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CARTA Equipes de Nossa Senhora Mensal Ano LIII• Abril 2013• nº 470 PÁSCOA Celebrar a Páscoa é morrer e ressucitar com Cristo

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CARTAEquipes de Nossa SenhoraCARTA

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PÁSCOACelebrar a Páscoa é morrer e ressucitar com Cristo

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TesTeMUNHONossa espiritualidade antese depois das eNs... ..............................28Fomos Cre no ano que findou .................28Onde reina o amor ..............................29O altar da nossa ecclesia ......................31 O testemunho de um sCe ....................31Deixar ser guiado por Deus ..................32Ninguém dá o que não tem .................33Nosso presente de natal .......................34

ParTILHa e PONTOs CONCreTOs De esFOrÇOO dever de sentar-se .............................35Faço por obrigação ..............................36regra de Vida, exercício do amor ........37 Um PCe sustentável ..............................38

TeMa De esTUDOem busca de uma espiritualidade .........40

Pe. CaFFareLPadre Caffarel, e o espírito santo .........42

NOTÍCIas ........................................... 44

eJNseaJOre: um momento importantede formação para as eJNs ....................47

reFLeXÃODeixar o passado para trás ..................48

CARTA MENSALnº 470 • abril 2013

eDITOrIaL Da Carta Mensal ...................................01

sUPer-reGIÃOPortas abertas .....................................02Jesus Cristo: raiz da espiritualidade cristã .03

IGreJa CaTÓLICaPáscoa .......................................................05entrai por suas portas dando graças ....06Viver a Páscoa hoje...............................07a verdade que nos traz felicidade ........08

MarIaMãe de Deus ........................................10

FOrMaÇÃODesafios e renúncias equipistas ............11 a eucaristia, fonte e ápice da espiritualidade .................................12 Orientações de que...? .........................13 Filhos do mundo ..................................14

VIDa NO MOVIMeNTOI encontro dos Ces .................................15eeN - encontro de equipes novas ..........16eaCres .................................................18

raÍZes DO MOVIMeNTOBaile de máscaras ......................................26estamos prontos .......................................27

Carta Mensal é uma publicação periódica das equipes de Nossa senhora, com registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: super-região Brasil - Cida e raimundo N. araújo - equipe editorial: responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. espiritual: Frei Geraldo de araújo Lima O. Carm - Membros: Fatima e Joel - Glasfira e resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

edição e produção: Nova Bandeira Produções editoriais - r. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - são Paulo sP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - responsável: Ivahy Barcellos Imagem de capa: Dreamstime - Diagramação: samuel Lincon silvério - Tiragem desta edição: 23.000 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para eNs - Carta Mensal, rua Luís Coelho, 308 Cj. 53 11º andar - 01309-902 são Paulo - sP, ou através de email: [email protected] a/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site eNs (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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edit

ori

al

Esta passagem, de extrema fé, ilu-minou o papa Bento XVI: “Mediante a Carta Apostólica Porta Fidei procla-mei este Ano especial, precisamen-te para que a Igreja renove o entu-siasmo de crer em Jesus Cristo, único Salvador do mundo... e testemunhe de modo concreto a força transfor-madora da fé. (Audiência Geral – Pça.de São Pedro – 17.10.2012).

Nessa mesma linha Cida e Rai-mundo iluminados pela Porta Fidei alerta-nos para “portas” que se irão abrindo para nosso “encontro pes-soal” com Jesus Cristo e nos mos-tram que as ENS também apresen-tam uma porta aberta por Jesus.

O CRP - Centro-Oeste, Olga e Nei, nos mostram que a espiritualidade cristã tem em Jesus Cristo o núcleo essencial e a sua característica per-manente, o seu grande fundamen-to. Tudo gira ao seu redor e lembra que no plano de Deus, se ficarmos passivos, cheios de conhecimentos, não chegaremos a nenhum lugar. É necessário que nos coloquemos a ser-viço uns dos outros e no “servir” faça-mos nossa experiência de fé e vida.

Abastecido pela Carta Apostóli-ca, Pe. Osmar Bezutte - SCE Pro-víncia Centro-Oeste faz das suas palavras um caminho, iniciando no Concílio Vaticano II até a Páscoa: O Ano da Fé quer, entre outras coisas,

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tema: “Caminho da vida espiritual em casal”

comemorar os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II... glorifica-ção de Deus, da qual foram prelú-dio as maravilhas divinas operadas no povo do Antigo Testamento, completou-a Cristo Senhor, prin-cipalmente pelo mistério pascal de Sua sagrada paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa Ascensão.

Lourdinha e Falcão fazem um conto da história de Jesus Cristo passo a passo e falam: Um jovem nazareno percorria os povoados e as cidades da Galileia, principalmente as que circulavam o lago de Genesa-ré, também chamado Mar da Gali-leia... Naquele domingo radioso, Ele ressurge do túmulo, vivo e glorioso para nunca mais morrer.

Não deixem de ler o que aconte-ceu nos EACRES; há muitas expe-riências bonitas e revelam aprendiza-dos das Orientações de 2013. Os ar-tigos do EEN – Encontro de Equipes Novas - e das EJNS – Equipes Jovens de Nossa Senhora nos atualizam so-bre o que está acontecendo.

Muito ricas também as bandei-ras Igreja Católica e Formação, re-cheadas de muitos ensinamentos que contribuirão para o crescimen-to espiritual de todos nós.

Boa Páscoa!Zezinha e Jailson

CR Equipe da Carta Mensal

Queridos irmãos“Por que buscais entre os mortos o que vive?

Ele não está aqui, ressuscitou. Ide, dizei aos seus discípulos e a Pedro que o verão na Galileia”

(Lc 24, 1-8)

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Sup

er-R

egiã

o

lugar essencial em suas vidas” (Pe. Caffarel).

Neste Ano da Fé, somos desa-fiados a estabelecer uma “regra de vida” que nos leve ao “encontro” com Jesus. Além dos PCEs Es-cuta da Palavra diária, Oração Pessoal (Meditação) e Oração Conjugal, grandes meios propos-tos pelo Pe. Caffarel para o desen-volvimento da espiritualidade con-jugal, há a Eucaristia. “O sonho maior de Jesus era de que o mun-do todo fosse, também, um mundo eucarístico” (14º CE,33).

Jesus nos olha, abre a porta e nos chama para saciar nossa sede. Quem resiste ao olhar de Jesus? A resposta a este chamado é a fé. “Eles, deixando as redes, o seguiram” (Mt 4,20).

Amigos, confiemos nossa fra-queza àquela que foi proclamada “feliz”, porque acreditou e ouse-mos ir ao encontro de quem já nos espera.

Unidos em oração Cida e Raimundo CR Super-Região

POrTas aBerTas

Queridos equipistas:Neste ano temos a graça de ter

diante de nós “portas” que se irão abrindo para nosso “encontro pes-soal” com Jesus Cristo. Essa era a preocupação do Pe. Caffarel: ajudar as pessoas a realizar esse “encontro” que ele mesmo fizera e que trans-formara sua vida.

A Igreja, mediante a Car ta Apostólica Porta Fidei (a porta da Fé), apresenta um novo tempo. É tempo de entrar pela Porta aberta pelo Bom Pastor e Mestre! É tempo de viver o Ano da Fé (até 24 de no-vembro de 2013)! Diz o então Papa Bento XVI: “Será um momento de graça e de empenho para uma sem-pre mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé n’Ele e para anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo”. Só pela fé reco-nheceremos o Cristo, vivo e presen-te na nossa vida e na história.

As ENS também apresentam uma porta aberta por Jesus: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (Jo 7,37). O convite é pes-soal e para todos. Com sorriso de acolhimento aos sedentos da água viva, Ele aguarda com paciência e ternura o momento de cada um.

Para chegar à “fonte” há vá-rios meios. Para o “nosso casal”, afirmamos-lhes de todo coração: são as Equipes. “Se a união com Cristo é para vocês o essencial, e se as Equipes de Nossa Senhora lhes parece o meio providencial para alcançá-lo, então lhes digo que as Equipes devem ocupar um

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JesUs CrIsTO: raIZ

Da esPIrITUaLIDaDe CrIsTÃ

O capítulo II do Tema de Estu-dos 2013 propõe aprofundarmos os “Fundamentos da Espiritualidade Cristã”. O tema da Espiritualidade é tão vasto que mereceu até um “Di-cionário de Espiritualidade”, publica-do pela Editora Paulus. O dicionário esclarece que não tem a pretensão de esgotar por completo o assunto e procura mover-se principalmente em torno da experiência cristã.

Quando falamos de “fundamen-tos”, vêm-nos à mente alicerces, raízes, bases sólidas. Imaginemos a espiritualidade como uma árvore com suas raízes, tronco, galhos, fo-lhas e frutos, sem deixar de pensar também na seiva, na fotossíntese, na qualidade da madeira, etc... Durante este ano equipista, vamos conhecer esta árvore em sua totalidade, de maneira que, ao chegar ao fim do ano, teremos uma visão mais com-pleta do que significa, se assim po-demos expressá-la, a espiritualidade cristã-católica-laical-equipista.

Falaremos apenas sobre os seus fundamentos, suas raízes - ápice, suas razões maiores e os seus porquês mais profundos. A espiritualidade cristã tem em Je-sus Cristo o núcleo essencial e a sua característica permanente, o seu grande fundamento. Tudo gira ao seu redor. Cada um deve aco-lher Cristo em sua própria exis-tência, penetrar progressivamen-te em seu mistério, identificar-se cada vez mais intimamente com sua pessoa, pois Ele é o centro, o

ápice e raízes de nosso caminho de fé e santidade.

Neste caminho, o cristão tem inúmeros meios e condições que fa-vorecem o encontro com Cristo: a comunidade eclesial e os sacramen-tos, a Palavra de Deus, o próprio ser humano em seu mistério, a criação, o cosmos... Sem falar ainda de ou-tros meios do passado e de hoje que abrem janelas para a experiência cristã: a devoção a Maria (ad Jesum per Mariam), a oração mariano-cris-tológica do rosário, o exercício da via sacra, o Retiro, os PCEs etc...

No plano de Deus, se ficarmos passivos, cheios de conhecimentos, não chegaremos a nenhum lugar. É necessário que nos coloquemos a ser-viço uns dos outros e no “servir” fa-çamos nossa experiência de fé e vida. Pelo que realizamos chegaremos à vida plena, o que significa que “evo-luiremos em nossa espiritualidade cris-tã na medida do progresso de nossa união com Deus e o grau de intimida-de com Cristo”... “O essencial da es-piritualidade cristã consiste em seguir Jesus Cristo, sermos seus instrumentos partilhando seu projeto de vida e fa-zermos a vontade de seu Pai”.

Naturalmente, na base de todas estas mediações está a obra do Es-pírito Santo, que tem de ser acolhi-da com docilidade; a ele compete

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fazer-nos compreender as palavras de Jesus (Jo 14, 25; 16, 13-15), pro-mover em nós a vida filial em Cristo (Rm 7,6; 1Cor 6,17; Gl 5, 16-25), tornar-nos cada vez mais conformes ao Senhor (2Cor 3,18) até vivificar nossos corpos mortais (Rm 8,11).

A espiritualidade cristã, hoje mais do que nunca devido à atual crise de identidade, deve significar, de modo inequívoco e atualizado, o encontro pessoal, íntimo, perseverante, expe-riencial com Jesus Cristo, o Senhor glorificado, cabeça da Igreja e presen-te no universo, o determinante ab-soluto e o significante plenário para o ser humano que caminha rumo a Deus, realidade suprema que sacia seu coração inquieto (cf. DE FIORES, S., Jesus Cristo, in Dicionário de Espi-ritualidade, Paulus, 2ª ed., 1993).

Se o fundamento por excelên-cia é Jesus Cristo, caminho para a comunhão com o Pai e o Espí-rito, então é preciso conhecê-lo. Deveríamos aproveitar esse ano para ler algum bom livro sobre Ele. A comunhão com Ele precisa do conhecimento, pois “ninguém ama o que não conhece”. O Ano da Fé nos anima a “crer” em Je-sus Cristo. A fé é o primeiro passo para chegar a Jesus Cristo e viver o seu mistério. A fé implica a ati-tude de abertura e de acolhida, ou seja, de conversão e de dispo-nibilidade.

É preciso celebrar Jesus Cristo, que tem seu ponto culminante na eu-caristia, pela qual se entra em comu-nhão com o seu corpo e sangue. Por consequência, através da atualização do seu Mistério Pascal, estabelece-se a comunhão e unidade fraterna entre todos aqueles que a ceia eucarística

une com Cristo. Da espiritualidade eucarística brota consequências im-portantes: o amor fraterno, a respon-sabilidade pelo irmão necessitado, a luta em defesa dos famintos, a busca da justiça para uma sociedade mais humana, mais fraterna. A espirituali-dade do “pé-no-chão”, das “mangas arregaçadas”.

É preciso também viver em Je-sus Cristo. Segundo a doutrina de S. Paulo, o cristão deve tomar consci-ência da situação que decorre de sua união com Cristo e viver em conse-quência disso: quem está em Cristo é eleito e chamado por Deus, é ho-mem livre do poder do pecado e do mundo, é nova criação. Então, inse-ridos em Cristo, somos convidados a “crescer” progressivamente em Cristo rumo à perfeição (santidade).

Então, tem razão de ser a pergun-ta no início do segundo capítulo do nosso livro do Tema de Estudo: “O que é para vocês a santidade?”. Das raízes profundas da espiritualidade cristã (Jesus Cristo), chegamos ao fru-to mais alto e precioso desta nossa ár-vore: a santidade! Ser santo é sair do estado de conforto, da comodidade, desobrigação, deixar de ter uma fé morna que distancia o que sabemos ser o bem e do que efetivamente pra-ticamos. Ser santo é viver em Jesus Cristo, em comunhão com Deus e os irmãos, em todos os lugares.

Só dão frutos de santidade aque-les que têm raízes profundas em Je-sus Cristo.

Que Ele conserve a todos nós em seu amor e sejamos pessoas disponí-veis para, em seu nome, amar e servir a todos que estejam a nossa volta.

Olga e Nei CR Província Centro-Oeste

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PÁsCOa

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Ano da Fé. Em sua carta Porta fidei Bento XVI diz que “a obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou” (Jo 6). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à sal-vação” (7). Esta salvação nos veio pela sua paixão, morte e ressurrei-ção, Mistério Pascal, “páscoa de Je-sus na vida da gente”.

O Ano da fé quer, entre outras coisas, comemorar os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e os 20 anos do Catecismo da Igre-ja Católica. O Concílio nos fala sobre o Mistério Pascal: “...a obra da Redenção humana e da per-feita glorificação de Deus, da qual foram prelúdio as maravilhas divi-nas operadas no povo do Antigo Testamento, completou-a Cristo Senhor, principalmente pelo misté-rio pascal de Sua sagrada paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa Ascensão. Por este mistério, Cristo, morrendo, destruiu a nossa morte e ressuscitando, recuperou a nossa vida”(n. 5).

O Catecismo acrescenta: “a Eu-caristia é o memorial da Páscoa de Cristo, a atualização e a oferta sacramental de seu único sacrifício na liturgia da Igreja, que é o corpo dele... O memorial não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas a proclamação

das maravilhas que Deus realizou por todos os homens. A celebra-ção litúrgica desses acontecimentos torna-os de certo modo presentes e atuais. É desta maneira que Israel entende sua libertação do Egito: toda vez que é celebrada a Páscoa, os acontecimentos do êxodo tor-nam-se presentes à memória dos crentes, para que estes conformem sua vida a eles” (n. 1363).

Como neste ano de 2013 as ENS estudam a Espiritualidade, nada mais justo do que abordar a Páscoa sob esta ótica, supondo como já conhecidos os aconteci-mentos históricos que originaram a Páscoa dos judeus e a dos cristãos.

Os acontecimentos históricos da saída do povo de Israel do Egito, a ceia do cordeiro, a passagem do Mar Vermelho, a Aliança no Sinai... são como que o prelúdio daquilo que Cristo realizou pelo seu Misté-rio Pascal: Ele, “morrendo, destruiu a nossa morte e ressuscitando, re-cuperou a nossa vida” (Prefácio da Páscoa). Assim, como o povo escolhido fez a experiência da pas-sagem (= páscoa) da escravidão para a liberdade, do Egito para a Terra Prometida, atravessando o Mar Vermelho e selando um pacto com Deus no Monte Sinai, assim também os cristãos fazem a expe-riência da passagem (= páscoa) do

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pecado (morte, escravidão...) para a graça (vida, liberdade,...) na mor-te e ressurreição do Senhor atuali-zadas no memorial da Eucaristia: “Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa mor-te, enquanto esperamos vossa vin-da” (aclamação anamnética após a Consagração).

Celebrar a Páscoa é morrer e ressuscitar com Cristo, recuperan-do a alegria de viver num mundo

transtornado pela violência, cor-rupção e injustiça.

No Ano da Fé somos convida-dos a reforçar nossa fé em Jesus Cristo, vivendo seu Mistério Pascal: “a páscoa de Jesus na páscoa da gente e a páscoa da gente na pás-coa de Jesus”. “Se não me espanto de mim mesmo, é porque Cristo ressuscitou” (Pe. Franco Delpiano). Isso é Páscoa!

Pe. Osmar A. BezutteSCE Província Centro-Oeste

eNTraI POr sUas POrTas DaNDO GraÇas (salmo 99, 4)

No início do ano, por ocasião do Ano da Fé proclamado pelo Papa Bento XVI, gostaria de meditar com você, conforme nos permitam estas poucas linhas, sobre a porta. Não qualquer porta, mas a “porta da fé”. Esta expressão foi extraída do livro dos Atos dos Apóstolos (14, 27). Após uma viagem missionária, São Pau-lo voltou à cidade de Antioquia, de onde havia sido enviado para a mis-são. Estando lá, convocou os fiéis da cidade. Durante a reunião, contou a todos como Deus havia sido genero-so para com os missionários e como havia aberto aos pagãos a “porta da fé” (ostium fidei). A fé tem uma porta! Depois de atravessar a “porta da fé”, aqueles homens haveriam de trilhar o

“caminho da fé”. Vejamos um pouco mais o que significa dizer que “Deus abriu a porta da fé”.

As cidades antigas, como, por exemplo, Jerusalém e Roma, costu-mavam utilizar muros para se pro-teger contra assaltos de invasores. O que nos interessa, no momento, não são os muros, mas as portas para acesso da cidade. Junto à porta se concentrava a vida do povo: lá se re-alizavam os encontros, as atividades comerciais, as manobras políticas e a saída para a guerra. Bem rapida-mente a porta da cidade ganhou um duplo sentido figurado. A porta sig-nificava ao mesmo tempo, acolhida e seleção. Acolhida para os amigos; seleção e julgamento contra os inimi-

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gos. Quem entrava pela porta, par-ticipava da vida da cidade. Aquele, a quem as portas fossem fechadas, ficaria excluído. Deste modo, a por-ta se identifica com a própria cidade. Entregar a chave da cidade a alguém significa dar a ele um poder: o poder de entrar e sair quando quiser e o poder de abrir ou fechar o acesso a outras pessoas.

Voltemos ao nosso assunto. Fale-mos da vida da fé. Jesus tem a chave da morte e do inferno, tem a chave de Davi. Por isso, abre, e ninguém fecha; fecha, e ninguém abre (Apo-calipse 1,18; 3,7). Jesus não somen-te tem a chave, mas é a “porta das ovelhas” (Jo 10,7). É a porta do céu. Ele diz: “Vereis o céu aberto e os an-jos subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo 1,51). Para atraves-sar a porta das ovelhas, é preciso nascer de novo. De fato, “quem não nascer da água e do Espírito”, isto é, quem não for batizado, “não poderá entrar no reino de Deus” (João 3, 5). Não é sem razão que os céus se abriram, justamente quando Jesus recebeu o batismo. Para os cristãos, o batismo é a porta da fé, a porta

do reino de Deus, a porta do céu. Mas, depois de atravessar a porta da fé que Deus abriu para nós, é preciso trilhar o caminho da fé.

Estas poucas palavras nos fazem entender muitas coisas. A porta é o batismo; a cidade, o reino de Deus; e Jesus, uma coisa e outra. Mas o próprio Jesus constituiu o apóstolo Pedro como a pedra da Igreja e en-tregou-lhe “as chaves do reino dos céus”. E disse mais: “Tudo o que li-gares na terra, será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus” (Mt 16, 18). Pe-dro tem as chaves da cidade. Abre e fecha a porta. O que isso signifi-ca? Significa o poder de disciplina. Se atravessarmos a porta da fé pelo batismo, trilhamos o caminho da fé observando a disciplina interna do reino, isto é, a disciplina da Igreja. E qual a finalidade de tudo isso? A entrada definitiva no reino de Deus. Foi para isso que Jesus iniciou para nós um caminho novo e vivo.

Pe. Givanildo dos Santos FerreiraSCE Eq.26D - N. S. de Guadalupe

Brasília-DF

VIVer a PÁsCOa HOJeNeste Ano da Fé, realça a nossos

olhos a falta de fé e os questiona-mentos sobre os valores cristãos. É hora de o equipista ser testemunho de fé e ação. Para tanto, deve mer-

gulhar na oração, para depois sair fortificado para a missão. Assim, o cristão pode vivenciar sua Páscoa a partir de hoje!

São três passos:

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1º) Ler ou reler os trechos evangéli-cos que falam da Ceia do Senhor, da paixão e morte de Cristo e da sua Ressurreição e Ascensão.

2º) Meditar aqueles textos relacio-nando com nossa vida: Ceia – alegria de viver, Paixão – so-frimento do homem se vê aqui na terra, Ressurreição é a recom-pensa ao fiel.

3º) Levar esta meditação para a Santa Missa e lá identificar, em meditação ascética: A alegria eu vejo no Ofertório e no Santus; o sofrimento do homem eu vejo na Consagração e orações seguin-tes. A recompensa hoje eu sinto e constato na realidade do PÃO que agora é Cristo Ressuscitado.Nesse instante, estou vivendo

a minha Páscoa, pois estou me tornando outra pessoa, agora um ser invadido pela pessoa de Cristo (comum+união). Então seu corpo-vivo entra em meu corpo e age, ilumina tudo, me abraça.

Ele quer habitar em mim, Ele, o Rei dos Reis, em mim, pobre pecador! Ele me invade e agora me trata como amigo, na intimidade, conversando comigo e eu falo tudo para Ele. É um ensaio da Páscoa, isto é, da passagem de minha alma para o Cristo-vida.

Todo dia fazendo isto, vou me

tornando mais amigo, mais íntimo... até o último dia. Assim penetrando no conhecer Cristo-Amigo, não terei medo da morte, pois é uma mera passagem definitiva, enquanto a Páscoa de hoje é temporária.

O pós-comunhão é “o céu aqui na terra”: Cristo me invade, toma conta de mim, eu me recolho para melhor acolhê-Lo.

A exemplo de Maria Santíssima, medito calmamente, me alegro profundamente a conversar com Ele... é o céu me envolvendo; entro em união quase perfeita com Ele, pois ainda estou a caminho da santidade.

A cada missa, vivo este “ensaio” de estar presente com Cristo (é o céu); assim eu me esforço para viver, reviver, abrir-me a essa visita: o Cristo-céu vem à minha alma-corpo.

A Páscoa diária me dá crescente intimidade com Cristo-Deus, de tal forma que a minha morte não será mais uma dor/desespero, mas uma PASSAGEM desta vida material para a vida celeste, a qual já experimento a cada Missa. Este esforço também é “tender à santidade, nem mais nem menos”.

Elza e EdilsonCR Região Centro-Oeste

Brasília-DF

a VerDaDe QUe NOs TraZ FeLICIDaDeUm jovem nazareno percorria os

povoados e as cidades da Galileia, principalmente as que circulavam o lago de Genesaré, também chama-do Mar da Galileia. Ele anunciava a

Boa Nova, apelava para a conver-são, porque o Reino de Deus estava próximo. Era um mancebo elegante, seu olhar era penetrante e a sua voz se fazia ouvir, principalmente pelas

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ovelhas perdidas da casa de Israel. Todos vinham a Ele em busca de alí-vio para as suas chagas, eram: cegos, leprosos, aleijados e acometidos de outros males físicos e mentais, sen-do prontamente curados por Ele. E do mesmo modo exorcizava aqueles perturbados pelos espíritos maus. Este Jovem é Jesus de Nazaré, o Cristo es-perado, o Messias de Israel; Ele é a en-carnação do Filho de Deus, prometido pelo Pai e anunciado pelas Sagradas Escrituras. É o Filho de David revela-do por Deus através do profeta Natã ao rei David, quando diz: ... “levan-tarei de tua posteridade um dos teus filhos e firmarei teu Reino, e firmarei teu trono para sempre. Serei para Ele um Pai e Ele será para mim um Filho”; Ele é o Filho do Homem, revelado ao profeta Daniel no cativeiro da Babilô-nia: “vi um ser semelhante ao Filho do Homem e Ele adiantou-se diante de Deus e a Ele foram dados por Deus, o império, a honra e a realeza para sem-pre”; Ele é sacerdote das Nações, pro-metido pelo Pai ao patriarca Abraão: “por tua posteridade serão abençoa-das todas as Nações da terra, porque me obedecestes”.

Querendo permanecer fisicamente conosco, porque sabia que iria ser pre-so e morto, Ele reuniu os Apóstolos, na quinta-feira que antecede a páscoa dos judeus, para a última refeição, e tomando o Pão e o Vinho, os trans-formou em seu Corpo e em seu San-gue, e disse: “Fazei isto em memória de mim”. Naquela mesma noite Ele foi preso pelos judeus e na manhã se-guinte, entregue a Pilatos, governador romano, foi condenado à cruz. Na-quela sexta-feira, na mesma hora em que os sacerdotes judeus sacrificavam as vítimas pascoais, Jesus assumindo a função de sacerdote, se entrega ao Pai, como vítima pascal em remissão dos nossos pecados. Todos nós esta-mos salvos em Jesus de Nazaré!

Naquele domingo radioso, Ele res-surge do túmulo, vivo glorioso para nunca mais morrer. Antes de ascender aos céus Ele nos faz seus discípulos e nos manda levar o Evangelho a todas as gentes e sermos suas testemunhas em toda parte da terra.

Nós, das Equipes de Nossa Senho-ra, Movimento inspirado pelo Espírito Santo, para os tempos modernos, te-mos um compromisso muito sério de vivermos o Evangelho para que pos-samos testemunhar o Cristo, tornando nossas equipes em pequenas Igrejas, onde se pratica o amor, a perseveran-ça e o auxílio mútuo. Para isto, é preci-so estar com o Cristo, sendo assíduo à Eucaristia, Sacramento que fortalece o nosso Matrimônio, como um lugar de amor, um projeto de felicidade e um caminho de santidade.

Cristo é a verdade que nos traz felicidade!

Lourdinha e Falcão Eq.02B - N. S. da Saúde

Recife-PE

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Mar

ia MÃe De DeUsA doutrina invariável da Igreja ensina que Jesus

Cristo, enquanto pessoa humana, foi gerado verdadei-ramente por uma mãe humana. Jesus Cristo é, rigo-rosamente, Filho de Maria. Da maneira que toda mãe subministra todo o fruto de suas entranhas, Maria sub-ministrou uma natureza humana, com a qual se identi-ficou o Verbo, e o fruto foi Jesus Cristo.

Movendo-nos dentro do alcance e do significado do dogma elaborado pela reflexão da Igreja a partir de Éfeso, Maria não é apenas a mãe de Cristo enquanto homem, mas também a Mãe de Jesus Cristo enquanto pessoa divina do Verbo. É esse o significado do primeiro dogma mariano, proclamado com tanto júbilo em Éfe-so, em 431. O Verbo é seu filho, e Maria é sua Mãe, como as outras mães o são da pessoa completa.

Por hipótese, o Verbo poderia ter-se encarnado, por exemplo, identificando-se consubstancialmente, em determinado momento, como uma pessoa adulta. Mas, de fato, não foi isso que aconteceu. De acordo com a Verdade revelada, Deus entrou na humanidade de Maria pelo caminho comum de um processo biológico, a partir das primeiras fases do embrião humano.

Por isso falamos da maternidade divina. Foi por isso também que Isa-bel perguntou estupefata: Que é isso, “a mãe do meu Senhor” aqui? São Paulo, falando do Eterno Jesus Cristo, diz que foi “fabricado” no seio de uma mulher (Gl 4, 4) e utiliza uma vigorosa expressão: Nascido “segundo a carne” (Rm 1, 2). E o anjo da anunciação, quando falou a Maria sobre a identidade daquele que floresceria em seu seio, disse que se tratava do “Filho do Altíssimo”...

Poderíamos dizer que, simultaneamente, a humanidade assumiu a di-vindade, e a divindade assumiu a humanidade. E esse ponto de conver-gência, nó central da história do mundo, consumou-se em Maria. Sob essa perspectiva poderíamos afirmar, com todo o direito, que Maria é o centro da história.

Procurando falar com maior precisão, podemos dizer que Jesus Cristo é “o homem que chega a ser Deus”, segundo a expressão mais repetida dos Padres gregos.

Ao mesmo tempo poderíamos dizer que Jesus Cristo é “o Deus que che-ga a ser homem”. Esta seria a tradução mais exata do nome “Emanuel”. Por isso dizemos tantas vezes que Deus se manifestou em Jesus Cristo.

(Extraído do livro “O silêncio de Maria” de Frei Inácio Larrañaga).

Colaboração da Equipe da Carta Mensal

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DesaFIOs e reNÚNCIas eQUIPIsTas

Form

ação

Nas andanças e conversas com equipistas de nosso querido Brasil, quantos fatos presenciamos e quan-tas histórias ouvimos de casais que não se esforçam para entender o espírito do nosso Movimento. Como a gente procura complicar as coisas!

Vamos citar apenas alguns casos:- O casal escolhido para comple-

mento de uma equipe cria mil empecilhos para não participar dessa equipe.

- Quando uma equipe é desfeita, um casal remanescente finca o pé para escolher equipe para a qual deve ir.

- Um casal, depois de bastante tempo na equipe, se diz “cansa-do” dela e pede para ser transfe-rido para outra.Meus irmãos, isto não se trata

de clube do “bolinha” ou da “lulu-zinha”. A equipe é uma COMUNI-DADE: “[...] Os seus membros, para levar a bom êxito seu propósito co-mum, aceitam viver lealmente a vida comunitária. Esta vida comunitária tem as suas leis, as suas exigências próprias [...].” ¹

Pe. Caffarel na Carta Mensal (Lettre Mensuele N°2, fevereiro de 1948) afirma: “[…] Uma Equipe não deve ser uma ‘capelinha’, mas uma fonte onde se vem beber a caridade de Cristo para poder levá-la aos que estão em torno de nós. Não se entra numa Equipe para isolar-se com alguns eleitos, mas

para aprender a doar-se a todos.”²E por falar em leis acontece tam-

bém de equipistas, com o passar do tempo, se retirarem do Movimento por acharem que estas leis (ESTA-TUTO) não mais se adequam ao seu ponto de vista.

Muitas equipes se acabaram e continuam se acabando por não observarem o ESTATUTO. Sem ele, o nosso Movimento já tinha deixado de existir há bastante tempo.

Para reflexão, descrevemos abaixo parte da Carta de Funda-ção do Estatuto (08.12.47) publi-cada na Carta Mensal (Lettre Men-suele janeiro de 1948), escrita pelo Pe. Caffarel:

“[…] “Depois de ler e meditar o documento (ESTATUTO), ponham-no em prática. É possível que, então, passe a lhes parecer terrivelmente exigente, sem, ao mesmo tempo, pa-recê-lo. Não por se tratar de obriga-ções extraordinárias, mas por exigir que tudo aquilo que veio sendo feito “mais ou menos”, de agora em dian-te, se faça bem feito. Ao se sujeita-rem a seguir fielmente as obrigações desta regra, vocês estarão ajudando a si mesmos e aos casais seus ami-gos a viver de forma cada vez mais perfeita sua vocação de homens e mulheres, de esposos e de pais. Se fossem mais amenos, estes Estatu-tos conviriam provavelmente a um número bem maior. Mas foi propo-sitadamente que renunciamos a des-valorizar a mística e a disciplina, por

¹ Guia das ENS-Documento: O que é uma Equipe de Nossa Senhora? p. 73.² Henri Caffarel, um homem arrebatado por Deus, p. 72 – Jean Allemand.³ A Missão do Casal Cristão, p. 26 - Henri Caffarel.

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não querermos decepcionar a um grande número de casais, sobretudo a muitos jovens, que desejam uma lei assertiva, que os ajude a viver um clima de virilidade cristã. Assumimos a nossa responsabilidade. Rezem, re-flitam e assumam as suas.”³

Quem assim entende o nosso ESTATUTO, sabe que a beleza da vivência cristã também se expressa nos desafios e renúncia, eles anteve-em a alegria e a bênção, numa sen-tença: a cruz prenuncia a ressurrei-ção. Em um mundo marcado pelo relativismo e frouxidão dos costu-mes, Deus nos escolheu em sua be-nevolência para que fôssemos sinais de sua presença no mundo.

Quando Cristo instituiu a vida

em comunidade a começar com os discípulos, posteriormente com os Apóstolos e Igreja, nos deixou como legado a missão de amar. Amar sem reservas e medidas. Aqueles que escolheu, beijou-lhe os pés e a nós deixou a indicação: “Fa-zei o mesmo”.

Abracemos com alegria e en-tusiasmo nossa missão, amemos indistintamente nossos irmãos, zele-mos pelo nosso ESTATUTO. Ele é canal da voz de Deus que nos con-duz às verdes pastagens, embora antes tenhamos de passar algumas vezes pelo vale tenebroso.

Eneida e Álvaro.Eq.01B - N. S. Auxiliadora

Fortaleza-CE

a eUCarIsTIa, FONTe e ÁPICe Da esPIrITUaLIDaDe

A Eucarístia é o memorial da paixão de Cristo, é a presença de Deus no meio de nós, é fonte de vida, é nela que encontramos to-dos os bens espirituais, por isso precisamos priorizá-la em nossa vida.

A espiritualidade nasce também na Eucaristia, por isso devemos buscar, ardentemente, sempre, to-dos os dias, se possível for. Na vida dos equipistas deve ser praticada com todo fervor e respeito. Para aqueles que não costumam ter o hábito de comungar sempre, que possam fazer um exame de cons-ciência e comecem logo a receber Jesus Cristo, na hóstia consagra-da. Se não se acharem dignos de recebê-la procurem um sacerdote

e façam sua confissão. Pois ela é nosso alimento espiritual.

Todo o mérito de nossas vidas é de Deus, mesmo que caiamos em tentação, que pequemos, mes-mo que às vezes não nos sintamos dignos de receber esse Sacramen-to, devemos rever, nos redimir de nossas falhas.

Creiamos que quando comunga-mos, Jesus toca o nosso coração, todo o nosso ser, nos fortalecendo e nos conduzindo cada vez mais ao amor a Deus, e ao nosso próximo.Precisamos, sim, como casais perten-centes ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, testemunhar no dia a dia a nossa participação na Eucaristia.

Já ouvimos pessoas darem teste-munhos de que passaram por situa-

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ções extremamente difíceis e en-contraram forças nessa prática para superar os problemas.

Experimente você, e sinta a presença real d´Ele em sua vida.

Comungar é um ato de fé. Professe!

Meiry e RaimundinhoEq.01 - N. S. das Graças

Cruz-CE

OrIeNTaÇÕes De QUÊ...?De vida!! Quem entra para as

Equipes as recebe como proposta e as aceita. como orientação de vida conjugal de forma a: 1a) progredir no amor a Deus sobre

todas as coisas 2a) progredir no amor ao próximo

como a si mesmo. Nada mais, nada menos do que

o exercício do primeiro mandamento e do mandamento novo.

As orientações de vida são um verdadeiro Ato de Caridade que o casal equipista pratica todos os dias, renovando-o a cada mês na reunião mensal com a prática da Partilha. Também é como o eco da resposta de Jesus após ser experimentado pe-los fariseus, sobre qual era o maior dos mandamentos (Mt 22,34-40). A resposta de Jesus reverbera nas Equipes de Nossa Senhora e é como a pedra fundamental do Movimento. A resposta d´Ele se transformou em nossas orientações de vida para estí-mulo de nossa natural predisposição para conhecer a Deus (Formar) para amá-Lo e servi-Lo. Estas palavras que ecoam ainda hoje, e ecoarão para sempre são a materialização da profecia de Isaías (Is 55, 10-11): “a água que fertiliza a terra que não vol-tará ao céu sem fazer o seu trabalho”. A terra será fertilizada se permitir-se fecundar e nós equipistas somos o terreno fértil.

A pergunta é: Nós nos deixamos fecundar? Nossa vida de equipista reflete a vivência das orientações de vida ou somente temos tempo de equipe? Sabemos todas as regras? Conhecemos todos os manuais? Praticamos todos os preceitos e re-gras numa rotina sem frutos para a nossa vida de casal? A nossa Partilha é reflexo da nossa vivência das orien-tações de vida? Quão longe estamos das orientações de vida pelo teste-munho que estamos dando para nossa equipe e para a comunidade a nossa volta!

O desafio das Orientações de Vida como se pode perceber é para ser superado com caminhada, todos os dias. Vamos cair e levantar. Vamos nos apoiar na esposa ou no esposo ou nos ombros dos irmãos equipis-tas, na prática da verdadeira ajuda mútua. A ajuda mútua, portanto, é ação concreta que auxilia nossos ir-mãos e cônjuge e a nós mesmos a cumprir as orientações de vida.

As Orientações de Vida são obje-tivos que não conseguimos tocar e, apesar disso, temos de transformar em ação concreta para caminhar dia a dia na sua direção. Embora in-tangível, transformam nossa vida e isto é visível: em casa, no trabalho, enfim em qualquer lugar. Fica mais fácil superar obstáculos usando-se a ferramenta apropriada e aplicando-a

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FILHOs DO MUNDO

com precisão. Estas ferramentas, tal como alavancas são os PCEs.

Quando formos praticar os PCE não façamos porque temos que parti-lhar na próxima reunião mensal, faça-mos para vivenciá-los, para nos tornar-

mos pessoas melhores, um esposo(a) melhor, um cristão melhor.

Dirlene e Magno Eq.04F - N. S. Mãe Rainha de

SchoenstattRio de Janeiro-RJ

E disse-lhe Deus: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos

dias, nem pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos; mas pediste para ti entendimento,

para discernires o que é justo.1 Reis 13, 11

Um velho provérbio diz que a justiça divina tarda, mas não falha. Contudo, raramente percebemos o quanto somos nós os responsáveis por esse atraso.

As famílias vêm sendo assoladas de todos os lados. Quem nunca ou-viu falar em sexo virtual, amor livre ou camisinha?

Não podemos simplesmente fe-char os olhos e negar a existência dessa nova realidade, pois nossa omissão tem um preço alto e não seremos nós que pagaremos por ela, mas certamente nossa descendência sofrerá as consequências.

Esses assuntos não podem ser um tabu, ao contrário, precisam ser avaliados e questionados.

O papel de pais e educadores nunca foi tão difícil, nem tão essen-cial e, para isso, necessitamos da ilu-minação de Deus. Buscar o entendi-mento necessário para propiciar aos nossos jovens a fortaleza necessária a motivá-los a combater o bom com-bate, regá-los com tanta constância

que sejam capazes de brotar mesmo entre as pedras; estimular suficiente-mente seu espírito para que tenham coragem de optar pelo caminho es-treito, avançar pelo vale de sombras da morte até vê-Lo face a face.

O mundo necessita de cristãos quentes, que se afastem do como-dismo e se voltem a uma renovação. Num momento em que a ordem é re-ciclar, devemos reciclar não somente os resíduos materiais. Para nós cris-tãos a reciclagem deve abranger prin-cipalmente a busca por novas fontes de energia positiva e uma melhor formação. Voltemos à nossa fonte de Água Viva, a única capaz de nos im-pulsionar com fé, esperança e carida-de. Assim estaremos colaborando na construção do reino de Deus e, conse-quentemente, de um mundo melhor.

As ENS nos propõem, na práti-ca constante dos PCEs, uma arma contra o hedonismo, o desamor e a destruição dos casais cristãos. Ainda assim, por vezes, esquecemo-nos de fazer de nossa vida uma constante ação de graças. Na atualidade é mis-são de todo cristão, fazer de sua famí-lia uma realidade valorizada, única, inigualável.

Rita e SodréEq.01A - N. S. das Graças

São Gonçalo-RJ

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Vid

a n

o M

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toI eNCONTrO DOs Ces

“Apascenta as minhas ovelhas”. (Jo 21,15)

Este foi o lema de abertura do I Encontro dos CEs da Província Sul I, realizado no dia 05.11.12, na Casa de Retiros Santa Fé em São Paulo.

Foi lembrado aos 97 Conselheiros e Conselheiras Espirituais participan-tes que nas ENS exercem seu tríplice múnus: “ensinar, santificar e reger”, a grande ação de, promovendo a vocação dos esposos na sua vida conjugal e familiar pelos vários meios pastorais, pela pregação da Palavra de DEUS, pelo culto litúrgico e por outros recursos espirituais, bem como humana e pacientemente fortificá-las nas suas dificuldades e confortá-las com caridade, para que se formem famílias que sejam verdadeiramente focos de luz”(Gaudium et Spes).

Para conhecimento de todos, foi apresentado aos CEs a composição atual dos membros da Província Sul I e cada Casal Responsável Re-gional deu as boas-vindas aos seus conselheiros(as) presentes.

Pe. Paulo Renato, SCE da Pro-víncia, falou do Tema de Estudo para 2013: O caminho da vida es-piritual em casal, da sua profundida-de, suas etapas e o que fazer para ajudar os casais a crescerem na espi-ritualidade conjugal. Em suas belas colocações definiu Espiritualidade como: “Espiritualidade é uma ma-neira concreta de a pessoa se relacio-nar com DEUS, com o outro, con-sigo e com o mundo.” (Dom Dimas Lara Barbosa) e “Espiritualidade é o profundo e dinâmico de seu próprio

ser: suas motivações maiores e últi-mas, seu ideal, sua utopia, sua pai-xão, a mística pela qual vive e luta e com a qual contagia...” (Dom Pedro Casaldáglia)E concluiu com as palavras do casal Volpini, no XI EI, em Brasília, que o Tema 2013: • Tem “o objetivo de despertar

em nós a questão de Deus”.• É “um tema de estudo que

nos permite Ousar o Evange-lho, porque nos renova hoje a pergunta de Cristo aos discí-pulos João Batista: “Que pro-curais?” (Jo 1, 35-39a).

• Quem responde a essa ques-tão é o Padre Caffarel, válida para todos os equipistas de todos os tempos: “procure-mos juntos”! Padre Flávio Cavalca, grande

missionário nas ENS, nos falou so-bre o papel do Conselheiro Espiritu-al, suas origens e função do Sacer-dote e do Acompanhante Espiritual Temporário, de sua preciosa missão no Movimento, mas que não seja a “Lei”, mas o “Espírito” que nos une!

O que o Movimento espera do Conselheiro(a) Espiritual é, antes de tudo, que seja padre e que preencha em primeiro lugar na equipe, comu-nidade eclesial, sua função sacerdo-tal, “tornar presente o Cristo como Cabeça do Corpo (Sínodo dos Bis-pos, 1971).O SCE tem assim esse papel, que permite às Equipes enriquecerem-se com o encontro dos dois sacramen-tos: o da Ordem e do Matrimônio.

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eeN - eNCONTO De eQUIPes NOVas

Ele encontrará na Equipe as vanta-gens da amizade recíproca com os casais, suas realidades conjugais, um incentivo para sua vida pessoal e para sua ação pastoral.Pe. Flávio fez um apelo: ajudem os casais para o amadurecimento espi-ritual nas ENS e também um ques-tionamento: Por que não têm sur-gido mais vocações sacerdotais na família Equipista?Após as belas palestras tivemos uma plenária, com a mesa composta por Pe. Flávio Cavalca, Dom João Evangelista e Pe. Paulo Renato, e ainda com o CRP, que responderam com sabedoria e clareza, às diversas questões e dúvidas dos participan-

tes. Um tempo curto para tamanha troca de experiências.Irmã Ildeci, em testemunho co-movente, agradeceu à Equipe da Província pelo acolhimento, pelas formações, orações, refeições, pela lembrança etc..., que tudo foi mara-vilhoso e se abasteceu muito espiri-tualmente!E, no final da Celebração Eucarísti-ca, o CRP, agradeceu a presença e a participação de nossos queridos Conselheiros(as), traduzindo um pouco do carinho e amor que rece-bemos de cada um deles.

Conceição e NelsonCR Região SP Leste II

São Paulo-SP

Região Goiás Sul

Pela primeira vez, na Província Centro-Oeste, Região Goiás Sul, realizou-se no Setor Ituiutaba-MG, o 1º Encontro de Equipes No-vas, no salão paroquial da Paró-quia São Francisco de Assis. Dele participaram 31 casais, mais o Ca-sal Provincial, o Casal Regional e

o casal de Setor. O encontro foi realizado pela Equipe de Forma-dores, constituída por um casal de Setor de Goiatuba, um casal de Anápolis e o Pe. João Batista, Conselheiro Espiritual da Equipe de Formadores.

Foram dois dias de intenso

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aprendizado e de surgimento de um novo fervor da fé, bem como do sentimento de unidade e de pertença ao Movimento. Tudo foi revisto num clima de grande inte-resse e harmonia. Há um fato esti-mulante a observar: o preparo ex-traordinário da Equipe de Forma-dores, o que, por si só, é um belo e poderoso testemunho do valor da formação.

Já é velho o ditado: - ninguém ama o que não conhece - mas é absolutamente verdadeiro e signi-fica que a formação é sempre um instrumento valioso, pois leva ao conhecimento, que leva ao amor, ao comprometimento, à dedicação e à mudança de vida para uma vida mais cristã e mais santa, resul-

tando testemunhos que glorificam a Deus, a Igreja e o Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

Na medida em que o conheci-mento gera mudança de atitudes de vida, gera conversões, isso significa, dentro do nosso limitado entorno a construção do reino de Deus, que pode espalhar-se como se fossem as ondas de um lago formadas em torno de um objeto que nele cai.A realização de Encontros de Equi-pes Novas é um investimento aben-çoado que está revalorizando tudo nas ENS, especialmente a Reunião de Equipe que é uma das razões de sua existência.

Cida e HélisCR Setor Ituiutaba

Goiás-GO

Região Mato Grosso do Sul

“Como é sábio o Movimento das ENS!” Talvez essa frase possa nos ajudar a afirmar o que foi o 1º EEN – Encontro de Equipes No-vas da Região Mato Grosso do Sul, realizado durante os dias 08 e 09 de dezembro de 2012, na cidade de Dourados-MS.

A ideia de um EEN era, até en-

tão, inovadora. Nós, da Equipe de Formadores, juntamente com o CR da Província Olga e Nei, nos reuni-mos por várias vezes para nos pre-pararmos para a missão. A cada encontro, fomos nos aprofundando no conteúdo a ser apresentado e consequentemente, sem que perce-bêssemos, fomos nos preenchendo

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com o amor de Deus. Chegado o momento, a mão d´Ele mais uma vez nos conduziu.

O EEN - Encontro de Equipes Novas nos permitiu relembrar que, para sermos equipistas de verdade, necessitamos seguir um caminho de santificação sem máscaras, através de um amor mútuo irradiante de uns para os outros, de uma sincera e deci-dida caminhada dentro das ENS, co-nhecendo e vivendo todas as rique-zas que o Movimento nos oferece.

Nos dois dias de encontro, a sa-bedoria divina transpassou nossa ansiedade humana e se manifestou de uma forma alegre e espontânea. Todos puderam rever seus concei-tos, sua participação dentro de sua equipe de base e no Movimento, seu caminhar pessoal e em casal e no-vamente decidir e se comprometer com um novo caminhar. O EEN re-novou o sentido de que as ENS nos oferecem muito mais do que ser sim-plesmente um grupo de casais, mas sim, um instrumento que nos dá a oportunidade de um verdadeiro encontro com Deus. Lembrou-nos que, se mergulharmos no que nos é oferecido e vivermos plenamente o que nos é pedido, deixando que a luz do Espírito Santo nos condu-

za, certamente sentiremos a ação de Deus em nossas vidas.

Os 37 casais que estiveram pre-sentes participaram ativamente através dos grupos de assimila-ção, plenários, perguntas e respos-tas, palestras, celebrações e muito mais. Saíram entusiasmados, cheios de vontade de seguir adiante, reno-vados em seus compromissos e con-victos de que é necessário decidir por um caminho santo, porque somente assim poderemos ser testemunhas vivas da grandeza do sacramento do Matrimônio. Nas avaliações, eles relataram que gostaram muitíssimo e saíram muito animados e renova-dos para seguir “o caminho”...... e afirmamos que o fogo foi reaceso! Inclusive os pedidos para que esse encontro se estenda a outros equi-pistas é unânime. Resta a nós ca-sais da equipe formadora e Pe.Jair Máximo, agradecermos a Deus pela oportunidade de continuar Lhe ser-vindo, pois além de uma experiência enriquecedora, o EEN nos encheu de ânimo para continuarmos firmes na missão.

Solange e KleberEq.01A - N. S da Santíssima Trindade

Dourados-MS

eaCresPROVÍNCIA SUL I

Região São Paulo Centro I

Nos dias 02 e 03 de fevereiro de 2013, na casa de Retiros Vila Kos-tka - Bairro Itaici em Indaiatuba-SP, aconteceu com as graças de Deus e a proteção de Maria, o EACRE da

Região SP Centro I. A celebração Eucarística de abertura foi presidida pelo Arcebispo da arquidiocese de Campinas, D. Airton José, profundo conhecedor e admirador do Movi-

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PROVÍNCIA SUL IIRegião São Paulo Nordeste

mento das ENS. Foram momentos de acolhimentos, celebrações, ora-ções e muita formação para os CRE, CL, CRS e SCEs.

Conforme o lema do ano “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”, vivemos momentos em que nossos cálices transbordaram, quan-do todos partilharam e receberam as Orientações para 2013, as forma-ções e o tema do ano.

Sob a luz do XI Encontro Interna-cional, nosso querido CRP Herme-linda e Arturo, falou sobre as Orien-tações para 2013.

Fomos convidados a “Ousar o Evangelho”, quando Pe Miguel, SCE

da Super-Região Brasil, nos apre-sentou o Tema do Ano “O Caminho da Vida Espiritual em Casal”.

Fomos presenteados por outras palestras que muito nos enriquece-ram. Contamos também com a pre-sença de diversos SCE e AE.

Rogamos ao Espírito Santo de Deus que com sabedoria e perseve-rança, os CRE, CL e SCE, condu-zam , animem e motivem suas equi-pes, fortalecendo ainda mais nosso tão amado Movimento.

Lúcia e RobertoCR Setor Valinhos

Valinhos-SP

Foi com muita alegria e um espí-rito renovado que se realizou em 23 e 24.02.13 em Ribeirão Preto-SP o EACRE da Região SP-Nordeste, que é composta de oito Setores, com um total de 130 casais, e acompanhados de seus respectivos CRS. Todos fica-ram maravilhados com a presença do Casal Provincial, Inez e Natal, e do SCE da Super-Região Brasil, Pe.

Miguel Batista. O EACRE aconteceu nas depen-

dências do Colégio Marista, um local acolhedor e que, além de oferecer conforto e bem-estar para os presen-tes é um local onde transborda espi-ritualidade em cada espaço.

Foram dois dias marcados por muita espiritualidade, por um pro-fundo sentimento de união que veio

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reforçar a caminhada do Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

Um fato marcante foi a presença de D. Davi, Bispo de São João da Boa Vista e D. José Geraldo, Bis-po Emérito de Guaxupé-MG, bem como os 22 SCEs e 04 Irmãs AET que participaram do painel formado pelos Sacerdotes com a participação dos CRE formulando perguntas rela-cionadas ao Movimento.

O Casal Provincial falou com muita propriedade e entusiasmo a respeito dos objetivos do Eacre e Orientações para 2013.

Entre os assuntos abordados, destacamos a palestra do Pe. Miguel Batista, SCE da Super-Região Brasil, sobre o tema de estudo para 2013. Com objetividade, sua facilidade de expressão, seu dinamismo, conta-

giou a todos, contribuindo para que todos tivessem uma boa compreen-são dos objetivos do tema proposto para 2013 - “O caminho da vida espiritual em casal”, e o lema: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”.

O EACRE foi muito oportuno para o crescimento no amor e na comunhão, despertando todos para uma vontade de ir mais além: “de beber mais desta água viva que é Jesus”.

Todos os participantes, sem mar-gens de dúvidas, saíram deste EA-CRE encorajados, reabastecidos e mais otimistas quanto aos verdadei-ros objetivos do Movimento.

Lúcia e Rubson Eq.02B - N. S. das Graças

Ribeirão Preto-SP

PROVÍNCIA CENTRO-OESTERegião Centro-Oeste I

Eacre diferente Como as demais regiões, a RCO-I

realizou em fevereiro o seu XXXI EACRE. Porém, houve coisas novas, diferentes de outros anos.

A preparação foi minuciosa, cada equipe de trabalho interessada em planejar tudo. A Equipe Orante con-vidou as outras equipes a se juntarem a ela e formarem assim uma grande

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equipe em que todos se preparariam com orações para o EACRE. Além disso, realizaram 03 Vigílias Notur-nas, jejuns e mutirão de confissões. Tudo isto para que o EACRE fosse o melhor possível. Durante o EACRE, os membros da Equipe Orante fica-ram diante do Santíssimo Sacramen-to a interceder pelos CREs.

Eis as consequências:1. No ar havia um clima de amor

fraterno, no bom-dia amigo em meio a um sorriso aberto que tro-cávamos a cada passo, entre as dependências do Colégio Militar.

2. A PORTA DA FÉ, única entrada para a sala de Palestras, nos con-vidava a algo novo, e logo encon-tramos nossa Mãezinha do Céu, como que nos falando: Venham, me sigam que os levarei ao Pai. É por aqui o “caminho da vida espiritual em casal”... Ao lado de sua imagem estava a “água viva”, jorrando inesgotável de uma fon-te que nos falava: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”!

3. Um ponto alto foi a abertura do

EACRE com a Missa concele-brada e presidida pelo Revmo. Arcebispo de Brasília, Dom Sér-gio da Rocha.

4. Nosso Casal Provincial falou so-bre as Orientações para 2013, Frei Cléber nos convidou ao Caminho da vida Espiritual em casal. Ouvimos também sobre a Campanha da Fraternidade, sobre o andamento da Causa da Beatificação do Pe. Caffa-rel, O Ano da Fé, Ecos do XI Encontro Internacional e a Carta de Brasília. Houve be-los testemunhos sobre a Regra de Vida e sobre o Casal em Missão, além do emocionante convite a participar do III En-contro Nacional das Equipes de Nossa Senhora.

5. Os membros participantes, em suas avaliações, destacaram como pontos altos: as pales-tras, os grupos de assimilação e a liturgia do Encontro.Nós aprendemos que um

evento deste tamanho só tem

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a harmonia entre as equipes de trabalho, se a dedicação incansá-vel dos Coordenadores e de seus membros estiver revestida de

muita oração e dedicação. Elza e Edilson

CR Região Centro-Oeste I Brasília-DF

PROVÍNCIA LESTERegião Rio V

Tendo como pano de fundo o tema de estudos “O caminho da vida espiritual em casal”, a Região Rio V realizou nos dias 02 e 03.02 o EACRE-2013, em Jacarepaguá. Dele participaram cerca de 200 pes-soas e 03 Conselheiros Espirituais. A presença do casal SRB, Cida e Rai-mundo, foi uma surpresa muito boa, pois com sua simplicidade, profun-didade e conhecimento do Movi-mento, enriqueceram ainda mais es-ses dois dias. O EACRE foi iniciado com a celebração Eucarística, fes-tejando a apresentação do Senhor no Templo. O casal animador, com criatividade, proporcionou momen-

tos de descontração e oração.O CRR, Sônia e Aramis, apre-

sentou-nos os objetivos do EACRE e uma mensagem do CRP, Bete e Carlos Alberto. Frei Arthur, SCEP, abordou o tema do ano, enfatizan-do as 3 fontes de espiritualidade para o casal equipista: a Bíblia, a Igreja e as ENS. Inquietou-nos ques-tionando: O que Jesus representa para nós? Que água sai de nossa boca? Finalizando, deixou a seguin-te reflexão: Somos peregrinos neste mundo. Dele tudo usufruímos, dele nada levamos, a não ser o caminhar rumo a Deus. Desta forma, o que nos resta é caminhar.

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O CRSRB, apresentou as Orien-tações para 2013, destacando a unidade do Movimento, lembrando que os atalhos são perigosos e po-dem nos desviar do caminho certo. Em outro momento o casal apre-sentou a estrutura das ENS.

A metodologia, para um melhor proveito do conteúdo do livro tema, foi passada pelo Casal Responsável do Setor C.

Tivemos flashes sobre a CF-2013, a JMJ Rio 2013, Regra de Vida, o XI EI, o III Encontro Nacional em Apare-

cida e EJNS. O CRR falou-nos sobre os Casais Jovens e Idosos nas ENS. A troca de experiências nos grupos foi muito proveitosa, com a participação entusiasmada dos casais. O EACRE foi encerrado com a Missa de Envio, presidida pelo Pe. Dirceu, SCE do Setor C, que motivou todos para um bom serviço às ENS, incentivando a nossa ação, para que os dons recebi-dos cresçam e frutifiquem.

Vera e JoséEq.68C - N. S. Imaculada Conceição

Jacarepaguá - RJ

Região Minas V

No clima do amor-doação, EA-CRE 2013!

Num mundo cada vez mais vio-lento e descrente foi uma bênção desfrutar de um ambiente de oração e de paz, nos dias 2 e 3 de fevereiro, ao lado de pessoas cheias de tarefas e limitações como nós, mas motiva-das ao crescimento fraterno na espi-ritualidade! E dentre tanta sabedoria partilhada, disse-nos o Padre Moacir Arantes: “Quem deseja realizar uma obra, sempre encontra os meios e quem não deseja, sempre encontra uma desculpa!” Não podemos jamais fugir da coerência entre o que propo-mos a nós mesmos como equipistas e o que vivemos no nosso dia a dia!

Tivemos a certeza de que preci-samos, cada vez mais, disponibilizar a nossa missão de CRE, em favor de nossas equipes, assim como cons-tatamos na dedicação de todos os SCE, CRS, CR Minas V e o CRP, que, de forma carinhosa, estiveram à frente de tudo, doando seu tempo

ao amor a Deus e ao Movimento das ENS! O EACRE foi animado, com muita música bonita, alegres coreo-grafias e ricos testemunhos de fé,

No ano da Fé e encorajados pela Campanha da Fraternidade e pelo Encontro Mundial da Juventude, somos impulsionados a apoiar os jovens e ajudar a implantar as EJNS – Equipes de Jovens de Nossa Se-nhora em nossa cidade e esperar que também eles levem ao mundo a boa nova! Ninguém melhor do que eles, com tanta alegria e coragem, para conosco “ousar o evangelho!”

Ao final do EACRE 2013, saímos com a nossa fé renovada, os cora-ções aquecidos e comprometidos com as Orientações do Movimento para 2013, fazendo-as também in-corporar em nossos irmãos de equi-pe com entusiasmo e alegria.

Podemos resumir tudo, com duas frases citadas pelo Pe. Edilson: “O mundo está ficando tão ateu, que na virada do milênio, o único

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Evangelho que os outros poderão ler, será a nossa própria vida e teste-munho!” E mais: “A vocação de todo cristão é gerar fome de Deus para aqueles que não têm e saciar a fome

daqueles que têm!” Não precisamos dizer mais nada, só agradecer!

Maria Raquel e José Raimundo Eq.03A - N. S. da Conceição

Região Minas V – Província Leste

PROVÍNCIA NORDESTERegião Alagoas

Equipes em festa

“Graça divina é começar bem. Graça maior é persistir

na caminhada certa. E graça das graças é nunca desistir”.

(Dom Hélder Câmara)

Nos dias 15 e 16 de dezembro de 2012, os Setores A, B e C de Maceió-AL, os Setores A e B de Arapiraca-AL e o Setor de São José da Tapera, juntamente com as Equipes distantes de Penedo e Maragogi, estiveram reunidos no EACRE 2013 da Região Alagoas. Foi um encontro marcado pelo aspecto espiritual, convivência familiar e de excelentes mensagens muito bem planejadas e repassadas.

Com o Tema: “O caminho da vida espiritual em casal” e o Lema: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”, tivemos o privilégio não só de estudar esses assuntos, nos aprofun-dando em cada texto, mas também de “mergulhar” com muita fé, dedi-cação e ativa participação em deba-tes internos formados por grupos que tiraram suas conclusões e apresenta-ram aos Casais Responsáveis dos Se-tores, para avaliações e ponderações a respeito de cada grupo.

Foi dada muita ênfase também ao envolvimento com novos movimen-tos, como de Jovens, Idosos e Casais

recém-casados, além da motivação dos equipistas para participarem e estimularem esses movimentos, e também foi incentivado o estímulo às Interequipes.

Além disso, tivemos a grata satis-fação de receber a visita de nosso Ar-cebispo, Dom Antonio Muniz, que fez excelentes explanações a respeito não só dos movimentos da Igreja, mas de Projetos criados pela Cúria.

Foi muito comentada, não só a pujança da Igreja em nosso Estado, mas também a quantidade de Movi-mentos Cristãos. Para nós, da Eq.03 - N. S. da Conceição, foi muito gra-tificante não só o privilégio de par-ticiparmos do EACRE, mas de ter-mos sido convidados a comentar a respeito da quantidade e qualidade das informações recebidas e do fato singular de ser um ano atípico, não só pela pujança da Igreja local, mas pelo empenho da Igreja no auxílio aos jovens do nosso Estado, do Bra-sil e do Mundo, em uma nova pers-pectiva da realidade cristã, fatores importantíssimos na formação das nossas futuras lideranças em todos os níveis da sociedade.

Portanto, pelo que vivemos e pe-las graças recebidas, não poderia ser outro o título desse texto: Equipes em festa! (Eq.03 - N. S. da Conceição)

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Região Ceará II

Eacre 2013Peço inspiração divinaPara um relato fazer, Como foi o nosso EACREE em verdade dizerTudo o que aconteceuE sem de nada esquecerHouve orientaçõesDo casal regionalConduzidas com alegriaDe forma bem informal,Quando Deus está presenteTudo é bem originalTivemos na animaçãoO termômetro da alegria.O casal animadorTransbordou em simpatiaNos mandava ir ao poçoVer a água que bebia.

Houve reza e oraçãoMissa e celebraçãoTivemos posse dos CREsMomento de devoçãoAlegrias ressaltadasCom lágrimas e emoção

Em cada palestra ouviaContextos de formação,Tema, Lema retratados,Matérias para oraçãoSe o casal for espertoBusca a santificação

O tema dois mil e trezeNos coloca no “Caminhoda Vida Espiritual”Não para viver sozinho,A proposta é “em Casal”Por uma vida espiritual

O lema é transbordante,Pois é fonte de água viva.Pra quem tem sede de DeusVai para a fonte beber,Na palavra de JesusEncontra amor e saber

Vai ”Ousar o Evangelho”

Aquele que a Deus amarE servir a sua Equipe,Serve mais quem mais amarTerá amor exigenteQuem sua Equipe cuidar

Reuniões, testemunhos,Tiveram sabor de melInformaram os conteúdosDos livros de CaffarelIncentivando os casaisNa caminhada pro Céu

“Regra de Vida” seráNesse ano muito forteO casal vai se esforçarNum esforço sem igual,Fará tudo que puderPela vida espiritual

Vamos gente sem perderDe nosso rumo a visão,O Movimento precisaDe mais casais em missão,Pra servir outros casaisCom amor no coração

Gente de toda parteDa cidade e do sertãoAcorreram ao EACREFeito de amor e açãoDe quem pegou no aradoPara servir aos irmãos

O Deus vivo está presentePerante tanta alegriaHabitando os coraçõesDe quem a paz irradia

Isso sem nunca esquecer A presença de Maria

Agradecemos a Deus E a todos da Região, Que se esmerou no servir Sem se cansar um momento, Tudo feito com amor, Aos irmãos e ao Movimento.

Maury da ElenaCR Setor Vale do Jaguaribe

Jaguaribe-CE

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Mo

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ento BaILe De MÁsCaras1

Em toda a parte a mentira; ao redor de nós; em nós mesmos. A Sra. Y detesta a Sra. Z; estende-lhe, porém, a mão com um sorriso impecável. O Dr. A vive criticando o seu colega Dr. B; encontra-se com este e com que entusiasmo apresenta-lhe felicitações pela clas-sificação obtida no concurso do hospital.

Examinai o grupo de pessoas que, na Igreja, desfilam diante da família do defunto; ficareis surpre-endidos com a “sinceridade” de todos...

Todos representam o seu papel: a mãe perfeita, o pai de família nu-merosa, o braço direito do Sr. Vi-gário, o modelo social, o cristão de ideias largas. Afivelar bem a más-cara, ajustar bem o disfarce, esta a grande preocupação.

E os partidos políticos! E a im-prensa!... e seja lá o que for, a últi-ma greve, a sucessão presidencial, o grande julgamento no Tribunal: sempre palavras belas, esconden-do quase sempre coisas sujas.

Estamos, aliás, tão habituados que nem mesmo atenção presta-mos a tudo isto. Tão habituados, quer dizer, tão contaminados...

Pessimista, direis. Utilizai-vos, então, deste teste: durante um dia apenas, esforçai-vos por descobrir todas as mentiras que se insinuam nas vossas atitudes, palavras, car-tas, gestos, silêncios, pensamentos,

orações, seja em relação à vossa esposa, filhos, empregados e de-mais pessoas com quem cruzais, seja em relação a vós mesmos (pois mentimos a nós mesmos e, talvez, mais do que aos outros), seja em relação a Deus (pois, quantos cris-tãos não seriam mais leais se se abstivessem durante algum tempo, como Peguy, de recitar o Pai Nos-so, tendo em vista o “seja feita a Vossa vontade” que é desmentido pelo proceder diário). Se vós não vos espantardes, à noite, com o resultado da experiência, é porque ou sois santo ou, quando menos, cego. E nesta segunda hipótese, o vosso caso é grave.

Tornarmo-nos verdadeiros - tal deveria ser o nosso ideal de todos os dias.

E nesse sentido sereis eficiente-mente ajudados se jogardes leal-mente o “jogo” das Equipes.

Se durante a troca de ideias2, to-dos os casais exprimirem com toda a simplicidade, aquilo que pensam, confessarem aquilo que ignoram, solicitarem a ajuda dos outros para a questão que os preocupa, racio-cinarem em harmonia com os de-mais de forma a traduzir em sua vida a verdade melhor compreen-dida, estes não tardarão a se tornar verdadeiros.

Se a vossa oração, na reunião mensal, for alguma coisa mais do que uma boa dissertação, se ela

Por Henri Caffarel

1 Editorial da Carta Mensal de Novembro e Dezembro de 1954.2 Momento de reflexão do Tema de Estudo3 Pontos Concretos de Esforço

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traduzir em algumas palavras des-pidas de eloquência, de literatura, - como se estivéssemos a sós diante de Deus – um pensamento, um de-sejo, um sentimento profundo da alma, tornar-vos-eis verdadeiros.

Se praticarem os casais, leal-mente, aquilo que chamamos de “Partilha” (recordai o texto do Es-tatuto: - “Cada casal dirá, com toda a franqueza, se observou, durante o mês, as obrigações3 assumidas e não tardarão a se tornarem verda-deiros”).

Pôr-se a par dos respectivos esforços e dificuldades é coisa ab-solutamente normal para os casais que, conjuntamente e com o obje-tivo de entreajuda fraternal, assu-mirem o compromisso de seguir uma regra. Não é compreensível, pois, a ojeriza de certos casais para

com a “Partilha”. E não haverá isto precisamente na medida em que eles estão ainda habituados a “ble-far”, a representar os seus papéis, a cultivar a sua reputação?

É precisamente porque vemos na “Partilha”, entre outras coisas, um meio infalível de fazer cair a máscara, de lutar contra o “blefe” mundano, que lhe atribuímos ta-manha importância.

Quando os casais de uma Equi-pe se esforçarem por eliminar toda a mentira, numa tentativa de since-ridade total, então, - conforme me escreveu um de vós: -

“Entre cristãos que se tornaram transparentes uns para os outros, a comunhão dos santos não é so-mente um dogma no qual se crê, mas também uma experiência que se vive”.

esTaMOs PrONTOsOs casais do Movimento estão

prontos? O Movimento está pron-to? Permitir-me-eis, penso eu, que, como pai espiritual do Movimento, me abstenha de vos lisonjear, mas vos fale não só com amor, mas tam-bém com exigente franqueza.

Eis, em primeiro lugar, o que, a meu ver pode ser levado a crédito do Movimento:• Uma busca sincera do pensa-

mento de Deus sobre o casamen-to e a vontade de viver de con-formidade com este pensamento

• A convicção de que todo cristão é chamado à santidade e que o casa-mento é um caminho de santidade.

• O empenho em se entreajuda-rem, marido e mulher, neste ca-minho e de levar por ele os filhos.

• O empenho, não menos certo, de ajudar os casais da equipe e de recorrer também ao seu auxílio.

• Uma amizade, no seio da equipe, que ultrapassa o mais das vezes a simples amizade humana.

• O desejo de comunicar aos ou-tros casais o que compreende-mos e o que procuramos viver das riquezas do casamento cris-tão.

(Extraido do Livro “A Missão do Casal Cristão” p 117 - Pe. Henri Caffarel)

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o NOssa esPIrITUaLIDaDe aNTes e DePOIs Das eNs

Casamo-nos em 1996, uma cerimônia simples, sem comemora-ções. Porém, bênçãos e graças es-tavam por vir sobre nós, apesar de termos uma vida espiritual infantil, baseada apenas nas missas domi-nicais, de vez em quando. Vivemos desta maneira, sem cultivar nossa espiritualidade, desde o casamento, até o dia em que fomos convidados para participarmos da Experiência Comunitária das Equipes de Nossa Senhora. A partir daquele momen-to aconteceu uma verdadeira revira-volta na vida espiritual deste casal tí-mido e envergonhado que, mesmo dizendo-se cristão católico sentia até remorsos ao falar de Jesus Cristo.

Hoje após 08 anos nas ENS, somos muito gratos ao Movimento que, através da vivência dos PCEs, nos fez perder todo o medo e timi-dez para nos engajarmos nos servi-

ços da nossa paróquia. Atualmente somos comentaristas nas missas, da-mos palestras para pais e padrinhos, na preparação para o batismo, so-mos o casal vice-coordenador da Pastoral da Família e somos zelado-res do dízimo. Tudo isso graças a Deus, a Nossa Senhora e às ENS.

Temos dois filhos que, para a honra e glória do Nosso Senhor Je-sus Cristo, já receberam a primeira eucaristia e em breve se prepararão para o crisma.

Louvamos a Deus todos os dias por este Movimento ter entrado nas nossas vidas, e podemos distinguir perfeitamente duas etapas na nos-sa vida espiritual e conjugal: antes e depois das Equipes de Nossa Se-nhora.

Gecilma e BatistaEq.06 - N. S. da Conceição

Caicó-RN

FOMOs Cre NO aNO QUe FINDOUEntramos na Equipe para com-

pletar o quadro. A própria equipe refez sua pilotagem e isso para nós foi uma bênção, pois nos incutiu um sentimento muito grande de pertença ao Movimento e nos fez dar o nosso SIM para sermos CRE. Esse sim ao chamado custou-nos um grande esforço, pois estaríamos à frente de uma equipe com uma longa caminhada, (29 anos), que vivencia com responsabilidade as três atitudes e cultiva uma amizade

verdadeiramente fraterna.E nós? Tão novos, recém-chega-

dos, querendo receber e sendo cha-mados a dar tanto. Mas como acredi-tamos, verdadeiramente, que quem nos tinha escolhido fora Aquele que pode todas as coisas, que prometeu estar conosco e nos enviaria o seu Espírito, não tememos.

Podemos garant i r que re-cebemos toda a força e orientação necessárias para exercer a missão. Fizemo-nos presentes nas opor-

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tunidades de crescimento que nos foram propostas pelo Movimento com muita humildade. Foi um ano em que recorremos sempre à oração nos momentos de dúvida e discer-nimento, consultando, interrogando, pesquisando, pois decidimos doar o melhor de nós para Deus e para a Equipe. Um lembrete aqui, um tor-pedo ali, um livro da equipe mais parecido conosco, uma dinâmica diferente nas reuniões, o silenciar ou questionar somente o necessá-rio, tudo enfim, para que a equipe caminhasse e não sofresse desconti-nuidade.

Entre tantas coisas que nos en-cantam no Movimento uma é a transitoriedade, pois, ninguém é dono da Equipe e de missão algu-ma. Nem mesmo o Pe. Caffarel. O Espírito Santo, sim.

Por isso, no ano que se inicia nossa Equipe terá a cara do novo CRE, que nos conduzirá, nos amará

mais e nos servirá, utilizando-se dos dons que Deus pôs à sua disposição. Numa comunidade, cada um deve colocar seus dons à disposição de todos, até porque não há nenhum indivíduo completo. (1Cor 12,4-11). Neste ano, nosso compromisso é de estar sempre disponíveis e sendo corresponsáveis com o novo CRE.

Recebemos nossa cota de alegria e regozijo pela missão desempenha-da, em bênçãos, luz, crescimento espiritual, mudança de hábitos, de visão da vida e de muita fé, mas também, a consciência de que muito ainda tem que ser feito. Não queremos jamais achar que fizemos mais que nossa parte, pois, ‘servos inúteis’, só fizemos o que devíamos fazer. Sempre teremos algo a con-cretizar, visto que, “A quem muito foi dado, muito será pedido”

Suely e Franzé Eq.02E - N. S. de Fátima

Fortaleza-CE

Nossa caminhada como casal responsável do Setor Indaiatuba no ano de 2012 adentrava para seu 2º ano. E, junto aos membros do Colegiado da Região SP Cen-tro I, em fevereiro dávamos início ao processo de discer-nimento para eleição do novo Casal Regional.

ONDe reINa O aMOr

Num clima de intensa espiri-tualidade e união acolhíamos a todos em nossa casa como casal anfitrião.

Nossa vida seguia seu curso e, dentro da nossa equipe de base, iniciávamos também um brusco processo de mudanças.

Pois em janeiro um casal havia se desligado do Movimento e, ainda não recuperados da perda, em meados de abril, sofreríamos um novo impacto, a uma só vez, dois desligamentos de casais e tam-bém do nosso SCE. E em meio a esse turbilhão de emoções,

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fomos surpreendidos pela ação de Deus: recebíamos o convite do nosso Casal Provincial para assu-mirmos a missão de novo Casal Regional.

Um misto de alegria, medo e insegurança tomava conta de nossa caminhada naquele ins-tante e, antes de responder, pe-dimos ao Casal Provincial que nos permitisse conversar e refle-tir. Diante dos muitos questiona-mentos que nos surgiam, surgia mais forte a certeza de que trazí-amos desde há muito em nosso coração: se nada de grave nos impedisse de aceitar um chama-do, uma nova missão, nunca res-ponderíamos “não” ao Movimen-to e a Deus. E assim assumimos o compromisso, a nova missão de Casal Regional para a Região SP Centro I.

Mas nosso coração ainda se consumia na expectativa de qual destino seria dado a nós, os três casais da equipe de base. Parti-lhamos e buscamos ajuda jun-to ao novo Casal Responsável de nosso Setor. E assim fomos trilhando nossa caminhada: a Equipe entregou para Deus to-das as suas expectativas, porém pedindo que nos abríssemos à ação do Espírito Santo e que Ele intercedesse por nós para que tudo acontecesse pela vontade de Deus e não pelas nossas.

Muitas situações transcorre-ram, geradas por momentos de insegurança, tristezas, orações, alegrias, dúvidas. Após esse pe-ríodo chegávamos ao momento

de nossa Reunião de Balanço e por sua solicitação o nosso novo Casal Responsável do Setor par-ticiparia conosco. Sabíamos que o Casal Responsável viria para posicionar-nos algo sobre o des-tino de nossa equipe de base. E assim, num momento novamente especial e importante para nós essa reunião aconteceu em nos-sa casa, pois também desta vez seríamos o casal acolhedor. Ape-sar da tristeza pelo desfazer-se de nossa equipe, fomos abençoados com a notícia de que cada um de nós casais seria acolhido em três equipes, pois não era possí-vel, por questões de número de componentes, irmos juntos para uma mesma equipe. Porém, tudo foi recebido por todos nós casais, como motivo de louvor, bênção e agradecimento a Deus, pois ain-da, hoje, é fato que às vezes, in-felizmente, existem e prevalecem dificuldades, para o acolhimento de casais nas ENS, tanto para quem acolhe, quanto para quem é acolhido. E nós, através da gra-ça de Deus e a ação do Espírito Santo, encontramos acolhimento sincero e pleno em três equipes, o que nos leva a certeza de que quando caminhamos para Deus, somos todos irmãos e que o amor que nos une é maior que qual-quer outra dimensão humana, tudo é possível! Pois onde reina o amor fraterno, Deus aí está! Lou-vado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Márcia e Rubens CR Região SP Centro I

Indaiatuba-SP

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Todos os dias ao sentarmos à mesa Comemos juntos, sempre a nos olhar.

Partilhamos nossas incertezas,Nossos sucessos, nosso caminhar.

Ali, noutras vezes, a Deus entregamos nossa família,

Nossos amigos, nossos erros e planos.Entregamos-Lhe quem o mal nos queira

Piedade, meu Pai, porquanto lamentamos.

Na mesa agradecemos a Deus pelo alimento,Rogamos misericórdia por quem nada tem do que se alegrar

naquele momento.Nossa mesa - altar de nosso templo - há um lugar para Jesus, também.

Tal qual em nosso casamento, estendei Vossas mãos, Pai e abençoe-o para sempre.

AMÉM!Eleniza e Júnior

Eq.04B - N. S. da Guia Jaboatão dos Guararapes-PE

O TesTeMUNHO De UM sCeIngressei nas Equipes de Nossa

Senhora, como muitos conselheiros, penso, sem saber ao certo o que iria encontrar e que sentido isso daria ao exercício do meu ministério sacerdo-tal. Ouvi falar sobre o Movimento du-rante uma série de palestras no Cur-so de Teologia sobre o Sacramento do Matrimônio, ministradas por leigos que estavam envolvidos com movimentos eclesiais sobre a vida familiar ou conjugal. Entre os pales-trantes estava o José Luiz Ferraz Luz, que juntamente com a Rose, eram o Casal Responsável pela Região São Paulo Capital (2001). O casal era

antigo conhecido da comunidade monástica a que pertenço. Foi uma ótima surpresa encontrar o José Luiz e conhecer um pouco mais de suas atividades na Igreja. Independente disso, lembro-me de que julguei a proposta das ENS muito boa.

Um ano depois, o mesmo casal viria conversar comigo para solicitar, por indicação de meu abade, que eu acompanhasse como SCE sua equi-pe de base, a Equipe Regina Mundi. Dois anos depois, o mesmo casal fez com que eu assumisse a equipe que pilotava, a Equipe Nossa Senhora da Anunciação.

O aLTar Da NOssa ECCLESIA

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Lembro-me nitidamente do meu primeiro encontro com a Equipe Regina Mundi em março de 2004. Reunimo-nos na sala do casal anfi-trião para dar início à primeira reu-nião daquele ano. Eu não conhecia nenhum outro casal e o primeiro pensamento que passou pela minha cabeça quando sentamos foi: Como posso aconselhar esses casais em sua vida conjugal, se eles têm a idade de meus pais? Eu não podia encontrar nenhuma outra solução à questão, senão aquela semelhante a do Pe. Caffarel: Vamos descobrir juntos...

Oito anos se passaram. Alguns retiros e algumas missões me foram confiadas no Movimento, incluindo a assistência ao Casal Responsável da Região São Paulo Capital II entre os anos de 2007 e 2011, o que me ajudou muito a tomar mais consci-ência das dimensões estruturais e espirituais das ENS. Chego hoje à conclusão de que a minha missão como SCE diz respeito ao exercício comum do ministério pastoral na

circunstância particular da vida con-jugal e, de modo especial, a ajudar os casais a discernirem o sentido do carisma espiritual das ENS. Para os casais equipistas, o ingresso nas ENS é muito mais do que um simples ato de escolha. Trata-se de aceitar um convite de Deus para receber o dom da salvação mediante a pedagogia espiritual das ENS. Ser equipista é ter uma vocação na Igreja e da fideli-dade a essa vocação depende o pro-gresso na vida cristã e a participação mais plena na vida eclesial.

Sou beneditino por vocação e, por missão, fui levado a penetrar o mistério de outra vocação espiritual na Igreja.

D. João Evangelista Kovas, OSB (Monge beneditino no Mosteiro de São Bento de São Paulo acompa-nha duas Equipes na Região São Paulo Capital II e a Equipe de for-madores dos Encontros de Equipes Novas da Província Sul I. Atual-mente assumiu a abadia do Mos-teiro de São Bento em Olinda-PE)

DeIXar ser GUIaDO POr DeUsQuando fomos convidados a

ser CRS, sentimos medo e insegu-rança, mas ao mesmo tempo tive-mos certeza no que diz a poesia de Pe. Zezinho:

“Não deixes que fale à toa /Nem finjas que não ouviste/ Que a vida é vazia e triste / Pra quem não arrisca no amor./ Não digas não a Deus /Mesmo que doa não digas não. / Quando é Teu Deus quem fala / Meia resposta não vai valer! / Não digas não, nem talvez / É do que tu disseres que vais de-

pender!”... E assim aceitamos a missão, certos de que Deus nos capacitaria.

Maravilhas têm acontecido na nossa vida! Não que os problemas deixaram de aparecer ou que difi-culdades não teremos de enfrentar, pelo contrário, tudo acontece nor-malmente, mas é através do amor que começamos a praticar que mudou e, com isso, Deus vai abrin-do caminhos e chegamos a pensar o quanto tínhamos sido egoístas anteriormente...

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Hoje, percebemos que estamos ousando o Evangelho, com erros humanos, é claro, mas nos dispu-semos a servir com amor e alegria. Quantas graças temos recebido em nosso Setor! É grandioso se entre-gar ao serviço, mas grandioso mes-mo é poder saber que, por um gesto ou uma simples palavra, você tenha contribuído com algo para alguém.

Vemos o mundo lá fora dilace-rando famílias, invertendo valores, destruindo lares. Louvado seja Deus por nos dar a oportunidade de ser-

mos exceções. Ser equipista requer muita dedicação e esforço, mas é isto que nos torna verdadeiramen-te melhores! Como diz Mateus em 7 13-14 “Entrai pela porta estreita. Pois larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. Mas, estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que a encontram.”

Mônica e JoviamarCR Setor A

Itumbiara/Cachoeira Dourada-GO

NINGUÉM DÁ O QUe NÃO TeMEm nossa caminhada nas ENS, já

ouvimos dizer inúmeras vezes que, ao assumirmos uma missão no Movimen-to, somos chamados a amar mais...

Refletindo sobre os temas estuda-dos e orientações de nosso querido SCE Padre Oslei, vimos que, a cada um de nós, casal equipista, testemu-nha do sacramento do Matrimônio, independentemente de cargo, res-ponsabilidade ou função, também somos chamados por Cristo para amar mais; para amar mais nosso cônjuge, nossos filhos, nossa família e sermos testemunhas do amor con-jugal na Igreja e no mundo.

Cada um de nós tem um ou mais dons a oferecer, mas tudo nos é con-cedido pela graça de Deus! Uns re-cebem o dom de cantar, outros de falar, outros de escrever, mas todos os dons são frutos do amor de Deus.

“Nemo dat quod non habet”, ou seja, “Ninguém dá o que não tem”. Por isso fomos chamados, através das Equipes de Nossa Senhora, para

exercer esse dom tão belo e tão ma-ravilhoso, que é o dom de amar.

Que cada um de nós, casal equi-pista, possa sentir, no coração, o desejo de ir ao encontro de famílias que passam por dificuldades e dar nosso testemunho para a construção de um mundo melhor.

São Paulo diz: “Ai de mim se eu não evangelizar”(1Co 9,16). E nós? Qual seria nossa resposta ao ques-tionamento: Ai de mim se eu não...

Cabe a cada um fazer o seu questionamento, de acordo com a sua consciência e dar sua resposta para Deus e para si mesmo.

Ninguém sozinho é capaz de transformar o mundo, mas, unidos em oração e com gestos concretos de amor seremos células transfor-madoras deste mundo tão carente de amor, porque para Deus nada é impossível.

Chico da ChicaEq.01 - N. S. da Guia

Monte Alegre de Minas-MG

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No final do ano de 2012, nós, jun-to com nossos filhos (Laura e Pedro, 12 e 6 anos), vi-vemos uma das maiores emoções de nossas vidas: tivemos a gra-ça não ape-nas de partici-par da Missa do Galo no Vaticano, mas

de levar o ofertório até às mãos de Sua Santidade o Papa Bento XVI. Esse momento único em nossas vi-das foi possível graças à iniciativa do Padre Paulo Visintainer (que co-nhecemos por intermédio das ENS, pois foi SCE de nossa equipe, mas precisou deixá-la quando se mudou para Roma para fazer doutorado), que indicou nossa família para par-ticipar do ofertório.

No dia 24 de dezembro, pela manhã, participamos de um en-saio preparatório da Santa Missa, ocasião em que os cerimoniários do Vaticano nos deram as orien-tações necessárias para participar dessa solenidade.

No horário marcado havia uma multidão dentro e fora da Igreja de São Pedro, e lá estávamos nós, e nosso querido amigo Pe. Paulo, ansiosos e felizes, por vivermos momentos abençoados e de gran-de emoção. Na fila do ofertório, a certeza de levar nas mãos nossas vidas, nossa história de fé, nossa

NOssO PreseNTe De NaTaL

paróquia, nossos padres formado-res e amigos, nossa comunidade, nossa ENS, e cada familiar, cada amigo, enfim de levar o Brasil! Quanta alegria, quanta responsa-bilidade! Em alguns momentos, no coração pairava a pergunta: Por que nós? (jamais ousamos sonhar com um momento assim em nos-sas vidas). Só Deus sabe o porquê. O que dizer ao Santo Padre? Entre outras coisas pedimos que aben-çoasse a vida de Missão Evangéli-ca de nossa família, ao que ele res-pondeu ser “o mais importante”.

Nosso filho Pedro, por conta da idade, não podia levar nenhum sacramental. Dissemos então a ele que levasse nas mãos seu coração. É incrível ver nas fotos, que ele não desfez o gesto de mãos ofer-tantes por um segundo sequer!

Ser abençoado pelo Santo Padre, tocar suas mãos, olhar em seus olhos, conversar com ele, ficar em família reunida na presença de Sua Santidade, são bênçãos indescritíveis. Essa gra-ça divina só poderemos retribuir ao Senhor ouvindo atentamente seus chamados, fiéis à Igreja e ao Evangelho, com generosidade de amor e serviço.

Estaremos agora, sempre uni-dos ao Papa Emérito Bento XVI em oração. Agradecidos por tudo que ele fez e fará por nossa Igreja Católica. Louvado seja nosso Se-nhor Jesus Cristo.

Cláudia e MarceloEq.08C - N. S. de Fátima

São Paulo-SP

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Que riqueza de Movimento as ENS têm sido para nós! Desde o começo, ainda na Experiência Comunitária, percebemos o fascí-nio de um Movimento que se pre-ocupa com o caminhar do casal cristão. Deus seja louvado por to-dos que são chamados e aceitam as ENS como um caminho contí-nuo de conversão e santidade.

Os PCEs são sinais concretos do amor de Deus pela humani-dade através dos casais. No exer-cício assíduo de cada um, vamos manifestando esse amor que não para de crescer. Podemos lembrar e testemunhar frutos desse esfor-ço abençoado, realizado em casal: com alegria cristã escolhemos um dos nossos Dever de Sentar-se para partilhar com os nossos ir-mãos de jornada: Já é um hábito nosso, preparar com antecedên-cia, o que vamos rezar, conver-sar, agradecer, renovar, projetar, comprometer-se. Desta vez o texto inspirado para a escuta da Pala-vra foi Lc 24, 13-35. O que sen-timos no relato dos discípulos de Emaús? Dois discípulos, por que não um casal? Mulher e marido, um casal equipista. Nessa pers-pectiva fomos transportados por aquele caminho. Casal caminhan-te, buscando Jesus, mas sem âni-mo, triste, inseguro, vacilando na fé. Mas, o casal encontra Alguém que os acompanha e vai junto, ouvindo suas queixas, conversan-do lado a lado.

É preciso abrir mais o nosso

coração, para falar Àquele que caminha conosco, as nossas dúvi-das, as nossas fraquezas, os nos-sos temores. É preciso ter coragem para o abrir-se, para revelar a nos-sa verdade, muitas vezes oculta pela nossa covardia de aceitá-la e transformá-la. Ter humildade para escutar Jesus durante a caminha-da, que nos interroga muitas ve-zes o porquê das nossas atitudes omissas ou pouco assumidas. É necessário respondê-lo. É neces-sário sentir o nosso coração ar-dendo por um agir novo, por um novo jeito de viver como cristãos em conversão.

Chegou a hora de convidar Jesus a ficar conosco, pois a noite da nossa cegueira é tenebrosa, e talvez seja tarde demais. Não po-demos ficar à espera do “extraor-dinário” sozinhos. Convidar Jesus para ser e fazer parte da nossa vida é uma resolução que se faz necessário constantemente, para enfrentarmos as situações mais inesperadas possíveis, com con-fiança inabalável Naquele que nos ama incondicionalmente.

Sentar-se à mesa com Jesus, à mesa da partilha, do diálogo amoroso, da Escuta da Palavra, do Pão Eucarístico, é caminhar confiantes na esperança de fazer a vontade do Pai. É dizer sim ao seu Projeto de Amor, é ser “uma só carne”, é assumir a missão de anunciar Cristo Ressuscitado.

Esse ato de “sentar-se” nos leva a olhar profundamente sobre

O DeVer De seNTar-se

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FaÇO POr OBrIGaÇÃO

o nosso viver cristão num mundo tão frenético pelo “ter” e tão apá-tico pelo “ser”.

Ao nos projetarmos como dis-cípulos de Emaús, concluímos que reconhecer Jesus em nossa caminhada, é anunciar as maravi-lhas que Ele realiza na vida da sua Igreja; é aceitar a missão de casal comprometido com o Reino; é tes-temunhar o amor humano como reflexo do amor divino.

O Dever de Sentar-se é para nós, momento sublime de rece-ber graças, de celebrar o amor a três, de projetar a nossa vida sob o olhar amoroso do Senhor. Ele nos dá a oportunidade de avaliar a nossa missão de casal marcados

por Deus, pelo Sacramento do Serviço e do Amor. Sempre saí-mos do Dever de Sentar-se mais renovados, porque o Nosso Se-nhor nos fortalece com abundan-tes graças. Somos animados pelo Espírito para continuar a serviço do amor.

Peçamos ao Senhor Jesus, para que nós, Casais Equipistas, possamos nos encontrar e coroar este encontro, sentindo os efeitos da presença de Jesus, que sempre vai estar no coração dos casais de-sejosos de realizar com prazer “O DEVER DE SENTAR-SE”.

Ivânia e EspeditoEq.05H - N. S. de Fátima

Fortaleza-CE

Em 2012, em um tema de estu-do, falou-se e questionou-se muito se os PCEs eram praticados de boa vontade ou por obrigação.

A maioria dos equipistas decla-rou em suas respostas, por escrito, que praticava de boa vontade. Na verdade existe uma ideia genera-lizada entre as pessoas (não é ex-clusivo dos equipistas) que as coi-sas que nos desagradam são feitas por obrigação e as coisas que nos agradam são feitas de boa vontade. Declaramos, pois, que, também, é possível fazer as coisas de que gos-tamos “por obrigação”.

Se você trabalha numa empre-sa que admira muito e realiza uma tarefa que gosta muito, ainda sim você vai trabalhar por obrigação

profissional. Normalmente você não chega ao seu local de trabalho na hora que quer, nem sai na hora que quer, mas mesmo assim você faz de boa vontade. Outro exemplo: Se o seu filho liga às 3h da manhã pedindo para você ir buscá-lo na festa de aniversário do amigo, você fala: “O quê? Se vira, vem de ôni-bus?” Não! Você levanta e vai bus-cá-lo. Sinceramente não é agradá-vel acordar de madrugada, ou ficar acordado de madrugada esperando seu filho ligar para ir buscá-lo, mas mesmo assim você vai, e vai feliz! Quem te obriga? Ninguém te obri-ga! Você mesmo se obriga por amor ao seu filho.

Assim devem ser praticados os PCEs. Por obrigação, mas por obri-

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gação imposta a você, por você mesmo! Ninguém te obriga a não ser você mesmo. E essa auto-obri-gação nasce do amor. Única e ex-clusivamente do amor.

Escutamos casais dizendo: “te-mos dificuldade em praticar os PCEs porque não é uma obrigação...”

É verdade! No nosso estilo de vida atual estamos acostumados a fazer as coisas por obrigação. Ou o chefe nos obriga, ou o patrão, ou o professor, ou o cliente, ou o sócio e na maioria das vezes são coisas que preferíamos não fazer. Daí a ideia

(errada) de que tudo o que se faz por obrigação é desagradável. Não é assim.

Como dissemos acima, é pos-sível fazer por obrigação, o que se gosta. A isso damos o nome de dis-ciplina. É nesse espírito de disciplina (mas sem jamais esquecer o amor) que se devem praticar os PCEs. Ten-te fazer isso! Tente praticar os PCEs “por obrigação” e veja os frutos!

Manoela e FernandoEq.08A - N. S. dos Anjos

Piracicaba/Sta. Bárbara D’Oeste-SP

reGra De VIDa, eXerCÍCIO DO aMOr

Somos seres humanos com nos-sas imperfeições, nossos defeitos, nossas fragilidades e nossas incoe-rências, mas, apesar disso, somos pessoas, somos casais que buscam um direcionamento para o cresci-mento espiritual e humano. No en-tanto, para isso sabemos que é pre-ciso um exercício contínuo.

Um ourives precisa das ferramen-tas certas para ferir o diamante e dar forma à joia. Um biólogo precisa de ferramentas apropriadas para inva-dir o invisível mundo intracelular. Um astrônomo precisa de equipa-mentos adequados para vislumbrar fenômenos que estão a anos luz de distância da terra.

É lógico que a vida é mais im-portante que a regra, mas temos consciência de que precisamos de regras para nos ajudar a não nos desviarmos do caminho do Senhor. A Regra de Vida é essa ferramenta

que tem a finalidade de nos ajudar a fazer com que Deus seja prioridade, seja soberano nas nossas vidas e nos nossos lares.

Quando pensarmos em adotar uma Regra de Vida, devemos nos questionar:- O que devemos mudar para não

apagar a vida de Deus, em nós?- Alimentamos suficientemente

esta vida de Deus em nós?- Exercitamos no amor e no servir

a Deus?Nenhum de nós vai conseguir

exercitar no dia a dia todas as vir-tudes ao mesmo tempo; precisamos adotar uma estratégia pessoal e estar atentos a certos detalhes; não con-fundir programa de vida com Regra de Vida. Regra de Vida é um ponto particular sobre o qual precisamos fazer um esforço especial.

Estabelecemos uma Regra de Vida

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normalmente nos momentos em que temos a possibilidade de rever a nossa vocação cristã, nos Retiros, no Dever de Sentar-se, quando busca-mos a vontade de Deus na leitura da Palavra e na Oração diária. Nesses momentos é que Ele nos encontra. Ele nos fala. Ele se revela. Ele nos esclarece sobre o que espera de nós, Ele nos conquista.

E para dar-lhe uma resposta e d´Ele mais nos aproximarmos esta-belecemos uma Regra de Vida.

Em princípio a Regra de Vida deve ser pessoal, mas pode-se fa-zer uma Regra de Vida comum aos

dois cônjuges. A Regra de Vida deve ser simples, precisa e escri-ta. Ela nos leva a amar mais, a ser uma pessoa generosa, solidária, tolerante, nos ajuda a expandir nossos níveis de afetividade, paci-ência e tranquilidade. A Regra de Vida nos ajuda a “ser” antes do “fazer”, nos ajuda a mostrar para o mundo, através de nosso testemu-nho a riqueza da vida matrimonial conquistada através de nossos es-forços e da graça de Deus.

Toninho da NildaEq.01 - N. S. Aparecida

Caraguatatuba-SP

UM PCe sUsTeNTÁVeLA Regra de Vida é a coluna que sustenta o arcabouço moral, que a nossa vida alimenta. E neste Ano da Fé, é com este PCEque a luta a gente enfrenta.

Uma boa Regra de Vida para nós é essencial, pois a disciplina trucida as fraquezas do casal.Vamos, então, discernir como devemos agir na luta do bem contra o mal.

Ter boa Regra de Vida é vitória garantidanessa batalha renhida dos pecados capitais.Peçamos que Deus ajude, com uma firme atitude,usando bem as virtudes teologais e morais.

Começando pela FÉ, que alimenta a ESPERANÇA, fortalece a CARIDADE, dá PRUDÊNCIA e TEMPERANÇA com retidão da JUSTIÇA, a FORTALEZA é premissa de uma vida em segurança.

A FÉ dá ao equipista a certeza da conquista;é uma força altruísta, contra a negatividade. Caso tropece, não cai, nunca fica, sempre vaicoloca nas mãos do Pai qualquer adversidade.

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Se a Fé nos fortalece, a ESPERANÇA aparececomo força que engrandece a certeza da vitória. Quem aceita a provação, caminha com os pés no chão,confia em Deus e, então, pode mudar a história.

Outra virtude fantástica, para nós é a CARIDADEque transforma o nosso orgulho, numa sublime humildade. nos ensina a perdoar e nos leva a praticar, atos de boa vontade.

Quem pratica a CARIDADE, perdoa uma falsidade,convive com a maldade, em busca da comunhão. Fica mais compreensivo, muito menos agressivo, e o efeito positivo, ninguém pode medir, não.

Vem a JUSTIÇA, em seguida, mostrando o nosso dever, nos dando um comportamento com regras do bem viver.Ser reto, honesto e leal, é a missão do casalé isso que deve ser.

Temos, também a PRUDÊNCIA, que ativa a consciênciae nos conduz à essência de toda a ponderação. Nos ensina a decidir, se há erros, corrigir, e nos mostra como agir em qualquer situação.

A virtude TEMPERANÇA trata da moderação que leva o homem sensato ao controle da emoção. Para o casal equipista, é uma grande conquista que fortalece a união.

Para uma boa Regra de Vida, perseverança é exigida, paciência é requerida face às contrariedades.Fidelidade e firmeza, contra a nossa tibieza, somente com FORTALEZA, se vencem as dificuldades.

Que o Divino Espírito Santo nos ensine a planejar,nos faça perseverar, para jamais fracassar em nossa REGRA DE VIDA.

Que a Virgem Mãe Maria, dia e noite, noite e diaseja a nossa estrela guia, nos dando sempre guarida!

Edmilson da Ana Maria Equipe distante - N. S. do Perpétuo Socorro

Icaraí/Caucaia-CE

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Um dos pontos fundamentais do nascimento do Movimento das Equipes de Nossa Senhora está quando casais sentem a necessi-dade de amadurecer sua espiri-tualidade e com isso recorrem ao Padre Caffarel apresentando-lhe o desejo e obtêm a seguinte res-posta: “Façamos o caminho jun-tos”.

A dinâmica do livro-tema de 2013 parece-me reforçar bem este aspecto de que os casais es-tejam atentos à necessidade de “se fazer o caminho juntos”, seja através da própria conjugalidade ou no relacionamento estabeleci-do na equipe de base. A meta não é buscar uma espiritualidade indi-vidualista, mas de comunhão e consequentemente de entreajuda.

Partimos sempre de um lugar, de uma realidade, de uma situ-ação, de uma condição. Com o Movimento não é diferente, pois cada casal e cada equipe de base deve se perguntar em que parte do caminho se encontra e aonde quer chegar. Não podemos partir e nem querer chegar a qualquer lugar. É preciso ter claro o desti-no, por isso, a temática assumida pelo livro-tema deixa claro que o ponto de partida e chegada é o amadurecimento da espiritualida-de como lugar onde o casal nutre sua experiência esponsal, comu-nitária, doutrinal, profissional e assim se vai.

Outro ponto fundamental que o primeiro capítulo nos aponta é

saber também que espiritualidade buscamos. Não nos faltam opções de espiritualidades na Igreja, aliás, uma das riquezas de nossa ecle-sialidade está nesta diversidade. Se de um lado, isto é magnífico, como fruto do Espírito Santo, este mesmo Espírito ajuda-nos a optar e discernir por qual espiritualida-de nos identificamos. Poderíamos aqui recordar, quantos casais que buscaram a espiritualidade e a di-namicidade do Movimento e no entanto não se adequaram. Do mesmo modo, quem se envolve com as Equipes de Nossa Senho-ra deve amadurecer a clareza de sua opção, que está em desenvol-ver uma espiritualidade conjugal.

Descoberto de que participar e envolver-se com o Movimento das Equipes de Nossa Senhora é ter ciência de que se procura desenvolver uma espiritualidade, cada casal, bem como cada equi-pe deve buscar tomar consciência de uma outra realidade, de que a espiritualidade conjugal é senão uma extensão, ou ainda mais, um desdobramento daquilo que é o central da vida da Igreja: Je-sus Cristo. Devemos ter claro que o ponto de partida está na assi-milação de uma espiritualidade cristã (que parte de Cristo) e que se desenvolve e é absolvida nas suas ramificações ou poderíamos chamar aqui, no modo como as diversas realidades assimilam e procuram viver dentro do seu es-pecífico. Entenda, a espiritualida-

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de conjugal assumida como dinâ-mica do Movimento das Equipes de Nossa Senhora é fruto desta espiritualidade que vem de Jesus Cristo.

O ponto de partida é: em bus-ca de uma espiritualidade. Qual? A cristã ou a conjugal? Não se-riam as duas complementares? Que sinais o casal percebe dentro da conjugalidade como decorrên-cia da espiritualidade cristã?

É importante perceber que não se quer apontar a necessida-de de duas espiritualidades, isto é, cristã ou conjugal, mas enten-dermos que são realidades que se entrelaçam. Não posso dizer que vivo uma espiritualidade conjugal sem ter como princípios os valo-res cristãos.

Aqui podemos até ampliar o leque de questionamentos e pen-sar no real motivo que leva cada casal a nutrir sua permanência no Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Não esqueçamos que na gênesis daqueles casais que foram atrás do Padre Caffarel está um desejo: crescer espiritualmente, no conhecimento, no relacionamento e na aliança com Jesus Cristo.

Um outro ponto fundamental na busca concreta de espiritu-alidade é de que ela não nos tornará em pessoas que vivem alienadas, como “extraterrestres” ou protegidas por uma redoma de vidros. A espiritualidade ajuda o casal a enxergar sua humanidade com os olhos da Fé e isso se acrescenta quando entendem que os pontos concretos de esforço são os meios pelos quais esta espiritualidade abre os olhos, não

de super-heróis, mas de casais e equipes humanas, limitadas, mas com um único desejo, que parte da resposta do Padre Caffarel: “façamos o caminho juntos”.

Cada casal e cada equipe deve entender que desenvolver uma espiritualidade é sentir-se provo-cado diariamente a lidar com os dons e as arestas da conjugalida-de. Entrelaçar a espiritualidade cristã e conjugal é sentir-se a cada momento chamado pelo próprio Jesus Cristo a dar passos de trans-formação. Uma espiritualidade, seja ela qual for, quando assumi-da com veracidade, nunca nos deixará estagnados, mas sempre nos colocará a caminho.

A espiritualidade da qual o ca-sal e a equipe devem buscar, fará de todos novas criaturas, dará a capacidade de olhar para o inte-rior não como um abismo, mas como um lugar de transformação, trará o olhar do amor e do perdão sobre a humanidade da conjugali-dade, por isso, concluo com umas palavras de um grande pensador Roy Croft: “Amo-te não apenas pelo que tu és, mas por tudo aquilo que sou quando estou ao teu lado. Amo-te não apenas por aquilo que tens feito por ti mes-mo, mas pelo que estás fazendo comigo. Por ignorar todas as coi-sas tolas e fracas que encontraste, mas nada podias fazer a respeito, e por trazeres à luz todas as be-lezas que possuo e que ninguém havia olhado o tempo suficiente para encontra-las”.

Pe. Kleber Rodrigues da SilvaSCE Eq.04 - N. S. do Carmo

Caçapava-SP

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affa

rel PaDre CaFFareL, e O esPÍrITO saNTO

Como seria a vida de um franciscano que desconhece a vida e obra de São Francisco? Como agiria se não tivesse conhecido seus pensamentos, ideais e visão de Deus? Em 2013 somos motivados ou “convidados” a ler, em casal, as obras do Padre Caffarel. Ora, se participamos das Equipes de Nossa Senhora, cuja fundação e carisma foram fortemente embasados nas ideias desse santo homem, o que mais estamos esperando? Muitas vezes ouvimos de alguns colegas equipistas e principalmente de conse-lheiros, em algumas palestras, citações do conteúdo do “Discurso de Chantilly”. Quem já não “ouviu falar” desse discurso? Aguça-da a curiosidade, partimos para a leitura desse material. A surpre-sa foi grande. Trata-se de uma análise do próprio Padre Caffarel após os primeiros quarenta anos decorridos do Movimento. A nós, trouxe outra visão sobre as ideias do nosso fundador. É um material extremamente esclarecedor. Nesse material saberemos um pouco dos desafios encontrados nesses anos de Movimento e os caminhos pelos quais o Espírito guiou o Movimento. Através dessa leitura nos convencemos de que precisamos realmente co-nhecer mais sobre a vida e pensamento do nosso fundador.

Nesse discurso ele nos diz: “É só hoje, após quarenta anos, diante do desenvolvimento das ENS, que eu penso: em 1939, com os quatro primeiros casais, houve alguma coisa que não era apenas uma boa ideia; alguma coisa mais do que o simples entu-siasmo; aquele encontro não foi um encontro fortuito; a Providên-cia e o Espírito Santo ali estavam por alguma razão. Agora dou graças ao Senhor, mas ao mesmo tempo faço-me uma pergunta: O que foi bem compreendido do carisma fundador, no decurso destes anos? O que, nesse período, não foi bem compreendido? O que era impossível compreender, e que se compreende melhor na atual conjuntura”?

Quer a resposta a essas questões? Podemos afirmar, com ab-soluta certeza, que todas essas respostas são mais atuais do que nunca. Então mãos à obra, e que nossa leitura, assim como toda a obra do Padre Caffarel, seja também à Luz do Espírito Santo.

Fabiane e João (Eq.01A - N. S. Rosa Mística

Piracicaba-SP

cuja fundação e carisma foram fortemente embasados nas ideias

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No

tíci

asJUBILeU De PraTa eQUIPe

Eq.01 - N. S. das Graças Itumbiara-SP

tantos casais que colaboraram para a expansão do Movimento em Itum-biara, sempre dizer: “Eis-me aqui! Envia-me! (Is 6,8). (Mônica e Jovia-mar - CR Setor A - Itumbiara-SP)

Eq.03B - N. S. Aparecida Campo Grande-MS

Em 15.08.87, realizou-se a reu-nião de informação com os casais e o Pe. Delarim. A 1ª reunião for-mal realizou-se no dia 31.08.1987, com 06 casais e escolhemos como Padroeira Nossa Senhora Apa-recida. Em setembro de 1988, a equipe acolheu com alegria um casal vindos de Araçatuba-SP, cuja equipe havia se desfeito. Tivemos a felicidade de ver um irmão for-mar-se em medicina clinica geral e se especializar em Cardiologia. Com o falecimento de sua espo-sa em Janeiro de l996, continuou como viúvo na equipe. No dia 03.08.2011, ingressou no Seminá-rio, e se ordenou Sacerdote. Com a transferência do Padre Delarim, para nossa alegria e felicidade, nosso irmão equipista, agora Pe. Jaime tornou-se nosso conselheiro espiritual, para nós foi uma benção e um presente de Deus.

Mais tarde, alguns casais deixa-ram a equipe por motivos diversos e outros ingressaram, dando novo vigor à equipe. Desses, uma ficou viúva, mas continua na equipe.

A vida da Equipe sempre foi

No dia 15.02.88, foi realizada a 1ª reunião das ENS em Itumbiara que era pilotada pelo casal Wilma e Orlando. Essa equipe era composta de 07 casais e acompanhada pelo SCE Pe. Euclides, dando início ao Movimento das ENS em Itumbiara. Em 15.02.13 completa 25 anos com muita fé e espiritualidade. Seis casais dela fazem parte desde a sua forma-ção Hoje somos 07 com o ingresso de mais um casal, damos graças a Deus por tudo.

Atualmente a Região Goiás Sul tem 619 casais, 01 viúvo, 02 viúvas, 45 SCEs somando 97 equipes dis-tribuídas em 08 Setores, fruto desse inicio de Movimento. O Senhor nos faz maravilhas!...

Parabéns Equipe 01 - Nossa Se-nhora das Graças, pelos seus 25 anos de existência! Parabéns a todas as Equipes que fazem parte do Mo-vimento das Equipes em Itumbiara! Que Jesus abençoe cada vez mais esse Movimento que tem nos propor-cionado tantas mudanças em nossas vidas e que possamos, a exemplo de

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muita importante na caminhada dos casais, tivemos grandes ale-grias e momentos de dificuldades, tudo suportado juntos, e hoje vi-vemos bons momentos, com os fi-lhos, netos e bisnetos e com muito amor comemoramos os 25 anos de vida em equipe. Quando estamos bem ou em dificuldade, o mais im-portante para todos é a união, a oração e o amor entre nós.

Comemoramos Bodas de Prata, com bela Celebração Eucarística, ce-lebrada e animada pelo Pe. Jaime, e concelebrada por Pe. Paulo Oliveira. Em seguida, confraternizamos com familiares e irmãos equipistas. Que Nossa Senhora Aparecida, continue abençoando e protegendo todos nós! (Hilda e Oswaldo - Eq 03B - N. S. Aparecida - Campo Grande-MS)

Eq.02E - N. S. do CarmoPorto Alegre-RS

Setor, RS I, Província Sul III, come-morou, em 23.09.2012, os seus 25 anos de caminhada, com uma bela Celebração Litúrgica, presidida pela nosso querido SCE Frei Xavier, OCD. Participaram todos os inte-grantes da equipe, seus familiares e o Casal Ligação.

Foi um momento de ação de gra-ças, bem como de reflexão. Momen-to de olharmos para dentro de nós mesmos e constatarmos os avanços

e recuos que tivemos. De agrade-cermos a Deus por tantas oportu-nidades que Ele nos concedeu ao longo desses anos e que continua a nos proporcionar por sua infinita bondade. Unidos e animados pelo mesmo compromisso que nos inspi-ra o Movimento das ENS, queremos aprofundar cada vez mais a nossa espiritualidade conjugal para darmos nosso testemunho de vivência do Matrimônio cristão, como um lugar de amor, de felicidade e de busca da santidade.

Somos profundamente gratos a Deus pelos SCE, todos da Ordem dos Carmelitas Descalços, que nos acompanharam ao longo desse tem-po: Frei Ivo, Frei Canísio, Frei Ave-lino, Frei Miguel Ángel (de saudosa memória), Frei Paulo, Frei Charles e, atualmente, Frei Xavier. Hoje pode-mos afirmar, com toda a segurança, que a ENS do Carmo é, realmente, uma pequena comunidade, uma verdadeira família, onde todos nós vivemos uma amizade sincera e de ajuda mútua, partilhando a vida e fortalecendo a nossa espiritualidade. (A Eq.02E - N. S. do Carmo, Porto Alegre-RS)

JUBILeU De OUrOIr. Maria Regina da Silva O Setor A de Itabaiana-PB, alegra-

se com o jubileu de ouro da nossa Acompanhante Espiritual Ir. Regina, (como é carinhosamente chamada), comemorado no dia 20.01.2013. Ela pertence a congregação das Irmas dos Pobres de Santa Catarina de Sena e agradecemos pelo zelo e amor com que se dedica as Equipes do nosso Setor, sempre nos ensinando a amar

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cada vez o Movimento, e, diante das dificuldades aprendemos com ela a dizer Maria, passa na frente!

(Denilza e Josevando – Eq.03 – N. S. de Lourdes – Itabaiana-PB)

JUBILeU De PraTa saCerDOTaL

Mons. João Luis Fávero “Senhor Tu me olhaste nos olhos e a seguir pronunciaste meu nome...”

São 25 anos de aventura e abando-no nas mãos do Se-nhor. Tenho certeza que só a graça da escolha e da unção, foram responsáveis pela perseverança e

alegria como ministro do Evangelho e pastor desse povo a quem eu quis me consagrar. “Assim como Jesus en-trou na barca de Pedro, entra também na nossa barca e somos convocados e enviados como discípulos, pastores e missionários, lançando as redes em águas mais profundas.” Foram essas as palavras do Monsenhor por oca-sião do seu Jubileu.

A Celebração Eucarística aconte-ceu no dia 07.12.2012, na Paróquia N. S. das Dores em Campinas-SP

Nesta data, foi comemorado tam-bém o Jubileu de Prata do seu irmão Pe. José Eugênio.

Pe. João, foi SCE do Setor Valinhos e atualmente é SCE das equipes 03 - N. S. do Rosário e 04 - N. S. da Conceição. Integrantes das 02 equipes estiveram presentes e juntamente com ele agradeceram pelas graças do jubileu. Rogamos a Nossa Senhora que sempre o

proteja e oriente na sua missão de Pastor. (Lucia e Roberto – CR Setor Valinhos-SP)

NOMeaÇÃO ePIsCOPaL

Pe. Marco Aurélio GubiottiA Eq.03C - N. S. da Assunção em Pouso Alegre-MG, congratula-se com seu SCE, que no último dia 21 de fe-vereiro, foi nomeado pelo Papa Bento XVI, Bispo da Diocese de Itabira e Coronel Fa-briciano, na região do Vale do Aço, em Minas Gerais. Ele é natural de Ouro Fino MG, tem 49 anos foi Pároco em Brasópolis, Jacutinga, Tocos do Moji, São Se-bastião da Bela Vista, Santa Rita do Sapucaí, e atualmente, Paróquia N. S. de Fátima em Pouso Alegre.

Ele está conosco desde meados de 2001. Durante esses 12 anos, ele passou por várias paróquias, lutou muito pela concretização da Faculda-de Católica, da qual foi seu primeiro Reitor, e onde sempre lecionou, visto que é Mestre em Estudos Bíblicos. Com sua humildade, firmeza e di-namismo, demonstra acima de tudo, a sua paixão pela missão que lhe foi confiada, o sacerdócio, o serviço à Igreja, para o crescimento do reino de Deus. E mesmo com todo o trabalho que sempre teve, foi muito dedicado à nossa Equipe. Esteve presente nos momentos de dor e nos momentos de alegria. Nosso coração se alegra por vermos reconhecido o seu valor, por sabermos que Deus o convocou, e ele disse sim mais uma vez. Sentimo-nos tristes por perdê-lo como Conselhei-

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ro, mas de coração, desejamos a ele toda felicidade. Que Deus continue iluminando e guiando seus passos, que com certeza estarão a Seu ser-viço. Sua Ordenação Episcopal será dia 26 05.2013 em Ouro Fino. (Eq. N. S. da Assunção)

reCIFe e OLINDa aLeGraM-se

D. João Evangelista Kovas No dia 25.01.2013, o Arcebispo de Olinda e Recife, D. Fernando Saburi-do - beneditino, concedeu a Bênção Abacial ao novo abade, na Basílica do segundo mais antigo Mosteiro do Brasil: O Mosteiro de São Bento, em Olinda. O novo abade o também be-neditino D. João Evangelista Kovas, um paulista de 37 anos, é SCE de duas Equipes na Região São Paulo Capital II e da Equipe de Formadores dos EEN da Província Sul I.

A Basílica foi completamente tomada por um público de irmãos beneditinos e equipistas de Olinda e Recife. No quadricentenário couro

da Basílica, es-tampou-se uma faixa de boas vindas à D. João, posta pelo CRR -PE I e Equipis-tas de Olinda e Recife. Estiveram presentes 4 casais de suas equipes de base (SP), o CRP Sul I, o CRP Nordeste, o CR Super-Região, o CR Carta Mensal e outros casais de Re-cife e Olinda.

Dom João foi eleito no dia 21.11.2012 pelos monges do Mos-teiro de Olinda após o abade Dom Felipe ter sido escolhido para ser o abade do Mosteiro do Rio de Janei-ro. Dom João Evangelista fez Filoso-fia Antiga e Medieval e lecionava as duas cadeiras na faculdade de São Bento. Aos 33 anos assumiu um cargo de confiança do abade – foi Prior do Mosteiro de São Paulo, de-pois de deixar o curso de medicina.Que Deus o cubra de bênçãos na sua nova missão!

VOLTa aO PaI

Wilson (da Sonia) No dia 19.09.2012Integrava a Eq.03

N. S. dos RemédiosVotorantim-SP

Deorcílio (da Márcia)

No dia 23.12.2012Integrava a Eq.04A

N. S. do RosárioLondrina-PR

Heitor (da Toshiko)No dia 29.12.2012Integrava a Eq.04B

N. S. do CarmoJundiaí-SP

Luiz Carlos (da Adair)No dia 16.01.2012Integrava a Eq.01A

N. S. AparecidaVotuporanga-SP

Evaldo (da Tania)No dia 03.03.2013Integrava a Eq.10

N. S. da Rosa MísticaCasa Branca-SP

David (da Ana Lúcia)No dia 02.03.2012Integrava a Eq.03N. S. de Fátima

Santa Rita do Sapucai-MG

Ylves (da Mariinha - in memorian)No dia 09.02.2013Integrava a Eq.02A N. S. Mãe de Deus

São Paulo-SP

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O Encontro Anual de Jovens Responsáveis de Equipe (EAJORE) acontece no co-meço de cada ano e tem como

foco principal a formação de jovens equipistas que assumem funções em suas equipes de base. O encon-tro é baseado nos documentos das EJNS, assim como nas partilhas de experiências, direcionando os jo-vens a um maior aprofundamento de sua espiritualidade.

Para reforçar a unidade do Movimento, todos os EAJOREs no Brasil seguem o mesmo tema e o desse ano foi: “Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2, 19). Este tema é embasado na leitura da Carta Apostólica Porta Fidei, escrita pelo Papa Bento XVI, que convoca a todos para o Ano da Fé. Segundo o Pontífice, “com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus, conservando no coração a memória de tudo”. Assim, a escolha deste tema teve como objetivo o aprofundamento nos mistérios de Cristo para, a partir daí, sermos transformados e levarmos a Boa-Nova aos demais.

Queridos casais, além deste tempo de graça que a Igreja nos coloca hoje, o Ano da Fé, cabe mais uma vez ratificar que em 2013, entre os dias 22 a 28 de ju-

eaJOre: um momento importante de formação para as eJNs

EJN

S

lho, teremos a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. Precisamos estar prepara-dos para receber o “Doce Cristo na terra” e a multidão de jovens que estarão na cidade para encontrar o Senhor. A parceria de vocês neste grande evento é fundamental.

Gostaríamos de aproveitar a oportunidade para destacar nossa GRATIDÃO às ENS, pois é muito gratificante perceber a generosidade de vocês conosco. Notamos esse carinho de várias formas, como: aumento de casais que acom-panham nossas equipes de base; apoio de “casais elo” e “casais pi-loto”, que nos ajudam com as no-vas expansões; doações e contri-buições para realização de eventos e participação de jovens nos mes-mos; participação de representan-tes das EJNS nos EACRES; entre outros. Na figura do querido casal Cida e Raimundo, agradecemos a todos vocês pela acolhida junto às ENS.

Que a exemplo de Maria, a Estrela da Evangelização, guarde-mos em nossos corações os dons que Deus nos concede para que, alimentados deles, possamos ser instrumentos e multiplicadores de uma fé viva e inabalável.

Rumo à JMJ!Paz e bem.

José Carlos JúniorResponsável - EJNS Brasil

foco principal a formação de jovens

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DeIXar O PassaDO Para TrÁsR

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xão

Muito frequentemente não con-seguimos avançar para o futuro por-que estamos presos à realidade do passado. A fim de que consigamos nos desprender dessa realidade, sugi-ro as seguintes palavras de um autor: Numa cidadezinha do interior, uma professora estadual enviuvou de um conhecido vereador chamado Tobias, a quem amava muito. Os amigos do vereador fizeram uma “vaquinha” e deram de presente à viúva um auste-ro busto de madeira com a figura de Tobias, que foi colocado solenemente na sala. Todos os dias a moça podia ser vista depositando flores na tumba do seu amado Tobias. E eis que começou a aparecer no cemitério outro viúvo, triste e enlutado, que perto da profes-sorinha chorava também o seu amor perdido. As coincidências se repetiram. Eles fizeram amizade. A professorinha, um belo dia, foi seguida pelo seu tris-te companheiro de aflições até a casa onde morava. Convidou-o a tomar um cafezinho. Na sala o visitante encontrou o rosto de Tobias, que o fuzilava com seu olhar. As visitas se reiteravam. A amizade crescia. Mas entre os dois ha-via algo que os distanciava: era o olhar severo de Tobias. Um dia Maria - a empregada - disse que não podia fazer o café porque faltava lenha (a cozinha naquela casa antiga do interior eviden-temente tinha fogão a lenha). Faltando lenha não haveria café; faltando café a conversa não se justificava... De repen-te a empregada ouviu uma voz cava que saía do fundo da garganta da pro-fessorinha:

“Maria, racha o Tobias!”“Que disse a senhora? Que faça

lenha com o busto de Tobias?”“Isso mesmo!”, repetiu de forma

incrivelmente decidida a professori-nha. “Racha o Tobias!”

A partir daquele momento a

sombra agourenta de Tobias desapa-receu... A amizade virou namoro e o namoro, casamento.

Hoje se pode ver nessa cidadezi-nha do interior um casal muito feliz, que todos os dias à tardinha dá um passeio à beira do rio, acompanha-do de uma criança, o seu filhinho, que alegremente corre por todas aquelas campinas. Essa história fi-cou para mim como um símbolo.

Poderíamos perguntar: quem é o seu “Tobias”? Qual é a sombra que paira na sua vida? Que mágoa, que decepção, que medo, que derrota o prendem ao passado? Que comple-xo, que nostalgia, que rancor, que frustração o impedem de correr agil-mente para o futuro?

“Racha o Tobias!”, deveríamos ouvir gritar a nossa consciência.

Se queremos ser jovens, não po-demos carregar os mortos do passado. Jesus nos diz no Evangelho: “Deixa que os mortos enterrem os seus mor-tos; vem e segueme” (Mat. 8, 22).

Seguir o Senhor, livres dos mor-tos do passado - liberados do peso da nossa corcunda ligeiros - como os atletas, correndo livremente para o ideal do nosso futuro.

“Racha o Tobias”, o “Tobias” que o está tornando um velho decrépito, e passa a viver livre dos fantasmas do passado (Rafael Llano Cifuentes, “85 Experiências sobre o Amor”).

Peçamos a Deus que nos ajude a desprender-nos de todas as rea-lidades do passado que devem ser esquecidas, mágoas, erros, fracas-sos, decepções etc, e que nos ajude a ter um olhar fixo para a frente, onde Ele nos espera.

Uma santa semana a todos!

Pe. Paulo M. Ramalho

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MeditaNdo eM equipe22 de abril de 1500: a descoberta de um “país tropical,

abençoado por Deus”. Para confirmá-lo, as “sete bênçãos da terra”, prometidas por Deus, parecem aplicar-se melhor à Terra de santa Cruz do que qualquer outra: “eis que Deus vai te introduzir numa terra boa: terra cheia de ribeiros de água e de fontes profundas que jorram no vale e na montanha; terra de trigo e cevada, de vinhas, figueiras e romãzeiras; terra de oliveiras, azeite e de mel; terra onde vai comer pão sem escassez – nela nada te faltará!, - terra, cujas pedras são de ferro e de cujas montanhas extrairás o cobre. Comerás e ficarás saciado, e bendirás a teu Deus na terra que ele te dará” (Dt 8, 7-10). O vocábulo terra é inculcado sete vezes neste texto!

escuta da palavra em dt 8, 11-20

Sugestões para a meditação:

1. as bênçãos de Deus não são mero ufanismo. Confira isto no v. 11.

2. Qual a responsabilidade do Brasil, grande produtor de alimentos, perante a fome do mundo?

3. Procure entender a história do povo judeu à luz dos vv. 18-20.

4. somos realmente um país cristão?

Frei Geraldo de araújo Lima, o. Carm.

oração Litúrgica

“Visitais a nossa terra com as chuvas, e ela transbordará de fartura.rios de Deus que vêm do céu derramam águas, e preparais o nosso trigo.

É assim que preparais a nossa terra: vós a regais e a aplainais,Os seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras.

O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos são fecundos;Transborda a fartura onde passais, brotam pastos no deserto.

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Movimento de espiritualidade Conjugal

R. Luís Coelho, 308 • 5º andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SPFone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de Nossa Senhora

JÁ teMoS papa! No final do fechamento da carta, nos chega a boa nova: “Habemos Papam”! Impossível não refazer nossa capa diante de tão importante notícia para todos nós cristãos católicos, e de modo especial para nós latino-americanos. Que o Papa Francisco seja iluminado pelas luzes do espírito santo para conduzir a nossa Igreja. Como ele mesmo pediu: rezemos por ele!