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Entendendo a Linguagem Jurídica Porto Alegre 1999 Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul Conselho de Comunicação Social Gabinete de Imprensa

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Entendendo a

Linguagem

Jurídica

Porto Alegre

1999

Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

Conselho de Comunicação Social

Gabinete de Imprensa

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Edição/CoordenaçãoLéa Terezinha Busatto

PesquisaAdriana ArendJoão Batista Santafé AguiarMaria Helena Gozzer Benjamin

Capa/Projeto GráficoMário Salgado

ImpressãoDepartamento de Artes Gráficas do Tribunal de Justiça doEstado do Rio Grande do Sul (primeira edição, 1999)

(Edição revisada e atualizada em nov/2008)(Edição revisada e atualizada em nov/2008)(Edição revisada e atualizada em nov/2008)(Edição revisada e atualizada em nov/2008)(Edição revisada e atualizada em nov/2008)

R585e Rio Grande do Sul. Tribunal de Justiça. Conselho deComunicação Social. Gabinete de Imprensa.

Entendendo a linguagem jurídica / Gabinete de Im-prensa. – Porto Alegre : Departamento de ArtesGráficas, 1999.

1. Direito-Termos técnicos 2. Foro Central-Porto Ale-gre-Estrutura 3. Justiça de Primeiro Grau-Rio Grandedo Sul-Composição 4. Linguagem jurídica-Glossário5. Poder Judiciário-Rio Grande do Sul 6. Tribunal deJustiça-Rio Grande do Sul-Composição 7. Tribunal deJustiça-Rio Grande do Sul-Estrutura 8. Tribunal deJustiça-Rio Grande do Sul-Histórico I. Título.

CDU 347.97(038)

Catalogação na fonte elaborada pela Biblioteca do TJ/RS

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Apresentação

O Direito sempre foi considerado ciência hermé-tica, reservada para os iniciados nas suas lides. Ne-nhuma novidade em se tratando de especialização emum ramo do conhecimento humano, como também osão a Medicina, a Engenharia ou a Economia. No en-tanto, à medida que estas ciências passaram a traba-lhar rente à população, abriram-se e democratizaramsua linguagem àqueles que dela necessitam.

Com o Direito deve acontecer o mesmo, mas comum grau de dificuldade maior. Os advogadospeticionam para o juiz que assim os entende; o pro-motor exara parecer e o direciona também para o juiz;e, finalmente, o juiz decide para os advogados, para opromotor e para o Tribunal. Enfim, as palavras ficamnum mesmo círculo e, de rigor, ninguém necessitapedir explicações sobre o real sentido daqueles ter-mos técnicos utilizados. Lembremo-nos, todavia, queo Direito não pertence aos lidadores do Direito, massim às partes, geralmente pessoas leigas nos assun-tos jurídicos.

Com a abertura cada vez maior dos julgamentos –públicos na sua essência – a imprensa passou a rea-lizar a cobertura dos processos que dizem respeitomais de perto aos interesses da sociedade. Daí es-barrou nos termos técnicos e nas dificuldades de pas-sar uma informação inteligível para o seu público con-sumidor. Por isso, a idéia de apresentarmos este glos-sário, com as principais expressões utilizadas nas de-cisões judiciais. Não esgotamos o assunto, mas es-peramos contribuir para que haja uma melhor com-preensão da linguagem jurídica.

Desembargador Carlos Alberto BenckePresidente do Conselho de Comunicação Social do TJ

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Sumário

1. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grandedo Sul .......................................................

2. O Tribunal de JustiçaHistórico ...................................................

2.2. Tribunal de Justiça do Estado do RioGrande do Sul - Hoje .................................

2.1. Órgãos que compõem o TJ ................

3. A Justiça de 1º Grau .................................

4. Foro Central de Porto Alegre .....................

5. Glossário ...................................................

6. Bibliografia ................................................

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Tribunal de Justiça

Tribunal de Justiça do Estadodo Rio Grande do Sul (1999)

PresidenteDesembargador Cacildo de Andrade Xavier

1º Vice-PresidenteDesembargador Alfredo Guilherme Englert

2º Vice-PresidenteDesembargador Luiz Felipe Vasques de Magalhães

3º Vice-PresidenteDesembargador Tael João Selistre

4º Vice-PresidenteDesembargador Délio Spalding de Almeida Wedy

Corregedor-Geral da JustiçaDesembargador Aristides Pedroso de Albuquerque Neto

Vice-Corregedor-Geral da JustiçaDesembargador Paulo Augusto Monte Lopes

Diretor-GeralDesembargador Donato João Sehnem

Subdiretor-Geral AdministrativoSr. Noé Zelmi dos Santos

Subdiretor-Geral JudiciárioBel. Luiz Fernando Morschbacher

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O Tribunal de Justiça

Histórico

A Justiça no Brasil começou a ser instalada em1530, quando Martim Afonso de Souza recebeu am-plos poderes de D. João III, Rei de Portugal, para, in-clusive, sentenciar à morte autores de delitos entãoconsiderados mais graves.

No Rio Grande do Sul, a história do Judiciário teminício no dia 03 de fevereiro de 1874, com a instala-ção do Tribunal da Relação de Porto Alegre, na RuaDuque de Caxias, 225, com jurisdição sobre as Pro-víncias de São Pedro do Rio Grande do Sul e SantaCatarina. A Corte, composta por sete Desembarga-dores, teve como primeiro Presidente o Desembarga-dor João Baptista Gonçalves Campos.

Proclamada a República, e promulgada, em 24de fevereiro de 1891, a Constituição Federal, cada umadas antigas Províncias forma um Estado com compe-tência para legislar sobre Direito Processual e organi-zar sua Justiça. A Constituição do Estado foi promul-gada em 14 de julho de 1891, dispondo que as fun-ções judiciais seriam exercidas por um Superior Tri-bunal, com sede na Capital do Estado, por Juízes decomarca, pelo Júri e por Juízes Distritais. Em 1º deoutubro de 1891, com a instalação do Supremo Tribunal deSanta Catarina, cessa a jurisdição do Tribunal da Relação dePorto Alegre sobre o território do vizinho Estado.

O Tribunal da Relação foi extinto pelo decreto de17 de fevereiro de 1892, assinado pelo General Do-mingos Alves Barreto Leite, Governador Provisório, queconsiderava esse Tribunal um embaraço para a Admi-nistração do Estado. Dez dias depois da sua extinção,

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o mesmo General Domingos reativou a Corte, que,em junho de 1892 voltou a sofrer alterações, mas so-mente em 13 de janeiro de 1893 foi instalado o Tribu-nal Superior do Rio Grande do Sul, no edifício da hojedenominada Praça Marechal Deodoro, popularmenteconhecida como Praça da Matriz, em prédio gêmeodo Theatro São Pedro.

A nova Constituição Federal de 1934 dispôs quecompetia aos Estados, com observância dos princí-pios nela estabelecidos, legislar sobre sua divisão eorganização judiciárias. Quanto à Magistratura, a in-vestidura nos primeiros graus efetuava-se medianteconcurso organizado pela Corte de Apelação, deno-minação que veio a ser atribuída ao então SuperiorTribunal do Estado. Essa Constituição estabeleceu quea composição dos Tribunais Superiores reservaria lu-gares correspondentes a um quinto do número totalpara preenchimento por advogados e membros doMinistério Público. Foi também a Carta de 34 que ve-dou ao Juiz a atividade político-partidária.

Pela Constituição outorgada em 10 de novembrode 1937, a Corte Suprema voltou a ter a denomina-ção de Supremo Tribunal Federal e os Tribunais dosEstados passaram a denominar-se não mais Cortesde Apelação, mas Tribunais de Apelação. Com a que-da do Estado Novo, e promulgada a nova Constitui-ção Federal em 18 de setembro de 1946, o Tribunalde Apelação passa a ter a denominação que perma-nece até hoje, Tribunal de Justiça. A principal inova-ção introduzida por essa Constituição, no que diziarespeito à Justiça dos Estados, foi a faculdade da cri-ação de Tribunais de Alçada, cuja instalação no RioGrande do Sul ocorre em 1971.

Em 19 de novembro de 1949 o prédio do Tribunalé destruído por um incêndio criminoso com conse-qüências que ainda se fazem sentir, reduzindo a cin-

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zas os arquivos e a biblioteca. A nova sede levou maisde 10 anos para ser construída, sendo objeto de con-curso público em 1953. Foram vencedores os arqui-tetos Luis F. Corona e Carlos Maximiliano Fayet. O Pa-lácio da Justiça foi o projeto mais importante da ar-quitetura da época em Porto Alegre, seguindo carac-terísticas defendidas pelo arquiteto francês LeCorbusier: pilotis com a função de deixar o andar tér-reo livre; paredes envidraçadas e quebra-sóis; estru-tura livre para possibilitar mudanças permanentes nointerior.

Promulgada a Constituição do Estado do Rio Gran-de do Sul, em 1989, configura-se a autonomia do Tri-bunal de Justiça em prover os cargos de Juiz de Car-reira da Magistratura Estadual sob sua jurisdição, oque até então era prerrogativa do Poder Executivo.

Em 15 de setembro de 1997, por sua maioria, oÓrgão Especial do Tribunal Pleno decide favoravelmen-te à unificação do Tribunal de Justiça e Tribunal deAlçada. No mesmo ano, em 23 de dezembro, o DiárioOficial do Estado publica a Emenda Constitucional nº22, unificando as duas Cortes. A sessão solene deunificação foi realizada no Teatro do Sesi, em 25 demaio de 1998, quando 60 magistrados procedentesdo Tribunal de Alçada foram empossados Desembar-gadores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Gran-de do Sul.

Em janeiro de 1998, passa a funcionar no novoprédio do Tribunal (localizado na Avenida Borges deMedeiros nº 1.565, onde desde janeiro de 1997 jáfuncionava o Tribunal de Alçada) a seção criminal doTJ e, em julho do mesmo ano, a seção cível.

Em 29 de novembro de 1999, inaugura-se nomesmo prédio o novo Pleno do TJ, denominado Ple-nário Ministro Pedro Soares Muñoz.

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15301530153015301530 - Início da instalação da Justiça no Brasil.

18741874187418741874 - Instalação do Tribunal da Relação de PortoAlegre.

18911891189118911891 - A Constituição do Estado determina que asfunções judiciais sejam exercidas por umSuperior Tribunal, por Juízes de Comarca,Juízes Distritais e pelo Júri.

18921892189218921892 - Extinção do Tribunal de Relação.

18931893189318931893 - Instalação do Tribunal Superior do Rio Gran-de do Sul.

19341934193419341934 - A Constituição Federal estabelece: a inves-tidura de magistrados nos primeiros grausmediante concurso; a reserva de 1/5 dos lu-gares dos Tribunais Superiores a advogadose membros do MP; a proibição da atividadepolítico-partidária de juízes.

19371937193719371937 - A Corte Suprema volta a ter a denominaçãode Supremo Tribunal Federal, e os Tribunaisdos Estados passam a se chamar Tribunaisde Apelação.

19461946194619461946 - O Tribunal de Apelação passa a ter a denomi-nação de Tribunal de Justiça, e a Constitui-ção Federal estabelece a faculdade da cria-ção dos Tribunais de Alçada pelos Estados.

19711971197119711971 - Instalação do Tribunal de Alçada do Rio Grandedo Sul.

19981998199819981998 - Unificação do Tribunal de Justiça e do Tribunalde Alçada. Instalação das seções criminal ecível do TJ no novo prédio na Avenida Borgesde Medeiros, nº 1.565.

19991999199919991999 - Inauguração do novo Pleno do TJ, denominadoPlenário Ministro Pedro Soares Muñoz.

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Tribunal de Justiça - Hoje

O TJRS é integrado por 125 desembargadores,sendo que um quinto (1/5) dos lugares deve ser preen-chido por juristas oriundos das classes dos advoga-dos e do Ministério Público. Os serviços administrati-vos e a Corregedoria-Geral da Justiça estão sediadosno Palácio da Justiça, localizado na Praça MarechalDeodoro, nº 55, enquanto a parte jurisdicional funcio-na no prédio novo do TJ, na Avenida Borges deMedeiros, nº 1.565, na Capital.

São órgãos do TJ: o Tribunal Pleno; os Grupos deCâmaras Criminais e os Grupos de Câmaras Cíveis; asCâmaras Separadas (Cíveis e Criminais) e as Turmas;Presidência e as Vice-Presidências; o Conselho da Ma-gistratura; a Corregedoria-Geral da Justiça; as Comis-sões e Conselhos.

O Tribunal divide-se em duas Seções: Cível e Cri-minal. A primeira é constituída por 22 Câmaras e asegunda por 8 Câmaras, que julgam matérias especí-ficas. A Seção Cível subdivide-se em Seção de Direi-to Público (1ª, 2ª, 21ª, 22ª e 3ª e 4ª Câmaras Cíveis) eSeção de Direito Privado (da 5ª a 20ª Câmaras Cíveis).

Órgãos que compõem o TJ

Tribunal Pleno

É constituído pela totalidade dos 125 desembar-gadores que integram o Tribunal de Justiça do RioGrande do Sul. É presidido pelo Presidente do Tribunalde Justiça, e, nos seus impedimentos, sucessivamen-te, pelos Vice-Presidentes ou pelo desembargadormais antigo.

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Compete ao Tribunal Pleno eleger o Presidente,os Vice-Presidentes e o Corregedor-Geral da Justiça,em votação secreta, dentre os integrantes da terçaparte mais antiga do Colegiado.

Órgão Especial

É constituído por 25 desembargadores do Tribu-nal Pleno, sendo membro nato seu Presidente, e ten-do em sua composição metade dentre os mais anti-gos e metade eleita, respeitada tanto quanto possívela representação do Quinto Constitucional. Suas ses-sões são presididas pelo Presidente do Tribunal e, noseu impedimento, sucessivamente, pelos Vice-Presi-dentes ou pelo desembargador mais antigo. Para arealização de Sessão Plenária, é indispensável a pre-sença de, no mínimo, 17 membros. Mas, para a apre-ciação de matéria de natureza constitucional, o quórumserá, no mínimo, de 20 membros.

Compete ao Órgão Especial, entre outras atribui-ções: deliberar sobre as propostas orçamentárias doPoder Judiciário; eleger em lista tríplice os juízes, ad-vogados ou membros do Ministério Público para preen-chimento de vagas no próprio Tribunal; solicitar inter-venção no Estado por intermédio do STF; processar ejulgar nas infrações penais comuns os deputados es-taduais, os juízes estaduais, membros do MinistérioPúblico estadual, o Procurador-Geral do Estado, osSecretários de Estado e o Vice-Governador; os man-dados de segurança, os habeas-data e os mandadosde injunção contra atos ou omissões do Governadordo Estado, da Assembléia Legislativa e do próprio TJ.

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Conselho da Magistratura

É o órgão maior de inspeção e disciplina na 1ªinstância e de planejamento da organização e da ad-ministração judiciárias em 1ª e 2ª instâncias. Integra-do pelo Presidente, 1º, 2º e 3º Vice-Presidentes doTJ, pelo Corregedor-Geral da Justiça e por doisdesembargadores eleitos. Reúne-se uma vez por se-mana.

Corregedoria-Geral da Justiça

Órgão de fiscalização, disciplina e orientação ad-ministrativa, com jurisdição em todo o Estado. É dirigidapor um desembargador com o título de Corregedor--Geral, auxiliado por 16 Juízes-Corregedores.

Competências

Seção Cível

1º Grupo Cível – 1ª e 2ª Câmaras1º Grupo Cível – 1ª e 2ª Câmaras1º Grupo Cível – 1ª e 2ª Câmaras1º Grupo Cível – 1ª e 2ª Câmaras1º Grupo Cível – 1ª e 2ª Câmaras• Direito Tributário e Fiscal;• licitação e contratos administrativos, exceto as de-mandas pertinentes ao fornecimento de água potávele energia elétrica;• Direito Público não-especificado.

2º Grupo Cível – 3ª e 4ª Câmaras2º Grupo Cível – 3ª e 4ª Câmaras2º Grupo Cível – 3ª e 4ª Câmaras2º Grupo Cível – 3ª e 4ª Câmaras2º Grupo Cível – 3ª e 4ª Câmaras• servidor público;• concurso público;• ensino público;• litígios derivados de desapropriação ou de servidãode eletroduto;• Direito Privado não-especificado.

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3º Grupo Cível – 5ª e 6ª Câmaras3º Grupo Cível – 5ª e 6ª Câmaras3º Grupo Cível – 5ª e 6ª Câmaras3º Grupo Cível – 5ª e 6ª Câmaras3º Grupo Cível – 5ª e 6ª Câmaras• dissolução e liquidação de sociedade;• falências e concordatas;• ensino particular;• registros das pessoas jurídicas e de títulos e docu-mentos;• previdência privada;• seguros;• responsabilidade civil;• Direito Privado não-especificado.

4º Grupo Cível – 7ª e 8ª Câmaras4º Grupo Cível – 7ª e 8ª Câmaras4º Grupo Cível – 7ª e 8ª Câmaras4º Grupo Cível – 7ª e 8ª Câmaras4º Grupo Cível – 7ª e 8ª Câmaras• Família;• Sucessões;• união estável;• Estatuto da Criança e do Adolescente;• registro civil das pessoas naturais.

5º Grupo Cível – 9ª e 10ª Câmaras5º Grupo Cível – 9ª e 10ª Câmaras5º Grupo Cível – 9ª e 10ª Câmaras5º Grupo Cível – 9ª e 10ª Câmaras5º Grupo Cível – 9ª e 10ª Câmaras• acidente de trabalho;• contratos agrários;• contratos do Sistema Financeiro de Habitação;• responsabilidade civil;• Direito Privado não-especificado.

6º Grupo Cível – 11ª e 12ª Câmaras6º Grupo Cível – 11ª e 12ª Câmaras6º Grupo Cível – 11ª e 12ª Câmaras6º Grupo Cível – 11ª e 12ª Câmaras6º Grupo Cível – 11ª e 12ª Câmaras• transporte;• responsabilidade civil em acidente de trânsito;• negócios jurídicos bancários;• Direito Privado não-especificado.

7º Grupo Cível – 13ª e 14ª Câmaras7º Grupo Cível – 13ª e 14ª Câmaras7º Grupo Cível – 13ª e 14ª Câmaras7º Grupo Cível – 13ª e 14ª Câmaras7º Grupo Cível – 13ª e 14ª Câmaras• consórcio;• arrendamento mercantil;• alienação fiduciária;• reserva de domínio;• usucapião;• Direito Privado não-especificado.

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8º Grupo Cível – 15ª e 16ª Câmaras8º Grupo Cível – 15ª e 16ª Câmaras8º Grupo Cível – 15ª e 16ª Câmaras8º Grupo Cível – 15ª e 16ª Câmaras8º Grupo Cível – 15ª e 16ª Câmaras• locação;• honorários de profissionais liberais;• corretagem;• mandatos;• representação comercial;• comissão mercantil;• gestão de negócios;• depósito mercantil;• negócios jurídicos bancários;• Direito Privado não-especificado.

9º Grupo Cível – 17ª e 18ª Câmaras – e 10º Grupo9º Grupo Cível – 17ª e 18ª Câmaras – e 10º Grupo9º Grupo Cível – 17ª e 18ª Câmaras – e 10º Grupo9º Grupo Cível – 17ª e 18ª Câmaras – e 10º Grupo9º Grupo Cível – 17ª e 18ª Câmaras – e 10º GrupoCível – 19ª e 20ª CâmarasCível – 19ª e 20ª CâmarasCível – 19ª e 20ª CâmarasCível – 19ª e 20ª CâmarasCível – 19ª e 20ª Câmaras• condomínio;• usucapião;• propriedade e direitos reais sobre coisas alheias;• posse;• promessa de compra-e-venda;• registro de imóveis;• passagem forçada;• servidões;• comodato;• nunciação de obra nova;• divisão e demarcação de terras particulares;• adjudicação compulsória;• uso nocivo de prédio;• direitos de vizinhança;• leasing imobiliário;• negócios jurídicos bancários;• Direito Privado não-especificado.

11º Grupo Cível – 21ª e 22ª Câmaras11º Grupo Cível – 21ª e 22ª Câmaras11º Grupo Cível – 21ª e 22ª Câmaras11º Grupo Cível – 21ª e 22ª Câmaras11º Grupo Cível – 21ª e 22ª Câmaras• Direito Tributário e Fiscal;• licitação e contratos administrativos, exceto as de-mandas pertinentes ao fornecimento de água potávele energia elétrica;• Direito Público não-especificado.

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Seção Criminal

1ª, 2ª e 3ª Câmaras1ª, 2ª e 3ª Câmaras1ª, 2ª e 3ª Câmaras1ª, 2ª e 3ª Câmaras1ª, 2ª e 3ª Câmaras• crimes dolosos e culposos contra a pessoa;• crimes de entorpecentes.

4ª Câmara4ª Câmara4ª Câmara4ª Câmara4ª Câmara• competência originária para as infrações penais atri-buídas a Prefeitos Municipais;• competência recursal para as seguintes infrações:crimes contra a incolumidade pública; crimes contraa Administração Pública; crimes de parcelamento desolo urbano;• crimes contra a ordem tributária; crimes de abusode autoridade;• crimes contra a economia popular e definidos noCódigo de Defesa do Consumidor; crimes ambientais;• crimes contra licitações públicas.

5ª, 6ª, 7ª e 8ª Câmaras5ª, 6ª, 7ª e 8ª Câmaras5ª, 6ª, 7ª e 8ª Câmaras5ª, 6ª, 7ª e 8ª Câmaras5ª, 6ª, 7ª e 8ª Câmaras• crimes contra o patrimônio;• crimes contra os costumes;• crimes contra a honra;• as demais infrações penais.

Câmaras Especiais

O TJRS é integrado ainda por três Câmaras Es-peciais Cíveis (as 1ª e 2ª julgam matéria de DireitoPrivado e a 3ª julga matéria de Direito Público). Têmpor competência processos que envolvam matériarepetitiva, definida previamente, mediante critériosobjetivos, pelo Órgão Especial.

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A Justiça de 1º Grau

Juízes de Direito

São os magistrados que administram a Justiça em 1ªinstância. São juízes togados colocados em certas circuns-crições (comarcas) em que se limita sua jurisdição, nasquais será o administrador da Justiça em nome do Estado.Segundo a matéria que forma a sua competência dentrode sua jurisdição, um Juiz de Direito é dito Juiz Civil, JuizComercial, Juiz da Falência, Juiz Criminal, Juiz da Infância,Juiz de Família.

Podem ser convocados pelo presidente do Tribunalde Justiça para preencher lacunas em razão de faltas, im-pedimentos, afastamentos, licenças e férias dedesembargadores.

Juízes de Direito Substitutos

São juízes em estágio probatório (com duração de doisanos), que se investem na função de magistrados parasubstituir os Juízes de Direito nos seus impedimentos ounas suas faltas.

Pretores

São magistrados com competência limitada. Desde aConstituição Federal de 1988, passam a compor quadroem extinção.

A Justiça de 1º Grau

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Juizados Especiais

Surgem pioneiramente no Rio Grande do Sul em 1982,na Comarca de Rio Grande, com o nome de Juizados dePequenas Causas, sendo adotados mais tarde em todo opaís.

São órgãos da Justiça ordinária instituídos pela lei nº9.099, de 26/9/1995, de criação obrigatória pela União, noDistrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, no âmbi-to da sua jurisdição, para conciliação, processo, julgamen-to e execução, nas causas de sua competência. Têm comomotivação fundamental abreviar a solução dos litígios, de-safogando a justiça ordinária.

Orientam-se pelos critérios da oralidade, simplicida-de, informalidade, economia processual e celeridade, bus-cando sempre que possível a conciliação das partes. Res-tringem-se a causas de reduzido valor econômico, que nãoexcedam a 40 salários mínimos. Causas de até 20 saláriosmínimos não necessitam assistência de advogado. Somen-te as pessoas físicas capazes podem propor ações. Pes-soas jurídicas, o insolvente civil, o incapaz e o preso nãopodem demandar no Juizado Especial.

Os Juizados Especiais Cíveis julgam, em geral, açõesde cobrança, indenizações, direito do consumidor, consór-cio, problemas de vizinhança, despejo para uso próprio. Nãosão da alçada destes Juizados as causas criminais, as denatureza falimentar, fiscal, trabalhista, de acidentes de tra-balho e onde haja interesse da Fazenda Pública ou da União.

Os Juizados Especiais Criminais têm competência parao julgamento e a execução das infrações penais de menorpotencial ofensivo, ou seja, as contravenções penais e oscrimes punidos com pena máxima não superior a quatroanos.

A Justiça de 1º Grau

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Comarcas

O 1º Grau conta com 164 Comarcas, divididas ementrâncias inicial (pequeno porte), intermediária (médioporte) e final (Capital).

Foros Central e Regionais pertencentesà Comarca da Capital

Foro Central – Rua Márcio Veras Vidor, nº 10.Restinga – Estrada João Antônio Silveira, nº 2.545.Partenon – Av. Aparício Borges, nº 2.025.Alto Petrópolis – Av. Tenente Ary Tarragô, nº 735.Sarandi – Av. Assis Brasil, nº 7.625.Tristeza – Av. Otto Niemeyer, nº 2.000.4º Distrito – Av. Farrapos, nº 2.750.

Serviço de Plantão Judiciário – – – – – Serviço quefunciona 24 horas, inclusive aos finais de semana e feria-dos, com estrutura própria para atender medidas urgen-tes.

Foro Central de Porto Alegre

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GlossárioGlossárioGlossárioGlossárioGlossário

Glossário

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Entendendo a Linguagem Jurídica 25

Ação cautelar - Tem a finalidade de as-segurar direito. Não dá razão a ninguém,pois qualquer das partes poderá ganharo processo subseqüente, chamado de“principal”. A cautelar pode sernominada (arresto, seqüestro, busca eapreensão) e inominada, ou seja, a queo Código não atribui nome, mas, sim, oproponente da medida (cautelar inomi-nada de sustação de protesto, por exem-plo). Pode ser preparatória, quando an-tecede a propositura da ação principal,e incidental, proposta no curso da açãoprincipal, como incidente da própriaação.

Ação cível - É toda aquela em que sepleiteia em juízo um direito de nature-za civil, ou seja, não-criminal.

Ação civil pública - Meio atribuído aoMinistério Público, e dado a pessoas ju-rídicas públicas e particulares, para aproteção do patrimônio público e so-cial, do meio ambiente e de outros inte-resses difusos e coletivos, objetivandofixar responsabilidade pelos danos aeles causados.

Ação criminal ou penal - Proce-dimento judicial que visa à aplicaçãoda lei penal ao agente ou agentes de atoou omissão, nela definidos como crimeou contravenção. Pode ser de naturezapública ou privada.

Glossário

A

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Ação declaratória ----- Aquela que visa àdeclaração judicial da existência ouinexistência de relação jurídica ou àdeclaração da autenticidade ou falsida-de de documento.

Ação declaratória de constituciona-lidade - Ação que tem por objeto prin-cipal a declaração da constitucionalida-de de lei ou ato normativo federal. En-tretanto, se julgada improcedente, aCorte declarará a inconstitucionalidadeda norma ou do ato. É proposta peranteo Supremo Tribunal Federal. Somentepodem propô-la o Presidente da Repú-blica, a Mesa do Senado Federal, aMesa da Câmara dos Deputados ou oProcurador-Geral da República.

Ação direta de inconstituciona-lidade (ADI) - Ação que tem por obje-to principal a declaração de inconstitu-cionalidade de lei ou ato normativo.Será proposta perante o Supremo Tri-bunal Federal quando se tratar de in-constitucionalidade de norma ou atonormativo federal ou estadual perantea Constituição Federal ou será propos-ta perante os Tribunais de Justiça dosEstados quando se tratar de inconstitu-cionalidade de norma ou ato normativoestadual ou municipal perante as Cons-tituições Estaduais. Entretanto, se jul-gada improcedente, a Corte declarará aconstitucionalidade da norma ou do ato.A Constituição Federal de 1988 e aConstituição do Estado do Rio Grande

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do Sul de 1989 ampliaram o rol dos quepossuem a titularidade para a proposi-tura dessas ações.

Ação popular - Meio processual, de as-sento constitucional, que legitima qual-quer cidadão a promover a anulação deato lesivo ao patrimônio público, ou deentidade de que o Estado participe, àmoralidade administrativa, ao meio am-biente e ao patrimônio histórico e cul-tural, ficando o autor popular, salvocomprovada má-fé, isento de custas ju-diciais e do ônus da sucumbência.

Ação rescisória - É aquela que visa arescindir (“abrir”) uma decisão judicialtransitada em julgado, substituindo-apor outra, que reapreciará objeto da açãoanterior, quando aquela foi proferidacom vício ou ilegalidade.

Acórdão - Designação dos julgamentosproferidos por tribunal, nos feitos desua competência originária ou recursal,por um dos seus órgãos colegiados.Cada vez mais a lei delega ao relatorpoderes para julgar isoladamente, mastais atos não são acórdãos, e sim deci-sões.

Aditamento - Acréscimo lançado, quan-do possível, num documento no sentidode completá-lo ou esclarecê-lo.

Ad hoc - Para isto; para este fim especí-fico.

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Advogado constituído - Aquele que écontratado por alguém para defenderseus interesses.

Advogado dativo ou assistente ju-diciário - Advogado nomeado pelo juizpara propor ou contestar ação civil,mediante pedido formal da parte inte-ressada que não possui condições depagar as custas do processo ou os ho-norários do advogado. Na esfera penal,é o nomeado ao acusado que não temdefensor, ou quando, tendo-o, este nãocomparecer a qualquer ato do processo.

Agravado - 1. Decisão ou despacho. 2. Aparte recorrida no recurso de agravo.

Agravante - 1. Circunstância acidentalque, além da reincidência, contribuipara maior gravidade do delito, e quesempre majora a pena, quando não cons-titui ou qualifica o crime. 2. A parte querecorre no recurso de agravo.

Agravo - Recurso contra decisão

interlocutória ou contra despacho dejuiz ou membro de tribunal agindo sin-gularmente.

Agravo de instrumento - Recurso ca-bível para o Tribunal tanto das decisões

interlocutórias propriamente ditasquanto de despacho de juízes de 1º grauque causem gravame à parte, a terceiroou ao Ministério Público.

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Agravo regimental - Espécie de recur-so disciplinado no regimento do Tribu-nal que o adota, daí a denominação.Consiste no comumente chamado“agravinho”. No TJRS caberá agravoregimental no prazo de cinco dias dedecisão do Presidente, dos Vice-Presi-dentes ou do relator, que causar prejuí-zo ao direito da parte. A petição do agra-vo regimental será submetida ao prola-

tor da decisão, que poderá reconsiderá--la ou submeter o agravo a julgamentodo órgão competente, computando-setambém seu voto. Somente quando orecurso for a Órgão Especial, o Presi-dente, como relator, participará do jul-gamento. Nos demais casos de decisãodo Presidente, será sorteado o relator.A interposição do agravo regimental nãoterá efeito suspensivo. Controverte-sea possibilidades de o regimento do Tri-bunal criar recursos, pois, em princípio,só a lei poderá fazê-lo.

Agravo retido - Recurso de decisão

interlocutória que, a requerimento doagravante, fica retido nos autos, a fimde que dele conheça o tribunal, preli-minarmente, por ocasião do julgamen-to da apelação.

Apelação cível - É o recurso que se in-terpõe de decisão terminativa ou defi-nitiva de primeira instância, para ins-tância imediatamente superior, a fim depleitear a reforma, total ou parcial, da

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sentença de natureza cível com a qual aparte não se conformou.

Apelação criminal - Recurso interpos-to pela parte que se julga prejudicada,contra a sentença definitiva de conde-nação ou absolvição em matéria de na-tureza criminal.

Apelado - A parte que figura como re-corrida na apelação.

Apelante - Quem interpõe a apelação.

Argüição de inconstitucionalidade -Procedimento mediante o qual as pes-soas ou entidades elencadas no art. 103da Constituição Federal impugnam atosou legislação de natureza normativa quecontrariem os preceitos da Carta Mag-na.

Arresto - Medida acautelatória dos direi-tos do credor, para não ter prejuízo naeventualidade de ser vencedor em açãocontra o proprietário do bem que possaser subtraído de sua disponibilidade,assim evitando seja ocultado, danifica-do, dilapidado ou alienado.

Assistência judiciária gratuita - É obenefício prestado às pessoas despro-vidas de recursos para custear o proces-so. Gozam desse benefício os necessi-tados nacionais ou estrangeiros residen-tes no País que precisarem recorrer àJustiça Penal, Civil, Militar ou do Tra-

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balho. Considera-se necessitado, para osfins legais, todo aquele cuja situaçãoeconômica não lhe permita pagar ascustas do processo e os honorários deadvogado, sem prejuízo do sustento pró-prio ou de sua família. Também as pes-soas jurídicas podem obter o benefício.

Assistente judiciário - O advogadonomeado pelo juiz para propor ou con-testar ação civil, mediante pedido for-mal da parte interessada.

Audiência - Reunião solene, presididapelo juiz, para a realização de atos pro-cessuais.

Audiência de instrução - Mais preci-samente: audiência de instrução e jul-gamento. Momento culminante do pro-cesso de conhecimento quando, em reu-nião pública e solene do juiz com as par-tes, produzem-se ou completam-se asprovas, enseja-se a conciliação, e é pro-ferida a sentença.

Autos - Conjunto ordenado das peças deum processo judicial.

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Baixa dos autos - Expressão simbólicasignificando a volta dos autos do grausuperior para o juízo originário, apósjulgamento do último recurso cabível einterposto ou medida administrativaapós solução da lide.

Busca e apreensão - Medida preventi-va ou preparatória, que consiste no atode investigar e procurar, seguido de apo-deramento da coisa ou pessoa que é ob-jeto de diligência judicial ou policial.

Câmaras - O Tribunal de Justiça atua emórgãos plenário – o Órgão Especial – efracionários. Estes dividem-se em Grupose Câmaras. Estas são compostas por qua-tro desembargadores, dos quais apenastrês participam do julgamento, sendo pre-sididas pelo mais antigo. O Tribunal deJustiça do Rio Grande do Sul possui 21Câmaras cíveis e oito Câmaras criminais.

Carta de ordem - Ato pelo qual umaautoridade judiciária determina a outra,de hierarquia inferior, a prática de umato processual, contanto que da mesmaJustiça e do mesmo Estado.

Carta precatória - É o expediente peloqual o juiz se dirige ao titular de outrajurisdição que não a sua, de categoria igualou superior à de que se reveste, para soli-

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citar-lhe seja feita determinada diligência,que só pode ter lugar no território cujajurisdição lhe está afeta. O juiz que expe-de a precatória é chamado de deprecante

e o que recebe denomina-se deprecado.A precatória, ordinariamente, é expedidapor carta, mas, quando a parte o preferir,por telegrama, radiograma, telefone e fax,ou em mãos do procurador.

Carta rogatória - É o expediente peloqual o juiz pede à Justiça de outro paísa realização de atos jurisdicionais quenecessitarem de ser praticados em ter-ritório estrangeiro.

Carta testemunhável - É o recurso ca-bível, em matéria penal, contra decisãoque denega recurso, ou da que, emborao admitindo, obste a sua expedição eseguimento para o juízo de instância su-perior.

Cartório extrajudicial - É o local ondesão praticados os atos notariais eregistrais, como, por exemplo, escritu-ras, testamentos públicos, registros imo-biliários de pessoas físicas, expediçãode certidões, etc.

Cartório ou Vara judicial - É o localonde são praticados os atos judiciaisrelativos ao processamento e procedi-mento dos feitos civis e criminais.

Citação - Ato pelo qual o réu é chamadoa juízo para, querendo, defender-se da

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ação contra ele proposta. Chamamentoa juízo de alguém, para reagir contra apostulação de outrem.

Cláusula pétrea - Dispositivo consti-tucional imutável, não podendo ser al-terado nem mesmo por via de Emendaà Constituição. O objetivo é impedirinovações em assuntos cruciais para acidadania ou o próprio Estado. O art.60, parágrafo 4º, da CF traz um exem-plo de cláusula pétrea: “Não será obje-to de deliberação a proposta de emendatendente a abolir: I – a forma federativade Estado; II – o voto direto, secreto,universal e periódico; III – a separaçãodos Poderes; IV – os direitos e garan-tias individuais.”

Código - Conjunto de disposições legaissistematizadas, relativas a um ramo doDireito.

Comarca - Território ou circunscriçãoterritorial, em que exerce sua jurisdi-ção um Juiz de Direito.

Competência - Extensão do poder dejurisdição do juiz, ou seja, a medida dajurisdição. É a possibilidade concretade algum juiz julgar certa causa.

Competência originária dos tribu-nais - Em regra o processo inicia no 1ºgrau de jurisdição, porém existem ca-sos em que a lei estabelece que o pro-cesso deve ter início perante os órgãos

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jurisdicionais superiores, em razão dedeterminadas circunstâncias, como aqualidade e função das pessoas, a natu-reza do processo.

Competência recursal - É a compe-tência para admitir o recurso, no 1º grau,do juiz prolator da decisão, e, no 2ºgrau, do órgão julgador coletivo oucolegiado para conhecer, ou não, da ma-téria posta sub examine.

Conflito de competência ou confli-to de jurisdição - Quando diversosjuízes se dão por competentes para ummesmo processo ou todos se recusam afuncionar no feito, dando origem a umconflito. O Código de Processo Civilsoluciona-o por meio de um incidentechamado conflito de competência. Nalegislação processual civil já revogada,o atual conflito de competência deno-minava-se conflito de jurisdição.

Conselho da Magistratura - É o ór-gão maior de inspeção e disciplina na1ª instância e de planejamento da orga-nização e da administração judiciáriasem 1ª e 2ª instâncias. Compõe-se peloPresidente, 1º e 2º Vice-Presidentes doTJ, pelo Corregedor-Geral da Justiça

e por dois desembargadores eleitos. NoTribunal de Justiça do Rio Grande doSul, reúne-se uma vez por semana.

Contravenção penal - É a infração pe-nal a que a lei, isoladamente, pune com

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a pena de prisão simples ou de multa, ouambas, alternativa ou cumuladamente. Éum “crime menor”, enquadrado dentrodas normas legais que regem as Con-travenções Penais.

Corregedor-Geral da Justiça - Títulodo desembargador a quem incumbe acorreção permanente dos serviços judi-ciários de primeira instância e o zelopelo bom funcionamento e aperfeiçoa-mento da Justiça. Nessa atividade é au-xiliado por Juízes-Corregedores.

Corregedoria-Geral da Justiça - Ór-gão de fiscalização, disciplina e orien-tação administrativa, com jurisdição emtodo o Estado. Exercida por umdesembargador com o título de Corre-

gedor-Geral.

Correição - Função administrativa exer-cida pelo Corregedor-Geral da Justiça

ou Juízes-Corregedores, que tem porfinalidade emendar e corrigir os erros eabusos de autoridades judiciárias e dosserventuários da Justiça e auxiliares.

Correição geral ou ordinária - Aque-la que o Corregedor faz habitualmenteem toda a sua jurisdição, sem motivoespecial e em decorrência de suas obri-gações funcionais.

Correição parcial ou extraordiná-ria - É procedida pelo Corregedorem virtude de ter tido conhecimento

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de um fato particular, por meio da parteinteressada, e que implica erro ou abu-so de autoridade judiciária no qual teveorigem. (art. 195 do COJE)

Crime - Definido legalmente como a in-fração penal a que a lei comina pena dereclusão ou de detenção, quer isolada-mente, quer alternativa ou cumulativa-mente com a pena de multa.

Culpa - Violação ou inobservância de umaregra de conduta que produz lesão dodireito alheio. Elemento subjetivo da in-fração cometida, compreendida pelanegligência, imprudência ou imperíciaque pode existir em maior ou menor pro-porção (da culpa levíssima à culpa gra-ve), e obrigando sempre o infrator à re-paração do dano.

Decisão - Denominação genérica dosatos do juízo, provocada por petiçõesdas partes ou do julgamento do pedido.Em sentido estrito, pronunciamento dojuiz que resolve questão incidente.

Decisão interlocutória - É o ato peloqual o juiz, no curso do processo, deci-de questão incidente.

Decisão monocrática - Decisão pro-ferida por um único juiz.

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Declinar da competência - Quando háo entendimento de que não há compe-tência do órgão para decidir sobre o dis-cutido no processo.

Defensor - Advogado que promove adefesa do acusado. Expressão típica doprocesso penal.

Defensor dativo - O advogado nomea-do pelo juiz para promover a defesa doacusado ausente, foragido ou semmeios para constituir e pagar advoga-do próprio.

Defensoria Pública - Instituição essen-cial à função jurisdicional do Estado,incumbida da orientação jurídica e dadefesa em todos os graus, dos necessi-tados ou desprovidos de recursos. É deresponsabilidade do Poder Executivo.

Desaforamento - É o deslocamento deum processo de competência do Tribu-nal do Júri, já iniciado, de um foro paraoutro, transferindo-se para este a com-petência para dele conhecer e julgá-lo.

Desembargador - Título tradicional dosmembros dos Tribunais de Justiça dosEstados. No Tribunal de Justiça do RioGrande do Sul atuam 125 desembarga-dores.

Despacho - Na definição legal, são to-dos os atos do juiz que não sejam sen-

tença nem decisões interlocutórias, pra-

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ticados no processo, de ofício ou a re-querimento da parte. Atos de impulsoprocessual.

Destituição de tutela - Ato pelo qualo juiz afasta o tutor da função, quandonegligente, prevaricador ou incurso emincapacidade.

Detenção - Pena privativa de liberdade,que deve ser cumprida em regime semi--aberto ou aberto. É menos rigorosa quea reclusão e mais severa que a prisão

simples, esta última reservada às con-

travenções.

Diário da Justiça - Veículo no qual sãopublicados os atos oficiais do Poder Ju-diciário, para que tenham efeitos legais.No Rio Grande do Sul, circula exclusi-vamente em meio eletrônico e está dis-ponível no site TJRS: www.tjrs.jus.br.

Direito líquido e certo - Locução em-pregada pela Constituição para qualifi-car o direito amparável por mandado desegurança, que se apresenta ao julga-dor pela documentação oferecida inde-pendente de prova produzida em au-diência.

Dolo - 1. (Direito Civil) Vício de consen-timento caracterizado na intenção deprejudicar ou fraudar outrem. 2. (DireitoPenal) Intenção de praticar o mal que écapitulado como crime, seja por açãoou por omissão.

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Efeito suspensivo - Efeito normal de todorecurso, exceto se por disposição legal fordado unicamente efeito devolutivo, e cujaconseqüência é tornar a sentençainexecutável, até o julgamento do recur-so, ficando suspensos seus efeitos.

Embargos - O termo tem várias conota-ções, mas, em síntese, significa autori-zação legal para suspender um ato; de-fesa de um direito, como embargos doexecutado ou do devedor, ou, ainda,como recurso (embargos de declaraçãoou embargos infringentes).

Embargos à execução - Meio peloqual o devedor se opõe à execução, sejaela fundada em título judicial (senten-ça) ou em título extrajudicial (duplica-ta, cheque, contrato), com a finalidadede controvertê-lo.

Embargos de declaração - Recursocontra decisão que contém obscurida-de, omissão ou contradição, tendo comofinalidade esclarecer, tornar clara a de-cisão. Em qualquer caso, a substânciado julgado, em princípio, será mantida,visto que os embargos de declaração nãovisam a modificar o conteúdo da deci-são, embora precedentes autorizem efeitoinfringencial e modificação da questãode mérito quando flagrante equívoco.

Embargos de divergência - Recurso

cabível quando ocorre divergência deturmas ou seções no STF, STJ e TRF.

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Embargos infringentes - Recurso ca-bível quando não for unânime o julga-mento proferido em apelação e em ação

rescisória. Se o desacordo for parcial,os embargos serão restritos à matériaobjeto da divergência.

Emolumentos - Ingressos eventuais dedinheiro, em benefício do servidor daJustiça, quando recebe remuneração,fixada em lei, diretamente da parte.

Entrância - Hierarquia das comarcas deacordo com o movimento forense, den-sidade demográfica, receitas públicas,meios de transporte, situação geográficae fatores socioeconômicos de relevância.No Estado do Rio Grande do Sul, deno-minam-se: entrância inicial – comarcasde pequeno porte; entrância intermediá-ria – comarcas de médio porte; entrân-cia final – Comarca da Capital.

Escrivão - Auxiliar do juízo de 1º grau,titular do cartório ou ofício a quemcabe organizar os autos, guardá-los econservá-los, assim como todos os pa-péis e documentos relativos aos fei-tos em geral; auxiliar nas audiênciase praticar os atos determinados em leiou pelo juiz; manter contato com o Mi-nistério Público e com os procuradoresdas partes.

Exceção da verdade - Defesa indiretade que se vale a pessoa acusada, no sen-tido de, sem negar o que contra ela se

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argúi, oferecer fato verdadeiro capaz,por si, de neutralizar a acusação.

Execução - A fase do processo judicialna qual se promove a efetivação dassanções, civis ou criminais, constantesde sentenças condenatórias. Diz-seexecução da sentença.

Extinção de punibilidade - Consisteno surgimento de causas que obstem aaplicação das sanções penais pela re-núncia do Estado em punir o autor dodelito. As causas de extinção mais co-muns são a prescrição e a morte doagente.

Extradição - É o ato pelo qual um Esta-do entrega a outro, com o qual mantémconvenção, por solicitação deste, um in-divíduo para ser processado e julgadoperante seus tribunais.

Extra petita - Diz-se da decisão do juizfora do pedido formulado na petição ini-cial, o que resulta em nulidade do jul-gamento.

Família substituta - Substituição dopátrio poder dos pais por outra família,nos casos determinados pela Justiça, nasformas de guarda, tutela ou adoção.

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Fiança - É o ato ou contrato pelo qual umterceiro, chamado fiador, assume ou as-segura, no todo ou em parte, o cumpri-mento de obrigação do devedor, quandoeste não a cumpra ou não a possa cum-prir, salvo quando a obrigação seja estri-tamente pessoal, isto é, somente o deve-dor pessoalmente a possa cumprir.

Foro Judicial - Local público e oficial-mente destinado a ouvir e atender as pe-tições, as postulações, as provas dos fa-tos alegados e decidir o direito aplicávelà relação litigiosa. Pode ser usado paradesignar o edifício público no qual fun-cionam os órgãos do Poder Judiciário,como também o juízo, poder jurisdicio-nal ou o órgão do Poder Judiciário, com-preendendo os Juizados, respectivoscartórios e todo o aparelhamento neces-sário ao seu funcionamento.

Fumus boni iuris. - “Fumaça do bomDireito”: presunção de legalidade, aná-lise efetuada pelo Juiz ao apreciar, porexemplo, um pedido liminar ou umatutela antecipada.

Grau de jurisdição - É a ordem de hie-rarquia judiciária, que se divide em in-ferior e superior. A inferior decide emprimeira ou anterior instância; a superior,

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nos tribunais, por meio de recurso, de-cide a causa já julgada na infe-rior.

Grupo - O Tribunal de Justiça do Rio Gran-de do Sul possui quatro Grupos Crimi-nais e dez Cíveis. Cada Grupo é forma-do por duas Câmaras, com exceção do1º Grupo Cível. Exige-se a presença de,no mínimo, sete desembargadores, in-cluindo o presidente para o funcionamen-to dos Grupos. Aos Grupos cabe unifor-mizar a jurisprudência na área de suacompetência.

Guarda de crianças e adolescen-tes - É deferida pelo juiz à pessoa no-toriamente idônea da família, em casode separação judicial ou divórcio emque forem culpados ambos os cônjuges,ou de suspensão ou extinção do poderfamiliar do pai e da mãe.

Habeas corpus - Medida judicial decaráter urgente, que pode ser impetra-da por qualquer pessoa, ainda que nãoadvogado, em seu favor ou de outrem,bem como pelo Ministério Público,sempre que alguém sofrer ou se acharna iminência de sofrer violência ou co-ação ilegal na sua liberdade de ir e vir.Pode ser preventivo - quando não con-sumada a violência ou coação, porém

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exista receio de que venha a ocorrerou remediativo - quando visa fazer ces-sar a violência ou coação exercida contraa pessoa em favor de quem é impetrado(paciente).

Habeas data - Direito assegurado pelaConstituição brasileira ao cidadão inte-ressado em conhecer informações rela-tivas a sua pessoa, contidas nos arqui-vos e registros públicos de qualquer re-partição federal, estadual e municipal,bem como retificá-las ou acrescentar ano-tações que julgar verdadeiras e justificáveis.

Habilitação incidente - É a substitui-ção de qualquer das partes no processopor motivo de falecimento, pelos seussucessores ou interessados na sucessão.

Hasta pública - É a alienação, em praça(imóvel) ou leilão (móvel), que se rea-liza no local de costume da comarca,mediante pregão do respectivo portei-ro, ou por intermédio de leiloeiro, de-vidamente autorizado pelo juiz compe-tente.

Impedimento - Circunstância que im-possibilita o juiz de exercer, legal-mente, sua jurisdição em determinadomomento ou em relação a determina-da causa.

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Impetrado - 1. É a designação do réu nomandado de segurança. 2. Parte adver-sa do recurso (vulgo).

Impetrante - 1. É a designação do autorno mandado de segurança. 2. Que ouquem recorre (vulgo).

Impetrar - 1. Ajuizar algum remédio pro-cessual, em geral o mandado de segu-rança ou o habeas corpus. 2. Diz-se doato de ajuizar mandado de segurança.

Imputação - Acusação a alguém, pormeio de queixa-crime ou denúncia doórgão público, pela prática de um deli-to.

Imputável - Suscetível de imputação, ouseja, que pode receber acusação pormeio de queixa-crime ou denúncia doórgão público, pela prática de um deli-to, a partir de 18 anos de idade.

Incidente de falsidade - Meio proces-sual pelo qual se argúi falsidade de do-cumento apresentado como prova.

Inconstitucionalidade - Inadequaçãoou ofensa da lei, do ato normativo oudo ato jurídico à Constituição.

Inimputável - Que não é suscetível deimputação, que não pode ser responsa-bilizado por delitos cometidos. No Bra-sil, são inimputáveis, por exemplo, osmenores de 18 anos.

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Entendendo a Linguagem Jurídica 47

Instância - Grau de jurisdição na hierar-quia judiciária.

Instância única - É o juízo exclusivo dejulgamento de uma causa, não podendoser interposto recurso ordinário de suadecisão para outra instância gradativa.

Instrução criminal - Fase do processopenal destinada a apurar a existência,espécie e circunstâncias do crime, e suaautoria.

Interdição de direito - Ato pelo qualse priva uma pessoa de praticar certosatos ou de gozar de certos direitos civisou políticos, ou, ainda, de os adquirir.

Interesse individual particular ouprivado - É o interesse que não ultra-passa a esfera de cada pessoa.

Interesse público - Interesse geral.Tudo o que diz respeito ao bem comum.É de toda a sociedade.

Interesses coletivos ou difusos -São aqueles que ultrapassam a indivi-dualidade do ser humano, constituindo--se em verdadeiros interesses de grupos,de uma coletividade, isto é, sem um ti-tular individualizado.

Intimação - Ato pelo qual é dada ciênciaaos procuradores das partes, a elas pró-prias ou a terceiros, para que seja feitaou deixe de ser feita alguma coisa den-tro ou fora do processo.

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In verbis - Textualmente; com as mes-mas palavras; o que se vai escrever ouler a seguir.

Iura novit curia. - O juiz conhece o Di-

reito.

Juiz - É a pessoa investida de autoridadepública para administrar a justiça.

Juiz de Direito - É o magistrado, isto é,o juiz togado; aquele que integra a ma-gistratura, por haver ingressado na res-pectiva carreira segundo os preceitos dalei, constitucional e ordinária, por aten-der aos respectivos requisitos de habi-litação, proferindo as decisões nas de-mandas nos respectivos graus de juris-dição.

Juiz de Paz – Tem a competência depresidir o ato do casamento civil. Atuaem cartórios de registro civil.

Juizado - Mais propriamente empregadopara indicar a sede do juízo, isto é, arepartição em que está instalado o juízoe onde o juiz dá seus despachos e suasaudiências. Designa também o cargo ouofício do juiz.

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Juizados Especiais Cíveis e Crimi-nais (JECs) - Órgãos da Justiça ordi-nária instituídos pela Lei nº 9.099, de26/09/1995, de criação obrigatória pelaUnião, no Distrito Federal e nosTerritórios, e pelos Estados, no âmbitoda sua jurisdição, para conciliação, pro-cesso, julgamento e execução, nas cau-sas de sua competência. Têm como mo-tivação fundamental abreviar a soluçãodos litígios, desafogando a justiça ordi-nária. Orientam-se pelos critérios daoralidade, simplicidade, informalidade,economia processual e celeridade, bus-cando sempre que possível a concilia-ção das partes. Restringem-se a causasde reduzido valor econômico, que nãoexcedam a 40 salários mínimos. Cau-sas de até 20 salários mínimos não ne-cessitam de advogado. Somente as pes-soas físicas capazes podem proporações. Pessoas jurídicas, o insolventecivil, o incapaz e o preso não podemdemandar no Juizado Especial. OsJuizados Especiais Criminais julgam osdelitos considerados de baixa lesividade.O sistema de JECs foi implantado pio-neiramente no Rio Grande do Sul em1982, na Comarca de Rio Grande, com onome de Juizados de Pequenas Causas,sendo adotado mais tarde em todo o país.

Juiz-Corregedor - Juiz que auxilia oCorregedor-Geral da Justiça na correiçãodos serviços judiciários de primeira ins-tância e no zelo pelo bom funcionamen-to e aperfeiçoamento da Justiça.

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Entendendo a Linguagem Jurídica50

Juízo coletivo ou colegiado - É todoaquele em que a função judicante é exer-cida conjuntamente por três ou maismembros.

Juízo de retratabilidade - É a possibi-lidade, nos casos previstos em lei, de omagistrado reconsiderar a sua decisão.

Juízo monocrático ou singular - Éaquele de um só juiz. Opõe-se a juízocoletivo.

Jurado - O mesmo que juiz de fato. Juiznão togado, escolhido entre cidadãos denotória idoneidade, entre 21 e 60 anos deidade, para compor o conselho de senten-ça nos julgamentos do Tribunal do Júri.

Júri - ver Tribunal do Júri.

Jurisdição - É uma das funções do Esta-do, mediante a qual terceiro imparcialresolve os conflitos entre os titulares deinteresses tutelados pelo Direito.

Jurisdição contenciosa - É aquela emque há conflito caracterizado pela dispu-ta entre duas ou mais partes, que plei-teiam providências opostas do juiz.

Jurisdição voluntária ou graciosa -Quando não há disputa entre as partes,mas a intervenção do juiz é necessária,exercendo-se a jurisdição no sentido desimples administração. O exemplo maiscomum ocorre em caso de separação

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consensual. Nela não há lide a ser pro-posta por sentença. Ao juiz cabe apenashomologar o pedido, fiscalizando a re-gularidade do ajuste de vontades ope-rado entre os consortes.

Justiça do Estado - Poder Judiciáriode cada um dos Estados-Membros dafederação, composto por juízes e de-sembargadores.

Justiça do Trabalho - Conjunto de ór-gãos do Poder Judiciário, composto peloTribunal Superior do Trabalho, Tribu-nais Regionais e Varas do Trabalho, coma atribuição de dirimir os conflitosoriundos das relações entre empregado-res e empregados regidos pela legisla-ção trabalhista.

Justiça Eleitoral - Ramo do Poder Judi-ciário competente para entender dos as-suntos relacionados com o alistamentoeleitoral, as eleições, os partidos políti-cos e os delitos de natureza eleitoral.

Justiça Federal - Poder Judiciário for-mado por juízes federais integrantes dasSeções Judiciárias, uma em cada Esta-do e no Distrito Federal, e pelos Tribu-nais Regionais Federais.

Justiça Militar - Ramo do Poder Judi-ciário competente para processar e jul-gar os crimes militares definidos em lei.

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Liberdade assistida - Regime de liber-dade aplicada aos adolescentes autoresde infração penal ou que apresentamdesvio de conduta, em virtude de graveinadaptação familiar ou comunitária,para o fim de vigiar, auxiliar, tratar eorientar.

Liberdade condicional - Benefício con-cedido aos condenados, mediante deter-minados requisitos, antecipando o seuretorno ao convívio em sociedade.

Liberdade provisória - É aquela con-cedida em caráter temporário ao acusa-do a fim de se defender em liberdade.

Licitação - Ato em forma de concorrên-cia, tomada de preços, convite, concur-so ou leilão, promovido pela adminis-tração pública direta ou indireta, entreos interessados habilitados na compra oualienação de bens, na concessão de ser-viço ou obra pública, em que são leva-dos em consideração qualidade, rendi-mento, preço, prazo e outras circunstân-cias previstas no edital ou no convite.

Lide - Sinônimo de litígio; processo; pleitojudicial. Conflito de interesses suscita-do em juízo.

Liminar - ver medida liminar.

Limitação de fim de semana - Penarestritiva de direitos limitada aos finsde semana.

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Litigante - Aquele que propõe ou con-testa demanda em juízo, ou seja, quemé parte de um processo judicial.

Litisconsórcio - Situação em que, noprocesso, figuram vários autores ou vá-rios réus, vinculados pelo direito mate-rial questionado.

Litisconsorte - Participante de um litis-consórcio; ativo – quando for autor; pas-sivo – quando réu.

Magistrado - Todo aquele que se achainvestido da mais alta autoridade polí-tico-administrativa. O Presidente daRepública é o primeiro “magistrado”da nação. Em sentido mais restrito, éaquele a quem foram delegados pode-res, na forma da lei, para administrar ajustiça.

Magistratura - É o corpo de juízes queconstitui o Poder Judiciário.

Mandado - Como vocábulo jurídico sig-nifica ato escrito, ordem emanada de au-toridade pública, judicial ou adminis-trativa, em cumprimento de diligênciaou medida que é determinada (manda-do de citação, de penhora, de prisão, deapreensão).

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Mandado de citação - Ato mediante oqual se chama a juízo, por meio de ofi-cial de justiça, o réu ou o interessado, afim de se defender.

Mandado de injunção – Decisão daJustiça que interpreta, com força de leipara as partes, um direito constitucio-nal ainda não regulamentado por lei or-dinária.

Mandado de segurança - Ação defla-grada por pessoa física ou jurídica a fimde que se lhe assegure, em juízo, um di-

reito líquido e certo, demonstrado, vio-lado ou ameaçado por ato de autoridade,manifestamente ilegal ou inconstitucio-nal. Esse direito não deve ser protegidopor habeas corpus ou habeas data.

Mandado de segurança coletivo -Pode ser impetrado por partido políti-co, com representação no CongressoNacional, organização sindical, entida-de de classe, regulado pelo art. 5º, LXX,da Constituição Federal, visando a tu-tela de interesses coletivos ou difusos.

Manifestação - Em Direito Administra-tivo, parecer, opinião sobre determina-do assunto. Em Direito Processual, opi-nião da parte em atos do processo.

Medida cautelar - É cabível quandohouver fundado receio de que uma par-te, antes da propositura ou julgamentoda lide, cause ao direito da outra lesãograve e de difícil reparação.

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Medida de segurança - Medida dedefesa social aplicada a quem praticouum crime, tentou praticá-lo ou se pre-para para praticá-lo, desde que revela-da periculosidade social e probabilida-de de reincidência.

Medida liminar - Decisão judicial pro-visória proferida nos 1º e 2º graus dejurisdição, que determina uma provi-dência a ser tomada antes da discussãodo feito, com a finalidade de resguar-dar direitos. Geralmente concedida emação cautelar, tutela antecipada e man-

dado de segurança.

Mérito - Questão ou questões fundamen-tais, de fato ou de direito, que consti-tuem o principal objeto da lide.

Ministério Público - Instituição perma-nente, essencial à função jurisdicionaldo Estado, à qual incumbe a defesa daordem jurídica, do regime democráticoe dos interesses sociais e individuaisindisponíveis.

Não conhecer – Não admitir; não rece-ber. Aplica-se em relação aos recursosinterpostos ou a quaisquer outros pedi-dos sobre medidas processuais que serecusem ou não se admitam por impro-cedentes ou não cabíveis.

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Notário ou tabelião - Agente delegadoque lavra, nos seus livros de notas, osinstrumentos dos atos jurídicos que lhesão solicitados pelas pessoas interessa-das, fazendo-o com observância dasnormas jurídicas incidentes, inclusiveas de Direito Tributário. Os notários têmfé pública e estão sujeitos à fiscaliza-ção do Poder Judiciário, pelas suas Cor-regedorias de Justiça, que lhes podemimpor penalidades.

Notificação - Ciência dada ao requeri-do para que pratique ou deixe de prati-car determinado ato, sob pena de sofrerônus previstos em lei.

Oficial de justiça - É o auxiliar daJustiça encarregado de proceder às di-ligências que se fizerem necessáriasao andamento do julgamento da cau-sa e ordenadas pela autoridade judi-ciária.

Órgão especial (Órgão Especial do Tri-bunal Pleno) - É constituído pelos vintee cinco desembargadores mais antigos,respeitada a representação do quinto

constitucional. Suas sessões serão pre-sididas pelo Presidente do Tribunal, e noseu impedimento, sucessivamente, pelosVice-Presidentes ou pelo desembargador

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mais antigo. No TJRS, reúne-se em ses-são ordinária nas primeiras e terceiras se-gundas-feiras de cada mês e, extraordi-nariamente, quando convocado pelo Pre-sidente ou pelo requerimento de 1/3 deseus integrantes.

Paciente - Pode ser tanto a vítima do ilí-cito penal como aquele que sofre cons-trangimento ilegal em sua liberdade deir e vir, favorecido pela impetração dohabeas corpus.

Parecer – 1. Opinião manifestada porjurisconsulto em torno de questão jurí-dica sobre dúvida de quem formula aconsulta e que poderá, ou não, ser acei-ta pelo consulente. 2. Opinião expressapor assessor jurídico, em orientaçãoadministrativa. O parecer não obriga oconsulente a seguir a opinião nele conti-da, salvo, na esfera administrativa, se orespectivo regulamento assim determinar,caso em que passa a ter caráter normativo.3. Manifestação do Ministério Público noprocesso. Jamais pode ser tomado comosinônimo de decisão do juiz.

Participação - 1. Ato ou efeito de parti-cipar, tomar parte, integrar. Pode serdireta ou indireta. 2. Aviso que se dá aalguém.

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Partilha - É a divisão dos bens da heran-ça entre os sucessores do falecido e ocônjuge sobrevivente.

Pauta - Relação dos processos a seremjulgados em órgão de 1º e 2º graus, afi-xada no átrio da sede do juízo, para ciên-cia dos interessados.

Pena alternativa – Procuram minoraro problema da reincidência criminal eo desafogamento do sistema prisional,por meio de penas restritivas de direi-tos como a prestação de serviços à co-munidade, a interdição temporária de di-reitos e a limitação de fim de semana.Aplicam-se para delitos leves, com pe-nas não superiores a 04 anos.

Petição - Peça escrita dirigida pelo inte-ressado ao juiz ou membro de tribunal,requerendo ato forense.

Petição inicial - Qualidade da petiçãocom que se instaura o processo.

Poder familiar - É o complexo de di-reitos que a lei confere aos pais, sobre apessoa e os bens do(s) filho(s).

Precatório – Especialmente empregadopara indicar a carta expedida ao Presi-dente do Tribunal pelos juízes da execu-ção de sentenças, em que a FazendaPública foi condenada a certo pagamen-to a fim de que, por seu intermédio, seautorizem e se expeçam as necessárias

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ordens de pagamento às respectivas re-partições pagadoras.

Pretor - Magistrado com competêncialimitada. Desde a Constituição Federalde 1988, passam a compor quadro emextinção, à medida que os cargos vaga-rem.

Primeira instância - É a instância ondetêm início os processos; equivale à ju-risdição de 1º grau.

Prisão - 1. Ato ou efeito de prender ouencarcerar. 2. Estabelecimento para se-gregação de delinqüentes.

Processo administrativo - Seqüênciade providências orientadas por autori-dade administrativa, em regra por suainiciativa e que são formalizadas porescrito, para o fim de investigar algumfato ou apurar alguma denúncia sobreocorrência ou conduta de alguém, gra-vosa ao serviço público.

Procurador de Justiça - Agente doMinistério Público que atua no 2º graude jurisdição.

Procurador do Estado - Bacharel emDireito devidamente inscrito na Ordemdos Advogados e concursado que repre-senta o Estado em juízo.

Procuradoria-Geral da Justiça - Mi-nistério Público estadual.

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Procuradoria-Geral do Estado – É oórgão que defende os interesses do Es-tado.

Prolator - Juiz que prolata ou profere umasentença.

Promotor de Justiça ou PromotorPúblico - Bacharel em Direito, concur-sado pelo Ministério Público, que pro-move os atos judiciais no interesse dasociedade, segundo os ditames consti-tucionais.

Proponente - Pessoa que oferece a ou-trem um negócio.

Queixa – 1. Exposição do fato criminosofeita pelo próprio ofendido ou por quemtiver legitimidade para representá-lo. 2.Petição inicial nos crimes de ação pri-vada ou crimes de ação pública em quea lei admite a ação privada.

Querelado - Aquele contra quem se moveação penal privada.

Querelante - Autor da ação penal privada.

Quinto constitucional - Disposiçãoconstitucional que prevê a integração demembros do Ministério Público e daAdvocacia na composição de alguns tri-bunais. São juízes togados.

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Reclamação - Medida de natureza cor-reicional, normalmente prevista nas leisde organização judiciária, mediante aqual a parte que sofreu gravame por atoou omissão judicial, de que não caibarecurso, reclama ao órgão superior com-petente.

Reclusão - Pena de privação de liberda-de mais severa que a detenção, por apli-car-se a atos puníveis mais graves, e queé cumprida em regime fechado, semi-

aberto ou aberto.

Recurso - Meio, dentro da mesma rela-ção processual, de que pode servir-se aparte vencida ou quem se julgue preju-dicado, para obter a anulação ou refor-ma, total ou parcial, de uma decisão.

Recurso adesivo - Modalidade de re-curso de natureza civil que se aplica aoscasos em que autor e réu sejam venci-dos parcialmente. É assim chamadoporque, quando uma das partes a inter-põe, a outra a ele adere.

Recurso especial - Recurso de compe-tência do Superior Tribunal de Justiça,instituído pela Constituição de 1988. Écabível nas causas decididas em única ouúltima instância pelos Tribunais Regio-nais Federais ou pelos Tribunais dos Es-tados, do Distrito Federal e Territórios,quando a decisão recorrida: a) contrariartratado ou lei federal ou negar-lhes vigên-cia; b) julgar válida lei ou ato de governo

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local contestado em face de lei federal; c)der à lei federal interpretação divergenteda que lhe tenha atribuído outro tribunal.

Recurso extraordinário - Recursode competência do Supremo Tribu-nal Federal, de cabimento restrito àscausas decididas em única ou última

instância, quando a decisão recorri-da: a) contrariar dispositivo da Cons-t i tuição Federal; b) declarar ainconstitucionalidade de tratado oulei federal; c) julgar válida lei ou atode governo local contestado em faceda Constituição.

Recurso ordinário - Pode ser de com-petência recursal do Supremo TribunalFederal ou do Superior Tribunal de Jus-tiça.

Regime aberto - Execução da pena emcasa de albergado ou estabelecimentoadequado.

Regime fechado - Execução da pena

em estabelecimento de segurança má-xima ou média.

Regime semi-aberto - Execução dapena em colônia agrícola, industrial ouestabelecimento similar.

Relator - Membro de um tribunal a quemfoi distribuído um feito, cabendo-lhe es-tudar o caso em suas minúcias eexplaná-lo em relatório, na sessão desua câmara, turma ou outro órgão cole-

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giado do tribunal ao qual pertença, emcuja pauta tiver sido incluído, e profe-rir decisões isoladas no processo, quan-do a lei o autorize.

Relatório - Exposição sintética daquiloque se viu, observou ou concluiu, emtorno de determinado assunto.

Revisão criminal - Meio processual quepermite ao apenado demonstrar, a todotempo, a injustiça da sentença que ocondenou.

Revisor - Magistrado, membro de tribu-nal, incumbido de rever e corrigir o re-latório de um processo a ser julgado emgrau de recurso.

Rol dos culpados - Relação daquelesque foram condenados criminalmente,transmitida aos órgãos competentespara registro dos antecedentes na folhapenal.

Segredo de justiça - Característica decertos atos processuais desprovidos depublicidade, por exigência do decoro ouinteresse social. Nesses casos o direitode consultar os autos e de pedir certi-dão fica restrito às partes e seus advo-gados.

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Segunda instância – Designação doconjunto de órgãos judiciários que jul-gam recursos. Tribunal.

Semoventes - Diz-se da coisa animadaque, movendo-se por si, é suscetível dese afastar de determinado lugar.

Sentença - 1. Ato do juiz pelo qual põetermo ao processo, decidindo, ou não,o mérito da causa. 2. Ato do juiz peloqual, pondo fim ao processo, decidepela condenação ou absolvição do acu-sado.

Seqüestro - É uma das medidas destina-das a conservar os direitos dos litigan-tes. Constitui-se na apreensão e no de-pósito de bens móveis, semoventes ouimóveis, ou de frutos e rendimentos des-tes.

Sessão - Período em que os membros deum parlamento, tribunal, associação ouqualquer outro corpo colegiado reúnem-se para deliberar ou simplesmente ou-vir uma explanação.

Sindicância - Procedimento instauradono âmbito de órgão público a fim deapurar irregularidade funcional e que dábase ao eventual processo administrati-vo, que visará à punição do culpado.

Sub iudice - Expressão qualificativa deuma controvérsia em juízo.

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Sucumbência - Situação da parte per-dedora da ação, sobre quem recai o ônusdas custas operacionais e honorários deadvogado da parte vencedora.

Sursis - ver suspensão condicional da

pena.

Superior Tribunal de Justiça - Órgãodo Poder Judiciário com jurisdição emtodo o território nacional composto de,no mínimo, 33 ministros, com atribui-ção básica de conhecer, originariamen-te, os conflitos de competência entrequaisquer tribunais, em recurso espe-cial, as causas decididas em única e últi-ma instância pelos Tribunais RegionaisFederais ou pelos Tribunais dos Esta-dos, do Distrito Federal e Territórios.

Supremo Tribunal Federal - O órgãojudiciário mais elevado de uma nação,hierarquicamente acima dos TribunaisSuperiores e Juízes de qualquer grau. NoBrasil, o Supremo Tribunal Federal tempor função precípua a guarda da Consti-tuição.

Suspeição - Fato de se duvidar da im-parcialidade de um juiz, promotor,testemunha, perito, assistente técnico,serventuário da justiça e intérprete.

Suspensão condicional da pena(sursis) - Direito do sentenciado quepreencha os requisitos indispensáveis àconcessão de ter a aplicação de sua pena

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suspensa. Crédito de confiança dado aocriminoso, estimulando-o a que nãovolte a delinqüir.

Suspensão do poder familiar - Me-dida judicial, reclamada pela segurançada criança e do adolescente e de seus ha-veres, em que incorre o pai ou a mãe porabuso de poder, falta aos deveres pater-nos, dissipação dos bens do filho, comcondenação por sentença irrecorrível.

Tabelião - O mesmo que notário.

Trânsito em julgado - Situação da sen-tença que se tornou indiscutível, por nãomais sujeita a recurso, originando a coi-sa julgada.

Tribunal de Justiça - Órgão de segun-do grau, de criação obrigatória, em to-dos os Estados, com competênciapara, normalmente, julgar recursosdas decisões dos juízes de primeirograu.

Tribunal do Júri - Tribunal popular com-petente para o julgamento dos crimescontra a vida, consumados ou tentados,e constituído por um juiz de direito evinte e cinco cidadãos (jurados).

Tribunal Militar - Órgão da Justiça Mi-

litar.

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Tribunal Pleno - É constituído pela to-talidade dos desembargadores, sendopresidido pelo Presidente do Tribunalde Justiça, e, nos seus impedimentos,sucessivamente, pelos Vice-Presidentesou pelo desembargador mais antigo,competindo-lhe eleger o Presidente, osVice-Presidentes e o Corregedor-Geralda Justiça e seu Vice, em votação se-creta, dentre os integrantes da terça par-te mais antiga do Colegiado.

Tribunal Regional Eleitoral - Tribu-nal de âmbito estadual formado porjuízes indicados pela OAB, juízes dedireito e desembargadores, indicadospelo Tribunal de Justiça, e membrosdo Ministério Público Federal, nome-ados pelo Presidente da República paraatender à jurisdição eleitoral.

Tribunal Regional Federal - É o Tribu-nal que se constitui na 2ª instância dosprocessos que correm perante a JustiçaFederal. Porto Alegre sedia o TribunalRegional Federal da 4ª Região, compostapelos Estados do RS, SC e PR.

Turmas - Às Turmas de Julgamento com-pete uniformizar a jurisprudência cível.Para cumprir este objetivo, o Órgão jul-ga os recursos dos processos em que,envolvendo relevante questão de Di-reito, se faça conveniente prevenir oucompor divergências entre as Câmarasseparadas e os Grupos. As Turmas sãocompostas pelos Grupos que tratam a

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matéria a ser decidida. Havendo trêsdecisões no mesmo sentido, o Órgãopode sumular a matéria se três decisõesno mesmo sentido forem tomadas.

Tutela antecipada - Ato do Juiz queadianta, parcial ou totalmente, os efei-tos do mérito do processo.

Última instância - Aquela que põe ter-mo final ao processo e de cuja decisãonão cabe mais recurso, salvo o extraor-dinário, na forma da lei.

Ultra petita - Expressão empregada paraqualificar a decisão judicial que ultra-passa o interesse manifestado pelas par-tes na ação.

Única instância - O juízo exclusivo dejulgamento de uma causa, não podendoser interposto recurso ordinário de suadecisão para outra instância gradativa.

Valor da causa - Valor que o autor dá àcausa. É menção obrigatória em todosos feitos civis.

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Vara - Cada uma das divisões de jurisdi-ção de uma comarca, confiada a um Juizde Direito. Ex.: Vara Cível, Criminal,da Fazenda Pública.

Vista - Ato pelo qual alguém recebe osautos de um processo como direito detomar conhecimento de tudo o que nelese contém. Ex: pedir vista, dar vista.

Vogal - Membro de um órgão judiciárioque vota sem ser relator nem revisor daquestão que lhe é submetida.

Writ - Termo inglês que significa manda-do, ordem escrita. Quando utilizado naterminologia jurídica brasileira, refere--se sempre ao mandado de segurança eao habeas corpus.

Zona eleitoral - Divisão geográfica queabrange todos os eleitores de uma de-terminada região ou território.

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