132
Ensino de Hist Ensino de Hist ó ó ria e ria e Geografia Geografia Profa. Ms. Karen Fernanda Bortoloti Profa. Ms. Karen Fernanda Bortoloti Professora das Faculdades COC Professora das Faculdades COC

Ensino de História e Geografia - internas.netname.com.brinternas.netname.com.br/arquivos/telesala/181.pdf · da carne de índios, alma de índios, de negros, de mulatos, que fundou

Embed Size (px)

Citation preview

Ensino de HistEnsino de Históória e ria e Geografia Geografia

Profa. Ms. Karen Fernanda BortolotiProfa. Ms. Karen Fernanda BortolotiProfessora das Faculdades COCProfessora das Faculdades COC

“Mas foi essa gente nossa, feita da carne de índios, alma de

índios, de negros, de mulatos, que fundou esse país”.

Darcy Ribeiro

.Terão do estudantes superado a ideia de Terão do estudantes superado a ideia de

que a Histque a Históória como ria como éé ensinada ensinada éérealmente odiosa, e os professores realmente odiosa, e os professores

partido para a organizapartido para a organizaçção de outras ão de outras prprááticas pedagticas pedagóógicas mais gicas mais

significativas? significativas? (NADAI, 1992 /1993, p.143)(NADAI, 1992 /1993, p.143)

Objetivos História e Geografia .

Integração do educando na sua realidade social;

Percepção do processo histórico na sua totalidade;

Desenvolvimento da capacidade de interpretação crítica dos fatos e das situações reais;

Percepção de si como ser social e a sua integração na sociedade;

Desenvolvimento da capacidade de interpretar fatos históricos da sua região;

Desenvolvimento dos conceitos de espaço e de tempo;Perceber a sociedade em que vive como uma construção humana;Desenvolvimento das habilidades de estudo;Garantir a iniciação para uma preparação mais ampla.

•• O mO míínimo que de saber nimo que de saber significativo provindo das ciências significativo provindo das ciências humanas que se deve transmitir humanas que se deve transmitir nos anos iniciais nos anos iniciais éé o conhecimento o conhecimento de que o homem de que o homem éé um ser um ser construtor e criador, que faz a sua construtor e criador, que faz a sua construconstruçção atravão atravéés de sua as de sua açção, ão, de seu trabalho sobre a natureza, de seu trabalho sobre a natureza, juntamente com outros homens, juntamente com outros homens, para garantir a sua sobrevivência.para garantir a sua sobrevivência.

Para que esses objetivos sejam alcançados o professor deve ter os seguintes cuidados na montagem de situações sugestivas de aprendizagem:

→ Lidar com conceitos referentes a fenômenos concretos (concreto: tudo que a criança sabe que existe);

→Ter o aluno concreto como elemento ativo do seu próprio processo de aprendizagem;

→Lidar com conceitos científicos na linguagem do aluno;

→Trabalhar a partir da observação.

Objetivos Gerais Ensino Fundamental

• Identificar o grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros tempos e espaços;

• Organizar alguns repertórios histórico–culturais que lhes permitam localizar acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a formular explicações para algumas questões do presente e do passado;

Objetivos Gerais Ensino Fundamental

• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles;

• Reconhecer mudanças e permanências nas vivências humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distantes no tempo e no espaço;

Objetivos Gerais Ensino Fundamental

• Questionar a sua realidade, identificando alguns de seus problemas e refletindo sobre algumas de suas possíveis soluções, reconhecendo formas de atuação política institucionais e organizações coletivas da sociedade civil;

• Utilizar métodos de pesquisa e de produção de textos de conteúdo histórico, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros;

Objetivos Gerais Ensino Fundamental

• Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a diversidade, reconhecendo – a como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da democracia.

(BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia /

Ministério da educação. Secretaria da Educação Fundamental – 3ª Ed. Brasília:

A Secretaria, 2001, p. 41)

Aprendizagens em História e Geografia

.• Termo apropriado de BITTENCOURT,

Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Contexto, 2004, p. 183.

• A necessidade de domínio de conceitos faz com que muitos professores acreditem que o ensino dessa disciplina seja inviável para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental.

• Não alcançariam a abstração necessária para a compreensão e o conseqüente domínio de determinados conceitos.

• Mas como os alunos são capazes de compreender determinados conceitos?

• Em qual momento do processo de escolarização os alunos seriam capazes de dominar conceitos significativos para a compreensão histórica?

• Algumas pesquisas fundamentadas na teoria de Jean Piaget afirmam que, nos anos iniciais da escolarização, os alunos não aprendem História.

• São incapazes de dominar conceitos em virtude da defasagem dos estágios evolutivos e afirmam que apenas por volta dos 16 anos o homem poderia ser introduzido no estudo da História. w

ww

.col

egio

dala

goa.

com

.br

17

A noção de tempo passado, base do conhecimento histórico, seria pura abstração e, portanto, impossível de ser compreendido por pessoas de faixa etária correspondente ao pensamento operatório concreto (...). Os valores morais e cívicos são transmitidos por uma história de heróis responsáveis pelos grandes fatos nacionais destituídos de qualquer noção de tempo histórico.

(BITTENCOURT, 2004, p. 196.)

• Pesquisas pautadas na crítica de Vygotsky afirmam ser possível o sucesso no ensino de História.

• Permite a inter-relação entre variáveis sociais e culturais.

ww

w.o

dilo

n.ca

19

• As colaborações dessas pesquisas se fazem relevantes, porque auxiliam professores e historiadores no combate a uma visão deturpada da História e seu ensino como algo restrito a alunos de determinada faixa etária.

• A apreensão do conhecimento histórico épossível nos anos iniciais do ensino fundamental, desde que as atividades sejam devidamente organizadas a partir da desarticulação da ideia de que História se aprende apenas por meio da memorização e reprodução de informações

• Tal desarticulação é possível ao optar-se por trabalhar com um ensino de História que integre as variáveis sociais e culturais, como o sentimento de pertencer a um determinado local, espaço histórico, trabalho com datação por meio da explicação de anterioridade e posterioridade, para que os alunos dominem as datas como pontos de referência.

A História/Geografia a metodologia

• O método mnemônico e o ensino de História e Geografia.

• As críticas a essa metodologia de ensino surgiram já no século XIX e fortaleceram-se no século XX com as propostas ativas de ensino, com John Dewey e Maria Montessori, por exemplo.

23 http

://w

ww

.robs

onfa

ggia

ni.c

om/a

pren

diza

gem

/

Pensando Nisso...

• O que convém ressaltar é que esse método ainda está presente em nossas salas de aula e requer reflexão por parte dos docentes que, muitas vezes, acreditam que a História e a Geografia são disciplinas “decoráveis” por excelência.

• De acordo com Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli (2004, p. 32-33), os principais métodos de ensino presentes em sala de aula são:

• a aula ou exposição magistral• a aula ou exposição dialogada • a aula ou exposição construtivista.

Aula ou Exposição Magistral• Trata-se de um método tradicional, que

permite transmitir muitas informações em pouco tempo;

• Privilegia a transmissão de conhecimentos em lugar da aquisição ativa do saber-fazer e das informações;

Aula ou Exposição Magistral

• A aula magistral sempre mantém o aluno numa posição de assistente;

• Nada indica que o aluno possa reproduzir os conhecimentos numa situação diferente daquela da aula;

Aula ou Exposição Magistral

• Muito ligada à concepção descritiva da História, essa exposição propicia ao professor derivar para uma perspectiva factual do passado, que passa a ser lido com base em um modelo determinista.

Aula ou Exposição Dialogada

• Aula ou exposição dialogada consiste em fazer o aluno participar, de forma constante, da aula;

Aula ou Exposição Dialogada

• Interrogado com questões individuais ou coletivas, mobilizado no contexto de comentário de documentos ou no planejamento, o aluno é levado a empregar ativamente os conhecimentos informativos ou metodológicos adquiridos em trabalhos anteriores;

Aula ou Exposição Dialogada

• O método pressupõe, para ser eficaz, plena colaboração da classe, que muitas vezes, prefere assistir, passivamente, às intervenções do professor, o qual éobrigado a ganhar a participação e o interesse de seus alunos;

Aula ou Exposição Construtivista

• O objetivo dessa exposição é fazer o aluno ser o autor de sua formação;

• Privilegiando a auto-aprendizagem experimental em detrimento da transmissão de saber já pronto, esse método permite ao aluno apropriar-se de processos intelectuais;

Aula ou Exposição Construtivista

• O professor levar em conta a classe real, e não aquela com que possa sonhar;

• O professor trabalho baseado em problemas metodológicos e lacunas nocionais dos alunos, bem como explorando suas representações e expectativas;

Aula ou Exposição Construtivista

• Esse procedimento é o mais próximo do utilizado pelo historiador, que constrói seu conhecimento por meio de questionamentos preliminares.

• Esses métodos apresentavam vantagens e desvantagens, porém, éimportante selecionar o mais eficaz em função das necessidades da classe se seguir algumas recomendações como:

• Recusar a erudição em prol de uma recomposição didática fundada na escolha de saberes e do saber-fazer essenciais, de documentos esclarecedores e de problemáticas pertinentes;

• Colocar o aluno, o mais possível, em situações em que ele seja participante da construção de seus saberes, pois o professor, atualmente, não mais dá aula à classe, mas baseado nela e com ela;

• Transmitir, com paixão e competência, o interesse por matérias indispensáveis àformação de um cidadão esclarecido.

Prática...

• Selecione um do principais métodos de ensino apresentados para abordar os seguintes conteúdos:

• O município e sua história.• Os índios chegaram primeiro• A diversidade cultural brasileira.

• Analise as vantagens e desvantagens do trabalho com a metodologia selecionada e aponte:

Atividades e atitudes do professorAtividades e atitudes dos alunos

Prática...

PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ

Bertold Brecht (1913-1956)

Quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros estão nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra? E a Babilônia varias vezes destruída--Quem a reconstruiu tanta vezes? Em que casas

Da Lima dourada moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta? A grande Roma esta cheia de arcos do triunfo Quem os ergueu? Sobre quem Triunfaram os Cesares? A decantada Bizâncio

Tinha somente palácios para os seus habitantes? Mesmo na lendária Atlântida

Os que se afogavam gritaram por seus escravos Na noite em que o mar a tragou. O jovem Alexandre conquistou a Índia. Sozinho?

César bateu os gauleses. Não levava sequer um cozinheiro? Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada Naufragou. Ninguém mais chorou? Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos. Quem venceu alem dele?

Cada pagina uma vitória. Quem cozinhava o banquete? A cada dez anos um grande Homem. Quem pagava a conta? Tantas histórias. Tantas questões.

Procure refletir de que forma a opinião do poeta pode contribuir para uma nova abordagem do ensino.

História da HistóriaJussara Braga

Deixando o escuto mDeixando o escuto máágico das cavernas,gico das cavernas,Os desenhos de caOs desenhos de caççadas, aventuras,adas, aventuras,Bichos de pelo, bichos de pele vermelha,Bichos de pelo, bichos de pele vermelha,Um vaso de cerâmica no chão, quebrado.Um vaso de cerâmica no chão, quebrado.

Como uma deusa do Olimpo, Como uma deusa do Olimpo, TraTraççou datas,ou datas,HerHeróóis, navegantes.is, navegantes.

Inventou calendários,Mapas, caravelas, Montou o relógio, Com suas peças de museu...Museu de História

Visitou lugaresImagináriosVenceu dragões, sereias, serpentes.Confundiu a memória...

Olhou de perto as guerras, Cogumelo brilhanteJá tão antigo como baionetas e canhões.

Pintou os murosCom o antes, o agora e o depois.Plantou bandeira até na Lua!

Fez um plano com Colombo,Com Tiradentes,Antes mesmo do galo cantar.Viajou com Cabral, Bebeu das obras de Aleijadinho.Deu um passo em Portugal de Camões,Um pulo no Egito de Cleópatra,Um grito na Grécia,Um tiro em Roma.

Ouviu os tambores africanos,Seguiu a fogueira dos índios.Dançou, caminhou atrás do tempo...

Dizem que hoje,Nas cidades de pedra, Ele sente falta das aldeias, dos riachos, Do grito do Ipiranga.

E, no meio da tempestade do mundo, vai deixando palavrasque se lê no ventopara que o tempo passe depressa, numa primavera de novos

acontecimentos.

Como a autora do poema lida com a temporalidade da

História?

Leia o texto

Eu tive bisavó até os vinte anos.É muito raro ter bisavó hoje em dia, e

já não era comum na minha época. Mas tive essa sorte: uma bisavó, mãe da mãe da minha mãe. O nome dela era Olga.

Arthur Nestrovski. História de avô e avó. São Paulo:

Companhia das Letras, 1998.

• E você, ainda tem bisavós? • Escreva o nome das suas bisavós, das

suas avós e da sua mãe.

Quanta Gente A mãe da Carla se casou pela terceira

vez, mas ela nasceu do segundo casamento da mãe.

Carla tem irmãos que são filhos do seu pai e da sua mãe, embora também tenha irmãos que são filhos só por parte da mãe e não do pai, e irmãos só por parte do pai e não da mãe. Que confusão!

Eles não são exatamente irmãos dela, mas mesmo assim acaba sendo muito legal.

Carla mora com a mãe, mas sempre passa uns dias com o pai. Ela gosta muito de ir ao cinema com ele e de comprar um pacotão de pipocas!

Núria Roca. Família. Do mais novo ao mais velho.

São Paulo: Caramelo, 2003, pp.20-21.

AtividadeAtividade•• Recorte de jornais e revistas figuras de Recorte de jornais e revistas figuras de

diferentes tipos de famdiferentes tipos de famíília para fazer lia para fazer parte desse parte desse áálbum. lbum.

•• Escolha um colega ou uma colega Escolha um colega ou uma colega para, juntos, comentarem a histpara, juntos, comentarem a históória. ria. Escrevam no caderno a opinião de Escrevam no caderno a opinião de vocês. vocês.

Idoso• Ao discutir sobre o espaço da moradia

como o espaço das relações familiares, éimportante valorizar os idosos, estimulando o respeito à sua experiência de vida e o direito ao lazer.

• Questões relativa às limitações físicas também têm implicações no espaço da casa. Se há idosos na casa, o espaço éadequado a eles?

Investigando...

• Não é necessário ir muito longe para constatar pessoas, ou grupos de pessoas, com modo de vida diferentes.

1.Professor (a) divida a turma em dois grupos: um irá fazer as perguntas (repórteres) e o outro grupo irá responder (são os entrevistados).

2. Cada repórter seleciona um (a) colega para ser entrevistado (a).

3. O aluno deverá registrar as respostas escrevendo ou desenhando.

Que tal montar uma exposição contando sua

história?

• No coletivo da turma, organizem uma exposição dos documentos e objetos utilizados como fontes de informação. Organizem os dados obtidos do mais antigo para o mais recente.

A casa

Era uma casa engraçada, não me pertencia. Estava inchada de coisas que lembravam outros tempos.

O dia em que meu pai abriu a porta da família, o dia em que minha mãe provou sua primeira receita, o que em que meu irmão sentiu o peso da fala

o dia em que minha irmã teve que carregar a 1ª fita no cabelo e o dia em que se decidiu que guardar pedaços de acontecimentos era a melhor forma de lembrar.

Celso Sisto. Por que na casa nãotinha chão. Belo Horizonte:

Editora Dimensão, 1997.

Discuta com a turma:

a) Por que a casa do poema é engraçada?b) Na sua casa também há coisas qie

lembram outros tempos? Quais?

O tempo não pára!

• O tempo está presente na vida de todas as pessoas. Mesmo sem perceber, utilizamos diferentes maneiras de marcar a passagem do tempo. Verifique algumas maneiras, respondendo às questões a seguir.

a)Que horas são agora?b)Qual é a data do seu aniversário?

O tempo não pára!

• O tempo está presente na vida de todas as pessoas. Mesmo sem perceber, utilizamos diferentes maneiras de marcar a passagem do tempo. Verifique algumas maneiras, respondendo às questões a seguir.

a)Que horas são agora?b)Qual é a data do seu aniversário?

O ano tem doze mesesNo mês de janeiro, Brinco o dia inteiro.

Fevereiro é bem legal, É o mês do carnaval.

Em março vou para a escola, Leio, escrevo e jogo bola.

Há mais anos, num mês de abril,Seu Cabral, inventou o Brasil.

Em maio começa o frio, Vi! Já sinto um arrepio.

Junho é o mês de São João, Tempo de [...] balão.

Julho é mês de viagem, Só detesto é a bagagem.

Agosto é mês de ventania,Manhã escura e tarde fria.

Em setembro, festa geral,Brasil separado de Portugal.Outubro é o mês da criança, Tempo de muito esperança.

Em novembro eu estudo maisPara ter férias em paz.

Dezembro, com o Natal, Não tem nada mais legal.

Laura Goés. Livro de leitura. São Paulo: Quinteto, 1990.

Atividade a) Leia o texto e sublinhe as palavras

utilizadas para marcar a passagem do tempo.

b) Quais outras palavras você utiliza diariamente para falar sobre o tempo?

Colocando em prática...

• Agenda para anotar as atividades durante uma semana.

Lápis ou canetaCanetinhasGrampeador

7 folhas de papel• Contribui para o desenvolvimento de

noções temporais.

• Para alguns povos indígenas, a passagem do tempo está associada aos fenômenos da natureza e às atividades de caça, pesca, coleta e agricultura.

Janeiro – preparo do solo para feijão.Fevereiro – planta do feijão.Março – mês da capina.Abril – mês da festa de awê (dança ritual

pataxó).Maio – colheita do milho.

Junho – mês do frio. Agosto – mês de volta as aulas.Setembro – preparo do solo para o milho.Outubro – planta do milho.Novembro – mês das águas.Dezembro – mês da manga, jambo e

sapata (espécie de peixe).

• A partir das informações elabore um calendário das atividades dos índios pataxós.

De olho na Biblioteca...

De hora em hora, Ruth Rocha.São Paulo: Quinteto Editorial, 1998.

Narra o cotidiano de um personagem que, assim como nossos alunos, está aprendendo a ler as horas e a perceber a passagem do tempo.

A História é uma maravilha“Se me pedissem uma definição de

História, eu diria: ‘É a narrativa da aventura do Homem no Universo e no tempo’. Ou então: ‘É um romance de aventuras que se passa na Terra e tem como personagem principal a Humanidade’. [...]

A História é uma maravilhaTenho vivido tanto, que não sei se

estas definições são minhas mesmo ou se eu as ouvi ou li de alguém no decorrer dos meus quatrocentos anos de vida. [...] Mas, seja como for, a História é uma maravilha.”

Erico Veríssimo. As aventuras deTibicuera. 37ª ed. São Paulo: Globo, 1996.

• Como o escritor Erico Veríssimo compreende a História?

• Troque ideias com seus colegas sobre o que é História e a sua importância para as pessoas. Depois elabore um cartaz sobre “Como compreendemos a História”

Dramatização no ensino de Históriae Geografia

• Consiste em uma montagem teatral simples, o que viabiliza sua aplicação em sala de aula;

• cria possibilidades para os professores adaptarem os conteúdos científicos àrealidade e à linguagem dos alunos, promovendo maior dinamicidade ao processo de ensino e de aprendizagem.

• Criar maior envolvimento com os alunos em relação ao ensino de História e Geografia;

• Participando da peça, como atores ou contando suas experiências de vida para a formulação da história, abre-se a possibilidade de desenvolver a percepção de que eles são sujeitos integrantes de um processo social;

• Conduz o aluno a refletir sobre as sociedades, suas espacialidades e temporalidades.

Asa BrancaLuiz Gonzaga / Humberto Teixeira

Quando oiei a terra ardendocom a fogueira de São JoãoEu perguntei, a Deus do céu, aiPor que tamanha judiação(2x)Que braseiro, que fornaiaNem um pé de prantaçãoPor falta d'água perdi meu gadomorreu de sede meu alazão(2x)

Inté mesmo a asa brancaBateu asas do sertãoEntonce eu disse adeus RosinhaGuarda contigo meu coração(2x)Hoje longe muitas léguaNuma triste solidãoEspero a chuva cair de novoPara mim vorta pro meu sertão(2x)

Quando o verde dos teus olhosSe espalhar na prantaçãoEu te asseguro não chore não, viuQue eu voltarei, viuMeu coração.

Mudanças na paisagem

• Identificar paisagens. • Compreender que o homem altera o

espaço onde vive de acordo com suas necessidades e ao longo do tempo.

• Refletir a respeito da importância da ação humana na transformação das paisagens.

• Conteúdos - Paisagem. - Construção e modificação do espaço.

• Material necessário - Mapa político do Brasil- Cópias de imagens de avenidas, de ruas, da matriz, da escola.

Desenvolvimento

1ª etapa Convide os alunos a olhar pela janela da sala de aula ou leve-os até a entrada da escola.

2ª etapa

Conte para a turma que existem ferramentas para estudar as mudanças das paisagens (textos, pinturas, fotografias, filmes, mapas etc.).Chame a atenção para a validade das imagens como importantes fontes históricas, já que elas permitem conhecer em detalhes os elementos do passado. Por fim, com o apoio de fotografias, proponha o estudo das mudanças na paisagem da avenida Paulista.

3ª etapa

Usando um mapa do Brasil, mostre às crianças o estado onde está localizada essa via. Se possível, compare-a com alguma rua do município. Mostre uma imagem atual da avenida e peça que a turma descreva seus elementos principais, como o grande número de veículos que passa por ela e os prédios muito altos. Coloque essa fotografia no mural da sala.

4ª etapa

Reúna os alunos em duplas e entregue para cada uma delas uma das fotos antiga da via. A tarefa será discutir as diferenças que existem entre a imagem que têm em mãos e a do mural. Incentive-os a fazer comparações com relação aos elementos da natureza, construções e meios de transporte.

5ª etapa

Com as fotografias antigas da via novamente em mãos, ajude o grupo a organizá-las em ordem cronológica até os dias de hoje no mural.

Um cidade novaVamos juntos

Criar uma cidadeDe olhos de vidroE de janelas azuis

Uma cidade de altas chaminésOnde pousem pássarosE arco-íris.

Uma cidadeque não tenha limites

Nem a insôniaChamada fome

Uma cidadeAlegre e sem culpaIgualzinha à nossaMas bem diferente.

Sérgio Caparelli. Tigres no quintal.Porto Alegre: Kuarup, 1995.

• A poesia nos traz uma reflexão sobre a cidade que desejamos. Poluição e fome são alguns problemas comuns nos centros urbanos. Todos nós desempenhamos um papel importante na busca de soluções, adotando atitudes corretas em relação ao lugar em que vivemos? Que atitudes podem ser buscadas para melhorar a nossa cidade?

• Com um(a) colega, elabore cartazes com as sugestões.

• A poesia nos traz uma reflexão sobre a cidade que desejamos. Poluição e fome são alguns problemas comuns nos centros urbanos. Todos nós desempenhamos um papel importante na busca de soluções, adotando atitudes corretas em relação ao lugar em que vivemos? Que atitudes podem ser buscadas para melhorar a nossa cidade?

• Com um(a) colega, elabore cartazes com as sugestões.

• Diagnóstico ambiental da cidade.

Tempo e Clima

• Conteúdos específicos- Leitura e interpretação de imagens e do mapa político do Brasil. - Formações vegetais e climas brasileiros.

• Material necessário

- Mapa político brasileiro - Imagens representativas do clima e da vegetação no Brasil - Caderno para anotações - Lápis de cor ou giz de cera - Lápis ou lapiseira e borracha

Desenvolvimento1ª aula Apresente o mapa político do Brasil, localizando com a turma o estado no qual a escola se localiza. Apresente, em seguida, os mapas de clima e de vegetação (presentes na parte inferior do mapa político), localizando onde a escola se situa em relação aos tipos de clima e de formações vegetais

• Depois, discuta com os alunos se a vegetação e o clima mudam ou não ao longo da extensão territorial do País. A partir das respostas, conduza a discussão para a leitura dos mapas de clima e de vegetação, a partir de seus títulos e de suas respectivas legendas. Depois, peça aos alunos para que elaborem, em duplas, uma síntese em tópicos a respeito do que entenderam sobre a leitura de cada um dos mapas.

2ª aula Localizem juntos o tipo de clima existente no estado onde moram e conversem sobre suas principais características (por exemplo: médias de temperatura, alterações climáticas ao longo do ano, presença de chuvas e geadas). Explique também quais são as características do clima nas outras regiões do País. Enquanto isso, anote os tópicos discutidos na lousa.

• Em seguida, desenvolva o mesmo processo com o mapa de vegetação, ressaltando a interdependência entre a vegetação e o clima. Alguns aspectos que podem ser abordados são: a vegetação é rasteira ou tem muitas árvores? Quais são as características das espécies vegetais? Elas secam ou florescem em determinada época do ano?

• Para ilustrar, mostre imagens de livros, revistas, jornais e sites, que representem esses fenômenos. Ao final da discussão, os alunos representarão o que entenderam em um desenho com o tema “A vegetação e o clima no estado onde moro”.

3ª aula Ao final da discussão, leitura e descrição dos mapas temáticos, oriente a turma a elaborar dois croquis cartográficos. Para isso, os alunos devem anotar em seus cadernos os principais aspectos que serão representados. Primeiramente, a turma fará um croqui do mapa de climas do Brasil e, em seguida, montará o croqui do mapa de vegetação.

Aproveite este momento para discutir novamente alguns conceitos próprios da linguagem cartográfica (como legenda e título), relacionando-os com os conteúdos abordados em cada um dos croquis.

Avaliação Durante as discussões e análises dos mapas, observe o envolvimentos dos alunos com o tema proposto. Avalie também se os registros realizados por meio dos desenhos e dos croquis cartográficos refletem os conteúdos trabalhados ao longo das três aulas, como a localização dos tipos de clima e vegetação e a utilização de títulos e legendas.

Deslocamento e localizaçõesObjetivos

Desenvolver a percepção visual do entorno da escola. Identificar os pontos de referência. Aprender diferentes representações cartográficas do bairro. Conteúdo Cartografia.

Material necessário

Croquis (desenhos, esboços de plantas) de propagandas de apartamentos, fotos do bairro (aéreas e de satélite) conseguidas no Google Earth.

1ª ETAPA Peça que cada aluno observe o trajeto entre a casa e a escola. Desperte a atenção para os nomes das principais ruas e outros pontos de referência (prédios comerciais e outros locais conhecidos). Oriente-os a anotar as observações, escrevendo um texto descritivo com nomes de ruas e pontos de referência.

2ª ETAPA Distribua croquis de propagandas e questione: o que é um croqui? Quais são os elementos usados para fazê-lo? Como desenhá-lo?

3ª ETAPA Peça que passem as informações do texto para outra linguagem: a do desenho. Assim como nos croquis distribuídos, devem constar informações para localizar o leitor.

4ª ETAPA Distribua fotos aéreas e de satélite da rua da escola e do bairro, explicando que elas são nossa real localização vista no plano aéreo. Solicite que a turma identifique o trajeto e os pontos citados nos desenhos.

Avaliação Pergunte se os pontos de referência mencionados podem ser vistos na foto aérea e na de satélite. Compare os croquis confeccionados e as fotos, questionando as diferentes representações cartográficas.

Canto de um Povo de um LugarCaetano Veloso

Todo dia o sol levantaE a gente canta

Ao sol de todo diaFim da tarde a terra cora

E a gente choraPorque finda a tarde

Canto de um Povo de um LugarCaetano Veloso

Quando a noite a lua mansaE a gente dança

Venerando a noiteMadrugada, céu de estrelas

E a gente dormesonhando com elas.

Discuta com a turma

a) O texto relata algo que acontece sempre. O que é?

b) De acordo com o texto, o que acontece:Pela manhã

À tardeÀ noite

c) Qual dos versos indica que o fenômeno relatado acontece sempre?

d) Quais ações das pessoas se relacionam a cada parte do dia?

Seleção de conteúdos

• Integra um conjunto formado pela preocupação com o saber escolar, com as capacidades e com as habilidades, e não pode ser trabalhada independentemente.

Seleção de conteúdos

• Os conteúdos curriculares não são fim em si mesmos, como vem sendo constantemente lembrado, “mas meios básicos para constituir competências cognitivas e sociais, priorizando-as sobre as informações” (Diretrizes curriculares nacionais, artigo quinto, I).

Seleção de conteúdos

• São considerados meios para a aquisição de capacidades que auxiliem os alunos a aproximar bens culturais, sociais e econômicos e deles usufruir. Nesse sentido, os conteúdos ocupam papel central no processo de ensino-aprendizagem.

Seleção de conteúdos

• São concebidos não apenas como a organização dos fenômenos sociais historicamente situados, na exposição de fatos e conceitos, mas abrangem também os procedimentos, os valores, as normas e as atitudes.

“Viver é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque aprender a viver é

que é viver mesmo”.

Guimarães Rosa

Referências Bibliográficas• ABREU, Martha; SOHIET, Rachel (Org.).

Ensino de História: conceitos, temáticas e metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Pólvora, 2003.

• BITTENCOURT, Circe M. Fernandes. saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1997.

Referências Bibliográficas• NADAI, Elza. O ensino de história no

Brasil: trajetória e perspectiva. In: Revista Brasileira de História. São Paulo: ANPUH/Marco Zero, v. 13, n. 25/26, set. 1992/ago. 1993.

• NESTROVSKI, Arthur. História de avô e avó. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Referências Bibliográficas• ROCA, Núria. Família. Do mais novo ao

mais velho. São Paulo: Caramelo, 2003.• Laura Goés. Livro de leitura. São Paulo:

Quinteto, 1990.• Erico Veríssimo. As aventuras de

Tibicuera. 37ª ed. São Paulo: Globo, 1996

Referências BibliográficasSISTO, Celso. Por que na casa não tinha chão. Belo Horizonte:Editora Dimensão, 1997.

KARNAL, Leandro História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 2. ed . São Paulo: Contexto, 2004