Ensino Da Gramática Diante Das Concepções Sociolínguísticas

7/24/2019 Ensino Da Gramtica Diante Das Concepes Sociolngusticas

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O ENSINO DA GRAMTICA DIANTE DASCONCEPES SOCIOLNGUSTICAS


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COMO TEM SIDO O ENSINO DA GRAMTICA NAS ESCOLAS

DE ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO NO BRASIL

O ensino de gramtica em nossas escolas temsido primordialmente prescritivo, apegando-se aregras de gramtica normativa que, como vimos,so estabelecidas de acordo com a tradioliterria clssica, da qual tirada a maioria dos

exemplos. (p. 11!."us#ncia quase total de atividades de produo ecompreenso de textos.


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$so da metalinguagem para a identi%icao e

classi%icao de categorias, rela&es e %un&es doselementos lingu'sticosensino descritivo.

eva ) repetio dos mesmos t*picos gramaticais. +egundo eder (1, p. 1!, a gramtica dada

/para se cumprir um programa previamenteestabelecido sem se levar em conta as di%iculdadesou no dos alunos no emprego que %a0eme%etivamente da linguagem, nessa ou naquelaocasio, num processo de interao verbal. (p.1!.


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Neves (1990) realiza uma pesquisa sobre asituao do ensino:

OBJETIVO DE ENSINO DE GRAMTICA2

342 se re%erem ao bom desempen5o (mel5orexpresso, comunicao, compreenso!6

742 re%erem-se a quest&es normativas (maiorcorreo, con5ecimento de regras ou de normas,con5ecimento do padro culto!6


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42 se ligam a uma %inalidade te*rica(aquisio das estruturas da l'ngua8mel5orcon5ecimento da l'ngua8con5ecimentosistemtico da l'ngua8apreenso dos padr&es da

l'ngua8sistemati0ao do con5ecimento dal'ngua!6 9enos de 142 s* d aulas para cumprir o

programa.


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PARA QUE SE USA A GRAMTICA QUE ENSINADA

:ara o mel5or desempen5o social e pro%issional

e como instrumento de ascenso social esegurana6 :ara nada.O ensino de gramtica (teoria! aparece como algo

desligado de qualquer utilidade ou utili0aoprtica, tendo ob;etivo em si mesmo. comodismo, descon5ecimento de alternativas,a sociedade, os pais, etc.


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O QUE ENSINADO!


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COMO ENSINADA A GRAMTICA 342 partem do texto para a exercitaogramatical6

=42 partem da teoria6

342 privilegiam a exercitao como ponto departida das li&es.


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CONCEPES METODOLGICAS PARA OENSINO DE GRAMTICA DA GRAMTICA AO USO DA "#NGUA2

ensina-se gramtica (entenda-se a teoriagramatical! para que os alunos usem a l'nguacom e%ici#ncia, a partir do entendimento daorgani0ao desta.

>oncepo normativa2 /pressup&e-se queadquirindo con5ecimentos a respeito da l'nguae normas a respeito de seu uso o aluno aprenda ausar a l'ngua. (p. 1=!.


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DO USO DA "#NGUA $ GRAMTICA2 parte-

se da distino entre /ensino da l'ngua e /ensinoa respeito da l'ngua e, questionando a e%icciadas regras da gramtica normativa e dasatividades de anlise sinttica e mor%ol*gica para

ensinar a %alar, escrever8ouvir, ler, valori0a-se aproposta de que se aprende a %a0er, %a0endo.

O texto passou a ser um pretexto.

GRAMTICA DO USO2 busca-se, pelo uso domtodo estrutural e de exerc'cios estruturais, odesenvolvimento de automatismos quepossibilitem o uso e%etivo de novos recursos da

l'ngua consequentemente ao tratamento %eito.


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A SOCO!N"#$S%CA " +ociolingu'stica, con%orme 9ollica e ?raga (@!,

trata de analisar e estudar a l'ngua quanto a sua

5eterogeneidade, correlacionando aspectoslingu'sticos e sociais. Assa subdiviso da lingu'sticadetm-se ) compreenso das mani%esta&es da l'nguano seio da sociedade, considerando toda e qualquer

prtica social como in%lu#ncias concretas. >abe, ainda,aos estudos sociolingu'sticos, investigar o n'vel deestabilidade ou mutabilidade das varia&eslingu'sticas6 o surgimento ou extino de l'nguas,

multilinguismos e mudanas.


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&CN do 'nsino undamental (*AS!+199,+ p- .)

Os alunos devem ser capa0es de2 expandir o uso da linguagem em instBncias privadas e utili0-las come%iccia em instBncias pCblicas, sabendo assumir a palavra e produ0irtextos tanto orais como escritos coerentes, coesos, adequados a seusdestinatrios, aos ob;etivos a que se prop&em e aos assuntos tratados6 utili0ar di%erentes registros, inclusive os mais %ormais da variedadelingu'stica valori0ada socialmente, sabendo adequ-la )s circunstBnciasda situao comunicativa de que participam6

con5ecer e respeitar as di%erentes variedades lingu'sticas do portugu#s%alado6 compreender os textos orais e escritos com os quais se de%rontamem di%erentes situa&es de participao social, interpretando-oscorretamente e in%erindo as inten&es de quem os produ0.


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&CN para o 'nsino /dio (*AS!+1999+ p-12)a!


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c! >ontextuali0ao sociocultural2

considerar a 'ngua :ortuguesa como %onte delegitimao de acordos e condutas sociais ecomo representao simb*lica de experi#ncias5umanas mani%estas nas %ormas de sentir, pensar

e agir na vida social6 entender os impactos das tecnologias dacomunicao, em especial da l'ngua escrita, na

vida, nos processos de produo, nodesenvolvimento do con5ecimento e na vidasocial.


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VARIAO LINGUSTICA NO ENSINO DALNGUA MATERNA Eodos sabem que existe um grande nCmero devariedades, mas, ao mesmo tempo que serecon5ece a variao como um %ato, observa-seque a nossa sociedade tem uma longa tradioem considerar a variao em uma escala

valorativa, )s ve0es at moral, que leva a tac5aros usos caracter'sticos de cada variedade comocertos ou errados, aceitveis ou inaceitveis,pitorescos, cFmicos, etc.


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9arcos ?agno a%irma que2

" prtica tradicional de ensino da l'nguaportuguesa no ?rasil deixa transparecer, alm

da crena no mito da Gunidade da l'nguaportuguesaH, a ideologia da necessidade de GdarHao aluno aquilo que ele Gno temH, ou se;a, umaGl'nguaH. Assa pedagogia paternalista e autoritria

%a0 tabula rasa da bagagem lingu'stica da criana,e trata-a como se seu primeiro dia de aula%osse tambm seu primeiro dia de vida. Erata-se de querer GensinarH ao invs de GeducarH.

(?"IO, 1, p. 3J!.


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Para romper o crculo vicioso do preconceito

lingustico no ponto em que temos maior poder paraatac-lo a prtica de ensino -, precisamos rever toda

uma srie de velhas opinies formadas, que ainda

dominam nossa maneira de ver nosso prprio

tra!alho"# $%&'(), *+++, p#**#

) ensino de gramtica normativa mais estrita, ao!sess.o terminolgica, a paranoia classificatria-

nada disso serve para formar um !om usurio dalngua em sua modalidade culta/


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VARIAO DIALETAL1. KD9A+LO EA


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=. KD9A+LO KO +AO2 de acordo com o sexo

de quem %ala.3. KD9A+LO K" IA


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3A*A45'S 6' *'"S%*O1. I


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PROPOSTA PARA O ENSINO DA LNGUA +egundo Eravaglia (p. 1J!, devem ser

considerados os seguintes aspectos2

1. que o ob;etivo do ensino da l'ngua materna prioritariamente desenvolver a compet#nciacomunicativa6

. o que se deve %a0er essencialmente um ensinoprodutivo, para a aquisio de novas 5abilidadeslingu'sticas, embora o ensino descritivo e o ensinoprescritivo possam ter tambm um lugar nas

atividades de sala de aula U...V6


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7. que a linguagem uma %orma de interao6

=. que o texto um con;unto de marcas, de pistasque %uncionam como instru&es para oestabelecimento de e%eito(s! de sentido numainterao comunicativa6

3. que o dom'nio da linguagem exige alguma%orma de re%lexo.


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0onforme 1arcos %agno $*+++, o reconhecimento

da e2ist3ncia das variedades lingusticas fundamental para o ensino da 4ngua Portuguesa#

Para 5ravaglia $677+, p# 689-68:, o professor devesempre e2plorar a rique;a e variedade dos recursos

lingusticos em atividades de ensino gramatical quese relacionam diretamente com o uso desses mesmos

recursos para a produ


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ROTEIRO DE ESTUDO1. Ke acordo com as pesquisas de eves

apontadas por Eravaglia (!, como agramtica tem sido ensinada no ?rasilW

. +egundo Eravaglia, quais so os cinco pontosque devem ser considerados no ensino da

gramticaW7. Xuais as modi%ica&es que a +ociolingu'sticatrouxe para o ensino da l'ngua portuguesaW


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REFERNCIAS?"IO, 9arcos. Preconceito %in&'(stico2 o que , como se %a0. +o :aulo. Adi&es oYola, 1.

?A>ZAA>DDO, +andra AD \ >ORX$DO KA A+E$KO+ DI$]+ED>O+ A DEA"PLO A KO KA+:Oorte0, .

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