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 Em solos saturados (finos – elevado índice de vazios), a variação de volume é devida à drenagem da água. Esta situação é verificada para o caso de ocorrência de argilas sedimentares em que se tem S  100%. Estes solos se formam pelo transporte da água – se formam em regiões baixas – topografia “plana”, em que o NA é elevado. No caso de solos de formação não sedimentar  (formados no local da rocha de origem) correspondente a situações de cotas mais elevadas, não se tem o NA elevado, conseqüentemente se encontram freqüentemente não saturados. Desta forma não se esperam adensamento destes solos assim como em solos granulares que apresentam permeabilidade elevada, não sendo submetidos ao processo de drenagem lenta como no caso dos solos argilosos – “sujeitos ao efeito do adensamento”. O fluxo (drenagem) da água no solo é governado pela lei de Darcy  v = k.i  a variação de volume não é imediata, sendo função da velocidade com que ocorre o fluxo. A compressibilidade de um solo irá depender do arranjo estrutural das partículas que o compõe e do grau em que estas são mantidas uma em contato com a outra. Variação de volume →  devido à variação das t ensões efetivas (princípio das tensões efetivas)  No caso do carregamento confinado a deformação volumétrica correspon de a deformação específica vertical          = 0 h h V ε  .  Ensaio de adens amento ou de co mpressão conf inada (oedomét rico) Dentre os parâmetros de compressibilidade que o engenheiro geotécnico necessita para a execução de projetos e o estudo do comportamento dos solos, destacam-se a pressão de pré-adensamento, σ σ σ σvm , o índice de compressão, Cc, e o coeficiente de adensamento, c v . A obtenção desses parâmetros se dá a partir de resultados de ensaios de compressibilidade do solo. O estudo de compressibilidade dos solos é normalmente efetuado utilizando-se o oedômetro, que foi desenvolvido por Terzaghi para o estudo das características de compressibilidade e da taxa de compressão do solo com o tempo. A Figura 3.1 apresenta o aspecto do recipiente do aparelho em que é colocada a amostra, utilizado nos ensaio de compressão confinada. Figura 1 – Oedômetro utilizado nos ensaios de compressão confinada (de adensamento)

Ensaio de Adensamento Ou de Compressão Confinada

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Em solos saturados (finos – elevado índice de vazios), a variação de volume édevida à drenagem da água. Esta situação é verificada para o caso de ocorrência de

argilas sedimentares em que se tem S ≅≅≅≅ 100%. Estes solos se formam pelo transporte da

água – se formam em regiões baixas – topografia “plana”, em que o NA é elevado.No caso de solos de formação não sedimentar  (formados no local da rocha de

origem) correspondente a situações de cotas mais elevadas, não se tem o NA elevado,conseqüentemente se encontram freqüentemente não saturados. Desta forma não seesperam adensamento destes solos assim como em solos granulares que apresentampermeabilidade elevada, não sendo submetidos ao processo de drenagem lenta como nocaso dos solos argilosos – “sujeitos ao efeito do adensamento”.

O fluxo (drenagem) da água no solo é governado pela lei de Darcy → v = k.i ∴ avariação de volume não é imediata, sendo função da velocidade com que ocorre o fluxo.

A compressibilidade de um solo irá depender do arranjo estrutural das partículasque o compõe e do grau em que estas são mantidas uma em contato com a outra.

Variação de volume →  devido à variação das tensões efetivas

(princípio das tensões efetivas)

 No caso do carregamento confinado a deformação volumétrica corresponde a

deformação específica vertical    

     ∆=

0hh

V ε   .

 Ensaio de adensamento ou de compressão confinada (oedométrico)

Dentre os parâmetros de compressibilidade que o engenheiro geotécnico necessitapara a execução de projetos e o estudo do comportamento dos solos, destacam-se a pressãode pré-adensamento, σσσσ’vm, o índice de compressão, Cc, e o coeficiente de adensamento, cv.A obtenção desses parâmetros se dá a partir de resultados de ensaios de compressibilidadedo solo.

O estudo de compressibilidade  dos solos é normalmente efetuado utilizando-se ooedômetro, que foi desenvolvido por Terzaghi para o estudo das características decompressibilidade e da taxa de compressão do solo com o tempo. A Figura 3.1 apresenta o

aspecto do recipiente do aparelho em que é colocada a amostra, utilizado nos ensaio decompressão confinada.

Figura 1 – Oedômetro utilizado nos ensaios de compressão confinada (de adensamento)

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As fotos abaixo mostram a imagem de 5 tubos de shelby (com amostra de argilamole) na câmara úmida e do equipamento de adensamento.

O ensaio de compressão oedométrica  (também referido como ensaio de

compressão confinada ou ensaio de adensamento) é o mais antigo e mais conhecido para adeterminação de parâmetros de compressibilidade do solo. O ensaio consiste nacompressão de uma amostra de solo, compactada ou indeformada, pela aplicação valorescrescentes de tensão vertical, sob a condição de deformação radial nula. As condições decontorno estão apresentadas na Figura 3.2.

Figura 2 – Condições de contorno do ensaio de compressão confinada

O ensaio é realizado mantendo a amostra saturada e utilizando duas pedras porosas(uma no topo e uma na base) de modo a acelerar a velocidade dos recalques na amostra e,conseqüentemente, diminuir o tempo de ensaio. Durante cada carregamento, são efetuadas

leituras dos deslocamentos verticais do topo da amostra e do tempo decorrido.

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•  Procedimento do ensaio (resumido)NBR 12007 MB 3336 (ABNT) – Solo – Determinação de Adensamento Unidirecional

−  Saturação da amostra

− 

Aplicação do carregamento−  Leituras, geralmente efetuadas em uma progressão geométrica do tempo

(15s, 30s, 1min, 2min, 4min, 8min, ... 24hs), dos deslocamentos verticais dotopo da amostra através de um extensômetro

−  Plotar gráficos com as leituras efetuadas da variação da altura ou recalqueversus tensões aplicadas

−  A partir da interpretação dos gráficos, decidir se um novo carregamentodeve ser aplicado. Repetem-se os processos anteriores.

−  Última fase: descarregamento da amostra.•  Seqüências usuais de cargas

(em kgf/cm2

) : 0,10, 0,20; 0,40; 0,80; 1,60, 3,20, 6,40,; etc (em kPa) : 10, 20, 40, 80, 160, 320, 640, etc

∴ em geral são aplicados de 5 a 8 carregamentos →  podendo chegar a quase 2

semanas de ensaio

obs.: 1 kN = 0,1 t 1 t/m2 = 10 kPa1 kgf = 9,81 N 1 kgf/cm2 = 10 t/m2 

1 kgf/cm2 = 100 kPa