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EDU01004 - História Da Educação: Hist. Da Escolarização Bras. E Proc. Pedagógicos ESTEVÃO L. Q. ANTUNES JÚNIOR Turma E ENSAIO FINAL DA DISCIPLINA Baseando-se em uma palestra desenvolvida pela professora colombiana Cristina Muñoz na Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no vigésimo sexto dia do mês de novembro do ano de dois mil e doze e no que se conhece acerca da educação - pública e privada - no Brasil, busca-se fazer uma breve relação entre a educação na Colômbia e a educação no Brasil, considerando o ensino primário, secundário, a forma de ingresso à Universidade e também o Ensino Superior em si. Por se tratar de um país com diversidade étnica e, portanto, cultural, a educação na Colômbia é processada de forma bastante complicada, considerando que cerca de 400.000 crianças não estão nas escolas, muitas abandonam para trabalhar e ajudar a família e, além disso, deve-se ressaltar que há uma grande carência no número de professores nas escolas devido à periculosidade que se encontra nas mesmas. Dados os fatos, isto faz com que a procura pela carreira docente diminua de forma progressiva. Na Colômbia, o ensino primário abrange crianças na faixa etária dos 6 aos 11 anos, em que ocorre o que se chama de “promoção automática”, isto é, a proibição referente à reprovação dos alunos. O ensino secundário colombiano vai dos 12 aos 18 anos. Ao término do deste, os alunos devem optar pela realização de uma prova bastante similar ao ENEM para tentar garantir o ingresso na Universidade, seja pública ou privada, ou ainda se ingressar no programa de educação informal, que nada mais é que uma preparação direta para o mercado de trabalho, podendo ser também público ou privado. Entretanto, há um detalhe que se deve frisar: qualquer forma de ingresso à Universidade após o termino do ensino secundário é pago, não importando se é da rede pública ou privada. O fato, é que os valores das mensalidades dependem da renda do aluno, para tal, as pessoas são “classificadas” por um sistema chamado de extrato, em que números classificam a população de acordo com a situação rentável. As categorias numéricas vão de 0 a 6, em que as “classes” 1, 2 e 3 pagam um valor devidamente baixo, as “classes” 4 e 5 pagam um preço razoável e a “classe” 6 paga um valor bastante elevado. O ensino superior no país em questão é de cerca de 3 anos, após a conclusão,

Ensaio final da disciplina estevão

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EDU01004 - História Da Educação: Hist. Da Escolarização Bras. E Proc. Pedagógicos

ESTEVÃO L. Q. ANTUNES JÚNIOR

Turma E

ENSAIO FINAL DA DISCIPLINA

Baseando-se em uma palestra desenvolvida pela professora colombiana Cristina

Muñoz na Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul (UFRGS) no vigésimo sexto dia do mês de novembro do ano de dois mil e doze e

no que se conhece acerca da educação - pública e privada - no Brasil, busca-se fazer

uma breve relação entre a educação na Colômbia e a educação no Brasil, considerando

o ensino primário, secundário, a forma de ingresso à Universidade e também o Ensino

Superior em si.

Por se tratar de um país com diversidade étnica e, portanto, cultural, a educação

na Colômbia é processada de forma bastante complicada, considerando que cerca de

400.000 crianças não estão nas escolas, muitas abandonam para trabalhar e ajudar a

família e, além disso, deve-se ressaltar que há uma grande carência no número de

professores nas escolas devido à periculosidade que se encontra nas mesmas. Dados os

fatos, isto faz com que a procura pela carreira docente diminua de forma progressiva.

Na Colômbia, o ensino primário abrange crianças na faixa etária dos 6 aos 11

anos, em que ocorre o que se chama de “promoção automática”, isto é, a proibição

referente à reprovação dos alunos. O ensino secundário colombiano vai dos 12 aos 18

anos. Ao término do deste, os alunos devem optar pela realização de uma prova bastante

similar ao ENEM para tentar garantir o ingresso na Universidade, seja pública ou

privada, ou ainda se ingressar no programa de educação informal, que nada mais é que

uma preparação direta para o mercado de trabalho, podendo ser também público ou

privado. Entretanto, há um detalhe que se deve frisar: qualquer forma de ingresso à

Universidade após o termino do ensino secundário é pago, não importando se é da rede

pública ou privada. O fato, é que os valores das mensalidades dependem da renda do

aluno, para tal, as pessoas são “classificadas” por um sistema chamado de extrato, em

que números classificam a população de acordo com a situação rentável. As categorias

numéricas vão de 0 a 6, em que as “classes” 1, 2 e 3 pagam um valor devidamente

baixo, as “classes” 4 e 5 pagam um preço razoável e a “classe” 6 paga um valor bastante

elevado. O ensino superior no país em questão é de cerca de 3 anos, após a conclusão,

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se pode optar por fazer mestrado e doutorado, que também estão presentes na educação

colombiana.

Fazendo algumas ligações com o que ocorre na educação brasileira, pode-se ver

que, aos poucos, também é implantado o sistema de “aprovação automática” onde

alunos de ensino primário, ou o nosso ensino fundamental, são aprovados

automaticamente. Outra questão que se assemelha, é a questão da prova de acesso à

Universidade, o ENEM está cada vez mais influente e dominando os acessos às

Universidades Públicas, além de haver muitos programas do governo a fim de botar

jovens mais cedo no mercado de trabalho, como os Pronatec, a diferença é que no Brasil

é gratuito. Pode-se fazer um “link” nesta relação com as bolsas do ProUni, onde alunos

devem comprovar a renda para ganhar uma bolsa de estudos à nível superior, mas não

se compara às “classificações” socioeconômicas colombianas. A Colômbia ocupa hoje

posições acima do Brasil no ranking da educação mundial, segundo o Programa

Internacional de Avaliação de Estudantes, sendo o Brasil o 39º colocado e a Colômbia a

36ª colocada. Esta pesquisa leva em consideração o aprendizado de matemática, leitura

e ciências durante o ciclo fundamental.

Pode-se analisar, portanto, que o ensino colombiano e o brasileiro possuem

alguns traços em comum, embora não se deva dizer que são semelhantes, tendo em vista

que o ensino superior público brasileiro é completamente gratuito, o número de crianças

que abandonam as escolas está cada vez diminuindo mais, existem programas do

governo juntamente com a CAPES que buscam aumentar a procura por cursos de

licenciatura além de promover bolsas de iniciação à docência a fim de promover uma

proximidade entre os futuros docentes da realidade escolar. Embora o Brasil se encontre

em um desenvolvimento educacional, ainda não é o suficiente, é necessário que

providências sejam tomadas para que o desenvolvimento seja produtivo, como a

valorização da carreira docente, o incentivo ao curso superior e a melhora estrutural das

escolas públicas brasileiras.