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CARTA Equipes de Nossa Senhora Mensal Ano LIV• out 2014 • nº 484 DIA DAS CRIANÇAS As crianças e a sua relação com Deus p.10 TESTEMUNHO O segundo sim p.34 IGREJA CATÓLICA A Igreja e os desafios da família p.06

ENS - Carta Mensal 484 - Outubro de 2014

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484

DIa DaS crIaNÇaSas crianças e a sua relação com Deus

p.10

tEStEMUNHOO segundo sim

p.34

IGrEJa catÓLIcaa Igreja e os desafios

da família p.06

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CARTA MENSALnº 484 • out 2014

Editorial Um susto e muita honra ......................01

SUpEr-rEgiãoCom a sua licença ...............................02Missão que santifica ............................03Família, igreja doméstica comunidade Eclesial...............................04

igrEJa CatÓliCaa igreja e os desafios da família ...........06

MariaCoincidências ...........................................08

dia daS CriaNÇaSas crianças e sua relação com deus .....10

iii ENCoNtro NaCioNalComo é bom ser acolhido com amor, generosidade e alegria .........................12

raÍZES do MoViMENtodesconfiai de afonso...............................13

ForMaÇãoSempre ENS ..........................................14a centralidade do amor ........................15Missão do equipista na história da humanidade ..................16o casal pesssimista, otimista e o realista .............................17

tEMa dE EStUdoa missão do casal cristão ....................18

Vida No MoViMENtoprovíncia Nordeste ...............................19província leste .....................................20

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com registro “lei de imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-região Brasil - Hermelinda e arturo - Equipe Editorial: responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: padre Flávio Cavalca - Membros: regina e Sérgio - Salma e paulo - patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira produções Editoriais - r. turiaçu, 390 Cj. 115 perdizes - 05005-000 - São paulo Sp - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - responsável: ivahy Barcellos diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel lincon Silvério - imagem de capa: Fotomontagem Cansto-ckphoto - tiragem desta Edição: 23.500 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, av. paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São paulo - Sp, ou através de email: [email protected] a/C de Fer-nanda e Martini. importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

província Centro-oeste .........................21província Sul i .......................................24província Sul ii ......................................26província Sul iii ....................................27

tEStEMUNHoação de graças .....................................28Educando na fé ...................................29o milagre das bodas. ...........................30o tema que mudou o rumo de nossa história .....................31 Vivendo a coparticipação .....................32Um chamado fora dos padrões ............33 o segundo sim .....................................34Fátima, 20 anos depois ........................35o sentido da missão do casal responsável de setor ...............37

partilHa E poNtoS CoNCrEtoS dE ESForÇoUm momento especial na vida de casal ....................................38dever de sentar-se ................................38retiro anual ........................................40

padrE CaFFarElpadre Caffarel profeta para o nosso tempo .............................41

NotÍCiaS ............................................43

CNSE apesar da perda, como ser feliz ...........47

atUalidadESinais dos tempos! a tecnologia a serviço das equipes............................48

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Edit

ori

al

Se por um a lado a responsabi-lidade de gerir e criar o conteúdo que será lido e seguido por mais de 45.000 pessoas entre equipistas, conselheiros, padres e bispos assus-ta, a ideia de ser o instrumento de comunicação de um Movimento pelo qual temos tanto amor e fé na sua importância é uma grande honra.

Passado o susto e agradecidos pelo convite feito pelos amigos Hermelinda e Arturo - CR Super-Região Brasil, já era hora de pôr a mão na massa.

Precisaríamos de uma equipe. Uma equipe apaixonada e com-prometida. Foi incrível constatar a quantidade de nomes que nos vi-nham à cabeça. Após muita oração e reflexão, ligamos para os nossos irmãos Regina e Sérgio, Salma e Paulo e Patrícia e Célio, que aceita-ram prontamente o nosso convite. Por fim, o Padre Flávio Cavalca, que tem muita experiência com as ENS e com a Carta Mensal, aceitou guiar

tema: “Ousar o Evangelho - Acolher e cuidar dos homens”

espiritualmente a nossa equipe.A certeza de que entraremos

nessa caminhada acompanhados por pessoas tão abençoadas só aumenta a nossa ansiedade para a jornada que começa na próxima Carta Mensal! Estaremos com vo-cês nos próximos cinco anos.

Nos últimos cinco, Zezinha e Jailson e sua equipe completaram essa etapa brilhantemente. Fazer com que ela seja cada vez mais um meio de integração, reflexão e fonte de inspiração para nós equi-pistas é o legado que gostaríamos de deixar para o nosso Movimento.

Queremos proporcionar a todos uma leitura profunda, ins-piradora e agradável.

Pedimos que nos incluam em suas preces para que sejamos sempre iluminados pelo Espírito Santo com humildade, resiliência, disciplina e respeito.

Fernanda e MartiniCR Equipe da Carta Mensal

UM SUSto E MUita HoNra

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Sup

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egiã

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G o s t a r i a d e m e apresentar: sou o padre Paulo Renato, ordena-do na diocese de São José dos Campos-SP em 2004 e Conselhei-ro das ENS desde a época de seminário. Durante esses 14 anos de participação na vida do Movimento recebi a graça de atuar como Sacerdote Conselheiro Espiritual de Equipes de base, de Setor, Região e Província. A partir desse mês, passo a acompanhar o casal Hermelinda e Arturo na Super-Região Brasil. Confesso que só de falar em “super” já dá um frio na barriga. A responsabilidade é grande e por isso quero já nas primeiras linhas escritas por mim nesta Carta Mensal agradecer ao Pe. Miguel por tanta riqueza espi-ritual dispensada a nós em seus artigos nestes últimos anos. Muito Obrigado!!!

Quero, depois de me apre-sentar, “pedir licença”. Faço isso porque, durante os próximos cinco anos, periodicamente, vou entrar em suas famílias com uma mensa-gem aqui na Carta Mensal. Vamos nos encontrar bastante!

Como já escrevi, a responsabi-lidade é grande, contudo devemos saber “ler os seus sinais e gestos de carinho” para conosco, os “re-cados de Deus”. Partindo desse pressuposto entendendo as duas celebrações especiais desse mês em que iniciamos escrevendo, como um recado e a confirmação

das bênçãos que estou implorando a Ele para esses cinco anos de ser-viço ao Movimento das ENS.

Mês Missionário: Para nosso conforto - meu e do casal Hermelinda e Arturo - estamos co-meçando justamente

no mês missionário. Assumimos essa missão na certeza absoluta de que ela está dentro da grande missão de evangelizar confiada à Igreja por Jesus Cristo. Se é von-tade d´Ele, quem somos nós para discordar?

Mês Mariano: Esse mês está sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida e a ela consagro todos os projetos, sonhos, ideias e ideais desse próximo período na vida da Super-Região, o maior país do mundo com Equipes de Nossa Senhora, com um testemunho lindíssimo de unidade. Que as famílias equipistas sejam prote-gidas e pela força da Mãe e que nosso Movimento continue sendo caminho de santidade matrimonial na Igreja.

Caros amigos, que Deus aben-çoe a todos.

Que a certeza da urgência da missão e a proteção de Nossa Senhora sejam o incentivo e o conforto desses anos a serviço das ENS.

Até a próxima!!!

Padre Paulo RenatoSCE Super-Região Brasil

CoM a SUa liCENÇa

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MiSSão QUE SaNtiFiCaCaros amigos, fomos escolhidos

pelo Espírito Santo para a missão de Casal Responsável da Super-Região Brasil pelos próximos cinco anos, e como o lema que escolhemos, ainda como Casal Provincial, foi “Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade Senhor” (Sl 39,8) dissemos nosso Sim com determinação, po-rém com muito medo...

É para nós uma honra iniciar este contato, significativamente no mês das Missões, da eleição do CRE, da nossa Padroeira e muito mais...

“Durante a sua peregrinação na terra, a Igreja é por sua natureza mis-sionária” (Conc.Vat.II, Ad Gentes,2).

Por pura graça, Deus atrai-nos para nos unir a Si, enviando o Seu Espírito que nos transforma e nos capacita para responder com a nossa vida ao seu Amor (Papa Francisco).

Esta é a nossa missão: anunciar o Evangelho, evangelizar. Cada um de acordo com sua vocação e espiritualidade.

O importante é mostrar a este mundo tão dividido, a imagem de Deus que é amor e união, a come-çar em nossa família, continuando em nossas equipes, nosso trabalho, enfim onde estivermos.

Padre Caffarel nos incita a ser fator ativo de transformação pela nossa vida e pela Palavra, quando diz de modo incisivo: “...é do vosso amor conjugal, do vosso lar que o mundo ateu, sem dar por isso, espera testemunho essencial. Em primeiro lugar, vou referir-me ao testemunho que deveis dar através da vossa vida,

e em segundo lugar, ao testemunho da Palavra. Se acreditardes verdadei-ramente neste DEUS, o testemunho da Palavra será espontâneo, simples-mente dizer o que Deus representa para vós, o Seu lugar na vossa vida” (Henri Caffarel, Missão do casal cris-tão, pp. 109-155).

E que momento especial teremos este mês em que elegeremos pela vontade do Espírito Santo, o casal que animará nossa equipe em 2015! Quem crê na presença de Cristo transformando aquele grupo huma-no em sobrenatural, uma pequena Ecclesia, saberá discernir a vontade do Pai nesta escolha.

Depois da presença real de Cristo, quem mais contribui para a doçura do nosso lar e das nossas equipes, é sem dúvida nossa Mãe querida, que está sempre vigilante. Ela, a senha para que Jesus chegue a nós... e quanto precisamos dela para chegar a Ele!

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós.

Hermelinda e ArturoCR Super-Região Brasil

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A família é a primeira sociedade em que o ser humano é iniciado. Ela é uma pequena célula deste grande organismo; é a base deste imponente edifício e, portanto, seu papel é essencial e fundamental para toda e qualquer sociedade.

A situação da família influencia e é influenciada pela situa-ção da sociedade onde está enraizada, vivendo suas relações externas. Neste lugar geográfico acontece entre a família e a sociedade uma relação de troca de influências orquestrada pela lei da probabilidade. Portanto, se a família está bem, provavelmente a sociedade estará bem, e vice-versa. É uma relação de mútua dependência.

Como sabemos a família não vai bem, mas nem tudo são espinhos e sombras. Temos presente em nossa realidade fa-miliar luzes que nos dão muitas esperanças, tais como: uma consciência mais viva da liberdade pessoal e maior atenção à qualidade das relações interpessoais na família e no matri-mônio. Esta nova consciência provoca novos comportamentos como: a promoção da dignidade da mulher, a procriação responsável, a educação dos filhos; desperta a consciência da necessidade de que se desenvolvam relações entre membros de uma família por meio de uma ajuda recíproca espiritual, que resulta na descoberta da missão eclesial própria da família e da sua responsabilidade na construção de uma sociedade mais justa.

Uma comunidade se constrói na convivência, que se baseia no amor e se expressa no empenho concreto das pessoas para

FaMÍlia, igrEJa doMÉStiCa CoMUNidadE EClESial

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defender a vida. Esse caminhar não é muito fácil, não. Há sofrimentos que podemos comparar com as podas. Porém, elas são necessárias para que se produzam mais frutos, e fru-tos de vida. A vivência dos cristãos, do projeto de amar até o fim, entra em confronto com a sociedade injusta; portanto, permanecer implica correr risco de vida! A nova comunidade tem sua prática baseada na nova justiça e em novas relações: “Eu vos chamo de amigos... eu vos escolhi” (Jo 15,15-16). Numa comunidade de amigos e amigas, todos são iguais, nin-guém é estrangeiro ou estrangeira. O sonho da comunidade joanina era viver e construir uma sociedade baseada no amor, na partilha e na solidariedade.

Nesse projeto, Deus se manifesta como Pai-Mãe, aquele que chama a comunidade à vida. O Deus Filho se manifesta no amor presente e atuante no meio da comunidade. Em todo o Evangelho de João é possível perceber uma preocupação concreta com os problemas que a comunidade está vivendo. A proposta cristã é um projeto voltado para os pobres, doen-tes, marginalizados e oprimidos. Um projeto cuja essência é o amor vivido de maneira plena, no cuidado amoroso de uns para com os outros.

Quem ajuda a comunidade a permanecer firme nesse novo projeto é o Espírito de Deus, a seiva, aquele que permite a cada membro perceber e intuir as necessidades concretas da comunidade, de cada pessoa, e entrar na luta pela vida. Uma luta que implica risco de vida. E só aceitamos correr esse risco quando amamos. Portanto, a comunidade de João procura manter vivo o amor, o único mandamento de Jesus para a comunidade. É no amor que Deus se faz presente: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada” (14,23).

Comunidade que é Sinal do reino e dá um destaque especial ao compromisso que todos nós cristãos-católicos equipistas temos com as realidades temporais a evangelizar com a vida, é “Igreja no coração do mundo”.

O compromisso com o Plano de Deus, quando alimentado com a força da oração no dia a dia das labutas próprias de cada um e revigorado pelos encontros com Ele nos Sacramentos, será sempre uma caminhada para a santidade.

Assim nos ajude a boa Mãe de Deus e nossa! Bete e Carlos Alberto

CR Província Leste

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Igre

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Em outubro deste ano deverá realizar-se, em Roma, a III Assembleia Geral dos Bispos que tem como tema a família.

O Vaticano enviou aos bispos de todo o mundo o texto do documento preparatório para que pudessem se manifestar.

Na primeira parte relembra os principais pontos da doutrina sobre a família.

Na segunda, sob forma de perguntas, levanta uma série de questões.

A Igreja na sua missão de pregar o Evangelho a toda criatura, como pediu Jesus aos se despedir dos apóstolos, sempre deu atenção especial ao sacramento do Matrimônio, para a relação homem-mulher diante da constante evolução do comporta-mento humano.

Encontramo-nos numa situação de evidente crise social e espiritual que se tornou um desafio para a Pastoral da Família, núcleo vital da sociedade e da comunidade eclesial.

Antes de tudo, é preciso ter consciência da realidade: a partir da base. Ver o que está acontecendo e como as questões são trabalhadas em todo o mundo.

O Papa estabeleceu duas etapas para o Sínodo.A primeira, em 2014, a Assembleia Geral Extraordinária,

para analisar a situação da família a partir dos testemunhos e propostas que os bispos apresentarem.

A segunda, em 2015, a Assembleia Geral Ordinária, quando serão concretizadas as linhas de ação.

a igrEJa E oS dESaFioS da FaMÍlia

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Com objetividade a Igreja aponta os principais problemas e desafios que ultimamente afetam a relação entre as pessoas e o perfil da família moderna. Além daquelas que se arrastam pela história, como os casamentos mistos, as segundas uniões, as uniões temporárias, aborto e fidelidade, urgiram novas questões sobre as quais é preciso o olhar evangelizador.

Chama a atenção o desinteresse de muitos jovens em cons-tituir família em contraposição a de outros que a desejam para as uniões homoafetivas, incluindo a adoção de filhos.

Olhando o mundo, há culturas em que a mulher é desconsi-derada, situações socioeconômicas afetando o relacionamento conjugal e a educação dos filhos, questões como barriga de aluguel, engenharia genética, fecundação in vitro...

Pesa a influência cada vez maior dos meios de comunicação influenciando a mudança de comportamento pela sistemática manipulação de imagens e mensagens subliminares.

Outra questão, mais interna e complexa, é a do enfraqueci-mento do espírito religioso, o abandono da fé e da vivência da prática religiosa dos sacramentos. Muitos filhos já não veem os pais praticar a religião, não transmitir nem se comportar dentro de princípios éticos e morais cristãos.

O Papa deseja que o corpo eclesial apostólico encontre um modo de proceder evangelizador atualizado e de consenso. Que se encontre o equilíbrio das tensões entre a riqueza da tradição e a criatividade que traz o progresso.

Para uma época marcada pelas crises internacionais, angús-tias e sofrimentos causados pelas tragédias da natureza e pelos conflitos das nações e egoísmo das pessoas, é o momento da Igreja priorizar o olhar de misericórdia, de compaixão!

Não se trata de se enfatizar um julgamento, mas voltar-se para as periferias geográficas e existenciais para acolher os que estão feridos, sem esperanças.

Não deseja um discurso emotivo de piedade e compaixão, porém estéril.

O Sínodo dos Bispos é o fórum privilegiado onde, com a presença do Espírito, serão encontradas novas maneiras de revitalização humana e espiritual da família, sob a luz evange-lizadora de Jesus Cristo para nosso tempo.

Pe. Paulo D’Elboux, S.J.SCE Região Rio I (RJ)

e São Paulo Capital II (SP)

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Mar

ia CoiNCidÊNCiaS?

Acontecem certas coisas na vida da gente, para as quais não encontramos explicações. No início de 1991, Eunice e eu fomos convi-dados a pilotar uma nova Equipe que, já na Reunião de Informação, adotou como padroeira Nossa Se-nhora do Rosário de Pompeia. E isso porque a maior parte dos seus casais frequentava a Paróquia do mesmo nome, na cidade de Santos.

À medida que o tempo passa-va, procurávamos, Eunice e eu, uma imagem da padroeira para deixar com a equipe, quando ter-minássemos a pilotagem, o que deveria ocorrer no fim do ano. Mas nada tínhamos conseguido encon-trar, fato que nos deixava meio desanimados.

Em junho daquele mesmo ano

saímos de férias, em direção ao litoral norte do Estado de São Paulo: começamos por Bertioga, depois São Sebastião, Parati e de volta a São Sebastião, onde tínha-mos ainda alguns parentes e onde iríamos permanecer por mais uns dias. Em uma determinada manhã resolvemos visitar Ilha Bela, onde passamos o dia passeando pelas praias e pelos pontos turísticos da cidade. À tardinha, quando nos dirigíamos para tomar o ferry-boat que nos levaria de volta a São Se-bastião, deparamos, no lado esquer-do da estrada, com um deposito de velharias, meio ferro velho, meio sucateiro, se é que aquele conjunto de tranqueiras poderia receber algum desses nomes. Até hoje não sabemos por que paramos o carro e nem por que fomos lá abelhudar.

Dentro, um caos. Montes de coi-sas velhas, móveis em mau estado, um rádio quebrado, uma máquina de costura idem, idem, um fogão enferrujado, e sobre uma bancada capenga, duas cestas de palha com miudezas.

Investigando as cestas, Eunice logo encontrou uma bandejinha de aço inox que combinava com o aparelho que tínhamos em casa. Como o preço era convidativo - algo como dois reais -, ela logo a separou para levar. Enquanto isso eu inspe-cionava a outra cesta. Pega daqui, remexe ali, de repente lá estava ela: uma placa oval, de metal estam-pado, que outrora deveria ter sido prateada, mas que agora estava suja e sem brilho, meio amassada,

A imagem encontrada em Ilha Bela, já recupe-rada e montada em sua moldura de madeira

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mas com seus relevos ainda nítidos. Nela, apesar da sujeira, dava para se distinguir claramente a figura de Nossa Senhora sentada em um trono, com o Menino Jesus em seu colo, segurando o rosário com uma das mãos e duas figuras ajoelhadas a cada lado: um padre e uma freira. Na parte superior da placa a inscri-ção: Madonna di Pompei!

Ficamos estáticos de emoção. Parece que ela estava ali à nossa espera. Sem hesitar, trouxemo-la conosco e, chegados a Santos, mandamos restaurá-la no que foi possível. Ato contínuo, pedi a um marceneiro amigo meu para montar a placa em uma moldura de madeira, para que pudesse ser exposta nas Reuniões Mensais da nossa Equipe Pilotada. Tudo isso no maior segredo.

Na última reunião de Pilotagem, para surpresa de todos, contamos esta estória e oferecemos a imagem como presente de despedida. Vários pares de olhos ficaram úmidos de emoção, inclusive os nossos.

Mas as coincidências não termi-nam aqui. Um casal da nossa Equipe de Base, trouxe-me recentemente um texto em inglês, sobre Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, obtido na in-ternet, pedindo-me que o traduzisse.

Esse texto narra a estória da ci-dade de Pompeia (a mesma que foi destruída pelo Vesúvio em 79 DC) e da luta de Bartolo Maria Longo, no século XIX, para reerguer a região, que era paupérrima, e difundir a devoção do Rosário nas redonde-zas. Longo começou por restaurar a Igreja local, um Santuário Mariano, que se encontrava em ruínas. Ato contínuo procurou uma imagem

de Nossa Senhora do Rosário para colocá-la na Igreja. Ficou sabendo de uma oleografia sobre papel, existente em um convento, que fora comprada em uma loja de velharias (bem como no nosso caso) e logo tratou de adquiri-la.

Por ser muito grande, seu trans-porte até a Igreja foi difícil e ela acabou sendo levada numa carroça de lixo. Mais precisamente, uma carroça de esterco! Estava suja e maltratada, (como a nossa), fal-tando um pedaço da tela acima da cabeça da Virgem, com um rasgo no local do manto. A imagem só seria plenamente restaurada no século XX, por artistas do Vaticano.

A despeito do título deste artigo, pessoalmente eu não acredito em coincidências. Pelo menos este tipo de coincidências que acabei de relatar. Acredito sim que em tudo isto está a mão de Deus. Ele quer, com certeza, que tiremos as nossas próprias conclusões, só que nem Eunice nem eu conseguimos atinar quais sejam. Por que, após rodar centenas de quilômetros pelo nosso litoral, fomos vasculhar um ferro--velho em Ilha Bela? Teríamos sido “servos inúteis”, a serviço da Virgem, para tirá-la daquele lugar feio e triste e levá-la para o seio da nossa querida Equipe Pilotada? Por que, em ambos os casos aci-ma narrados, a imagem de Nossa Senhora do Rosário estava escon-dida, suja e maltratada, em um ferro velho? Se alguém tiver uma resposta, gostaríamos de sabê-la.

Carlos, da EuniceEq.01A - N. S. Rainha do Lar

Santos-SP

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Dia

das

Cri

ança

s

Parece que uma das propriedades do amor é quebrar paradigmas, ve-mos isso claramente na vida de Jesus. Enquanto todos fugiam do convívio com prostitutas, doentes, cobradores de impostos e diversos outros tipos de publicanos, Ele fazia questão de estar ali, no meio deles. Uma presença fir-me, marcante, questionadora, mas ao mesmo tempo doce suave e amorosa.

No judaísmo antigo, Deus era amigo do homem, mas só dos santos e justos. A sociedade judaica primi-tiva era extremamente paternalista, marcavam essas comunidades uma espécie de culto à sabedoria, que era atributo exclusivo dos anciãos, profetas e Rabinos, todos eram ho-mens. Eram excluídas dessa classe de sábios as mulheres e as crianças, es-sas não eram ouvidas. No tempo de Jesus, crianças menores de 12 anos pertenciam a uma categoria inferior e eram consideradas incapazes no que se referia à relação com Deus. A criança era propriedade do pai, que podia inclusive vendê-la como escrava ou usá-la como moeda de troca no pagamento de dívidas.

As crianças têm sede de relacio-namentos. Querem comunicar algo ainda que sejam apenas suas dúvidas e inquietações. Talvez por isso elas conversem com seus brinquedos. Ou-tro dia, observava um garotinho que conversava com o seu boneco. Era um diálogo tão intenso, ele falava, depois dava uma pausa como se o boneco mole e de olhos arregalados respon-desse alguma coisa. Quem aqui nunca teve um amigo invisível na infância?

Gosto às vezes, quando estou en-tre as crianças na capela do Colégio, de fechar os meus olhos e imaginar essa cena do Evangelho: Jesus che-gando aos povoados, as crianças são as primeiras anunciadoras da sua chegada. “Pai, mãe, Jesus esta aqui!” Logo depois, vêm os doentes, os cegos, os aleijados. Em seguida penso no Senhor pregando longa-mente para as multidões, as crianças se aproximando dele, o olhar tenso dos pais, depois da reprovação dos apóstolos. Em seguida o abraço gos-toso e acolhedor de Jesus, que mais uma vez, arrastado por seu amor, quebra paradigmas e nos faz reavaliar costumes e tradições.

Depois de abraçar os pequenos, Jesus olha para os seus pais, em se-guida para os discípulos, e diz: “Dei-xai vir a mim as criancinhas porque delas é o Reino dos Céus” (Mt 19, 13). Quem ali poderia compreender semelhantes palavras? Talvez Nossa Senhora. Ela mesma, por diversas vezes, viu o seu pequeno Ieshuá se derramando na presença de Adonai, seja no templo ou na sinagoga pró-xima de sua casa. Na verdade o que Jesus queria dizer, é que o caminho da relação de Deus com as crianças deve ser livre de todo e qualquer impedimento e sim, podem se rela-cionar com Deus. E mais do que isso: são modelos para todos nós.

Quem é o maior no Reino dos Céus? Esta foi a pergunta que os dis-cípulos dirigiram a Jesus. O Senhor dá um exemplo vivo e compreensível a todos. Como bom mestre, ele foi

aS CriaNÇaS E SUa rElaÇão CoM dEUS

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concreto e direto: Precisamos ser crianças para entrar no Reino dos Céus. Converter-se agora significa se tornar criança. Jesus quebra de cima a baixo a mentalidade vigen-te. Antes o maior eram os grandes patriarcas, profetas, mestres da Lei. Esses conheciam o pensamento de Deus e podiam ser amigos dele. Je-sus vira tudo de cabeça para baixo: Quem é humilde como as crianças, este é maior no Reino dos Céus. As crianças são mestras no caminho de intimidade com Deus. Não só pela sua inocência, mas por serem simples, sem pretensões sociais, são vazias de si mesmas. Deixam-se atrair com facilidade pelo belo e se entregam à contemplação.

Vejamos outra sentença de Jesus: “Quem quiser ser o primeiro (no Rei-no de Deus) seja o último de todos e o servo de todos. Quem acolhe em meu nome uma criança como esta, acolhe a mim mesmo e quem me acolhe, não é a mim que acolhe, mas aquele que me enviou” (Mt 18,1-15).

Quantos pais alegam não levar seus filhos à Igreja porque as crianças fazem bagunça, não prestam atenção e dão muito trabalho. Sempre digo: “Trabalho você terá é depois, se seu filho crescer sem Deus”. Deus precisa chegar à vida das crianças antes que o mundo chegue com sua mentali-dade por vezes perversa. Precisamos endireitar as veredas, aplainar os caminhos do Senhor, para que Ele entre o quanto antes na vida desses pequeninos. Não raramente as crian-ças manifestam curiosidades acerca da fé, porém encontramos adultos impacientes em saciar essa sadia curiosidade dos pequenos.

As crianças absorvem tudo ao seu

redor; se vivem num ambiente espiri-tual, sua personalidade se construirá a luz desses elementos que gravitam ao seu redor. Ao escrever esse artigo, vem ao meu coração diversos santos pe-queninos: Francisco, Jacinta, Domingo Sávio e uma Florzinha que desabro-chou silenciosa e escondida no interior da Igreja, cujo perfume tem exalado na eternidade: Antonieta Meo, uma garotinha italiana que morreu com apenas seis anos. É impressionante a intensidade do seu amor esponsal a Jesus. Ao escrever suas cartinhas para Deus, sempre iniciava assim: “Querido Jesus, eu te amo tanto!”

Tenho visto crianças confusas, desorientadas, com pouca noção do sagrado em suas vidas, por culpa de uma ação evangelizadora que não contempla seu mundo sua realidade, por outro lado tenho visto também crianças vivendo em odor de santida-de, que cultivam um relacionamento com Jesus, infantil obviamente, mas que nada tem de superficial.

Tenho visto crianças idade entre seis e nove anos dando verdadeiros testemunhos de tolerância, perdão, temor a Deus, a ponto de evangelizar os próprios pais. Mencionei crianças santas que já passaram por esse mun-do, mas como não falar das crianças santas com as quais me encontro todos os dias no Colégio?

Que Deus nos dê a graça de nos matricularmos o quanto antes na es-cola das crianças. Isso nos ajudará a passar na penosa e gratificante prova do amor que nos fará ter acesso aos tesouros do Reino dos Céus.

Rodrigo SantosSeminarista e missionário da

Comunidade de Vida Shalom

*(Condensado do texto original em www.comshalom.org/criancas-relacao-deus/)

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Para nós, uma primeira experiência de encontro com irmãos de outras Pro-víncias acon-teceu no ano de 2000, em

Aparecida, quando celebramos o Jubileu de Ouro das ENS no Brasil. Foi uma festa linda! Agora, após 15 anos, estaremos reunidos novamen-te em Aparecida-SP-2015 para o 3º Encontro Nacional. O Santuário é local acolhedor e em especial o Centro de Eventos é bonito e bem planejado para nos reunirmos como uma grande família.

No documento de Pilotagem, Vem e segue-me - Unidade VI - pag. 12, consta que: “Sempre as ENS chamaram a atenção sobre o acolhimento, a hospitalidade do casal, tanto em relação aos ca-sais das outras equipes, como para com todos os que encontramos na nossa vida quotidiana. É extraordi-nário como a prática do acolhi-mento abre o coração e a alma dum casal. Descobrimos que nos une uma enorme fraternidade, que podemos conversar como com os velhos amigos, quando afinal nem sequer nos conhecíamos uma hora antes. Se descobrirmos esta amizade cristã, e a vivermos cada vez mais largamente no seio da equipe e das equipes, iremos nos abrir cada vez mais ao acolhimento

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nal CoMo É BoM SEr aColHido CoM

aMor, gENEroSidadE E alEgriados outros, de todos os outros...”

O Papa Francisco, na visita ao Brasil, sempre carinhoso e atencioso com todos, disse: “Abraçar, abra-çar, precisamos todos aprender a abraçar...” “Como é bom ser acolhido, com amor, generosidade, alegria. Quando somos generosos acolhendo uma pessoa e parti-lhamos algo com ela, não ficamos mais pobres, mas enriquecemos.” “Precisamos promover a cultura do encontro, pois a proximidade cria comunhão e torna possível o en-contro que toma forma de diálogo.”

Temos confiança que é vonta-de de Deus que o 3º EN seja um tempo de encontro e acolhida, de graças, para todo o Movimento das ENS e não somente àqueles que lá estiverem. Portanto, todos nós, sem exceção, somos convidados a fazer parte desta grande Equipe da Aco-lhida, pois somos todos acolhedo-res, seja da Palavra, da oração, da informação, e principalmente dos irmãos. Que o nosso encontro seja marcado pela alegria, acolhimento e fraternidade.

Na casa de Maria, esposa de José, vamos renovar as nossas forças para trabalhar na evangeli-zação das famílias e testemunhar que: “O MATRIMÔNIO CRISTÃO É SEMPRE FESTA DA ALEGRIA E DO AMOR CONJUGAL quando fazemos tudo o que Ele nos diz”.

Junko e Teruo Casal Coordenador Comissão

Centro de Eventos

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Editorial1

“Senhor, eu vos dou graças por não ser como os outros, ladrões, adúlteros...” assim rezava o fariseu da parábola. Cristo não nos diz que ele mentia e nem que mentia o publicano se acusando de pecador. E, no entanto, é o virtuoso que é condenado, e o pecador salvo e, precisamente porque este último mostrava a necessidade de um Salvador.

Um convite ao pecado, estas coi-sas que lhes digo? Certamente não. Mas um convite, por mais virtuosos que vocês sejam, a reconhecerem que a sua virtude é derrisória, se não é a irradiação do Cristo que habita em vocês. A sua segurança é ilusória se não tem a Deus por fundamento. Será um convite a dei-xarem as Equipes? Certamente não, mas um convite a recorrerem ao meio que pode salvar do farisaísmo: a oração. A oração autêntica é o único contraveneno conhecido. Eis por que um agrupamento religioso que não é uma escola de oração é tremendamente perigoso: não é senão uma fábrica de fariseus.

Não lhes quero ocultar que fre-quentemente me inquieto de vê-los assim tão ignorantes da verdadeira oração, não lhes concedendo, por assim dizer, lugar em suas vidas, sob mil pretextos, mais valiosos uns que os outros. É por isso que tantos lares são mornos, anêmicos, que se enfraquecem, que equipes

1Editorial da Carta Mensal n° 3 – Ano VI - Junho de 1958.

dESCoNFiai dE aFoNSointeiras desfalecem. Nunca se tem razão para não comer, não respirar, ou não dormir. Nunca se tem razão para não rezar.

Com efeito, se após dois ou três anos de vida de equipe vocês não aprenderem a rezar e não conce-derem à oração um lugar central em suas vidas, não escaparão ao farisaísmo; verão aparecer pouco a pouco os sintomas do mal e, por etapas, sucumbirem a ele: o conten-tamento de si mesmo, favorecido pela comparação com aqueles que os cercam e que são, sem dúvida alguma, menos virtuosos que vo-cês; a boa consciência, que é uma esclerose espiritual; a convicção de ser um justo, o que é exatamente a atitude que caracteriza o fariseu; a sorrateira satisfação de comprovar e de estigmatizar o pecado dos outros. E se, ao me lerem, vocês verificarem que não possuem estes sintomas, não fiquem assim tão completa-mente tranquilizados.

A oração, e falo da verdadei-ra oração, prolongada, possui a virtude maravilhosa de nos levar à descoberta de Deus e de nós mesmos, da santidade de Deus e da nossa necessidade cotidiana de sermos salvos.

Se vocês chegarem a rezar como Santo Afonso de Lignori, então estejam em paz, não há um perigo imediato de farisaísmo: “Senhor, desconfiai de Afonso, pois ele é bem capaz de vos trair hoje”.

Pe. Henri Caffarel

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Form

ação

Padre Caffarel e os demais casais estavam inspirados pelo Divino Espí-rito Santo quando criaram as Equipes de Nossa Senhora.

A certeza da inspiração divina na criação das Equipes de Nossa Se-nhora é clara. Algumas características distinguem uma Equipe de apenas um grupo de pessoas. Num grupo de pessoas os objetivos podem ser comuns, mas não são compartilha-dos; a dependência inexiste e, por fim, alguns atingem seus objetivos, não todos.

Já numa Equipe o objetivo é comum e compartilhado. O nosso objetivo é a Santidade. .

Outras características também são importantes: sinergia , confiança e liderança.

E o que é sinergia? É trabalharmos todos juntos para o crescimento do Reino de Deus.

Para que essa sinergia aconteça temos que ter humildade. Cada qual com seu dom contribua para que o Reino de Deus se estabeleça desde já.

“Aquele que se exalta será hu-milhado, o que se humilha será exaltado”.

Outra característica, a confiança, é valor preponderante, e me lembra uma velha, mas atualíssima canção: “Eu confio em Nosso Senhor, com Fé Esperança e Amor”.

E, por fim, a liderança, o que não nos falta, pois Jesus é a cabeça e nós, os membros.

Agindo com a cabeça, nada pode dar errado.

No mundo corporativo, uma

SEMprE ENSequipe de alta performance tem apreço pelo desafio, e o nosso desafio como equipista é Ousar o Evangelho, para irmos pescar em mares mais profundos.

Na 1ª Exortação Apostólica do Papa Francisco, ele nos fala sobre a Evangelização:

“Porque, se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de o comunicar aos outros?”

E continua: “A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”. Isto é, defi-nitivamente, a missão»”. «Ai de mim, se eu não evangelizar!» (1 Cor 9, 16). E o Papa Francisco conclui com seu bom humor:

“Consequentemente, um evange-lizador não deveria ter constantemen-te uma cara de funeral”.

Outra característica de uma equi-pe é a perseverança, que também tem que estar no DNA de um equipista.

“Aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mateus 10,22).

Ferramentas não nos faltam, Deus nunca nos abandona e ainda temos nossa Mãe Maria, a Madre de Deus.

Finalizando nossa reflexão, o nosso temor a Deus é o que nos diferencia para sermos sempre uma Equipe de Nossa Senhora.

Donizeti, da SílviaEq.07B - N. S. Madre de Deus

Mogi das Cruzes-SP

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O Documento de Aparecida nos diz no capítulo IV – A voca-ção dos discípulos missionários à santidade – que: “Para ficar verdadeiramente parecido com o Mestre, é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu os amei” (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discí-pula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio (DA, 138).

É esse amor que nos faz sair do nosso mundo fechado, pre-conceituoso e egoísta e nos apro-ximar do outro, tornando-nos verdadeiros cristãos, irmãos, discípulos de Cristo e filhos de Deus. Amar como Ele amou não é uma sugestão ou um simples pedido de Cristo. É uma ordem, um mandamento.

Foi pelo amor que, mesmo ten-do demonstrado medo e covardia, Pedro foi chamado e escolhido para assumir o comando do inci-piente rebanho: “Simão, filho de João, você me ama mais do que estes outros?...” (Jo 21,15-19). Foi também, por causa do amor, que Maria Madalena teve os seus pecados perdoados: “... os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela demons-trou muito amor....” (Lc 7,36-50).

O amor, sinônimo de caridade, serviço, solidariedade, compaixão, perdão..., faz a diferença. Cristo o manifestou em diversas opor-tunidades, principalmente para com os pobres, os excluídos e os mais necessitados, nos ordenando a fazer o mesmo. A história nos mostra exemplos da sua prática.

As primeiras comunidades cristãs entenderam e vivenciaram a centralidade do mandamento do amor. O seu exemplo atraía novos seguidores: “... E a cada dia o se-nhor acrescentava à comunidade outras pessoas...” (At 2,42s). Hoje, cabe a nós, cristãos do século XXI, mostrar que somos fiéis represen-tantes do amor de Cristo, mesmo num mundo violento, interesseiro e individualista. Como equipistas, chamados a amar mais, devemos testemunhá-lo na vida conjugal, familiar, comunitária, profissional e no Movimento, pois, “é pelo amor que representamos Jesus” (Formação, para amar e servir como Jesus, p. 55).

Cabem, aqui, dois questiona-mentos: praticamos o amor com as suas exigências? A vivência das responsabilidades, no Movimento, é expressão do nosso amor/ser-viço? Nunca é demais lembrar: é pela vivência do amor que seremos reconhecidos como discípulos de Cristo.

Glória e BartolomeuEq. 07A - N. S. Desatadora dos Nós

Jaboatão dos Guararapes-PE

a CENtralidadE do aMor

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Em nossa vida cristã somos chamados à missão. Em virtude do batismo so-mos constituídos missionários de Cris-to Jesus na graça de filhos de Deus. O documento de Aparecida de 2007 nos afirma que “todo discípulo de Cristo Jesus é missionário” (DA, 144). E esta missão é realizada na so-ciedade como um todo: na família, no mundo do trabalho e na desafiadora cultura contemporânea como parte da ‘solidariedade com a criação de Deus’ (DA, 103).

As ENS se apresentam na Igreja como esta oportunidade de meditar-mos sobre a nossa responsabilidade como missionário em um estado de vida específico: o matrimonial. A partir da vivência com o cônjuge, somos constantemente chamados a refletir sobre o nosso papel de missionários que começa dentro de casa, no cui-dado pastoral com as pessoas com as quais Deus nos confiou, e conti-nuarmos este acolhimento em toda a humanidade.

A vivência do amor conjugal e fa-miliar deve resplandecer este compro-misso maior de amor e solidariedade cristã que Cristo nos impulsiona na vida. O sacramento do Matrimônio, assim como o da Ordem, deve dar sentido aos nossos pensamentos, gestos e atitudes no mundo. Estes últimos devem ser reflexos de uma realidade que é vivida em casal e em comunidade como a presença de Deus na humanidade. O Matrimônio como missão é local de abertura no qual, através do amor entre homem e

mulher, gera um ambiente de fraterni-dade e de acolhimento ao mundo. Os primeiros a usufruírem deste espaço são os filhos e/ou os familiares mais próximos do casal. Assim, eles podem ir expandindo o amor de Deus sobre todos e possibilitando com que esta realidade de amor e solidariedade seja libertadora para tantos irmãos que vivem nas sombras das amarguras e desolação neste mundo.

Padre Caffarel já conseguia intuir este espaço de amor e missão que o casal poderia se transformar no mundo moderno. “A existência de um lar cristão é uma história sagrada, porque é uma história conduzida por Deus.” Ao escrever esta frase, Padre Caffarel, no contexto do testemunho do casal cristão, recor-da uma missão a ser construída com responsabilidade pelos cônjuges, pelo mundo. A história da família humana é a continuação da história de amor de Deus aos homens. O matrimônio conduzido por Deus é sinal da pre-sença contínua de Deus no mundo e a possibilidade da continuação da história da criação onde todos somos protagonistas.

Por isso, Deus nos chama em mis-são. A pedagogia do Movimento nos prepara para este desafio proposto por Deus aos casais em suas famílias e no mundo contemporâneo: conti-nuar a história de amor entre Deus e os homens, de maneira especial, no acolhimento e no cuidado diário do outro. É o que Santo Agostinho nos fala em seu sermão 33, 19, “Não

MiSSão do EQUipiSta Na HiStÓria da HUMaNidadE

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basta afastar-se do mal, é neces-sário ser bom, a ponto de fazer o bem.” O desejo transformado em ações concretas de bondade, acolhi-mento e cuidado passa a ser o objetivo de nosso discipulado e a vivência de nossa missão. Este deve ser o desejo

dos equipistas que buscam, através do Movimento organizado por Padre Ca-ffarel, assumir a missão de fazer parte da história sagrada de Deus no meio da humanidade. Vamos começar?

Frei Arthur Vianna, osaSCE da Província Leste

Após a derrota do Brasil para a Alemanha, uma revista trazia um arti-go que o Felipão escrevera uma carta para cada jogador e nela, à guiza de estímulo, citou uma frase do Teólogo Inglês, William G. Ward, que assevera: “O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que mude e o realista ajusta as velas”. Com-pletava o técnico: “Não encontre problemas, encontre soluções”.

De pronto pensei em nós, equipis-tas. Somos casais pessimistas, por não nos esforçamos para realizar os PCE? Estamos à espera de que o Mo-vimento relaxe, dê uma afrouxada em suas exigências? Nós nos queixamos de que é exigente? Somos otimistas, esperando que um dia, por osmose, cumpramos, sem nenhum esforço pessoal e em casal, quer os PCE, quer a participação nos eventos de formação, no retiro anual, ou estamos satisfeitos com a situação atual e de que não ne-cessitamos de mais nada? Ou, somos realistas, não olhamos para trás ao pôr a mão no arado; nos esforçamos e, se não fazemos o máximo, mas não descuramos dos deveres pedidos pelo Movimento, que cuida de nossa caminhada, tornando o “peso leve”, num “julgo suave”, como suscita Jesus? Temos a consciência de que é preciso ousar e que outros casais e famílias

estão à nossa espera; que somos hoje os operários da messe, com desprendi-mento e coragem para assumir missão?

O casal que ainda não se viu realista, não compreendeu a extraor-dinária dimensão do Movimento; não alcançou a profundidade da pertença como fruto de uma fé adulta que resulta em servir como seguidor de Jesus, espraiando-se por ser discípulo--missionário. A pertença nos induz a uma inquietação interior, só satisfeita quando desejamos que outros casais façam parte dessa caminhada de busca da santificação. Apesar de nós! Que tal se cada um de nós, sendo leal conosco mesmo, se perguntasse: que tipo de casal somos: pessimista, otimista ou realista para uma sincera mudança de rota?

O Papa Bento XVI exorta: “O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro”. Dito isso, sabemos a quem vamos pedir ajuda, com humildade e simplicidade, para sermos melhores. Quem não cumpre os PCE não perde de 7 a 1, mas de 6 a 0. O Movimento tem as soluções; os problemas, pela dureza de nossos corações, nós os criamos.

Elena e Maury Eq.01 - N. S. Perpétuo Socorro

Limoeiro do Norte-CE

o CaSal pESSiMiSta, otiMiSta E o rEaliSta

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Usando a linguagem simples e sugestiva, Jesus, na parábola do semeador, conta a história de um agricultor que espalha os grãos no seu campo.

Deparamos com um semeador surpreendente: Ele não escolhe seu terreno. Lança semente por toda parte: semeia em terreno devastado, árido, em conflitos, em pobrezas materiais, em terrenos carregados de provações, semeia em terrenos de oração, semeia em terras boas.

Jesus nos mostra que Deus não faz diferença entre as pessoas. Ele pode semear em qualquer lugar, mas quanto a nós cabe o cuidado e o zelo. A atenção quanto ao nosso terreno. Que tipo de terreno estou oferecendo a Deus?

A atitude do semeador é da gra-tuidade, da caridade, da esperança. Nossa resposta a Deus está de acordo ao que Ele nos oferece?

Sabemos que aderindo ao Seu convite não seremos decepcionados e por isso Ele nos convida a semear-mos esperança.

Libertando-nos dos apelos do mundo, a semente germinará através da ação generosa, cuidando para que o amanhã seja um dia melhor,

a MiSSão do CaSal CriStão

não só para mim, meu esposo, minha família, mas também para outros casais e famílias, que pode-rão se beneficiar, por exemplo, com sua inserção nas Equipes de Nossa Senhora. Devemos semear entre todos os casais que o sacramento do Matrimônio é um dom do qual somos vocacionados. Que as famílias são pequenas Ecclesias e que o casal cristão é a representação da trindade santa.

Semear na terra de cada geração, de cada local onde estivermos e dei-xar para Deus o cuidado de controlar a germinação e o crescimento, eis a nossa vocação.

Esta parábola nos faz refletir sobre a questão da acolhida do reino Deus por aqueles que seguem Jesus. Se você escolheu as ENS como meio para ser mais íntimo de Jesus e mais ativo na construção do Seu reino, instigamos-lhe a ter coragem de viver esta aventura de cuidar da Sua vinha, sendo participativo, especialmente aceitando os convites para o serviço.

Em nossas ações devemos pro-curar fecundar nossa terra, cuidar, caprichar em tudo aquilo que for nobre, bom e digno e, sobretudo, por uma profunda adesão ao Semeador.

E ainda, em consonância com o nosso tema não podemos esquecer a disponibilidade de cuidar do outro. Jesus mostrou-nos através de sua atitude de humildade e de serviço quando se cingiu e lavou os pés de seus discípulos. E nos orientou: “Fazei o mesmo”.

Cláudia e PauloCR Região Minas II

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toprOvíNCiA NOrdeSte

eeN - CAmpiNA GrANde-pBDurante os dias 05 e 06 de

abril, a Província Nordeste re-alizou na cidade de Campina Grande, o Encontro de Equipes Novas. O Encontro contou com participantes da cidade e tam-bém com casais de João Pessoa e Pocinhos/Esperança.

O Encontro de Equipes Novas faz parte da segunda fase da Pilo-tagem. O evento teve como tema: “Eu sou a verdade e a vida”. (Jo 14,6) e foi dividido em módulos, sendo: I Módulo - Que nos guia? Carisma e Mística das ENS, II Módulo - para onde vamos? – Orientações de vida e testemunho, III Módulo - O que levamos co-nosco? – PCE e Partilha, Oração Conjugal e Dever de Sentar-se e IV Módulo - Que vai conosco? Vida em equipe e História das ENS.

Formação inicial das Equipes de Nossa Senhora. O objetivo é

aprofundar os conteúdos vistos na primeira fase da Pilotagem, levar os novos casais a firmarem formalmente o compromisso, e fazê-los perceber que a vida do equipista transcende sua equipe.

Na realização do Encontro, to-das as reflexões nos levaram a um tempo de diálogo e partilha em casais, através das equipes mistas, que nos enriqueceram com suas experiências. Foi um momento es-pecial para compreender, assimilar e viver o espírito das equipes, nos tornando equipistas cada vez mais fortalecidos e animados no movimento.

“Mas vós ireis receber uma for-ça, a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós”. (At. 1,8) Em todo o Encontro pudemos sentir e viver a verdadeira comunhão com Cristo, através dos testemunhos, leituras, meditação, louvores e celebração eucarística.

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Cada momento foi pensa-do com muito carinho, vimos isso através da dedicação dos formadores, CRS e CL. Vinte e sete casais se fortaleceram e reavivaram o seu compromisso com esse belíssimo Movimento,

nos fazendo crescer em espiri-tualidade conjugal e comunhão com Deus.

Cristina e FlávioEq. N. S. Rainha dos Anjos

Campina Grande-PB

prOvíNCiA LeSte

eeN - reGiÃO riO iiiEste é nosso segundo ano como

Equipe, depois da Pilotagem, e nosso primeiro ano como Casal Responsável, e afirmamos com toda certeza de que o Encontro de Equipes Novas é imprescindível a todos que ingressam no Movimento!

Com momentos para reforçar o conhecimento recebido inicialmente e esclarecer algumas dúvidas, o EEN renovou nosso ânimo para enfrentar os desafios – que não são poucos – presentes na vida de um cristão e, principalmente, de um cristão equipista.

Tivemos informações variadas, mas algumas merecem destaque, pois nos envolveu bastante... Co-nhecemos um pouco da história

do Pe. Caffarel, de como se tornou padre e a partir de quando passou a se interessar pelo trabalho com cris-tãos casados. Aprendemos também alguns detalhes sobre o início do Movimento e dos PCEs. A origem das Equipes durante o período da Segunda Guerra e a maioria dos homens que passava um longo tempo fora de casa, o que criava um distanciamento entre o casal. Eram quase como desconhecidos, e o De-ver de Sentar-se se fazia necessário, mais que uma prática espiritual, um esforço essencial para se manterem os laços entre os cônjuges.

Conhecendo o passado, po-demos compreender melhor o presente e, nesse caso, entender a história do Movimento e tudo o

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que envolveu a criação do Estatuto levando-nos a VIVENCIAR os Pon-tos Concretos de Esforço em vez de apenas FAZÊ-LOS.

Participar do EEN também foi uma oportunidade para conhecer e trocar experiências com casais de outras equipes, além de reno-varmos nosso compromisso com o Movimento, dizendo novamente nosso SIM.

Saímos deste Encontro com vontade de partilhar e praticar tudo o que foi aprendido e levaremos no coração algo que nos fez refletir bastante, apesar de parecer óbvio: não dá para ser equipista se antes não formos cristãos de verdade.

Sílvia e RoniEq.11C - N. S. Aparecida

Rio de Janeiro-RJ

prOvíNCiA CeNtrO-OeSte

eeN - BrASíLiA-dFParticipamos nos dias 24 e 25 de

maio do III Encontro das Equipes Novas, em Brasília.

A expectativa era grande, pois seria um momento muito im-portante para nós e para nossa equipe, iríamos dar o nosso sim, e, consequentemente, assumir com responsabilidade e amor o compro-misso nesta caminhada de irmãos e membros das ENS.

O Encontro foi, para nós, a confirmação e a certeza de que estamos no caminho certo. Ser equipista é uma graça de Deus na vida do casal.

Sentimos em todos os mo-mentos que éramos uma grande família. Desde a acolhida até o

encerramento só víamos exemplos de um trabalho feito com carinho, perseverança e muita unidade.

As palestras foram muito enri-quecedoras, objetivas e com muito dinamismo.

Crescemos muito nas reuniões de equipes mistas, pela troca de experiências, testemunhos e in-teração entre todos. Ressaltamos a participação dos equipistas de Palmas neste encontro, com muita motivação para conhecer melhor o Movimento.

Como este Encontro foi im-portante para nós, novos CRE e para toda a equipe! Coroou, com êxito, a Pilotagem e nos deu ânimo, coragem, esperança e fé para continuarmos a caminhada.

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Conscientizou-nos das nossas res-ponsabilidades, deu-nos os meios e as ferramentas e mostrou-nos os passos que deveremos seguir para nos tornarmos realmente membros participantes e atuantes das ENS.

Foi com muita emoção que fize-mos o nosso compromisso durante a Santa Missa no encerramento do Encontro.

Que Maria, padroeira de nossas equipes, nos proteja! Que o Espíri-to Santo nos ilumine, e que Jesus sempre nos fortaleça a sermos fiéis ao Carisma do nosso Movimento, no cumprimento dos PCE, na ajuda mútua e no testemunho como casal cristão.

Participaram o Casal Responsá-vel da Província Centro-Oeste, o Pe. Antídio, SCE da Equipe de Forma-dores, Pe. Jonas, SCE da Equipe 05 de Palmas e Pe. Wallace – SCE das Equipes 02-B e 87-H.

Queremos agradecer de maneira especial ao nosso Casal Piloto Mér-cia e Aguimar (Casal coordenador do Encontro), pela nossa pilotagem, feita com tanto amor, dedicação, paciência, carinho e doação. Exem-plo de verdadeiro casal cristão e equipista.

Suely e BragaEq.10H - N. S. do Santíssimo

SacramentoBrasília-DF

impOrtÃNCiA dO mUtirÃONão há dúvidas de que, quanto

mais conhecemos nosso Movimen-to, mais o amamos e, nesse sentido, destacamos o Mutirão como opor-tunidade de formação a todos os casais equipistas. No nosso caso, foi fundamental o primeiro Mutirão de que participamos em 1998, quando o testemunho dos casais, acompa-nhados pelos SCE, buscavam a unidade na diversidade.

Lembrando essa rica experi-ência, nos indagamos: saberão os equipistas o verdadeiro valor que tem um Mutirão? Sabem eles o que é o Mutirão? Aproveitam realmente esta e outras oportunidades de for-mação que o Movimento oferece?

Atentos ao Manual de Formação, vemos que o Mutirão “se realiza em clima de festa, com alegria e descontração, sem prejuízo da efi-ciência do trabalho comum e comu-nitário que ali se faz, em proveito,

não de um só, mas de cada um dos equipistas que dele participe” (cf. p. 9). Nesse espírito foi que nos unimos, Setores D e F da Região CO-1, para realizarmos o Mutirão em maio passado, com o tema “A vida equipista e a caminhada para a santidade”.

Os 31 casais participantes, desde os mais experientes até os mais no-vos, com os SCE dos dois Setores e um AET, aproveitaram o clima de festa, alegria e descontração, para enriquecer sua formação em proveito de todos.

Padre Norbey, SCE do Setor D e de mais quatro equipes, com sua costumeira hospitalidade, nos aco-lheu em sua Paróquia. Jovens ca-sais animaram os mais experientes com teatro, músicas e coreografias. Momentos de oração celebrativa trouxeram a certeza de que estáva-mos reunidos em nome de Cristo. As mensagens, embasadas nos

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documentos, sobre a Espirituali-dade Conjugal, as Três Atitudes, o CRE e o SCE, nos lembraram da exigência da caminhada equipista.

Nossa formação enfocou pales-tras, dever de sentar-se, dinâmica de grupos e experiências sobre a vida de Equipe. Não esquecemos a reunião formal com destaque à Partilha e à vivência dos PCE nem o Tema de Estudo. Enaltecemos a Coparticipação; recordamos a importância da ajuda mútua e da correção fraterna no amor ao irmão.

Os flashes sobre a importância dos casais Piloto, Ligação e Anima-dor, bem como o recado do nosso querido casal Marly e Francisco, nos enriqueceram com ensinamentos de vida e do Movimento. O encontro culminou com a mensagem sobre “Missão e Engajamento” na fala

do Pe. José Maria, SCE do Setor F. Enfim, o Mutirão foi avaliado

como rica oportunidade de partilha para o crescimento cristão e equipis-ta, levando-nos à busca da Verdade e da Vontade de Deus, para melhor vivermos a comunhão com o côn-juge e os irmãos.

Ficou a certeza de que devemos ser grandes incentivadores da causa equipista e de que, participando dos momentos de formação como o Mutirão, melhor conheceremos o Movimento e mais o levaremos aonde quer que estejamos, com o testemunho de vida feliz, junto ao cônjuge, aos filhos, familiares, no trabalho, na comunidade e na sociedade em que vivemos.

Leila e Antônio Carlos Casal Responsável Setor

Brasília-DF

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prOvíNCiA SUL i

iNtereQUipeS - UmA OpOrtUNidAde ÚNiCA!Tivemos a alegria de acolher

os casais do Setor de Porto Feliz em uma das reuniões da equipe mista realizada neste ano. Como compomos uma equipe nova - a Equipe de Nossa Senhora Rainha da Paz está formada há apenas 02 anos - esta foi a segunda vez que tivemos a graça de viver esta experiência. Assim, embora estejamos no início da nossa caminhada como equipistas, já esperamos com entusiasmo esta oportunidade.

Oportunidade, em primeiro plano, de conhecer verdadeira-mente o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. A reunião mista nos abre a possibilidade de conhecer o que são as ENS para além do nosso pequeno núcleo. De um lado, isto nos conforta, porque constatamos que nossas dúvidas e nossas fraquezas são compartilhadas por casais das mais diversas equipes, indepen-dentemente do seu tempo de casamento ou de caminhada no Movimento. De outro lado, percebemos que as dificuldades havidas nas Equipes podem, em vez de enfraquecê-las, funcionar como estímulo para o fortale-cimento de seus membros. Isto se soubermos viver, de verdade, aquilo que o Movimento nos pro-põe, sobretudo no que diz respeito à perseverança e à fé. Devemos, pois, visualizar em tudo aquilo que nos acomete na vida pessoal

e na equipe como propósito de Deus... Se confiarmos que há as mãos de Deus na nossa vida, não desanimaremos, e confiaremos que tudo que foi posto na nossa vida já está nos desígnios d´Ele.

De outro lado, entendemos que a reunião mista também é uma oportunidade de conhecer-mos verdadeiramente as pessoas. Acolhemos nesta ocasião, em nossa casa - no reduto sagrado da nossa família - pessoas que não escolhemos e sequer conhe-cemos, ou conhecemos apenas superficialmente.

A proposta, inicialmente, até nos assusta, mas o resultado é surpreendente. É a prova da pre-sença do Espírito Santo entre nós! Conseguimos superar a barreira puramente humana do julgamen-to do outro pela sua aparência, pela sua postura, por aquilo que nós acreditamos que ele seja. Quando cada casal comenta o que apreendeu do Evangelho, quando responde às indagações sugeridas no roteiro da reunião ou mesmo quando, ao final, avalia a reunião realizada e, naturalmente, o últi-mo ano vivido sob o carisma das Equipes de Nossa Senhora, o que percebemos, ternamente, é como somos parecidos, como estamos verdadeiramente irmanados. Sentimo-nos ramos da mesma árvore. Filhos do mesmo Pai!

Desta forma, podemos ousar e experimentar o Evangelho! Vivemos a experiência de ver a face de Deus no semblante dos

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nossos irmãos. E, neste sentido, lembramos o que sempre nos diz o nosso Conselheiro Espiritual, Padre Washington Ribeiro: que “quanto mais humanos nós nos sentimos, mas ficamos próximos de Deus”.

Agora, resta-nos guardar esta experiência no nosso coração para que ela nos motive a reper-cutir na nossa família, nos nossos

trabalhos e na comunidade, todas as maravilhas que a Equipe de Nossa Senhora tem trazido para a nossa vida. Não vamos deixar que a chama se apague. Ao contrário, devemos ter a coragem e a ousa-dia de difundi-la pelo mundo.

Taisa e VademirEq.07 - N. S. Rainha da Paz

Porto Feliz-SP

SOmOS iGreJAQuando recebemos o convite

para a Sessão de Formação Nível II que aconteceria nos dias 01 e 02 de agosto deste ano, na Paróquia Bom Jesus de Piraporinha, em São Bernardo do Campo, SP, pelo nosso CRS ficamos muito felizes, pois, nos sentimos escolhidos por Deus para um momento rico e úni-co em nossas vidas. Porém, não tínhamos ideia de como seria esta formação, e com certeza superou todas as nossas expectativas. Des-de o convite até o encerramento com a missa, foi possível ver a presença de Deus em cada uma das pessoas que estavam traba-lhando para a formação acontecer da melhor forma possível, além de termos a oportunidade de conhecer casais de outros Setores

que estavam ali com o mesmo propósito que o nosso.

O assunto da Formação foram os Documentos da Igreja (Lumem Fidei = A Luz da Fé) apresentados de forma muito clara pelos Pe. Dayvid e Pe. Felipe, e a mensagem principal que ficou para nós é que devemos colocar o essencial, que é Deus, em primeiro lugar em nossas vidas, pois precisamos estar alimentados espiritualmente para seguirmos em frente com a nossa missão. Deus fala conosco! Será que ouvimos o que Ele nos diz ou será que ouvimos só o que que-remos? Esta é a pergunta que de-vemos nos fazer constantemente.

Foi enfatizado que a fé que todos nós temos é um dom gra-tuito de Deus! Todos nós somos iluminados por Ele. Se Deus não

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for real para nós a nossa fé não vale nada, além de que, nós somos batizados, e somos a base da Igre-ja, por isso, precisamos aprender a ser e nos comportar como Igreja.

Sentimos-nos abençoados por pertencer às ENS; e ter a oportu-nidade de participar de momentos de formação como esse é muito importante para o nosso cresci-mento espiritual. Como equipistas precisamos ser luz para outros casais, pois o primeiro local de

apostolado é na família e cada membro deve dar testemunho da sua fé. Temos que dar o nosso melhor sempre, até nas coisas mais simples, pois é aí, nas coisas pequeninas, que se manifesta o amor de Deus.

Foi uma Formação abençoada e muito proveitosa para nós.

Jéssica e RodrigoEq.15 - N. S. Rainha da Paz

São Caetano-SP

prOvíNCiA SUL ii

mUtirÃO 2014Aconteceu no dia 01.06.14 o

Mutirão das ENS do Setor Brotas-Torrinha. Todos nos equipamos com as ferramentas necessárias para juntos, aprofundarmos o conhecimento do Movimento, tor-nando-nos equipistas mais cientes da missão, da mística e dos meios das ENS.

O Colegiado do Setor decidiu abordar os PCE: Oração Conjugal e Dever de Sentar-se. Reunidos num grande círculo, os participantes puderam ouvir e partilhar testemu-nhos; os equipistas mais experientes contaram suas histórias contextua-lizando como aconteciam as reuni-ões mensais, as reuniões prévias e os EACRES. Descontraidamente, rimos ao ouvir sobre os meios de transporte que tinham que usar naquela época, tais como, trem, Kombi e também sobre as condi-ções das estradas que lhes renderam memórias incríveis. Por outro lado, compreendemos que muito do que acreditamos ser empecilho nos dias

de hoje para que deixemos de parti-cipar das atividades propostas pelo Movimento(distância, frio, duração dos encontros, deixar os filhos) não foram suficientes para abalar o ânimo desses nossos precursores.

Dando início ao assunto “oração”, vários e intensos testemunhos foram externados, muitos levando-nos às lágrimas, demostrando o poder da oração de uns pelos outros e do Movimento por cada um. Pegando esse gancho, foi abordada a Oração Conjugal, sua importância, bem como a necessidade de dedicação e abertura de coração para que seja bem vivenciada. O testemunho de uma viúva fez com que pudéssemos avaliar nossas atitudes e valores pensando no vazio da falta do outro e nas oportunidades perdidas, e concluímos que muitas vezes a dor nos ensina as lições que o amor não conseguiu ensinar.

O Dever de Sentar-se, assim como a Oração Conjugal nos le-vam ao conhecimento do outro, à partilha do amor, de sentimentos e

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emoções. Juntos, pudemos apren-der muito pela troca de experiências mediante a qual, ficou ressaltada a diferença entre o diálogo diário que deve existir entre o casal e um tem-po reservado para que esse mesmo casal sente-se com Deus e fale sobre a vida, facilidades, dificuldades, filhos, sonhos e realizações.

Enfim, o Mutirão foi um grande “canteiro de obras” no qual o Espí-rito Santo conduziu-nos, permitindo uma reforma de almas, de consci-ências e de ânimos.

Cláudia e JoelEq.06 - N. S. das Brotas

Brotas/Torrinha-SP

prOvíNCiA SUL iii

eNCONtrO de eQUipeS NOvAS

Com grande carinho e emoção relatamos um pouquinho do que re-cebemos e partilhamos durante o 1º EEN, realizado na nossa Região Para-ná Sul. Guiados pelo Espírito Santo e pela radicalidade em amar, se doar e servir da Equipe de Formação, sob a Coordenação do Casal Responsável Vânia e Júnior e do SCE Pe. Cândi-do, vivemos momentos importantes de formação e espiritualidade.

Foram dois dias repletos de refle-xões acerca dos Estatutos, Mística e Carísma das ENS, dos instrumentos preciosos: PCE, Reunião de Equipe, de testemunhos de casais, de espiri-tualidade, de troca de experiências entre as equipes, de alegria e muita animação.

Durante as reflexões em grupos

cada casal ia se identificando com algum personagem, refletindo sobre suas atitudes e conclusões riquíssi-mas surgiam: “Não é pelos casais, mas sim por Cristo que nos espera que devemos nos entregar na ida às nossas reuniões; Cristo nos espera enquanto indivíduo, enquanto casal, enquanto família e conta conosco na evangelização de novos casais”. “Ir por curiosidade, ser fisgado pelo amor!” “Conhecer mais para amar mais”

Enfim, motivados pelo amor de Cristo e unidos pela inspiração do querido Pe. Caffarel, voltamos aos nossos lares inflamados do Espírito Santo, a fim de evangelizarmos mais casais e buscar a santificação das nossas famílias.

Mariana e Tiago Eq.16A - N. S. das Graças

Curitiba-PR

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“Como é bom ter a minha família, como é bom!Vale a pena vender tudo o mais, para poder comprá-la.

Como é bom ter uma ENS, como é bom!Vale a pena deixar tudo o mais, para poder priorizá-la”.Te

stem

un

ho aÇão dE graÇaS

Nossa Equipe, sob as bênçãos de Nossa Senhora, teve início no ano de 1996. Infelizmente, nenhum dos casais que iniciou essa caminhada está, hoje, conosco. Alguns conselheiros espiri-tuais que nos acompanharam abrilhantando com sua presença e orientações, também estão trabalhando em outras searas.

Nesta caminhada de 18 anos tivemos momentos bons, mas também situações difíceis. No decorrer dos primeiros anos de equipe passamos por um processo de discernimento. O pouco envolvimento e participação nos eventos promovidos pelo Setor, a “falta de tempo”, o excesso de trabalho e filhos pequenos, tudo era obstáculo que só o tempo e a maturidade na fé poderiam sanar. Em contrapartida, sempre contamos com o apoio de ótimos SCE que, atentos às nossas necessidades, não mediam esforços para nos encorajar.

São Paulo diz: “quando sou fraco então é que sou forte” (2Cor.12,10). Quando nossa equipe estava em vias de se acabar nos fortalecemos com a entrada de novos casais. O Casal de Setor foi fundamental nesta tarefa e passamos por uma nova pilotagem.

Hoje somos sete casais e nosso querido SCE Mons. Catarino. Somos todos engajados em trabalhos pastorais e disponíveis para o serviço no Movimento. A cada ano que passa vamos crescendo através dos PCE do Estudo do Tema e das Orações. Somos unidos na alegria, na dor, nas perdas de entes queridos e em todos os momentos que Deus nos concede. É muito bom poder contar com a solidariedade dos irmãos da ENS Rosa Mística para dividir o fardo, assim como é bom estarmos juntos para celebrar a vida. Somos realmente uma família, não mais importante que a de sangue, talvez, mas unida. Vivenciamos muitas graças, pequenos e grandes milagres.

Agradecemos a Deus por nossas famílias e por cada membro de nossa equipe. Que Nossa Senhora cubra-nos com seu manto de amor para que cada vez mais possamos ser testemunho do amor de Deus e exemplo para outros casais.

Imaculada, do Anísio Eq.03A - N. S. da Rosa Mística

Pouso Alegre-MG

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EdUCaNdo Na FÉOs efeitos santificantes das

ENS sobre a vida dos casais e suas famílias é inquestionável, mas motivados pela comemoração do Dia das Crianças e pelo estudo do tema: Ousar o Evangelho, Ser fa-mília e cuidar dela, queremos lhes falar sobre a graça cristificante da vivência dos PCE na relação com nossas filhas. Cristificante, porque a Oração Conjugal, a Escuta e Meditação da Palavra nos ajudam a substituir nossos corações frágeis pelo coração de Cristo, manso e humilde, para acolher aqueles sentimentos, preferências e valores próprios do Nosso Amado Senhor! Temos nos movido por profundo amor e dedicação às nossas pe-queninas Marias, um amor incon-dicional e pautado pelos valores evangélicos que nos motivam a valorizá-las desde pequenas por-que Jesus nos diz: “Deixai vir a mim as criancinhas...” (Lc 18, 16).

Como nos ensinou nosso queri-do Padre Henri Caffarel “Todas as alegrias e todas as penas da família (e só Deus sabe quantas há ao lon-go de uma existência, tanto leves como pesadas!), todos os trabalhos e descansos, todas as pessoas e bens, tudo o que é substância e a vida do lar, Ele toma nas “suas santas e adoráveis mãos” e oferece tudo isso ao seu Pai. Temos certeza disso e agradecemos incessante-mente a graça de podermos contar com a ajuda divina na maravilhosa missão de educar nossas filhas para que cresçam em graça e sabedoria como Jesus crescia (Luc 2, 40).

Começamos a colher os frutos semeados por nossos pais que nos educaram no amor e com limites e procuramos seguir seus exemplos. Temos percebido que as crianças têm uma sensibilidade natural para o religioso. Inúmeras vezes nossas filhas revelaram espontaneamente sua atração por Deus, só buscamos colocá-las na vertente, quer dizer, num ambiente favorável, e nada melhor para isso do que a vida de equipe. Considerando que a experiência religiosa é fundamen-talmente a do amor, orientamos aquele instinto primitivo e natural de amar e sentir-se amado por nosso Deus e elas acabam expe-rimentando a relação com Ele, como Papai, com efeitos de paz e encantamento.

Não nos damos o direito de tomar café da manhã antes de es-cutar e meditar a Palavra, rezamos o terço e comungamos diariamente e nossa filha, de nove anos, tem dever de sentar-se conosco e o Papai do Céu. Assim, a intimidade e amizade com Deus têm enchido nossa vida de alegria e não só a nossa, mas daqueles que nos cer-cam. Só podemos render graças ao Pai por nos fazer amados através dos nossos pais e nossas filhas e nos comprometemos a transmitir a felicidade da fé madura com a alma de criança, confiantes, trans-parentes, sinceros e apaixonados por Ele.

Gabriela e FernandoEq.05 - N. S. de Fátima

Alfenas-MG

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Convidar Jesus e Maria para a festa das bodas é o que podemos fazer, diariamente, quando nos unimos, marido e mulher, para uma Oração Conjugal. Em determinado momento da oração, colocamos os olhos sobre o nosso casamento, sobre o nosso lar, sobre cada uma de nossas filhas, neta, genros, sobre nossos pais e irmãos, amigos, co-munidade, trabalhos, e começamos a perceber o que está carente em cada uma dessas situações. Pedimos a ajuda de Maria para que, com sua sensibilidade, nos ajude a identificar melhor onde o vinho está faltando e, depois, nos ajude a fazer tudo o que Ele (Jesus) nos disser. No próximo passo, esperamos que Je-sus se revele, no milagre cotidiano da vida a dois, e isto acontece na Escuta da Palavra e na Meditação, que fazemos juntos. Cada dia, o Espírito Santo nos leva a compre-ender tudo o que Ele nos diz e nos

conduz à verdade completa. Através de um texto do Evangelho nos traz percepções novas. Acontece de compreendermos que o vinho do amor está ficando adulterado, seja por causa da rotina, seja por causa do ativismo em nossas tarefas di-árias, seja por conta de egoísmos, orgulhos e outras causas. Então, recordamos a expressão de Maria Santíssima: “Façam o que Ele vos disser”. Meditamos sobre a escuta da Palavra e logo nos vem a orien-tação de Jesus: “encham as talhas de água”.

Vamos para o Dever de Sentar-se e, no diálogo conjugal, nos damos a conhecer mais um pouco, porque o mistério de cada um é inesgotável. Entendemos que nossas vasilhas de afeto e ternura estão secando, nossas reservas de abnegação estão trincadas e pelas fendas abertas vazam a paciência, a cortesia, a tolerância, a parceria, a entreajuda, a boa vontade... Na solidariedade conjugal, levamos nossas talhas para encher, da água que vem das fontes de graças do sacramento do Matrimônio. Fazemos nossas inten-ções conjuntamente, ajuntamos os propósitos, as Regras de vida, até encher as talhas e as apresentarmos a Jesus. Fazemos nossa entrega a Je-sus para que Ele transforme aquela água em vinho, pois sabemos que é vinho da melhor qualidade. Assim, a festa das bodas tem continuidade e adquire renovado vigor.

Graça e EduardoEq.06B - N. S. Bom Conselho

Porto Alegre-RS

o MilagrE daS BodaS

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o tEMa QUE MUdoU o rUMo dE NoSSa HiStÓria

A nossa equipe tem apenas três anos de idade, e os membros que dela fazem parte têm sua história pregressa em todos os movimentos da Igreja Católica. O que colabo-rou para mergulharmos na espiri-tualidade, sob a inspiração do Pe. Caffarel, é que ele nos ensina que é com os pequenos gestos de fé que percebemos a grandeza da oração, o valor da participação nos eventos das ENS e como ousar o Tema de Estudo em comunhão com a Nossa Santa Madre Igreja.

Durante o ano de 2013, nossa equipe teve a oportunidade de ter como estudo o livro Reunião de Equipe, e tivemos experiências maravilhosas ao partilharmos esse livro. Cada reunião proposta nos motivava e nos ensinava o verdadeiro sentido da vivência dos casais nas ENS. Uma surpresa a cada tema ia desabrochando uma parte da reunião formal e sua importância.

Por mais que nós já conhecês-semos o passo a passo da reunião, viver cada parte em particular foi muito precioso para nós. Em um determinado ponto, o livro nos pro-pôs que sorteássemos um casal da equipe e fizéssemos uma visita para nos conhecermos melhor e apoiar-mos esse casal na caminhada. Isso foi feito e com muita alegria fizemos o sorteio como o de um amigo oculto e marcamos nossas visitas sem que o casal que fosse re-ceber soubesse quem o iria visitar.

Foi um momento muito valioso para nossa equipe, pois pudemos viver uma intimidade fora das reuniões, ficamos mais unidos e mais entusiasmados após essa experiência.

Tivemos ainda durante o ano passado a oportu-nidade de realizarmos uma ceia ju-daica (com carne de cordeiro, ervas amargas e pão sírio), durante nossa Reunião Formal e a experiência de realizarmos o lava-pés, onde o esposo lavava os pés da esposa e pedia perdão por não ter praticado bem os PCE vice-versa.

Sobre a “Campanha das ENS, 100% Retiro em 2014”, isso foi uma meta pré-estabelecida pela equipe desde a Pilotagem. Os empecilhos que surgem para inter-romper a missão, nunca se tornam problemas, porque logo acionamos a entreajuda, ferramenta que ga-rante a caridade entre irmãos e no que está fora de alcance recorre-mos ao Setor que, com prontidão, responde com o auxílio mútuo.

No mês de maio deste ano, ti-vemos duas experiências incríveis. A primeira foi o fato de termos conseguido a participação 100% da nossa equipe no Retiro. Na mesma semana, tivemos nossa reunião formal e, além de estarmos aquecidos pelo amor de Deus, ti-vemos mais um encontro especial;

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dessa vez com Nossa Senhora, Rainha e Mãe da Igreja. Fizemos a cerimônia de sua Coroação com a participação de nossos filhos, cujo momento oportunizou que cada casal colocasse nas mãos de Maria Santíssima a vivência dos PCEs.

Essas oportunidades que tive-mos e que ainda estamos tendo se devem muito ao estudo do livro Reunião de Equipe e ao apoio intenso que recebemos do nosso SCE, o Frei Rubens, que sempre está nos presenteando com sua

dedicação. Nós acreditamos que todas as Equipes, mesmo as mais antigas, deviam ter a oportuni-dade de estudar esse livro, pois realmente faz a diferença na Vida da Equipe. Entendemos que é prazeroso viver o Tema de Estudo, conjugando o carisma das ENS e a Vida de Igreja, em casal, em família e em equipe.

Jeane e VantuelEq.47B - N. S. de Guadalupe

Brasília-DF

ViVENdo a CopartiCipaÇão

Muitas das reuniões por nós vividas nos levam a refletirmos profundamente sobre a dimensão dela em cada casal e em cada equipista. O momento da copar-ticipação é uma oportunidade curativa experienciada por todos aqueles que se deixam envolver pelo espírito de unidade tão alme-jado pelo Movimento. Percebemos que o Espírito Santo de Deus se faz presente em plenitude de sua ação, movimento, desinstalando, retirando venda dos olhos, ins-truindo e conduzindo para um efeito curativo, tão próprio Dele!

E, enquanto lutamos para nos desenvolvermos na integralidade do nosso ser: corpo, alma e espí-rito percebemos a presença deste mesmo Espírito como aquele que pairava sobre as águas da qual nos fala o livro de Gn 1,2b. Ao mesmo tempo em que vemos a realização da Palavra viva de

Deus ou das promessas Dele, se realizando conforme escrito em Mt18,20 (Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou no meio deles). Inspirados nestas palavras possamos todos, nos abrirmos sensivelmente para o momento da coparticipação. Seja para nos desafogar daquilo que tenta nos submergir, seja para ouvirmos e sermos a boca de Deus para aqueles que buscam na equipe, a presença do próprio Deus na presença de cada irmão. Toda essa plenitude espiritual está presente em cada reunião. Que possamos senti-la, seja na tranquilidade do Espírito que pai-rava sobre as águas, seja na força arrebatadora de um Deus que se faz presente e que é Caminho, Verdade e Vida.

Márcia e Sebastião Eq.05B - N. S. da Medalha Milagrosa

Ituiutaba-MG

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Nada nos acontece por acaso. Reconhecemos que nossa entrada nas ENS aconteceu através de uma situação singular. Até meados de 1978, conquanto ambos fôsse-mos de formação católica, não se podia dizer que vivíamos nossa fé plenamente; pelo contrário, in-fluenciados por algumas incursões do Marcello no espiritismo, e até mesmo nos campos exotéricos e teosóficos, não frequentávamos a Igreja senão em ocasiões mera-mente sociais.

Trazíamos a formação católica da nossa infância; no caso da Irene uma formação das educadoras Carmelitas e, quanto ao Marcello, sob o amparo das orações da sua mãe, que esperava dele um teste-munho de amadurecimento na fé, aceitando o Crisma.

Sabíamos que nossas indeci-sões não nos satisfaziam, contudo nos envolvíamos a todo tempo numa busca infrutífera de reali-zação. Marcello passava por um período conturbado espiritual e financeiramente. Estando a serviço de um cliente, na Receita Federal, apresentou um pedido de prorro-gação de prazo para um recurso. Sem mais nem menos, Marcelo dirige-se ao Delegado com esta preciosidade: “Doutor, eu queria lhe pedir um favor! O senhor po-deria orar por mim?” Este inusitado pedido repercutiu em seu interior como uma verdadeira bomba e, mesmo recebendo um sorriso de acolhimento, Marcelo não ficou ali para esperar a resposta.

Vejam a sutileza do amor de Deus por nós: aquele delegado, Dr. Felippe Cardelino é um dos primeiros equipistas em Brasília (ENS 2). Naquele mesmo dia, na reunião mensal, no momento das intenções, o pedido de Marcello foi encaminhado a Jesus, por intercessão de Nossa Senhora. Exatamente no dia seguinte, te-mos isto muito bem na memória, Marcello recebeu um telefonema e percebeu estar do outro lado o Delegado da Receita que, de ime-diato, lhe disse: “Marcello, aquele pedido que você me fez ontem foi atendido por todo um grupo”.

Aquela atenção do Felippe trouxe ao Marcello um conforto muito grande e o fez sentir-se valorizado. No dia seguinte, outro telefonema de Felippe, e trazia uma proposta: “Você e sua espo-sa gostariam de participar de um Movimento religioso?”

Acreditem, Marcello não sabia nem mesmo a que religião perten-cia aquele Movimento. O “sim”, no entanto, foi bem espontâneo e, poucos dias depois, iniciamos a caminhada na Igreja Católica, através das ENS. As ENS exigem prévia experiência cristã, exigem perseverança e estávamos nestas condições, mas precisávamos de um direcionamento seguro. Assim amparados pela didática do ex-traordinário método dos “Pontos Concretos de Esforço”, aos poucos fomos nos encontrando. Fizemos o Cursilho, o ECC e em vários encontros fomos palestrantes de

UM CHaMado Fora doS padrõES

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“Fé nos Revezes da Vida”.Há 35 anos somos equipis-

tas e estamos na caminhada da Igreja, onde servimos atualmente como Ministros Extraordinários da

Sagrada Comunhão Eucarística - MESCE.

Irene e Marcello Eq.19E - N. S. das Famílias

Brasília-DF

o SEgUNdo SiM Outubro: mês eleitoral. Em

2014, no país; anualmente, nas ENS. Época de bem escolher o CRE, e também nos colocar à disposição do Espírito Santo. Evitemos nos comportar de forma mundana e atuar como meros head hunters, pois não se trata de empresas ou organizações.

Deus não enviou um caçador de talentos e sim Jesus para indi-car o chefe da Igreja: Pedro, o in-dicado para nos liderar não tinha experiência profissional anterior bem sucedida ou fez testes psico-lógicos para excluir quem “pensa fora da caixa”.

Pescador, Pedro mal conseguia dinheiro para o sustento do dia a dia. Seu barco sucumbia diante das intempéries (Mt 8, 23-26) e as redes mal aguentavam uma boa pescaria (Lc 5, 6-7).

Certa vez, nu, está no barco e vê Jesus na praia; primeiro se veste para depois mergulhar. Poderia carregar a roupa, sob a cabeça, evitando a resistência da água e só vestir-se quando chegasse à terra firme (Jo 21, 7). Tampouco era um estrategista brilhante. Vendo Jesus cercado por soldados inimigos no Monte das Oli-veiras, em vez da diplomacia, acirrou os ânimos arrancando a orelha de um rival (Jo. 18, 10).

Enfim, nenhum caçador de talentos apontaria Pedro para uma posição de líder. Mas Jesus nele viu o fundamental, quando o filho de Deus faz seu recrutamento para líder de Igreja e pede seu segundo sim, Ele pergunta por três vezes sobre seu amor. Confirmação obti-da, Jesus nos revela: “Na verdade, na verdade te digo que, quando tu eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde que-rias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras” (Jo 21, 15).

No primeiro sim, Pedro dei-xou de ser pescador (Lc 5,1-11) e virou discípulo. Quando dá a segunda resposta positiva e aceita apascentar as ovelhas de Jesus, Pedro passa a ser servo, a fazer a vontade do Pai, que irá levá-lo para onde ele não quer. Este servo eleito caminha para a santidade e se torna São Pedro, uma coluna sólida para nossa Igreja Católica Apostólica Romana.

A capacidade de realização, os dons que impulsionam carreiras ou quaisquer outras características de-terminantes em outras eleições, nas ENS beiram a irrelevância. Nosso critério de escolha deve seguir o critério determinado por Jesus.

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FátiMa, 20 aNoS dEpoiS

Foi esse também o exemplo de vida de Maria, inspiração para quem votar ou for votado e der seu segundo sim para servir o Movimento.

Nós, encerrando como CRE, sabemos que nossa contribuição foi pequena, diante da grandeza do Movimento. Porém, foi a etapa de nossa caminhada em que mais co-lhemos frutos nas Sessões de For-mação, nas reuniões preparatóras,

na reunião mista e nos diversos eventos ao longo do ano.

O casal que assumir essa res-ponsabilidade, pela primeira vez ou que passar pela experiência novamente, coloque-se a serviço, sabendo que os frutos não tarda-rão a vir. Basta semear.

Solange e Paulo Eq.14 - N. S. de Fátima

Santa Rita do Sapucaí-MG

Aceitei de imediato o con-vite de nossa filha Vânia para acompanhá-la a Portugal, em março, onde participaria de um congresso na Universidade do Minho, em Guimarães.

Fui logo olhar o mapa, Gui-marães fica ao norte de Portugal, perto de Póvoa de Varzim, onde temos amigos equipistas que conhecemos no Encontro Inter-nacional de Fátima, em 1994. Que oportunidade para revê--los! Passamos 20 anos trocando cartões de Natal com notícias da família.

Foi uma viagem inesquecível,

com muitas emoções. Depois dos trabalhos da Vânia na Univer-sidade, fomos de táxi a Póvoa rever nossos amigos Nazaré e Orlando, que nos receberam com muita alegria. Relembramos mo-mentos marcantes do Encontro Internacional, falamos de nossas famílias e equipes; constatando a internacionalidade e unidade do nosso Movimento, eles estudam o mesmo tema que as equipes brasileiras. Eles teriam reunião de equipe em sua casa no final da semana, onde relatariam a emoção de nosso reencontro.

A emoção maior foi voltar a Fátima, 20 anos após ter parti-cipado com o Gualberto e dez casais de Bauru, do 8º Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora.

Fomos a Fátima com um ca-sal brasileiro que trabalha com turismo em Portugal. Primeiro nos levaram a Ajustrel, para ver as casas dos pastorzinhos, que estão conservadas e abertas aos

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visitantes e também fomos ver o Poço do Arneiro, local de apa-rições do anjo. Nessa época do ano há muitos pés de camélias floridos; lindas camélias brancas, rosas e vermelhas, como nunca vimos aqui.

Passamos em frente ao Hotel Fátima, onde estivemos hospe-dados durante os seis dias do Encontro. Nesse hotel ficavam equipistas brasileiros e portugue-ses, ali tomávamos as refeições, fazíamos reuniões por equipes (a nossa era a de nº 391) e fizemos a festa brasileira, o Brasil tinha acabado de ganhar a Copa do Mundo, de 1994, no jogo final, contra a Itália.

A maior emoção de toda a via-gem foi chegar na imensa praça do Santuário exatamente ao meio dia e ouvir os sinos tocando a música de Fátima: aos treze de maio, na cova da Iria....

Voltei no tempo e me vi com o Gualberto e milhares de equi-pistas do mundo todo, lotando a praça, todos com chapéus e sacolas brancas, com a inscrição E.N.D. Em frente ao Santuário, uma imensa faixa onde estava escrito : “Família, torna-te aquilo que és!”

Ainda guardo a rosa branca de papel com a frase “EUNTES IN MUNDUM UNIVERSUM” (ide por todo o mundo) que ali recebemos, depois da celebração do envio feita pelo Padre Bernard Olivier, que nos exortava a exer-cer nossa missão pelo mundo, dando nosso testemunho de amor

na vida de casal, de família, de trabalho.

A emoção da despedida! Lem-brei-me que uma equipista por-tuguesa abriu a bolsa e me disse: - “deixe aqui um pouco da alegria dos brasileiros”!

Um garoto brasileiro me pediu a bandeira que eu levava, disse que a colocaria em seu quarto, estava morando com seus pais em Portugal há oito anos, com muita saudade do Brasil.

Voltando à realidade, depois de tantas recordações, entrei com minha filha na capela das apari-ções, onde recebemos a benção final da última missa da manhã.

Ajoelhamo-nos diante da ima-gem de N. S. de Fátima, tínhamos muito a agradecer.

Nesses vinte anos que se pas-saram, quantas graças recebidas! Casamento das filhas, realizações profissionais, nascimento dos ne-tos, nossas Bodas de Ouro!

As Equipes de Nossa Senhora muito nos ajudaram nessa cami-nhada de amor, companheirismo, solidariedade. Vamos sempre continuar nossa missão, como nos comprometemos no dia do envio, em Fátima, há vinte anos atrás, testemunhando nosso amor pelo mundo, onde estivermos.

Que a Sagrada Família de Na-zaré, modelo de todas as famílias cristãs, proteja nossas famílias.

Vanda e Gualberto.Eq.01A - N. S. do Perpétuo Socorro

Bauru-SP

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Há pouco tempo, quando da es-colha de novos Casais Responsáveis de Setor, na nossa região, o CRR nos pediu que fizéssemos uma mensa-gem de boas vindas para os novos casais. Então resolvemos escrever uma mensagem de encorajamento e incentivo para a missão, que trans-crevemos a seguir.

Querido casal: O Senhor, através do sopro do

Espírito Santo, os escolheu para uma importante missão: ser Casal Respon-sável de Setor das Equipes de Nossa Senhora. Porém a importância desta missão não está relacionada ao poder, ao contrário, se baseia no serviço aos irmãos, na humildade, no amor. Tam-bém não quer transformar os casais em apenas meros cumpridores do seu dever. O sentido da missão a vocês confiada é muito maior: animar e dar vida ao Setor e suas Equipes. Levar os casais a compreenderem e incorporar o sentido das atitudes de vida: busca-rem assiduamente a Palavra de Deus; buscarem conhecer a verdade sobre eles próprios; e viverem o Encontro e a Comunhão com o seu cônjuge, com sua família, com os irmãos de Equipe; enfim, com todos que os rodeiam, vivendo a ajuda mútua e tes-temunhando o amor de Deus por cada um de nós. Tudo isso os levará a um fortalecimento da sua Espiritualidade Conjugal, que é o Carisma, a razão de ser do nosso Movimento.

O Padre Roger Tandonnet certa vez disse que “uma responsabilidade espiritual só pode ser recebida do Senhor e ninguém se pode apropriar

o SENtido da MiSSão do CaSal rESpoNSáVEl dE SEtor

dela. Isto quer dizer que é preciso manter-se em união com Aquele que nos confiou essa responsabilidade”. Por isso busquem a todo instante estar em comunhão com Cristo, que lhes fortalecerá e dará a direção a ser seguida, mostrando o caminho a ser trilhado.

“Fechar-se à missão que Cristo nos confia é fechar-se ao Espírito”, nos lembra Padre Miguel (CM out/2011). Não vejam a missão como um peso, nem achem que não são capazes para tal. Lembrem-se de que Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos. O Senhor os convida a partilhar os dons que Ele lhes concedeu, a colocá-los a serviço dos irmãos. Convida-os também, e principalmente, a um amor maior. “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons dispensadores das diversas graças de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém adminis-trar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre” (I Pedro 4, 10-11). Portanto, deem o melhor de vocês, coloquem os seus dons à disposição dos outros, sirvam e façam tudo isso com empe-nho, dedicação, humildade e amor, certos de que o Deus onipotente os capacitará e agirá através de vocês. Contem com as nossas orações e colaboração no que for preciso.

Robertha e MarcondesCR do Setor B

Santa Luzia-PB

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rço UM MoMENto ESpECial

Na Vida dE CaSalNos dias 19, 20 e 21 de julho

tivemos a graça de poder par-ticipar do retiro das Equipes de Nossa Senhora. Para nós foi uma bênção! Pudemos nos distanciar, silenciar e ver a nossa vida sob outro olhar. Resumindo os pas-sos desse retiro: Subir na árvore, ir até o poço, olhar para a cruz, permitir-se modificar e iniciar uma nova história! Com disponibi-lidade, ternura, generosidade e gratuidade.

Deus nos ama (apesar da nossa h is tór ia e dos nossos defeitos) e quer estabelecer um diálogo (rompendo barreiras e preconceitos todos). Ele nos olha, nos enxerga, nos acolhe e se rebaixa para que possa-mos compreendê-lo de igual para igual. Ele nos chama pelo nome, nos considera como so-mos, não cobra, nem se prende ao passado; simplesmente nos ama! Ele desmascara o que nos bloqueia e nos desperta o de-sejo do amor incondicional (o gostinho de quero mais!). Ele se revela em espírito e verdade buscando a autenticidade da alma

e sinceridade na percepção de nós mesmos. Anima-nos para encarar a realidade com coragem!

Com nossa história, com cruz e tudo, anima-nos a olhar para os lados, a morrer para o egoísmo e a ajudar nossos irmãos a carregar a cruz. Sair da dúvida e caminhar para a fé! Colocar-se disponível e entregue ao plano divino, pre-enchendo com nossa água (meio poluída) a sétima talha: a da per-feição, iniciando, assim, uma nova história; saindo daqui diferentes, mais humanizados...colocando-se em oração assim como Maria: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” Lc 1,38

Somos gratos por todos que trabalharam pela realização desse importante PCE, pela condução do Pe. Cláudio Gomes, por todo o suporte e carinho do casal co-ordenador e também pelos casais que cuidaram das nossas filhas! Muito obrigado a todos.

Sílvia e José Augusto Eq.31C - N. S. Imaculado

Coração de MariaCuritiba-PR

dEVEr dE SENtar-SEO Dever de Sentar-se é um momento passado

calmamente, juntos, cada mês, para dialogar sobre as dificuldades e para construir o próprio lar, sob o olhar de Deus e com Sua ajuda.

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Você e EuVida pessoal de cada um - con-

versar sobre a Regra de Vida - o que de bom você acha do outro (dons do Espírito) - não estamos sendo o casal do “eu sozinho”?

Vida a DoisNossas relações afetivas (re-

lativas aos gestos de amor), car-nal e espiritual; às vezes estamos tornando-nos agressivos e não per-cebemos. Procuramos viver aquela frase “o importante não é ter razão, é amar”?

Nós e os FilhosAquele filho não está precisan-

do de uma atenção especial? E a vida espiritual dos filhos como vai? Temos nos preocupado com isso? E nos estudos, como vão? Temos procurado ajudá-los sem superprotegê-los? Fazemos com que sintam que o problema dos estudos é problemas deles e não nosso? En-sinamos a eles o sentido do outro?

Nós e os OutrosOs amigos... os colegas de servi-

ço... na profissão... em casa... com os empregados... Deixei de visitar alguém doente a quem ajudaria com a minha visita...? Algum irmão necessitado..irmãos... pais... algum pobre... ajudamos os outros por amor ou por ostentação? (exame de consciência).

Nós e a EquipeFaltamos com o auxílio mútuo?

Procurei ajudar o Casal Responsável ou ofereci a ele o meu auxílio? Como vão os irmãos de equipe? Colocar no Dever de Sentar-se a figura de cada casal e procurar identificar as necessidades de cada um. A nossa

participação na equipe tem per-mitido que cada um seja o que na verdade é? Temos feito todo o em-penho para levar os nossos irmãos a acreditar que só através da crença de que Cristo está presente em nossas reuniões é que nossa equipe será uma equipe de peregrinos?

Nós e a vida no seu conjuntoProgramar férias... preparar

o Natal... a Quaresma... a nossa situação financeira... Procura-mos viver o cotidiano como uma celebração?

Para finalizar, como cada Ponto Concreto de Esforço deve levar--nos a assumir e vivenciar atitudes concretas, é fundamental que, nessa oportunidade do Dever de Sentar-se, o casal também procure descobrir nesses questionamentos, de que maneira têm vivenciado as Três Atitudes Fundamentais:a. Cultivar a assiduidade em

se abrir à vontade e ao amor de deus. O que fazer para ajudar meu cônjuge a ser mais fiel a Deus, a se esforçar na vida espiritual?

b. desenvolver a capacida-de para a verdade. Nosso relacionamento é profundo, sincero, leal? Como derrubar as barreiras?

c. Aumentar a capacidade de encontro e comunhão. Ao tér-mino de cada dever de sentar-se, sentimo-nos mais unidos, mais cúmplices, mais renovados em nosso amor?

Carminha e FernandoEq.10 - N. S. do Rosário

Juiz de Fora-MG

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No contexto atual da família como uma instituição cada vez mais desacreditada pela sociedade, alvo de constantes críticas pela mídia que deturpa valores éticos e morais, participar das Equipes de Nossa Senhora é um talento que Deus nos deu.

O Retiro do nosso Setor foi uma experiência única em nossas vidas. Fomos tentados a desistir desde a sexta feira à noite. No sábado saímos cedo, pois deveríamos estar no local do Retiro impreterivelmente às 7h. Chegamos a Jaboatão (cidade do retiro) às 6:30 e estivemos até às 9:00 sem encontrarmos o local do Encontro. As pessoas ensinavam er-rado, bati o carro, cheguei a falar que era melhor voltarmos para casa. Mas logo em seguida pensei: é o demô-nio que não quer que participemos; vamos continuar procurando.

Logo adiante, encontramos um mototaxista que nos levou até A Colônia Salesiana, local do retiro. O local fica no alto de uma montanha, com jardins e bela vista. Chegamos lá irritados, estressados, eu particu-larmente estava quase chorando por causa do atraso.

O Retiro foi pregado por Pe. Jack-son, um padre ungido pelo Espírito Santo. O ambiente era de silêncio, pois “Deus não fala no tumulto de impressões nem na dissipação, quan-do a alma está em silêncio interior, quando a alma está recolhida dentro de si é então que Deus fala e a alma pode escutá-lo”.

Aos poucos, fomos nos acal-mando e nos encaminhando para

o deserto individualmente: um en-contro maravilhoso com Deus, com o qual estabelecemos um longo e profundo diálogo. Saí de lá com o coração e a mente renovados cheios do amor de Deus. À tarde fizemos o deserto em casal. Foi uma experi-ência maravilhosa de encontro com Deus e de sentirmos o seu amor por nós. Fizemos um regresso na nossa história, uma reavaliação das nossas vidas.

Deixar de lado a vida agitada e as preocupações nos permitiu uma aproximação maior tanto com Deus como com o outro. Esse momento nos levou a refletir de outra forma sobre a nossa vida matrimonial e espiritual. Saímos com os corações renovados, sentindo-nos mais capaz de amar verdadeiramente; esvazia-mos os nossos corações do mundo e enchemos de Deus. À noite acon-teceu a Adoração ao Santíssimo. Adoramos o Cristo e sentindo a sua presença concreta no nosso meio, espalhando sua paz e seus dons em nossas vidas. Foi como um oásis onde pudemos beber a água fresca do Espírito Santo. No domingo, na Missa de encerramento, fizemos a renovação do nosso matrimônio, fato este que fortaleceu ainda mais os laços de entrega e compreensão na nossa vida.

O Retiro foi para nós um alimento revigorante, um período de reflexão e de oração no qual reencontramos nossa intimidade com Deus.

Fátima e SobrinhoEq.19B - N. S. das Graças

Recife-PE

rEtiro aNUal

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affa

relpadrE CaFFarEl:

proFEta para o NoSSo tEMpo

No próximo dia 18 de setembro, completaram-se 18 anos que o Padre Caffarel partiu para o Pai. Tínhamos ingressado no Movimento das ENS há pouco tempo e, hoje, percebemos que só mesmo um “profeta para o nosso tempo” poderia nos propor-cionar tamanha riqueza espiritual. Então tomamos a liberdade de par-tilhar com vocês algumas citações, que consideramos pérolas, peque-nos tesouros para a nossa santidade. • O chamado: Aos vinte anos,

Jesus Cristo, em um instante, tornou-se Alguém para mim. Oh! Nada de espetacular. Neste longínquo dia de março, eu sou-be que era amado e que amava, e que a partir daquele momento entre Ele e eu seria para toda a vida. Tudo está lançado.

• O matrimônio como lugar de amor: O amor e a abnegação são as duas faces da medalha. Não há amor sem abnegação, e uma abnegação que não seja uma abnegação de amor é uma abne-gação impossível de se praticar. Re-fletindo sobre isso, compreendi que o Senhor inventou o matrimônio como o grande meio de desenvol-ver o amor, e como grande meio de favorecer a abnegação.

• As famílias como um projeto de felicidade: Quando os casais se exercitam no auxílio mútuo e no amor fraterno, pouco a pouco o seu coração se dilata e, gradati-vamente, o seu amor conquista a

casa, o bairro, o país, até atingir as mais distantes paragens.

• Os PCEs como caminho da santidade: A grande tarefa para os esposos cristãos é, primeira-mente, tomar consciência de que o ‘mandamento novo’ lhes diz respeito e, depois, trabalhar para converter o seu amor conjugal em caridade conjugal.

• Que nos deis vida e que habiteis entre nós: A Eucaristia tem um lugar central na vida cristã, mas não deve estar isolada dos ou-tros elementos dessa vida cristã, alguns dos quais preparam-lhe o terreno, outros são a sua frutificação. Contentar-me-ei em mencionar três deles, de insubstituível importância: a cultura da fé, notadamente por um contato habitual com a Pa-lavra de Deus; a oração - quero aqui falar da oração mental que alguns designam por meditação ou oração interior; e o amor ao próximo, um amor ao mesmo tempo vivo e eficaz.

• Em cada um de nossos lares: O sacramento do Matrimônio não é caminho para Deus a menos que o casal recorra regularmen-te às energias espirituais que ele contém. Para isso um dos grandes meios é a Oração Con-jugal. Seja qual for sua forma ou fórmula, ela faz com que os esposos se voltem para a fonte de seu amor, que é Deus, para

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lhe pedir ajuda. Ela relembra ao Cristo o compromisso que ele assumiu quando, pelo “SIM” do sacramento, deu esses dois filhos seus um ao outro.

• Em cada uma de nossas equi-pes: Um movimento vivo é um movimento que está em cons-trução a cada dia, graças à ação de cada um de seus membros. Cada um, na obra, assume uma responsabilidade que lhe é própria, segundo suas atitudes particulares, seus recursos, seu tempo, sua generosidade...

• Um movimento declina para a

morte quando seus membros deixam a mentalidade de cons-trutores para assumirem uma mentalidade de inquilinos!E, então, à noite, após a Oração

pela beatificação do Padre Caffarel, num misto de louvor, gratidão e prece, digamos um ao outro:

“O teu amor sem exigência me diminui. A tua exigência sem amor me revolta.

O teu amor exigente me engran-dece.”

Rita e SodréEq.01A - N. S. das Graças

São Gonçalo-RJ

Boa notícia! O conjunto da documentação reunida pelo postulador, o Pe. Paul-Dominique Marcovits, e pela vice-postuladora, Marie Christine Genillon, foi entre-gue ao Presidente da Comissão Canônica de Inquéri-

to, Mons. Maurice Fréchard, a 14 de Março de 2014. A Comissão recebeu também os relatórios dos dois censores teólogos e o rela-tório comum da Comissão Histórica constituída por três membros. O Presidente da Comissão, bem como os outros membros da mesma, o Promotor de Justiça e a notária devem agora verificar a constituição e a conformidade do conjunto do dossiê da Causa do Pe. Caffarel. O postulador e a vice-postuladora vão a seguir ter a possibilidade de tomar conhecimento do dossiê constituído pela Comissão Canônica, nomeadamente os processos verbais das audições das testemunhas ouvidas por essa Comissão. Todo este procedimento é confidencial. Depois, não falta senão fotocopiar o dossiê completo em dois exemplares: o original ficará na diocese de Paris e as duas cópias serão enviadas para a Congregação para as Causas dos Santos em Roma. Se estiver correto, o fecho oficial do dossiê selado pelo Chanceler da diocese está previsto para Paris, sob a presidência de um Vigário geral delegado pelo Arcebispo, a 18 de Outubro de 2014, e este ato será seguido de uma missa de ação de graças em Saint-Augustin, que foi a paróquia do Pe. Caffarel durante 40 anos.Vamos estar todos em oração para o êxito desta nova fase.

Marie-Christine Genillon vice-postuladora

boletim nº 15 - Julho 2014

progrESSo da CaUSa dE BEatiFiCaÇão do pE. CaFFarEl

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No

tíci

as

BodaS dE diaMaNtEtereza e Antônio Galvão

No dia 04.05.2014 o querido casal que integra a Eq.04B - N. S. Rainha de Todos os Povos de São Paulo-SP, há quarenta anos, celebrou 60 anos de matrimônio. Continuam sendo um belo exemplo para todos nós que os conhecemos. Deus continue abençoando-os!

BodaS dE oUromaria e Flávio

Comemoraram em 30.05.2014 suas Bodas de Ouro, juntamente com

os irmãos da Eq.07B - N. S. da Paz em Belém-PA. O Pe. Ederaldo da Mata Sil-veira, SCE da equipe, presi-diu a Eucaris-tia na Capela

de Santo Antonio Maria Zaccaria,

onde o casal atua há muitos anos. Presentes familiares, amigos e ir-mãos da Equipe, do Movimento e da Paróquia que, em seguida, foram recepcionados pelo casal. Que Jesus e Nossa Senhora da Paz continuem a abençoar esse amor.

rosa maria e renato

No dia 02.07.2014, o querido casal que integra a Eq.04B - N. S. Rainha de Todos os Povos de São Paulo-SP, comemorou suas Bodas de Ouro, em uma celebração na Igreja Nossa Senhora Mãe da Igreja, pelo Frei Edu-ardo op, que é o SCE desde o iní-cio da equipe, há 42 anos. Nossos parabéns ao querido casal!

eq.01e - N. S. da paz

A semente da fundação desta Equi-pe foi lançada no ano de 1963, no dia 19 de outubro, com a primeira

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reunião de informação. Foi pro-posta a constituição da Equipe a um grupo de 06 casais, que aceitaram. Foi escolhido como Assistente Espiritual (atualmente denominado SCE - Sacerdote Conselheiro Espiritual) o querido Pe. José Edgard de Oliveira, de-pois substituído por Pe. Osvaldo Prim, já falecido O citado grupo foi pilotado porque éramos todos leigos a respeito do Movimento, apesar de sua existência de mais de 12 anos em Santa Catarina.E em 29.02.1964, (conforme ata em anexo), foi instituída a Equi-pe Nossa Senhora da Paz, com o pedido de filiação ao Movimento. No transcorrer da vida da Equi-pe, houve alterações, com saídas e vindas de vários casais, bem como de Assistentes/Conselheiros Espirituais. Atualmente, o único casal remanescente somos nós. Desde 2011 temos novo SCE: Pe. Davi Bruno Goedert, que veio substituir Pe. Cardoso, depois de longo período conosco. É impor-tante destacar que a maioria dos membros desta Equipe é engajado em diversos serviços na Paróquia. Atuam no CPP, na Liturgia, na Catequese, no Ministério da Co-munhão, na Equipe Vocacional, no Serviço Social, dentre outros. Que Nossa Senhora, protetora dos Equipistas, continue a espargir suas bênçãos em toda a nossa Equipe, a fim de que possamos continuar caminhando com a pro-teção de Deus, testemunhando e ajudando outros casais a viverem bem o sacramento do Matrimônio, buscando o que Pe. Henri Caffa-rel sempre pregou e sonhou: a

santificação conjugal. (Dorinha e José Júlio-Florianópolis-SC)

JUBilEU dE prata dE EQUipE

eq.02A - N. S. das Famílias

No dia 08.08.2014, em Rio Claro-SP, com muita alegr ia c o m e m o r a m o s 2 5 a n o s d e caminhada no Movimento com uma Celebração Eucarística em ação de graças no Santuário N. S. da Assunção, durante a missa mensal das equipes. A celebração contou com a participação do nosso atual SCE Pe. Joaquim Alberto Rodrigues e do Pe. Jacob Jovino Tomazella SCE do nosso Setor. Dos casais participantes, três deles perseveram desde o início da caminhada. Passamos por várias mudanças e perdas de casais, mas descobrimos que somos fortes quando estamos unidos, buscando nosso crescimento espiritual. Após a celebração da Santa Missa, festejamos com uma calorosa confraternização com todos os casais e os nossos queridos padres. O Senhor fez em nós maravilhas e Santo é o Seu Nome!

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60 ANOS SACerdÓCiO d. Bruno Giuliani

No dia 27.06.2014, comemora-mos os 60 anos de sacerdócio D. Bruno, Conselheiro Espiritu-al da Eq.02C - N. S. da Escada em São Paulo-SP.

JUBilEU dE oUro SaCErdotal

pe. Francisco de paula Cabral Foi com muita alegria que par-

ticipamos, no dia 04.12.201S, das solenidades de co-memoração dos 50 anos de sacerdó-cio do Padre Xicocomo é chama-do em Indaiatuba--SP, cidade onde ini-

ciou sua vida sacerdotal. Ele é SCE das Equipes: 01- N. S. de Fátima e 05 - N. S. das Famílias do Setor Indaiatuba.Celebramos também no dia 22.05.2014 o jubileu de ouro da Paróquia Santa Rita de Cássia, onde o mesmo é Pároco desde a sua fundação.

pe. Bartolomeo Bergese Agradecemos a Deus pelos 50 anos de sacerdócio do nosso

querido SCE que está conosco há mais de 13 anos na Eq.06 - N. S. Mãe dos Homens em Pesque i ra -PE. A data foi

comemorada no dia 29.06.2014 com uma Missa em ação de graças na Igreja de Vigna na Itália onde foi ordenado. Ele nos aconselha com sua sabedoria, nos orienta com sua doçura, nos faz crescer na fé com seus ensinamentos e está sempre presente em todos os momentos de nossas vidas. Que Deus o cubra sempre de bênçãos!

ordENaÇão SaCErdotal

pe. ronaldo Gomes de Souza No dia 24.07.14 na Igreja de São Se-bastião em Natal, foi ordenado Padre pela oração da igreja e imposição das mãos de sua Excelência Dom Jaime Vieira. Estiveram presentes os SCE: Pe Adelson, Pe. Eliano, Pe. Na-zareno, Ir Fabio, Pe. Daniel, Pe. Charles, Pe. Ataíde e Pe. Sidney, bem como, demais Padres, Religiosas da Congregação Filhos de Santana, seminaristas, Diáconos e todo o povo de sua cidade de origem Passa e Fica-RN, os amigos e irmãos pela fé das ENS. Gostaríamos de par-tilhar a alegria para o setor D da RNI, Senhora para celebrar este momento de muita alegria e emoção junto com seus familiares, com o Lema “Minha vida é um nada para oferecer pela prosperidade da Santa Igreja”Hoje nosso querido Pe Ronaldo assume duas equipes como SCE no nosso Setor: Eq.12 N. S. da Paciên-cia e Eq.03 - N. S. Mãe da Graça e da Misericórdia.

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Volta ao pai

Sérgio (da Nina) No dia 14.02.2014

Integrava a Eq.02A - N. S. das GraçasSorocaba-SP

pe. Gabriel Correr No dia 10.05.2014

Era SCE das Eq.04A - N. S. do Menino JesusEq.07A - N. S. das Graças

José roberto (da Cariene)No dia 14.05.2014

Integrava a Eq.11A - N. S. do Desterro Bauru-SP

Lúcia (do Paulo)No dia 01.06.2014

Integrava a Eq.05 - N. S. da LuzCastanhal-PA

Arnaldo (da Marilene)

No dia 07.06.2014Integrava a Eq.08B - N. S. da Paz

Bauru-SP

rubens (da Jaci)No dia 17.06.2014

Integrava a Eq.11A - N. S. do Desterro Bauru-SP

Armim (da Delourdes)

No dia 08.08.2014 Integrava a Eq.05- N. S. do Caravaggio

Santo Antonio da Patrulha-RS

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CN

SE

Desde 1989, pertencemos às ENS, e enquanto casal, eu e o Mitsuo dissemos “sim” a muitos chamados dentro do Movimento: fomos CRE, coordenador de experiência comunitária, CL, casal responsável pelo informativo do Setor, dentre outros serviços. Em 2003, meu querido e saudoso marido sofreu um enfarte fulminante e não preciso descrever o buraco que se abriu em minha vida e na vida dos meus filhos. Como éramos casal ligação no ano de seu falecimento, continuei o serviço até o final do ano. Mesmo gostando muito daquela função, sabia que era serviço para um CASAL, e que não poderia mais exercê-lo.

Minha necessidade de trabalhar para o Reino jamais enfraqueceu e con-versando com o casal Osmarina e Toninho, de minha equipe de base, infor-maram-me que Dona Nancy, com um grupo de pessoas, estava pensando um Movimento para viúvas(os) e pessoas sós. Não pensei duas vezes e no dia seguinte liguei para ela. Foi uma grande surpresa quando ela me convidou para participar do grupo que estava trabalhando a formação das CNSE, a que pertenço deste outubro de 2003.

Hoje, o que gostaria de passar para vocês, foi a escolha que fiz enquanto viúva. O movimento das CNSE é primordial em minha vida, e me ajudou a assumir minha nova identidade de pessoa só. Como casal, aprendemos a caminhar a dois, a pensar a dois, a sonhar a dois, e como viúva, eu teria que continuar sozinha minha caminhada. Confesso que nunca estive só e pude contar sempre com o apoio dos meus irmãos equipistas, minha família e a proteção de Nossa Senhora e com as bênçãos de Deus.

Minha equipe de base foi e é de grande importância para mim, mas hoje minha identificação e meu serviço como viúva estão nas CNSE. Na caminhada pelo Brasil, conhecendo outras comunidades, conversando com outras pessoas sós, percebi que tudo o que aprendi nos anos de equipista me ajudou nesse serviço de propagar e testemunhar como posso viver meu estado de viuvez, de estar só e de ser feliz assim.

Participar das reuniões de equipe com casais fortalece-me e me faz crescer. Confesso que preciso de meus irmãos de equipe, como apoio, mas meu grupo das CNSE é hoje minha direção e identificação. Somos companheiras e ami-gas; uma pequena comunidade onde temos certeza de ser apoio umas para as outras, rumo à santificação. Apesar da viuvez não ser “fácil”, procurei aceitar esta minha condição e viver da melhor maneira possível meu estado atual. As CNSE me deram essa oportunidade e de continuar a prestar este importante serviço às pessoas, às famílias e ao mundo.

As CNSE são um serviço prestado por casais e viúvas equipistas, e posso dizer que sou uma pessoa feliz, participando das ENS e pertencendo às CNSE.

Faço um convite às viúvas equipistas :não tenham medo de ousar dar um passo a mais na caminhada rumo à santidade. Participem conosco deste impor-tante Movimento (CNSE) e nos ajudem a crescer! Nossa Senhora da Esperança está à espera de vocês!

Tereza Pitarello Shoshima (Equipe Dirigente Nacional - CNSE)

apESar da pErda, CoMo SEr FEliZ

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Atu

alid

ade

Gostaríamos de compartilhar com os amigos equipistas, o sucesso de nossa 1ª reunião por Skype. Foi uma grande alegria para todos nós.

Não sabemos se alguma equipe já teve essa experiência, mas aqui vai o nosso relato:

Ao saber da impossibilidade de um casal participar naquele mês de nosso encontro (pois estariam no exterior por mais de 30 dias, na casa das filhas que moram em Toronto /Canadá), surgiu a ideia.

“Participaremos da reunião por Skype!” Disseram eles.Tudo combinado, chegou o dia. A reunião iniciou-se às 20hs

daqui, lá, uma hora mais cedo.Todos acomodados na sala de estar para dar início à reunião.

iPad ligado.Ops! Sem sinal de wifi! Fomos em direção à busca do sinal,

que surgiu na sala de jantar.Sentamos ao redor da mesa, iPad apoiado cuidadosamente

sobre uma mesinha auxiliar, virado para todos. Beleza!Na imagem apareceram nossos amigos, e, em seguida, os netos

passaram atrás deles, sorrindo e correndo.Eles nos ouviam e viam bem, e nós a eles. Ficamos muito

felizes.Após a oração inicial, com o “wifi de Jesus” conectado, a

reunião começou, e se desenvolveu muito bem por mais de duas horas.

“Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”.

Todos saíram mais fortalecidos após esse encontro, como nos outros. Mas, esse foi diferente por usarmos a tecnologia para nos unir ainda mais.

De mãos dadas, de pé, ao lado do computador encerramos mais uma reunião:

Nossa Senhora da Divina Providência, ROGAI POR NÓS! Lígia e Alberto

Eq.05E - N. S. da Divina ProvidênciaSão Paulo-SP

SiNaiS doS tEMpoS!a tECNologia a SErViÇo

daS EQUipES

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MEDITANDo EM EquIPENossa Senhora da Conceição Aparecida – Padroeira do Brasil

Evangelho de João 2,1-11Neste mês de outubro festejamos Nossa Senhora aparecida. No Brasil

sua veneração foi desde o começo, marcada pela familiaridade, foi sempre a casa da mãe que os romeiros procuravam. Sua festa é boa ocasião para ler essa passagem de João.

Foi logo no início das pregações de Jesus, quando ainda era pouco conhecido. Maria, sua mãe, recorre a ele porque estava faltando vinho na festa de casamento. por que será que ele escolheu um ambiente familiar, uma festa com música, vinho e alegria para seu primeiro milagre? talvez para compreendermos que ele é deus, mas inserido em nossa realidade humana. E que, por isso, devemos viver a vida divina que ele nos oferece na simplicidade, no meio das coisas mais simples da vida familiar. porque ele está conosco, tudo que fazemos é importante, pode ter valor infinito, pode ser salvação para nós e para todos.— Como se manifesta a presença de Jesus em sua vida pessoal, de casal e de

família?— Que você pode fazer para tornar ainda mais intensa essa presença de

Jesus?— Como você pode tornar Jesus presente nos ambientes que frequenta?— agradeça a presença de Jesus em sua vida, peça que ajude você a levá-lo

para todos.

pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr

SCE Carta Mensal

oração Litúrgica

A paz do Senhor na família Salmo 127(128)

• Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos!• do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!

• a tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa;• os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.

• Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor.• o Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida;• para que vejas prosperar Jerusalém

e os filhos dos teus filhos.• Ó Senhor, que venha a paz a israel,

que venha a paz ao vosso povo!

(liturgia das Horas, Hora Média da iV sexta-feira)

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Movimento de Espiritualidade Conjugal

Av. Paulista, 352•3o andar, cj 36•01310-905• São Paulo - SPFone: (11) 3256.1212• Fax: (011) 3257.3599

[email protected][email protected] •www.ens.org.br

Equipes de Nossa Senhora