarem bem, inclusive o cérebro. Esse intervalo de alimentação também serve para que o metabolis-mo (responsável pela regulação de calorias) funcione bem, daí a importância dessa refeição na escola. “A falta desse lanche pode levar a dores de cabeça, dificuldade de concentração na escola e ainda prejudicar o gasto energético, podendo contribuir para o ganho de peso”, orienta a nutricionista.

Dentre as principais dicas dadas pela nutricionista, é impor-tante os pais se atentarem para o fato de que o lanche deve ser leve. “O lanche é uma refeição complementar e, por isso, deve ser leve. A função dele é manter a glicemia do corpo e evitar que a criança fique com muita fome para a próxima refeição. Alimentos ‘pesados’ e gordurosos têm um processo de digestão muito lento no organismo, que podem sim prejudicar a aten-ção da criança na escola”. Cachorro-quente com maionese, ke-tchup e batata palha, portanto, saem da lista dos alimentos ideais neste período, embora sejam os grande responsáveis pelas filas das cantinas. Também devem ser evitados, de uma forma geral, os produtos industrializados que costumam conter mais ingre-dientes maléficos do que benéficos ao organismo. “Por isso, sempre, quanto mais natural melhor”, destaca a nutricionista, que além do cachorro-quente, sugere que se evite os salgadi-nhos industrializados, os refrigerantes, os doces em geral, os embutidos (salsicha, mortadela e presunto), os salgados fritos e as bolachinhas com e sem recheio, figurinhas sempre presentes nas cantinas.

Na correria do dia a dia, muitos pais têm optado por subs-tituir a lancheira por algumas moedas, deixando muitas vezes para a cantina da escola o papel de cuidar dos hábitos alimen-tares dos filhos. Mariana deixa claro que o ideal é que a criança leve para a escola alimentos preparados pelos pais e que dian-te dessa impossibilidade, que os pais sejam responsáveis por orientá-los quanto ao que comer na escola. “Algumas escolas procuram oferecer alimentos mais saudáveis enquanto outras não. O melhor é que os pais visitem a escola para avaliar esses alimentos. Caso não haja opções saudáveis, o melhor é que a criança leve o lanche de casa quase sempre e combinar, no máximo, um dia na semana para que ela compre o lanche na escola, e, mesmo assim, esse dia deve ser orientado pelos pais sobre o que comprar.”

Ana Flávia Fernandes Mueller, mãe da Bárbara, de quatro anos, não tem tanta preocupação quan-to ao lanche da filha, pois a escola oferece os ali-mentos, seguindo um cardápio semanal. Segun-do ela, as refeições são variadas e buscam ser balanceadas, estimulando as crianças a come-rem coisas diferentes e nutritivas. “Tem o dia do

pão de queijo com suco de laranja; o dia da torta de legumes e o dia em que eles vão pra cozinha e fazem o próprio sanduíche, o que os motiva bastante a comer, pois daí ela pode escolher o que quer colocar no pão”, conta a mãe. A quarta-feira é um dia especial dedicado às frutas e a preocupação da escola tem dado resultado. “O dia da fruta é muito bom porque a Babi não come quase frutas em casa. Diz que não gosta... Mas na escola, ela vê os outros comendo e se motiva!”.

Apesar da facilidade que a mãe tem de a escola fornecer o lanchinho, ela não está salva das vontades e pedidos que fa-zem parte da vida de toda criança e, abre exceções, liberando lanches não tão nutritivos. “Às vezes ela vê alguns amiguinhos levando salgadinho e quer levar também, então, de vez em quando ela acaba nos convencendo e leva o bom e velho Elma Chips”, brinca a mãe. Afinal, ser radical nunca é uma boa ideia.

Maria Alice Otre

A nutricionista Mariana Josgrilberg de Jesus dá di-cas aos pais com opções de lanches

Page 18: Enigma assustador

Dicas para antes da escola

Opções gostosas para o lanche na escola

Opções gostosas para o lanche na escola

Ideal para crianças que estão acima do peso:

Ideal para crianças que precisam ganhar peso:

Iogurte > 1 pote 200mlSalada de frutas > 1 pote de sobremesa

Pão integral > 2 fatias;Requeijão > 1 colher de sobremesaSuco natural > 1 copo (200ml)

Bolo simples > 2 fatias médiasVitamina > leite com banana (300ml)

Suco à base de soja >1 und. 200mlTortinha de frango assada > 1 pedaço médioFruta >1 unidade

Mariana Josgrilberg nos auxiliou sobre como a criança deve se alimentar antes de ir pra escola e formulou ainda quatro op-ções de lanches de acordo com as necessidades das crianças (as que estão acima ou abaixo do peso e as que estão no peso considerado saudável).

Para a criança que estuda de manhã, é importantíssimo que os pais as habituem a se sentar e fazer essa refeição, mesmo que seja necessário acordar alguns minutos mais cedo que de costume. Deve-se ingerir uma porção de leite ou iogurte, ou queijo, uma porção de carboidrato, sendo pão ou cereal (flocos

de milho com pouco açúcar!) e uma fruta, que pode ser consu-mida inteira ou batida com leite.

Já para aquela que estuda à tarde, é bom que almoce com um tempo de antecedência, para descansar um pouco antes de ir para a escola. Ter ao menos uns quinze minutos entre almo-çar e sair, para que a criança não fique com a sensação de “estô-mago pesado” ao chegar à escola. O almoço deve conter arroz e feijão, uma carne (branca ou vermelha) preparada de maneira que não fique gordurosa, legumes (beterraba, cenoura, chuchu, abobrinha, etc) e folhas (alface, espinafre, couve, entre outros).

Segundo a nutricionista consultada, as crianças que não es-tão com o peso acima ou abaixo do saudável, devem seguir uma alimentação semelhante. “Na verdade, a alimentação para manter o corpo em equilíbrio segue algumas regras, e ela será suficiente para aumentar, diminuir ou manter o peso, claro que uns com um pouco mais de liberdade que outros. Algo impor-tante para todas as crianças é consumir frutas!!! O hábito de

consumi-las deve ser estimulado pela família em todas as faixas

etárias a partir do desmame”. Mariana destaca, ainda, a impor-

tância de que a família em que a criança vive tenha bons hábitos

alimentares. “Isso fará com que a criança se alimente bem, na-

turalmente, sem brigas, imposições e chantagens, o que muitas

vezes acaba piorando o hábito alimentar dela”.

Caso os pais percebam algum sinal de que o filho vem pas-sando por problemas ou transtornos alimentares, é importante procurar ajuda o mais rápido possível. “Mudança radical e es-pontânea de comportamento alimentar, por exemplo; comer alimentos que não se costumava comer em quantidades muito maiores ou muito menores que o habitual; invenções de des-culpas para não comer naquele momento ou para não comer alimentos que sempre foram apreciados pela criança”, podem ser indicativos de que a ajuda faz-se necessária, afirma a nutri-cionista.

Segundo ela, transtornos alimentares na infância podem de-correr de muitos motivos diferentes, mas, os mais comuns vêm

de problemas com a família ou de socialização, por exemplo. “Pais preocupados excessivamente com a forma física e não com a saúde e/ou insatisfação com o próprio corpo perante colegas de escola”, destaca Mariana. “Enfim, várias situações po-dem levar uma criança a desenvolver um transtorno alimentar. O transtorno alimentar é um problema inicialmente psicológico e deve ser tratado por psicólogo e nutricionista juntos”.

Caso não sejam bem tratados, marcas podem ficar para a vida toda. “Isso irá depender a que grau esse transtorno chegou e se foi tratado ou não. De forma geral, a preocupação ex-cessiva com a forma física pode continuar e algumas alterações metabólicas podem persistir”.

Opção 01

Opção 03 Opção 04

Opção 02

Achar o equilíbrio entre frutas, sucos e guloseimas, é a parte difícil, que cabe aos pais.

y

Page 19: Enigma assustador

Dicas para antes da escola

Opções gostosas para o lanche na escola

Opções gostosas para o lanche na escola

Ideal para crianças que estão acima do peso:

Ideal para crianças que precisam ganhar peso:

Iogurte > 1 pote 200mlSalada de frutas > 1 pote de sobremesa

Pão integral > 2 fatias;Requeijão > 1 colher de sobremesaSuco natural > 1 copo (200ml)

Bolo simples > 2 fatias médiasVitamina > leite com banana (300ml)

Suco à base de soja >1 und. 200mlTortinha de frango assada > 1 pedaço médioFruta >1 unidade

Mariana Josgrilberg nos auxiliou sobre como a criança deve se alimentar antes de ir pra escola e formulou ainda quatro op-ções de lanches de acordo com as necessidades das crianças (as que estão acima ou abaixo do peso e as que estão no peso considerado saudável).

Para a criança que estuda de manhã, é importantíssimo que os pais as habituem a se sentar e fazer essa refeição, mesmo que seja necessário acordar alguns minutos mais cedo que de costume. Deve-se ingerir uma porção de leite ou iogurte, ou queijo, uma porção de carboidrato, sendo pão ou cereal (flocos

de milho com pouco açúcar!) e uma fruta, que pode ser consu-mida inteira ou batida com leite.

Já para aquela que estuda à tarde, é bom que almoce com um tempo de antecedência, para descansar um pouco antes de ir para a escola. Ter ao menos uns quinze minutos entre almo-çar e sair, para que a criança não fique com a sensação de “estô-mago pesado” ao chegar à escola. O almoço deve conter arroz e feijão, uma carne (branca ou vermelha) preparada de maneira que não fique gordurosa, legumes (beterraba, cenoura, chuchu, abobrinha, etc) e folhas (alface, espinafre, couve, entre outros).

Segundo a nutricionista consultada, as crianças que não es-tão com o peso acima ou abaixo do saudável, devem seguir uma alimentação semelhante. “Na verdade, a alimentação para manter o corpo em equilíbrio segue algumas regras, e ela será suficiente para aumentar, diminuir ou manter o peso, claro que uns com um pouco mais de liberdade que outros. Algo impor-tante para todas as crianças é consumir frutas!!! O hábito de

consumi-las deve ser estimulado pela família em todas as faixas

etárias a partir do desmame”. Mariana destaca, ainda, a impor-

tância de que a família em que a criança vive tenha bons hábitos

alimentares. “Isso fará com que a criança se alimente bem, na-

turalmente, sem brigas, imposições e chantagens, o que muitas

vezes acaba piorando o hábito alimentar dela”.

Caso os pais percebam algum sinal de que o filho vem pas-sando por problemas ou transtornos alimentares, é importante procurar ajuda o mais rápido possível. “Mudança radical e es-pontânea de comportamento alimentar, por exemplo; comer alimentos que não se costumava comer em quantidades muito maiores ou muito menores que o habitual; invenções de des-culpas para não comer naquele momento ou para não comer alimentos que sempre foram apreciados pela criança”, podem ser indicativos de que a ajuda faz-se necessária, afirma a nutri-cionista.

Segundo ela, transtornos alimentares na infância podem de-correr de muitos motivos diferentes, mas, os mais comuns vêm

de problemas com a família ou de socialização, por exemplo. “Pais preocupados excessivamente com a forma física e não com a saúde e/ou insatisfação com o próprio corpo perante colegas de escola”, destaca Mariana. “Enfim, várias situações po-dem levar uma criança a desenvolver um transtorno alimentar. O transtorno alimentar é um problema inicialmente psicológico e deve ser tratado por psicólogo e nutricionista juntos”.

Caso não sejam bem tratados, marcas podem ficar para a vida toda. “Isso irá depender a que grau esse transtorno chegou e se foi tratado ou não. De forma geral, a preocupação ex-cessiva com a forma física pode continuar e algumas alterações metabólicas podem persistir”.

Opção 01

Opção 03 Opção 04

Opção 02

Achar o equilíbrio entre frutas, sucos e guloseimas, é a parte difícil, que cabe aos pais.

y

Page 20: Enigma assustador

Ellen Kotai

Sentar na cadeira de uma faculdade e encarar desafios durante quatro, cinco anos não parece ser tarefa das mais difíceis, mas das mais disputadas e prazerosas. Isso

se pode constatar pelos números que hoje cercam as faculda-des com infinidades de cursos de graduação, pós-graduação, entre outros, que enchem as salas de aula de alunos e fazem da época universitária um período de gostos e superações.

Em Dourados, as cinco instituições de ensino superior agregam milhares de alunos, que, embora façam parte de di-versos cursos, desde teologia até educação física, por exem-plo, se unem num único objetivo, conquistar o diploma do tão sonhado Curso Superior.

Entre tantas disciplinas e variedades de possíveis profis-

universidade

Livros e mais livros ou aulas de laboratório e campo, qual o mais prazeroso e correto? A eterna relação ensino teórico e prático ainda desperta e divide opiniões nos bancos universitários

Teoria PráticaX

sões, sempre surgem, num primeiro momento, algumas dú-vidas após o curso escolhido. Uma delas é se o curso é mais teórico ou prático, ou se o aluno se adaptará melhor com a teoria ou a experiência em campo.

Se você também teve essa dúvida, saiba que é normal! Afinal, muitas pessoas têm mais perfil em trabalhar com o pú-blico e exercer a profissão com o foco na prática, e outras, apaixonadas pela teoria, tendem a ser pesquisadores e mer-gulham nas teorias e ensinos da profissão.

Porém, os ensinos teóricos e práticos dentro da universi-dade não podem ser segregados, já que fazem parte de um mesmo ensino. Assim explica o jornalista e coordenador dos cursos de comunicação social da Unigran, Bruno Augusto

Amador Barreto. Ele garante que os ensinos teóricos e prá-ticos são uma mesma coisa e não podem ser separados. “A teoria é a observação da prática e a prática é uma experiência de acertos e erros, formulando teorias no dia a dia. As duas não estão separadas e não podem ser aprendidas dessa ma-neira”, garante.

Mas para que não façamos confusão, Barreto explica. “O tempo todo durante os cursos de comunicação social existem disciplinas mais práticas e mais teóricas, como qualquer outro curso, claro! Porém, não podemos dizer que uma disciplina é essencialmente teórica ou prática, pois dentro da disciplina com enfoque prático utiliza-se, e muito, a teoria”. Ele exem-plifica com a disciplina de telejornalismo, que utiliza e ensina a

Page 21: Enigma assustador

Ellen Kotai

Sentar na cadeira de uma faculdade e encarar desafios durante quatro, cinco anos não parece ser tarefa das mais difíceis, mas das mais disputadas e prazerosas. Isso

se pode constatar pelos números que hoje cercam as faculda-des com infinidades de cursos de graduação, pós-graduação, entre outros, que enchem as salas de aula de alunos e fazem da época universitária um período de gostos e superações.

Em Dourados, as cinco instituições de ensino superior agregam milhares de alunos, que, embora façam parte de di-versos cursos, desde teologia até educação física, por exem-plo, se unem num único objetivo, conquistar o diploma do tão sonhado Curso Superior.

Entre tantas disciplinas e variedades de possíveis profis-

universidade

Livros e mais livros ou aulas de laboratório e campo, qual o mais prazeroso e correto? A eterna relação ensino teórico e prático ainda desperta e divide opiniões nos bancos universitários

Teoria PráticaX

sões, sempre surgem, num primeiro momento, algumas dú-vidas após o curso escolhido. Uma delas é se o curso é mais teórico ou prático, ou se o aluno se adaptará melhor com a teoria ou a experiência em campo.

Se você também teve essa dúvida, saiba que é normal! Afinal, muitas pessoas têm mais perfil em trabalhar com o pú-blico e exercer a profissão com o foco na prática, e outras, apaixonadas pela teoria, tendem a ser pesquisadores e mer-gulham nas teorias e ensinos da profissão.

Porém, os ensinos teóricos e práticos dentro da universi-dade não podem ser segregados, já que fazem parte de um mesmo ensino. Assim explica o jornalista e coordenador dos cursos de comunicação social da Unigran, Bruno Augusto

Amador Barreto. Ele garante que os ensinos teóricos e prá-ticos são uma mesma coisa e não podem ser separados. “A teoria é a observação da prática e a prática é uma experiência de acertos e erros, formulando teorias no dia a dia. As duas não estão separadas e não podem ser aprendidas dessa ma-neira”, garante.

Mas para que não façamos confusão, Barreto explica. “O tempo todo durante os cursos de comunicação social existem disciplinas mais práticas e mais teóricas, como qualquer outro curso, claro! Porém, não podemos dizer que uma disciplina é essencialmente teórica ou prática, pois dentro da disciplina com enfoque prático utiliza-se, e muito, a teoria”. Ele exem-plifica com a disciplina de telejornalismo, que utiliza e ensina a

Page 22: Enigma assustador

prática com técnicas e experimentos, mas sempre emba-sada em recursos teóricos como relatos, observação, críticas e outros.

Barreto acrescenta, “uma pessoa que trabalha num jornal, por exemplo, teve uma experiência ruim no fechamento de um caderno. No outro dia, ela vai refletir pra ver o que acon-teceu e tentar mudar, e essa observação também é, de certa forma, teoria”, diz. Ele garante que muitas vezes enxergamos a teoria como algo distante, mas ela está o tempo todo junto com a prática.

Muitas vezes existe um medo dos ensinos teóricos por parte dos estudantes. Talvez porque para isso precise de leitu-ra e estudos. Porém, garante Barreto, quando não se tem es-tudo desenvolve-se a profissão de maneira empírica, ou seja, testando a prática. Já quem tem estudos (teóricos) também vai aprender a prática, mas de maneira a não errar como os primeiros erraram. “Se vou para a faculdade, vou saber o que os outros fizeram de errado e os acertos que tiveram através dos estudos e teorias. Dessa maneira é possível desenvolver melhor a profissão, agir com cautela e não se engessar nos vícios da profissão”, explica.

No caso da comunicação social, reitera Barreto, é a mes-ma coisa, pois o ensino acadêmico é importantíssimo até mes-mo para aqueles que já trabalham na área, pois eles também têm a aprender com estudiosos e profissionais que acertaram e erraram na profissão. Além disso, o trabalho dessas pessoas que estão atuando no mercado sem estudos, tem muito a contribuir com a teoria. Portanto, na opinião do coordenador não existe essa dicotomia, essa separação, os dois tipos de ensino são uma mesma coisa.

Teoria e prática são então ensinos complementares e que agem em conjunto. Em certas disciplinas, a teoria embasa a prática, em outras, a prática dá asas para formulação e reflexão de novas teorias.

Professor e coordenador do curso de farmácia, André Mueller, afirma que é demasiadamente importante combinar os dois tipos de ensino porque se aprende a fazer o teórico e a experimentação na prática. “Muitas das nossas aulas práticas são voltadas para clínicas, dessa maneira, é possível nas salas de aula o aluno lidar com a teoria, e nas disciplinas de labora-tório, sedimentar o que teve em aula. Isso auxilia o acadêmi-co, acrescenta Mueller, inclusive na tomada de decisões pelo fato de ser um ensino mais sólido.

Como ensinos complementares e inseparáveis, a teoria e a prática caminham juntas. Para quem se relaciona melhor com a prática, vale o esforço para ter a teoria na ponta da língua e exercer a prática com os melhores embasamentos e experiências teóricas. Para aqueles que gostam e mergulham nos livros, debates e reflexões teóricas, a prática traz a cada dia novas formulações e, a partir de experiências, relatos e evoluções. y

Page 23: Enigma assustador

prática com técnicas e experimentos, mas sempre emba-sada em recursos teóricos como relatos, observação, críticas e outros.

Barreto acrescenta, “uma pessoa que trabalha num jornal, por exemplo, teve uma experiência ruim no fechamento de um caderno. No outro dia, ela vai refletir pra ver o que acon-teceu e tentar mudar, e essa observação também é, de certa forma, teoria”, diz. Ele garante que muitas vezes enxergamos a teoria como algo distante, mas ela está o tempo todo junto com a prática.

Muitas vezes existe um medo dos ensinos teóricos por parte dos estudantes. Talvez porque para isso precise de leitu-ra e estudos. Porém, garante Barreto, quando não se tem es-tudo desenvolve-se a profissão de maneira empírica, ou seja, testando a prática. Já quem tem estudos (teóricos) também vai aprender a prática, mas de maneira a não errar como os primeiros erraram. “Se vou para a faculdade, vou saber o que os outros fizeram de errado e os acertos que tiveram através dos estudos e teorias. Dessa maneira é possível desenvolver melhor a profissão, agir com cautela e não se engessar nos vícios da profissão”, explica.

No caso da comunicação social, reitera Barreto, é a mes-ma coisa, pois o ensino acadêmico é importantíssimo até mes-mo para aqueles que já trabalham na área, pois eles também têm a aprender com estudiosos e profissionais que acertaram e erraram na profissão. Além disso, o trabalho dessas pessoas que estão atuando no mercado sem estudos, tem muito a contribuir com a teoria. Portanto, na opinião do coordenador não existe essa dicotomia, essa separação, os dois tipos de ensino são uma mesma coisa.

Teoria e prática são então ensinos complementares e que agem em conjunto. Em certas disciplinas, a teoria embasa a prática, em outras, a prática dá asas para formulação e reflexão de novas teorias.

Professor e coordenador do curso de farmácia, André Mueller, afirma que é demasiadamente importante combinar os dois tipos de ensino porque se aprende a fazer o teórico e a experimentação na prática. “Muitas das nossas aulas práticas são voltadas para clínicas, dessa maneira, é possível nas salas de aula o aluno lidar com a teoria, e nas disciplinas de labora-tório, sedimentar o que teve em aula. Isso auxilia o acadêmi-co, acrescenta Mueller, inclusive na tomada de decisões pelo fato de ser um ensino mais sólido.

Como ensinos complementares e inseparáveis, a teoria e a prática caminham juntas. Para quem se relaciona melhor com a prática, vale o esforço para ter a teoria na ponta da língua e exercer a prática com os melhores embasamentos e experiências teóricas. Para aqueles que gostam e mergulham nos livros, debates e reflexões teóricas, a prática traz a cada dia novas formulações e, a partir de experiências, relatos e evoluções. y

Page 24: Enigma assustador

Na ponta da

agulhaHá cinco mil anos os chineses já usavam a acupuntura para alcançar efeitos terapêuticos. O tratamento consiste em buscar o equilíbrio do organismo por meio de aplicação de agulhas que aliviam e promovem a cura A técnica é milenar e sua origem, a

China. Não há dúvidas que o povo oriental sempre soube do poder da

acupuntura para o tratamento de várias doenças. Segundo a medicina chinesa, o corpo humano possui dois polos: o yin (negativo) e o yang (positivo) e quando algo no organismo não está bem é porque existe algum tipo de desequilíbrio nessas forças.

Caroline Oliveira

acupuntura “O método surgiu por meio de muita observação e intui-ção. Foi assim que os pontos foram detectados com o objetivo de regular as alterações que ocorrem no organismo e alcançar resultados terapêuticos”, explica o fisioterapeuta e especialista em acupuntura Luiz Gustavo de Araujo.

Sendo assim, toda essa energia está distribuída pelo corpo por meio de canais, ou meridianos, reple-tos de terminações nervosas. E, se esses pontos são estimulados ocorrem reações bioquímicas, ou seja, substâncias são libera-das e funcionam como analgésicos naturais, fazendo com que os órgãos trabalhem me-lhor e reequilibrando o fluxo energético.

O especialista afirma que pessoas que sofrem de estresse, ansiedade, depressão, insônia ou enxaqueca são alguns exemplos de pacientes que buscam na acupuntura o alívio e, porque não dizer a cura, que não conseguiram nos tratamentos convencio-nais. “E são as mulheres acima de 40 anos de idade quem mais procura essa alterna-tiva, pois são elas que mais sofrem com as alterações hormonais e, normalmente, conseguem conciliar a técnica com outros tratamentos, a fim de melhorar a qualidade de vida”.

E de que forma tudo isso acontece? Simples. A resposta está na ponta das agu-lhas. “Elas funcionam como uma espécie de antenas para sin-tonizar e equilibrar as energias do corpo”, diz Luiz Gustavo.

E foi apenas em 1995 que o Conselho Federal de Medicina reconheceu a acupuntura como uma especialidade médica. Já no Brasil, as agulhas chegaram apenas no começo do século. Elas são finas, têm o diâmetro do fio de cabelo e penetram, mais ou menos, dois milímetros da pele e, mesmo assim, têm o poder de corrigir a desarmonia ao atingir pontos em múscu-los e fibras.

Pesquisadores norte-americanos realizaram em 2007 um experimento com 479 pacientes durante quatro semanas. O resultado foi que 45% deles tiveram melhoras significativas com o método convencional, enquanto 62% tiveram reações positivas com a acupuntura.

Entretanto, a ciência mantém muita cautela sobre esse as-sunto. Os motivos variam desde o medo, o pavor, que mui-tos alimentam das agulhas e também existe controvérsia em relação à quantidade de pontos no corpo. De acordo com a medicina oriental, existem 1.500 pontos sensíveis às agulhas no corpo, já os médicos ocidentais comprovaram efeitos em apenas 360.

Mesmo assim, a acupuntura não para de crescer no País. Hoje são mais de 90 serviços em hospitais espalhados em 18 Estados brasileiros, que juntos somam mais de 10 mil atendi-mentos mensais. Não se pode contabilizar o número de pa-cientes que procuram a técnica em consultórios particulares, mas sabe-se que o contingente médico dessa área dobrou na última década, o que antes eram 2.500 em 1990, hoje chega a mais de 5 mil. Mas existem outros seguidores da técnica. Cerca de 20 mil fisioterapeutas, biomédicos, enfermeiros ou técnicos buscam o aprimoramento do método.

Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, a acu-puntura funciona em cerca de 70 a 80% dos pacientes. As sessões ocorrem uma vez por semana e duram em média 40 minutos. “Tratamos o problema de forma global, por mais que seja uma dor lombar, antes de tudo, tenho que reequilibrar outros pontos do corpo que podem também estar contribuin-

do para esse desconforto”, explica o espe-cialista Luiz Gustavo.

O fato é que o repertório da técnica é vasto. E como comprova a física, cada ação tem uma reação. O mesmo ocorre com a acupuntura, cabe ao acupunturista esco-lher a opção mais adequada ao tratamento que pode ser por meio de: infiltração (a agulha injeta solução fisiológica ou xilocaína nos pontos de acupuntura para aliviar do-res fortes), tachinhas (aplicadas para tratar, principalmente, a dependência química), agulhas (método tradicional), calor (este estimula as terminações nervosas), eletrici-dade (indicado para aliviar dores crônicas) e até raio laser (usado em crianças com medo de agulhas).

O que começou há mais de cinco mil anos com os chineses conquista, de fato, cada vez mais adeptos. Uma agulhinha aqui, outra ali e... voilà! O alívio mais que desejado. E você? Vai uma espetadinha aí?

A acupuntura é recomendada para:

Especialista em acupuntura diz que a técnica visa a equilibrar as alterações do organismo

Rinite e sinusite, faringite e amigdalite de natureza alérgica, bronquite aguda e asma brônquica;

Conjuntivites, dor de dentes, gengivites;

Soluços, náuseas e vômitos, gastrites agudas e crôni-cas, diarreia crônica e constipação;

Tensão pré-menstrual e cólicas menstruais;

Enxaquecas, paralisias faciais na fase inicial;

Traumas leves como contusão e entorses, dores lombares de origem muscular, dores ciáticas, lesões inflamatórias;

Dores pós-operatórias e reabilitação pós-imobiliza-ção;

Dependência química (o resultado depende de cada paciente, mas, em média, é possível em três sessões semanais, no período de três meses, desintoxicar a pessoa e deixá-la em abstinência das drogas. O trata-mento atinge um índice de 80% de cura).y

Page 25: Enigma assustador

Na ponta da

agulhaHá cinco mil anos os chineses já usavam a acupuntura para alcançar efeitos terapêuticos. O tratamento consiste em buscar o equilíbrio do organismo por meio de aplicação de agulhas que aliviam e promovem a cura A técnica é milenar e sua origem, a

China. Não há dúvidas que o povo oriental sempre soube do poder da

acupuntura para o tratamento de várias doenças. Segundo a medicina chinesa, o corpo humano possui dois polos: o yin (negativo) e o yang (positivo) e quando algo no organismo não está bem é porque existe algum tipo de desequilíbrio nessas forças.

Caroline Oliveira

acupuntura “O método surgiu por meio de muita observação e intui-ção. Foi assim que os pontos foram detectados com o objetivo de regular as alterações que ocorrem no organismo e alcançar resultados terapêuticos”, explica o fisioterapeuta e especialista em acupuntura Luiz Gustavo de Araujo.

Sendo assim, toda essa energia está distribuída pelo corpo por meio de canais, ou meridianos, reple-tos de terminações nervosas. E, se esses pontos são estimulados ocorrem reações bioquímicas, ou seja, substâncias são libera-das e funcionam como analgésicos naturais, fazendo com que os órgãos trabalhem me-lhor e reequilibrando o fluxo energético.

O especialista afirma que pessoas que sofrem de estresse, ansiedade, depressão, insônia ou enxaqueca são alguns exemplos de pacientes que buscam na acupuntura o alívio e, porque não dizer a cura, que não conseguiram nos tratamentos convencio-nais. “E são as mulheres acima de 40 anos de idade quem mais procura essa alterna-tiva, pois são elas que mais sofrem com as alterações hormonais e, normalmente, conseguem conciliar a técnica com outros tratamentos, a fim de melhorar a qualidade de vida”.

E de que forma tudo isso acontece? Simples. A resposta está na ponta das agu-lhas. “Elas funcionam como uma espécie de antenas para sin-tonizar e equilibrar as energias do corpo”, diz Luiz Gustavo.

E foi apenas em 1995 que o Conselho Federal de Medicina reconheceu a acupuntura como uma especialidade médica. Já no Brasil, as agulhas chegaram apenas no começo do século. Elas são finas, têm o diâmetro do fio de cabelo e penetram, mais ou menos, dois milímetros da pele e, mesmo assim, têm o poder de corrigir a desarmonia ao atingir pontos em múscu-los e fibras.

Pesquisadores norte-americanos realizaram em 2007 um experimento com 479 pacientes durante quatro semanas. O resultado foi que 45% deles tiveram melhoras significativas com o método convencional, enquanto 62% tiveram reações positivas com a acupuntura.

Entretanto, a ciência mantém muita cautela sobre esse as-sunto. Os motivos variam desde o medo, o pavor, que mui-tos alimentam das agulhas e também existe controvérsia em relação à quantidade de pontos no corpo. De acordo com a medicina oriental, existem 1.500 pontos sensíveis às agulhas no corpo, já os médicos ocidentais comprovaram efeitos em apenas 360.

Mesmo assim, a acupuntura não para de crescer no País. Hoje são mais de 90 serviços em hospitais espalhados em 18 Estados brasileiros, que juntos somam mais de 10 mil atendi-mentos mensais. Não se pode contabilizar o número de pa-cientes que procuram a técnica em consultórios particulares, mas sabe-se que o contingente médico dessa área dobrou na última década, o que antes eram 2.500 em 1990, hoje chega a mais de 5 mil. Mas existem outros seguidores da técnica. Cerca de 20 mil fisioterapeutas, biomédicos, enfermeiros ou técnicos buscam o aprimoramento do método.

Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, a acu-puntura funciona em cerca de 70 a 80% dos pacientes. As sessões ocorrem uma vez por semana e duram em média 40 minutos. “Tratamos o problema de forma global, por mais que seja uma dor lombar, antes de tudo, tenho que reequilibrar outros pontos do corpo que podem também estar contribuin-

do para esse desconforto”, explica o espe-cialista Luiz Gustavo.

O fato é que o repertório da técnica é vasto. E como comprova a física, cada ação tem uma reação. O mesmo ocorre com a acupuntura, cabe ao acupunturista esco-lher a opção mais adequada ao tratamento que pode ser por meio de: infiltração (a agulha injeta solução fisiológica ou xilocaína nos pontos de acupuntura para aliviar do-res fortes), tachinhas (aplicadas para tratar, principalmente, a dependência química), agulhas (método tradicional), calor (este estimula as terminações nervosas), eletrici-dade (indicado para aliviar dores crônicas) e até raio laser (usado em crianças com medo de agulhas).

O que começou há mais de cinco mil anos com os chineses conquista, de fato, cada vez mais adeptos. Uma agulhinha aqui, outra ali e... voilà! O alívio mais que desejado. E você? Vai uma espetadinha aí?

A acupuntura é recomendada para:

Especialista em acupuntura diz que a técnica visa a equilibrar as alterações do organismo

Rinite e sinusite, faringite e amigdalite de natureza alérgica, bronquite aguda e asma brônquica;

Conjuntivites, dor de dentes, gengivites;

Soluços, náuseas e vômitos, gastrites agudas e crôni-cas, diarreia crônica e constipação;

Tensão pré-menstrual e cólicas menstruais;

Enxaquecas, paralisias faciais na fase inicial;

Traumas leves como contusão e entorses, dores lombares de origem muscular, dores ciáticas, lesões inflamatórias;

Dores pós-operatórias e reabilitação pós-imobiliza-ção;

Dependência química (o resultado depende de cada paciente, mas, em média, é possível em três sessões semanais, no período de três meses, desintoxicar a pessoa e deixá-la em abstinência das drogas. O trata-mento atinge um índice de 80% de cura).y

Page 26: Enigma assustador

artigo

Você já

Flavio FagundesProfissional em venda,

consultor e palestrante, instrutor comercial do Sesc.

SORRIU HOJE?SORRIU HOJE?

Quero começar este artigo fazendo esta pergunta: por que algo que parece ser tão simples em alguns momentos se torna tão difícil em outros? E, principalmente quando ele é fundamen-tal e extremamente necessário, não surge. Que momento é esse? O momento é quando temos que encantar e conquistar os nossos clientes. Quero aqui expressar a importância que um sorriso encantador e sincero tem num atendimento a clientes e pessoas.

Todas as vezes que sou atendido por alguém, procuro sempre observar se, além de todo o processo do atendimento, também os atendentes conseguem sorrir, e, considero muito ruim quando o sorriso não aparece ou também quando é irô-nico ou sem sinceridade. Quero-lhe fazer uma pergunta: você gosta de ser atendido por uma pessoa que demonstra vontade em atender, ou por aquela pessoa que parece que está odiando atender você? Pois é assim que eu me sinto quando alguém que está-me atendendo não sorri, ou quando expressa um sorriso falso ou irônico na hora do atendimento. O sorriso abre portas para estender relacionamentos em todos os sentidos. Quan-do estamos interessados em alguém, expressamos o melhor do melhores sorrisos, e por quê? Porque queremos chamar a atenção, queremos encantar, agradar e conquistar. Vejo mui-tos atendentes e vendedores que numa entrevista de empre-

go sempre dizem que as suas finalidades são de colaborar ao máximo com o crescimento da empresa e, sendo vendedor, conseguir excelentes resultados em vendas, fazendo com que a empresa obtenha excelentes ganhos com a sua produtivida-de. Mas quando a pessoa fala, fico observando se ela tem um sorriso natural e encantador. Por que faço isso? Entendo assim: para ser um excelente profissional comercial, essa pessoa tem que ter uma carteira de clientes que procurem comprar sem-pre com ela. Depois analiso o seguinte: para ter muitas vendas é necessário ter muitos clientes fiéis, e cliente fiel compra sem-pre. Para ser um cliente fiel tem que ser conquistado; para con-quistar tem que estender relacionamento, ou seja, conhecer o cliente e fazer uma amizade comercial com ele e, para isso tudo acontecer, tem que começar com um sorriso. Então, se o pre-tendente ao cargo comercial não sabe sorrir, como poderemos ter bons resultados?

É fantástico quando você chega num local e é recebido com um belo e encantador sorriso. E como aprender a sorrir de forma encantadora? Treine na frente do espelho, treine com seus amigos e familiares, mas, por favor, treine e não fique com vergonha de sorrir, faça a prova e receberá muitos elogios e conquistará muitos clientes.

Você já sorriu hoje? y

Page 27: Enigma assustador

artigo

Você já

Flavio FagundesProfissional em venda,

consultor e palestrante, instrutor comercial do Sesc.

SORRIU HOJE?SORRIU HOJE?

Quero começar este artigo fazendo esta pergunta: por que algo que parece ser tão simples em alguns momentos se torna tão difícil em outros? E, principalmente quando ele é fundamen-tal e extremamente necessário, não surge. Que momento é esse? O momento é quando temos que encantar e conquistar os nossos clientes. Quero aqui expressar a importância que um sorriso encantador e sincero tem num atendimento a clientes e pessoas.

Todas as vezes que sou atendido por alguém, procuro sempre observar se, além de todo o processo do atendimento, também os atendentes conseguem sorrir, e, considero muito ruim quando o sorriso não aparece ou também quando é irô-nico ou sem sinceridade. Quero-lhe fazer uma pergunta: você gosta de ser atendido por uma pessoa que demonstra vontade em atender, ou por aquela pessoa que parece que está odiando atender você? Pois é assim que eu me sinto quando alguém que está-me atendendo não sorri, ou quando expressa um sorriso falso ou irônico na hora do atendimento. O sorriso abre portas para estender relacionamentos em todos os sentidos. Quan-do estamos interessados em alguém, expressamos o melhor do melhores sorrisos, e por quê? Porque queremos chamar a atenção, queremos encantar, agradar e conquistar. Vejo mui-tos atendentes e vendedores que numa entrevista de empre-

go sempre dizem que as suas finalidades são de colaborar ao máximo com o crescimento da empresa e, sendo vendedor, conseguir excelentes resultados em vendas, fazendo com que a empresa obtenha excelentes ganhos com a sua produtivida-de. Mas quando a pessoa fala, fico observando se ela tem um sorriso natural e encantador. Por que faço isso? Entendo assim: para ser um excelente profissional comercial, essa pessoa tem que ter uma carteira de clientes que procurem comprar sem-pre com ela. Depois analiso o seguinte: para ter muitas vendas é necessário ter muitos clientes fiéis, e cliente fiel compra sem-pre. Para ser um cliente fiel tem que ser conquistado; para con-quistar tem que estender relacionamento, ou seja, conhecer o cliente e fazer uma amizade comercial com ele e, para isso tudo acontecer, tem que começar com um sorriso. Então, se o pre-tendente ao cargo comercial não sabe sorrir, como poderemos ter bons resultados?

É fantástico quando você chega num local e é recebido com um belo e encantador sorriso. E como aprender a sorrir de forma encantadora? Treine na frente do espelho, treine com seus amigos e familiares, mas, por favor, treine e não fique com vergonha de sorrir, faça a prova e receberá muitos elogios e conquistará muitos clientes.

Você já sorriu hoje? y

Page 28: Enigma assustador

Sobrancelhas arqueadas, olhar fi xo ou cabisbaixo, caretas, balanço das mãos. É o seu corpo dizendo o que se passa sem você perceber.

Eu façocaras e bocas

Ellen Kotai

O corpo fala e isso é certo. Sem suas expressões, mo-vimentos e significados, cada sinal ou gesto, seríamos como robôs dotados de voz e ponto final, mas não é

assim que funcionamos, pois além de entonações na voz, temos toda a extensão do corpo com transmissores que fazem a comu-nicação do cérebro desde o fio de cabelo até o dedinho do pé.

Imagine a seguinte situação: você está num restaurante e pediu o prato mais delicioso do cardápio. O garçom vem se aproximando trazendo a comida e quando chega, você quase engole o prato com os olhos de tão bonito. Calmamente você ajeita os talheres e... ‘mãos à obra’, coloca na boca um delicioso pedaço da comida. Imediatamente arregala a face, solta os ta-lheres e começa a agitar as mãos, expressando no rosto e nos gestos impulsivos e sons sem sentido que aquele pedaço de comida não te agradou.

Como se fosse um filme, ‘à la Charlie Chaplin’, as mensa-gens de desagrado, descontentamento e desespero pelo sabor, temperatura ou textura da comida dentro da boca são decifra-das pela linguagem corporal e facial e pelo tom dos barulhos produzidos, e não necessariamente por palavras, já que a boca está ocupada demais para falar.

Referência quando o assunto é a expressão não-verbal, o

livro “O corpo fala”, dos escritores Pierre Weil e Roland To-pakow, traz explicações e significados de gestos e comunicação. Baseada neste livro, a pedagoga e estudiosa do comportamen-to humano, Rosana Spinelli dos Santos, escreveu que o corpo mostra sempre o que está latente no ser humano, expressando nossas ansiedades, desejos e conquistas mesmo que as pala-vras digam o contrário, e enfatiza que os gestos podem significar mais do que se imagina.

A educadora física que também é atriz da Cia Homoludens, Jamille Farath, acrescenta e explica. “Muitas vezes o corpo gri-ta quando está doente, externando a enfermidade nos órgãos, ao exemplo da febre, que nos alerta que algo não vai bem e que precisamos nos cuidar. Outras vezes, ele diz como está nossa mente, nosso estado psíquico, a exemplo da depressão, expressa em um corpo cansado, apático, ou ainda a timidez, revelando um corpo fechado, mãos inseguras, nosso estado de humor, nervosismo e ansiedade. Ele fala, grita e se expressa a todo momento e em todas as circunstâncias, um dos motivos é que esta é a primeira linguagem usada por nossos antepassados para expressar sentimentos, contar histórias, ensinar, intimidar inimigos, a linguagem corporal foi o gesto”, diz.

Para reagir ao descontentamento do exemplo dado no iní-

comportamento cio do texto não seria diferente, pois há uma linguagem corporal acentuada, olhos arregalados e movimentos agi-tados como reflexos do gosto, dissabor ou sensação de desprazer ao ingerir um alimento desagradável. Em ex-pressões conjuntas, percebemos facilmente que o nosso corpo fala. Nesse caso, também grita!

Segundo Farath, aprendemos e carregamos uma série de códigos de hábitos, jeitos e trejeitos ao longo da vida, que nos traduz sentimentos e nos serve de comunicação. “Experimente chegar a algum lugar e ao avistar a primeira pessoa dali, sorrir, antes de falar qualquer palavra. Infalivel-mente, ela sorrirá de volta”, afirma.

De acordo com uma pesquisa, o impacto de entendi-mento de uma pessoa é 7% verbal (no que diz respeito ao discurso e a escrita), 38% vocal (entonação, inflexões e outros ruídos), e 55% não-verbal (gestos e movimentos), garante Spinelli.

Porém, gestos isolados não têm muito sentido e não significam nada, diz a pedagoga. “Para que possamos en-tender o significado do gesto, precisamos fazer uma leitura corporal analisando o contexto da situação, que somente terá sentido quando os gestos apontarem uma congruên-cia da comunicação corporal”, diz. Se o movimento e a expressão não-verbal falam

mais que a voz, na vida, e pouco damos importância, nas artes, eles são base fundamental para a sua constru-ção e de conceitos, além de ser gerador incansável de discussões.

A expressão corporal foi “criada” na década de 50, por um inglês de sobrenome Chalanguier, a fim de que-brar movimentos formais do cotidiano, relacionados ao trabalho e às etiquetas, aos movimentos da sociedade repressora da época, do que como técnica, método ou linguagem corporal, explica Jamille Farath. A partir desta década, acrescenta, foi incorporada pelos grupos de te-atro e dança como uma técnica corporal.

Essa percepção à expressão fez com que, ao longo dos anos, ocorressem muitas mudanças no que diz res-peito ao teatro e ao circo. Hoje, companhias como o Circo de Soleil, utilizam técnicas corporais e teatrais mis-turadas, demonstrando, além de treinamento técnico, muita interpretação corporal.

Isis Anunciato, artista cênica da Companhia Simbiose de Dourados, acrescenta e explica que o movimento e a expressão corporal significam tudo quando o assunto é as artes, “pois é o que faz a comunicação”, garante.

A mímica é algo interessantíssimo quando se fala de expressão e linguagem não-verbal. Nela também existe texto, porém, não é falado, e está aí a importância de saber o que cada gesto diz, acrescenta Arani Argoello Marschner, também artista da Cia Simbiose. O grupo ainda ressalta que hoje, nas artes, se trabalha muito o corpo e sua expressão porque ‘se perdeu a voz’ e em-bora o cenário, a iluminação e todos os elementos que compõem um palco tenham suas mensagens e razões para estar onde estão, os movimentos e expressões corporais e faciais são os responsáveis pela mensagem principal.

Sobrancelhas levantadas: alegria, espanto, sur-presa

Sobrancelhas abaixadas: concentração, serie-dade, refl exão

Lábios arqueados para cima: alegria, prazer, sa-tisfação

Bico: contrariedade, dúvida, raiva

Presos entre os dentes: não pode ou não quer falar

A ternura é falada pelo rosto e pelas mãos

Mãos na frente da boca: deseja falar algo, mas não sabe como fazer

Mãos sobre a mesa: dedicado ao negócio ou querendo negociar. Demonstra sinceridade e honestidade

Mãos no bolso: estar em contato com o próprio corpo, reconfortador, busca de equilíbrio frente a uma possível ameaça

Esfregar o olho: tentativa de mascarar a falsida-de e desviar os olhos

Cumprimentar com a mão apertada: fi rmeza, coragem

Cumprimentar com a mão frouxa: fraqueza, re-ceio, medo

Outras vozes do corpo

Reunimos algumas curiosidades do que cada parte do corpo fala

Sequência de movimentos miméticos que comunicam sem a necessidade da voz.

y

Page 29: Enigma assustador

Sobrancelhas arqueadas, olhar fi xo ou cabisbaixo, caretas, balanço das mãos. É o seu corpo dizendo o que se passa sem você perceber.

Eu façocaras e bocas

Ellen Kotai

O corpo fala e isso é certo. Sem suas expressões, mo-vimentos e significados, cada sinal ou gesto, seríamos como robôs dotados de voz e ponto final, mas não é

assim que funcionamos, pois além de entonações na voz, temos toda a extensão do corpo com transmissores que fazem a comu-nicação do cérebro desde o fio de cabelo até o dedinho do pé.

Imagine a seguinte situação: você está num restaurante e pediu o prato mais delicioso do cardápio. O garçom vem se aproximando trazendo a comida e quando chega, você quase engole o prato com os olhos de tão bonito. Calmamente você ajeita os talheres e... ‘mãos à obra’, coloca na boca um delicioso pedaço da comida. Imediatamente arregala a face, solta os ta-lheres e começa a agitar as mãos, expressando no rosto e nos gestos impulsivos e sons sem sentido que aquele pedaço de comida não te agradou.

Como se fosse um filme, ‘à la Charlie Chaplin’, as mensa-gens de desagrado, descontentamento e desespero pelo sabor, temperatura ou textura da comida dentro da boca são decifra-das pela linguagem corporal e facial e pelo tom dos barulhos produzidos, e não necessariamente por palavras, já que a boca está ocupada demais para falar.

Referência quando o assunto é a expressão não-verbal, o

livro “O corpo fala”, dos escritores Pierre Weil e Roland To-pakow, traz explicações e significados de gestos e comunicação. Baseada neste livro, a pedagoga e estudiosa do comportamen-to humano, Rosana Spinelli dos Santos, escreveu que o corpo mostra sempre o que está latente no ser humano, expressando nossas ansiedades, desejos e conquistas mesmo que as pala-vras digam o contrário, e enfatiza que os gestos podem significar mais do que se imagina.

A educadora física que também é atriz da Cia Homoludens, Jamille Farath, acrescenta e explica. “Muitas vezes o corpo gri-ta quando está doente, externando a enfermidade nos órgãos, ao exemplo da febre, que nos alerta que algo não vai bem e que precisamos nos cuidar. Outras vezes, ele diz como está nossa mente, nosso estado psíquico, a exemplo da depressão, expressa em um corpo cansado, apático, ou ainda a timidez, revelando um corpo fechado, mãos inseguras, nosso estado de humor, nervosismo e ansiedade. Ele fala, grita e se expressa a todo momento e em todas as circunstâncias, um dos motivos é que esta é a primeira linguagem usada por nossos antepassados para expressar sentimentos, contar histórias, ensinar, intimidar inimigos, a linguagem corporal foi o gesto”, diz.

Para reagir ao descontentamento do exemplo dado no iní-

comportamento cio do texto não seria diferente, pois há uma linguagem corporal acentuada, olhos arregalados e movimentos agi-tados como reflexos do gosto, dissabor ou sensação de desprazer ao ingerir um alimento desagradável. Em ex-pressões conjuntas, percebemos facilmente que o nosso corpo fala. Nesse caso, também grita!

Segundo Farath, aprendemos e carregamos uma série de códigos de hábitos, jeitos e trejeitos ao longo da vida, que nos traduz sentimentos e nos serve de comunicação. “Experimente chegar a algum lugar e ao avistar a primeira pessoa dali, sorrir, antes de falar qualquer palavra. Infalivel-mente, ela sorrirá de volta”, afirma.

De acordo com uma pesquisa, o impacto de entendi-mento de uma pessoa é 7% verbal (no que diz respeito ao discurso e a escrita), 38% vocal (entonação, inflexões e outros ruídos), e 55% não-verbal (gestos e movimentos), garante Spinelli.

Porém, gestos isolados não têm muito sentido e não significam nada, diz a pedagoga. “Para que possamos en-tender o significado do gesto, precisamos fazer uma leitura corporal analisando o contexto da situação, que somente terá sentido quando os gestos apontarem uma congruên-cia da comunicação corporal”, diz. Se o movimento e a expressão não-verbal falam

mais que a voz, na vida, e pouco damos importância, nas artes, eles são base fundamental para a sua constru-ção e de conceitos, além de ser gerador incansável de discussões.

A expressão corporal foi “criada” na década de 50, por um inglês de sobrenome Chalanguier, a fim de que-brar movimentos formais do cotidiano, relacionados ao trabalho e às etiquetas, aos movimentos da sociedade repressora da época, do que como técnica, método ou linguagem corporal, explica Jamille Farath. A partir desta década, acrescenta, foi incorporada pelos grupos de te-atro e dança como uma técnica corporal.

Essa percepção à expressão fez com que, ao longo dos anos, ocorressem muitas mudanças no que diz res-peito ao teatro e ao circo. Hoje, companhias como o Circo de Soleil, utilizam técnicas corporais e teatrais mis-turadas, demonstrando, além de treinamento técnico, muita interpretação corporal.

Isis Anunciato, artista cênica da Companhia Simbiose de Dourados, acrescenta e explica que o movimento e a expressão corporal significam tudo quando o assunto é as artes, “pois é o que faz a comunicação”, garante.

A mímica é algo interessantíssimo quando se fala de expressão e linguagem não-verbal. Nela também existe texto, porém, não é falado, e está aí a importância de saber o que cada gesto diz, acrescenta Arani Argoello Marschner, também artista da Cia Simbiose. O grupo ainda ressalta que hoje, nas artes, se trabalha muito o corpo e sua expressão porque ‘se perdeu a voz’ e em-bora o cenário, a iluminação e todos os elementos que compõem um palco tenham suas mensagens e razões para estar onde estão, os movimentos e expressões corporais e faciais são os responsáveis pela mensagem principal.

Sobrancelhas levantadas: alegria, espanto, sur-presa

Sobrancelhas abaixadas: concentração, serie-dade, refl exão

Lábios arqueados para cima: alegria, prazer, sa-tisfação

Bico: contrariedade, dúvida, raiva

Presos entre os dentes: não pode ou não quer falar

A ternura é falada pelo rosto e pelas mãos

Mãos na frente da boca: deseja falar algo, mas não sabe como fazer

Mãos sobre a mesa: dedicado ao negócio ou querendo negociar. Demonstra sinceridade e honestidade

Mãos no bolso: estar em contato com o próprio corpo, reconfortador, busca de equilíbrio frente a uma possível ameaça

Esfregar o olho: tentativa de mascarar a falsida-de e desviar os olhos

Cumprimentar com a mão apertada: fi rmeza, coragem

Cumprimentar com a mão frouxa: fraqueza, re-ceio, medo

Outras vozes do corpo

Reunimos algumas curiosidades do que cada parte do corpo fala

Sequência de movimentos miméticos que comunicam sem a necessidade da voz.

y

Page 30: Enigma assustador
Page 31: Enigma assustador
Page 32: Enigma assustador

Buscando aproximar o universo científi co de nossos leitores, principalmente dos pequenos, a Haley preparou duas experiências

para você. Vamos lá, cientista?

Descobrindo a Ciência!

curiosidade

Construindo um foguete

Construindo um foguete

(Fonte: cienciaao.if.usp.br)

Maria Alice Otre

Quando se fala em ciência ou cientista, o que te vem à cabeça? Um senhor de jaleco, óculos, muitas vezes com cara de louco, atrás de experimentos que soltam

‘fumacinha’ e um monte de aparelhos tecnológicos? Não, eu não leio mentes. Mas imagens parecidas com a descrita acima já fazem parte do imaginário coletivo quando o assunto é ciência.

Para o professor Edmilson de Souza, físico da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), mudar essa imagem e tornar a ciência mais próxima de crianças e adolescentes tem sido um desafio e um objetivo. Ele, que trabalha desde 1994 nesta área, desenvolve na Uems, há dez anos, projetos em que a ciência se manifesta por meio de experimentos curiosos, fei-tos pelas próprias crianças ou adolescentes, ou ainda, em ações de formação de professores de Física para a escola pública.

O professor destaca a importância de se utilizar do próprio universo infantil para garantir a curiosidade dos mais jovens para a ciência. “A quantidade de linguagens e acessos é tão gran-de atualmente que o professor precisa estar atento. Existem

desenhos, por exemplo, que destacam a imagem do cientista e muitos professores simplesmente ignoram os desenhos”. Se algumas características quanto aos cientistas são aumentadas, ou distorcidas, como aqueles desenhos em que o cientista é sempre louco, outras deixam claro traços que eles devem de-senvolver, como a curiosidade e a persistência. “Os desenhos precisam ser considerados para o ensino, afinal, é a linguagem para a criança”.

Nos estágios do curso de Física, os alunos já desenvolvem atividades em escolas públicas de Dourados. Por meio da práti-ca, envolvem os alunos em um mundo que parecia tão distante. Atualmente, o curso aguarda a liberação de recursos para um projeto de exposições itinerante de Ciências e Astronomia.

Buscando apresentar aos nossos leitores como a ciência pode ser gostosa e divertida, separamos duas experiências que vocês podem fazer em casa, aprender e se divertir!

Vamos tentar?

Para essa primeira experiência, regras básicas de segurança precisam ser seguidas: primeiramente, esta experiência deve ser supervisionada por um adulto. Em segundo lugar, nunca lance foguetes na direção de pessoas ou animais.

O foguete é uma garrafa pet de 600 ml (fig.1). Também vamos precisar de vinagre, fermento em pó, papel toalha, uma rolha de cortiça (de garrafa de vinho ou champanhe) que entre apertada no gargalo da garrafa e, para terminar, uma garrafa pet de 2 litros cor-tada a 20 cm do fundo, que vai servir como base de lançamento (Fig. 2).

Cada lançamento do foguete requer 20 gramas de fermento que vão reagir com 300

ml de uma solução de metade vinagre e metade água. Para evitar que o fermento reaja muito rapidamente com o vinagre, ele deve ser embrulhado no papel toalha, de forma a entrar com facilidade no gargalo. Coloque 1 litro de água na garrafa cortada, isto é, na base de lançamento (Fig. 2).

Para fazer um lançamento, não se esqueça de ter a supervisão de um adulto, insira o pacotinho de fermento em pó na garrafa de 600ml, coloque os 300 ml da solução de vinagre na garrafa, e feche rapidamente a garrafa com a rolha. Agora é só colocar a garrafa emborcada na base de lançamento e pode começar a contagem regressiva (Fig.3).

Observações importantes: a parte mais delicada desse experimento é a rolha. Antes de gastar vinagre, teste o encaixe da rolha na garra-fa. Ela não pode entrar frouxa ou excessivamente apertada. Consiga um conjunto de rolhas e use a melhor. Você pode decorar a garrafa de 600ml de modo a ficar parecida com um foguete utilizando o material que julgar interessante e viável. Procu-re um espaço adequado para o lançamento (local aberto). Posicione-se do lado oposto ao lança-mento. Agora é só se divertir, mas com cuidado, hein?! (Fig. 04)

fi g. 01

fi g. 02

fi g. 03

Page 33: Enigma assustador

Buscando aproximar o universo científi co de nossos leitores, principalmente dos pequenos, a Haley preparou duas experiências

para você. Vamos lá, cientista?

Descobrindo a Ciência!

curiosidade

Construindo um foguete

Construindo um foguete

(Fonte: cienciaao.if.usp.br)

Maria Alice Otre

Quando se fala em ciência ou cientista, o que te vem à cabeça? Um senhor de jaleco, óculos, muitas vezes com cara de louco, atrás de experimentos que soltam

‘fumacinha’ e um monte de aparelhos tecnológicos? Não, eu não leio mentes. Mas imagens parecidas com a descrita acima já fazem parte do imaginário coletivo quando o assunto é ciência.

Para o professor Edmilson de Souza, físico da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), mudar essa imagem e tornar a ciência mais próxima de crianças e adolescentes tem sido um desafio e um objetivo. Ele, que trabalha desde 1994 nesta área, desenvolve na Uems, há dez anos, projetos em que a ciência se manifesta por meio de experimentos curiosos, fei-tos pelas próprias crianças ou adolescentes, ou ainda, em ações de formação de professores de Física para a escola pública.

O professor destaca a importância de se utilizar do próprio universo infantil para garantir a curiosidade dos mais jovens para a ciência. “A quantidade de linguagens e acessos é tão gran-de atualmente que o professor precisa estar atento. Existem

desenhos, por exemplo, que destacam a imagem do cientista e muitos professores simplesmente ignoram os desenhos”. Se algumas características quanto aos cientistas são aumentadas, ou distorcidas, como aqueles desenhos em que o cientista é sempre louco, outras deixam claro traços que eles devem de-senvolver, como a curiosidade e a persistência. “Os desenhos precisam ser considerados para o ensino, afinal, é a linguagem para a criança”.

Nos estágios do curso de Física, os alunos já desenvolvem atividades em escolas públicas de Dourados. Por meio da práti-ca, envolvem os alunos em um mundo que parecia tão distante. Atualmente, o curso aguarda a liberação de recursos para um projeto de exposições itinerante de Ciências e Astronomia.

Buscando apresentar aos nossos leitores como a ciência pode ser gostosa e divertida, separamos duas experiências que vocês podem fazer em casa, aprender e se divertir!

Vamos tentar?

Para essa primeira experiência, regras básicas de segurança precisam ser seguidas: primeiramente, esta experiência deve ser supervisionada por um adulto. Em segundo lugar, nunca lance foguetes na direção de pessoas ou animais.

O foguete é uma garrafa pet de 600 ml (fig.1). Também vamos precisar de vinagre, fermento em pó, papel toalha, uma rolha de cortiça (de garrafa de vinho ou champanhe) que entre apertada no gargalo da garrafa e, para terminar, uma garrafa pet de 2 litros cor-tada a 20 cm do fundo, que vai servir como base de lançamento (Fig. 2).

Cada lançamento do foguete requer 20 gramas de fermento que vão reagir com 300

ml de uma solução de metade vinagre e metade água. Para evitar que o fermento reaja muito rapidamente com o vinagre, ele deve ser embrulhado no papel toalha, de forma a entrar com facilidade no gargalo. Coloque 1 litro de água na garrafa cortada, isto é, na base de lançamento (Fig. 2).

Para fazer um lançamento, não se esqueça de ter a supervisão de um adulto, insira o pacotinho de fermento em pó na garrafa de 600ml, coloque os 300 ml da solução de vinagre na garrafa, e feche rapidamente a garrafa com a rolha. Agora é só colocar a garrafa emborcada na base de lançamento e pode começar a contagem regressiva (Fig.3).

Observações importantes: a parte mais delicada desse experimento é a rolha. Antes de gastar vinagre, teste o encaixe da rolha na garra-fa. Ela não pode entrar frouxa ou excessivamente apertada. Consiga um conjunto de rolhas e use a melhor. Você pode decorar a garrafa de 600ml de modo a ficar parecida com um foguete utilizando o material que julgar interessante e viável. Procu-re um espaço adequado para o lançamento (local aberto). Posicione-se do lado oposto ao lança-mento. Agora é só se divertir, mas com cuidado, hein?! (Fig. 04)

fi g. 01

fi g. 02

fi g. 03

Page 34: Enigma assustador

Ao colocar o palito dentro do copo ele entorta e ao tirar, volta a ficar reto! Como? Por que? Faça você mesmo! O objetivo é verificar de maneira simples e direta o efeito do meio sob a trajetória dos raios de luz, ou a chamada refração da luz, que entre outros fenômenos ocorre na atmosfera terrestre devido à estratificação do ar (formação de camadas densas e menos densas).

Copo de vidro comum (reto e sem desenhos ou relevos em seu corpo)Óleo de soja (comum de cozinha) suficiente para preencher uma parte em quatro do volume do copo, conforme indicam as

marcas amarelas que você vê na foto.Água da torneira na mesma medida que o óleo1 palito grosso de churrasco (sem ponta)Você pode encapar o palito com canudo colorido, para facilitar a visualização e tornar a experiência mais divertida, afinal, você

será capaz de “entortar” dois objetos juntos! O palito e o canudo!

Corte o palito e o canudo da mesma altura do copo de vidro e guarde-os por um momento. Encape o palito com o canudo colorido. Coloque a água no copo. Coloque o óleo devagar sobre a superfície da água, como indica a foto 1.

Insira o palito no copo, de forma que ele chegue até o final, em diagonal. Olhe o copo pela lateral, conforme a foto, e veja só! O palito e canudo estão tortos!

Agora tire, devagar e eles voltam ao normal! Legal né?Isso que acontece é na verdade uma ilusão de ótica. É a densidade das

camadas (óleo, água e ar) que fazem a diferença na imagem.

Truque do palito

Material

Montagem

Foto 01

Foto 02

Foto 03

y

artigo

Avenida Guaicurus:

Franz Maciel MendesTécnico administrativo,

coordenador do SISTA-MS/UFGD, auditor da Univer-sidade Federal da Grande

Dourados (UFGD).

duplicar para andar e viver melhorduplicar para andar e viver melhor

A participação popular, em um processo de construção e desenvolvimento, é capaz de auxiliar e até indicar o melhor para a cidade, o Estado e o país em que vivemos. Partindo

desse princípio e de nossas observações, podemos verificar que Dourados, apesar de tantos obstáculos, cresce e, socialmente, tem dado mostras de seu potencial de desenvolvimento. Contu-do, a segunda maior cidade de MS pode e precisa avançar mais em vários setores, criando condições para uma melhor qualidade de vida para todos.

Dentre algumas das mudanças mais significativas verificadas nos últimos anos em Dourados, encontra-se o crescimento científico e humano que a Universidade Federal da Grande Dourados (como também a UEMS e instituições privadas de En-sino Superior) trouxe à cidade e região (a “Grande Dourados”), com a abertura de concursos para a contratação de servidores, com o aumento de cursos de graduação e pós-graduação, e, por consequência, de vagas oferecidas. Essa mudança vem re-definindo espaços importantes em Dourados, como melhorias no Aeroporto, a importância do avanço na construção do anel viário, vias de acesso, transporte de pessoas e de produtos. Tudo deve passar por vias compatíveis com o desenvolvimento que almejamos.

Nesse sentido, acreditamos que a duplicação da Avenida Guaicurus é importantíssima (estrada que liga o centro de Dou-rados à Cidade Universitária – UEMS e UFGD – e que ainda apresenta a maior parte do trecho em via simples). A duplicação tende a prover maior segurança a todos que por ela transitam, principalmente se considerarmos o fluxo de moradores da re-gião (sitiócas, Picadinha e Itahum), militares, professores, téc-nicos e alunos, usuários do Aeroporto, caminhões “bi/tritrens”

das usinas que se instalaram na região, ônibus de turismo de cidades vizinhas, ônibus urbanos, vans, motocicletas, carroças e bicicletas, além, é claro, do trânsito de pedestres.

Se os argumentos acima apontam para o futuro (maior conforto na mobilidade e, por isso, mais qualidade de vida), é também necessário recordar e problematizar o passado e o presente. Inúmeros acidentes na “Guaicurus” vitimaram pesso-as e ainda deixarão, por muito tempo, marcas de dor profundas nos envolvidos, naqueles que não foram vitimados fatalmente. A tensão e a agonia, causadas todos os dias (e noites) em função do aumento do movimento e da precariedade da iluminação na “Guaicurus”, têm atingido tanto aqueles que a utilizam como familiares que esperam em casa, agravando-se para as situações em que o trajeto é feito por bicicletas ou motocicletas. Muitos alunos têm dito, por exemplo, que “o difícil não é entrar na Universidade via vestibular, mas chegar nela pelas condições precárias de transporte e via de acesso”. Essas são algumas das situações que devem reforçar nossos anseios e lutas pela du-plicação.

É evidente, como já salientamos, que a “Guaicurus” é uti-lizada por uma população que excede, e muito, a “comunida-de universitária”, que utilizam e continuarão a utilizá-la muito depois dos alunos universitários de hoje se formarem, o que significa que a sua duplicação ultrapassa um anseio imediatista, mas se prolonga para a melhoria de vida de gerações futuras, a longo prazo.

A mobilização para a duplicação da “Guaicurus” é o primei-ro passo, e muito importante. Juntemo-nos todos para essa empreitada, para que, juntos, façamos desta e de outras mobi-lizações práticas importantes para a criação de condições de se andar e de se viver melhor em Dourados.

Pela duplicação da “Guaicurus”, já. y

Page 35: Enigma assustador

Ao colocar o palito dentro do copo ele entorta e ao tirar, volta a ficar reto! Como? Por que? Faça você mesmo! O objetivo é verificar de maneira simples e direta o efeito do meio sob a trajetória dos raios de luz, ou a chamada refração da luz, que entre outros fenômenos ocorre na atmosfera terrestre devido à estratificação do ar (formação de camadas densas e menos densas).

Copo de vidro comum (reto e sem desenhos ou relevos em seu corpo)Óleo de soja (comum de cozinha) suficiente para preencher uma parte em quatro do volume do copo, conforme indicam as

marcas amarelas que você vê na foto.Água da torneira na mesma medida que o óleo1 palito grosso de churrasco (sem ponta)Você pode encapar o palito com canudo colorido, para facilitar a visualização e tornar a experiência mais divertida, afinal, você

será capaz de “entortar” dois objetos juntos! O palito e o canudo!

Corte o palito e o canudo da mesma altura do copo de vidro e guarde-os por um momento. Encape o palito com o canudo colorido. Coloque a água no copo. Coloque o óleo devagar sobre a superfície da água, como indica a foto 1.

Insira o palito no copo, de forma que ele chegue até o final, em diagonal. Olhe o copo pela lateral, conforme a foto, e veja só! O palito e canudo estão tortos!

Agora tire, devagar e eles voltam ao normal! Legal né?Isso que acontece é na verdade uma ilusão de ótica. É a densidade das

camadas (óleo, água e ar) que fazem a diferença na imagem.

Truque do palito

Material

Montagem

Foto 01

Foto 02

Foto 03

y

artigo

Avenida Guaicurus:

Franz Maciel MendesTécnico administrativo,

coordenador do SISTA-MS/UFGD, auditor da Univer-sidade Federal da Grande

Dourados (UFGD).

duplicar para andar e viver melhorduplicar para andar e viver melhor

A participação popular, em um processo de construção e desenvolvimento, é capaz de auxiliar e até indicar o melhor para a cidade, o Estado e o país em que vivemos. Partindo

desse princípio e de nossas observações, podemos verificar que Dourados, apesar de tantos obstáculos, cresce e, socialmente, tem dado mostras de seu potencial de desenvolvimento. Contu-do, a segunda maior cidade de MS pode e precisa avançar mais em vários setores, criando condições para uma melhor qualidade de vida para todos.

Dentre algumas das mudanças mais significativas verificadas nos últimos anos em Dourados, encontra-se o crescimento científico e humano que a Universidade Federal da Grande Dourados (como também a UEMS e instituições privadas de En-sino Superior) trouxe à cidade e região (a “Grande Dourados”), com a abertura de concursos para a contratação de servidores, com o aumento de cursos de graduação e pós-graduação, e, por consequência, de vagas oferecidas. Essa mudança vem re-definindo espaços importantes em Dourados, como melhorias no Aeroporto, a importância do avanço na construção do anel viário, vias de acesso, transporte de pessoas e de produtos. Tudo deve passar por vias compatíveis com o desenvolvimento que almejamos.

Nesse sentido, acreditamos que a duplicação da Avenida Guaicurus é importantíssima (estrada que liga o centro de Dou-rados à Cidade Universitária – UEMS e UFGD – e que ainda apresenta a maior parte do trecho em via simples). A duplicação tende a prover maior segurança a todos que por ela transitam, principalmente se considerarmos o fluxo de moradores da re-gião (sitiócas, Picadinha e Itahum), militares, professores, téc-nicos e alunos, usuários do Aeroporto, caminhões “bi/tritrens”

das usinas que se instalaram na região, ônibus de turismo de cidades vizinhas, ônibus urbanos, vans, motocicletas, carroças e bicicletas, além, é claro, do trânsito de pedestres.

Se os argumentos acima apontam para o futuro (maior conforto na mobilidade e, por isso, mais qualidade de vida), é também necessário recordar e problematizar o passado e o presente. Inúmeros acidentes na “Guaicurus” vitimaram pesso-as e ainda deixarão, por muito tempo, marcas de dor profundas nos envolvidos, naqueles que não foram vitimados fatalmente. A tensão e a agonia, causadas todos os dias (e noites) em função do aumento do movimento e da precariedade da iluminação na “Guaicurus”, têm atingido tanto aqueles que a utilizam como familiares que esperam em casa, agravando-se para as situações em que o trajeto é feito por bicicletas ou motocicletas. Muitos alunos têm dito, por exemplo, que “o difícil não é entrar na Universidade via vestibular, mas chegar nela pelas condições precárias de transporte e via de acesso”. Essas são algumas das situações que devem reforçar nossos anseios e lutas pela du-plicação.

É evidente, como já salientamos, que a “Guaicurus” é uti-lizada por uma população que excede, e muito, a “comunida-de universitária”, que utilizam e continuarão a utilizá-la muito depois dos alunos universitários de hoje se formarem, o que significa que a sua duplicação ultrapassa um anseio imediatista, mas se prolonga para a melhoria de vida de gerações futuras, a longo prazo.

A mobilização para a duplicação da “Guaicurus” é o primei-ro passo, e muito importante. Juntemo-nos todos para essa empreitada, para que, juntos, façamos desta e de outras mobi-lizações práticas importantes para a criação de condições de se andar e de se viver melhor em Dourados.

Pela duplicação da “Guaicurus”, já. y

Page 36: Enigma assustador

- Olhos ardentes e lacrimejantes,

- Coceira no nariz, nos olhos e no céu da boca,

- Tosse irritativa,

- Dor de cabeça frontal,

- Obstrução e prurido nasal,

- Espirros sucessivos.

- Evite tapetes, carpetes e cortinas. Eles facilitam o aloja-mento de ácaros e poeira. Dê preferência a pisos lisos e a persianas, que são mais fáceis de limpar;

- Lave semanalmente bichos de pelúcia;

- Limpe com frequência a casa com pano úmido e man-tenha os cômodos sempre bem arejados;

- Utilize capa protetora no colchão e nos travesseiros;

- Evite ficar exposto a fumaça e a animais de estimação com pelos, como gatos e cachorros.

“A forma de tratamento mais usual é fazer uso de vacinas espe-cíficas aos agentes causadores, e medicamentos antialérgicos. Se não tratado, o paciente passa a apresentar uma má condição de vida e, em crianças, pode aparecer má formação dos ossos da face e dentes, por causa da respiração comprometida”. Além disso, se não for bem cuidado, desencadeia outros problemas como otites (inflamação dos ouvidos), sinusites (inflamação dos seios da face) e roncos (devido ao nariz obstruído).

Essa característica é herdada dos pais. Quando um homem

e uma mulher alérgicos têm um filho, a chance dessa criança ser alérgica é de cerca de 50%. Por outro lado, mesmo que ne-nhum dos pais apresente alergia, a criança ainda assim pode vir a ter. E os sintomas podem surgir em algum momento da vida, seja quando nasce ou de uma hora para outra.

Já ouviu aquele velho ditado popular que ‘prevenir é o me-lhor remédio’? Pois então, pratique-o. É melhor evitar uma crise alérgica do que começar um tratamento quando ela já começou a ocorrer.

y

Principais sintomas: Medidas de prevenção:

Caroline Oliveira

Nariz entupido, olhos coçando, espirros sem fim. Esses são alguns dos sintomas da renite alérgica que está no topo do ranking das alergias respiratórias

mais comuns do Brasil, ao lado da asma. Uma em cada sete pessoas sofre desse mal. De acordo com pesquisa do Inter-national Study of Asthma and Allergies (Isaac), que avaliou 56 países, a renite alérgica atinge cerca de 30% dos brasileiros e 26% das crianças. E quando se trata de doenças alérgicas, a previsão é alarmante, já que até o final do século, metade da população deverá sofrer de algum tipo de alergia. A doença ataca, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o equivalente a 2 milhões de pessoas.

Afinal, nossas vidas se resumem a ambientes fechados, estamos perdendo o contato com a natureza e dando espa-ço à poluição, poluição e mais poluição. Talvez por isso, o mundo está cada vez mais alergênico.

Segundo o médico otorrinolaringologista José Odayr

Zangirolami, a renite alérgica trata-se de uma inflamação das mucosas nasais após exposição a algum tipo de substância estranha. “Poeira doméstica, ácaros, polens, pelos de ani-mais, mofo, são exemplos de substâncias que desencadeiam a renite”.

Isso porque o nariz é o primeiro local do corpo onde o ar entra, como explica Zangirolami. “O nariz aquece o ar inalado e purifica as impurezas, pois ele é a porta de entra-da para os pulmões”. Por isso, ao entrar em contato com fatores nocivos, automaticamente o organismo desencadeia uma resposta para impedir a entrada desses agentes agresso-res, daí o motivo dos espirros e coriza, por exemplo.

E não pense que a alergia não significa falta de defesa do organismo, já que ela é uma defesa exagerada contra agentes que não são potencialmente agressivos ao ser humano.

A rinite alérgica tem tratamento, mas não tem cura. A melhor forma de prevenção é ficar longe do que a provoca.

saúde Nariz alérgico

Pó, ácaros, tapetes, cortinas, fumaça. Se toda vez que você entra em contato

com esses exemplos e, imediatamente, seu nariz fi ca entu-pido e vem aquela louca vontade de espirrar, atenção,

você sofre de rinite alérgica

Page 37: Enigma assustador

- Olhos ardentes e lacrimejantes,

- Coceira no nariz, nos olhos e no céu da boca,

- Tosse irritativa,

- Dor de cabeça frontal,

- Obstrução e prurido nasal,

- Espirros sucessivos.

- Evite tapetes, carpetes e cortinas. Eles facilitam o aloja-mento de ácaros e poeira. Dê preferência a pisos lisos e a persianas, que são mais fáceis de limpar;

- Lave semanalmente bichos de pelúcia;

- Limpe com frequência a casa com pano úmido e man-tenha os cômodos sempre bem arejados;

- Utilize capa protetora no colchão e nos travesseiros;

- Evite ficar exposto a fumaça e a animais de estimação com pelos, como gatos e cachorros.

“A forma de tratamento mais usual é fazer uso de vacinas espe-cíficas aos agentes causadores, e medicamentos antialérgicos. Se não tratado, o paciente passa a apresentar uma má condição de vida e, em crianças, pode aparecer má formação dos ossos da face e dentes, por causa da respiração comprometida”. Além disso, se não for bem cuidado, desencadeia outros problemas como otites (inflamação dos ouvidos), sinusites (inflamação dos seios da face) e roncos (devido ao nariz obstruído).

Essa característica é herdada dos pais. Quando um homem

e uma mulher alérgicos têm um filho, a chance dessa criança ser alérgica é de cerca de 50%. Por outro lado, mesmo que ne-nhum dos pais apresente alergia, a criança ainda assim pode vir a ter. E os sintomas podem surgir em algum momento da vida, seja quando nasce ou de uma hora para outra.

Já ouviu aquele velho ditado popular que ‘prevenir é o me-lhor remédio’? Pois então, pratique-o. É melhor evitar uma crise alérgica do que começar um tratamento quando ela já começou a ocorrer.

y

Principais sintomas: Medidas de prevenção:

Caroline Oliveira

Nariz entupido, olhos coçando, espirros sem fim. Esses são alguns dos sintomas da renite alérgica que está no topo do ranking das alergias respiratórias

mais comuns do Brasil, ao lado da asma. Uma em cada sete pessoas sofre desse mal. De acordo com pesquisa do Inter-national Study of Asthma and Allergies (Isaac), que avaliou 56 países, a renite alérgica atinge cerca de 30% dos brasileiros e 26% das crianças. E quando se trata de doenças alérgicas, a previsão é alarmante, já que até o final do século, metade da população deverá sofrer de algum tipo de alergia. A doença ataca, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o equivalente a 2 milhões de pessoas.

Afinal, nossas vidas se resumem a ambientes fechados, estamos perdendo o contato com a natureza e dando espa-ço à poluição, poluição e mais poluição. Talvez por isso, o mundo está cada vez mais alergênico.

Segundo o médico otorrinolaringologista José Odayr

Zangirolami, a renite alérgica trata-se de uma inflamação das mucosas nasais após exposição a algum tipo de substância estranha. “Poeira doméstica, ácaros, polens, pelos de ani-mais, mofo, são exemplos de substâncias que desencadeiam a renite”.

Isso porque o nariz é o primeiro local do corpo onde o ar entra, como explica Zangirolami. “O nariz aquece o ar inalado e purifica as impurezas, pois ele é a porta de entra-da para os pulmões”. Por isso, ao entrar em contato com fatores nocivos, automaticamente o organismo desencadeia uma resposta para impedir a entrada desses agentes agresso-res, daí o motivo dos espirros e coriza, por exemplo.

E não pense que a alergia não significa falta de defesa do organismo, já que ela é uma defesa exagerada contra agentes que não são potencialmente agressivos ao ser humano.

A rinite alérgica tem tratamento, mas não tem cura. A melhor forma de prevenção é ficar longe do que a provoca.

saúde Nariz alérgico

Pó, ácaros, tapetes, cortinas, fumaça. Se toda vez que você entra em contato

com esses exemplos e, imediatamente, seu nariz fi ca entu-pido e vem aquela louca vontade de espirrar, atenção,

você sofre de rinite alérgica

Page 38: Enigma assustador

Se você não sabe, a fofoca está presente em 40% das conversas do dia a dia. Por isso, cuidado com os fofoqueiros de plantão, ou para não se tornar um, pois falar da vida alheia é muito feio, sabia?

Caroline Oliveira

“Quem conta uma fofoca para você, certamente, contará algo sobre você a outras pessoas”. O autor dessa citação é desconhecido, mas as palavras são sábias. Não há como negar, nem muito menos discutir, pois fofocar é um esporte

que todo mundo pratica. Não importa a raça, cultura, nem a classe social. O ser humano não passa sem uma fofoca. Mas por que isso acontece? Qual o motivo desse impulso quase incontrolável de falar e, também, ouvir sobre a vida alheia?

Segundo a psicóloga Carla Cristina Valota, o termo fofoca significa mexerico, intriga, bisbilhotice. Trata-se de um mal que faz parte do instinto humano e, para muitos, é divertimento, mas extremamente destrutivo. “É preciso apenas duas pessoas falando sobre uma terceira que está ausente. Essa conversa inclui mur-múrios, julgamentos ou ainda, um tom de segredo”.

Ela revela que pelo menos 40% de todas as conversas se baseiam em fofocas. “Estimo que 20% de tudo o que se diz no mundo seja conversa funcional, ordem, pedido, informação, constatação e declaração. Os 80% restantes se dividem em duas partes iguais: 40% é fofoca e outros 40%, afirmação de preconceito”.

Esse mal não é considerado uma doença, de acordo com a Classificação In-ternacional das Doenças Mentais (CID-10). No entanto, está relacionado a uma doença social, por uma exacerbação de conduta. “A fofoca tem diferentes inte-

Não conte a ninguémSEGREDO!

fofoca rações sociais. Ao fofocar, as pessoas se distraem, influenciam a opinião ou apontam e reforçam regras sociais. Mesmo assim, não significa que ela seja boa. Existem pessoas que fazem isso por maldade, pelo simples desejo de prejudicar os outros e al-guns, por um inexplicável prazer, como uma forma de mos-trar o sentimento de superioridade, presunção e até vingança. Logo, podemos supor que tais comportamentos levam ao perfil da pessoa fofoqueira”.

E quando ela está presente no seu ambiente de trabalho? O consultor em-presarial Flávio Fagundes afirma que a fofoca é prejudicial entre funcionários porque as pessoas envolvidas perdem o foco e o ritmo de produção. “É comum encontrar este ato quando grupos estão reunidos na hora do cafezinho. Além disso, hoje, por meio da ferramenta do MSN, é possível fazer o mesmo e em ho-rário de expediente”.

Fagundes diz que as histórias mais comuns inventadas pelos fofoqueiros de plantão estão relacionadas a boatos e mentiras sobre envolvimento amoroso com chefe e companheiros de trabalho e, principalmente, se existir um colega talen-toso recém-chegado à empresa que em curto período de tempo é, por exemplo, promovido. “Além disso, existem as histórias que são inventadas sobre a vida pes-soal de um funcionário. Basta um fofoqueiro descobrir um des-lize para sair atirando a língua afiada para todos os lados”.

E quem nunca ouviu as famosas frases ‘desculpe, eu nem iria dizer, mas não consigo me controlar, então vou ter que falar’ ou ‘vou te contar um segredo, mas não conte a ninguém’. Se você já passou por isso, atenção à dica de Flávio Fagundes: “Eu costumo fazer três perguntas quando alguém com este tipo de conversa vem para o meu lado: o que você veio falar para mim

é saudável? É produtivo? É lucrativo para nós dois? Isso funciona como repelente e afasta todos os fofoqueiros”.

E pior que espalhar, ou ouvir uma fofoca, é ser alvo dela. A jovem, que aqui vamos chamar de Rayane, já que a entrevis-tada não quis ter seu nome divulgado, conta que sofreu com histórias inventadas a seu respeito por membros da própria família. “Disseram que estava saindo com um homem casado e até estava grávida dele. Isso tudo aconteceu porque minha

madrasta queria que meu pai me expul-sasse de casa. Por morar em uma peque-na cidade, todo mundo ficou sabendo e comentando”.

Ela relembra que quando soube da gravidade da acusação, o sentimento foi de revolta. “Fiquei perplexa, porque eu nem tinha completado 18 anos de idade e muito menos tinha namorado. Quando tudo chegou ao ouvido do meu pai, fui repreendida e ele disse que eu envergo-nhava a família”.

Rayane diz que sofria com as insinu-ações e olhares maldosos dos vizinhos. “Muitos comentavam que eu estava dei-xando de ir à escola para namorar. O ho-mem de quem falavam era um colega de trabalho. Por causa dessa mentira, muita

gente se afastou de mim. Minha vida se tornou um inferno. A fofoca se espalhou tanto que ainda existem pessoas que acre-ditam que eu mantive o romance mesmo depois de casada”.

Quando perguntada sobre qual o sentimento que ela tem sobre essa pessoa que inventou essa fofoca, ela confessa ser de profunda mágoa. “É difícil perdoar, porque acredito que é muita irresponsabilidade criar uma mentira e espalhar. Se leva uma vida inteira para construir uma reputação e poucos segundos para mancha-lá, e muitas vezes para sempre”.

Carla Valota diz que a fofoca faz parte do instinto humano e, para muitos, é divertimento, mas extremamente destrutivo

Elas Adquirem o hábito de fofocar ainda na infân-cia.

Aqui as histórias são contadas para amigos e parentes.

Com ou sem a presença de terceiros, o assunto predileto são os relacionamentos amorosos...

Eles A fofoca tem caráter competitivo.

Os confidentes favoritos são os colegas de tra-balho.

Quando existe a presença feminina, param de fa-lar sobre a vida alheia e mudam de assunto, pre-ferem falar sobre política, economia...

Permaneça focado no seu trabalho, metas e objetivos;

Quando passar e perceber que estão falando de você, não dê ouvidos, pois é melhor que falem de você do que ser esquecido por completo;

Procure evitar comentários sobre sua vida pessoal no local de trabalho, porque assim você acaba dando informações aos fofoqueiros;

Em festas e confraternizações da empresa, evite puxar assunto que se refere ao trabalho, ou ao chefe, com outros colegas;

Não compartilhe seus sonhos e pretensões em qualquer aspecto com colegas de trabalho. Isso tem que ser pessoal e utilizado como seu alvo, e não dos fofoqueiros. E a dica para evitar ser chamado de fofoqueiro é continuar sendo um profissional produtivo, focado nas suas tarefas diárias e exemplar aos olhos do chefe.

Quem fofoca mais?

Cinco dicas para evitar fofoca no trabalho12

3

4

5y

Page 39: Enigma assustador

Se você não sabe, a fofoca está presente em 40% das conversas do dia a dia. Por isso, cuidado com os fofoqueiros de plantão, ou para não se tornar um, pois falar da vida alheia é muito feio, sabia?

Caroline Oliveira

“Quem conta uma fofoca para você, certamente, contará algo sobre você a outras pessoas”. O autor dessa citação é desconhecido, mas as palavras são sábias. Não há como negar, nem muito menos discutir, pois fofocar é um esporte

que todo mundo pratica. Não importa a raça, cultura, nem a classe social. O ser humano não passa sem uma fofoca. Mas por que isso acontece? Qual o motivo desse impulso quase incontrolável de falar e, também, ouvir sobre a vida alheia?

Segundo a psicóloga Carla Cristina Valota, o termo fofoca significa mexerico, intriga, bisbilhotice. Trata-se de um mal que faz parte do instinto humano e, para muitos, é divertimento, mas extremamente destrutivo. “É preciso apenas duas pessoas falando sobre uma terceira que está ausente. Essa conversa inclui mur-múrios, julgamentos ou ainda, um tom de segredo”.

Ela revela que pelo menos 40% de todas as conversas se baseiam em fofocas. “Estimo que 20% de tudo o que se diz no mundo seja conversa funcional, ordem, pedido, informação, constatação e declaração. Os 80% restantes se dividem em duas partes iguais: 40% é fofoca e outros 40%, afirmação de preconceito”.

Esse mal não é considerado uma doença, de acordo com a Classificação In-ternacional das Doenças Mentais (CID-10). No entanto, está relacionado a uma doença social, por uma exacerbação de conduta. “A fofoca tem diferentes inte-

Não conte a ninguémSEGREDO!

fofoca rações sociais. Ao fofocar, as pessoas se distraem, influenciam a opinião ou apontam e reforçam regras sociais. Mesmo assim, não significa que ela seja boa. Existem pessoas que fazem isso por maldade, pelo simples desejo de prejudicar os outros e al-guns, por um inexplicável prazer, como uma forma de mos-trar o sentimento de superioridade, presunção e até vingança. Logo, podemos supor que tais comportamentos levam ao perfil da pessoa fofoqueira”.

E quando ela está presente no seu ambiente de trabalho? O consultor em-presarial Flávio Fagundes afirma que a fofoca é prejudicial entre funcionários porque as pessoas envolvidas perdem o foco e o ritmo de produção. “É comum encontrar este ato quando grupos estão reunidos na hora do cafezinho. Além disso, hoje, por meio da ferramenta do MSN, é possível fazer o mesmo e em ho-rário de expediente”.

Fagundes diz que as histórias mais comuns inventadas pelos fofoqueiros de plantão estão relacionadas a boatos e mentiras sobre envolvimento amoroso com chefe e companheiros de trabalho e, principalmente, se existir um colega talen-toso recém-chegado à empresa que em curto período de tempo é, por exemplo, promovido. “Além disso, existem as histórias que são inventadas sobre a vida pes-soal de um funcionário. Basta um fofoqueiro descobrir um des-lize para sair atirando a língua afiada para todos os lados”.

E quem nunca ouviu as famosas frases ‘desculpe, eu nem iria dizer, mas não consigo me controlar, então vou ter que falar’ ou ‘vou te contar um segredo, mas não conte a ninguém’. Se você já passou por isso, atenção à dica de Flávio Fagundes: “Eu costumo fazer três perguntas quando alguém com este tipo de conversa vem para o meu lado: o que você veio falar para mim

é saudável? É produtivo? É lucrativo para nós dois? Isso funciona como repelente e afasta todos os fofoqueiros”.

E pior que espalhar, ou ouvir uma fofoca, é ser alvo dela. A jovem, que aqui vamos chamar de Rayane, já que a entrevis-tada não quis ter seu nome divulgado, conta que sofreu com histórias inventadas a seu respeito por membros da própria família. “Disseram que estava saindo com um homem casado e até estava grávida dele. Isso tudo aconteceu porque minha

madrasta queria que meu pai me expul-sasse de casa. Por morar em uma peque-na cidade, todo mundo ficou sabendo e comentando”.

Ela relembra que quando soube da gravidade da acusação, o sentimento foi de revolta. “Fiquei perplexa, porque eu nem tinha completado 18 anos de idade e muito menos tinha namorado. Quando tudo chegou ao ouvido do meu pai, fui repreendida e ele disse que eu envergo-nhava a família”.

Rayane diz que sofria com as insinu-ações e olhares maldosos dos vizinhos. “Muitos comentavam que eu estava dei-xando de ir à escola para namorar. O ho-mem de quem falavam era um colega de trabalho. Por causa dessa mentira, muita

gente se afastou de mim. Minha vida se tornou um inferno. A fofoca se espalhou tanto que ainda existem pessoas que acre-ditam que eu mantive o romance mesmo depois de casada”.

Quando perguntada sobre qual o sentimento que ela tem sobre essa pessoa que inventou essa fofoca, ela confessa ser de profunda mágoa. “É difícil perdoar, porque acredito que é muita irresponsabilidade criar uma mentira e espalhar. Se leva uma vida inteira para construir uma reputação e poucos segundos para mancha-lá, e muitas vezes para sempre”.

Carla Valota diz que a fofoca faz parte do instinto humano e, para muitos, é divertimento, mas extremamente destrutivo

Elas Adquirem o hábito de fofocar ainda na infân-cia.

Aqui as histórias são contadas para amigos e parentes.

Com ou sem a presença de terceiros, o assunto predileto são os relacionamentos amorosos...

Eles A fofoca tem caráter competitivo.

Os confidentes favoritos são os colegas de tra-balho.

Quando existe a presença feminina, param de fa-lar sobre a vida alheia e mudam de assunto, pre-ferem falar sobre política, economia...

Permaneça focado no seu trabalho, metas e objetivos;

Quando passar e perceber que estão falando de você, não dê ouvidos, pois é melhor que falem de você do que ser esquecido por completo;

Procure evitar comentários sobre sua vida pessoal no local de trabalho, porque assim você acaba dando informações aos fofoqueiros;

Em festas e confraternizações da empresa, evite puxar assunto que se refere ao trabalho, ou ao chefe, com outros colegas;

Não compartilhe seus sonhos e pretensões em qualquer aspecto com colegas de trabalho. Isso tem que ser pessoal e utilizado como seu alvo, e não dos fofoqueiros. E a dica para evitar ser chamado de fofoqueiro é continuar sendo um profissional produtivo, focado nas suas tarefas diárias e exemplar aos olhos do chefe.

Quem fofoca mais?

Cinco dicas para evitar fofoca no trabalho12

3

4

5y

Page 40: Enigma assustador

artigo

O mês dezembro do ano passado foi de intensa movimentação nacional nos setores da comunicação e entre as entidades e sociedade civil organizada. Foi a I Conferência Nacional de

Comunicação – Confecom. Nessa conferência, foram debatidos os vários assuntos que compõem as programações dos veículos de comunicação e as leis que os regulamentam, bem como as normas que coordenam as profissões envolvidas neste ínterim.

Um avanço que só foi conseguido porque as representações sociais não cederam à pressão das oito entidades que compõem a representatividade dos donos de rádios, TVs, jornais, revistas, concessões de serviço de telecomunicações, etc. Isso irritou esse pessoal, o que fez com que apenas duas representações patronais enviassem delegados ao evento em Brasília.

Da reunião saíram ideias interessantes, como a exigência do aumento de programação regional nas TVs abertas nacionais, a criação de um órgão para que o cidadão reclame, caso se sinta prejudicado ou ofendido com conteúdo midiático (desde discri-minação racial até sexual), a exigência da formação superior para exercício cotidiano do trabalho jornalístico e o reconhecimento da figura do colaborador para resguardar o preceito de liberdade de imprensa. Perdeu quem faltou.

Mas, a ausência da maioria do “patronato” não ficou barata. Isso porque eles se apressaram em criticar a conferência, dizendo que ela não deveria ter sido convocada pelo governo e que não aceitam qualquer tipo de regulamentação do setor.

Na opinião deles, a “coisa toda” está boa do jeito que está. Será mesmo? Será que a comunicação, desde a programação e o conteúdo até as TVs que temos em canal aberto, são assim tão excelentes que não precisam ser debatidas? Se não fosse o governo que tivesse feito a comunicação, será que as entidades ausentes teriam feito por conta própria?

Conhecendo um pouco de comunicação, pessoalmente, acho difícil... Se assim não fosse, por que não a convocaram antes?

O que ficou evidente mesmo, depois dessa conferência, é que a comunicação é feita por muita gente no País, inclusive agen-tes organizados da sociedade (sindicatos, associações, etc.), mas, que no comando desses milhões de cidadãos estão poucas cen-tenas de pessoas interessadas em benefícios próprios e que por sua vez essas “centenas” estão nas mãos de pouco menos de duas dezenas que querem transformar o País em uma “midiocracia”.

Midiocracia é uma democracia onde a mídia maior manda, impõe e põe sua vontade à frente do coletivo, que são os 180 milhões de brasileiros.

Querem ver um exemplo, simples? A questão do diploma de jornalismo. A questão entrou em votação pelo menos seis vezes antes que o Supremo Tribunal Federal a declarasse inconstitucio-nal.

O assunto era importante para a sociedade? Alguns podem até achar que não, mas era. Isso ficou claro depois, pesquisas mostraram que mais de 75% da população brasileira entendia que a necessidade do diploma deveria existir. Cadê que passou alguma coisa na TV? As grandes rádios falaram alguma coisa? Das grandes TVs de sinal aberto, dessas que pegam sem antenas, só passou o resultado final (que era do interesse do patronato), e a matéria teve menos de 20 segundos.

Aí o assunto voltou à tona em forma de Proposta de Emenda Constitucional – PEC – e já passou por votação positiva da Co-missão de Constituição e Justiça do Senado, que disse que para ser jornalista é preciso sim, ter o diploma específico. Alguém falou alguma coisa?

O cidadão que parar para analisar com cuidado, verá que em determinada emissora de TV, o noticiário é desfavorável à deter-minada pré-candidata à presidência e que em outra, no mesmo horário, o noticiário é favorável.

Quer dizer, a mídia quer ser o quarto poder e mais, quer que seu poder sobrepuje os demais. Aqui na cidade, não é diferente. Tem os contra e os “a favor” do governo municipal, ainda que os “contrários” sejam minoria, mas incomodem de um tanto! Ainda bem.

É por isso que a mídia tem que ser debatida pela sociedade. Em nível local ou nacional, as coisas só mudarão se houver o en-volvimento da população através dos movimentos organizados. Tem que cobrar mesmo. Escrevam cartas, mandem e-mails, re-dijam artigos, participem de eventos como a Confecom quando eles acontecerem.

Agora, outra Confecom só em dezembro deste ano. Acho que agora os “manda-chuvas” irão. Pelo menos deveriam. Nós, cidadãos, podemos cobrar nossa mídia desde já.

Helton CostaJornalista.

A Confecom, a ausência, a midiocracia e nósa midiocracia e nós

y

Page 41: Enigma assustador

artigo

O mês dezembro do ano passado foi de intensa movimentação nacional nos setores da comunicação e entre as entidades e sociedade civil organizada. Foi a I Conferência Nacional de

Comunicação – Confecom. Nessa conferência, foram debatidos os vários assuntos que compõem as programações dos veículos de comunicação e as leis que os regulamentam, bem como as normas que coordenam as profissões envolvidas neste ínterim.

Um avanço que só foi conseguido porque as representações sociais não cederam à pressão das oito entidades que compõem a representatividade dos donos de rádios, TVs, jornais, revistas, concessões de serviço de telecomunicações, etc. Isso irritou esse pessoal, o que fez com que apenas duas representações patronais enviassem delegados ao evento em Brasília.

Da reunião saíram ideias interessantes, como a exigência do aumento de programação regional nas TVs abertas nacionais, a criação de um órgão para que o cidadão reclame, caso se sinta prejudicado ou ofendido com conteúdo midiático (desde discri-minação racial até sexual), a exigência da formação superior para exercício cotidiano do trabalho jornalístico e o reconhecimento da figura do colaborador para resguardar o preceito de liberdade de imprensa. Perdeu quem faltou.

Mas, a ausência da maioria do “patronato” não ficou barata. Isso porque eles se apressaram em criticar a conferência, dizendo que ela não deveria ter sido convocada pelo governo e que não aceitam qualquer tipo de regulamentação do setor.

Na opinião deles, a “coisa toda” está boa do jeito que está. Será mesmo? Será que a comunicação, desde a programação e o conteúdo até as TVs que temos em canal aberto, são assim tão excelentes que não precisam ser debatidas? Se não fosse o governo que tivesse feito a comunicação, será que as entidades ausentes teriam feito por conta própria?

Conhecendo um pouco de comunicação, pessoalmente, acho difícil... Se assim não fosse, por que não a convocaram antes?

O que ficou evidente mesmo, depois dessa conferência, é que a comunicação é feita por muita gente no País, inclusive agen-tes organizados da sociedade (sindicatos, associações, etc.), mas, que no comando desses milhões de cidadãos estão poucas cen-tenas de pessoas interessadas em benefícios próprios e que por sua vez essas “centenas” estão nas mãos de pouco menos de duas dezenas que querem transformar o País em uma “midiocracia”.

Midiocracia é uma democracia onde a mídia maior manda, impõe e põe sua vontade à frente do coletivo, que são os 180 milhões de brasileiros.

Querem ver um exemplo, simples? A questão do diploma de jornalismo. A questão entrou em votação pelo menos seis vezes antes que o Supremo Tribunal Federal a declarasse inconstitucio-nal.

O assunto era importante para a sociedade? Alguns podem até achar que não, mas era. Isso ficou claro depois, pesquisas mostraram que mais de 75% da população brasileira entendia que a necessidade do diploma deveria existir. Cadê que passou alguma coisa na TV? As grandes rádios falaram alguma coisa? Das grandes TVs de sinal aberto, dessas que pegam sem antenas, só passou o resultado final (que era do interesse do patronato), e a matéria teve menos de 20 segundos.

Aí o assunto voltou à tona em forma de Proposta de Emenda Constitucional – PEC – e já passou por votação positiva da Co-missão de Constituição e Justiça do Senado, que disse que para ser jornalista é preciso sim, ter o diploma específico. Alguém falou alguma coisa?

O cidadão que parar para analisar com cuidado, verá que em determinada emissora de TV, o noticiário é desfavorável à deter-minada pré-candidata à presidência e que em outra, no mesmo horário, o noticiário é favorável.

Quer dizer, a mídia quer ser o quarto poder e mais, quer que seu poder sobrepuje os demais. Aqui na cidade, não é diferente. Tem os contra e os “a favor” do governo municipal, ainda que os “contrários” sejam minoria, mas incomodem de um tanto! Ainda bem.

É por isso que a mídia tem que ser debatida pela sociedade. Em nível local ou nacional, as coisas só mudarão se houver o en-volvimento da população através dos movimentos organizados. Tem que cobrar mesmo. Escrevam cartas, mandem e-mails, re-dijam artigos, participem de eventos como a Confecom quando eles acontecerem.

Agora, outra Confecom só em dezembro deste ano. Acho que agora os “manda-chuvas” irão. Pelo menos deveriam. Nós, cidadãos, podemos cobrar nossa mídia desde já.

Helton CostaJornalista.

A Confecom, a ausência, a midiocracia e nósa midiocracia e nós

y

Page 42: Enigma assustador

segurançaIntoxicação, queimaduras, engolir pequenos objetos, carrapatos. Sustos que qualquer dono pode tomar, por isso, atenção, já que esses são alguns dos perigos que podem estar no quintal de casaCaroline Oliveira

O bichinho de estimação é a alegria da casa, o compa-nheiro de todas as horas e, para alguns, são como se fossem filhos. A médica veterinária Tatiane Abrantes

J. Schwingel afirma que eles realmente são. “O animal é igual a uma criança pequena. Ele precisa de carinho, atenção e como não sabe falar se está com fome, sede, ou dor, cabe ao dono

estar atento”.Você sabia que o Brasil está entre os países com o maior

número de animais de estimação? Pois é, estamos em segun-do lugar. A informação vem da pesquisa do Ibope: são mais de 54 milhões de animais domésticos, perdemos apenas para os Estados Unidos. Ainda de acordo com os números, é possível

bichos dizer que para cada seis brasileiros exis-te um cão de estimação, e em cada 16, o escolhido é um gato. Isso prova que 59% das casas possuem algum tipo de bichinho.

Diante disso, quando o assunto é bem-estar, é necessário ter cuidados. A médica veterinária explica que, normal-mente, os bichinhos são muito curiosos e gostam de mexer em todo lugar e em qualquer tipo de objeto. “No primeiro descuido, acontecem acidentes. Seja na rua, durante um passeio, e, principal-mente, no quintal de casa”.

E não se assuste, pois é dentro de casa que a atenção deve ser redobrada. “Os animais estão sujeitos a engolir pequenos objetos, comer alimentos estragados, produtos de limpeza e por aí vai”, diz Schwingel.

A jornalista Bárbara Palomanes sabe muito bem como é passar por esta situação. Amante e defensora dos animais, ela conta que essa paixão vem desde criança. “Meus pais sempre tiveram bichos como papagaio, tartaruga, gato, cachorro, gali-nha, pato. Acho que herdei deles essa paixão, mas são os cães que chamam a minha atenção. Eles são dóceis, fiéis, compa-nheiros, carinhosos”.

Mãe, como se define, de duas cadelinhas: Nina e Lelé, a jornalista diz que elas fazem parte da família. “A nossa relação é de mãe e filhas, já entre elas é de irmãs. Acho até que elas pensam que são gente!”

E apesar de todos os mimos, Bárbara conta que já passou por vários apuros em relação a acidentes no quintal de casa. “Na verdade, foi um tremendo susto. A Nina teve intoxica-ção por gasolina, após cheirar onde o carro ficava. O mesmo aconteceu com o veneno para mosquito da dengue e com água sanitária. Já a Lelé foi picada por uma vespa neste verão e ficou com a cabeça toda inchada”.

É claro que em qualquer situação que coloque a saúde ou a vida do me-lhor amigo em perigo é normal ficar de-sesperado, mas é possível tomar algumas precauções. E é o que Bárbara tenta fa-zer. “Mantenho distante tudo que possa oferecer perigo a elas, como fio elétrico, vasilhames com produtos de limpeza. Também deixo o quintal sempre limpo e estou de olho no que damos para elas comer, pois o que é normal para nós hu-manos pode causar um estrago no orga-nismo deles”, diz.

Atitudes como essas são muito váli-das. De acordo com a médica veterinária Tatiane, é muito comum nos consultórios

encontrar animais que sofreram queimaduras com produtos químicos, ou que se intoxicaram com plantas e produtos de limpeza, ou que engoliram objetos pequenos, além de picadas de insetos como abelhas, formigas e vespas. “Em casos assim, é preciso que o dono procure o quanto antes o veterinário e que não siga instruções de outras pessoas, pois o que pode ter sido bom para o cachorro do vizinho pode não ser para o seu”.

Outro problema que está no quintal se chama carrapato.

A veterinária Tatiane Schwingel dá dicas para você curtir seu bichinho com saúde

Page 43: Enigma assustador

segurançaIntoxicação, queimaduras, engolir pequenos objetos, carrapatos. Sustos que qualquer dono pode tomar, por isso, atenção, já que esses são alguns dos perigos que podem estar no quintal de casaCaroline Oliveira

O bichinho de estimação é a alegria da casa, o compa-nheiro de todas as horas e, para alguns, são como se fossem filhos. A médica veterinária Tatiane Abrantes

J. Schwingel afirma que eles realmente são. “O animal é igual a uma criança pequena. Ele precisa de carinho, atenção e como não sabe falar se está com fome, sede, ou dor, cabe ao dono

estar atento”.Você sabia que o Brasil está entre os países com o maior

número de animais de estimação? Pois é, estamos em segun-do lugar. A informação vem da pesquisa do Ibope: são mais de 54 milhões de animais domésticos, perdemos apenas para os Estados Unidos. Ainda de acordo com os números, é possível

bichos dizer que para cada seis brasileiros exis-te um cão de estimação, e em cada 16, o escolhido é um gato. Isso prova que 59% das casas possuem algum tipo de bichinho.

Diante disso, quando o assunto é bem-estar, é necessário ter cuidados. A médica veterinária explica que, normal-mente, os bichinhos são muito curiosos e gostam de mexer em todo lugar e em qualquer tipo de objeto. “No primeiro descuido, acontecem acidentes. Seja na rua, durante um passeio, e, principal-mente, no quintal de casa”.

E não se assuste, pois é dentro de casa que a atenção deve ser redobrada. “Os animais estão sujeitos a engolir pequenos objetos, comer alimentos estragados, produtos de limpeza e por aí vai”, diz Schwingel.

A jornalista Bárbara Palomanes sabe muito bem como é passar por esta situação. Amante e defensora dos animais, ela conta que essa paixão vem desde criança. “Meus pais sempre tiveram bichos como papagaio, tartaruga, gato, cachorro, gali-nha, pato. Acho que herdei deles essa paixão, mas são os cães que chamam a minha atenção. Eles são dóceis, fiéis, compa-nheiros, carinhosos”.

Mãe, como se define, de duas cadelinhas: Nina e Lelé, a jornalista diz que elas fazem parte da família. “A nossa relação é de mãe e filhas, já entre elas é de irmãs. Acho até que elas pensam que são gente!”

E apesar de todos os mimos, Bárbara conta que já passou por vários apuros em relação a acidentes no quintal de casa. “Na verdade, foi um tremendo susto. A Nina teve intoxica-ção por gasolina, após cheirar onde o carro ficava. O mesmo aconteceu com o veneno para mosquito da dengue e com água sanitária. Já a Lelé foi picada por uma vespa neste verão e ficou com a cabeça toda inchada”.

É claro que em qualquer situação que coloque a saúde ou a vida do me-lhor amigo em perigo é normal ficar de-sesperado, mas é possível tomar algumas precauções. E é o que Bárbara tenta fa-zer. “Mantenho distante tudo que possa oferecer perigo a elas, como fio elétrico, vasilhames com produtos de limpeza. Também deixo o quintal sempre limpo e estou de olho no que damos para elas comer, pois o que é normal para nós hu-manos pode causar um estrago no orga-nismo deles”, diz.

Atitudes como essas são muito váli-das. De acordo com a médica veterinária Tatiane, é muito comum nos consultórios

encontrar animais que sofreram queimaduras com produtos químicos, ou que se intoxicaram com plantas e produtos de limpeza, ou que engoliram objetos pequenos, além de picadas de insetos como abelhas, formigas e vespas. “Em casos assim, é preciso que o dono procure o quanto antes o veterinário e que não siga instruções de outras pessoas, pois o que pode ter sido bom para o cachorro do vizinho pode não ser para o seu”.

Outro problema que está no quintal se chama carrapato.

A veterinária Tatiane Schwingel dá dicas para você curtir seu bichinho com saúde

Page 44: Enigma assustador

A Haley, com a ajuda da veterinária Tatiane Schwingel, preparou um guia de cuidados que você, dono, pode ter em casa:

Fratura ‒ Não tentar colocar o osso no lugar ou fazer torniquete e nem colocar talas. Caso isso ocorra, você pode comprometer a irrigação do local ou provocar ou-tras lesões.

Queimaduras ‒ Não passe pomada no local queimado. O mais correto é fazer compressa fria.

Intoxicação - Não dê leite, ou tente fazer o animal vomi-tar, pois o mesmo estrago que o produto fez ao ser ingeri-do irá ocorrer ao sair. Por precaução, mantenha produtos de limpeza em locais fechados. Se o animal se intoxicar com plantas, lave apenas a boca e dê água para ele. Lem-bre-se de levar a planta para o veterinário.

Ingestão de objetos ‒ É necessária uma intervenção ci-

rúrgica para que não ocorram lesões graves.

Choque elétrico - Esse cuidado é mais para fi lhotes, man-tenha as tomadas com proteção. Eles são muito curiosos.

Carrapatos ‒ Banho com carrapaticida a cada 15 dias, ou aplicação de spray por indicação do veterinário. Animais de pelos longos devem ser tosados no verão, já que o calor e umidade fazem os carrapatos aumentarem. Outro cuidado é dedetizar o canil e o quintal.

Vermes ‒ Vermifugar o animal a cada seis meses e não apenas quando é fi lhote.

Picadas de insetos ‒ No caso de abelhas, não arrancar o ferrão, pois senão o local irá fi car mais infl amado.

Além de provocar um incômodo muito grande para o animal, é ainda responsável por trazer diversas doenças. Por isso, o con-trole desse mal deve ser constante. “Mas os donos devem to-mar uma série de cuidados quanto ao remédio escolhido, pois a pele do cachorro, por exemplo, é muito sensível, apesar do pelo. É preciso também saber onde aplicar o carrapaticida, pois tem que ser um local onde o animal não irá lamber”. E mesmo com esses cuidados, é preciso que o quintal seja dedetizado e que em um período de 24 horas o animal fique fora do lugar.

Você já ouviu falar em parvovirose? Esse vírus é responsá-vel por 80% da mortalidade em cães. Os sintomas são febre, apatia, perda de apetite, vômitos, diarreia. “O animal desidrata muito rápido e é preciso receber cuidados imediatos”. O ani-mal que sobrevive fica imunizado à doença, mas ela fica no quintal, desta forma, não é recomendado ter outros animais, principalmente filhotes, até que o vírus seja eliminado. Quintal seguro, divirta-se com muita saúde ao lado do seu mais fiel companheiro.

y

Page 45: Enigma assustador

A Haley, com a ajuda da veterinária Tatiane Schwingel, preparou um guia de cuidados que você, dono, pode ter em casa:

Fratura ‒ Não tentar colocar o osso no lugar ou fazer torniquete e nem colocar talas. Caso isso ocorra, você pode comprometer a irrigação do local ou provocar ou-tras lesões.

Queimaduras ‒ Não passe pomada no local queimado. O mais correto é fazer compressa fria.

Intoxicação - Não dê leite, ou tente fazer o animal vomi-tar, pois o mesmo estrago que o produto fez ao ser ingeri-do irá ocorrer ao sair. Por precaução, mantenha produtos de limpeza em locais fechados. Se o animal se intoxicar com plantas, lave apenas a boca e dê água para ele. Lem-bre-se de levar a planta para o veterinário.

Ingestão de objetos ‒ É necessária uma intervenção ci-

rúrgica para que não ocorram lesões graves.

Choque elétrico - Esse cuidado é mais para fi lhotes, man-tenha as tomadas com proteção. Eles são muito curiosos.

Carrapatos ‒ Banho com carrapaticida a cada 15 dias, ou aplicação de spray por indicação do veterinário. Animais de pelos longos devem ser tosados no verão, já que o calor e umidade fazem os carrapatos aumentarem. Outro cuidado é dedetizar o canil e o quintal.

Vermes ‒ Vermifugar o animal a cada seis meses e não apenas quando é fi lhote.

Picadas de insetos ‒ No caso de abelhas, não arrancar o ferrão, pois senão o local irá fi car mais infl amado.

Além de provocar um incômodo muito grande para o animal, é ainda responsável por trazer diversas doenças. Por isso, o con-trole desse mal deve ser constante. “Mas os donos devem to-mar uma série de cuidados quanto ao remédio escolhido, pois a pele do cachorro, por exemplo, é muito sensível, apesar do pelo. É preciso também saber onde aplicar o carrapaticida, pois tem que ser um local onde o animal não irá lamber”. E mesmo com esses cuidados, é preciso que o quintal seja dedetizado e que em um período de 24 horas o animal fique fora do lugar.

Você já ouviu falar em parvovirose? Esse vírus é responsá-vel por 80% da mortalidade em cães. Os sintomas são febre, apatia, perda de apetite, vômitos, diarreia. “O animal desidrata muito rápido e é preciso receber cuidados imediatos”. O ani-mal que sobrevive fica imunizado à doença, mas ela fica no quintal, desta forma, não é recomendado ter outros animais, principalmente filhotes, até que o vírus seja eliminado. Quintal seguro, divirta-se com muita saúde ao lado do seu mais fiel companheiro.

y

Page 46: Enigma assustador

Caroline Oliveira / Maria Alice Otre / Ellen Kotai

Poucas atitudes do homem são tão enigmáticas quanto o sui-cídio. Assunto que continua sendo um tabu perante a socieda-de. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que pelo menos 3 mil pessoas se matam todos os dias e outras 60 mil tentam, mas não conseguem consumar o ato. Enquanto no Brasil, em 20 anos, a taxa de mortalidade por suicídio au-mentou 30,23%, em Mato Grosso do Sul (MS), o crescimento foi de 113,45%. É o que aponta o relatório ‘Violência: Uma epi-demia silenciosa’, feito em 2008 pela coordenadoria de atenção básica da Secretaria de Estado e Saúde. Por isso, o MS é o segundo Estado no ranking de suicídios, sendo que, entre os jovens de 15 a 34 anos, está em primeiro. O que faz milhares e milhares de famílias sentirem a mesma sensação de perda e, às vezes, de culpa.

O caminho ao suicídio passa pelo desespero, angústia e iso-lamento. Para o indivíduo, não existe a ideia de morte, mas sim, a melhor maneira que ele encontrou para pôr um basta no seu sofrimento.

Sigmund Freud descreveu o suicídio como uma agressão, um instinto de morte autodirigido. É por isso que, para o médico Wen-del Dalprá, trata-se de um compor-tamento complexo. Segundo ele, pessoas com transtornos mentais graves têm 12 vezes mais chan-ces de cometer o suicídio do que a população em geral. “Na mente do suicida, há três componentes de hostilidade: o desejo de matar, o

desejo de ser morto e o desejo de morrer. Há uma urgência em querer sair da dor de viver e ao mesmo tem-

po desejo de viver. Seus sentimentos e ações são constritos, pensam constantemente sobre suicídio, não sendo capazes de perceber ou-tras maneiras de sair do problema”.

Dalprá, que cursa especialização em psi-quiatria, complementa: “existe uma variação

entre pensar em suicídio e expressá-lo na ação. Algumas pessoas têm ideias que nunca levarão

adiante, outras planejam durante dias, semanas ou até anos antes de agir, e outras, sem premeditação, tiram a própria vida em um impulso”.

Em contato próxi-mo com casos de sui-cídio, Roberto Sinai, do Centro de Valorização da Vida (CVV), destaca pontos importantes que a população deve estar atenta. Geralmente, o suicídio passa por três fases: a i d e a -

Dr.Wendel Dalprá

Eni masuícidio

ção, em que o suicida dá sinais de tristeza exacerbada, vontade de morrer, desesperança. Essa fase pode durar vários anos e cabe a nós estarmos atentos para os indícios de que a pessoa está em um estado de vulnerabilidade. A segunda fase é a ma-turação, em que seus esforços estão voltados para o “planejar” a morte. Métodos mais eficazes, como e onde fazer. “Para o suicida, a morte é sucesso e a vida, fracasso”, aponta. A terceira fase, chamada de gatilho, é a tentativa em si, que pode se con-sumar ou não.

O fato, segundo ele, é que em todos os casos analisados de suicídio por enforcamento, por exemplo, percebe-se que a vítima se arrependeu na hora da morte. “Temos acompanhado que a fronteira da vida sempre fala mais alto. A pessoa quando está morrendo sempre quer voltar à vida, mas, muitas vezes, devido ao grau dos ferimentos, não consegue mais”. Antes do gatilho, qualquer um pode se livrar do desejo suicida, desde que faça o acompanhamento adequado com profissionais da saúde.

Sinai destaca que 80% das tentativas de suicídio são pro-vocadas por depressão devido a alguma perda, desilusão ou outros fatores. Uso de drogas, transtornos mentais e questões culturais também estão entre as causas que se somam. “Só porque a namorada largou dele, ele se suicidou?”, pergunta o

membro do CVV. “Não só por isso, também por isso...”, ele mesmo responde. Na verdade, é uma série de fatores que desencadeiam o pensamento

suicida. O importante é que a sociedade atenta e a busca por ajuda por parte da própria vítima podem reescrever um cami-nho de esperança e vitórias verdadeiras.

E quanto aos casos de pessoas que já tentaram uma vez e não consumaram o ato? O médico Wendel Dalprá explica: “uma tentativa de suicídio passada é talvez o maior indicador de que o paciente tenha maior risco de suicídio. Cerca de 40% das pessoas que cometeram suicídio fizeram uma tentativa anterior. O risco de uma nova tentativa é mais alto nos primeiros meses após a primeira. É preciso reconhecer que a pessoa tem quei-xas legítimas e oferecer alternativas que vão contra o suicídio”.

Infelizmente, as taxas de suicídio aumentam de acordo com a idade. Para os homens, atinge pico após os 45 anos de idade, já nas mulheres, depois dos 55 anos. Porém, são eles que con-sumam o ato quatro vezes mais que as mulheres, entretanto, são elas com maior probabilidade de tentar. No caso da adoles-cência, por ser considerado um período de conflitos e grande vulnerabilidade, é frequente o comportamento autodestrutivo. E existe um aumento alarmante nas taxas de suicídio entre os jovens, sendo a terceira maior causa de morte na faixa etária de 15 a 24 anos.

O caminho ao suicídio passa pelo desespero, angústia e isolamento. Médicos garantem que um olhar mais cuidado-so para com o outro e tratamento adequado de problemas psicoló-gicos podem evitar o suicídio e dar sentido à vida das vítimas

ass dorusta

Page 47: Enigma assustador

Caroline Oliveira / Maria Alice Otre / Ellen Kotai

Poucas atitudes do homem são tão enigmáticas quanto o sui-cídio. Assunto que continua sendo um tabu perante a socieda-de. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que pelo menos 3 mil pessoas se matam todos os dias e outras 60 mil tentam, mas não conseguem consumar o ato. Enquanto no Brasil, em 20 anos, a taxa de mortalidade por suicídio au-mentou 30,23%, em Mato Grosso do Sul (MS), o crescimento foi de 113,45%. É o que aponta o relatório ‘Violência: Uma epi-demia silenciosa’, feito em 2008 pela coordenadoria de atenção básica da Secretaria de Estado e Saúde. Por isso, o MS é o segundo Estado no ranking de suicídios, sendo que, entre os jovens de 15 a 34 anos, está em primeiro. O que faz milhares e milhares de famílias sentirem a mesma sensação de perda e, às vezes, de culpa.

O caminho ao suicídio passa pelo desespero, angústia e iso-lamento. Para o indivíduo, não existe a ideia de morte, mas sim, a melhor maneira que ele encontrou para pôr um basta no seu sofrimento.

Sigmund Freud descreveu o suicídio como uma agressão, um instinto de morte autodirigido. É por isso que, para o médico Wen-del Dalprá, trata-se de um compor-tamento complexo. Segundo ele, pessoas com transtornos mentais graves têm 12 vezes mais chan-ces de cometer o suicídio do que a população em geral. “Na mente do suicida, há três componentes de hostilidade: o desejo de matar, o

desejo de ser morto e o desejo de morrer. Há uma urgência em querer sair da dor de viver e ao mesmo tem-

po desejo de viver. Seus sentimentos e ações são constritos, pensam constantemente sobre suicídio, não sendo capazes de perceber ou-tras maneiras de sair do problema”.

Dalprá, que cursa especialização em psi-quiatria, complementa: “existe uma variação

entre pensar em suicídio e expressá-lo na ação. Algumas pessoas têm ideias que nunca levarão

adiante, outras planejam durante dias, semanas ou até anos antes de agir, e outras, sem premeditação, tiram a própria vida em um impulso”.

Em contato próxi-mo com casos de sui-cídio, Roberto Sinai, do Centro de Valorização da Vida (CVV), destaca pontos importantes que a população deve estar atenta. Geralmente, o suicídio passa por três fases: a i d e a -

Dr.Wendel Dalprá

Eni masuícidio

ção, em que o suicida dá sinais de tristeza exacerbada, vontade de morrer, desesperança. Essa fase pode durar vários anos e cabe a nós estarmos atentos para os indícios de que a pessoa está em um estado de vulnerabilidade. A segunda fase é a ma-turação, em que seus esforços estão voltados para o “planejar” a morte. Métodos mais eficazes, como e onde fazer. “Para o suicida, a morte é sucesso e a vida, fracasso”, aponta. A terceira fase, chamada de gatilho, é a tentativa em si, que pode se con-sumar ou não.

O fato, segundo ele, é que em todos os casos analisados de suicídio por enforcamento, por exemplo, percebe-se que a vítima se arrependeu na hora da morte. “Temos acompanhado que a fronteira da vida sempre fala mais alto. A pessoa quando está morrendo sempre quer voltar à vida, mas, muitas vezes, devido ao grau dos ferimentos, não consegue mais”. Antes do gatilho, qualquer um pode se livrar do desejo suicida, desde que faça o acompanhamento adequado com profissionais da saúde.

Sinai destaca que 80% das tentativas de suicídio são pro-vocadas por depressão devido a alguma perda, desilusão ou outros fatores. Uso de drogas, transtornos mentais e questões culturais também estão entre as causas que se somam. “Só porque a namorada largou dele, ele se suicidou?”, pergunta o

membro do CVV. “Não só por isso, também por isso...”, ele mesmo responde. Na verdade, é uma série de fatores que desencadeiam o pensamento

suicida. O importante é que a sociedade atenta e a busca por ajuda por parte da própria vítima podem reescrever um cami-nho de esperança e vitórias verdadeiras.

E quanto aos casos de pessoas que já tentaram uma vez e não consumaram o ato? O médico Wendel Dalprá explica: “uma tentativa de suicídio passada é talvez o maior indicador de que o paciente tenha maior risco de suicídio. Cerca de 40% das pessoas que cometeram suicídio fizeram uma tentativa anterior. O risco de uma nova tentativa é mais alto nos primeiros meses após a primeira. É preciso reconhecer que a pessoa tem quei-xas legítimas e oferecer alternativas que vão contra o suicídio”.

Infelizmente, as taxas de suicídio aumentam de acordo com a idade. Para os homens, atinge pico após os 45 anos de idade, já nas mulheres, depois dos 55 anos. Porém, são eles que con-sumam o ato quatro vezes mais que as mulheres, entretanto, são elas com maior probabilidade de tentar. No caso da adoles-cência, por ser considerado um período de conflitos e grande vulnerabilidade, é frequente o comportamento autodestrutivo. E existe um aumento alarmante nas taxas de suicídio entre os jovens, sendo a terceira maior causa de morte na faixa etária de 15 a 24 anos.

O caminho ao suicídio passa pelo desespero, angústia e isolamento. Médicos garantem que um olhar mais cuidado-so para com o outro e tratamento adequado de problemas psicoló-gicos podem evitar o suicídio e dar sentido à vida das vítimas

ass dorusta

Page 48: Enigma assustador

Impossível falar sobre suicídio no Mato Grosso do Sul sem abordar o sui-cídio indígena, fator responsável por um aumento significativo das taxas de morta-lidade nesta categoria no Estado. A ques-tão é alarmante, já que no Brasil a taxa de suicídios gira em torno de quatro (4) a cada 100 mil pessoas e dentre os guarani-kaiowás de Dourados, esse valor chega a 141,89 por 100 mil, segundo dados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) da cidade.

Foi justamente para entender um pouco mais essa realidade, que procu-ramos o Dr. Zelik Tajber, que coordena as ações da Funasa na Reserva de Dou-rados. Segundo ele, é impossível procu-rar uma causa que explique a incidência do suicídio indígena, pois são resultado

de uma junção de fatores sociais, psico-lógicos, econômicos, culturais. No caso dos guarani-kaiowás, que são os que re-gistram suicídios frequentes no Estado, a perda do Tekoha (território com o qual eles têm uma ligação de identidade), o fato de culturalmente viverem ensimes-mados (não dividirem os problemas com amigos ou familiares), a falta de perspec-tivas futuras, o álcool e a violência com a qual convivem diariamente, estão entre alguns dos fatores. “O próprio conceito de vida e morte entre os indígenas preci-sa ser analisado: tem aqui e tem lá”, des-taca Trajber.

Dentre as ações da Funasa para a prevenção desses índices está a criação do Programa de Saúde Mental, implan-tado há dois anos nas aldeias Bororó e

Jaguapiru, que conta com a presença de um psicólogo e uma assistente social.

Segundo o médico, são realizados trabalhos nas escolas e nos domicílios em que foram detectados risco iminente de suicídio, ou transtornos psicológicos. Escolas e grupos também fazem parte da rotina do Programa. Os temas ge-ralmente abordados são Valorização do Eu, Autoestima, Diversidade Cultural, Uso Abusivo de Álcool e outras drogas, Fortalecimento do núcleo familiar, Escla-recimentos sobre os Direitos da Crian-ça, Gestante, Idoso e Previdência Social, Noções de Cidadania, que foram escolhi-dos pela comunidade, focando os temas dentro da Saúde Mental e elucidando a realidade local.

Existem diversas entidades que atuam na prevenção ao suicídio e na busca por ajudar de alguma forma as pessoas em estado de fragilidade.

Centro de Valorização da Vida (CVV)Posto: Campo Grande - (67) 3383-4112Rua Prof. Severino Ramos de Queiroz, n° 826 - Vila Glória

Centro de Atenção Psicossocial Ál-cool e Drogas (CAPS/AD)Posto: Dourados – (67) 3411-7778Rua Hilda Bergo Duarte, 865 – Centro

Ambulatório de Saúde Mental Posto: Dourados – (67) 3411-7677Rua Oliveira Marques, 1802 - Centro

Nota: Apoiados em teóricos da comu-nicação que analisam a difícil abordagem do suicídio na mídia, optamos por não descrever os métodos pelo qual o en-trevistado tentou os suicídios, para não favorecer influências negativas por meio da reportagem. Nosso objetivo aqui é a prevenção do suicídio, apontando cami-nhos para o tratamento.

VIDA - uma dádiva vinda de Deus

pag.94

Renan faz planos e recupera com a família e amigos o amor pela vida.

y

O drama guarani

Serviço Y- Onde procurar ajuda?

A psi-cóloga Sa-vana Ros-sato Ody explica que não há res-posta para constante pergunta: ‘o que leva uma pes-soa a co-meter, ou pensar em tal ato?’ “O natural do ser huma-no é que-

rer viver, mas como ele prefere morrer? Isso mostra que sua avaliação da realidade está prejudicada”

É por isso que a família e amigos próxi-mos devem estar atentos. “Quando o sujei-to diz que não vê solução, não sabe como melhorar, pois nada dá certo, é preciso que os entes queridos mostrem novos cami-nhos, novas possibilidades, pois a pessoa suicida precisa ser escutada e reconhecida. Ela precisa ter seu espaço para falar, sendo uma forma de ajudá-lo”, explica Savana.

Isso deve ser feito, pois de acordo com ela, logo após o suicídio, algo sempre vem à tona. “Acredito que o suicídio fala por si só, sempre quer dizer alguma coisa que em vida o sujeito não conseguia”. E apesar da perda ser dolorosa, a família não deve se

sentir culpada. “É comum o sentimento de revolta. Quando estamos diante de uma si-tuação que nos faz sofrer, a primeira reação é negar e o mesmo ocorre com o suicídio, mas a família tem que ser forte e buscar a ajuda necessária”, diz a psicóloga.

A tendência suicida se fortalece se a víti-ma não tem conhecimento de sua doença, ou se a trata de maneira inadequada devido a um erro de diagnóstico. Aos 25 anos, Re-nan Z.G. supera, a cada dia, duas tentativas de suicídio que marcaram negativamente sua vida aos 17 e 23 anos.

Diagnosticado como Borderline (Transtorno Fronteiriço de Personalidade – TFP), após a 2ª tentativa de suicídio, até então ele tratava apenas uma depressão. E a doença exigia mais cuidados. Como consequências do transtorno, Renan tinha ataques agressivos e por muitas vezes se cortava, se machucava. Os pensamentos confusos e pessimistas eram os grandes vilões. “A frequência de pensamentos é alta. Nos ataques, eles entram em estágio de superconcentração e o raciocínio é que leva a machucar. Cortar-se é uma forma de parar”, explica.

A princípio, as mutilações aconteciam para despertá-lo dessas crises. Segundo ele, aconteciam de maneira espaçada, a cada dois anos. “Depois diminuiu para um ano, 6 meses, 1 mês... Aí quando ficava todo dia, ou na mesma semana, era mais grave. Quanto menos saídas eu era capaz de ver, maior era a chance de me machu-car de verdade”.

Hoje, recuperado, mas ainda em tra-tamento, ele consegue enxergar melhor a influência que o TFP e o tratamento errado tiveram para os atentados contra a própria vida. Quando questionamos o motivo pelo qual ele havia tentado o suicídio, ele analisa de maneira racional. “As circunstâncias que desencadeiam a forma suicida de pensar não são anor-mais, todos passam por dificuldades. O problema é que o suicida não tem força de tentar, nem quer. É um pensamento muito simples: de desistir”.

Sair dessa não foi fácil. “Os méto-dos que eu usei não foram ortodoxos. Comecei a estudar casos de depressão e suicídio, enfrentei antigos traumas de família, coloquei a culpa na medida certa para as pessoas certas, dividi o proble-ma, reaprendi a pensar”, conta. De uma inteligência imensurável e conhecedor de grandes escritores e filósofos, como Nietzche, por exemplo, Renan conta que se apoiou em um método chamado cognitivo-comportamental. “Aprendi a transformar raciocínios ruins em bons”.

A importância da família e dos ami-gos foi indispensável para que ele desse a volta por cima. “A pior parte é ver que alguém gosta de você e você não dá a mínima pra isso. [Com a doença] Não há compaixão, no sentido de consenti-mento, não existe pena, apenas ódio da nossa parte. É como se não tivesse pa-ciência pra enfrentar a vida”. E ele ques-tiona e ri: “Não existe o amor próprio? Então, existe ódio próprio também”.

Ainda, quanto ao contato e a impor-tância dos mais próximos, Renan conta que chamou amigos e familiares e disse “estou doente, gente”. Segundo ele, isso foi fundamental para sua recuperação. “Existem coisas que as pessoas não per-cebem se eu não falo, então exerci mi-nha sinceridade. As pessoas tinham que saber pra não deixar que acumulassem suas mazelas em mim”, explica.

Valorização e autoestima também são importantes. “Família é fundamen-tal para transmitir a sensação de impor-tância do ser no mundo em que vive e pelo qual é de certa forma responsável. É preciso buscar a importância do mun-do na vida, e onde estamos nele pra ter sentido”.

Cheio de planos e projetos pesso-ais e profissionais, Renan aproveita para deixar uma mensagem às pessoas que estão passando por forte angústia e mui-tas vezes não sabem o porquê dessas sensações ruins. “Quando não enxerga-mos uma saída, esquecemos que exis-tem pessoas que nos amam, e que nos ajudariam se soubessem o que estamos passando. A alternativa é buscar apoio dos amigos, familiares e ajuda profissio-nal. Os problemas não se resolvem, mas aprendemos a lidar com eles.”

Savana Rossato Ody

Page 49: Enigma assustador

Impossível falar sobre suicídio no Mato Grosso do Sul sem abordar o sui-cídio indígena, fator responsável por um aumento significativo das taxas de morta-lidade nesta categoria no Estado. A ques-tão é alarmante, já que no Brasil a taxa de suicídios gira em torno de quatro (4) a cada 100 mil pessoas e dentre os guarani-kaiowás de Dourados, esse valor chega a 141,89 por 100 mil, segundo dados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) da cidade.

Foi justamente para entender um pouco mais essa realidade, que procu-ramos o Dr. Zelik Tajber, que coordena as ações da Funasa na Reserva de Dou-rados. Segundo ele, é impossível procu-rar uma causa que explique a incidência do suicídio indígena, pois são resultado

de uma junção de fatores sociais, psico-lógicos, econômicos, culturais. No caso dos guarani-kaiowás, que são os que re-gistram suicídios frequentes no Estado, a perda do Tekoha (território com o qual eles têm uma ligação de identidade), o fato de culturalmente viverem ensimes-mados (não dividirem os problemas com amigos ou familiares), a falta de perspec-tivas futuras, o álcool e a violência com a qual convivem diariamente, estão entre alguns dos fatores. “O próprio conceito de vida e morte entre os indígenas preci-sa ser analisado: tem aqui e tem lá”, des-taca Trajber.

Dentre as ações da Funasa para a prevenção desses índices está a criação do Programa de Saúde Mental, implan-tado há dois anos nas aldeias Bororó e

Jaguapiru, que conta com a presença de um psicólogo e uma assistente social.

Segundo o médico, são realizados trabalhos nas escolas e nos domicílios em que foram detectados risco iminente de suicídio, ou transtornos psicológicos. Escolas e grupos também fazem parte da rotina do Programa. Os temas ge-ralmente abordados são Valorização do Eu, Autoestima, Diversidade Cultural, Uso Abusivo de Álcool e outras drogas, Fortalecimento do núcleo familiar, Escla-recimentos sobre os Direitos da Crian-ça, Gestante, Idoso e Previdência Social, Noções de Cidadania, que foram escolhi-dos pela comunidade, focando os temas dentro da Saúde Mental e elucidando a realidade local.

Existem diversas entidades que atuam na prevenção ao suicídio e na busca por ajudar de alguma forma as pessoas em estado de fragilidade.

Centro de Valorização da Vida (CVV)Posto: Campo Grande - (67) 3383-4112Rua Prof. Severino Ramos de Queiroz, n° 826 - Vila Glória

Centro de Atenção Psicossocial Ál-cool e Drogas (CAPS/AD)Posto: Dourados – (67) 3411-7778Rua Hilda Bergo Duarte, 865 – Centro

Ambulatório de Saúde Mental Posto: Dourados – (67) 3411-7677Rua Oliveira Marques, 1802 - Centro

Nota: Apoiados em teóricos da comu-nicação que analisam a difícil abordagem do suicídio na mídia, optamos por não descrever os métodos pelo qual o en-trevistado tentou os suicídios, para não favorecer influências negativas por meio da reportagem. Nosso objetivo aqui é a prevenção do suicídio, apontando cami-nhos para o tratamento.

VIDA - uma dádiva vinda de Deus

pag.94

Renan faz planos e recupera com a família e amigos o amor pela vida.

y

O drama guarani

Serviço Y- Onde procurar ajuda?

A psi-cóloga Sa-vana Ros-sato Ody explica que não há res-posta para constante pergunta: ‘o que leva uma pes-soa a co-meter, ou pensar em tal ato?’ “O natural do ser huma-no é que-

rer viver, mas como ele prefere morrer? Isso mostra que sua avaliação da realidade está prejudicada”

É por isso que a família e amigos próxi-mos devem estar atentos. “Quando o sujei-to diz que não vê solução, não sabe como melhorar, pois nada dá certo, é preciso que os entes queridos mostrem novos cami-nhos, novas possibilidades, pois a pessoa suicida precisa ser escutada e reconhecida. Ela precisa ter seu espaço para falar, sendo uma forma de ajudá-lo”, explica Savana.

Isso deve ser feito, pois de acordo com ela, logo após o suicídio, algo sempre vem à tona. “Acredito que o suicídio fala por si só, sempre quer dizer alguma coisa que em vida o sujeito não conseguia”. E apesar da perda ser dolorosa, a família não deve se

sentir culpada. “É comum o sentimento de revolta. Quando estamos diante de uma si-tuação que nos faz sofrer, a primeira reação é negar e o mesmo ocorre com o suicídio, mas a família tem que ser forte e buscar a ajuda necessária”, diz a psicóloga.

A tendência suicida se fortalece se a víti-ma não tem conhecimento de sua doença, ou se a trata de maneira inadequada devido a um erro de diagnóstico. Aos 25 anos, Re-nan Z.G. supera, a cada dia, duas tentativas de suicídio que marcaram negativamente sua vida aos 17 e 23 anos.

Diagnosticado como Borderline (Transtorno Fronteiriço de Personalidade – TFP), após a 2ª tentativa de suicídio, até então ele tratava apenas uma depressão. E a doença exigia mais cuidados. Como consequências do transtorno, Renan tinha ataques agressivos e por muitas vezes se cortava, se machucava. Os pensamentos confusos e pessimistas eram os grandes vilões. “A frequência de pensamentos é alta. Nos ataques, eles entram em estágio de superconcentração e o raciocínio é que leva a machucar. Cortar-se é uma forma de parar”, explica.

A princípio, as mutilações aconteciam para despertá-lo dessas crises. Segundo ele, aconteciam de maneira espaçada, a cada dois anos. “Depois diminuiu para um ano, 6 meses, 1 mês... Aí quando ficava todo dia, ou na mesma semana, era mais grave. Quanto menos saídas eu era capaz de ver, maior era a chance de me machu-car de verdade”.

Hoje, recuperado, mas ainda em tra-tamento, ele consegue enxergar melhor a influência que o TFP e o tratamento errado tiveram para os atentados contra a própria vida. Quando questionamos o motivo pelo qual ele havia tentado o suicídio, ele analisa de maneira racional. “As circunstâncias que desencadeiam a forma suicida de pensar não são anor-mais, todos passam por dificuldades. O problema é que o suicida não tem força de tentar, nem quer. É um pensamento muito simples: de desistir”.

Sair dessa não foi fácil. “Os méto-dos que eu usei não foram ortodoxos. Comecei a estudar casos de depressão e suicídio, enfrentei antigos traumas de família, coloquei a culpa na medida certa para as pessoas certas, dividi o proble-ma, reaprendi a pensar”, conta. De uma inteligência imensurável e conhecedor de grandes escritores e filósofos, como Nietzche, por exemplo, Renan conta que se apoiou em um método chamado cognitivo-comportamental. “Aprendi a transformar raciocínios ruins em bons”.

A importância da família e dos ami-gos foi indispensável para que ele desse a volta por cima. “A pior parte é ver que alguém gosta de você e você não dá a mínima pra isso. [Com a doença] Não há compaixão, no sentido de consenti-mento, não existe pena, apenas ódio da nossa parte. É como se não tivesse pa-ciência pra enfrentar a vida”. E ele ques-tiona e ri: “Não existe o amor próprio? Então, existe ódio próprio também”.

Ainda, quanto ao contato e a impor-tância dos mais próximos, Renan conta que chamou amigos e familiares e disse “estou doente, gente”. Segundo ele, isso foi fundamental para sua recuperação. “Existem coisas que as pessoas não per-cebem se eu não falo, então exerci mi-nha sinceridade. As pessoas tinham que saber pra não deixar que acumulassem suas mazelas em mim”, explica.

Valorização e autoestima também são importantes. “Família é fundamen-tal para transmitir a sensação de impor-tância do ser no mundo em que vive e pelo qual é de certa forma responsável. É preciso buscar a importância do mun-do na vida, e onde estamos nele pra ter sentido”.

Cheio de planos e projetos pesso-ais e profissionais, Renan aproveita para deixar uma mensagem às pessoas que estão passando por forte angústia e mui-tas vezes não sabem o porquê dessas sensações ruins. “Quando não enxerga-mos uma saída, esquecemos que exis-tem pessoas que nos amam, e que nos ajudariam se soubessem o que estamos passando. A alternativa é buscar apoio dos amigos, familiares e ajuda profissio-nal. Os problemas não se resolvem, mas aprendemos a lidar com eles.”

Savana Rossato Ody

Page 50: Enigma assustador
Page 51: Enigma assustador
Page 52: Enigma assustador

TERRA FÉRTILNo Brasil, o quinto maior território

terrestre do mundo, o uso desequilibrado de adubos e fertilizantes

pode trazer sérias consequências

agriculturaCom mais de oito milhões de quilômetros quadrados

e 550 milhões de hectares de área agricultável, no Brasil, o uso de adubos e fertilizantes ainda segue

regras ultrapassadas e receitas mitológicas, prejudicando e poluindo o solo quando o uso é em excesso e não potencia-lizando a agricultura como deveria, quando o uso é escasso.

O professor Marcos Camacho, coordenador do Pro-grama de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, sede em Aquidauana, explica que nem todos os solos possuem a quantidade de nutrientes que algumas culturas necessitam ou, se o solo tem, com o passar dos anos de cultivos é necessária sua re-posição. Por esse motivo, a adubação se faz necessária para aumentar e manter a produtividade. Além disso, a época e a quantidade de adubos em cada adubação variam em função do tipo de solo, da cultura, do clima, dentre outros fatores.

Rafael Augusto Ody, engenheiro agrônomo, acrescenta que a quantidade necessária de fertilizantes para um cultivo é o quanto a planta extrair e diz que é sempre necessário que se faça, antes do plantio, uma análise do solo para de-tectar a necessidade dos nutrientes daquele local, identifi-cando quais produtos usar e em quais quantidades.

Dourados e região ainda precisam quebrar alguns para-digmas quando se trata desse assunto. Muitos produtores, principalmente os pequenos, não têm a real noção da ne-cessidade de suas terras. “É mesmo tradição o povo ir por uma fórmula só e uma quantidade apenas. Quem trabalha com análises e uso equilibrado são os grandes produtores, os pequenos vão pelo embalo, compram sempre a mesma quantidade e os mesmos nutrientes sem saber a real neces-sidade do solo que utilizam”, afirma Rossato, empresário do ramo.

Esse mau aproveitamento se estende por todo o Brasil. “Embora haja recomendações, a maioria dos produtores

Ellen Kotay

Page 53: Enigma assustador

TERRA FÉRTILNo Brasil, o quinto maior território

terrestre do mundo, o uso desequilibrado de adubos e fertilizantes

pode trazer sérias consequências

agriculturaCom mais de oito milhões de quilômetros quadrados

e 550 milhões de hectares de área agricultável, no Brasil, o uso de adubos e fertilizantes ainda segue

regras ultrapassadas e receitas mitológicas, prejudicando e poluindo o solo quando o uso é em excesso e não potencia-lizando a agricultura como deveria, quando o uso é escasso.

O professor Marcos Camacho, coordenador do Pro-grama de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, sede em Aquidauana, explica que nem todos os solos possuem a quantidade de nutrientes que algumas culturas necessitam ou, se o solo tem, com o passar dos anos de cultivos é necessária sua re-posição. Por esse motivo, a adubação se faz necessária para aumentar e manter a produtividade. Além disso, a época e a quantidade de adubos em cada adubação variam em função do tipo de solo, da cultura, do clima, dentre outros fatores.

Rafael Augusto Ody, engenheiro agrônomo, acrescenta que a quantidade necessária de fertilizantes para um cultivo é o quanto a planta extrair e diz que é sempre necessário que se faça, antes do plantio, uma análise do solo para de-tectar a necessidade dos nutrientes daquele local, identifi-cando quais produtos usar e em quais quantidades.

Dourados e região ainda precisam quebrar alguns para-digmas quando se trata desse assunto. Muitos produtores, principalmente os pequenos, não têm a real noção da ne-cessidade de suas terras. “É mesmo tradição o povo ir por uma fórmula só e uma quantidade apenas. Quem trabalha com análises e uso equilibrado são os grandes produtores, os pequenos vão pelo embalo, compram sempre a mesma quantidade e os mesmos nutrientes sem saber a real neces-sidade do solo que utilizam”, afirma Rossato, empresário do ramo.

Esse mau aproveitamento se estende por todo o Brasil. “Embora haja recomendações, a maioria dos produtores

Ellen Kotay

Page 54: Enigma assustador

[de todo o Brasil] não se habituou a realizar esta prática de maneira adequada. Um grande exemplo são as pastagens. No nosso Estado, por exemplo, uma boa parte não obtém seu máximo potencial produtivo em função da adubação não ser realizada ou ser de forma inadequada e deficitária”, garante Camacho.

O professor ainda chama a atenção quanto à adubação ser indispensável para a produção agrícola, no entanto, res-salta que ela não pode ser realizada indiscriminadamente. “A aplicação excessiva de adubos irá causar vários dese-quilíbrios, desde alterações nutricionais na planta até des-

balanços no meio ambiente. Sendo assim, em toda prática de adubação deve ser observada a dose necessária para a máxima eficiência técnica e econômica, de maneira a não serem realizadas aplicações excessivas de adubos”, diz.

O artigo publicado pela revista estadunidense Science, intitulado Nutrient imbalances in agricultural development, escrito por um grupo internacional, dentre os quais um dos integrantes é o brasileiro Luiz A. Martineli, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo, demonstra o que está ocorrendo em nível mundial quando comparado a países desenvolvidos ou em desen-

volvimento e países com extrema pobreza.Segundo a pesquisa, nas pequenas plantações no Quê-

nia, os solos, antes férteis, estão se empobrecendo a me-dida que os cultivos removem mais nutrientes do que os adicionados pelos esforços de fertilização. Em contrapartida, na China, país mais populoso do planeta, campos são fer-tilizados de modo mais intenso do que em qualquer outro cenário, o que tem levado ao excesso de fertilizantes para o ambiente, degradando a qualidade da água e do ar, e geran-do um grande problema ambiental.

Um ponto muito importante, explica o professor, é que “a maioria dos adubos são oriundos de reservas naturais (fósforo e potássio são ótimos exemplos disso), logo, a apli-cação excessiva, além de causar danos nutricionais à cul-

tura, utiliza recursos naturais indiscriminadamente, que são finitos. A exemplo, as reservas minerais com fósforo, que são escassas, e se um dia vierem a terminar essas reservas, estaremos diante de um colapso na produção de alimen-tos”, ressalta.

Em contrapartida, “a falta de adubos ou a utilização de subdoses implicará, diretamente, na redução de produtivi-dade. Isso também afeta o meio ambiente, pois, quando diminuímos a produtividade (que é a quantidade de produto por unidade de área, por exemplo, kg/ha – quilos por hec-tare), diminuímos a oferta de alimentos no mundo. Nota-damente, há uma tendência de aumento de área cultivada para suprir este déficit, o que tenderia a aumentar o desma-tamento (o que não é desejável)”, finaliza.

Preocupações futuras

Mitos da fertilização

Em 2025, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o mundo passará a ter uma população de 8,3 bilhões, um aumento considerável desde o último dado que contabilizou 5,2 bilhões de pessoas em 1990. Com o crescimento da população, a demanda de alimentos se torna imprescindível e deverá passar de 2 bilhões para 5,2 bilhões de toneladas ao ano, garante a Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos.

Dessa maneira, a produtividade dos alimentos, que em 1990 era de cerca de 2,5 toneladas por hectare, deve chegar a 4,5 toneladas por hectare em 2025. A exploração dos territórios agricultáveis também deverá ser mais explorada, garantindo melhor produtividade e aproveitamento do território com a agricultura.

“Adubação nunca é demais” ‒ um mito. A adubação deve ser realizada de maneira adequada e equilibrada.

“Não precisa adubar pastagem” ‒ um mito. Assim como todas as outras plantas, as forrageiras devem ser adubadas também.

“O melhor lugar para se cultivar são áreas recém-desmatadas, porque não precisa adubar” ‒ mito. Solos de áreas recém-desmatadas, na grande maioria das vezes, necessitam de algumas correções, pois, caso contrário, o solo torna-se pouco fértil num pequeno espaço de tempo.

Amostras de fertilizantes que, na medida certa, só têm a contribuir com o solo e a rentabilidade do negócio

y

Page 55: Enigma assustador

[de todo o Brasil] não se habituou a realizar esta prática de maneira adequada. Um grande exemplo são as pastagens. No nosso Estado, por exemplo, uma boa parte não obtém seu máximo potencial produtivo em função da adubação não ser realizada ou ser de forma inadequada e deficitária”, garante Camacho.

O professor ainda chama a atenção quanto à adubação ser indispensável para a produção agrícola, no entanto, res-salta que ela não pode ser realizada indiscriminadamente. “A aplicação excessiva de adubos irá causar vários dese-quilíbrios, desde alterações nutricionais na planta até des-

balanços no meio ambiente. Sendo assim, em toda prática de adubação deve ser observada a dose necessária para a máxima eficiência técnica e econômica, de maneira a não serem realizadas aplicações excessivas de adubos”, diz.

O artigo publicado pela revista estadunidense Science, intitulado Nutrient imbalances in agricultural development, escrito por um grupo internacional, dentre os quais um dos integrantes é o brasileiro Luiz A. Martineli, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo, demonstra o que está ocorrendo em nível mundial quando comparado a países desenvolvidos ou em desen-

volvimento e países com extrema pobreza.Segundo a pesquisa, nas pequenas plantações no Quê-

nia, os solos, antes férteis, estão se empobrecendo a me-dida que os cultivos removem mais nutrientes do que os adicionados pelos esforços de fertilização. Em contrapartida, na China, país mais populoso do planeta, campos são fer-tilizados de modo mais intenso do que em qualquer outro cenário, o que tem levado ao excesso de fertilizantes para o ambiente, degradando a qualidade da água e do ar, e geran-do um grande problema ambiental.

Um ponto muito importante, explica o professor, é que “a maioria dos adubos são oriundos de reservas naturais (fósforo e potássio são ótimos exemplos disso), logo, a apli-cação excessiva, além de causar danos nutricionais à cul-

tura, utiliza recursos naturais indiscriminadamente, que são finitos. A exemplo, as reservas minerais com fósforo, que são escassas, e se um dia vierem a terminar essas reservas, estaremos diante de um colapso na produção de alimen-tos”, ressalta.

Em contrapartida, “a falta de adubos ou a utilização de subdoses implicará, diretamente, na redução de produtivi-dade. Isso também afeta o meio ambiente, pois, quando diminuímos a produtividade (que é a quantidade de produto por unidade de área, por exemplo, kg/ha – quilos por hec-tare), diminuímos a oferta de alimentos no mundo. Nota-damente, há uma tendência de aumento de área cultivada para suprir este déficit, o que tenderia a aumentar o desma-tamento (o que não é desejável)”, finaliza.

Preocupações futuras

Mitos da fertilização

Em 2025, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o mundo passará a ter uma população de 8,3 bilhões, um aumento considerável desde o último dado que contabilizou 5,2 bilhões de pessoas em 1990. Com o crescimento da população, a demanda de alimentos se torna imprescindível e deverá passar de 2 bilhões para 5,2 bilhões de toneladas ao ano, garante a Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos.

Dessa maneira, a produtividade dos alimentos, que em 1990 era de cerca de 2,5 toneladas por hectare, deve chegar a 4,5 toneladas por hectare em 2025. A exploração dos territórios agricultáveis também deverá ser mais explorada, garantindo melhor produtividade e aproveitamento do território com a agricultura.

“Adubação nunca é demais” ‒ um mito. A adubação deve ser realizada de maneira adequada e equilibrada.

“Não precisa adubar pastagem” ‒ um mito. Assim como todas as outras plantas, as forrageiras devem ser adubadas também.

“O melhor lugar para se cultivar são áreas recém-desmatadas, porque não precisa adubar” ‒ mito. Solos de áreas recém-desmatadas, na grande maioria das vezes, necessitam de algumas correções, pois, caso contrário, o solo torna-se pouco fértil num pequeno espaço de tempo.

Amostras de fertilizantes que, na medida certa, só têm a contribuir com o solo e a rentabilidade do negócio

y

Page 56: Enigma assustador

mergulho – esportes de aventura –, a atividade também engloba profissionais do turismo, que veem nas formações da natureza uma possibilidade de se desenvolver uma ati-vidade rentável e responsável ambientalmente.

Agraciado pela natureza exuberante e diversificada, o Brasil possui um excelente ambiente para a espeleologia. Segundo a Sociedade Brasileira de Espeleologia, 2.500 cavernas estão cadastradas no território nacional, e esse dado representa apenas cerca de 5% de todas as cavernas do País.

Entre as províncias espeleológicas do Brasil, destaca-se, em Mato Grosso do Sul, o Planalto da Bodoquena, que abrange os municípios de Bonito, Bela Vista, Jardim, Bodoquena e Porto Murtinho. “Até 2008 haviam sido re-gistradas e catalogadas pelo Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas – Cecav, um total de 151 cavidades naturais no Estado do Mato Grosso do Sul, no entanto, esse número pode ser sensivelmente aumentado à medida que novos estudos sejam empre-endidos na região”, garante Simone Ma-mede. Certamente, algumas dessas grutas ou cavernas você já conhece pessoalmen-te ou pelo menos ou-viu falar. Uma das mais famosas, a Gruta do Lago Azul, localiza-se em Bonito e já foi ce-nário para Priscila Fan-tin, como Serena, na novela Alma Gêmea, da Rede Globo.

Sobre esse local, de acordo com o dou-tor em geologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor Paulo Boggiani, “pode-se dizer que é uma gruta com todas as características favoráveis ao turismo, ou seja, extrema beleza cênica, fácil acesso, atípica luz natural (o que não exige a necessidade de se colocar a impactante luz artificial para visitação) e trajeto interno seguro”.

Apesar da visibilidade do Estado, segundo o professor, “existem algumas pessoas que praticam a espeleologia em MS, mas de forma ainda um tanto isolada”. Ele destaca que “não há grupos de espeleologia bem estruturados, mas pessoas que fazem explorações de cavernas em conjunto com outros grupos de espeleologia mais antigos e mais bem estruturados como o Grupo Bambuí de Minas Gerais e a Sociedade Brasileira de Espeleologia”.

Vale lembrar que Boggiani fala com tanta propriedade de nossa região, pois, embora lecione atualmente na USP, foi professor da Universidade Federal de Mato Grosso do

Sul (UFMS) e coordenador do primeiro curso de formação de guia de turismo de Bonito.

Dentre as particularidades das cavernas sul-mato-gros-senses, Boggiani aponta que elas se diferenciam das demais turísticas do Brasil pela possibilidade de mergulho subter-râneo e isso coloca a Serra da Bodoquena como uma das melhores do mundo nessa modalidade. Tanto potencial, “requer, ainda, estudos mais aprofundados de como rea-lizar o mergulho turístico com mínimo impacto ambiental e máximo retorno socioeconômico para a comunidade local”, aponta o geólogo.

Para a bióloga e mestre em meio ambiente, professora Simone Mamede, em 2009, o espeleoturismo na região foi uma das atividades sustentáveis mais estimuladas pelo curso de turismo com ênfase em Ambientes Naturais da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, em Jar-dim, com a aplicação de técnicas conscientes em ativida-des dirigidas de contato com a natureza, como Turismo

em Cavidades Natu-rais. “Proporcionar o contato sensorial e emocional com as formações rochosas e outros elementos naturais introduz uma grande diferença do ponto de vista moti-vacional, contribuindo para a transformação de pensamentos, va-lores e atitudes para concretização da con-servação desses am-bientes frágeis e por

vezes ameaçados”, aponta Simone.A bióloga, que pratica o espeleoturismo, define poeti-

camente as sensações que a envolvem durante a prática. “As formações rochosas e a umidade do interior das grutas nos levam a uma reflexão sobre os destinos da superfície. Ao entrar em uma caverna, uma emoção se apossa de nós, é como se penetrássemos num santuário secreto e é lá que vemos a importância de preservarmos o que nos cerca e, principalmente, o que nos sustenta, a terra”.

Há 450 milhões de anos, os homens transitam por en-tre as cavernas. Não seja tão atrasado! Se você tem sede de aventura ou paixão pela descoberta de novos ambien-tes naturais, está aqui uma ótima sugestão de turismo ou estudo. O importante é aliar o conhecimento de técnicas para o espeleoturismo, com a sensação de liberdade e o cuidado com o meio ambiente.

o que?ESPELEO

Mistura de estudo e turismo em cavernas, a espeleologia têm crescido a cada ano no Brasil. Bodoquena, Bonito e Jardim encabeçam a lista dos locais mais procurados no Mato Grosso do Sul

“A Espeleologia, estudo das cavidades naturais, conduz o ser humano, literalmente, ao útero da Terra, apresentando a ele todas as formas de mistérios e belezas que estão embutidos

neste universo”. É assim que a bióloga Simone Mamede define essa ciência.

Palavra não muito comum aos nossos ouvidos, a espeleo-logia deriva do grego “spelaion” (caverna) e “logos” (estudo). Reúne pesquisadores e aventureiros com consciência ambien-tal, que exploram as cavernas com o objetivo de conhecer mais sobre sua formação e desenvolvimento e sobre os seres animais e vegetais que a habitam, apoiando-se em áreas como geologia, geografia, arqueologia, biologia e antropologia.

Como para alcançar o interior das cavernas os pesquisa-dores-aventureiros precisam utilizar técnicas como rapel e

Maria Alice Otre

turismo

Page 57: Enigma assustador

mergulho – esportes de aventura –, a atividade também engloba profissionais do turismo, que veem nas formações da natureza uma possibilidade de se desenvolver uma ati-vidade rentável e responsável ambientalmente.

Agraciado pela natureza exuberante e diversificada, o Brasil possui um excelente ambiente para a espeleologia. Segundo a Sociedade Brasileira de Espeleologia, 2.500 cavernas estão cadastradas no território nacional, e esse dado representa apenas cerca de 5% de todas as cavernas do País.

Entre as províncias espeleológicas do Brasil, destaca-se, em Mato Grosso do Sul, o Planalto da Bodoquena, que abrange os municípios de Bonito, Bela Vista, Jardim, Bodoquena e Porto Murtinho. “Até 2008 haviam sido re-gistradas e catalogadas pelo Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas – Cecav, um total de 151 cavidades naturais no Estado do Mato Grosso do Sul, no entanto, esse número pode ser sensivelmente aumentado à medida que novos estudos sejam empre-endidos na região”, garante Simone Ma-mede. Certamente, algumas dessas grutas ou cavernas você já conhece pessoalmen-te ou pelo menos ou-viu falar. Uma das mais famosas, a Gruta do Lago Azul, localiza-se em Bonito e já foi ce-nário para Priscila Fan-tin, como Serena, na novela Alma Gêmea, da Rede Globo.

Sobre esse local, de acordo com o dou-tor em geologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor Paulo Boggiani, “pode-se dizer que é uma gruta com todas as características favoráveis ao turismo, ou seja, extrema beleza cênica, fácil acesso, atípica luz natural (o que não exige a necessidade de se colocar a impactante luz artificial para visitação) e trajeto interno seguro”.

Apesar da visibilidade do Estado, segundo o professor, “existem algumas pessoas que praticam a espeleologia em MS, mas de forma ainda um tanto isolada”. Ele destaca que “não há grupos de espeleologia bem estruturados, mas pessoas que fazem explorações de cavernas em conjunto com outros grupos de espeleologia mais antigos e mais bem estruturados como o Grupo Bambuí de Minas Gerais e a Sociedade Brasileira de Espeleologia”.

Vale lembrar que Boggiani fala com tanta propriedade de nossa região, pois, embora lecione atualmente na USP, foi professor da Universidade Federal de Mato Grosso do

Sul (UFMS) e coordenador do primeiro curso de formação de guia de turismo de Bonito.

Dentre as particularidades das cavernas sul-mato-gros-senses, Boggiani aponta que elas se diferenciam das demais turísticas do Brasil pela possibilidade de mergulho subter-râneo e isso coloca a Serra da Bodoquena como uma das melhores do mundo nessa modalidade. Tanto potencial, “requer, ainda, estudos mais aprofundados de como rea-lizar o mergulho turístico com mínimo impacto ambiental e máximo retorno socioeconômico para a comunidade local”, aponta o geólogo.

Para a bióloga e mestre em meio ambiente, professora Simone Mamede, em 2009, o espeleoturismo na região foi uma das atividades sustentáveis mais estimuladas pelo curso de turismo com ênfase em Ambientes Naturais da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, em Jar-dim, com a aplicação de técnicas conscientes em ativida-des dirigidas de contato com a natureza, como Turismo

em Cavidades Natu-rais. “Proporcionar o contato sensorial e emocional com as formações rochosas e outros elementos naturais introduz uma grande diferença do ponto de vista moti-vacional, contribuindo para a transformação de pensamentos, va-lores e atitudes para concretização da con-servação desses am-bientes frágeis e por

vezes ameaçados”, aponta Simone.A bióloga, que pratica o espeleoturismo, define poeti-

camente as sensações que a envolvem durante a prática. “As formações rochosas e a umidade do interior das grutas nos levam a uma reflexão sobre os destinos da superfície. Ao entrar em uma caverna, uma emoção se apossa de nós, é como se penetrássemos num santuário secreto e é lá que vemos a importância de preservarmos o que nos cerca e, principalmente, o que nos sustenta, a terra”.

Há 450 milhões de anos, os homens transitam por en-tre as cavernas. Não seja tão atrasado! Se você tem sede de aventura ou paixão pela descoberta de novos ambien-tes naturais, está aqui uma ótima sugestão de turismo ou estudo. O importante é aliar o conhecimento de técnicas para o espeleoturismo, com a sensação de liberdade e o cuidado com o meio ambiente.

o que?ESPELEO

Mistura de estudo e turismo em cavernas, a espeleologia têm crescido a cada ano no Brasil. Bodoquena, Bonito e Jardim encabeçam a lista dos locais mais procurados no Mato Grosso do Sul

“A Espeleologia, estudo das cavidades naturais, conduz o ser humano, literalmente, ao útero da Terra, apresentando a ele todas as formas de mistérios e belezas que estão embutidos

neste universo”. É assim que a bióloga Simone Mamede define essa ciência.

Palavra não muito comum aos nossos ouvidos, a espeleo-logia deriva do grego “spelaion” (caverna) e “logos” (estudo). Reúne pesquisadores e aventureiros com consciência ambien-tal, que exploram as cavernas com o objetivo de conhecer mais sobre sua formação e desenvolvimento e sobre os seres animais e vegetais que a habitam, apoiando-se em áreas como geologia, geografia, arqueologia, biologia e antropologia.

Como para alcançar o interior das cavernas os pesquisa-dores-aventureiros precisam utilizar técnicas como rapel e

Maria Alice Otre

turismo

Page 58: Enigma assustador

Serviços

Bonito-MS Jardim-MS

yOs interessados em ingressar nessa aventura podem procurar informações nos Centros de Atendimento ao Turista (CAT) ou links abaixo.

CAT Rodovia Bonito - Guia Lopes, Km 1 (entrada da cidade)Telefone (67) 3255 -1850Site do Conselho Municipal de Turismo: http://www.bonito-ms.com.br

CAT Júlio Ferreira Bastos Rua Tenente Ary Rodrigues, n° 515, Praça Getúlio Vargas ‒ Telefone (67) 3251-1799Site da Prefeitura de Jardim: http://www.jardim.ms.gov.br/site/?pg=turismo

Buraco das Abelhas - Jardim/MS Gruta Dente de Cão - Bodoquena/MS Gruta Ricardo Franco - Corumbá/MS Gruta do Curvelo - Porto Murtinho/MS Nascente do Rio Formoso - Bonito/MS Caverna Boa União - Sonora/MS Gruta Pitangueiras - Bonito/MS Gruta Urubu Rei - Bodoquena/MS Gruta Vale do Prata - Bonito/MS Caverna do Morro do Jericó - Bodoquena/MS

Gruta Califórnia - Bodoquena/MS Gruta do Portal - Bonito/MS Gruta da Harmonia - Bonito/MS Gruta do Curvelinho - Porto Murtinho/MS Gruta de N. Sª Aparecida - Bonito/MS Gruta do Mimoso - Bonito/MS Abismo Anhumas - Bonito/MS Gruta Dona Matilde - Bonito/MS Gruta Santa Maria - Jardim/MS Gruta do Lago Azul - Bonito/MS

As vinte maiores cavernas do MS

(Fonte: Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE)

A arquitetura da natureza encanta quem chega até lá

y

Page 59: Enigma assustador

Serviços

Bonito-MS Jardim-MS

yOs interessados em ingressar nessa aventura podem procurar informações nos Centros de Atendimento ao Turista (CAT) ou links abaixo.

CAT Rodovia Bonito - Guia Lopes, Km 1 (entrada da cidade)Telefone (67) 3255 -1850Site do Conselho Municipal de Turismo: http://www.bonito-ms.com.br

CAT Júlio Ferreira Bastos Rua Tenente Ary Rodrigues, n° 515, Praça Getúlio Vargas ‒ Telefone (67) 3251-1799Site da Prefeitura de Jardim: http://www.jardim.ms.gov.br/site/?pg=turismo

Buraco das Abelhas - Jardim/MS Gruta Dente de Cão - Bodoquena/MS Gruta Ricardo Franco - Corumbá/MS Gruta do Curvelo - Porto Murtinho/MS Nascente do Rio Formoso - Bonito/MS Caverna Boa União - Sonora/MS Gruta Pitangueiras - Bonito/MS Gruta Urubu Rei - Bodoquena/MS Gruta Vale do Prata - Bonito/MS Caverna do Morro do Jericó - Bodoquena/MS

Gruta Califórnia - Bodoquena/MS Gruta do Portal - Bonito/MS Gruta da Harmonia - Bonito/MS Gruta do Curvelinho - Porto Murtinho/MS Gruta de N. Sª Aparecida - Bonito/MS Gruta do Mimoso - Bonito/MS Abismo Anhumas - Bonito/MS Gruta Dona Matilde - Bonito/MS Gruta Santa Maria - Jardim/MS Gruta do Lago Azul - Bonito/MS

As vinte maiores cavernas do MS

(Fonte: Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE)

A arquitetura da natureza encanta quem chega até lá

y

Page 60: Enigma assustador

Quando um arpão com 80 quilos de explosivos foi disparado pelo navio baleeiro soviético Vlastny,

em 27 de junho de 1975, e atingiu em cheio uma cachalote que estava sendo perseguida no Oceano Pacífico, deu-se iní-cio à campanha do Greenpeace em defesa das baleias. Um grupo de nossos ativistas estava lá para registrar a carnificina, em pequenos botes infláveis que perseguiram os baleeiros soviéticos para registrar tudo e enviar as imagens para o mundo. Diversas TVs divulgaram e a indústria baleeira sofreu seu primeiro baque.

Mais de 2 milhões de baleias foram mortas no século 20. Estima-se que entre 50 mil e 60 mil baleias foram mortas por ano durante o período da caça comercial

mundial, que atingiu seu pico em 1961, quando a indústria baleeira conseguiu o triste recorde de 70 mil animais mortos.

Dez anos depois do confronto com os baleeiros soviéticos nas geladas águas do Pacífico, foi instituída em 1985 a moratória à caça comercial de baleias pela Comissão Internacional Baleeira (CIB). No entanto, alguns países não aderiram e continuam caçando até hoje, como Japão e Noruega.

A Noruega contesta abertamente a moratória e caça comercialmente cerca de 500 baleias minke por ano, com a ex-pectativa de aumentar sua quota anual para até 2 mil animais. A Islândia, por sua vez, retirou-se da CBI em junho de 1992. O Japão disfarçou sua caça comercial de “pes-quisa científica” para driblar a moratória. Na temporada 2007/2008, pretendia ca-çar 935 baleias no Oceano Antártico, mas

seus baleeiros retornaram ao porto com um número bem menor: 551.

Desde 1991 o Greenpeace atua com firmeza no Oceano Antártico para impedir a caça de baleias promovida por baleei-ros japoneses. Por meio de ações diretas e registros fotográficos das irregularidades cometidas pelos baleeiros japoneses na Antártica, conseguimos novamente sensi-bilizar a opinião pública e conquistar muitos aliados para pressionar o Japão a interrom-per a caça – que eles alegam ser ‘pesquisa científica’.

Mas não é apenas em alto-mar que o Greenpeace luta para salvar as baleias. Em terra firme, o grupo participa como ouvinte das reuniões da CIB e da Convenção so-bre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (Cites), onde con-seguiu incluir todas as espécies de baleias na lista de espécies ameaçadas. Além disso, foram criados dois santuários de baleias: um no Oceano Índico e outro na Antártica.

O Greenpeace luta agora para apro-var, na CIB, a criação de um terceiro San-tuário, do Atlântico Sul, que iria do Brasil à África do Sul. As espécies de baleia que existem em nosso planeta são muito vul-neráveis e ainda vivem sob a ameaça dos mesmos interesses que levaram a sua ex-

Uma das melhores maneiras de se proteger as baleias é com a criação de santuários, que são refúgios para os ani-mais em áreas delimitadas nos mares

Por que

defendemosmeio ambiente

as baleias?ploração irracional no passado. Enquanto existirem países querendo ampliar a caça comercial, existirão ativistas do Greenpea-ce dispostos a impedi-los.

SANTUÁRIOS JÁ!Uma das melhores maneiras de se

proteger as baleias é com a criação de san-tuários, que são refúgios para os animais em áreas delimitadas nos mares do planeta para garantir uma chance de recuperação às populações.

Atualmente, existem dois santuários criados pela CIB: o Santuário do Oceano Índico (criado em 1970) e o Santuário do Oceano Antártico (1994). No entanto, o status de santuário dessas regiões é tem-porário, devendo ser reavaliado dentro de períodos determinados pela CIB.

Para agravar essa situação, o Santuá-rio Antártico tem sido sistematicamente desrespeitado pelo Japão que, anualmen-

te, caça baleias na região, alegando estar fazendo ‘pesquisa científica’. O resultado dessa pesquisa pode ser visto toda vez que o Nisshin Maru, navio-fábrica da frota baleeira japonesa, chega a algum porto da-quele país: caixas e mais caixas de carne de baleia, pronta para o consumo. É ciência embalada e pronta para chegar às pratelei-ras dos supermercados e balcões de res-taurantes. Para aumentar a segurança das baleias, o Greenpeace defende que todos os oceanos transformem-se em um San-tuário Global.

Em maio de 1998, a delegação do governo brasileiro presente à 50ª Reu-nião Anual da CIB manifestou interesse na criação de um Santuário de Baleias no Atlântico Sul. O Greenpeace acredita que esse santuário é um grande passo rumo à criação do Santuário Global de Baleias.

Em primeiro lugar, porque tornaria to-dos os países e governos do Atlântico Sul

responsáveis pela proteção das baleias. Em segundo lugar, porque dificultaria a movi-mentação das frotas baleeiras em direção à Antártica. Por isso, o Greenpeace deman-da do governo brasileiro a oficialização da sua proposta junto à CIB.

Além disso, durante os meses de junho a setembro, muitas espécies de baleias mi-gram para a costa brasileira. Elas procuram águas mais quentes, fugindo do inverno polar para se reproduzir. Das 8 espécies de baleias com barbatanas que existem no planeta, 7 ocorrem em águas brasileiras: franca, azul, fin, sei, bryde, jubarte e minke. Os filhotes que nascem aqui são, portanto, brasileiros! A proteção desses filhotes e das populações de baleias que anualmente visi-tam nossa costa depende da manifestação e das ações de cada um de nós. A criação do novo santuário é um passo para a so-brevivência de animais únicos, ainda amea-çados de extinção. y

Page 61: Enigma assustador

Quando um arpão com 80 quilos de explosivos foi disparado pelo navio baleeiro soviético Vlastny,

em 27 de junho de 1975, e atingiu em cheio uma cachalote que estava sendo perseguida no Oceano Pacífico, deu-se iní-cio à campanha do Greenpeace em defesa das baleias. Um grupo de nossos ativistas estava lá para registrar a carnificina, em pequenos botes infláveis que perseguiram os baleeiros soviéticos para registrar tudo e enviar as imagens para o mundo. Diversas TVs divulgaram e a indústria baleeira sofreu seu primeiro baque.

Mais de 2 milhões de baleias foram mortas no século 20. Estima-se que entre 50 mil e 60 mil baleias foram mortas por ano durante o período da caça comercial

mundial, que atingiu seu pico em 1961, quando a indústria baleeira conseguiu o triste recorde de 70 mil animais mortos.

Dez anos depois do confronto com os baleeiros soviéticos nas geladas águas do Pacífico, foi instituída em 1985 a moratória à caça comercial de baleias pela Comissão Internacional Baleeira (CIB). No entanto, alguns países não aderiram e continuam caçando até hoje, como Japão e Noruega.

A Noruega contesta abertamente a moratória e caça comercialmente cerca de 500 baleias minke por ano, com a ex-pectativa de aumentar sua quota anual para até 2 mil animais. A Islândia, por sua vez, retirou-se da CBI em junho de 1992. O Japão disfarçou sua caça comercial de “pes-quisa científica” para driblar a moratória. Na temporada 2007/2008, pretendia ca-çar 935 baleias no Oceano Antártico, mas

seus baleeiros retornaram ao porto com um número bem menor: 551.

Desde 1991 o Greenpeace atua com firmeza no Oceano Antártico para impedir a caça de baleias promovida por baleei-ros japoneses. Por meio de ações diretas e registros fotográficos das irregularidades cometidas pelos baleeiros japoneses na Antártica, conseguimos novamente sensi-bilizar a opinião pública e conquistar muitos aliados para pressionar o Japão a interrom-per a caça – que eles alegam ser ‘pesquisa científica’.

Mas não é apenas em alto-mar que o Greenpeace luta para salvar as baleias. Em terra firme, o grupo participa como ouvinte das reuniões da CIB e da Convenção so-bre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (Cites), onde con-seguiu incluir todas as espécies de baleias na lista de espécies ameaçadas. Além disso, foram criados dois santuários de baleias: um no Oceano Índico e outro na Antártica.

O Greenpeace luta agora para apro-var, na CIB, a criação de um terceiro San-tuário, do Atlântico Sul, que iria do Brasil à África do Sul. As espécies de baleia que existem em nosso planeta são muito vul-neráveis e ainda vivem sob a ameaça dos mesmos interesses que levaram a sua ex-

Uma das melhores maneiras de se proteger as baleias é com a criação de santuários, que são refúgios para os ani-mais em áreas delimitadas nos mares

Por que

defendemosmeio ambiente

as baleias?ploração irracional no passado. Enquanto existirem países querendo ampliar a caça comercial, existirão ativistas do Greenpea-ce dispostos a impedi-los.

SANTUÁRIOS JÁ!Uma das melhores maneiras de se

proteger as baleias é com a criação de san-tuários, que são refúgios para os animais em áreas delimitadas nos mares do planeta para garantir uma chance de recuperação às populações.

Atualmente, existem dois santuários criados pela CIB: o Santuário do Oceano Índico (criado em 1970) e o Santuário do Oceano Antártico (1994). No entanto, o status de santuário dessas regiões é tem-porário, devendo ser reavaliado dentro de períodos determinados pela CIB.

Para agravar essa situação, o Santuá-rio Antártico tem sido sistematicamente desrespeitado pelo Japão que, anualmen-

te, caça baleias na região, alegando estar fazendo ‘pesquisa científica’. O resultado dessa pesquisa pode ser visto toda vez que o Nisshin Maru, navio-fábrica da frota baleeira japonesa, chega a algum porto da-quele país: caixas e mais caixas de carne de baleia, pronta para o consumo. É ciência embalada e pronta para chegar às pratelei-ras dos supermercados e balcões de res-taurantes. Para aumentar a segurança das baleias, o Greenpeace defende que todos os oceanos transformem-se em um San-tuário Global.

Em maio de 1998, a delegação do governo brasileiro presente à 50ª Reu-nião Anual da CIB manifestou interesse na criação de um Santuário de Baleias no Atlântico Sul. O Greenpeace acredita que esse santuário é um grande passo rumo à criação do Santuário Global de Baleias.

Em primeiro lugar, porque tornaria to-dos os países e governos do Atlântico Sul

responsáveis pela proteção das baleias. Em segundo lugar, porque dificultaria a movi-mentação das frotas baleeiras em direção à Antártica. Por isso, o Greenpeace deman-da do governo brasileiro a oficialização da sua proposta junto à CIB.

Além disso, durante os meses de junho a setembro, muitas espécies de baleias mi-gram para a costa brasileira. Elas procuram águas mais quentes, fugindo do inverno polar para se reproduzir. Das 8 espécies de baleias com barbatanas que existem no planeta, 7 ocorrem em águas brasileiras: franca, azul, fin, sei, bryde, jubarte e minke. Os filhotes que nascem aqui são, portanto, brasileiros! A proteção desses filhotes e das populações de baleias que anualmente visi-tam nossa costa depende da manifestação e das ações de cada um de nós. A criação do novo santuário é um passo para a so-brevivência de animais únicos, ainda amea-çados de extinção. y

Page 62: Enigma assustador
Page 63: Enigma assustador
Page 64: Enigma assustador

hotelaria

Olhos noturismo

Você nunca se atentou ao movi-mento turístico de Dourados? O tu-rismo de negócio movimenta silen-ciosamente toda a cidade e seu em torno. Saiba como e porque

Nada como sair de viagem e, ao chegar ao destino, se deparar com um hotel aconchegante, camas macias, ar fresco e prazeroso. Pode ser num passeio de férias de duas semanas, numa viagem

a negócios de um dia, aventura entre amigos, entre tantas ocasiões possíveis. Chegar a um quarto limpinho e arrumado no final do dia e poder desfrutar dos melhores serviços com facilidade e praticidade, diria a propaganda, não tem preço. É isso que os investimentos em hotelaria vêm proporcionando aos clientes de hotéis, pousadas e acomodações por toda a parte. Serviços cada vez mais especializados, atendimento personalizado, conveniências e facilidades para o hóspede e atenção redobrada com sua satisfação; além disso, preços nivelados e acessíveis a diversas classes sociais, ambiente e situação perfeitos para o consumidor que fica no fogo cruzado das brigas por preços e qualidade dos serviços.

O Guia Hotel in Site, uma extensão do Hotel-ROM Guia Hospe-dagem Brasil, que reúne milhares de hotéis do Oiapoque ao Chuí, con-tabiliza hoje mais de 14 mil opções de acomodações em todo o país, entre hotéis, pousadas, resorts, em ambientes como praia, montanha, interior e grandes cidades pela extensão do Brasil.

E se os serviços e preços têm sido tão disputados entre as redes ho-teleiras, o que leva o hóspede a escolher aquele ou este hotel é mesmo o que o estabelecimento oferece como diferencial. Seja o ponto onde

Ellen Kotai

está localizado, a qualidade dos serviços, rapidez, as facilidades que oferece.

Em Dourados, onde o turismo é fortemente caracterizado como de negócios e eventos, a situação hoteleira não é dife-rente. As conveniências e facilidades são essenciais para agradar o público, que por vir à cidade tratar de negócios, tende a re-tornar regularmente ao local, sendo caracterizado como fiel.

A professora e mestre Dores Grechi, da Universidade Es-tadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), explica que é algo im-portante a ser observado esse retorno periódico dos hóspedes ao hotel. “Como eles vêm a trabalho, acabam voltando regular-mente. Neste caso é importante que os profissionais agilizem as tarefas de entrada (check in) e saída (check out) destes clientes habituais e procurem atender antecipadamente os gostos e ne-cessidades desses clientes. Os hotéis que recebem sempre o mesmo público precisam ter um compromisso maior com a inovação, tanto de cardápio, como de infraestrutura, de forma a renovar sempre e fidelizar o consumidor”, afirma.

Se antes eram pequenos hotéis que recebiam apenas agri-cultores, agora estão entendendo que clientes relacionados ao agronegócio demandam, sim, conforto, rapidez e praticidade. A ‘gente da terra’ também se modernizou e quer ser bem atendida.

“Geralmente nossos hóspedes vêm a negócio, por isso querem dormir bem e frequentemente precisam acessar a internet”, garante Tânia Regina Coutinho, diretora administra-tiva de um hotel de Dourados. O bom serviço, a rapidez e o atendimento profissional têm que ser 100%, acrescenta, pois “quando o hóspede solicita o serviço temos que estar sempre preparados e prontos para resolver”, afirma.

Além disso, a diretora administrativa ressalta que o cliente quer ser visto como ele é, com nome e sobrenome, e não como mais um dentro do hotel, por isso a importância de se especializar em atendimento e relacionamento com o cliente.

A professora Dores Grechi aponta que, embora Dourados tenha tido uma evolução no turismo e hotelaria nos últimos dez anos, ainda é necessário muito investimento, tanto por parte do município, como da rede hoteleira. Os serviços de re-lações humanas, treinamentos profissionais e valorização desta prestação de serviços devem ter prioridade neste momento, explica. Isso porque, segundo ela, o turismo e a hotelaria mo-vimentam outros 52 segmentos diferentes em uma cidade. “Uma pessoa que vem a negócios ou eventos demandará uma diversidade de serviços que compreendem farmácia, táxi, alu-guel de veículos, posto de gasolina, mercado, jornais e revistas, alimentação, entretenimento, salão de beleza, entre outros”, explica. Uma cidade com estrutura para receber, atender e vender para esses clientes/hóspedes tem muito mais a ganhar que aquelas carentes dessa estrutura.

Além disso, a hotelaria e turismo apontam a necessidade de a cidade investir em estrutura e beleza para sua população

Profª e Ms. em Turismo Dores Grechi aponta evolução na hotelaria nos últimos dez anos

Evolução e necessidades

Page 65: Enigma assustador

hotelaria

Olhos noturismo

Você nunca se atentou ao movi-mento turístico de Dourados? O tu-rismo de negócio movimenta silen-ciosamente toda a cidade e seu em torno. Saiba como e porque

Nada como sair de viagem e, ao chegar ao destino, se deparar com um hotel aconchegante, camas macias, ar fresco e prazeroso. Pode ser num passeio de férias de duas semanas, numa viagem

a negócios de um dia, aventura entre amigos, entre tantas ocasiões possíveis. Chegar a um quarto limpinho e arrumado no final do dia e poder desfrutar dos melhores serviços com facilidade e praticidade, diria a propaganda, não tem preço. É isso que os investimentos em hotelaria vêm proporcionando aos clientes de hotéis, pousadas e acomodações por toda a parte. Serviços cada vez mais especializados, atendimento personalizado, conveniências e facilidades para o hóspede e atenção redobrada com sua satisfação; além disso, preços nivelados e acessíveis a diversas classes sociais, ambiente e situação perfeitos para o consumidor que fica no fogo cruzado das brigas por preços e qualidade dos serviços.

O Guia Hotel in Site, uma extensão do Hotel-ROM Guia Hospe-dagem Brasil, que reúne milhares de hotéis do Oiapoque ao Chuí, con-tabiliza hoje mais de 14 mil opções de acomodações em todo o país, entre hotéis, pousadas, resorts, em ambientes como praia, montanha, interior e grandes cidades pela extensão do Brasil.

E se os serviços e preços têm sido tão disputados entre as redes ho-teleiras, o que leva o hóspede a escolher aquele ou este hotel é mesmo o que o estabelecimento oferece como diferencial. Seja o ponto onde

Ellen Kotai

está localizado, a qualidade dos serviços, rapidez, as facilidades que oferece.

Em Dourados, onde o turismo é fortemente caracterizado como de negócios e eventos, a situação hoteleira não é dife-rente. As conveniências e facilidades são essenciais para agradar o público, que por vir à cidade tratar de negócios, tende a re-tornar regularmente ao local, sendo caracterizado como fiel.

A professora e mestre Dores Grechi, da Universidade Es-tadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), explica que é algo im-portante a ser observado esse retorno periódico dos hóspedes ao hotel. “Como eles vêm a trabalho, acabam voltando regular-mente. Neste caso é importante que os profissionais agilizem as tarefas de entrada (check in) e saída (check out) destes clientes habituais e procurem atender antecipadamente os gostos e ne-cessidades desses clientes. Os hotéis que recebem sempre o mesmo público precisam ter um compromisso maior com a inovação, tanto de cardápio, como de infraestrutura, de forma a renovar sempre e fidelizar o consumidor”, afirma.

Se antes eram pequenos hotéis que recebiam apenas agri-cultores, agora estão entendendo que clientes relacionados ao agronegócio demandam, sim, conforto, rapidez e praticidade. A ‘gente da terra’ também se modernizou e quer ser bem atendida.

“Geralmente nossos hóspedes vêm a negócio, por isso querem dormir bem e frequentemente precisam acessar a internet”, garante Tânia Regina Coutinho, diretora administra-tiva de um hotel de Dourados. O bom serviço, a rapidez e o atendimento profissional têm que ser 100%, acrescenta, pois “quando o hóspede solicita o serviço temos que estar sempre preparados e prontos para resolver”, afirma.

Além disso, a diretora administrativa ressalta que o cliente quer ser visto como ele é, com nome e sobrenome, e não como mais um dentro do hotel, por isso a importância de se especializar em atendimento e relacionamento com o cliente.

A professora Dores Grechi aponta que, embora Dourados tenha tido uma evolução no turismo e hotelaria nos últimos dez anos, ainda é necessário muito investimento, tanto por parte do município, como da rede hoteleira. Os serviços de re-lações humanas, treinamentos profissionais e valorização desta prestação de serviços devem ter prioridade neste momento, explica. Isso porque, segundo ela, o turismo e a hotelaria mo-vimentam outros 52 segmentos diferentes em uma cidade. “Uma pessoa que vem a negócios ou eventos demandará uma diversidade de serviços que compreendem farmácia, táxi, alu-guel de veículos, posto de gasolina, mercado, jornais e revistas, alimentação, entretenimento, salão de beleza, entre outros”, explica. Uma cidade com estrutura para receber, atender e vender para esses clientes/hóspedes tem muito mais a ganhar que aquelas carentes dessa estrutura.

Além disso, a hotelaria e turismo apontam a necessidade de a cidade investir em estrutura e beleza para sua população

Profª e Ms. em Turismo Dores Grechi aponta evolução na hotelaria nos últimos dez anos

Evolução e necessidades

Page 66: Enigma assustador

e a serviço dos visitantes. “Dourados tem lindas árvores com sombras enormes e copas que se juntam no alto, como é o caso da Rua Hayel Bon Faker”, ressalta a professora, cha-mando atenção para a valorização do potencial da cidade. Ela garante que as belezas e atrativos, sendo bem trabalhados, podem evoluir ainda mais o turismo no local. “Uma cidade limpa, bem sinalizada, com canteiros floridos e gente acolhe-dora estimula a permanência das pessoas e, consequente-mente, aumenta o gasto no local”, explica, e isso está direta-mente ligado à estrutura comercial, “lojas com belas vitrines e vendedores treinados, calçadas bem feitas e sem buracos, local para jogar o lixo, bancos para sentar aqui e acolá e árvo-res que garantam sombra, sempre agradam os moradores e visitantes”, diz. Esse fluxo de gente numa cidade é capaz de gerar empregos diretos, indiretos e induzidos e produz um efeito multiplicador de renda muito relevante, acrescenta.

Outros tipos de turismo também caracterizam a cidade, como o turismo de eventos e prestação de serviços. Com cinco universidades instaladas em Dourados, os eventos aca-dêmicos são regulares, como congressos, seminários, pales-

tras, simpósios, entre outros. Casamentos, aniversários e for-maturas, também são frequentes, além das visitas a médicos e hospitais em caso de tratamento de saúde na cidade.

E se Dourados tem um turismo efetivo e movimento constante em seus 23 hotéis durante todo o ano, algo essen-cial que está faltando é o investimento em profissionalização e atendimento. As fachadas e reformas físicas já estão sendo feitas e hoje é possível encontrar na cidade hotéis e acomoda-ções nos padrões de grandes cidades, garante Dores Grechi. Além disso, a professora chama atenção às redes de hotéis que estão chegando à cidade com serviços padronizados e extremamente profissionais, o que tendencia uma melhoria no serviço de toda a rede hoteleira da cidade.

“A cidade tem espaço para inovações, pois o turismo aqui tende a crescer cada vez mais”, garante a diretora administra-tiva Tânia Regina Coutinho. A entrada de novos hotéis numa cidade movimenta e acaba por organizar o setor, como vem, aos poucos, ocorrendo em Dourados, e isso é bom, arre-mata a professora Dores Grechi, que acredita e espera uma evolução ainda maior para os próximos anos. y

Page 67: Enigma assustador

e a serviço dos visitantes. “Dourados tem lindas árvores com sombras enormes e copas que se juntam no alto, como é o caso da Rua Hayel Bon Faker”, ressalta a professora, cha-mando atenção para a valorização do potencial da cidade. Ela garante que as belezas e atrativos, sendo bem trabalhados, podem evoluir ainda mais o turismo no local. “Uma cidade limpa, bem sinalizada, com canteiros floridos e gente acolhe-dora estimula a permanência das pessoas e, consequente-mente, aumenta o gasto no local”, explica, e isso está direta-mente ligado à estrutura comercial, “lojas com belas vitrines e vendedores treinados, calçadas bem feitas e sem buracos, local para jogar o lixo, bancos para sentar aqui e acolá e árvo-res que garantam sombra, sempre agradam os moradores e visitantes”, diz. Esse fluxo de gente numa cidade é capaz de gerar empregos diretos, indiretos e induzidos e produz um efeito multiplicador de renda muito relevante, acrescenta.

Outros tipos de turismo também caracterizam a cidade, como o turismo de eventos e prestação de serviços. Com cinco universidades instaladas em Dourados, os eventos aca-dêmicos são regulares, como congressos, seminários, pales-

tras, simpósios, entre outros. Casamentos, aniversários e for-maturas, também são frequentes, além das visitas a médicos e hospitais em caso de tratamento de saúde na cidade.

E se Dourados tem um turismo efetivo e movimento constante em seus 23 hotéis durante todo o ano, algo essen-cial que está faltando é o investimento em profissionalização e atendimento. As fachadas e reformas físicas já estão sendo feitas e hoje é possível encontrar na cidade hotéis e acomoda-ções nos padrões de grandes cidades, garante Dores Grechi. Além disso, a professora chama atenção às redes de hotéis que estão chegando à cidade com serviços padronizados e extremamente profissionais, o que tendencia uma melhoria no serviço de toda a rede hoteleira da cidade.

“A cidade tem espaço para inovações, pois o turismo aqui tende a crescer cada vez mais”, garante a diretora administra-tiva Tânia Regina Coutinho. A entrada de novos hotéis numa cidade movimenta e acaba por organizar o setor, como vem, aos poucos, ocorrendo em Dourados, e isso é bom, arre-mata a professora Dores Grechi, que acredita e espera uma evolução ainda maior para os próximos anos. y

Page 68: Enigma assustador

y

É mais vantajoso abastecer com álcool ou gasolina? Faça o seguinte cálculo:- Divida o preço do álcool pelo preço da gasolina- Multiplique o resultado por 100 - Se o resultado for maior que 70, abasteça com gasolina. Mas se for menor, escolha o álcool.

preço, dependendo da região”.Entretanto, ele alerta que a decisão de qual combustível

abastecer não deve ser tomada apenas pelo preço do litro mostrado na bomba. “Nem sempre o preço é sinal de bene-fício. O álcool, apesar de barato, consome mais. Já a gasolina representa uma economia de 30% de consumo do carro”.

Mas, que tal entender como funciona um carro flex? Vamos lá! O sistema tem capacidade de, automaticamente, reconhe-cer e adaptar por meio da quantidade de oxigênio as funções de gerenciamento do motor para qualquer combustível esco-lhido. Assim, o carro pode rodar a vida toda com álcool ou gasolina.

Vale lembrar que esses carros não precisam de nenhum

cuidado especial, ao contrário do que muitos acreditam. Por-tanto, motorista, não existe diferença. Os motores bicombustí-veis funcionam como os motores normais. Os alertas comuns que você precisa ter são, por exemplo, manter o sistema de partida a frio abastecido, não utilizar combustível adulterado, checar a procedência de aditivos que se coloca no tanque, en-tre outros.

As únicas diferenças entre o álcool e a gasolina que se pode ressaltar é que o primeiro é destilado da cana-de-açúcar e me-nos poluente, enquanto o segundo vem da refinação do pe-tróleo e tem melhor desempenho do motor em função da sua taxa de compressão, possibilitando maior torque e potência.

O primeiro abastecimento deve ser feito com gasolina.

Para evitar falhas no motor, você só pode abastecer com gasolina ou com álcool.

A durabilidade do motor bicombustível é menor, pois o álcool é corrosivo.

Carros flex requerem somente gasolina aditivada.

A substituição de álcool por gasolina deve ser feita grada-tivamente.

Nos dias frios, motor com álcool tem problemas para dar partida.

Para o motor conseguir melhor potência e autonomia, existe um porcentual da mistura de álcool e gasolina.

Se houver mistura entre os dois combustíveis o consumo aumenta.

O motor pode funcionar tanto com gasolina quanto com álcool.

O sistema é projetado para funcionar ao mesmo tempo com os dois combustíveis.

O motor flex tem a mesma durabilidade dos modelos convencionais.Os sistemas são projetados para suportar a corrosão do álcool

Se você quiser usar aditivo para melhorar a autonomia da gasolina, escolha o que é próprio para motor flex.

O sistema é programado para reconhecer automaticamente o combustível.

Existe um compartimento do motor com um reservatório de gasolina para partida a frio.

Não existe uma quantidade para obter um rendimento e potencial ideais. O álcool significa mais potência e menos autonomia. Para a gasolina é o inverso.

Se o tanque tiver mais gasolina, o rendimento será maior do que quando estiver com um volume maior de álcool, e vice-versa.

DICADICA

MITOS VERDADES

Carol Oliveira

carros

Quando em 2003 chegou ao Brasil o primeiro modelo de carro bicombustível – também conhecido como total flex – foram poucos os que apostaram que ele ganharia o mercado.

Entretanto, esses veículos correspondem hoje a 88% das vendas na-cionais. Graças à tecnologia, o motorista pode escolher utilizar álcool ou gasolina sem prejuízos para o carro.

Mesmo assim, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre qual a forma de garantir um melhor desempenho do veículo. Então, usar álcool, gasolina ou a mistura dos dois? Especialistas garantem que não existe qualquer restrição para essas alternativas, pois o combustível pode ser utilizado separado ou misturado e em qualquer propor-ção. Por isso, a atenção do motorista deve estar voltada para qual é a forma mais econômica, como afirma o consultor automotivo Ed-son Saldivar Penzo. “A vantagem é que o motorista pode escolher o combustível que quiser usar, ou melhor, o que estiver com o melhor

Carros bicombustíveis ganham o mercado

brasileiro e hoje representam 88%

das vendas nacionais. A Haley separou

para você os mitos e verdades mais

comuns sobre os modelos fl ex

gasolina?Álcool ouAlcool ou

Page 69: Enigma assustador

y

É mais vantajoso abastecer com álcool ou gasolina? Faça o seguinte cálculo:- Divida o preço do álcool pelo preço da gasolina- Multiplique o resultado por 100 - Se o resultado for maior que 70, abasteça com gasolina. Mas se for menor, escolha o álcool.

preço, dependendo da região”.Entretanto, ele alerta que a decisão de qual combustível

abastecer não deve ser tomada apenas pelo preço do litro mostrado na bomba. “Nem sempre o preço é sinal de bene-fício. O álcool, apesar de barato, consome mais. Já a gasolina representa uma economia de 30% de consumo do carro”.

Mas, que tal entender como funciona um carro flex? Vamos lá! O sistema tem capacidade de, automaticamente, reconhe-cer e adaptar por meio da quantidade de oxigênio as funções de gerenciamento do motor para qualquer combustível esco-lhido. Assim, o carro pode rodar a vida toda com álcool ou gasolina.

Vale lembrar que esses carros não precisam de nenhum

cuidado especial, ao contrário do que muitos acreditam. Por-tanto, motorista, não existe diferença. Os motores bicombustí-veis funcionam como os motores normais. Os alertas comuns que você precisa ter são, por exemplo, manter o sistema de partida a frio abastecido, não utilizar combustível adulterado, checar a procedência de aditivos que se coloca no tanque, en-tre outros.

As únicas diferenças entre o álcool e a gasolina que se pode ressaltar é que o primeiro é destilado da cana-de-açúcar e me-nos poluente, enquanto o segundo vem da refinação do pe-tróleo e tem melhor desempenho do motor em função da sua taxa de compressão, possibilitando maior torque e potência.

O primeiro abastecimento deve ser feito com gasolina.

Para evitar falhas no motor, você só pode abastecer com gasolina ou com álcool.

A durabilidade do motor bicombustível é menor, pois o álcool é corrosivo.

Carros flex requerem somente gasolina aditivada.

A substituição de álcool por gasolina deve ser feita grada-tivamente.

Nos dias frios, motor com álcool tem problemas para dar partida.

Para o motor conseguir melhor potência e autonomia, existe um porcentual da mistura de álcool e gasolina.

Se houver mistura entre os dois combustíveis o consumo aumenta.

O motor pode funcionar tanto com gasolina quanto com álcool.

O sistema é projetado para funcionar ao mesmo tempo com os dois combustíveis.

O motor flex tem a mesma durabilidade dos modelos convencionais.Os sistemas são projetados para suportar a corrosão do álcool

Se você quiser usar aditivo para melhorar a autonomia da gasolina, escolha o que é próprio para motor flex.

O sistema é programado para reconhecer automaticamente o combustível.

Existe um compartimento do motor com um reservatório de gasolina para partida a frio.

Não existe uma quantidade para obter um rendimento e potencial ideais. O álcool significa mais potência e menos autonomia. Para a gasolina é o inverso.

Se o tanque tiver mais gasolina, o rendimento será maior do que quando estiver com um volume maior de álcool, e vice-versa.

DICADICA

MITOS VERDADES

Carol Oliveira

carros

Quando em 2003 chegou ao Brasil o primeiro modelo de carro bicombustível – também conhecido como total flex – foram poucos os que apostaram que ele ganharia o mercado.

Entretanto, esses veículos correspondem hoje a 88% das vendas na-cionais. Graças à tecnologia, o motorista pode escolher utilizar álcool ou gasolina sem prejuízos para o carro.

Mesmo assim, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre qual a forma de garantir um melhor desempenho do veículo. Então, usar álcool, gasolina ou a mistura dos dois? Especialistas garantem que não existe qualquer restrição para essas alternativas, pois o combustível pode ser utilizado separado ou misturado e em qualquer propor-ção. Por isso, a atenção do motorista deve estar voltada para qual é a forma mais econômica, como afirma o consultor automotivo Ed-son Saldivar Penzo. “A vantagem é que o motorista pode escolher o combustível que quiser usar, ou melhor, o que estiver com o melhor

Carros bicombustíveis ganham o mercado

brasileiro e hoje representam 88%

das vendas nacionais. A Haley separou

para você os mitos e verdades mais

comuns sobre os modelos fl ex

gasolina?Álcool ouAlcool ou

Page 70: Enigma assustador
Page 71: Enigma assustador
Page 72: Enigma assustador

crítica de mídia

Maria Alice Otre

De maneira ousada e planejada, a Revista Haley decidiu como matéria de capa deste mês abordar o tema suicídio. Falar sobre as decisões da Revista e suas

opiniões caberia ao editorial não a esta coluna, porém, como jornalista e estudiosa de comunicação, achei importante trazer o tema suicídio e mídia para a discussão.

Categorizei em três abordagens a forma como a rela-ção entre mídia e suicídio se dá. Primeira: divulgação (ou não) de casos de suicídio pela mídia; segunda: a influência da mídia, seus conteúdos ou líderes de opinião como esto-pins para casos de suicídio; e terceira: o uso da mídia como ferramenta para se chegar ao suicídio, como, por exemplo, sites que estimulam o ato.

Pensando na primeira categoria, se pararmos para analisar quanto de espaço é dedicado ao suicídio na mídia nacional, ve-remos que muito pouco se fala sobre o tema. No Mato Grosso do Sul, e mais especificamente em Dourados, o assunto é mais recorrente, já que muitos de nossos veículos de comunicação estampam manchetes e fotos de casos consumados, principal-mente se protagonizados por indígenas.

Por que o tema é tratado com tanto cuidado pela grande imprensa? Certamente os estudos que se iniciaram na Europa quando Johann Wolfgang von Goethe escreveu “O sofrimento do jovem Werther”, em 1774, em que o jovem se suicida, têm algo a ver com isso. Após o romance, a Europa viveu uma onda de suicídios e a influência do livro foi considerada uma das principais causas.

Após o caso de Goethe, pesquisadores do mundo todo

se dedicaram a pesquisar a influência dos meios de co-municação sobre atitudes suicidas, e entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio (American Foun-

dation for Suicide Prevention - AFSP) têm pedido cuida-dos especiais para tratar o tema na imprensa. “A morte de

Marilyn Monroe, noticiada de maneira sensacionalista, foi seguida

de inúmeras mortes por imitação. Já a

de Kurt Cobain, noticiada de maneira res-ponsável, não”,

destacou em uma entrevista o

psiquiatra Marcelo Tavares, da UnB. O problema é que para não errar, a mídia preferiu evitar

o tema e assim também deixa de ajudar. É nesse foco que a Revista Haley resolveu abordar o suicídio. Apresentando-o, não de maneira romanceada, mas explicando possíveis causas e transtornos que podem levar ao desespero total e trazendo locais em que as pessoas podem buscar ajuda, já que existe um caminho para dar sentido às suas vidas novamente. Deve-se evitar, portanto, apresentar as formas como houve o suicídio ou a tentativa, os objetos usados e as estratégias. Na Áustria, após uma onda de suicídios em um metrô que tinham cober-tura dramática e intensa de toda a mídia, os jornais decidiram

A mídia

y

adotar diretrizes propostas por uma organização local para prevenção do problema e, ao não noticiar, por exemplo, o método usado pelo suicida, verificou-se que os suicídios do metrô caíram 80% nos seis meses seguintes. Coincidência? Os estudiosos garantem que não. O conteúdo comunicacio-nal pode sim ser responsável tanto pelo aumento quanto pela diminuição dos casos de suicídio.

Quanto à segunda categoria que estabeleci, “a influência da mídia, seus conteúdos ou líderes de opinião como estopins para casos de suicídio”, encontrei ao acaso algumas notícias que me chamaram a atenção, todas re-tiradas do Portal Imprensa. Ve-jamos: “NBC paga indenização milionária por induzir suicídio de promotor norte-americano”, “Apresentadora de TV é acusada de ser responsável por suicídio de mulher nos EUA” e “Ex-mulher de Paul McCartney diz que jornais quase a levaram ao suicídio”. Esses são alguns casos que se tornaram notícia. Mas quantas pessoas já vulneráveis não estão sofrendo com a cobertura irresponsável de alguns temas ou denúncias? Quantas não foram acusadas ou expostas injus-tamente e chegaram a ver no suicídio a alternativa para se livrar de tanta humilhação?

Não caberia aqui refletirmos mais uma vez sobre a respon-sabilidade do jornalismo diante da sociedade? Quais os limites entre o jornalista e o juiz que condena, culpa, decide quem é o bandido ou a vítima? O artigo 9º, capítulo III, do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros destaca que “A presunção de

inocência é um dos fundamentos da atividade jornalística”. E presunção de inocência não serve só para político, advogado, líderes religiosos ou gente cheia de grana, mas também para o moço pobre “acusado” de roubar uma bicicleta ou de ser traficante, que antes de qualquer julgamento tem foto, nome e endereço estampados no jornal. Já era. Já é culpado perante

a sociedade. E o Sr. juiz foi um jornalista, que sequer precisa de diploma pra julgar. Alerta! Res-ponsabilidade! Muitos estragos se dão por um simples erro jorna-lístico.

Quanto à terceira categoria, “o uso da mídia como ferramen-ta para se chegar ao suicídio”, destacamos outras três notícias: “Internet tem sites de grande estímulo ao suicídio, diz pesqui-sa”; “Mortes levantam suspeita de uso da internet para suicídios

na Grã-Bretanha” e “Jovem comete suicídio online”. Não são poucos os espaços virtuais que favorecem o suicídio. Transmis-sões online, conselhos, sugestões que só levam os mais vul-neráveis ao fracasso: tentativa da morte. Fica um alô aos pais. Aumentam os índices entre crianças, adolescentes e jovens. Cuidem. Estejam atentos e vigilantes.

Quanto às três abordagens pelas quais passamos, uma coi-sa as une e precisa ficar clara: o problema não está nos meios de comunicação, mas no que estamos fazendo com essas fer-ramentas. E isso serve tanto para nós jornalistas, como para você receptor. A mídia é um exercício diário de responsabili-dade. Vamos praticar?

que quematamata

Page 73: Enigma assustador

crítica de mídia

Maria Alice Otre

De maneira ousada e planejada, a Revista Haley decidiu como matéria de capa deste mês abordar o tema suicídio. Falar sobre as decisões da Revista e suas

opiniões caberia ao editorial não a esta coluna, porém, como jornalista e estudiosa de comunicação, achei importante trazer o tema suicídio e mídia para a discussão.

Categorizei em três abordagens a forma como a rela-ção entre mídia e suicídio se dá. Primeira: divulgação (ou não) de casos de suicídio pela mídia; segunda: a influência da mídia, seus conteúdos ou líderes de opinião como esto-pins para casos de suicídio; e terceira: o uso da mídia como ferramenta para se chegar ao suicídio, como, por exemplo, sites que estimulam o ato.

Pensando na primeira categoria, se pararmos para analisar quanto de espaço é dedicado ao suicídio na mídia nacional, ve-remos que muito pouco se fala sobre o tema. No Mato Grosso do Sul, e mais especificamente em Dourados, o assunto é mais recorrente, já que muitos de nossos veículos de comunicação estampam manchetes e fotos de casos consumados, principal-mente se protagonizados por indígenas.

Por que o tema é tratado com tanto cuidado pela grande imprensa? Certamente os estudos que se iniciaram na Europa quando Johann Wolfgang von Goethe escreveu “O sofrimento do jovem Werther”, em 1774, em que o jovem se suicida, têm algo a ver com isso. Após o romance, a Europa viveu uma onda de suicídios e a influência do livro foi considerada uma das principais causas.

Após o caso de Goethe, pesquisadores do mundo todo

se dedicaram a pesquisar a influência dos meios de co-municação sobre atitudes suicidas, e entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio (American Foun-

dation for Suicide Prevention - AFSP) têm pedido cuida-dos especiais para tratar o tema na imprensa. “A morte de

Marilyn Monroe, noticiada de maneira sensacionalista, foi seguida

de inúmeras mortes por imitação. Já a

de Kurt Cobain, noticiada de maneira res-ponsável, não”,

destacou em uma entrevista o

psiquiatra Marcelo Tavares, da UnB. O problema é que para não errar, a mídia preferiu evitar

o tema e assim também deixa de ajudar. É nesse foco que a Revista Haley resolveu abordar o suicídio. Apresentando-o, não de maneira romanceada, mas explicando possíveis causas e transtornos que podem levar ao desespero total e trazendo locais em que as pessoas podem buscar ajuda, já que existe um caminho para dar sentido às suas vidas novamente. Deve-se evitar, portanto, apresentar as formas como houve o suicídio ou a tentativa, os objetos usados e as estratégias. Na Áustria, após uma onda de suicídios em um metrô que tinham cober-tura dramática e intensa de toda a mídia, os jornais decidiram

A mídia

y

adotar diretrizes propostas por uma organização local para prevenção do problema e, ao não noticiar, por exemplo, o método usado pelo suicida, verificou-se que os suicídios do metrô caíram 80% nos seis meses seguintes. Coincidência? Os estudiosos garantem que não. O conteúdo comunicacio-nal pode sim ser responsável tanto pelo aumento quanto pela diminuição dos casos de suicídio.

Quanto à segunda categoria que estabeleci, “a influência da mídia, seus conteúdos ou líderes de opinião como estopins para casos de suicídio”, encontrei ao acaso algumas notícias que me chamaram a atenção, todas re-tiradas do Portal Imprensa. Ve-jamos: “NBC paga indenização milionária por induzir suicídio de promotor norte-americano”, “Apresentadora de TV é acusada de ser responsável por suicídio de mulher nos EUA” e “Ex-mulher de Paul McCartney diz que jornais quase a levaram ao suicídio”. Esses são alguns casos que se tornaram notícia. Mas quantas pessoas já vulneráveis não estão sofrendo com a cobertura irresponsável de alguns temas ou denúncias? Quantas não foram acusadas ou expostas injus-tamente e chegaram a ver no suicídio a alternativa para se livrar de tanta humilhação?

Não caberia aqui refletirmos mais uma vez sobre a respon-sabilidade do jornalismo diante da sociedade? Quais os limites entre o jornalista e o juiz que condena, culpa, decide quem é o bandido ou a vítima? O artigo 9º, capítulo III, do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros destaca que “A presunção de

inocência é um dos fundamentos da atividade jornalística”. E presunção de inocência não serve só para político, advogado, líderes religiosos ou gente cheia de grana, mas também para o moço pobre “acusado” de roubar uma bicicleta ou de ser traficante, que antes de qualquer julgamento tem foto, nome e endereço estampados no jornal. Já era. Já é culpado perante

a sociedade. E o Sr. juiz foi um jornalista, que sequer precisa de diploma pra julgar. Alerta! Res-ponsabilidade! Muitos estragos se dão por um simples erro jorna-lístico.

Quanto à terceira categoria, “o uso da mídia como ferramen-ta para se chegar ao suicídio”, destacamos outras três notícias: “Internet tem sites de grande estímulo ao suicídio, diz pesqui-sa”; “Mortes levantam suspeita de uso da internet para suicídios

na Grã-Bretanha” e “Jovem comete suicídio online”. Não são poucos os espaços virtuais que favorecem o suicídio. Transmis-sões online, conselhos, sugestões que só levam os mais vul-neráveis ao fracasso: tentativa da morte. Fica um alô aos pais. Aumentam os índices entre crianças, adolescentes e jovens. Cuidem. Estejam atentos e vigilantes.

Quanto às três abordagens pelas quais passamos, uma coi-sa as une e precisa ficar clara: o problema não está nos meios de comunicação, mas no que estamos fazendo com essas fer-ramentas. E isso serve tanto para nós jornalistas, como para você receptor. A mídia é um exercício diário de responsabili-dade. Vamos praticar?

que quematamata

Page 74: Enigma assustador

“MUDANÇA É ALGO QUE QUAN-DO VOCÊ PROPÕE TE CHAMAM DE LOUCO. QUANDO IMPLEMENTA, É

UM DÉSPOTA. E DEPOIS DE FEITA, ACHAM QUE FOI SEMPRE ASSIM...”, ESCREVEU O ESPECIALISTA EM MA-

RKETING WALTER LONGO EM SEU TWITTER.

“CANSEI DE TENTAR SER OUTRA PESSOA. VOU SER QUEM EU SOU”,

DESABAFOU A MINISTRA DA CASA CIVIL E PRÉ-CANDIDATA A PRESIDEN-TE DILMA ROUSSEFF, QUE AFIRMOU

ESTAR CANSADA DE SEGUIR AS RECO-MENDAÇÕES DOS GURUS DO MARKE-

TING POLÍTICO.

“EU NÃO ACREDITO NESSES TRABALHOS QUE SÃO FEITOS. TODOS FICAM COM A MES-MA APARÊNCIA” ”, DISSE A ATRIZ ITALIANA SOPHIA LOREN, DE 75 ANOS, REVELANDO O MOTIVO PELO QUAL NÃO É ADEPTA A CIRURGIA PLÁSTICA.

“AS CRIANÇAS, QUANDO ESTÃO BEM CUIDADAS, SÃO SEMENTES DE PAZ E ESPERAN-ÇA. NÃO EXISTE SER HUMANO MAIS PERFEITO, MAIS JUSTO, MAIS SOLIDÁRIO E SEM PRECON-CEITOS QUE AS CRIANÇAS”, TRECHO DO ÚLTIMO DISCURSO QUE ZILDA ARNS FEZ ANTES DE MORRER NO TERREMOTO DO HAITI.

“QUERO MOSTRAR PARA AS PESSOAS QUE EU VENCI A BATALHA. VOCÊ TAMBÉM PODE SE VOCÊ ESTIVER NA MESMA SITUAÇÃO. NÃO SE ENTREGUE, ESSA É A MELHOR RECEITA, PODE TER CERTEZA”, DISSE A APRESENTADORA HEBE CAMARGO EM ENTREVISTA AO FANTÁS-TICO SOBRE SUA LUTA CONTRA O CÂNCER.

“ENQUANTO EU PUDER, O MANTEREI PROTEGIDO. EU TRABALHO COM A MÍDIA, ELE NÃO”, DISSE A MODELO GISELE BÜNDCHEN SOBRE O NASCIMENTO DO FILHO E O DESEJO DE NÃO O EXPOR NA IMPRENSA.

“ROBINHO, O BOM FILHO À CASA RETORNA. TENHO CER-

TEZA DE QUE VOU VÊ-LO SE RECUPERAR AQUI NO SANTOS E

VOLTAR À SELEÇÃO”, DISSE O REI PELÉ QUANTO AO RETORNO DO

JOGADOR AO TIME SANTISTA.

“PREFIRO PSIRICO A BEYONCÉ”, DESABAFOU O CANTOR CAETANO VELOSO, DURANTE O

SHOW, QUE SE MOSTROU CANSADO DE OUVIR A CANTORA NORTE-AMERICANA NAS RÁDIOS

BAIANAS.

eles disseram... artigo

No

Silva JuniorJonalista e Radialista

imperativoimperativo

Com planejamento efetivo, o espaço esportivo e cultural de Dourados (gargalo), lamentavelmente em desuso, poderá ser preenchido. É preciso que, efetivamente,

haja união entre as forças políticas, empresariais, pecuaristas, agricultores, chacareiros, sitiantes, estudantes, entidades organi-zadas e afins. Que o condicional fique só na segunda linha, pelo menos assim espero.

Que todos possam defender com maestria as cores do mesmo time, pois pensar ou agir em contrário corre-se o risco do ostracismo e fortalecimento do jogo de empurra-empurra que só interessa aos incompetentes, egoístas, megalomaníacos e irresponsáveis, adjetivos a serem expurgados no imperativo mesmo do entendimento racional.

Dourados conta com uma comunidade absolutamente so-lidária e sedenta de opções para além da labuta diária. Algo que realmente satisfaça e contemple a maioria, independente da faixa etária, credo religioso e grupo social. Essa meta é possível alcançar. Basta responsabilidade, iniciativa e, sobretudo, ousa-dia e humildade.

É inconcebível uma metrópole dessa magnitude, viver re-fém de atos isolados nesse campo imprescindível na formação de gerações. Algo é necessário que se faça a partir de ontem. Cruzar os braços e esperar acontecer como nesses últimos

tempos é permanecer no anonimato, e pior, não oferecer nada para mudar o panorama.

Em artigos anteriores, sugeri que fosse criado um fundo, conselho, enfim, algum instituto visando a destinar entre um a dois por cento da arrecadação mensal do Município, com a finalidade de angariar recursos para a manutenção do esporte, independente de modalidade, principalmente nas categorias de base, mas também um montante no aspecto profissional e outro na cultura.

Projeto sendo discutido entre executivo, legislativo e socie-dade em geral, com prazo inicial de dez anos. Claro, não seria a solução imediata, definitiva, mas serviria de início para uma discussão mais plausível, para um entendimento pelo menos mais compreensível para a sociedade.

Nesse ínterim, e em conjunto com as universidades, não caberia desconfiança como hoje se nota ao discutir propos-tas viáveis para contemplar esse segmento. Curioso é que em anos eleitorais não se discute divisão de tarefas, porém, esco-lhidos os eleitos... As portas são cerradas... E a desilusão ganha contornos e mostra sua ferocidade.

Jeito tem. Basta ação. O começo é agora ou corre-se o risco de adormecimento. Infelizmente. y

Page 75: Enigma assustador

“MUDANÇA É ALGO QUE QUAN-DO VOCÊ PROPÕE TE CHAMAM DE LOUCO. QUANDO IMPLEMENTA, É

UM DÉSPOTA. E DEPOIS DE FEITA, ACHAM QUE FOI SEMPRE ASSIM...”, ESCREVEU O ESPECIALISTA EM MA-

RKETING WALTER LONGO EM SEU TWITTER.

“CANSEI DE TENTAR SER OUTRA PESSOA. VOU SER QUEM EU SOU”,

DESABAFOU A MINISTRA DA CASA CIVIL E PRÉ-CANDIDATA A PRESIDEN-TE DILMA ROUSSEFF, QUE AFIRMOU

ESTAR CANSADA DE SEGUIR AS RECO-MENDAÇÕES DOS GURUS DO MARKE-

TING POLÍTICO.

“EU NÃO ACREDITO NESSES TRABALHOS QUE SÃO FEITOS. TODOS FICAM COM A MES-MA APARÊNCIA” ”, DISSE A ATRIZ ITALIANA SOPHIA LOREN, DE 75 ANOS, REVELANDO O MOTIVO PELO QUAL NÃO É ADEPTA A CIRURGIA PLÁSTICA.

“AS CRIANÇAS, QUANDO ESTÃO BEM CUIDADAS, SÃO SEMENTES DE PAZ E ESPERAN-ÇA. NÃO EXISTE SER HUMANO MAIS PERFEITO, MAIS JUSTO, MAIS SOLIDÁRIO E SEM PRECON-CEITOS QUE AS CRIANÇAS”, TRECHO DO ÚLTIMO DISCURSO QUE ZILDA ARNS FEZ ANTES DE MORRER NO TERREMOTO DO HAITI.

“QUERO MOSTRAR PARA AS PESSOAS QUE EU VENCI A BATALHA. VOCÊ TAMBÉM PODE SE VOCÊ ESTIVER NA MESMA SITUAÇÃO. NÃO SE ENTREGUE, ESSA É A MELHOR RECEITA, PODE TER CERTEZA”, DISSE A APRESENTADORA HEBE CAMARGO EM ENTREVISTA AO FANTÁS-TICO SOBRE SUA LUTA CONTRA O CÂNCER.

“ENQUANTO EU PUDER, O MANTEREI PROTEGIDO. EU TRABALHO COM A MÍDIA, ELE NÃO”, DISSE A MODELO GISELE BÜNDCHEN SOBRE O NASCIMENTO DO FILHO E O DESEJO DE NÃO O EXPOR NA IMPRENSA.

“ROBINHO, O BOM FILHO À CASA RETORNA. TENHO CER-

TEZA DE QUE VOU VÊ-LO SE RECUPERAR AQUI NO SANTOS E

VOLTAR À SELEÇÃO”, DISSE O REI PELÉ QUANTO AO RETORNO DO

JOGADOR AO TIME SANTISTA.

“PREFIRO PSIRICO A BEYONCÉ”, DESABAFOU O CANTOR CAETANO VELOSO, DURANTE O

SHOW, QUE SE MOSTROU CANSADO DE OUVIR A CANTORA NORTE-AMERICANA NAS RÁDIOS

BAIANAS.

eles disseram... artigo

No

Silva JuniorJonalista e Radialista

imperativoimperativo

Com planejamento efetivo, o espaço esportivo e cultural de Dourados (gargalo), lamentavelmente em desuso, poderá ser preenchido. É preciso que, efetivamente,

haja união entre as forças políticas, empresariais, pecuaristas, agricultores, chacareiros, sitiantes, estudantes, entidades organi-zadas e afins. Que o condicional fique só na segunda linha, pelo menos assim espero.

Que todos possam defender com maestria as cores do mesmo time, pois pensar ou agir em contrário corre-se o risco do ostracismo e fortalecimento do jogo de empurra-empurra que só interessa aos incompetentes, egoístas, megalomaníacos e irresponsáveis, adjetivos a serem expurgados no imperativo mesmo do entendimento racional.

Dourados conta com uma comunidade absolutamente so-lidária e sedenta de opções para além da labuta diária. Algo que realmente satisfaça e contemple a maioria, independente da faixa etária, credo religioso e grupo social. Essa meta é possível alcançar. Basta responsabilidade, iniciativa e, sobretudo, ousa-dia e humildade.

É inconcebível uma metrópole dessa magnitude, viver re-fém de atos isolados nesse campo imprescindível na formação de gerações. Algo é necessário que se faça a partir de ontem. Cruzar os braços e esperar acontecer como nesses últimos

tempos é permanecer no anonimato, e pior, não oferecer nada para mudar o panorama.

Em artigos anteriores, sugeri que fosse criado um fundo, conselho, enfim, algum instituto visando a destinar entre um a dois por cento da arrecadação mensal do Município, com a finalidade de angariar recursos para a manutenção do esporte, independente de modalidade, principalmente nas categorias de base, mas também um montante no aspecto profissional e outro na cultura.

Projeto sendo discutido entre executivo, legislativo e socie-dade em geral, com prazo inicial de dez anos. Claro, não seria a solução imediata, definitiva, mas serviria de início para uma discussão mais plausível, para um entendimento pelo menos mais compreensível para a sociedade.

Nesse ínterim, e em conjunto com as universidades, não caberia desconfiança como hoje se nota ao discutir propos-tas viáveis para contemplar esse segmento. Curioso é que em anos eleitorais não se discute divisão de tarefas, porém, esco-lhidos os eleitos... As portas são cerradas... E a desilusão ganha contornos e mostra sua ferocidade.

Jeito tem. Basta ação. O começo é agora ou corre-se o risco de adormecimento. Infelizmente. y

Page 76: Enigma assustador

Fonte: Portal das Curiosidades

Fonte: Portal Terra

curiosidades

y

porporFiqueFique

dentrodentroO maior prédio do mundo, o Burj Dubai, inaugurado

em janeiro de 2010 em Dubai, mede 828

metros e se classifi ca como a obra mais alta já constru

ída pelo homem. Comparando ao maior

edifício do Brasil, o Mirante do Vale, de

170 metros, no centro de São Paulo, é um

gigante. Seriam

necessários 4,5 edifícios brasileiros p

ara atingir a altura do Burj Dubai. O Morro do Corcovado com

a estatura do Cristo Redentor (748 metros) não supera

a estatura desse monstruoso prédio.

A torre

do Burj Dubai pode ser vista a 95 quilômetros de distância

, tem 167 andares e 12 mil operários tra-

balharam na construção.

Quando nasce, o bebê tem apenas uma pequena percentagem da visão de um adulto. Na reali-dade, ele vê apenas vultos pouco defi nidos. O campo visual vai aumentando com a idade. Por volta dos 3 meses, quando o vermelho e o azul já são cores distintas, ele vê as coisas com mais nitidez. Aos 6 meses, o amarelo e o verde fazem parte das cores primárias que o bebê já vê. A visão é praticamente igual à de um adulto. A 1 ano de idade, a retina já se desenvolveu o sufi ciente para que a criança possa apreciar todas as nuances. .

A mais longa corrida até hoje realizada

no mundo foi a

transcontinental, de Nova York a Los A

ngeles, em 1929 e

durou 79 dias. Após correr 5.898 quilômetros, o fi nlandês J

o-

hnny Salo venceu o percurso que d

urou 525h57min20seg.

O evento teve início no dia 31 de março e terminou em 18

de junho daquele ano. O vencedor chegou

com apenas 2

min47seg à frente do inglês Pietro “Pe

ter” Gavuzzi.

Page 77: Enigma assustador

Fonte: Portal das Curiosidades

Fonte: Portal Terra

curiosidades

y

porporFiqueFique

dentrodentroO maior prédio do mundo, o Burj Dubai, inaugurado

em janeiro de 2010 em Dubai, mede 828

metros e se classifi ca como a obra mais alta já constru

ída pelo homem. Comparando ao maior

edifício do Brasil, o Mirante do Vale, de

170 metros, no centro de São Paulo, é um

gigante. Seriam

necessários 4,5 edifícios brasileiros p

ara atingir a altura do Burj Dubai. O Morro do Corcovado com

a estatura do Cristo Redentor (748 metros) não supera

a estatura desse monstruoso prédio.

A torre

do Burj Dubai pode ser vista a 95 quilômetros de distância

, tem 167 andares e 12 mil operários tra-

balharam na construção.

Quando nasce, o bebê tem apenas uma pequena percentagem da visão de um adulto. Na reali-dade, ele vê apenas vultos pouco defi nidos. O campo visual vai aumentando com a idade. Por volta dos 3 meses, quando o vermelho e o azul já são cores distintas, ele vê as coisas com mais nitidez. Aos 6 meses, o amarelo e o verde fazem parte das cores primárias que o bebê já vê. A visão é praticamente igual à de um adulto. A 1 ano de idade, a retina já se desenvolveu o sufi ciente para que a criança possa apreciar todas as nuances. .

A mais longa corrida até hoje realizada

no mundo foi a

transcontinental, de Nova York a Los A

ngeles, em 1929 e

durou 79 dias. Após correr 5.898 quilômetros, o fi nlandês J

o-

hnny Salo venceu o percurso que d

urou 525h57min20seg.

O evento teve início no dia 31 de março e terminou em 18

de junho daquele ano. O vencedor chegou

com apenas 2

min47seg à frente do inglês Pietro “Pe

ter” Gavuzzi.

Page 78: Enigma assustador

utilidade pública

O Corpo de Bombeiros Mili-tar do Estado de Mato Grosso do Sul, através do 2° Grupamen-to de Bombeiros de Dourados-MS, alerta para o au-mento nos casos de afogamento neste período de férias e calor.

Dicas deSegurança

A cada ano, mais de 500.000 pessoas falecem em decor-rência dos afogamentos em todo o mundo. No Brasil, o afoga-mento representa a segunda causa mortis na faixa etária de 5 a 14 anos de idade.

Existe uma estatística de que anualmente 7.500 brasileiros morrem em decorrência dos afogamentos; em média, 600 ví-timas não são encontradas, e ainda um milhão e trezentos mil são salvos nas águas brasileiras e 260.000 são hospitalizados.

Por conta desses dados catastróficos que houve um grande avanço nesta área nos últimos dez anos. O acesso às informa-ções de saúde permitiu importantes mudanças no método de prevenção e na melhoria do estudo sobre afogados, modifican-do radicalmente o conhecimento da fisiopatologia, das fases do processo de afogamento e principalmente da abordagem ao afogado, proporcionando uma redução de 18% na mortalidade dos afogamentos nos últimos 20 anos (1979/1988).

Embora, na maioria das vezes, sem nenhum treinamento, você pode acabar se envolvendo em salvamentos, que podem eventualmente ter um fim trágico para ambos, você e a vítima. Aqui vão algumas dicas básicas de como reconhecer e tratar os casos de afogamento até o profissional guarda-vidas e/ou o socorro médico chegar.

Escolha do local adequado para nadar:

Procure um local conhecido por você ou por outra pessoa, desde que ela o acompanhe.

Não ultrapasse faixas e placas de avisos.Não entre em locais onde há avisos de perigo de morte ou

em águas poluídas.Procure sempre local onde existe a presença de Guarda-

Vidas, ou Corpo de Bombeiros.

Mudanças de comportamentos:

Evite nadar sozinho, não tome bebida alcoólica antes de entrar na água, não se afaste da margem, não salte de locais elevados para dentro da água, não tente salvar pessoas em afo-gamento sem estar devidamente habilitado. Prefira lançar flu-tuadores para salvar pessoas ao invés da ação corpo a corpo. Identifique nas proximidades a existência do salva-vidas e per-maneça próximo a ele. Evite brincadeiras de mau gosto (“cal-dos”, “trotes”, “saltos”);

Acate as orientações dos Bombeiros ou dos Salva-vidas, não abuse se aventurando perigosamente, não deixe as crian-ças sozinhas. Evite navegar com carga em excesso, só deixe entrar na embarcação pessoas usando coletes salva-vidas, so-mente conduza embarcações se for habilitado para tal.

Não tente nenhum ato heróico, porque o desespero da vítima por salvação pode levá-lo junto, não arrisque sua vida.

Chame o guarda-vida, se não houver um próximo, ligue 193.

Lembrete

Page 79: Enigma assustador

utilidade pública

O Corpo de Bombeiros Mili-tar do Estado de Mato Grosso do Sul, através do 2° Grupamen-to de Bombeiros de Dourados-MS, alerta para o au-mento nos casos de afogamento neste período de férias e calor.

Dicas deSegurança

A cada ano, mais de 500.000 pessoas falecem em decor-rência dos afogamentos em todo o mundo. No Brasil, o afoga-mento representa a segunda causa mortis na faixa etária de 5 a 14 anos de idade.

Existe uma estatística de que anualmente 7.500 brasileiros morrem em decorrência dos afogamentos; em média, 600 ví-timas não são encontradas, e ainda um milhão e trezentos mil são salvos nas águas brasileiras e 260.000 são hospitalizados.

Por conta desses dados catastróficos que houve um grande avanço nesta área nos últimos dez anos. O acesso às informa-ções de saúde permitiu importantes mudanças no método de prevenção e na melhoria do estudo sobre afogados, modifican-do radicalmente o conhecimento da fisiopatologia, das fases do processo de afogamento e principalmente da abordagem ao afogado, proporcionando uma redução de 18% na mortalidade dos afogamentos nos últimos 20 anos (1979/1988).

Embora, na maioria das vezes, sem nenhum treinamento, você pode acabar se envolvendo em salvamentos, que podem eventualmente ter um fim trágico para ambos, você e a vítima. Aqui vão algumas dicas básicas de como reconhecer e tratar os casos de afogamento até o profissional guarda-vidas e/ou o socorro médico chegar.

Escolha do local adequado para nadar:

Procure um local conhecido por você ou por outra pessoa, desde que ela o acompanhe.

Não ultrapasse faixas e placas de avisos.Não entre em locais onde há avisos de perigo de morte ou

em águas poluídas.Procure sempre local onde existe a presença de Guarda-

Vidas, ou Corpo de Bombeiros.

Mudanças de comportamentos:

Evite nadar sozinho, não tome bebida alcoólica antes de entrar na água, não se afaste da margem, não salte de locais elevados para dentro da água, não tente salvar pessoas em afo-gamento sem estar devidamente habilitado. Prefira lançar flu-tuadores para salvar pessoas ao invés da ação corpo a corpo. Identifique nas proximidades a existência do salva-vidas e per-maneça próximo a ele. Evite brincadeiras de mau gosto (“cal-dos”, “trotes”, “saltos”);

Acate as orientações dos Bombeiros ou dos Salva-vidas, não abuse se aventurando perigosamente, não deixe as crian-ças sozinhas. Evite navegar com carga em excesso, só deixe entrar na embarcação pessoas usando coletes salva-vidas, so-mente conduza embarcações se for habilitado para tal.

Não tente nenhum ato heróico, porque o desespero da vítima por salvação pode levá-lo junto, não arrisque sua vida.

Chame o guarda-vida, se não houver um próximo, ligue 193.

Lembrete

Page 80: Enigma assustador

A palavra ‘paz’ é derivada do latim pace, e sendo um substantivo feminino, em nossos dicionários, é definida, entre outros, como: ausência de lutas, violências ou perturbações sociais; tranquilidade pública; concórdia,

harmonia; ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento; ausência de conflitos íntimos; tranquilidade de alma; sossego; etc.

É bem verdade que em nossos dias, essa pequena palavra com apenas três letras, nunca esteve tão ausente (mediante seu significado) e ao mesmo tempo tão presente em nossos olhos e ouvidos (mediante sua escassez); há uma busca incessante nas famílias, nas pessoas, nos países, ou melhor, em quase todos os ramos da sociedade, seja apenas um indivíduo solitário ou numa aglomeração de pessoas; a falta de paz é perceptível nos noticiários de guerras, nos suicídios, na falta de compreensão e amor ao próximo. Até mesmo em nosso querido Brasil, onde não há guerras declaradas (propriamente dita), mas a falta da tão sonhada paz é visível pela “janela das nossas casas”, basta olhar “nas esquinas, nos becos, nas ruas, nos hospitais, etc.”; alguns até dizem que estão em guerra... Guerra consigo mesmos! Com seus ideais e com tudo que o cercam! Etc.

“Porque um menino nos nasceu, um fi lho se nos deu, e o principa-do está sobre os seus

ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus For-te, Pai da Eternidade,

Príncipe da Paz”. (Isaías 9:6)

o Príncipe da PazJesus Cristo,

bíblia

“Porque assim diz o Senhor JEO-VÁ, o Santo de Israel: Em vos con-verterdes e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na con-fiança, estaria a vossa força, mas não a quisestes... Assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te ensina o que é útil e te guia pelo ca-minho em que deves andar. Ah! Se tivesses dado ouvidos aos meus man-damentos! Então, seria a tua paz como o rio, e a tua justiça, como as ondas do mar... Mas os ímpios não têm paz, diz o SENHOR”. (Isaías 30:15; 48:17,18,22).

Todos nós sabemos pela Bíblia Sagrada que o Senhor Deus, através de seu amigo Abraão, escolheu e ele-geu a nação de Israel para que fosse seu peculiar “tesouro” (Salmo 135:4), pois, era Seu plano, fazer daquele povo uma nação missionária que le-vasse ao conhecimento das demais, os santos preceitos do Grande e Verda-deiro Deus e Senhor (o que foi levado a feito através da pessoa maravilhosa de Seu Filho Jesus Cristo), ou seja,

Israel seria o “espelho”, o referencial, etc. Por causa disso, Deus não pou-pou bênçãos e cuidados sobre a des-cendência de Abraão, Isaque e Jacó; prova disso foi a retirada dos israelitas (que estavam sendo escravizados) de dentro da nação do Egito, com mão forte e braço estendido (Deuteronô-mio 5:15, 7:19; Salmo 136:12; Jere-mias 32:21), primeiramente abriu o Mar Vermelho e Seu povo atravessou em segurança, depois os guiou pelo deserto livrando dos inimigos, das pes-tes, etc. “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a co-luna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite”. (Êxodo 13:21-22) e por fim entregou-lhes a terra de Canaã (terra que mana leite e mel, Jeremias 32:22). Entretanto, o povo foi rebelde e provocou muitas vezes a ira do Senhor, até o dia em que Deus permitiu que o povo voltasse à escra-vidão através de Nabucodonosor, rei

Um exemplo negativo!

Page 81: Enigma assustador

A palavra ‘paz’ é derivada do latim pace, e sendo um substantivo feminino, em nossos dicionários, é definida, entre outros, como: ausência de lutas, violências ou perturbações sociais; tranquilidade pública; concórdia,

harmonia; ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento; ausência de conflitos íntimos; tranquilidade de alma; sossego; etc.

É bem verdade que em nossos dias, essa pequena palavra com apenas três letras, nunca esteve tão ausente (mediante seu significado) e ao mesmo tempo tão presente em nossos olhos e ouvidos (mediante sua escassez); há uma busca incessante nas famílias, nas pessoas, nos países, ou melhor, em quase todos os ramos da sociedade, seja apenas um indivíduo solitário ou numa aglomeração de pessoas; a falta de paz é perceptível nos noticiários de guerras, nos suicídios, na falta de compreensão e amor ao próximo. Até mesmo em nosso querido Brasil, onde não há guerras declaradas (propriamente dita), mas a falta da tão sonhada paz é visível pela “janela das nossas casas”, basta olhar “nas esquinas, nos becos, nas ruas, nos hospitais, etc.”; alguns até dizem que estão em guerra... Guerra consigo mesmos! Com seus ideais e com tudo que o cercam! Etc.

“Porque um menino nos nasceu, um fi lho se nos deu, e o principa-do está sobre os seus

ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus For-te, Pai da Eternidade,

Príncipe da Paz”. (Isaías 9:6)

o Príncipe da PazJesus Cristo,

bíblia

“Porque assim diz o Senhor JEO-VÁ, o Santo de Israel: Em vos con-verterdes e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na con-fiança, estaria a vossa força, mas não a quisestes... Assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te ensina o que é útil e te guia pelo ca-minho em que deves andar. Ah! Se tivesses dado ouvidos aos meus man-damentos! Então, seria a tua paz como o rio, e a tua justiça, como as ondas do mar... Mas os ímpios não têm paz, diz o SENHOR”. (Isaías 30:15; 48:17,18,22).

Todos nós sabemos pela Bíblia Sagrada que o Senhor Deus, através de seu amigo Abraão, escolheu e ele-geu a nação de Israel para que fosse seu peculiar “tesouro” (Salmo 135:4), pois, era Seu plano, fazer daquele povo uma nação missionária que le-vasse ao conhecimento das demais, os santos preceitos do Grande e Verda-deiro Deus e Senhor (o que foi levado a feito através da pessoa maravilhosa de Seu Filho Jesus Cristo), ou seja,

Israel seria o “espelho”, o referencial, etc. Por causa disso, Deus não pou-pou bênçãos e cuidados sobre a des-cendência de Abraão, Isaque e Jacó; prova disso foi a retirada dos israelitas (que estavam sendo escravizados) de dentro da nação do Egito, com mão forte e braço estendido (Deuteronô-mio 5:15, 7:19; Salmo 136:12; Jere-mias 32:21), primeiramente abriu o Mar Vermelho e Seu povo atravessou em segurança, depois os guiou pelo deserto livrando dos inimigos, das pes-tes, etc. “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a co-luna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite”. (Êxodo 13:21-22) e por fim entregou-lhes a terra de Canaã (terra que mana leite e mel, Jeremias 32:22). Entretanto, o povo foi rebelde e provocou muitas vezes a ira do Senhor, até o dia em que Deus permitiu que o povo voltasse à escra-vidão através de Nabucodonosor, rei

Um exemplo negativo!

Page 82: Enigma assustador

da Babilônia.Mas a compaixão do Senhor é mui-

tíssima, e mesmo assim Ele não rejeitou os seus servos, e dentre a descendência do rei Davi, na cidade de Belém da Ju-deia, cidadezinha próxima à Jerusalém (o meio das nações, Ezequiel 5:5), nasceu o Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.

Mediante tudo isso, outra vez, os israelitas rejeitaram as bênçãos do Se-nhor, pois a Bíblia conta-nos que Jesus Cristo foi desprezado e maltratado e crucificado por aqueles que tanto amou e cuidou: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome” (João 1:11-12).

Mesmo assim o Senhor ainda cuida de Israel, pois seu plano/amor ultrapassa a nossa tão pequena compreensão, pois

com tudo isso, ainda houve um lado positivo, no qual hoje todos podemos (através de aceitar a Jesus como Senhor e Salvador) também pertencer a este “Povo Escolhido”, não mais uma simples nação terrestre, mas um povo escolhido que vai morar nos céus: “Porque a gra-ça de Deus se há manifestado trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventura-da esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; o qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras”. (Tito 2:11-14).

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14:27)

Talvez agora alguém se pergunte como pode um Deus de paz como este permitir tantas coisas ruins acontecerem neste mundo, mas a verdade é que agi-mos igual a Israel (exemplo citado aci-ma); ou seja, Deus tem um plano para cada um de nós... Um plano excelente, um caminho plano, mas estamos acos-tumados a andar por nossas próprias veredas e conceitos e esquecemos que sem Deus e Seu Filho Jesus Cristo es-tamos fadados ao fracasso: “... Porque sem mim nada podeis fazer...” (João 15:5). A culpa não é de Deus e sim das nossas escolhas erradas, pois: “Não er-reis: Deus não se deixa escarnecer; por-que tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. (Gálatas 6:7).

Para exemplificar isso, lembro aqui as próprias palavras de Jesus Cristo: “Não cuideis que vim trazer a paz a terra; não vim trazer paz, mas espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora

contra sua sogra; e assim os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á”. (Mateus 10:34-39).

Parece uma contradição, mas ve-jamos bem que a vontade do Senhor Deus é que ninguém se perca, mas que todos venham arrepender-se (Mateus 18:14; 2º Pedro 3:9), como explicar isso então, se por causa do Nome de Jesus Cristo e da pregação do Evange-lho, muitas pessoas, famílias, países, etc. estão em conflitos? A Bíblia Sagrada res-ponde esta pergunta: a dissensão vem por meio daqueles que não querem aceitar os preceitos divinos; daqueles que amam mais sua própria vida e in-teresses em lugar do Deus Eterno; por parte daqueles (as) que negam a existên-cia de Deus e NÃO por parte dos que creem e confessam o nome de Jesus: “Vi o ímpio com grande poder espalhar-se

A paz proporcionada por Jesus Cristo

como a árvore verde na terra natal. Mas passou e já não aparece; procurei-o, mas não se pôde encontrar. Nota o homem sincero, e considera o reto, porque o fim desse homem é a paz. Quanto aos transgressores, serão um a um destruídos, e as relíquias dos ímpios serão destruídas. Mas a salvação dos justos vem do SENHOR; ele é a sua fortaleza no tempo da angústia. E o SENHOR os ajudará e os livrará; ele os livrará dos ímpios e os salvará, porquanto, confiam nele”. (Salmos 37, 35, 40).

Como então encontrar paz em dias tão terríveis e tur-bulentos? O apóstolo Paulo diz sobre Jesus Cristo quando escreve aos Efésios: “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de sepa-ração que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenan-ças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus...” (Efésios 2:14-19).

Fazendo uma alusão à época em que havia o templo

em Israel, em que nem todos podiam entrar para celebrar a Deus por causa das ordenanças da lei, e comparando que mediante a obra expiatória que Cristo consumou na cruz do calvário através do Seu sangue derramado, que o homem (quando se submete a Jesus Cristo) novamente pode se chegar perto de Deus, pois Jesus Cristo concede nova vida ao homem e paz com Deus.

Logicamente que este tempo chamado (tempo da gra-ça ou tempo oportuno) um dia se findará, mas aqueles que estão junto com Jesus, estes viverão em paz, pois mesmo que nesta vida passem por aflições, doenças, batalhas... Mas aguardam o dia em que vão morar num lugar repleto da paz de Jesus Cristo, pois somente lá é que estaremos livres de toda turbação e dor: “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os ho-mens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. (Apocalipse 21:3-4).

Sendo assim, temos confiança em dizer: “Temos paz com Deus”.

Que você também encontre esta verdadeira paz que dá Jesus!

Thiago Rodrigues Teixeira, cooperador do Evangelho.

y

Page 83: Enigma assustador

da Babilônia.Mas a compaixão do Senhor é mui-

tíssima, e mesmo assim Ele não rejeitou os seus servos, e dentre a descendência do rei Davi, na cidade de Belém da Ju-deia, cidadezinha próxima à Jerusalém (o meio das nações, Ezequiel 5:5), nasceu o Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.

Mediante tudo isso, outra vez, os israelitas rejeitaram as bênçãos do Se-nhor, pois a Bíblia conta-nos que Jesus Cristo foi desprezado e maltratado e crucificado por aqueles que tanto amou e cuidou: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome” (João 1:11-12).

Mesmo assim o Senhor ainda cuida de Israel, pois seu plano/amor ultrapassa a nossa tão pequena compreensão, pois

com tudo isso, ainda houve um lado positivo, no qual hoje todos podemos (através de aceitar a Jesus como Senhor e Salvador) também pertencer a este “Povo Escolhido”, não mais uma simples nação terrestre, mas um povo escolhido que vai morar nos céus: “Porque a gra-ça de Deus se há manifestado trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventura-da esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; o qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras”. (Tito 2:11-14).

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14:27)

Talvez agora alguém se pergunte como pode um Deus de paz como este permitir tantas coisas ruins acontecerem neste mundo, mas a verdade é que agi-mos igual a Israel (exemplo citado aci-ma); ou seja, Deus tem um plano para cada um de nós... Um plano excelente, um caminho plano, mas estamos acos-tumados a andar por nossas próprias veredas e conceitos e esquecemos que sem Deus e Seu Filho Jesus Cristo es-tamos fadados ao fracasso: “... Porque sem mim nada podeis fazer...” (João 15:5). A culpa não é de Deus e sim das nossas escolhas erradas, pois: “Não er-reis: Deus não se deixa escarnecer; por-que tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. (Gálatas 6:7).

Para exemplificar isso, lembro aqui as próprias palavras de Jesus Cristo: “Não cuideis que vim trazer a paz a terra; não vim trazer paz, mas espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora

contra sua sogra; e assim os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á”. (Mateus 10:34-39).

Parece uma contradição, mas ve-jamos bem que a vontade do Senhor Deus é que ninguém se perca, mas que todos venham arrepender-se (Mateus 18:14; 2º Pedro 3:9), como explicar isso então, se por causa do Nome de Jesus Cristo e da pregação do Evange-lho, muitas pessoas, famílias, países, etc. estão em conflitos? A Bíblia Sagrada res-ponde esta pergunta: a dissensão vem por meio daqueles que não querem aceitar os preceitos divinos; daqueles que amam mais sua própria vida e in-teresses em lugar do Deus Eterno; por parte daqueles (as) que negam a existên-cia de Deus e NÃO por parte dos que creem e confessam o nome de Jesus: “Vi o ímpio com grande poder espalhar-se

A paz proporcionada por Jesus Cristo

como a árvore verde na terra natal. Mas passou e já não aparece; procurei-o, mas não se pôde encontrar. Nota o homem sincero, e considera o reto, porque o fim desse homem é a paz. Quanto aos transgressores, serão um a um destruídos, e as relíquias dos ímpios serão destruídas. Mas a salvação dos justos vem do SENHOR; ele é a sua fortaleza no tempo da angústia. E o SENHOR os ajudará e os livrará; ele os livrará dos ímpios e os salvará, porquanto, confiam nele”. (Salmos 37, 35, 40).

Como então encontrar paz em dias tão terríveis e tur-bulentos? O apóstolo Paulo diz sobre Jesus Cristo quando escreve aos Efésios: “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de sepa-ração que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenan-ças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus...” (Efésios 2:14-19).

Fazendo uma alusão à época em que havia o templo

em Israel, em que nem todos podiam entrar para celebrar a Deus por causa das ordenanças da lei, e comparando que mediante a obra expiatória que Cristo consumou na cruz do calvário através do Seu sangue derramado, que o homem (quando se submete a Jesus Cristo) novamente pode se chegar perto de Deus, pois Jesus Cristo concede nova vida ao homem e paz com Deus.

Logicamente que este tempo chamado (tempo da gra-ça ou tempo oportuno) um dia se findará, mas aqueles que estão junto com Jesus, estes viverão em paz, pois mesmo que nesta vida passem por aflições, doenças, batalhas... Mas aguardam o dia em que vão morar num lugar repleto da paz de Jesus Cristo, pois somente lá é que estaremos livres de toda turbação e dor: “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os ho-mens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. (Apocalipse 21:3-4).

Sendo assim, temos confiança em dizer: “Temos paz com Deus”.

Que você também encontre esta verdadeira paz que dá Jesus!

Thiago Rodrigues Teixeira, cooperador do Evangelho.

y

Page 84: Enigma assustador

artigo

Procura-seProcura-se

Desapareceu! Olhei pelos cantos da casa, em frente à TV, no banheiro... Nada. Simplesmente sumiu. Tentei me lembrar da última vez que o tinha visto. Pensei,

pensei, pensei. Lembro-me daquela tarde. Eu e ele sentados na beira da

praia ouvindo as ondas do mar. O vento já causava arrepio. Nada podia me tirar dali. Ele estava comigo.

Na roda de amigos, batendo papo à toa, rindo, sem pensar em mais nada. Só curtinho o momento. Ele não me dizia que eu precisava ir embora.

O relógio mostrava dez, onze, meio-dia. Eu podia ficar ali, rolando na cama, olhando o teto, passando o pé na parede.

Andava pelo centro da cidade, as vitrines me atraíam. Podia passar horas só me imaginando naquelas roupas. Para comprá-las precisava de dinheiro.

Comecei a trabalhar.Ele não gostou. Além dos estudos, agora tinha que me di-

vidir com o emprego. Chegava em casa às seis horas da tarde. Mas o serviço não era tão puxado, podia me dedicar a ele.

Chegou a época do vestibular. Decisão difícil.Passei! Faculdade. Horas dentro de uma sala.Estágio. Estava em busca do futuro. Horas no novo empre-

go, horas mal dormidas. Despertador toca.É hora da tese de conclusão de curso. Passei.Não sou mais estagiária. A responsabilidade aumenta. Mais

horas no trabalho.Agora, olho para trás e percebo! Cadê ele? Deixei de vê-lo,

de procurá-lo, de tê-lo comigo.O jardim está vazio. O mar está lá, eu não ouço. Os amigos

se encontram, eu não vou. As roupas estão expostas, eu não compro. Não, sem ele.

Se alguém tiver notícias me avise. Preciso dele. Precioso tempo... Quando estava comigo não dei valor.

Quem ainda tem tempo guarde bem, aproveite! Ele some aos poucos, sem ninguém perceber. Eu não percebi. E hoje ele é tudo o que eu queria.

Tempo!

Jornalista

y

Page 85: Enigma assustador

artigo

Procura-seProcura-se

Desapareceu! Olhei pelos cantos da casa, em frente à TV, no banheiro... Nada. Simplesmente sumiu. Tentei me lembrar da última vez que o tinha visto. Pensei,

pensei, pensei. Lembro-me daquela tarde. Eu e ele sentados na beira da

praia ouvindo as ondas do mar. O vento já causava arrepio. Nada podia me tirar dali. Ele estava comigo.

Na roda de amigos, batendo papo à toa, rindo, sem pensar em mais nada. Só curtinho o momento. Ele não me dizia que eu precisava ir embora.

O relógio mostrava dez, onze, meio-dia. Eu podia ficar ali, rolando na cama, olhando o teto, passando o pé na parede.

Andava pelo centro da cidade, as vitrines me atraíam. Podia passar horas só me imaginando naquelas roupas. Para comprá-las precisava de dinheiro.

Comecei a trabalhar.Ele não gostou. Além dos estudos, agora tinha que me di-

vidir com o emprego. Chegava em casa às seis horas da tarde. Mas o serviço não era tão puxado, podia me dedicar a ele.

Chegou a época do vestibular. Decisão difícil.Passei! Faculdade. Horas dentro de uma sala.Estágio. Estava em busca do futuro. Horas no novo empre-

go, horas mal dormidas. Despertador toca.É hora da tese de conclusão de curso. Passei.Não sou mais estagiária. A responsabilidade aumenta. Mais

horas no trabalho.Agora, olho para trás e percebo! Cadê ele? Deixei de vê-lo,

de procurá-lo, de tê-lo comigo.O jardim está vazio. O mar está lá, eu não ouço. Os amigos

se encontram, eu não vou. As roupas estão expostas, eu não compro. Não, sem ele.

Se alguém tiver notícias me avise. Preciso dele. Precioso tempo... Quando estava comigo não dei valor.

Quem ainda tem tempo guarde bem, aproveite! Ele some aos poucos, sem ninguém perceber. Eu não percebi. E hoje ele é tudo o que eu queria.

Tempo!

Jornalista

y

Page 86: Enigma assustador

perfi l

Manoel de Barros,

Uma (des)entrevista em que o mito, a poesia e uma jornalista se encontraramMaria Alice Otre

carnes, ossos e poesias...

y

Ao manifestar seu maior desejo atualmente como o de finalizar o novo livro que está a caminho, decidimos por retomar um pouco do que ficou registrado pelo Poeta.

Muitos de nossos leitores recebem todos os dias, pelo Twitter, um verso de Manoel de Barros, por meio do perfil @Poeta_Mano-eldB. Apesar de ele ter garantido não ser o responsável pelo perfil e desconhecer a pessoa que divulga seus versos, aproveitamo-nos des-te ambiente tecnológico para, com um pouco mais de aspas, refletir.

“Concluindo: há pessoas que se compõem de atos, ruídos, retra-tos. Outras de palavras. Poetas e tontos se compõem com palavras.”

“Lugar sem comportamento é o coração.”

“Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.”

“Queria que a minha voz tivesse um formato, de canto. Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática.”

“Só uso a palavra para compor meus silêncios.”

“O sentido normal das palavras não faz bem ao poema. Há que se dar um gosto incasto aos termos.”

“Poesia é fenômeno de linguagem e não de ideias.”

“Eu não caminho para o fim, eu caminho para as origens.”

“Ao poeta faz bem desexplicar. Tanto quanto escurecer acende o vagalume.”

Page 87: Enigma assustador

perfi l

Manoel de Barros,

Uma (des)entrevista em que o mito, a poesia e uma jornalista se encontraramMaria Alice Otre

carnes, ossos e poesias...

y

Ao manifestar seu maior desejo atualmente como o de finalizar o novo livro que está a caminho, decidimos por retomar um pouco do que ficou registrado pelo Poeta.

Muitos de nossos leitores recebem todos os dias, pelo Twitter, um verso de Manoel de Barros, por meio do perfil @Poeta_Mano-eldB. Apesar de ele ter garantido não ser o responsável pelo perfil e desconhecer a pessoa que divulga seus versos, aproveitamo-nos des-te ambiente tecnológico para, com um pouco mais de aspas, refletir.

“Concluindo: há pessoas que se compõem de atos, ruídos, retra-tos. Outras de palavras. Poetas e tontos se compõem com palavras.”

“Lugar sem comportamento é o coração.”

“Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.”

“Queria que a minha voz tivesse um formato, de canto. Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática.”

“Só uso a palavra para compor meus silêncios.”

“O sentido normal das palavras não faz bem ao poema. Há que se dar um gosto incasto aos termos.”

“Poesia é fenômeno de linguagem e não de ideias.”

“Eu não caminho para o fim, eu caminho para as origens.”

“Ao poeta faz bem desexplicar. Tanto quanto escurecer acende o vagalume.”

Page 88: Enigma assustador

artigo

Papanicolau:

Ana Paula BatistaEnfermeira especialista em Saúde Pública e da Família

Medo? Vergonha?Medo? Vergonha?

Como março é conhecido como o mês da mulher, dedi-quei esse espaço para tratar de um problema tipicamente feminino. O câncer de colo de útero é a doença crônica

degenerativa mais temida pelas mulheres, em virtude do seu alto grau de letalidade e morbidade. A evolução do câncer de colo uterino, na maioria dos casos, acontece de forma lenta, podendo levar anos para se manifestar. Com aproximadamente 500 mil casos por ano no mundo, é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável pela morte de 230 mil mulheres/ano. No Brasil, em 2010, são esperados 18.430 casos.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os fatores de risco que elevam o número de casos de câncer do colo uterino entre as mulheres são a multiplicidade de parcei-ros, o início precoce da atividade sexual, multiparidade, antece-dentes familiares, condições de higiene e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), principalmente as decorrentes de Papilo-mavirus humanus (HPV).

O exame Papanicolau, conhecido internacionalmente, é tido como instrumento mais adequado, prático para o rastrea-mento do câncer de colo de útero e é mais comumente conhe-cido no dia a dia como exame preventivo. Quando feito no pe-ríodo estabelecido pelo Ministério da Saúde – toda mulher dos 25 a 59 anos de idade, deve se submeter ao exame preventivo anualmente – tem forte influência na redução da incidência do câncer de colo de útero e da mortalidade de suas portado-ras. Após três exames negativos para o câncer, a paciente pode realizá-lo a cada três anos.

O exame é realizado por um profissional capacitado, nas Unidades Básicas (Postos de Saúde), clínicas, laboratórios. Lem-brando que nos Postos de Saúde o exame é gratuito, levando em média 20 dias para chegada do resultado. Todas as mu-lheres com vida sexual ativa devem submeter-se ao exame, inclusive gestantes. Na maioria das vezes, o exame é indolor, causando apenas um desconforto momentâneo. Os cuidados necessários antes da coleta são não ter relações sexuais na vés-pera do exame, não usar pomada, comprimido ou duchas vagi-nais e não estar menstruada.

Observa-se que os principais motivos das mulheres se re-cusarem a não realizar o exame, estão: a vergonha, o medo da dor, o medo do resultado ou por não saberem a importância. Cabe ao profissional da saúde, e aí destaca-se o papel do enfer-meiro, realizar a humanização na interação profissional-paciente durante a consulta ginecológica, orientando detalhadamente o método, bem como mostrar os materiais utilizados na coleta.

Esse procedimento visa a reduzir a vergonha, o medo e a tensão das mulheres não só na realização da coleta do material, mas também na consulta de retorno para apresentar o resulta-do. O atendimento humanizado promove laços de confiança e acolhimento, buscando orientação sobre tabus que norteiam a intimidade feminina. Fatores como subordinação feminina a seus parceiros, associados ao tabu como o medo de realização do exame, dificultam o cuidado com a saúde ginecológica, falta de informação e as dificuldades de acesso aos serviços contri-buem para o número de casos de mulheres com câncer de útero. y

Page 89: Enigma assustador

artigo

Papanicolau:

Ana Paula BatistaEnfermeira especialista em Saúde Pública e da Família

Medo? Vergonha?Medo? Vergonha?

Como março é conhecido como o mês da mulher, dedi-quei esse espaço para tratar de um problema tipicamente feminino. O câncer de colo de útero é a doença crônica

degenerativa mais temida pelas mulheres, em virtude do seu alto grau de letalidade e morbidade. A evolução do câncer de colo uterino, na maioria dos casos, acontece de forma lenta, podendo levar anos para se manifestar. Com aproximadamente 500 mil casos por ano no mundo, é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável pela morte de 230 mil mulheres/ano. No Brasil, em 2010, são esperados 18.430 casos.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os fatores de risco que elevam o número de casos de câncer do colo uterino entre as mulheres são a multiplicidade de parcei-ros, o início precoce da atividade sexual, multiparidade, antece-dentes familiares, condições de higiene e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), principalmente as decorrentes de Papilo-mavirus humanus (HPV).

O exame Papanicolau, conhecido internacionalmente, é tido como instrumento mais adequado, prático para o rastrea-mento do câncer de colo de útero e é mais comumente conhe-cido no dia a dia como exame preventivo. Quando feito no pe-ríodo estabelecido pelo Ministério da Saúde – toda mulher dos 25 a 59 anos de idade, deve se submeter ao exame preventivo anualmente – tem forte influência na redução da incidência do câncer de colo de útero e da mortalidade de suas portado-ras. Após três exames negativos para o câncer, a paciente pode realizá-lo a cada três anos.

O exame é realizado por um profissional capacitado, nas Unidades Básicas (Postos de Saúde), clínicas, laboratórios. Lem-brando que nos Postos de Saúde o exame é gratuito, levando em média 20 dias para chegada do resultado. Todas as mu-lheres com vida sexual ativa devem submeter-se ao exame, inclusive gestantes. Na maioria das vezes, o exame é indolor, causando apenas um desconforto momentâneo. Os cuidados necessários antes da coleta são não ter relações sexuais na vés-pera do exame, não usar pomada, comprimido ou duchas vagi-nais e não estar menstruada.

Observa-se que os principais motivos das mulheres se re-cusarem a não realizar o exame, estão: a vergonha, o medo da dor, o medo do resultado ou por não saberem a importância. Cabe ao profissional da saúde, e aí destaca-se o papel do enfer-meiro, realizar a humanização na interação profissional-paciente durante a consulta ginecológica, orientando detalhadamente o método, bem como mostrar os materiais utilizados na coleta.

Esse procedimento visa a reduzir a vergonha, o medo e a tensão das mulheres não só na realização da coleta do material, mas também na consulta de retorno para apresentar o resulta-do. O atendimento humanizado promove laços de confiança e acolhimento, buscando orientação sobre tabus que norteiam a intimidade feminina. Fatores como subordinação feminina a seus parceiros, associados ao tabu como o medo de realização do exame, dificultam o cuidado com a saúde ginecológica, falta de informação e as dificuldades de acesso aos serviços contri-buem para o número de casos de mulheres com câncer de útero. y

Page 90: Enigma assustador

Novamente cor, cheiro, sensação, ruído e som. Mês da voz que acalenta, que acalma a alma. E como acalma! Mês de ouvidos colados no peito fazendo ni-nar. De cochichos, também a pé do ouvido, fazendo amar. De conversas pequenas ou explosivas, conversas vermelhas como rosa vermelha.

Mês vermelho de útero, de vida, de sangue. De cor, de dor, de corte, de amor. Que gera gestos, que aper-ta passos, que afirma ainda mais a veia forte e difícil de ser mulher. Mês de parto, de partilha, de união e divi-sões, como manda a natureza quando se é.

Dos mais rústicos e puros movimentos às lapida-das expressões. Mãos nos cabelos, braços de abraços, colos que encaixam em qualquer que seja os ombros. Ombros que aceitam as mais diversas cores, tamanhos e lamentos. Dos olhos mais coloridos e enfeitados ao brilho intenso presente em toda alma vermelha. Dos traços mais firmes e chamativos, à tentativa de ser ape-nas mais uma.

Corpo, alma, cor, cheiro, lama, som, brilho, sim e não. Não inexiste em qualquer que seja a esfera. Mu-lher, dotada das características e ações naturais de ser em si a própria mulher, é diferente em tudo do resto do mundo e a grande diferença está aí. Mulher é a es-sência e não se contenta em ser menos. Agrega valores a tudo que a ela já é inerente e vive de pele no mundo, desconstruindo e construindo sentidos e sensações. Sentindo no rosto o que a ela é possível sentir.

Menina, Moça, Mulher, Mãe. Pode ser ‘mamma’, ‘mamy’, minha, só minha. Podem ser Marias, Marinas, Mercedez, Marcelas, Moniques, Maras... São muitas.. Mulheres, em carne, osso, dor, amor e alma. y

Uma homenagem ao mês, para mim, com o símbolo mais intenso de força, luta e persistência. Mês, como já disse, de cor de carne, de parto e de partilha. 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

Março, mais mulher

Março é mês de chuva, de água que renova o mundo. Já disse nosso poeta Tom Jobim que são as águas

deste mês que fecham o verão e alegram, sobretudo, o coração. Mas março não é só isso. É mês vermelho, cor de carne e rosa. Cor de céu de fim de tarde, cor de sangue. Cor de menina, de mulher. Mês de mulher. Justo neste mês de cor, cheiro e sensações é que se comemora o Dia Internacional da Mulher.

Cheiros diversos. Desde o mais agradá-vel dos perfumes, ao cheiro de colo. Dia da Mulher, que seduz, induz e sorri. Seja com uma fita vermelha nos cabelos, um carmim nos lábios, têmporas, um salto, seja com expressão singela, grandes olhos atentos ou palavras impulsivas. Desde o início dos tem-pos, sempre ela. Senão como protagonista, como afronta, como passo para a igualda-de. Portadora não só de cor, odor, mas de amor. Esperançosa não só pelo tempo e não só de esperanças e esperas, mas firma-dora de batalhas, propositora de lutas.

Mulher de março, de braços abertos, de acolhimento, de renovação. Num mês que renova a alma e a aconchega com chuvas de descanso, verde claro e puro de brisa fresca. Mês de março, que chora pelas do-res femininas, que deságua como consolo e amizade. Chuva é inerente à mulher, à aura feminina, a peitos e braços.

crônica

Março, mais mulher

Page 91: Enigma assustador

Novamente cor, cheiro, sensação, ruído e som. Mês da voz que acalenta, que acalma a alma. E como acalma! Mês de ouvidos colados no peito fazendo ni-nar. De cochichos, também a pé do ouvido, fazendo amar. De conversas pequenas ou explosivas, conversas vermelhas como rosa vermelha.

Mês vermelho de útero, de vida, de sangue. De cor, de dor, de corte, de amor. Que gera gestos, que aper-ta passos, que afirma ainda mais a veia forte e difícil de ser mulher. Mês de parto, de partilha, de união e divi-sões, como manda a natureza quando se é.

Dos mais rústicos e puros movimentos às lapida-das expressões. Mãos nos cabelos, braços de abraços, colos que encaixam em qualquer que seja os ombros. Ombros que aceitam as mais diversas cores, tamanhos e lamentos. Dos olhos mais coloridos e enfeitados ao brilho intenso presente em toda alma vermelha. Dos traços mais firmes e chamativos, à tentativa de ser ape-nas mais uma.

Corpo, alma, cor, cheiro, lama, som, brilho, sim e não. Não inexiste em qualquer que seja a esfera. Mu-lher, dotada das características e ações naturais de ser em si a própria mulher, é diferente em tudo do resto do mundo e a grande diferença está aí. Mulher é a es-sência e não se contenta em ser menos. Agrega valores a tudo que a ela já é inerente e vive de pele no mundo, desconstruindo e construindo sentidos e sensações. Sentindo no rosto o que a ela é possível sentir.

Menina, Moça, Mulher, Mãe. Pode ser ‘mamma’, ‘mamy’, minha, só minha. Podem ser Marias, Marinas, Mercedez, Marcelas, Moniques, Maras... São muitas.. Mulheres, em carne, osso, dor, amor e alma. y

Uma homenagem ao mês, para mim, com o símbolo mais intenso de força, luta e persistência. Mês, como já disse, de cor de carne, de parto e de partilha. 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

Março, mais mulher

Março é mês de chuva, de água que renova o mundo. Já disse nosso poeta Tom Jobim que são as águas

deste mês que fecham o verão e alegram, sobretudo, o coração. Mas março não é só isso. É mês vermelho, cor de carne e rosa. Cor de céu de fim de tarde, cor de sangue. Cor de menina, de mulher. Mês de mulher. Justo neste mês de cor, cheiro e sensações é que se comemora o Dia Internacional da Mulher.

Cheiros diversos. Desde o mais agradá-vel dos perfumes, ao cheiro de colo. Dia da Mulher, que seduz, induz e sorri. Seja com uma fita vermelha nos cabelos, um carmim nos lábios, têmporas, um salto, seja com expressão singela, grandes olhos atentos ou palavras impulsivas. Desde o início dos tem-pos, sempre ela. Senão como protagonista, como afronta, como passo para a igualda-de. Portadora não só de cor, odor, mas de amor. Esperançosa não só pelo tempo e não só de esperanças e esperas, mas firma-dora de batalhas, propositora de lutas.

Mulher de março, de braços abertos, de acolhimento, de renovação. Num mês que renova a alma e a aconchega com chuvas de descanso, verde claro e puro de brisa fresca. Mês de março, que chora pelas do-res femininas, que deságua como consolo e amizade. Chuva é inerente à mulher, à aura feminina, a peitos e braços.

crônica

Março, mais mulher

Page 92: Enigma assustador
Page 93: Enigma assustador
Page 94: Enigma assustador

artigo

VIDA - uma dádivavinda de Deus

y

Disse Jesus: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que

tenham VIDA e a tenham com abundância”.

(João 10.10)

Page 95: Enigma assustador

artigo

VIDA - uma dádivavinda de Deus

y

Disse Jesus: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que

tenham VIDA e a tenham com abundância”.

(João 10.10)

Page 96: Enigma assustador

artigo

O antigo

Franciele OliveiraAdministradora de Marketing

atualatual

Que a moda vai e vem não é novidade para nenhum de nós, seja em períodos curtos ou mais longos. E o que voltou ultimamente com tudo é o estilo chamado de vintage, ou

retrô, característico dos anos 60. Relembrando o passado, nos anos 60, o mundo passava

por uma imensa revolução cultural e industrial influenciada mu-sicalmente pelos Beatles, que eternamente ficaram marcados na história, o fim da Segunda Guerra Mundial, e a imensa vontade de mudar o mundo através do jeito de ser. A indústria brasileira tinha começado a fabricar tecidos há pouco tempo, e as mulhe-res começaram a usar calças devido a sua maior participação no mercado de trabalho e a busca por algo mais prático. Enfim... Uma revolução quase que total!

Mas o que nunca foi deixado de lado nessa época foram a elegância, os vestidos e as saias. Eram muito bem estruturados e feitos sob medida, as calças cintura alta faziam jus à tendência que era cintura marcada.

Com a volta disso na moda atual, muitas coisas do estilo puderam ser melhoradas, se tem materiais mais sofisticados e tecnológicos permitindo peças mais confortáveis e bonitas, por outro lado, como a estruturação correta no corpo é a caracterís-tica do figurino, algumas pessoas, pelo seu biótipo, também têm dificuldade de encontrar algo que lhe caia bem, mas nem tudo está perdido, há boas costureiras e uma infinidade de tecidos que permitem criar de acordo com o seu gosto.

Além da característica da estruturação, o figurino vintage é composto por estampas como: xadrez, bolinhas (também cha-

madas de poás), listras e estampas floridas românticas. Nos aces-sórios, as pérolas sempre estavam na composição, e os sapatos eram scarpins de bico redondo e peep toes, que estão muito em alta na estação, boleros também deixavam o figurino com ar de sofisticação.

Os cabelos também seguem a tendência com a volta da franja, que hoje pode ser combinado com um cabelo longo e repicado, constituindo um visual vintage, mas também muito moderno. A tendência não está só nos cortes, como também nos acessórios com faixas e lenços, e também nos penteados, o famoso rabo de cavalo nunca caiu de moda e era muito usado nessa época.

Porém, mesmo com a tendência em alta, não precisa se ves-tir como se fosse a um baile anos 60 e sair na rua (a menos que seja tema de uma festa). Pode misturar o atual com o antigo. A receita é uma só... Equilíbrio! Estampas podem ser misturadas desde que “conversem” entre si. Por exemplo, o xadrez pode ser misturado com listas, desde que um dos dois seja mais discre-to. Também pode se misturar um sapato retrô, com uma calça jeans bem atual, uma saia rodada com camisetas, chamadas de “podrinhas” com aquele ar de surrada, que também estão muito em alta nesta estação. É de gosto pessoal, o importante é ver se isso se adéqua ao seu estilo e personalidade e sempre dar o seu “toque pessoal”. Afinal, moda, acima de tudo, é criatividade e bom gosto! E vale lembrar o velho e bom ditado: “Menos às vezes é mais!”. y

Page 97: Enigma assustador

artigo

O antigo

Franciele OliveiraAdministradora de Marketing

atualatual

Que a moda vai e vem não é novidade para nenhum de nós, seja em períodos curtos ou mais longos. E o que voltou ultimamente com tudo é o estilo chamado de vintage, ou

retrô, característico dos anos 60. Relembrando o passado, nos anos 60, o mundo passava

por uma imensa revolução cultural e industrial influenciada mu-sicalmente pelos Beatles, que eternamente ficaram marcados na história, o fim da Segunda Guerra Mundial, e a imensa vontade de mudar o mundo através do jeito de ser. A indústria brasileira tinha começado a fabricar tecidos há pouco tempo, e as mulhe-res começaram a usar calças devido a sua maior participação no mercado de trabalho e a busca por algo mais prático. Enfim... Uma revolução quase que total!

Mas o que nunca foi deixado de lado nessa época foram a elegância, os vestidos e as saias. Eram muito bem estruturados e feitos sob medida, as calças cintura alta faziam jus à tendência que era cintura marcada.

Com a volta disso na moda atual, muitas coisas do estilo puderam ser melhoradas, se tem materiais mais sofisticados e tecnológicos permitindo peças mais confortáveis e bonitas, por outro lado, como a estruturação correta no corpo é a caracterís-tica do figurino, algumas pessoas, pelo seu biótipo, também têm dificuldade de encontrar algo que lhe caia bem, mas nem tudo está perdido, há boas costureiras e uma infinidade de tecidos que permitem criar de acordo com o seu gosto.

Além da característica da estruturação, o figurino vintage é composto por estampas como: xadrez, bolinhas (também cha-

madas de poás), listras e estampas floridas românticas. Nos aces-sórios, as pérolas sempre estavam na composição, e os sapatos eram scarpins de bico redondo e peep toes, que estão muito em alta na estação, boleros também deixavam o figurino com ar de sofisticação.

Os cabelos também seguem a tendência com a volta da franja, que hoje pode ser combinado com um cabelo longo e repicado, constituindo um visual vintage, mas também muito moderno. A tendência não está só nos cortes, como também nos acessórios com faixas e lenços, e também nos penteados, o famoso rabo de cavalo nunca caiu de moda e era muito usado nessa época.

Porém, mesmo com a tendência em alta, não precisa se ves-tir como se fosse a um baile anos 60 e sair na rua (a menos que seja tema de uma festa). Pode misturar o atual com o antigo. A receita é uma só... Equilíbrio! Estampas podem ser misturadas desde que “conversem” entre si. Por exemplo, o xadrez pode ser misturado com listas, desde que um dos dois seja mais discre-to. Também pode se misturar um sapato retrô, com uma calça jeans bem atual, uma saia rodada com camisetas, chamadas de “podrinhas” com aquele ar de surrada, que também estão muito em alta nesta estação. É de gosto pessoal, o importante é ver se isso se adéqua ao seu estilo e personalidade e sempre dar o seu “toque pessoal”. Afinal, moda, acima de tudo, é criatividade e bom gosto! E vale lembrar o velho e bom ditado: “Menos às vezes é mais!”. y

Page 98: Enigma assustador
Page 99: Enigma assustador
Page 100: Enigma assustador