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CARTA Equipes de Nossa Senhora Ano LIII• jun-jul 2013 • nº 472 Mensal ENCARTE Demonstrações Financeiras ENS-2012 IGREJA CATÓLICA Festa de São Paulo e São Pedro p. 10 SUPER-REGIÃO Comunidade de Comunidades: Uma Nova Paróquia p. 2

Ens CM472 miolo web capaemiolo 21052013 NB · 4 CM 472 Queridos irmãos: Deus nos criou para sermos fe-lizes. Para isso, elaborou um plano de felicidade, mas, nós, pelo pe-cado,

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CARTAEquipes de Nossa Senhora

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472

CARTAMensal

ENCARTEDemonstrações

Financeiras ENS-2012

IGREJA CATÓLICA Festa de São Paulo

e São Pedro p. 10

SUPER-REGIÃOComunidade

de Comunidades: Uma Nova Paróquia

p. 2

testemunho de uma filha ...................30Vocação matrimonial e familiar ..........31

DIA DOS NAMORADOSEnamorar-se juntamente com jesus ...32Amor e casamento .............................33

PARtIlhA E PONtOS CONCREtOS DE ESfORçOO Dever de Sentar-se ..........................35é questão de prioridade .....................36

tEMA DE EStUDO Carta de brasília“mística de olhos abertos” .................37

NOtÍCIAS ............................................39

CNSEhoje é tempo de louvar a Deus ..........43

EjNSjMj - a juventude do mundo inteiro se encontra no Rio de janeiro .................44

REflEXÃOComo lidar com pessoas difíceis,a começar por mim. ...........................45Primeira peregrinaçãointernacional das ENS - Roma -1959 ..46

AtUAlIDADEDigamos não ao PNDh3 (III Programa Nacionalde direitos humanos) ........................48

ENCARtE Demonstrações financeiras 2012

CARTA MENSALnº 472 • Junho / Julho 2013

EDItORIAl DA CARtA MENSAl ...........01

SUPER-REgIÃO“Comunidade de comunidades:uma nova paróquia” 51a da CNbb ....02 “Obrigado, Senhor, por seu amor!” ....04Os fundamentos da espiritualidade conjugal. ...............05

IgREjA CAtÓlICACorpus Christi .....................................07tu és Pedro! .......................................08festa de São Paulo e São Pedro ..........10

MARIAA anunciação de Maria .......................13

fORMAçÃOConhecer para amar! .........................15Salvação .............................................16Uma boa refeição parauma boa comunicação .......................17

VIDA NO MOVIMENtOPastoral familiar nossa missão ...........19Sessão de formação ...........................20EEN - Encontro de Equipes Novas ......21Encerramento das contasdo XI Encontro Internacional ..............23

RAÍZES DO MOVIMENtO0 estranho viajante .............................26

tEStEMUNhOA realização de um sonho...sermos equipistas ...............................27Espiritualidade antes e depois das ENS ................................28Onde existe o amor tudo é possível ....29

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “lei de Imprensa” Nº 219.336 livro b de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e jailson barbosa - Cons. Espiritual: frei geraldo de Araújo lima O. Carm - Membros: fatima e joel - glasfira e Resende - Paula e genildo - Zélia e justino - Jornalista Responsável: Vanderlei testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova bandeira Produções Editoriais - R. turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - fone: 11 3473-1286 fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy barcellos - Imagem de Capa: festa junina (2009) - ost 60 x 80 Militão dos Santos - brasil - Diagramação: Samuel lincon Silvério - tiragem desta Edição: 23.300 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Rua luís Coelho, 308 Cj. 53 11º andar - 01309-902 São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Zezinha e jailson barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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Tema: “Caminho da vida espiritual em casal”

Edit

ori

alQueridos irmãos Viva Santo Antônio, São Pedro, São Paulo e São João!

Com a alegria e o colorido es-tampado na nossa capa retratando os festejos juninos, entregamos a carta mensal de junho-julho com muitas mensagens e reflexões dos nossos Casais e Conselheiros, es-perando que todos possam usu-fruir do seu precioso conteúdo.

Em seu artigo, Pe. Miguel nos lembra que nós equipistas não de-vemos ficar apenas no compromisso da vida de equipe. É preciso que as equipes sejam fecundas e engajadas em suas comunidades paroquiais e que, como Igreja, família de Cristo, precisamos acolher com amor todos os seus filhos. E que, sem esquecer os ensinamentos cristãos sobre a fa-mília, é preciso usar de misericórdia. É preciso ousar o evangelho!

Cida e Raimundo recordam as propostas da ENS para crescermos no amor a Deus e ao próximo, atra-vés da ajuda mútua, usando os meios sugeridos pelo Movimento, detalhan-do-os de forma objetiva e clara.

O Casal Províncial Sul II, Inez e Natal, motiva-nos a sermos casais buscadores sequiosos de Deus. Dizem:

A graça da espiritualidade con-jugal é uma delicadeza particular de Deus, para conosco, seus filhos, que fizemos a opção pelo sacramento do Matrimônio... mais um tema para refletirmos num dever de sentar-se.

Na bandeira Igreja Católica, Pe. Leonildo Pierin fala-nos da institui-ção da Eucaristia como “um man-

dato do próprio Jesus aos seus discípulos” e vai além: “Não po-demos dizer que celebramos Cor-pus Christi, se não nos dedicarmos em cumprir o mandato do próprio Cristo, dedicando nossas vidas em casal, seja em equipe, seja em nos-sos ambientes de trabalho ou vida social se não houver um testemu-nho verdadeiro da vida cristã.”

Em Vida no Movimento, alegra-mo-nos com os relatos dos eventos realizados visando ao crescimento espiritual e à formação dos equipis-tas e destacamos os EEN que vêm despertando e entusiasmando os casais antigos e novos.

Concluindo a missão de Casal Responsável pelas finanças do XI EI, Leda e Menezes apresentam-nos o encerramento das contas com a devolução dos valores aos equipistas de acordo com a forma de participação.

Na Bandeira Reflexão, dois arti-gos nos proporcionam bom mate-rial para nosso crescimento: um nos ajuda a lidar com nossas dificulda-des no trato com os outros a partir dos julgamentos que fazemos; o ou-tro, um belo exemplo de desapego e ajuda mútua.

Com uma leitura atenciosa, aproveitemos tudo o que nos é pro-porcionado com bondade e espírito de compartilhamento dos nossos queridos sacerdotes e casais.

Zezinha e JailsonCR Equipe da Carta Mensal

2 CM 472

Sup

er-R

egiã

o “COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA”

Nos dias 10 a 19 de abril de 2013, aconteceu em Apareci-da a 51ª Assembleia Geral da CNBB. O principal assun-to t ratado resul tou num Do-cumento de Estudos que trata do tema: “COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA”

Há muito temos insistido que nós equipistas não devemos ape-nas ficar no compromisso da vida de equipe. As Equipes devem ser fecundas e por sua vez ter seus casais efetivamente engajados na vida eclesial, nas suas comu-nidades paroquiais. O início da experiência de encontros que re-sultou na vida das nossas paró-quias hoje, são bem conhecidos e vividos por todos os equipistas. O n. 46 do Documento diz que “as primeiras comunidades cris-tãs, entretanto, não são conheci-das como paróquias. São Paulo prefere usar a expressão Igreja Doméstica (Domus Ecclesiae), indicando que as comunidades se reuniam na casa dos cristãos. As comunidades cristãs de Jeru-

salém, Antioquia, Roma, Corinto, Éfeso, entre outras, são comuni-dades formadas por Igrejas Do-mésticas, sendo que as casas ser-viam de local de acolhida dos fiéis para ouvir a Palavra, repartir o pão e viver a caridade que Jesus ensinou”. Acredito que nos ve-mos vivenciando essa experiência ainda hoje nas nossas equipes. O Pe. Caffarel chamava as equipes de pequenas igrejas; assim, em cada mês, a nossa casa vive a ex-periência da Domus Ecclesiae que se estende por todo o mês através dos PCEs, em forma de unidade. Como expressão missionária que deve derivar dessa experiência, as Equipes devem ser verdadei-ras testemunhas de Cristo através do compromisso dos seus casais nas pastorais e movimentos pa-roquiais; ali devemos “ousar o evangelho”, especialmente num contexto de realidade que tende a fragilizar cada vez mais a família. “É preciso perceber a mentalidade individualista que fragiliza a vida familiar. A família, formada por um homem e uma mulher e seus filhos, encontra-se confrontada com outras formas de convivên-cia. Constatam-se políticas pú-blicas que nem sempre respeitam essa célula fundamental da socie-dade. Muitos casais têm dificul-dade de se unirem na fidelidade e no amor, especialmente porque alguns apregoam que o mais im-portante é ser feliz sem pensar nos

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demais: amor sem compromisso. Em nossas paróquias partici-

pam pessoas unidas sem o vín-culo sacramental; outras estão numa segunda união, e há aque-las que vivem sozinhas sustentan-do os filhos. Outras configurações também aparecem, como avós que criam netos ou tios que sus-tentam sobrinhos. Crianças são adotadas por pessoas solteiras ou por pessoas do mesmo sexo que vivem em união estável. A Igreja, família de Cristo, precisa acolher com amor todos os seus filhos. Sem esquecer os ensinamentos cristãos sobre a família, é preciso usar de misericórdia. É hora de recordar que o Senhor não aban-dona ninguém, e que também a Igreja quer ser solidária nas di-ficuldades da família. Muitos se afastaram e continuam se afas-tando de nossas comunidades porque se sentiram rejeitados, porque a primeira orientação que receberam fundamentava-se em proibições e não em uma propos-ta de viver a fé em meio à dificul-dade. Na renovação paroquial, a questão familiar exige conversão pastoral para não perder nada do que a Igreja ensina e, igualmente, não deixar de atender, pastoral-mente, as novas situações fami-liares”. (n. 100-102)

Constatamos que o nosso Movimento não está distante do que suscitaram os nossos Bispos na sua 51ª Assembleia Geral, ao contrário, em plena sintonia, pois assim nos orienta a Carta de Bra-sília: “O Movimento das Equipes de Nossa Senhora, sendo e de-vendo permanecer um Movimen-

to de espiritualidade, deve não só aprofundar para dentro a espiri-tualidade conjugal, mas também irradiá-la para fora, para aque-las situações problemáticas que muitos homens e mulheres hoje vivem e não conseguem resolver. Todos os seus dons e carismas são suscitados e dados pelo Espírito Santo para o bem comum, para a promoção da unidade, da ca-ridade e da santidade, para que irradie, como sinal visível para o mundo” (Carta de Brasília, 3). E continua: “É urgente ajudar até aonde a caridade fraterna possa nos levar... É urgente a todos que a única palavra que faz sentido é a do perdão; por mais complexa que seja a situação do homem e da mulher, por mais duro que seja o coração humano, o coração de Deus é diferente, é maior do que o nosso” (cf 1Jo 3, 20). (CB, 4) E completa: “O Movimento das Equipes de Nossa Senhora deve formar e preparar os seus casais para partirem em missão para o mundo, dando testemunho da sua vocação de casal cristão. A missão traduzir-se-á na disponi-bilidade e abertura ao sentir da Igreja e às suas urgências pas-torais” (CB, 5). Assim podemos perceber que o Movimento está mais do que nunca em sintonia com as necessidades da Igreja. Vamos então, OUSAR O EVAN-GELHO!

Um abraço com carinho. No Coração de Jesus,

Pe. Miguel Batista, SCJ. SCE da Super-Região Brasil

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Queridos irmãos:

Deus nos criou para sermos fe-lizes. Para isso, elaborou um plano de felicidade, mas, nós, pelo pe-cado, abandonamos este Plano. Deus, porém, com seu imenso amor, reorganizou o Plano inicial.

Esta atitude de Deus pode ser claramente entendida se fizermos uma análise dos textos da criação. Aprofundando-nos em Gn 1, 26, vamos entender que a humani-dade é o ponto central da criação, e que todo homem foi criado por Deus para ela. No salmo 8, o ho-mem é declarado senhor da cria-ção, ainda que não tenha criado alguma coisa, mas porque sua cria-ção foi uma declaração de amor de Deus por ele (6-7).

Para o homem viver em harmo-nia com Deus, as Equipes propõem aos seus membros uma maneira de viver que facilite esta harmonia: em Mc 12, 30-31, Jesus nos exor-ta a retribuir todo o amor de Deus por nós, com um amor semelhante ao Seu; não só Amando-O, mas,

“ObRIgADO, SENhOR, POR SEU AMOR!

principalmente, amando o nosso irmão.

Crescer neste amor é tarefa para toda a vida, e as ENS querem ajudar todos seus membros nessa tarefa. Por isso lhes pedem: para se ajudarem entre si a progredir no amor de Deus:• que deem na sua vida um lu-

gar importante à oração;• que frequentem regularmen-

te a Palavra de Deus e se esforcem por vivê-la sempre melhor;

• que se aprofundem constante-mente no conhecimento da fé;

• que se aproximem frequente-mente dos sacramentos, parti-cularmente da Eucaristia;

• que se esforcem por aperfei-çoar-se no conhecimento e na prática da ascese cristã;

para se ajudarem entre si a progredir no amor ao próximo:• que vivam uma autêntica e

mútua ajuda conjugal – ouvir, dialogar, partilhar – em todos os campos e particularmente no campo espiritual;

• que tenham a constante preo-cupação de educação humana e cristã dos seus filhos;

• que pratiquem amplamente em família o acolhimento e a hospitalidade;

• que deem testemunho concre-to do amor de Cristo, em espe-cial por um ou vários compro-

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OS fUNDAMENtOS DA ESPIRItUAlIDADE CONjUgAl

missos com a Igreja ou com o mundo (Guia, p.76).

O que o Movimento nos pro-põe é vivermos com fidelidade os Mandamentos da Lei de Deus, ou seja, as orientações de vida acima mencionadas.

Que Maria nos ajude a sermos gratos a Deus que tanto nos ama!

Unidos em oração. Cida e Raimundo CR Super-Região

“Casal: a união de dois sequiosos de Deus”. (Pe. Caffarel)

A vocação à santidade nos é dirigida pelo sacramento do Matri-mônio. Somos chamados à perfei-ção enquanto casal e através dela, motivados a crescer mais no amor conjugal.

De acordo com o Concílio Va-ticano II, a santidade deve ser pro-curada pelos casais através da pró-pria vida conjugal: “É necessário que os cônjuges e os pais cristãos, seguindo o seu próprio caminho, se ajudem mutuamente a conser-var a graça no decorrer de toda a sua vida, numa grande fidelidade de amor, e que eduque na doutri-na cristã e nas virtudes evangélicas a prole que receberem amorosa-mente de Deus. Oferecem, assim, a todos o exemplo de um amor in-cansável e generoso, constroem a fraternidade da caridade, e apre-sentam-se como testemunhas e cooperadores da fecundidade da Mãe Igreja, como símbolo e parti-cipação do amor com que Cristo amou a sua esposa e por ela se entregou.”

Não conseguimos crescer es-piritualmente, sem o auxílio de Deus, que está presente diaria-mente em nossas ações, portanto, evoluímos na Graça, não a dois, mas a três, com Cristo mostrando-nos o caminho para a santidade através do nosso sacramento.

Cristo se apresenta a nós, ca-sais, na pessoa do nosso cônjuge. Observá-lo e entender as suas necessidades, amá-lo verdadei-ramente é o que nos encaminha

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para a santidade, que é a vontade de Deus Pai e São Paulo nos reco-menda que acima de tudo, tenha-mos a caridade, que é a garantia da perfeição (Cl 3,14)

Se a esp i r i tua l idade con-siste em fazer a vontade do Pai, “Amai-vos uns aos outros como eu vos amo...”(João 15, 12), neste contexto, o amor dos esposos deve ser observado também pelo aspec-to do bom samaritano, pois, além do amor conjugal que é revestido de abnegação, companheirismo e compreensão, temos que enxer-gar nele o outro à beira do cami-nho, e exercermos o amor-fraterni-dade e o amor-caridade.

Esta espiritualidade é fortalecida no desejo de santificação do côn-juge, na fidelidade de uma união indissolúvel e na caridade fraterna, assim, viver esta espiritualidade con-jugal nos permite fazer a vontade de Deus, e, por conseguinte percor-rermos os caminhos da santidade.

A busca incessante de Deus exi-ge que estejamos em permanente comunhão com Ele na escuta da palavra, na oração e na eucaristia.

A graça da espiritualidade con-jugal é uma delicadeza particular de Deus, para conosco, seus filhos, que fizemos a opção pelo sacra-mento do Matrimônio, pois o amor, consagrado por este sacramento, é fonte inesgotável de energia que transcende a união dos esposos, chegando à base da família.

O casal cresce em santidade quando amado por Deus, ama mais. Assim, o tamanho do amor dos cônjuges é o tamanho de sua vivência na vida divina.

A espiritualidade do casal é fun-

damentalmente edificada em três pilares: a certeza de que somos vocacionados ao sacramento do Matrimônio, pois é no cotidiano da missão de cristãos casados que so-mos respaldados na solidificação da nossa fé, que é a base de toda espi-ritualidade; na fé que Jesus Cristo caminha conosco, na edificação do reino de Deus através da família e a esperança da salvação a dois pela ajuda mútua.

Portanto, sejamos, sim, busca-dores sequiosos de Deus!

Buscadores do Deus como nos ensina o papa Emérito Bento XVI: “passem das coisas secundárias às coisas essenciais, àquilo que é verdadeiramente importante; bus-quem o definitivo, busquem Deus, mantenham o olhar voltado para Ele. Diante do provisório busquem aquilo que permanece, aquilo que não passa... Sejam sempre apaixo-nados buscadores e testemunha de Deus!”

“Deus nosso Pai, nós vos louva-mos e agradecemos por ter-nos fei-to complemento um do outro para que, doando-nos mutuamente, pu-déssemos encontrar a verdadeira felicidade. Nem sempre compreen-demos a grandeza dos vossos atos e, muitas vezes, por individualismo e egoísmo, trilhamos caminhos dife-rentes dos que nos traçastes. Nestas ocasiões, sentimos que estamos nos afastando um do outro e também de Vós. Dai-nos sabedoria para en-tendermos os caminhos que vossa bondade nos preparou. Amém.” (fonte: Oração Diária do casal).

Inez e NatalCR Província Sul II

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“Fazei todo esforço pelo ali-mento que permanece

eternamente.”(Jo 6, 27)

Há séculos, a Igreja celebra, vive e testemunha a presença real de Jesus na Eucaristia, perpetuan-do no tempo e na história o man-dato do próprio Jesus: “fazei isto em memória de mim”, como o fazemos em cada missa celebrada; assim perguntamos: como não crer em tão sublime mistério de fé?

A Eucaristia é um mandato do próprio Jesus aos seus discípulos.

Quando reunido com eles em uma noite envolta de graça, misté-rio e realidade celebrou com eles a páscoa de modo antecipado, dan-do-lhes poder e autoridade para realizar de modo real e imutável o maior mistério da fé, instituindo a eucaristia e o sacerdócio, sacra-mentos, por natureza, inseparáveis. Como era de seu costume, tomou nas mãos o pão e depois o cálice com vinho e rendeu graças ao Pai e entregou-os aos seus discípulos dizendo: “Isto é meu corpo,... Isto é meu sangue; façam isto em me-mória de mim” (1Cor 11, 23-25).

Ao lermos esta narrativa, nota-mos alguns detalhes: Jesus toma e parte o pão, e nisto percebemos que Jesus não come, mas se entrega, ele faz isso para repartir, a fim de que os discípulos se lembrem de também o fazê-lo, aqui lembramos: “Vai, e também tu, e faze o mesmo”.

João Paulo II, na Exortação

Apostólica Familiaris Consórcio - (22/11/1981), n.57, faz menção e comparativo com o amor humano, e por assim dizer com o Matrimô-nio, o amor entre homem e mulher no sacramento do Matrimônio. Na festa de Corpus Christi, celebra-mos a festa do esposo e da esposa, pois toda vida cristã tem a mar-ca do amor esponsal de Cristo e a Igreja. Deste modo, nesta festa, nos alimentamos e reforçamos nossos laços no caminho da santidade, construindo uma espiritualidade eucarística, não apenas devocio-nal, mas um abraçar a vida inteira, onde, mesmo num mundo com graves perigos de secularização, a eucaristia é fonte e ápice da vida e missão da Igreja, devendo assim ser traduzida em espiritualidade e vida, segundo o espírito (Rm 8, 4; Gl 5, 16-25).

Não podemos dizer que cele-bramos Corpus Christi, se não nos dedicarmos em cumprir o man-dato do próprio Cristo, dedican-do nossas vidas seja em casal, seja em equipe, seja em nossos ambien-tes de trabalho ou vida social se não houver um testemunho verdadeiro de vida cristã. Para isto lembremo-nos dos meios de crescimento es-piritual, os Pontos Concretos de Esforço, percorrendo assim um caminho de santidade na busca e no cumprimento da vontade de Deus: que todos nos salvemos (Jo 6, 39).

Pe. Leonildo PierinSCE Província Sul II

Igre

ja C

ató

licaCORPUS CHRISTI

8 CM 472

No mês de junho, a Igreja, dis-persa pelo mundo inteiro, une-se à Igreja de Deus que está em Roma para celebrar a solene comemora-ção do martírio dos Apóstolos São Pedro e São Paulo que deram seu úl-timo e pleno testemunho de Cristo, derramando seu sangue em Roma. O Papa, como vigário de Cristo e sucessor de Pedro na Igreja, é o si-nal visível da comunhão de todos os discípulos do Senhor na mesma fé e na mesma caridade, de modo que, com ele, todos cristãos cató-licos, os fiéis e os pastores, devem estar em comunhão plena, sincera, leal e visível. Do mesmo modo, to-das as Igrejas locais, isto é, todas as dioceses, devem estar em comu-nhão com a Igreja de Pedro, que é a Igreja (diocese) de Roma, que tem o Papa como seu Bispo. Foi em Roma que Pedro, que era o Bispo daquela Igreja, deu o seu último e decisivo testemunho de Cristo, por volta do ano 64 da nossa era, der-ramando seu sangue pelo Senhor, cravado, também ele, numa cruz. É comovente: o majestoso altar no qual o Papa celebra as Missas mais solenes na Basílica de São Pedro, é chamado Altar da Confissão. Ali, bem ali, metros abaixo, está sepultado Pedro! Ali, o Apóstolo confessou de modo perfeito, com seu sangue, que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus! Missão de Pedro, missão de seus Sucessores: tes-temunhar com a palavra e a vida que Jesus é o Cristo de Deus. Por isso o Papa usa sapatos verme-lhos: para recordar que seus pas-

tU éS PEDRO!

sos, como os de Pedro, não devem guiar-se pelo que é fácil, mas pelo testemunho fiel, até o sofrimento, até o derramamento de sangue. O Papa não é um administra-dor e não tem um programa de governo ou um cronograma de atividades. Ele é uma testemu-nha: testemunha a fé da Igreja, expressa pelo Apóstolo Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo! Só tu tens palavras de vida eterna!” Este serviço na Comuni-dade eclesial existe por vontade do próprio Senhor Jesus Cristo, de modo que não poderia jamais ser criado ou cancelado pela Igreja. Sim, com certeza: por expressa e clara vontade de Cristo, a Igreja tem como cabeça visível o Papa! Esse ministério petrino não é uma monarquia absoluta, nos moldes dos reis e governantes deste mun-do. O Papa não é o que manda; é o que serve à unidade da fé e do amor. Antes de ser obedecido, ele é o primeiro a obedecer Àquele que se fez obediente até a morte. Cer-tamente, ele tem a autoridade que lhe foi conferida por Cristo para ligar e desligar, isto é, para admitir e excluir da Comunidade da Igreja, para punir e suspen-der a punição. Tem também a autoridade suprema de ensinar em nome e com a autoridade de Cristo. No entanto, é importante que tudo isso seja compreendido como um serviço, com o objetivo de manter a Igreja toda unida na fidelidade à mesma fé apostólica e à mesma caridade que o Espírito de Cristo

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derramou sobre a Igreja do Senhor. Do mesmo modo que seria um erro ver no Papa um ditador ou um monarca absoluto, também seria um grave engano ver nele um líder democrático que somente poderia agir de acordo com a maioria e suas palavras, ensinamentos e decisões somente teriam valor se aprovados pelos membros da Igreja. Nunca foi isso que os cristãos creram, pen-saram, viveram ou ensinaram! Na Igreja, a autoridade não provém do rebanho, mas do Pastor, Jesus Cris-to: “Quem vos ouve, a mim ouve”. É ele quem escolhe e chama, confe-rindo autoridade aos que escolheu. A atitude correta de um verdadeiro católico para com o Santo Padre é aquela de sentimento filial, de re-verência consciente e madura e de atenção fiel aos seus ensinamentos. Mais ainda: quando o Papa ensina de modo solene, no caso da pro-clamação de um dogma de fé, ou quando se pronuncia de modo definitivo sobre alguma doutrina, mesmo que de modo não solene, nossa adesão ao seu ensinamento deve ser não somente de respeito e acolhimento, mas de adesão total, confiando que no seu ensinamento é o próprio Cristo que, no Espíri-to Santo, recorda continuamente à Igreja tudo aquilo que tem relação com a verdade da nossa salvação. Infelizmente, nesta época de con-testação em que vivemos, procura-se apresentar a autoridade na Igre-ja como uma simples autoridade humana, estribada nos jogos de poder tão comuns nos vários âm-bitos da vida. Pensa-se num “Papa carismático” utilizando este adje-tivo de modo totalmente munda-

no: carismático como engraçado, pop, comunicativo. No cristianismo, “carismático” é quem recebeu um “carisma”, isto é, uma graça espe-cial do Senhor. Todo Papa é caris-mático, porque recebeu o carisma do ministério petrino! É um erro mundanizar e vulgarizar as coisas sagradas. Os católicos não podem cair nesta armadilha. No entanto, não é raro ver-se até ministros or-denados ou religiosos falando ou mesmo agindo em dissenso com o Papa. Tivemos a tristeza de experi-mentar essa realidade, escancarada na televisão, nos jornais e na inter-net, entre o final do pontificado do Beato João Paulo II, o papa emérito Bento XVI e o início do ministério pastoral do Papa Francisco. O Papa já é e será sempre amado pelos ver-dadeiros católicos com um amor que nasce da fé. Amado por ser um homem de Deus, amado por seu amor entranhado a Cristo, amado por ser simples, amado por ser sin-cero, amado por ser sábio nas coi-sas de Deus, amado por ser manso, amado por ter suportado mentiras, calúnias e perseguições morais por amor ao Reino de Deus, mas, amado, sobretudo, por ser, pura e simplesmente, o Papa, sucessor de Pedro, Vigário de Cristo.

Acompanhemos o nosso Santo Padre com nossa oração e nosso afeto. Nós o conhecemos e o cha-mamos Francisco; mas, na verdade, o seu nome é Pedro, a pedra sobre a qual o Senhor continuamente edifica a sua Igreja.

Gorethe e Guedes Casal Responsável do Setor E

Natal-RN

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fEStA DE SÃO PAUlO E SÃO PEDRO Comemoramos e celebramos

neste mês, a festa das duas co-lunas da Igreja: São Pedro e São Paulo. Pedro: Simão responde pela fé dos seus irmãos (cf. Evan-ge lho de Mateus 16, 13-19) . Por isso, Jesus lhe dá o nome de Pedro, que significa sua vocação de ser “pedra”, rocha, para que o Senhor edifique sobre ele a co-munidade daqueles que aderem a ele na fé. Pedro deverá dar firmeza aos seus irmãos (cf. Lc 22, 32). Esta “nomeação” vai acompanha-da de uma promessa infalível: as “portas” (que correspondem à cidade, reino) do inferno (o po-der do mal, da morte) não po-derão nada contra a Santa Igreja de Cristo, que é uma realização do “Reino do Céu” (de Deus). A libertação da prisão ilustra esta promessa na primeira Leitura. Cristo lhe confia também “o po-der das chaves”, ou seja, o servi-ço de “mordomo” ou administra-dor de sua casa, de sua família, de sua comunidade ou cidade.

Na medida em que a Igreja é a realização, provisória, parcial, do Reino de Deus, Pedro e seus su-cessores, os Papas, são adminis-tradores dessa parcela do Reino de Deus. Eles têm a última res-ponsabilidade do serviço pasto-ral. Pedro, sendo aquele que res-ponde “pelos Doze”, administra ou governa as responsabilidades da evangelização. E recebe, ain-da, o poder de ligar e de desligar, o poder de decisão, de obrigar ou deixar livre. Não se trata de um poder ilimitado, mas da res-ponsabilidade pastoral, que con-cerne à orientação dos fiéis para a vida em Deus, no caminho de Cristo.

Paulo aparece mais na quali-dade de fundador carismático da Igreja. Sua vocação se dá na vi-são de Nosso Senhor Jesus Cris-to no caminho de Damasco: de perseguidor, transforma-se em mensageiro de Cristo, “apósto-lo”, grande pedagogo da missão e da vida do Senhor. É Paulo

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que realiza, por excelência, a missão dos apóstolos de serem testemunhas do Ressuscitado até os confins da terra. As cartas a Timóteo, escritas da prisão de Roma, são a prova disso, pois Roma é a capital do mundo, o trampolim para o Evangelho se espalhar por todo o mundo civi-lizado daquele tempo. São Paulo é o apóstolo das nações. No fim da sua vida, pode oferecer uma vida como oferenda adequada a Deus, assim como ele ensinou. Como Pedro, Paulo experimen-tou Deus como Aquele que nos liberta da tribulação.

Pedro foi crucificado de ca-beça para baixo. Os artistas da iconografia católica colocaram as chaves da Igreja em sua mão, para distinguir o seu encargo de possuidor das chaves da salvação. Paulo foi morto decapitado por ser cidadão romano, o que o impe-dia de ser crucificado. Os artistas da iconografia católica lhe põem sempre na mão uma espada, além de um livro, para simbolizar as várias epístolas teológicas que legou para a Igreja de Cristo.

Por isso o Evangelho nos fala da confissão de fé de Pedro e a promessa de Jesus para seu fu-turo. Jesus apelidara Simão de Cefas, que, em aramaico, signi-fica “pedra”. O apelido pegara a ponto de todos o chamarem de Simão Pedro ou simplesmen-te de Pedro. Pedro assim será o fundamento da Igreja, do novo Povo de Deus. A pedra na Bíblia significava e significa a seguran-ça, a solidez e a estabilidade,

como régio és meu penedo de salvação. Mas Jesus sabia que, sendo criatura humana, Pedro, por mais fiel que Lhe fosse, se-ria sempre uma criatura fraca. Por isso, se faz de Pedro o fun-damento, reserva para si todo o peso e todo o equilíbrio da cons-trução e sem a qual o inteiro edi-fício viria abaixo.

O simbolismo das chaves é cla-ro. A chave abre e fecha. Possuir a chave significa garantia, pro-priedade, poder de administrar. Isaías tem uma profecia sobre a derrubada do administrador Sob-na e sua substituição pelo obscuro empregado Eliacim. Põe na boca de Deus estas palavras: “Colocarei as chaves da casa de Davi sobre seus ombros: ele abrirá e nin-guém fechará, ele fechará e nin-guém abrirá”(cf. Is 22, 22). O texto aproxima-se muito à promessa de Jesus, até mesmo na escolha de um humilde pescador para admi-nistrar a nova casa de Deus. As-sim como Eliaquim não se tornou o dono da casa de Davi, também Pedro não será o dono da nova comunidade. O dono continuará sempre sendo o próprio Deus. Em linguagem jurídica, diríamos que Pedro tornou-se o fiduciário de Cristo. O binômio ligar-desligar re-pete o abrir-fechar das chaves. Pe-dro recebe o direito e a obrigação de decidir sobre a autenticidade da doutrina e comportamento dos cristãos diante dos ensinamentos de Jesus. Esta missão de todos os Papas, sucessores de Pedro, que bem podem ser definidos como os guardiões da verdade e

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O entendimento do povo sobre o dia de São Pedro (e São Paulo)

da caridade. Celebrar São Pedro, para os cristãos, é também cele-brar o Papa.

Pedro e Paulo representam duas dimensões da vocação apostólica, diferentes, mas complementares. As duas foram necessárias, para que pudéssemos comemorar hoje os fundadores da Igreja Universal. Esta complementaridade dos ca-rismas de Pedro e Paulo continua atual na Igreja de Cristo hoje: a responsabilidade institucional e

criatividade missionária, responsa-bilidade de todos nós!

Rezemos, pois, pelo nosso San-to Padre Francisco que, para ser fiel a missão de ter o serviço da carida-de de dirigir a Igreja de Cristo, nos interpele para seguirmos a missão de Pedro e de Paulo para sermos testemunhas de Cristo no mundo. Amém!

Padre Wagner Augusto Portugal Apostolado da Oração (MG)

O apóstolo Pedro, pescador do lago de Genezareth, cativa seus devotos pela história pessoal. Homem de origem humilde, ele foi Apóstolo de Cristo e depois encarregado de fundar a Igreja Católica, se tornando o primeiro Papa.Considerado o protetor das viúvas e dos pescadores, São Pedro, juntamente com São Paulo, é festejado no dia 29 de junho em várias cidades do Brasil. Em homenagem a eles, acendem-se fogueiras, erguem-se mastros com suas bandeiras, queimam-se muitos fogos e há em todas as festas a dança da quadrilha, além de muita comida típica. Realizam-se grandes procissões tanto em terra como no mar, que se caracterizam como principal movimento nas comemorações. São Pedro, segundo a tradição católica, foi nomeado o guardião das chaves do céu. Assim, para entrar no paraíso, é necessário que o santo abra suas portas. Também lhe é atribuída a responsabilidade de fazer chover. Quando começa a trovejar, e as crianças choram com medo, é costume acalmá-las, dizendo: “É a barriga de São Pedro que está roncando” ou “Ele está mudando os móveis de lugar”.

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A ANUNCIAçÃO DE MARIA“No sexto mês, o anjo Gabriel

foi enviado por Deus a uma cida-de da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Ma-ria” (Lc 1, 26-27). O anúncio do nascimento de Jesus está ligado à história de João Batista, antes de tudo, cronologicamente por meio da indicação do tempo decorrido depois da mensagem do arcanjo Gabriel a Zacarias, isto é, “no sexto mês” da gravidez de Isabel. Mas, nessa passagem, os dois aconteci-mentos e ambas as missões estão ligados também pela informação de que Maria e Isabel – e, conse-quentemente, os seus filhos – são parentes.

A visita de Maria a Isabel, que deriva como consequência do diálo-go entre Gabriel e Maria (cf, Lc 1, 36), leva – ainda antes do nascimento – a um encontro, no Espírito Santo, entre Jesus e João, e nesse encontro torna-se evidente, ao mesmo tempo, a correlação das suas missões: Jesus é o mais jovem, Aquele que vem depois; mas é a proximidade d’Ele que faz João sal-tar de alegria no ventre materno e cumula Isabel do Espírito Santo (cf Lc 1, 41). Assim, aparece objetiva-mente, já nas narrativas de São Lu-cas sobre o anúncio e o nascimento, aquilo que João Batista dirá, segun-do o Evangelho de João: “É aquele de quem eu disse: ‘Depois de mim, vem um homem que passou adian-te de mim, porque existia antes de mim’” (Jo 1, 30).

Antes de mais nada, porém, convém considerar, de forma mais detalhada, na narração do anún-cio do nascimento de Jesus a Maria. Vejamos primeiro a mensagem do anjo, e depois a resposta de Maria.

Na saudação do anjo, impres-siona o fato de não dirigir a Maria a habitual saudação judaica sha-lom – a paz esteja contigo –, mas a fórmula grega khaire, que se pode tranquilamente traduzir por “Ave”, como sucede na oração mariana da Igreja, formada com palavras tiradas da narração da anuncia-ção (cf Lc 1, 28-42). Mas é justo individuar, neste ponto, o verda-deiro significado da palavra khaire: alegra-te! Com esse voto do anjo – podemos dizer –, começa propria-mente o Novo Testamento.

A palavra volta a aparecer na Noite Santa, nos lábios do anjo que diz aos pastores: “Eis que vos anuncio uma grande alegria” (Lc 2, 10). Aparece, em João, por oca-sião do encontro com o ressuscita-do: “Os discípulos, então, ficaram cheios de alegria por verem o Se-nhor” (Jo 20, 20). Nos discursos de despedida, em João, aparece uma teologia da alegria, que esclare-ce, por assim dizer, as profundezas dessa palavra: “Eu vos verei de novo e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa ale-gria” (Jo 16, 22).

Nesses textos, a alegria apare-ce com o dom próprio do Espírito Santo, como verdadeiro dom do Redentor. Assim, com a saudação do anjo, sente-se ecoar o acorde

Mar

ia

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que continuará depois a ressoar através de todo o tempo da Igreja e que pode ser também percebido, no que diz respeito ao seu con-teúdo, na palavra fundamental com que se designa a totalida-de do anúncio cristão: o Evan-gelho – a Boa Nova.

Como vimos, “alegra-te” é, primeiramente, uma saudação em grego, e assim, nessa palavra do anjo, abre-se imediatamente também a porta para os povos do mundo; tem-se uma alusão à uni-versalidade da mensagem cristã. Ao mesmo tempo, porém, ela é também uma palavra extraída do antigo Testamento, isto é, que se situa plenamente na continuidade da história bíblica da salvação. So-bretudo Stanislas Lyonnet e René Laurentin mostraram que, na sau-dação de Gabriel a Maria, é reto-mada e atualizada a profecia de Sofonias 3, 14-17, que soa assim: “Rejubila, filha de Sião, solta gritos de alegria, Israel! (...) O Senhor, o teu Deus, está no meio de ti”.

Debrucemo-nos agora sobre o conteúdo da promessa. Maria dará à luz um filho, a quem o anjo atri-bui os títulos de “Filho do Altíssi-mo” e “Filho de Deus”. Além disso, é prometido que Deus, o Senhor, lhe dará o trono de seu pai Davi; reinará para sempre na casa de Jacó e o seu reino (o seu domínio) não terá fim. Depois se acrescenta uma série de promessas relativas ao modo “como” se dará a con-cepção: “O Espírito Santo virá so-bre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso, o Santo que nascer será chamado Filho de Deus” (Lc 1, 35).

A salvação que o menino pro-metido traz, manifesta-se na ins-tauração definitiva do reino de Davi. Na verdade, fora prometida ao reino de Davi uma duração per-pétua: ”A tua casa e a tua realeza subsistirão para sempre diante de mim, e o teu trono se estabelecerá para sempre” (2Sm 7, 16) - anun-ciara Natã, por incumbência do próprio Deus.

Penso que seja importante ou-vir também a última frase da nar-ração lucana da Anunciação: “E o anjo a deixou” (Lc 1, 38). A gran-de hora do encontro com o mensa-geiro de Deus, na qual toda a vida muda, passa; e Maria fica sozinha com a tarefa que verdadeiramente supera toda a capacidade huma-na. Não há anjos ao seu redor; ela deve prosseguir pelo seu caminho, que passará através de muitas obs-curidades, a começar pelo espanto de José perante a sua gravidez até o momento que se diz de Jesus que está “fora de si” (Mc 3, 21; cf Jo 10, 20) antes, até a noite da Cruz.

Quantas vezes, em tais situa-ções, Maria terá interiormente vol-tado à hora em que o anjo de Deus lhe falara, terá escutado de novo e meditado a saudação “alegra-te, cheia de graça”, e as palavras de conforto “não temas!”. O anjo par-te, a missão permanece e, junta-mente com esta, matura a proximi-dade interior a Deus, o íntimo ver e tocar a sua proximidade.

Do livro: A infância de Jesus de Joseph Ratzinger – Bento XVI

(Colaboração da Equipe da Carta Mensal)

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Nossa caminhada no Movi-mento ainda é, na verdade, um engatinhar. Recebemos o chama-do do Senhor para o serviço de Casal Responsável de Setor, que susto! Não imaginávamos, mas, desde o primeiro instante, nossos corações só pensavam em dizer: “sim, nós queremos”!

Sabíamos do longo caminho de formação, mas nem imaginá-vamos o quanto tínhamos para descobrir. Logo fomos ao Encon-tro Provincial. Seriam três dias in-tensos, mas estávamos longe de imaginar as bênçãos que seriam derramadas. O casal SRB apre-sentou as orientações 2013, e uma, em especial, nos motivou... Ler as obras do Pe. Caffarel. Não poderia ser mais oportuno, tínha-mos muito a conhecer. Na “loji-nha” pudemos encontrar a cole-ção completa de suas obras. Os livros estavam lá, a nossa espera. Compramos todos!

Comecei a leitura. Acabei por escolher o mais fininho, despre-tensioso, rápido, fácil e sem gran-des emoções. Qual não foi mi-nha surpresa quando, ao iniciar, deparei-me, com um verdadeiro testamento espiritual... Discurso de Chantilly. A leitura caminhava, e eu me via junto com aquelas esposas, era capaz até de reco-nhecer a mobília das casas, as roupas, os cheiros. Quando me dei conta, já estava completa-mente envolvida com as palavras do Pe. Caffarel, eu fazia parte da história! A emoção transbordava, li

Form

açãoCONhECER PARA AMAR!

tudo e reli, foi quando percebi que passei a tarde toda conhecendo a “inspiração” do Pe. Caffarel. Meu marido chegou, jantamos, e eu perguntei se poderia ler para ele (queria, através das minhas pala-vras, jorrar a emoção que senti, dar a entonação certa para a fra-se certa), foi o que fiz. Enquanto ele lavava a louça, comecei a ler. Descobrimos que o Pe. Caffarel foi um homem de inspiração ló-gica, tudo o que vivíamos hoje, tinha sido construído a partir de fatos reais que o fizeram refletir sobre o caminho para a santida-de em casal, tudo pensado sob a ótica do sacerdócio, com o foco no casamento, orientado pelo Es-pírito Santo. Descobrimos o nas-cimento dos PCEs e sua relação com o sacerdócio, tudo casava perfeitamente, e foi então que percebi que, enquanto líamos, estávamos mergulhados naquela fração de tempo e tudo passou a fazer sentido, nos olhávamos e nos emocionávamos, ríamos e continuávamos lendo, e naque-le momento tivemos a certeza de que estávamos diante de um homem santo, que cumpriu com sua missão e levou vários casais a caminhar para a santidade con-jugal... Esse foi só o início, não paramos mais, e ficou clara a im-portância de se ir à fonte, para podermos conhecer mais e amar verdadeiramente!

Andréa e Décio Casal Responsável de Setor

Brotas/Torrinha-SP

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Muitas vezes nos questionamos sobre o que precisamos fazer para sermos salvos. Ou ainda, por onde começa nossa conversão. Note-mos que conversão não é mudan-ça brusca, imediata, que se possa sentir como um choque elétrico ou como um passe de mágica. É sim uma mudança de rumo, uma mu-dança de postura, aliada à conver-são de direção, tomando o cami-nho que nos leva à salvação.

A minha conversão começou a ser sentida no momento em que aceitei Jesus Cristo como meu Se-nhor e Salvador. Senhor da minha vida e Senhor de tudo o que tenho e de tudo o que me cerca, incluindo minha própria vida, minha família, meus filhos, minha casa, meu tra-balho, enfim tudo o que há neste mundo. Isso significa colocar em prática o que a Bíblia nos diz em Romanos 10, 9-10. Experimente dizer, em voz alta, essa passagem, desde que você realmente creia no que está dizendo. O “aceitar Jesus” decorre de uma exigên-cia bíblica, que poderá ser pública, ou não. Mas a confissão é necessá-ria. A partir daí algumas barreiras como o apego às coisas materiais, o egoísmo, a injustiça passaram a se mostrar mais claramente em to-dos os meus atos cotidianos. Pude então sentir o Espírito Santo agin-do sobre mim e me guiando para o caminho.

Vejamos a passagem: “Se você confessar com a sua boca que Je-sus é Senhor e crer em seu cora-ção que Deus o ressuscitou dentre

SAlVAçÃO

os mortos, será salvo. Pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação” (Rm. 10, 9-10).

O propósito deste verso é mos-trar que, para receber Jesus, você precisa arrepender-se dos seus pe-cados e colocar sua fé n’Ele, como seu único Senhor, Salvador e Me-diador. Veja que não adianta apenas con-fessar, isto é, falar dos lábios para fora. É preciso crer de coração, com sinceridade.

As coisas essenciais à sal-vação estão resumidas nes-te trecho. Centralizam-se na fé, no Senhorio de Cris-to e na sua Ressurreição Corporal. A fé deve es-tar no coração, que aqui abrange as emoções, o intelecto e a vontade, afetando a personalidade inteira. A fé deve também envolver uma decisão pú-blica por Cristo, tanto em palavras como em ações.

Quem sente o desejo de dar um passo para a salvação, tem o máxi-mo prazer em declarar que Jesus é o Senhor de sua vida e seu Salva-dor pessoal.

Márcio, da SimoneEq.03 - N. S. do Perpétuo Socorro

Sobral-CE

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Como fazer para manter um bom relacionamento em família e na comunidade? Não existe um segredo, uma tecla para apertar e ver sair o resultado. Tudo deve ser construído passo a passo, mo-mento a momento, considerando que o ser humano é complexo e frequentemente é mais movido pelo egoísmo do que pelo amor. Deus, que assume a condição hu-mana, que nos dá, com sua vida, o exemplo de como viver e convi-ver com as pessoas e assim cons-truir novos relacionamentos, nos fazendo sentir uma família.

Um dos pontos preciosos para uma saudável convivência são as refeições. Pode parecer estranho que comece com as refeições.

UMA bOA REfEIçÃO PARA UMA bOA COMUNICAçÃO

Mas, se olharmos bem, o princi-pal ato comum que Jesus deixou a Seus seguidores foi precisamen-te uma refeição. O centro de aten-ção, contudo, não são somente os alimentos, mas as refeições em comum, como um dos principais sinais de união.

As refeições são momentos fun-damentais para uma boa convi-vência. Nelas, expressamos valores e capacidades de amar ou não, de conviver e servir. Em todas as tra-dições culturais, esses momentos foram sempre ocasiões espe-ciais para par ti lhar e celebrar os momentos mais significativos da vida. A alimentação e a co-mensalidade são elementos fun-damentais para a humanidade.

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Comer compartilhando da mes-ma comida e da mesma mesa, em companhia de outras pesso-as, é um dos momentos mais ex-pressivos das relações humanas. Enquanto o alimento é força para o corpo, a comensalidade nutre o espírito e alimenta a necessi-dade que todos temos de estar juntos, expressando a alegria de conviver. Jesus fez da refeição em comum um dos momentos mais expressivos de sua missão. Ele usou da comensalidade para anunciar o Reino, o qual tem seu objetivo último expresso em uma grande refeição, o banquete da vida (cf. Mt 22, 1-10; Lc 14, 15-24). Segundo os evangelhos, Jesus aparece relacionado com a refeição em comum 137 vezes (28 em Mateus; 22 em Marcos; 56 em Lucas; 31 em João). A comensa-lidade faz emergir a revelação de quem é Deus e qual é Seu projeto para os seres humanos. Em mo-mento de refeição, Jesus revelou--nos quem é Deus e como é Deus. Em Suas refeições, Ele nos dá a conhecer as dimensões mais pro-fundas da humanidade de Deus.

Jesus Cristo compartilhou sua comida preferencialmente com os mais pobres (cf. Mt 14, 13-21, 15, 32-38; Mc 6, 30-44, 8, 1-10; Lc 9, 10-17; Jo 6, 1-14). A vida cristã consiste em amar o outro em sua pobreza física, material, mental, emocional, moral, es-piritual e se revestir da pobreza como abertura, disponibilidade, capacidade de partilhar, repar-tir, desapegar. A mesa toma-se o lugar onde Deus se apresenta e revela Sua face. Compartilhar o pão

com quem tem fome é expressão concreta de amor ao próximo. Onde falta a comensalidade, que acentua o aspecto social, falta igualmente a força euca-rística, que revela a dimensão plena da fé.

Toda refeição é sím-bolo da comensalidade proposta por Jesus. Es-tar à mesa com familiares e amigos, é um convite a uma vida de amor sin-cero, de convivência, de construção de rela-cionamentos inspirados na alegria de conviver e construir a unidade da família humana.

A Eucaristia é uma refeição em que vivemos a mais plena experi-ência de comunhão em um diá-logo com o materno Pai, em Seu Filho, no Espírito Santo. Quanto mais soubermos valorizar e viver a refeição em família, mais enten-deremos algo do mistério maior eucarístico. A perda do sentido da refeição também se reflete na per-da do sentido da Eucaristia.

Pe. José Alem, CMFColaboração de Maria Regina

e Carlos Eduardo Eq.01A - N. S. do Rosário

Piracicaba-SP

Fonte: Revista O Mensageiro de San-to Antonio – Edição de Abril de 2013

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Assumimos a missão de CRR, no ano de 2010, com um espírito de serviço e de muito amor ao Mo-vimento, o qual nos ajudou muito a viver nossa conjugalidade de uma forma mais profunda e verdadeira. Procuramos desempenhar nossa função de acordo com as necessi-dades de nossa Região, atuando como responsáveis pela unidade, pelo carisma e pelas orientações do Movimento.

Sabíamos que uma das nos-sas tarefas seria a de manter re-lacionamento com a Comissão Diocesana de Pastoral Familiar (PF), fazendo-nos conhecer e co-locando-nos a serviço dessa Pas-toral. Após pesquisa na Diocese, entramos em contato com o casal responsável da PF na Diocese de São Carlos-SP, agendamos um ho-rário para conhecermos e dar-nos a conhecer. Foi uma experiência ímpar, pois íamos conversar com pessoas que nunca tínhamos vis-to, mas que sabíamos que tinham uma preocupação comum: A Fa-mília. Fomos muito bem acolhi-dos e conforme o tempo passava parecia que nos conhecíamos há muitos anos. Apresentamos o Mo-vimento das Equipes de Nossa Se-nhora ao casal, dissemos da nossa vocação natural de atuar na PF. Fomos colocados a par de como funcionava a PF na Diocese, a sua estrutura e como estava dividida por Regiões Pastorais. Fomos con-vidados a participar da reunião

de Coordenação Diocesana na qual estariam presentes os casais representantes das cinco Regiões Pastorais, bem como o Padre co-ordenador.

Participamos desta primeira reunião e estivemos presentes em todas as demais no ano de 2012 e vimos a importância de se tra-balhar em conjunto com aqueles que têm a mesma vocação que nós. Em meados de 2012, fomos convidados pelo Padre da Paró-quia de São Francisco de nossa cidade de Brotas a iniciarmos a PF, e dissemos a ele que não tí-nhamos muito tempo disponível, tendo em vista nosso compromis-so já assumido no Movimento, mas que aceitávamos o desafio, afinal o Movimento nos convida a Ousar o Evangelho. Mas, para nossa surpresa e visível presença da ação do Espírito Santo, foram surgindo casais rapidamente com sede de amar e servir a Deus. No final do ano estávamos com 06 casais, com os quais nos reunimos e realizamos a Novena de Natal em Família. Conhecemo-nos e es-treitamos laços de amizade entre nós e foi maravilhoso. Este ano iniciamos o estudo do Guia de Im-plantação da PF e nos colocamos nas mãos do Senhor para que nos conduza e nos faça avançar para águas mais profundas.

Lucelene e PedroCR Região São Paulo Leste

São Paulo-SP

PAStORAl fAMIlIARNossa Missão

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SESSÃO DE fORMAçÃO

“As Equipes têm que ser ao mesmo tempo um Movimento de iniciação e de aperfeiçoamen-to.” Pe. Caffarel.

ENS, mais saber... com mais sabor...Nos dias 27 e 28 de abril de

2013, nas dependências do Seminá-rio Arquidiocesano, em Maceió, rea-lizamos a Sessão de Formação Nível III. A participação foi muito boa, tan-to dos participantes: Casais Ligação, Casais Piloto, Casais Responsáveis de Setor, o Casal Responsável Re-gional e sua equipe de apoio e o Ca-sal Responsável da Província Nor-deste, como da equipe de trabalho.

As Sessões de Formação têm o objetivo de ajudar os equipistas a aprofundar o conhecimento da doutrina da Igreja, o carisma, a mística e a pedagogia do Movimen-to, bem como a formação de qua-dros para o serviço no Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Quantas maravilhas presenciamos nestes dois dias de formação! Só podemos dizer que amamos mais aquilo que conhecemos, e que o aprendizado nas Equipes de Nossa Senhora é rico contínuo.

Contamos nesta Sessão de For-mação com a presença de mais de 50 casais da nossa Região Alagoas, vindo dos Setores “A”, “B” e “C” de Maceió, “A” e “B” de Arapiraca, “A” de Tapera e Equipes Distante de Pão de Açúcar.

Vocês não imaginam a importân-cia que foi para todos nós. Fomos acolhidos com muito amor e uma contagiante alegria. Temos absoluta certeza de que colheremos muitos

frutos desse evento. Muito nos mar-cou a discrição do Casal Respon-sável Provincial em sua palestra; o tema abordado com objetividade, simplicidade, clareza e muito amor. Aprendemos muito, voltamos abas-tecidos e confiantes para servirmos mais e melhor. Nossa gratidão ao Pe. Márcio Roberto, Sacerdote Con-selheiro Espiritual do Setor C de Maceió. Ele presidiu a Santa Missa do domingo e esteve conosco du-rante toda a Sessão de Formação.

Atendendo o objetivo da Sessão de Formação Nível III, que é a for-mação de quadros, todo o conteú-do programático foi desenvolvido em partes expositivas: através de palestras e troca de experiências, e reflexões nas reuniões de grupos. Os temas das palestras foram: “Vi-são Histórica do Movimento”; “Ca-risma, Mística e Espiritualidade”, “O Espírito da Responsabilidade”, “Experiência Comunitária/Pilota-gem”, “A Ecclesia”, “Casal Ligação das ENS” e “Acervo e os Dez Pon-tos de Unidade das ENS”.

Agradecemos a Deus, e ao nos-so amado Casal Responsável Re-gional e ao Casal Responsável da Província Nordeste, pela realização dessa Sessão de Formação e a to-dos que, direta e indiretamente, estiveram a serviço, colaborando espontaneamente para que estes dias fossem abençoados.

“Que o Poderoso continue a fa-zer muitas maravilhas!”

Kátia e CarlosCasal Responsável do Setor C

Maceió-AL

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PROVÍNCIA SUL II

EEN - ENCONtRO DE EQUIPES NOVAS

Nos dias 27 e 28 de abril de 2013, a Região SP Norte II, na cidade de São José do Rio Preto, no sítio Gra-vatá, realizou o I Encontro de Equi-pes Novas, com o Tema “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Fo-ram dois dias em que nos deixamos animar pelo Espírito Santo.

Um clima fervoroso de espiritu-alidade, em que os casais tiveram a oportunidade de aprender mais, e crescer como cristão, aprofundar o conhecimento das ENS, em sinto-nia com a delicadeza da Equipe de Casais Formadores e o carinho de todos que trabalharam para que este Encontro acontecesse.

Vivenciamos o sentido perfeito da frase “A boca fala do que o cora-ção está cheio” (Lucas 6,45).

O encontro foi dividido em qua-tro módulos: I - Quem nos Guia? (Espiritualidade

Conjugal e Sacramento do Matri-mônio);

II - Para onde vamos? (Missão, Tes-temunho, Serviço e Orientações de Vida);

III - O que levamos conosco? (Pon-tos Concretos de Esforço e Par-tilha);

IV -Quem va i conosco? (Vida em Equipe e Movimento).Cada tema apresentado abas-

tecia-nos de conhecimentos e ia abrindo nossos corações para o ver-dadeiro amor que devemos ter com as Equipes de Nossa Senhora, além de vontade, entusiasmo, coragem, de seguir nosso compromisso como equipistas, trilhando o caminho para nós, proposto na busca de nossa santidade.

Saímos motivados a ser Casais Equipistas, testemunhas vivas de amor, para sermos servos fiéis e estar-mos sempre prontos a dizer sim, para o chamado ao serviço. As orientações de cada módulo serviram para nos alertar o quanto envolvidos devemos estar, com dedicação e carinho, para com os compromissos que as Equi-pes de Nossa Senhora nos apresen-tam e pedem para desenvolvermos, objetivando o crescimento espiritual do casal, bem como sua família.

22 CM 472

Enfim, tivemos a oportunidade de estar em um ambiente perfeito, onde a harmonia e a paz, junto à na-tureza, traduziam o verdadeiro senti-mento de Deus em nossos corações, fortalecendo em todos os casais um único objetivo: edificar a obra de Deus, junto às Equipes de Nossa Se-

nhora, conhecendo e amando o Mo-vimento dia a dia, sempre na busca de nossa santificação.

“Que a Paz do Senhor e o Amor de Maria estejam com todos!”

Delma e UbaldoEq.20B - N. S. Mãe do Rosário

São José do Rio Preto-SP

PROVÍNCIA NORDESTE

Nos dias 2 e 3 de abril de 2013, realizou-se o I EEN - Encontro de Equipes Novas da Região Pernam-buco II, na cidade de Catende-PE, com a participação de 39 casais sen-do 34 de Catende e 5 de Barreiros. O Encontro foi conduzido pela Equi-pe Formadora composta de 2 casais da Região Pernambuco I, 1 casal da Região Pernambuco II, 1 casal da Região Alagoas e o Sacerdote Con-selheiro Espiritual da Equipe Forma-dora. Os participantes foram acolhi-dos pelo Casal Responsável da Re-gião Pernambuco II, e o casal ligação das Equipes Distantes de Catende.

Os conteúdos foram bem desen-volvidos. No primeiro módulo, apro-fundou-se a Espiritualidade Conju-gal e o Sacramento do Matrimônio, no II módulo: Missão, Testemunho,

Serviços e Orientações de Vida, no III módulo: Pontos Concretos de Esforço e Partilha e no IV módulo: Vida em Equipe e Movimento.

Os casais participantes avaliaram o Encontro como uma formação in-dispensável não só para casais no-vos, mas para todos os equipistas. O Encontro nos proporcionou uma motivação para uma renovação na vida equipista, com a integração de outras equipes; um fortalecimento na metodologia e na vivência con-creta da unidade do Movimento, nos levando a um propósito voltado para o compromisso e a responsa-bilidade nas Equipes de Nossa Se-nhora.

Paizinha e ArlindoCR Regional Pernambuco II

Belo Jardim-PE

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BRASÍLIA

De 21 a 26 de julho de 2012 em Brasília/DF, tivemos a graça de participar do XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, onde todos foram convidados e exortados a “Ousar o Evangelho”. Ainda respirando os ares de Brasília, na forma das rosas derramadas sobre os casais no Ato Público ocorrido na Esplanada dos Ministérios, finalizamos as atividades como Casal Responsável pelas Finanças do XI Encontro Internacio-nal da Super-Região Brasil.Com a devolução das inscrições que foram canceladas e encer-rado o pagamento de todas as despesas em relação às inscri-ções específicas da Super-Região Brasil, foi decidido, no Cole-giado, a devolução do saldo remanescente para todos os que participaram do Encontro. A devolução será proporcional ao número de participantes e a forma de participação:

- Participante individual sem hospedagem: R$ 13,24- Participante individual com hospedagem: R$ 29,04- Participante casal sem hospedagem: R$ 26,43- Participante casal com hospedagem: R$ 58,09

Louvamos e agradecemos a Deus pela oportunidade de mais uma vez servi-Lo e a todos participantes deste maravilhoso en-contro.

Leda e MenezesCasal Responsável pelas Finanças

do XI Encontro Internacional das ENSSuper-Região-Brasil

ENCERRAMENtO DAS CONtAS DO XI ENCONtRO INtERNACIONAl

DEMONStRAçÕES fINANCEIRAS 2012Equipes de Nossa Senhora

balanço patrimonial (em r$)

31.12.12 31.12.11 31.12.10 atiVo

Circulante 3.241.863 2.316.653 1.400.383

Circulante- XI Enc. Internacional 152.012 619.173 10.698

Não Circulante 20.888 27.612 35.556

total ativo 3.414.763 2.963.438 1.446.638

paSSiVo

Circulante 67.807 44.935 31.184

Provisões

Outras Obrigações - Encontros 152.012 619.173 10.698

Patrimônio Líquido 3.194.944 2.299.329 1.404.755

total passivo 3.414.763 2.963.438 1.446.638

DEmonStraçÕES Do rESUltaDo (em r$)

rECEitaS

Contribuições 2.711.413 2.491.239 2.094.471

Receitas Diversas 299.372 254.615 300.243

Receitas Financeiras 186.621 165.546 83.750

Total das Receitas 3.197.407 2.911.400 2.478.463

DESpESaS

Despesas com Encontros 768.794 672.526 692.542

Carta Mensal e Despesas Postais 894.375 683.415 642.753

Desp.c/Adm.Equipes 145.908 37.565 8.361

Despesas com Pessoal 218.922 230.701 223.499

Despesas Gerais 331.936 392.620 385.704

total das Despesas 2.359.935 2.016.826 1.952.859

Queridos irmãosApresentamos as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31 de de-

zembro de 2012, compostas pelo Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e as Notas explicativas, para o devido conhecimento dos equipistas do Brasil.

Um fraterno abraço.Secretaria e Tesouraria

31.12.11 31.12.10 31.12.09rESUltaDo

Resultado do Exercício 837.472 894.574 525.604

Fundo Patrimonial 2.299.329 1.404.755 879.151

rESUltaDo aCUmUlaDo 3.136.800 2.299.329 1.404.755

NOTAS EXPLICATIVASExercício 2012

1. Ativo

1.1 – No Ativo Circulante está incluído o valor de R$ 152.012,58 correspon-dente ao saldo dos valores recebidos até 31/12/2012 do XI Encontro Internacional realizado em julho/2012.

2. Passivo

2.1 – No Passivo Circulante está re-gistrado o saldo em 31/12/2012 de R$ 152.012,58, que será ressarcido aos participantes brasileiros do XI Encontro Internacional.

3. Receitas

3.1 – As contribuições espontâneas no ano de 2012 totalizaram R$ 2.711.413,00, o que representa um aumento de 8,84 % em relação a 2011.

3.2 – Na rubrica “Receitas Diversas” está registrado o valor de R$ 299.372,00 relativo ao ressarcimento de livros e do-cumentos do Movimento, ressarcimento de despesas e outras contribuições.

3.3 – Na rubrica “Receitas Financeiras” está registrado o valor de R$ 186.621,25 referente ao valor bruto auferido com aplicações financeiras.

4. Despesas

4.1 – No ano de 2012 houve um cres-cimento no total das despesas do Mo-vimento de 17,01 %, que se deve prin-cipalmente ao aumento da tiragem das Cartas Mensais, ao reajuste das taxas dos Correios e ao aumento das tiragens dos livros e documentos.

4.2 – Na rubrica “Despesas com Encontros” estão registradas todas as despesas com o Encontro Nacional, os Encontros Provinciais, os Colegiados Provinciais, as reuniões da Super--Região e as Sessões de Formação, bem como todas as despesas de transpor-te relacionadas a estes eventos.

4.3 – Na rubrica “Despesas com Pessoal” estão incluídos os gastos com os funcionários do Secretariado, salários, encargos e benefícios, bem como todos os serviços de terceiros com os respectivos encargos.

4.4 – A rubrica “Despesas Gerais” corresponde aos gastos gerais, como a edição de livros, impressos e documen-tos do Movimento, despesas bancárias e financeiras, despesas de custeio do Secretariado, Projeto Vocacional e ou-tros gastos administrativos.

26 CM 472

O ideal das Equipes de Nossa Se-nhora não é o de reunir todos os ca-sais, todos os grupos de casais. Mas somente aqueles que, desejosos de chegar a uma vida cristã mais perfei-ta e de cooperar mais eficientemente à obra de Deus neste mundo, sen-tem a necessidade de se apoiar num regulamento e almejam uma vida de cooperação fraternal.

Não admira, portanto, se encon-tramos por vezes casais, grupos de casais que, depois de terem ingres-sado no Movimento, sentem-se de-sambientados: seja porque entraram nas equipes ignorando as obriga-ções dos Estatutos, seja porque nelas ingressaram para serem agradáveis a amigos, seja ainda, por espírito de imitação.

Casais nestas condições são facilmente reconhecidos: aplau-dem o ideal das Equipes mas fazem objeções às obrigações - às quais , aliás, só se sujeitam de má vontade. E, no entanto, coisa curiosa, muitas vezes parecem agarrar-se às equi-pes. Fazem-me pensar no estranho viajante que se achava sentado na minha frente, no trem que, do sul da França, me conduzia a Paris; o chefe do trem, ao constatar que ele tinha um bilhete para Marselha, faz notar ao nosso amigo que ele está se afas-tando de seu destino a uma veloci-dade de 120 quilômetros por hora. A princípio surpreendido, o estranho viajante, logo resignado, contenta-se em responder! “Bem... tanto pior”.

Quando encaramos a eventua-

lidade de ingressar nas Equipes, ou de recomeçar um ano de atividades, não concebo que o problema se apresente à nossa mente, senão nos seguintes termos: “Será vontade de Deus que estejamos nas Equipes de Nossa Senhora?” Se a resposta for afirmativa, a adesão às Equipes será lúcida, firme, leal, marcada com o sinal do sagrado. Poderá acontecer, certamente, que se transgrida uma obrigação dos Estatutos por impedi-mento ou negligência; mas não será mais concebível que se recuse esta ou aquela obrigação, que se discuta o bom fundamento de determinado ponto dos Estatutos.

De fato eu constato que, a pro-pósito das Equipes, como em mui-tas outras circunstâncias (escolha de uma colocação, aceitação de um filho, emprego de dinheiro...) mui-tos cristãos se deixam arrastar pelos acontecimentos, pelos homens, pela urgência e não se reportam à vonta-de de Deus. Daí a falta de seriedade e a inconsistência de suas vidas. E, no entanto, só é cristão, só é discípu-lo de Cristo aquele que pode dizer, a exemplo do Mestre: “Meu alimento é fazer a vontade de meu Pai”.

É forte o Movimento no qual cada um de seus membros só tenha entrado depois de uma consulta fei-ta a Deus.

É necessário que as nossas Equi-pes sejam fortes. Ouso acreditar que a Igreja precisa delas!

Pe. Henri Caffarel

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1 Editorial Pe. Henri Caffarel, Carta Mensal de abril de 1957.

CM 462 27CM 472 27

Desde quando éramos namo-rados, alimentávamos o sonho de participarmos das Equipes de Nossa Senhora, isso porque os pais do Célio, Maria e Célio, que já eram equipistas, no Setor de Assis-SP, nos levavam como con-vidados nas reuniões informais e nos terços mensais.

Casamo-nos, mudamos para Niterói e pouco tempo depois ini-ciamos nossa caminhada no Mo-vimento naquela cidade. Fomos inseridos na experiente Equipe de N. S. de Nazaré para fazermos a pilotagem paralela. Fomos mara-vilhosamente acolhidos naquela equipe, entretanto, participamos de apenas uma reunião, de uma via sacra e do jantar de despedi-da que a equipe carinhosamente nos ofereceu, pois o pedido de transferência do Célio tinha sido acolhido.

Morando em Curitiba, também procuramos nos informar sobre o Movimento para ingressarmos em uma equipe. Naquela cidade fo-mos inseridos em uma equipe que estava no início da Experiência Comunitária.

Já na primeira reunião senti-mos a ação das “mãos de Deus”, pois, ao chegarmos ao local, para nossa surpresa, era residência de um casal de amigos da nossa ci-dade de origem, Assis. Fomos muito bem acolhidos pelo casal

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anfitrião, pelos demais casais da equipe e pelo Casal Coordenador.

É inenarrável a experiência e conhecimentos que adquirimos naqueles quase dois anos de con-vivência, que atribuímos à visível dedicação do Casal Coordenador.

Com o nascimento da nossa filha, Maria Eduarda, tomamos uma difícil decisão: o Célio pe-diu transferência para a cidade de Bauru-SP, pois, mesmo com família – equipe que ganhamos naquela cidade, sentíamos a ne-cessidade de estar mais próximos de nossas famílias.

Ao chegamos a Bauru, fomos muito bem recebidos pelas ENS daquela cidade. Fomos inseridos em uma equipe que estava no início da pilotagem, continuamos assim a nossa caminhada dentro do Movimento.

A equipe também nos acolheu e tivemos o orgulho de ser o pri-meiro Casal Responsável da Equi-pe que se tornou a extensão da nossa família.

Orgulhosos por realizarmos nosso sonho, agradecemos a Deus pelas Equipes de Nossa Senhora em nossas vidas e pelas pessoas maravilhosas que fizeram e fazem parte de nossa família.

Márcia e CélioEq.15B - N. S. do Sagrado Coração

Bauru-SP

A REAlIZAçÃO DE UM SONhO... SERMOS EQUIPIStAS

28 CM 472

ESPIRItUAlIDADE ANtES E DEPOIS

DAS ENS

No ano de 1996, recebemos o Sacramento do Matrimô-nio. A cerimônia foi muito simples e não tivemos comemo-rações, em compensação, bênçãos e graças estavam por vir, e em abundância, sobre nós, apesar de termos uma vida espiritual cristã embasada apenas nas missas dominicais; de vez em quando. Vivemos assim, sem cultivar nossa es-piritualidade, desde o casamento, até o dia em que fomos convidados para participar de uma Experiência Comunitária das Equipes de Nossa Senhora. A partir daí podemos dizer que aconteceu uma verdadeira reviravolta na vida espiritual deste casal tímido e envergonhado que, mesmo dizendo ser cristão católico, sentia até vergonha de falar do próprio Jesus Cristo. Hoje, passados 8 anos nas ENS, somos muito gratos ao Movimento que, através da vivência dos PCEs nos fez perder o medo e a timidez, para nos engajarmos nos serviços da nossa Paróquia, onde, atualmente, fazemos comentários nas missas, damos palestras para pais e padrinhos na prepa-ração para o Batismo, somos o casal vice-coordenador da Pastoral da Família e somos zeladores do dízimo, tudo isso graças a Deus, a Nossa Senhora e as ENS. Temos dois filhos; para a honra e glória do nosso Senhor Jesus Cristo, ambos já receberam a primeira Eucaristia e em breve serão prepara-dos para o Crisma. Louvamos a Deus todos os dias, por este Movimento ter entrado nas nossas vidas.

Sem nenhum receio de errar, podemos dividir nossa vida espiritual

e conjugal em duas etapas: antes e depois das Equipes de Nossa

Senhora.

Gecilma e BatistaEq.06 - N. S. da Conceição

Caicó-RN

CM 472 29

Irmãos, ao longo desses nos-sos 18 anos de equipe, que nem é tanto tempo assim, pois parece que foi ontem que tudo começou, vimos muitas coisas acontece-rem; poderiamos descrevê-las re-latando datas, fatos e tudo mais, porém o que queremos mesmo é falar sobre o quanto amamos e somos gratos a esse Movimento. Quanta alegria, quanto conheci-mento, realizações, crescimento humano e espiritual ele propor-cionou e continua a nos propor-cionar!

Quando olhamos para trás e vemos o caminho percorrido, conseguimos observar em que tempo avançamos mais depres-sa; quando nossa fé se fez mais forte, também quando caímos e nos levantamos, mas percebemos principalmente que, com a graça de Deus e a proteção de Maria, trilhamos o caminho certo.

Somos um casal apaixonado, e juntamente com nossa filha Ca-rol, formamos uma família cris-tã e feliz. Também somos muito apaixonados por nossa equipe de base. Quanta alegria ao nos reunirmos! Quantas bênçãos der-ramadas sobre nós, sobre nossos filhos! Quanta força temos juntos, para realizarmos as tarefas a nós propostas pelo Movimento, pelas nossas comunidades e também em favor dos menos favorecidos!

Tudo isso é possível quando se ama verdadeiramente o irmão equipista, entendendo as diferen-

ças, aceitando os seus defeitos e principalmente exaltando e ex-plorando o máximo de suas qua-lidades. Amar um irmão de equi-pe, não é simplesmente saber conviver, é rir e chorar com ele, é celebrar a vida, é vibrar, é rea-lizar, é crescer juntos na fé, é ver no seu irmão a imagem de Cristo.

Ser um irmão de equipe, na sua essência, é ser aquele que está disponível, que se preocupa, que tem uma palavra de apoio, de carinho, de conforto. É tam-bém ser aquele que se abre, se mostra tal como é, entende suas razões e se deixa levar muitas ve-zes pela emoção, que aceita as suas desculpas e o seu pedido de perdão, abre um largo sorriso com suas vitórias e agradece a Deus por elas na sua vida. Quer rezar com você, cantar com você, comemorar com você, ser feliz e se alegrar ao seu lado.

Lembrem-se sempre de que somos capazes de ser assim, po-demos sim realizar tudo isso, bas-ta amar verdadeiramente. Onde há “AMOR” tudo é possível.

Irmãos equipistas, amem e deixem-se ser amados. Nosso Mo-vimento é especial, tem um imen-so carisma e nos leva realmente à santificação conjugal, vamos vivê-lo em plenitude!

Marinez e MarceloEq.10 - N. S. Mãe da Igreja

Garça-SP

ONDE EXIStE O AMOR tUDO é POSSÍVEl

30 CM 472

Como filha de casal equipista, tenho a dizer que a influência das ENS foi muito grande na minha formação individual, e continua sendo na minha formação de es-posa e mãe. Tudo pelo exemplo, pois sempre senti o esforço dos meus pais em ser, para nós, filhas, um verdadeiro Casal Equipista: coerência entre fé e vida. Casal que faz parte das ENS tem que ser exemplo de família.

Também aprendi muito sobre disciplina com as ENS, pois a mística do Movimento é exigente. Acho isso fantástico, pois sempre acreditei que até no amor temos que ser disciplinados. Sempre vi meus pais procurando viver os PCEs, sempre estudamos os temas que, muitas vezes, eu lia para minha mãe para ajudá-la nas respostas. Achava os temas inte-ressantes; até hoje quando visito meus pais gosto de ler a Carta Mensal. Peguei emprestado o li-vro “Comunidade, Lugar de Per-dão e Festa”, tema de um ano que não lembro, mas isso não tem importância, o que importa mes-mo é o quanto ele é maravilhoso! Ou seja, até hoje recebo graças no meu lar através da participação de meus pais no Movimento.

Muitas das coisas que viven-cio na minha vida matrimonial eu aprendi com a vivência de meus pais nas Equipes. Ganhei a gra-ça de Deus, quando meu marido, aos 29 anos, fez sua primeira co-munhão e Crisma. Desde então, fazemos Oração Conjugal, Leitura

da Palavra diária, Dever de Sen-tar-se e Regra de Vida.

Até o formato das reuniões me chama atenção: o ato da refeição, a partilha dos pratos são exemplos que deveríamos viver em casa (comer na mesa todos juntos, par-tilhar nossos bens). Fico pensando como seria a vida de nossa família sem as ENS! Acho que seria dife-rente. Vejo como foi importante para meus pais, como casal, como membros de uma comunidade e como pais. Os PCEs dentro de sua simplicidade são balizadores para uma vida conjugal e familiar sadia; vejo tantas famílias doen-tes. Vejo os PCEs como remédio, como um caminho a seguir para tentar fazer certo.

Gostaria muito de participar do Movimento. Eu e meu marido já conversamos sobre isso, mas estamos aguardando o momento certo, já que estamos amadure-cendo juntos na fé, pois sabemos das exigências do Movimento e precisamos, ambos, estar prepara-dos para assumir com responsabi-lidade esse caminho.

Pai, Mãe, gostaria de dizer que admiro a perseverança de vocês, pois sei de muitas dificuldades que já passaram durante a cami-nhada, mas sei que isso tudo aju-dou vocês a se tornarem pessoas melhores.

Amo vocês! Ana Carolina

(filha de Juraci e Rubens)Eq.03A - N. S. das GraçasSão José dos Campos-SP

tEStEMUNhO DE UMA fIlhA

CM 472 31

Eu sempre conversava com meu irmão *Mário sobre o sen-tido profundo da nossa vida cristã no cotidiano. Relembrava a serenidade e dignidade com as quais envelheceram e morreram nossos pais.

Comentava sobre a vida de alguns santos. Por exemplo: Eliza-bete da Trindade, falecida aos 26 anos com mal de Addison, em meio a muitos sofrimentos. Na sua última carta à melhor amiga, ela escrevia: “Minha vida foi um céu antecipado. Porque eu acre-ditei que aquele que é o Amor mora dentro de mim, de dia e de noite e me convida a permanecer sempre n’Ele”.

Também a grande Doutora da Igreja Santa Teresa d’Avila. Ela agonizou durante poucos dias e faleceu aos 67 anos. Quando lhe trouxeram o Viático, isto é, a comunhão, ouviram-na dizer como num sopro: “Meu Senhor e meu Esposo, até que enfim estaremos juntos para sempre!”

Ambas eram monjas carmelitas descalças. Bem diferente da vocação para o casamento. Mas o Mário ouvia tudo isso com pro-funda atenção e, como Maria, “meditava tudo em seu coração”.

No início de maio de 2011, foi diagnosticado nele um câncer maligno, muito agressivo. Sua via sacra, vivida por ele e todos os familiares numa atitude profunda de fé cristã, terminou na ma-nhã do meu 69º aniversário: 25 de outubro de 2011.

Eu havia passado com ele um último fim de semana no início de outubro e ainda no hospital. Foi muito intenso, num ambiente de paz e oração com os familiares. A certo momento, bem tran-quilo, ele me disse: “Sabe, Tito, você me falou que Santa Teresa tinha o desejo de ir para o céu. Eu não consigo sentir isso. Minha vida já é um céu!”

Isso me fez meditar na comunhão dos santos e na comple-mentaridade das vocações na Igreja. Ele viveu sua vocação ma-trimonial e familiar de maneira exemplar. O testemunho das carmelitas o inspirou. Ele continua sua missão aqui na terra junto aos que o conheceram. Como Santa Terezinha do Menino Jesus: “Quero passar o céu fazendo o bem aqui na terra”.

**Pe. Tito Marega

* Mário Marega, pertencia à Equipe 7B de Marília-SP, desde 1984 e era irmão do Pe. Tito. Sua esposa Almeri, agora viúva, continua fazendo parte das ENS.

** O Pe. Tito Marega, religioso de São Vicente de Paula, foi Conselheiro Espiritual de 02 equipes em Marília-SP e agora reside em S. Gonçalo do Amarante-RN.

VOCAçÃO MAtRIMONIAl E fAMIlIAR

32 CM 472

Dia

do

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amo

rad

os ENAMORAR-SE jUNtAMENtE COM jESUS

“Se os olhos se cruzarem e houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você

está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso,

se o beijo for apaixonante e os olhos encherem-se de água,neste momento, perceba que existe algo mágico entre vocês.

Se o último e primeiro pensamento do dia forem nessa pessoa, se a vontade de ficar junto chegar a apertar o coração,

agradeça, porque algo do céu te mandou um presente: o amor!...” Carlos Drummond de Andrade

Quem de nós, casais, já não viveu esta experiência, quando eram jovens enamorados? Nós vivemos e foi mágico.

No próximo dia 8 de julho, com-pletaremos 24 anos de namoro, vi-vidos no sacramento do Matrimô-nio, dos quais 23 anos e 03 meses como casal equipista, com a graça de nosso Senhor Jesus Cristo. Du-rante esta caminhada vivenciando os PCEs, fomos descobrindo como é maravilhoso o nosso namoro sob o olhar do Senhor! Como é divi-no nos amarmos os dois, amar a Cristo, amor uno que interage nas nossas vidas!

Nossas almas se confundem na mesma fé e esperança, no desejo de uma intimidade cada vez maior com Deus. Temos a preocupação de continuarmos enamorados, de viver no nosso dia a dia a admira-ção que temos um pelo outro. Gosto de prestar a atenção nele, nos seus gestos, na maneira de se vestir, de se comportar, no carinho que tra-ta nossas filhas, a maneira que faz suas orações, no seu agradecimen-

to a Deus pela minha existência. Nas nossas orações, sinto sua mão apertando forte a minha, numa súpli-ca a Deus para que não nos deixe cair em tentação e que o Senhor sempre nos livre de todo mal. Deus criou o universo em harmo-nia, criou o amor e criou-nos um para o outro. Casais, namorem muito, falem muito de como o amor de Deus os tem tratado, com Seu carinho, Sua ternura, Sua gene-rosidade e paciência. Olhem para o passado e presente, apontando cada gentileza divina acontecida na vida de casados. Preparem-se para cada proposta do Movimento das ENS, as reuniões mensais, Re-tiros, formações, noites de oração, etc. como se estivessem indo para se conquistarem mais uma vez. Pensem em que roupa vestir, como arrumar os cabelos, que perfume usar, na forma de como ficar mais belo(a) para o outro(a). Assim, jun-tos, conquistarão Jesus, mais uma vez, com a vossa conjugalidade!

Marlene e Luis Antonio. CR Região SP Norte II

CM 472 33

O amor é um sentimento que se desenvolve, tanto do ponto de vista espiritual, como psicológi-co. Para aprender a amar, temos, antes, ter sido amados em nos-sa infância; aprendemos a amar através do amor incondicional de nossos pais, que mais tarde irá nos fazer entender o amor incon-dicional de Deus por nós.

Se os pais não tiverem esta condição, seus filhos vão sofrer da pior das privações, que é ser privado de amor. Sem amor, a vida não terá o sabor que dá a ela a alegria de viver. Os pais em geral naturalmente amam seus filhos e por eles poderão experi-mentar renúncias, compaixão e reciprocidade amorosa.

No casamento escolhemos a pessoa amada. Este amor precisa ser cultivado, a cada momento vamos construindo o amor pelo nosso cônjuge, isto demanda entrega. Se chegarmos a amar incondicionalmente nosso cônju-ge (o que não é simples ou fácil), pois exige aceitar o outro como ele é, com todas as suas carac-terísticas, aí sim poderemos con-siderar que de fato construímos nosso amor. O outro é diferen-te de nós e nisto consiste a sua graça, mas também o nosso tra-balho, pois buscamos uma total identificação com aqueles que amamos e, na verdade, ele tem aqueles aspectos que amamos e

aqueles de quem não gostamos.

É só nos lembrarmos de nossa alegria no início de qualquer re-lacionamento amoroso, quan-do descobrimos que o outro gosta das mesmas músicas, dos mesmos filmes, do mesmo pas-seio etc. Queremos nos identifi-car, mas ao mesmo tempo são as diferenças que fazem a diferença. Pois, em geral, não nos amamos tanto assim e amamos no outro “o que não é espelho”, como diz a música, pois só Narciso amou-se no espelho, mas, no fim, se perdeu nesta imagem e não pôde descobrir o verdadeiro amor.

Precisamos desenvolver nos-sa capacidade de entrega e de aceitação da diferença. Aceitar-nos mais e melhor irá nos levar a aceitar melhor o outro que amamos. Os filhos virão como um amor maior, f ru to des -te amor compartilhado no casal e pelo casal. Mas não devemos nos iludir que ter filhos facilita o amor do casal, pois na maioria das vezes não é assim. Os filhos vão ser um grande aprendizado amoroso e demandar dos pais se haverem com as diferenças de educação que tiveram; e é aí que suas diferenças vão cobrar-lhes um preço maior. Muitas de-savenças virão por conta de dis-cordâncias em relação à atitude de cada um, não como esposa e marido, mas como pai e mãe

AMOR E CASAMENtO

34 CM 472

que agora se tornaram.

Ampliar-se na condição de amar uma família vai ser um desafio e uma grande constru-ção amorosa. Se o casal puder se acompanhar mutuamente e compreender-se nas capacidades e dificuldades que a vida impõe a todos nós poderá progredir no amor e ser cada vez mais compa-nheiros e felizes.

As Equipes de Nossa Senho-ra trazem para todos nós, casais equipistas, uma forma de nos desenvolvermos na condição de amor conjugal; os PCEs , princi-palmente o Dever de Sentar-se, propõem uma gradativa con-quista da compreensão das dife-renças e busca de conhecimento mais profundo de si e do outro.

Quando Jesus nos en-sina que amemos ao nos-so próximo como a nós mesmos , na ve rdade fala de desenvolvermos o amor por nós mesmos e a aceitação de nossas características, para, de verdade, podermos amar os outros nossos compa-nheiros de jornada.

Nossa maior compa-nhia em geral é nosso cônjuge. Um casamen-to, muitas vezes, traz um tempo de intimidade

maior do que em quais-quer outros relaciona-mentos, durante toda a vida. Fernando Pessoa nos fala: “Vivemos to-dos, neste mundo, a bor-do de um navio saído de um porto que desconhe-cemos para um por to que ignoramos; deve-mos ter uns para com os outros uma amabilidade de viagem”.

Nesta viagem-travessia jun-to a nosso cônjuge, precisamos lembrar-nos da amabilidade para com o nosso maior companheiro de viagem entre estes portos. Po-deríamos acrescentar que Deus não só conhece o porto do qual saímos, como nos receberá na chegada ao nosso destino.

Desenvolver o amor em nos-so casamento é uma verdadei-ra aprendizagem de amar e é amando que cumprimos com aquilo que de melhor podería-mos aprender. Devemos come-çar a amar o próximo pelos mais próximos e daí ir ampliando esta nossa capacidade até, quem sabe, podermos ser capazes de amar todos os nossos irmãos, como Jesus nos ensinou e dar a vida por eles.

Marly e LazsloEq.02B - N. S. Mãe Aparecida

São José do Rio Preto-SP

Nesta viagem-travessia jun-

CM 462 35CM 472 35

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rçoO DEVER DE SENtAR-SE

Já pararam para pensar como a vida é corrida e o mundo baru-lhento? Ruído em casa, no trânsi-to, no trabalho, no mercado. No fim do dia, exaustos, ficamos alie-nados frente à televisão. Aposto que gostaríamos de dizer alguma coisa ao nosso par, reclamações ou elogios. Mas, deixamos para depois... Quando percebemos, há uma montanha de problemas, surgem crises e infelicidade. Sem tempo para solução, muitos pre-ferem “eliminar” o casamento. Põem a culpa um no outro e cor-rem para resgatar a vida. Vão às academias, às compras, fazem re-gime, pintam o cabelo. É fácil per-ceber que a falta de tempo con-duz à infelicidade. A correria nos deixa cegos para a vida e o ruído, surdos para o outro e para Deus. É preciso dar tempo ao tempo, desacelerar, parar um pouco e sentar-se para prestar atenção na vida e ouvir o outro.

O “Dever de Sentar-se” é um Ponto Concreto de Esforço. Não é uma conversa qualquer, em qual-quer lugar, para ser feito de qual-quer jeito, em qualquer momento, e sim num lugar onde paramos o tempo e nos afastamos do mundo. Onde devemos entrar despidos de uniforme, arma, cargo ou poder e revestidos de sinceridade, ponde-ração, aceitação e dispostos a es-cutar quem mais precisa falar. Um lugar santo para um encontro, não para uma batalha.

O esforço é de escutar o outro,

entender como ele nos vê. Como é doloroso ver nossa imagem de-formada. Antes de justificativas é preciso refletir: - em que eu co-laborei para que o outro criasse uma imagem tão imperfeita sobre mim? Por que ele/ela me vê as-sim? Como posso auxiliá-lo(la) a corrigir essa imagem deformada?

É preciso amor para reconhe-cer que demos motivos. Nossa imagem se deforma quando so-mos ríspidos, autoritários, egoís-tas, intolerantes. Deveríamos ser imagem e semelhança de Deus, mas nossos atos imperfeitos de-formam essa imagem.

É preciso amor para reconhe-cer que o defeito não está no outro, mas em nossos olhos que enxergam mal. Somos cegos, quando viramos as costas para o outro; quando não reconhecemos seu esforço; quando somos hostis; quando não reconhecemos sua fragilidade ou pensamos na pró-pria satisfação, sem dar conta de que ele está insatisfeito.

Naquele local especialmente escolhido, percebemos a presen-ça de Deus. Ao nos retirarmos, um anjo dirá: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque as primeiras coisas já são passadas” (Ap 21, 4).

Telma e MárcioEq.12B - N. S. da Esperança

Campo Grande-MS

36 CM 472

é QUEStÃO DE PRIORIDADE

Deus nos surpreende sempre!Nosso Conselheiro Espiritu-

al, Mons. João Olímpio Castello Branco foi pároco da Catedral de Limoeiro do Norte por mais de trinta anos. Ocorre que o Pe. João, mesmo em nossa paróquia, tinha dificuldades em participar de nossas reuniões, isso nos dois últimos anos.

A equipe decidiu, depois de ter ouvido o Casal Expansão, que ía-mos falar com o Padre para deixar a equipe, tendo em vista sua difi-culdade em participar além do fato de o mesmo ter sido transferido para uma paróquia vizinha, onde o Movimento também existia.

O certo é que aproveitamos a visita que o Padre João nos fez em nosso escritório e, já de caso pensado, eu e minha esposa suge-rimos, com muita delicadeza, que deixasse a equipe, para que pudés-semos convidar outro Conselheiro Espiritual.

Qual não foi nossa surpresa, e agradável surpresa, com a resposta de nosso querido Conselheiro: “É uma questão de prioridade”. Ele acrescentou: “não vou dei-xar a equipe”. Tirou do bolso sua

agenda e asseverou: se a reunião acontecer a cada segunda-feira do mês, comprometo-me não faltar. Utilizarei meu dia de folga, mas vou permanecer com vocês.

Isso não só nos invadiu de alegria por continuar contando com nosso SCE, mas também fez aprender mais uma lição: que fazer a Escuta da Palavra e Medita-ção, Oração Conjugal diária; que ler a Carta Mensal, instru-mento de formação contínua; que participar das formações que o Movimento nos oferece; que reali-zar, mensalmente, um constru-tivo Dever de Sentar-se; que lutar para melhorar cada dia, por meio da Regra de Vida; que usu-fruir dos benefícios do único PCE anual, o Retiro, é uma questão de prioridade.

Enfim, que ser equipista, gozar de suas graças, de seus benéficos, crescer na vida espiritual e conju-gal, lutar pela santidade, agir com fidelidade, entrega e abandono nas mãos de Deus, é uma questão de prioridade.

Maury, da ElenaEq.01 - N. S. do Perpétuo Socorro

Limoeiro do Norte-CE

Na prática os Pontos Concretos de Esforço são:

Atitudes que devemos assimilar e colocá-las em prática num caminho de conversão que vai nos transformando lentamente para uma vida conjugal mais plena. Atitudes estas que se perseverarem permitem-nos abrir mais e mais à vontade de Deus, o que nos leva a viver a verdade mais intensamente, aumentando assim nossa capacidade de encontro e comunhão.

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CARtA DE bRASÍlIA“mística de olhos abertos”

Por ocasião do XI Encontro In-ternacional das ENS, realizado em julho de 2012, foi divulgada a Car-ta de Brasília, contendo os desafios que o nosso Movimento deverá en-frentar nos próximos seis anos, e que também representam orientações e indicação de ações para cada um dos equipistas Ousar o Evengelho.

Estes desafios nos convidam –como casais – a sermos uma Igreja samaritana para com o cônjuge, para outros casais e para o mundo.

Ser uma Igreja samaritana, de acordo com o Documento de Apa-recida, que faz várias referências ao “bom samaritano”, significa ser uma Igreja seguidora de Jesus Cristo, uma Igreja missionária, uma Igreja misericordiosa, uma Igreja que ama o próximo, principalmente aquele que necessita de cuidados, de com-paixão, que “está caído à beira do caminho”. Ser uma Igreja samarita-na significa uma Igreja que cumpre o mandato do amor em relação ao seu próximo. Ser uma Igreja sama-ritana é, biblicamente, propor-se a uma profunda alteridade, ajudando ao próximo mais necessitado.

O primeiro desafio nos convida – como casais cristãos – a sermos o bom samaritano para nosso cônju-ge, como o próximo mais próximo e prioritário, vivendo a partir dele e estando a serviço de suas necessi-dades, iluminados e fortalecidos pela graça do sacramento do Matri-mônio, na busca da santidade. Para isso, é fundamental aprofundar e vi-

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ver a espiritualidade conjugal, ou o caminho da vida espiritual em casal.

O segundo desafio nos convoca a irradiarmos a espiritualidade con-jugal para aqueles casais que se en-contram em situações emblemáticas, com dificuldades em seu casamento, que fracassaram em seu amor, que estão tentando uma segunda união.

O terceiro desafio nos lança em missão, a serviço das urgências pas-torais mais imediatas da Igreja, na tarefa da Nova Evangelização dos casais e famílias, sendo um sinal de esperança e este “sorriso da Igreja para o mundo de hoje”.

Portanto, estes desafios da Car-ta de Brasília resumem a mística do nosso Movimento das ENS, como um leitmotiv (motivo condutor) que inspira, impulsiona e dá forças à atuação missionária dos seus casais.

E por que poderíamos chamar os desafios propostos na Carta de Bra-sília como uma “mística dos olhos abertos”? Porque propõem uma vi-são renovada da realidade do casa-mento e da família, que colocam Je-sus Cristo como sua última verdade e como seu fundamento vivo, atuan-te e sempre novo para os homens e mulheres de nosso tempo.

Representam uma “mística de olhos abertos” porque revelam a fé iluminada a partir da Palavra de Deus – da parábola do bom sa-maritano; porque abrem seu olhar para perceber a realidade do outro; e porque mergulham em situações

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humanas – felizes ou dilaceradas – a procura de Deus que atua na histó-ria humana dando nova vida.

Os desafios representam uma “mística de olhos abertos” porque a essência da espiritualidade que bus-camos não significa fugir do mundo e de suas realidades, mas de apro-fundar-se nele, de inserir-se nele, sendo uma pessoa igual às outras, estando com as outras pessoas onde elas mais precisam de nós.

Não representam, portanto, o que se poderia chamar de “projeção enganosa” para os próximos anos, ou de “fantasias alienantes” que se afastam da realidade do casamento e da família.

Como nos diz o Pe. Caffarel, se

as Equipes de Nossa Senhora “não forem fermento de renovação na Igreja, serão postas de lado, para dar lugar a novos movimentos mais ou-sadamente revolucionários, capazes de trabalhar pelo ‘aggiornamento’ da Igreja”.

É neste sentido que a Carta de Brasília conclama: “Casais das Equi-pes de Nossa Senhora, sejamos na Igreja e no mundo de hoje sinais de esperança e fermento de novas ge-rações que acreditam na vida, dando testemunho de que o Sacra-mento do Matrimônio é caminho de amor, felicidade e santidade”.

Mariola e Elizeu Eq.19E-N. S. das Famílias

Brasília-DF

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO PADRE CAFFAREL

RENOVAÇÃO

1. Pagar no Banco do Brasil a Contribuição Anual Conforme valores a seguir:• Membro associado ...........R$ 33,00• Casal associado .............. R$ 50,00• Membro benfeitor ........... R$ 83,00 (ou mais)

Banco do Brasil 001 - Agência no 1636-5 Conta corrente 44747-1 - Equipes de Nossa Senhora

2. Escrever, em letra de forma, no verso do recibo do banco o nome com-pleto de cada um dos cônjuges (no caso de casal) ou da pessoa que está asso-ciado, ou preencher a ficha abaixo.

Obs. No caso de tratar-se de uma Equipe, além de ser o nome da Equipe deve ser acrescentado o nome do Setor, da Região e da Província.

3. Enviar o recibo do depósito bancário e ficha de inscrição para o Secretariado Nacional: Rua Luís Coelho, 308, 5o andar cj. 53 – 01309-902 – São Paulo

FICHA DE INSCRIÇÃO

Novos Associados

Sobrenome _____________________________________________________________

Nome ______________________________ CPF ______________________________

Código Postal _______________ Cidade ___________________________________

E-Mail _________________________________________________________________

Data: _______/_______/________ Assinatura____________________________

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No

tíci

as

bODAS DE OURO

Heloísa e José Roberto

No dia 15.09.12, na Igreja N. S. do Bom Sucesso em Pindamo-nhangaba-SP, o casal comemorou suas Bodas de Ouro com uma missa em ação de graças presidida pelo querido Frei Laércio e com a presença de familiares, amigos e irmãos da equipe. O casal é um dos membros fundadores das ENS em Pindamonhangaba há 43 anos. O Setor Pindamonhangaba agradece e parabeniza o casal pelo carinho e disponibilidade do casal para com o Movimento e para as atividades pastorais. Que Deus os abençoe sempre e Nossa Senhora os acompanhe em todos os mo-mentos. (Nair e Paulo Eq.01A - N. S. do Bom Sucesso)

Nilza e Luiz

Integrantes há 18 anos da Eq.02A - N. S. Auxiliadora em Natal-RN, comemoraram suas Bodas de Ouro no dia 12.04.2013, com uma missa em ação de graças, que foi presidida pelo Mons. Lucas Batista Neto e concelebrada pelo Pe. Inácio Henrique, SCE da Equipe. Presentes, filhos, netos e genros, familiares, amigos e vários equipistas, que juntos agradeceram a Deus pelas graças recebidas nesses 50 anos de união conjugal do casal. Após a missa, o casal recebeu todos em alegre confraternização social. Os cinquenta anos bem vividos de Nilza e Luiz são testemunho vivo de amor e carinho, pois demonstraram sempre querer o bem um ao outro (Rute Helena e Nicolau, membros da Equipe).

jUbIlEU

DE OURO DE EQUIPE

Eq.01C - N. S. da PazÉ com muita alegria que a Região São Paulo Leste I, pelos seus Seto-res A, B, C, D, São José dos Cam-pos , Setor Jacareí, Setor Caragua-

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tuba e Setor Caçapava, comemora em 04.06.2013, os 50 anos de ca-minhada da nossa querida Eq.01C - Nossa Senhora da Paz.Tudo começou naquela noite de 04.06.1963, quando sete casais cristãos desejosos de realizar uma experiência num Movimen-to de espiritualidade conjugal recém-introduzido no Brasi l , se reuniram na residência de um dos casais, com a assistência do Pe. Pedro Lopes, de Tauba-té, como Sacerdote Conselheiro Espiritual provisório, para intro-duzir os casais na mística do Mo-vimento das Equipes de Nossa Senhora.Logo em seguida, designada como equipe 03, os casais iniciaram uma caminhada de crescimento na fé e na realização de seus anseios de viver um matrimônio feliz e aben-çoado por Cristo. Depois daquele dia, os caminhos da vida levaram a Equipe a receber novos casais e Conselheiros Espirituais, alguns dos quais já voltaram ao Pai. De equipe 03 passamos a equipe 02 e agora formamos a Eq.01C - Nossa Senhora da Paz.

jUbIlEU DE OURO SACERDOtAl

Dom Aloísio Hilário de Pinho

Bispo Emérito, a equipe N. S. de Caravaggio comemorou em 19.03.2013 o Jubileu de Ouro Sa-cerdotal de seu Conselheiro Espi-ritual. Nasceu em Mariana (MG) e se ordenou no dia 19/03/1963 em Roma – Itália. É da Congregação de São Luiz Orione que nos pede amor aos pobres, à Cristo, à Ma-ria e à Igreja, sempre na caridade. Podemos perceber em nosso SCE esse carisma e o amor aos irmãos que ele viveu em todas as comu-nidades por onde passou. Ainda nos primeiros passos, nossa equi-pe sente-se abençoada e forta-lecida tendo Dom Aloísio como SCE e amigo; suas palavras, sua sabedoria e profunda espirituali-dade nos fazem meditar e nos im-pulsionam a mudanças para dias melhores, não somente para nós, mas também ao nosso próximo.Pedimos a Deus que o abençoe e Nossa Senhora o proteja para que possa com saúde continu-ar sua caminhada no testemu-nho da fé. (Edna e Silvio Sulatto - Eq.12B - N. S. de Caravaggio - Rio Claro-SP).

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jUbIlEU DE PRAtA DE EQUIPE

Eq.05C - N. S. Mãe de Deus

Nossa equipe foi criada há 25 anos. Em 1991 sofreu reformulação com a inserção de seis casais (dentre os quais nós) e com a manutenção de dois outros que, humildemente, permaneceram e tiveram a paciên-cia e o acolhimento para começar tudo de novo conosco. Com ex-ceção de um casal que já está ao lado do Pai, continuamos juntos até hoje, buscando avançar rumo ao crescimento espiritual em ca-sal, em equipe e individualmente. Muitas conquistas e acontecimen-tos marcantes vivenciamos ao lon-go desses 21 anos de caminhada. Destacamos um deles: o dia em que, na década de 90, participáva-mos no Retiro Anual pregado pelo nosso dileto amigo e nosso SCE Pe. Jarbas Brandini Dutra, homem de rara sensibilidade e detentor de alto crescimento espiritual. Neste evento tivemos a honra, a satisfa-ção e a graça de conhecermos e conversarmos com Dona Nancy Moncau, nada mais nada menos

que a mentora e iniciadora do Movimento no Brasil. Como se fosse hoje, lembramos da frase de sua autoria, divulgada e debatida naquele dia: “Olhamos prá trás e vemos as belezas do Salvador e também vemos aquilo que não é tão belo no ser humano”. (Adriana e Jorge Abdanur - Eq.05C - Nossa Senhora Mãe de Deus - São José do Rio Preto-SP).

ORDENAçÃO SACERDOtAl

Pe. Marco Aurélio Moraes de Aguiar

É com grande alegria que anuncia-mos sua ordenação no dia 05.01.2013, na Ca-tedral de Santana em Mogi das Cruzes-SP, pela imposição das mãos de D. Pedro Luiz Stringhini (Bispo de Mogi das Cru-zes). O Pe. Marco Aurélio é o SCE da Eq.02B - N. S. Imaculada Conceição.

Pe. Paulo Eduardo Ferreira de Souza

Nossa equipe está em festa. Nosso Conselheiro Espiritual em resposta à devoção e confiança que sempre teve na Mãe querida escolheu o Santuário Diocesano Nossa Se-nhora Aparecida para receber o Sacramento da Ordem. Ficamos muito felizes e prontos para colaborar com

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ele, sempre, para que essa bonita data seja abençoada em sua vida e um marco inicial de seu ministério sacerdotal. Que ele possa desfrutar de tudo que o Senhor lhe está re-servando, com as responsabilida-des inerentes a esta maravilhosa função. Além da alegria com esse grande acontecimento, pois nossa equipe tem sido agraciada com

sua presença orientadora, firme e fraterna, rezamos em agrade-cimento e na intenção de que esta nova etapa de vida seja profí-cua a todos nós. Que Deus o ilumi-ne, para que a Diocese de Jundiaí e toda a Igreja se enriqueçam com sua sabedoria. Deus seja louvado! (Eq.05B - N. S. Aparecida - Jun-diaí-SP).

VOltA AO PAI

Rubens (da Euzélia)No dia 28.03.2013

Integrava a Eq.05 - N. S. do Rosário de Fátima Araçatuba-SP

Haydeé (do José)No dia 12.12.2012

Integrava a Eq.02 - N. S. do RosárioLouveira-SP

José (viúvo da Haydeé)No dia 18.01.2013

Integrava a Eq.02 - N. S. do RosárioLouveira-SP

Pe. Antônio Wartha

No dia 22.03.2013Era SCE das Eq.07 - N. S Lourdes e Eq.08C

N. S da Conceição e SCE do Setor Costa da Lagoa Capivari-RS

João (da Helena)No dia 02.04.2013

Integrava a Eq.92 - N. S. Mãe de Deus Carlos Barbosa-RS

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CN

SE

Que bom foi es-tarmos reunidos lou-vando a Deus no V Encontro Nacional de Coordenadores Re-gionais e Locais do Movimento da Comu-nidade Nossa Senho-ra da Esperança, que se realizou no Instituto PIO XI - São Paulo, no dia 28 de abril de 2013. Neste En-contro se fizeram presentes a Co-ordenadoria Nacional, bem como as Coordenadorias Regionais e Locais de quase todo Brasil, onde, sob as bênçãos de Nossa Senhora da Esperança, Casais das ENS, Sa-cerdotes Conselheiros Espirituais e Orientadores Espirituais levam às Pessoas Sós a graça e o amor de DEUS.

Neste ano o Movimento das CNSE está comemorando 10 anos no Brasil, atualmente com 207 grupos (houve um aumen-to de 15,34% em relação ao ano de 2012) formados nessa terra de Santa Cruz, onde nossa padroeira veio na embarcação de Cabral e esteve presente derramando bên-çãos na imensa nação brasileira quando da 1ª Missa celebrada no Brasil, 26 de abril sendo esta data o seu dia comemorativo.

No encerramento do nosso

hOjE é tEMPO DE lOUVAR A DEUS

Encontro, saímos fir-mes e felizes, com to-dos os ensinamentos ministrados, levando em nossas bagagens muito amor e muita vontade de continu-ar o trabalho inicia-do por Dona Nancy Moncau, discípula do grande profeta

Pe. Henry Caffarel. Levamos também o livro “O Amor Mais For-te que a Morte”; livro editado na França e reeditado no Brasil, em 1972, pela Editora Ave Maria que trazia importantes reflexões do Pe Caffarel, Pe Carré e outros sobre o “estado de vida da viuvez”.

Por uma graça especial a Equi-pe da Super-Região Brasil autori-zou que a Nova Bandeira - Pro-duções Editoriais fizesse a edição de um Livro baseado no original publicado no Brasil.

Como a gratidão é a memória do coração, nós, Casais do Movi-mento da CNSE devemos nos dis-ponibilizar a abraçar, amar e nos doar às missões que se fizerem ne-cessárias no Movimento da CNSE sob a bênção de Deus.

Toinha e GeorgeCasal Regional Pernambuco

Olinda-Pe

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EJN

S jMj - A jUVENtUDE DO MUNDO INtEIRO SE ENCONtRA

NO RIO DE jANEIROEm julho deste ano, o Rio de Janeiro se tornará um campo

santo, onde a juventude católica do mundo inteiro receberá o Papa Francisco e com ele darão testemunho do Cristo jovem que convi-da à missão e ao discipulado.

Com grande alegria, a Igreja do Brasil convoca a juventude para este momento rico de testemunho, oração, fraternidade, amizade, cultura, vocação e, de modo especial, de comunhão entre os jo-vens do mundo, e a JMJ – Jornada Mundial da Juventude - con-vida a juventude, mas, não só ela, a ir a todas as nações, fazendo discípulos seguidores do Cristo Ressuscitado. Enquanto isso o COL - Comitê Organizador Local - tem se empenhado para acolher, esclarecer e colaborar para que este momento seja fecundo para todos os católicos.

No Rio de Janeiro, a juventude terá encontros de oração, de intercâmbio cultural, de manifestações de fraternidade e alegria, além dos momentos formativos nas diversas catequeses que acon-tecerão ao longo da semana da JMJ. Tudo tem sido preparado com muito carinho, para apresentar ao mundo a religiosidade do jovem brasileiro, que se faz missionário em orações a serviço do Senhor.

Na arquidiocese de Ribeirão Preto, cerca de 800 jovens com-põem a delegação oficial, além daqueles que, participam através dos diversos movimentos e pastorais. O que esperamos é que este encontro íntimo com Jesus Cristo e com os irmãos de idiomas di-ferentes, mas que constituem o mesmo corpo místico, impulsione nossos jovens para o caminho do amor ágape e, deste modo irem ao encontro dos irmãos e irmãs que ainda não fizeram a experiên-cia do amor restaurador de Deus.

Que a Virgem Santíssima interceda por todos nós e que, ao nos encontrarmos no Rio de Janeiro, sejamos um só coração, uma só voz, um só sentimento a proclamar entre todas as nações a presen-ça viva de Jesus Cristo no meio de nossa juventude!

Padre Anderson Xavier LopesAssessor do Setor Juventude

Arquidiocese de Ribeirão PretoRibeirão Preto-SP

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Ref

lexã

oCOMO lIDAR COM PESSOAS DIfÍCEIS, A COMEçAR POR MIM

Não me ame somente quando mereço, mas princi-

palmente quando não mereço, porque é quando mais preciso”

(Provérbio árabe).

Investir no AMAR (capacida-de de amar). “Ama a teu próximo como a ti mesmo”. Quem não quer bem a si mesmo, não há de querer bem aos outros, porque é muito difícil dar a vida pelo outro. Fugimos de tudo que custa, que é difícil, que exige esforço, que do-bra, que dói. Para amar é necessá-rio sacrificar-se (2Cor 12, 6).

“Que ninguém tenha a meu respeito conceito superior àquilo que vê em mim ou ouve dizer de mim.”

É nos relacionando que vamos nos machucando ou nos curando. Somos humanos (falhos), somos semelhantes.

Erramos, sofremos, nos decep-cionamos e somos decepcionados, machucamos e somos machuca-dos. Há momentos em que reve-lamos a criança que existe dentro de nós, que se caracteriza pela espontaneidade; afasta-se ou foge do que não gosta. Quero me com-portar como adulto, que avalia as-pectos reais e amplos para chegar a uma conclusão lógica? Ou como pessoa conservadora, rígida, pre-conceituosa, exigente, radical que não pensa e não reflete, mas que segue padrões incorporados de pensamentos e atitudes?

Sou personalidade difícil? Eu? Sim. Todas as vezes que me compor-to como pessoa rígida, radical, pre-conceituosa, rebelde ou agressiva.

Ser maduro e adulto é magoar menos os outros.

As pessoas rígidas e radicais, rebeldes e agressivas não são bem recebidas por ninguém. Veja a do-çura de Jesus: Não vos chamo ser-vos, mas amigos...

Comportar-se de maneira adulta é manter-se no presente, no aqui e no agora. Avaliar a realidade sem emoções. Usar o passado somente como referência – não como critério único. Vencer medos e aflições. “Torna-se mais fácil e mais encorajador olharmos para dentro de nós mesmos.”

Como harmonizar a crian-ça que existe dentro de mim? Desenvolvendo pensamentos e atitudes bem criativas, manten-do uma postura bem humora-da. Expressões sem disfarces, sem agressividades e sem rebel-dias. Deixar de reclamar e passar a viver melhor.

Valorize a vida! As dores e as alegrias nos tornam mais adap-táveis a este mundo. Nosso lema da existência é melhorar sempre em tudo. Não importa o que fa-lam sobre você, e sim como você se vê, o que pensa, fala e faz de si mesmo.

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“Diz-me com quem andas e o que pensas e eu te direi para onde vais.”

O que eu desejo contribuir para a comunidade? O que pos-so oferecer? O que posso receber? Sabemos que um dia morreremos. Mas poucos aprendem a viver.

Para conhecer e aprender a li-dar com pessoas difíceis, a come-

çar por mim, preciso reconhecer-me como pessoa difícil em algu-mas áreas de minha vida ou em algumas circunstâncias.

Toda mudança só pode come-çar por mim.

Pe. Edilson Antônio ManoelSCE Região Minas II e de

várias equipes de Divinópolis

“Esta peregrinação foi um acon-tecimento marcante para as Equi-pes do Brasil”, escreve D. Nancy em seu livro: O Sentido de Uma Vida (sobre seu marido Dr. Pedro Moncau Jr.).

Pela primeira vez alguns equi-pistas brasileiros participaram de um grande evento internacional. O Brasil foi representado por três casais, dentre eles D. Nancy e Dr. Pedro Moncau, na época Casal Responsável do Setor Brasileiro.

A participação do casal Mon-cau foi uma vitória do Auxílio Mútuo, que é um dos pontos da Mística das ENS, essa maravilho-sa invenção cristã que as equipes tanto procuram valorizar.

Pe. Caffarel insistia na presen-ça de D. Nancy e Dr. Pedro, que não tinham condições de arcar com as despesas, e o Movimen-to, ainda com poucas equipes no Brasil, não podia financiar a via-gem (os outros dois casais viaja-ram por conta própria).

Faltavam 15 dias para o início da Peregrinação quando Pe. Lio-nel Corbeil, SCE do 1º Setor do Brasil, telefonou ao casal dizen-do que Pe. Caffarel fazia questão da presença deles, que se prepa-rassem, pois as passagens já es-tavam providenciadas.

Essa dificuldade estava resol-vida, mas havia outra: Nancy e

PRIMEIRA PEREgRINAçÃO INtERNACIONAl DAS ENS

– ROMA – 1959:

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Pedro tinham cinco filhos e mais duas crianças (de uma prima) que eles cuidavam. Tudo tam-bém foi resolvido; três casais que moravam no bairro se prontifica-ram a cuidar dos três filhos me-nores. Com relação aos outros quatro, D. Nancy relata em seu li-vro: “Foi então que o auxílio mú-tuo deu o seu golpe de mestre, quando um jovem casal equipis-ta juntou seus pertences, fechou sua casa e, com sua filhinha de dois anos e um bebê de meses, mudou-se para nossa casa, e lá ficou cuidando de nossa família durante os 42 dias em que esti-vemos fora”.

Que magnífico gesto de frater-nidade, de renúncia e tudo mais que envolve a ajuda mútua, que deve ser vivenciada e valorizada por todos nós equipistas. Será que teríamos a coragem de repe-tir esse gesto? Deixar o conforto de nossa casa e se mudar para outra, e, observem, não foi ape-nas um final de semana, mas sim 42 dias. Isso é para nos fazer re-fletir profundamente sobre nosso compromisso para com as ENS.

Durante esta peregrinação a Roma houve um acontecimento muito significativo, pois mostrou a importância das ENS do Brasil, isso com apenas nove anos de existência.

Foi realizada uma audiência dos equipistas, das 14 nações que se achavam representadas, com o Papa João XXIII e, em dado mo-mento, após o discurso do Santo Padre, que mostrou um conheci-mento perfeito dos Estatutos das ENS, Pe. Caffarel levou o casal

Moncau até João XXIII e os apre-sentou como representantes do Brasil que, emocionados, recebe-ram a bênção Papal. Foi uma mar-ca de profunda deferência do Pe. Caffarel para com D. Nancy e Dr. Pedro e para com as Equipes do Brasil, pois somente eles até en-tão, tiveram esse privilegio de se aproximar do Papa.

Estes dois acontecimentos fa-zem parte da história dos 60 anos das ENS no Brasil graças ao es-forço e dedicação de D. Nancy e Dr. Pedro Moncau Jr.

Equipistas, sejamos fiéis guar-diões desse tesouro que é o Movi-mento das ENS, testemunhando o amor de Deus, que habita em nós, no serviço ao próximo como vimos nos exemplos acima.

Bega e Rubinho Eq.03A - N. S. da Saúde

Jaú-SP

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Impelidos por nosso dever pastoral como católicos, pro-venientes de diversas áreas do conhecimento; prosseguindo a tradição profética da Igreja que, nos momentos mais signi-ficativos dos debates acalorados que acontecem em todos os rincões do nosso país, sempre se manifestou em favor do di-reito à vida - nos vemos no dever de manifestar publicamente nossa rejeição e contraposição a dois pontos deste Programa:

Somos a todo momento em favor da vida, da família e contrários à descriminalização do aborto. A vida é um Dom de Deus, indivisível, inatingível e emoldurada à semelhança do Pai dos Céus. A definição da gravidez, a sua evolução, bali-zada na divisão embrionária paulatina e progressiva, confere, ao ser em desenvolvimento, oportunidade única de integrar a gama de bilhões de seres humanos que puderam adquirir a beleza singular do nascer. São nove meses de crescimento e fortalecimento de sistemas corpóreos, integração de células e conexões que hoje nenhum computador conseguiu copiar e duplicar! Até o dia de hoje, a ciência busca compreender ain-da mais os critérios de evolução embrionária, seus sinais e for-mas de associação com o meio e o seu modo de vida. Temos, pois, ainda muito a descobrir! Mas não podemos esquecer que o cerne da vida se estabelece em Deus.

Outro ponto infeliz se estabelece na busca da proibição de símbolos da Igreja em estabelecimentos públicos da União. Não podemos nos curvar a medidas que expurgam símbolos religiosos das nossas salas de aula e de nossos locais de traba-lho! Muitas destas propostas hoje apregoadas ferem e banali-zam a vida e o culto respeitoso de nossa Igreja sempre católica e firme aos preceitos evangélicos. Não se pode descaracterizar a instituição familiar do Matrimônio, atingida fortemente por este programa nacional. A luta integrada de diversos segui-mentos respeitosos e atentos da sociedade0brasileira propor-cionou a não promulgação deste programa pelo executivo.

Eq. N. S. Aparecida Belo Horizonte-MG

DIgAMOS NÃO AO PNDh3III Programa Nacional de Direitos Humanos

Atu

alid

ade

MEDITANDo EM EquIPESem sombra de dúvidas, Santo Antônio (de lisboa, onde

nasceu em 1195; ou de Pádua, onde morreu em 1231) é um dos santos mais populares do mundo. é o santo dos milagres, da bilocação, das trovas, das lendas, das coisas perdidas, dos namoros e dos casamentos. todavia, não esqueçamos que ele é um dos doutores da Igreja, e que “a sua intensa formação cultural, teológica e bíblica o levaram a percorrer a via de uma assídua busca de Deus, alimentada por uma intensa piedade e por uma insaciada nostalgia da contemplação” (joão Paulo II). E também que, no dizer do Pe. Antonio Vieira, “é o português que no mundo inteiro mais honrou Portugal!”

Escuta da Palavra em 2Cor 4, 1-13

Sugestões para a meditação:

1. “Não falsificamos a palavra de Deus” (v.2). E como poderíamos falsificá-la?

2. “Não pregamos a nós mesmos” (v.5). Quando é que nos pregamos a nós mesmos?

3. “trazemos este tesouro em vasos de argila” (v.7) O que Paulo quer dizer com isso?

4. “Cremos, e por isso falamos” (v.13) Você vive, de fato, este compromisso?

Frei Geraldo de Araújo Lima, o. Carm.

oração Litúrgica

“Aplico meu coração a praticar teus estatutos; é a minha recompensa para sempre.Detesto os corações divididos e amo a tua lei. tu és meu abrigo e meu escudo, espero em tua palavra.Afastai-vos de mim, perversos, guardarei os mandamentos de meu Deus.Sustenta-me, conforme tua promessa, e viverei; não deixes que minha esperança me envergonhe.Apoia-me e serei salvo e estarei sempre atento aos teus estatutos.Desprezas todos os que desviam dos teus estatutos, pois o seu cálculo é mentira.Reduzes à escória todos os ímpios da terra; por isso amo teus testemunhos.Minha carne se arrepia com temor de ti, e temo por causa de tuas normas.Pratiquei o direito e a justiça; não me entregues aos meus opressores”

(Sl 119,112-121).

Movimento de Espiritualidade Conjugal

R. Luís Coelho, 308 • 5º andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SPFone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de Nossa Senhora

Oração a São Paulo

Ó glorioso e grande apóstolo São Paulo, mestre dos gentios, corajoso, seguidor de Cristo, destemido evangelizador, fundador de comunidades, dai-nos este espírito de apóstolo de vosso Mestre Jesus, a fi m de que possamos dizer a todos - “Já não sou eu quem vive, mas é o Cristo que vive em mim”.

Iluminai a todos os povos com a luz do Evangelho, que com tanto amor testemunhastes, procurando estabelecer no mundo, o Reino da justiça e de amor do vosso Mestre. Suscitai muitas vocações missionárias, que a vosso exemplo, levam Cristo a todos os povos.

Oração a São Pedro

Ó glorioso São Pedro, Príncipe dos Apóstolos, a quem o SENHOR JESUS escolheu para ser o fundamento da Igreja, entregou as chaves do Reino dos Céus e constituiu Pastor universal dos fi éis, queremos ser sempre vossos súditos e fi lhos.

Confi antes na Palavra do SENHOR, que vos concedeu o encargo de confi rmar os irmãos na fé, nos conceda a graça de professar com fi rmeza a nossa fé em CRISTO, e permanecer naquele fervoroso amor.

Fazei que sejamos fi éis aos ensinamentos do evangelho, a fi m de permanecermos unidos no rebanho do SENHOR, sob a vossa guarda, e que, após o tempo desta vida, possamos nos unir para sempre à Igreja triunfante no céu.