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CARTA Equipes de Nossa Senhora Mensal Ano LIV• abr 2014 • nº 479 FORMAÇÃO Ser equipista é ser vocacionado p. 18 SUPER-REGIÃO A espiritualidade do serviço pp. 04, 05 IGREJA CATÓLICA Carta do Papa Francisco às famílias p. 06

ENS - Carta Mensal 479 - Abril/2014

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FORMAÇÃOSer equipista

é ser vocacionadop. 18

SUPER-REGIÃOA espiritualidade

do serviçopp. 04, 05

IGREJA CATÓLICACarta do Papa

Francisco às famíliasp. 06

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CARTA MENSALnº 479 • abr 2014

EDITORIAL Da Carta Mensal ..................................01

SUPER-REGIÃOPreparai o caminho do Senhor! ...........02Ser equipista é uma vocação ...............03A espiritualidade do serviço .................. 04

IGREJA CATÓLICACarta do Papa Francisco às famílias .....06 Fundamentos da espiritualidade nas ENS ................................................07Páscoa .................................................09Celebremos a páscoa em família .........10

PASTORAL FAMILIARFamilia: lugar do encontro ......................11

3O ENCONTRO NACIONAL Um convite muito especial ..................12

RAÍZES DO MOVIMENTOO cristão, um homem em marcha ...........13

MARIASenhora da páscoa ....................................14

TEMA DE ESTUDOO ano da fé e o estudo do tema ..............15Mapa mental ...................................... .16

FORMAÇÃOVida de equipe, vida em comunidade! ....17Ser equipista é ser vocacionado ..............18Saber discernir ......................................19Preparando caminhos ............................20O chamado à missão é um imperativo de Deus .......................21

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fatima e Joel - Glasfira e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos Imagem de capa: Canstockphoto - Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 23.500 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 A3 Cj. 36 - 01310-000 São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

CRS - formação específica ......................22Ser responsável nas ENS, .......................23

VIDA NO MOVIMENTOProvíncia Sul I - Tudo está lançado .......24Província Sul III - Encontro de equipes novas .................................25Província Centro-oeste ...........................27

ECOS DA JMJ RIOO Padre Caffarel nos uniu além do oceano .............................29

TESTEMUNHOAção de graça ......................................30Servir a Deus exige disciplina, foco e fé! ..31Ajuda mútua uma certeza nas ENS .........32Alegria do serviço ................................33Crescei e multiplicai-vos ........................34Ele esta no meio de nós .........................35Família que reza unida, permanece unida ..36O desejo de servir .................................37Recado de Jesus, bem pessoal ................38Silêncio ................................................39Uma experiência de amor ......................40

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇOA escuta da palavra .............................41Para que nada se oponha às vossas orações ................................42Um Dever de Sentar-se de ano novo ...43

NOTÍCIAS ............................................ 44REFLEXÃO Casais que se contemplam ....................47O estranho em nossas vidas! .................48

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Edit

ori

alQueridos Irmãos “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim”.

É, antes, uma necessidade que se impõe. Ai de mim se não evangelizar.

(1 Co 9,16)

Nossa CM desse mês de abril vem como uma “ponte”, ligando os projetos e orientações do Movi-mento, com a expectativa do que nós deveremos realizar, depois de sermos alertados em alto e bom som, para Ousar o Evangelho.

Padre Miguel, inicia exortando-nos a transformarmo-nos, para depois evangelizar sem medo; e acrescenta: precisamos ter uma fé inabalável para sermos obedientes à Palavra, persistentes na leitura diária e na Meditação, prudentes nas conversas a três...

Cida e Raimundo, no mesmo ri tmo, nos chamam, também, para nos prepararmos e expli-citam o que é escolher aceitar uma vocação. Mostrando os vie-ses vocacionais para semearmos no campo das ENS, citam Pe. Caffarel que conclui: Trata-se de uma sub-missão profunda. Um aprendizado que as Equipes de Nossa Senhora prestam aos equipistas...

Sílvia e Glauco falam de como Jesus era atento a tudo o que ocor-ria em sua volta; as parábolas eram construídas sob a realidade do seu conhecimento e transmitia com pala-vras simples. No seu testemunho de vida cristã esclarece que, colaborar com a obra de Deus e prestar um ser-viço aos homens não causa perdas às responsabilidades familiares e pro-

Tema: “Ousar o Evangelho - Acolher e cuidar dos homens”

fissionais. O texto é um chamamento ao serviço disciplinado e fundado na oração.

Frei Eduardo Quirino se alia a Pe. Miguel e Cida e Raimundo e nos leva a entender que apenas uma fé profunda, baseada sobre o conheci-mento da pessoa de Cristo, é capaz, ao encarnar-se na vida cotidiana, de refletir o seu amor nas relações com o próximo e faz recomendações para uma vida cristã e equipista plena.

A Bandeira Formação tem seis artigos muito bons que, coinciden-temente, se repetem em outros de forma diferente, mas com o mesmo sentido, como: O terceiro parágrafo de SER EQUIPISTA É SER VOCA-CIONADO de Débora e Marquinho com SER EQUIPISTA É UMA VO-CAÇÃO de Cida e Raimundo. Os questionamentos do O TEMA DE ESTUDO E O ANO DA FÉ de Emí-lia e José Roberto com os do SABER DISCERNIR de Leo (da Aninha).

Vocês ainda podem saber como foram os EACRES, em algumas Regiões, e se mirarem em bons testemunhos de irmãos espalhados nesse nosso imenso Brasil.

Erenita e Attanázio historiam obje-tivamente o que é a Páscoa e seu sig-nificado para nós, cristãos católicos.

No amor eterno do Pai! Zezinha e Jailson

CR Equipe da Carta Mensal

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egiã

o

O objetivo primeiro da oração é a transformação do homem em Jesus Cristo. Qualquer tentativa de afinidade com Deus que não te-nha esta expectativa é o exercício alienante da oração. Certamente, o objetivo nunca será alcança-do. Mas a caminhada deve ser um processo de transfiguração: a troca de uma figura por outra. Ou-sar o Evangelho está bem dentro dessa perspectiva: de evangelizar sob quaisquer circunstâncias, sem medo!

Em que pese subestimarmos a nossa capacidade de levarmos a Boa Nova, às vezes, tomados pela sensação de impotência de resolvermos todos os percalços do mundo, precisamos ter uma fé ina-balável para sermos obedientes à Palavra; persistentes na leitura diá-ria e na Meditação; prudentes nas conversas a três, seja na Oração Conjugal, seja no Dever de Sen-tar-se para nos abastecermos das virtudes do nosso Senhor Jesus Cristo e termos a força do Espírito Santo atuando em sua plenitude na alegria do nosso servir, transfor-mando-o numa Regra de Vida viva e de penitência.

Acolher e cuidar dos homens é um tema tão ousado quanto é ou-sado santificar-se a dois. Primeiro, porque é lindo poder enxergar vo-cês, casais do mundo, caminhan-do de mãos dadas, até a velhice, com metas iguais, ouvindo a Jesus sem compreendê-lo, mas reconhe-cendo-o na Santa Eucaristia. Se-

PREPARAI O CAMINHO DO SENHOR!

gundo, porque teremos casais transformado-res, alvos dos comentários: eles são realmente diferentes! E tercei-ro, pela alegria da Igreja, lembran-do o que profetizou sua santidade o Papa João Paulo II: o futuro do mundo passa pela família.

Meus queridos, a obediência às Orientações do Movimentos deve ser e ter o mesmo caráter e impor-tância que Jesus dedicou ao Pai: Jesus disse: Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra (Jo 4,34). De modo que, como pela desobe-diência de um só homem, todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só, todos se tor-narão justos (Rm 5,19).

Finalmente lembremos Eclo 49, 1-3: A lembrança de Josias é uma mistura de incenso, preparada pe-los cuidados de um perfumista; é como mel, doce em todas as bocas, como música em meio a um ban-quete. Ele mesmo tomou o bom caminho, o de converter o povo, extirpou a impiedade abominável. Encaminhou seu coração para o Senhor , em dias de impiedade fez prevalecer a piedade.

Sejamos, pois, discípulos da profecia de Isaías: Voz do que cla-ma no deserto; Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas vere-das (Mt 3,2).

No coração de Jesus! Pe. Miguel Batista, SCJ.

SCE da Super-Região Brasil

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SER EQUIPISTA É UMA VOCAÇÃO“Aquele que se cansa

de semear não pode alegrar-se com a colheita”

(Santo Agostinho)

Queridos equipistas:Em um dos EACREs de que

participamos neste ano, chamou-nos atenção a seguinte afirmação de um SCE, em sua homil ia: “ser equipista é uma vocação”. A constatação nos levou a pensar em quantos equipistas estão no Movimento sem ter vocação. Aquela “vocação” que nos remete ao ato de chamar, de escolha e de disposição para algo ou para alguma missão. Somos todos chamados pelo Batismo a uma vida cristã como filhos e filhas de Deus, para sermos santos como casados, consagrados, ordenados.

Como casados, consagrados, ordenados podemos semear no campo das Equipes de Nossa Senhora. Trata-se de ouvir o chamado, esco lher ace i tar e se d i spor a caminhar numa direção específ ica, conforme o que propõem as Equipes. Trata-se de uma submissão profunda. Um aprendizado que as Equipes de Nossa Senhora prestam aos equipistas, quando lhes pede para adotar voluntariamente uma Regra, para viver o amor fraternal na equipe e no Movimento e para declarar as omissões às regras do jogo (cf. Caffarel).

Escolher aceitar uma vocação significa sair de si mesmo a fim de focar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho. Em qualquer

estado de vida ou em campo escolhido livremente para semear, é necessário superar os modos de pensar e agir que não estão conformes com a vontade de Deus (Papa Francisco).

Amados i rmãos, urge que iniciemos nosso êxodo em direção à vida em comunidade e olhemos com amor e nossas energias todos os que estão ao nosso redor.

Diz o Papa Francisco que a vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor de uns pelos outros. Então, a partir desses fundamentos , que ta l reservarmos um tempo ao longo do mês, do ano ... para refletir com o coração – de onde brota a vocação – os seguintes questionamentos:

Você semeia para fazer sua vocação brotar? Se ela já nasceu, você está cuidando bem dela?

Unidos em oração, nosso abraço terno e fraterno,

Cida e Raimundo CR Super-Região

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Em suas caminhadas e em seus encontros com pequenos grupos ou grandes multidões Jesus sem-pre prestava muita atenção ao que via. Por isso, as suas parábolas são frutos de sua experiência de vida. Atento a tudo, conhecia a realidade da Galileia. E é com palavras sim-ples e em linguagem compreensível que “comunica o que vive” (Jesus, Aproximação Histórica, José Antô-nio Pagola). Através delas, coloca os que as ouvem em sintonia com a sua própria experiência.

A parábola do “bom samarita-no” reflete essa vivência. Os dois primeiros viajantes, um sacerdote e um levita, retornam para Jericó, vindo do templo, onde cumpriram suas obrigações. Vêem o ferido e “passam ao largo”. O terceiro via-jante, um samaritano, talvez um comerciante, vê o ferido, aproxima-se dele (que provavelmente sente medo) e “enche-se de compaixão”. Não se preocupa com as mercado-rias que traz para vender, algumas

perecíveis. Nem com o atraso que sua viagem sofrerá. Ou com os gas-tos adicionais que terá. Acolhe o ferido e cuida dele (Lc 10, 25-37).

A refl exão que resulta da leitura e do estudo

dessa parábola nos inspira a uma profunda

revisão de vida. Depois que completamos

o serviço de Casal Responsá-vel de Setor, Silvia foi convi-dada a dirigir o Educandário Santa Catarina, uma entida-de sem fins lucrativos, locali-zada próxima de Florianópolis, que cuida de aproximadamente 500 crianças, de zero a 7 anos, que necessitam de assistência. Serviço voluntário, pesado, sobretudo pela necessidade de viabilizar recursos para a sua manutenção em boa or-dem. Silvia dedicou 12 anos seguidos a esse projeto. Nesse período, fomos chamados a servir ao Movimento na Região Santa Catarina I, que exerce-mos com a ajuda de um dedi-cado Colegiado, sem deixar as demais responsabilidades de lado. Completado esse perío-do de serviço ao Movimento, veio um novo chamado: coor-denar localmente o 2º Encon-tro Nacional das ENS. Com a orientação de Graça e Roberto, então Casal Responsável pela

A ESPIRITUALIDADE DO SERVIÇO

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SRB, e o empenho da Equipe de Serviço, Deus nos permitiu realizá-lo bem, apesar de nos-sas limitações. Novo chamado, agora para a SRB, no serviço de Casal Responsável pela animação da Província Sul III (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Nesse período, Glauco foi, também, chamado a servir à indústria de SC, na condição de presidente de sua federação. Com a presença se-rena e dedicada de nosso Co-legiado, casais e conselheiros que preencheram as nossas la-cunas com amor e sabedoria, estamos chegando ao fim do serviço de CRP, que completa-remos em agosto próximo.

Partilhamos o nosso teste-munho de que é possível con-ciliar os serviços ao Movimen-to e à Igreja, sem descuidar das responsabilidades com a família e a profissão. É o ca-sal manifestando sua espi-ritualidade no serviço, quer no lar, na Equipe, no trabalho, na comunidade, onde estiver. Ali-ás, segundo Pe. Caffarel, para sermos as testemunhas que o mundo espera não se faz ne-cessário afastar-se das tarefas familiares e profissionais (A Missão do Casal Cristão). Com a graça de Deus e a ajuda dos nossos irmãos dos Colegiados o fardo tem sido “leve”.

Em todas as atividades deve-mos nos esforçar para colaborar com a obra de Deus e prestar um serviço aos homens (Estatutos das ENS). Sem desanimar diante das

barreiras e das incompreensões. Sem desistir diante dos tropeços ou dos primeiros insucessos. Pedro não queria mais lançar as redes, depois que foram recolhidas vazias. Precisou Jesus ordenar que o fizes-se e as redes voltaram cheias (Lc 5, 4-6). Também os pescadores de Aparecida não estavam recolhendo peixes, até que em nova tentativa a rede traz, ao invés de peixes, o cor-po de uma imagem. Poderiam ter desistido aí, mas perseveram e jo-gam a rede novamente, que então é recolhida com a cabeça. Primeiro, o corpo, “templo do Espírito San-to” (1 Cor 6, 19). Depois, a cabeça, que completa o corpo. Com respei-to, cuidado e carinho, as mãos ru-des dos pescadores colocam suave-mente no fundo do barco as peças que viriam a formar a Senhora de Aparecida. Maravilhas acontecem. Com Maria, caminhamos para Je-sus. Através dela, chegamos a Ele.

Também nós somos chamados a recolher os pedaços em que mui-tas vezes se transformam os que são marginalizados, os que sofrem, os incompreendidos. Recolher, acolher, unir os pedaços, cuidar. Quem reconstrói, cura e salva é Jesus. O serviço dá sentido às nos-sas vidas e nos torna portadores de esperança para os “feridos”. Muitas vezes Jesus disse a seus discípulos que a sua missão era servir: “Eu estou no meio de vós como quem serve” (Lc 22, 27). Ele nos deu o exemplo (Jo 13, 15) e espera que assim o façamos: “Vai e faz tu tam-bém o mesmo” (Lc 10, 37).

Sílvia e Glauco CR Província Sul III

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Queridas famílias,Apresento-me à porta da vossa

casa para vos falar de um aconte-cimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês de Outubro, no Vaticano: trata-se da Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para discutir o tema “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangeli-zação”. Efetivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evange-lho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respei-to à família.

Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus: Bispos, sacer-dotes, pessoas consagradas e fiéis lei-gos das Igrejas particulares do mun-do inteiro, que participam ativamen-te, na sua preparação, com sugestões concretas e com a ajuda indispensá-vel da oração. O apoio da oração é muito necessário e significativo, es-pecialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimônio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensa-mente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa. Como sabeis, a esta Assembleia sinodal extraordi-nária, seguir-se-á – um ano depois – a Assembleia ordinária, que desen-volverá o mesmo tema da família. E, neste mesmo contexto, realizar-se-á

o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, em Setembro de 2015. Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, atra-vés destes acontecimentos, um ver-dadeiro caminho de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais com a luz e a força que provêm do Evangelho.

Estou a escrever-vos esta carta no dia em que se celebra a festa da Apresentação de Jesus no templo. O evangelista Lucas conta que Nossa Senhora e São José, de acordo com a Lei de Moisés, levaram o Menino ao templo para oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião, duas pessoas idosas – Simeão e Ana –, movidas pelo Es-pírito Santo, foram ter com eles e re-conheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2, 22-38). Simeão tomou-O nos braços e agradeceu a Deus, porque tinha finalmente “visto” a salvação; Ana, apesar da sua idade avançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se a falar a todos do Menino. É uma ima-gem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas, reunidos devi-do a Jesus. Verdadeiramente Jesus faz com que as gerações se encon-trem e unam! Ele é a fonte inesgo-tável daquele amor que vence todo o isolamento, toda a solidão, toda a tristeza. No vosso caminho familiar, partilhais tantos momentos belos: as refeições, o descanso, o trabalho em casa, a diversão, a oração, as viagens e as peregrinações, as ações de soli-dariedade... Todavia, se falta o amor, falta a alegria; e Jesus é quem nos dá

CARTA DO PAPA FRANCISCO ÀS FAMÍLIAS

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FUNDAMENTOS DA ESPIRITUALIDADE NAS ENS

o amor autêntico: oferece-nos a sua Palavra, que ilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida, que sustenta a labuta diária do nosso caminho.

Queridas famílias, a vossa ora-ção pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na

verdade e na caridade. A proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José acompanhe sempre a todos vós e vos ajude a caminhar unidos no amor e no serviço recípro-co. De coração invoco sobre cada família a bênção do Senhor.

Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014.

Franciscus

Discorrer sobre os meios de aper-feiçoamento que o Movimento das ENS oferece não é tarefa fácil. Re-petir o que os membros da equipe já sabem, é perda de tempo. Creio mais oportuno relembrar alguns as-pectos que nos fazem viver o ideal de busca do crescimento do amor con-jugal na santidade do sacramento do Matrimônio.

O documento intitulado “O ca-minho da vida espiritual em casal”, no capítulo 2, traz um texto muito a propósito: “Apenas uma fé profunda, baseada sobre o conhecimento da pessoa de Cristo, é capaz, ao encar-nar-se na vida cotidiana, de refletir o seu amor nas relações com o próxi-mo. Há relação estreita entre “razão e fé”, que é necessária para fazer frente ao desafio que se apresenta ao cris-tão de hoje” (op.cit. p. 34).

A Sagrada Escritura é a fonte de espiritualidade cristã sobre a qual se baseiam os ensinamentos da Igreja e a liturgia. Portanto, o ponto fundamental para que haja ama-durecimento da fé cristã é o conhe-cimento e a acolhida da Sagrada Escritura que nos coloca diante do

projeto de Deus que se revela como criador e salvador. A fé é aceitar que Deus existe e que recompensa os que nele creem (cfr. Hb 11,6). A Sagrada Escritura deve ser recebida com amor e simplicidade, pois ela nos revela a experiência de fé dos hebreus e dos cristãos através dos séculos: “Muitas vezes e de diver-sos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultima-mente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas” (Hb 1,1-2). A segunda carta de Pedro nos alerta dizendo que “Antes de tudo sabei que nenhuma profecia da Es-critura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi pro-ferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados por Deus falaram da parte de Deus” (2Pd 1,20-21).

A leitura do texto sagrado, feita com abertura de coração para acolher a palavra revelada, deve gerar em nós uma atitu-de de diálogo com o que foi lido. Que isso tem a ver comigo, aqui e agora, se eu estivesse envol-

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vido em situação semelhante àque-la que o texto relata? Basta pensar em Abraão quando teve que deixar tudo, família, cultura, sua terra. Ele foi levado pela graça a aceitar um Deus único, um dentre centenas de tantos outros que a cultura contem-porânea lhe oferecia. Pensemos nas Bodas de Caná, no que aconteceu após intervenção de Maria alertan-do Jesus que os noivos estavam para passar um vexame devido à falta de vinho. Quais as reações que esse sinal suscitou nos discípulos?

Uma vez iluminados pelas pala-vras da Escritura estamos prontos para caminhar em busca do aper-feiçoamento que as ENS nos pro-põem para viver a graça cristã, na condição de cristãos que escolhem viver a santidade como casal, situ-ação que deve perdurar até que a morte os separe. Todos somos cha-mados a viver a vida cristã plena-mente em qualquer etapa da vida.

Aproveito a oportunidade para propor uma maneira simples de viver os meios de aperfeiçoamento que as ENS nos propõem. Costu-ma-se chamar de ascese: por asce-se se entende o conjunto de esfor-ços pelos quais se deseja conseguir progredir na vida moral e religiosa. Isso significa o esforço que leva o cristão a procurar ir eliminando os defeitos que impedem a sua con-figuração com Cristo, como foi as-sumida no batismo. Evidencia-se também a obrigação de progredir na vida sacramental e de oração. Coloque-se aqui a Regra de Vida, que não deve ser um pacote de problemas, mas, existindo, se deve eliminar um de cada vez e por um tempo razoavelmente curto. Fica também claro que a oração, pesso-

al ou do casal, deve ser exercitada com perseverança. Não há fórmula especial para orar. A melhor manei-ra de orar é procurar um momento para falar com Deus e ouvir o que ele tem a nos dizer. Cada casal deve escolher o modo que melhor lhes convém e facilita. Por que não tomar uma das orações que a Bí-blia nos oferece? Além dos salmos há tantas outras.

Quanto ao Dever de Sentar-se deixo apenas a sugestão: quando o casal quiser cumprir este dever vá desarmado. Lembrem-se dos três pilares sobre os quais repousa o amor conjugal: respeito pelo ou-tro, confiança e abertura para ouvir sem preconceitos. É preciso deixar de lado cobranças, ironias, ressen-timentos, etc. Com paciência e per-severança o amor conjugal vai se consolidando e crescendo. A vida cristã é um caminhar com Cristo sempre, como diz Paulo: “Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive; a minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se en-tregou por mim” (Gl 2,20).

Gostaria de deixar aos queridos casais que buscam a vivência na fé e crescimento na caridade, três pontos de referência que devem ser lembrados em qualquer instante de nossa vida: Deus, como objeto de nossa fé, o próximo, nosso irmão e o contexto vital no qual vivemos e onde devemos testemunhar o amor que Cristo nos deixou como sinal de que somos seus discípulos.

Frei Eduardo Quirino de Oliveira SCE Eq.04B - N. S. Rainha

de Todos os Povos São Paulo-SP

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A palavra “páscoa” vem do hebraico! pessah e significa “pas-sagem”. A celebração da Páscoa de Jesus começa com a Quares-ma”. São sete semanas, durante as quais a Igreja prepara os fiéis para uma consciente acolhida da mensagem da cruz de Jesus e da sua gloriosa ressurreição.

A seguir vem a Semana Santa como preparação mais intensa, do tríduo sacro: quinta, sexta e sábado santos. O domingo da Páscoa é a celebração gloriosa da ressurreição do Senhor. Cum-pre lembrar que todos os domin-gos do ano são a multiplicação do domingo da Páscoa. E o ciclo pascal termina com a festa de Pentecostes.

A noite da Páscoa (sábado santo) tem seu significado pró-prio; é Cristo que ressuscita dos mortos eliminando as trevas do pecado, resplandecendo com a aurora da sua ressurreição. A vigília pascal, a noite do sábado

santo é a mãe de todas as vigí-lias e pertence ao Domingo que o Senhor consagrou com a sua ressurreição.

Nós, cristãos, temos a certeza de que o crucificado na véspera de um sábado foi morto e sepul-tado, mas, ao amanhecer do pri-meiro dia da semana (domingo) apareceu, ressuscitado, a Maria Madalena. Neste “primeiro dia da semana” é lembrado, a cada domingo, aos cristãos a ressurrei-ção de Cristo. A união com Ele em sua Eucaristia nos faz viver para a expectativa da 2ª vinda de Cristo no fim dos tempos (cf 1 Cor 15,24). O termo “pás-coa” não só designa o mistério da morte e da ressurreição de Cristo, nem só o rito eucarístico semanal ou anual: designa tam-bém o “Banquete” celeste para o qual todos caminhamos”.

Erenita e AttanazioEq.02B - N. S. das Vitórias

Brasilia-DF

A palavra “páscoa” vem do hebraico! pessah e significa “pas-sagem”. A celebração da Páscoa de Jesus começa com a Quares-ma”. São sete semanas, durante as quais a Igreja prepara os fiéis

santo é a mãe de todas as vigí-lias e pertence ao Domingo que o Senhor consagrou com a sua ressurreição.

Nós, cristãos, temos a certeza de que o crucificado na véspera

PÁSCOA

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No Natal a luz brilhou e iluminou de alegria e esperança os nossos co-rações e nossas famílias. Agora chega a Páscoa, é a festa maior! Será que só sabemos extravasar nossa alegria pelo Natal? Temos que concordar ser mais fácil, porque na Páscoa se exige firme disposição e vontade, conside-rando-se ainda ser um drama de dor e sofrimento. Entretanto, se temos fé, precisamos celebrar também a Pás-coa. Pois, se como membros de Cristo que somos, em cada Natal, renasce-mos com Jesus para uma vida nova; pela Páscoa, ressuscitamos, vencen-do um pouco mais, em cada ano, o “homem velho” que trazemos dentro de nós e que nos atrapalha muito na conquista da perfeição cristã.

No Natal, o Cristo nos apareceu, sobretudo, com luz. Agora, na Pás-coa, Ele se manifesta como Vida na Alma e na Igreja. Ele é Vida e nos enche de Vida Divina pelo Batismo e pela Eucaristia. O preço desse dom inestimável é a sua morte. Assim, portanto – a Vida por sua Morte – é o sentido profundo do tempo pascal. Cristo quer resgatar nossos pecados. Devemos, então, ter a consciência de que somos pobres pecadores. Jesus quer nos resgatar por sua Paixão, sua Cruz e sua Ressurreição. Festejemos esta Redenção durante a semana Santa e na Páscoa.

Como viver na família a prepa-ração para a Páscoa? Ora, compre-endido bem esse espírito, podemos combinar em casa e, além das nos-sas decisões pessoais, tomar algumas resoluções apostólicas em comum. Nada de extraordinário, coisas sim-

ples e fundamentais, como as que sugerimos:1. Oração: A missa dominical ouvi-

da em comum por toda a família, comunhões fervorosas e frequen-tes, inclusive nas missas semanais. Esforço para que nenhum mem-bro da família falte às orações da noite.

2. Jejum: Suprir gostos como doces, sorvetes, guloseimas, ou distra-ções, como ir ao cinema, assistir TV, jogar futebol, etc., em alguns dias determinados da quaresma.

3. Esmola: Pode-se combinar de cada um concorrer com pequenas renúncias para, em comum, aju-dar efetivamente alguma família pobre, além das esmolas esparsas que podemos dar, com mais ge-nerosidade. Evitar indelicadeza, não tratar com gritos e ralhos – es-mola espiritual – os irmãos, filhos, vizinhos, chefes, subordinados.

4. Recolhimento e reflexão: Combinar um momento de si-lêncio para que todos possam se entregar a uma boa leitura. Fazer aos sábados a leitura co-mentada da missa do domingo. Evitar grandes manifestações festivas; se possível, transferir para depois da quaresma algu-ma comemoração familiar.Estes propósitos, não são coisas

extraordinárias, supõe apenas a Vida Cristã, para que sejam aceitos com naturalidade pela família.

Zezinha e JailsonEq.01B - N. S. da ConceiçãoJaboatão dos Guararapes-PE

CELEBREMOS A PÁSCOA EM FAMÍLIA

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iliarFAMÍLIA: LUGAR DO ENCONTRO

Uma família se fortalece nas experiências de encontro que são feitas durante toda uma história. Sabemos que a família nas-ce do encontro de diferentes e se constrói no amor e na acolhida do outro.

Para se chegar ao encontro é preciso abrir os olhos para os desencontros que também acontecem na família. Ao reler a passagem dos discípulos de Emaús (Lucas 24, 13-35), vemos muitos casais que caminham tristes e desesperançosos, vivendo sem alento, ficando como que cegos. Eles não reconhecem a presença de Cristo ao seu lado como companheiro da estrada e não são capazes de reconhecê-lo no caminho, nas pessoas que estão ao seu lado, não se permitem fazer o encontro com o Ressuscitado.

No relacionamento do Cristo que caminha conosco é pos-sível acolher o outro, como sinal de um caminho de transfor-mação de realidades tristes e conflitantes em um caminho de encontro com a esperança.

A abertura da família ao outro e ao diferente é sinal de um autêntico encontro com Cristo, que nos transforma e nos enche de significado, nos faz viver e testemunhar o amor. Assim, o casal e, consequentemente, a família são abençoados e se tornam um ponto de encontro, união e segurança para toda a sociedade.

Em família somos fortalecidos, capazes de superar as dificul-dades e nos firmarmos na tarefa de construir e viver a fraterni-dade fundada no Amor.

É no seio da família que o ser humano aprende a ser mais humano. A experiência da convivência, do perdão, da partilha, da correção fraterna, das alegrias e tristezas vividas em família formam um ambiente privilegiado e insubstituível do encontro abençoado por Deus.

Como os discípulos de Emaús, nossas famílias carecem de uma experiência profunda e transformadora com o Ressuscita-do e de uma retomada da vida em comunidade, que também é lugar do encontro e da partilha.

Que nossos casais equipistas possam viver a experiência do encontro na vida fraterna, no amor, na unidade, no diálogo e na fé partilhada em família. Que essa experiência possa enrique-cer a comunidade paroquial e fortalecer a celebração da família como espaço de encontro.

Pe. Claudinei Souza da SilvaSCE do Setor B

Londrina-PR

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Foi com muita alegria que rece-bemos a incumbência de nos mani-festar perante vocês com relação a um dos grandes acontecimentos do nosso Movimento. Trata-se da nossa próxima Peregrinação à Aparecida do Norte, santuário nacional da nos-sa querida Mãe Maria, em meados de 2015. Local muito especial e sig-nificativo para nós, cristãos, pois foi onde Nossa Senhora se fez presente na vida daqueles humildes e simples pescadores. Para nós, cristãos bati-zados e participantes das ENS, será uma ocasião muito forte e especial, uma verdadeira graça de Deus, ao nos permitir que possamos estar juntos nesta sua casa, como fruto da nossa caminhada de Povo de Deus, culminando com o nosso 3º Encon-tro Nacional.

Sabemos que, na verdade, somos Povo de Deus em constante marcha, em constante peregrinação nesta nossa curta passagem pela terra. No entanto, para nós que participamos das ENS, esta peregrinação tem um sabor especial, pois irá nos propor-cionar a oportunidade de estarmos unidos em momentos de oração, confraternizando, trocando experiên-cias de vida, celebrando em comum e dando um grande testemunho pú-blico do valor do matrimônio cristão. Para aqueles que participaram do 1º Encontro em Brasília, deve estar impresso de maneira indelével em suas memórias aquele inesquecí-vel “Dever de Sentar-se” na Expla-nada dos Ministérios. Que belíssimo testemunho aos brasilienses!

Estaremos ali reunidos, casais e conselheiros, vindos dos quatro cantos deste imenso país, para lou-varmos a Deus e a Nossa Senhora, pelas inúmeras graças derramadas sobre nós e nossas famílias. Louvar por este povo que, num país com tantas dificuldades como é o nos-so, pode ainda assim testemunhar a existência de tantos casais cristãos que partilham do mesmo objetivo de vida espiritual.

Sugerimos que leiam e reflitam sobre as palavras do nosso estima-do Padre Caffarel, em seu Edito-rial intitulado “O cristão, homem em marcha”, escrito há mais de 50 anos. Onde está escrito “Roma”, leiam “Aparecida”. Este editorial está na bandeira “Raízes do Mo-vimento p.13”. Parece que ele es-tava se dirigindo a nós, hoje, neste aproximar-se do nosso Encontro. Ele deixa claro em suas palavras o significado que deveria ter para nós esta Peregrinação, em todos os seus aspectos. E o interessante é que esta reflexão serve tanto para os que irão efetivamente à Aparecida, como para aqueles que não puderem.

Queremos louvar e agradecer a Deus por nos dar mais esta oportu-nidade de estarmos juntos e rezando com Maria: O Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é Seu nome...

Mª. Regina e Carlos Eduardo Casal Apresentador do Encontro

UM CONVITE MUITO ESPECIAL

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ento O CRISTÃO, UM HOMEM EM MARCHA1

O cristão é um caminhante, um homem em marcha, um peregrino.

Caminha em busca de um destino: a “Jerusalém celeste”, se-gundo a expressão do Apocalipse: “Jerusalém celeste”, que significa a grande assembleia, em Deus, de todos os homens.

O vigor da motivação com que caminha para esta meta é que asse-gura, ao cristão, o seu valor religioso.

O cristão vale o que vale a sua motivação. É medíocre aquele que se dirige com moleza para a Jerusa-lém, para o Senhor. Santo, aquele que um poderoso dinamismo ar-rasta para Deus, que aspira arden-temente ao grande encontro.

Quanto ao cristão que se instala, que longe de desejar uma outra pá-tria, procura apenas construir con-fortavelmente sua morada terrestre, que se faz surdo ao apelo de Deus, para não se ver obrigado a marchar ao seu encontro, será que merece ele ainda o nome de cristão?

Quando o povo hebreu, depois de quarenta anos de marcha pelo deserto, após os duros combates da conquista, conseguiu estabelecer-se na Canaã prometida, bem depressa veio a sucumbir. Assim acontece ao cristão que se “instala”. Foi preciso um grande desastre (a destruição de Jerusalém) e o terrível exílio para cha-má-los à marcha novamente, marcha para a Pátria – desta feita não para uma pátria terrena, mas espiritual.

Percebem vocês agora por que os judeus, durante dez séculos, e

os cristãos através de vinte sécu-los, fazem peregrinações? Por que os cristãos do século vinte reatam a tradição das peregrinações? Por-que estão tomando consciência de sua verdadeira vocação, do apelo de Deus. Porque percebem que se corre sempre o perigo de se “insta-lar”, é que é necessário renovar, no íntimo da alma, o ardor da resposta dada a Deus, e retomar a marcha.

Dir-me-ão vocês: não é em Roma que Deus nos espera, mas sim na morada eterna. – Sim, mas esta ca-minhada para Roma, pelos esforços que exige, contribui para nos desven-cilharmos dos laços que nos estor-vam, do conforto que nos aburguesa. Nestes lugares de peregrinação, Deus nos reserva graças que nos fazem de-sejar a sua presença e nos ajudam a caminhar alegremente para Ele.

Todo verdadeiro cristão deve sentir, em uníssono, o que aquele judeu, peregrino, sentia ao rezar as-sim: Como é amável a vossa mora-da, Senhor dos exércitos!

Suspira e desfalece a minha alma pela morada do Senhor!

Exultam meu coração e minha carne por Ti, Deus vivo (Sl 83) .

Muitos de vocês irão participar da Peregrinação das Equipes a Roma. Muitos estarão impedidos. Mas a todos, sem exceção, eu reco-mendo: criem em vocês uma alma de peregrino, liberta de tudo aquilo que possa detê-la ou entorpecê-la. Uma alma voltada para o Deus que chama a cada um pelo seu próprio nome e a todos juntamente.

Pe. Caffarel1 Editorial da Carta Mensal no 8, Ano VI, Novem-

bro de 1958

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Senhora da Páscoa

Senhora da sexta-feira e do domingo,

Senhora da noite e da manhã,

Senhora do silêncio e da cruz,

Senhora do amor e da entrega,

Senhora da Palavra acolhida e da Palavra dada,

Senhora da paz e da esperança.

Senhora de todas as partidas, porque és a Senhora do “trânsito”, ou “páscoa”, escuta-nos!

Hoje queremos dizer-te muito obrigado, Senhora, pelo teu “Fiat” (Faça-se!), pela tua completa disponibilidade de escrava, por tua pobreza e teu silêncio, pelo gozo de tuas sete espadas, pela dor de tuas partidas que foram dando paz a tantas almas.

Muito obrigado por teres ficado conosco, apesar do tem-po e das distâncias. Nossa Senhora da reconciliação, ima-gem e princípio da Igreja: hoje deixamos em teu coração po-bre, silencioso e disponível, esta Igreja, Peregrina da Páscoa. Uma Igreja essencialmente missionária, fermento e alma da sociedade em que vivemos, uma Igreja profética que seja anúncio de que o Reino de Deus já chegou. Uma Igreja de testemunhas autênticas, inserida na história dos homens, como presença salvadora do Senhor, fonte de paz, de alegria e de esperança.

Amém.

Frei Ignácio Larrañaga (Do Livro o Encontro:

Manual de Oração).

SENHORA DA PÁSCOA

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Há algum tempo venho pen-sando porque muitos de nós, na reunião, nos mostramos desani-mados ou com os sentimentos abalados. O que isto representa-ria? Falta de espiritualidade? Não estar preparado para a reunião?

Em nossa cultura é comum di-zer que temos que ser fortes: “ho-mem não chora”, “as mulheres têm que controlar as emoções”, etc. É tido como uma atitude ri-dícula quando uma pessoa expri-me suas fraquezas. O mundo não está para os fracos? Mas o que é ser forte? Ter “coragem” de não se expor ou não ter “medo” de se expor?

Na própria família ou no lugar de trabalho, muitas vezes, encon-tramos um ambiente árido. Mui-tas vezes não queremos ser “for-tes” na reunião; precisamos e até queremos nos expor, quebrar os medos e a lógica do esconder-se. Porque “no deserto, existe, so-bretudo, a necessidade de pesso-as de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança”. Lá na reunião somos chamados a ser “pessoas-cântaro para dar de beber aos outros”. “No entanto, às vezes, o cântaro transforma-se numa pesada cruz, mas foi preci-samente na Cruz que o Senhor, trespassado, entregou-Se como fonte de água viva.” (ver EVAN-GELII GAUDIUM).

“A ciência cristã do sofrimen-

to, a única que dá a paz”, é saber que não estamos sós, nem sepa-rados, nem abandonados, nem somos inúteis: nós somos os cha-mados por Cristo, a sua imagem viva e transparente. (ver Mensa-gem do Papa Paulo VI na Con-clusão do Concílio Vaticano II).

Assim, a reunião foi boa por-que a esperança foi renovada!

Este ano é o Ano da Esperan-ça. Diante de nossas fraquezas e desânimos, a esperança vem nos dar alento em todo esmo-recimento, dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. “A esperança é como âncora para a nossa vida. Ela é segura e firme, é penetrante até o outro lado da cortina do santu-ário, onde Jesus entrou por nós, como precursor”. Também é uma arma que nos protege no comba-te da salvação: “Revestidos da couraça da fé e da caridade e do capacete da esperança da salva-ção”. Ela nos traz alegria mesmo na provação: “alegrando-vos na esperança, perseverando na tri-bulação”. (ver Catecismo da Igre-ja Católica).

E para nós, o Ano da Esperan-ça, neste contexto, nos chama a buscar mais a partilha comunitária e de sermos, em todos os lugares, “pessoas-cântaro”, com a missão de “Ousar o Evangelho - acolher e cuidar dos homens”.

Emília e José RobertoEq.05B - N. S. da Paz

Fortaleza-CE

O ANO DA FÉ E O ESTUDO DO TEMA: Orientações em tempo propício

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Em 2014 completaremos 18 anos nas Equipes de Nossa Senho-ra, mas ainda nos lembramos do primeiro Estudo do Tema. Foi so-bre o “Evangelho de São Lucas”. Desde então, foram tantos outros e tanto tempo, que muitos detalhes se apagaram das nossas mentes.

No nosso último planejamen-to identificamos a necessidade de melhorias na prática do Estudo do Tema, então, o nosso SCE lançou o desafio de implantarmos um Mapa Mental.

Mas afinal, o que será esse Mapa Mental? Trata-se de uma fer-ramenta que nos ajuda a adminis-trar dados para obter as informa-ções com maior eficiência, pois seu método inovador nos leva a enten-der melhor os nossos sentimentos, como nos lembrar das datas e dos fatos importantes.

Assim sendo, como colocar em prática o caminho da vida espiri-tual em casal? Decidimos então, que caberia ao Casal Animador a tarefa de representar, através de figuras, todas as nossas ideias e

discussões, a cada capítulo. Começamos pelo canto es-

querdo superior da folha de papel pardo, seguindo o sentido horário, mantendo a figura do livro do Tema ao centro, formando, então, um mural. Na reunião seguinte o casal animador explanou sobre o assun-to, e cada casal pôde alimentar essa figura sugerindo ou não anotações pertinentes ao capítulo em estudo.

A ideia foi bem acolhida por todos. Os novos casais que in-gressaram, ao longo desse ano, puderam expressar suas ideias em figuras; afinal, o exemplo arrasta e merece ser valorizado!

No momento final do Estudo do tema, cada casal apresentou o seu capítulo utilizando-se do mu-ral; observamos que os detalhes vieram à tona naturalmente.

Valeu o esforço! Enfim, adota-mos uma forma eficiente de estu-dar o Tema. O resultado foram oito capítulos bem estudados e discuti-dos, trazendo um entendimento melhor da nossa missão conjugal.

Para trilhar o caminho da vida espiritual em casal, de corpo, alma e espírito, será preciso ousar o evange-lho, testemunhar o nosso apostolado, com maturidade, através dos PCEs, atentar à pedagogia das Equipes de Nossa Senhora, e sermos fiéis aos fundamentos e aos meios apresenta-dos, sobretudo, renunciando a nossa zona de conforto, cotidianamente.

Cláudia e Ramiro Eq. 06 - N. S. de Lourdes

Caçapava-SP

MAPA MENTALFerramenta de ajuda para estudo do tema

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VIDA DE EQUIPE, VIDA EM COMUNIDADE!

Viver em comunidade nos impulsiona a perseverar e orar. Ninguém vive sozinho. Ninguém vive isolado. A vida em co-munidade é necessária. Deus nos fez únicos para vivermos entre irmãos, trabalhando as diferenças e com elas crescer na fé. O próprio Cristo fez isso. Mesmo sendo Filho de Deus, quis precisar dos homens para dar testemunho e exemplo do amor entre os irmãos. Cristo quis fazer dos cristãos os seus colabora-dores na obra da evangelização do mundo. “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13-14).

O Movimento das Equipes de Nossa Senhora nos propõe a experiência dessa vida em comunidade. Através dos Pon-tos Concretos de Esforços Deus nos dá a oportunidade de, a cada dia, nos transformarmos em pessoas melhores e, assim, levar a luz do Espírito Santo aos que mais precisam. Os PCE nos fazem galgar degraus importantes rumo à santidade, que é o grande desejo do Senhor. Porém, não fazemos isso sozi-nhos. É necessário conviver para viver mais e melhor o amor a Deus. As regras desse “jogo” são claras: somos chamados a viver o amor de Deus junto aos irmãos em Cristo e com eles desfrutar dos benefícios que a vida cristã nos oferece.

Em nossa equipe criamos vínculos que, muitas vezes, não temos em família. A beleza de viver em comunidade, especial-mente nas Equipes de Nossa Senhora, está na capacidade de ir além do humano e transcender para o divino, resgatando aquilo que o homem tem a oferecer de mais precioso: o amor.

Ao sermos chamados para o Movimento somos convida-dos a amar mais, e com isso entregar-nos mais, vivendo plena-mente o amor de Deus por nós e pelos demais.

A vida de equipe é como um matrimônio; precisa ser ali-mentada com desafios, discernimentos, ações e muito amor para que a cada dia nos tornemos mais fiéis ao amor do Pai e dignos da sua misericórdia.

Para viver em equipe é preciso estar disposto a doar-se, re-conhecer-se humilde naquilo que precisamos entender e fazer.

Portanto, viver em equipe é, antes, sobretudo, amar, orar e amar!

Kátia e AdrianoCRR Rio Grande do Sul II

Porto Alegre-RS

Form

ação

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SER EQUIPISTA É SER VOCACIONADO

Mais um ano se encerra e ou-tro se inicia. Com ele, renovam-se as esperanças e as expectativas de crescimento individual e em casal.

Durante todo este ano, ocorreram importantes eventos que permi-tiram o crescimento espiritual e maior conhecimento sobre Mo-vimento através das formações. É a formação que nos possibilita agir como fermento na massa, ca-pazes de multiplicar este maravi-lhoso projeto de vida para os ca-sais que receberam o sacramento do Matrimônio!

Diante da esperança de sermos melhores a cada dia e a cada ano, nos comprometemos com uma vida mais santa e mais profunda, conforme a escolha de ser equi-pista! Lembremos que, para ser equipista, devemos mergulhar no projeto idealizado por Pe. Caffarel, que consiste em utilizar as fer-ramentas especialmente desenvol-vidas para nós (PCE) e também, investir em conhecimento sobre o Movimento! Ser equipista é ser vocacionado, por isso, devemos trabalhar em duas frentes: no crescimento pessoal/casal e na vida comunitária. Desta forma, seremos verdadeiros discípulos e propagadores do reino de Deus! Assumamos de corpo e alma este projeto, que não é nosso, mas de Deus!

Te n d o e m v i s t a o t e m a de estudo do ano pasado, “O caminho da vida espiritual em casal” e o ano da Fé, gostaría-mos de evidenciar fortes momen-

tos de espiritualidade: as adora-ções diante do Santíssimo.

Em Goiânia, in ic iaram t i -midamente em 2009, quando ainda éramos CRS, de lá para cá, vagarosamente, vem se es-tabelecendo e contagiando cada vez mais os equipistas! Sabemos que o processo é assim mesmo! A destinação do tempo é con-forme a maturação de cada um, sendo diferente sua distribuição. Entretanto nós, que almejamos a santificação, devemos nos distan-ciar um pouco mais do chronos (tempo quantitativo; que se mede em horas, dia, etc.) e priorizar o kairós (tempo qualitativo; tempo de Deus).

Des ta forma, o que v imos nesse ano foi um crescimento ex-pressivo nas adorações, e en-tão podemos dizer que a colheita foi farta! Isto é motivo de alegria, pois percebemos a ação do Es-pírito Santo motivando e conta-giando os casais através do tema de estudo e do amadurecimento da fé. Assim, vemos que, à me-dida que nos abrimos a Deus, Ele generosamente (no seu tempo) nos gratifica e nos fortalece.

Não é possível descrever com palavras o que sentimos quando estamos diante do Santíssimo! Apenas podemos dizer aos casais que ainda não experimentaram que aceitem o convite, vivam e desfrutem da presença de Jesus Eucarístico! Em momentos assim, é que compreendemos o que é verdadeiramente Mística! Con-

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forme o documento, reeditado em 2013, “O Espírito e as Gran-des Linhas do Movimento” a defi-nição é a seguinte: mística é algo em que se acredita e que se aposta tudo, não se vê, mas é! Então, como cristãos equipistas de-vemos acreditar e nos deixar en-volver por esta presença magnífica que nos acalma e nos transforma.

Também foi solicitado que fi-zéssemos leituras das obras de Pe. Caffarel, para conhecermos mais o Movimento. Durante a leitura do livro “Centelhas de sua Men-sagem”, nos deparamos com uma colocação importante sobre o que é equipe, que descreveremos, na íntegra: uma equipe de Nossa

SABER DISCERNIR

Senhora não é apenas um grupo de casais onde se pratica o amor fraterno, mas onde nós nos inicia-mos nele. Vejam, portanto, que a equipe é uma escola de amor! Conviver em equipe, com pessoas diferentes, nos faz crescer no amor de Deus, aquele que tudo suporta, tudo crê, tudo espera!

Finalizando, desejamos que acreditemos na graça e miseri-córdia de Deus e peçamos que venha sobre nós em abundância para crescermos sempre mais nes-te amor que, às vezes, é humana-mente incompreensível.

Débora e MarquinhoCRS Goiás Centro

Goiás-GO

Os cristãos se deparam con-tinuamente com religiões, proje-tos políticos, propostas sociais, sistemas de pensamento, e todos eles se apresentam como salva-dores. Como discernir o que vem de Deus e o que é tapeação, que vem do mundo? Em 1João 4,1-6, ele nos mostra que o critério está no projeto manifestado por Deus através de Jesus encarnado: ele re-alizou uma prática que promovia a vida e a liberdade dos homens.

O centro da vida é a prática do amor. Esse amor é o testemu-nho concreto da união que temos com Deus, com seu Filho e com o Espírito. De fato, Deus Pai torna-se conhecido pelos homens no ato de dar, por amor, o seu Filho ao mun-do (Jo 3,16). O Filho é conhecido pela entrega de si mesmo, no amor,

até o fim (Jo 13,1). O Espírito gera a memória do Pai e do Filho nos cristãos, isto é, a própria vida no amor. A fé na Trindade é a teoria de uma prática que se expressa no amor concreto aos irmãos, a quem Deus ama. A incoerência funda-mental seria afirmar uma fé na Trindade que não correspondes-se à prática do amor. João deixa claro que o julgamento de Deus será feito sobre a prática do amor vivida ou não. Por isso, quem ama não teme o julgamento.

Todos nós buscamos a plenitu-de da vida; mas, onde ela se encon-tra? A Bíblia nos responde: Deus é a vida plena e, graças ao seu amor por nós, Ele deu sua própria vida através de seu Filho encarnado. Os homens têm acesso à vida através da fé. E é a fé que acolhe o dom

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PREPARANDO CAMINHOS

que Deus realiza em Jesus. Mas, o que é a fé? É o compromisso com o testemunho que Jesus deu desde o batismo (água) até a sua morte (sangue).

Por que às vezes rezamos e Deus não nos responde? João nos mostra que a oração não é meio para satisfazer nossos caprichos egoístas, e sim, meio de nos colo-carmos dentro do projeto de Deus e pedirmos a realização da sua vontade amorosa, que gera vida e liberdade. Por isso, o pedido fun-damental para nós e para os outros é sempre: Venha a nós o teu Reino.

Os cristãos pecam porque con-tinuam sujeitos à fraqueza huma-na. O “pecado que leva à morte” é a rejeição do projeto que Deus realizou através de Jesus Cristo, pois fora desse projeto o homem caminha para a morte. Em 1 Jo 5,21, ele recomenda que os cris-

tãos tenham cuidado com os ído-los. Para ele, ídolos são as pessoas, coisas, estruturas e projetos que produzem escravidão e morte e se apresentam como absolutos, pre-tendendo substituir o projeto de vida e liberdade que Deus realizou em Jesus Cristo. Portanto, caríssi-mos irmãos e irmãs, o centro da vida cristã é a prática do amor, tal como é apresentado pelo manda-mento evangélico (cf. Jo 13,34-35; 1 Jo 2,7-11).

Iniciando este ano de 2014, que nós equipistas coloquemos em prática o mandamento do amor que tanto desejamos, para, assim, diminuir a injustiça que assola as relações entre os homens. Tenham todos Paz e Amor.

Léo, da AninhaEq.05C - N. S. da Saúde

Natal-RN

Começa 2014 e nós começa-mos agradecendo a Deus pela vida e pelo ano que findou. Uns ultrapassaram o ano com algu-mas sequelas; outros, quase sem elas. Para alguns ele foi o início da caminhada existencial; para ou-tros, já calejados pelos percalços naturais da empreitada, balança-ram, mas resistiram, ou seja, cer-tamente ainda viveremos e enfren-taremos no futuro, quilômetros de caminhos.

Vale lembrar que o Criador dá a todos um trajeto para que faça a terraplenagem, o nivelamento e a

pavimentação. Voluntariamente uns, no máximo, transformam o que receberam em “picadas” (ou pequenas trilhas), estreitas e mal conservadas, com espinhos a mar-gear. Muitos conseguem alargar os caminhos, transformando-os em arremedo de estradas, mas mesmo assim permitem que ami-gos com ele sigam por elas. Uns calçam as áreas recebidas com boas pedras, usam argamassa forte e iluminam-nas, e elas podem ser percorridas dia e noite.

Por fim, os mais zelosos, os que entenderam por que e para quê o

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Pai lhes dispensou essas benesses, fazem mais além de pavimentá-las com material bom e resistente e de iluminá-las. Eles interligam com as estradas de outros amigos, aumen-tando indefinidamente o percurso a ser trilhado e os horizontes a se-rem vislumbrados.

Em muitos casos, depois de verem o que está sendo feito pe-los que enxergaram mais longe, outros decidem melhorar suas “pi-cadas”, suas estradas vicinais, e é provável que um dia elas também sejam boas, e, assim, muitos pos-sam percorrê-las tranquilamen-te, preocupando-se mais em olhar as belezas das margens do que em cair nos buracos que não mais existem, pois foram nivelados.

Enquanto aguardamos que chegue esse momento, notada-mente para que os que perderam

algum tempo em atividades im-produtivas por vontade própria ou involuntariamente, vamos continuar acreditando, esperançosos, de que tudo vai dar certo, que é só ques-tão de tempo.

Afinal, o Todo-Poderoso e seu Filho, Jesus Cristo, ao contrário do que muitos de nós fazemos, que é ficarmos desatentos, estão sempre atentos e prontos para nos da-rem a mão quando precisarmos, ou nos sacolejar se agirmos com desânimo.

Que nós, equipistas, possamos usar os Pontos Concretos de Esfor-ços como material e ferramenta para preparar bem nossos cami-nhos.

Que Deus nos ilumine! Lourdinha e Inácio

Eq.01 - N. S. da VitóriaTeresina-PI

O CHAMADO À MISSÃO É UM IMPERATIVO DE DEUS

Quando Deus, como impe-rativo de sua vontade, convo-ca Moisés para libertar o povo de Israel, o convocado para fugir da missão, apresentou as seguin-tes justificativas: “Quem sou eu para ir ao Faraó...?” (Ex 3,11). “Mas... eles não acreditarão em mim, não ouvirão a minha voz.” (Ex 4,1). “Por favor, Senhor, eu não tenho eloquência para falar...” (Ex 4,10). “Tenho a boca pesada e a língua também.” (Ex 4,10). “Por favor, Senhor, envia a dizê-lo qualquer outro que queiras enviar” (Ex 4,13). A resistência de Moi-

sés só é comparada à minha, à nossa. Essa postura de Moisés é reveladora de muitos de nós que sempre achamos que a missão, a responsabilidade, o compromisso é para outros casais da Equi-pe, não para nós. Como Moisés, apresentamos as nossas desculpas para fugir da missão, do serviço, da contribuição à Igreja e ao Mo-vimento. O escolhido por Deus era Moisés e nenhuma de suas desculpas, covardias, falta de fé e de confiança dissuadiram o Senhor. Quando nos chamam para uma missão, um serviço

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ao Movimento, essa decisão é orientada, orada diante do Espíri-to Santo, pensada colegiadamen-te. Deus não desistiu de Moisés e não desiste de nós. A quem Deus reservou uma missão, dela não fu-giremos, o chamado é Dele através dos irmãos no Movimento. “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que escolhi a vós”. O povo de Israel dependia da missão de Moi-sés para ser libertado; a Igreja e o Movimento contam conosco para a santidade de muitos casais e fa-mílias! É egoísmo, comodismo, or-gulho, mesquinhez, desconfiança da graça de Deus, quando dizemos não ou justificamos para não servir ao receber um convite para uma

Experiência Comunitária, Pilota-gem, ser CRE, Ligação, Setor, ser-vir em uma pastoral ou serviço na Paróquia. Assim como Moisés, por vezes subestimamos a graça, os ta-lentos, recusamos pescar em águas mais profundas, não escutamos a voz do Senhor que nos diz: “Eu sou a videira e vocês os ramos... Sem mim nada podeis fazer”. Pre-cisamos ser coerentes com o que recebemos de Deus por meio do Movimento; do contrário O esta-mos negando. Ouçamos a voz do Mestre que nos diz: “Não tenhais medo, eu venci o mundo”.

Elena e MauryCRS Vale do JaguaribeLimoeiro do Norte-CE

CRS - FORMAÇÃO ESPECÍFICA

“As equipes são agrupadas em Setores e os Setores em Regiões. Os Casais Responsáveis de Setor e os Casais Regionais têm

a responsabilidade do bom andamento das equipes que lhes são confiadas”. (Carta das ENS 1947)

Quando fomos chamados a assumir o Setor de Dois Córregos, confessamos que dúvidas, medos e insegurança ficavam girando em nossos pensamentos e, racional-mente, achamos que deveríamos dizer não. Porém o Espírito San-to agia... Insistimos em dizer não. Mas o Espírito Santo agia...

Quando fomos dar a resposta, o sim saiu do nosso coração e aí as lágrimas rolaram e sentimos uma grande confiança de que Deus iria nos amparar. A alegria então nos invadiu.

Dias depois o CRR nos con-

vidou, juntamente com os CRS, para um dia de Formação Especí-fica, seguindo as orientações das Equipes de Nossa Senhora.

No dia 12.10.13 saímos de Dois Córregos, bem cedinho, para ini-ciarmos o dia com a Santa Missa. Chegamos à Matriz São Francisco de Assis de Brotas, participamos da Eucaristia; foi um momento de muita paz e reflexão. Depois da celebração tomamos um delicioso café da manhã e em seguida reza-mos um terço com a comunidade.

Em seguida, fomos à residên-cia do CRR que, juntamente com

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a sua família, se empenhou em nos receber com imenso carinho. Sentimo-nos como que chegando à casa de velhos amigos, tamanha a gentileza e atenção recebidas.

Foram momentos de oração, formação e convivência.

Nos Documentos estudados sentimos a ação do Espírito Santo agindo, fruto do trabalho de muitas pessoas que os prepararam e fize-ram chegar até nós para nos dar um respaldo ao trabalho para os próximos três anos de caminha-da. At ravés dessa Formação

ficamos amparados para seguir como filhos instruídos e capaci-tados para começar a trabalhar. A troca de experiências também foi enriquecedora. Voltamos para casa cheios de esperança, vontade de trabalhar e com novos amigos no coração.

Agradecemos a Deus por esta oportunidade de crescimento re-cebida do Movimento das Equipes de Nossa Senhora!

Dani e Gé CRS Dois Córregos

Dois Córregos-SP

• é ter respondido “sim” ao apelo do Senhor a um amor maior. Por conseguinte, qualquer responsabilidade é um apelo ao serviço e à conversão. O apelo não é feito pelos nossos próprios méritos, mas porque o Senhor pousou sobre nós o seu olhar.

• Como toda a missão no Movimento, a Responsabilidade do Setor assume-se a dois (poder-se-ia mesmo dizer a três), devendo adotar-se uma atitude de ação de graças, de abandono e renúncia (abnegação).

• Este serviço deve ser realizado com humildade, exerci-do em casal e equipe, no Movimento e na Igreja. Supõe a disponibilidade para dar resposta, através de iniciativas novas, às aspirações cada vez maiores dos casais.

• Finalmente, o Casal Responsável deve ser fonte de di-namismo no Setor, de modo que os casais sejam teste-munho na Igreja e no mundo de que o casamento está a serviço do amor, da felicidade e da santidade. Ele é como “enviado em missão”.

Ser responsável nas ENS,

(Documento Formação Específica p. 81)

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PROVÍNCIA SUL I

EACRE - Região SP Sul IGostaríamos de falar de nos-

so EACRE, comparando-o a uma visita de alguém que você gosta muito e sabendo que ela vem à sua casa, vai procurar recebê-la da melhor forma possível, cui-dando da sua acolhida, refeição, descontração, diversão, entrosa-mento com os membros da famí-lia, descanso, enfim, tudo aquilo que gostamos que os outros fa-çam por nós.

No dia 24 de janeiro passado, nosso Colegiado que compreende os Setores de Santo André, São Caetano, São Bernardo/Diadema, Santos A e Santos B, iniciou a pre-paração do local, e a partir deste momento tínhamos um só pensa-mento, dar o que cada um tinha de melhor para os CRE, CL, CP e Sacerdotes que lá iriam. Con-tamos em tempo integral, com a presença do SCE da Região, Pe. Isac e do SCE de Setor Pe. Felipe, que nos ajudaram muito, inclusive com a preparação do local. Alguns casais de Santos já começaram a chegar na sexta feira, devido a distância entre Santos e o local do EACRE e para isso, preparamos um lanche comunitário onde vi-venciamos a partilha dos alimen-tos com muita alegria. No sábado, começaram a chegar os demais casais, uns eufóricos, outros an-siosos como nós, mas o que se percebia, a partir desse momento,

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TUDO ESTÁ LANÇADO...é que, começava acontecer um grande encontro do nosso Movi-mento: o espírito de comunhão e partilha começava a envolver este evento e assim foi durante todo o nosso EACRE.

Foram vividos, momentos for-tes de formação, oração, testemu-nho de vida dentro do Movimen-to, informação, momentos de alegria, descontração e momen-tos de integração com as reuniões de grupo, e a certeza de buscar e viver as Orientações que nos fo-ram passadas. Nossa expectativa era que todos saíssem de lá mo-tivados para iniciar 2014, e dei-xamos como mensagem central, baseada no tema do ano – Ousar o Evangelho – Acolher e Cuidar dos Homens, a fala do nosso Papa Francisco: “Cuidar, guardar requer bondade, requer ternura. Não devemos ter medo da bon-dade e da ternura” e acrescenta-mos... não adianta só fazermos o bem, temos que ser bons.

No final, nosso trabalho, nossa dedicação, nosso serviço, se re-sume a uma frase que gostamos muito do nosso querido Padre Henri Caffarel: “Tudo está lança-do; não há nada a discutir, nós obedecemos, nós trabalhamos, não ficamos presunçosos com os serviços realizados, e, quando termina, nós partimos...”

Beti e Reinaldo Casal Responsável de Setor

Santo André-SP

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Região RS I“Um coração em busca

de tesouros a serem santificados”

Tudo começou no Encontro Nacional de 2012, quando nos foi apresentado pela Super-Re-gião Brasil e após pela Provín-cia Sul III uma nova modalidade de formação a ser implantada nas Equipes de Nossa Senhora, o chamado de ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS, a ser realiza-do num fim de semana, destina-do às equipes que tenham termi-nado a Pilotagem.

Essa orientação lem-bra o que sugere o Papa Francisco, pois as ENS es-tão sempre em busca de tesouros a serem santifi-cados pelo testemunho do amor, da caridade,

ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS do serviço, da bonda-de e da ternura. Esses t e s o u r o s s ã o p e d r a s preciosas que precisam ser lapidadas: casais que estão em formação inicial nas Equ ipes de Nossa Senhora.

Tendo p re sen te e s sa re s -ponsabi l idade, a Região RS I p lanejou e programou o seu I Encontro de Equipes Novas, co-meçando por constituir a Equipe Formadora, representada pelo Casa l Coordenador Jo ice e Gerson, SCE da Equipe Padre Dióges e um grupo de casais es-pecialmente escolhido para essa missão. O EEN foi precedido de várias reuniões preparatórias, levantando-se primeiro todos os casais com menos de 5 anos de caminhada nas ENS, o que

PROVÍNCIA SUL III

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nos deu o primeiro indicativo: 28% (149 casais) dos equipistas da RRS I têm menos de 5 anos de caminhada no Movimento. A segunda providência foi cen-trarmos o I Encontro de Equipes Novas em equipes completas, dirigindo carta convite persona-lizada a cada um dos casais. A terceira providência foi convidar os Casais Piloto e os Casais Li-gação dessas equipes para que dessem informações sobre as mesmas, de forma que a Equipe de Formadores soubesse anteci-padamente um pouco mais so-bre a sua caminhada e para que ajudassem na motivação para a participação no encontro. A quarta providência foi a desig-nação das palestras sobre os 4 módulos, de acordo com o perfil dos formadores.

Foram realizadas várias reuni-ões de ensaios para os devidos ajustes, uma delas com presença do Casal Regional e Conselheiro da Região. Ainda nos preparati-vos foram designados os casais do Colegiado da Região para se responsabilizarem pela logística (acolhimento, lanches, almoço, limpeza, creche, missa de encer-ramento, etc).

Assim, nos dias 23 e 24 de novembro, realizamos o nosso I Encontro de Equipes Novas. Foi um encontro de diálogo e par-tilha em casal e entre casais de Equipes Novas. Permitiu aos par-ticipantes recapitular e reforçar as descobertas feitas ao longo de suas caminhadas até o momento atual. Foi usada uma dinâmica representada por um casal su-

bindo a montanha, sendo que cada um dos quatro módulos do Manual de EEN representou uma etapa da subida. Nessa dinâmica os casais viveram intensamente a preparação do caminho e o sentido do sacramento do Matri-mônio, não como um ato único a ser vivido no dia da cerimônia, mas como um dom de Deus a ser vivido de forma indissolúvel no quotidiano da vida do casal, compartilhando alegrias e vitó-rias, mas também apreendendo a curar feridas nos momentos de sofrimento. Recapitulamos de forma amena, mas profunda, o Carisma e a Mística do Movi-mento, as Orientações de Vida, a Missão, o Testemunho, o Serviço, os Pontos Concretos de Esforço, a Partilha, a Vida em Equipe e a História do Movimento.

Enfim, o nosso I EEN foi uma rica opor tunidade de louvar, agradecer a Deus pelos tesouros que passaram conosco naquele fim de semana, num encontro de irmãos que amam o Movimento das Equipes de Nossa Senhora e que permitiu que essas pedras preciosas pudessem solidificar a consciência de sua pequena co-munidade, a equipe de base a que pertencem. Foram momen-tos muito fortes em acolhimento, oração, celebração e formação, onde os casais das Equipes No-vas e alguns casais recomple-tandos foram acarinhados pela Equipe de Formadores e Cole-giados da Região RS I.

Doris e AlfredoCR RS I

Porto Alegre-RS

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PROVÍNCIA CENTRO-OESTE

“Assim eu concluí que nada é melhor para o homem do que alegrar-se

e procurar o bem-estar durante sua vida” (Ecle 3,12).

EACRE - Região Centro Oeste I

A RCO I, realizou seu EACRE nos dias 08 e 09 de Fevereiro.

Um CRS comentou: Ao ter-minar esse evento, levantemos as mãos aos céus para louvar a Deus por todas as bênçãos recebidas. Foram dois dias com muitas ati-vidades e para cada coisa há um momento debaixo dos céus: tempo para ouvir, tempo para falar e tro-car experiências, tempo para orar, tempo para dançar, tempo para co-mer, tempo para sorrir, tempo para

chorar... Esperamos que o tempo vivenciado, por todos nós, tenha sido um bom serviço para animar nossos CRE, CL, CP e SCE para este ano equipista.

Todo o trabalho foi refletido no cuidado com cada detalhe.

As Orientações do Ano foram bem esclarecidas pelo CR da Carta Mensal Zezinha e Jailson, que re-presentou o Casal Provincial, Olga e Nei.

O Tema do Ano agradou a to-dos na simplicidade do Pe. Abdon, SCE Setor C.

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Coube à Ana e Faé, Eq.44 D, motivarem a realização, por todos os equipistas, do PCE Retiro e à Lú e Ardson, Eq.42F, esclarecerem a importância de um bom Casal Li-gação. Elza e Edilson nos falaram sobre “Qual a nossa Missão nas ENS”.

Marly e Francisco, Eq.23D, responsável por um dos capítulos do Livro “Colhendo os Frutos do Amor”, marcou nosso EACRE com seu testemunho na luta equipista, revelando que o casal, há décadas, tem seu lema: Nunca se negar a um convite para assumir uma Res-ponsabilidade.

Pela avaliação, o EACRE se tor-nou muito agradável pela variação de ricos momentos espirituais, Ce-lebrações Eucarísticas, (uma pre-sidida por Dom Valdir Mamede,

Bispo Auxiliar), Oração a Nossa Senhora Aparecida, preparando para o III Encontro Nacional em Aparecida.

Um dos pontos altos foi a ADO-RAÇÃO ao Santíssimo, antes do “envio”. O Cristo Sacramentado entrou solenemente no imenso auditório do Colégio Militar. O si-lêncio total aumentou o ambiente solene. O SCE da RCO I, Pe. Ge-orge, falou-nos sobre o Cristo Pre-sente em nossas vidas.

As equipes foram instrumentos nas mãos de Deus. Parabéns a es-ses operários do Senhor. A coor-denação agiu em silêncio, mas o efeito foi maravilhoso!

Elza e EdilsonCR RCO I

Brasília.DF

Acesse nosso site

conheça, veja como está

rico em informações

e dinâmico!

www.ens.org.br

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ioO PADRE CAFFAREL NOS UNIU ALÉM DO OCEANO

A Jornada Mundial da Juventude, Rio 2013, propôs a sema-na missionária na semana anterior à própria JMJ. Nossa famí-lia se dispôs a abrir as portas de casa para receber os peregri-nos. Para nossa graça fomos escolhidos para hospedar o Padre Guillame Deveaux, um equipista da região do Padre Henri Ca-ffarel. Acompanhem seu depoimento:

“Chamado pelo meu Bispo tive a alegria de viver esses dias maravilhosos na Jornada Mundial da Juventude neste verão. Fo-mos acolhidos como “irmãos e irmãs”, unidos por uma mesma fé e um mesmo Senhor. O Senhor “piscou o olho” para mim em particular ao me confiar uma família equipista. Eu mesmo, na França, sou Conselheiro Espiritual de uma equipe e Conselheiro Espiritual do Setor. Em São José dos Campos pudemos mensu-rar o quanto a família é uma riqueza. Constato aos poucos que a JMJ tocou no coração desses jovens. Dou graças pelo que Ele fez neles e por tudo que Ele vai fazer por eles e com eles. Eu sou padre de uma paróquia de 18.000 habitantes e responsável por 28 vilarejos e igrejas. Entre os vilarejos pelos quais sou responsá-vel existe o de Troussures onde o Padre Caffarel morava e dirigia uma casa de oração. É bem difícil celebrar a missa em todas es-sas igrejas e poder estar próximo de todos os moradores. Nesse contexto eu desejo me apoiar nos jovens e sobre minha equipe. Com eles, há uma cumplicidade natural porque somos animados pela mesma espiritualidade e queremos ver a Igreja avançar na mesma direção: a de uma Igreja sempre mais familiar, na qual os laços do batismo tenham um verdadeiro sentido. Todos dei-xaram um pouco de nós na casa de vocês... cuidem... E rezem para que cada um de nós possa amar a Igreja como sendo nossa família! Que Deus os abençoe!”

Receber um peregrino em nossa casa foi algo muito gratifi-cante. Nossa família foi quem mais recebeu graças pela visita do peregrino, pois abrir a casa a um estranho é ato de caridade e confiança em Deus, que sempre cuida daqueles que o amam. Nosso hóspede teve poucos momentos conosco, mas suficiente para nos encantar e cativar, pois é o atual responsável pela Ca-pela de Troussures, onde viveu e atuou nosso fundador.

Nossa alegria foi muito grande assim como a saudade, pois foram cinco dias que pareceram anos de convivência.

Ana Cristina e LuigiEq.04C - N. S. da Alegria São José dos Campos-SP

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Na Missa Mensal de novembro de 2013, celebrávamos as graças obtidas nos três anos de convívio com todos os casais na função de CRS. Foi um momento de alegria, gratidão e louvor.

Louvor a Deus, por nos ter es-colhido para esta missão, iluminan-do-nos nos momentos de decisão e fortalecendo-nos com Sua Palavra.

Louvor também à Maria que esteve à frente de nossas vidas, passando sua mão em nossas ca-beças como Mãe Protetora.

Gratidão aos CL que foram nossa extensão nas atividades que organizamos. Agradecer parece pouco diante da dedicação e ajuda que prestaram, mas a convivência foi muito gratificante e nos torna-mos uma família de amigos espe-ciais. Agradecemos:– aos casais que trabalharam co-

nosco como Casais Piloto, Li-turgia, Tesoureiro, CRS-B e o Coral.

– aos CRR que acreditam em nós e nos confiaram este desafio.

– aos nossos filhos Guillermo e Giovanna que nos compreen-deram e nos suportaram como família que somos.

– ao Padre Brás Lorenzetti pelo apoio constante, e ao Padre Ja-cob Tomazella, nosso SCE, que nos dava aulas de teologia em nossas reuniões e nos cedeu as dependências da sua Paróquia para realizarmos nossas reuni-ões, Celebrações, Noite de For-mação e encontros diversos.

AÇÃO DE GRAÇAS Alegria por estes encontros de

vida que tivemos com todos os ca-sais, onde aprendemos a amá-los e respeitá-los à maneira de Martin Luther King: “Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante, se eu pu-der animar alguém com uma can-ção, se eu puder mostrar a alguém o caminho certo, se eu conseguir cumprir meu dever de cristão, se eu puder levar a salvação para al-guém, se eu puder divulgar a men-sagem que o Senhor deixou então minha vida não terá sido em vão”.

Entregamos, agora, ao novo CRS um bolo redondo, que é o nosso Setor, recheado de delicio-sas guloseimas, que são os nossos casais, coberto com a mais fina cobertura, que são os mantos de todas as Nossas Senhoras, inter-cessoras do nosso Setor, e que eles desfrutem dessa missão com muito amor.

Padre Caffarel, em carta envia-da ao casal Moncau, diz: “Eu rezo, de todo o coração, por vocês, eu peço ao Senhor para lhes revelar sempre mais o seu amor, de asso-ciar vocês mais estreitamente à sua Redenção, de servir-se de vocês para fazer muitos casais descobri-rem as riquezas das graças que lhes reserva o sacramento do Matrimô-nio ...”

Encerramos assim nossa mis-são, e estaremos rezando por vo-cês.

Amém!Sandra e Vasques

Eq.08A - N. S. da HarmoniaRio Claro-SP

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Engraçado... existem coisas que a gente só entende depois que cresce...

Eu não entendia direito porque meus pais tinham reuniões durante a semana e porque às vezes elas eram “formais” e nessas tinha que levar comida e acabavam mais tarde.

Na minha casa a gente rezava antes de comer. Nos nossos ani-versários tinha sempre uma ora-ção e era e é realizada uma missa em ação de graças por esse dia. Na minha casa tinha (e tem) De-ver de Sentar-se. Via meus pais rezarem todos os dias e também se reuniam para fazer as pautas das reuniões e falavam sempre dos “pontos concretos” do casal.

Os amigos dos meus pais sem-pre faziam festa nos aniversários de casamento um do outro e era uma folia toda!

Não entendia direito porque meus pais tinham uma revistinha chamada “carta mensal”, que mi-nha mãe carinhosamente guarda-va e ainda guarda como se fosse ouro e sempre as lê com tanto ca-rinho!

Não entendia muito bem quan-do meus pais se ausentavam em datas importantes, como quando eles não puderam estar no meu aniversário, porque como casal da Região Maranhão/Piauí, tinham uma viagem em missão; mas aí eu fui crescendo e criando gosto pelo “movimento”, foi ali que construí amizades que tenho até hoje. A amizade dos nossos pais, chegou

até nós e foi ali que eu pude des-frutar de momentos únicos.

Só quem é filho(a) de equipis-ta, sabe o que é combinar com os amiguinhos de ir pra reunião dos pais e ficar lá brincando até aca-bar.

Só quem é filho de equipista, sabe o que é esperar a reunião formal acabar, só para ir jantar, naquela folia toda, com os ca-sais da equipe e, principalmente, quem é filho de equipista, sabe o que é um casamento, o que é uma família pautada em valores tão ca-ros e raros!

Meus queridos pais, sei que a vida de quem serve ao Senhor é, em muitos momentos, difícil, por-que servir a Deus, exige disciplina, foco e fé!

Lembro também que quando eu era criança, vocês fizeram uma roupinha pra gente que tinha es-crito “eu sou filho de equipista” e ainda quando a senhora me disse mãe, que não sabe “não ser equi-pista”, então eu aproveito para dizer que tenho muito orgulho de ser filha de equipista, pois eu sei que se hoje temos uma família enraizada na rocha, é devido ao movimento de casais, que vocês tanto se dedicam!

Amo vocês e obrigada por ter me dado a chance de ser filha de um casal que ama e conhece a Deus.

Agda Marianne (filha de Vilma e Adelman)

Eq.03 - N. S. das GraçasBarra do Corda-MA

SERVIR A DEUSExige disciplina, foco e fé!

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AJUDA MÚTUA

Tenho glaucoma e, apesar do acompanhamento que eu fazia, comecei a ter perda de visão que me obrigou a ir urgente à São Pau-lo correndo o risco de ficar cega. Pegos de surpresa não tinhamos recursos para arcar com os custos, pois tudo seria particular. Não tí-nhamos parentes e nem amigos em São Paulo, o que também dificul-tava, pois, após a cirurgia, eu pre-cisaria ficar cerca de 3 meses para acompanhamento médico. Foi en-tão que nossos irmãos equipistas e minha família entraram em ação. Minha equipe se reuniu e fez uma doação financeira que me garantiu um mês de hospedagem e alimen-tação. Minha família me ajudou com os custos da cirurgia. Como não conhecíamos São Paulo, um dos membros de nossa equipe, também médico, José Roberto, nos acompanhou e ficou uma semana conosco, sendo de muita ajuda psi-cológica para nós. O casal respon-sável da região Ceará I, Vanessa e Rômulo entraram em contato com equipistas de SP e assim cho-veu telefonemas de gente se pron-tificando para ajudar. Dentre todos, destaco o casal Cleide e Valentim, coodenadores da Comunidade N. S. da Esperança da ENS que por sua grande dedicação chegaram a ser confundidos com meus pais pela equipe médica que me faria a cirurgia. Também somos muito gra-tos às equipistas Marita e Celita que me acompanharam dando suporte

às minhas necessidades, acompa-nhando-me nas consultas médicas, dando-me apoio emocional e a certeza que eu não estava só. Nes-se primeiro mês meu esposo teve que ficar em Fortaleza com nossos filhos. Minha equipe se fez presen-te com telefonemas, orações, visi-tas e envio de lembranças, choco-lates, livros, mensagens e vídeos. Foram 3 meses de muito estresse mas também de muitas graças. Coloquei-me aos pés de Jesus e a presença de Nossa Senhora se manifestava com muita força nos momentos em que eu mais fraque-java. Quando meu marido pôde ir ficar comigo, Deus providenciou uma ONG administrada por freiras para nos hospedar onde tínhamos missa diária, orações, que no final do dia eram concluídas com o cân-tico do Magnificat, o que me pare-ceu mais um dos mimos de Deus.

Hoje, após 4 meses, vejo que vi-venciei a passagem do Bom Sama-ritano tão refletida no XI Encontro Internacional das ENS. De um lado eu, o homem ferido, machucado, na beira da estrada, meio morta e do outro os equipistas, bons sama-ritanos, movidos por compaixão aproximaram-se, ataram-me as fe-ridas, deitando nelas azeite e vinho; colocaram-me sobre a sua própria montaria e levaram-me a uma hos-pedaria e trataram de mim.

Celia e AlísioEq.31B - N. S. da Paz

Fortaleza-CE

Uma certeza nas ENS

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Aonde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para sa-ciar tão grande multidão?

(Mt 15, 33)

Em qualquer conversa ou reflexão, o assunto é recorrente: o mundo está tão mudado e em dissolução de costumes, que não podemos fazer nada. Isso não é de hoje! Os mais idosos citam “no meu tempo era me-lhor”, comparando o passado com o presente. De geração em geração o discurso é o mesmo.

O poeta baiano Gregório de Matos, século XVII, poetava satírica-mente sobre o ambiente baiano, onde o Brasil acontecia naquela época:

“Triste Bahia! ó quão dessemelhanteestás e estou do nosso antigo estado!

Pobre te vejo a ti”... “Eu sou aquele, que os passados anos

cantei na minha lira maldizentestorpezas do Brasil, vícios e enganos”.

“De que pode servir, calar? Quem cala, nunca há de falar o que sente?... “Uma só natureza nos foi dada: não criou Deus os naturais diversos,

Só nos distingue o vício e a virtude.”...O passado era mesmo melhor?

Então, não podemos agir? Não podemos realizar nada? Somente constatar e criticar como fez o poeta e como faz a maioria, e silenciar? Cuidar só do nosso mundinho?

Em Mateus 15, 29-37, o impasse era como alimentar a multidão. Impossível! O que tinham os discípulos para oferecer? O pouco de que dispunham: alguns pães e poucos peixinhos. Ficaram confusos e atur-didos diante da escassez da provisão. E questionam Jesus. Aprendem que é preciso doar, compartilhar, confiar na palavra de Jesus e agir. Eles mesmos distribuem o pouco que havia, solidarizando-se com o povo. Não reclamaram que as pessoas estavam ali só para comer. Buscaram dar uma resposta positiva.

E é esse nosso objetivo: a solidariedade; pôr à disposição de Deus aquilo que temos, nossos talentos, nossas humildes capacidades. So-mos muitos nas ENS, mas poucos para levar a todos os ensinamentos cristãos. Não podemos nos acovardar e sentir-nos derrotados por nosso exíguo farnel. Esforcemo-nos para aumentá-lo. Compartilhado, ele se multiplica; testemunhado, ele se solidifica!

Maria Inês, do Luis Eq.04 - N. S. Aparecida

Limeira-SP

ALEGRIA DO SERVIÇO

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CRESCEI E MULTIPICAI-VOSCasados desde 2009, a fase de

curtir a vida a dois já merecia um novo personagem. Nomes, projetos, tudo pensado. Em 2012, iniciando os exames preparatórios, descobri-mos que minha esposa precisava de um tratamento devido a um cisto. Duas propostas surgiram: cirurgia ou medicamentos. Como não havia pressa, decidimos seguir a segunda opção, o que levou todo o ano. Em 2013 a expectativa era pela regres-são ou eliminação do coágulo.

Janeiro, castidade. Em pleno verão à beira-mar nos respeitamos; fevereiro, os exames confirmam nossa expectativa e, com o útero sadio, retomaríamos o projeto. Já em março realizo exames e sou informado: “para engravidar a sua esposa, você vai precisar da ajuda de Deus. Seu espermograma é muito ruim. Você não é estéril, mas será muito difícil a fecundação. Vamos repetí-lo e veremos o que pode ser feito”.

Comecei a indagar: o que Deus tem para mim? Não poderemos ser pais biológicos? Nossos filhos serão os filhos dos casais a quem ensinamos o método Billings? Não poderemos imitar a José e a Maria, como a linda família de Nazaré? Nossa missão será a de pais adoti-vos? Passou-se um tempo de vazio, um eco... Entendi que paternida-de e maternidade não podem ser resultado do acaso, mas sim, um chamado de Deus.

Após realizar novos exames, agendamos a cirurgia para 22 de março. No meio do caminho, minha

esposa procura o médico em virtu-de de um incômodo que teima em não acabar. Na consulta, a notícia: “Michelle, você está grávida!”. Feliz, ela me liga: “Parabéns, Papai!” Não pude me conter. Corro à Capela de São Vicente – padroeiro dos pobres, pai da caridade – e me ponho de jo-elhos a rezar. Chorando, agradeço.

No mesmo dia comunico ao Uro-logista a suspensão da cirurgia. Não esqueço a sua cara de espanto quan-do citei o motivo. Num aperto de mão, verbaliza: “...agradeça a Deus, você ganhou na loteria”. Com sorri-so de orelha a orelha, me recusei a responder-lhe, pois aos Cristãos não é preciso lembrar-lhes sua obrigação.

Milagre? Penso sermos indignos de receber tão grande expressão do Amor Divinal. Não passou pela minha cabeça a ideia de que Deus nos ia abandonar ou deixar-nos de lado. Com fé, sabíamos que tudo ocorreria no momento certo; prin-cipalmente quando o lema de sua vida vem da mais bela oração: “que seja feita a vossa vontade...”

No dia 11 de novembro, nasceu o Anthony, tão esperado e muito amado. Seu batizado não poderia ter sido em outra data: 12 de janeiro - Batismo do Senhor.

Família de Nazaré, nos proteja e nos ensine a imitá-la.

Crescei e multiplicai-vos. Diz o Senhor.

Tonhão, da Michelle Eq.36C - N. S. Auxiliadora

Maceió-AL

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Jesus prometeu que esta-ria conosco até o fim dos tempos. Ele também prometeu que estaria conosco cada vez que nos reunís-semos em seu nome. Mas Ele está conosco de forma muito especial no Pão e no Vinho consagrados. Ele é o Pão que desceu do Céu. Ele é o Vinho que alegra nossos corações. Em maio de 1966, quando tinha 25 anos de idade, senti-me fortemente chamado a participar da Missa e da Eucaristia diariamente. E, desde então, a Eucaristia foi-se tornando, cada vez mais, a parte mais impor-tante de minha agenda diária. Atu-almente, já com 73 anos de idade, desperto pelas três horas da manhã, como que ouvindo, em minha men-te e em meu coração, as palavras do salmo 121: “Que alegria quan-do me disseram: Vamos à Casa do Senhor!” Em maio de 1984, fui investido como Ministro Extra-ordinário da Sagrada Comunhão. Desde então passei a fazer visitas se-manais a pessoas doentes e idosas, levando-lhes o conforto da palavra e da presença eucarística. Em 2010, participei do 16º Congresso Euca-rístico Nacional em Brasília. E, em 2012, participei com o Padre Ânge-lo Magno Carmo Lopes 1 do 50º Congresso Internacional em Dublin, Irlanda. Ao Congresso de Dublin compareceram 20.000 pessoas. Do Canadá foram 1.000 peregrinos. Do Brasil, apenas 14 pessoas esta-vam lá: três Bispos, nove sacerdo-tes, inclusive o Padre Ângelo, e dois leigos, um jovem de Brasília e eu. O encerramento do congresso no está-

dio de futebol foi apoteótico, con-tando com a presença de 80.000 pessoas. Depois do congresso, passando por Londres, percebi ni-tidamente que precisava trabalhar pela difusão da devoção eucarística, por toda a parte aonde eu puder ir. Alguns meses depois do retorno de Dublin, consegui a oportunidade de falar sobre a Eucaristia ao Clero da Arquidiocese de Salvador, na presença do Senhor Arcebispo e dos Senhores Bispos Auxiliares. Em 23 de maio de 2013, foi criada uma pequena Comunidade com o nome de Comunidade para Adoração ao Santíssimo Sacramento – COMSA-CRA. Os membros da COMSACRA devem adorar e propagar a de-voção ao Santíssimo Sacramento. Eles recebem as seguintes recomen-dações: a) Confessar-se pelo menos uma

vez por mês; b) Participar frequentemente da Eu-

caristia, se possível todos os dias; c) Participar de uma adoração ao

Santíssimo Sacramento, pelo menos uma vez por semana; d) Todos os dias ler uma página do livro “Flores da Eucaristia”, de São Pedro Julião Eymar 2;

e) Estudar instrumentos musicais para animar as adorações;

f) Estudar línguas para levar a ado-ração a outros países;

g) Amar como faziam os primeiros discípulos;

h) Reunir-se com os demais irmãos adoradores, uma vez por mês, para avaliar as ações realiza-das e promover novas ações.

ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS

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inventou a adoração perpétua. O livro “Flores da Eucaristia” foi editado pela Palavra e Prece e distribuído pela Loyola.

Francisco (da Lúcia)Eq. 03A - N. S. da Paz

Salvador-BA

Quando eu era criança, partici-pava das missas aos domingos. Eu via casais, juntos, e gostaria que meus pais também participassem. Pensava, um dia, ter um marido que celebrasse comigo.

Deus ouviu minhas preces: co-nheci Augusto, de família católica, que sedimentou meu sonho: jun-tos, ainda solteiros, participávamos da Eucaristia. Nessa realização de sonho, nos casamos.

A família do Augusto é grande. São 07 filhos; multiplicou-se à me-dida que foram casando.

Habi tua lmente es távamos juntos, mas sentíamos que faltava um algo mais forte. Resolvemos nos encontrar, todas as famí-lias, todo o primeiro domingo de cada mês para nos confraterni-zarmos e partilharmos as nossas alegrias e tristezas.

Posta a mesa, de mãos dadas, cantamos agradecendo pelos ali-mentos que o Senhor nos pro-porciona, pelas nossas vidas, pela nossa união e reunião. Rezamos as orações do Pai Nosso e Ave Maria; pedimos bênçãos para a família que nos recebe, para os aniversa-

FAMÍLIA QUE REZA UNIDA, PERMANECE UNIDA

1 Padre Ângelo é Pároco da Igreja de Sant’Ana do Rio Vermelho, Vigário Foprâneo e um dos nove Conselheiros da Arquidiocese de São Salvador da Bahia.

2 São Pedro Julião Eymar foi um grande devoto da Eucaristia e

riantes do mês, de casamento e cantamos parabéns.

Nessa reunião, recebemos com alegria o Pe. Leonildo, SCE da nossa Equipe, e Padre José Car-los, SCE nas ENS, que vêm nos alegrar com suas presenças e co-mandar o momento de oração: leem e comentam o Evangelho do dia e nos abençoam, fortalecendo ainda mais nossa união.

O encontro no Natal é especial. Partilhamos os alimentos e temos o nosso momento forte de oração, nossa maior bênção: passamos a imagem do Menino Jesus para cada um, inclusive para as crianças que agradecem e fazem pedidos para o ano novo que se achega.

Nessa vivência cristã os nossos filhos cresceram, casaram, vieram os netos, bisnetos e a família conti-nua a caminhada.

Em 1998 pudemos levar para a nossa família a ajuda mútua, aprendida nas ENS. O meu so-gro, Sr. André, sofreu um AVC. A cada mês, um irmão cuidava dele. As nossas casas se transfor-mavam; todos os equipamentos que o fizesse sentir-se melhor eram

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O DESEJO DE SERVIR

transportados para a casa do cui-dador daquele período. Durante esse tempo de acolhida, as nossas reuniões familiares não cessaram; continuávamos a nos encontrar na residência onde o Sr. André estava. Foram 15 anos de dedicação. Ele voltou ao Pai em 18.03.2013. Fi-

camos saudosos, mas, certamente, meu sogro partiu muito feliz. Ainda continuamos a nos encontrar, faz 25 anos.

Maria Luiza, do AugustoEq.32E - N. S. Mãe do Sagrado

Coração de JesusSão José do Rio Preto-SP

Nos últimos anos estivemos com trabalhos junto ao Setor das ENS da nossa cidade. Precisamente três anos no apoio e dois anos como Casal Ligação.

Sempre nos apoiamos na SSTT, na ação de DEUS, no serviço de JESUS e nos dons do Espírito Santo. Também nos inspiramos no “Sim” de Maria, para aceitar tais trabalhos.

Sabemos que podemos sempre fazer mais, mas dentro da nossa limitação demos o melhor, e não só o possível.

Como Casal Ligação, penso que aprendemos tanto quanto pu-demos transmitir. Afinal, o Casal Ligação tem a incumbência de levar a seiva do Movimento. A seiva é como o sangue que circula por todo o nosso corpo e que alimenta as células (Equipes). Não cansamos de falar sobre os PCE, sobre o Carisma e a Mística das nossas Equipes de Nossa Senhora, além, é claro, dos diversos do-cumentos.

No Salmo 103, tem um trecho que diz: “As árvores do Senhor são cheias de seiva, assim como os cedros do Líbano que ele plan-tou”. Os cedros do Líbano são árvores exuberantes e cheias de seiva, como são o Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

Agradecemos a DEUS, por nos proporcionar esta oportunidade de estarmos nestes trabalhos. Sempre que precisar, estaremos a postos para servir.

Mas agora voltamos nosso olhar para as origens, para o nosso ser. Voltamos para o que nunca deixamos de ser, ou seja, membros da Equipe de base. Voltaremos também para o nosso trabalho jun-to às Pastorais de nossa Paróquia. Novamente, obrigado, Senhor!

Obrigado a todos os equipistas com os quais trabalhamos; ao Deus Uno, Trino e Santo, e a Maria que com certeza sempre inter-cedeu e continuará intercedendo por nós.

Donizeti, da SilviaEq.09B - N. S. Madre de Deus

São Paulo-SP

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Jesus nos diz em sua palavra: “Não fostes vós que me esco-lhestes, mas eu vos escolhi e vos constitui, para que vades e pro-duzais fruto e o vosso fruto per-maneça”.

Celebrar 18 anos nas equipes de Nossa Senhora é motivo de satisfação e alegria, agradecer a Deus em primeiro lugar. Ao casal que no indicou, ao que nos pilo-tou, especialmente ao Conselhei-ro Espiritual, Pe. Luiz Kirchner e aos demais casais que, com suas experiências, nos ensinaram a vi-ver, de forma concreta, a espiri-tualidade conjugal; o carisma do Movimento.

Eu cheguei com muitas dúvidas para praticar os Pontos Concretos de Esforço. Nada fácil, tempo di-fícil, mentiras, e o Espírito San-to permanentemente repetindo, não foste tu que me escolheste, mas eu vos escolhi e de fato fo-mos o 1° Casal Responsável da Equipe. O que fazer? Foi ai que recebi este recado do Senhor, bem pessoal: Você pode não me conhecer muito bem, mas eu co-nheço você, desde antes de seu nascimento. Vejo você quando está alegre, brincando e se di-vertindo e quando está sofrendo. Vejo quando você não está se sentindo amado; quando se sente desvalorizado; quando você luta por fazer alguma coisa para ser aceito pelos outros e nem sempre

isto dá certo. Vejo quando você fica chateado consigo, pensando que não é uma pessoa legal. Vejo quando você desanima e pensa que não adianta lutar e faz coisas ruins que prejudicam sua própria vida e também a de outros. Vejo o que você faz e o que você pen-sa, pois eu sou Deus.

Quero lembrá-lo de que você é muito bom e muito especial. Você foi feito por meu Pai! E meu Pai não faz coisas ruins e inúteis! Você foi feito à imagem e seme-lhança de Deus! Você é muito importante! Eu o amo com amor pessoal, total e infinitamente mi-sericordioso.

Foi por você meu amigo, para salvá-lo, que eu dei a minha vida na cruz. Sabe qual o significado disto? É que meu Pai e eu quere-mos oferecer a você a vida eter-na. Vida de paz e felicidade que nunca se acaba! Ninguém tem tanto amor por um amigo como quem dá a vida por esse amigo. Sou seu amigo!

Eu gostaria que hoje você me escutasse e decidisse me ver, encontrar-se comigo, como fez o meu amigo Zaqueu que até subiu em uma árvore para me ver! E nós nos encontramos e passamos a caminhar juntos!

Eu estou preocupado com muitas pessoas e com muitas fa-mílias que estão sendo engana-das pelo “pai da mentira”. Eu

RECADO DE JESUS, BEM PESSOAL

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gostaria que você trabalhasse comigo, para salvar estas pesso-as, estas famílias. Por favor, não diga que você não é capaz. Eu e meu Pai, quando enviamos nos-sos amigos em missão damos a eles nosso Espírito, que os guia e dá poder e sabedoria!

Hoje somos convidados por Jesus, como foram os seus dis-cípulos no passado! Qual será a resposta que cada um de nós vai dar a Ele? Eu digo: Eis-me aqui

Senhor! Faça-nos tudo como se tudo dependesse de nós! Saben-do porém que tudo depende de Deus.

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, ilumine seu rosto so-bre nós e tenha piedade de nós. Mostre-nos seu rosto e nos con-ceda a Paz.

Reginaldo, da RaimundaEq.06C - N. S. da Paz

Manaus-AM

SILÊNCIO

Não sei meditar, não sei fazer silêncio, são tantas as dis-trações, os ruídos, as rusgas... Às vezes penso ir para o cam-po. Aqui, na cidade, não conheço a chuva não conheço as árvores, aqui sou um estranho, mas lá sou amigo do dia e da noite, e também vou dormir porque aprendi a dormir novamente. Os ruídos da cidade são egocêntricos e a ambi-ção das máquinas, insone.

Não posso meditar onde se despreza a chuva, o dia e a noite. Em vez de ouvir o silêncio, as pessoas da cidade prefe-rem erguer um mundo fora do mundo... Um mundo de ficções mecatrônicas numa pseudo-realidade facebookiana que avilta a natureza e impede o ser humano de meditar. Meditar é fa-zer silêncio, meditar é estar imóvel, meditar é ruminar e espe-rar.

Na cidade a ansiedade é saciedade, é satisfação, é busca desesperada pelo resultado e pelo termo, quer real ou virtu-al. Meditar é não esperar pelo resultado, é esvaziar a xícara de chá e permanecer neste vazio para que seja completado pela chuva, pelo dia e pela noite.

*Texto inspirado nas meditações de Thomas Merton.

Fernando, da ManoelaEq.08A - N. S. dos Anjos

Piracicaba/Sta. Barbara D’Oeste-SP

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No mês de maio de 2013 o Senhor nos confiou (pela quarta vez) a condução de uma jovem equipe de casais em Experiência Comunitária das ENS. Desde o início, percebemos a necessidade de “implantar” em seus corações o sentido de pertença a uma ver-dadeira comunidade, assim como diz no tema da 1ª reunião que trata das primeiras comunidades onde (At 2, 42-47), Lucas descre-ve: Os que haviam se convertido eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna na fração do pão e nas orações.

Percebemos logo nas três pri-meiras reuniões que existia entre os cônjuges um amor bem vivo, e que esse mesmo amor, precisaria ser posto em comum entre eles (casais) para solidificar a perten-ça a uma verdadeira comunida-de.

Foi quando na terça-feira 18 de junho, no final da manhã, ao retornar de seu trabalho, um dos integrantes da equipe (o Zequi-nha da Daniele), acabou aco-metido de um grave acidente de motocicleta. Aí começou a ser inserido, de fato, por obra do Es-pírito Santo de Deus, no coração de cada casal da equipe o sen-timento vivo de que o próximo que Jesus tanto fala, faz parte de nossa vida. Pudemos contemplar no semblante de cada pessoa da equipe o mesmo sofrimento da família do jovem pai de família.

Nosso irmão Zequinha foi trans-ferido para UTI do hospital de traumas na cidade de Campina Grande, distante 130Km de nos-sa comunidade.

Foram longos 13 dias de an-gústia e incer tezas internado naquela UTI. Mas, durante esse tempo de ausência do nosso ir-mão em meio a sua família (es-posa e filhos), a equipe, sua mais nova Família em Cristo, com muita perseverança, não deixou faltar – como diz no texto das pri-meiras comunidades – a comu-nhão fraterna, a fração do pão e principalmente as orações. Nesse mesmo tempo forte de constru-ção daquela legítima comunida-de, seus irmãos em Cristo reali-zaram a 4ª reunião e colocaram em comum suas orações, preces e agradecimentos ao Pai pela re-cuperação do irmão.

Passado toda angústia, nosso irmão Zequinha retornou ao seio de sua família, para felicidade de todos a sua volta: esposa, filhos, familiares e sua nova família: a equipe; que a partir dali não mais tinham dúvidas do que significa ser uma verdadeira comunidade. E nós que tivemos a graça de fa-zer parte daquela linda história, agradecemos a Trindade Santa e aos casais da equipe, por mais uma experiência de amor em nos-sa caminhada cristã e equipista.

Vanusa e AdrianoEq.01 - N. S. Auxiliadora

Santa Luzia-PB

UMA EXPERIÊNCIA DE AMOR

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Estava i n i -c i a n d o a q u a r e s -ma, quando par t ic ipan-do da cele-bração Eu-

carística; o padre nos exortava para vivermos aquele tempo de forma autêntica, com proposta de vida nova. Então, saindo daquela ce lebração, co locamos como nossa Regra de Vida, acordarmos 15 minutos mais cedo para escu-tarmos a Palavra de Deus assidu-amente durante toda a quaresma e no final faríamos uma avaliação do nosso propósito.

Resultado: vivenciamos na ínte-gra a nossa Regra de Vida. A Escuta da Palavra passou a ser o nosso pri-meiro alimento e, com o passar dos dias, aqueles 15 minutos tornaram-se pouco para escutá-Lo e meditarmos o que Ele nos falava. Passamos a

usufruir desse encontro maravi-lhoso, prazeroso... Nós dois e Deus. Acrescentamos a esse momento a nossa Oração Conjugal, num clima de entrega total, sem reservas e ple-na confiança no Amor de Deus.

Descobrimos um amigo que dia-riamente tem algo a nos falar e tam-bém quer nos escutar; e sem per-cebermos Ele vai transformando as nossas vidas, inspirando os nossos pensamentos, guiando os nossos atos e apaziguando os nossos sentimentos.

As ENS com o seu carisma e a sua mística nos oferecem meios para vivermos a santidade; cabe a nós um esforço maior. Como disse Pe. Regi-naldo em uma de suas homilias: “A graça de chegarmos à santidade é de Deus, mas o esforço é humano”.

Portanto, Ousemos o Evange-lho!

Gracinha e JadsonCR Região Paraíba

João Pessoa-PB

A ESCUTA DA PALAVRA

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Deus fala pelas Escrituras, pela Criação, pelas suas intervenções na história humana, pelos profetas e, so-bretudo, por seu filho Jesus.

A escuta regular da Palavra permite aos equipis-tas, não somente conhecer a Deus, mas, acima de tudo, enraizar-se melhor no Evangelho. Essa escuta faz com que cada pessoa do casal entre em contato direto com a pessoa do Cristo. Esse contato pessoal é o pilar de toda a vida espiritual, pois “A ignorância das Escrituras é a ignorância de Cristo (João Paulo II)”.

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A prática dos PCE proposta pelas ENS compreende uma gran-de união com a palavra de Deus e sua escuta, mediante a meditação e oração. Com efeito, precisamos ser canais desobstruídos da graça do Senhor, para que a Sua ação possa ser poderosa em nossas vidas, sob pena de não vermos concretizados, tanto a nível pesso-al quanto matrimonial, os incon-táveis benefícios que o Autor da vida reservou para nós, filhos (as) amados (as) que somos.

É vontade de Deus que viva-mos não segundo a carne, mas conforme o espírito (Rm 8,4). Por isto, orienta os casais quan-to à maneira de se tratarem: “ó mulheres,... tende aquele ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espí-rito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos do Altíssimo. Aos homens recomenda: “ó ma-ridos, tratai vossas esposas com todo respeito para que nada se oponha às vossas orações” (IPd 3,1;7).

Apesar de tão sábio conselho acima expresso, nem sempre pro-cedemos assim. Na intimidade do casamento, com frequência, deixamos proliferar o desrespei-to que corrói o amor, dilaceran-do o relacionamento ungido por Deus. São os nossos pecados que nos afastam do Amor fazendo com que se distanciem, também, os corações de marido e mulher

até então apaixonados. Quando o pecado se instaura e os erros originam mágoas, o remédio se chama perdão.

O perdão cura, liberta, restau-ra e tem o poder de reacender a chama da paixão. Nos custa exercitá-lo, porque nos apega-mos a um amor próprio ferido, que sequer tem tanta importân-cia, diante da grandeza de uma história de amor construída pela graça de Deus. Valiosos são o depósito da nossa fé, a família, o amor vivido de mãos dadas, por vezes, durante anos a fio. O peca-do originado do maligno, jamais será maior do que o encontro de duas vidas que o Senhor propor-cionou, porque “o que está em mim, é maior do que aquele que está no mundo” (I Jo 4,4).

Por experiência própria, temos constatado que ao sermos liber-tos das amarras da vaidade, do orgulho e do egoísmo, o perdão flui livremente e, somos abençoa-dos com a graça da reconciliação, que permite ao casal equipista retornar, mais fielmente, aos PCE caminho seguro de felicidade e santidade. Salienta-se que, quem tem a graça de receber um per-dão, deve valorizá-lo e buscar se aproximar cada dia mais da pala-vra sábia de Deus, quando des-creve a conduta cabível ao ho-mem e à mulher no seio familiar.

Clamemos, então, ao Sagrado Coração de Jesus, pela interces-

PARA QUE NADA SE OPONHA ÀS VOSSAS ORAÇÕES (I Pd 3,7)

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UM DEVER DE SENTAR-SE DE ANO NOVO

são de Nossa Senhora d’Ajuda, que o Rei da Glória venha mu-dar a sorte daqueles casais que, como nós, ainda não vivenciam p lenamente os PCE. Es te ja -mos confiantes de que “os que semeiam entre lágrimas, recolhe-

rão com alegria”(Sl 125,5), pois “desde o amanhecer, Deus vem em nosso socorro” (Sl 45,b).

Fátima e LuizEq.05B - N. S. d’Ajuda

Jaboatão do Guararapes-PE

Quem já conheceu e vivenciou um verdadeiro Dever de Sentar-se,

jamais deixará de amá-lo e praticá-lo.É com uma alegria imensa

que partilho com todos os irmãos equipistas esse momento vivido em nossa equipe, N. S. de Lour-des. Parabenizo o nosso novo Ca-sal Responsável de Equipe, pela iniciativa. Nos convidou para ini-ciar o ano com um momento de oração e um Dever de Sentar-se. Com o coração cheio de esperan-ça todos nós acolhemos o convite.

No início de janeiro nos reuni-mos e começamos este primeiro encontro do ano com um momen-to lindo de entrega, de louvor e gratidão a Deus. Foi um momento forte de oração, onde sentimos, verdadeiramente, a presença de Cristo naquela casa. Surgiu daí a ideia de experimentarmos um De-ver de Sentar-se em Equipe.

Caríssimos irmãos e irmãs equipistas, digo a vocês, temos dez anos de vida nas Equipes de Nossa Senhora, mas aquele momento foi um dos mais ricos e proveitosos que tivemos du-rante estes anos de caminhada, claro, vivido em equipe .

Fomos capazes de nos abrir com sinceridade, contando nossos

problemas, falamos de nossas fra-quezas espirituais, pessoais, das nossas falhas como equipistas, como irmãos, choramos juntos, pedimos perdão aos nossos côn-juges, pedimos perdão uns aos outros, foi realmente um Dever de Sentar-se contagiante e de espe-rança para cada casal, onde senti-mos Deus realizando maravilhas. Obrigada Senhor!

E para concluir, expomos os nossos desejos para o ano novo. Foi um momento maravilhoso e intenso de grande importância para nossa equipe. Posso afirmar que ao final desse Dever de Sen-tar-se voltamos para nossos lares, para nossas famílias conscientes de que as Equipes de Nossa Se-nhora é uma bênção de Deus em nossas vidas, que nos ajuda a superar, juntos aos irmãos, com fortaleza e humildade as adversi-dades da vida.

Concluímos, de forma madura, que os PCE são verdadeiramente colunas indestrutíveis, que nos er-guem e nos sustentam a caminhar rumo a santidade conjugal.

Ana, do MáritonEq.08 - N .S. de Lourdes

Barra do Corda-MA

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BODAS DE OURO

Eva e Cláudio

Comemoramos nossos 50 anos de casados, no último dia 07.12.2013, primeiro com a Celebração Eucarís-tica e em seguida fomos presentea-dos com uma festa em um res-taurante. Contamos com a presen-ça dos nossos filhos e a dos irmãos da nossa Eq.02 - N. S. de Fátima - Valinhos-SP.

Dalci e Belluzzo Com muita alegria e em agrade-

c imento a Deus , c o m e m o r a r a m , em 28.12.2013, 50 anos de vida matri-monial, dos quais 49 anos nas ENS, com a presença dos 4 filhos (três deles equipistas), noras,

genros, netos, membros da Eq.08 - N. S. Mãe de Deus, Setor Ara-çatuba-SP, familiares e amigos. A missa foi celebrada pelo Pe. Sine-val Plácido, SCE da nossa Equipe e

No

tíci

as Pároco do Santuário São João e São Judas Tadeu, em Araçatu-ba, e concelebrada pelo amigo Pe. Geraldo Dias, SCE em Belo Hori-zonte-MG, que presenteou o casal com a Benção Apostólica concedi-da pelo Papa Francisco.

Dulce e VicenteO Setor G de Fortaleza, assim como toda a Região Ceará I I es t iveram em festa na Igreja de Santo Afonso, Parque-lândia, no dia 18 de janeiro último come-morando os 50 anos de casados de Dulce e Vicente, membros da Eq.03 - N. S. do Perpétuo Socorro. Casal muito zeloso e dedicado ao Movimento, foi um dos pioneiros no Ceará. Há 31 anos contribue com o suporte e a expansão das ENS, inclusive no Maranhão. Sempre serviu como exemplo para os casais mais jo-vens pelo empenho, participação nos eventos e a busca incessante da verdade. São profundos conhe-cedores dos Estatutos. Que Deus os abençoe.

Joilza e Eudice

Comemoraram 50 anos de casa-dos no dia 10.12.2013. S ã o m e m b r o s d a Eq.14 - N. S. do Co-ração Imaculado de M a r i a . Q u e D e u s continue derramando suas bênçãos sobre o casal e toda sua família.

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Frei Cleber Rosendo, Frei Diogo Moreno e Frei Márcio

No dia 24.08.2013, AETs de equi-pes do Setor A - Região Rio III, pela graça de Deus, pela impo-sição das mãos e oração conse-cratória de Dom Orani João Tem-pesta, se tornaram “sacerdotes da humanidade, servos por amor.

JUBILEU DE OURO SACERDOTALPadre Francisco

(08.12.1963 A 08.12.2013)

Natural de Porto Feliz, Francisco de Assis Moraes, o Padre Chico, completou no dia 08.12.2013, 50 anos de sacerdócio. Para comemo-rar a data, celebrou uma missa na Matriz Nossa Senhora Mãe dos Ho-mens, na sua cidade natal - Porto Feliz-SP, e contou com as presen-ças dos Padres: Antônio Carlos Fernandes, Washington Pascho-al Ribeiro, Reinaldo Bragantim,

Vanda e Romeu Comemoraram 50 anos de casados

no dia 16.11.2013, na Missa Dominical da Igreja São José Operário, presidida pelo Pe. Luiz Flach – SCE do Setor Vale do Gravata í -RS. Numa cerimônia bo-nita, renovaram os compromissos ma-

trimoniais encerrando o momento com uma bênção especial. Logo em seguida, foram surpreendidos pelos familiares, amigos e irmãos equipistas da Eq.02 - N. S. de Gua-dalupe com uma recepção festiva.

ORDENAÇÃO SACERDOTALCarlos Alberto

No dia 06.09.2013 na Paróquia São Domingos, em Torres-RS, foi

Ordenado Sacerdote, com o lema “Fazei tudo o que Ele vos disser.” (João 2,5). Padre Car-los Alber to é, agora, SCE das Eq.09 - N. S. de Lourdes e Eq.11

- N. S. de Fátima em Capão da Canoa-RS.

Frei Gustavo Tubiana

No dia 03.08.2013, na Paróquia Santa Isabel da Ungria - Arquidiocese de Cas-cavel em Santa Isabel do Oeste-PR. AET no Setor A da Região Rio III.

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Rubens Dalmazo da cidade de Votorantim-SP, dos Diáconos Ro-ney (São João Batista), Valmir (N. S. Aparecida), Silvio Buzzo e Be-nedito (N. S. Mãe dos Homens), comunidades e movimentos pas-torais de paróquias de Porto Feliz, mais amigos e familiares.Nós, da Eq.03 - N. S. Mãe dos Ho-mens, Setor Porto Feliz-SP, agra-decemos ao querido Padre Chico, pelo seu carinho, dedicação e muita espiritualidade com a nossa equipe nesses 10 anos de caminhada.

ENCONTRO COM O PAPA FRANCISCO

No final do mês de novembro de 2013 o casal Sílvia e Glauco, CR Província Sul III, participou de audi-ência com o Papa Francisco. Sílvia entregou ao Papa um exemplar do livro “A Missão do Casal Cristão” e Glauco um quadro de São Fran-cisco, de autoria da artista plástica catarinense Vera Sabino.

Sílvia e Glauco receberam carta da Secretaria do Vaticano, datada de 12.12.13 e assinada por Mons. Peter B. Wells, em que o Papa Francisco agradece “este gesto de devoção”. Ainda na carta, o Papa exorta-os “a procurarem viver sempre mais como discípulos missionários, reconhecen-do que cada batizado é um Campo da Fé – um Campus Fidei – de Deus, que deve estar pronto a responder ao chamado de Cristo: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (cf. Mt 28, 19). E, como penhor de con-forto, contínua assistência e graças divinas, concede-lhes, extensiva à sua família, uma particular Bênção Apostólica”.

VOLTA AO PAIItamar (da Beth)No dia 29.12.2013Integrava a Eq.01

N. S. do Perpétuo SocorroBelo Horizonte-MG

João Batista (da Teresinha)No dia 14.11.2013

Integrava a Eq.01 - N. S. das Graças Ituiutaba-MG

Hermílio (da Lucineide)No dia 30.12.2013

Integrava a Eq.03 - N. S. das GraçasEdéia-GO

Maria Nice (do André)No dia 01.12.2013

Integrava a Eq.02B - N. S das FamíliasCampinas-SP

Valda (do Valmir)Dia 27.10.2013

Integrava a Eq.01C N. S. da Conceição

Natal-RN

Ayrton (da Márcia)Dia 05.01.2014

Integrava a Eq.02D - N. S. AparecidaSão Paulo-SP

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CM 462 47CM 479 47

Contou-me ele, depois de onze anos de casamento. Não conse-guindo dormir de dor no joelho, sen-tou-se numa poltrona ao lado da es-posa que dormia no leito, chegou mais perto e passou a noite contemplando a mulher que o fizera pai, o ajudara a amadurecer para o amor e para a vida e o enchera de felicidade e sensatez. – ”Gratidão foi o que senti”–, dizia

ele. E prosseguiu: – “Deus me deu uma mulher suave bonita, dois filhos, uma família amo-rosa e uma cúmplice para todos os momentos” E discorria:“Fiquei olhando a mulher que eu

procurara e achara, a mãe dos meus filhos, aquele corpo bonito, aquela alma escondida sob os olhos que dormiam, e vi nela meu outro eu, extensão de mim, ou eu extensão dela, não sei ao certo!

Mas uma das frases dele captou-me de maneira especial. Disse-me: “Eu era um tipo de homem antes dela. Depois dela eu mudei. Acho que Deus a enxertou em mim e me enxer-tou nela. Produzo frutos que jamais pensei ser capaz de produzir. Ela deu sabor especial à minha vida. Acho que eu também a tornei mais pessoa.”

Palavras de marido apaixonado que contempla sua esposa à beira do leito. Quantas esposas e maridos não assinariam em baixo dessa fra-se? Embora vocês brinquem, dizen-do que se casaram com um desas-tre, com um estrupício, brincadeiras à parte, vocês sabem que, agora, quando querem achar-se, precisam mergulhar um no outro, porque seu eu está dentro da pessoa amada. Vocês deram, um ao outro, o que

CASAIS QUE SE CONTEMPLAM

R

efle

xão

tinham de melhor e, agora, quan-do querem achar o melhor de si procuram no cônjuge. É in-vestimento que rende! Isso, quando o casamento deu certo!

Conto sempre a história de Dona Leila, para ilustrar o que é um bom casamento. As meninas, que a idola-travam pela excelente mestra e ami-ga que era, um dia, em aula, pergun-taram, à queima roupa, quando ela perdera a virgindade. Dona Leila, tranquila, reagiu:– Mas eu não perdi! Não sou mais vir-

gem, mas não perdi a virgindade!– A senhora é casada e tem três filhos.

Como não perdeu a virgindade?– Eu não rodei bolsinha, nem saí do

baile para o motel com um cara que nunca mais vi. Não perdi a virgindade para qualquer um. Dei-a ao meu marido e ele mora comigo. Minha virgindade está lá no mesmo leito que dividimos há catorze anos. E está em excelen-tes mãos. Só perde a virgindade quem não sabe onde a colocou. Eu sei o que fiz. Foi troca: eu me dei a ele e ele se deu a mim. Ago-ra eu sou de um bom homem e ele, modéstia à parte é meu. Ele não precisa dizer isso: eu percebo.Daquele dia em diante, as me-

ninas perceberam que, isso de gos-tar de um cara, namorar e acasalar, passa pela descoberta de quem é este outro com quem criarão filhos. Sem alteridade, o sexo é apenas um troca-troca egoísta. Com alteridade é uma viagem de almas e corpos entrelaçados. É por isso que o casa-mento se chama de enlace! De laços o amor é feito.

Pe. Zezinho, SCJ

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48 CM 479

O ESTRANHO EM NOSSAS VIDAS!

Interessante! Alguns anos depois que nasci, meu

pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade.

Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem. E o convidou a vi-ver com nossa família. O estranho aceitou, e desde então tem estado co-nosco. Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem ele conquistou um lugar muito especial.

Meus pais eram instrutores com-plementares: minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer.

Mas o estranho era nosso nar-rador. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e co-médias. Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência.

Conhecia tudo do passado, do pre-sente e até podia predizer o futuro! Le-vou minha família ao primeiro jogo de futebol. Me fazia rir e chorar

O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava. Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós fi-cava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade (agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez, para que o estranho fosse embora).

Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las. As blasfêmias, os pala-vrões, por exemplo, não eram permi-tidos em nossa casa... Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entre-

tanto, nosso visitante de longo prazo, usava sem problemas sua linguagem inapropriada que, às vezes, quei-mava meus ouvidos e fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar.

Meu pai nunca nos deu per-missão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo e que os charutos e os cachimbos fos-sem distinguidos. Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram, às vezes, eviden-tes: outras, sugestivos, e geralmente vergonhosos.

Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adoles-cência pelo estranho.

Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, perma-neceu em nosso lar.

Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio.

Não obstante, se hoje você pu-desse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...

Seu nome? Nós o chamamos Te-levisor... Agora tem uma esposa que se chama Computador, e um filho que se chama Celular!

(Nota: Pede-se que este artigo seja lido em cada lar).

Monique e Jair Eq.02E - N. S. da Penha

Rio de Janeiro-RJ

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MEDITANDO EM EQUIPE

Sempre que nos deparamos com a expressão “paixão de Cristo” só nos lembramos de sofrimento e amargura. Claro que é isso; mas não é só isso. A paixão de Cristo é paixão mesmo. E o que é paixão? O que é uma pessoa apaixonada? Todo mundo sabe. E todo mundo sabe que não existe coisa melhor e mais gratificante do que uma verdadeira paixão.Paixão é, antes de tudo, amor, e amor em excesso, até o

ponto de chegar à morte.

A Semana Santa do cristão é uma semana de paixão; uma semana de Alguém que, “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1), até as últimas consequências! Alguém chegou a declarar: Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos, e eu dou a minha vida (Jo 15,13; 10,17-18). A entrega é feita pelo amor; a cruz é feita pela paixão.

Escuta da Palavra em Rm 5, 1-11

Sugestões para a meditação:

1. Comente esta frase: Nós nos gloriamos também nas tribulações (v. 3).

2. Faça uma pesquisa para ver quantas vezes, em suas cartas, Paulo declara: Ele me amou e se entregou por mim.

3. Por que a esperança não decepciona (v. 5)?

4. Comente: Justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira (v. 9).

Frei Geraldo de Araújo Lima, O. Carm.

Oração Litúrgica

“Tende em vós o mesmo sentimento de Jesus Cristo.Ele, estando na forma de Deus, não usou de seu direito de ser tratado

com um deus, mas se despojou, tomando forma de escravo.Tornando-se semelhante aos homens, e reconhecido em seu aspecto

como um homem abaixou-se, tornando-se obediente até a morte, à morte sobre uma cruz.

Por isso Deus soberanamente o elevou e lhe conferiu o nome que está acima de todo nome, a fim de que, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre nos céus, sobre a terra e sob a terra, e que toda língua proclame que o Senhor é Jesus Cristo para a glória de Deus Pai” ( Fl 1,5-11).

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Movimento de Espiritualidade Conjugal

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Equipes de Nossa Senhora

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Símbolo do 3o Encontro Nacional das ENS Aparecida 2015, escolhido entre vários apresentados no

último Encontro do Colegiado em Itaici-SP

Casal Dançando: Simboliza a alegria de festejar

o Matrimônio. “As Bodas de Caná” O Verde-amarelo representa

o Casal Brasileiro.Aparecida no Coração:

Simboliza Nossa Senhora Aparecida no coração dos brasileiros.

O Azul-marinho invertido significa o Coração do Brasil

O Caminho: Usando como referência

à passarela em Aparecida, foi desenhado o número 3,

representando Terceiro Encontro Nacional e ao mesmo tempo simbolizando

o espírito de peregrinação. O Marron terra representa uma

caminhada de humildade (descalço) sobre o chão de terra em busca

da santificação conjugal.