Ensaio de Tração

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  • ENSAIOS

    MECNICOS

  • Introduo

    Como voc se sentiria se um produto que voc acabou de

    desenvolver quebrasse ao ser utilizado logo nas

    primeiras vezes?

    Nos sculos passados, a construo dos objetos era

    essencialmente artesanal, no havia um controle de

    qualidade e avaliava-se a qualidade do produto

    simplesmente pelo prprio uso.

  • Introduo

    Criao de mtodos padronizados para o controle de

    qualidade dos produtos em decorrncia de:

    Novas matrias-primas;

    Desenvolvimento dos processos de fabricao.

    Atualmente, entende-se que o controle de qualidade

    precisa comear pela matria-prima e deve ocorrer

    durante todo o processo de produo, incluindo a

    inspeo e os ensaios finais nos produtos acabados.

    Os ensaios so importantes para verificar se os materiais

    apresentam as propriedades que os tornaro adequados

    ao seu uso.

  • Para que Servem os Ensaios?

    Garantir que os produtos foram fabricados com as caractersticas

    necessrias para suportar os esforos aos quais sero

    expostos.

    Os ensaios mecnicos dos materiais so procedimentos padronizados

    para testes em conformidade com normas tcnicas.

    Um ensaio consiste em submeter um objeto j fabricado ou um

    material que vai ser processado industrialmente a situaes que

    simulam os esforos que eles vo sofrer nas condies reais de

    uso, chegando a limites extremos de solicitao.

  • Onde so Realizados os Ensaios?

    Na prpria oficina;

    Em laboratrios de ensaios certificados.

    Os ensaios podem ser realizados em:

    Corpos de prova (CP)

    Prottipos

    Produto final

    Prottipo a verso preliminar de um produto, produzida em

    pequena quantidade, e utilizada durante a fase de testes e

    desenvolvimento.

    Corpo de Prova uma amostra do material que se deseja testar,

    com dimenses e forma especificadas de acordo com normas

    tcnicas.

  • Tipos de Ensaios Mecnicos

    Os ensaios mecnicos podem ser classificados em 2 tipos:

    Ensaios destrutivos;

    Ensaios no destrutivos.

    Ensaios destrutivos so aqueles que deixam algum sinal na pea ou

    corpo de prova submetido ao ensaio, mesmo que estes no fiquem

    inutilizados.

    Exemplos: trao / compresso / dobramento / dureza / impacto.

    Ensaios no destrutivos so aqueles que aps sua realizao no

    deixam nenhuma marca ou sinal e, assim, nunca inutilizam a pea

    ou corpo de prova. Por essa razo, podem ser usados para detectar

    falhas em produtos acabados e semiacabados.

    Exemplos: visual / lquido penetrante / ultrassom

  • ENSAIO DE

    TRAO

  • Ensaio de Trao

    Consiste na aplicao de carga de trao uniaxial crescente

    em um corpo de prova especifico at a ruptura.

    O corpo de prova preso pelas extremidades nas garras de fixao do

    dispositivo de testes. A mquina de ensaio de trao alonga o corpo de

    prova a uma taxa constante.

    A mquina de ensaio fornece um grfico que mostra as relaes entre a

    fora aplicada e as deformaes ocorridas (variao no comprimento).

    A determinao das propriedades do material ensaiado obtida pela

    relao entre a tenso e a deformao.

  • Corpos de Prova

    O ensaio de trao feito em corpos de prova com caractersticas

    especificadas de acordo com normas tcnicas para que os resultados

    obtidos possam ser comparados ou reproduzidos.

    Utilizam-se corpos de prova de seo circular ou de seo retangular,

    dependendo da forma e tamanho do produto do qual foram retirados.

    A parte til do corpo de prova (Lo) a regio onde so feitas as medidas

    das propriedades mecnicas do material.

    Entre as cabeas e a parte til h um raio de concordncia para evitar

    que a ruptura ocorra fora da parte til do corpo de prova.

  • Corpos de Prova

    As cabeas so as regies extremas, que servem para fixar o corpo de

    prova mquina, de modo que a fora de trao atuante seja axial.

    Devem ter seo maior do que a parte til para que a ruptura do corpo

    de prova no ocorra nelas. Suas dimenses e formas dependem do

    tipo de fixao mquina. Os tipos de fixao mais comuns so:

    cunha rosca flange

  • Deformao

    Um corpo preso numa das extremidades, submetido a uma fora

    aplicada na direo do eixo longitudinal (fora axial).

    A aplicao de uma fora axial de trao num corpo preso produz uma

    deformao no corpo, isto , um aumento no seu comprimento com

    diminuio da rea da seo transversal.

    Este aumento de comprimento recebe o nome de alongamento.

  • Deformao

    Efeito do alongamento num corpo submetido a um ensaio de trao.

    O alongamento (extenso nominal) () calculado subtraindo o comprimento inicial do comprimento final e dividindo o resultado

    pelo comprimento inicial.

    L0 representa o comprimento inicial antes do ensaio;

    L representa o comprimento final aps o ensaio;

    L a variao de comprimento do corpo de prova.

    ouL

    L

    L

    L

    00

    0L

    100100 L

    (%)00

    0

    L

    L

    L

    L

  • Deformao

    H dois tipos de deformao, que se sucedem quando o material

    submetido a uma fora de trao: a elstica e a plstica.

    Deformao Elstica: (no permanente) Uma vez cessados os

    esforos, o material volta sua forma e dimenso original.

    Deformao Plstica: ( permanente) Uma vez cessados os

    esforos, o material recupera a deformao elstica, mas fica com

    uma deformao residual plstica, no voltando mais sua forma

    original.

  • Tenso Nominal de Trao

    Tenso () uma relao entre uma fora de trao (F) que atua sobre a rea inicial da seo transversal do material (A0).

    ou Pa

    Aplicando a equao descrita acima pode-se encontrar os valores da

    tenso e fazer o grfico conhecido como tenso-deformao.

    1N = 0,102 Kgf ou 1 Kgf = 9,807N

    1N/m2 = 1Pa

    1MPa = 1N/mm2 = 0,102 Kgf/mm2 ou 1 Kgf/mm2 = 9,807 MPa = 9,807N/mm2

    0A

    F =

    2m

    N =

  • Diagrama Tenso Nominal Deformao Nominal

    Quando um corpo de prova submetido a um ensaio de trao, a

    mquina de ensaio fornece um grfico de tenso e deformao

    que mostra as relaes entre a fora aplicada e as deformaes

    ocorridas durante o ensaio.

    Este grfico conhecido por diagrama tenso-deformao.

    No ensaio de trao convencionou-se

    que a rea da seo utilizada para os

    clculos a da seo inicial (A0).

  • Regio de Comportamento Elstico

    O ponto A representa o limite elstico.

    At este ponto, a deformao elstica independente do tempo, ou

    seja, quando uma carga aplicada, a deformao elstica

    permanece constante durante o perodo em que a carga mantida

    constante.

    Aps a remoo da carga, a deformao totalmente recuperada, ou

    seja, a deformao retorna imediatamente para o valor zero.

  • Regio de Comportamento Elstico

    Na fase elstica os metais obedecem a Lei de Hooke. Suas

    deformaes so diretamente proporcionais s tenses aplicadas.

    A constante de proporcionalidade E o mdulo de elasticidade, ou

    mdulo de Young, fornece uma indicao da rigidez do material.

    Quanto maior for o mdulo, menor ser deformao elstica resultante

    da aplicao de uma tenso.

    Quanto maior for o mdulo, menor ser a deformao elstica

    resultante da aplicao de uma tenso e mais rgido ser o material.

    (E rigidez do material)

    xE=

  • Limite de Proporcionalidade

    A lei de Hooke s vale at um determinado valor de tenso,

    denominado limite de proporcionalidade, que o ponto

    representado no grfico por A, a partir do qual a deformao deixa

    de ser proporcional carga aplicada.

  • Regio de Comportamento Plstico

    Acima de uma certa tenso, os materiais comeam a se deformar

    plasticamente, ou seja, ocorrem deformaes permanentes. O ponto

    na qual estas deformaes permanentes comeam a se tornar

    significativas chamado de limite de escoamento.

    Durante a deformao plstica, a tenso necessria para continuar a

    deformar um metal aumenta at um ponto mximo, chamado de

    limite de resistncia trao, na qual a tenso a mxima na curva

    tenso-deformao de engenharia.

    Isto corresponde a maior tenso que o material pode resistir; se esta

    tenso for aplicada e mantida, o resultado ser a fratura.

    Aps este ponto, comea a se formar uma estrico, na qual toda a

    deformao subsequente est confinada e nesta regio ocorrer

    ruptura.

    A tenso corresponde a fratura chamada de limite de ruptura.

  • Escoamento

    Terminada a fase elstica, tem incio a fase plstica, na qual ocorre

    uma deformao permanente no material, mesmo que se retire a

    fora de trao.

    No incio da fase plstica ocorre um fenmeno chamado escoamento.

    O escoamento caracteriza-se por uma deformao permanente do

    material sem que haja aumento de carga, mas com aumento da

    velocidade de deformao.

  • Limite de Escoamento

    Valores Convencionais O limite de escoamento delimita o incio da deformao permanente.

    Ele obtido verificando-se a parada do ponteiro na escala da fora

    durante o ensaio e o patamar formado no grfico exibido pela

    mquina.

  • Limite de Escoamento - Valores Convencionais

    O valor convencionado (n) corresponde a um alongamento percentual.

    O valor de uso mais frequente :

    n = 0,2%, para metais e ligas metlicas em geral;

    Graficamente, o limite de escoamento pode ser determinado pelo

    traado de uma linha paralela ao trecho reto do diagrama tenso-

    deformao, a partir do ponto n. Quando essa linha interceptar a

    curva, o limite de escoamento estar determinado.

  • Limite de Resistncia Trao

    Aps o escoamento ocorre o encruamento, que um endurecimento

    causado pela quebra dos gros que compem o material quando

    deformados a frio.

    O material resiste cada vez mais trao externa, exigindo uma

    tenso cada vez maior para se deformar.

    Nessa fase, a tenso recomea a subir, at atingir um valor mximo no

    ponto (B) chamado de limite de resistncia trao.

    0

    TA

    F = L max

  • Limite de Ruptura

    Continuando a trao, chega-se ruptura do material, que ocorre num

    ponto chamado limite de ruptura (C).

    A tenso no limite de ruptura menor que no limite de resistncia,

    devido diminuio da rea que ocorre no corpo de prova depois que

    se atinge a carga mxima.

  • Estrico

    a reduo percentual da rea da seo transversal do corpo de prova na

    regio aonde vai se localizar a ruptura.

    A estrico determina a ductilidade do material.

    Quanto maior for a porcentagem de estrico, mais dctil ser o material.

    ( % de estrico dctil o material)

  • Fratura

    Consiste separao ou fragmentao de um corpo slido em duas ou mais

    partes, sob ao de uma tenso e pode ser considerada como sendo

    constituda da nucleao e propagao da trinca.

    Pode ser classificada em duas categorias gerais: fratura dctil e frgil.

    A fratura dctil caracterizada pela ocorrncia de uma aprecivel

    deformao plstica antes e durante a propagao da trinca.

    A fratura frgil nos metais caracterizada pela rpida propagao da

    trinca, sem deformao macroscpica e muito pouca microdeformao.

  • Reduo de rea

  • Tenso Real

  • Relao Tenso-Deformao

    para algumas Ligas

  • Exemplo de Tabela para Relatrio

    Ensaio de Trao

    Nominal e real