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Equipes de Nossa Senhora IGREJA CATÓLICA Verbum Domini p. 06 SUPER-REGIÃO Sedentos da Palavra de Deus p. 03 MARIA "Fazei tudo o que Ele vos disser" p. 12 CARTA Mensal SUPER-REGIÃO BRASIL VISITA A PROVÍNCIA NORDESTE Salvador Aracajú Maceió Ano LIII•set 2013 • nº 474

ENS - Carta Mensal 474 - Setembro/2013

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Page 1: ENS - Carta Mensal 474 - Setembro/2013

Equipes de Nossa Senhora

IGREJA CATÓLICAVerbum Dominip. 06

SUPER-REGIÃOSedentos da

Palavra de Deusp. 03

MARIA"Fazei tudo o que

Ele vos disser"p. 12

CARTAMensal

SUPER-REGIÃO BRASILVISITA A PROVÍNCIA

NORDESTE

Salvador

Aracajú

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RAÍZES DO MOVIMENTOO casal permanente ............................23

TESTEMUNHOA Palavra de Deus em nossas vidas ......25Os desafios dos casais jovens nas ENS ......26ENS - Coral Mater Dei ...........................27

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇOUm tempo - retiro em Ribeirão Preto-SP ...29Retirar-se para ir ao encontro ...............30O "dever de sentar-se" segundo Pe. Caffarel ..31Regra de vida... ...................................32Escuta da Palavra .................................33

Pe. CAFFARELPadre Caffarel - sua bíblia em imagens ......34

EJNSDiversidade na unidade ...........................35

CNSEAmai-vos uns aos outros como eu vos amo .36

NOTÍCIAS .............................................37

REFLEXÃOA bíblia .................................................40

CARTA MENSALnº 474 • set 2013

EDITORIAL Da Carta Mensal ...................................01

SUPER-REGIÃOA luz da fé ............................................02Sedentos da Palavra de Deus ................03É possível sim! .......................................... 04

IGREJA CATÓLICAVerbum Domini ....................................06O pecado da omissão ...........................07

PASTORAL FAMILIARFamília, recurso da sociedade ...............08

CORREIO DA ERIENS - sinal profético de um mundo novo ...09Viver os conteúdos da fé ......................10

MARIA"Fazei tudo o que ele vos disser" ...........12

FORMAÇÃOSer intercessor ......................................13Caminho para a velhice ................................14Eucaristia: fonte e ápice da vida cristã ........15

TEMA DE ESTUDOViver a conjugalidade ...........................17

VIDA NO MOVIMENTOSessão de formação ............................18EEN - Encontros de equipes novas ......20

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fatima e Joel - Glasfira e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Bar-cellos - Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Imagens: Canstockphoto: capa, pp. 8,16,17 e 48 - Tiragem desta Edição: 23.300 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Rua Luís Coelho, 308 Cj. 53 11º andar - 01309-902 São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

ENCARTEVISITA DA SUPER-REGIÃO BRASIL

À PROVÍNCIA NORDESTE

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Edit

ori

alQueridos IrmãosTodos os anos, a nossa Igreja,

através da CNBB, disponibiliza um rico material sobre a Bíblia, para animar os estudos durante o mês de setembro e dar um norte às Escolas Bíblico-Catequéticas.

Entregamos esta edição a vo-cês, com artigos muito bons sobre a “Palavra de Deus”.

Nesse contexto, Cida e Raimun-do lembram um dos compromissos pedidos aos equipistas e refere os sermões de São João Crisóstomo, como fundamento para as ações sugeridas: Eu vos suplico, vinde muitas vezes à Igreja, para ouvir a Sagrada Escritura....

Hermelinda e Arturo, por sua vez, nos dizem que “é possível sim!” tender para a santidade conjugal, levantam alguns questionamentos sobre coragem, caminho, medo, esforço e, na Escuta da Palavra, citam o Papa Francisco: ouvir não somente com os ouvidos, mas com o coração, para que a Palavra atue no nosso íntimo... A Fé nasce da es-cuta, e se fortalece no anúncio.

Pe. Paulo Renato - SCEP Sul I, conta uma pequena história para nos mostrar que o termo “Palavra de Deus” teologicamente é muito mais amplo. Ele conclui o excelente texto exortando-nos a, no mês da Bíblia, valorizar o Livro Santo para, na ver-dade, adorar o Verbo, Jesus Cristo, Palavra de Deus por excelência.

Leiam a Família, Recurso da So-ciedade (p. 8) Viver os Conteúdos

da Fé (p. 10) e o artigo do Pe. José Jacinto-SCE da ERI (p. 9) e perce-bam como eles se completam. Cita-mos também dois artigos interessan-tes que, em que pese os “extremos”, têm, na fé, a unidade: Caminho para a Velhice (p. 14) e O Desafio dos Casais Jovens nas ENS (p. 26), na verdade são dois desafios, cada um no tempo de Deus.

Pedimos atenção para a bandei-ra Vida no Movimento que regis-tra os Encontros de Equipes Novas, com testemunhos que nos levam a crer, o quanto foi sábia a decisão da SRB em implementá-los.

O Encarte leva a vocês um pou-co do que foi a Visita da Equipe da SRB à Província Nordeste, nas Re-giões Bahia, Sergipe e Alagoas. Não podemos negar que a emoção que invadiu a todos: visitantes e visita-dos têm nela o amor incondicional do Pai, sentido nas recepções, nas apresentações, mas, principalmen-te, nas Celebrações Eucarísticas.

Para o fim, reservamos o início da nossa Carta Mensal. Nesse mo-mento em que estamos redigindo este Editorial, o Papa Francisco está em Aparecida, é, realmente, um pre-sente inesquecível para o Brasil.

Pe. Miguel abre esta edição fa-lando de como o Papa presenteou o Mundo com a entrega da “Lumem Fidei” - A luz da Fé.

Tenham um mês santo diante do Livro Divino!

Zezinha e JailsonCR Equipe da Carta Mensal

Tema: “Caminho da vida espiritual em casal”

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No dia 29 de junho de 2013, na solenidade de São Pedro e São Paulo, dentro do Ano da Fé, o Papa Francisco presenteou a Igreja com a Encícli-ca “LUMEM FIDEI”. Essa Encíclica, como disse o próprio Papa Francisco, foi “escrita a quatro mãos”, pois o papa emérito Bento XVI já havia iniciado sua elaboração, antes de deixar o pontificado (cf. n.

7). O Papa emérito Bento XVI já havia escrito outras duas encíclicas sobre as virtudes teologais: caridade (DEUS CARITAS EST – Deus é amor), esperança (SPES SALVI – Salvos na esperança). Agora o Papa Francisco completa a “trilogia das virtudes teologais” com uma encíclica sobre a fé (LUMEM FIDEI – A Luz da Fé).

A encíclica tem quatro capítulos com os temas a seguir: o primei-ro, “Acreditamos no amor” (cf. IJo 4, 16); o segundo, “Senão acre-ditardes, não compreendereis” (cf. Is 7, 9); o terceiro, “Transmiti-vos aquilo que recebi” (cf. ICor 15,3); o quarto, “Deus prepara para eles uma cidade” (cf. Hb 11,16) e conclui com o exemplo da fé de Maria, “Feliz daquela que acreditou” (cf. Lc 1, 45).

A vivência da fé se dá a partir da experiência existencial do amor de Deus. É nessa relação de amor que nasce a confiança, que faz acreditar, que nasce a fé. Os casais, especialmente equipistas, fizeram também essa experiência na sua própria vida a dois. Co-nheceram-se, amaram-se e finalmente confiaram profundamente um no outro. “A união do homem e da mulher nasce do seu amor, sinal e presença do amor de Deus, nasce do reconhecimento e aceitação do bem que é a diferença sexual, em virtude da qual os cônjuges se podem unir numa só carne” (cf. Gn 2,24) (cf. n. 52). A fé nasce de um encontro pessoal com Deus que é cheio de amor e fidelidade. Ele nos criou, nos deu um mundo para vivermos, nos deu a família e se encarnou no meio de nós e, pela ressurreição do seu Filho, nos trouxe a vida eterna.

Os números 52 e 53 tratam sobre a fé e a família. “O primeiro, no âmbito da cidade dos homens iluminados pela fé, é a família” (cf. n. 52). “Em família, as crianças aprendem a confiar no amor de seus pais. Por isso, é importante que os pais cultivem práticas de fé comuns na família; sobretudo os jovens, devem sentir a proximidade e a atenção da família e da comunidade eclesial no seu caminho de crescimento da fé” (cf. n. 53). Aproveitemos mais esse precioso ensinamento da Igreja para crescermos na fé.

Um abraço com carinho. No Coração de Jesus, Pe. Miguel Batista, SCJ

SCE da Super-Região Brasil

A LUZ DA FÉ

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SEDENTOS DA PALAVRA DE DEUS Queridos irmãos:Um dos compromissos pedi-

dos aos equipistas de todo o Brasil para este ano foi o de empenhar-se em crescer na espiritualidade em vista de percorrer, destemidamen-te, os caminhos de vida espiritu-al do casal. Para atingir esse fim, algumas ações foram sugeridas: a participação na Eucaristia (o má-ximo possível), preferentemente o casal, e a adoção da Regra de Vida como instrumento de crescimen-to espiritual do casal.

Em seus sermões São João Cri-sóstomo preocupa-se com o pro-gresso espiritual dos cristãos casa-dos que o ouvem. Para tanto, ele os convida a se empenharem sempre mais na conquista da perfeição na vida cristã, incentivando-os a ver quão importante e primordial é a leitura meditada da Bíblia no lar. Vale a pena relembrar suas pala-vras: “Eu vos suplico, vinde muitas vezes à Igreja, para ouvir a Sagrada Escritura, mas que não seja somen-te na Igreja; nas vossas casas, to-mai em mãos os Livros divinos, de modo a recolher com grande cuida-do o que de útil eles encerram... do mesmo modo que o alimento ma-terial aumenta as forças do corpo, a sua leitura aumenta as forças da alma. É um alimento espiritual que fortalece a alma, tornando-a mais enérgica e mais sábia...” *

Na carta a Timóteo (IITm 3, 16), São Paulo diz que “Toda Escri-tura é inspirada por Deus e é útil

* Carta Mensal junho-julho 2012 p. 25.

para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar con-forme a justiça”.

Segundo o documento “Diretri-zes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015”, o atual momento convida o discípulo missionário a (re) descobrir a intimi-dade com a Palavra de Deus como lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo (p. 43). E, ainda, afirma claramente: “ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo” (p. 43).

Amados irmãos, ao (re) ler-mos os textos acima, não sentimos dentro de nós o desejo de, neste mês consagrado à Bíblia, “ousar” propor-nos a Regra de marcar, dia-riamente, um encontro com Cristo, sentar-nos aos seus pés (como Ma-ria) e escutar a sua voz, em meio a tantas outras vozes, mediante as Sagradas Escrituras?

Do nosso esforço depende nos-so progresso espiritual. Que seja fecunda nossa Regra de Vida!

Unidos em oração, Cida e Raimundo CR Super-Região

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É POSSÍVEL, SIM!

Cada um de nós deveria inter-rogar-se: Como testemunho Cristo com minha fé? “Temos a coragem para pensar, decidir e viver como cristãos, obedecendo a Deus”? (Papa Francisco)

E quando Cristo nos convoca a sermos perfeitos, ao dizer: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. (Mt 5, 48)

Para completarmos nossa linha de pensamento, Padre Caffarel nos afirma: “As ENS têm por objetivo essencial ajudar os casais a tender para a santidade. Nem mais, nem menos”.

Ora, perfeição e santidade nos assustam, a princípio, e parecem impossíveis no mundo atual que nos cerca! Entretanto, lembremos que foi Ele que nos chamou nos convidou a seguir o Seu caminho, nos escolheu, e prometeu estar conosco até o fim: “Eis que es-tou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 20).

E ao mostrar o caminho através do seu Evangelho, entendemos que “ser perfeito” e “ser santo” é iniciativa e obra de Deus (graça), e “viver como perfeitos e santos” é a nossa resposta à esta graça.

Isto requer de nós esforço conti-nuado e firme, requer perseveran-ça e determinação. A caminhada não se fará sem tropeços, cansa-ços, desânimos. O essencial é sem-pre recomeçar!

Para ajudar a despojar-nos dos numerosos ídolos, que frequen-temente conservamos bem es-condidos, tais como a ambição, o carreirismo, o gosto do suces-so, o sobressair-se, enfim qualquer pecado ao qual estamos presos; as ENS, com sua pedagogia própria, nos alimentam e direcionam conti-nuamente ao amor fiel, através de alguns meios de aperfeiçoamento e santidade tais como:

- Oração Interior (pessoal): quando aprendemos a estar com Ele, na sua intimidade, e atentos à Sua voz, nos tor-namos prontos a responder com generosidade. Então a nossa oração se tornará a do próprio Cristo.

- Oração Conjugal: esta requer uma disposição prévia:

• que na hora da oração cesse toda a divergência e se estabeleça a paz;

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• que os cônjuges tomem consciência que Cristo está impaciente para lou-var o Pai através deles;

• que juntos, escutem o Cristo, buscando o Seu pensamento sobre eles e o lar;

• que após terem escu-tado e compreendido, fala-se espontaneamen-te com a simplicidade de uma criança que se dirige ao Pai; e as duas almas já não impenetráveis uma à outra.

- Escuta da Palavra: ouvir não somente com os ou-vidos, mas com o coração, para que a Palavra atue no nosso íntimo “como a chu-va fina que penetra a terra, fecundando a semente nela lançada”. “A Fé nasce da es-cuta, e se fortalece no anún-cio.” (Papa Francisco)

- Eucaristia: é o nosso alimen-to espiritual, no qual numa relação íntima com Jesus, temos vida, nos tornando si-nais do amor de Deus para os outros. O casal cristão que se alimenta da Palavra e do Pão da Vida se torna “hós t ia santa” um para o outro, e juntos para seus

filhos e para o mundo.

- Formação: “as ENS aspi-ram a fazer de seus mem-bros cristãos adultos” (Padre Caffarel). Visam mais que o enriquecimento intelectual, o aprofundamento interior, e como “armas de defesa” nos protegem contra a in-constância, a tentação de desânimo e a preguiça.

- Disponibilidade: ao servi-ço, ao anúncio, tanto no Movimento quanto na Igreja. Esta atitude reflete o próprio Cristo, pois como aconse-lhou São Francisco de Assis aos seus irmãos: “Pregai o Evangelho: caso seja neces-sário, mesmo com as pala-vras”. Ou seja, pregar com a vida, com o testemunho, no lugar designado por Ele: família, profissão, Equipe, Igreja, cidade...Existem vários caminhos a se-

guir de acordo com as várias espi-ritualidades.

Se fomos escolhidos por Deus para seguir o seu chamado nas ENS então sigamos o conselho do Padre Caffarel: “Se a união com Cristo é para vocês o essencial, e se as ENS lhes parece ser o meio providencial para alcançá-lo, então as ENS devem ocupar um lugar es-sencial em suas vidas”.

Hermelinda e ArturoCR Província Sul I

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lica VERBUM DOMINI

Em uma paróquia onde tra-balhei, preparando a liturgia do mês de setembro, tradicional-mente celebrado como o “Mês da Bíblia”, uma senhora me dis-se certa vez: “Padre, vamos valo-rizar mais nesse mês a Palavra de Deus”. Entendo que a intenção dela era das melhores, todavia carecia, não por culpa dela, de clareza teológica. Ela queria fa-lar da “Sagrada Escritura”, do “Livro Santo”, mas não tinha consciência, repito não por cul-pa dela, que o termo “Palavra de Deus” é muito mais amplo.

O Papa Emérito Bento XVI, grande teólogo, em sua Exorta-ção Apostólica Pós-Sinodal Ver-bum Domini, particularmente no numero 7, nos ajuda a aprofun-dar o significado do termo “Pala-vra de Deus”.

Bento XVI esclarece as “di-versas modalidades com que usamos a expressão Palavra de Deus”. Para isso ele usa a ex-pressão “sinfonia da Palavra”, referindo-se a uma Palavra úni-ca que se exprime de diversos modos: “um cântico a diversas vozes”. Enumera essas vozes es-crevendo que Palavra de Deus é antes de tudo, como nos mostra claramente o Prólogo de João, o Verbo eterno que estava junto de Deus, o Verbo que era Deus. Este Verbo – afirma São João – “fez-Se carne” (Jo 1, 14). Assim a expressão “Palavra de Deus” acaba por indicar aqui a pessoa

de Jesus Cristo, Filho eterno do Pai feito homem. Além disso, se no centro da revelação divina está o acontecimento de Cristo, é preciso reconhecer que a própria criação constitui também essen-cialmente parte desta sinfonia a diversas vozes na qual Se ex-prime o único Verbo. Do mesmo modo confessamos que Deus co-municou a sua Palavra na histó-ria da salvação, fez ouvir a sua voz; com a força do seu Espírito, “falou pelos profetas”. Por conseguinte, a Palavra divina exprime-se ao longo de toda a história da salvação e tem a sua plenitude no mistério da encarnação, morte e ressurrei-ção do Filho de Deus. E Palavra de Deus é ainda aquela pregada pelos Apóstolos, em obediência ao mandato de Jesus Ressusci-tado: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura” (Mc 16, 15). Assim a Palavra de Deus é transmitida na Tradição viva da Igreja. Enfim, é Palavra de Deus, atestada e di-vinamente inspirada, a Sagrada Escritura, Antigo e Novo Testa-mento.

Tudo isto nos faz compreen-der por que motivo, na Igreja, ve-neramos extremamente as Sagra-das Escrituras, apesar da fé cristã não ser uma “religião do Livro”: o cristianismo é a “religião da Palavra de Deus”, não de “uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo”.

O Papa conclui esse pensa-

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mento constatando uma necessi-dade para a Igreja: “...é necessá-rio que os fiéis sejam mais bem formados para identificar os seus [da Palavra de Deus] diversos significados e compreender o seu sentido unitário. E do ponto de vista teológico é preciso também aprofundar a articulação dos vá-rios significados desta expressão, para que resplandeça melhor a

unidade do plano divino e, nes-te, a centralidade da pessoa de Cristo.

No mês da Bíblia, valorizemos o Livro Santo para na verdade adorar o Verbo, Jesus Cristo, Pa-lavra de Deus por excelência.

Pe. Paulo Renato CamposSCE Província Sul I

São José dos Campos-SP

O PECADO DA OMISSÃO

“Sabeis cristãos, sabeis prínci-pes, sabeis ministros que, se vos há de pedir estreita conta do que fizestes, mais muito mais estreita se vos há de pedir daquilo que deixastes de fazer.

Pelo que fizeram, se hão de condenar muitos; pelo que não fizeram, todos. As culpas por que se condenam os réus são as que se contêm nos relatórios das sen-tenças. Lede agora o relatório da sentença do Dia do Juízo e notai o que diz: “Ide, malditos, ao fogo eterno!” - E por quê? Porque não destes de comer, porque não destes de beber, porque não re-colhestes, porque não visitastes, porque não vestistes.

Em suma, que os pecados que ultimamente hão de levar os con-denados ao inferno são os peca-dos de omissão. Por uma omis-são perde-se uma inspiração; por uma inspiração perde-se um auxílio; por um auxílio perde-se uma contrição; por uma contri-

ção perde-se uma alma; por uma omissão dai contas a Deus de uma alma ”

No século XVII o sábio Padre Antonio Vieira nos deixou este pensamento:

Não obstante a palavra de DEUS a Bíblia Sagrada nos fala da iniquidade, e por vários mo-mentos, eis uma delas: “Amas-te a justiça e odiaste a ini-quidade. Por isso, Deus, o teu Deus te ungiu com per-fume de festa, preferindo-te aos teus companheiros” (Hebreus 1, 9).

Portanto, meus irmãos, sere-mos julgados muito mais pelo que deixamos de fazer, do que pelo que fizermos. Pensemos nisso!

Donizeti, da SilviaEq.09B - Madre de DEUS

Mogi das Cruzes-SP

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FAMÍLIA, RECURSO DA SOCIEDADE

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Trecho da reflexão do pre-sidente do Pontifício Conselho para a Família na abertura do Congresso que celebrou os trin-ta anos da Carta dos direitos da família.

“A ocasião do encontro é ofe-recida pela comemoração dos trinta anos da Carta dos direitos da família, publicada por este Di-castério. A Santa Sé – em 1983 – sentiu o dever de oferecer sua contribuição diante da pouca con-sideração que era dada, inclusive pelos responsáveis das instituições públicas, à família como sujeito próprio de direito. Desde então, o mundo transformou-se, mas a Car-ta conserva toda a sua atualida-de. Aliás, cresceu a sua urgência. De fato, se por um lado emerge de maneira cada vez mais forte a perspectiva dos direitos indi-viduais, um aspecto totalmente legítimo, por outro a família pa-rece sempre mais enfraquecida também porque está perdendo as proteções que tinha no pas-sado. Ainda mais numa socie-dade que já não lhe é favorável: os indivíduos constituem família das maneiras mais diversas e a sociedade encoraja-as à máxi-ma variedade; qualquer forma de ´convivência` pode ser re-clamada como família, o impor-tante – frisa-se – é o amor. É a tese da “pluralização das formas familiares”. Deste modo, a famí-lia não é negada mas é posta ao lado de novas formas de vida e de experiências relacionadas que

aparentemente são compatíveis com ela, mas que na realidade a desmantelam.

O debate contemporâneo so-bre a família concentra-se sempre mais numa questão de fundo: a família, entendida como casal estável homem-mulher com os próprios filhos (alguns estudiosos chamam-lhe: normo-constituída), ainda é um recurso para a pessoa e a sociedade ou é só uma sobre-vivência do passado que impede tanto a emancipação dos indiví-duos como o evento de uma so-ciedade mais livre, igualitária e feliz? Com efeito vivemos uma situação paradoxal. Por um lado, continua-se a atribuir aos vínculos familiares um grande valor, e sem dúvida deve ser assim; mesmo com as contradições, o sonho de ter uma família ocupa o primeiro lugar nas preocupações da maio-ria das pessoas. Por outro lado, os vínculos estão interrompendo-se, as rupturas conjugais são sempre mais frequentes e, com elas, a au-sência de um dos pais; as famílias perdem-se, separam-se, recom-põem-se, e isto faz com que possa-mos concordar com um estudioso como Xavier Lacroix quando diz que à deflagração das famílias é o problema número um da socieda-de hodierna`” (De chair et parole, Fonder la famille, Paris, 2007)”.

Colaboração de Cida e Raimundo

CR Super-Região BrasilFonte: L´Osservatore Romano p. 2, 23/06/2013

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O Movimento das Equipes de Nossa Senhora tem como carisma, desde os seus inícios, pro-mover a santidade dos casais, e este

é o sentido da conhecida expressão do Pe. Caffarel: procuremos juntos. Nos anos quarenta do século pas-sado esta ideia de que todos somos chamados à santidade ainda não era totalmente assumida, como se a santidade fosse apenas para alguns, os que eram chamados à perfeição evangélica, no sacerdócio e na vida religiosa. Era a teoria dos dois ca-minhos: o caminho dos conselhos evangélicos (obediência, pobreza e castidade), para alguns, e o caminho dos preceitos, para os outros, que eram, na verdade, a maioria.

Esta doutrina das duas vias base-ava-se numa certa interpretação da conhecida passagem evangélica do jovem rico (Mt 19,16-22). Conheceis bem o texto, seguramente. Ao jovem que perguntava o que devia fazer para alcançar a vida eterna, Jesus começou por responder: cumpre os mandamentos. Mas como o jovem já os cumpria desde a sua juventu-de, e era sincero, estava a dizer a verdade, Jesus faz-lhe então a pro-posta: se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá aos po-bres… vem depois e segue-me.

Os Padres da Igreja e a teologia espiritual interpretaram este texto no sentido dos dois caminhos: dos preceitos, para todos; dos conse-

lhos evangélicos, para alguns, para os perfeitos.

Hoje o entendimento deste episó-dio vai noutra direção. O que está em causa, segundo a lógica do Evange-lho, é a relação entre a Lei e a Graça, entre o Antigo e o Novo Testamento. É verdade que já a Lei comportava em si o ideal de santidade, segundo a palavra da Escritura: sede santos como eu sou santo (Lev 19,2). Mas agora, a santidade e a perfeição – sede perfeitos como o Pai celeste é perfeito (Mt 5,48) – passa pelo segui-mento de Jesus Cristo – obediente, pobre e casto –, colocando Deus, su-mamente amado no centro de toda a vida. S. Bento dizia na sua Regra que não devemos antepor nada a Deus.

O Concílio Vaticano II consagrou esta interpretação da passagem do Evangelho e proclamou, com toda clareza, que todos os cristãos, em to-dos os estados de vida e condições sociais, são chamados à santidade. Isto quer dizer que os casais e as famí-lias cristãs são chamadas à perfeição da santidade, e esta não é uma via optativa, mas o único caminho que todos somos chamados a percorrer. Esse caminho é Cristo, que é o cami-nho da Igreja, como gostava de dizer o beato Joao Paulo II. Penso que é sobretudo neste sentido que deve-mos tomar a expressão que nos tem acompanhado desde Brasília: ousar viver o Evangelho, ou seja, tomar a sério os apelos evangélicos da exi-gência da santidade na nossa condi-ção de discípulos de Cristo, de filhos de Deus. Ora o matrimônio é, se-

EQUIPES DE NOSSA SENHORAsinal profético de um mundo novo

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gundo o ideal evangélico, constituído por dois discípulos que se amam no Senhor: por isso é que o homem dei-xará pai e mãe e se unirá à sua esposa e serão uma só carne (Mt 19,4-6).

O Papa Francisco tem apelado a esta urgência de colocarmos Deus bem no centro da nossa vida. No nosso Movimento, os pontos con-cretos de esforço, e muito particular-mente, a oração conjugal e o dever de sentar-se, são uma ajuda precio-sa, muito simples de se realizar, para nos colocarmos no caminho da san-

tidade. E deste modo o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, na fidelidade ao seu carisma e missão na Igreja, será um sinal profético de um mundo novo, diferente deste em que vivemos, que todos, com a gra-ça de Deus e a proteção de Nossa Senhora, desejamos construir, onde reine verdadeiramente a justiça, a paz e a fraternidade.

Saúdo-vos muito cordialmente no Senhor, com muita amizade.

Pe. José Jacinto FariasSCE da ERI

VIVER OS CONTEÚDOS DA FÉ

Queridos amigos equipistas,Enquanto prosseguimos a nossa caminhada nes-te Ano da Fé, promulga-do pelo Papa Bento XVI na sua Carta Apostólica Porta Fidei, só no fim da sua carta ele nos recorda que, se a fé é importante, também as ações o são.

Para percebermos e vivermos verdadeiramente a fé, temos, em primeiro lugar, que compreender o conteúdo da fé: “De fato, existe uma unidade profunda entre o ato com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento” (Porta Fidei, 10).

A Porta Fidei sugere-nos ainda que o Catecismo da Igreja Católica seja indispensável para adquirir-mos um conhecimento sistemático do conteúdo da fé, na medida em que é aí que encontramos o con-teúdo essencial e fundamental da

doutrina. Como pode-mos dar pleno assenti-mento à nossa fé sem conhecer e praticar o seu conteúdo?

Por analogia, pode-ríamos também sugerir que é através dos do-

cumentos fundamentais das Equi-pes de Nossa Senhora e nos escritos do Pe. Caffarel que nós, equipistas, chegamos a compreender completa-mente o carisma e a mística do que significa pertencer às Equipes, e as-sim podermos prosseguir fielmente a nossa caminhada para a santidade.

O Papa Bento lembra-nos ainda que a fé deve expressar-se através de atos de amor e de serviço aos outros – estes atos de caridade são fruto da fé. Grande número de equipistas oferece já, livremente, o seu tempo e a sua energia para ajudar o próximo. E fazem-no de maneiras diferentes, na sociedade e em privado, mas sempre com um verdadeiro sentido

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de fé, de amor e de cuidado para com os outros.

“É a fé que permite reconhecer Cristo, e é o seu próprio amor que impele a socorrê-l’O sempre que Se faz próximo nosso no caminho da vida” (Porta Fidei, 14).

No Encontro Internacional de Brasília, em 2012, foi-nos recorda-da a parábola do Bom Samaritano, e pessoalmente fomos constante-mente lembrados dos cuidados e da hospitalidade dos equipistas no mundo inteiro. O fato de acolher-mos desconhecidos em nossa casa e de lhes permitirmos partilhar e fa-zer parte da nossa vida é verdadei-ramente um ato de caridade. Para nós, é isso que define a universali-dade do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Apesar das diferenças de língua e de cultura, a única constante é o fato de sermos imediatamente acolhidos e aceites como membros das equipes, da mesma forma que todos os meses acolhemos e partilhamos com os outros membros da nossa própria equipe. Quando temos a sorte de participar numa reunião de equipe, em qualquer parte do mundo, senti-mo-nos imediatamente parte dessa equipe, na medida em que partilha-mos um laço comum, baseado no “conteúdo” da fé da nossa equipe.

O Papa Bento pede-nos que não nos limitemos a viver a nossa fé, mas que sejamos verdadeiras testemunhas da fé: “Aquilo de que o mundo tem hoje particular neces-sidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor…” (Porta Fidei, 15).

É verdadeiramente profético que

há mais de sessenta anos o funda-dor do nosso Movimento, o Pe. Hen-ri Caffarrel, tenha expressado sen-timentos semelhantes ao escrever:

“A cristandade tem necessidade do vosso testemunho; […] é preciso que vos sintais, e vos queirais, res-ponsáveis pelo nosso Movimento e pela sua missão. É preciso que acrediteis no que fazeis, e o façais com entusiasmo”(Pe. H. Caffarel, Editorial, Abril de 1949)

Todos temos, pois, uma obriga-ção: viver o conteúdo da nossa fé nas nossas ações quotidianas ou ser para os outros as testemunhas entu-siastas dos benefícios e das alegrias do nosso Movimento das Equipes. Estas duas atitudes não são incom-patíveis, visto que foi o desejo de aprofundar a nossa fé em casal que nos atraiu para as Equipes, e que é através das Equipes que entramos em contacto com os outros casais para que também eles possam fazer a experiência da riqueza espiritual e da plenitude do seu matrimônio.

Ao aproximar-nos do termo do nosso período de serviço na Equipe Responsável Internacional (ERI), agradecemos a todos os que, pela sua fiel inspiração e pelo seu entusiasmo, nos deram o seu tes-temunho e nos animaram a viver e a aumentar a nossa fé e a nossa compreensão das Equipes nestes últimos anos.

Que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora continue a cres-cer e a prosperar como um exem-plo autêntico e duradouro de fé, de amor e de caridade!

Jan e Peter RaltonZona Eurásia, ERI

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12 CM 474

Mar

ia

Quando pensamos em Maria, a mãe de Jesus e mãe da Igreja, é esta a frase que nos vem à mente: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Ora, uma mulher de poucas pa-lavras como Ela que, junto à cruz, aceitou o silêncio de Deus e tam-bém o fez seu, resume com sabe-doria e amor todo o Evangelho: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.

E então o que Ele nos diz?Em João (15, 11-12) suas pa-

lavras são: “Disse-vos essas coi-sas para que a minha alegria es-teja em vós e a vossa alegria seja completa. Este é o meu manda-mento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo”.

Acreditamos que Maria, não apenas como mãe, mas principal-mente como discípula primeira e atenta, compreendeu imediata-mente os anseios de Cristo para sua Igreja, pois “guardava todas essas palavras, meditando-as no

“FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER” Jo 2, 5

coração” (Lc 2, 19).Por tanto, seremos felizes e

completos quando aprendermos a seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e ninguém é melhor que uma mãe para orientar e educar nosso caminho.

Nesta mulher tão silenciosa, tão amorosa e cheia da graça de Deus, encontramos simples e perfeitamente o modelo cristão de viver: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.

Cremos que a família é o presé-pio perfeito onde nasce a alegria da Mãe Maria em todas as vezes que o casal se reconcilia de uma discussão; o mesmo casal educa seus filhos para a fé cristã; a família se reúne e desliga a TV para simplesmente “es-tar junta”; o mandamento do amor de Jesus se faz presente.

Claro que não somos ingênuos, e sabemos que nem tudo na vida é perfeito nem fácil! Porém Cristo nos amou primeiro, nos conhece como somos e por isso nos deixou Maria: a terna Mãe que nos consola, anima e dirige em todos os momentos de nossas vidas!

Maria, Senhora nossa, volta teu olhar materno para a nossa vida conjugal e, como em Caná, alerta teu Filho para as aflições do nosso matrimônio. Faremos, sim, tudo o que Ele nos disser: amando-nos, respeitando-nos todos os dias de nossas vidas. Amém!

Luciana e FernandoEq.16 - N. S. da Alegria

Itu-SP

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CM 474 13

SER INTERCESSOR

Form

ação

É uma graça recebida de Deus estar sempre presente e disponível para aquelas pessoas que, em um determinando momento de suas vidas, precisam de orações para conseguir chegar até ao Pai, nas suas necessidades de cura física, mental ou espiritual.

O intercessor é o cristão que está disposto a fazer o que for ne-cessário, em combate na oração, para que uma situação mude. Pedi e vos darão, buscai e encon-trareis, batei e vos abrirão, pois quem pede recebe, quem busca encontra, a quem bate lhe abrem (Mt 7, 7).

Orar pelos outros é deixar um pouquinho de ser você para ser um pouco o outro, aquele necessi-tado, que lhe confidencia e confia-lhe as suas dúvidas, seus pedidos de cura, para que sejam libertados de suas angústias, medos, incerte-zas, de suas tristezas, e dores.

Que a nossa oração seja sus-tentada pela intercessão de Maria, Mãe da Igreja e modelo de dispo-nibilidade à voz de Deus, para le-var os pedidos que nos são feitos, até Àquele que acolhe, na sua in-finita misericórdia, todos os nos-sos pedidos e necessidades, indis-tintamente de quem quer que seja de credo, de pertencer a essa ou aquela religião, classe econômica, grau de influência na sociedade ou de sua espiritualidade.

Devemos ter consciência para sermos alentos e jamais desampa-rar alguém, jamais deixar que as pessoas que nos procuram caiam

no desânimo ou venham a ter in-certezas na sua fé.

Normalmente as pessoas estão desesperadas e querem um resul-tado urgente, de imediato, entre-tanto, os pedidos serão sempre aceitos por Deus Pai; quanto ao tempo, será sempre no tempo de Deus. “O Pai sabe do que necessi-tais, antes que o peçam” (Mt 6, 8).

Temos que estar sempre aten-tos, orar na simplicidade, não uma oração com palavras difíceis ou bonitas, para não cair na tentação do orgulho, do querer se mostrar que estamos orando ou receber elogios. “Quando fores rezar, en-tra no teu quarto, fecha a porta e reze a teu Pai em segredo. E teu Pai, que vê o escondido, te paga-rá” (Mt 6, 6-7).

Por intermédio de Jesus Cristo, todos os batizados tornam-se inter-cessores, pois por este sacramento de iniciação cristã, nos tornamos filhos adotivos de Deus e partici-pamos do mesmo múnus (servi-ço) sacerdotal, profético e régio de Jesus Cristo.

Portanto, todo o batizado é un-gido pelo Espírito Santo de Deus, que nele habita, capacitando-o a orar pelas necessidades das pes-soas, países, famílias, etc.

“Vai, a tua fé te curou!”: É o desejo do Pai manifestado em Je-sus Cristo, o verbo encarnado, a única verdade.

Odete e OrlandoEq.08A - N. S. de Fátima

Santos-SP

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CAMINHO PARA A VELHICE

Nosso querido Beato Papa João Paulo II, foi um grande exem-plo nos mostrando como envelhe-cer bem.

Nossa querida Madre Tereza de Calcutá escreveu: enquanto você estiver vivo, esteja vivo. Se errar alguma coisa, volta e faz de novo. Siga, mesmo que esperem que você pare. Não deixe a ferru-gem tomar conta de você. Faz com que em vez de pena, sintam respei-to por seus anos. Quando você não pode correr, ande...

Queridos equipis tas, é um medo generalizado do envelheci-mento que afeta todas as áreas da vida adulta, e pode causar desde um desgosto pessoal pela vida, até uma estagnação depressiva.

Não é fácil envelhecer, mas te-mos que aceitar e apreciar a rique-za inestimável espiritual que tem este estágio avançado da vida.

A nossa vida é tão natural como a morte, e a velhice é uma fase da vida. Resistir a passagem do tempo é um esforço inútil e perigoso para o nosso bem-estar.

Uma pessoa com medo de en-velhecer tenta impedir qualquer sinal de velhice, como cabelos brancos, rugas, enfraquecimentos, limitações, força física ou mesmo sexual.

Vamos citar três fatores contri-buintes que estão influenciando esse medo generalizado de ficar velho: culto à juventude pela socie-dade, pressões internas de cada in-divíduo e stress mal administrado.

Fazendo uma retrospectiva na vida, o processo-chave para en-frentar a velhice é ter vivido plena-mente, as etapas da vida (infância e adolescência).

A integração é sempre ir em frente, para a fase seguinte, que é o nosso desafio. Não pode-mos, jamais, alterar o ciclo na-tural da vida. .

Para você envelhecer bem na sua equipe de base,

ACEITE - As mudanças, as perdas da fase anterior para abrir cami-nhos para o novo;

PERDAS - Novas adaptações às

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CM 474 15

deficiências físicas que hão de vir;

AUTOESTIMA - Encontrar manei-ras para recuperar e reorganizar a sua vida;

APRENDER - Não estagnar no passado. Aprender a mudar o seu ritmo de vida.

VALORIZAR - Dando mais vida aos anos e não anos de vida.

Meus irmãos, vamos aprender a pedir ajuda e não se sentir prejudi-cado pela dependência, ela é vi-tal para envelhecer bem, assumin-do as suas limitações na passagem dos anos. O casal equipista que está a caminho da velhice, deve es-tar disposto a não se fechar a esta mudança da vida. Queridos, saber envelhecer é uma obra-prima, é a sabedoria do adulto e uma das par-tes mais difíceis da arte de viver.

No caminho para a velhice, estamos chegando à época da colheita, e que inclui as relações familiares e o apoio incondicional da equipe de base. O apoio incon-dicional da família e da equipe de base desempenha um papel im-portante na prevenção da depres-são, que é mais vulnerável nesta etapa da vida.

Lembre-se que quando chega-mos a certa idade, o nosso corpo já não é capaz de fazer certas ativida-des, mas o poder mental continua intacto.

Queridos casais equipistas, lem-brem-se do espiritual – alimentar e buscar sempre o crescimento. Assim seja.

Gorethe e GuedesEq.05E - N. S. de Guadalupe

Natal-RN

EUCARISTIA: FONTE E ÁPICE DA VIDA CRISTÃ

Refletir sobre Eucaristia é dei-xar o coração transbordar do amor de Cristo, pois através dela se atin-ge a essência profunda do ser cris-tão. Somos levados a amar e servir mais ao Cristo Senhor, imitando sua maneira de viver, pregando amor, misericórdia e perdão.

Encontra-se no cerne da ce-lebração da Eucaristia o pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espíri-to Santo, se tornam Seu Corpo e Sangue. Trata-se de um sacrifício

de louvor, espiritual, puro e santo, pois realiza e supera todos os sacri-fícios da antiga Aliança. Nela está o clímax tanto da ação pela qual, em Cristo, Deus santifica o mun-do, como do culto que no Espírito Santo os homens prestam, a Cristo e, por ele, ao Pai. Por Ela nos uni-mos à liturgia do céu e antecipa-mos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos (ICor 15, 28).

É o sacramento do amor e da piedade, sinal da unidade, veícu-lo de caridade, banquete pascal

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16 CM 474

em que Cristo é recebido como alimento, o espírito é cumulado de graça e nos é dado o penhor da glória futura. É o coração e o ápice da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de lou-vor e de ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja. É a Ceia que o Senhor fez com seus discí-pulos na véspera de sua paixão, e da antecipação da ceia das bodas do Cordeiro na Jerusalém celeste. Ela é um convite do Senhor, que ressoa, através dos séculos, como convite de seu amor a descobrir que só Ele tem “as palavras da vida eterna” (Jo, 6,68) e que aco-lher na fé o dom de sua Eucaristia é acolher ao Cristo Senhor.

Segundo o Catecismo, somen-te através da fé somos conduzi-dos a viver intensamente, com todo o ardor o ato solene da consagração do pão e do vinho em que se opera a mudança de toda substância do pão e do vi-nho, na substância do corpo e do sangue de Cristo Nosso Senhor, que a Igreja Católica denominou transubstanciação. Sob as espé-cies consagradas do pão e do vi-nho, Cristo vivo e glorioso, está presente de maneira verdadeira, real e substancial, com seu Cor-po e seu Sangue, com sua alma e sua divindade. Ele está inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas, de maneira que a fração do pão não divide o Cristo.

A nossa participação no San-

to Sacrifício nos identifica com o seu coração, sustenta as nossas forças ao longo da peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna, nos une já à Igreja do céu, à santa Virgem Maria e a todos os santos.

O que o alimento material pro-duz em nossa vida corporal, a Eu-caristia realiza de maneira admirá-vel em nossa vida espiritual, forta-lecendo a caridade na nossa vida diária. A comunhão da Carne de Cristo ressuscitado, vivificado pelo Espírito Santo, conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo. Este crescimento da vida cristã precisa ser alimentado pela Comunhão Eucarística, pão da nossa peregrinação, até o mo-mento da morte.

Por sua vez, o Sacramento do Matrimônio e demais sacramentos estão ligados à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam, pois a San-tíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, presente e in-teiro, que também está presente no Sacramento do Matrimônio de forma perene, definitiva até a eternidade.

Quanto mais participarmos da vida de Cristo e quanto mais progredirmos em sua amizade, sentimo-nos cada vez mais unidos a Ele. A Eucaristia é o Sacramento que está na comunhão plena da Igreja, é ação de graças a Deus so-bre os cristãos. É a “fonte e ápice de toda a vida cristã” (Lc 11).

Dóris e AlfredoCasal Responsável Região Sul I

Porto Alegre-RS

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CM 462 17CM 474 17

VIVER A CONJUGALIDADE

Viver a conjugalidade é a ex-pressão da espiritualidade bus-cada pelas Equipes de Nossa Se-nhora. Refletindo sobre o tema do Capítulo 3 do livro “Funda-mentos da Espiritualidade Cris-tã”, percebemos que no preâm-bulo do capítulo está o resumo do que deve ser o amor conjugal. Viver a conjugalidade é querer o bem do cônjuge, como Deus fez com o povo escolhido, amor que vai manifestar-se na totalidade da doação de Cristo por sua Igreja, para purificá-la e santificá-la e torná-la toda pura, conforme as-segura Paulo em Ef 5, 21ss.

O amor, neste mundo, mani-festa-se através do corpo, como o amor de Deus pela humanidade se manifestou em Jesus Cristo, o Verbo feito carne. Fomos criados homem e mulher e é como tais, na unidade de espírito e corpo, na sexualidade feminina e masculina integradas à espiritualidade hu-mana, que vamos amar. Contra os gnósticos, que afirmavam ser o sexo mau por natureza, Santo Agostinho, para dizer que o sexo não é mau – numa frase mal in-terpretada na história da Igreja – afirma que pelo menos para a procriação o sexo é necessário e como tal é bom e procede de Deus.

Com certeza, é a alma que faz sermos pessoas, mas é com a alma e o corpo que somos pes-soas humanas, não pessoas an-gélicas. E Jesus Cristo é o Verbo eterno de Deus que se fez homem

Tem

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e não anjo. O casal humano preci-sa amar-se com a alma e o corpo, buscando em Cristo o exemplo da generosidade do dom total de si para a santificação da Igreja. (O amor busca a santificação do ou-tro). Também os cônjuges busca-rão ser dom um para o outro, no dia a dia, pela doação mútua da sua sexualidade (que não se re-sume a sexo), na corporeidade e espiritualidade, vivendo esta rea-lidade nos tempos do vigor da ju-ventude, no tempo da maturidade e na idade avançada, na forma adequada a cada idade, pois o olhar do corpo é o olhar da alma.

Praticar os PCEs sem estar im-buídos do amor ao cônjuge e a Deus é masoquismo. Casar é bus-car marido e mulher a santidade um do outro e juntos a santidade dos dois. Para orientar-se a ser santos no amor é preciso partir da realidade de filhos de Adão: So-mos pecadores e fracos, mas pelo batismo adotados filhos de Deus. Guiados pelo Espírito Santo, que nos faz chamar Deus de Abba (cf Rm 8,17), juntos, marido e mu-lher, encontraremos vigor para “tender à santidade”, como diz Pe. Caffarel, conscientes de que nosso escopo é nos conhecermos verdadeiramente filhos do Pai, o que acontecerá quando estiver-mos na presença do Ressuscitado, vendo Cristo “tal como ele é” (cf. 1Jo 3, 1-2).

Graciete e GambimEq.04D - N. S. de Guadalupe

Porto Alegre-RS

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to SESSÃO DE FORMAÇÃO

PROVÍNCIA SUL ISESSÃO DE FORMAÇÃO - Nível I -

Fé e Vida Cristã oportunidade para crescer como pessoa e como casal equipista

“Deveis conhecer aquilo em que acreditais; deveis conhecer a vossa fé com a mesma paixão de um especialista em informática que conhece

o sistema operacional de um computador; deveis conhecê-la como um musicista conhece a sua obra; sim, deveis ser bem mais profundamente enraizados na fé da geração de vossos genitores, para poderem resistir

com força e decisão aos desafios e às tentações deste tempo” (Bento XVI)

Pedagogicamente as ENS pos-suem um estilo próprio quanto às práticas para a vivência da espiri-tualidade conjugal que é oferecer aos casais, que a integram, forma-ção constante visando a um apro-fundamento de sua fé cristã católi-ca. E dentro deste contexto, trinta e cinco casais equipistas dos setores de São Carlos, Araraquara, Jaú, Brotas e Torrinha, participaram nos dias 1º e 2 de junho de 2013 deste momento de aprofunda-mento na fé, através de Sessão de

Formação – Nível I, na Paróquia São Judas Tadeu, em São Carlos. E com muita felicidade tivemos a oportunidade de contar com um facilitador altamente gabaritado, Pe. Márcio Coelho, que nestes dias discorreu sobre conteúdo que exige a pedagogia das ENS – Fé e Vida Cristã. A abordagem dos temas teve como objetivo uma ca-tequese mais aprofundada e a vo-cação cristã para a missão, numa evangelização básica que perpassa a História da Salvação. Dentre os

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assuntos facilitados destacamos: o Plano de Deus (História da Salva-ção); visão geral dos Sacramentos; espiritualidade cristã; exigências da fé cristã; compromisso do cristão; e, vida em comunidade (a Igreja). Para nós, que temos a missão den-tro das equipes, de preparar no-vos casais, como Casal Piloto que somos neste e nos próximos dois

anos, foi de vital importância esta SF, pois com certeza nos fez crescer mais em maturidade rumo a Cris-to. Cremos piamente que é o que também sentiram os outros casais equipistas deste encontro. Deus seja louvado!

Leda e José Eq.01 - N. S. Aparecida

Torrinha-SP

SF NÍVEL I - REGIÃO SÃO PAULO CENTRO I

Nos dias 04 e 05 de maio de 2013 foi realizada na Casa de Re-tiros Siloé, em Vinhedo, a Sessão de Formação, nível 1. Trinta e seis casais, dos sete setores da Região, se reuniram num final de semana para refletir sobre Fé e Vida Cristã.

Deus criou tudo o que existe e vendo que “tudo era bom”, decide levar à perfeição a sua obra crian-do o ser humano. Assim o Padre Florentino começou a primeira das suas apresentações, que nos levaram a refletir sobre o Plano de Deus, a história da salvação, e a história de cada um de nós. Às suas já conhecidas qualidades de “pastor”, nosso Conselheiro Espiri-

tual acrescentou sua dedicação de “mestre”!

A troca de ideias e de experi-ências, nas reuniões de grupos, foram momentos muito ricos do encontro, assim como as celebra-ções litúrgicas deram a esta sessão de formação a sua profundidade adequada : as missas celebradas na intimidade da pequena capela da casa, e a oração das vésperas na Igreja do Mosteiro São Bento, unindo nossas vozes às dos mon-ges, num bonito canto de louvor e de agradecimento.

Tereza e HectorCRS VinhedoSão Paulo-SP

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EEN - ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS

PROVÍNCIA NORDESTEEEN - PROVÍNCIA NORDESTE: REGIÃO ALAGOAS

Aconteceu no convento dos Capuchinhos em Maceió o primei-ro EEN da Região Alagoas.

Foram momentos muito bo-nitos em que nós, como parte da equipe formadora, nos emociona-mos, vibramos, cantamos, chora-mos, ficamos orgulhosos e felizes.

Nada melhor do que ver que, o que nos faz feliz, aquilo que acre-

ditamos que nos faz crescer na es-piritualidade e caminhar rumo à santidade em casal, nasce também em tantos casais que iniciaram há tão pouco tempo no nosso Mo-vimento. Quantos testemunhos, quanta emoção, quanto aprendiza-do, quanta troca de experiências! Tudo isso aliado a um maravilhoso acolhimento dos casais de Maceió.

O EEN é um tempo de diálogo e de partilha em casal e entre casais. É também um tempo de síntese que permite recapitular as descobertas

feitas ao longo da pilotagem, nas reuniões de equipe. É uma etapa importante para a nova equipe, porque lhe permite

tomar uma maior consciência da sua pequena comunidade e da comunidade de Equipes, que é o Movimento que está a seu serviço.

O EEN destina-se preferencialmente a Equipes completas que tenham terminado a primeira fase da Pilotagem.

Podem também nele participar casais que entraram em Equipes já existentes. Esta formação é composta de vários módulos,

cada um com conteúdos específicos para aprofundar, refletir e pôr em prática, em equipe.

fonte: Livro: EEN - Manual da Equipe de Formadores

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. . . VISITA DA SUPER-REGIÃO BRASIL . . .

VISITA DA SUPER-REGIÃO BRASIL NA BAHIAAo chegarmos no Museu do Instituto Feminino da Bahia, já havia uma gran-de movimentação da família equipista, para o início da Santa Missa presidida por Dom Giovanni Crippa e concelebrada pelos Padres Reginaldo Peçanha e Maurício Silva. Estavam presentes os casais dos Setores A e B de Salvador, do Setor Cruz das Almas, do Setor Itabuna e do Setor Feira de Santana. Na homilia, D. Giovanni fez menção às Equipes de Nossa Senhora, lem-brando a necessidade de o Movimento expandir, para que os testemunhos dos seus casais fortaleçam as famílias brasileiras. Acrescentou ainda, que as Equipes resgatam o valor do matrimônio pela vivência plena desse sacra-mento abençoado por Deus. Não poderíamos deixar de registrar o excelente coral, que, composto por vozes afinadíssimas deu a alegria da fé que tantos sacerdotes nos pedem. Logo após a celebração eucarística, um recital de música clássica, com o tema “Maria”, nos fez viajar imaginariamente com a beleza do canto gregoriano e do canto contemporaneo, enriquecendo-nos com a cultura da boa música.Embevecidos pela alegria da Celebração Eucarística e da música, fomos ao jantar. Lá, fomos apresentados à Equipe da Super-Região Brasil e, logo de-pois, apresentamos a ela, casais que formam alguns Setores da Região Bahia, que estavam ali para agradecer a Deus e àqueles irmãos pela alegria do ser-viço. Vários casais relataram, sucintamente, com humildade o que fazem e o grande desejo de servir às ENS.Concomitantemente, aos servirmo-nos da refeição, conversamos com casais da Super-Região e constatamos a humildade e disponibilidade dos mesmos para com os equipistas de todo o Brasil.Ficou na nossa Bahia um ardente desejo de novos encontros, considerando que a aproximação e a celebração de irmãos na fé traz à vivência do amor por Deus a certeza dos passos sempre adiante para a santidade conjugal.“Mesmo em meio às atribulações o cristão jamais está triste, mas sempre testemunha a alegria de Cristo” (Papa Francisco).

Antonia e Luis CarlosEq.04 - N. S. da Imaculada Conceição

Itabuna-BA

A ALEGRIA DO ENCONTROUma das muitas coisas que nos faz amar o Movimento das Equipes de Nossa Senhora é ver nos casais que servem a Deus, aos irmãos e à Igreja uma ale-gria no semblante, como vimos na Equipe da Super-Região Brasil. Encontrá-los, aumentou mais o nosso amor às Equipes de Nossa Senhora. Renovou as nossas forças, perceber a disponibilidade de casais vindos de Regiões diferentes e muito distantes. Fez-nos sentir, que cada um doa o me-lhor de si, do seu tempo, do seu serviço para a construção do Reino de Deus.A Celebração Eucarística e o momento de confraternização fez sedimentar

CM 464 I

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. . . VISITA DA SUPER-REGIÃO BRASIL . . .

uma amizade fraterna que sentíamos à distância. Só Deus pode dimensio-nar a alegria que sentimos ao participamos destes momentos da visita da Super-Região Brasil à Região Bahia. O testemunho destes amados irmãos que, com a sua presença já nos incentivaram, mesmo vendo a maioria pela primeira vez, sentimo-nos como que velhos amigos. Vivenciamos alegres reencontros, depois do maravilhoso Encontro Interna-cional em Brasília. Vamos repetir: irmãos novos que nos alegram como ve-lhos amigos.Agradecemos a Deus pela oportunidade de, juntamente com outros casais do nosso Setor, termos vivenciado este momento de acolhida. Muito obriga-do queridos e amados irmãos da Super-Região, pelo vosso serviço de doação com amor ao nosso Movimento. Muito obrigado por escolherem a nossa Província Nordeste para este encontro e visita. Com certeza ficarão marcados nos nossos corações, estes valiosos momentos.

Nini e Rosival Eq.02 - N. S. das Graças

Feira de Santana-BA

ACOLHIDA À EQUIPE DA SUPER REGIÃOPrimeira vez na históriaPara nós, satisfaçãoUma bênção do AltíssimoAlegria, por que não?Recebemos a visitaDesta Equipe tão bonitaNossa Super-Região

Casais do Brasil inteiroPrestigiando a BahiaEquipes de Nossa SenhoraMovimento que nos guiaÀ Equipe dirigenteA homenagem da genteEspecial neste dia

Da Província Centro-OesteCom garra e coraçãoLá de perto do PlanaltoCentro da nossa naçãoO nome deles eu sei:Ela é Olga, ele é NeiNosso aplauso e ovação

Não distante da BahiaÉ claro, daqui mais pertoNos manda a Província LesteDe coração bem aberto

Vamos agora aplaudirO Casal que está aquiA Bete e o Carlos Alberto

Do Norte deste PaísNos vem um outro casalA Fátima e o CanêjoO Casal ProvincialNosso carinho e o aplausoNão ocorrem por acasoEles merecem afinal

Do Norte vamos para o SulUma Província por vezA Região geográficaDestaca por altivezUma província só, nãoNão chega a ser de montãoMas, províncias lá, são três

Sul I para começarE de lá quem é que vem?Hermelinda e ArturoPara vocês paz e bemQueremos os abraçar E não podemos deixarDe aplaudi-los também

E da Província Sul II

De São Paulo novamenteAcolhemos um casalE não pode ser diferenteO Casal ProvincialA Inez e o NatalCom os aplausos da gente

Os três estados do SulFormam a Província Sul IIIAo Casal ProvincialA homenagem desta vezSilvia e Glauco, a BahiaOs recebe com alegriaNossas palmas pra vocês

Pensou que esqueci o NordestePor que não falei mais cedo?É nossa Província, irmãoFalo com fé e sem medoUm abraço afetuosoE um aplauso calorosoPra Conceição e Macedo

E outros casais que apoiamNossa Super-RegiãoComunicação ExternaÉ um encargo, uma missãoJussara e Daniel

II CM 474

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. . . VISITA DA SUPER-REGIÃO BRASIL . . .

Desempenham esse papelAplausos, de coração

Zelar, cuidar das finançasAtos, fatos registrarLucita e MarialvoSabem com isso lidarCuidar da tesourariaE ainda a secretariaAplausos nós vamos dar

A Zezinha e o JailsonNão têm rádio nem jornalMas nos mantêm informadosDe uma forma bem legalPalmas por merecimentoPois cuidam a todo momentoDa nossa Carta Mensal

Como seriam as equipesSem as bênçãos lá do céu?

E sem um padre presenteSucessor de Caffarel?Aqui nos vieram doisVou falar logo depoisPra eles tiro o chapéu

Um gordinho faladorOutro magrinho, quietoCada um mais dedicadoÀs equipes todo afetoNossas palmas carinhosasE por que não calorosasAos padres Miguel e Neto

E por fim, Cida e RaimundoUm casal cabra da pesteCasal Super-RegiãoOriundo do NordestePalmas, carinho e amorReconhecendo o valorMerecimento inconteste

Toda a Região BahiaOs acolhe com um abraçoNão é preciso lhes darNem régua ou mesmo compassoSomente lhes desejarDeus sempre a iluminarCada gesto, cada passo

Obrigado por trazerMais paz e mais alegriaVoltem aqui outras vezesQualquer hora, qualquer diaUm abraço carinhosoO calor humano gostosoQue só se vê na Bahia.

Joana e SebastiãoCR Setor A

Salvador-BA

VISITA DA EQUIPE DA SUPER-REGIÃO BRASIL A REGIÃO SERGIPE

Para coroar de êxito as nossas comemorações, recebemos no dia 3 de junho a visita da Equipe da Super-Região Brasil, pela primeira vez em Sergipe, que chegou às 12h30, na Praia de Atalaia, onde foi recebida com muito entusiasmo e animação pelos casais da Região, com faixa de boas-vindas. No local, foi servido um almoço com a participação de todos os casais. Após o almoço foi feito um “city tour” até a colina de Santo Antonio, bairro mais antigo, situado num ponto mais alto da cidade, com uma vista privilegiada. Depois, fizemos uma visita à Catedral Metropolitana onde pedimos graças e agradecemos pela visita. Como se não bastassem as emoções vividas nos dias anteriores, foi a oportuni-dade de os equipistas de Sergipe conhecerem de perto a Equipe que conduz, no Brasil, a nossa caminhada, enchendo-nos de alegria e entusiasmo. À noite, às 19h30, aconteceu o ponto alto da visita com a Celebração Eu-carística presidida pelo Pe. Miguel. Na sua homilia, destacou a importância da caminhada espiritual do casal e o seu papel no desenvolvimento de uma família equilibrada e cristã e que dê testemunho na sociedade em que vive. Em seguida, teve um momento de convivência e foi servido um jantar regional e encerrado com a apresentação de um grupo folclórico - uma quadrilha junina. Essa visita fará parte da nossa história, mas nunca do nosso passado, porque o calor do abraço de todos vocês continuará a nos aquecer. Foram momen-tos inesquecíveis da graça do Senhor que, com certeza, darão novo ânimo às Equipes de Sergipe.

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Obrigado a todos pela presença e pelas palavras de carinho e afeto a nós dirigidas.Que Deus seja louvado em nossa vida de casal equipista e continue derra-mando bênçãos e nos dando força e perseverança nessa caminhada!

Dilma e PaixãoCR Região Sergipe

“Bendito seja DEUS que nos reuniu no amor de Cristo!” “Tive na minha frente uns casais nos quais havia dois amores: o amor conju-gal e o amor a Cristo.”- Pe. Caffarel. A vida é marcada por esperas que nos causam nervosismos, ansiedades, medos, expectativas, surpresas e realizações. Penso que tudo isso pude ver naquele belo dia (04 de Junho de 2013), quando da visita da Equipe da Super-Região Brasil ao nosso Estado. Da preparação da casa ao momento cultural, vi o carinho e a solidariedade entre os casais dos nossos Setores (capital e interior). Todos de mãos dadas para receber os irmãos na fé e na unidade de serviço em prol das famílias. Os ensaios de músicas e a preparação do ambiente fizeram-me recordar do livro “O pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry: “Se tu vens, por exem-plo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... É preciso que haja um ritual”. Foi lindo participar de todo aquele ritual de acolhida e de fraternidade es-piritual. Quando o ônibus estava próximo do local do almoço, alguns casais foram ao encontro dele e fizeram toda a segurança como os “batedores” das autoridades, guiando a viatura que conduzia os “discípulos missionários” Equipistas de Nossa Senhora ao nosso encontro. Somente quem estava na casa sentiu naquele momento, não somente no fundo dos tímpanos (risos), mas do núcleo do coração, lágrimas, palmas e gritos, a alegria e o estado de felicidade dos casais que os recebiam. As pequenas comunidades (equipe, igrejas domésticas) eram um só coração e uma só família; éramos o Movi-mento das ENS, “Equipe de Equipes”. Pensamos numa casa, mas que um restaurante justamente, para enfatizar que a partilha e educação na fé parte de cada lar em busca de coração sincero por DEUS. E como foi bom; vimos os rostos dos Casais e Conselheiros Espirituais que nos visitavam, mesmo cansados da viagem, se “transfigurarem” em semblantes de alegria e de es-perança; como foi família! À noite, na Celebração Eucarística, lotamos a Catedral. Ali víamos a unidade na diversidade de expressões locais e nacionais. Os textos bíblicos reforça-vam a motivação dos Equipistas em serem, na Igreja e na sociedade, sinais de esperanças e de vida, sinais proféticos de defensores de um dos maio-res patrimônios da humanidade: a família, relacionamento humano-afetivo

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aberto à vida. Não era momento formativo nem informativo, era um mo-mento de fraternidade e unidade no Movimento. Após a Santa Missa, fomos ao Teatro Deodoro participar de um momento cultural de nossa região. Sim, repito, participar, pois não somente assistimos àquela bela apresentação do Coral Prisma de Maceió, mas fomos envolvidos do começo ao fim da apresentação num verdadeiro “Luar do Sertão”.Diante de tudo isso eu só tenho a agradecer a DEUS, pelo dom do Movimen-to das Equipes de Nossa Senhora para a Igreja e também para a sociedade, pois vale a pena ser família. Existe uma mística na relação sincera e fiel de cada casal que busca a DEUS.Estando eu há 13 anos como Conselheiro Espiritual, junto de tantos casais, nos momentos de alegria e tristeza, de saúde e de doença, posso dizer que estas visitas, de fato, reanimam tanto os Casais Equipistas como os Sacer-dotes Conselheiros e Acompanhantes Espirituais Temporários, no ardor e renovado amor pelo Movimento e pela causa da família Equipes de Nossa Senhora, fazendo sempre tudo o que o Senhor quer e pensa para a felicidade das famílias.

Pe. Márcio Roberto / Katia e Carlos CR Setor CMaceió-AL

Queridos irmãos equipistas,Devido às grandes proporções territoriais do nosso país, a Equipe da Su-perRegião realiza uma de suas reuniões ordinárias, uma vez por ano, em uma de suas Províncias e, em seguida, faz uma Visita a algumas de suas Regiões. Neste ano de 2013 a Província contemplada foi a Nordeste e as Regiões escolhidas foram: Bahia, Sergipe e Alagoas. O objetivo dessa visita é conviver com os casais equipistas de base, sacerdotes e con-selheiros locais, buscando um conhecimento mútuo, colocando-nos em comunhão com os equipistas das mais variadas Regiões do Brasil, já que todos somos parte dessa grande comunidade que ama e que é amada, uma grande e verdadeira família Cristã e Equipista.A reunião da Equipe da Super-Região aconteceu nos dias 31 de maio e 01 e 02 de Junho, no CTL - Centro de Treinamento para Líderes, loca-lizado na Pedra do Sal, Itapuã, Salvador-BA. Após a reunião na capital da Bahia, seguiu-se a Visita nos dias 03 e 04 de junho. No dia 05 cada um retornou à sua cidade.Com espírito missionário, no dia 31 de junho, chegamos ao Aeroporto de Salvador-BA, sendo acolhidos pelo Casal Regional da Bahia, Lígia e Joaquim, e Casais Equipistas, com grande carinho, festa e alegria, marca registrada do povo baiano, como velhos e bons amigos. Na noite do sá-bado fomos para o centro da cidade de Salvador, onde nos encontramos com os equipistas Soteropolitanos e de cidades vizinhas, participan

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do todos juntos da celebração Eucarística presidida por Dom Giovanni Crippa, concelebrada pelos Padres Reginaldo Peçanha e Maurício Silva. Concluída a celebração, assistimos à apresentação do belíssimo coral Cia Arte, entoando cânticos de Nossa Senhora por ocasião do término do mês de maio. Participamos, ainda, de um jantar cultural onde Tião de Joaninha apresentou a equipe da Super-Região em literatura de cordel. No domingo à noite concluímos a nossa Reunião Ordinária.Depois de uma agradável e descontraída viagem de ônibus, chegamos à pequena e não menos bela cidade de Aracajú-SE. Fomos recepcionados pelo Casal Regional, Dilma e Paixão, e um grupo de irmãos equipistas. A Região ainda estava em ritmo de comemoração pelos 20 (vinte) anos das ENS no Estado de Sergipe, que teve seu início na cidade de Itabaiana-SE. À noite participamos todos de uma missa em ação de graças pela Visita da SR, onde o Pe. Miguel Batista SCESR nos brindou com palavras de agradecimento e incentivo a um amor maior e sem fronteiras para todos os equipistas. Em seguida, nos foi oferecido um café tipicamente nordestino. Como tradição, Sergipe tem uma das maiores festas juninas do Brasil e nos presenteou com uma quadrilha junina estilizada. Todos ficamos encantados e gratos pela maravilhosa acolhida.Já com saudades da Bahia e de Sergipe partimos com a expectativa de chegar no Estado de Alagoas, onde mais uma vez fomos muito bem acolhidos, de um lado o verde mar de Maceió; do outro, o coração dos nossos irmãos equipistas. Que Maravilha! Em toda essa atmosfera de amor almoçamos na casa de um casal equipista e nos fartamos com a deliciosa culinária local, com direito a música ao vivo na voz dos pró-prios casais equipistas. Durante a noite participamos de missa presidida pelo Pe. Fernando SCE AL e concelebrada pelo Pe. Neto, Pe. Márcio e Pe. Maurício e o Diác. Rubião. Em seguida, assistimos à apresentação do belíssimo coral Prisma com o tema Luar do Sertão, inspirada nos obras de Luiz Gonzaga, retratando a cultura e vida do povo Nordestino, que se renova e com fé se alegra apesar das dificuldades, um lindo espe-táculo que vai ficar na memória de cada um. A equipe da Super-Região em seu estilo mais genuíno e tão peculiar ao Movimento, inspirado na hospitalidade, de que “Sempre que acolhemos sem saber muitas vezes estamos hospedando anjos...” sentiu na pele a maravilha de ser recebido em casa de irmãos. Podemos afirmar que nós é que fomos acolhidos por verdadeiros anjos. Como Nossa Senhora deixou sua casa e partiu ao encontro de Isabel, nós também assim fazemos, ao ver de perto e dar-se a conhecer. O aco-lhimento não podia ser mais caloroso dentro da simplicidade do povo Nordestino, que procurou mostrar o melhor que temos e a vontade de servir.

Conceição e MacedoCR Província Nordeste

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Essa formação tem como objetivo:

•Proporcionar o encontro com outras equipes.

•Rever a metodologia no Movi-mento.

• Celebrar o compromisso do ca-sal e da equipe.

• Festejar o acolhimento das no-vas equipes.

•Celebrar e fortalecer a unidade do Movimento.

A dinâmica dessa formação é feita através de módulos (04). Dentro dos módulos, vemos o ca-risma, a mística, orientações de vida, missão, testemunho e servi-ço, os PCEs, a Partilha, a vida em equipe e o Movimento (histórico).

As atividades são vividas em grupo, em equipe e em casal, de forma que temos momentos de ora-ção, de comunicação, de reuniões de equipes mistas e de plenários.

Tudo isso nos faz ver que não é tão difícil para nós, casais equipis-tas, ajudarmo-nos a progredir no amor ao próximo.

“Sejamos, pois, na Igreja e no mundo, sinais de esperança e fer-mento de novas gerações que acre-ditam na vida, dando testemunho de que o sacramento do Matrimô-nio é caminho de amor, felicidade e santidade.” (Carta de Brasília)

Vamos, juntos, ousar o evangelho!

Mirian e Mário Eq.01 - N. S. da Conceição

Palmares-PE

PROVÍNCIA SUL IUM ENCONTRO CONTAGIANTE!

Ir a um encontro do Movimen-to, como membro novo das Equi-pes de Nossa Senhora era algo, di-gamos, um tanto angustiante. ‘Não conhecíamos ninguém, ficaríamos deslocados’ – pensaram muitos dos casais que conversamos. Mas Deus nos chamou.

O Encontro de Equipes Novas, realizado nos dias 13 e 14 de julho, na casa das Irmãs Agostinianas Missionárias, em Jundiaí, foi muito mais do que um encontro de For-mação e aprofundamento da Pilo-tagem. Foi, na verdade, um novo e contagiante ‘despertar’. Uma bên-ção e um sopro novo para aqueles

que estão ingressando no apaixo-nante Movimento das Equipes de Nossa Senhora. A ‘angústia’ de muitos casais ali acabou se trans-formando em entusiasmo, nos dois dias do Encontro.

O primeiro dia se desenvolveu com palestras de Casais Formado-res, com 20, 30 anos de caminha-da nas Equipes, e explanação do Padre Paulo Renato, de São José dos Campos. Aliás, o padre tocou no coração de muitos casais com explicações didáticas, esclarecedo-ras e, muitas vezes, emocionan-tes. Seu amor pelo Movimento foi evidente. E contagiou... Já no

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domingo teve uma particularidade ainda mais emocionante. Uma das dinâmicas foi a realização do Dever de Sentar-se no local. Os 22 casais se espalharam pe-los jardins para a realização de um dos PCEs. Era bonito de ver. Conversando com um aqui outro ali, pudemos perceber que existiu um Dever de Sentar-se verdadei-ro, com Cristo, pela primeira vez para muitos dos cônjuges no lo-cal. Muitos daqueles casais que passaram o sábado inteiro em formação, descobriram, no do-mingo pela manhã, o real sentido daquele PCE.

Os formadores realizaram ain-da uma dramatização didática e pedagógica de como NÃO rea-lizar uma reunião de equipe. A dramatização acabou aproximan-do ainda mais os iniciantes, pois muitos viviam aquela realidade retratada no palco montado com tanto carinho pelos formadores. Mas foi nas reuniões de grupo e na plenária, ao final do encontro,

que foi possível tirar as dúvidas de todos os casais. Só se cresce no conhecimento se o casal leva e traz uma experiência em Deus – isso foi evidente nos dois dias.

O encontro foi encerrado com celebração de Compromisso e Envio, presidida por Padre Sa-muel. Casais de várias locali-dades: Jundiaí, Arujá, Vinhedo, Americana, Sorocaba e Voto-rantim, agora estão prontos para esse novo desafio, porém, com gosto de ‘quero mais’. “As equi-pes não podem ser apenas um movimento conservador da fé: é preciso que sejam fermento. Não basta possuir o ensinamento do Mestre, é preciso possuir o Espí-rito de Cristo, o mesmo Espírito Santo que, no Pentecostes, trans-formou tímidos seguidores em testemunhas ardorosas do Se-nhor.” (Pe. Caffarel).

Vamos ser fermento gente? Hanaí e Eli

Eq.12A - N. S. de GuadalupeJundiaí-SP

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Explicação: Ao lermos o editorial abaixo, da Carta Mensal que nos vem da França, julgamos a princípio que o assunto não interessava às nossas equipes. Entretanto os conceitos que contém e os testemunhos que apresenta da profunda

dedicação de alguns casais, levou-nos a publicá-lo. Para compreendê-lo é preciso uma explicação.

A Equipe Dirigente de Paris, conta com a colaboração de um casal que trabalha para o Movimento no regime de “tempo integral”.

É o casal Permanente. Ocupava este cargo o casal Pillias: após vários anos, tornou-se evidente que não se podia exigir

dele o prolongamento indefinido de uma dedicação que representava também um sacrifício. Foi então que a Carta Mensal lançou um apelo, pedindo aos casais das equipes que se oferecessem para substituí-lo.

E é da repercussão que teve este apelo que nos fala o Pe.CaffareI, no editorial que vamos ler.

Os movimentos, tal como os homens, possuem uma alma. Va-lem o que ela vale. Atribuir sua eficiência somente à qualidade de sua administração e de seus méto-dos seria tão ingênuo como procu-rar a finalidade da vida moral do homem no bom funcionamento de seus órgãos. A alma é um principio de vida.

Ora, as Equipes de Nossa Se-nhora também têm uma alma. Se elas conseguem fazer algum bem, desenvolver-se, irradiar--se, é porque essa alma é viva. E se ela é viva, é graças à dedicação, à generosidade, aos sacrifícios dos membros das Equipes. E’ graças, em primeiro lugar, obviamente, à ação de Deus: a ação de Deus, po-rém, para concretizar-se, porven-tura não precisa do concurso dos homens?

A alma é invisível, é verdade; por vezes, entretanto, deixa-se en-trever. É o que acaba de acontecer:

nos últimos meses, senti a alma das Equipes.

Queria lançar um apelo na Carta Mensal para encontrar o ca-sal permanente que viria substituir os caros Pillias. Tentaram dissua-dir-me. Insisti. E fiz bem: doze ca-sais responderam ao apelo. É pena não poder transcrever aqui estas respostas. Procurarei, entretanto resumi-las.

Estas respostas vieram de re-giões diversas (por vezes longín-quas): dois belgas, um casal suíço, um casal francês, alguns milhares de quilômetros da metrópole, os outros, de diversas cidades da França.

Várias começavam assim: “O Movimento nos trouxe tanto que seríamos felizes em poder servi-lo”. Nada aliás, nessas cartas, de entu-siasmo, de ênfase, de lirismo, mas uma decisão amadurecida na gene-rosidade e na oração, sobriamente expressa: “Se não escrevemos mais cedo é porque julgamos ter

O CASAL PERMANENTE

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de refletir e orar antes de lhe parti-cipar nossa proposta. Cremos que é agora nosso dever dizer que esta-mos disponíveis”. Nossos corres-pondentes não têm ilusões a pro-pósito das renúncias a aceitar e dos riscos a correr: “Há principalmente a dificuldade do encontro com o desconhecido, o renunciar a certo número de satisfações legítimas”. Outro: “Estamos bem conscientes do fato de que nossa oferta implica um risco, mas estamos dispostos a corrê-lo”. Renúncias: este teria que deixar sua casinha com um jardim tão precioso para as crianças quan-do é incerto encontrar outra na superpovoada Paris; aquele outro, um bom emprego, e a mudança oferece-lhe apenas a metade do salário atual. Riscos! Entre os quais não é o menor abandonar um tra-balho que oferece segurança para o futuro - será possível encontrar ou-tro equivalente daqui a três ou cin-co anos? Entretanto, ele se oferece. Ele se oferece ao Movimento, sem dúvida, mas, além do Movimento, à Igreja e a Deus: “Gostaríamos de dedicar mais profundamente nossa vida, não dizer sempre que os ou-tros são melhores qualificados do que nós para servir a Deus”.

A retirada da oferta de um casal que respondera ao nosso apelo nos deu uma alegria tão grande quan-to seu primeiro impulso, por cau-sa do motivo dado. “Nosso bispo pediu-nos que não deixássemos a Diocese”. E’ a alegria que sentimos ao descobrirmos que um membro das equipes é um bom operário do reino de Deus.

Vê-se então porque podia dizer que acabávamos de sentir a alma

das Equipes. Espero ter conseguido torná-lo patente nessas linhas.

Sabemos, aliás, aqui na Equi-pe Dirigente, que existem casais de não menor dedicação, que por motivos diversos, não podiam ofe-recer-nos seus serviços: alguns che-garam mesmo a nos escrever.

Nossa escolha recaiu sobre o ca-sal Rosset, Jean-Marie e Arma, ca-sal responsável de uma equipe de Friburgo (Suíça). O fato de não se-rem franceses (Jean-Marie é Suíço, e Anna, Polonesa) foi um argumen-to em seu favor. Estimamos com efeito que é indispensável haver no centro de um Movimento interna-cional, casais de várias nacionali-dades. Apresso-me em acrescentar que eles possuem outras qualida-des mais preciosas ainda. Não as enumero e lhes deixo o cuidado de descobri-las. Começarão a tra-balhar a 1º de setembro, por um período experimental de três me-ses que, se for como o esperamos, conclusivo marcará o início de uma colaboração por 3, 4 ou 5 anos.

Eles dedicam às Equipes al-guns dos mais belos anos de sua vida: devemos ser-lhes gratos. Lembrem-se deles continuamente em suas orações. Conto com isso porque confesso, não é sem apre-ensões que vejo um casal aceder a uma função dirigente num mo-vimento – essas responsabilidades ser-lhes-ão normalmente um auxí-lio para aproximar-se de Deus, mas comportam também riscos, entre os quais aquele que provoca o comentário: “São profissionais do apostolado”.

Pe. Henri Caffarel

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“Abraão disse: ‘Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez:

e se houvesse apenas dez?’ ELE respondeu: ‘Por causa dos dez, não a destruiria’”

(Gn 18, 32)

No ANTIGO TESTAMENTO, podemos ler que o povo de DEUS passou por muitas situações difíceis, por muitas perseguições, por muitas guerras, por muitos momentos de carestia. Em certos momentos , eles perderam quase tudo, inclusive a fé e o respeito a DEUS, construindo e adorando um bezerro de ouro, recla-mando do maná que caía do céu e sentindo saudades do tempo de es-cravidão na terra dos faraós.

No NOVO TESTAMENTO, en-contramos também situações de perseguição, como os ATOS DOS APÓSTOLOS relatam o que se pas-sou com PEDRO, PAULO e muitos outros. Inúmeras vezes, as pessoas ficam sem saber o que fazer diante das dificuldades, das doenças, das calúnias e das injustiças.

Assim é a nossa vida : namoro, casamento, filhos e agora netos. Ale-grias e tristezas, doenças, desempre-gos, incompreensões, perdas, con-quistas, encontros e desencontros.

Há momentos em que parece que até duvidamos de DEUS. Há outros, em que nosso amor por ELE parece infinito. O que tem nos orien-tado nesses anos todos é a PALAVRA DE DEUS. Com muita humildade e simplicidade, diariamente, às vezes mais de uma vez ao dia, recorremos à leitura e meditação da PALAVRA DE DEUS. Ela tem nos orientado,

acalmado e motivado, não nos dei-xando perder a esperança, mesmo quando uma equipe é encerrada, mesmo quando há algum falecimen-to, mesmo quando chega o desem-prego ou a aposentadoria forçada, ou quando nos abate a doença em algum familiar.

Percebemos que, quando não procuramos a PALAVRA DE DEUS com frequência diária, ficamos mais inseguros e vacilantes. Quando achamos que sabemos tomar a me-lhor direção sozinhos, sem a ajuda da oração e da PALAVRA DE DEUS, “pimba”, rapidamente “quebramos a cara” e fazemos coisas erradas, das quais depois nos arrependemos. Diante de nossos medos, sempre nos consola: “Não tenhais medo”, “Para DEUS nada é impossível”, “Vocês valem mais que os pássaros do céu e as flores do campo”, “há mais alegria no céu pelo reencontro da ovelha perdida do que pelas outras noventa e nove”, “EU estarei convosco até o fim”.

Pelo menos para nós dois, uma fé firme e inabalável só tem sido pos-sível recorrendo constante e perma-nentemente à PALAVRA DE DEUS. Quantas vezes, diante das dificulda-des com os filhos ou com as equipes, não temos a menor ideia para que lado correr. Mas, ao buscar a leitu-ra diária do EVANGELHO ou dos

A PALAVRA DE DEUS EM NOSSAS VIDAS

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Salmos ou das Epístolas, o divino ESPÍRITO SANTO nos conduz à melhor decisão e à melhor ação.

Confiar na PALAVRA DE DEUS não evita que tenhamos medos, in-seguranças e problemas. Mas nos ajuda a enfrentar e resolver as dificul-dades do dia a dia. Este é nosso hu-milde e singelo testemunho de vida

de como a PALAVRA DE DEUS tem sido a rocha que sustenta nossa casa, nossa família e as Equipes de nossa Região nos últimos anos.

Rachel e Fernando Eq.04B - N. S. Rainha

de Todos os PovosSão Paulo-SP

OS DESAFIOS DOS CASAIS JOVENS NAS ENS

Seria conveniente que come-çássemos nos apresentando porque isto elucidaria a temática deste ar-tigo, o primeiro de nossa Equipe. Somos a ENS 44, Setor A, Região Centro-Oeste 2. Conduzidos por di-ferentes caminhos encontramo-nos em 2010 na Experiência Comunitá-ria. O desafio inicial era entender que a santidade não precisava ser produ-to de um esforço individual, mas em casal. O casamento é um caminho de santidade (Pe. Caffarel).

Santos? Nos dias de hoje? Com os desafios seculares? Trabalho? Filhos? A despeito da percep-ção de que tínhamos muito em comum – sonhos, aspirações, angús-

tias – como lidar com os PCEs e os eventos do Movimento? Não seria precipitado que no início da vida matrimonial nos comprometêssemos com as ENS? Seria mais prudente resolvermos primeiramente as ques-tões mais céleres da vida cotidiana e então, quando estivessem equacio-nadas, pudéssemos dedicar tempo ao Movimento e vida espiritual?

Como outros que ousaram o Evangelho, continuamos... tornamo--nos uma Equipe! Ora afortunados, ora desajeitados no cumprimento das ações intrínsecas à vida nas ENS fomos progredindo concomitante-mente na amizade e comunhão dos exercícios e práticas que contribuem

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para o crescimento de nossa vida espiritual e conjugal.

E nesta caminhada fomos aqui-nhoados por lições e graças que nos tornaram mais sábios. Ao notar como nossa visão se distanciava das versões midiáticas de família, amor e compromisso compreendemos esta passagem: Se vocês pertencessem ao mundo, eles os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tiran-do-os do mundo; por isso o mundo os odeia (Jo 15:19).

E agora, ainda tão no início da

jornada, encontramo-nos apaixo-nados pela riqueza do Movimento, por termos uma nova família e sa-ber que urge o tempo para que co-nheçamos o calor de viver junto ao Pai. E compreendemos a sabedora de Santo Agostinho: Oh! Verdade! Oh! Beleza infinitamente amável de Deus! quão tarde vos amei!, quão tarde vos conheci! e quão in-feliz foi o tempo em que não vos ame nem conheci!

Eq. 44A - N. S. Imaculada ConceiçãoBrasília-DF

ENS - CORAL MATER DEI

Sim, cantamos para Deus!Em 20 de junho de 1995, come-

morávamos as bodas de prata do ca-sal equipista Heloísa e José Augusto da equipe 07 - Nossa Senhora de Lourdes. As filhas prepararam uma missa especial em ação de graças e como eu estava tendo aulas de vio-lão, me pediram para ajudar com as músicas da missa. Pronta a colabo-rar, solicitei ajuda da minha equipe 03 - Nossa Senhora do Rosário, que prontamente atendeu o chamado!

Formamos um coral, com os en-saios às escondidas para surpreender o casal. As dificuldades foram supe-radas com carinho, esforço e dedica-ção. A missa foi celebrada pelos pa-dres Alquermes e Maurício (falecido), conselheiros espirituais.

A emoção do grupo de equipistas foi grande; nós havíamos consegui-do, com o canto, transmitir o amor, o carinho e a amizade que sentíamos pelo casal.

Não paramos por aí. Começa-mos a ensaiar. O entrosamento entre todos crescia e foi nascendo a ideia de se formar um coral, que se colo-caria à disposição do Setor, nas suas celebrações de datas festivas.

Precisávamos de um nome. Foi aprovado “Coral Mater Dei”, nome sugerido pelo José Augusto, hoje fa-lecido.

O coral foi crescendo. Fizemos um convite para os casais das ENS; quem quisesse participar, as portas estavam abertas. Alguns se afasta-ram, integrantes faleceram durante esta caminhada de 18 anos. Fomos contando com outras equipes, ca-sais, filhos e netos, todos contribuin-do com voz, instrumentos, muita ale-gria e dedicação. Ganhamos várias caixas de som de um casal equipista de Araras.

Hoje formamos uma grande fa-mília, nossos ensaios são cheios de muita música, partilha e oração.

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Ao longo da nossa caminha-da criamos dois uniformes, com a cor, azul-royal, oficial da nossa região. Contamos, hoje, com os seguintes instrumentos: violão, baixo, teclado, timba e carrilhão – que embelezam as nossas apre-sentações.

Muitas bênçãos nos são derra-madas nos ensaios e nas missas, das quais participamos. Tudo isto faz aumentar, em nossos cora-ções, a alegria de servir a Deus, à Maria e às ENS.

São dezoito anos de muitos “SINS”!

Que Deus, no seu infinito amor, Jesus, com sua luz e Maria, com seu carinho maternal nos conduzam e nos ensinem a verdadeira alegria de cantar a vida e o amor, passando esse entusiasmo para todos!

Somos regidos por Deus, com as bênçãos de Maria. Quem canta, reza, duas vezes.

Talma e José Eq.03 - N. S. do Rosário

Limeira-SP

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oUM TEMPORETIRO EM RIBEIRÃO PRETO-SP

“O retiro é um tempo privilegiado de parada, de escuta, de oração e uma oportunidade de renovação espiritual.

É também um tempo forte para voltar-se para dentro de si mesmo e fazer um exame geral de vida,

sobretudo sobre o nosso caminho de crescimento”. (Guia das ENS pg.27)

Nos dias 29 e 30 de junho, foi realizado na Casa D. Luiz, em Brodowski, um retiro para equi-pistas dos Setores A, B, C de Ri-beirão Preto. O SCE Pe. Flávio Cavalca foi o pregador, que, com sua simpatia, carisma e profundo conhecimento, manteve todos os casais realmente em retiro.

No sábado, após a acolhida, o dia iniciou com oração da manhã “Laudes”, e a seguir Pe. Flávio nos presenteou com quatro pa-lestras: • Fundamentos da espiritualida-

de cristã – A proposta de Jesus para um jeito de viver;

• A espiritualidade conjugal – O evangelho vivido pelo casal, como casal, no casamento;

• A maturidade da espiritualida-de conjugal;

• Os meios da espiritualidade conjugal – Como ser um santo casal.Após cada apresentação, Pe.

Cavalca pedia que o grupo fi-zesse uma reflexão a respeito do assunto, propondo algumas per-guntas para serem respondidas.

O sábado encerrou com uma

Celebração Eucarística, na qual foi inserida a “renovação dos compromissos matrimoniais” que emocionou a todos.

No domingo, após a oração da manhã “Laudes”, Pe. Flávio nos falou em sua última palestra sobre: • “As ENS, escola de espirituali-

dade conjugal – O casal parti-cipa das ENS para ser santo e feliz”. E finalizou dizendo que “a proposta das ENS é apta a levar os casais à santidade e à plenitude de seu amor, mas, ao mesmo tempo, acaba afas-tando, para outros caminhos, os casais que não se identifi-cam com essas propostas de vida”. Dando prosseguimento, Pe.

Flávio pediu para que os casais presentes fizessem um “Dever de Sentar-se”, dizendo que: “o amor é uma decisão que o casal renova todos os dias, e que tal decisão se vive com uma adesão do co-ração e se realiza no esforço da vontade”.

Foi enfatizado também, que o Retiro Anual é um dos PCEs que ajuda o homem e a mulher

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a harmonizarem suas naturezas e suas vivências no Amor Con-jugal, complementando-se numa compreensão recíproca. É um momento propício para que o ca-sal se coloque diante do Senhor para refletir sobre as suas vidas.

Esses dois dias de oração en-cerrou com o momento maior, a

Celebração Eucarística. Todos os casais saíram, certamente, mais amadurecidos, crescidos no amor e na espiritualidade.

Lúcia e Rubson Eq.02B - N. S. das Graças

Ribeirão Preto-SP

Quando nós das Equipes de Nossa Senhora colocamos entre os nossos PCEs, ou seja, coloca-mos em nossa “agenda” o retiro anual, estamos dando ao mundo e à Igreja testemunho de uma rea-lidade bastante importante, e que tende a ser esquecida em tempos de ativismo: o diálogo com Deus é fundamental à vida cristã. Se quaisquer devocionismos ou ati-tudes externas são acidentais à fé cristã, a vida de oração é inego-ciável.

É claro que esta vida de ora-ção, que nasce da humildade, de nosso sentir sede de Deus (como rezamos no Salmo 63/62), preci-sa ser vivida em nosso cotidiano; e isto também faz parte do dia a dia dos equipistas. Mas para que, então, um retiro todos os anos? A resposta está na própria dinâ-

mica da vida humana: temos ne-cessidade de momentos fortes, de aprofundamento, de retirada, não para nos isolarmos, mas jus-tamente para ir ao encontro. Sa-bemos que Jesus costumava reti-rar-se para orar; totalmente Deus e totalmente humano, como ho-mem precisava encontrar inti-midade com o Pai, na força do Espírito, através da oração, que fazia em lugares retirados. É inte-ressante notar que nunca deixou de retirar-se antes de momentos muito fortes: a escolha de seus apóstolos (Lc 6, 12-16) ou antes da Paixão (Mc 14, 32-42), por exemplo.

A vida do Senhor, como a nossa, é uma vida de diário diá-logo com Deus e com as pessoas. Mas a vida precisa de momentos fortes, de marcos. Mesmo que os

RETIRAR-SE PARA IR AO ENCONTRO

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esposos se amem, e o digam um ao outro todos os dias, sentem necessidade de sair do ambiente costumeiro, olharem juntos para o mar, sentarem sob uma árvore, sentirem o vento e dizerem, sem pressa (sem ter que se preocupar em enfrentar o trânsito em cinco minutos, ou acordar as crianças): “eu amo você”, com a intensi-dade, serenidade e tranquilida-de que só em um lugar retirado podem fazer. No retiro, os casais o fazem na companhia do pró-prio Deus Trindade, fundamento de sua união matrimonial. E ali

podem ainda, um pouco longe da normalidade cotidiana, que tende a nos cegar, olharem para casa, para o ano, para a história, para os filhos, para a sua vida cristã e verem o que está faltando e dar graças ao Senhor por todas as Suas bênçãos. É no retiro que se alimentam como missionários!

Retiro é PCE não porque seja um luxo das Equipes, mas por-que é fundamental.

Frei André Tavares OPSCE-Região Capital SP1

Eq.05B - N. S. da PazSão Paulo-SP

O “DEVER DE SENTAR-SE”,SEGUNDO Pe. CAFFAREL

“Cristo, no capítulo 14 de São Lucas, convida seus ouvintes à prática do “dever de sentar-se”. Hoje, no século das velocidades vertiginosas, é mais oportuno do que nunca este dever desconhe-cido.

Não creio fazer juízo precipi-tado quando afirmo que os me-lhores esposos cristãos, aqueles que nunca faltam ao “dever de se ajoelhar”, infringem muitas vezes o “dever de sentar-se”. Antes de empreender a construção de vos-so lar, confrontastes vossos mo-dos de ver, pesastes vossos recur-sos materiais e espirituais, elabo-rastes um plano. Mas depois de iniciada a vida a dois, não poucos negligenciam o dever de sentar para fazerem o exame da missão a ser desenvolvida, reencontrar o

ideal previsto, consultar o Mestre da obra. Conheço as objeções e dificuldades, mas sei também que a casa acaba por desabar quando não se cuida bem do alicerce. No lar onde não se toma tempo para reflexão, introduz-se e instala-se a mais insidiosa desordem material e moral: a rotina apodera-se da prece comum (quando não a faz desaparecer da vida conjugal), das refeições e de todos os ritos familiares; a educação reduz-se a reflexos de pais mais ou menos nervosos; a união se fende.

Para evitar que a rotina se estabeleça no lar, apresento-vos agora uma proposta: tomai vos-sa agenda e como se anotasse aí uma viagem, marcai um encon-tro convosco-mesmos. Fique bem entendido que estas 2 ou 3 horas

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deverão ser um “tabu”... diga-mos, sagradas. Que nenhum pas-seio pela cidade ou jantar com os amigos vos faça faltar no encon-tro convosco-mesmos.

Como empregar essas horas? Antes de tudo, não sejam apres-sados: a prática de um único en-contro ainda não se tornou um hábito! Deixai a praia: ide para o alto-mar! É preciso deixar a todo custo as preocupações do coti-diano para ocupar-se com o fun-damental de vossas vidas.

Em seguida, orai um longo momento. Faça cada qual uma prece pessoal, espontânea, em alta voz: essa forma de oração, sem minimizar as outras, apro-xima miraculosamente os cora-ções. Entrados assim na paz do Senhor, dizei um ao outro aque-les pensamentos, observações, confidências que não é fácil nem muitas vezes desejável fazer du-rante os dias ativos e ruidosos – mas que seria perigoso conservar no silêncio do coração, porque, bem o sabeis, há “silêncios ini-migos do amor”. Fazei uma pe-regrinação às “fontes do amor”;

reconsiderai o ideal entrevisto quando iniciaram um caminho de mãos dadas; renovai vosso fervor: é preciso crer no que se faz e fazê-lo com entusiasmo. De-pois, voltai ao presente, confron-tai o ideal com a realidade, fazei o exame de consciência do casal e tomai as resoluções práticas e oportunas para curar, consolidar, rejuvenescer, arejar e abrir o lar do coração. Empregai lucidez e sinceridade nesse exame; descei até as causas do mal diagnosti-cado. Por que não consagraríeis também alguns instantes a medi-tar sobre cada um de seus filhos? Enfim, e sobretudo, examinem se Deus é o primeiro servido em seu lar.

Será muito importante escre-ver o que foi descoberto, estu-dado e decidido nesse encontro, mas isso poderá ser feito depois, por um dos dois – o que será reli-do por ambos no próximo encon-tro”. Bom dever de sentar-se!

Pe. Roger Matheus SCE Setor Caçapava

Caçapava-SP

REGRA DE VIDA...

Nosso Movimento tem uma série de ferramentas que deve-mos usar para guiar nossa ca-minhada espiritual... Não basta colocar uma “letrinha” na folha de partilha e partilhar com a Equipe...

A vida cristã exige, de cada um de nós, um compromisso, e

também um exercício diário e contínuo. Para construir a Paz em nosso matrimônio, família e co-munidade, é necessário, a cada dia, lapidar e aparar as arestas, para estar mais próximo da per-feição desejada por Deus.

A Regra de Vida é uma dessas ferramentas. Deve ser simples.

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Do que precisamos nos lapidar em nossas atitudes, nos nossos relacionamentos?

Uma boa dica é lembrar-se das “Bem-aventuranças” ou da “Oração de São Francisco” e re-fletir sobre nossos defeitos ou das virtudes que nos faltam e, assim, guiar nossa Regra de Vida.

Pe. Caffarel já dizia que a Re-gra de Vida deve ser “escrita e curta”, mas deve ser concretiza-da no dia a dia. Devemos olhar a Regra de Vida como um ca-minho que nos leva para águas mais profundas. Ela permite um

olhar para dentro de nós mesmos e, a partir desse olhar, modificar valores, rever posições. Sempre fazendo a ligação entre o nosso falar e agir.

Como equipistas, temos o pri-vilégio de ter esta ferramenta ao nosso dispor. Um convite mensal para escolhermos uma atitude que nos leva a progredir na dire-ção de um crescimento espiritual e humano.

Lucia e LuizEq.01 - N. S. do Bom Conselho

Água Boa-MT

Muitas vezes buscamos in-terpretar essa Palavra de Deus querendo adequá-la às nossas situações de vida. Penso que o inverso deveria acontecer, isto é, as nossas situações de vida serem iluminadas pela Palavra. Nos-sa atitude deve ser de ESCUTA Deus quer nos falar algo... colo-co-me atento... dobro a cabeça... faço silêncio... fala, Senhor, eu escuto!!!

A Palavra de Deus tem que ser a porta de entrada para a Meditação e a Oração Conjugal.

Nem sempre recorremos à Bí-blia para as nossas meditações e orações; algumas vezes utiliza-mos um poema, um texto, uma história... mas a fonte maior da Escuta da Palavra é a Palavra de Deus.

A Palavra de Deus é como o sal: desaparece para dar sabor; é

ESCUTA DA PALAVRA

como o açúcar que se transforma em energia, é pó alimento que nos sustenta.

Deixando a Palavra de Deus penetrar dentro de nós, da nossa vida, a gente vai se divinizando. A Palavra vai tomando conta e não se consegue mais separar o que é de Deus e o que é nosso. Nem se sabe muito bem o que é a Palavra d’Ele e o que é a nossa.

Quando a Palavra de Deus entra na dinâmica de nossas vi-das, ela passa da cabeça para o coração, transformando isso em oração diante de Deus, como Projeto de nossas vidas. É mergu-lhar dentro dos fatos, descobrir e saborear a presença ativa e cria-tiva de Deus e comprometer-se com o processo de transformação que provoca a história.

(Livro Pe. Mário - Reflexões de um Conselheiro Espiritual - 2009 p. 54)

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Toda a criação... impossível que não nos ensine coisas extraordiná-rias sobre seu autor. Os pastores de todos os tempos sempre adivinha-ram o esplendor de Deus ao con-templar, à noite, o céu fervilhante de estrelas, pois “os céus anunciam a glória de Deus”... Sem ir tão lon-ge, um olhar de criança, porque é uma janela aberta para a “inocên-cia” de Deus, toca-nos no mais pro-fundo de nós mesmos... Não ape-nas toda a criação, mas também cada detalhe é uma confidência de Deus: da mesma maneira como um simples capitel da catedral (ele-mento arquitetônico-parte superior de uma coluna em geral esculpida) revela-nos um pensamento do ar-tista. Mas é preciso saber ler para compreender essas confidências de Deus... Não é sem esforço que se consegue essa ciência, essa in-teligência da linguagem de Deus. Adquirir, aliás, é um termo inexa-to: essa inteligência é um dom de Deus mais que uma aquisição do homem. “Colocarei Meu olho em teu coração”, lemos na Escritura. Continua, porém, verdade que, se não a exercermos, ela se atrofia. Ao passo que, para aquele que a exerce, o mundo todo se torna, em pouco tempo, transparente.

Casados, vocês dispõem de pouco tempo para estudar e apro-fundar sua fé. Alguns de vocês so-frem com isso, ao passo que outros facilmente se acomodam, mui-

to contentes com um bom pretexto que os dispensa de uma trabalho-sa pesquisa. Vocês esquecem que não somente os livros falam de Deus. Vocês têm em casa uma Bíblia em imagens, se assim posso dizer. Ah! Se vocês a folheassem! Estou falando de to-das essas realidades familiares que fazem parte de sua vida: o amor conjugal, a paternidade, a mater-nidade, os filhos, a casa... tudo isso que Deus encontrou de mais explícito para se dar a conhecer...É preciso pedir continuamente ao Senhor que nos dê um olhar novo: “Colocarei Meu olho em teu co-ração”, promete ELE a todos que lhe pedem. Então, o marido, a mu-lher, as crianças, todas as criaturas tornam-se transparentes para nós, como outros tantos vitrais através dos quais, em mil cores, chega até nós a luz do rosto de Deus.

Aprofundem-se neste e em ou-tros textos do Pe. Caffarel, em sua íntegra nas páginas do livro NAS ENCRUZILHADAS DO AMOR - Pe. Henri Caffarel Editora Santuá-rio-Aparecida/SP. (tradução de Pe. Flávio Cavalca)

Ajudemos e animemo-nos, com carinho, uns aos outros!

Márcia e RubensCRR Região SP Centro I

Indaiatuba-SP

Pe. C

affa

rel PADRE CAFFAREL

Sua Bíblia em Imagens

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“Ide e fazei discípulos entre todas as nações”

(Mt 28,19)Queridos amigos das ENS,

como EJNS, tivemos dias de pro-fundo impacto em nossas vidas, durante a JMJ. Desde muito tempo estamos nos preparando para este grande momento, o encontro da DIVERSIDADE na UNIDADE. Fo-ram muitos jovens do mundo todo. Nosso Movimento participou ati-vamente da JMJ, seja como jovens voluntários ou como peregrinos.

Tivemos equipistas de várias partes do Brasil e do mundo, no Rio de Janeiro. Um de nossos pontos de encontro foi o estande na Feira Vocacional, que também aconteceu durante a jornada. A feira foi uma ação pastoral, criada para a divulgação das diversas ex-pressões juvenis de nossa Igreja.

Nosso querido beato João Pau-lo II escreveu em uma de suas encí-clicas que: “é dando a fé que ela se fortalece”. Mas ele ia além, dizen-do: “ao anunciar o Evangelho, vós mesmos cresceis em um enraiza-mento cada vez mais profundo em Cristo, vos tornais cristãos madu-ros”. Por esse motivo estivemos na Feira Vocacional, com a finalidade de testemunhar nossa fé. Testemu-nhar que, pela fé no Cristo e por meio da proposta evangelizadora das EJNS, somos jovens firmes e perseverantes em Deus.

E com esse sentimento de evangelização, gostaria de parti-lhar com vocês os mais novos seto-

res de nosso Movimento. Os novos “filhos” do Nordeste: setores Ara-caju e Itabaiana. Fruto de um tra-balho consistente e determinado. Nossa gratidão a todos os envolvi-dos neste projeto: Naiara Quirino (Responsável Regional - Nordes-te), Gilvan Carvalho (Responsável do Setor Aracaju), Marcelo Fontes (Responsável Setor Itabaiana) e todos das ENS nestes locais, que se dedicaram para que esta obra evangelizadora se tornasse uma realidade.

Pela intercessão da Mãe Apa-recida, nossa evangelização ainda terá muitos frutos! Temos planos desafiadores de ainda este ano iniciarmos nosso Movimento em mais dois novos estados: Ceará e Maranhão. Na graça de Deus já contamos com o apoio das ENS local. Você, casal equipista, que está lendo esta mensagem e de al-guma forma quer participar deste belo projeto de fomento das EJNS em sua região, entre em contato conosco. Somente unidos conse-guiremos ir adiante!

Portanto, fica registrada nossa gratidão por tudo que as ENS re-presentam para as EJNS. Nosso muito obrigado pelo espaço e pelo apoio de sempre.

Que Nossa Senhora Estrela da Nova Evangelização nos abençoe e nos guarde.

Abraços fraternos, Júnior

Responsável EJNS [email protected]

EJN

SDIVERSIDADE NA UNIDADE

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Esse é o meu mandamento:

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMO.

(Jo 15, 12)

CN

SE

Na Mística das ENS encontramos a Ajuda Mútua. “Carreguem os fardos uns dos outros” (Gl 6, 2).

Com estes pensamentos temos procurado caminhar nas Comu-nidades Nossa Senhora da Esperança. Sabemos que a solidão não é um desejo de DEUS para nenhuma criatura sua, no entanto, quan-tos não se sentem assim, quando perdem seus entes queridos? – o Casal com a morte de um dos cônjuges, a dor da viuvez, indepen-dente da circunstância em que tenha ocorrido está sempre presente na vida das pessoas. O Desquitado ou o Divorciado, com a perda de um dos cônjuges mesmo ele estando vivo, é muito doloroso, pois vivem em um grande vazio. Os solteiros sentiam-se felizes quando moravam com suas famílias. Depois com a morte dos seus pais e a saída de casa dos irmãos pela vocação escolhida ficam sozinhos em solidão. No seio da Igreja não existia nenhum Movimento ou Associação, em favor das (os) Viúvas (os), como também das (os) Solteiras (os), Separadas (os) e Divorciadas (os). Nesse vácuo surgiu o Movimento Comunidade Nossa Senhora da Esperança, que vai se espalhando e consolidando em todos os cantos do país.

Hoje quando vemos a grandeza desse Movimento, fundado por D. Nancy Moncau, cujo objetivo é formar pequenos grupos, onde as (os) Viúvas (os) e Pessoas Sós pudessem contar com a ter-na proteção de Nossa Senhora. Conforta-nos saber que nos dias atuais existam equipistas atuando em todo recanto do Brasil, nas CNSE ousando assim o Evangelho e dando um passo mais largo no que diz respeito ao grande mandamento do amor, mostrando a este público alvo que seria possível uma luz ao final do túnel, que aos poucos fosse se tornando cada vez mais brilhante, levando a todos a certeza de que DEUS está sempre por perto e não irá desamparar ninguém.

Que Nossa Senhora da Esperança abrace a todos com ternura e carinho e traga mais operários para a Grande Messe da CNSE.

Toinha e GeorgeCasal Regional - CNSE

Pernambuco

Visite nosso site www.cnse.org.br

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No

tíci

as

BODAS DE OURO

Ivone e Guilherme

No dia 15.06.2013, juntamen-te com a Eq.07B - N. S. da Paz, em Belém-PA, comemoraram suas Bodas de Ouro com a celebração de uma missa em ação de graças presidida pelo Pe. Wiremberg SCE do Setor B, na Paróquia de São José. Fizeram-se presentes os fami-liares, amigos e irmãos da Equipe. A festa continuou no dia seguinte num almoço oferecido por seus fi-lhos, noras e netos.

Maria e Dolor

No dia 03.11.2012, com o apoio dos irmãos, sua Eq.04D - N. S. da União, de São Paulo Capital II, comemora ram suas Bodas de Ouro num am-biente de muita fraternidade.

Vera e Miro

No dia 03.11.2012, com o apoio dos irmãos sua Eq.04D - N. S. da União, de São Paulo Capital II, comemoraram suas Bodas de Ouro num am-biente de mui-ta fraternidade.

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL

Pe. Nelson Siqueira Neves No dia 29 de junho, com muita

alegria, a Região Rio IV, através do Setor Lagos, comemorou o Ju-bileu de Ouro Sa-cerdotal do Pe. Nelson Siqueira Neves, SCE da

Eq.11 - N. S. da Guia, numa emo-cionante Missa presidida pelo ar-cebispo de Niterói, D. José Francis-co. A comunidade da Paróquia N. S. d’Assunção, em Cabo Frio, e os equipistas se reuniram para come-morar e agradecer a Deus.

ORDENAÇÃOSACERDOTAL

Pe. Alessandro Renato da Silva (Alex)

Dia 15 de Junho, foi sua ordena-ção sacerdotal. A Eq.10 - N. S. De-satadora dos Nós, muito se alegrou naquele dia. Pe. Alex era Diácono e já acompanhava a Equipe 10 do

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Setor lagos - Cabo Frio/RJ. “O espíri-to do Senhor Jesus está sobre mim, por-que Jesus me ungiu; enviou-me a anun-ciar a boa nova aos pobres...” (Is 61, 1).

Que Maria interce-da junto a seu Filho Jesus por ele e por todos os sacerdotes que se dispõem a acompanhar as nossas equipes nos aconselhando e levan-do a presença de Jesus para nossa reuniões, para nossas vidas e para nossas famílias.

Pe. Ângelo

No dia 15.06.2013, aconteceu a Ordenação Sacerdo-tal de Pe. Ângelo, Con-selheiro Espiritual da Eq.04 - N. S. das Graças do Setor Lagos, Região Rio IV. Que Maria in-terceda junto a seu Fi-lho Jesus por ele e por todos os sacerdotes

que se dispõem a acompanhar as nossas equipes nos aconselhan-do e levando a presença de Jesus para nossas reuniões, para nossas vidas e para nossas famílias.

Pe. Inácio No dia 11.06.2013, às 17 horas, o Reverendíssimo Dom Jaime

Vieira Rocha, Ar-cebispo Metropo-l i t ano de Nata l , presidiu a Missa de Ordenação Sacer-dotal, na Catedral de Nossa Senhora da Apresentação. O

Pe. Inácio é o SCE da Eq.05E - N. S. de Guadalupe e presidiu sua pri-meira missa no dia 15.06.2013, na cidade de Paus dos Ferros-RN.

Pe. Emerson CarlosNo dia 07.07.2013, aconteceu a Ordenação Sa-cerdotal pela im-posição das mãos de Dom Frei Dia-mantino Prata de Carvalho, ofm, Bis-po da Diocese de Campanha-MG. A cerimônia, de rara beleza, foi na Igreja Matriz de Nossa Senhora D’Ajuda, em Três Pontas-MG, sua cidade natal. Rogamos ao Senhor que ilumi-ne Pe. Emerson, agora, SCE da Eq.03B - N. S. do Loreto, na sua missão, e que, com sua alegria e juventude possa atrair muitos jovens para a vida religiosa.

ORDENAÇÃO DIACONAL

Raphael Guimarães No dia 05 de maio foi ordena-do Diácono, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Vol-ta Redonda, com a presença do Bispo, Dom Francisco Biasin e do Bispo emérito, D. João Maria Messi. Raphael é CE da Equipe N. S. Auxiliadora. Louvamos a Deus e a Nossa Se-nhora por este momento e que abençoe a vida e a vocação do Raphael Duque.

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ANIVERSÁRIOS 15 anos da Região Rio IV

No dia 23 de maio a Região Rio IV completou 15 anos. A comemo-ração do aniversário aconteceu no dia 18, quando foi realizada uma Missa em ação de graças no Se-minário São José e, também, uma confraternização com a presença de muitos casais equipistas. De forma simples, porém significativa, come-moramos esta data e temos certeza que o aniversário de 15 anos da Re-gião Rio IV ficará marcado no co-ração de todos, que compareceram ao evento.

A presença na Celebração Euca-rística, realizada na Capela do Se-minário, coroação da nossa festa,

de alguns seminaristas, dois SCEs (Pe. Juvaldes e o Frei Guido) e dos casais do primeiro momento da nossa Região nos emocionou a to-dos, num claro sentimento da pre-sença do Espírito Santo. Os casais, primeiros equipistas da Região, tes-temunharam, com sua alegria, que vale a pena participar das Equipes de Nossa Senhora. Aproveitamos a oportunidade para homenagear aqueles que iniciaram e ajudaram a construir a Região e apresentamos um histórico da trajetória das Equi-pes de Nossa Senhora nesses 15 anos. (Tereza e Reizinho - CRR Rio IV - Rio de Janeiro-RJ)

VOLTA AO PAI

Jean (da Jeanne)No dia 28.06.2013

Integrava a Eq.01B - N. S. da EsperançaSão José dos Campos-SP

Laércio (da Lúcia) No dia 26.06.2013

Integrava a Eq.05 - N. S. de LourdesGarça-SP

Ana Alice (do Sebastião)No dia 30.01.2013

Integrava a Eq.04 - N. S. de LourdesMaracaju-MS

Neide (do Ladislau)No dia 20.06.2013

Integrava a Eq.03C - N. S. das VitóriasNatal-RN

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Há muitos anos, existiu um homem muito rico que no dia do seu aniversário convocou a criadagem à sua sala para rece-berem presentes. Colocou-os à sua frente na seguinte ordem: cocheiro, jardineiro, cozinheiro, arrumadeira e o pequeno men-sageiro.

Em seguida, dirigindo-se a eles, explicou o motivo de havê-los chamado até ali e, por fim, perguntou: o que você prefere receber agora, esta Bíblia ou este valor em dinheiro?

Eu gostaria de receber a Bíblia, respondeu, pela ordem, o cocheiro. Mas como não aprendi a ler, o dinheiro me será muito mais útil! Recebeu então a nota, de valor elevado, e agradeceu ao patrão. A este, pediu que permanecesse em seu lugar.

Era a vez do jardineiro que, escolhendo bem as palavras, falou: minha mulher está adoentada e por esta razão tenho ne-cessidade do dinheiro. Em outra circunstância escolheria, sem dúvida, a Bíblia. Como aconteceu com o primeiro, ele também permaneceu após receber o valor das mãos do patrão.

Agora pela ordem, falaria a cozinheira que teve tempo de elaborar bem a sua resposta: eu sei ler, porém, nunca encontro tempo para folhear sequer uma revista. Portanto, aceito o di-nheiro para comprar um vestido novo.

Eu já possuo uma Bíblia e não preciso de outra, assim, prefiro o dinheiro, informou a arrumadeira em poucas palavras.

Finalmente chegou a vez do menino de recados. Sabendo-o bastante necessitado, o patrão adiantou-se em dizer-lhe: certa-mente você também irá preferir o dinheiro, para comprar uma nova sandália, não é isso meu rapaz? Muito obrigado pela su-gestão, disse o pequeno mensageiro. De fato, estou precisando muito de um calçado novo, mas vou preferir a Bíblia. Minha mãe me ensinou que a Palavra de Deus é mais desejável do que o ouro... Ao receber o bonito volume, o menino feliz o abriu e nisso caiu aos seus pés uma moeda de ouro. Virando outras páginas, foi deparando-se com outros valores em notas. Vendo isso, os outros criados perceberam o seu erro e envergonhados deixaram o recinto. A sós com o menino, disse-lhe o patrão: Que Deus o abençoe, meu filho, e também a sua mãe, que tão bem o ensinou a valorizar a Palavra de Deus (autor desconhecido).

ColaboraçãoLéo da Aninha

Eq.05C - N. S. da Saúde Natal-RN

A BÍBLIA

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O santoral de setembro é rico de nomes famosos; no entanto, apenas um traz o epíteto de Magno: São Gregório I. Nascido em Roma em 540, lá mesmo morreu em 604. Foi prefeito da cidade, “sem jamais se deixar corromper”. Fascinado pelo ideal monás-tico, trocou a política pelo mosteiro. Continuou monge, mesmo sendo conselheiro particular do papa Pelágio II; e até mesmo sendo seu representante junto ao Imperador de Constantinopla.Eleito papa à sua revelia, após a morte de Pelágio, os 14 anos do seu pontificado foram de uma atividade assombrosa, em todos os setores. Provam-nos as 854 cartas dele que chegaram até nós. Seu nome sobrevive principalmente no “canto gregoriano”, como também nas assinaturas oficiais dos romanos pontífices: “o servo dos servos de Deus”. É um dos quatro maiores doutores da Igreja. Não foi apelidado de Magno por acaso!

Escuta da Palavra em 2Cor 4, 1-12

Sugestões para a meditação:1. Com base no v.2, elenque situações em que é preciso dizer não.

2. Quando é que nós proclamamos a nós mesmos, e não a Cristo (v.5)?

3. É possível falsificarmos a Palavra de Deus (v.2)?

4. Comente esta frase: “trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus” (v.10).

Frei Geraldo de Araujo Lima, O.Carm.

MEDITANDO EM EQUIPE

Oração Litúrgica “Filho do homem, eu te coloquei como sentinela da casa de Israel (Ez 3,17). É de notar que o Senhor chama de sentinela aquele a quem envia a pregar. A sentinela, de fato, está sempre no alto para enxergar de longe quem vem. E quem quer que seja senti-nela do povo deve manter-se no alto por sua vida, para ser útil por sua providência.Como é duro para mim isto que digo! Ao falar, firo-me a mim mesmo, pois minha língua não mantém, como seria justo, a pregação e, mesmo que consiga mantê-la, a vida não concorda com a língua.Que espécie de sentinela sou eu, que não estou de pé no monte da ação, mas ainda deitado no vale da fraqueza? Poderoso é, porém, o Criador e Redentor do gênero humano para conceder-me, a mim, indigno, a elevação da vida e a eficácia da pa-lavra. Por seu amor, consagro-me totalmente à sua palavra” (São Gregório Magno).

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Equipes de Nossa Senhora

Movimento de Espiritualidade Conjugal

R. Luís Coelho, 308 • 5º andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SPFone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Momentos de intenso convívio equipista nas Regiões: Bahia, Sergipe e Alagoas