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Ano 16 - N° 62 - www.cpad.com.br - R$ 8,90 Reportagem Pessoas que se converteram na ED e foram para a igreja através das crianças A importância da / çontextualizaçao rrá Suplemento do professor Como trabalhar na Escola Dominical os principais conflitos do adolescente Pr Jamiel Lopes Módulo II AD Chapecó (SC) investe no Discipulado infantil e conta com mais de 900 crianças matriculadas Escola Dominical do Distrito Federal aposta na parceria com o governo do Estado e administra um centro de reintegração com 98 alunos Vanda Libarino fala sobre 0 trabalho social e evan- gelístico que desenvolve na Cracolândia com 180 crianças e sobre a classe da ED que precisou abrir na garagem da sua casa

Ensinador Cristão Nº62 CPAD

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Revista de apoio e material extra para escola bíblica dominical das Assembleias de Deus. Esta revista é exclusiva para o 2º Trimestre de 2015.

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  • Ano 16 - N 62 - www.cpad.com.br - R$ 8,90

    ReportagemPessoas que se converteram na ED e foram para a igreja atravs das crianas

    A importncia da / ontextualizaao rr

    Suplemento do professor

    Como trabalhar na Escola Dominical os

    principais conflitos do adolescente

    Pr Jamiel Lopes Mdulo II

    AD Chapec (SC) investe no Discipulado infantil e conta com

    mais de 900 crianas matriculadas Escola Dominical do Distrito Federal aposta na parceria com o governo do Estado e administra um

    centro de reintegrao com 98 alunos

    Vanda Libarino fala sobre 0 trabalho social e evan- gelstico que desenvolve na Cracolndia com 180 crianas e sobre a classe da ED que precisou abrir na garagem da sua casa

  • CONSOLO,SABEDORIA,

    SALVAOESPERANA E

    INSPIRAAO de Deus

    v3P(JP

    %l

    0

    03CQ3. Quais as orientaes bblicas que devem ser dadas ao adolescente?

  • 4 Q i4. Quais os princpios que devem ser ensinados ao adolescente e qual a importncia deles

    5|Qv5. Qual o resultado da verdade da Palavra de Deus colocada na mente do adolescente?

    CBC>M D U LO II

    Com o trabalhar na Escola Dominical os principais conflitos do adolescente.

    Jamiel de Oliveira Lopes pastor na Assembleia de Deus em Campinas, Mestre em Psicologia e Psicopedagogo.

    chamado de Deus para exercer o ministrio do ensino (Ef 4.11,12), precisa ser um crente fiel, espiritual, seguro conhecedor das doutrinas bblicas, te r tambm comprovada capacidade e a competncia para ensinar. Procurar adquirir o mximo de conhecimentos cientficos, psicolgicos e cristos para desenvolver um bom traba lho com crianas e adolescentes.

    E im p o rta n te que os p ro fessores levem em conta que a verdade colocada na mente do aluno ir fru tificar no presente e no futuro.

    E disso depender sua conduta na sociedade. preciso, ento, que o ato de educar contribua para que nossas crianas e adolescentes se transformem em cidados conscientes e ticos, alicerados, principalmente, em bases slidas crists. &

    < RefernciaCARVALHO, Csar Moiss. O M undo de Rebeca. Com o Deus usou a internet pa ra tra n s fo rm a r um a a d o le s c e n te e sua ig re ja . 5 .e d . R io d e J a n e iro : CPAD, 2012.

    FERREIRA, Berta W eil e t al. Psicologia e Educao: Desenvolvimento Humano na A do lescncia e V ida A du lta . 2,ed. P orto A leg re : EDIPUCRS, 2003.

    JO H N S O N , Lin. C om o Ensinar A d o lescentes: D escubra a a leg ria de tra ba lhar com eles. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

    LOPES, Jamiel de O liveira. Psicologia e Liderana Crist. 1a edio. Campinas, LDEL, 2010

    TRIPOLI, Suzana G u im ares. A A rte de V iver d o A do lesce n te : A Travessia en tre a C riana e o A d u lto . 1 .ed. So Paulo. A rte & C incia , 1998.

  • Destaque as respostas deste enraseu nome e endereo rn , 6 envie com

    Departamento de Jo rn a ^ ?P Para 0ornalismo, no endereo-A v 'B - - a s i , 3 4 .A 0 1 . B

    Rio de Ja n e iro -R j 852' 002

    S o T r e ^ ta s COenviadaarqUVOS digitaliza s0s Certificados s LZ $ P r e mais- enviarem as - ^unos que

    u s dados preenchtdn S mdulos P nchldos corretamente.

  • C M )

    cpad.com.br

  • Projeto Escola Bblica de RuaNesta edio, a Ensinador Cristo publicar o projeto do segundo finalista do Prmio Professor de ED do Ano 2013. O trabalho pertence a Glaucia Maria Leal Lima, pedagoga, especializada em Superviso de Educao Bsica e Urbana, professora da rede municipal e coordenadora-geral do Departamento Infanto- juvenil na AD em Campina Grande (PB)

    Ciente da grande misso evangelizadora da Igreja nos prope a realizar o projeto Escola Bblica Dominical na Rua, que alm de prom over o conhecim ento bblico, pudesse tam bm alcanar crianas de todas as faixas etrias, que ainda no freqentavam a EBD, mesmo sendo filhos de pais cristos ou no. Assim, elaboramos o Projeto Escola Bblica de Rua, com o apoio do pastor Daniel Nunes da Silva, Coordenadores gerais de EBD e pastores de reas da cidade.

    Tendo como base a Evangelizao Infantil, o objetivo desse projeto realizar aulas de campo, utilizando locais como: praas, ruas, parques e outros locais que estivessem o mais prximo possvel da Igreja. Antes de iniciarmos o trabalho, feita a divulgao, agenda nos bairros especficos, evangelismo pessoal e convite s crianas da comunidade. Nas aulas, os professores infantis fazem a aplicao das lies bblicas publicadas pela CPAD, utilizando os recursos visuais, dinmicas, louvores relacionados aos temas estudados a cada domingo. As crianas envolvem-se de tal maneira, que temos visto o mover do Senhor sobre elas.

    O Projeto Escola Bblica de Rua foi realizado durante o ano de 2013 e com perodo extensivo at 2014, somando um total de 47 na cidade de Campina Grande e 14 no interior do Estado, com a atuao em equipe de 19 professores e auxiliares. Vale lembrar . que, os professores infantis planejam suas aulas, atravs de um t planejamento mensal, no qual constroem recursos necessrios e organizam escalas para cada Comunidade. Diante dessa realidade,

  • GLaucia Maria Leal Lima, pedagoga,

    especializada em Superviso de

    Educao Bsica e Urbana, professora

    da rede municipal e coordenadora-geral

    do Departamento Infanto-juvenil na

    AD em Campina Grande (PB)

    /

    podemos constatar que a frequncia das crianas na EBD teve acrscimo, como tambm, pais e vizinhos demonstraram interesse na partic ipao junto com seus filhos, na Escola Dominical. Nosso alvo:

    Promover o conhecim ento bb lico atravs do Novo Currculo de EBD, inseridos nas lies anuais para cada faixa etria.

    -Interagir a EBD com a comunidade, fac ilitando esta relao com a Igreja e aproximando o conhecimento da Palavra todo aquele que o busca;

    - Gerar novos ndices de frequncia na EBD, incentivando membros e congregados a participarem do projeto;

    -Exercitar a Evangelizao infanto-juvenil, atravs de aulas educativas e edificantes, com recursos ldicos que viabilizam a Palavra aos pequeninos.

    O projeto EBR tem marcado a vida de nossas crianas e nossas vidas tambm, promovendo testemunhos, mudana e entrega obra do Senhor. Os educadores esto sempre intercedendo nos locais onde o projeto desenvolvido, famlias so movidas pelo poder de Deus, curas so testificadas atravs daqueles que se aproximam para ouvir a poderosa mensagem de Esperana que ministrada nas aulas de campo.

    Inmeros foram os resultados alcanados atravs desta obra, em outubro de 2013 realizamos uma EBR em um dos bairros da cidade, na qual estiveram presentes mais de 576 crianas e pr adolescentes. O trabalhos superou as expectativas e, nesse mesmo dia estivemos realizando a distribuio de brinquedos que foram doados por vrios voluntrios. Os testemunhos evidenciam a presena de Deus atuando na transformao

    de vidas, muitos adultos receberam a Jesus como Salvador e, o mais nos

    surpreende, so as pessoas no crentes que nos oferecem ajuda,

    cedem suas caladas, cadeiras, instalaes e, prontificam-se a colaborar no bem estar das crianas. Temos v ivenciado

    m om entos inesquecveis onde o p o d e r de Deus

    manifesta-se atravs da Palavra que est sendo direcionada aos nossos pequenos obreiros. Assim, podemos considerar que, o projeto obteve resultados mais do que esperados, j temos dados de vrias EBDs que esto ampliando suas salinhas, pois, o nmero de crianas j est sendo acrescentado. Glria a Deus por issoE o que mais nos chama a ateno o desempenho dos professores em suas aulas, o amor que dedicam para levar o conhecimento bblico a todos que freqentam as classes, a EBR despertou tambm adultos e jovens que j no vinham a Igreja, atrados pelos filhos, decidiram ser um aluno EBD.

    Durante a aplicao e desenvolvimento do Projeto, atingimos os nossos objetivos, reforamos a interao com Superintendentes e dirigentes, como tambm, Igreja e Comunidade. Estamos em processo de crescimento e de aprendizagem todos os dias, a cada projeto, um novo caminho precisamos percorrer para alcanarmos de Deus as nossas metas e conquistas, queremos sempre melhorar, aperfeioar e estar sendo til nesta Escola que tanto amamos, jamais podemos afirmar que atingimos o ponto mximo de nossos sonhos, ainda h muita terra para conquistar e, sabemos que sem Jesus nada podem os fazer. Este p ro je to apenas o p rinc ip io para muitos educadores que se dispem nas mos do Mestre. Em todas as Escolas Bblicas de Rua, procuramos sempre chegar com antecedncia para realizarmos o evangelismo e convidarmos as crianas e adolescentes da rea em que est- vamos. Enfrentamos alguns perodos chuvosos, mas, refazamos a agenda e cumpramos com as aulas. Portanto, avaliamos de forma positiva o esforo da equipe, o crescimento da Igreja e como produtiva esta maneira de fazer Escola Dom inical na Rua, cum prindo o " Id e " E, ao mesmo tem po, ensinando a Palavra de Deus aos nossos pequeninos.

    Equipe que partic ipou do Projeto:Glucia Maria Leal Lima, Rosilene de Souza, Rosicleide Marcolino, Odete Andrade, Michelle Rodrigues, Cristiane Elias Barbosa, Alex Silva, Railson Lopes, Milene Santiago, Sandreia Marinho, Valdisia Felix, Karoline de Souza,Isaias Felix, Glauciane Israel, Fabiana Barreto, Rosangela Andrade, Vanusa Alexandre, Meirison Ramalho. / L

  • SALA de LEITURA

    m im h

    mJM"WW! MflH

    M luTOnsh h i

    LucasA VIDA

    1)E SEUSSONHOS SER que aBBLIA

    VERDADEIRA... MESMO? -

    \Ui CiARK VYaRR* | PVKC.II

    EVANGELHO DE LUCAS_____JOS GONALVES Esta obra o liv ro -tex to da revista Lies Bblicas do segundo semestre deste ano, que aborda o evangelho de Lucas. um material que enriquecer o professor ou aluno que queira ampliar seu conhecimento. O livro mostra que Lucas, o mdico amado, no foi um apstolo nem tam pouco foi uma testem unha ocular da vida de Jesus, todavia deixou uma das mais belas obras literrias j escritas sobre os feitos do Salvador e os primeiros anos da comunidade crist. O terceiro Evangelho possui uma forte nfase carismtica. Mais do que qualquer outro evangelista ou escrito do Novo Testamento. Lucas d amplo destaque pessoa do Esprito Santo durante o ministrio pblico de Jesus at sua efuso sobre os cristos primitivos.

    A VIDA DE SEUS SONHOSNEIL CLARK WARREN LES PARROTTTodo mundo anseia por relacionamentos saudveis, alegria e paz interior. A jornada rumo plenitude emocional um trabalho rduo. Mas a coisa mais importante que qualquer um pode fazer para os seus relacionam entos, uma vez que uma relao to saudvel quanto a pessoa menos saudvel presente. Aprenda trs segredos testados e aprovados para ajudar voc a alcanar a paz duradoura, a alegria de longa durao, e um nvel profundo de sade emocional e espiritual.

    aSHMCt>w!! AVE STERRETT

    SER QUE A BBLIA VERDADEIRA.. MESMO?JOSH MCDOWELL DAVE STERRETTA obra visa combater as principais dvidas sobre a autenticidade da Bblia com o a Palavra genuna de DeusEm uma mesa de caf, um dilogo sobre ceticismo, evidncias e verdade. Nick, um calouro de uma faculdade no Texas, Estados Unidos, tem sua vida espiritual virada de cabea para baixo ao ouvir a introduo de sua aula de religio. Suas dvidas se transformaro em conversas com professores, amigos e familiares sobre a autenticidade e autoridade da Bblia.

    >CO

    T I1

    "Muitos cristos modernos perderam de vista o que a Bblia quer dizer quando fala sobre o arrependimento. Eles pensam que o arrependimento pouco mais do que menear a cabea sobre os seus pecados e dizer: "Meu Deus, sinto muito por ter feito isso!"E, em seguida, continuarem a viver exatamente com o viviam antes'.

    TRECHO DO LIVROPaz com Deus

    Billy Graham, pgina 121

    O principal objetivo de Deus aprofundar o relacionamento de cada um de ns com Ele. Deus sabe que se no reconhecemos nossa necessidade dEle, nunca entenderemos o quanto Ele suficiente e maravilhoso. Por isso, continua nos desafiando a viver alm de nossas habilidades naturais. Deus sabe que desafios como amar uma pessoa que consideramos difcil colocar o obediente na posio de chegar-se a Ele constantem ente em busca de uma proviso fresca de seu amor".

    TRECHO DO LIVROO Discpulo Amado

    Beth Moore, pgina 237

    A profundidade de Deus com unica-se com a profundidade da natureza, e isto traz mudanas, Isso acontece ao nosso redor. A profundidade de Deus comunica-se com a profundidade das rvores de outono, e as suas folhas tornam-se inevitavelmente belas, de colorao laranja, verm elha e amarela. No final, as folhas caem e a rvore fica infrutfera novamente".

    TRECHO DO LIVROVivendo Salmos

    Charles R. Swindoll, pgina 137

    / e n s i n a d o r^ C R IS T O y )

  • PROFESSORf L - / r - | .

    I T # j i *0 r ~ ^ 0 9 ' * i

    RESPONDE ? ? h ? ? ' olPo r A b im a e l J u n io r

    Abimael Alves de Oliveira Junior

    Presbtero na Assembleia de

    Deus em Curitiba, Coordenador

    Geral da Escola Dominical, Mestre

    em Engenharia e Doutorando

    em Engenharia Mecnicxa

    Uma excelente pergunta. Parabns!Antes de tudo precisamos ter em mente qual

    a faixa etria das crianas presentes ao culto infantil.Algumas destas crianas so pequenas (faixa

    etria de 2 a 5 anos) e tem pouca compreenso da realidade ao seu redor. J outras, a partir dos 6 anos aos 9 anos, percebem vrios itens da realidade que as cerca e tambm de questes do que um culto, o que certo e errado no mundo "dos

    Antes de encerrar o culto, sempre pergunte se alguma criana quer

    receber Jesus como seu Salvador e explique o que

    esta escolha.

    adultos". Os juniores da faixa entre 9 a 11 anos tem uma excelente compreenso do que um culto.

    Para cada faixa deve-se te r uma linguagem especfica, tpica para que a criana compreenda. Crianas pequenas podem com preender que Deus o "Papai-do-cu", enquanto que crianas um pouco maiores sabem que Deus refere-se ao Deus que esto adorando.

    Tomando os cuidados com estas questes da faixa etria, pode-se identificar 2 ou 3 "momentos" no culto infantil.

    O primeiro momento o da orao inicial. Neste momento as crianas costumliramente esto agitadas, porque acabaram de se encontrar, e esto normalmente falando e brincando. normal e saudvel. No brigue e no se irrite. V calmamente

    pedindo para que elas fiquem quietinhas. No se estresse: voc vai comear o culto e a crianas vo participar deste culto com voc. Seja firme, mas no se deixe vencer pelo "estresse" que isto pode ser. Novamente, de acordo com a faixa etria das crianas, faa uma orao de modo que as crianas entendam e ouam voc orando. O prprio Jesus quando orou por seus discpulos, usou palavras falando com Deus, mas para os discpulos (Joo 17). Se perceber que alguma criana j tem compreenso para isto, chame uma criana para orar.

    O segundo momento o dos cnticos. Sugiro que estes cnticos sejam coletivos, ou seja, que todas as crianas cantem. Dependendo da faixa etria, incentive as crianas a cantarem sozinhas ou em grupo (duas crianas, por exemplo). Os corinhos devem ser alegres, na linguagem das crianas.

    O terceiro momento um momento especial! o momento da histria. Prepare-se bem para contar a histria. Utilize materiais coloridos. Existem bons materiais no mercado hoje em dia, mas se tiver dificuldade em adquirir, faa algum elementos com material reciclvel. Tenha capricho e cuidado com os materiais, porque eles so os itens que "conectam" as crianas com a histria que voc est contando. Crianas tem dificuldade em imaginar o que outro

    111L Y/iv'

    fala para ela, mas quando olha para algo, aquilo "ganha vida" em sua mente.

    Para as crianas maiores, voc pode fazer uma exposio do assunto. Voc deve pedir que elas leiam na suas Bblias. Antes de encerrar o culto sempre pergunte se alguma criana quer receber Jesus como seu Salvador e explique o que esta escolha.

    Encerre o culto com uma orao nos mesmos moldes da orao inicial. Se alguma criana, aceitou a Jesus, ore com ela, pedindo o perdo pelos pecados dela.

    Entre os cnticos e a mensagem (ou histria), pode-se incluir um momento de testemunhos e de orao pelas famlias. As crianas tem muita f e elas precisam exercitar esta f e perceberem que a f delas valorizada.

    E N S I N A D O R A I C R I S T O }

  • BOASIDEIAS

    Po r T e l m a B u e n o

    0 Evangelho segundo Lucas

    As Dinmicas ajudam a fixar 0 5 temas em classe

    voam w

    0 EVANGELHO DE LUCAS

    LIO1

    mvm v

    0 NASCIMENTO DE JESUS

    LIO2

    Neste trimestre estudaremos a respeito do terceiro Evangelho. O estilo de Lucas considerado um dos mais fluentes e belos. Ele deu continuidade ao seu trabalho escrevendo o livro de Atos. Lucas deixa claro, logo na introduo, que sua narrativa resultado de vrias pesquisas (1.1-4). O doutor Lucas agiu como um reprter investigativo para poder narrar todos os acontecimentos acerca do Filho de Deus, por isso, seu trabalho o mais completos dos quatro Evangelhos.

    Objetivo: Sondar o conhecimento prvio dos alunos a respeito do Evangelho de Lucas e introduzir a primeira lio do trimestre.

    Material: Papel ofcio, caneta, folha de papel pardo com o quadro, fita adesiva, quadro branco.

    Procedimento: Apresente a nova revista e o tema do trimestre aos alunos. Depois escreva no quadro as seguintes indagaes: "Qual o propsito do Evangelho de Lucas?" "Quem so seus destinatrios?" "Em que ano foi escrito?" "Qual o tema principal?"

    Depois, pea que os alunos se renam formando quatro grupos. Cada grupo dever ficar com uma questo para que respondam. Em seguida, rena os alunos novamente formando um nico grupo. Explique que para estudar os livros da Bblia de modo efetivo precisamos responder a essas questes. Depois, juntamente com os alunos, complete o quadro. Conclua incentivando a leitura de todo o Evangelho de Lucas.

    Autoria Lucas (Cl 4 .14)

    Destinatrios Tefilo e os gentios.

    Propsito Fazer um relato preciso a respeito do nascimento e vida do Messias.

    Ano em que foi escrito Por volta de 60 d.C.

    Tema principal O relacionamento do Messias com as pessoas. Lucas enfatizou que a salvao para todos.

    Lucas era um mdico gentio; por isso, preocu- pou-se em mostrar que a concepo do Messias foi um ato divino e que o Salvador era para todos. O dia em que o Filho de Deus se fez homem e veio a este mundo, com certeza, um dos mais belos desta terra. No sabemos ao certo o dia do seu nascimento; por isso, para o cristo, todo dia dia de gratido e louvor a Deus pelo seu dom inefvel.

    Objetivo: Mostrar o porqu da vinda de Jesus ao mundo.

    Material: Folha de papel 40 quilos e caneta pilot.Procedimento: Inicie a aula fazendo a seguinte

    indagao: "Por que precisamos de um Salvador?" Oua os alunos com ateno e pea que leiam Romanos 3.23. Em seguida, diga que todos pecaram e com o pecado perdemos o acesso direito a Deus. Estvamos condenados separao eterna. Mas Deus enviou seu Filho Unignito para nos salvar. Jesus nasceu para morrer por nossos pecados. Sua morte no foi um acidente. Ela j havia sido preparada desde o den (Gn 3.15). Jesus se doou por amor a ns! Em seguida, divida a turma em trs grupos. D a folha de papel e as canetas aos grupos. O tema do primeiro grupo ser: "O homem com o Salvador" e do outro, "O homem sem o Salvador." O terceiro grupo ter que preparar um acrstico com o nome de "Jesus". Conclua a atividade enfatizando a necessidade de salvao do ser humano.

    HOMEM COM O SALVADOR HOMEM SEM O SALVADOR

    Tem a vida eterna; No faam juramentos (Mt 5.34).

    Tem seus pecados perdoados; No tem a esperana da vida eterna;

    Tem esperana; Est debaixo da ira de Deus;

    Tem vida abundante; No pode desfrutar da vida abundante;

    Tem certeza do amanh; Vive segundo as circunstncias;

    No cobiars (x 20 .17). Tem medo do amanh e da morte;

    J & j

  • A INFANCIA DE JESUS

    MULHERES QUE AJUDARAM JESUS

    Jesus um dia tam bm foi criana. Seu desenvolvimento foi como o de qualquer menino judeu. Jesus se alimentava com o leite materno, aprendeu a dar os primeiros passinhos, a falar as primeiras palavrinhas. O Filho de Deus como homem perfeito, passou por todas as fases do desenvolvimento. Por isso, Ele compreende cada etapa da nossa vida.

    Objetivo: Conscientiz-los de que o cristo deve ter um desenvolvimento perfeito em todas as reas da vida a exemplo do Mestre.

    Material: Quadro e pincel atmico.Procedimento: Copie no quadro o esquema

    abaixo e o texto ureo da lio. Leia com os alunos o texto ureo. Em seguida, divida a turma em quatro grupos. Cada grupo dever ficar com uma caracterstica do desenvolvimento de Jesus. Os grupos tero que preencher o quadro. Explique que assim como Jesus teve um crescimento saudvel, ns, servos do Senhor, tambm temos que buscar crescer em todas as reas, mas de forma equilibrada. Enfatize que no adianta ser muito espiritual e no saber se relacionar com as pessoas. Temos que crescer de modo uniforme, saudvel. No podemos cuidar de uma rea e esquecer a outra.

    SABEDORIALer a Bblia; Orar;Ler bons livros.

    ESTATURASe alimentar de forma equilibrada; Evitar o estresse;Atividades fsicas (caminhada).

    Em graa para com Deus (espiritual)Orao;Jejum;Leitura da Palavra.

    Diante dos homens (socialmente)

    Cumprimentar as pessoas; Sorrir;Ser educado;Ser respeitoso.

    No tempo de Jesus, em geral as mulheres eram tratadas com desprezo e tinham poucos direitos. Elas no podiam estudar, o discipulado era algo restrito aos homens. Mas Jesus veio ao mundo para salvar a todos, e em relao s mulheres Ele veio quebrar e restaurar sua condio social. Diante de Deus todos so iguais (Gl 3.28). Jesus amou e valorizou as mulheres como ningum mais o fez. Ele teve algumas amigas mulheres (Marta e Maria) e muitas o ajudaram em seu ministrio e tambm foram ajudadas por Ele. O Mestre foi gerado no ventre de uma mulher.

    Objetivo: Conscientizar os alunos de que as mulheres ajudaram Jesus em seu ministrio.

    M ateria l: Bolas de gs com as referncias dentro.

    Procedimento: Escreva o nome das mulheres ou o que ocorreu em pedacinhos de papel e coloque dentro das bolas de gs (observe o quadro). J na classe encha as bolas. Depois de orar com os alunos, jogue as bolas para o alto e explique que dentro delas eles vo encontrar algumas mulheres que foram ajudadas por Jesus. Eles devero estourar a bola, ler o papel e dizer onde se encontra no Evangelho de Lucas tal referncia. Ganha um brinde o aluno que acertar mais referncias. Conclua a atividade explicando que Jesus considerava homens e mulheres iguais (Lc 10.38-42) e que o tema da lio a respeito das mulheres que ajudaram a Jesus.

    JESUS AUXILIOU AS MULHERES E RECEBEU AJUDA DELAS Ressuscitou o filho de uma viva Lucas 7.11-17 Uma mulher pecadora ungiu seus ps Lucas 7.36-50 Mulheres que viajavam com Jesus Lucas 8.1-3 Jesus visita Maria e Marta Lucas 10.38-42 Curou uma mulher com deficincia fsica Lucas 13.10-17 Mulheres acompanham Jesus at a cruz Lucas 23.27-31

    e n s i n a d o r \.C R IST O

  • /T

    \ MORTE DE JESUSLIO

    ^ 1 2A morte de Jesus na cruz no foi um aciden

    te. Deus j havia planejado desde o den. O Mestre sabia que para esse fim veio ao mundo. Por isso, quando foi levado preso, no resistiu. Jesus sofreu na cruz como um homem e como o Filho de Deus. Mostre aos seus alunos que no d para dimensionar o que o Salvador enfrentou por amor a ns. Mesmo diante de tanta dor, Ele ainda declarou o seu perdo s pessoas que participaram da sua morte (Lc 23.34).

    Objetivo: Compreender que Jesus se entregou para morrer na cruz.

    Material: Uma folha de papel pardo com a figura de uma cruz e caneta pilot.

    Procedimento: Converse com seus alunos a respeito do sofrimento fsico, psicolgico e espiritual enfrentados por Jesus. Enfatize que Ele tudo fez por amor a ns. Em seguida, pea que um aluno leia Isaas 53.4,5. Depois distribua as canetas e pea que um aluno de cada vez escreva na figura da cruz algo que Jesus levou sobre si. Conclua orando com os alunos, agradecendo a Jesus pela sua morte.

    ENFERMIDADES DEPRESSOTRISTEZAS DORESmmbBB

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    PRIMRIOS

    CONHECENDO A HISTRIA DO FILHO QUE ESCOLHEU FAZER 0 QUE CERTO

    Neste segundo trimestre do ano, seus alunos vo estudar a respeito da vida de Jos. Esta uma das mais belas histrias da Bblia. Jos foi vendido pelos irmos, enfrentou a cova, a escravido, a injustia, a priso, mas decidiu fazer o que certo. O Senhor tinha um plano especial para Jos e sua famlia, mas quase que as atitudes dos irmos malvados colocaram tudo a perder.

    Objetivo: Mostrar s crianas que as atitudes dos irmos de Jos eram ruins e quase prejudicaram toda a famlia.

    Material: Uma rvore desenhada em uma folha de papel 40 quilos. Frutos confeccionados em papel lustroso, fita adesiva e canetinha.

    Atividade: Sente-se em crculo com as crianas no cho da sala e estenda a rvore que voc preparou no centro. Converse com elas e apresente o tema do trimestre e a nova revista. Diga que Deus tem um plano especial para cada famlia e para cada vida. Em seguida, fale que o cime dos irmos de Jos quase destruiu a famlia. Eles tiveram atitudes erradas para com o irmo, porm Jos decidiu fazer o que era certo. Nossas atitudes erradas prejudicam nossos irmos e nossas famlias. Precisamos dar bons frutos. Depois distribua um fruto e pea que os alunos escrevam qual fruto gostariam de desenvolver e dar para sua famlia. A medida que forem falando, pea para irem fixando na rvore.

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  • JUNIORES

    VITRIAS DO POVO DE DEUS

    PR-ADOLESCENTES

    QUEM SOU EU

    Professor, neste trim estre os juniores vo estudar a respeito das lutas e vitrias do povo de Deus. O povo de Israel estava cercado de inimigos; por isso, precisou batalhar muito para conquistar a terra que o Senhor lhes dera. Em nossa caminhada neste mundo tambm temos muitas lutas, mas com f e determinao podemos enfrentar nossos inimigos e receber a vitria.

    Objetivo: Introduzir, de modo criativo, o tema geral do trimestre.

    Material: Folhas de papel e caneta.Atividade: Sente-se com seus alunos em crculo

    no cho da classe. Converse a respeito do tema geral do trimestre. Para introduo do tema, faa a seguinte indagao: "Deus j deu a voc ou a sua famlia uma vitria especial? (A cura de alguma enfermidade, a compra de uma casa, a salvao de algum parente.)" Incentive a participao de todos. Depois explique que durante a nossa caminhada temos que enfrentar algumas dificuldades e alguns inimigos, mas a nossa f em Jesus nos faz mais que vencedores. Em seguida, leia com os alunos o cntico de Moiss e de Miri depois da vitria sobre os egpcios. Divida a turma em grupos, distribua o papel e a caneta e pea que os grupos faam a letra de um cntico de vitria ao Senhor ou um grito de guerra. Eles podem usar a msica de algum cntico j conhecido.

    O tema do trimestre de pr-adolescentes bem sugestivo e relevante, pois eles esto iniciando uma fase de importantes mudanas, em especial no fsico. O tema vai ajud-los a se conhecer melhor. Eles precisam saber que embora comecem a enfrentar algumas mudanas no fsico, Deus os ama pelo que so.

    O b je tivo : Mostrar que Deus nos ama pelo que somos.

    Material: Caixinha com o nome dos alunos.Atividade: Sente-se com os seus alunos em

    crculo. Passe a caixinha com os nomes de todos os alunos presentes. Explique que eles tero que retirar um papel, mas no podem revelar o nome. A pessoa ter que dizer duas qualidades desta pessoa e o restante da turma ter que descobrir quem . Depois que todos tiverem participado, conclua dizendo que todos tm qualidades e defeitos. Muitas vezes temos qualidades que no percebemos, mas aqueles que esto ao nosso redor percebem . Deus nos ama do je ito que somos. Ele nos ama e est disposto a nos ajudar a corrigir os nossos erros. Para o Senhor, vocs tm muitas qualidades.

    E N S I N A D O R3 4 H :.Ti

  • ADOLESCENTES

    ADOLESCENTES DA BBLIA

    Neste trimestre o tema "Adolescentes da Bblia". importante que seus alunos saibam que os personagens bblicos tambm foram jovens e se destacaram pela confiana que tinham em Deus.

    Objetivo: Introduzir o tema do trimestre de forma ldica.

    Atividade: Sente-se com os seus alunos em crculo e apresente tema do trimestre turma. Em seguida, v fazendo as perguntas para que os alunos respondam. "Enfrentei um leo e um urso. Quem sou eu?" (Davi). "Fui o ltimo juiz de Israel. Quem sou eu?" (Samuel). "Aprendi a respeito da f com minha me e minha av. Quem sou eu?" (Timteo). "Meu pai ia me oferecer a Deus como prova de sua obedincia." Quem sou eu? (Isaque). "A judei minha me a salvar a vida de meu irmo." Quem sou eu? (Miri) "Fui rei aos oito anos?" Quem sou eu? (Josias). "Fui vencido por uma mulher que pertencia os filisteus? Quem sou eu?" (Sanso). .

    Neste segundo trimestre os juvenis vo estudar a respeito de algumas questes difceis do nosso tempo. O objetivo do trimestre mostrar que a Palavra a nossa regra de f. Orientados por ela, temos como responder s questes a respeito do aborto, eutansia, drogas, etc.

    O b je tivo : Esclarecer algumas dvidas em relao s principais verdades da f crist.

    Material: Quadro e caneta.Atividade: Para abertura do trimestre, sente-se

    com seus alunos em crculo e faa um comentrio geral a respeito do tema do trimestre. Em seguida, pergunte aos alunos: "Quais as questes difceis que temos que enfrentar hoje em nossa sociedade?" Oua os alunos, e medida que forem falando v relacionando as respostas no quadro. Explique que temos que lidar com temas como o aborto, a legalizao das drogas, o se- cularismo, a eutansia, a exposio excessiva na mdia, o terrorismo, as catstrofes naturais, etc. Fale que essas questes devem ser respondidas e pensadas luz da Palavra de Deus. Durante o trimestre vamos estudar com profundidade cada um dos temas.

  • LIESBBLICAS

    M a r c e l o O l iv e ir a d e O l iv e ir a

    0 Evangelho de Lucas, o mdico amado

    0 Jesus o Homem Perfeito

    LIO 1

    O Evangelho segundo Lucas

    Ao longo da Histria da Igreja, algumas indagaes acerca dos Evangelhos foram feitas por cristos sinceros: (1) Como os Evangelhos surgiram? (2) Como obra literria, de que maneira devemos entender os Evangelhos? (3) O que os Evangelhos nos contam sobre Jesus?

    Sabemos que pessoas, inspiradas pelo Esprito Santo, escreveram os quatro primeiros livros do Novo Testamento. Entretanto, de acordo com as perguntas acima, queremos saber como os autores dos Evangelhos obtiveram as informaes sobre a vida e o ministrio de Jesus; Por que os Evangelhos so to parecidos e, ao mesmo tem po, to diferentes?

    Sem a pretenso de respondermos essas questes no presente espao ( impossvel tal empreendimento), podemos perceber que o Evangelho de Lucas, dentre os quatro, tem uma particular contribuio para compreendermos a formao dos Evangelhos que falam do nosso Senhor. Leia o seguinte texto:

    "Tendo, pois, muito empreendido pr em ordem a narrao dos fatos que entre ns se cumpriram, segundo nos transm itiram os mesmos que os presenciaram desde o princp io e foram ministros da palavra, pareceu-m e tam bm a mim conveniente descrev-los a ti, excelentssimo Tefilo, por sua

    ordem, havendo-me j informado minuciosamente de tudo desde o princp io , para que conheas a certeza das coisas que j ests in fo rm a d o " (Lc1.1-4). Agora correlacione essa passagem com a de Atos 1.1,3:

    "Fiz o primeiro tratado, Tefilo, acerca de tudo que Jesus comeou, no s a fazer, mas a ensinar, [...] aos quais tambm, depois de te r padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalveis provas, sendo visto por eles por espao de quarenta dias e falando do que respeita ao Reino de Deus".

    Podemos d izer que o evangelista Lucas o autor sacro que d as pistas da histria das origens crists, pois as introdues do seu Evangelho e do Livro de Atos revelam que: (1) Lucas selecionou e ps em ordem os fatos narrados no Evangelho; (2) Esses fatos foram transm itidos pelas testemunhas oculares de Cristo e pelos ministros, os apstolos, da Palavra que "transmitiam" verdades sobre Jesus; (3) haviam outros escritos sobre Jesus, mas coube a Lucas organizar e relatar o dele.

    Com isso, fica claro que o mdico amado, doutor Lucas, o autor do Evangelho considerado o mais histrico e cronolgico dentre os quatro Evangelhos. Um tratado extraordinrio sobre Jesus e a sua obra!

    - .c . 'e n s in a d o A

  • 0 nascim ento de Jesus A infncia de Jesus

    O evangelista, doutor Lucas, o mdico amado, escreveu a histria do nascimento de Jesus Cristo, paralelamente, a de Joo Batista. Podemos chamar de histrias dos nascimentos dos dois meninos, pois, em primeiro lugar, Lucas apresenta os anncios do nascimento de Joo Batista e de Jesus Cristo (Lc 1.5-25, cf. w.26-38); depois, a visita de Maria a Isabel (Lc 1.39-45); o cntico de Maria e a informao de que ela passara trs meses na casa de sua prima Isabel (Lc 1.46-56); em seguida, a narrativa do nascimento de Joo Batista (Lc 1.57-66); o cntico de Zacarias, seu pai (Lc 1.67-80); depois, a narrativa do nascimento de Jesus Cristo (Lc2.1-7); logo mais, a chegada dos pastores de Belm (Lc 2.8-20); em seguida, a circunciso e a apresentao de Jesus no Templo (Lc 2.21-24); a alegria de Simeo e da profetisa Ana com o nascimento do Salvador (Lc 2.25-38); e o encontro de Jesus com os doutores da Lei, no Templo, aos doze anos de idade (Lc 2.39-52).

    Nas sees narrativas dos anncios natalcios sobre Jesus Cristo e Joo Batista, e de seus respectivos nascimentos, os grandes hinos presentes na narrativa lucana tom ou um vulto grandioso na Histria da Igreja: o Magnificat, cntico de Maria exaltando a Deus pelas suas obras (1.46-55); o Benedictus, o cntico de Zacarias quando bendiz o Deus de Israel e profetiza sobre o ministrio de Joo Batista (1.68-79).

    As narrativas dos nascimentos de Jesus e de Joo tm o objetivo de deixar claro, desde o incio da obra evanglica, a importncia suprema da pessoa Jesus Cristo. Enquanto Joo tinha pai e me, e fora fru to do relacionamento entre Zacarias e Isabel, a narrativa igualmente deixa clara que a me de Jesus, Maria, no conheceu homem algum. E que o Filho de Deus fora concebido no ventre de Maria pela obra do Esprito Santo.

    No Benedictus, o cntico de Zacarias, Joo Batista foi profetizado como o precursor do Messias, Jesus, o Salvador do Mundo. O grande profeta foi reconhecido pelo povo e por Herodes. Joo Batista descortinou o cam inho do Filho de Deus para o arrependimento do povo, aps apresent-lo a fim de que esse povo reconhecesse o Filho de Deus, o desejado entre as naes.

    importante que o estudante da Bblia compreenda a forma como as narrativas do Evangelho de Lucas esto estruturadas, pois ela apresenta uma estrutura que faz sentido na forma como Jesus Cristo apresentado a partir do captulo 3 do Evangelho.

    Nesta lio, devemos informar aos alunos que no existe nenhuma narrativa extensa sobre a infncia de Jesus na Bblia. E se no est na Bblia, principalmente nos Evangelhos, no h outra fonte digna de confiana e merecedora de crdito quanto narrativa da infncia de Jesus Cristo narrada nas Sagradas Escrituras. Com essa afirmao queremos dizer que no h informao digna de confiana porque os documentos extras bblicos, que reclamam tal status, e tentam dar conta desse lapso de tempo da infncia de Jesus, so bem posteriores aos Evangelhos, e foram influenciados pelo gnosticismo, uma heresia combatida pela Igreja do primeiro sculo, fundamentalmente por intermdio das cartas apostlicas.

    Em segundo lugar, por falta de material sobre a infncia de Jesus, muitas so as especulaes sobre ela, no contribuindo em nada para o nosso conhecimento sobre o Senhor e a sua histria como menino.

    importante ressaltar na ministrao da lio, a inteno do evangelista em destacar a infncia de Jesus. Ao analisarmos o contexto das passagens que envolvem a infncia e a adolescncia do nosso Senhor, vemos que Lucas no tem o objetivo de descrever a infncia de Jesus numa perspectiva biogrfica El Embora haja dados biogrficos no contedo, os Evangelhos no so relatos preponderantemente biogrficos. E no apresenta uma preocupao cronolgica com a estruturao das narrativas, embora o escrito lucano seja considerado, entre os Evangelhos, o mais cronolgico.

    O Evangelho de Lucas narra tudo o que sabemos sobre a infncia e a adolescncia de Jesus. O objetivo de o evangelista narr-lo o de apresentar a paternidade divina de nosso Senhor, pois Ele foi concebido no ventre de Maria pelo Esprito Santo. Nessa narrativa est presente "o anncio do anjo Gabriel a Maria sobre o nascimento de Jesus (Lc 1.26-38)"; "a histria do nascimento de Jesus e a presena de anjos juntamente com os pastores de Belm (Lc 2.1-20)". Nosso Senhor foi uma criana comum, crescendo e desenvolvendo- -se como qualquer criana da Antiga Palestina. Assim o texto lucano destaca a humanidade do nosso Senhor desde a tenra infncia: "a apresentao do menino ao Senhor no Templo (Lc 2.21 -40)"; "e a nica histria do texto bblico sobre Jesus na adolescncia" (Lc 2.41-52). Portanto, a narrativa do nascimento de Jesus Cristo est alocada no Evangelho de Lucas como uma introduo de quem a pessoa do meigo nazareno, destacando sua paternidade divina e a sua caracterstica humana.

    / ' n s InADOr ',''^CRISTO J

  • o

    O evangelista Lucas registra que Jesus foi cheio do Esprito Santo (4.1). Aps o nosso Senhor ser cheio do Esprito, Ele foi conduzido pelo mesmo Esprito ao deserto, onde foi tentado pelo Diabo por quarenta dias. Neste perodo, o Senhor Jesus ficou em comunho com Deus Pai atravs de jejum e orao. Entretanto, ao sentir fome, nosso Senhor comeou a ser tentado pelo Diabo.

    O relato do captulo 4 do Evangelho de Lucas retrata trs tentaes que o Senhor Jesus foi provado: as necessidades fsicas (w.3,4), a oferta de autoridade sobre os reinos (w.5-8) e provar a verdade da promessa de Deus (w.9-12).

    A primeira tentao de Jesus revela-nos que Ele no usou o seu poder para benefcio prprio, pois antes agradava obedecer a Deus que a Satans. Seria natural, se com fome, o nosso Senhor transformasse pedra em po e revelasse ser verdadeiramente o Filho de Deus. No! A resposta do nosso Senhorfoi direta: nem s de po viver o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus (Dt 8.3).

    A segunda tentao de nosso Senhor tem a ver com a ambio de conquistar e governar todos os reinos do mundo. Satans colocou diante de Jesus toda a autoridade do mundo, e em troca, ordenou que Jesus o adorasse prostrado. O Diabo usou de meia-verdade, pois apesar de ter poder (Ef 2.2), ele no tinha autoridade para dar ou no a Jesus reinos ou a glria desse mundo. A promessa de torn-lo o grande soberano do mundo no "encheu os olhos" de nosso Senhor, que de pronto, logo respondeu: "O Senhor, teu Deus, temers, e a ele sen/irs, e pelo seu nomejurars" (Dt 6.13).

    A terceira tentao mostra o nosso Senhor sendo levado pelo Diabo ao pinculo do Templo. A proposta de Satans: Pular, pois estava escrito que Deus daria ordens aos anjos para livr-lo. Ainda haveria outro impacto: Pular do pinculo do Templo e cair salvo no meio ptio sagrado, de uma s vez, faria o Senhor ser reconhecido como "Messias". Mas no foi isso que aconteceu. O nosso Senhor no queimou etapas, mas repreendeu Satans dizendo que ningum pode tentar a Deus. As coisas do Altssimo no so para fazermos provas sem sentido.

    As trs tentaes de Jesus Cristo expuseram trs reas que o ser humano se mostra frgil: A das pulses carnais, as do poder e a da busca pela fama. Nosso Senhor venceu as tentaes e nos estimulou a fugir das pulses carnais, do apego pelo poder e da possibilidade de usar as promessas divinas para benefcio prprio para a formao da autoimagem.

    Jesus escolhe seus discpulos

    Quem eram os discpulos escolhidos por Jesus? Pessoas simples, habitantes de uma cidade sem importncia para a antiga Palestina. Pessoas que no tinham alto grau de instruo, mas que acreditaram na mensagem do meigo nazareno. Na presente aula, devemos ressaltar que o nosso Senhor no chamou os doze homens para serem apstolos objetivamente, mas, primeiramente, para discpulos. Pessoas disponveis a aprender, e igualmente, desaprender os equvocos aprendidos ao longo da vida religiosa e, principalmente, ansiosos em imitar o Mestre de Nazar.

    O discipulado de Jesus assim. Chama pessoas, do ponto de vista humano, incapazes de desenvolver algum projeto de vida. E mostra-lhe o maior projeto que ser humano algum pde imaginar: o Reino de Deus. Quando fomos chamados por Jesus a viver o Evangelho, percebemos que no estvamos prontos a dizer "sim" para o seu projeto. O nvel do Evangelho alto de mais para a nossa natureza cada. Mas ao despirmo-nos de ns mesmos e procurarmos ser mais parecido com Jesus, o Evangelho ser parte da nossa vida e ficar impregnado nossa natureza. Ento passamos a ser uma nova criao, ter outra mente e outra perspectiva de vida que s encontramos com o meigo nazareno.

    O chamado de Jesus um convite para no mais olhar para si mesmo, uma convocao para olhar para o outro. Uma deciso de renunciar aos prprios anseios e uma atitude de viver a vida que no mais sua, mas de Deus.

    A mensagem do Reino de Deus absolutamente oposta ao modo de o mundo comunicar seus valores s pessoas. O Reino de Deus no faz violncia para convencer algum de alguma ideia, enquanto que o sistema de vida mundano violento, arrogante e predatrio em convencer o outro acerca dos seus valores. Embora saibamos que os valores do mundo so destruidores para um projeto de vida digna, no fazemos terrorismo ou algo do tipo. Simplesmente somos chamados a sermos pescadores de homens, de almas, de sentimentos, de pessoas. Levar vida, onde h morte; paz, onde reina a guerra; alegria, onde reina a tristeza; bondade, onde reina a perversidade; esperana, onde reina a ausncia dela.

    Em Jesus, somos chamados a sermos arautos do Evangelho para pessoas sem Deus, sem dignidade, sem alegria de viver. Nele, todo dia somos estimulados a testemunhar com a vida a verdade daquilo em que acreditamos e cremos. Sim, Jesus, a nossa razo de ser. o sentido ltimo da nossa vida. Podemos dizer "sim" ao seu convite? Vem e segue-me!

  • Mulheres que ajudaram Jesus

    No h dvidas que Jesus Cristo quebrou vrios paradigmas em relao s mulheres do seu tempo. Na Palestina Antiga no havia sacerdotisas, isto , a hierarquia religiosa judaica era formada por homens. Logo, toda a concepo de moral, de tica e de costume em relao mulher era decidida por intermdio da perspectiva religiosa masculina. Isso nos faz compreender o porqu de um rabino no se comunicar com mulheres; a genealogia das muitas mulheres no serem mencionadas na Bblia; outras mulheres no entrarem nos livros de genealogias.

    Mais interessante ainda quando olhamos para a genealogia de Jesus e, l, encontrarmos uma mulher como Raabe. Todo estudante da Bblia sabe que Raabe fora uma prostituta da cidade de Jeric e que somente sobreviveu ao ataque do povo de Israel porque escondeu os vigias israelitas. Uma ex-prostituta na genealogia do salvador do mundo!

    E Rute, uma estrangeira, adoradora de outros deuses, mas que graciosamente foi acolhida na famlia de Israel, entrando para a genealogia do Messias desejado das naes.

    E Bete-Seba, citada na genealogia de Mateus (1.6), me do rei Salomo. Uma mulher que fora amante do rei Davi, naturalmente temos de levar em conta todas as circunstncias sociais e poltica da poca, agora contemplada como uma das mulheres presentes na genealogia de Jesus.

    E o que falar de Maria, a me do meio nazareno? A bendita entre as mulheres, mui amada pelo nosso Deus. O seu ventre concebeu e deu luz o menino Jesus, o nosso Salvador. E as mulheres que subsidiavam o ministrio de Jesus? E a mulher samaritana? Enfim, o ministrio terreno de Jesus foi de encontro com diversas mulheres, que ao encontr-lo, sentiram-se acolhidas por Ele.

    Em Jesus, o homem no tem mais uma relao de domnio sobre a mulher, mas de parceria e de ajuda mtua. Leia o versculo 21 do captulo 5 de Efsios. Ali, o apstolo nos diz que ser "cheios do Esprito", inevitavelmente, nos levaria a sermos submissos uns aos outros em amor. Em seguida, o apstolo escreveu sobre a relao da esposa com o esposo, e deste para com aquela. Como conseqncia natural do versculo 21, no difcil compreender que tanto a esposa deve se submeter ao esposo em amor quanto o esposo deve submeter-se a esposa, amando-a como Cristo amou a Igreja e entregou-se por ela. Em Jesus, a posio da mulher outra. Ele a honrou!

    Poder sobre as doenas e mort

    Doena e morte, geralmente, uma conseqncia da outra. O ministrio de Jesus de Nazar, quase sempre, se deparou com essas duas realidades. Quantos doentes e enfermos o nosso Senhor curou? Coxos, cegos, deficientes fsicos, leprosos, lunticos, mos mirradas etc. Quantas pessoas foram ressuscitadas? o relato mais famoso a ressurreio de Lzaro, um amigo de Jesus.

    A compaixo era a caracterstica marcante de Jesus de Nazar, e hoje, pois Ele tinha a capacidade de se colocar no lugar do doente ou da famlia que perdeu um ente querido, para sentir a sua dor. Nosso Senhor sabia que diante do quadro da doena ou da morte, o ser humano encontra-se frgil, sem cho e absolutamente vulnervel para as conseqncias da vida. Quando Jesus curava algum era sua compaixo pelo sofrimento alheio que podia ser destacada, e no o desejo de ficar conhecido na provncia da Galileia por causa do seu divino poder.

    Jesus venceu todas as doenas e venceu a morte, a maior inimiga do ser humano na Cruz. Isto no significa que estejamos livres dessas realidades plenamente. No, no estamos! Ainda habitamos um corpo frgil, lim itado e comum. O nosso corpo no foi redimido nem revestido do corpo glorioso que nos espera um dia (1 Co 15). Entretanto, o que Jesus fez na Cruz do Calvrio suficiente para sabermos que cremos num Jesus poderoso que tem compaixo por ns.

    Num tempo onde pessoas usam a f alheia para tirarem vantagens, como prometer bnos de curas em troca de dinheiro, fazer maquiagem do Evangelho para autopromoverem-se, urgente conclamarmos a Igreja do Senhor a olhar para o Evangelho e tomar a deciso de seguir a Jesus at as ltimas conseqncias. Com isso no estamos prometendo cura, nem muito menos que se algum morrer ir ressuscitar. Queremos apenas frisar que essas obras gloriosas so uma iniciativa de Deus, segundo a sua livre soberania e graa.

    O nosso Senhor continua a curar enfermidades e a ressuscitar mortos. Por isso a Igreja do Senhor deve ser encorajada a orar sempre pelos enfermos. Tomarmos mo o azeite e ungir o enfermo. Sim, Deus pode curar a pessoa necessitada para a sua honra e glria. tempo de rogarmos a Deus em favor das pessoas que precisam. Lembrando que Ele venceu a morte e pelas suas pisaduras fomos sarados. Portanto, embora haja muita mentira e engano em relao a curas e ressurreio dos mortos, no podemos perder de vista que o nosso Senhor cura e ressuscita os mortos. Ele Senhor e conhece todas as coisas.

  • LIO

    O poder de Jesus sobre a I As Limitaes dos natureza e os demnios I discpulos

    O Evangelho de Lucas inicia o captulo 8 apresentando as mulheres que financiavam o ministrio de Jesus e dos seus discpulos: Maria, chamada Madalena; Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Suzana, e muitas outras (8.1-4). Essas mulheres haviam sido curadas por Jesus de enfermidades e de espritos malignos, como Maria Madalena, que havia sido expelido sete demnios. Ou seja, os quatro primeiros versculos abrem o captulo 8 expondo os milagres de Jesus em relao s mulheres e, por isso, elas passaram a servir a Jesus com os seus bens.

    Alm de relatar brevem ente o financiam ento das mulheres, pois o seu ministrio de pregao do Reino de Deus estava em pleno vapor, o Evangelho de Lucas passa a narrar a Parbola do Semeador para a multido que o seguia (8.4-15), denotando a mensagem do Reino que devia ser propagada em todos os cantos do mundo. Em seguida, o nosso Senhor contou outra parbola, a da Candeia (8.16-18), ressaltando o aspecto iluminador de quem entende a mensagem do Reino de Deus.

    Depois, Lucas passou a narrar o breve evento da famlia de Jesus (8.19-21). O relato demonstra o quanto Jesus estava focado em seu ministrio. De modo que, quando disseram a Ele que a sua me e os seus irmos estavam querendo v-lo, de pronto o nosso Senhor replicou: "Minha me e meus irmos so aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam." (Lc 8.21). A sua Palavra e seu ministrio ungido pelo Esprito Santo refletem a sua autoridade, pois Jesus falava exatamente como um homem, que no apenas tinha, mas era de autoridade. As pessoas viam isso nEle, e se encantavam com suas palavras.

    A partir do versculo 22, o evangelista passa a narrar 4 milagres que Jesus Cristo fez com o objetivo de as pessoas reconhecerem a sua natureza divina. Que alm de curar enfermos, Ele perdoa pecados, livrando-nos de toda a culpa. Os milagres so: a tempestade apaziguada (8.22-25); o endemoninhado gadareno (8.26-39); a ressurreio da filha de Jairo (8.40-42,49-56); a cura da mulher com fluxo hemorrgico (8.43-48). Ora, se o captulo 8 inicia descrevendo as mulheres que foram curadas por Jesus e o nosso Senhor pregando multido, e encerra com milagres extraordinrios, qual a inteno do Evangelista Lucas? Apresentar Jesus, no como um homem comum, mas como algum que tem todo o poder sobre a Criao e, at mesmo, seres espirituais.

    Por andarem com o Mestre e verem as obras maravilhosas do nosso Senhor, os discpulos de Jesus, que andaram com Ele ao longo de todo o seu ministrio terreno, so destacados muitas vezes, no como seres humanos normais, mas como pessoas acima da mdia como se fossem seres humanos perfeitos.

    No! Os discpulos de Jesus no eram pessoas perfeitas. Pelo contrrio, eram imperfeitas, limitadas, cheias de dvidas, medos, muitas eram at mesmo ambiciosas e outra foi achada como traidora do Senhor. Por isso, a partir da realidade da vida de alguns discpulos e da maneira como Jesus tratou com eles, algumas lies podem ser aprendidas por ns.

    Em primeiro lugar, sempre haver dvidas sobre algumas coisas na vida crist. Certa vez, quando o nosso Senhor foi assunto aos cus, os discpulos lhe perguntaram: "Quando restaurar o reino a Israel?" 0 nosso Senhor respondeu: "No cabe a vocs saberem sobre pocas e estaes dos tempos". A f crist no uma matria pronta para responder curiosidades da vida. Ela a vida de Jesus em ns para ser vivida.

    Em segundo lugar, no podemos ser crentes exclusivistas. Graas a Deus que passou o tempo onde era comum, pessoas dizerem que s os crentes de determinada denominao eram salvos, como se a salvao no dependesse mais da graa de Deus, mas de determinada instituio religiosa. Num pas como o Brasil, de extenso continental, um erro no dialogarmos com outros irmos de diferentes manifestaes evanglicas que tenham compromisso com o ncleo bsico da f crist.

    Em terceiro lugar, o dinheiro no pode ter a predominncia na misso que os discpulos desenvolvero para o Reino de Deus. A posio de determinados discpulos de Cristo pode parecer de vantagens sobre determinadas pessoas, e se ele for uma pessoa sem carter, usar o dom de Deus que est sobre ele para receber vantagens e lucros das pessoas. Muitos fizeram isso no passado, no tempo dos apstolos, e estes denunciaram essa m ao com firmeza. E hoje, seria diferente?

    Enfim, o perdo a caracterstica fundamental daqueles que receberam de Jesus o ensinamento da mensagem do Reino de Deus. Os discpulos de Jesus foram provados nessa questo quando eles estiveram com Ele, aps o nosso Senhor voltar para o Pai. Perdoar o prximo, alm de necessrio para a alma, a via de mo dupla onde o Pai trabalha por ns se tal bem for achado em nossa vida.

  • m LIAOL 10Jesu s e o dinheiro

    O assunto "dinheiro" tem sido um tema controverso no meio evanglico. Muitas orientaes passadas ao povo, de modo geral, mais parece fiel a perspectiva secular que a crist. Quando falamos de perspectiva secular, nos referimos a maneira individualista, egosta e mesquinha de lidar com o dinheiro. A iniciativa de acumular bens para si diametralmente oposta a do Evangelho, que ordena compartilharmos o que se tem. Uma parbola de Jesus que sugere isso a do "Rico Insensato". Uma pessoa obstinada a somente acumular bens nesse mundo e no atentar seriamente para o que importa. Precisamos ter a coragem de afirmar que a perspectiva crist no incentiva a busca pela riqueza, pelo contrrio, desestimula. Isso mesmo, o Evangelho desestimula a busca da riqueza pela riqueza, o consu- mismo desenfreado. Note alguns versculos bblicos que seriam em muitos lugares hoje impraticveis e at proibidos de serem lidos:

    "Vendei o que tendes, e dai esmolas, e fazei para vs bolsas que no se envelheam, tesouro nos cus que nunca acabe, aonde no chega ladro, e a traa no ri" (Lc 12.33).

    "Disse, porm, Abrao: Filho, lembra-te de que rece- beste os teus bens em tua vida, e Lzaro, somente males; e, agora, este consolado, etu, atormentado" (Lc 16.25).

    "E, quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa: vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e ters um tesouro no cu; depois, vem e segue-me. Mas, ouvindo ele isso, ficou muito triste, porque era muito rico. E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quo dificilmente entraro no Reino de Deus os que tm riquezas!" (Lc 18.22-24).

    "Tendo, porm, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Manda aos ricos deste mundo que no sejam altivos, nem ponham a esperana na incerteza das riquezas" (1 Tm 6.8,17).

    "Eia, pois, agora vs, ricos, chorai e pranteai por vossas misrias, que sobre vs ho de vir. As vossas riquezas esto apodrecidas, e as vossas vestes esto comidas da traa. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dar testemunho contra vs e comer como fogo a vossa carne. Entesourastes para os ltimos dias" (Tg 5.1-3). Esses versculos no querem proibir o direito de uma pessoa, por intermdio do trabalho honesto, buscar o conforto para sua famlia (2 Ts 3.6-13). Coisa que o brasileiro faz e deve fazer com orgulho! Mas o que no podemos fazer da vida um estilo materialista para gerar e acumular riquezas.

    m l i oS t 11

    A ltim a Ceia

    O ambiente da ltima Pscoa de Jesus, e a instituio da Ceia do Senhor, digno de notas extensas. Quem estava na Ceia do Senhor, assentado mesa? Judas, o traidor; os discpulos que logo aps a Ceia do Senhor disputavam sobre quem seria o maior entre eles; estava presente Pedro, que negou Jesus trs vezes; no final, todos os discpulos abandonariam o Senhor, exceto o apstolo Joo. Esse contexto significativo quando refletimos sobre a simbologia da ordenana de nosso Senhor.

    O ato da Ceia do Senhor demonstra que Ele se entregou em favor de ns, seres humanos imperfeitos, no regenerados e dependentes exclusivamente da graa de Deus. O nosso Senhor estava diante dos seus discpulos, aqueles que os trairia, os negaria, e encontravam-se preocupado acerca de quem o maior no Reino de Deus. Ele partiu o po e deu-o para essas pessoas, Ele serviu o suco da vide para essas pessoas. A Ceia do Senhor foi instituda num ambiente onde estavam pessoas com uma natureza absolutamente contrria ao Evangelho. Jesus sabia que seria trado, negado e que pessoas estavam preocupadas com a posio que assumiriam quando o seu reino fosse instaurado. Para esses discpulos, o reino era de perspectiva humana, palaciana e material. Por isso, quando o nosso Senhor foi crucificado e morto, os discpulos dispersaram, pois "Onde estava o reino?"; "Onde estava o Palcio?"; "onde estava o rei?". Os discpulos simplesmente desanimaram...

    No somos to diferentes dos discpulos hoje. Talvez, no tramos o Senhor, entregando-o a morte para livrar a nossa pele, por absoluta falta de oportunidade. Quantas vezes quando estamos sob alguma presso, o nosso pensamento desistir? Imagine a presso que o nosso Senhor sentiu e, igualmente, a presso que o apstolo Joo pressentiu ao decidir ficar s, com Maria, a me de Jesus e outras mulheres que sofriam o sofrimento do Messias.

    Hoje, pela graa de Deus, temos a possibilidade de sentarmo-nos mesa do Senhor, "comer do seu corpo" e "beber do seu sangue". Lembrando de to grande e suficiente sacrifcio que o nosso Senhor fez por ns. Celebrando a sua presena conosco, pois Ele est vivo, ressuscitou e habita em ns. Igualmente, tendo a esperana de um dia Ele voltar para nos buscar, pois chegar o dia em que o nosso Senhor beber de novo, mas agora juntamente conosco, do fruto da vide. Portanto, a Ceia do Senhor nos faz olhar para o passado, viver o presente e ter esperana no futuro. Deus est conosco!

  • A m orte de Jesus A Ressurreio de Jesus

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    [email protected] TeL: 2 12406-7371 Fax: 212406-7370

    Ele era judeu, nascido em Belm da Judeia. Morador de Nazar, norte da Galileia. Era um cidado da Terra de Cana, a Palestina da atualidade, o local onde est fixada a nao contempornea de Israel. Filho de carpinteiro, do seu pai Jos, esposo de Maria, sua me, Jesus de Nazar cresceu e desenvolveu-se como qualquer outro ser humano. Aos trinta anos ele iniciou a sua peregrinao na terra de Israel para pregar uma mensagem contundente. Ele dizia que o Reino de Deus havia chegado a Terra e este reino era diferente daquele dos homens. O Reino de Deus uma dimenso dominada pelo o amor do Altssimo. E o nazareno a plena encarnao desse amor para com a humanidade (leia Joo 3.16).

    Por falar de amor, mansido, humildade, perdo e altrusmo, o homem de Nazar incomodou muita gente poderosa de sua poca. Sua mensagem lhe custou a liberdade. Ele foi constrangido, perseguido, humilhado, odiado e preso. Isto mesmo. Parte da populao judaica, instigada pelos seus lderes religiosos, preferiu liberta r um crim inoso a Jesus (Mt 27.15-17,21; 15.6,7,11,15). O M eigo Nazareno foi condenado a Cruz do Calvrio, uma das piores penas capitais executadas pelo Imprio Romano do primeiro sculo da era crist.

    Jesus de Nazar foi crucificado. M orto. Todos assistiram: sua famlia, particularmente a sua me, os seus discpulos, os judeus e os romanos. Apesar de perseguido por fazer o bem, o nosso Senhor sabia da sua misso redentora: Era preciso morrer para salvar o pecador (Lc 2.25-38). Mas os seus algozes no tinham noo dessa misso de Jesus. Por isso o bateram; rasgaram a sua carne; arrancaram a sua barba; furaram a sua cabea com a coroa de espinho; deram-lhe uma cruz para caminhar at o calvrio; o crucificaram; transpassaram uma lana em seu peito. Jesus morreu!

    Perguntar ao nosso aluno se ele tem a conscincia do significado da morte de Jesus Cristo uma forma de desenvolver uma reflexo interior nele. Explique-o que o Esprito Santo pode faz-lo experimentar o que milhares de pessoas h mais de dois mil anos experimentaram em suas vidas: o constrangimento de Jesus morrer em meu lugar. Diga que era para voc e o seu aluno estar no lugar de Jesus! Sim, eu quem deveria est l!

    Jesus de Nazar sofreu, foi humilhado e entregue nas mos dos homens. O seu sangue derramado e o seu corpo partido na cruz foram um brado de amor pela humanidade. Por amor ele foi condenado. Foi por amor, por amor, por amor... Pense nisso!

    Passou o dia da crucificao, possivelmente na tarde da uma sexta-feira, mas quinta-feira para ns para os judeus o dia comea a partir das 18hs. Passou o Sbado de Aleluia. Chegou o Domingo Foi-se o primeiro dia, passou-se o segundo, mas chegou o terceiro. O mestre de Nazar ressuscitou. O Deus Pai o fez Senhor e Cristo e deu-lhe um nome que sobre todo o nome (Fp 2.9-11). Ele apareceu aos doze apstolos e a mais de 500 pessoas da Palestina no perodo de quarenta dias (Mt 28.16-20; Lc 24.36-49; A t 1.1-3; 1 Co 15).

    Aps o sepultamento de Jesus, algumas mulheres, Maria Madalena, Joana e Maria, me de Tiago (Lc 24.10), foram ao tmulo de Cristo. Chegando l, acharam a pedra do tmulo removida, mas o corpo do Senhor no estava mais l. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: "Ele no est aqui, mas foi ressuscitado. Lembrem que, quando estava na Galileia, ele disse a vocs: O Filho do Homem precisa ser entregue aos pecadores, precisa ser crucificado e precisa ressuscitar no terceiro dia" (Lc 24.6,7). Sim, Jesus foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto , no domingo pela manh bem cedo. Por isso nos reunimos todos os domingos, o dia do Senhor, para celebrarmos Jesus Cristo ressuscitado.

    A Bblia declara que a ressurreio de Jesus e o seu aparecimento posterior aos discpulos foram eventos to grandiosos que o apsto lo Paulo os relatou detalhadamente: "[Jesus] apareceu a Pedro e depois aos doze apstolos. Depois apareceu de uma s vez, a mais de quinhentos seguidores, dos quais a maior parte ainda vive, mas alguns j morreram. Em seguida apareceu a Tiago e, mais tarde, a todos os apstolos. Por ltimo, depois de todos, ele apareceu tambm a mim, como para algum nascido fora de tem po" (1 Co 15 4-8). Jesus Ressuscitado a razo da nossa f!

    A ressurreio de Cristo significa que, igualmente a Ele, ressuscitamos da morte para a vida; do pecado para a salvao; da injustia para a justia eterna. Com Ele temos a esperana de vivermos a vida que tenha sentido. O nosso Senhor trouxe sentido para ns e, por isso, podemos viver sem medo e sem frustrao. Uma histria que parecia acabada para os discpulos, tornou-se um lindo e maravilhoso desfecho: Jesus ressuscitou; Ele est vivo, assentado direita do Pai, intercedendo por ns como um verdadeiro advogado.

    Jesus ressuscitou! Jesus est vivo! Jesus o Senhor e Rei!

    , e n s i n a d o r AC R I S T O

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    w w w . c p a d . c o m . b r

  • RH

    PROFESSOR em AAO

    P o r M a r c o s T u l e r B i f t n i i M

    A Importncia das Ilustraes no Processo de Aprendizagem da Criana e do Adolescente

    Marcos Tuler pastor, pedagogo, mestre em

    educao, escritor e conferencista. Contato:

    [email protected] ou (21) 99991-9952.

    Tanto nas escolas seculares como nas bblicas, o verbalismo continua sendo o grande mal do ensino. A maioria dos professores da ED utiliza-se da preleo para ministrar suas aulas. Do incio ao fim de cada trimestre, os alunos ouvem explanaes, inform aes, comentrios, explicaes, conselhos, enunciados, definies, tudo transmitido oralmente por seus mestres. Montaigne, sculos atrs, colocando-se no lugar do aluno, denunciou esta d ificu ld a d e docen te : " um incessante vozear aos nossos ouvidos" (...) "como a despejar algo num funil e nossa tarefa se reduz de repetir o que nos foi d ito."

    Os professores devem mostrar aos alunos elementos relacionados s palavras a que se referem . O aluno precisa te r contato direto com a realidade em lugar de simplesmente ouvir o professor. Rubem Alves diz que quanto mais "separado da experincia for determinado contedo, mais complicadas sero as mediaes verbais". Segundo ele, o que "im edia tam ente experimentado no precisa ser ensinado nem repetido para ser memorizado".

    Rousseau aconse lha-nos evitar o verbalismo, principal

    m ente nas aulas m inistradas s crianas e aos jovens: "nada de discursos criana que ela no possa e n te n d -lo s " (...) no to lero as explicaes puramente verbais: os jovens no lhes prestam ateno e nada aprendem delas".

    Desde o maternal at os adultos h inmeras oportunidades de basear e reforar o que expomos ou explicamos atravs de recursos visuais. Dentre eles destacam-se as ilustraes.

    H vrias formas de ilustraes. As mais comuns so: gravuras, fotografias, slides, desenhos, pinturas, cpias de documentos, grficos, mapas, organogramas, fluxogramas, plantas, maquetas, espcimes, objetos reais etc.

    Esse tem a m u ito vasto. Para fins didticos, falaremos apenas sobre a importncia e as vantagens do uso das ilustraes de modo geral.

    A Importncia das Ilustraes para o Ensino

    A ilustrao im portan te mesmo em uma conversa inform al na qual narramos um fato, descrevemos uma pessoa, ou explicam os uma idia. Se tivssemos mo desenhos, gravuras, fotografias, esquemas grficos ou simplesmente uma

    folha de papel em que pudssemos esboar algo relativo ao assunto, ou escrever palavras referentes ao tema, por certo transmitiramos melhor nossa mensagem e, nosso interlocutor compreenderia m elhor o que dissssemos.

    A ilustrao desperta o interesse, estimula a discusso, incita questes, informa, gera idias, alm de contribu ir por outras formas para a aprendizagem em geral. um modo de comunicao com a tribu tos prprios. E tais atributos, devem ser cu idadosam ente exam inados pe lo professor, pois, podero ajud-lo a compreender por que, em que e como usar a ilustrao em sua prtica docente.

    Vantagens das IlustraesTanto do ponto de vista pr

    tico quanto do psicolgico, a ilustrao apresenta numerosas vantagens para o professor e para o aluno. Por exemplo, a possibilidade de se obter ilustraes em grandes quantidades uma tima vantagem. Elas cobrem um campo in fin ito de temas. Praticamente, quase tudo que se v pode ser reproduzido pictoricamente. Por outro lado, boas ilustraes chamam a ateno.

  • Em suma, a ilustrao comunica. Examinemos, pois, alguns fatores relativos comunicao por meio de ilustraes.

    A ilustrao tem car ter universal

    A habilidade de ler ilustraes varia de pessoa para pessoa. A interpretao influenciada pela experincia que se tem com ilustraes e pela prpria base social e cultural de quem as aprecia. No obstante, uma determinada ilustrao pode ser vista entendida e interpretada da mesma maneira por diferentes pessoas em diferentes lugares. No h nada que se iguale capacidade comunicadora da ilustrao, a qual, at certo ponto, pode ultrapassar as barreiras im postas pela variedade de idiomas e culturas diversificadas. Este um dos sentidos em que se pode considerar a gravura "linguagem universal". Outro a universalidade do assunto que se pode apresentar em fo tografias, desenhos, pinturas etc.

    A m aioria das ilustraes transm ite im presses m uito mais reais e concretas do que as palavras.

    A ilustrao um recurso verstil

    A ilustrao ultrapassa o tempo e o espao, trazendo cenas histricas e lugares distantes para dentro da sala de aula. A variedade de assuntos que se pode apresentar por meio de ilustraes quase ilimitada. Por exemplo. Se a lio diz respeito tentao de Jesus, e os alunos nunca viram um deserto, apresente a eles uma gravura de um deserto. Se a aula versa sobre a pesca maravilhosa, o professor poder mostrar a figura do mar e de um barco de pesca. Assim os alunos assimilaro melhor as lies, e as aulas tornar-se-o

    mais interessantes. Entretanto, o mestre no pode descuidar-se, imaginando que as ilustraes significam tudo. Elas no so substitutas do estudo regular da Bblia.

    A ilustrao fac ilm ente encontrada e de baixo custo

    Elas se encontram nossa volta, em toda parte, em livros, revistas jornais e em sites educativos. As numerosas fontes e o vasto nmero de ilustraes disponveis gratuitamente, ou a custo muito reduzido, constituem indiscutivelmente uma vantagem de ordem prtica para os professores que dispem de poucos recursos para a compra de materiais de ensino.

    aconselhvel, portan to , que os professores adquira o hbito de coletar de revistas, jornais velhos e dos bancos de imagens gratuitos na internet, todas as figuras que paream proveitosas para futuras aulas. Esta simples organizao facilitar muito a localizao delas quando o mestre necessitar de ilustrar histrias, lies ou confeccionar visuais.

    A ilustrao apropriada para estudos individuais e em pequenos grupos

    Muitos recursos visuais destinam-se principalm ente para uso em grupos. A ilustrao, entretanto, ideal para uso individual ou em pequenos grupos. O estudante pode examin-la por quanto tempo for necessrio.

    As ilustraes ativam a memria

    Segundo pesquisas, os recursos visuais afetam significativamente o quanto nos lembramos das palestras ou aulas que assistimos. Recordamo-nos cerca de 70% de tudo que o professor fala, trs horas aps a aula. Entretanto, depois de trs dias o que fica em nossa memria no passa de 10%. Quando o mestre, alm expor a aula oralmente, nos mostra algum objeto ou figura relacionada sua explanao, nossa lembrana, aps trs dias, j atinge a marca dos 20%. Mas, se o professor consegue combinar sua fala a uma variedade de auxlios visuais, nossa capacidade de lembrar o contedo da aula pode ultrapassar a faixa dos 65%.

    C O N C L U S O

    m edida que aun^~ d ilustraes na co- jfamiliaridade com o uso de^ ^ daramente |municaao, compreJ ^ principalmente o

    que seu v a r ,n iepend de uma srie einfanto-juvenil, P doS A lguns desses fa tores in ter-re laaonados. ^ em

    fatores so 'nere^tes im portantes, comosi. Outros, igualm mtodos queos objetivos do P ^ " ncia anterior se pretendem us , gs externos que o do observador, sa melhor. Esses doiseducador pode ^ . ^ m e s t r e a de- tipos de fatores po ilustraes emcsedeveoUnaoe^pre9 squedeve,auma determinada aula q escolher e como usa-las.

  • Da REDAo?S1 G;!

    AD Caetes realizaireinamento de Lderes

    u o u U o u o u u u o u u

    Sou grato a Deus por tudo o quanto

    Ele fez e tambm a nossa liderana de

    Adolescentes

    Considerando que o contexto atual da sociedade ps- moderna vem estimulando uma tendncia de comportamento amplamente difundido entre os jovens pela mdia e redes sociais, O Departamento de Adolescentes da AD em Caetes (RJ), liderada pelo pastor Jos Mario da Silva organizou uma sequencia de palestras para lideres, professores de Escola Dominical, regentes e pais de adolescentes.

    De acordo com um dos responsveis, Wellington Silva, a liderana da igreja preocupada com o intenso bombardeio que cerca os jovens elaborou o projeto A Potncia Teen 2014 com o objetivo de abordar questes relacionadas ao cotidiano deles. "Muitos enfrentam conflitos familiares entre outros dilemas. Nossa inteno preparar os professores da Escola Dominical, os pais e os prprios adolescentes e ajud-los a combater certos conceitos contrrios a Palavra de Deus", diz Wellington.

    Adolescentes na Atualidade, Namoro precoce e Homossexualidade e Planejamento foram alguns dos temas abordados. Os pastores Sergio Assumpo (AD de Bonsucesso), Mareio Rosa (Apascentar de Nova Iguau), a Psicopedagoga Mareia Firmino, e Flavianne Vaz (AD Ministrio Crescer) foram os palestrantes.

    Segundo o lder Arivelton de Jesus A Potncia Teen 2014 superou todas as expectativas. "Valeu a pena todo o esforo empregado.

    Temas atuais e relevantes para nossos adolescentes, pais e lderes proporcionaram capacitao e maior interao entre os d ife rentes pblicos e faixas etrias. Cremos que a igreja do sculo XXI precisa cada vez mais investir no desenvolvimento de seus lderes, na relao pais e filhos e na propagao do Evangelho de forma contextualizada e contagiante", argumenta Arivelton.

    O professor da ED na classe de jovens, Joo Paulo disse que o tema sobre Liderana e Planejamento fo i gratificante. "Aprendi muitas coisas como, por exemplo, traar estratgia para me aproximar dos meus liderados. A sugesto apresentada foi identificar os adolescentes que influenciam os demais e traz-los para atuarem em parceria com a liderana. Desta forma tivemos mais facilidade de trazer o restante do grupo para cooperar conosco", se alegra Joo.

    Para o lder o crescente nmero de adolescentes na igreja e muitos os pais no so convertidos mereceu uma ateno especial. "Este fato nos levou para uma abordagem mais direta a eles com ensinamentos bblicos em uma linguagem prpria para adolescentes que viessem a situ-los melhor tanto na igreja, quanto no mundo. Como o Tema da igreja foi Santificao, decidimos ento levar Deus a Srio. Surgiu ento a idia da Potncia Teen, evento que reuniu os adolescentes de todo o campo do Ministrio em Caets", argumenta pastor. Ele ainda afirmou que o trabalho foi rduo, porm gratificante. "Os lderes do Departamento de Adolescentes se empenharam e conseguiram montar um evento ao mesmo tempo social e espiritual. Deus falou aos nossos coraes poderosamente atravs das mensagens. Sou grato a Deus por tudo o quanto Ele fez e tambm a nossa liderana de Adolescentes", finaliza Jos Mrio da Silva.

    4

  • / e n s i n a d o r - ,\ CR ISTO M / y

    O a d o lesc en te Levi SilvaTeixeira participou p e la prim eira vez d e um co n g resso d e Escola D om inical e rec eb eu certificado co m o o mais novo congressista.

    Internos se ren d em a Cristo durante culto realizado p ela AD d o Distrito F ederal e so m atriculados no p ro jeto da ED Inclusiva

    O O O w o u o oAD aposta em parceria com Estado e assume

    um Centro de ReintegraoO D epartam ento da Escoia Dom inical do

    Ministrio da Assembleia de Deus de Misso do Distrito Federal (ADMDF), presidido pelo pastor Douglas Roberto de Almeida Baptista, lder do Conselho de Educao e Cultura da CGADB, im plantou neste trimestre, a Escola Dominical inclusiva no mbito do Distrito Federal. O projeto tem a colaborao de vrias entidades que envia profissionais voluntrios como, por exem plo, psiclogos e ainda conta com clinicas mdicas e odontolgicas, alm de curso de teologia.

    Segundo o lder da igreja a proposta da Escola Dominical inclusiva tem mais um trabalho desenvolvido com sucesso na AD. "Ela tem como objetivo, entre outros, ministrar a Palavra de Deus por meio da Revista "Lies Bblicas" da CPAD, integrar os internos aos eventos e a vida da igreja, desenvolver atividades que levem promoo humana, reintegrao familiar, fraternidade e integrao social", atesta pastor Douglas.

    Ele destacou ainda, que o projeto atende, inicialmente, o Centro de Reintegrao Deus Prover (CRDP). "O Centro de Reintegrao trabalha com pessoas do sexo masculino consumidas e destrudas pelo consumo de lcool e pelas drogas. A instituio abriga atualmente 102 internos que so submetidos voluntariamente ao Programa de Reintegrao", diz pastor.

    O CRDP est localizado no Condomnio Bica do DER, Chcara 1-E, na cidade satlite de Planaltina, DF. Desde 14 de outubro de 2002 o pastor Francisco Ramalho Medeiros o diretor responsvel.

    A Escola Dominical Inclusiva realizada nas instalaes do CRDP e acontece todos os domingos das 09h s 11 h. A equipe de professores que integram o projeto faz parte do corpo docente do Departamento de Educao da Assembleia de Deus de Misso do DF que liderado pela Pedagoga e Teloga missionria Dirley da Silva Baptista. ^

    a importncia do ofcioc ( c c c c c c A

    T | I I ! I I * 1 J jt .u o u u u u u uA presena de Deus e a manifestao do Es

    prito Santo marcaram a 4a edio do Congresso de Escola Dominical na AD em Simes Filho (BA). O evento realizado no ltimo trimestre de 2014 foi direcionado para professores e alunos da ED e teve como objetivo capacitar e formar novos professores para a ED e prepar-los para vencer os desafios da ltima hora. A AD em Simes Filho (BA) presidida pelo pastor Jos Rodrigues Nunes.

    O tema baseou em 1a Joo 2.8 A Escola Bblica Dominical e os Desafios da ltima Hora. O evento contou com a presena de 300 inscritos. Quatro workshops e cinco plenrias fizeram parte da pro- j gramao. As palestras foram no templo sede e ministradas pelos pastores Marcos Tuler (RJ), Jamiel Lopes (SP) e o professor Newton Csar (RJ). Eles deixaram para a igreja uma mensagem de reflexo sobre a importncia do papel dos professores na atualidade e como eles podem ser influentes e determinantes na transformao de vidas.

    Segundo o superintendente geral Gilvando Santana de Jesus, os preletores foram instrumentos usados por Deus. "Eles nos transmitiram na essncia uma mensagem impactante e juntos vivenciamos momentos bem marcados pela presena do Esprito Santo de Deus", diz coordenador.

    Para o lder da igreja o congresso superou as expectativas. "Foi uma bno. E entendemos que este tipo de evento prepara e capacita os professores, esse fator beneficia toda a igreja. J estamos planejando o prximo e espero contar' com a participao macia dos educadores de todo o campo", finaliza. &

    iscola Dominical Congresso de

  • na formao do arter do Crente

    E imprescindvel que pais e professores da ED estejam cientes de seus papeis como influenciadores do carter de filhos e alunos

  • A Escola Dominical a escola de ensino bblico da igreja que evangeliza enquanto ensina. Ela no parte da igreja, a prpria igreja ministrando ensino metdico. um ministrio pessoal para alcanar crianas, adolescentes, jovens e adultos.

    A famlia e a comunidade inteira fornecem o ensino sadio e inspirador das escrituras onde todos so beneficiados. Tambm misso da ED a formao de homens, mulheres e crianas piedosas. Escrevendo a T im teo, o apsto lo Paulo irreplicvel - "Exercita-te a ti mesmo na piedade" I Tm 4.7. A piedade no se adquire de forma instantnea. Ela advm-nos de exerccios e prticas espirituais que nos levam a alcanar a estatura de vares perfeitos. Ela ensina a estes como se adestram na piedade at que venham a ficar, em tudo, semelhantes ao Senhor Jesus.

    Se a igreja no tem boa ED torna-se difcil a formao do carter de seus membros. A ED que a escola de ensino da igreja segue dois aspectos da comisso de Jesus - evangeliza enquanto ensina - a Palavra de Deus. O ensino das doutrinas e verdades bblicas eternas deve ser pedaggico e metdico, sem deixar de ser verdadeiramente espiritual. Deve ser feito base de muita orao e conscincia crist, proporcionando queles que

    a freqenta, uma viso clara de seu conceito e como ajudar a todos.

    A Bblia nos mostra esta preocupao desde os tempos de Moiss, o cuidado com o ensino das crianas ainda bem pequenas (Dt 6.7;11.18,19). Tambm no tempo do cativeiro babilnico que os judeus enfrentaram no exlio. As sinagogas eram o lugar de ensino, assim como as casas tanto para as crianas quanto para os adultos. Neemias nos relata quando o povo voltou do cativeiro como aconteceu um grande avivamento espiritual entre os israelitas. Foi assim que tivemos o relato de como era o movimento de ensino bblico metdico popular, igual ao da ED de hoje, no qual Esdras era o superintendente mais os auxiliares e os outros que serviam como professores (Ne 8.2).

    Essa prtica continuou nos dias de Jesus e fo i Ele o grande mestre, g lorificando assim a misso de ensinar. Ele ensinava nas sinagogas (Mc 6.2), nas casas particulares (Mc 2.1; Lc 5.17), no tem plo (Mc 12.35), nas aldeias (Mc 6 .6), s multides (Mc 6.34) s poucas pessoas ou a uma s pessoa (Jo 3.4). Seu ministrio era trplice. Ele pregava, ensinava e curava. Este mesmo ministrio trplice foi confiado igreja do Senhor (Mt 28.19) e (Mc16.15-18).

    Ser que a igreja de hoje continua exercendo este ministrio que foi entregue a ela, ou estamos negligentes para obedecer?

    Como educadores cristos, no podemos de forma alguma descurar da responsabilidade em

    preparar nossos alunos a viverem num mundo globalizado, cuja nfase a busca por mais conhecimento. Nossa misso, apesar de difcil tem de ser integralmente cumprida, a fim de que nossas crianas, adolescentes, jovens e adultos destaquem-se como testemunhas de nosso Senhor Jesus para

    chegarem estatura de varo perfeito (Ef 4.13). Assim, com a orientao correta,

    embasada na Bblia Sagrada que a ED contribui grandemente na formao do carter.

    Nesta perspectiva: O que carter?No Grego, a palavra carter significa marca,

    imagem, selo sobre uma madeira, pedra ou metal.

  • Pastor de

    telogo, da Escola

    de TeoLogia da de Deus

    (Esteadeb), reitor da Escola Bblica Permanente Sio

    e autor do Bibliologia da

    da

    Seu sentido antropolgico aponta para o registro de valores na "tbua do corao humano" e revelado pela a forma definida de conduta, que constitui a histria de vida de cada indivduo, expressa possua personalidade.

    Pesquisas mostram que carter a capacidade de ao e reao m ediante fatos, sejam estes bons ou maus. So traos da natureza humana que podem ser alterados e que se constituem a partir das relaes familiares, ambientais, pedaggicas e sociais.

    imprescindvel que pais e professores da ED estejam cientes de seus papeis como educadores e influenciadores do carter de seus filhos e alunos.

    Contribuies prticas da ED na formao do carter cristo:

    A ED a maior agncia de ensino da igreja. Nenhuma outra reunio tem um programa de estudo sistemtico, programado da Bblia com a mesma abrangncia e profundidade ajustado a cada faixa etria. As crianas recebem formao moral e espiritual, os adolescentes formam sua personalidade crist, os jovens aprendem a vencer o maligno e os adultos renovam suas foras morais e espirituais para uma vida crist sempre frutfera e abundante. Ela propicia um ambiente favorvel ao inter-relacionamento dos crentes; ela representa o lar espiritual onde, alm do conhecimento da Palavra de Deus, compartilham-se idias, princpios, verdades e aspiraes. S nos resta afirmar ser a ED uma oficina de santos.

    O carter fo rm ado pela observncia de princpios. Ele vem do interior. O que contribui para a fora do carter a harmonia entre os princpios ensinados pelo o Mestre: a virtude, retido, santidade e obedincia aos mandamentos de Deus. Na formao do carter as leis da paz e da felicidade esto sempre em ao. O empenho, a renncia pessoal e os atos cheios de propsito so o caminho para o progresso. A permissividade e o pecado so vndalos e destroem o carter.

    O carter a glria suprema de um homem, nesta terra no tocante as suas realizaes pessoais. Um carter formado por meio da obedincia s leis da vida conforme reveladas pelo o evangelho de Jesus Cristo que veio ao mundo para que tivssemos vida em abundncia (Jo 10.10).

    A principal preocupao do homem na vida no deve ser a aquisio de bens materiais, nem o desenvolvimento da fora fsica, nem a capacidade intelectual, mas deve ser o desenvolvimento de um carter cristo. &

    Concluso:Um dos objetivos da ED

    desenvolver a espiritualidade do aluno e seu carter cristo. Carter que o conjunto de qualidades (boas ou ms) de um indivduo, que lhe determina a conduta e a concepo moral. o aspecto psquico da personalidade, a caracterstica responsvel pela ao, reao e expresso da personalidade. E a maneira prpria de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com a vontade prpria e a conduta. adquirida, no herdada.

    Quando, em termos prticos os ensinamentos das mximas da Palavra de Deus no so marcas autnticas de nosso carter somos obrigados a reconhecer o possvel com prom etim ento da fa lta de le g itim id a d e da mensagem que apregoamos.

    Por fim, a Escola Dominical, devidam ente funcionando, o povo do senhor, no dia do Senhor, estudando a Palavra na casa do Senhor. Ela no cuida apenas da formao espiritual, mas preocupa-se com a edificao geral, que inclui: Bons costumes, exerccio da cidadania e a formao do carter.

    REFERNCIAS:

    Bblia Sagrada. Traduo de Joo Ferreira de A lm eida, Verso corrig ida.

    Lefever,M M todos Criativos de ensino: com o ser um pro fessor eficaz. RJ.CPAD.2003.

    G ilberto, Antonio. Manual da Escola Dominical. Edio Atualizada, CPAD, 1989.

    Mckay, David O. Desenvolver um carter cristo cap.23, in Ensinamento dos Presidentes da Igreja, 2003.

  • rtico e-undamenta

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