17

Ensemble Darcos...Quarteto de cordas em fá menor, op. 80 IV. Allegro assai V. Allegro assai VI. Adagio VII. Finale: Allegro molto E. CARRAPATOSO (1962-) In Illo Tempore – estreia

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

1

3

Desde há uma década que a Temporada Darcos tem vindo a apresentar o que de melhor se faz em Portugal no âmbito da música clássica, convidando não só aclamados solistas e orquestras nacionais e internacionais, mas também desenvolvendo um trabalho notável com o Ensemble Darcos, grupo de câmara que se tornou uma referência no panorama musical português. A edição de 2017 é, por isso, uma edição de celebração e de homenagem à dedicação e persistência de todos aqueles que tornaram estes dez anos possíveis. Na senda da internacionalização, o destaque absoluto vai para a participação da Mahler Chamber Orchestra, uma das melhores orquestras do mundo, que em novembro apresentará um programa clássico com duas sinfonias célebres de Haydn e Mozart, a no 101, “Relógio”, e a no 40, respetivamente, a par da obra Concerto Vedras, de Côrte-Real. A Orquesta de Extremadura, sediada em Badajoz, oferecerá o concerto inaugural da Temporada, em janeiro, com a interpretação do sublime Duplo Concerto para violino, violoncelo e orquestra de Brahms, juntamente com obras de Falla e Mozart, e ainda uma surpresa insólita... Sempre em busca de novos caminhos e cruzamentos singulares, destaque-se também, nesta décima edição, o convite ao escritor José Luís Peixoto para escrever uma mão cheia de versos para a música original de Nuno Côrte-Real, que será interpretada pela rainha do jazz português, Maria João, acompanhada pelo Ensemble Darcos. Por último, de sublinhar a homenagem ao Cante, num projeto que contará com o Coro Ricercare. Como tem vindo a acontecer nas últimas edições, a Temporada Darcos marcará presença nas cidades de Torres Vedras e Lisboa, beneficiando das parcerias entre a Câmara Municipal de Torres Vedras, o Centro Cultural de Belém e a Direção Geral das Artes / Ministério da Cultura. É com muita alegria e orgulho que celebramos em 2017 dez anos de música clássica na Região Oeste e em Lisboa, dez anos a apostar na música portuguesa e a colocar sempre a cultura ao serviço da comunidade.

5

25 MA RÇO — 1 6 :00HOTEL GOLF MAR , PORTO NOVOVÁRIAS SALAS

25 MA RÇO — 2 1 :30HOTEL GOLF MAR , PORTO NOVOSALA OCEANO

p 13

p 15

08 JANE IRO — 1 7 :00CENTRO CULTURAL DE BELÉM, L ISBOA

07 JANE IRO — 2 1 :30TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

p 11

O R Q U E S T A D E E X T R E M A D U R A

W O R K S H O P M U S I C A L P A R A M I Ú D O S E G R A Ú D O S

C O N C E R T O À B E I R A M A R

O R Q U E S T R A A C A D É M I C A M E T R O P O L I T A N AC O N C E R T O C O M E N TA D OPA R A FA M Í L I A S E E S C O L A S

21 MAIO — 1 7 :00TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

04 JUNHO — 2 1 :00CENTRO CULTURAL DE BELÉM, L ISBOA

02 JUNHO — 2 1 :30TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

30 SETEMBRO — 2 1 :30TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

29 NOVEMBRO — 2 1 :00CENTRO CULTURAL DE BELÉM, L ISBOA

28 NOVEMBRO — 2 1 :30TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

p 17

p 19

p 21

p 23

M A R I A J O Ã O , JOSÉ LUÍS PEIXOTO, NUNO CÔRTE-REALC O N C E R T O D E A N I V E R S Á R I O1 0 A N O S

C A N T E

M A H L E R C H A M B E R O R C H E S T R A

6 7

«A CULTURA LEVA-NOS À REFLEXIVIDADE, AO ENCONTRO DA PALAVRA QUE NÃO TEMOS, À IMAGEM QUE NOS FALTA»

JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA

Em 2017 assinala-se a décima edição da Temporada Darcos. Dando corpo a uma intenção celebrativa, o programa que se anuncia expressa firmemente os valores de um projeto que se tem vindo a sedimentar, granjeando, no presente, reconhecidas solidez e distintividade.

Inscrevendo a divulgação como gesto, a Temporada Darcos tem inegavelmente contribuído, ao longo dos anos, para vivificar um património artístico e cultural universal, junto de uma crescente e polimórfica audiência, criando lastro. O estímulo à criação contemporânea consubstancia, igualmente, premissa deste projeto na procura de afinidades eletivas entre diferentes territórios e linguagens e na busca de novos imaginários, novas poéticas, novas paisagens artísticas. Reconhecendo a profunda e imemorial relação entre música e literatura, nesta edição avulta, como ponto alto, a criação original que convoca José Luís Peixoto e Nuno Côrte-Real e, numa homenagem à voz humana, Maria João.

Fortemente comprometida com as comunidades em que se encontra ancorada e com as quais estabelece uma relação estreita e cúmplice, a Temporada Darcos transporta uma ambição assumidamente cosmopolita, promotora de encontros, descobertas, miscigenações, revelações, abertura a novas possibilidades, urdindo uma cada vez mais extensa teia rizomática de cumplicidades artísticas, institucionais e territoriais. Nessa demanda, assumindo convictamente a internacionalização como horizonte, afirma o papel das Artes e da Cultura enquanto veículos de aproximação e cruzamento entre diferentes universos estéticos, tempos, espaços e cidadãos de múltiplas proveniências, dirimindo distâncias e reforçando sentimentos de pertença que suplantam fronteiras.

No ano em que se assinala uma década de existência da Temporada Darcos, formulamos votos para que as propostas ínsitas no seu programa convidem todos e todas ao encontro, à descoberta, ao espanto.

A N A U M B E L I N OV E R E A D O R A D A C U LT U R AD A C Â M A R A M U N I C I P A L D E T O R R E S V E D R A S

9

N U N O C Ô R T E - R E A LD I R E T O R A R T Í S T I C O

A música faz-se com os músicos. Artesãos mágicos das ondas sentimentais das nossas almas, eles são os verdadeiros protagonistas, e a quem devemos estar mais agradecidos. 10 anos de amizade, trabalho árduo e muita dedicação, de intenso intercâmbio cultural com músicos, artistas e grupos de vários cantos do mundo, são vastas as memórias que todos eles deixaram na Temporada Darcos.

A minha gratidão vai para todos, sem exceção, com muito carinho e o máximo respeito por tudo o que cá deixaram. Sementes para um esplendoroso futuro. Eles são: Helder Marques, Reyes Gallardo, Filipe Quaresma, Gaël Rassaert, Paula Carneiro, Ana Madalena Ribeiro, Pedro Wallenstein, Nuno Inácio, David Costa, Fausto Corneo, Massimo Spadano, Johannes Lörstad, Junko Naito, David van Dijk, Giulio Plotino, José Pereira, Raquel Cravino, Giulio Rovighi, Emanuel Salvador, Gabor Szabo, Phillippa Mo, Xuan Du, George Hlawizcka, Laura Saucedo Rubio, Mats Lidström, Paulo Gaio Lima, Nuno Abreu, Teresa Valente Pereira, Guillaume Grosbard, Ana Bela Chaves, Irma Skenderi, Raquel Massadas, Jadenir Lacorte, Ceciliu Isfan, Miquel Bernat, Elizabeth Davis, Katharine Rawdon, Risto Vuolanne, Duncan Fox, Lídio Correia, Sandro Andrade, Marcos Magalhães, Coral Tinoco, Andreia Marques, Júlio Guerreiro, Bruno Hiron, Gilbert Farràs, Sérgio Charrinho, Paulo Carmo, Ettiene Lamaison, Nuno Pinto, Nuno Silva, Luís Gomes, André Conde, Reinaldo Guerreiro, Elmano Pereira, Nuno Sá, Roberto Erculiani, Franz-Jurgen Dorsam, Ercole de Conca, Artur Pizarro, António Rosado, Filipe Pinto-Ribeiro, João Paulo Santos, Adriano Jordão, Joana Gama, Elsa Silva, Mariana Godinho, Nicola Ulivieri, Ana Quintans, Luís Rodrigues, Eduarda Melo, Dora Rodrigues, Job Tomé, Maria Luísa Freitas, Mário João Alves, Elsa Cortez, Lara Martins, Armando Possante, Sónia Alcobaça, Rui Baeta, João Rodrigues, Jorge Martins, Inês Simões, Patrícia Quinta, André Henriques, Inês Madeira, Paulina Sá Machado, Jean-Marc Burfin, Paulo Lourenço, Nicolay Lalov, Pedro Teixeira, Jorge Alves, Filomena Calado, Susana Duarte, Orquesta Ciudad de Granada, Real Filharmonia de Galicia, Orquestra I Maestri, Camerata du Rhône, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, Orquestra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Orchestrutopica, Orquestra Académica Metropolitana, Yogistragong Gamelão Indonésio, ILÚ Dança Contemporânea, Coro de Câmara Lisboa Cantat, Coro Sinfónico Lisboa Cantat, Coro Ricercare, Coro Odisseia, Coro Piaget, Coro da Escola Superior de Música de Lisboa, Escola de Música Luís António Maldonado Rodrigues, Escola Secundária Henriques Nogueira, ESCO, António Victorino D’Almeida, António Pinho Vargas, Rui Vieira Nery, Alexandre Delgado, Eurico Carrapatoso, Sérgio Azevedo, José Eduardo Rocha, Carlos Azevedo, Daniel Davis, Sara Ross, João Ceitil, Diogo da Costa Ferreira, Afonso Miranda, André Cunha Leal, João Grosso, Maria Emília Correia, Paulo Matos, Jorge Sequerra, Madalena Wallenstein, João Garcia Miguel, Gonçalo Lobato, Marta Lobato, Luís Ferreira, Carlos Gonçalves, André Godinho, Olga Neves, Rui Gato, Margarida Moura Guedes, Ricardo Viana e Ricardo Espírito Santo.

11

Neste concerto inaugural dos 10 ANOS da Temporada Darcos, a Orquesta de

Extremadura, sediada em Badajoz e grande impulsionadora cultural da região

estremenha espanhola, interpretará o Duplo Concerto de J. Brahms, com os solistas

Johannes Lorstad, no violino, e Filipe Quaresma, no violoncelo. Escrita para dois

grandes virtuosos da época, o violinista Joachim e o violoncelista Haussmann,

esta obra, a última composta por Brahms no género concertante, foi estreada em

Colónia no ano de 1887 sob a batuta do compositor. Revisitados serão também

os compositores W. A. Mozart, com a Abertura da ópera Don Giovanni, e M. Falla,

com a célebre “Dança do Fogo”, retirada da sua obra capital O Amor Bruxo. Em

estreia absoluta, ouviremos ainda a obra de N. Côrte-Real, Welligton Suite, cujas

partes concertantes de piano e gaita-de-foles conferem um timbre singular a esta

música celebrativa do bicentenário da edificação das Linhas de Torres Vedras, esse

monumento militar que determinou o fim das invasões napoleónicas na Península

Ibérica. Entre as sonoridades líricas nas páginas de Brahms, e as sonoridades mais

rudes e populares da gaita-de-foles na Wellington Suite, inicia-se a décima edição

da Temporada Darcos, 10 ANOS de música clássica na Região Oeste e em Lisboa.

Parabéns!

W . A . MOZART (1756-1791)

Abertura da ópera “Don Giovanni”

M . FALLA (1876-1946)

Dança do Fogo (de O Amor Bruxo)

N . CÔRTE-REAL (1971-)

Wellington Suite – estreia absoluta(para gaita-de-foles, piano e orquestra)

I. Linhas I

II. Pregão

III. Corridinho do Carnaval

IV. Nevoeiro

V. Linhas II

J . BRAHMS (1833-1897)

Duplo Concerto para violino, violoncelo e orquestra, em lá menor (op.102) I. AllegroII. AndanteIII. Vivace non troppo

JOHANNES LÖRSTAD V IOLINO

FILIPE QUARESMA VIOLONCELO

HELDER MARQUES PIANO

ANA PEREIRA GAITA-DE-FOLES

NUNO CÔRTE-REAL MAESTRO

ORQUESTA DE EXTREMADURA

0 8 J A NE I RO — 1 7 : 0 0CENTRO CULTURAL DE BELÉM, L ISBOA

0 7 J A NE I RO — 2 1 : 30TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

O R Q U E S T A D E E X T R E M A D U R A

O R Q U E S T A D E E X T R E M A D U R A

Aproveitando o concerto do Ensemble Darcos às 21h30, em parceria com a

Academia de Música de Óbidos, a Temporada Darcos oferecerá uma tarde onde

miúdos e graúdos são convidados a experimentar e conhecer os diversos

instrumentos que formam a paleta tímbrica essencial dos nossos dias. Estamos

a falar das cordas, violino, viola, violoncelo e contrabaixo, sopros, flauta, oboé, clarinete,

fagote e saxofone, assim como os metais, trompa, trompete, trombone e tuba,

e também as teclas e cordofones, piano e guitarra, assim como a percussão.

Os participantes poderão ter um primeiro contacto com estes instrumentos e perceber

como funcionam, orientados por professores. Paralelamente, haverá também

espaço para olhar como se fazem violinos e violoncelos, com a presença do luthier

Thibaut Dumas, e conhecer a literatura musical disponível no mercado com a

mais importante editora portuguesa de música, a AVA. Aberto ao público em geral,

será com certeza uma tarde divertida, junto ao mar, com muita música, animação

e maresia! Depois, é só ficar para jantar e ouvir o concerto do Ensemble Darcos!

Venha!!

25 MA RÇO — 16 : 0 0HOTEL GOLF MAR , PORTO NOVOVÁRIAS SALAS

13

15

Tal como Mozart, Mendelssohn foi um dos compositores mais prodigiosos

e precoces da história da música ocidental: compunha abundantemente aos

onze anos, e aos quinze criou algumas das suas obras-primas, como o Octeto

para Cordas ou a Abertura de "Sonho de uma noite de verão". O Quarteto em

Fá menor, opus 80, foi a última partitura que o compositor concluiu antes da

sua morte prematura em 1847; obra de inquieta melancolia, insuflada por um

intenso lirismo romântico, exige um grande virtuosismo por parte dos músicos

do quarteto. Completando o programa, o tenor João Rodrigues interpretará uma

seleção de algumas das mais famosas canções de Schubert, revisitadas aqui numa

versão com quarteto de cordas, e a obra do compositor Eurico Carrapatoso, In Illo

Tempore, numa estreia absoluta da versão com tenor. Uma noite lírica e melodiosa,

com a música de dois mestres oitocentistas, aos quais se junta um dos maiores

compositores portugueses da atualidade, Eurico Carrapatoso. Sem dúvida um

concerto a que não deve faltar, com a maresia do atlântico a seus pés!

F . MENDELSSOHN (1809-1847)

Quarteto de cordas em fá menor, op. 80IV. Allegro assaiV. Allegro assaiVI. AdagioVII. Finale: Allegro molto

E . CARRAPATOSO (1962-)

In Illo Tempore – estreia absoluta da versão com tenor(para quarteto de cordas e tenor)

I. AnimatoII. ModeratoIII. LentoIV. ModeratoV. Animato

F . SCHUBERT (1797-1828) (arranjos para voz e quarteto de cordas de N. Côrte-Real)

I. Nacht und träumeII. An SilviaIII. Du bist die ruhIV. Die forelle

JOÃO RODRIGUES TENOR

ENSEMBLE DARCOS

E U R I C O C A R R A P A T O S O

25 MA RÇO — 2 1 : 30HOTEL GOLF MAR , PORTO NOVOSALA OCEANO

(APÓS O CONCERTO SERÁ SERVIDA UMA CEIA COM PORTO DE HONRA)

C O N C E R T O À B E I R A M A R

16 17

2 1 MA I O — 1 7 : 0 0TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

OBRAS CONCERTANTES(solistas vencedores do prémio Inatel 2017)

F . SCHUBERT (1797-1828)

Sinfonia No 5, em si bemol maior (D. 485)I. AllegroII. Andante con motoIII. MenuettoIV. Allegro vivace

JEAN-MARC BURF IN E ALUNOS DO CURSO DE D IREÇÃO DE ORQUESTRA

ORQUESTR A ACADÉMICA ME TROPOL ITA NA

JEA

N M

AR

C-B

UR

FIN

A Orquestra Académica Metropolitana é o agrupamento mais importante da

Academia Nacional Superior de Orquestra, de Lisboa. Da sua já extensa atividade

pedagógica e musical, conta na sua lista de formandos com inúmeros solistas e

maestros que são hoje referências absolutas no panorama musical português e

internacional, como a maestrina Joana Carneiro ou o violoncelista Marco Pereira,

entre outros. Desde a sua formação, em 1992, a orquestra tem como diretor artístico

e maestro titular, Jean-Marc Burfin, músico e pedagogo que muito desenvolveu e

transformou o ensino orquestral em Portugal. É com muita alegria, e um sentimento

de gratidão, que a Temporada Darcos acolhe mais um concerto desta orquestra,

onde se apresentará a famosa 5a sinfonia de Schubert, juntamente com outras obras

interpretadas pelos solistas vencedores do prémio Inatel 2017.

O R Q U E S T R A A C A D É M I C A M E T R O P O L I T A N AC O N C E R T O C O M E N T A D OP A R A F A M Í L I A S E E S C O L A S

18 19

F . SCHUBERT (1797-1828)

Quinteto com piano "A truta" – Andantino

N . CÔRTE-REAL (1971-)

Novas canções com versos de José Luís Peixoto

MARIA JOÃO VOZ

NUNO CÔRTE-REAL MA ESTRO

ENSEM BLE DAR CO S

0 4 J UNHO — 2 1 : 0 0CENTRO CULTURAL DE BELÉM, L ISBOA

0 2 J UNHO — 2 1 : 30TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

MA

RIA

JO

ÃO

JOS

É L

UIS

PE

IXO

TO

Para celebrar os 10 ANOS de existência, a Temporada Darcos convidou o escritor

José Luís Peixoto, o compositor Nuno Côrte-Real e a cantora Maria João, com

o intuito de criarem um ciclo de canções originais, para voz e ensemble. Mais do

que um cruzamento entre distintas áreas artísticas e estilísticas, este projeto é

um encontro entre autores portugueses que, a partir da sua contemporaneidade

individual contribuem para a construção de uma identidade lusófona. Buscando

nos versos do escritor timbres e sonoridades modernas, mas deixando espaços

para a improvisação, técnica tão característica do estilo e carácter da cantora,

a nova música composta viajará por territórios distintos como o jazz, a música

contemporânea, o tradicional e o clássico. Celebra-se um aniversário importante,

é certo, 10 ANOS, uma década de música, mas principalmente queremos celebrar

o futuro, o que virá. Pois, se a identidade é a nossa maior riqueza, como não fazer

tudo para a manter e projetá-la no futuro?

M A R I A J O Ã O , JOSÉ LUÍS PEIXOTO, NUNO CÔRTE-REALC O N C E R T O D E A N I V E R S Á R I O1 0 A N O S

20 21

30 SE TE MBRO — 2 1 : 30TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

AN

NIO

PIN

HO

VA

RG

AS

A . DVORÁK (1841-1904)

Quarteto de cordas n0 12, em fá maior, “Americano”, op. 96I. Allegro non troppoII. LentoIII. Molto vivaceIV. Vivace ma non troppo

A . PINHO VARGAS (1951-)

Quarteto de cordas n0 3

N . CÔRTE-REAL (1971-)

CANTE - Novíssimo Cancioneiro – livro segundo Para coro, quinteto de cordas e piano - Estreia absoluta

NUNO CÔRTE-REAL MA ESTRO

ENSEMBLE DAR CO SCORO R ICER CAR E

Desde o dia 27 de Novembro de 2014, que o Cante Alentejano é património imaterial

da humanidade, tendo a UNESCO considerado ser exemplar. Mas o Cante é muito

mais do que isso... é o modo de ser de um povo abrasado pelo sol, numa terra onde

as árvores gritam a bênção de uma gota de água, e as planícies sem fim trazem a

lonjura dos sonhos e a distância da alma... O Alentejo canta, entoa, embala-se ao

ritmo angular de vozes penetrantes, e há um lirismo por entre as notas que faz

poetas todos aqueles que o cantam! É com esse espírito, e com a humildade de um

leigo, que o compositor N. Côrte-Real se aventurou a compor o seu segundo livro

da série Novíssimo Cancioneiro, dedicado à música tradicional portuguesa, onde o

Cante, e mais concretamente a música de Serpa, é protagonista. Poderemos ainda

escutar o Quarteto de Cordas no 12, “Americano”, de A. Dvořák, e o 3o Quarteto de

cordas de A. Pinho Vargas, um compositor incontornável da música contemporânea,

mas também um notável pensador cuja obra ensaística reflete uma intensa busca

por uma identidade artística e cultural portuguesa.

C A N T E

22 23

J . HAYDN (1732-1809)

Sinfonia n0 101 em ré maior, “O Relógio”I. Adagio - PrestoII. AndanteIII. MenuettoIV. Vivace

N . CÔRTE-REAL (1971-)

Concerto VedrasI. GestaII. Adágio de FelIII. Ilha

W . A . MOZART (1756-1791)

Sinfonia n0 40 em sol menor (K. 550)I. Molto allegroII. AndanteIII. Menuetto: AllegrettoIV. Allegro assai

NUNO CÔRTE-REAL MA ESTRO

MAHLER CH AMBER O R CH ESTRA

2 9 NO V E MBRO — 2 1 : 0 0CENTRO CULTURAL DE BELÉM, L ISBOA

2 8 NO V E MBRO — 2 1 : 30TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

MA

HLE

R C

HA

MB

ER

OR

CH

ES

TR

A

Fundada em 1992 pelo já falecido maestro italiano Claudio Abbado, a Mahler

Chamber Orchestra é uma das melhores orquestras mundiais da atualidade. Auto

-governada e gerida pelos próprios músicos que a compõem, é uma orquestra

nómada, pois os seus membros provêm de inúmeras cidades da Europa, de Madrid

a Estocolmo, de Londres a Praga. Caracterizada pelo seu inconfundível timbre,

clareza e paixão musicais, tem tocado nas mais importantes salas de concertos

dos cinco continentes. É com um especial orgulho que a Temporada Darcos 2017

apresenta esta ilustre formação interpretando um programa clássico que inclui

duas das mais famosas sinfonias de Haydn e Mozart, a no 101, “Relógio”, e a no 40,

respetivamente, a par da obra Concerto Vedras, de Côrte-Real, escrita em 2001;

a direção musical estará a cargo do maestro e compositor N. Côrte-Real. Um final

apoteótico, sem dúvida, neste ano celebrativo dos 10 ANOS, com a visita a Lisboa

e Torres Vedras da Mahler Chamber Orchestra, cuja última passagem por Portugal

ocorreu no ano de 2013. Dois concertos com participação obrigatória!

M A H L E R C H A M B E R O R C H E S T R A

24

E N S E M B L E D A R C O S

FO

TO

RU

I M

ER

GU

LHO

O Ensemble Darcos é um dos mais prestigiados grupos de câmara portugueses da atualidade. Foi criado em 2002, pelo compositor e maestro Nuno Côrte-Real, e tem como propósito a interpretação dos grandes compositores europeus de música de câmara, como Beethoven, Brahms ou Debussy, e a música de Côrte-Real; esta relação confere-lhe contornos de projeto de autor. Em termos instrumentais, o Ensemble Darcos varia a sua formação consoante o programa que apresenta, de duos a quintetos, até à típica formação novecentista de quinze músicos, tendo como base os músicos Filipe Quaresma, Reyes Gallardo, Helder Marques e Gaël Rassaert. Para o efeito convida regularmente músicos de excelência oriundos de várias regiões do globo, destacando-se, entre outros, o violoncelista Mats

Lidström, os violinistas Massimo Spadano, Giulio Plotino e Junko Naito, o pianista António Rosado, a violetista Ana Bela Chaves, ou o percussionista Miquel Bernat. Interpreta regularmente programas líricos, onde tem convidado alguns dos mais importantes cantores portugueses da atualidade, tais como Eduarda Melo, Luís Rodrigues, Dora Rodrigues, Lara Martins ou Job Tomé. Desde 2006 o Ensemble Darcos efetua uma residência artística em Torres Vedras, tendo iniciado em 2008 a TEMPORADA DARCOS, série de concertos de música de câmara e sinfónicos. Da sua atividade concertista, destacam-se os concertos na sala Magnus em Berlim, em Outubro de 2007, na interpretação do Triplo Concerto para violino, violoncelo, piano e orquestra de Beethoven, na igreja de St. John’s, Smith Square, em Londres, com direção musical de Nuno Côrte-Real, e a participação regular nas últimas edições dos Dias da Música, em Lisboa. No verão de 2014, apresentou-se no Festival Internacional de Música de Póvoa de Varzim.Em Janeiro de 2010, o Ensemble Darcos gravou para a Rádio Televisão Portuguesa uma série de canções de Cole Porter com os cantores Sónia Alcobaça e Rui Baeta, programa apresentado em Lyon, França, em parceria com a Camerata du Rhône. O CD Volupia, primeiro trabalho discográfico do grupo e inteiramente dedicado à obra de câmara de Nuno Côrte-Real, foi lançado em Outubro de 2012 pela editora Numérica. Em 2016 o Ensemble Darcos gravou para a editora americana Odradek Records, o CD Mirror of the soul, com obras de E. Carrapatoso, S. Azevedo, N. Côrte-Real e D. Davis.

GAËL RASSAERTPAULA CARNEIROREYES GALLARDOFIL IPE QUARESMAHELDER MARQUESNUNO CÔRTE-REALDA ESQUERDA PARA A D IRE ITA

26 27

FO

TO

RU

I M

ER

GU

LHO

Nascido em Lisboa em 1971, Nuno Côrte-Real tem vindo a afirmar-se como um dos mais importantes compositores e maestros portugueses da atualidade. Das suas estreias destacam-se "7 Dances to the death of the harpist" na Kleine Zaal do Concertgebouw em Amsterdam, "Pequenas músicas de mar" na Purcel Room em Londres, "Concerto Vedras" na St. Peter’s Episcopal Church em Nova York, "Novíssimo Cancioneiro" no Siglufirdi Festival em Reikiavik, e "Andarilhos - música de bailado" na Casa da Música no Porto. Dos agrupamentos e orquestras que têm tocado a sua música destacam-se a Orquestra

Sinfónica Portuguesa, Coro Gulbenkian, Remix Ensemble, Royal Scottish Academy Brass, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Algarve, Orquestra do Norte, Orchestrutopica, e solistas e maestros como Lawrence Renes, Julia Jones, Stefan Asbury, Ilan Volkov, Kaasper de Roo, Cristoph Konig, David Alan Miller, Paul Crossley, John Wallace, Mats Lidström, Paulo Lourenço e Cesário Costa. A sua discografia inclui canções tradicionais portuguesas nas editoras Portugal Som e Numérica, "Pequenas Músicas de Mar" na editora Deux-Elles, o bailado "Andarilhos" na editora Numérica em coprodução com a Casa da Música, e "Largo Intimíssimo" na austríaca Classic Concert Records. Em Outubro de 2012 teve o seu primeiro CD monográfico, "VOLUPIA", editado pela Numérica, e em 2016 realizou a direção artística e musical do CD "Mirror of the soul," para a Odradek Records, com o Ensemble Darcos. No mundo cénico, Nuno Côrte-Real trabalhou com, entre outros, Michael Hampe, Maria Emília Correia, Victor Hugo Pontes, André Teodósio, Rui Lopes Graça, Paulo Matos e Margarida Bettencourt. Em Junho e Setembro de 2007 apresentou com grande sucesso as óperas de câmara "A Montanha" e "O Rapaz de Bronze", encomendas da Fundação Calouste Gulbenkian e Casa da Música, respetivamente. Para o Teatro Nacional de São Carlos criou em 2009, o Intermezzo"O Velório de Cláudio", com libreto de José Luís Peixoto, e apresentou em Março de 2011, a ópera "Banksters", com libreto de Vasco Graça Moura e encenação de João Botelho, espetáculo que obteve um êxito inaudito na história recente da música contemporânea portuguesa.Como maestro, Nuno Côrte-Real tem dirigido regularmente orquestras como a Orquesta Ciudad Granada, Real Filharmonía de Galicia, Orquestra Fundación Excelentia (Madrid), Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, Orquestra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orchestrutopica, Orquestra Sinfónica I Maestri (Londres), Camerata du Rhône (Lyon) e Ensemble Darcos. Em Junho de 2015, apresentou-se pela primeira vez na sala sinfónica do Auditorio Nacional de Madrid, Espanha. É fundador e diretor artístico do Ensemble Darcos, grupo de música de câmara que se dedica à interpretação da sua música e do grande repertório europeu, e assina artisticamente a Temporada Darcos. Tem participado em vários festivais internacionais de música, onde se destacam o Festival de Sintra e de Póvoa de Varzim, e dirigido solistas tais como Artur Pizarro, Massimo Spadano, Nicola Ulivieri, Ana Quintans, Alexey Sychev, Domenico Codispoti, Filipe Pinto-Ribeiro, Adriano Jordão, Giulio Plotino e Luís Rodrigues, entre outros. No ano de 2003 foi-lhe atribuída a medalha de Mérito Grau Prata da Câmara Municipal de Torres Vedras.

N U N O C Ô R T E - R E A LC O M P O S I T O R E M A E S T R O

28 29

HORÁRIO BILHETEIRA (TEATRO-CINE)A partir das 18h00 em dias de espetáculo.

BILHETEIRA ONLINEteatrocinetorresvedras.bol.pttambém à venda nas lojas FNAC.

RESERVASTodas as reservas deverão ser levantadas até uma hora antes do espetáculo.

DESCONTOS | 50% Cartão JovemCartão Sénior (Torres Vedras)

CONDIÇÕES DE ACESSOApós o início do espetáculo não é permitida a entrada na sala (n05 do Art0 340 do Decreto-Lei n0315/95 de 28/1), não havendo lugar ao reembolso do preço pago pelo bilhete.O bilhete deverá ser conservado até ao fim do espetáculo.É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar, assim como fumar, consumir alimentos ou bebidas.À entrada, os espetadores devem desligar os telemóveis, e outras fontes de sinal sonoro.

TEATRO-CINE DE TORRES VEDRASAv. Tenente Valadim, 19 Torres VedrasTel. 261 338 [email protected]/teatro-cinewww.twitter.com/teatrotvedraswww.facebook.com/teatrotvedraswww.cm-tvedras.pt/teatro-cine

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTOTerça a sexta09:00 - 13:00 | 14:00 - 17:00

ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEODO MERCADO MUNICIPALSegunda a sexta: 07:00 - 20:00Sexta e sábado encerra às 02:00 Domingo e feriados: 07:00 - 14:00Preço: 1a hora €0,30, 2a hora €0,503a hora e seguintes €1

I N F O R M A Ç Õ E S G E R A I S

30

DIREÇÃO ARTÍSTICANuno Côrte-Real

CONSULTOR Afonso Miranda

RELAÇÕES PÚBLICAS E ASSESSORIA DE IMPRENSARita Pereira

PRODUÇÃO E PROJETOSHenrique Figueiredo

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Andreia Carvalho

CONTABILIDADELuís Silvestre

COMUNICAÇÃO E IMAGEMCâmara Municipal de Torres Vedras

EDIÇÃO DO BOOKCâmara Municipal de Torres Vedras

PROJETO GRÁFICOSara Dias (área de comunicação)

PINTURASXavier Loureda

IMPRESSÃOGrafivedras

TIRAGEM2.500 exemplares

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAJaneiro de 2017