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JUNHO 2011 /// 01 pub Junho 2011 Director Fundador João Ruivo Director João Carrega Publicação Mensal Ano XIV K N o 160 Distribuição Gratuita www.ensino.eu Assinatura anual: 15 euros Souto Moura ganha Nobel da Arquitectura C P 31 UNIVERSIDADE UNIVERSIDADE Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização n.º DE03052011SNC/GSCCS Há que cortar a direito na educação L. F. Menezes / Expresso H PT recruta na UBI ENSINO JOVEM Eles foram à Alemanha com 1 litro de Gasolina As equipas portuguesas que partici- param no Shell Eco-Marathon tiveram um excelente desempenho. A Univer- sidade de Coimbra percorreu 2.568 km com apenas um litro de gasolina. C P 7 C P 5 C P 20 pub SHELL ECO-MARATHON 2011 LUíS MARQUES MENDES, GESTOR E EX-MINISTRO sicnoticias.sapo.pt H DESFILE à MODA DA ESART C P 12 POLITéCNICO IPL manda no desporto C P 19

Ensino Magazine 160

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Edição em papel digital de Junho de 2011 do Ensino Magazine

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JUNHO 2011 /// 01

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Junho 2011Director Fundador

João Ruivo

DirectorJoão Carrega

Publicação Mensal Ano XIV K No160

Distribuição Gratuita

www.ensino.euAssinatura anual: 15 euros

Souto Moura ganha Nobel da Arquitectura

C p 31

uNiverSiDADe

uNiverSiDADe

Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico.Autorização n.º DE03052011SNC/GSCCS

Há quecortar a

direito na educação

L. F. Menezes / expresso H

pT recruta na uBi

eNSiNo JoveM

eles foram à Alemanha com 1 litro de Gasolina

As equipas portuguesas que partici-param no Shell Eco-Marathon tiveram um excelente desempenho. A Univer-sidade de Coimbra percorreu 2.568 km com apenas um litro de gasolina. C p 7

C p 5

C p 20

pub

SHeLL eco-MArATHoN 2011

LuíS MArqueS MeNDeS, GeSTor e ex-MiNiSTro

sicnoticias.sapo.pt H

DeSFiLe à MoDA DA eSArT

C p 12

poLiTécNico

ipL manda no desportoC p 19

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livro. considera-o a contri-buição cívica de um político que neste momento se en-contra retirado?

É, sem dúvida. É um con-tributo cívico e de cidadania. Julgo ter uma experiência

ques Mendes afirma que os portugueses vão ter de fazer coisas muito simples de dizer, mas difíceis de fa-zer: «poupar mais, trabalhar mais, produzir mais».

«o estado em que esta-mos» é o seu mais recente

do competências da 5 de Outubro para as autarquias locais, bem como a reabilita-ção da fragilizada autoridade da classe docente tendo em vista melhor preparar os alu-nos. Sobre os que tempos que aí vêm, regulados pela receita da «troika», Mar-

6 Mesmo afastado da política activa, Marques Mendes é uma das vozes mais respeitadas sempre que se faz ouvir. O ex-mi-nistro de Cavaco Silva de-fende uma «profundíssima descentralização» no Minis-tério da Educação, delegan-

é preciso investir na economiado conhecimento

LuíS MArqueS MeNDeS, GeSTor e ex-MiNiSTro

política grande, um profun-do conhecimento do Esta-do e da sociedade, que me permite dizer que estamos numa fase muito difícil da vida do País. Portugal está numa encruzilhada. E consi-dero que todas as pessoas, nomeadamente as que têm um grande capital de expe-riência adquirido, podem e devem dar o seu contributo, não apenas para o diagnósti-co da situação, mas sobretu-do, para o encontrar de so-luções para o futuro. Numa palavra, eu creio, que pese embora a encruzilhada em que estamos, Portugal tem solução. Tenho para mim que os portugueses mere-cem voltar a ter confiança e esperança. Para isso é pre-ciso desenvolver um debate sério e aprofundado, com conhecimento de causa. Que o meu exemplo, através des-ta edição, seja seguido por outros, igualmente com um capital de conhecimentos muito proveitoso.

No seu livro traça uma análise transversal a toda a sociedade. Se lhe pedissem para sintetizar numa palavra que ideia defenderia como urgente e prioritária para portugal e os portugueses?

Competitividade. Acho que essa é a ideia nuclear. Voltar a ser um País compe-titivo é a chave do nosso sucesso. Já o fomos, no pas-sado. Particularmente entre 1985 e 1995. Deixámos de ser nos últimos anos. Com isso estamos a baixar de divisão na Europa. A perder sistematicamente poder de compra. A ver o desemprego atingir proporções alarman-tes. E até, mais recentemen-te, atingimos o limite dos limites de praticamente ter-mos chegado à bancarrota.

quer concretizar de que forma e que em áreas é que a dimensão competitiva na-cional deve imperar?

Para começar, é preciso ser competitivo na econo-mia, ter empresas competi-

tivas, ter uma educação que favoreça a competitividade, e uma justiça que incen-tive um país competitivo. E, inclusive, precisamos de ser competitivos no plano político de forma a termos um sistema que favoreça a estabilidade e a governa-bilidade. Em suma, a ideia central deve mobilizar to-dos: políticos, não políticos, Estado e cidadãos. Até pode-mos divergir relativamente às políticas para atingir este objectivo, mas o que devia estar na cabeça de todos, da direita à esquerda do espec-tro político, era fazer de Por-tugal um país competitivo.

quando foi presidente do pSD tomou uma decisão que lhe causou dissabores junto dos seus próprios co-legas de partido, ao não in-cluir nas listas de deputados pelos sociais-democratas candidatos com problemas com a justiça. A vida política precisa de ser como a mu-lher de césar, «não basta ser é preciso parecer»?

Sem dúvida. É preciso credibilizar e moralizar a vida política. Os políticos são muito mediáticos, logo estão muito expostos. Tor-nam-se muito conhecidos e estão permanentemente nas páginas dos jornais ou nos ecrãs de televisão. Como diz o ditado popular, «o exem-plo vem de cima», e se de cima, dos políticos, não vem um bom exemplo, isso contamina negativamente a sociedade. Por isso, de um político exige-se, não ape-nas que seja competente, dedicado, trabalhador, mas também que seja um exem-plo em termos de seriedade, credibilidade e respeito por princípios éticos que são hoje absolutamente incon-tornáveis. Ninguém é hoje obrigado a fazer política. Mas quem a faz, terá de ter preocupações inerentes. Se não as tiver, descredibiliza-se a si próprio e descredibi-liza a vida política em geral.

A opinião pública usa e abusa da diabolização dos

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Marques Mendes diz que a política tem virtudes e defeitos

políticos. Não pensa que muitas vezes se confunde a árvore com a floresta?

Em Portugal há uma grande tendência para a generalização, tomando a parte pelo todo. Concretizando: aparece um político com acusações de corrupção ou a ser inves-tigado por qualquer crime grave, logo as pes-soas tendem de imediato a pensar que se há um que prevarica, então são todos iguais. Por isso é que eu entendo que quando surge um mau exemplo na vida política ele tem que ser atacado à nascença, para evitar o vício da generalização e da contaminação. Temos de ser exigentes na nossa vida em sociedade, mas de uma forma especial quem tem responsabilidades políticas porque são os cargos mais visíveis e mais expostos e que porventura mais influenciam negativa ou positivamente. O que eu defendo é que se de cima vier um bom exemplo, isso é bom para a sociedade…

A política é vista por muitos como um terreno pouco recomendável. é isso que leva os mais competentes a manterem-se à mar-gem das tarefas políticas?

A política é um bocadinho o reflexo de toda a sociedade. Se a política tem qua-lidades e defeitos, julgo que, em grande medida, é o espelho das qualidades e de-feitos da sociedade, em todos os sectores e segmentos de vida. O que eu creio é que tem que haver um esforço de mo-ralização, os maiores sacrifícios têm de vir de cima. E hoje existe um problema adicional: há pessoas de muita qualida-de no meio empresarial, na gestão, etc, mas que de um modo geral recusam fazer política. O caso mais paradigmático e pre-ocupante é o dos jovens. Convivo muito com eles, e devo dizer que temos jovens de grande competência, mérito e talento. Comparado com os jovens do meu tem-po, arrisco dizer que os desta geração são melhores.

que causas estão na base do afastamen-to dos jovens da política?

Criou-se a ideia negativa que a política é a arte do vale tudo, que não tem regras, que se norteia apenas pelo interesse individual e de grupo, que não cumpre requisitos éticos, etc.

Perante este cenário, formatado à parti-da, os jovens apesar do talento profissional mostram-se indisponíveis, de uma forma ge-ral, para enveredar por uma carreira política. Isso é mau e considero esta atitude um erro. Um país, seja ele qual for, tem que ser go-vernado por políticos. Se não forem estes, são outros. Agora se os melhores se afastam, ficam os piores. A tendência será ainda mais negativa.

Hoje em dia os políticos de topo são pre-parados e treinados até à exaustão para o desempenho da sua actividade. A margem de erro é mínima. Muitos deles são autênti-cos actores que se limitam a debitar o que está no teleponto e só dizem aquilo que que-rem. é este conceito de político profissional que está muito negativamente enraizado aos

olhos da sociedade?

Neste momento sim. A sociedade portu-guesa olha o político profissional de modo pejorativo. O que é errado, porque se o polí-tico for um bom profissional, isso é positivo. Ou seja, nesse plano a política não é dife-rente da advocacia, da medicina, do ensino universitário ou do meio empresarial. Em to-das as actividades temos de ter bons profis-sionais. Com qualidade, mérito, capacidade gestão e resultados. Infelizmente na política, perspectiva-se demasiadas vezes um pro-fissional desta área como um vigarista, um corrupto ou uma pessoa menos séria. Acho uma perversidade.

é o lado menos avisado dos portugueses de meter tudo no mesmo saco?

As pessoas deviam ser cáusticas com os políticos que dessem provas de irresponsa-bilidade e menos seriedade, mas ao mesmo tempo deviam saber o que fazem políticos com competência e honestidade. Eu tenho para mim que uma parte significativa dos nossos políticos é gente boa, carácter de competente. O importante seria que a opi-nião pública fizesse um esforço para separar

o trigo do joio. Estou certo que ninguém do meio da advocacia gostaria de ouvir que os advogados são todos corruptos, o mesmo se aplicando aos médicos, aos professores uni-versitários, etc. Não! Há de tudo. Só na vida política é que se insiste em generalizar.

No seu livro tem um capítulo intitulado «uma educação virada do avesso», em que aponta o dedo ao centralismo do Ministério. porquê?

O Ministério é uma das raízes do mal do sistema. De há uns anos a esta parte o mi-nistério é uma estrutura pesadíssima, aqui-lo que se pode chamar um «monstro». Isso é um erro. Têm passado pela 5 de Outubro vários governos, de todas as cores políticas, sem excepção, e não tem havido coragem política para alterar esta situação. Não com-preendo que um ministro da educação em Lisboa, dotado de uma estrutura gigantesca, tenha de decidir coisas em Freixo de Espada à Cinta ou em Vila do Bispo.

Defende uma descentralização de com-petências para a administração local?

Na minha opinião acabar com esta situa-

ção implica levar a cabo uma profundíssima descentralização. Sublinho, profundíssima descentralização. Em matéria de educação a maior parte das competências devia passar para as autarquias locais. Com a redução/ampliação/apetrechamento de escolas, co-locação de pessoal, etc. Só deviam ficar no Ministério em Lisboa as competências emi-nentemente nacionais. Há muitos burocratas que estão instalados no ministério que são contra esta mudança. Como também, valha a verdade que se diga, que há muitos sindi-catos que também não estão pelos ajustes. Eu creio mesmo que os sindicatos são ou-tra força de bloqueio na Educação. Em tese tenho um grande apreço pelos sindicatos e por uma vida sindical saudável, mas depois em concreto acho que muitas das nossas forças sindicais pararam no tempo e são pré-históricas. Vivem em circuito fechado e pensam apenas nos interesses corporativos. Acontece esta coisa extraordinária que é a seguinte: com a taxa de desemprego que acumulamos, os nossos sindicatos preocu-pam-se mais com os direitos de quem está empregado, do que com os que estão à pro-cura de emprego.

por aquilo que descreve, na sua opinião o Ministério obeso e o anacronismo dos sin-dicatos impedem que o sistema de educação evolua?

Há uma coligação profundamente negati-va entre sindicatos e a estrutura macrocéfala do Ministério da Educação. Enquanto não houver um governo capaz de cortar a direi-to, temo que a situação não possa melhorar substancialmente.

professores e alunos têm sido os grandes prejudicados por anos de inércia?

São dois dos principais protagonistas do sistema, mas eu creio que a escola deve ser virada para o aluno. A razão de ser da escola é o aluno, dando-lhe uma boa formação e preparação. No fundo, ter uma ferramenta que o habilite ao exercício cabal de uma pro-fissão. Isto tem de ser o objectivo central da escola. Infelizmente nos últimos anos, vi eu e viram os outros portugueses, andou-se a discutir com mais afinco o estatuto da car-reira docente ou a avaliação dos professores do que os problemas centrais que afectam o aluno. Neste aspecto creio que as prioridades têm estado, muitas vezes, invertidas. Com isto não quero significar, bem pelo contrário, que não deve haver uma grande atenção pe-los professores É que a seguir aos alunos, a grande prioridade são os docentes.

concorda que esta classe perdeu pres-tígio e autoridade perante os alunos e a so-ciedade?

A ideia de maltratar, desprestigiar ou des-valorizar os professores é um crime. Um país no domínio da educação só tem sucesso se tiver bons professores, motivados, prestigia-dos e com um grande estatuto. Dou-lhe este exemplo: Antes do 25 de Abril, e nem tudo era mau antes desta data, o professor era uma autoridade, não apenas dentro da es-cola, mas no seio de toda a localidade onde

L. carvalho / expresso H

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cArA DA NoTíciA

6 Luís Marques Mendes nasceu em Azurém (Guimarães), a 5 de Setembro de 1957. Os primeiros passos da carreira política foram dados antes de terminar a licenciatura em Direito (Coimbra), como vice-presidente da Câmara Municipal de Fafe, aos 19 anos. Desde então, ocupou diversos cargos partidários e oficiais. Aos 28 anos, como secretário de Estado da Comunicação Social (1985/87), iniciou o processo de privatização da imprensa e apresentou a primeira proposta de lei de abertura da televisão à iniciativa privada. Mais tarde, como Ministro adjunto do Primeiro-Ministro Cavaco Silva (1992/95), criou a RTP Internacional. Como líder parlamentar, foi responsável, em nome do PSD, pelo acordo relativo à revisão consti-tucional de 1997 que permitiu a criação de círculos e a redução do número de deputados. Enquanto presidente do PSD (2005/07) dedicou-se a várias causas, como o reforço da ética na vida política, a redução de impostos em favor da competitividade fiscal ou a criação de um novo modelo para a Segurança Social, defendendo a liberdade de escolha do cidadão. «O Estado em que Estamos», da editora Matéria-Prima é o seu segundo livro, depois de ter publicado «Mudar de vida», em 2008. Actualmente afastado da vida política activa, Marques Mendes é gestor de uma empresa na área das energias renováveis, participa em múltiplas conferências para as quais é convidado de norte a sul do País e mantém duas rubricas de análise política com regularidade semanal no «Correio da Manhã» e na TVI24. K

leccionava. Era visto com respeito, com pres-tígio, era um “opinion maker” muito impor-tante. Hoje o professor, de um modo geral, está desvalorizado. Dentro da escola não tem autoridade e então fora da escola está desvalorizadíssimo. Isto é terrivelmente per-verso e negativo. Para que os alunos sejam centro das atenções é condição prioritária ter professores prestigiados e motivados.

é esta estratégia desfocada da realidade que tem sido seguida que tem alimentando os casos de laxismo e indisciplina dentro das salas de aula?

Se o professor não tem prestigio, não pode ter autoridade. Se não tem autoridade, a tendência é o facilitismo, a indisciplina, a violência até. Ou seja, tudo factores que de-vem ser urgentemente erradicados do meio escolar. Chamo a atenção que ainda hoje os países mais desenvolvidos do mundo não são aqueles que têm mais reservas de pe-tróleo, porque se assim fosse os países ára-bes eram os mais desenvolvidos do mundo e não são. Os países mais desenvolvidos do mundo são aqueles que apostam muito forte na educação, no conhecimento e na inova-ção. Ou seja, na economia do conhecimento. Neste campo a ferramenta das qualificações e da educação é absolutamente essencial.

como é que caracterizaria a aposta que temos feito neste campo. insuficiente ou es-forçada?

Nós em Portugal temos insistido em apostar noutras coisas, que não nos nossos recursos humanos. Penso que tem que exis-tir uma inversão de prioridades.

o Governo que cessa funções foi acusado de ter seguido uma lógica estatística em de-trimento da evolução qualitativa dos nossos alunos. Subscreve?

Este Governo foi o mais incompetente e irresponsável que tivémos depois do 25 de Abril de 1974. Em todas as áreas. Admito que tenham existido aspectos positivos, aliás era difícil em seis anos fazer tudo errado. Mas globalmente falando o executivo foi politica-mente criminoso e desde logo no domínio da educação. Criou um mau ambiente e um mau estar neste sector verdadeiramente in-suportáveis, apresentou a questão da ava-liação dos professores em tom persecutório e quase punitivo, procurando virar docentes contra docentes. Estes seis anos de desor-dem vão levar muito tempo até ser reposta a normalidade e retomar-se um caminho sadio e saudável.

educação e justiça são dois dos maiores fracassos do portugal democrático?

Do Portugal democrático e em especial destes seis anos de governo socialista. Creio que a Justiça é capaz de ser ainda pior. Se na educação a actuação do executivo foi desas-trosa, na justiça foi certamente criminosa. O sistema judicial está pelas ruas da amargura. O governo tentou perseguir magistrados, in-terferir no andamento dos processos e tudo

isto sem conseguir introduzir qualquer me-dida que alterasse o actual estado de coi-sas. Hoje em Portugal, se as pessoas forem verdadeiras, dirão inequivocamente que não acreditam na Justiça. Inclusive muitos dos próprios agentes do sistema. E Porquê? Por-que a justiça bateu no fundo.

A renovação do parque escolar, o en-cerramento de escolas com meia dúzia de alunos e a entrega de computadores «Ma-galhães» não são reformas que minimizam a má imagem que tem da política educativa deste governo?

Não posso dizer que são medidas negati-vas, mas é manifestamente insuficiente. Na educação o problema central que vai levar anos a melhorar é o estatuto dos professo-res. Eu recomendaria ao próximo governo que apostasse tudo em repor a dignidade, o prestígio e a motivação da classe docen-te. Professores com estas características têm mais autoridade e conseguem preparar alu-nos de forma mais eficaz. Isto não tem preço, não se faz por decreto, faz-se acarinhando os professores, estimulando-os e reforçando o seu estatuto pessoal.

elencaria as finanças/economia, a educa-ção e a justiça como prioridades nacionais para o próximo executivo?

Chegámos a uma fase em que não há volta a dar. Todos os sectores terão de apertar ainda mais o cinto. A prioridade das prioridades é a situação financeira. Portugal está à beira da bancarrota. Sem a ajuda externa provavelmente nesta al-tura teríamos sem dinheiro para pagar sa-lários. Em todos os sectores vamos pagar a factura, no dobro ou no triplo, de não termos agido no devido tempo. Agora va-mos passar uns anos, sublinho uns anos, em recessão, sem crescimento económico, com impostos altos, com corte de despesa e com um desemprego de 13 por cento, o que à escala portuguesa é uma brutalida-de. Portanto, os tempos são muito difíceis. Numa palavra vamos ter de fazer coisas muito simples de dizer mas difíceis de fa-zer: poupar mais, trabalhar mais, produ-zir mais. Só lhe dou este dado: temos um problema de produtividade terrível. A nos-sa produtividade é sensivelmente 55 por cento da média europeia, praticamente

metade. Isto quer dizer que um trabalha-dor nacional precisa do dobro do tempo de um europeu para fazer a mesma coisa. Este paradigma terá de ser alterado se qui-sermos um dia subir salários e repor os nossos níveis de bem-estar e prosperida-de. Produzimos como um país do terceiro mundo e consumimos ao nível dos mais desenvolvidos, até um dia que isto reben-tou pelas costuras.

o agravar da situação social pode gerar convulsões?

Pode acontecer, até porque a situação vai ser mais dramática. Mas é bom que todos reconheçamos que nenhum problema se re-solve com base na violência, mesmo com-preendendo o estado de desespero em que se encontram muitas famílias. Estamos cla-ramente na cauda da Europa a 27 em termos de assimetrias sociais.

«Acabou o emprego único para a vida» é o tema de mais um capítulo do seu livro. os jovens, motores de desenvolvimento e san-gue novo nas organizações estão emigrar. como vê esta situação?

Sinto um misto de satisfação e preocupa-ção. Esse é o sinal exterior de mais um fa-lhanço deste governo. Ver jovens aos milha-res, que estudam no exterior e por lá ficam, ou que estudam cá e vão embora, é a prova de duas coisas: primeiro, o fracasso político de um executivo que aposta nas qualifica-ções, no ensino superior e depois não lhes dá oportunidades para cá dentro desenvol-verem as suas competências. Em segundo lugar, é também a prova da grande qualida-de dos nossos jovens. Lá fora têm sucesso. Isto reforça a ideia que o que está errado é o País e as políticas que conduziram a esta situação. E nós, agora mais do que nunca, precisávamos de investir nos nossos talentos ou pelos menos criar condições para os que saíram possam em breve regressar.

Abandonou a política activa e está como gestor numa empresa do ramo das energias renováveis. qual a margem de progresso deste sector?

Este é um sector com presente e futuro. Apostar nas energias renováveis é uma ine-vitabilidade, já não é uma questão de moda. A maior parte dos países, Portugal incluindo, precisam de reduzir a sua dependência ener-gética do petróleo que importam. E o nosso País tem energias renováveis, limpas e ami-gas do ambiente, que são potencial endóge-no nosso, com grandes oportunidades no sol, vento, floresta, etc. Em termos acadé-micos, nesta área de estudo, internamente, as oportunidades profissionais já não são as mesmas que há 5 anos atrás. Todavia, numa perspectiva mais alargada, de mundo global, não tenho duvidas que há muito investimen-to para fazer, necessariamente rentável e necessário. K

Nuno Dias da Silva _

L. F. Menezes / expresso H

JUNHO 2011 /// 05

6 A Universidade da Beira Interior vai abrir no próximo ano lectivo um novo curso de Licen-ciatura (1º ciclo) em Química Me-dicinal, com 30 vagas. Segundo os responsáveis pela instituição esta é mais uma aposta de for-mação numa área inovadora.

O novo curso em Química Me-dicinal permitirá desenvolver co-nhecimentos de química, bioquí-mica e de biologia para perceber as estruturas das moléculas base de medicamentos, produzir novas moléculas, analisar os seus efei-tos sobre os vários organismos e a sua capacidade para combater uma determinada doença. Bioquí-mica, química farmacêutica, far-macologia, toxicologia e imuno-logia serão disciplinas basilares do curso, que juntamente com as novas tecnologias de informação irão permitir explorar novos tópi-cos na área médica.

A Química Medicinal é uma

formação inovadora em Portugal, existindo apenas na Universida-de de Coimbra e, agora, na UBI. “Esta nova aposta da instituição prende-se com o facto de a UBI reunir as melhores condições para uma formação científica só-lida dos seus alunos, com corpo docente altamente qualificado, com elevada produtividade cien-tífica e com excelentes instala-ções laboratoriais para a inves-tigação e para o ensino, sendo

esta formação inserida numa das áreas de excelência da Uni-versidade”, salienta o Pró-Reitor da UBI, Tiago Sequeira. A Agência Nacional de Acreditação do En-sino Superior (A3ES) reconheceu que a UBI tem grande experiên-cia no ensino da Química e da Medicina, assim como um centro de investigação com classifica-ção “Muito Bom”, pelo que re-úne as condições para ministrar este curso com qualidade eleva-da.

O novo curso da Faculdade de Ciências alia as ciências exactas aos conhecimentos das ciências da vida e da saúde e terá como principais saídas profissionais empresas de investigação, labo-ratórios de investigação públicos e privados, “start-ups” tecnoló-gicas na área da Saúde, e a im-plementação de boas práticas na indústria farmacêutica e na quí-mica industrial. K

Novo curso na uBiquíMicA MeDiciNAL

6 A Portugal Telecom acaba de alargar o seu leque de selec-ção de licenciados às universida-des fora de Lisboa e Porto, com a presença, durante dois dias, na Universidade da Beira Interior.

Segundo Francisco Nunes, um dos responsáveis pelos recursos humanos da empresa, “esta visi-ta à UBI insere-se num road-show nacional que está a ser promovi-do pelas principais universidades portuguesas que visa captar ta-lentos para a Portugal Telecom”. De caminho, sublinha que a em-presa “tem seguido, nos últimos anos, a política de recrutamento de cerca de cem jovens licencia-dos por ano que entram para os nossos quadros. Aquilo que esta-mos aqui a procurar é o alarga-mento das fontes de recrutamen-to que temos tido.

A PT pretende assim recru-tar para os seus quadros “os melhores alunos das universi-dades” através de um programa de apoio ao jovens licenciados “promovendo-se, paralelamente, o desenvolvimento pessoal e de competências do trainee através de acolhimento e integração as-sistida, bem como através de um kit de formação. Acompanhar, orientar, avaliar e dar feedback constante é outra das estratégias assumidas no âmbito do progra-ma”.

O administrador executivo aponta ainda para o facto des-te ser um programa com o qual procuram, “de forma contínua, rejuvenescer os recursos da PT e encontrar também novas va-lências para aqueles que são os nossos desafios futuros, quer em Portugal quer no estrangeiro.” Um evento aberto a várias áreas que vão desde a engenharia, à gestão, passando pelo marketing, ciências e comunicação.

Para João Queiroz, reitor da UBI, “estes eventos são de ex-

pT recruta na uBiForA De porTo e LiSBoA

trema importância para a aca-demia. Aquilo que queremos fazer é encontrar saídas para os nossos graduados e aplicação de todos os conhecimentos e de todas as competências que lhes damos durante a sua for-mação, e portanto ter uma em-presa como a Portugal Telecom ou como outras que têm vindo à UBI procurar recrutar os nossos alunos, verificar as suas compe-tências para as especificidades que eles precisam é muito im-portante”. K

uBi do tamanho da europa

WorkSHop europA 2020

6 “Workshop Europa 2020” é o tema do evento que terá lugar, a 8 e 9 de Junho, na Universidade da Beira Interior, cuja organização está a cargo da licenciatura em Ci-ências da Comunicação, do mes-trado em Jornalismo e da repre-sentação da Comissão Europeia em Portugal. O objectivo passa por divulgar linhas de conhecimento sobre o espaço europeu.

Dialogar sobre a temática, apresentar novas formas de co-municação e fontes de informa-ção sobre o espaço comunitário é um dos fundamentos desta ini-ciativa que decorre na Sala dos Conselhos da Faculdade de Artes e Letras. Os trabalhos têm iní-cio na tarde do dia 8, cerca das 15 horas. Economia europeia e Política regional é o tema apre-sentado por José Reis, presiden-te da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. A esta intervenção segue-se Luís Sabi-no, antigo funcionário do Comité Económico e Social Europeu/Bru-xelas e membro do Team Europe, que abordará o tema A Europa e a Participação dos Cidadãos. O

primeiro dia de trabalho encerra com a intervenção de Teresa Gra-dim, da Comissão de Coordena-ção para o Desenvolvimento da Região Norte. Uma apresentação que tem como tema base Quali-dade nos serviços públicos e di-reitos do consumidor.

Na quinta-feira, 9 de Junho, os trabalhos são retomados com a intervenção de Teresa Cierco, docente da UBI e directora do mestrado em Relações Interna-cionais, que irá falar da temática europeia como Pilar Social. União Europeia, energia e ambiente é o tema abordado por José Escada da Costa. Rui Cavaleiro, que vem em representação da Comissão Europeia, falará do Europa 2020. A última intervenção é de Ana Cabo, também da representação da Comissão Europeia, que fala-rá sobre Fontes de informação da UE. Um evento que termina com um almoço-debate onde será de-batida a temática de Ser Jorna-lista em Bruxelas, com Deolinda Almeida, directora do Cenjor e Centro de Formação de Jornalis-tas. K

João queiroz, reitor da uBi

universidade forma em Sistemas prediais

uBi

6 A Universidade da Beira In-terior vai organizar uma acção de formação em Sistemas Prediais de Distribuição e Drenagem de Águas, que decorre de 1 a 16 de Julho, no Centro de Formação Interacção UBI Tecido Empresarial.

Os sistemas prediais de distri-buição e drenagem de águas de-vem merecer uma atenção especial por parte do meio técnico nacional, pois, não raras vezes, constituem um factor de redução dos níveis qualitativos dos edifícios. Assim, o projecto destas infra-estruturas deve ser equacionado de forma a evitar o aparecimento de pa-tologias nas edificações. O curso pretende abordar, também, a nor-

malização europeia recentemente publicada no domínio das redes prediais de águas, abrangendo a concepção, dimensionamento, operação e manutenção dos siste-mas, permitindo uma actualização de conhecimentos sobre as novas metodologias que se podem imple-mentar em Portugal.

A acção terá como formador principal Victor Pedroso, do La-boratório Nacional de Engenharia Civil, e destina-se a engenheiros, arquitectos, alunos de cursos de engenharia e arquitectura, funcio-nários de entidades licenciadoras, empresas de construção e fiscali-zação, e outros técnicos interessa-dos na temática. K

www.ensino.eu

06 /// JUNHO 2011

vinhos da Beira dão saúdeTeSe De DouTorAMeNTo NA uBi

6 Os vinhos tintos produzidos na Beira Interior são um excelente produto para a prevenção de do-enças como o cancro do estôma-go. Uma investigação desenvolvi-da pela doutoranda Luísa Paulo, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, revelou que os néctares da região possuem maiores concentrações de resveratrol. Uma substância anti-oxidante associada à preven-ção de doenças cardiovasculares e diabetes, e que este estudo veio demonstrar ser inibidora da mul-tiplicação da bactéria responsável pelo aparecimento de tumores no estômago.

Luísa Paulo, técnica superior do Centro de Apoio à Transferên-cia Tecnológica Agro-Industrial, em Castelo Branco, desenvolveu a investigação no âmbito do seu doutoramento em biomedicina.

No total foram analisadas 186 amostras de vinhos de todo o país. “Os que apresentaram maiores teores de resveratrol foram os da nossa região, sobre-tudo os produzidos com a casta touriga nacional”, explica Luísa Paulo

A investigadora, que já viu parte dos resultados publicados em três revistas científicas inter-nacionais, considera que “a nos-sa região possui bons vinhos”. Os teores de resveratrol no vinho são justificados pelas amplitudes térmicas a que as videiras estão sujeitas. “A produção dessa subs-tância é uma forma de defesa que

as plantas possuem”, explica.O resveratrol já foi alvo de

estudos internacionais, sobretu-do nos Estados Unidos, e há até quem lhe chame a pílula da ju-ventude, correndo rumores que a jovialidade de Angelina Jolie estaria associada a essa substân-cia. No mercado há mesmo quem comercialize produtos medicinais com elevados teores dessa subs-tância. Uma busca rápida na in-ternet permite-nos verificar isso mesmo.

Na sua investigação Luísa Paulo teve uma equipa de orien-tadores de topo, constituída pelo próprio reitor da Universidade, João Queiroz, por Eugénia Gallar-do e Fernanda Domingues. “Os resultados deste estudo são mui-to importantes, até porque foi o maior que alguma vez se realizou em Portugal e um dos que envol-veu mais amostras em termos in-ternacionais, num total de 200 vi-nhos”, explica Eugénia Gallardo.

No processo da recolha das

amostras, os investigadores con-taram com o apoio das Comissões Vitivinícolas. “A beira interior não é uma região muito conhecida pelos vinhos, pelo que um dos objectivos deste estudo também passou por potenciar o que aqui se produz”, revela Eugénia Gallar-do.

O docente da Faculdade de Ciências da Saúde adianta que “no futuro o objectivo será dar apoio aos próprios produtores, sobretudo no processo produti-vo, desde a vindima até à produ-ção do vinho, de forma a que se possam ainda melhorar os níveis de resveratrol”. Por isso, Eugénia Gallardo convida os produtores a contactar a faculdade.

Com a tese de doutoramen-to entregue, Luísa Paulo aguarda agora pela defesa pública da sua investigação. Enquanto isso não sucede, fica a certeza que os con-sumidores “de vinho da região saem beneficiados”, justifica Eu-génia Gallardo. K

Minho passa a FundaçãocoNSeLHo GerAL AprovA

6 A Reitoria da Universidade do Minho acaba de se congratular com o facto de a maioria dos membros do Conselho Geral ter votado favo-ravelmente a proposta apresentada pelo Reitor para a transformação da Universidade em Fundação Pública com regime de direito privado. An-tónio Cunha encontra nos 74 por cento dos votos favoráveis à sua proposta uma forte base de apoio para desenvolver um trabalho de aprofundamento da afirmação da autonomia da sua universidade.

Depois de o Senado Académi-co ter apoiado inequivocamente a passagem a Fundação, o Conselho Geral aprovou uma proposta que, nos últimos meses, foi amplamente apresentada e discutida com todos os corpos da academia. A passagem

a Fundação encontrou um forte apoio nos presidentes das princi-pais Escolas da academia.

Esta transformação do regime jurídico da Universidade vai permitir reforçar a posição da Universidade no panorama do ensino superior, designadamente através da afirma-ção da autonomia da Universidade e das suas Unidades Orgânicas; vai contribuir para o acréscimo da flexibilidade de gestão do patrimó-nio e de recursos financeiros; vai aprofundar a autonomia na gestão e na contratação de recursos huma-nos; e vai alargar as oportunidades de financiamento e expansão das possibilidades de interacção com a sociedade. A passagem a fundação mereceu a contestação dos estu-dantes. K

iBM elogia MinhopréMio cieNTíFico

6 Alexandra Silva, licencia-da em Matemática e Ciências da Computação (MCC) pela Universi-dade do Minho, acaba de ganhar o Prémio Científico IBM 2010, uma das maiores distinções na área da Informática. Esta foi a pri-meira vez que o galardão foi atri-buído a um trabalho sobre teoria da computação. “Este prémio não é só um reconhecimento do meu trabalho, é sobretudo uma vitória para todos os que fazem investi-gação em teoria de computação, uma área muitas vezes olhada como secundária no panorama das Ciências de Computação”, afirma Alexandra Silva. A investi-gadora diz ter recebido a notícia

da distinção “com grande emo-ção e surpresa”: “Teve um sabor especial ser felicitada, logo após o representante da IBM, pelo professor José Manuel Valença,

mentor e criador do curso de MCC, do qual fui orgulhosamente aluna”, acrescenta.

O Prémio Científico IBM 2010 visa reconhecer trabalhos de ele-vado mérito científico no campo da computação teórica e aplica-da. Alexandra Silva, que concluiu em 2006 a licenciatura em MCC na Universidade do Minho, com 19 valores, realizou a sua tese de doutoramento sobre “Kleene Coalgebra”, na Universidade de Nijmegen, na Holanda, onde foi aprovada “cum laude” por una-nimidade. A investigadora foi recentemente seleccionada para professora auxiliar em Nijmegen, entre 65 candidatos. K

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As investigadoras elogiam os vinhos da Beira

www.ensino.eu

évora analisa situaçãoeScoLA De eNFerMAGeM

6 A Escola Superior de Enfer-magem São João de Deus da Uni-versidade de Évora promoveu a 2 e 3 de Junho, as primeiras Jornadas Internacionais de Enfermagem, su-bordinadas à temática A Pessoa em Situação Crítica. Durante o evento

científico foram abordadas diversas questões relacionadas com o tema, cruzando a experiência e a evidên-cia científica, num incessante de-safio às boas práticas e tendo com horizonte a excelência dos cuidados à pessoa em situação crítica.K

JUNHO 2011 /// 07

www.ensino.eu

uTL ATrAi JoveNS

T A Universidade Técnica de Lisboa acaba de apresentar um programa cheio de actividades para dar a conhecer o que se faz dentro das suas portas e, quem sabe, ajudar os jovens participantes a decidir que rumo dar à sua vida. Durante uma semana, poderão tornar-se verdadeiros veterinários, agró-nomos, economistas/gestores, engenheiros, especialistas das ciências sociais, politólogos, atletas ou arquitectos. Existem sete programas de uma semana à escolha numa das Escolas da UTL, com muitas actividades de carácter científico, lúdico e des-portivo. K MeSTrADo No iScTe

T O Instituto Universitário de Lisboa (Iscte) acaba de lançar o primeiro Mestrado de Estu-dos Indianos do mundo. Orga-nizado em colaboração com o Indian Institute of Technology e a Brown University, este progra-ma visa dotar os estudantes de uma perspectiva multifacetada sobre a Índia contemporânea e garantir-lhes as ferramentas necessárias para entenderem e investigarem a complexidade deste país. As inscrições para a primeira edição - 2011/2013 - encontram-se abertas. O Iscte irá atribuir ainda uma bolsa de estudos a 100 por cento e outras oito a 50 por cento do valor. K

AuTóNoMA No MeTro

T A Universidade Autónoma de Lisboa acaba de lançar uma nova campanha de comunica-ção para o acesso ao ensino superior para maiores de 23 anos, recorrendo à decoração interactiva no chão da estação de metro Marquês de Pombal. A acção, que está no ar nos meses de Maio e Junho, visa promover o regime especial de acesso à Universidade para Maiores de 23 ao mesmo tempo que dirige os utentes para saída Rua de Santa Marta, a Sede da Universidade, reforçando assim o posicionamento universidade no centro de Lisboa. K

iSpA AcreDiTADA

T O ISPA – Instituto Universitá-rio já tem todos os seus 10 cur-sos de Licenciaturas, Mestrados

e Doutoramentos acreditados. O processo foi conduzido de for-ma independente pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior – A3ES, expres-samente criada para o efeito em 2009, no âmbito do proces-so sistemático de acreditação e avaliação de todo o sistema de ensino superior português ten-do em vista a garantia da sua qualidade e credibilidade. K

reN preMieA iST

T Pedro Mendes, aluno de Mestrado em Engenharia Elec-trotécnica e de Computadores do Instituto Superior Técnico, é o vencedor da edição de 2010 dos Prémios REN - Redes Ener-géticas de Portugal, tendo re-cebido um prémio no valor de 12.500 euros. O trabalho, intitu-lado de “Wind Parks and Hydro Pumping Plants Coordinated Operation”, visa a possibilidade de coordenação da produção eó-lica com Centrais Hídricas com Bombagem. O segundo classi-ficado desta edição foi Miguel Alexandre Santos, aluno do cur-so de Engenharia Mecânica do IST, com o seu trabalho “Estudo do Comportamento Dinâmico da Rede Nacional de Transporte de Gás Natural”. Ao IST coube ain-da uma Menção Honrosa, atri-buída à aluna Susana Ludovino, do curso de Engenharia Electro-técnica e de Computadores, no âmbito do seu projecto “Grid Codes For Isolated Systems”. K

ALGArve HoNoriS cAuSA

T André Jordan e Taleb Rifai acabam de ser distinguidos com a atribuição de Doutoramento Honoris Causa, numa cerimónia que decorreu a 1 de Junho, no Grande Auditório da Universida-de do Algarve, no Campus de Gambelas, em Faro. “Depois de 40 anos de trabalho e de vida no Algarve esse reconhecimen-to tem um valor muito especial e de grande conteúdo afectivo. Amor com amor se paga, é por isso que eu recebo este prémio”, refere André Jordan a propósito desta homenagem. Para Taleb Ri-fai é uma grande honra receber esta distinção da Universidade do Algarve. “Como ex-professor que sou, é sempre um prazer ser reconhecido pelo mundo acadé-mico, especialmente por uma universidade tão prestigiada como a vossa”, refere o Secretá-rio-geral da Organização Mundial de Turismo. K

portugal é terceiroSHeLL eco-MArATHoN 2011

6 Um veículo protótipo da Universidade de Coimbra conse-guiu percorrer 2.568 quilómetros com apenas um litro de gasolina, arrebatando o 3.º lugar no Shell Eco-marathon 2011, realizado na Alemanha, e afirmando-se como a melhor equipa portuguesa e ibé-rica. Além do 3º lugar obtido por Coimbra, a Universidade do Minho obteve o 12º posto, a Escola Se-cundária Alcaides de Faria foi 23ª e Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu foi 48ª, confir-mando assim uma boa participa-ção das equipas nacionais.

A equipa da Faculdade de Ci-ências e Tecnologia da Universi-dade de Coimbra (FCTUC), que reuniu alunos de engenharia auto-móvel e de engenharia mecânica, e teve como piloto a estudante de economia Ana Rita Lopes, melho-rou a distância percorrida desde a edição transata, onde percorrera 2.204 quilómetros.

Com apenas um litro de ga-solina sem chumbo 95, a uma velocidade média de 30 km/h, o Eco Veículo da FCTUC conquistou o 3.º lugar na categoria (Protótipos de combustão interna) e o 4.º lu-gar na classificação geral da Shell Eco-marathon Europe 2011, que decorreu nos últimos três dias no Circuito de Lausitz, na Alemanha.

Pedro Carvalheira, docente que coordena esta equipa, referiu que em termos de classificação a sua equipa perdeu um lugar, pois clas-sificara-se em segundo na edição anterior, onde tinha beneficiado da má prova de uma favorita, e da desistência de uma outra candida-ta aos primeiros lugares.

“Melhorámos bastante e apro-ximámo-nos dos primeiros”, afir-mou o docente, referindo que os grandes benefícios introduzidos no protótipo desde há um ano

ceSpu apresenta estudoToxicoDepêNciA

6 A descriminalização do con-sumo de drogas, concretizada há dez anos, tornou mais fácil enca-minhar os toxicodependentes para tratamento, refere Jorge Quintas, docente e investigador da Coope-rativa de Ensino Superior Politéc-nico e Universitário (CESPU).

De acordo com os trabalhos desenvolvidos pelo professor e investigador Jorge Quintas, no âmbito do seu doutoramento em Criminologia pela Universi-dade do Porto, as comissões de dissuasão da toxicodependência – entidades administrativas res-ponsáveis pela aplicação da lei – “apreciam efectivamente um número bem superior de trans-gressões de consumo do que al-guma vez os tribunais julgaram”.

Os próprios clínicos ouvidos

no âmbito de um dos três estudos concordam que as medidas apli-cadas pelo sistema legal “levam à rede de tratamento pessoas que dela estavam afastadas” e consi-deram que “é possível mantê-las em terapia durante mais tempo”.

Geralmente, as autoridades encaminham os consumidores que detectam para as comissões de dissuasão da toxicodependên-cia numa “via de comunicação” entre as instâncias do sistema le-gal e as do sistema de saúde que se tornou “seguramente mais efectiva”.

No entanto, a descriminaliza-ção “não interfere decisivamen-te nos consumos de drogas das populações, nem nos problemas colocados à sociedade portugue-

sa pelos usos e em especial pe-los abusos de drogas”, assinala o autor.

Os estudos de Jorge Quintas, reunidos num único livro, inci-dem também sobre a opinião de toxicodependentes, polícias, es-tudantes de Direito e de Psicolo-gia e população em geral sobre a descriminalização dos consumos.

A maioria dos 232 inquiridos preferia que os consumos prati-cados por adultos se mantives-sem proibidos, “embora haja grande ambiguidade quanto ao melhor regime legal aplicável ao uso de substâncias ilegais”.

Os três estudos decorreram entre 2003 e 2006 e os dados empíricos foram actualizados até 2008. K

ficaram a dever-se às alterações no aerodinamismo e à introdução de uma nova peça no motor, que transfere calor da cabeça para o cárter.

Nesta prova, que reuniu cerca de 250 participantes nas várias categorias, de diversos países do mundo, a vencedora foi uma equi-pa francesa, que percorreu 3.688 quilómetros com um litro de ga-solina. K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

08 /// JUNHO 2011

Mudança radicaluNiverSiDADe De évorA

6 O Departamento de Gestão da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora realizou, no passado dia 24 de Maio, as IX Jornadas intituladas “Liderança Responsável em Tempos de Mu-dança Radical”.

A iniciativa teve como princi-pal objectivo debater e reflectir sobre casos empresariais que se dedicam à liderança, responsabi-lidade e mudança. Contou ainda com a apresentação de trabalhos académicos realizados pelos alu-nos de 1º, 2º e 3º ciclos de estu-dos relacionados com o tema e, também, com os resultados de experiências pedagógicas e da investigação desenvolvida pelos docentes.

Maria Raquel Lucas, directora do Departamento de Gestão, re-feriu na sessão de abertura que as Jornadas de Gestão constituem uma iniciativa com grande rele-vância não só para a comunidade académica, mas também para a região Alentejo e o país.

Ao longo do seu discurso su-blinhou que o Departamento de Gestão é um dos pilares da Escola de Ciências Sociais. “Estas Jorna-das são um dos factos que explica que este departamento seja um dos pilares da Escola de Ciências Sociais e que apesar de vivermos tempos difíceis e com exigências cada vez maiores, responda com aumento da produção e da qua-lidade científica e com espírito de corpo, dando a conhecer aqui-lo que fazemos”. Neste âmbito, acrescentou que “não queremos ensino sem investigação, nem in-vestigação sem que o saber e co-nhecimentos gerados sejam trans-mitidos, quer internamente, quer para o exterior, não esquecendo a vertente de Internacionalização dos curricula e dos ensinos. Existe

particular sensibilidade para nos desdobrarmos em múltiplas acti-vidades em Portugal e no exterior e em distintas parcerias como, por exemplo, o Brasil, Timor e Ango-la”.

Para aquela dirigente, o ensi-no da gestão destina-se a formar indivíduos que serão os futuros quadros superiores e dirigentes de muitas empresas e que vão in-teragir com outros colaboradores para mudar expectativas e tomar decisões. “Os alunos são agen-tes em aprendizagem, pequenas células que futuramente vão in-teragir para mudar essas expec-tativas e para tomar decisões. O que queremos é dar aos alunos a carga formativa que necessitam para tomar decisões e contribuir cada vez mais para a criação e desenvolvimento do capital hu-mano que acrescenta valor às empresas que o utilizam.

Assim, Maria Raquel Lucas sublinhou que o Departamen-to de Gestão oferece uma rica oferta formativa na área para que os alunos possam atingir os

seus objectivos. “Para além da Licenciatura em Gestão, temos o Mestrado em Gestão constituído por várias parcerias e organizado em sete ramos de especialização como o Marketing, as finanças, a contabilidade, o sector público administrativo, os recursos hu-manos, o empreendedorismo e a inovação e também a vertente organização e sistemas de infor-mação. Temos ainda o Curso de Doutoramento em Gestão que tem evidenciado uma procura crescente ao longo dos anos com alunos oriundos de todo o terri-tório nacional e do estrangeiro”.

Ao finalizar o seu discurso, Maria Raquel Lucas salientou que a Licenciatura de Gestão “não deve dar apenas aos alunos a oportunidade de desenvolver as suas capacidades mediante uma formação sólida, o estímulo do trabalho em equipa e aprendi-zagem contínua, mas também fomentar valores como a ética, o respeito e a responsabilidade social”. K

Noémi Marújo _

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Flexibilidade e inovaçãouTAD DeBATeu FuTuro DoS curSoS De LeTrAS

6 A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro acaba de as-sinalar o 25º Aniversário do seu Departamento de Letras, Artes e Comunicação, a 27 e 28 de Maio, com a realização dos XV Encon-tros Internacionais de Reflexão e Investigação, que juntou do-centes e investigadores não só da UTAD, mas também das Uni-versidades de Varsóvia (Polónia), Poitier (França), Ceará (Brasil), das Universidades de Coimbra, Lisboa, Évora, Beira Interior, Nova de Lisboa, Universidade Aberta,

Instituto Politécnico de Bragança, ISET do Porto e Rede Europeia das Universidades Leitoras.

Ao longo dos dois dias de re-flexão, as temáticas envolveram a mitologia na literatura, o fantástico e o maravilhoso, a literatura infan-til, a literatura de transmissão oral no ensino, a acção e perspectivas dos escritores contemporâneos, as novas tecnologias na leitura, a teoria e a prática na poesia, o jor-nalismo e a literatura, as relações públicas e os novos movimentos sociais, as letras e o futuro da

portugalidade, roteiro torguiano, entre muitas outras.

O evento foi ainda o pretex-to para a apresentação do livro “Metamorfoses: 25 anos do De-partamento de Letras – Artes e Comunicação”, onde se incluem testemunhos de todos os Coorde-nadores com que o Departamento contou ao longo destes 25 anos, e ainda um conjunto de textos cien-tíficos de natureza pluridisciplinar, que pretendem ilustrar a diversi-dade de áreas científicas que o DLAC congrega. K

Formação ao longo da vida

uNiverSiDADe De évorA

6 O Núcleo de Formação Con-tínua (NUFOR) da Universidade de Évora, criado em 1995, promove uma ampla oferta de formação ao longo da vida para diversos públi-cos.

Em entrevista ao Ensino Ma-gazine, Manuela Santos, Coorde-nadora do NUFOR, referiu que “a evolução do contexto universitário que acompanha e alavanca a mar-cha da globalização veio enfatizar o tema da formação ao longo da vida, assumindo-se esta hoje como um dos pilares estratégicos da Univer-sidade de Évora. Foi nesse contexto que foi criado o Núcleo de Formação Contínua”.

Segundo aquela coordenadora “o investimento de pessoas, a título individual, e da própria instituição em formações ao longo da vida tem aumentado exponencialmente, exigindo uma resposta adequada e consistente com ofertas formativas diversificadas, e que correspondam às exigências do mercado de traba-lho e a realidades individuais”.

A referida estrutura tem como competências o planeamento, co-ordenação, promoção e organização de cursos de formação não confe-rentes de grau académico, mas que são de grande importância para res-ponder às exigências do mercado.

Neste âmbito, Manuela Santos frisou que “neste momento nós temos os Cursos de Especialização

Técnica (CETS) que visam conferir qualificação profissional. Depois temos os Cursos de Especializa-ção que têm como objectivo com-plementar e actualizar a formação académica ou profissional dos alu-nos universitários já licenciados ou de outros profissionais, através da aprendizagem e desenvolvimento de saberes científicos, técnicos ou artísticos em domínios específicos. E temos também os Cursos de Curta Duração que se destinam a fomen-tar a formação em áreas ou técnicas específicas do saber. Alguns destes são submetidos à acreditação do Conselho Científico da Formação Contínua, com efeitos na progres-são dos docentes do 3º ciclo e do ensino secundário”.

Para Manuela Santos é necessá-rio assegurar a qualidade das forma-ções de forma a que “os conteúdos sejam flexíveis, pertinentes, actuais e correspondam às necessidades do utente, utilizando estratégias de ensino credíveis”. Ainda segundo aquela coordenadora, a Universida-de de Évora através do NUFOR vai promover a Universidade de Verão, que tem como objectivo fomentar o intercâmbio científico e cultural em diversas áreas do saber a nível nacional e internacional. Para mais informações consulte o link http://www.nufor.uevora.pt/ K

Noémi Marújo _

JUNHO 2011 /// 09

6 A Escola Superior de Saúde de Portalegre realiza, dia 21 de Junho, as suas Jornadas de Enfermagem. A iniciativa terá lugar no Centro de Congressos de Portalegre, a partir das 9H30. Após a sessão de abertu-ra, José Carlos Martins (docente na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra) abordará o tema “Informa-ção em Contexto de Doença Grave”. Uma intervenção que será modera-da pela docente Paula Marques.

Rui Inês, da Ordem dos Enfer-meiros, será o segundo palestrante, com o tema “Modelo de Desenvol-vimento Profissional”. A prelecção será moderada pelo docente Fran-cisco Vidinha.

Já na parte da tarde, pelas 14 horas, Elisa Garcia e Isabel Ferraz, da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, falarão sobre o tema “Necessidades dos familiares cui-dadores de pessoas dependentes”,

numa comunicação moderada pela professora Andreia Costa.

As jornadas terminarão com a apresentação de comunicações, ex-posição de posters e com a entrega de prémios. K

Saúde debate modelosSuperior De SAúDe

Alunos vão à eSepporTALeGre

6 A Escola Superior de Educa-ção (ESEP) recebeu, no dia 20 de Maio, alunos da Escola Secundária de S.Lourenço para dar a conhecer o funcionamento do curso de Edu-cação Artística (EA). Esta iniciativa teve como principal objectivo pro-mover o curso junto dos alunos do secundário.

A coordenadora do curso de EA, Maria João Reis, levou os alunos para “o seu local de tra-balho”, o ginásio da escola, onde se procedeu a uma apresentação entre convidados e alunos de EA, bem como dos docentes. A re-cepção aos alunos contou com um espectáculo preparado para o efeito, por duas alunas de Educa-ção Artística.

Após o acolhimento por parte dos alunos de EA e docentes, os visitantes dirigiram-se para o au-ditório da ESEP. A sessão começou com uma apresentação dos tra-balhos elaborados pelos alunos da escola Secundária, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, que incidiu na música, pintura e, essencialmente, na moda. Os alu-

nos criaram e produziram roupa e organizaram um desfile com pas-sagem de modelos. Um outro gru-po optou por criar uma maqueta do Estádio do Sporting de Braga.

Maria João Reis, evidenciou a importância em conhecer a escola e o curso: “trata-se de vos dar a conhecer as vivências desta esco-la” e considerou que “este curso é um bebé, ainda só vai no 4º ano”.

O director da ESEP, Luis Miguel Cardoso, destacou a importância do curso de Educação Artística na escola, no IPP e mesmo na própria região, considerando que “o curso tem um papel activo”. O respon-sável máximo da ESEP espera que o encontro venha aproximar ainda mais estas duas instituições de ensino.

Para o final ficou a visita às instalações da Escola Superior de Educação, com os alunos a per-correr essencialmente os espaços mais ligados ao curso, como o centro de reprodução audiovisual e a sala de expressões (AT). K

vera cunha _(eSep Digital)

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6 O I Congresso Internacional - Família, Educação e Desenvolvimen-to no séc. XXI, realizou-se, nos pas-sados dias 3 e 4 de Junho de 2011, no Centro de Congressos da Câmara Municipal de Portalegre, numa or-

ganização conjunta da Escola Supe-rior de Educação de Portalegre e o Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais - Grupo Saúde, Cultura e Desenvolvimento - Universidade Aberta.

Este congresso que decorreu à hora de fecho da nossa edição, teve como objectivos: reflectir e partilhar saberes e experiências que contri-buam para o desenvolvimento cien-tífico. K

Família em congressoporTALeGre

010 /// JUNHO 2011

Secil e ipcB fazem acordoMeSTrADo eM coNSTrução SuSTeNTáveL

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco, através da sua Escola Superior de Tecnologia acaba de assinar um protocolo de colaboração com a empresa Secil. O acordo tem por objecti-vo a promoção conjunta de pro-jectos de investigação aplicada e estágios na empresa, tendo por base o Mestrado em Construção Sustentável leccionado na Escola.

Carlos Maia, presidente do IPCB, referiu que “este é o ca-minho que obrigatoriamente o ensino superior, nomeadamente o ensino politécnico, deve fazer, através de uma forte associação às empresas, de modo a permi-tir o desenvolvimento de pro-jectos comuns”. No entender do presidente do IPCB, “é bastante vantajoso para o Politécnico o estabelecimento desta parceria com a Secil, uma empresa de grande dimensão e fortemente implantada no mercado nacional e internacional, que vai permitir a realização de estágios por parte dos nossos alunos, assim como a realização de projectos de inves-tigação e de outras actividades em conjunto”.

Já o director de Comunica-

Nilton dá lição na eSTiNFoTec 2011

6 O humorista Nilton foi um dos palestrantes da 4.ª Edição do Fórum de Informática e Novas Tec-nologias (Infotec’11) que decor-reu na última semana na Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco.

À margem das engenharias e da informática, Nilton, também ele um empresário, falou sobre empreendedorismo e de uma for-ma divertida abordou a importân-cia das ideias inovadoras na so-ciedade actual e no sucesso dos negócios.

O Infotec envolveu várias sessões temáticas. A oradora alemã, Fanny Klett, foi uma das que mais se destacou, com uma palestra sobre os sistemas infor-máticos no futuro. José Carlos Metrolho, director da EST, con-sidera que “os objectivos foram

superados. Provou-se mais uma vez que é possível trazer a Caste-lo Branco o que de melhor existe no país em termos de empresas de vanguarda tecnológica e lide-res em inovação. Houve também alegria e momentos de boa dispo-sição, tornando Maio um mês de grande actividade, que começou com a Semana de Engenharia e que terminará com uma Feira de Emprego, a qual se destina aos nossos finalistas”.

Segundo o coordenador da organização do Infotec, Pedro Sil-va, “o objectivo passou por dar a possibilidade aos nossos alunos de tomar conhecimento sobre a visão que conceituados oradores nacionais e internacionais defen-dem sobre o que poderá vir a ser esta década em termos de áreas de vanguarda da Informática”. K

Feira de empregoeSTcB

6 A primeira edição da Feira de Emprego, realizada pela Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, de 24 a 26 de Maio, ultra-passou as expectativas. A iniciati-va pretendeu aproximar os alunos finalistas aos empregadores das áreas de Engenharia e Tecnologia e surgiu como um complemento à Semana das Engenharias e ao Fórum de Informática e Novas Tec-nologias (Infotec’11).

O director da ESTCB, José Carlos Metrôlho revela que “na próxima edição iremos testar novas inicia-tivas que nos têm sido sugeridas por empregadores, para aumentar ainda mais a eficácia deste tipo de evento. No entanto, esta foi uma experiência altamente enri-quecedora, em especial devido ao interesse e participação dos alu-nos presentes nas sessões”.

A Feira de Emprego incluiu ain-da no seu programa sessões desti-nadas a ajudar os alunos a prepa-rar o Curriculum Vitae, entrevistas de emprego e apresentação de ca-sos de empreendedorismo.

Participaram na primeira edi-ção da Feira de Emprego @ ES-TCB empresas de recrutamento e selecção, entre elas a AGAP2 e a Outsystems, tendo-se verificado para além de uma elevada aflu-ência às sessões uma interacção entre os alunos e os potenciais empregadores. As duas empresas agendaram já novas sessões, a realizar a curto prazo na ESTCB, e que nalguns casos inclui entrevis-tas a finalistas que entretanto já manifestaram interesse nas res-pectivas propostas de emprego.

Apesar da elevadíssima taxa de empregabilidade dos alunos da ESTCB, fruto do reconhecimento pela qualidade de ensino, áreas ministradas e ensino prático dos cursos, a Escola continua a orga-nizar iniciativas que potenciem o ingresso célere dos diplomados no mercado de trabalho. Nesse sentido, a ESTCB prepara já para o mês de Julho outras actividades extra curriculares, nomeadamente workshops, cursos de curta dura-ção e exposições. K

ção Institucional da empresa teve oportunidade de se referir ao empenho e compromisso do Grupo para com as matérias da Sustentabilidade na Construção, servindo o Protocolo agora assi-nado para a promoção conjunta de projectos de investigação apli-cada e estágios na empresa.

De referir que a Secil per-tence ao maior grupo industrial português a operar no sector do cimento, argamassas e materiais

de construção. Para além da forte presença em todo o território na-cional, o grupo encontra-se pre-sente e em expansão em Angola, Líbano e Tunísia.

Esta parceria insere-se no pla-no estratégico da ESTCB, na área da Engenharia Civil, estando ain-da prevista para as próximas se-manas a assinatura de protocolos de cooperação com outros gran-des grupos nacionais do sector da construção. K

informação mais geográficaeNcoNTro SiG NA AGráriA

6 O director da Escola Su-perior Agrária de Castelo Branco (ESACB), Celestino Almeida, clas-sificou o encontro sobre Sistemas de Informação Geográfica, reali-zado na escola, como “uma refe-rência”. O encontro decorreu, nos dias 19 e 20 de Maio, na ESACB e pretendeu mostrar e divulgar o que se está a fazer em Portugal ao nível da tecnologia de ponta na área dos Sistemas de Informa-ção Geográfica (SIG).

Celestino Almeida refere que “a edição deste ano teve mais participantes, oradores e comu-nicações. Além disso, houve um grande envolvimento de alunos, técnicos de diversas instituições, nomeadamente de câmaras mu-nicipais, gente nova que está a trabalhar com essas ferramentas e que contribuem para o sucesso da iniciativa”.

Organizada no âmbito de uma disciplina do Mestrado em Siste-mas de Informação Geográfica, aplicados aos recursos naturais e recursos florestais, a iniciati-va debateu as aplicações SIG na área do Ambiente, da Floresta da Agricultura e da Protecção Civil, e

envolveu cerca de uma centena de participantes, 11 oradores e comunicações apresentadas por 20 cientistas.

Paulo Hernandez, docente do IPCB/ESA e um dos organizadores do encontro, salienta que “os Sis-temas de Informação Geográfica são hoje em dia cada vez mais utilizados por todos os cidadãos. Há muitas autarquias que já têm aplicações SIG e o cidadão, sem ter conhecimento desses Siste-mas de Informação Geográfica, pode consultar lá muita infor-mação relativa ao município, no-meadamente ser-lhe muito útil e ajudá-lo nalguns processos de licenciamento que se queira ob-

ter junto de uma autarquia. Este é um exemplo claro da aproxima-ção entre os SIG e o cidadão co-mum”, conclui.

Rui Almeida, responsável pela Unidade de Defesa da Flores-ta e um dos oradores convida-dos, evidenciou que “os SIG são hoje uma técnica que usamos no nosso dia-a-dia, pelo que es-tes encontros são extremamente importantes permitindo não só o contacto entre os técnicos desta área como a divulgação dos tra-balhos que os diferentes grupos de trabalho estão a desenvolver, ou seja das diferentes temáticas que estão a ser desenvolvidas. Com isto a Escola só tem a ganhar pois para além do conhecimento da área em que se especializa en-tra em contacto com outras áreas abrindo o âmbito de investigação a novas matérias”.

O II Encontro de Sistemas de Informação Geográfica realizado no IPCB/ESA contou ainda com um painel de apresentação de hardware e software apresenta-do pelas empresas ESRI Portu-gal, Novageo Solutions e Trim-ble. K

JUNHO 2011 /// 011

Avaliação em LeiriaNovAS oporTuNiDADeS

6 As Novas Oportunidades criaram um movimento social sem precedentes na procura de qualificações. A afirmação é de Luís Capucha, presidente da Agência Nacional para a Qualifi-cação na conferência internacio-nal Centro Novas Oportunidades - passaporte para o futuro, orga-nizada pelo Instituto Politécnico de Leiria (IPL), a 27 de Maio. A iniciativa teve como objectivo ser um espaço de debate sobre os programas de formação ao longo da vida, que analisasse o cami-nho percorrido até agora e identi-ficasse os desafios para o futuro

Nuno Mangas, presidente do IPL, abriu a conferência subli-nhando a necessidade de abordar de forma aberta e descondiciona-da do programa Novas Oportuni-dades e justificando a pluralidade de contributos como um exemplo de isenção académica. Luís Alco-forado, especialista de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, defendeu que “o pro-grama Novas Oportunidades é um sucesso”, e que apesar de se es-tar “no bom caminho precisamos melhorar”.

José Manuel Silva, da comis-são organizadora, defendeu que

a conferência teve como objec-tivo “fazer uma análise aos pro-gramas de educação e formação para adultos, tentar perspectivar o futuro, perceber o que falta fa-zer, sugerir caminhos e mudan-ças a introduzir para responder da melhor forma aos desafios da actualidade e do futuro”.

Uma mesa redonda reuniu re-presentantes de diversos Centros Novas Oportunidades, de vários pontos do País, que debateram

os projectos e as práticas e mais de uma dezena de especialistas apresentaram comunicações li-vres sobre o tema.

Richard Thorn, dos Institute of Technology, da Irlanda, perspecti-vou a educação de adultos e os programas de educação ao longo da vida na Europa, permitindo um olhar especializado e crítico sobre o contexto mais amplo em que se insere a iniciativa Novas Oportunidades. K

GuiA LeiriAApreSeNTADo

T O ISLA-Leiria acaba de proceder ao lançamento do “Guia Leiria-Ci-dade”, edição que resulta de um projecto desenvolvido no âmbito do Curso de Licenciatura em Turis-mo do ISLA-Leiria, com o patrocínio exclusivo da Caixa Geral de Depó-sitos. Além de diversas ofertas tu-rísticas de Leiria, um conjunto de “Rotas Recomendadas” que divul-gam valores turísticos e veiculam itinerários, temáticos ou cruzados, através dos quais a ênfase na cida-de sublinha o potencial turístico do território onde Leiria está implan-tada: a riqueza da sua história, os monumentos e palácios, as memó-rias e lendas, o papel e a tipogra-fia, a estatuária, as personagens literárias que valorizam a cidade, o património guloso da gastronomia, os belíssimos espaços verdes… K

LeiriA veNceproJecTo iNAcTo

T O projecto “Inacto – Esay In-teractions”, realizado por, Marco Jorge Heleno e Maura Mendes, am-bos estudantes de Design Gráfico e Multimédia, na Escola de Artes e Design do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), venceu o 1.º lugar no Concurso de Ideias da Fase Regio-nal da 8.ª Edição do Poliempreen-de, ex-aequo com outro projecto. Os vencedores Marco Heleno e Maura Mendes irão receber um prémio monetário de 2.500 euros, correspondente, ao primeiro lugar da Fase Regional deste Concurso de Ideias. De seguida proceder-se-á à Fase Nacional, onde os pro-jectos vencedores em cada Região irão ser submetidos a um júri na-cional, que irá escolher e premiar os três melhores. K

eNGeNHAriA ALiMeNTAr NA ANeT

TOs diplomados em Engenharia Alimentar da Escola Superior de Tu-rismo e Tecnologia do Mar do Insti-tuto Politécnico de Leiria já podem efectuar a sua inscrição na Asso-ciação Nacional dos Engenheiros Técnicos (ANET). Após efectuarem inscrição, os diplomados poderão usar o título profissional de Enge-nheiro Técnico e beneficiar de to-das as suas vantagens e regalias. A ANET é uma associação pública de natureza profissional que atri-bui o título e regula o exercício da profissão de engenheiro técnico, tendo, entre outras, como função defender os seus direitos e interes-ses. K

pASSeio peDeSTre De LeiriA

TPedro Costa, Cláudia Vala, Cristi-na Barros e Joaquim Santos, funcio-nários do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), conquistaram o 4.º lu-gar no “Primeiro Passeio Pedestre Inter-Serviços Públicos da Cidade de Leiria”, organizado pelas Obras Sociais do Pessoal da Câmara Mu-nicipal de Leiria, no passado dia 8 de Maio. O passeio foi desenvolvi-do com o objectivo promover um estilo de vida saudável, bem como, o convívio entre os Funcionários Públicos de Leiria, através da rea-lização de um Peddy Paper. O cir-cuito pedonal teve como pontos de passagem obrigatória todos os organismos integrantes da iniciati-va, tendo terminado no recinto da Feira de Maio. K

ipL pArceiro Do BeS

TO Instituto Politécnico de Lei-ria é o único instituto politécnico parceiro do Concurso Nacional de Inovação do Banco Espírito Santo. A iniciativa promovida pelo BES tem como objectivo premiar as melhores ideias nos sectores de Recursos Naturais & Alimentação, Clean Tech, Processos Industriais, Tecnologias da Informação e Servi-ços, Tecnologias da Saúde e Biotec-nologia. Inscreva o seu projecto e veja a sua ideia brilhar é o desafio lançado pelo IPL e pelo BES. As can-didaturas estão abertas até 30 de Junho. K

pArque TecNoLóGico De óBiDoS creSce

TO Parque Tecnológico de Óbi-dos acaba de ampliar a oferta de espaços de incubação e arrenda-mento, para empresas nas áreas das indústrias criativas. A par da Unidade do Convento de S. Miguel das Gaeiras, que iniciou a sua ac-tividade em Setembro de 2009, e que cedo viu a sua ocupação lota-da, foi criada a Unidade da Quin-ta da Marquesa, que oferece um conjunto de salas desde os 7,5 m2 até aos 49 m2. Estas estrutu-ras têm como objectivo promover o empreendedorismo e apoiar as empresas, através de condições privilegiadas, que lhes permitam reforçar a sua capacidade de ino-vação, crescimento e competiti-vidade. A rede de parceiros e o apoio nas áreas de negócio são exemplos das componentes mais relevantes do projecto. K

Nuno Mangas, presidente do ip Leiria

qualidade pesa na decisãoipL eSTuDA eSTuDANTeS iNGreSSADoS eM 2010/11

6 O Instituto Politécnico de Leiria acaba de desenvolver um estudo sobre as características dos estudantes que ingressaram no, ano lectivo 2010/11, com o objectivo de conhecer a nature-za e motivação dos públicos es-tudantis da instituição, conhecer o seu percurso escolar anterior, as suas expectativas, a sua pro-veniência e o seu perfil socioe-conómico. Este estudo, permite conhecer melhor os nossos es-tudantes, ajuda a compreender o seu desempenho futuro a nível académico e delinear estratégias que visem a satisfação dos públi-cos efectivos, bem como a capta-ção de novos. Responde ainda a um dos requisitos do processo de avaliação e acreditação dos ciclos de estudos.

Para o efeito, foi realizado um inquérito aos estudantes que ingressaram nos cursos de licen-ciatura, no ano lectivo em causa. Composto por quatro secções de resposta fechada, foi disponibiliza-do online, no início de Dezembro de 2010, tendo o preenchimento sido voluntário. 403 estudantes,

maioritariamente na faixa etária entre os 18 e os 20 anos, respon-deram ao inquérito, o que repre-senta 13,7% do número total dos ingressados em 2010/11.

Entre as principais conclu-sões, pode-se destacar o facto de 61,3% do agregado familiar dos estudantes do IPL residir em Leiria, ser constituído por 3 a 4 pessoas (69,2%), e os pais terem como escolaridade o ensino bá-sico - 1.º, 2.º e 3.º ciclos - (pai: 64% e mãe: 63,5%), trabalharem por conta de outrem (pai: 44,2% e mãe: 48,6%) e o seu rendimento mensal ilíquido se situar entre os 950 euros e os 1.900 euros men-sais (49,1%).

A nível do percurso escolar an-terior e da escolha do curso, mais de 79% dos inquiridos frequentou estabelecimentos de ensino públi-co, na área dos cursos Científico-Humanísticos: Ciências e Tecno-logias (40,4%), não beneficiou de apoios sociais (82,4%) e foi a primeira vez que se candidatou ao ensino superior (80,9%). Mais de 45% dos estudantes obtiveram “Bom” como nota de candidatura

e 67,5% ingressaram no Instituto através do Concurso Nacional de Acesso. Na escolha do curso con-sideraram, sobretudo, a vocação e/ou gosto pelas matérias (58,8%) e as boas componentes teórica (57,8%) e prática (50,4%).

De entre as motivações para frequência do ensino superior, as opções mais relevantes indi-cadas foram a realização pessoal (39,7%), seguida da qualificação para exercer determinada profis-são (25,3%). Já na origem da esco-lha do IPL, os estudantes referiram a página Web do Instituto como a fonte de informação mais signifi-cativa (36,2%), contribuindo para tal o facto de 62,5% ter computa-dor portátil com ligação à Internet.

Outros factores de peso na escolha da instituição foram a proximidade geográfica (58,8%), a qualidade do curso (47,9%) e a boa organização geral (47,1%). Quanto às expectativas, 22,6% dos estudantes pretendem fre-quentar posteriormente um mes-trado e 63,3% já têm uma ideia precisa da actividade profissional que pretendem desempenhar. K

012 /// JUNHO 2011

Guarda e Myos assinamproTocoLo De cooperAção

6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) assinou no passado dia 14 de Maio um protocolo de cooperação com a Myos-Associa-ção Nacional contra a Fibromial-gia e Síndrome de Fadiga Crónica.

Promover a participação con-junta em projectos de interesse comum, bem como elaboração e execução de publicações ou es-tudos com interesse reconhecido para o ensino, é um dos objec-tivos gerais do acordo que foi rubricado no decorrer do Forum sobre Fibromialgia, realizado na Guarda, o qual juntou participan-tes de todo o país.

A colaboração em programas de acção conjunta de apoio à comunidade e ao seu desenvol-vimento social e cultural é outra das intenções desta parceria que enquadra a realização de acções de formação/sensibilização na área da Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica.

A participação dos docentes e

citeve ensinaa utilizar

exTiNToreS

6 O Citeve Alimentar inicia no próximo dia 15 de Junho, na Co-vilhã, o curso “Combate a incên-dios - Utilização de Extintores”.

A formação destina-se a equi-pas de combate a incêndios nas empresas, técnicos de Higiene e

Segurança no Trabalho, res-ponsáveis de condomínios e outros interessados em deter co-nhecimentos na correcta utiliza-ção de extintores.

No final do curso os forman-dos deverão Identificar classes de fogo e respectivos agentes extin-tores, e realizar um correcto ma-nuseio do extintor.

Com a frequência deste cur-so a sua empresa terá pessoas habilitadas no combate a incên-dios utilizando meios de primeira intervenção - extintores, dando cumprimento à

Lei n.º 102/2009. K alunos da Escola Superior de Saú-de/IPG em iniciativas da MYOS, com regalias idênticas aos seus associados, é outro dos pontos contemplados no texto do proto-colo agora assinado.

A MYOS - Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica, com sede em Lisboa, é uma associação não médica sem fins lucrativos, voca-cionada para a defesa do doente e para o desenvolvimento do co-

nhecimento dos mesmos. Entre outros, tem como objec-

tivos promover a informação da-quelas patologias de forma a des-mistificá-las perante os doentes e a sociedade em geral; consolidar o respeito pelos doentes que so-frem de fibromialgia; sensibilizar os técnicos de saúde para um tra-balho mais eficaz e personaliza-do a esses doentes e desenvolver acções de solidariedade (www.myos.com.pt). K

conferência internacional De 8 A 10 De JuNHo No poLiTécNico DA GuArDA

6 A Conferência Internacional “Novos Horizontes para a Educa-ção 2011”/ International Conferen-ce on New Horizons in Education INTE 2011 vai decorrer na Guarda, de 8 a 10 de Junho, numa iniciativa do Instituto Politécnico da Guarda, em colaboração com a Universida-de de Sakarya (Turquia).

Apresentar e discutir as novas tendências da educação é um dos principais objectivos deste encon-tro internacional, que vai decorrer no edifício dos Serviços Centrais do IPG e na Escola Superior de Educação e o qual contará com participantes oriundos da Turquia, Espanha, Reino Unido, Canadá, Brasil, México, Colômbia, Polónia, Lituânia, Irão, Bulgária, China, Le-tónia, Senegal e Etiópia, entre ou-tros países.

O programa inicia-se no dia 8 de Junho com a sessão solene de

abertura que terá lugar no Auditó-rio dos Serviços Centrais do Insti-tuto Politécnico da Guarda, pelas 10 horas. Seguir-se-á uma confe-rência pelos professores Collean M. Athans-Sexton e Angel Garcia del Dujo.

Durante a tarde do primeiro vão ser apresentadas, na Escola Superior de Educação, em sessões paralelas, algumas das comunica-ções admitidas para esta confe-rência internacional.

O programa prosseguirá na

manhã de 9 de Junho, com a apresentação de novas comuni-cações, estando o período da tar-de reservado para uma visita dos participantes a alguns pontos do distrito.

Para o último dia está agen-dada mais uma série de comu-nicações – em sessões paralelas – na Escola Superior de Educação e uma conferência (pelas 11h15) de Jorgen Skaastrup, no Auditório dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico. K

vencedores conhecidos poLieMpreeNDe NA GuArDA

6 Uma equipa da Escola Su-perior de Saúde do IPG, que se candidatou à oitava edição do concurso Poliempreende, con-quistou, recentemente, o primei-ro prémio do concurso regional de ideias de negócio com a apre-sentação de uma peça para doen-tes ostomizados.

Criatividade, inovação e capa-cidade empreendedora destaca-ram o projecto destes estudantes das outras equipas candidatas ao prémio regional de negócios.

A equipa galardoada com o primeiro prémio é constituída pela docente Maria João Almei-da Nunes e pelos estudantes do

3º ano do curso de enfermagem (1º ciclo) Guilherme Filipe Santos Rodrigues e Rui Manuel Correia Antunes.

Com a atribuição deste pré-mio – que ocorreu em Coimbra – foi dado mais um passo para que a equipa possa chegar à final deste concurso. K

eSTH proMoveu expoeSpANHA

T Na Escola Superior de Turismo e Hotelaria/IPG, em Seia, realizou-se nos dias 3 e 4 de Maio uma ini-ciativa denominada ExpoEspanha. Com esta actividade pretendeu-se divulgar a língua e a cultura es-panholas a par da promoção da própria Escola Superior de Turismo e Hotelaria, integrada no Instituto Politécnico da Guarda.O programa incluiu exposições, demonstrações gastronómicas, apresentação de jogos tradicio-nais bascos, concurso de pintura, um workshop sobre danças típicas da Andaluzia e um concurso sobre língua espanhola, entre outras ac-tividades. K

SuporTe BáSico De viDA

T Com o intuito de fornecer com-petências nesta área o Instituto Politécnico da Guarda, através do Gabinete de Formação Cultura e Desporto, e conjuntamente com a Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, promo-veu no passado dia 26 de Maio amanhã uma acção de formação sobre Suporte Básico de Vida. Esta actividade decorreu no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão.O Suporte Básico de Vida envolve uma série de procedimentos e téc-nicas a realizar, que visam garantir

que as funções vitais se mante-nham estáveis ou pelo menos atra-sem o tempo em que os danos se tornem irreversíveis. K

SeMiNárioS De MATeMáTicA

TO VI Ciclo de Seminários de Matemática realiza-se na Escola Superior de Tecnologia e Gestão/Instituto Politécnico da Guarda, no próximo dia 6 de Junho. Esta inicia-tiva pretende mostrar à comunida-de escolar, e ao público em geral, a relevância da Matemática em mui-tos aspectos da nossa vida. Nesta sexta edição, para além de temáti-cas ligadas ao ensino da matemá-tica, vão ser abordadas ligações da matemática com a informática, as finanças e o desporto.Os seminários decorrem entre as 11h e as 18h30 e o seu programa detalhado pode ser conhecido em: https://sites.google.com/site/smat-zeitgeist/. A entrada é livre. K

SiMpóSioDe coMpuTAção

TA Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda realizou, no passado dia 4 de Junho, o I Simpósio do Mestrado em Computação Móvel. Esta inicia-tiva teve por objectivo a apresen-tação e discussão de alguns dos trabalhos científicos que têm sido realizados pelos alunos do Mestra-do em Computação Móvel. K

www.ensino.eu

JUNHO 2011 /// 013

014 /// JUNHO 2011

Moda à moda da esartpASSAGeM De MoDeLoS

6 A Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco rea-lizou, no passado dia 20, o seu desfile de moda. O Desfile apre-sentou cinco colecções de cada um dos alunos finalistas da licen-ciatura em Design de Moda e Têx-til, desenvolvidas sob orientação da designer de moda e docente do IPCB Alexandra Moura.

O desfile envolveu, para além dos alunos daquela licenciatura, estudantes dos outros cursos da escola. As músicas do desfi-le foram criadas pelos alunos do 1º ano do curso de Música Elec-trónica e Produção Musical, sob a orientação do docente José Al-berto Gomes, e a cenografia ficou a cargo dos alunos do 2º ano do curso de Design de Interiores e Equipamento, sob a orientação da docente Cláudia Conduto.

De referir que a Esart é hoje uma instituição de ensino bem alicerçada na rede do Ensino Superior Artístico, que tem me-recido o reconhecimento unâni-me de várias individualidades e instituições. O seu objectivo é o de preparar artistas e técnicos altamente qualificados nas áreas da Música e Artes do Espectáculo por um lado, em Design e Artes Aplicadas por outro, numa pers-pectiva de integração artística e técnica numa mesma escola. K

A europa em cartoon’sporTALeGre ApreSeNTA expoSição

6 O Instituto Politécnico de Portalegre tem patente, de 7 de Junho a 14 de Julho, no espaço de exposições dos Serviços Centrais, a exposição Europa em cartoons. A iniciativa é promovida pelo Cen-tro de Informação Europe Direct do Alto Alentejo.

A mostra apresenta cartoons originalmente publicados na im-prensa nacional e internacional, posteriormente compilados na publicação comemorativa dos 50 anos do Tratado de Roma.

No ano em que se assinala o 25º aniversário da adesão de

Portugal à União Europeia são retratados momentos de humor e sátira, resultantes de um olhar crítico, atento às principais evolu-ções na Europa nos últimos anos, mas que ao mesmo tempo enal-tecem o melhor que a sociedade europeia tem – consciência dos princípios da democracia, liber-dade de expressão e participação do cidadão em todo o processo evolutivo das instituições.

Paulo Almeida Sande, director do Gabinete do Parlamento Euro-peu em Portugal, explica que “rir é o melhor remédio... sobretudo

para falar de coisas sérias. Porque no fundo só se pode levar a sério quem sabe rir de si mesmo...es-pecialmente em tempos de crise”.

Também Margarida Marques, chefe da Representação da Co-missão Europeia em Portugal, explica que “há várias formas de comemorar o 25º aniversário da adesão de Portugal à UE. Come-morar mostrando a diversidade na forma de fazer humor é uma maneira interessante e original de o fazer”.

A entrada na exposição é gra-tuita. K

JUNHO 2011 /// 015

A cultura da alfaceiNveSTiGAção NA eSAcB

6 Os primeiros resul-tados de uma investigação que está a ser efectuada no IPCB/Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB), em parceria com a indústria, indicam que a utilização de mantas de protecção do solo fabrica-das pela empresa Multifi-bras, do Tortosendo, tem um efeito positivo na cul-tura da alface, na época Primavera-Verão.

De acordo com a análise de resultados do primeiro ensaio, a docente do IPCB Maria Paula Simões verificou um efeito positivo na utilização da manta na produção de alfaces, em especial na cultivar Joliac, que obteve um peso médio de 920 gramas por alface com a utilização da manta e apenas 752 g/alface na situação de solo nu.

As mantas testadas são um produto concebido pela empresa Multifibras, com base na utilização de des-perdícios da indústria têx-til, e a utilização desta pro-tecção do solo na produção hortícola e frutícola dis-pensa a realização das operações de manutenção do solo com o objectivo de combate às infestantes e

que frequentemente com-preendem a utilização de herbicidas. Nesse sentido, a utilização das mantas é, também, um método mais ecológico.

Para avaliação do efeito da manta instalou-se um ensaio, no sector de horti-cultura da ESACB, com duas modalidades – com manta e sem manta – e duas cul-tivares de alface – Joliac e Vesuve – num total de 16 canteiros de 3 m2 de área útil cada. A semente das cultivares utilizadas foi ofe-recida pela empresa Mon-santo e as plantas foram produzidas gratuitamente pela empresa Brasplanta. A plantação realizou-se em 16 de Março de 2011 e a colheita decorreu de 4 de Maio a 26 de Maio, tendo-se obtido um peso médio que variou entre 541 e 562 g/alface, na cultivar Ve-suve, e 752 e 920 g/alface na cultivar Joliac, respec-tivamente para as modali-dades sem manta e com manta.

O projecto, que tem como investigador respon-sável a docente Paula Simões, foi desenvolvido no âmbito do estágio cur-ricular da aluna Adriana

Marques do curso de licen-ciatura de Nutrição Huma-na e Qualidade Alimentar (1º ensaio) e que irá con-templar 2 a 3 ensaios com esta cultura, em épocas distintas de plantação.

De referir que a produção obtida neste ensaio foi comercializada maioritariamente na ES-ACB. K

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016 /// JUNHO 2011

Soluções à medidaToMAr criA LABorATório

6 Ouvir os empresários e en-contrar soluções à medida dos seus problemas, com base nas novas tecnologias, é o objetivo do LINE.IPT, um laboratório do Politéc-nico de Tomar que tem em cartei-ra encomendas de protótipos até 2013.

A funcionar desde 2010 no Tec-nopólo do Vale do Tejo, em Abran-tes, o Laboratório de Inovação Industrial e Empresarial (LINE.IPT) fomenta a incorporação de tecno-logia e inovação pelas empresas, numa lógica de investigação apli-cada e a partir de um centro de investigação e desenvolvimento (I&D) orientado para as áreas de mecânica, eletrónica, automação e robótica.

Clara Amaro, coordenadora da Oficina de Transferência de Tec-nologia e Conhecimento do IPT, referiu que este laboratório surge para “dar respostas às necessida-des de desenvolvimento de novos produtos e processos” das empre-sas da região, usando os recursos humanos do Instituto Politécnico de Tomar.

Um trabalho que na prática traduz-se na criação e teste de novas soluções (protótipos), cuja tecnologia ainda não foi criada pelo mercado.

“O objetivo é o de reforçar e promover a competitividade das empresas e fortalecer as respeti-vas competências científicas e tec-nológicas através da colaboração com os centros de Investigação e

Tomar na alta rodacoNSórcio europeu coM eMpreSAS

6 A candidatura do Instituto Politécnico de Tomar a um Con-sórcio Europeu Erasmus para a Formação e Estágios Profissionais (International Programme for Training IPT) acaba de ser aprova-da pela Agência Nacional PROALV/Comissão Europeia.

A cerimónia oficial de lança-mento do CONSÓRCIO ERASMUS IPT, terá lugar a 8 de Junho, pelas 17 horas, no Campus do IPT em Tomar e contará com a participa-ção dos parceiros, assim como da Agência Nacional PROALV.

O Consórcio ERASMUS IPT en-globa o Instituto Politécnico de Tomar e diferentes tipos de orga-nizações, empresas e instituições de ensino superior nacionais

e europeias, que irão trabalhar em conjunto com o objectivo de facilitar estágios profissionais, curriculares e extracurriculares, a estudantes ou profissionais das organizações envolvidas, sendo financiado pelo Programa Eras-mus, da União Europeia.

São seus objectivos funda-mentais a promoção da visibilida-de internacional de empresas, re-giões e instituições e a promoção da mobilidade e da cidadania eu-ropeias. Num momento crítico da história nacional e decisivo para a construção europeia, o Instituto Politécnico de Tomar encontra-se, desta forma, na primeira linha da luta pelo desenvolvimento e a in-ternacionalização. K

Desenvolvimento”, concretizou.Pedro Granchinho, do depar-

tamento de Engenharia Eletrotéc-nica, referiu que o trabalho de-senvolvido é feito numa “lógica da investigação aplicada e não de âmbito fundamental, fabricando soluções tecnológicas à medida” das necessidades dos empresá-rios e das suas empresas.

“Apenas cinco por cento da investigação feita em Portugal é em investigação aplicada e, des-ta, apenas um por cento chega às pessoas e aos empresários”, acrescentou Bruno Chaparro, do departamento de Engenharia Mecânica, tendo afirmado que o LINE.IPT não tem hoje capacidade de resposta para todas as solici-tações.

“Os empresários não estavam habituados a que as instituições de ensino tivessem uma postura

tão efetiva e hoje a relação é de uma grande cumplicidade e inter-ajuda”, observou, tendo referido que a Associação Empresarial de Santarém vai investir 750 mil eu-ros para criar um clone do LINE.IPT no futuro parque industrial do Cartaxo e assim dar cobertura a todo o distrito de Santarém.

De entre os projetos já desen-volvidos destacam-se trabalhos de consultadoria técnica como controlos da geometria tridimen-sional dos cascos dos catamarans, o desenvolvimento de apoios de suspensão e motor para automó-veis, um motociclo elétrico bimo-tor multifuncional, um cortador de pedra por fio duplo, um concen-trador solar e um posto de venda móvel elétrico de gelados, para circular em praias e praças. K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

eST faz Dia AbertoSeTúBAL

6 O Dia Aberto da Escola Su-perior de Tecnologia de Setúbal decorre a 18 de Junho, das 10 às 17 horas. A iniciativa destina-se à população em geral e tem como objectivo aproximar a es-cola da comunidade envolven-te e divulgar as suas áreas de actuação, bem como promover o debate sobre o mercado de trabalho na área das engenha-rias. “Parece-nos importante dar a conhecer junto da comunida-

de envolvente as actividades que desenvolvemos e promover o debate sobre a importância da engenharia na sociedade, abor-dando este ano a questão da empregabilidade”, explica a or-ganização. Durante o dia os par-ticipantes têm acesso a diversas actividades, como o Simulador de voo, Jogos de Engenho, Ate-liers e Laboratórios abertos à co-munidade e Espaço de divulga-ção da oferta formativa. K

Setúbal em altaASSociAção europeiA De uNiverSiDADeS AvALiA

6 O Instituto Politécnico de Setúbal esteve em processo de avaliação internacional de 24 a 29 de Maio, por parte da Associação Europeia de Universidades. No fi-nal da visita, a equipa apresentou oralmente os resultados prelimi-nares da avaliação, os quais são indicativos do desenvolvimento do IPS de acordo com a missão e os objectivos traçados nos seus documentos estratégicos. Para o presidente do IPS, Armando Pires, “ a avaliação internacional cons-titui um marco muito importante na estratégia de afirmação da qualidade do Instituto no plano nacional e internacional”.

As avaliações da EUA foram feitas com base num relatório de auto-avaliação institucional e em reuniões com membros da direc-ção do IPS e das suas Escolas Su-periores, com representantes dos

estudantes e ainda com parcei-ros externos, tendo como grande objectivo verificar a capacidade que as instituições têm de definir uma estratégia institucional, de a implementar e de a avaliar.

O Programa de Avaliação Ins-titucional da EUA visa melhorar as práticas de gestão e os pro-cedimentos para a garantia da qualidade da instituição. A ava-liação é realizada do ponto de

vista da própria instituição de forma a garantir por parte dos avaliadores uma boa compre-ensão do contexto institucional que lhes permita fazer recomen-dações com vista a aumentar a eficácia dos processos de gestão interna e os mecanismos de qua-lidade. É pois formativa e orien-tada para o futuro já que coloca a ênfase no desenvolvimento da instituição. K

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JUNHO 2011 /// 017

Beja com ideias inovadorasipB

6 Dois projectos, com origem no Instituto Poli-técnico de Beja (IPBeja), participaram, no concurso Movimento Milénio, uma iniciativa do jornal Expres-so que procura respostas para o futuro de Portugal em quatro grandes áreas: Democracia, Negócios, Ci-dades e Consumo.

Ambos os projec-

tos com base no IPBeja, “Plante uma horta sem sair de casa” e “Uma apli-cação para quem sofre de Alzheimer”, estão a con-curso na categoria Negó-cios.

O primeiro projecto, da responsabilidade do do-cente Luís Luz, dos alunos André Mira, Nelson Lopes, Raúl Santos, Rodrigo Filipe

curSo De iNGLêSeM BeJA

T O Instituto Poli-técnico de Beja (IPBeja), através do Centro de Lín-guas e Culturas (CLC-IP-Beja), vai abrir um curso intensivo de inglês, para jovens entre os 13 e os 18 anos, que decorrerá de 20 de Junho a 22 de Julho nas instalações do IPBeja.

O curso, com a dura-ção de 30 horas, tem as inscrições abertas até ao próximo dia 6 de Junho. As aulas decorrerão às se-gundas, quartas e quintas-feiras, das 18 às 20h.

Os interessados poderão fazer a sua in-scrição para o endereço de correio electrónico do CLC –IPBeja: [email protected]

A propina do curso é de 80 euros para filhos de funcionários docentes e não docentes do IPBeja e 100 euros para o público em geral. K

SeMiNário eM BeJA

T A Comissão Técnico – Científica e Pedagógica do Curso de Serviço do In-stituto Politécnico de Beja (IPBeja) realizou, no pas-sado dia 20 de Maio, um seminário “A Produção de Conhecimento em Serviço Social”. O evento, decor-reu no Auditório da Escola Superior de Educação (ESE) e teve como objectivos: promover a partilha de ex-periências de investigação em Serviço Social; Reflectir e debater a formação, a in-vestigação e a intervenção

em Serviço, Social; Contri-buir para a construção do conhecimento em Serviço Social. K

oFiciNADe MArkeTiNG

T O Instituto Politéc-nico de Beja (IPBeja) pro-moveu, no passado dia 31 de Maio, uma oficina de formação de Marketing. A iniciativa, da respon-sabilidade do IPBeja – Em-preendedorismo, estrutura do Centro de Transferência do Conhecimento (CTCo), destinou-se a todos os alunos do IPBeja, sendo a entrada gratuita. K

ALDeiA De quereNçA

T A Fundação Manuel Viegas Guerreiro está a se-leccionar, até 9 de Junho, licenciados e/ou mestres de cursos ministrados pela Uni-versidade do Algarve, nas áreas de Agronomia, Biotec-nologia, Design, Marketing e Comunicação, Turismo (Animação Turística), Eco-nomia ou Gestão de Em-presas, Ambiente (En-genharia do Ambiente ou Biologia) e Arquitectura Paisagista, para integra-ram, como participantes, a equipa de projecto-piloto “Da Teoria à Acção – Em-preender o Mundo Rural” que visa procurar soluções para revitalizar a zona da freguesia de Querença no concelho de Loulé. Os par-ticipantes deverão envolv-er-se na vida da aldeia e da freguesia. K

e Tiago Nunes, de Engen-haria Agronómica, e dos alunos Sara Biscaia e João Cavalaria, de Engenharia do Ambiente, apresenta uma ideia inovadora de aluguer de hortas à dis-tância e gestão da mesma a partir da internet.

O segundo, dos alunos Fábio Carreto e Ricardo Valadas, de Engenharia

Informática, propõe criar uma aplicação para dis-positivos móveis, espe-cialmente pensada para apoiar os doentes de Al-zheimer: uma memória auxiliar sempre à mão, com exercícios, agenda, lembretes, sistema de localização em caso de emergência, entre outras funcionalidades. K

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018 /// JUNHO 2011

publicidade

o Dia do civilpoLiTécNico De viSeu

6 O Departamento de En-genharia Civil da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu acaba de organizar uma nova ed-ição do Dia do DEC, um evento anual de promoção e abertura do Departamento de Engenharia Civil à comunidade, designadamente alunos e ex-alunos da escola, téc-nicos e profissionais do sector da construção.

Para esta edição o tema es-colhido foi Escavações em Am-biente Urbano. A abertura do evento esteve a cargo de José Costa, vice-presidente da in-stituição, José Alberto Ferreira (presidente da escola) e de

Paulo Costeira (director do De-partamento).

A primeira apresentação es-teve a cargo de Topa Gomes (pro-fessor auxiliar na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto), que utilizou algumas ob-ras da construção do Metro do Porto como exemplos brilhantes da utilização de poços elípticos em escavações.

Seguidamente, João Falcão, presidente do Conselho de Ad-ministração da empresa Tecnasol FGE - Fundações e Geotecnia, S.A., mostrou como a utilização das mais recentes tecnologias geotéc-nicas permitiram ultrapassar vários

problemas associados à reabilita-ção do túnel do Rossio, em Lisboa.

Já durante a tarde, Jorge Almei-da e Sousa (professor Auxiliar na Faculdade de Ciências e Tecnolo-gia da Universidade de Coimbra), abordou as diferentes abordagens no que respeita ao projecto de tú-neis em meios urbanos.

A última apresentação esteve a cargo de Paulo Natário, direc-tor geral da empresa Rodio Portu-gal, S.A.. A sua larga experiência de obra permitiu-lhe mostrar o estado da arte relativamente às diversas soluções existentes para a execução de obras geotécnicas em ambiente urbano. K

Sabor dos Trópicos eSpecTácuLo eM viSeu

6 O Núcleo de Apoio ao Es-tudante Estrangeiro do Espaço Lusófono do Instituto Politécnico de Viseu acaba de organizar um espectáculo denominado Ao Sabor dos Trópicos, aberto a toda a co-munidade académica e sociedade envolvente, que englobou as ver-tentes de Poesia, Prosa, Música, Teatro e Dança.

Aos presentes foi proporcio-nada uma simbólica degustação de iguarias lusófonas. A Poesia e o Teatro chegaram pela mão do

Teatro da Academia, com textos de Vinicius de Moraes, Olinda Beja, Luandino Vieira, Agostinho Neto, José Eduardo Agualusa, Corsino Fortes, José Craveirinha, Fernando Sylvan, Crisódio Araújo, Luís Mourão, Eduardo Boal, Eugé-nio de Andrade, Chico Buarque, Manuel Bandeira.

A Prosa foi verbalizada por Leandro Carlos, aluno angolano da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu. A palavra de Paulo Santos, irreverente e repleta

de técnicas narrativas, retratou-nos o “Zépovito”, vivência diária de um vulgar cidadão angolano, em Luanda ou em qualquer outra parte do território.

João Pedro Simões, um dos 15 finalistas do concurso Operação Triunfo, foi o portador da Música com Tarde Demais, o seu primeiro trabalho discográfico e inteira-mente de sua autoria. A dança esteve a cargo de três grupos de Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. K

eSALD FAzANiverSário

T A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) do IPCB comemorou, dia 7 de Junho, o seu 63º Aniversário como Escola de Enfermagem e 10 anos como Escola Superior. A cerimónia deste ano foi dedicada ao tema “Envel-hecimento Activo e Saudável”. Do programa científico constaram duas conferências, uma proferida por Alexandre Castro Caldas, di-rector do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica, sobre a «Plasticidade Cerebral ao longo da vida», e outra por Te-resa Almeida Pinto, Presidente da Associação VIDA, sobre «Cidades Amigas dos Idosos», cujo projec-to coordena. A cerimónia incluiu ainda a entrega dos diplomas aos finalistas da Pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação e a entrega do Prémio ao Melhor Trabalho «Con-ceitos de Saúde: a sua repre-sentação artística», apresentado pelas Escolas Secundárias. K M23 eM TorreS NovAS

T A Escola Superior de Edu-cação de Torres Novas promove o Concurso Especial Maiores de 23 anos, destinado a candidatos com idade igual ou superior a 23 anos, e terão que realizar prova escrita de Português (carácter obrigatório) e Cultura Geral ou Matemática (carácter facultativo). As inscrições terminam a 8 de Julho e podem ser feitas na sec-retaria. As provas decorrem entre 18 a 22 de Julho de 2011. K

viSeu Dá préMio eM civiL

T O prémio melhor aluno de Engenharia Civil do Departamen-to de Engenharia Civil da Estg de Viseu, edição de 2009-2010, foi

atribuído à ex-aluna Mariline Pai-va Silva. O Prémio anual, designa-do por “Prémio melhor aluno de Engenharia Civil do DEC”, tem por objectivo agraciar, em cada ano lectivo, o recém-finalista do Cur-so de Licenciatura em Engenharia Civil da ESTGV que tenha obtido a maior classificação média fi-nal. O Prémio é constituído por duas componentes: um objecto simbólico do acto e um estágio patrocinado pela empresa Rosas Construtores, SA. K

curSo De verãoNA eSecB

T A Escola Superior de Educa-ção de Castelo Branco vai avançar com cursos de Verão, na área das línguas. Assim serão ministrados os cursos de Língua e Literatura Espanhola (Nível B1), Learn Eng-lish through Children’s Books (B1 level) e Fun+English+Kids (8-10 anos) e Fun+English+Kids (11-12). As inscrições devem ser fei-tas na Escola Superior de Educa-ção de Castelo Branco. K

ALuNoS DA AppAcDM coNviveM eM viANA

TAs crianças da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Vi-ana do Castelo - usufruíram de uma actividade de “eco-canyon-ing”, um desporto radical que conquistou, desta vez, um papel adicional aos vários que já des-empenha na sua função, o de se assumir como acção de “turismo educacional”. “A iniciativa foi um sucesso”, revela Pedro Bezerra, coordenador da Licenciatura em Desporto e Lazer do Instituto Poli-técnico de Viana do Castelo. K

JUNHO 2011 /// 019

Leiria ganha maispréMioS DeSporTo SAS-ipL 2011

6 O Instituto Politécnico de Leiria as-sinalou o final da época desportiva com a organização de uma iniciativa onde distinguiu e homenageou os seus estu-dantes-atletas. Este ano, aquela que era conhecida como Gala de Desporto IPL, or-ganizada pelos Serviços de Acção Social, passou a ser denominada por Prémios Desporto SAS-IPL, tornando a iniciativa

mais informal e mais próxima dos seus desportistas.

Nuno Mangas, presidente do IPL, lan-çou o repto: “vocês que elevam o nome do Instituto, que se empenham no que fazem, tragam os vossos colegas, amigos e conhecidos, façam com que o deporto do IPL continue a crescer cada vez mais”.

Entre os presentes nesta iniciativa es-

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tiveram o Presidente do IPL, Administra-dor dos SAS, Directores das Escolas, Presi-dentes e Representantes das Associações de Estudantes, Presidente da Federação Académica de Leiria, Presidente da Fed-eração Académica de Desporto Universi-tário (Fadu), o responsável pelos serviços médicos do IPL, bem como, os atletas das cinco Escolas do Instituto. K

concurso de bandasna universia

No Ar

6 O concurso de bandas universitárias do Universia decorre até ao dia 15 de Julho em http://urock.universia.pt e conta este ano com a parceria do Hard Rock Cafe e da CidadeFM e novos jurados: Ana Hernandez – Managing Di-rector da Universal Portugal, Joaquim Fonseca – Music Manager da agência Glam e, Flávio Se-queira - Music Director da Cidade FM. Os ven-cedores terão a oportunidade de tocar ao vivo no Hard Rock Cafe Lisboa, e participar numa competição internacional, onde poderão ga-nhar um prémio de 3.000 euros. Em 2010, os “Meu e Teu” foram a banda vencedora do U>Rock, com o tema “Erros Estratégicos”. A banda prepara neste momento o lançamento do primeiro álbum intitulado “Aquela Cidade” e vão actuar ao vivo no Hard Rock Cafe Lisboa dia 5 de Junho. Para participar é necessário que todos os membros tenham mais de 18 anos e que pelo menos um destes esteja a frequentar um curso universitário. Além dis-so, as bandas não podem ter nenhum álbum publicado (à excepção dos auto-editados) e/ou contrato discográfico ou editorial em vigor. O estilo de música limita-se ao pop-rock e é imprescindível ter um repertório próprio míni-mo de pelo menos 25 minutos de duração. K

020 /// JUNHO 2011

projeto “Folclore português no Jardim de infância”

JArDiM De iNFÂNciA oGá-MiTá

6 Este projeto nasceu na Escola “Oga Mitá”, denominação indígena para “Casa da Criança”. A Escola está sediada na cidade do Porto e assume uma filosofia pedagógica que promove a interculturalidade, alicer-çada no respeito pelos valores e costumes de todas as culturas, nomeadamente pelas tradições e pelo folclore do País de origem dos nossos alunos.

O património cultural de Portugal consti-tui um elemento muito importante da sua identidade, que merece ser preservado e vivido. Permitir aos nossos alunos o contato com a tradição musical, os contos que têm passado oralmente de geração em geração, a gastronomia, as manifestações festivas, os elementos etnográficos é uma forma de os aproximar da sua identidade de grupo enquanto País com história e, sobretudo, um meio para aproximar gerações e outras formas de ver e entender o mundo. Afinal, a tradição não é estática mas, dinâmica, adapta-se aos tempos e necessariamente se transforma.

A turma mista de 4/5 anos, depois de ter

“investigado” sobre várias culturas de out-ros continentes, durante o decorrer deste ano letivo, decidiu voltar ao continente eu-ropeu. Agora que já traziam na “bagagem” muitas curiosidades sobre outras “para-gens” quiseram saber mais sobre o próprio País, nomeadamente sobre a zona norte. Afinal o que é típico do norte de Portugal?

Ao investigar descobriram uma música/dança tradicional do Minho e Douro – “O Regadinho”, que acharam muito interes-sante. Quiseram aprender a cantá-la e a dançar e convidaram a Professora Márcia, de Música para apoiar esta aprendizagem. Depois de trabalharem com a Professora de Música e com as educadoras Paula e Joana tiveram uma ideia! Era interessante mostrar aos pais esta nova competência “artística” e dar-lhes, assim, a conhecer um aspeto típico do folclore português. Assim, surgiu a sugestão de convidar os pais para almoçar connosco. O entusiasmo foi tal, que decidi-ram também preparar acessórios para que o momento de apresentação da dança con-templasse outros pormenores importantes

no que diz respeito aos trajes típicos. De acordo com a pesquisa que as crianças con-cluíram (através da consulta a livros, à in-ternet e a entrevistas aos avós), resolveram fazer e decorar um lenço para adornar a ca-beça das meninas e fazer e decorar faixas para os meninos colocarem na cintura.

No grande dia, chegaram os pais muito curiosos pois no convite enviado não estava identificado o espetáculo, apenas a referên-cia a uma surpresa.

A apresentação de dança pelas crianças

foi divertidíssima, um prazer absoluto para elas, para os pais e para a equipa da Escola!

E pelo apoio da prática artística e ped-agógica se contribuiu para a promoção do conhecimento e do respeito das nossas tradições.

Equipa Oga Mitá – Turma 4/5 anos (2010/2011). K

Leonarda Lopes _Andreia Gonçalves _

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

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JUNHO 2011 /// 021

6 Um em cada quatro alunos residentes em Londres é quase analfabeto funcional quando deixa o ensino primário, revela um estu-do divulgado no final de Maio pela imprensa britânica.

O estudo, publicado pelo diário vespertino londrino Evening Stan-dard, revela também que um em cada cinco estudantes sai do ensi-no secundário sem conhecimentos suficientes de leitura e de escrita, situação que abrange igualmente um milhão de profissionais adul-tos que trabalham na capital bri-tânica.

A nível nacional, cinco por

cento dos adultos ingleses têm um nível de alfabetização equiva-lente a uma criança de sete anos ou menos idade, indica o estudo, da responsabilidade da investiga-dora-chefe da fundação pública National Literacy Trust, Christina Clark.

A investigação envolveu 18 mil estudantes de 111 escolas britâni-cas.

Perto de 40 por cento das crianças de 11 anos que comple-tam o ensino primário e transitam para o secundário têm níveis de alfabetização que correspondem normalmente aos escalões etários

entre os seis e os nove anos.O estudo indicou também que

uma em cada três crianças resi-dentes em Londres não têm em casa qualquer livro, mas 85 por cento dos menores com idades compreendidas entre os oito e os 15 anos possuem uma consola de jogos e perto de 81 por cento têm telemóvel.

O problema do analfabetismo infantil é particularmente signifi-cativo em Londres porque, entre outros aspectos, existem muitas crianças originárias de famílias de imigrantes que apreendem o inglês como o segundo idioma. K

Londres em estado de alertauM eM quATro ALuNoS São ANALFABeToS FuNcioNAiS

6 A Câmara de Castelo Bran-co, os agrupamentos e escolas do concelho, a rede de bibliotecas escolares e a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) acabam de assinar um protocolo de coope-ração com vista ao desenvolvimento de actividades comuns. A criação de um portal na internet comum às bi-bliotecas escolares do concelho e à biblioteca municipal é um dos ob-jectivos do acordo.

Esse portal, assegura Carla Fer-nandes, da DREC, apresentará um

catálogo colectivo das bibliotecas escolares e municipal do concelho de Castelo Branco. “Queremos pro-mover o desenvolvimento de re-des de informação comuns”, disse aquela responsável.

O objectivo do acordo passa por colocar a trabalhar em rede todas as bibliotecas escolares do concelho e a biblioteca municipal, no sentido de se promover uma melhor gestão dos recursos.

Joaquim Morão, presidente da autarquia, reforçou a ideia de se

“terem que rentabilizar os recur-sos existentes. Temos que articu-lar as bibliotecas das escolas com a municipal, de forma a que os equipamentos permitam o desen-volvimento de acções conjuntas. A situação do país obriga a que haja mais concentração e rentabilização dos meios disponíveis”.

Castelo Branco possui uma das mais modernas municipais do país, e um parque escolar que o Ministé-rio da Educação já classificou como de excelência. K

Bibliotecas ganham portalDrec ASSiNA AcorDo

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castelo Branco de ouro e prata

ANo iNTerNAcioNAL DA quíMicA 2011

6 O Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco acaba de conquistar o primeiro e o se-gundo lugares no Concurso “Ma-rie Curie, uma mulher pioneira na investigação científica”, pro-movido pela Ano Internacional da Química 2011 e pela Universi-dade da Beira Interior. Na inicia-tiva participaram 64 equipas de escolas de vários distritos.

A equipa vencedora, cons-tituída pelas alunas Margarida Matos, Maria do Carmo Loureiro e Patrícia Afonso, produziu um filme sobre a vida e obra de Ma-rie Curie. Na segunda posição ficou a equipa composta pelas alunas Beatriz Coelho, Madalena Antunes e Mariana David, que

também produziu um pequeno documentário televisivo sobre Marie Curie. As duas equipas foram coordenadas pela docen-te Florinda Baptista e apoiadas na produção dos conteúdos pela docente Teresa Condeixa. Os tra-balhos vencedores serão divul-gados no Boletim da Sociedade Portuguesa de Química.

Este prémio vem juntar-se a outros já obtidos nos últimos anos pelo grupo disciplinar de Físico-Química, como os vários primeiros lugares nas Olimpíadas da Química Júnior (fase regio-nal). Já este ano obtiveram um sexto lugar nas finais nacionais das Olimpíadas da Química, que decorreram em Vila Real. K

www.ensino.eu

022 /// JUNHO 2011

universidad de la experienciacróNicA SALAMANcA

6 Lo que comentamos era impensable hace una generación, y desde luego un sueño en toda la historia precedente. Hablamos de la presencia de personas ma-yores en las aulas universitarias, de hombres y mujeres ya jubila-dos que se matriculan y siguen un programa formativo específi-co, pensado para ellos, con plan de estudios, actividades comple-mentarias, horarios, profesores universitarios.

La participación aislada de al-gún jubilado, o persona de más de 55 años, matriculada en una carrera determinada de régimen regular, era hasta nuestros días un hecho puntual y raro, pero se producía. Era exótico ver convivir en un curso de Historia del Arte, por ejemplo, a un señor de 60 años con jóvenes en su mayoría de 20 años. Hoy no lo es tanto, y se sigue produciendo. No es un fenómeno masivo, pero es cada vez más habitual observar que personas ya jubiladas se matri-culan en una licenciatura de he-breo, historia o filología hispáni-ca, empresariales o derecho, por citar sólo alguna de las situacio-nes que conocemos.

Es más, la ley contempla en España programas de acceso a la universidad para mayores de 25 años, para mayores de 45 años, con pruebas diferenciadas, y donde el factor experiencia la-boral comienza a ser reconocido con un valor añadido de carácter formativo. Por lo tanto, comien-za a ser cada vez más habitual encontrar en las aulas universi-tarias a personas de cierta edad compartiendo esfuerzos y estu-dio con otros compañeros mucho más jóvenes.

Este fenómeno, que es uni-versal, es consecuencia de varios factores, que ahora no explica-mos con calma. Pero uno de ellos,

sin duda, viene con el cambio tan profundo que se produce en las concepciones sobre la posibilidad de aprender a lo largo de la vida (long life learning). Hace un par de generaciones era frecuente leer manuales de Pedagogía (que se conservan en las bibliotecas) donde se defendía que el proce-so educativo prácticamente con-cluía hacia los 20 años, o que se reducía a los años de infancia y juventud. Hoy sabemos bien que las neuronas se renuevan, y que podemos aprender siempre que dispongamos de capacidad bioló-gica para ello, y se den las con-diciones sociales y pedagógicas oportunas.

Pero nos referimos ahora más en concreto a las Universi-dades de la Experiencia, que se ha convertido en nuestras so-ciedades avanzadas en uno de los fenómenos educativos más destacados de nuestro tiempo, y en todo el mundo. Es cierto que con variantes, y no con una sola modalidad de universidad de la experiencia.

Entre nosotros ha nacido en la última década del siglo XX, y ha alcanzado a día de hoy un espec-tacular dinamismo. La gran ma-yoría de nuestras universidades cuenta con un programa de “Uni-versidad de la experiencia”, y se ha convertido en un referente de las personas de más de 55 años (algunos han llegado a participar con 90 años).

Además de la explicación de tipo pedagógico que menciona-mos antes, hay que contemplar aquí el hecho colectivo de la ju-bilación de las personas en muy buenas condiciones físicas, o con calidad de vida, y a la nu-merosa presencia de hombres y mujeres en edad longeva. Hay que referirse a jubilaciones ma-sivas, incluso prejubilaciones, a

un fuerte peso demográfico de este sector, a intereses políticos en atender convenientemente a estas personas por razones evi-dentes. Es decir, se ha producido la confluencia de diferentes cir-cunstancias que han facilitado la aparición y continuidad de pro-gramas educativos de atención a personas mayores, con cierta salud y disponibilidad de tiem-po libre, y desde luego ganas de aprender y relacionarse.

¿Qué buscan y encuentran las personas mayores en un progra-ma como el de la Universidad de la Experiencia? Muchos tratan de mejorar su nivel cultural medio, puesto que no tuvieron la opor-tunidad de disfrutar del bene-ficio de una formación reglada prolongada cuando eran niños o jóvenes. Muchos desean mante-ner vivas sus neuronas y conti-nuar aprendiendo, mantenerse intelectualmente activos. Otros desean también socializarse, en-contrar o cultivar nuevas relacio-nes a través de la cultura y las aulas, salir de casa, participar en actividades complementarias. La gama de situaciones es amplia, y existen razones para todos los gustos, todas ellas legítimas.

Estamos hablando de miles de personas que en toda España vienen participando en progra-mas de educación de personas mayores que cada universidad organiza, si bien todas cuentan con pautas pedagógicas y orga-nizativas que se aproximan. Ha-blamos de decenas de sedes de universidades de la experiencia (solamente en la Universidad de Salamanca recordamos las de Avila, Arévalo, Zamora, Benaven-te, Toro, Béjar, Ciudad Rodrigo y Salamanca), que funcionan coor-dinadas, y que a su vez lo hacen con otras universidades de la re-gión.

Además del apoyo académico que proporciona cada universi-dad (profesores, gestión acadé-mica y locales de celebración), este programa suele ser apoyado económicamente por los gobier-nos de las Comunidades Autóno-mas. La razón no es otra que la rentabilidad social y política que obtienen, además del indudable interés ciudadano y educativo que puede suscitar el que se puedan dedicar fondos públicos a personas de todo tipo y condi-ción social mayores de 55 años. Para ello cuentan con el apoyo y el soporte técnico de las univer-sidades.

Podemos preguntarnos si se trata de un fenómeno aislado y específico de España, para res-ponder de inmediato que no, que forma parte de ese contexto pedagógico y social propio de las sociedades más desarrolladas de todo el mundo.

Lo evidente es que las uni-versidades han dejado de ser instituciones que sólo acogen a jóvenes, al menos en su dimen-sión docente. Los mayores van y vienen por los pasillos de las fa-cultades , o son reconocidos con derechos sociales y culturales de tercera generación. K

José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca

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La ingeniería MedioambientaluNiverSiDAD De SALAMANcA

6 La Fundación Parque Cientí-fico de la Universidad de Salaman-ca ha suscrito un convenio con Natur Futura en la mañana de hoy en el Rectorado por el cual la em-presa queda vinculada a la Incuba-dora del Parque. En la firma estu-vieron presentes la vicerrectora de Investigación, Mª Ángeles Serrano, el gerente del Parque, José Miguel Sánchez Llorente, y los fundadores de la compañía, Ana María Serrano Martín y Antonio José Zúñiga.

Natur Futura es una joven firma del ámbito de la ingeniería medioambiental creada en el 2010 de la mano de dos jóvenes em-prendedores, Ana María Serrano, ingeniero técnico agrícola, y Anto-nio José Zúñiga, técnico superior en gestión y organización de re-cursos naturales y paisajísticos. Asimismo, el proyecto se consti-tuye apoyado por la Universidad de Salamanca a través del Plan Galileo y con el ánimo de man-

tener la vinculación con las áreas de investigación de la entidad aca-démica negoció su instalación en el Parque.

La entidad se ubicará en uno de los laboratorios especializa-dos de la Incubadora del Parque Científico, una vez se inaugure esta infraestructura. “El prestigio, las instalaciones y las posibles sinergias con otras empresas del sector han sido los factores claves que han decido a Natur Futura a

asociarse al Parque”, según afirma su cofundadora Ana María Serrano Martín.

La actividad de Natur Futura se centra en la búsqueda de méto-dos innovadores con los que op-timizar, desde el respeto al medio ambiente y a las personas, los re-sultados del cliente. Sus servicios se desarrollan en cuatro áreas básicas: medio ambiente, sector agropecuario, sector forestal y sanidad ambiental. K

JUNHO 2011 /// 023

A escola e a iliteracia digitaleDiToriAL

7 A escola continua a ser o lugar mais privilegiado para a di-vulgação e a utilização didáctica e crítica das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC).

Por isso mesmo, torna-se im-prescindível que os docentes se-jam formados e motivados para uso dessas novas tecnologias, concebendo-as como instrumen-tos que devem interagir com os projectos pedagógicos a desen-volver com os alunos.

Todavia, é importante recon-hecer que, apesar da assumida necessidade de incluir todas as novas tecnologias no processo ed-ucativo, uma boa escola continua a ser o que sempre foi: um espaço em que aprendentes e educado-res se encontram, num ambiente que estimula a auto estima e o desenvolvimento pessoal e que oferece janelas de oportunidade para o sucesso num mundo que gira em contra ciclo, ao promover o egoísmo, o individualismo e a concorrência desregrada.

É que não há nenhuma solução tecnológica que seja capaz de in-

duzir o milagre de transformar um espaço pobre em relações huma-nas num lugar interessante e ad-equado para gerar a construção de um cidadão com sólidos va-lores morais e com uma ética de respeito para com os princípios da democracia e do humanismo.

Vivemos num novo milénio que pretende reconfigurar a socie-dade, atribuindo-lhe um novo for-mato centrado em novas formas de receber e transmitir a infor-mação, o que implica uma busca interminável do conhecimento disponível. Para alcançar tal ob-jectivo, imputa-se à escola mais uma responsabilidade: a de con-tribuir significativamente para que se atinja o que se convencionou designar por analfabetismo digital zero. Para tal, a educação para a utilização das TIC precisa ser pla-neada desde o jardim-de-infân-cia. Sem preconceitos ou desne-cessárias coacções, sem substituir atabalhoadamente o analógico pelo digital, mas sim reforçando a capacidade cognitiva dos alunos e guiando a descoberta de novos horizontes.

Este novo movimento de rup-tura não deve representar a elimi-nação ou a fictícia substituição dos meios de comunicação de massa tradicionais. O que há de novo é a necessidade de fazer convergir todos esses meios num processo integral de formação do indivíduo, capacitando-o para descodificar as mensagens que lhe saltam em cada canto e cada esquina da so-ciedade do conhecimento.

Esse movimento deve ser ca-paz de preparar os jovens para serem leitores críticos e escritores aptos a desenvolver essas com-petências em qualquer dos meios suportados pelas diferentes tec-nologias. Hoje, não basta que o aluno só aprenda a ler e escrever textos na linguagem verbal. É ne-cessário que ele aprenda a “ler” e a “escrever” noutros meios, como o são a rádio, a televisão, os programas de multimédia, os pro-gramas de computador, as páginas da Internet e, até, o telemóvel…

Por tudo isso, as novas tecno-logias da informação e comunica-ção devem obrigar à alteração dos currículos escolares e a modifica-

ção da formação e actuação do professor, que se deve sentir ob-rigado a actualizar-se em relação às TIC, de forma a acompanhar a dinâmica de obtenção de informa-ção e de transformação desta em conhecimento. Nesse processo, a educação à distância assume-se como um indispensável comple-mento do ensino presencial, en-quanto modelo de comunicação educativa que permite superar distâncias e ampliar o acesso ao conhecimento.

Os jovens foram os primeiros a descobrir que as novas tecnologias da informação e da comunicação implicam inúmeras possibilidades de aprender. Para eles há muito que elas deixaram de ter um esta-tuto de menoridade e de simples auxiliar da apreensão do conhe-cimento. Os estudantes olham-nas como outras formas de aprender que implicam a mudança dos mo-dos de comunicação e dos modos de interação nos grupos de pares.

Importa, pois, ter consciên-cia que este novo mundo facilita o trabalho docente, mas também acrescenta angústia e complica a

vida do professor. Este, para além de necessitar possuir um conheci-mento específico da área científica que lecciona, deverá também ser capaz de identificar nas tecnolo-gias digitais as múltiplas lingua-gens favorecedoras da apreensão da realidade.

Não é fácil, mas é esta é a con-tribuição que as novas tecnologias podem oferecer para a consolida-ção de um mundo mais solidário, desde que a sociedade o queira integrar de uma forma crítica e eticamente incontestável. K

João ruivo [email protected]

o que pode mudar no superior…priMeirA coLuNA

7 As instituições de ensino superior portuguesas preparam-se para enfrentar um dos seus maiores desafios dos tempos recentes : melhorar os seus in-dicadores de qualidade em áreas como a investigação, a interna-cionalização, a formação inicial e pós-graduada, ou a implementa-ção efectiva do Processo de Bolo-nha. Desafios que terão que ser desenvolvidos e alcançados num clima de dificuldades económi-cas, pelo que também caberá às instituições saberem gerar recur-sos financeiros próprios para o seu melhor funcionamento.

O novo Governo liderado por Passos Coelho deve incentivar as próprias instituições fazê-lo. No seu programa eleitoral, o PSD aborda alguns pontos que mere-cem dos agentes educativos algu-ma reflexão. Numa primeira linha surge a adaptação do processo

de Bolonha às reais necessidades do País e da economia global, no sentido de promover uma maior empregabilidade no final do 1º ci-clo de formação; e adaptação da própria carreira docente a esses mesmos objectivos. Na genera-lidade das instituições de ensino superior, os cursos já estão adap-tados, mas falta alterar procedi-mentos, não só junto dos alunos, mas e, sobretudo, junto da classe docente, promovendo uma maior interacção entre quem ensina e quem aprende.

Passos Coelho pretende tam-bém evitar a duplicação de ofer-tas formativas. Mas pretende fazê-lo “dando primazia às insti-tuições de referência e especia-lizando instituições com menor massa crítica a nível nacional”. Uma opção que certamente vai ter que ser discutida e analisa-da, até porque não é em 20 ou

30 anos que se criam instituições de referência, e porque o desen-volvimento do país e o acesso ao saber e ao ensino superior não deve ser colocado em risco, sobretudo no interior do país. O ensino superior é responsável pelo maior avanço que essas re-giões alguma vez tiveram. Permi-tiram fixar quadros qualificados, criar novas empresas e, acima de tudo, garantiram o acesso ao saber que antes estava vedado a quem tinha dinheiro ou estava perto das poucas universidades que existiam. E dinheiro é que vai começar a faltar às famílias portuguesas.

Outra das propostas de Pas-sos Coelho vai no sentido de “promover a mobilidade interna e externa de docentes, com o ob-jectivo de incentivar a mudança e a fixação para novas zonas de ensino superior”.

No financiamento das insti-tuições poderão surgir mudanças importantes. O programa eleitoral do PSD prevê a atribuição de do-tações para a investigação básica limitada a certas instituições; e dotações para investigação apli-cada limitada com “Match Fun-ding” (jogos de financiamento) de empresas e associações sec-toriais. Mas prevê também a atri-buição de prémios para o nível de internacionalização (alunos e do-centes) e para a presença em lis-tas de referência internacionais. A empregabilidade dos cursos, a nível nacional e internacional, passará a ser outro factor a ter em conta, o mesmo sucederá com a ligação ao tecido empre-sarial.

É claro que estas são as pro-postas já tornadas públicas e que, necessariamente, deverão ser alvo de um amplo debate

com as instituições. As dificul-dades que o País atravessa co-locam mais responsabilidade a quem decide, mas não devem constituir uma desculpa para que se decida mal e se coloque em risco a coesão nacional e o livre acesso ao saber. Portugal deve saber potenciar-se como um todo, e não apenas como uma parte. Só assim teremos um país competitivo e desenvolvido, apoiado num ensino superior de qualidade…K

João carrega [email protected]

024 /// JUNHO 2011

configuração actual da redereorDeNAMeNTo DA reDe Do eNSiNo Superior

7 Durante a primeira déca-da de 2000, o ensino superior privado foi perdendo terreno, em consequência da diminuição do número de candidatos e do crescimento de vagas no ensino público. É durante este período que se assiste ao encerramento de inúmeras instituições priva-das. Com a integração, a partir de 2001, das Escolas Superiores de Enfermagem e de Tecnologias da Saúde nos Institutos Superiores Politécnicos ou nas Universida-des (casos em que não existiam institutos) e a sua consequente passagem a Escolas Superiores de Saúde, a rede de ensino supe-rior público vai-se consolidando e ganhando os contornos que actu-almente apresenta. Sob a tutela exclusiva do Ministério da Edu-cação (actualmente Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Su-perior), as escolas superiores de Lisboa, Porto e Coimbra, criadas em 2004, mantêm-se autónomas, passando a integrar as diferentes

escolas de enfermagem existen-tes em cada uma daquelas cida-des.

Actualmente, a rede é consti-tuída por 34 instituições de en-sino superior, repartidas por 13 universidades, 1 instituto univer-sitário (ISCTE), 15 institutos po-litécnicos e 5 escolas superiores autónomas.

O número de vagas dispo-nibilizado pelo sector público aumentou consideravelmente nesse período, correspondendo esse crescimento a 11,1% (2000 – 46.965; 2010 – 52.183). Contudo, esse crescimento não foi igual em todo o território, sendo mais acentuado no litoral, ou próxi-mo do litoral, em particular nos grandes centros urbanos, o que levou a uma perda do número de candidatos, e por consequência a uma diminuição do número de vagas, nas instituições do interior do país.

Tendo em conta a colocação por distritos e regiões autónomas

durante o período em referência, verificou-se uma redução da taxa de colocação na maioria dos dis-tritos do interior do país, à excep-ção dos distritos de Vila Real e de Castelo Branco. Todavia, o au-mento do número de candidatos colocados neste último distrito, resulta do crescimento verificado na Universidade da Beira Interior, que evoluiu de 658 em 2000, para 1176 em 2010. Já o Instituto Po-litécnico de Castelo Branco viu diminuir o número de candidatos colocados de 842, em 2000 para 662 no último ano.

Apesar das 53.410 vagas dis-ponibilizadas, na 1ª fase de can-didatura, em 2010, apenas 45.598 candidatos foram colocados e destes só 40.267 efectuaram a matrícula.

Sublinhe-se ainda que, da oferta formativa em 2010, consti-tuída por 586 cursos, 175 tiveram menos de 20 candidatos coloca-dos e, destes, a grande maioria (105), teve menos de 10.

Advirta-se, contudo, que de-pois das colocações das 2ª e 3ª fases e com o preenchimento das vagas sobrantes do regime geral pelos candidatos que possuam um curso de especialização tec-nológica (CET) e pelos maiores de 23 anos, o panorama do preen-chimento das vagas disponíveis melhora sensivelmente.

À forte concentração da ofer-ta nas instituições do litoral, ou perto deste, não será indiferente a ausência de uma política de re-distribuição harmoniosa e equili-brada de cursos e vagas, capaz de promover a mobilidade inter-na dos estudantes e assegurar o desenvolvimento económico e social de todo o território nacio-nal.

Pelo contrário, a tutela tem permitido que as instituições em que se verifica maior procura e preencham as vagas na 1ª fase do concurso, possam criar mais vagas para a 2ª fase. Esta situa-ção tem levado a que alunos ma-

triculados, na 1ª fase, em insti-tuições do interior do país sejam colocados noutras instituições, em prejuízo daquelas.

Apesar de, ao longo da última década, o crescimento do núme-ro de vagas no ensino politécnico ser mais acentuado relativamen-te ao ensino universitário e de ambos os subsistemas lecciona-rem actualmente a licenciatura e o mestrado, não é menos ver-dade que a taxa de preferência pelas instituições universitárias é de 66% (34.107) contra 34% (17.739) das instituições politéc-nicas. Sublinhe-se que em 2010 o peso da distribuição dos candida-tos colocados foi de 59% (26.925) no subsistema universitário e de 41% (18.673) no subsistema poli-técnico. K

Fonte: Sítio da internet da DGES (Direcção Geral do Ensino Superior)

Fernando raposo _

cartas desde la ilusión

cróNicA

7 Querido amigo:A lo largo de este mes he-

mos estado reflexionando, en nuestro centro, sobre el proble-ma del cambio de las personas como fundamento del cambio más amplio que tratamos de conseguir. Nuestra misión como educadores se basa en la pro-ducción del cambio, y, por eso, nunca debemos perder de vista que “la vida es cambio” y que debemos promover la dinámica del cambio allá donde actuemos.

Ahora bien, una de las con-diciones inexcusables para que lleguemos a producir el cambio es el desarrollo y promoción de la flexibilidad de las personas.

La flexibilidad personal se define como la capacidad de cada uno para adaptarse bien a las circunstancias en que vive, incluyendo las situaciones más problemáticas que le pueden so-brevenir. En otras palabras, po-dría decirse que se trata de la habilidad para manejar las difi-

cultades y los altibajos de la vida sin ser superada/o por ellos.

Entendida de esta manera, la flexibilidad se sitúa en el polo opuesto del estrés.

Nuestras ideas y reflexiones giraron en torno a la necesidad de promover la flexibilidad en nuestros alumnos, pero tam-bién, y de manera prioritaria, de promoverla en nosotros mismos, si es que realmente queremos constituir una comunidad de aprendizaje.

Como sabes, la comunidad de aprendizaje se basa, funda-mentalmente, en el sentido de la convivencia. Pero la convivencia no puede concebirse desde la rigidez y la intolerancia. En cam-bio, la flexibilidad, la tolerancia, el diálogo, el respeto por las per-sonas y por sus opiniones, etc., son los pilares sobre los que se asienta.

Como comunidad de apren-dizaje, estamos dispuestos a trabajar para conseguir un fun-

cionamiento lo más eficaz posi-ble. Esta disposición se basa en nuestra convicción de que la fle-xibilidad de las personas es un proceso que nos ha de llevar a una mejor adaptación de cara a la adversidad, a cualquier con-flicto o tragedia, a las amenazas e, incluso, a las fuentes signi-ficativas de estrés. Sólo desde nuestra capacidad de adaptación conseguiremos superar todos los obstáculos que, con seguridad, surgirán en nuestro propósito de convertirnos en una auténtica comunidad de aprendizaje.

Estamos convencidos de que esta apuesta por la flexibilidad personal, tanto de los profesores y demás miembros de la comu-nidad educativa, como de los alumnos, nos llevará a todos a conseguir un mejor estado de salud psicológica individual y co-lectiva. Sabemos que habrá mo-mentos duros que nos harán vi-vir experiencias difíciles. Pero la superación de estos momentos,

supondrá, sin duda, una mejora de nuestra calidad de vida tanto desde el punto de vista personal como profesional.

Por otra parte, hemos asumi-do que la flexibilidad no es un rasgo de las personas que se tiene o no se tiene, sino que im-plica comportamientos, pensa-mientos y acciones que pueden aprenderse y que cada uno pue-de desarrollar. Esto quiere decir que partimos del hecho de que todos tenemos que aportar lo mejor de nosotros mismos para conseguir nuestro propósito.

Por eso, nos hemos propues-to comenzar el próximo curso in-crustando en el curriculum edu-cativo un programa de desarrollo de la autoestima con la finali-dad de que todos aprendamos a descubrir nuestras fortalezas y debilidades y pongamos en marcha todos los mecanismos necesarios para obtener lo mejor de nosotros mismos y ponerlo a disposición de la comunidad de

aprendizaje.Como puedes ver, estamos

volviendo siempre sobre lo mis-mo: lo importante es la perso-na. Necesitamos, por tanto, re-convertir nuestra actuación y pasar de dar importancia a los contenidos a dar importancia al desarrollo de las personas.

Sabemos que es sencillo plantearlo, pero es difícil con-seguirlo. No obstante, nuestro ánimo está, en este momen-to, centrado en hacer que sea una realidad. No nos asusta el tiempo porque queremos cum-plir ese objetivo. Si no podemos hacerlo el próximo curso, segui-remos trabajando…

Como siempre, salud y feli-cidad. K

Juan A. castro posada [email protected]

JUNHO 2011 /// 025

Sidney Lumet, o desaparecimento de um homem lúcido

BocAS Do GALiNHeiro

7 Já a filmografia de Sidney Lumet me era familiar quando vi no pequeno écran o seu filme de estreia, “Twelve Angry Men” (12 Ho-mens em Fúria, 1957), uma inspi-rada adaptação da conhecida peça de Reginald Rose, que Franklin J. Schffner já tinha levado à televisão.

Aparentemente simples, à his-tória deste filme não será alheia a evolução do cinema deste prolífero realizador que, como muitos da sua geração se iniciou na então emer-gente televisão. Como escreveu Olivier-René Veillon no seu “Cinema Americano – Os anos Cinquenta”, “doze jurados, que representam aspectos diferentes da socieda-de norte-americana, encerram-se para deliberar, em suas almas e consciências, da culpabilidade ou inocência de um adolescente acu-sado de ter morto o pai. Notemos neste ponto que a parábola atinge a alegoria, pois o tema do parricídio associa-se intimamente à acusação de ‘actividades antiamericanas’, do crime contra a pátria, contra o pai severo, cuja punição consiste em obrigar os filhos a confessar publi-camente a sua falta…O espaço da

ficção estrutura-se assim em redor do isolamento de cada um dos ju-rados, que está confinado num mundo irredutível ao espaço fe-chado da peça e cujas dimensões contraditórias perpassam através da sala de deliberações. Os funda-mentos ideológicos da convicção de cada um deles decompõem-se gradualmente e gradualmente vão aflorando as razões de uma adesão que está inscrita mais na história do sujeito que no seu livre arbítrio. Lee J. Cobb representa, implicitamente, e depois explicitamente, a crise do rompimento com o filho, a paixão afectiva em que reside a sua paixão ideológica. O fulcro deste espaço ficcional é ocupado por um centro vazio, pela personagem encarnada por Jack Warden, cuja preocupação é não perder o jogo para o qual já comprou bilhete e que deseja aca-bar o mais rapidamente possível, seja por que maneira for, com o que, para ele, não passa de uma enorme maçada. Sentado no topo da mesa, em frente do presidente e à esquer-da de Henry Fonda, é ele o grau zero da consciência ideológica, o não-sujeito por excelência, o represen-

tante desse pântano sempre pronto a aliar-se à tendência dominante e que nas democracias como a norte-americana faz as maiorias. A sua decisão, a meio do filme, faz mudar a opinião dos jurados e permite que aqueles que estão convencidos por Henry Fonds e não acreditam na cul-pabilidade do réu constituam uma maioria. Se Jack Warden é o fulcro desta perfeita construção retórica, Henry Fonda é o seu arquitecto – e é efectivamente essa a profissão que na ficção ele tem – e os seus argu-mentos não são ideológicos, antes se situam no terreno dos factos e da sua verosimilhança intrínseca, para mostrar bem o fundamento ideoló-gico de toda e qualquer convicção, e particularmente daquelas que pare-cem as mais seguras. O formidável processo de intenções desencadea-do pelo senador McCarthy é assim denunciado no seu mais insidioso aspecto, que o faz aplicar a realida-des impalpáveis, puras suposições que encontraram nos meios do ci-nema umas vítimas antecipadamen-te designadas.”

Sidney Lumet aborda os mais variados géneros nos quais revela

a sua capacidade de encenação e de direcção de actores. Mas é no chamado filme negro, no drama social e no policial que o talento do realizador em descrever o com-plexo mundo suburbano e os seus ambientes marginais melhor se apreendem, através da criação de atmosferas carregadas de drama e de angústia.

Estão neste selecto grupo filmes como “Serpico” (1973) e “Um Dia de Cão” (1975), ambos com Al Pacino no protagonista, duas abordagens da problemática da violência e da actuação policial numa grande cida-de como Nova Iorque, filmada por Lumet vezes sem conta, “Escândalo na Televisão” (1976), uma sátira ao ponto a que a manipulação televisi-va pode chegar, que perdeu o Oscar para Rocky (God bless us, diria o outro), merendo no entanto a dupla de actores a estatueta dourada, Pe-ter Finch e Faye Dunaway, “O Vere-dicto” (1982), um filme na linha do tradicional filme de tribunal onde se destaca a interpretação, do nome-ado para o Oscar, Paul Newman ou uma incursão pelo mundo de Aga-tha Christie em “Um Crime no Ex-

presso do Oriente” (1974), com um elenco de luxo onde sobressaem Lauren Bacall, Ingrid Bergman, Sean Connery, Anthony Perkins e Albert Finney como Poirot. Em 2007 dirigiu o seu último filme “Antes que o Dia-bo Saiba que Morreste”, com Philip Seymour Hoffman e Ethan Hawke.

Numa filmografia extensa, de quase 50 filmes, muitos são os que ficam por citar e que decerto mereciam. Segundo o crítico David Thomson, Lumet “consegue extrair performances poderosas dos acto-res principais e foi uma das figuras mais importantes da cena cinema-tográfica de Nova Iorque”. Apesar de quatro nomeações para o Oscar de melhor realizador, nunca me-receu a atenção da Academia que lhe atribuiu um Oscar honorífico em 2005 o qual mereceu o seguinte co-mentário do director:” eu sempre quis uma coisa destas. Raios vos partam eu merecia!”.

Sidney Lumet morreu no passa-do dia 9 de Abril, em Nova Iorque. Tinha 86 anos. K

Luís Dinis rosa _Joaquim cabeças _

crónica de uma derrota anunciada

opiNião

7 Escrevo esta crónica na vés-pera de saber quem irá perder as eleições para a Assembleia da Re-pública, que será lida após saber-mos todos quem as ganhou.

Quando de tal me deram conta (da saída iminente deste número do Magazine), brincava eu, escre-vendo estes versos, cantando o desencanto:

O BELISCOO obelisco foi finalmente re-

movidodo rim direito do escrutinado

ministro.Contas feitas – o que, por aca-

so, duvido –valeu a pena mas não valeu

o risco.

Para quem era tão duro de ouvido,

por se lhe ter suicidado o bi-cho,

do clamor não deu pelo ruídoe agora vai-se por apenas um

belisco.

Então não tem outro rim, o ministro?

É surdo? Deixa, nós tratamos disto!

Emerjo assim do calor eferves-cente da campanha para pouco mais do que pedir tremoços. É a vida.

Os protagonistas, aqueles que querem ser aquilo para o qual não estão a concorrer, não falam para quem os escuta. Falam como se ambos estivessem ao telefone em diálogo de surdos ou como dois intervenientes numa partida de ténis, alternando o volar conforme vai decorrendo o jogo.

Ouve já de tudo: os gatos ar-ranhando por dentro o saco onde estão metidos, mas cujas culpas são semelhantes quanto à sera-pilheira que escolheram; as ato-ardas reveladoras de comporta-mentos mais ou menos marginais, mas proferidas com ares de fino recorte; e, enfim, o palavreado chocho de quem afinal inscreveu

no próprio programa apenas o tí-tulo e a assinatura.

Agora é que é, dizem uns a propósito da ingerência estrangei-ra; connosco será diferente apesar de o programa ser idêntico, recla-mam os outros.

Por mais que batam o pé e gritem inocência quando ao des-calabro político, social e econó-mico a que o nosso país chegou, só em tal poderá acreditar quem ainda não sofreu na pele o que está para vir ou queira fazer a ca-tarse do oásis, que também não é nada que não tivesse sido já prometido.

Da Inflamação dos discursos à inflamação das gargantas vai um

passo. De tudo isso há-de resul-tar a irritação dos tímpanos de quem ouve. A irritação de todo o corpo virá depois, quando os tra-balhadores, os reformados, os de-sempregados, os carenciados de cuidados médicos, os jovens, etc., forem chamados a pagar a factu-ra. Em última análise, serão estes os derrotados destas eleições.

Depois do dia cinco, valerá a pena lembrar António Aleixo e dizer: Vós, que lá do vosso impé-rio/prometeis um mundo novo, /calai-vos que pode o povo/querer um mundo novo a sério. K

João de Sousa Teixeira [email protected]

026 /// JUNHO 2011

7 Julieta Ferreira foi tradutora, intérprete e professora de Língua e Cultura Portuguesa, na Austrália, nos anos oitenta. Nas memórias da Austrália fica também o trabalho desenvol-vido numa organização governamental, onde ajudou a integrar crianças de várias naciona-lidades nas escolas. Actualmente a viver em Portugal, encontrou na escrita um meio de realização pessoal.

O mais recente romance, Carta a um Ex-Amante, é nas suas palavras «uma narrativa intimista onde muitas mulheres se revêem, uma “carta” de despedida, para exorcizar um amor que talvez não tenha chegado a ser.»

“carta a um ex-Amante” é o seu mais re-cente romance. como é que define o livro?

O que define qualquer romance? Caberá ao autor ou aos leitores defini-lo? Em relação a este meu livro, tenho recebido várias de-finições e todas elas se enquadram nas lei-turas que os leitores fazem e isso é muito interessante, até curioso, porque ao escrevê-lo, não me apercebi de certos aspectos. Al-guns têm-lhe chamado “romance epistolar” e ainda há os que discordam. Os comentários, que tenho recebido, são unânimes ao defini-lo como uma narrativa intimista em que a personagem feminina desnuda a sua alma para exorcizar um amor que talvez não tenha chegado a ser. A dúvida é constante, assim como o desencanto, a solidão, os silêncios, a procura de algo, a inquietação. Todos os senti-mentos e pensamentos são expostos de uma forma realista que transcende as regras mais convencionais. É uma “carta” em que muitas mulheres se revêem embora nunca tenham tido a coragem para a escrever. Foi mesmo isso que pretendi. Dar voz a essas mulheres e falar do que fica encoberto, o não dito nas relações mais íntimas. Ao contrário do que se possa julgar, não é um romance de amor.

Nos anos oitenta, emigrou para a Austrália onde trabalhou como tradutora e intérprete e, mais tarde, leccionou Língua e cultura por-tuguesa na universidade de queensland. que memórias guarda desses tempos na Austrá-lia?

São memórias dualistas. Por um lado, vivi uma experiência fantástica, de grande enriquecimento cultural e humano. Convivi e trabalhei com pessoas de vários países e diferentes ideologias, expandi os meus co-nhecimentos e cresci como pessoa e ser so-cial. Tive também a oportunidade de ensinar a minha língua e a minha cultura, num meio onde muitos não sabiam da existência de um país chamado Portugal e outros ainda o confundiam com a Espanha. Isso devolveu-me, em parte, o que havia deixado para trás e deu-me grande satisfação. Por outro lado, senti-me sempre deslocada e desenraizada, numa sociedade onde não pertencia. O iso-lamento, a solidão e a saudade eram cons-tantes e o desejo de regressar às minhas

origens era obstinado e urgente.

quando viveu na Austrália defendeu a causa dos imigrantes e refugiados pela inclu-são na sociedade Australiana. em que consis-tia esse trabalho humanitário?

Trabalhei numa organização subsidiada pelo governo australiano para dar acesso e integrar crianças de várias nacionalidades, nas diferentes instituições escolares. Para isso, visitava as famílias recentemente che-gadas e analisava cada caso, fornecia infor-mação, estabelecia contactos com várias agências estatais, fazia o acompanhamen-to no processo de inscrição nas escolas e depois trabalhava com os respectivos edu-cadores, com vista a uma maior sensibili-zação e aceitação das diferenças culturais, linguísticas e religiosa. Apresentei muitos workshops e seminários abordando a temá-tica do multiculturalismo e discriminações raciais e culturais. Foi uma experiência mui-to gratificante.

começou a escrever quando?

A leitura e a escrita têm-me acompanha-do desde muito cedo. Só comecei a publicar em 2006, já muito tardiamente. Contudo, esse “bichinho da escrita”, como eu lhe chamo, esteve sempre comigo e não me tem larga-do. Durante os meus anos de docência, antes

de emigrar, costumava escrever uma espécie de diário – um caderno de capa preta – onde ia anotando as minhas reflexões e vivências, uma observação crítica do mundo à minha volta. A minha escrita teve sempre esse lado reflectivo, de ponderação e análise. Não te-nho cursado filosofia ou psicologia, gosto, no entanto, de enveredar por esses caminhos inquietantes e fascinantes da mente e dos comportamentos humanos. Depois, durante a longa ausência de Portugal, a escrita ajudou-me a superar a solidão, era uma companhia, também um meio de me sentir mais perto, através da língua.

Num dos meus regressos a Portugal, em 2005, surgiu a motivação para a escrita do meu primeiro romance de carácter autobio-gráfico – Regresso a Lisboa – que veio concreti-zar um sonho muito antigo: publicar um livro! A partir daí, não tenho parado. A escrita tem sido um meio de me encontrar e uma grande realização pessoal.

No seu blogue tem um texto intitulado confidências de uma Mulher Apaixonada. A paixão tem sido o motor da sua escrita?

Sem dúvida! A paixão esteve também na base da minha carreira de docente, é o motor da minha vida, de tudo o que faço, dos pro-jectos em que me envolvo. No meu entender, só assim é possível viver-se e criar-se.

Nos seus romances as protagonistas são

mulheres. é uma escritora do feminino?

Esta pergunta tem-me sido feita de ma-neiras diferentes e sempre que a oiço sou levada a reflectir. Serei? Não gosto de me classificar ou definir como tal, e ainda menos, ver-me espartilhada, confinada a um determi-nado tipo de escrita. Sou adversa a rótulos e não me identifico com nenhuma escola lite-rária, em particular. É claro que me projecto, enquanto pessoa do sexo feminino, em tudo o que escrevo. Gosto de retratar a mulher talvez por me sentir mais segura, mais con-fortável, por saber mais sobre as mulheres do que sobre os homens. Contudo, não é possível haver uma personagem isolada de um contexto e da relação que mantém com outras personagens. Até ao meu mais recen-te romance, trilhei um determinado caminho na escrita. Estou a afastar-me dele. Sinto que estou a alargar-me. Só assim poderei crescer como autora.

Na sua opinião, a literatura portuguesa está atravessar um bom momento?

Não sei como devo interpretar esta ques-tão porque não estou certa sobre o que define um bom momento na literatura de qualquer país. Será o número de escritores? Será o número de obras publicadas? Será a qualidade ou falta de qualidade do que se lê? Será a projecção a nível internacional? Tudo muito complexo e problemático por-que nunca se escreveu tanto em Portugal e nunca houve tantos autores a editarem os seus trabalhos. Assim como tantas editoras a proliferarem, por toda a parte. É muito fá-cil, hoje em dia, publicar-se um livro, quer esse livro tenha qualidade ou não, porque surgiram muitas editoras pequenas que se dedicam a editar autores desconhecidos do grande público e nos quais as grandes edi-toras não apostam por já terem uns tantos autores de nomeada que lhes dão lucro. É tudo uma questão comercial e, algumas ve-zes, não entra em conta fazer-se chegar ao leitor uma obra de qualidade. Infelizmente, as pessoas ainda estão habituadas a procu-rar livros através do nome das editoras mais conhecidas, com maior poder mediático, ou dos autores de que já ouviram falar ou viram na televisão. Os outros, mesmo que tenham qualidade, ficam esquecidos.

A poesia também faz parte do seu percur-so enquanto escritora. qual é a análise que faz da sua poesia?

A poesia tem feito parte de uma determi-nada procura, a nível intimista. Tem servido para dar voz a estados de alma e a certos mo-mentos, especialmente aqueles mais negros, em que essa forma de escrita era imediata e capaz de transmitir o que me propunha, de maneira mais directa e mais satisfatória do que a prosa. Não tenho pretensões a conside-rar-me uma poetisa de grande valor e sei que

carta a um ex-amanteJuLieTA FerreirA eM eNTreviSTA

Direitos reservados H

JUNHO 2011 /// 027

assassino andar em liberdade? Um triller poderoso que deu origem ao filme Cliente de Risco.

pLANeTA. Crime e Castigo - no país dos Brandos Costumes (Vol. I), de Pedro Almeida Vieira. Um século depois da abolição da pena de mor-te em Portugal e 250 anos após a última execução numa fogueira da Inquisição, o autor de romances his-tóricos oferece aos leitores 30 narra-tivas que relatam crimes históricos em Portugal. Dos crimes passionais ao banditismo, do homicídio aos pro-cessos da inquisição, nenhum crime escapa à pena do Escritor.

europA-AMéricA. São João Paulo II, de Alain Vircondelet. No dia 8 de Abril de 2005, as exéquias fúnebres de João Paulo II eram um acontecimento à escala planetária. Na praça de São Pedro erguem-se cartazes onde está escrito «San-to Súbito». Em pleno século XXI, o povo cristão voltava a reclamar uma beatificação imediata. Alain Vircon-delet conta a história de Karol Wo-jtyla e do processo de beatificação. O homem e o Santo que exortava a humanidade a Não ter medo, e que legou ao mundo uma mensagem de amor, esperança e coragem. K

chris cleaveGeNTe e LivroS

Novidades LiteráriaseDiçõeS

7 (...) Foi então que comecei a chorar. Não chorei quando mataram a minha irmã, mas chorei quando ouvi a música que vinha do camião dos soldados porque pensei: Esta é a canção favorita da minha irmã e ela nunca mais vai ouvi-la. Acha que sou louca, Sarah?

Sarah abanou a cabeça. Estava a roer as unhas.

- Toda a gente da minha aldeia gostava dos U2 - disse eu. - Talvez mesmo toda a gente da Nigéria. Imagine só, os rebeldes do petróleo a ouvirem os U2 nos seus acampa-mentos na selva, e os soldados do governo a ouvirem os U2 nos seus camiões. Acho que andavam todos a matar-se uns aos outros e a ouvir a mesma música. Sabe uma coisa? Na primeira semana que estive no centro de detenção, os U2 também estavam no número um aqui. É uma coisa engraçada neste mundo, Sarah. Ninguém gosta de ninguém, mas toda a gente gosta dos U2.

A Sarah tinha as mãos juntas em cima da mesa e não parava de as torcer. Olhou para mim e per-guntou-me: - Estás em condições de continuar? Consegues contar-me

como é que escapaste?»In Pequena Abelha

Chris Cleave nasceu em Lon-dres, em 1973. Viveu parte da in-fância na República dos Camarões mas não voltou a esse país. De regresso a Inglaterra, estudou Psi-cologia Experimental, em Oxford. Antes de se estrear na literatura trabalhou como jornalista, colunis-ta, barman, marinheiro, professor e pioneiro da Internet. O seu primei-ro romance, O Incendiário (2005) é um bestseller internacional publi-cado em mais de 20 países. Ven-ceu o Prémio Somerset Maugham Award e o Prémio Especial do júri dos Prix des Lecteurs. O Incendiário tem como tema o terrorismo e foi adaptado para o cinema. O filme é protagonizado por Ewan McGregor e Michelle Williams.

Pequena Abelha, o seu segun-do romance publicado em Portugal, também tem a chancela da Editora Asa. Chris Cleave teve a ideia de es-crever Pequena Abelha quando era estudante universitário e trabalhou alguns dias, no ano de 1994, num centro de detenção de imigrantes

em Oxfordshire. Do contacto esta-belecido com os imigrantes nasceu a convicção de que não é crime ser refugiado e que a prisão daqueles homens e mulheres era injusta. Desse tempo e desses diálogos surge a promessa de escrever um romance sobre o drama dos refugia-dos. Pelo seu humanismo, Pequena Abelha é um sucesso literário bem merecido. Reconhecido internacio-nalmente pela crítica e pelo pú-blico, o romance liderou a lista de bestesellers do jornal The New York Times.

Para além de Incendiário e Pe-quena Abelha, é também autor dos romances The Other Hand (2008); e After the End of the World (2011). Este último sobre os limites da ami-zade e a rivalidade desportiva.; e das short stories: Quiet Time; Fresh Water; e Oyster.

Chris Cleave vive com a mulher e os três filhos em Londres.

pequena Abelha. A Pequena Abelha é uma jovem nigeriana, re-fugiada em Inglaterra, que procura Sarah, a editora de uma revista de moda, no dia do funeral do marido desta. Este é o segundo encontro das duas mulheres. Há dois anos atrás, elas conheceram-se em cir-cunstâncias trágicas, na Nigéria. A Pequena Abelha escapou, graças ao sacrifício de Sarah, à perseguição de um grupo de rebeldes ao serviço das empresas petrolíferas na Nigé-ria. Agora a jovem nigeriana precisa novamente da ajuda de Sarah: saiu ilegalmente do centro de detenção de refugiados e arrisca ser depor-tada. Na Nigéria o que é que Sarah perdeu para poder salvar a Pequena Abelha? E o que é que Sarah está disposta a sacrificar para poder aju-dar a Pequena Abelha? K

página coordenada poreugénia Sousa _

7 BerTrAND. À Caça do Diabo, de Tim Butcher. No trilho de uma an-tiga viagem do escritor inglês Graham Greene, o jornalista Tim Butcher via-jou para a Serra Leoa e Libéria. Numa viagem pelos caminhos da morte, o jornalista faz um relato extraor-dinário de um país devastado pela guerra, a destruição das milícias, os meninos-soldados e a violência desencadeada pela corrida aos dia-mantes de sangue. Nas palavras do Prémio Nobel da Paz, o Arcebispo Sul Africano Desmond Tutu «Um relato inspirador do maravilhoso espírito de sobrevivência que caracteriza os seres humanos.»

D. quixoTe. Estrela do Mar, de Joseph O`Connor. Decorre o Inverno de 1847. Numa Irlanda martirizada pela injustiça e a calamidade natu-ral, o Estrela do Mar levanta ferro

em direcção a Nova Iorque. A bor-do seguem centenas de refugiados, um romancista, um compositor de baladas revolucionárias, uma criada com um terrível segredo e o arrui-nado Lorde Merridith com a famí-lia. Todos perseguem o sonho da Terra Prometida. Mas no navio vai também um assassino à procura de uma oportunidade de vingança. Estrela do Mar retoma as narrativa Marítimas imortalizadas por escrito-res como Conrad e Melville.

GrADivA. Portugal na Hora da Verdade - Como Vencer a Crise Nacio-nal, de Álvaro Santos Pereira. Portu-gal enfrenta a crise do século. Sofre-mos o pior crescimento económico médio desde a I Guerra Mundial; a taxa de desemprego mais elevada nos últimos 80 anos; a maior dívida pública dos últimos 160 anos; e a maior dívida externa dos últimos 120 anos. Como chegamos a esta situa-ção? A pensar também nos leitores sem formação em economia, o autor explica de forma clara a actual situa-ção nacional e responde à pergunta que mais inquieta os portugueses: como ultrapassar esta crise?

civiLizAção. Os Flamingos Perdidos de Bombaim, de Siddharth

Dhanvant Shanghvi. Um conceituado fotógrafo do jornal The India Chroni-cle está em Bombaim para retratar a cidade e os seus rostos mais ocul-tos. Na perseguição de um sonho ambicioso, o fotógrafo Karan Seth vai cruzar-se com Samar Arora, um pianista excêntrico que largou a ri-balta, Zaira, uma estela de cinema deslumbrante, e entrar numa relação complicada com uma mulher casada. Mas o crime vai revelar o lado mais negro da cidade.

preSeNçA. Nos Meandros da Lei, de Michael Connelly. Mickey Haller é advogado de defesa na ci-dade de Los Angeles. Habituado a defender traficantes de droga, viga-ristas e condutores embriagados é com surpresa que um dia se depara com um cliente que parece reunir todos os requisitos de um homem inocente. E se o seu cliente for mesmo inocente? E se o verdadeiro

não será por aí que me definirei e alcançarei algum êxito como autora. É, acima de tudo, uma poesia muito sentida, muito sofrida, muito sin-cera. Possivelmente, e sem querer encaixar-me em nenhuma corrente literária, tem algumas influências de Florbela Espanca. Mas, sem dúvida, prefiro escrever romances.

quais foram os escritores e as

leituras que a influenciaram na sua juventude?

Quando criança, devorava os livros de aventura de Enid Blyton. Esse tipo de narrativa fazia voar o meu espírito e esquecia-me da re-alidade. Mais tarde, não consegui ficar insensível à poesia lírica de Ca-mões, ao realismo de Cesário Verde, às pinceladas burlescas e cáusticas de Eça de Queirós e ao romantismo de Almeida Garrett. Anos depois, seria Fernando Pessoa a maravilhar-me e a deixar-me perdida na teia do seu multifacetado engenho. Se-bastião da Gama impressionou-me imenso com a inovação pedagógica tão bem explanada no seu Diário e apaixonei-me pelas suas ideias quanto ao ensino. “O Delfim” de José Cardoso Pires e “Aparição” de Virgílio Ferreira foram duas obras que me marcaram bastante. Sartre e Camus foram também dois nomes que tiveram grande impacto na mi-nha juventude e contribuíram, sem eu talvez me aperceber, para uma determinada forma de pensar que se revela agora na minha escrita.

o próximo projecto literário já

está em preparação?

Nos últimos seis meses tenho estado a escrever um romance ba-seado numa ideia que começou a formar-se há mais ou menos dois anos. Neste romance, a história evolui em tempos diferentes e pela voz de várias personagens cujos destinos se cruzaram, de forma, por vezes, muito estranha e quase inexplicável. A narrativa aborda a te-mática do Destino e a sua importân-cia ou não no delinear de qualquer vida. Surgem também o Tempo e a Morte como realidades constantes e incontornáveis, num emaranha-do de histórias que se sobrepõem, enquanto as personagens se movi-mentam em diferentes épocas, com as consequentes implicações so-ciais, económicas e políticas e seus inerentes condicionalismos.

Terminei este projecto em me-ados de Maio e agora só tenho de esperar que uma editora esteja inte-ressada e aposte em mim e no meu trabalho. Sei que é difícil mas nunca ninguém me viu desistir face a qual-quer dificuldade. K

Texto: eugénia Sousa _

028 /// JUNHO 2011

Dia de portugal é pretexto...proGrAMA DeFiNiDo

3 Se ainda não tem planos para os dias 10, 11 e 12 de Junho, aproveite as comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades Por-tuguesas e visite o interior do País. Este ano a Presidência da Repúbli-ca escolheu Castelo Branco para as comemorações. As iniciativas são muitas e o passeio pode ser apro-veitado para visitar outros monu-mentos como o Jardim do Paço, o Castelo Templário, a Sé Concatedral, ou o Parque da Cidade, entre outros locais.

O programa já está praticamen-te definido. Embora a data seja as-sinala a 10 de Junho, as actividades começam no dia 8 e prolongam-se

Bacalhau e palhas com caganita de ovelha e emulsão de Azeitonas

prAzereS DA BoA MeSA

3ingredientes p/ o Bacalhau (2 pax):200 g de Bacalhau Cru Desfiado2 C.S. de Cebola picada2 Dentes de alho picados2 C.S. de Azeite1/2 Caganita de Ovelha de Alcains150 g de Batata Palha preparação:Refogar o alho picado, no azeite, juntar a cebola picada. Quando refogado adicionar o bacalhau, a batata palha e o queijo sem cas-ca, reservando metade da quan-tidade indicada. Deixar cozinhar por 2 minutos. Enformar o pre-parado num aro e cobrir com o queijo restante. Levar a gratinar.

ingredientes p/ a emulsão de Azeitonas cordovil (2 pax):60g Azeitonas Cordovil Descaro-çadas 3g de Alho

2g de CoentrosQ.B. VinagreQ.B. Azeite VirgemQ.B de Pimenta preta preparação:Triturar muito bem todos os ele-mentos até obter uma emulsão

suave e homogénea. Passar pelo chinês fino e rectificar os tempe-ros.

outros ingredientes:Q.B. de Salsa3 Tiras de Pão ou GrissinosQ.B. de Azeite para fritar

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até 12 de Junho. Para o dia 9 será feita uma homenagem a Amato Lu-sitano (10H45), seguindo-se o içar da bandeira e a sessão de boas vin-das na Câmara de Castelo Branco, após a qual será inaugurada uma exposição do Museu da Presidência da República. No dia 9 de Junho será também gravada, no Museu Carga-leiro, a mensagem do Presidente da República às Comunidades Portu-guesas. Ainda no dia 9, pelas 19H15, será descerrada a placa inaugural da Avenida do Dia de Portugal situ-ada entre o Modelo e a Sub-Estação da EDP, seguindo-se a apresentação de cumprimentos do Corpo Diplo-mático, no Museu Tavares Proença

preparação:Escolher as folhas de salsa, lavar e deixar secar bem. Fritar de se-guida em azeite quente. Escorrer em papel absorvente.

preparação/empratamento:Empratar de acordo com a foto, utilizado todos os elementos, o preparado de bacalhau gratinado, a salsa frita, as fatias de pão li-geiramente torradas e a emulsão de azeitonas. Servir. K

Júnior e um jantar. A noite terminará com o Concerto do Dia de Portugal. Actuarão a banda da Força Aérea e o artista Luís Represas com a Sinfo-nietta de Lisboa, na zona da Devesa, com entrada gratuita.

O Dia de Portugal, a 10 de Ju-nho, começará com as cerimónias militares, no campo da feira (pelas 10H00), com a sessão solene, no Cine-teatro Avenida (12H00) e im-posição de condecorações. À noite realiza-se um espectáculo com a Banda da Marinha, também na De-vesa. Para 11 de Junho está previsto mais um concerto com a Orquestra ligeira do Exército, também na zona da Devesa. K

Chef Mário Rui Ramos _Chef Executivo

Ô Hotels & Resorts - Termas de Monfortinho

Cartoon: Bruno Janeca HArgumento: Dinis Gardete _

presidência da república H

JUNHO 2011 /// 029

Alcione “Acesa” em portugalpeLA oBJecTivA De J. vASco

3 Portugal recebeu no passado dia 20, no Coliseu de Lisboa, e 21 no Multiusos de Guimarães a voz quente e apaixonante de Alcione com o seu último espectáculo Acesa.

A cantora nasceu em 1966 em S. Luís do Maranhão, faz a sua primeira aparição profissional aos 12 anos integrada na Orquestra Jazz Guarani, gravou em 1975. A voz do Samba e em 2009 Acesa. Pelo meio, em quase 40 anos de carreira, ficaram 37 álbuns / CD gravados, o que faz dela uma voz de referência do Brasil, sambista divertida e sempre disponível para o seu imenso público. K

preSS DAS coiSAS

voDAFoNe 858 ANDroiD 2.2

3 A Vodafone lançou um novo Smar-tphone de marca própria, baseado no sis-tema operativo da Google (Froyo). O Voda-fone 858 Android 2.2 vem assim suceder às versões Vodafone 845 e Vodafone 945. Das suas características consta o ecrã de 2,8” ligação 3 G/ HSDPA e Wi-Fi, câmara com sensor de 2 MP, sistema A-GPS, sin-tonizador de rádio FM e de sensor de pro-ximidade.

O Vodafone 858 está disponível nas co-res preto e branco.

O preço aproximado é de 100 Euros. K

SoNy kDL-55 Hx 820

3 O KDL-55 HX 820 é o inovador televisor 3D da Sony. Elegante e sóbrio, o ecrã Dynamic Edge LED é fino e de alto contraste. Com qualidade HD total e realista, permite imagens 2D e 3D. Das suas características destaque para as medidas 139 cm/55”; o sistema Full HD com Dynamic Edge LED; MotionFlow XR 400; Wi-Fi; Internet; vídeo e Skype. O sistema Skype permite gravar o progra-ma que se está a ver, bem como efectuar chama-das gratuitas no televisor.

Amigo do ambiente, a classificação energética do modelo é A.

O preço aproximado é de 2 600 Euros. K

JeNNiFer Lopez - Love

3 Um dos nomes mais sonantes da música latina está de regresso com o seu sétimo álbum, que recebeu o nome de “Love”.O seu currículo é impressionante. Ela é cantora, compositora, produtora na área da música e televisão, estilista e ac-triz. Depois de editar dois trabalhos que não tiveram bons resultados a nível co-mercial, Jennifer Lopez voltou a encontrar a fórmula certa para o sucesso.A primeira amostra do trabalho foi o tema “ On the floor”, que conta com a participa-ção especial de Pitbull. Trata-se de uma adaptação da “Lambada”, um tema Brasileiro bem conhecido, da década de 90, que voltou para conquistar as Rádios e as pistas de dança. O segundo single deste “Love” é o tema “I´m into you” que tem a colaboração do Rapper Lil Wayne e está actualmente em destaque nos tops de singles em vários Países. Este “Love” tem uma longa lista de colaborações nas 12 músicas do trabalho, a sonoridade do disco está dentro do pop, hip hop e r&b à mistura com a electrónica e influ-ências dos sons latinos, sem esquecer o romantismo habitual da cantora. Os temas fortes são os singles “On the floor”, “I´m into you” e as faixas ”Love” e “Papi”. Nem parece que Jennifer “La bunda” Lopez faz parte da classe dos quarenta, a cantora é uma das mulheres mais bonitas do Mundo, que continua a cantar e a encantar! K

LADy GAGA – BorN THiS WAy

3 Finalmente chegou às lojas o novo álbum de Lady Gaga, um dos registos mais aguardados dos últimos tempos. O cartão-de-visita, “Born this way”, chegou às Rádios durante o mês de Março, e al-cançou recordes de vendas, tendo sido um dos singles mais rentáveis de sempre na música. A segunda amostra do álbum foi o tema “Judas”, que foi editado pou-cas semanas antes do trabalho chegar às lojas e manteve o percurso de sucesso do seu antecessor. Lady Gaga afir-mou por diversas vezes que”Born this way” seria o melhor álbum desta década, elevando demasiado a fasquia e atraindo ainda mais a atenção dos Media.Joanne Stefani Germanotta, mais conhecida por Lady Gaga, é indiscu-tivelmente um dos maiores ícones da actualidade na música. A sua imagem sempre excêntrica tem ajudado a impulsionar ainda mais a sua carreira. Apesar da boa produção deste trabalho, muito dificilmente será o melhor da década, apesar de incluir vários temas com potencial para serem singles de sucesso. Gaga tentou introduzir várias inovações nos novos temas que apre-sentam uma sonoridade entre o pop e a música de dança, numa criativa mistura de ritmos. Destaque para os singles ”Born this way”, “Judas” e os temas”Bloody Mary” e “Highway unicorn”. Apesar da qualidade dos temas não ser muito elevada, Lady Gaga vai continuar a ser um dos nomes mais desconcertantes e excêntricos do Mundo da música. K

MoBy - DeSTroyeD

3 O Norte-Americano Moby aca-ba de editar o seu 10º disco, intitulado “Destroyed”. Trata-se de um dos mais conhecidos nomes da música electróni-ca. No seu currículo podemos encontrar um grande naipe de singles de grande sucesso. Antes da edição do novo regis-to, Moby disponibilizou na sua página na Internet um EP com 3 temas para dowload gratuito, o que constituiu uma boa amostra do que iria surgir em “Des-troyed”. Os novos temas foram gravados utilizando equipamentos analó-gicos, e as misturas foram feitas por Ken Thomas, numa mesa de mistura de Abbey Road de 1972. As novas composições foram feitas em diversas cidades durante a última digressão do músico, que durante a madrugada tentou passar para a música a sua visão íntima do mundo.Moby continua na mesma linha musical com algumas incursões e surpresas. Aborda a electró-nica e chill-out na sua linguagem musical, com ou sem voz. Ao longo das 15 faixas do álbum podemos fazer uma viagem através de várias atmosferas sonoras. Algumas músicas apresentam uma textura suave e outras cheias de ritmo, como é o caso do fantástico “Victoria Lucas”. No que toca aos destaques de “Destroyed”, os temas fortes são”Sevastopol”,”Be the one”, e “Victoria Lucas”. Apesar de alguns altos e baixos na carreira de Moby , ele vai continuar a ser um dos génios criativos da música electrónica. K

Hugo rafael _

MúSicA

030 /// JUNHO 2011

Monza o MitoMoTor

c Não pelas razões mais lógi-cas, nos anos setenta era mais fácil assistir às transmissões televisivas dos grande prémios de fórmula 1 do que hoje.

Lembro-me do indicativo da Eurovisão que abria e fechava as grandes transmissões. Lembro-me também dos momentos mais dramáticos. O acidente de Roger Williamson em 1973 que provocou a sua morte no circuito de Zandvoort onde se disputava o grande pré-mio da Holanda. Fazendo uso dos fantásticos nos instrumentos que a Internet nos proporciona, pude re-ver recentemente o acidente e os minutos de desespero que se vive-ram, com a heróica atitude do piloto David Purley, tentando resgatar das chamas o seu colega.

Não me esqueço também do acidente no Autódromo de Monza em Setembro de 1978, que provocou a morte do grande Ronnie Peterson. Passados alguns anos, e depois de muitos bodes expiatórios, as culpas ficaram do lado do “starter” da cor-rida. O grande prémio de Itália des-se ano foi a primeira corrida onde se usou o semáforo em substitui-ção do antigo método que consistia em baixar a bandeira do país como sinal para a partida. Com o novo sistema o “starter” precipitou-se e accionou o semáforo de partida an-

tes que os últimos carros da grelha estivessem imobilizados. Assim a parte traseira do pelotão chegou à primeira “chicane” com muito mais velocidade que os pilotos da frente, provocando este aparatoso aciden-te que também feriu gravemente o piloto Vittorio Brambilla, atingido na cabeça por um pneu que se soltou do carro de outro concorren-te. Mais de 30 anos depois, temos

disponíveis vídeos impressionantes que mostram ao pormenor as ope-rações de resgate, protagonizadas pelo corajoso James Hunt, a retirar Peterson das chamas, situação ape-nas conseguiu adiar por 24 horas a morte do seu colega.

Estas situações dramáticas esti-veram sempre ligadas a este des-porto, e o Autódromo de Monza, o mais mítico da Europa, foi palco de

algumas das mais marcantes.Foi a 15 de Maio de 1922 que

se iniciou a construção do primeiro traçado de 10 quilómetros deste au-tódromo, levada a cabo pelo Milan Automobile Club para comemorar o seu 25º Aniversário. De acordo com os historiadores o primeiro motivo para o aparecimento desta pista foi a criação de uma infraestrutura que rivalizasse com autódromo, onde já se disputava o grande prémio de França, mas parece que também houve grande influência por parte dos construtores italianos, para que dispusecem de um local onde testar as suas criações.

Ao longo dos anos a pista foi so-frendo evoluções mas a sua grande marca é o anel de velocidade cria-do em 1955. Com duas curvas de elevada inclinação unidas por duas rectas opostas com pouco mais de um quilómetro, podia ser usada na versão simples ou interligar com o circuito tradicional. Esta evolução foi no entanto um fracasso, pois as altas velocidades atingidas deterio-rar os pneus muito rapidamente e exigia dos carros grandes esforços, devido às forças em jogo.

Poucos grande prémios usaram o anel de velocidade, sendo por isso criadas corridas alternativas. A certa altura foi mesmo organizada uma corrida para veículos com espi-

Se passou, ronneipeterson 1978

MerceDeS LANçA GrAND eDiTioN

T A Mercedes-Benz acaba de apresentar, em Portugal, uma edi-ção especial do GL, denominada «Grand Edition». O novo modelo apresenta mais requintes que os seus antecessores, como faróis escurecidos, grelha do radiador com lamelas pretas brilhantes, um novo pára-choques diantei-ro com LED de condução diurna integradas, jantes de liga leve em cinzento Himalaya, ou estri-bos em alumínio com aplicações em borracha No interior surgem os bancos em pele de duas to-nalidades, os pedais desportivos em aço inoxidável, o volante em pele e madeira de freixo preto e a «Grand Edition» na consola cen-tral. Por 123 mil 351 euros pode ser seu. K

Novo DS cHeGA eSTe MêS

T O novo Citroën DS4 vai ser comercializado em Portugal a par-tir do próximo dia 18 de Junho. Para já, o DS4 apresenta duas ver-sões diesel: 1.6 (HDi e e-HDi) de 112 cv e o 2.0 HDi de 163 cv de potência. Em Julho próximo, a Ci-troën comercializará também esta variante e-HDi com caixa de velo-cidades integralmente manual. O preço de lançamento é de 29 mil 143 euros. K

cHevroLeT AveoNovo e BArATo

T A Chevrolet vai ter dispo-nível, já a partir de 17 de Junho,

6 Chama-se iOn, tem uma au-tonomia de 150 quilómetros e é a proposta da Peugeot para o merca-do dos carros eléctricos. O veículo da marca francesa está em digres-são por diversas cidades portugue-sas, numa acção em conjunto com a Mobi.e, que gere a rede de pos-tos de carregamento.

O carro é em quase tudo igual aos outros, incluindo no desem-penho ao nível da velocidade. Uma das grandes vantagens é

ser praticamente silencioso.A capacidade das baterias

é ainda uma das dúvidas, mas a marca diz ser suficiente para quem anda em cidade, já que em média um condutor citadino faz cerca de 35 quilómetros por dia. O preço é ainda proibitivo para grande parte dos consumidores: 29 mil euros já com os incentivos. A boa notícia está no consumo, já que o iOn gasta dois euros por cada 100 quilómetros. K

caro na compra, poupado no consumo

peuGeoT ioN

cificações da prova de Indianapolis, apelidada de “ A Corrida dos Dois Mundos” (América e Europa). Esta prova acabou por ser só disputada pelos americanos, uma vez que os europeus, cientes da superioridade dos de além mar, com máquinas mais adaptadas às ovais, uniram-se e recusaram participar numa prova lhes era impossível de vencer.

De polémica em polémica, de acidente em acidente, o certo é que o mito foi crescendo e o Autodro-mo de Monza encontra-se hoje de boa saúde, perto dos 90 anos de idade, sendo para os “tifossi” a ca-tedral onde podem expressar a sua devoção aos carros do grande Enzo Ferrari...mas isso é outra história. K

paulo Almeida _ Direitos reservados H

a nova versão do Aveo. A versão renovada daquele que é um dos veículos mais vendidos da mar-ca, surge, para já apenas na car-roçaria de cinco portas. O quatro portas chega um mês depois. Na Europa, o Aveo apresenta motori-zações a gasolina de 1.2 com po-tências de 70 cv e 86 cv, 1.4 de 100 cv e 1.6 de 115 cv. A partir do pró-ximo Outono, o novo Aveo estará também disponível com um motor turbodiesel de 1.3 litros. Com 11 mil 950 euros pode levar para casa um carro novinho em folha. K

JUNHO 2011 /// 031

A boa vingança do Sr. ArquitetoSouTo MourA GANHA préMio priTzker

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6 A escola de arquitetura portuguesa conseguiu uma “boa vingança” para o País em tempos de crise, com o prémio Pritzker de arquitetura 2011, disse Eduardo Souto de Moura, depois de ser distinguido com o aquele que é um dos mais prestigiados pré-mios de arquitectura do mundo.

“Só se diz mal. Os juros sobem, somos desacreditados, a senhora Merkel´ diz que temos férias a mais… não temos sido bem tratados. O prémio é uma boa vingança”, disse o arquiteto portuense em Washington, onde no passado dia 2 de junho, foi home-nageado numa cerimónia com a presença do presidente norte-americano, Barack Oba-ma.

Mesmo em tempos de crise, Souto Mou-ra considera, que a arquitetura portuguesa em particular “nunca foi maltratada”, como o mostra a solicitação de arquitetos para conferências internacionais e trabalho no estrangeiro, quando a falta de oportunida-des em Portugal obriga muitos a fazer as malas.

“É um gosto, para mim próprio, ver os meus alunos e colaboradores a mostrar obra feita. E não é normal – não o digo por patriotismo ou nacionalismo bacoco – que um país pequeno possa ter sete, oito, nove

arquitetos com uma qualidade daquelas. A ciência, a arquitetura, está de parabéns”, afirmou.

Com a crise, acrescentou, o investimen-to público e privado está paralisado e adivi-nham-se “dias negros para a engenharia e a arquitetura”, pelo que muitos estão “a sair para o Brasil, para a Europa, sobretudo para a Suíça, onde há uma grande necessidade de projetistas”.

Souto Moura revelou ainda que nunca lhe acontecera “pedir a um amigo suíço para empregar um arquiteto” e ver o pedido

recusado. No estrangeiro, disse, é reconhe-cido o “sentido pedagógico, e de prepara-ção das escolas portuguesas de arquitetura, bem como a sua capacidade de trabalho”.

“A pessoa que fez com que a arquitetu-ra portuguesa começasse a ser notada foi o arquiteto Siza Vieira. Abriu portas e pre-parou uma nova geração, que é a minha, que também tem ensinado”, explicou Souto Moura. No entender do arquitecto portu-guês “há esta empatia de gerações que vai continuando e esperamos que venha a dar muitos frutos”.

Souto Moura afirma, que a sua geração é “uma espécie de escola pós-Siza, que não o copia porque é gente inteligente”, adian-tando que este “é um mestre, porque con-seguiu inventar uma linguagem do passa-do. É único, um caso especial”.

Para o arquiteto, o Prizker foi-lhe dado precisamente por ter um estilo “sóbrio de um país marginal”.

Como diz: “Há um paradigma da arqui-tetura (…) muito baseado em personaliza-ções, star system, ícones muito referencia-dos, e nesta conjuntura é preciso se calhar outro tipo de postura”.

Sobre o impacto do prémio no trabalho do seu ‘atelier’, afirma que para já é nulo. “Espero que venha a acontecer porque não há trabalho. No estrangeiro há, mas tam-bém há uma crise europeia e os países não costumam dar projetos a estrangeiros. É sempre uma defesa nacional”, afirma.

“A única coisa em que o prémio se faz sentir é nos parabéns na rua. As pessoas ficam felizes e cumprimentam-me sempre que saio à rua”, adianta o arquiteto por-tuense. K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

sicnoticias.sapo.pt H

032 /// JUNHO 2011

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emoções intensasceSpu eSTuDA 3D

6 Imagens em formato 3D provocam “emoções com maior intensidade” do que as tradicio-nais fotografias a 2D e tornam-se mais eficazes no tratamento de fobias ou situações de stress pós-traumático, conclui um estudo hoje divulgado.

Desenvolvida nos últimos dois anos e já em fase de conclusão, a investigação é liderada por Luís Monteiro, docente da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e encontra-se inserida numa “bolsa da Fun-dação Bial, no valor de 25 mil euros”.

Luís Monteiro referiu que é já possível concluir que “as imagens a 3D provocam emoções mais in-tensas” nos pacientes do que as imagens a 2D.

Uma vez que no tratamento de fobias os pacientes são expos-tos e confrontados aos “estímu-los fóbicos”, muitas vezes com imagens fotográficas, este estudo indica que, “através da realidade virtual, os resultados são mais rá-

pidos, mais intensos e o método mais fácil de realizar, porque é possível recriar os mais diversos cenários” através de computador.

Este estudo envolveu uma amostra de 214 pessoas, que foram sujeitas a recolhas de in-formação de resposta fisiológica,

através da atividade elétrica da pele e observação do ritmo car-díaco.

“Houve uma maior ativação (dos dados fisiológicos) quando confrontados com as imagens 3D do que com fotografias”, su-blinhou Luís Monteiro, acrescen-

tando que foram ainda efetuados testes ao nível da atividade ce-rebral.

Para o investigador, através da realidade virtual “é possível reduzir os tempos de recupera-ção”, uma vez que se consegue sessões com maior intensidade.

O relatório final deste traba-lho, do qual sairão quatro artigos científicos, será entregue à Bial em setembro.

Luis Monteiro referiu que, para submeter as pessoas aos testes, foram usados três cená-rios gráficos em 3D, com o ob-jetivo de estimular diferentes reações emocionais, designada-mente um cenário positivo ou favorável, um neutro e outro ne-gativo ou desfavorável.

Este tipo de equipamento uti-lizado, que implica o uso de ócu-los 3D, salientou, é “tecnologia ainda cara”, mas há já capacetes a partir dos 2.000 euros. K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

uTL: propiNAS ABAixo De 1000

T O Conselho Geral da Universida-de Técnica de Lisboa acaba de dis-cutir e aprovar o valor das propinas para o ano lectivo 2011/2012, para os três ciclos de estudo. O valor mínimo de propina nos cursos lec-cionados nas escolas da UTL ficou fixado nos 999,71 euros. Após am-pla análise da matéria em causa, o Conselho Geral da UTL considerou que a fixação concreta do valor das propinas, quer as que legalmente se encontram condicionadas a li-mites máximos e mínimos, quer as que não se encontram sujeitas a quaisquer limites, deve obedecer a critérios que tenham em conta o custo real de cada aluno, as condi-ções de inserção social e geográfica da Universidade, o mercado e a es-tratégia definida. K

coNFerêNciA eM Aveiro

T A Conferência de Verão intitu-lada «Heme Biosynthesis and Iron Homeostasis», da Sociedade Portu-guesa da Biofísica, decorre a 14 de Junho, das 14 às 15h30, no anfite-atro do Departamento de Química da Universidade de Aveiro. K