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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 20 OUTUBRO 2016 | N.º 569 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO No balanço dos três anos de mandato, Joaquim Couto manifestou o seu contenta- mento por chegar a esta fase e ter já 75% do compromisso eleitoral cumprido, sendo que 16% dos restantes compromissos estão em execução. “Não só estamos a cumprir o que prometemos, como estamos a ir mais além”, afirma o presidente da Câmara. Compromisso eleitoral cumprido em 75% diz Joaquim Couto Obras da Praça Camilo Castelo Branco para terminar em março Rede viária, com novo investimento de 2,2 milhões de euros, vai englobar 22km de estradas por todas as freguesias e o cruza- mento do Barreiro em S. Tomé de Negrelos. PÁG.S 8 E 9 Paulo Leal renuncia ao cargo de presidente da Junta da Reguenga PÁGINA ENTREVISTA A GONÇALVES AFONSO (PSD) “Nunca vi uma figura tão congregadora de vontades como a Andreia Neto”

ENTREVISTA A GONÇALVES AFONSO (PSD) “Nunca vi uma … · senti a necessidade de me de-safiar e ver quem eu era”, revela a artista. O álbum, lançado em maio de 2015, foi indicado

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 20 OUTUBRO 2016 | N.º 569 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

No balanço dos três anos de mandato, Joaquim Couto manifestou o seu contenta-mento por chegar a esta fase e ter já 75% do compromisso eleitoral cumprido, sendo que16% dos restantes compromissos estão em execução. “Não só estamos a cumpriro que prometemos, como estamos a ir mais além”, afirma o presidente da Câmara.

Compromisso eleitoralcumprido em 75%diz Joaquim Couto

Obras da Praça Camilo CasteloBranco para terminar em marçoRede viária, com novo investimento de 2,2 milhões de euros, vaienglobar 22km de estradas por todas as freguesias e o cruza-mento do Barreiro em S. Tomé de Negrelos. PÁG.S 8 E 9

Paulo Lealrenuncia ao cargode presidente daJunta da ReguengaPÁGINA

ENTREVISTA A GONÇALVES AFONSO (PSD)

“Nunca vi umafigura tãocongregadora devontades comoa Andreia Neto”

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||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Falta pouco tempo para Andrew Birdvoltar ao nosso país. No próximo dia8 de novembro atuará na Casa daMúsica, no Porto. No dia seguinte es-tará em Lisboa, no Centro Culturalde Belém. Serão dois espectáculosintimistas, dado que estará sozinhoem palco. Irá apresentar o novo tra-balho, “Are You Serious”, deste ano.Sobrará espaço, obviamente, para vá-rias canções espalhadas por vinteanos de carreira. Há alguma proba-bilidade do multi-instrumentista ame-ricano revisitar “Armchair Apocrypha”,de 2007.

Após o aclamado “The MysteriousProduction of Eggs”, o músico deChicago manteve-se fiel à sua artecom o violino, dando-lhe mais con-sistência e coesão. O indie rock sur-ge agora mais diversificado e expan-sivo, com a guitarra mais evidencia-da, bem harmonizada com uma ba-

teria suave e discreta.Se o pássaro da capa aparece de

costas, talvez seja uma evidência detimidez. Andrew Bird dá uso ao seusobrenome, afugentando qualquerinibição com a sua capacidade emassobiar. Usa e abusa, sem nos satu-rar. Levanta voo logo com “Fiery Crash”.Cedo percebemos uma forte origina-lidade e, em “Armchairs”, sentimosarrepios, como se tivesse a aura deJeff Buckley com a vigilância de RufusWainwright. A alucinação nem é as-sim tão grande. Podia forçar e conce-ber “The Unforgettable Fire” tocadopelos The Decemberists. Somos pre-senteados com músicas flexíveis, per-corridas com um elástico suave, so-fisticado e elegante. “Imitosis”, “He-retics”, “Dark Matter” e “Scythian Em-pires” merecem uma audição atentae repetida. Num dia diferente reco-mendaria outras. Isto é bem exempli-ficativo da qualidade presente e dadificuldade em extrair uma melodiaem detrimento de outra.

As edições em vinil têm menosuma faixa em relação ao CD. “Yawnyat the Apocalypse” é o tema em falta,um instrumental que aparece na últi-ma posição do formato digital. |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016

O voo deumassobiador

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE a feliz contemplada nestasegunda saída de outubro foi o nossa estimada assinante Simão A. Ribeiro Silva

residente na rua do Infante D. Henrique, em Vila das Aves.

GUIMARÃES | MÚSICA

Maria Gadúapresentanovo discoem GuimrãesEsta sexta-feira, 21 de outubro,o Centro Cultural Vila Flor aco-lhe um concerto da tournée eu-ropeia de Maria Gadú que vema Guimarães – em data únicano nosso país – apresentar o seuúltimo trabalho, “Guelã”.

O disco foi produzido pelaprópria Maria Gadú e, alémdos vocais, a artista ainda as-sume a guitarra e o violão.“Guelã” é o trabalho que me-lhor transparece a identidadeda cantora, que teve ao seu cui-dado cada detalhe. “É um dis-co feito a pouquíssimas mãos.Trabalhei meticulosamente emcima dele, dentro de casa, compreciosismo e cuidado. Não éum apanhado de canções, to-das elas têm a ver entre si. Nosmeus outros lançamentos, des-de 2009, trabalhei com pes-soas muito boas, mas desta vezsenti a necessidade de me de-safiar e ver quem eu era”, revelaa artista.

O álbum, lançado em maiode 2015, foi indicado para oGrammy Latino na categoria“melhor álbum de Música Po-pular Brasileira”. Em junho des-se ano, a artista iniciou umaronda de concertos pelo Brasilpara apresentar o seu “Guelã”e a digressão revelou-se umenorme sucesso, que rendeuimediatamente o público e acrítica. Durante este mês, Gadúirá percorrer algumas das prin-cipais capitais da Europa. |||||

Dentro de portas - “ArmchairApocrypha”

Se o pássaro da capaaparece de costas, tal-vez seja uma evidên-cia de timidez. AndrewBird dá uso ao seusobrenome, afugen-tando qualquer inibi-ção com a sua capaci-dade em assobiar.

Uma comédia sobreturistas no cairdo pano doPalcos de Santo Tirso

Um turista, dois, três… e muitos mais.Uns vêm de partes incertas e outrosde partes mais certas. Mesclam-seculturas, receios, conhecimentos edesconfianças. E para piorar a situa-ção surge uma personagem sinistrae pouco fidedigna, maluca para mui-tos dos presentes, que não ajuda emnada. E de nada adianta chamar aautoridade, pois a confusão há mui-to que está instalada.

Grosso modo, é nestes termos quese apresenta a peça com a qual seecerra, no próximo sábado, 22 deoutubro, a segunda edição dos Pal-cos de Santo Tirso; festival de teatroamador organizado pela Companhia

de Teatro de Santo Tirso em parece-ria com a Câmara Municipal que nasúltimas semanas tem levado o teatroa diferentes pontos do concelho.

Para o fecho, então, a comédia “Tu-ristas” trazida pelo Grupo de TeatroAldeia Verde, de Lazarim (Lamego),e que será apresentada no auditórioda Escola Tomaz Pelayo, em SantoTirso, a partir das 21h30.

É o culminar de uma iniciativa quefoi ganhando cada vez mais adeptos,quando comparada com a ediçãoanterior, trilhando assim um caminhonem sempre fácil junto de uma po-pulação pouco habituada a espetá-culos de teatro. |||||

ESCOLA TOMAZ PELAYO, EM SANTO TIRSO ACOLHE OESPECTÁCULO DE ENCERRAMENTO DA SEGUNDAEDIÇÃO DO FESTIVAL DE TEATRO AMADOR DE SANTOTIRSO. É SÁBADO, ÀS 21H30. A ENTRADA É LIVRE

SANTO TIRSO | TEATRO

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VILA DAS AVES

Emilia Ferreira da Silva Lemos

A família participa o falecimento da sua ente querida, natural de Vila das Aves, com 51 anosde idade, falecida na Alemanha a 10 de Outubro de 2016.O funeral realizou-se no dia 14 de Outubro, na Capela Mortuária de Vila das Aves, para aIgreja Matriz, indo de seguida a sepultar no Cemitério de Vila das Aves. Sua família, renovaos sinceros agradecimentos pela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

SEXTA, DIA 21 SÁBADO, DIA 22Aguaceiros fracos. Vento fraco.Max. 22º / min. 14º

Chuva moderada. Vento fraco.Máx. 20º / min. 12º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 16º / min. 11º

DOMINGO, DIA 23

ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016 | 03

SANTO TIRSO | EXPOSIÇÕES

Com a vinha emoutubro, come acabra, engorda o boie ganha o dono.

NO MUSEU INTERNACIONAL DE ESCULTURA CONTEMPORÂNEA, O ESPANHOLMIQUEL NAVARRO DÁ A CONHECER A SUA “ESCULTURA ÍNTIMA”.A PARTIR DE AMANHÃ, O ALEMÃO TOBIAS REHBERGER JUNTA-SE AOS ARTISTASCOM EXPOSIÇÕES EM SANTO TIRSO

As esculturas e pinturas de MiquelNavarro expostas na sede do MuseuInternacional de Escultura Contem-porânea (MIEC) em Santo Tirso de-monstram uma forma particular de per-cecionar a cidade, um tema recorrenteda sua obra. O artista nascido em

Valencia, Espanha, em 1945, que ide-alizou para Santo Tirso a “Casa dePasso”, patente no Parque da Rabadae faz parte do espólio do MIEC, temobras de arte pública de grande di-mensão em várias cidades espanho-las. “Escultura Íntima” junta peças úni-

Miquel Navarro eTobias Rehberger comexposiçõesem Santo Tirso

cas concebidas pelo artista e um con-junto de trabalhos que estiveram ex-postos recentemente em Nova Iorque.

A exposição foi inaugurada nopassado dia 14 com a presença doescultor e estão previstas várias visi-tas guiadas, destinadas às escolasbásicas e secundárias, bem como aopúblico em geral. Os participantesserão convidados a imaginar mode-los de organização urbanística, apro-fundar o conhecimento sobre os acer-vos museológicos dos dois museusde Santo Tirso e ainda percorrer asobras do acervo ao ar livre.

“MUTTER 81%” NO ÁTRIODA CÂMARA MUNICIPALEntretanto, a partir desta sexta-feira,o átrio da Câmara Municipal de San-to Tirso tem patente ao público a ex-posição “Mutter 81%”, do escultor ale-mão Tobias Rehberger. A exposição,que se mantém até 20 de novembro,inclui uma série de obras concebidaspelo autor ao longo da sua carreira.

O artista germânico traz a SantoTirso maquetas de arquitetura feitasà escala que estão intimamente rela-cionadas com os universos da arte,design, arquitetura e cinema, enquantoelementos de um património coletivoque pode ser utilizado na constru-ção de novas obras.

A intenção de Rehberger não éque os espectadores se percam emprofundas reflexões acerca do con-ceito de obra de arte, mas que en-trem na própria obra para se diverti-rem e relaxarem. Para o artista, deveexistir uma libertação do objeto artís-tico e uma dissolução das fronteirastradicionais entre o autor e o espec-tador. A entrada é gratuita. |||||

A exibição conjunta de desenho eescultura da dupla negrelense, Amé-rico e Bruno Rajão continuará a agra-ciar o Centro Cultural Municipal deVila das Aves até ao próximo sába-do, 29 de outubro.

A mostra foi inaugurada a 24 desetembro e agrega as obras de pai efilho. Américo Rajão, 64 anos, natu-ral da Póvoa de Varzim, é atualmenteprofessor de educação visual no en-sino básico no agrupamento de es-colas D. Afonso Henriques e expõecom regularidade desde os anos 70.Privilegia as temáticas do mar e docorpo feminino. Bruno Rajão, 34anos, natural do vale do ave é profes-sor de desenho do ensino secundá-rio, licenciado em escultura pela fa-culdade de Belas Artes da Univer-sidade do Porto. Utiliza “Bafo de Pei-xe” como marca pessoal.

A idiossincrática exposição colocaem evidência as diferenças de aproxi-mação ao objeto artístico existentes en-tre ambos. Não apenas por uma ques-tão geracional, mas também de con-ceção estética. A entrada é gratuita. |||||

VILA DAS AVES | EXPOSIÇÃO

ExposiçãoColetiva encerraa 29 de outubro

PORMENOR DA EXPOSIÇÃO DEMIQUEL NAVARRO PATENTE NOMUSEU INTERNACIONAL DEESCULTURA CONTEMPORÂNEA

Obras de TobiasRehberger vão estar emexposição, no átrio daCâmara Municipal,até 20 de novembro

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04 | ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016

ENTREVISTA

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Há 50 anos residente em Santo Tirso,advogado, fundador da concelhia doPartido Social Democrata foi vereadorda câmara municipal e é hoje presi-dente da mesa da assembleia da sec-ção, António Jorge Gonçalves Afon-so, 73 anos, tem uma perspetiva in-vejável sobre a história recente doconcelho. Politicamente envolvido des-de o pré-25 de Abril, tem um olharmuito crítico das últimas três déca-das de domínio socialista da autar-quia, mas não retira alguma culpabi-lidade ao seu partido de sempre.

Como é que vê o posicionamento doPSD Santo Tirso relativamente àsautárquicas do próximo ano?Eu vou dizer-lhe o seguinte, o PSDem coligação com CDS e com o PPMsó ganhou uma vez em Santo Tirso.Era eu na altura presidente da con-celhia. E ganhou a câmara municipalcom o candidato certo, porque numaterra como Santo Tirso, mais do queos programas, mais do que a mensa-gem, é extremamente importante a fi-

Em Santo Tirso, o PSDsozinho não ganhaa um poder instalado

GONÇALVES AFONSO, PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIADA SECÇÃO DO PSD DE SANTO TIRSO

gura do candidato. O PPD e o CDScom o PPM ganharam a câmara como Dr. Armando Palhares Magalhãesque era um farmacêutico, já falecido,daqui de Santo Tirso.

Em 1979, se não estou em erro?Não lhe posso precisar a data, mastalvez, sim. O Dr. Palhares Magalhãesera uma pessoa muito especial, era umhomem muito honesto, um homemmuito sério, um homem trabalhador,mas que não tinha jeito para a políti-ca e muito menos para a politiquicee não se disponibilizou para se recan-didatar. Cansou-se depressa com aexperiência de um mandato. E a partirdaí nunca mais ganhamos as eleições.Santo Tirso é uma terra onde passamuito bem a mensagem de que oPPD é o partido dos patrões e o PS opartido dos trabalhadores. O que nãocorresponde, a meu ver, à verdade.

Portanto, o Partido Social Democra-ta, numa terra onde existiram e exis-tem grandes empreendedores econó-micos, na altura ainda muito mais como predomínio do têxtil, com o têxtilainda pujante, teve sempre muita di-ficuldade de implantação junto dostrabalhadores e passar a mensagemde que é um partido interclassista. Eportanto as pessoas votaram no PSdesconhecendo quem eram os pro-tagonistas do PS. Eu penso que o po-vo de Santo Tirso não conhecia, nemde perto nem de longe, o Dr. Joa-quim Couto, mas apresentava-se peloPartido Socialista e ganhou as elei-ções e o partido foi ganhando suces-sivamente depois. Eu costumo dizerque quando se está no poder numacâmara só se o presidente da câma-ra for muito inábil é que não repete

as vitórias. Leva uma grande vanta-gem. Está no poder, usa o poder, in-filtra-se facilmente nas associaçõesque dependem dos subsídios cama-rários e portanto leva logo aí umagrande vantagem.

Isso significa que está de acordo coma limitação dos mandatos?Eu estou de acordo com a limitaçãodos mandatos. Não podia estar maisde acordo. Para mim a política é umserviço, não uma profissão. Muitagente acredita que ser político exigeprofissionalismo, eu concordo emcerta parte, porque ser político exigetrabalho, preparação, dedicação, es-tou perfeitamente de acordo, mascontinuo a dizer que para mim a po-lítica é um serviço em que as pesso-as, desde que se encontrem com ca-pacidade para isso, se disponibilizempara servir os outros. E eu até achoque na política deve haver uma reta-guarda profissional, mas hoje há umcarreirismo político que não aprecio.As coisas são como são, em todo omundo é assim, mas de algum modoeu até acho que os mandatos sãodemais. Os três mandatos são demaisa meu ver. Penso que os dois man-datos é que seria acertado. Um polí-tico tem o primeiro mandato, conhe-ce dossiês, tem as suas estratégias,os seus planos e provavelmente omandato é curto. Mas, ao fim de doismandatos há que dá lugar a outros,é esta a minha posição de sempre.

Relativamente à oposição do PSD noconcelho de Santo Tirso, como é queanalisa o modo como tem sido feita?Eu já fui vereador de oposição. Eufui vereador da oposição num man-dato em que era presidente o Dr. Jo-aquim Couto e em que eram domi-nantes Joaquim Couto e Castro Fer-nandes. Pessoas com quem tenho umaboa relação pessoal, quer com umquer com outro. E a ideia com quefiquei é que é muito difícil fazer-seoposição à câmara. Eu entendo quea lei autárquica, tal como está, dascâmaras que resultam do método deHondt e não são homogéneas, nãoestá mal, mas pior seria se não tives-sem vereadores de oposição, porqueas câmaras são o governo das cida-des. Pode dizer-se que não faz senti-do num órgão executivo existir opo-sições ao próprio órgão. As oposi-ções deviam ser, em termos de teoriapolítica, relegadas para o fórumassembleia municipal. No entanto, eucontinuo a dizer que é salutar a exis-tência de vereadores de oposição nospróprios executivos. Se não, as coisas

que já são más, muito piores seriam.

Considera que não seria vantajosa aeleição de uma assembleia única emque o presidente da Câmara fosse oprimeiro eleito?Exatamente e depois constituía a equi-pa dele como sai a do governo. Emteoria política parece acertado, masna prática não é assim. Porque de al-gum modo, os vereadores da oposi-ção, ainda que o poder instalado nãolhes dê grande possibilidade de par-ticipação, com sonegação de elemen-tos e dossiês, com sonegação, em su-ma, de informação, são de algum mo-do um travão a excessos que come-tem e continuam a cometer. Portanto,eu continuo a dizer que sendo istotudo um pouco contraditório em te-oria política pura, na verdade é be-néfico para as terras continuarem ater dentro do executivo algumas pes-soas que de algum modo possam con-trariar essa atitude do presidente dacâmara que é no fundo quem manda.

Em termos de teoria política aassembleia municipal deveria fun-cionar como um parlamento…Estou perfeitamente de acordo, mas

HISTÓRICO DO PSD LOCAL, GONÇALVES AFONSO NÃO POUPA NAS CRÍTICAS AOATUAL PRESIDENTE DA CÂMARA, JOAQUIM COUTO, E NOS LOUVORES AANDREIA NETO QUE, A SER CANDIDATA À CÂMARA PELO PSD, TERÁ O SEU TOTAL APOIO

NA SUA PRIMEIRA ENTREVIS-TA AO ENTRE MARGENS,GONÇALVES AFONSORECORDA ALGUNS DOSMOMENTOS DO SEUPERCURSO POLÍTICO NAVIDA AUTÁRQUICA DE SANTOTIRSO

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em termos práticos, a meu ver, torna-se vantajoso pois os vereadores deoposição vão de algum modo limitaralguns excessos dos presidentes decâmara. Conseguem mais? Conse-guem menos? Eu digo que, na mi-nha prática foi absolutamente arrepi-ante. Fiz parte de uma lista contra oDr. Couto e posso dizer-lhe o se-guinte: nós fomos um grupo jeitosode oposição, o Bernardino Vascon-celos, o Armindo Teixeira Borges, eue o Pimenta Carvalho. Nós chegamosà câmara e pedimos ao presidenteda câmara uma sala, algum apoiologístico para que os dossiês nos fos-sem fornecidos antes das sessões dacâmara e começamos a estudar osdossiês todos. De tal maneira estu-dávamos os dossiês que quando ía-mos para a câmara, íamos mais bempreparados do que eles. O Dr. Coutochamou-me e disse-me: “não há maisdossiês para vocês. Os senhores tra-balham demais e acabou a conver-sa”. E pronto, viva a democracia. Econtinuou assim ad aeternum.

Sendo o presidente eleito direta-mente e os vereadores dependentesdesse resultado eleitoral, será que

este processo não transforma os ve-readores de oposição em meros es-pectadores?Quase. Os vereadores limitam-se àpresença nas reuniões, num ou outroassunto mais polémico a ter algumaintervenção, mas de facto não têm omínimo domínio e informação sobreo que se passa na câmara. Diz-me as-sim, então o que estão lá a fazer? Eudigo-lhe pouco ou nada, mas pelo me-nos são algum contrapeso a algunsexcessos do presidente da câmara.

Isso não aconteceria num regime par-lamentar?Num regime parlamentar, o problemaé que as assembleias municipais ain-da funcionam mal. Porque as assem-bleias municipais funcionam em ter-mos de voluntariado, as pessoas vãoàs sessões, muitas vezes nem sabemqual é a ordem de trabalhos, não háuma adequada preparação, nem sãofornecidos elementos suficientes paraterem uma intervenção mais consis-tente. Agora, há sempre algumas exce-ções, um ou outro que se dedica mais,estuda mais e procura mais informa-ção, mas é muito difícil. Um conjuntode cidadãos candidata-se por um de-

terminado partido e perde as eleições,vai às assembleias municipais, há umaordem de trabalhos que é atempada-mente enviada pelo presidente daassembleia municipal para todos oselementos, mas têm pouca informa-ção sobre as coisas que vão passar.Os partidos reúnem com os seus ve-readores, procuram mais ou menosdialogar, mas também têm escassoselementos e depois chega-se às as-sembleias municipais e pontifica a po-sição do presidente da câmara. E por-quê? Porque os presidentes de junta,que são uma componente muito im-portante das assembleias munici-pais, jamais votam a desagradar o pre-sidente da câmara porque precisamdele, porque sabem que se não esti-verem mais ou menos de acordo como presidente da câmara lá vai o apoiopara as suas juntas. E os partidosmuitas vezes, eu vivi esses exemplos,estou a dizer isso de fonte segura,aos presidentes de junta dizem, pron-to não podem votar contra, pelo me-nos abstenham-se e as coisas pas-sam sempre. Por outro lado, o presi-dente da câmara tem o poder denomear e dar pelouros aos seus ve-readores executivos, o que equivale

também a dizer, dá-lhes salários. De-mocracia, democracia, mas quem man-da na câmara é o presidente.

E o futuro? Estamos a um ano daseleições, quais são as possibilida-des do PSD criar uma surpresa elei-toral?Nós tirsenses, avenses, negrelenses,como quiser, pessoas do concelhode Santo Tirso na verdade têm umpoder – o poder de voto. Então achoque as pessoas deviam interrogar-se.Santo Tirso que tem tido no poderautárquico um domínio acentuadís-simo do partido socialista, 34 anos.Mas repare que nesse tempo asautarquias não tinham o poder quehoje têm, hoje têm poder, podem fa-zer coisas. Na altura, não havia di-nheiro, nem competências. Quandoo Dr. Palhares esteve na câmara nãotinha nada a ver com a atualidade.Hoje as câmaras podem mexer numaterra. Então o que digo é o seguinte,os tirsenses, os votantes em SantoTirso ou os votantes para a câmarade Santo Tirso devem interrogar-sesobre o seguinte: os concelhos vizi-nhos, que são os que eles conhe-cem melhor, a Maia, Famalicão, Paçosde Ferreira, Guimarães podem inter-rogar-se se o nosso concelho está àfrente ou atrás do desenvolvimentodestes concelhos. Esta é a primeirainterrogação que devem fazer. E seefetivamente entenderem que o con-celho de Santo Tirso vai à frente emdesenvolvimento, em progresso, emdinamismo local, bom, então estãoacertados na aposta que têm feito noPartido Socialista. Se entenderem quenós perdemos o comboio, e eu soudos que entende que perdemos ocomboio, então devem alterar estasituação. E devem dar oportunidadea outros de fazerem qualquer coisade diferente.

Esta é a primeira questão, a outraprende-se com isto: as pessoas foramcrescendo em democracia, hoje tal-

“Nunca vi no PSD deSanto Tirso umafigura tãocongregadora dasvontades do partidocomo a Andreia Neto”.

“O Dr. Joaquim Couto deve estar a pôr velinhas aoSão Rosendo para que o Henrique PinheiroMachado apresente uma candidatura independenteà Câmara. Porque são votos que saem do PSD”.

Santo Tirso é umaterra onde passamuito bem amensagem de que oPPD é o partido dospatrões e o PS opartido dostrabalhadores. O quenão corresponde, ameu ver, à verdade”.

CONTINUA NA PÁGINA 06

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vez já não votem na mãozinha comovotavam, embora depois a mãozinhafosse alterada para a rosa. As pesso-as diziam, “eu voto na mãozinha, nãoé nas setinhas. As setinhas são dospatrões, a mãozinha é que é do tra-balhador.” Se as pessoas que vão cres-cendo, porque a democracia vai de-vagar, mas vai e já fez grandes avan-ços, pode perguntar-se, já passaramtantos anos porque é que o PSD nãofoi capaz de dar a volta? Eu aqui possodizer-lhe que há culpas próprias doPSD: algumas guerrilhas internas, von-tades de afirmação de alguns egos,algumas escolhas não acertadas paraas candidaturas da câmara e algumafalta de trabalho de levar a mensa-gem aos votantes. O PSD é um gran-de partido a nível nacional e já ga-nhou legislativas em Santo Tirso. Logo,há aqui também culpas do PSD.

Então, o que o PSD deve fazer nes-tas próximas autárquicas? Eu pensoque o PSD tem que ter três coisas:Unidade Interna. Trabalho. Não se es-pere que os votos venham cair por-que as pessoas estão descontentescom o Dr. Couto. Há que trabalhar.Há que ir dialogar com as pessoas. Háque falar com as pessoas. Há que trans-mitir a mensagem aos eleitores. Háque ter uma ligação afetiva com oseleitores. Ter uma relação de proxi-midade com as pessoas que vão vo-tar. As pessoas conhecerem-se e da-rem-se a conhecer. Isto exige traba-lho. Depois há o terceiro elementoque para mim é fundamental: o PSDsozinho não ganha a um poder ins-talado. A candidatura do PSD tem queenvolver todos aqueles que não serevêem nesta gestão e neste atraso -que o concelho está esgotado com agestão socialista. Portanto, unidade,trabalho e abrangência/envolvimento.

O PSD tem o candidato que englobeessas três características?O PSD ainda não tem o candidatoanunciado. Vai anunciá-lo. Mas, naminha perspetiva, a atual presidente

da Comissão Política Concelhia doPSD, que é a deputada Andreia Neto,já reuniu o consenso generalizadointerno no PSD, já demonstrou von-tade de servir os tirsenses e está afazer um bom trabalho. Precisa-se ago-ra de quê? Precisa-se que as pessoasque não se revêem nesta gestão so-cialista a apoiem. Tem o PSD condi-ções para ganhar a câmara de SantoTirso liderado pela Dra. AndreiaNeto? Eu respondo, tem. Desde quenão se façam asneiras e desde queos cidadãos de Santo Tirso, nomea-damente figuras que não se revêemna gestão do Dr. Couto, se disponi-bilizem a apoiar a Andreia Neto. Por-que por um voto se perde, por umvoto se ganha. Há aqui um elementode charneira, não tenho medo dedizer isto, que são os chamados inde-pendentes, liderados pelo Dr. Henri-que Pinheiro Machado. É indiscutí-vel que o Dr. Henrique Pinheiro Ma-chado quer para Santo Tirso o me-lhor. Contudo, se persistir no movi-mento dos independentes pode es-tar a entregar de mão beijada o po-der ao Dr. Joaquim Couto. Isto é con-traditório mas é a realidade. O Dr.Joaquim Couto deve estar a pôr veli-nhas ao São Rosendo para que oHenrique Pinheiro Machado apre-sente uma candidatura independen-te à Câmara. Porque são votos quesaem do PSD. São mil votos, são oito-centos votos, não sei quantos são massei que serão alguns e com esses al-guns poderá dificultar efetivamente apossibilidade de haver uma mudan-ça que se espera em Santo Tirso.

É a Andreia Neto a personalidadeindicada para estabelecer esse tipode consensos?Eu conheço a Andreia Neto há unstrês, quatro anos e hoje sou um fãda Andreia Neto. Ela teve um gran-de mérito: eu nunca vi no PSD deSanto Tirso uma figura tão congre-gadora das vontades do partidocomo a Andreia Neto. Hoje, AndreiaNeto consegue efetivamente uma una-nimidade no PSD que eu, que fui fun-dador do PSD de Santo Tirso, nuncative. E outras pessoas nunca tiveram.Isto é mérito dela e já denota capaci-dade política. Por outro lado, é umapessoa que se tem dedicado à políti-ca, é deputada, estuda os problemas,tem mostrado muito interesse portodas as grandes problemáticas deSanto Tirso e é uma pessoa determi-nada e com vontade. Eu penso queé a pessoa certa para o lugar certo.Ela ainda não está anunciada, masterá indiscutivelmente o meu apoio.

Como é que avalia a gestão autár-quica, liderada pelo Dr. JoaquimCouto, dos últimos três anos?O Dr. Joaquim Couto era uma cartafora do baralho. O Dr. Joaquim Cou-to fez o que fez ou não fez em San-to Tirso, deixou o cargo de presiden-te da câmara a meio do mandato efoi correr outras águas. Foi para go-vernador Civil do Porto, foi para de-putado e quando já não era umagrande figura do Partido Socialista,para recuperar a sua carreira políti-ca resolveu regressar a Santo Tirso.O que fazia o Dr. Joaquim Coutoantes de vir para a câmara de SantoTirso? O que fazia profissionalmen-te? O que fazia politicamente? Dei-xo estas interrogações. Politicamen-te não era já uma figura proemi-nente do PS e profissionalmente nãosei o que fazia, mas não lhe conhe-ço qualquer atividade profissionaldigna desse nome, então teve aquium resguardo. O Dr. Couto lembrou-se, ‘sou socialista, ainda pode serque convença os patetas dos tirsen-ses’. Sabendo que, ‘o outro’ comoele diz, estava em fim de ciclo, veiodisputar internamente as eleições e,para estas coisas há sempre quemampare o andor, há sempre algunspatetas, resolveram que o Dr. Coutoera uma boa solução para esta terra.

Quando o Dr. Joaquim Coutoganhou as primeiras eleições, um

homem desconhecido, ele foi vere-ador do Dr. Palhares, mas ninguémo conhecia, era um médico em iníciode carreira, foi vereador e vivia emÁgua Longa. Hoje, tanto quanto sei,já nem as relações familiares deleandam muito próximas e tanto quan-to sei veio para a câmara para umarranjo de vida pessoal. Ponto pará-grafo. E os patetas de Santo Tirsoacharam bem votar no Dr. Couto. Equanto ao poder do eleitorado nãohá nada a objetar. Esta é a realidade.

Mas a minha questão vai mesmo nosentido da atuação política nos úl-timos três anos.Tive o prazer de participar, com umaassociação aqui de Santo Tirso, a“Amar Santo Tirso” (que era presi-dida por um jornalista meu amigochamado Pedro Fonseca), num de-bate com o Dr. Joaquim Couto. Eunão sei dizer que não, muito me-nos a amigos, e, por isso, disse quesim. Mal eu sabia que o Dr. Joa-quim Couto estava a pensar em vol-tar à câmara. Fui a esse debate, ondese falou do problema da fusão defreguesias (e, já agora, um parêntesisrápido só para afirmar que é umerro dizer-se que se fez alguma coi-sa na reforma administrativa do país,pois aquilo não é nada, é uma gran-de asneira, a meu ver) e nele vi umDr. Joaquim Couto muito crítico dagestão socialista de então. A tal pon-to que tive de dizer que não estavaali para atacar ou ofender o entãopresidente da Câmara. Disse-o erepeti-o. E interroguei o Dr. JoaquimCouto porque se mostrava agoradiferente daquilo que eu conhecia.Um Couto que não dava ouvidos àoposição e que agora se apresenta-va como um homem de diálogo ede envolvimento político.

Esse colóquio foi ainda antes daeleição.Exatamente. Logo ali disse-o. Mal eususpeitava. Cheirava-me. O Dr. Joa-quim Couto em tudo o que era pe-queno acontecimento em SantoTirso começou por reaparecer. Na-turalmente questionei-me sobrecomo é que aquele Joaquim Couto

que se esqueceu de Santo Tirsodurante tantos anos vinha agora.Cheirava-me. Depois, desenvolveu acampanha para a presidência da Co-missão Política da Concelhia de San-to Tirso e ganhou por um voto, pa-rece que com algumas dúvidas, por-que parecia que a candidata queestaria em linha de sucessão era aEngª Ana Maria. O Dr. Couto nes-se debate disse-me a mim: hoje souum homem totalmente diferente. Eudisse: estou admirado, porque eufui seu vereador da oposição, sei oque padeci com o senhor. Fiquei seuamigo, repare, porque eu tenho umaboa relação com ele, isto não tira aamizade. Costumo dizer que tenhoum irmão socialista e sou muito ami-go dele. O outro não é, felizmente.Não se confunde política com ami-zades. Amizade é uma coisa muitomais ampla. De qualquer maneira,ele disse: eu hoje sou um homemtotalmente diferente, porque eu re-conheço os meus erros. Mas hoje,posso-lhe dizer, o Dr. Joaquim Coutoaté ameaças veladas já vai fazendoà Andreia Neto. Eu posso dizer queo Dr. Joaquim Couto tem sido ex-tremamente incorreto politicamente,para alguém que além do mais tam-bém é eleita e é deputada por San-to Tirso. Logo, abertura e diálogo oDr. Joaquim Couto não tem nada.Tomara ao Dr. Joaquim Couto terum bocadinho de réstias de demo-cracia que tinha por exemplo o Dr.João Gonçalves, para citar um pre-sidente do tempo fascista. O Dr. JoãoGonçalves tinha muito mais de de-mocrata, muito mais de abertura doque tem o Dr. Joaquim Couto.

Portanto o Dr. Couto está muitopior do que aquilo que foi. O Dr.Couto, na sua anterior gestão foisuficiente, na atual gestão o Dr. Jo-aquim Couto tem sido mau. Temdado aos tirsenses festas, festinhas,mais festas e mais festinhas. Se opovo quer festas e festinhas que voteno Dr. Joaquim Couto. Se o povode Santo Tirso quiser algum desen-volvimento, algum trabalho em pro-le do futuro de Santo Tirso e dosseus filhos então tem que pensarbem em quem vai votar. |||||

06 | ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016

Abertura e diálogo oDr. Joaquim Coutonão tem nada. Toma-ra a ele ter um boca-dinho de réstias dedemocracia que tinhapor exemplo o Dr.João Gonçalves, paracitar um presidentedo tempo fascista”.

Até ameaças veladaso Dr. Couto já vai fa-zendo a Andreia Neto”

“Os patetas de SantoTirso acharambem votar no Dr. Couto”

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CARTOON // VAMOS A VER...

Acabamos de saber que um dos tro-vadores dos tempos modernos, mui-to conhecido pela minha geração, ageração da Guerra do Vietname e daGuerra Fria, de seu nome BOBDYLAN, foi contemplado com o pré-mio Nobel da Academia Sueca. Nãosabia que era um nobelizável de háanos mas, de repente, a sua nomea-ção foi uma surpresa absoluta. Está-vamos habituados a considerar ape-nas os grandes vultos da literaturaescrita e classificáveis como clássicosa médio e longo prazo. É a primeiravez que um “cantautor” com uma car-reira dependente de empresas dis-cográficas e radiofónicas, premiadodepois em função de recordes devendas e de instituições e prémios so-nantes no setor, é distinguido com o

Um Nobel da literaturasurpreendente e poucoconvencional, Bob Dylan

A era da comunicação instantâneaveio exacerbar a velha história“Quem conta um conto, acrescentaum ponto”. Parece existir uma pra-ga de desinformação; mais, pare-ce existir uma tendência para ig-norar o que é verdade quando averdade não concorda connosco.

A desinformação é uma dasconsequências da nossa necessida-de de reconhecimento. É quaseinato ao ser humano querer ser re-conhecido por quem o rodeia. Con-tar uma história sobre um familiarque cruzou meio mundo (quan-do na verdade foi a França ver omundial e voltou) apresenta-se, ho-je em dia, como um meio para atin-gir a fama instantânea, a fama quedura minutos: com sorte, horas.

Tudo está bem enquanto se acres-centa pontos em assuntos que se-rão esquecidos dentro de momen-tos. Contudo, quando se desinforma,deliberadamente ou não, acerca detópicos com verdadeiro impactosocial e mediático, a desinformaçãoespalha-se como um cancro, apro-veitando-se da estranha condiçãohumana que é preferir uma boamentira à aborrecida verdade.

Hoje em dia, incita-se este tipode comportamento nos jogos po-líticos. Olhemos para a corrida pre-sidencial nos EUA e veremos to-dos os dias um “diz que disse”, re-sultando, quase sempre, em flame-jantes debates nas redes sociais,onde todos (habituados ou não afaze-lo noutros locais) aproveitampara expor as suas opiniões (infun-dadas ou não, a poucos interes-sa) que lhes ardem ainda mais aosair pela garganta. Em todos osassuntos, aparecem estatísticas in-ventadas, refutadas não por factosconcretos mas por mais estatísti-cas inventadas e desinformação.

A humanidade perde a civili-zação nos comentários do Face-book onde se deixa imperar a indi-gnação sobre a dignidade e a de-cência. A cultura de conhecimen-to empírico vai pelo ar quando sebate contra a teimosia e o orgu-lho dos indignados. |||||

Desinformação

Tiago Grosso

Luís Américo FernandesO DIRETOR

galardão mais cobiçado da atualidade.“Nascido no estado de Minnesota,

neto de imigrantes judeus russos, aosdez anos de idade, Dylan escreveuseus primeiros poemas e, ainda ado-lescente, aprendeu piano e guitarrasozinho. Começou cantando em gru-pos de rock, imitando Little Richard eBuddy Holly, mas quando foi para aUniversidade de Minnesota em1959, voltou-se para a folk music,impressionado com a obra musicaldo lendário cantor folk WoodyGuthrie, a quem foi visitar em NovaIorque em 1961… Ganhou o PrêmioNobel da Literatura em 2016 “por tercriado novos modos de expressãopoética no quadro da tradição damúsica americana”. E, assim, tornou-se o primeiro e único artista na his-tória a ganhar, além do Prêmio Nobel,o Oscar, o Grammy e o Globo deOuro.” Note-se que esta pequenaresenha que “roubei” à Wikipediahoje mesmo, já faz constar o feitohoje revelado, o que me faz crer quenum dos próximos anos, um escritorque em vez de editar livros atravésde indústrias editoriais, os edite tãosó pela WEB através dos chamados

“ebook” possa vir a ser tambémnobelizável! Procurando na mesmafonte informática concluímos que eraneto de emigrantes judeus russos,chamava-se e numa entrevista queconcedeu em 2004, Robert AllenZimmerman, (seu nome de origem)explica a génese do “pseudónimo”artístico: “Você nasce, sabe, com no-mes errados, pais errados. Digo, issoacontece. Você se chama do que qui-ser se chamar. Este é o país da liber-dade”. e, na sua autobiografia, Cró-nicas, Vol. 1, Dylan escreveu sobre amudança de nome: “Eu havia vistoalguns poemas de Dylan Thomas. Apronúncia de Dylann e Allyn era pa-recida. Robert Dylan. A letra D tinhamais força. Entretanto, o nome RobertoDylan não era tão atraente comoRoberto Allyn. As pessoas semprehaviam me chamado de Robert ouBobby, mas Bobby Dylan me pareciavulgar, e além disso já haviam BobbyDarin, Bobby Vee, Bobby Rydell, BobbyNeely e muitos outros Bobbies. A pri-meira vez que me perguntaram meunome em Saint Paul, instintiva e auto-maticamente soltei: “Bob Dylan”. In-fluenciado por estilos musicais ame-

ricanos, como o folk, os blues, o gospele o country iniciou os seus primeirostemas sem grande sucesso mas, apoi-ado por nomes como Johnny Cash eoutros, surge com um segundo dis-co, em 1963, que o veio a lançardefinitivamente no mundo artístico,tendo participado ativamente naMarcha pelo Trabalho e Liberdadeem Washington, ao lado da que foisua companheira e inspiradora JoanBaez, com canções claramente de pro-testo de mistura com temas mais líri-cos como “Blowin’ in the Wind”, “AHard Rain’s a-Gonna Fall”, voltandodepois a grandes temas de contesta-ção, as questões sócio-políticas deseu tempo: o racismo, a guerra fria, aguerra do Vietname, a injustiça soci-al, cedendo pouco a pouco o espa-ço para a temática das desilusõesamorosas, amores perdidos, vagabun-dos errantes, liberdade pessoal, via-gens oníricas e surrealistas, embala-das pela influência da poesia beat;esta transição dá-se entre 1964 e1966, quando Dylan eletrifica a suamúsica, passa a tocar com uma ban-da de blues-rock como apoio e cho-ca a plateia folk, com sua aproxima-ção ao rock.

Pode perguntar-se se estes temaspoéticos vertidos em canções urba-nas que a pouco e pouco se globali-zaram constituem uma verdadeira li-teratura e a lembrança que primeironos ocorre é a dos “trovadores” me-dievais, que em trovas cantadas, sejana poesia provençal, seja na poesiagalaico-portuguesa ou mesmo napoesia “goliardesca” dos frades con-testatários que em latim deturpadoou mesmo “macarrónico” dos “Car-mina Burana”, nos deixaram autênti-cas pérolas da literatura europeia fun-dadora quer do lirismo mais puro querdas poesias de escárnio e maldizerque, primeiro em verso e depois naprosa de um Cervantes, de um Camiloou de um Saramago, para citar onosso Nobel, fazem as delícias dosleitores contemporâneos. |||||

OPINIAOENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016 | 07

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08 | ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016

ATUALIDADESANTO TIRSO | JOAQUIM COUTO FAZ BALANÇO DE TRÊS ANOS DE MANDATO

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES (TE - 1172). CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO,

LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, PAULO R. SILVA, CATARINA

SOUTINHO (C.P.N.º 1391), LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES,

PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ADÉLIO CASTRO, CATARINA

GONÇALVES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 569 - 20 OUTUBRO 2016

Câmara anuncia o encerramentodo aterro sanitário e criaçãodo canil como trunfospara o último ano de mandato

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Segundo os números apresentados,os três anos de mandato ficarammarcados pela forte queda do de-semprego municipal, na ordem dos30%, em especial no primeiro semes-tre deste ano, sendo este resultadoda política fiscal e “da criação de umambiente favorável à captação denovos investimentos mas também deapoio às empresas já instaladas noconcelho”, tarefa primordial do pro-grama Invest Santo Tirso.

Uma das prementes situações, àdata da tomada de posse, tinha quever com a crise e os seus efeitos nasfamílias, daí que grande parte dosrecursos do município tenham sidolocalizados em programas de coesãosocial, cerca de “65% do orçamentomunicipal está destinado a este pro-pósito”. Desde 2013, foi criado o Pla-no de Emergência Social e o PlanoMunicipal de Saúde, o Subsidio Mu-nicipal de Arrendamento duplicou eo fundo de emergência social alarga-do. “São medidas consistentes, de lon-go prazo e que continuaremos a im-plementar”, sublinhou Joaquim Couto.

Relativamente à rede pública deágua e esgotos o presidente anun-ciou que para lá dos 2,8 milhões deeuros já investidos, a câmara pretendeavançar o restante plano de expan-são, encontrando-se neste momentoa candidatar parte do valor a fundoscomunitários, estando prevista a suaconclusão para o final de 2017. “Te-mos consciência de que este é umdos problemas que mais preocupa apopulação do concelho. São investi-mentos muito importantes para a qua-lidade de vida do município”, referiuJoaquim Couto, afirmando ainda quehoje o concelho tem “um serviçomelhor, mais extenso e mais barato”.

Em relação à rede viária, está pre-visto um novo investimento de 2,2milhões de euros que englobará22km de estradas por todas as fre-guesias do concelho, assinalando

EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA NO MUSEU INTERNACIONAL DE ESCULTURA CONTEMPORÂNEA (MIEC) PARAASSINALAR O TERCEIRO ANO NO EXECUTIVO, JOAQUIM COUTO ASSINALOU QUE O COMPROMISSO COM OSELEITORES SE ENCONTRA 75% CONCLUÍDO E QUE A TAXA DE SUCESSO SERÁ SUPERIOR A 90% ATÉ AO FINALDOS QUATRO ANOS.

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ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016 | 09

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que as tão aguardadas obras no cru-zamento do Barreiro vão avançar, es-tando o projeto praticamente conclu-ído e previsto começar em meadosdo próximo ano com a duração totalda obra de seis meses.

O plano de requalificação urbanaé um dos aspetos onde “a Câmarafoi além do programa eleitoral”. Sãovários os projetos em execução, ten-do a autarquia conseguido solucio-nar a questão de dez prédios aban-donados e em especial “o impasse de33 anos do prédio da vergonha” e arequalificação, já em curso, da PraçaCamilo Castelo Branco que o envol-ve. O município teve como princípio“menos construção nova, mais reabi-litação” e para tal, aplicou benefíciosfiscais para o propósito, “nomeada-mente na redução do IVA e IMI paraum dos valores mais baixos da região”.

O presidente da câmara aprovei-tou a ocasião para anunciar o encer-ramento do aterro sanitário até ao fi-nal do ano, acordado com o governocentral. O aterro será selado, mas “se-rá mantido o ecocentro existente acriação de uma estação de biogás.”Outro dos projetos que vai avançaré a construção do canil/gatil munici-pal. O projeto, que já passou por vári-as fases, e procurou apoio intermuni-cipal, avançará com o investimentoda câmara municipal de Santo Tirso,no valor de 600 mil euros e ocupa-rá uma área de 9000 metros qua-drados em Ermida, Santa Cristina doCouto.

A Câmara encontra-se ainda atrabalhar na substituição da ilumina-ção pública por LED, a instalação doCAID no edifício da antiga junta defreguesia de São Salvador do Campoe a continuação da renovação doparque escolar, com projetos em cur-so para a retirada do amianto e debeneficiação de cinco escolas: EB1de Bom Nome, EB1 Conde S. Bento,EB de S. Martinho, EB S. Rosendo eEB de Vila das Aves.

Nas palavras de Joaquim Couto,

as finanças municipais encontram-senuma situação “invejável e privilegia-da”, estando saneada a capacidadede financiamento bancário e dispo-níveis todos os fundos comunitáriosque fazem parte do programa 2020.A autarquia passou ainda a pagar emmédia a 35 dias reduzindo dos 170dias do passado, mesmo com a re-dução geral dos orçamentos queaconteceu por todo o país. “Hoje acâmara municipal de Santo Tirso éuma das mais eficazes e cumpridorasa nível nacional”, não só em termosde contas, como no rácio população-funcionários.

Dos três grandes pilares do seumandato, coesão social, investimen-to/emprego e extensão da rede deágua e saneamento, o autarca, na pre-sença dos seus vereadores executi-vos, manifestou o seu contentamen-to por chegar a esta fase e ter já 75%do compromisso eleitoral cumprido,sendo que 16% dos restantes com-promissos estão em execução. “Nãosó estamos a cumprir o que promete-mos, como estamos a ir mais além.Orgulhamo-nos do trabalho já feitoe temos a ambição de fazer mais”,concluiu. |||||

Segundo os númerosapresentados, os trêsanos de mandato fica-ram marcados pelaforte queda do desem-prego municipal, naordem dos 30%, emespecial no primeirosemestre deste ano

Joaquim Couto diz queas finanças munici-pais encontram-senuma situação “in-vejável e privilegiada”

Obras da PraçaCamilo CasteloBranco paraterminar em março

O “conflituoso” cruzamento desfazer-se-áe no seu lugar será criada uma rotundaque “permitirá uma reformulação do tráfe-go à entrada da cidade” assinalou o pre-sidente da Câmara de Santo Tirso, Joa-quim Couto, em declarações aos jorna-listas em visita ao local.

Para o autarca, este é um “projeto em-blemático e a obra mais importante paraa cidade”, culminando numa “expectati-

O INVESTIMENTO DE 800 MIL EUROS PARA A CONS-TRUÇÃO DE UMA ROTUNDA NA ENTRADA SUL DACIDADE JÁ ESTÁ EM ANDAMENTO. SOLUÇÃO PARAO PRÉDIO DEVOLUTO AVANÇA POSTERIORMENTE

va de muitos anos” dos tirsenses. O proje-to vai “conciliar as esculturas do AlbertoCarneiro, a entrada para a central de ca-mionagem e a principal entrada da cida-de” e inclui circulação de peões, bicicle-tas e um parque de estacionamento fazen-do parte de um conjunto de outros pro-jetos de médio/longo, em vários estadosde conclusão para um período de dois aquatro anos.

A obra que foi a concurso por ummilhão de euros foi adjudicada por cer-ca de oitocentos mil euros através de fi-nanciamento bancário, estando concluí-da em março de 2017.

Relativamente ao prédio devoluto, asolução está encontrada e o projeto en-contra-se neste momento em discussãona Câmara Municipal, estando preso ape-nas por pormenores técnicos facilmenteultrapassáveis, admitiu o Joaquim Coutoque não adiantou uma data prevista parao seu início, embora confesse que não seráantes do término da praça envolvente.

O presidente aproveitou ainda paraanunciar que os próximos projetos a con-cluir são a requalificação do Largo Coro-nel Baptista Coelho, praça Conde de SãoBento e o lançamento até ao final domês do concurso do projeto para o Par-que de Geão que deseja ver concluídoaté ao Verão de 2017. ||||| PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

SANTO TIRSO | REDE VIÁRIA

“A requalificação da Praça Camilo CasteloBranco, em Santo Tirso é para JoaquimCouto um “projeto emblemático ea obra mais importante para a cidade”.

PROJETO “CONCILIAAS ESCULTURAS DOALBERTO CARNEIRO,A ENTRADA PARA ACENTRAL DE CAMIONA-GEM E A PRINCIPALENTRADA DA CIDADE”

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10 | ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016

ATUALIDADECâmara anuncia inovador projetopara inserção de ex-reclusos

Em causa estão alegadas irregulari-dades financeiras na gestão da juntade freguesia que o atual presidente,Paulo Leal, terá cometido. Em comu-nicado a comissão política do PSDlocal, presidida por Andreia Neto,afirma “não estarem reunidas as con-dições para que o presidente se man-tenha no cargo.” A estrutura do par-tido laranja acrescentou ainda que“não poderia, de consciência tranquila,manter a confiança num autarca so-

Concelhia do PSDretira confiançapolítica ao presidenteda junta de Reguenga

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A autarquia propõe-se a “funcionarcomo coordenadora de um conjun-to de instituições que intervêm noacompanhamento dos ex-reclusos,anunciou o presidente da Câmarade Santo Tirso, Joaquim Couto, nacerimónia de abertura do Colóquiodos 50 anos do Código Civil.

“O estado central não cumpre to-talmente todas as suas responsabi-lidades”, continuou Joaquim Couto

COMEMORAÇÃO DOS 50 ANOS DO CÓDIGO CIVIL ASSINALADO EM SANTO TIRSOCOM COLÓQUIO REALIZADO NA FÁBRICA DE SANTO THYRSO

bre o qual recaem suspeitas” vendo-se obrigados a tomar as decisões “ne-cessárias”, sem receios” e de acordocom o “interesse da causa pública”.

Segundo informações recolhidaspelo Entre Margens, foi convocadauma assembleia de freguesia, na qualPaulo Leal apresentou a renúncia aocargo, estando marcada nova assem-bleia onde irá ser discutida a próxi-ma solução governativa para a juntade freguesia de Reguenga. |||||

sublinhando ainda que o resultadoprático deste limbo institucional é areincidência.

Daí que a Câmara vá propor aoMinistério da Justiça que a tarefa decoordenação das várias associaçõesque intervêm na área seja ao nívelmunicipal. “O projeto é simples: aCâmara coordena e manda “, per-mitindo assim, segundo o Presiden-te, uma ação mais uniforme e eficaz.

Numa sessão de abertura que nãocontou com a presença da Ministra

da Justiça, Francisca Van Dunem, porse encontrar fora do país, ficou mar-cada pelos discursos de José CarlosSousa Mendes, secretário-geral doMinistério da Justiça, Maria Paula Ro-drigues, da Ordem dos Advogadosde Santo Tirso e Agostinho Cardo-so Guedes, coordenador científico.

O colóquio que serviu de comemo-ração dos 50 anos do código Civilteve a iniciativa da Ordem dos Advo-gados e apresentou uma exposiçãoitinerante do Ministério da Justiça. |||||

SANTO TIRSO | JUSTIÇA SANTO TIRSO | POLÍTICA

Nome: ............................................................................................................................................................................Morada: ................................................................................................................................................................Código Postal: ......................... / .................... Localidade: ..............................................................................Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ....................................................................................ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ..........................................................................

FICHA DE ASSINATURA

FAÇA UMA ASSINATURA DO ENTRE MARGENS

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AVENIDA CONDE DE VIZELANo seguimento de um parecer daCP que impunha o derrube de to-das as árvores do local, a CâmaraMunicipal de Santo Tirso requalifi-cou a Avenida Conde de Vizela. Aintervenção permitiu a melhoriasignificativa de uma estrutura mui-to fragilizada, que colocava em cau-sa a segurança de pessoas e bens.Otimizada ficou a circulação pedo-nal, bem como o acesso a passadei-ras. com pavimento táctil para pes-soas invisuais.

.....................................................PONTE DE CANIÇOSA antiga ponte ferroviária de Cani-ços que liga a freguesia de Vila dasAves, a Bairro, em Famalicão, foitransformada numa ligação pedonale ciclável. Inaugurada em setembrodo ano passado, a empreitada foirealizada pela Câmara Municipal deSanto Tirso. A intervenção envolveuum investimento de 265 mil euros,criando uma infraestrutura amigado ambiente e amiga do bem-estarda população, tendo em conta queesta travessia poderá agora ser uti-lizada pelas pessoas que diariamentenecessitam de circular entre Vila dasAves e Bairro.

.....................................................RUA DOS AVES E RUA DO RIO AVEResultado de um investimento naordem dos 78 mil euros, as obrasde beneficiação da Rua dos Aves eRua do Rio Ave resolveram a dificul-dade de circulação nos dois locais,melhorando simultaneamente ascondições de segurança e comodi-dade, dado o mau estado de con-servação de ambos os pavimentos.Numa área total abrangida de apro-ximadamente 35 mil metros qua-drados, a empreitada incluiu ainda aconstrução de um passeio no troçoentre a Rua de Cense e a Travessada Citânia......................................................RUA SILVA ARAÚJOHá muito reivindicada pelos aven-ses, a requalificação da Rua SilvaAraújo já está em marcha, e prome-

SUPLEMENTOCÂMARAMUNICIPAL DESANTO TIRSO

te trazer muitas melhorias a estazona da freguesia. Orçada em cercade 520 mil euros, a primeira faseda intervenção incluirá a requalifi-cação do pavimento e dos passeios,bem como a melhoria da ilumina-ção e a correção das estruturas deáguas pluviais e de esgotos.A segunda fase de requalificaçãointegrar-se-á num conjunto deinvestimentos que a autarquia temprevisto para a freguesia de Viladas Aves......................................................LIGAÇÃO PARADELA A CENSEUma melhoria significativa ao níveldos acessos ao centro da freguesia,graças à requalificação dos 810metros que constituem a ligaçãoentre a Avenida de Paradela aoLugar de Cense, uma obra inaugu-rada em 2014. O investimento daautarquia, no valor de cerca de ummilhão de euros, garante agorauma melhor qualidade de vida aosmais de mil habitantes que resi-dem naquela zona......................................................PONTE SOBRE O RIO VIZELAÉ um dos projetos que a CâmaraMunicipal de Santo Tirso está aconcluir, prevendo-se que o con-curso público para execução daobra possa ser lançado em breve. Aponte rodoviária sobre o rio Vizelavai ser requalificada e ampliada.Segundo o projeto, o tabuleiro vaiser aumentado para duas faixas derodagem, uma em cada sentido, eirá contemplar passeios para peõesde ambos os lados......................................................ILUMINAÇÃO LEDA Câmara de Santo Tirso substituiu2400 luminárias do concelho comlâmpadas traidicionais portecnologia led. Esta substituição fazparte de um projeto iniciado nestemandato, com o objetivo de pou-pança de energia elétrica em todoo Município. Estas 2400 lumináriasforam distribuídas pelo concelho,muitas das quais na freguesia deVila das Aves.

São já mais de uma centena as intervenções já realizadas ou emcurso nas ruas das freguesias do concelho, num investimento daCâmara Municipal de Santo Tirso que ronda os 4,8 milhões deeuros até 2017. Nos últimos três anos, Vila das Aves tem sidouma das freguesias com várias obras no terreno, também na áreada requalificação urbana.

4,8 MILHÕES DEINVESTIMENTONA REDE VIÁRIA

Um investimento na ordem dos2,2 milhões de euros é o que aCâmara Municipal de Santo Tirsotem previsto para requalificar arede viária secundária do conce-lho. O valor integra a segunda fasede um programa de beneficiaçãode algumas das mais importan-tes ligações viárias existentes nasfreguesias. Em Vila das Aves, estácontemplada a requalificação vi-ária da Estrada Municipal, no Ca-minho Municipal 1109, da RuaAntónio Martins Ribeiro e da LuisGonzaga Carvalho. Já concluída, aprimeira parte deste processoresultou de um investimento de2,6 milhões de euros, proveni-ente do orçamento municipal.

“Temos vindo a fazer um esfor-ço no sentido de melhorar as es-tradas do concelho. Estamos com-prometidos com uma política derigor e responsabilidade, o quedesaconselha projetos megaló-manos e irreais. Em vez disso, que-remos continuar a fazer investi-mentos de proximidade e inteli-gentes, como aqueles que já fo-ram executados”, refere o presi-dente da Câmara, Joaquim Couto.

A primeira fase de investimen-to envolveu não só a requalifica-ção e construção de novas ruas,mas também pavimentações,passeios e intervenções ao nível

Estamoscomprometidos comuma política de rigor eresponsabilidade.“

de águas pluviais por todo o con-celho, nas quais se integram in-tervenções como a requalificaçãoda Rua Manuel Ferreira Lagoa, emRebordões, a beneficiação da liga-ção viária entre a Travessa da Que-lha e a Rua de Marecos, em VilaNova do Campo, ou as obras depavimentação realizadas na Ruade Marnotes, em Água Longa.

Na linha de investimentos daautarquia, está também a apos-ta na reabilitação urbana do con-celho. Com este objetivo, a Câma-ra definiu um ‘corredor verde’ paraprojetos que tenham por intuitoreabilitar os edifícios do Municí-pio, incentivando o aparecimen-to do investimento privado. Nes-te contexto, tem sido, por exem-plo, dado apoio ao Clube Despor-tivo das Aves Futebol SAD, no quediz respeito à rapidez na análisedo processo de construção de umnovo complexo desportivo de Viladas Aves, nomeadamente emarticulação e diálogo com o Dr. LuísDuque. Além disso, foram tam-bém criadas três Áreas de Reabi-litação Urbana (ARU), em Vila dasAves, Santo Tirso e S. Martinho doCampo, que permitem aos inves-tidores privados terem benefíci-os em impostos, como o IVA e IMI.

Um dos mais emblemáticos éo edifício à entrada da cidade, na

Praça Camilo Castelo Branco, cujoesqueleto irá dar lugar a novosapartamentos e espaços comer-ciais. Aliás, juntamente com a re-abilitação deste edifício, está emcurso uma revolução nesta zona,com a construção de uma nova ro-tunda que vai permitir uma me-lhor circulação do trânsito e, des-ta forma, eliminar os constrangi-mentos na circulação rodoviária.

Nos últimos três anos, a Câma-ra tem tomado conta de algunsdos processos mais problemáti-cos no concelho, alguns dos quaiscom 30 anos que, agora, estão aser resolvidos, ou em fase finalde resolução. Mas este não é casoúnico. Segundo Joaquim Couto,existe um conjunto de duas deze-nas de edifícios, em diferentes fre-guesias, “para os quais já há umasolução em vista”. Incluídos no lo-te de «monos urbanísticos» estáum prédio destinado a comércioe serviços, parado desde 2009,localizado no coração da cidade;um empreendimento de habita-ção multifamiliar no lugar da Toje-la, em Vila das Aves (na imagem),inacabado por insolvência; ou ain-da o prédio do Pinheirinho, dei-xado em betão desde 2002 peloempreiteiro falido, causando umimpacto negativo que se esten-de desde a EN204 à EN105.

Este suplemento integra a edição 569 do jornal Entre Margens e não pode ser vendido separadamente. Os seus conteúdos são da responsabilidade da Câmara Municipal de Santo Tirso

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SUPLEMENTOCÂMARAMUNICIPAL DESANTO TIRSO

As pessoas são a nossaprioridade e assumimos issodesde o momento ementrámos em funções.“

O seu executivo acabou de com-pletar três anos de mandato. Queobjetivos eleitorais estão já cum-pridos em Santo Tirso?São inúmeras as medidas que to-mámos ao longo destes três anosque cumprem o programa eleito-ral “10 ideias, 100 medidas”, quelançámos em 2013, ao qual se soma

“TEMOS AJUDADOA DINAMIZARA ECONOMIA LOCAL”

ENTREVISTA AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO, JOAQUIM COUTO

A completar três anos de mandato, Joaquim Couto mostra-se satisfeito com obalanço do trabalho até agora realizado. As prioridades estão a ser cumpridas e aesmagadora maioria das medidas estão no terreno. Santo Tirso, segundo opresidente da Câmara, é atualmente um Município amigo das famílias e dasempresas e competitivo em termos regionais.

um conjunto ainda mais vasto demedidas que desenvolvemos e ex-travasam os nossos compromissos.Posso destacar as mais emblemá-ticas como o alargamento da redepública de água e saneamento, queresultará num investimento de 24milhões de euros nos próximosanos, bem como a grande aposta

na área da Coesão Social e a dina-mização económica do concelho.Tudo medidas que assumimos co-mo prioritárias e cujos resultadosestão à vista.

É verdade que mais de metade doorçamento municipal é canalizadopara a área da Coesão Social?

As pessoas são a nossa prioridade,e assumimos isso desde o momen-to em que entrámos em funções.O choque da crise e das medidasde austeridade impostas pelo an-terior Governo deixou marcas sig-nificativas nas famílias portuguesas,e em Santo Tirso isso não foi exce-ção. Um dos nossos principais obje-tivos tem sido tentar amorteceresse choque. É um trabalho nemsempre visível ou mediático, masque tem um impacto brutal na vidadestas pessoas. Atualmente, temosas escolas e as cantinas abertas nasférias escolares; existem bolsas deestudo para alunos universitários;aumentámos o valor da compartici-pação dos livros escolares para osalunos do 1º ciclo; temos um ban-co de livros que permite a troca demanuais escolares; investimos ummilhão de euros por ano em trans-portes escolares; levamos o despor-to sénior a todas as freguesias do con-celho; temos a funcionar uma novaUnidade de Apoio a Autistas no con-celho, temos a decorrer rastreios àdislexia e ao daltonismo gratuitos;apoiamos as vacinas a recém-nasci-dos… Bem, poderia continuar a enu-merar muitas mais medidas de ca-ráter social que temos no terreno.

Santo Tirso atravessa um momen-to de reabilitação da paisagem ur-banística. Que papel assume a Câ-mara Municipal neste âmbito?Assumimos, sobretudo, um papelde intermediários, com o objetivode facilitar o investimento no con-celho. A revitalização do Municípiopassa por esse investimento. Ao re-solvermos os problemas dos edifí-cios abandonados, estamos a pres-tar um bom serviço público à po-pulação. Apesar de serem proble-mas relacionados com as empresasprivadas, a Câmara assumiu-se co-mo intermediária, porque era a úni-ca forma de ver as questões resol-vidas com maior brevidade.

A dinamização económica tem sidoum dos focos da política do execu-tivo liderado por si. Em que medi-da a redução de impostos tem con-tribuído para a captação de investi-mento privado?É um dos grandes contributos paraos resultados que o concelho temtido no que toca à dinamização eco-nómica. Temos tentado criar umambiente favorável à captação deinvestimento privado, através deuma política de redução de impos-tos responsável, equilibrada e jus-ta. Para além da redução de impos-tos para as famílias, reduzimos oIMI, o IRS e a Derrama para as em-presas, ao que acresce a isenção detaxas e licenças, um pacote de me

TEMOS TENTADO CRIARUM AMBIENTE FAVORÁVELÀ CAPTAÇÃO DEINVESTIMENTO PRIVADO.

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Tem havido uma verdadeira políti-ca de descentralização?Julgo que as medidas que estão noterreno falam por si. Desde feve-reiro de 2015, os técnicos munici-pais da Ação Social deslocam-se àsfreguesias para atendimento à po-pulação. No caso de Vila das Aves,esse serviço é prestado no CentroCultural Municipal, tendo por obje-tivo aproximar os serviços da Câma-ra dos munícipes. Estamos a cum-prir a nossa obrigação de serviço pú-blico e isso só é possível se estiver-mos onde realmente interessa:perto das pessoas.

É esse o propósito do Espaço do Cida-dão, também criado em Vila das Aves?Exatamente. Não somos só a favor

“ADESCENTRALIZAÇÃOÉ UMAREALIDADE”

didas de decréscimo de impostoscom um forte impacto. Isto signifi-ca fazer de Santo Tirso um Municí-pio amigo das famílias e das em-presas, torná-lo um concelho com-petitivo, nomeadamente em ter-mos regionais.

Na linha de investimentos, Vila dasAves é uma das freguesias abran-gidas pelo vasto conjunto obras queautarquia tem levado a cabo. Esteé um processo para continuar?Há sempre obra para fazer. E nãose trata, apenas, de obra física. Te-mos beneficiado as ligações viáriasde todas as freguesias, nomeada-mente em Vila das Aves, mas tam-bém temos tido a preocupação deatuar nas mais diversas áreas. Sóem Vila das Aves já investimos, nosúltimos anos, mais de três milhõesde euros, não só em obras, como emapoios que se estendem da açãosocial, ao desporto, passando pelaeducação, cultura ou pelo ambien-te. Atualmente, estamos tambéma trabalhar na reformulação do pro-jeto do Parque do Verdeal.

Há pedal para tanta festa em SantoTirso?Não fazemos muitas festas. Temosuma programação diversificada,para todos os públicos, promoven-do a cultura e o lazer como ativida-des empresariais. Com isso, atraí-mos visitantes, mas também po-tenciamos o crescimento de negó-cios no concelho. Só não percebequem não quer. Não estamos a cri-ar iniciativas e eventos apenas porcriar. Todos têm o objetivo de dina-mizar a economia local e projetarSanto Tirso e, felizmente, hoje sãomais aqueles que aplaudem a inici-ativa que a Câmara tem tido do queos velhos do Restelo que preferi-am que Santo Tirso continuasse es-tagnado no tempo.

Como tem avaliado essa projeção?Basta andar na rua, como eu. Souabordado, diversas vezes, por pes-soas, comerciantes e empresáriosque manifestam o seu agrado porver o concelho a mexer. Durantevários eventos, a hotelaria esgotae os restaurantes ficam cheios. Osucesso para a economia local éuma evidência. Nunca as Festas deS. Bento tiveram tanta gente comonos últimos anos. Não só de SantoTirso, como também dos concelhoslimítrofes. O Mercado Nazareno éum bom exemplo do que estamosa fazer. Vamos na terceira edição etemos gente da Galiza a pedir in-formações sobre a iniciativa. O San-to Thyrso Ultra Trail explora umadas nossas maiores potencialida-des, que é a beleza natural do con-

celho. Trouxe atletas, profissionaise amadores, de todo o país. O Mun-dial de Trial permitiu sinergias e aprojeção de Santo Tirso além-fron-teiras. O Comércio Sai à Rua é umaatividade que merece o aplauso docomércio local, quer de Santo Tirso,quer de Vila das Aves. Temos ten-tado imprimir uma dinâmica ao Cen-tro Cultural Municipal de Vila dasAves, com uma programação paravários tipos de públicos, desde osmais novos, aos mais velhos.

Qual é a aposta da Câmara Munici-pal de Santo Tirso em termos tu-rísticos?Na área do Turismo, queremosapostar, essencialmente, em doisaspetos. O primeiro é o Museu In-ternacional de Escultura Contem-porânea que, cinco meses após ainauguração, tem permitido umaprojeção internacional do Municí-pio. Temos recebido pessoas de to-do o mundo, estudantes de arqui-tetura de universidades de dentroe fora do país, que querem conhe-cer a sede oficial do museu, proje-tada por Siza Vieira e Souto deMoura. É um trabalho que não sefaz num dia, e que tem de ser vistocom amplitude intelectual. SantoTirso não é só festas, é um motorde crescimento turístico.

E a segunda aposta em termos depromoção externa?A natureza, o bem-estar e o des-porto ao ar livre. Santo Tirso possuicondições ímpares para a prática dedesportos ao ar livre. Temos mon-te, rio, trilhos homologados quesão muito procurados para trac-kings e trails. Queremos apostarneste turismo de natureza, dadoque conseguimos oferecer condi-ções que os municípios à nossa vol-ta não possuem. Esse é o caminhopara Santo Tirso: encontrar carate-rísticas diferenciadoras, da concor-rência. Além do mais, estamos a 15minutos do Porto e de Braga, o quenos permite uma localização estra-tégica em termos turísticos.

da descentralização. A Câmara deSanto Tirso pratica essa descentra-lização, através dos atendimentosda Ação Social, através da criaçãodo Espaço do Cidadão, através dapromoção das reuniões de câmaradescentralizadas ou das assem-bleias descentralizadas que se rea-lizam no âmbito do OrçamentoParticipativo Jovem. Estamos pe-rante um verdadeiro programa deaproximação dos serviços da Câma-ra às populações.

E no que diz respeito à transferên-cia de verbas para as freguesias?Também temos implementado es-sa descentralização. Para além dasobras que são realizadas pela Câma-ra de Santo Tirso nas freguesias, con-tratámos com as juntas um conjun-to de tarefas, transferindo o respe-tivo valor de financiamento. Desde2014, a Câmara decidiu distribuir,anualmente, mais meio milhão deeuros pelas freguesias, em benefí-cio da descentralização e da proxi-midade. Com esse dinheiro e comoutras receitas das freguesias, temsido possível concretizar váriosprojetos.

No início deste ano, a Câmara atri-buiu o serviço de recolha de resí-duos sólidos e limpeza urbana auma nova empresa, libertando asjuntas de freguesia desses encar-gos. Que vantagens trouxe estamudança?Acima de tudo, libertou o encargodas freguesias no que toca ao ser-viço de recolha e tratamento deresíduos urbanos. Vila das Aves, porexemplo, é servida a 100% pelarecolha destes resíduos, onde aCâmara Municipal passou a assumira limpeza do centro urbano, o quelibertou a junta de freguesia de en-cargos com este serviço que ron-davam os 26 mil euros. Só nestafreguesia, a quantidade estimadade lixo doméstico recolhido é decerca de 270 toneladas por mês.Para além disso, nos últimos anos,optamos por não aumentar as tari-fas de lixo cobradas aos munícipes.

Estamos perante um verda-deiro programa de apro-ximação dos serviçosda Câmara às populações.

Só em Vila das Avesjá investimos, nosúltimos anos, mais detrês milhões de euros. “

SÓ EM VILA DASAVES, A QUANTIDA-DE ESTIMADA DELIXO DOMÉSTICORECOLHIDO É DECERCA DE 270 TONE-LADAS POR MÊS.

Não fazemos muitasfestas. Temos umaprogramaçãodiversificada, paratodos os públicos,promovendo acultura e o lazer comoatividadesempresariais.

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Por via da diminuição de impostos como o IMI, o IRS e a Derrama, aCâmara de Santo Tirso já abdicou de oito milhões de receitas, semcontar com o valor de outras isenções de taxas e tarifas. O alíviodos impostos tem sido uma prioridade desde outubro de 2013 eabrange famílias e empresas.

Desde o início de mandato, o exe-cutivo liderado por Joaquim Coutotem adotado uma política de re-dução de impostos, destinada àsfamílias e empresas do concelho.

Este ano, a Câmara volta a man-ter o IMI nos 0,375%, uma redu-ção de 17% no limite máximo porlei, com um impacto na receita doMunicípio na ordem dos 1,4 mi-lhões de euros/ano. Este valor re-presenta um alívio de 60 euros porcada prédio urbano existente noconcelho. A par disso, cada agrega-do familiar tem descontos nestataxa, consoante o número de filhos,sendo que em 2016 cerca de 11mil famílias do concelho já forambeneficiadas por esta medida.

Também o IRS passou de umataxa de cinco para 4,75%, medidaque já teve um impacto na receitamunicipal na casa dos 300 mil eu-ros, distribuídos pelos contribuin-tes com domicílio fiscal em SantoTirso.

Com implicações também nasempresas, a autarquia vai continu-ar a redução da taxa da Derramapara as entidades que se instalemno concelho. A medida é aplicadapelo terceiro ano consecutivo e pre-tende ser um incentivo à criação

OITO MILHÕESA FAVOR DASFAMÍLIAS E EMPRESAS

EDUCAÇÃOSOMA 5 MILHÕESPARA REQUALIFICAÇÃODE ESCOLAS

Santo Tirso soma pontos no quetoca às estatísticas positivas sobreEducação em Portugal. Segundo umestudo elaborado pelo “Norte Con-juntura”, o concelho é exemplo, jáque registou taxas de desistênciade ensino básico e secundário maisbaixas do que a média nacional,bem como uma das maiores taxasreais de pré-escolarização ao nívelda zona Norte.

Às obras de requalificação que aCâmara tem feito nas escolas, so-mam-se as medidas de apoio às fa-mílias com filhos em idade escolar.Entre elas, os passes escolares gra-tuitos, o regime de fruta e lanchespara os alunos do pré-escolar e do1º ciclo, o aumento dos apoios naaquisição dos livros do 1º ciclo, acriação de bolsas de estudo a alu-nos que sigam o ensino superior,ou o programa Mimar, que abran-ge também as unidades de multi-deficiência do concelho.

Já este mês, a Câmara de SantoTirso assinou um protocolo com oMinistério da Educação, no âmbitodos fundos Portugal 2020, que temem vista a requalificação da EscolaBásica de S. Martinho do Campo,da EB 2,3 de Vila das Aves e da EB2,3 São Rosendo. O acordo resulta-rá num investimento de cerca dedois milhões de euros no parqueescolar do município, nomeada-

A EB 2,3 de Vila das Aves e a EB1 do Bom Nomevão ser alvo de obras de requalificação. A apos-ta na educação feita pela Câmara Municipal deSanto Tirso sente-se não só nas infraestruturasdo parque escolar, mas também nas medidassociais que têm vindo a ser implementadas.

SUPLEMENTOCÂMARAMUNICIPAL DESANTO TIRSO

Temos assistido a uma pujança a nívelde investimento, que se reflete nasempresas que têm procuradoSanto Tirso para se estabelecer.“

APOIO AO INVESTIMENTOA Câmara de Santo Tirso reconhe-ceu como ‘interesse público’ doisprojetos de investimento que seirão instalar numa parte da anti-ga Fábrica do Rio Vizela (na ima-gem) e na Fiatece. Esta medida,permite às duas empresas usu-fruir de redução e ou isenção emtaxas como o IMI ou o IMT. “Tra-ta-se de incentivar a reabilitaçãodo património industrial edifica-do, por um lado, e apoiar o inves-timento no nosso concelho, poroutro”, justificou Joaquim Couto.

de emprego e ao aumento da com-petitividade de Santo Tirso, peran-te os concelhos vizinhos. Para asempresas, também a taxa do IMIserá fixada em 0,375%.

Nos últimos três anos, a Câma-ra já abdicou de uma receita esti-mada em oito milhões de euros afavor das famílias do concelho e deprojetos empresariais que se ins-talaram em Santo Tirso.

TAXA DE DESEMPREGO A DESCERExatamente com vista à criação deum ambiente favorável à atraçãode investimento, a Câmara lançouem maio de 2015 o INVEST SantoTirso – Gabinete de DinamizaçãoEconómica. Um organismo facilita-dor de investimento garante apoioàs empresas e investidores, inte-grando um “corredor verde” nosprocessos burocráticos, com vistaa impulsionar a fixação e o investi-mento privado no concelho.

Só no ano passado, o valor deexportações das empresas de San-to Tirso atingiu os 540 milhões deeuros. “Temos assistido a uma pu-jança a nível de investimento, quese reflete nas empresas que têmprocurado Santo Tirso para se es-tabelecer, mas também nas exis-

tentes no município e que têmcontinuado a investir, para cres-cer”, sublinha Joaquim Couto.

Os resultados estão à vista. Noterceiro trimestre de 2015, a taxade desemprego no concelho caiu20%, em comparação com o mes-mo período de 2014, segundo orelatório “Norte Conjuntura” daCCDRN. Já em abril deste ano, osdados oficiais do Instituto de Em-prego e Formação Profissional in-dicavam que havia menos 2141 de-sempregados inscritos, o que, com-parativamente com 2012, signifi-ca uma acentuada descida de 32%.

mente de 500 mil euros na EscolaBásica de São Martinho do Campoe de 750 mil euros na EB 2,3 de Viladas Aves, e EB 2,3 São Rosendo. Empreparação está, também, a candi-datura a financiamento de fundoscomunitários da requalificação doEB1 de Bom Nome, um projeto novalor de 400 mil euros.

Desde o início do mandato, aCâmara Municipal de Santo Tirso jáinvestiu cerca de 1,6 milhões de eu-ros em projetos e obras de benefi-ciação do parque escolar, depoisdos cerca de 400 mil euros aplica-dos na remoção de amianto. Con-cluídas estão já as obras na JI dasFontainhas, bem como na Escola deSanta Luzia, em Monte Córdova. Adecorrer, estão os trabalhos de be-neficiação dos espaços exterioresna EB de S. Martinho. Prestes a ar-rancar estão ainda as obras na EB 1Conde S. Bento, na JI do Ribeiro,em Rebordões, na Escola da Re-guenga e na Secundária D. AfonsoHenriques, em Vila das Aves, ondeserá feita uma requalificação daentrada da escola.

No início de outubro, a autarquiainaugurou a tão esperada requalifi-cação da Escola Básica e SecundáriaD. Dinis. Um momento presidido pe-lo Ministro da Educação, Tiago Bran-dão Rodrigues, que elogiou a co-munidade educativa do concelho.

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ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016 | 11

José Maria de Almeida Garrett e aorigem do Colégio de S. Miguel das Aves

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

No livro “Glória”, Vasco Pulido Va-lente quis “mostrar como agiam, sen-tiam e pensavam os portugueses le-trados de meados do séc. XIX”, con-tando a história de José CardosoVieira de Castro, um deputado origi-nário de Fafe que se tornou famosona política antes dos seus 30 anose que casou no Brasil com uma her-deira rica que confessadamente as-sassinou em 1870. J.M. AlmeidaGarrett era o destinatário de umacarta que Claudina Adelaide Vieira,de 21 anos, escrevia quando foi sur-

O ÚNICO DOS TRÊS PROTAGONISTAS QUE SOBREVIVEU À TRAGÉDIA PASSIONAL OCORRIDA EM LISBOAEM 1870 FUNDOU, ANOS MAIS TARDE, EM S. MIGUEL DAS AVES, UM COLÉGIO DE RAPARIGAS

preendida pelo marido, José Vieirade Castro, o que esteve na origemda tragédia.

Garrett era amigo e visita habitualda casa de Vieira de Castro e foi, doisdias depois da cena da carta, desafi-ado para um duelo pelo marido ofen-dido. Ramalho Ortigão, amigo deambos, foi o intermediário des-se desa-fio para o duelo: “é preciso que hojemesmo, antes da noite, me bata emduelo de morte com José Maria deAlmeida Garrett. Torno-o cúmplice deum homicídio se não conseguir queo combate se realize, como desejo.No caso negativo, procuro Almeida

e considerando que seria cobardiamatar um homem que estava resolvi-do a não se defender, Vieira de Cas-tro chorou... Que plano teria ele emmente? Ninguém poderá respondera esta pergunta... Mas, certamente, teriaalgum, pois que, depois de receberde Ramalho Ortigão essa informa-ção, declarou friamente que tinhamatado a sua própria mulher, namadrugada anterior...

No julgamento, Vieira de Castro,o marido assassino, foi condenadoao degredo para Angola, onde mor-reu, por doença, poucos anos maistarde. E não ficou provada nenhumaculpa do destinatário da carta queesteve na origem do premeditado atodo eminente político e deputado,amigo e biógrafo de Camilo CasteloBranco, a quem havia tenazmentedefendido quando este foi acusadode adultério e preso, pela sua rela-ção com Ana Plácido.

Garrett não teria boa fama poroutras histórias anteriores mas levoudepois uma vida de isolamento ededicação à educação de crianças ejovens. Sua mãe vivia na Quinta daCarreira, em S. Miguel das Aves e, nodizer de Alberto Pimentel no livro“Santo Thyrso de Riba d’Ave”, JoséMaria para ali voluntariamente serelegou arrependido e contrito, de-pois da tragédia Vieira de Castro. Aíensinava as primeiras letras de formagratuita aos rapazes da freguesiaenquanto sua mãe ensinava rapari-gas. Depois, da morte da mãe, escre-ve Alberto Pimentel que “José Mariafez doação da Quinta da Carreira aDª Matilde Albuquerque, que emedifício próprio ali fundou, sob osauspícios do doador, o Colégio daVisitação de Santa Maria, onde éministrado gratuitamente o ensino,havendo, porém, algumas pensionis-tas de instrução primária e secundá-ria. (...). A vida dele, em S. Miguel dasAves, decorreu serena e piedosamen-te, velando pelo Colégio e entregan-do-se a atos de devoção.” |||||

Garrett e mato-o onde o encontrar”.Garrett, inicialmente, aceitou o

duelo; mas a seguir decidiu não sebater, não se importando de se per-der para sempre na opinião das pes-soas honradas que não conheciamo motivo da recusa. E anunciou quese considerava morto para o mundo,que partia para França para entrarnuma ordem religiosa e que não ti-nha medo da morte física: indicou ahora e o caminho que tomaria, a pée desarmado, para apanhar o com-boio, aguardando tranquilo o que lhepudesse acontecer.

Ao receber a notícia desta recusa

MEMORIA´

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ATUALIDADE12 | ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016

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Aluna da EscolaD. Dinis venceprémio literário

Câmara volta aatribuir bolsasde ensino superior

O concurso “Ler como quem joga –Escrever como quem pinta” promovi-do pelo Plano Nacional de Leitura,com o contributo dos parceiros Redede Bibliotecas Escolares, Direção-Ge-ral de Administração Escolar, Leya eInstituto Camões premiou, este ano,Ana Margarida Rebelo Lopes, alunada Secundária D. Dinis. Com o seu“Querido diário”, conquistou o 2.ºlugar na componente “Notas de Lei-tura”, dirigida ao 3.º ciclo, do con-curso a nível nacional. Este trabalhoassume a forma de um diário, queserve de complemento à leitura daobra “O Fantasma de Canterville” deOscar Wilde.

A abertura do evento esteve a car-go da diretora do Agrupamento,Cláudia Soares, que, para além defelicitar a aluna e a equipa dinamiza-dora, manifestou o seu orgulho esatisfação pela importância do prémiona promoção da leitura, da escrita ena projeção do trabalho da escola anível nacional. Já a professora AnaCristina Ribeiro fez um relato do per-curso da Ana Margarida Lopes des-tacando a sua curiosidade, espíritocriativo, carácter solidário e interessepelo mundo literário.

A arte invadiu o auditório com aintervenção musical das alunas MaraCorreia e Marta Carneiro do 12.ºano, a leitura do trabalho premiadopelo aluno Bruno Pontes do 10.ºC epelo testemunho dado pelos escrito-res António Oliveira e Nuno Higinosobre o papel da leitura e da escritana valorização do ser humano.

Para Nuno Higino “as palavras dotexto de Ana Margarida ficarão guar-dadas por muitos anos: na casa daspessoas ou nas bibliotecas. Sobrevi-verão”. “Daqui a muito tempo, quan-do nenhum de vós já estiver aqui,elas serão um testemunho da suainfância, do seu tempo, do seu gostode brincar com as sonoridades quehá dentro das palavras. Elas ficarãocomo um prolongamento da sua ima-ginação”, concluiu. |||||

ANA MARGARIDA LOPES CONQUISTOU O SEGUNDO LUGARDO CONCURSO LITERÁRIO PROMOVIDO PELO PLANONACIONAL DE LEITURA COM A OBRA “QUERIDO DIÁRIO”. ACERIMÓNIA DE ENTREGA DE PRÉMIOS DECORREU NO DIA4 DE OUTUBRO, NA D. DINIS.

A iniciativa já é conhecida dos tir-senses e, este ano, a Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso volta aapostar na atribuição de bolsas deestudo aos alunos do ensino su-perior. A ideia é apoiar a perma-nência escolar dos jovens residen-tes no concelho e contribuir, as-sim, para a igualdade de oportuni-dades no acesso aos estudos.

“Para nós a educação é, efetiva-mente, uma prioridade”, adianta opresidente da Câmara, JoaquimCouto, garantindo que têm sido le-vadas a cabo “um conjunto demedidas de apoio à educação quepretendemos que sejam o maisabrangentes possível”.” Com estasbolsas de estudo conseguimos cum-

ESTUDANTES TIRSENSES QUE FREQUENTEM AUNIVERSIDADE NO ANO LETIVO DE 2016/2017 PODEMCANDIDATAR-SE À BOLSA DE ESTUDO, ATRIBUÍDA PELACÂMARA MUNICIPAL, ATÉ 15 DE NOVEMBRO.

prir um dos nossos objetivos nestaárea, que é o de garantir que apoi-amos todos os níveis de ensino,do pré-escolar ao Ensino Superior”,garante o presidente da Câmara.

As candidaturas prolongam-seaté dia 15 de novembro. A apresen-tação das candidaturas deverá serrealizada em suporte de papel, me-diante o preenchimento do for-mulário tipo, devidamente acompa-nhado de todos os elementos ins-trutórios. Este formulário está dis-ponível no Balcão Único e na pági-na eletrónica com o endereço www.cm-stirso.pt e deve ser entregue pes-soalmente no Balcão Único da Câ-mara, ou remetido por carta regis-tada com aviso de receção. |||||

SANTO TIRSO | EDUCAÇÃO

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ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016 | 13

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

Grupo Coral Santa Cecíliaobtém Diploma de Prataem concurso internacional

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O Grupo Coral Santa Cecília da Paró-quia de S. Martinho do Campo des-locou-se ao Fundão nos dias 8 e 9de outubro para participar no segun-do Festival Internacional e Concursode Coros organizado pela AssociaçãoCultural da Beira Interior e pela “Me-eting Music”, em colaboração com aCâmara Municipal do Fundão. A ideiada competição e avaliação de corosfoi desenvolvida na Hungria porPiroska Horvath e Gabor Hollerung(criadores da “Meeting Music”) com

O GRUPO CORAL DA PARÓQUIA DE S. MARTINHO DO CAMPO ESTEVE EM GRANDEDESTAQUE NO FESTIVAL INTERNACIONAL E NO CONCURSO DE COROS DABEIRA INTERIOR REALIZADO NO FIM DE SEMANA DE 8 E 9 DE OUTUBRO, NO FUNDÃO

VILA NOVA DO CAMPO | GRUPO CORAL SANTA CECÍLIA

o objetivo de desenvolver o gostopelo canto coral e levar mais gente acantar em coro através da realizaçãodeste tipo de eventos, considerandoo mundo como “um coro global”.

O júri do festival era constituidoos maestros Gabor Hollerum, da Hun-gria, Yuval Benozer de Israel e luísCipriano de Portugal. Participaram oitocoros portugueses e dez outros corosde diversos países. O Grupo Coralde Santa Cecília concorreu na catego-ria Coros Mistos com temas de Ma-nuel Faria, de Fernando Lopes Graçae de José L. Rivas, este sobre um po-

ema de Manuel Alegre. As audiçõesdecorreram no Museu Moagem e osucesso da sua apresentação tradu-ziu-se na obtenção do Diploma dePrata, o que fica como uma grandemarca para o currículo do grupo.

Nesta deslocação à Beira Interioro grupo integrou o desfile dos corospelas ruas do Fundão ao som dabanda de música local e teve ainda aoportunidade de participar num vi-brante concerto em Castelo Branco,conjuntamente como o Orfeão destacidade e o coro do Sri Lanka queparticipou no concurso. ||||||

No âmbito do Ciclo de Teatro paraa Infância, que integra uma apre-sentação mensal de espetáculos deteatro dirigidos ao público infanto-juvenil, a Biblioteca Municipal deSanto Tirso acolhe, no dia 29 deoutubro, a apresentação da “FadaOriana”. Levada a cena pela VarazimTeatro, pelas 10h30, a peça partedo conto com o mesmo nome, deSophia de Mello Breyner Andresen.

“Há duas espécies de fadas: asfadas boas e as fadas más. As fa-das boas fazem coisas boas e asfadas más fazem coisas más”. Este éo ponto de partida para umespetáculo que nos transporta parao mundo encantado das fadas, re-velando que até os seres mágicostêm sentimentos humanos. E nele,tal como no livro, é possível encon-trar o dom da proteção sobre osseres mais frágeis que vivem numafloresta, as tão humanas oscilaçõesentre a solidariedade, o sentido da

responsabilidade e o egoísmo e avaidade. Encontramos, como é pró-prio de muitos contos tradicionaise para a infância, as peripécias daluta entre o bem e o mal.

Destinada a crianças com idadesuperior a quatro anos, a peça “FadaOriana”, levada à cena pela VarazimTeatro. Associação Cultural criadaem setembro de 1997, o VarazimTeatro tem colhido o reconhecimen-to da relevância do seu trabalho.De instituições financiadoras comoa Câmara Municipal local. Do pú-blico, através da sua fidelização edo seu crescimento, comprovávelpelo número crescente de espeta-dores. E dos seus pares, através deuma crescente vontade de colabo-ração, cooperação e estabelecimentode parcerias. No seu percurso en-quanto criador, o Varazim Teatro járealizou 41 produções com textosde autores consagrados e algunsclássicos. |||||

Varazim Teatro leva àcena “Fada Oriana”na Biblioteca Municipal

SANTO TIRSO | TEATRO

ESPETÁCULO É APRESENTADO NO DIA 29 DE OUTUBRO

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14 | ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016

VALE DO AVEFAMALICÃOFAMALICÃO

A Câmara municipal da Trofa vaiapresentar o projeto de requalifica-ção da antiga estação em sessãopública. Para o município este é “umprojeto que vai transformar definiti-va e profundamente a vida de to-dos os trofenses e a zona centraldo concelho”.

O espaço que foi abandonadocom a deslocação da via ferroviáriavai ganhar nova vida, com um in-vestimento de cerca de dois milhõese meio de euros cofinanciado peloprograma Portugal 2020. O proje-

O concurso, da iniciativa da Rede Fa-malicão Empreende, pretende fomen-tar o empreendedorismo dos jo-vensestudantes. Os alunos do ensino pro-fissional são, deste modo, incentiva-dos a desenvolver as suas provas deaptidão profissional (PAP) direciona-das para o mercado, procurando solu-ções práticas e inovadoras e valorizan-do este tipo de ensino no concelho.

A iniciativa foi muito elogiada pe-lo alto responsável do IEFP, conside-rando-a um “exemplo muito interes-sante, porque valoriza não só a PAPenquanto exame final, mas tambémtodo o trabalho que é feito ao longodo ano nas escolas”.

Para Paulo Cunha, presidente dacâmara municipal de Famalicão queinaugurou a mostra, os projetos apre-sentados “espelham bem a muita ima-ginação e criatividade que existe nasnossas escolas profissionais”, subli-nhando ainda a grande complemen-taridade que existe entre a autarquia,empresas e as escolas.

Os projetos apresentados provêmdas salas de aula da CIOR, FORAVE,Escola Secundária D. Sancho I, Insti-tuto Nun’Alvares, Didáxis de S. Cosmee Didáxis de Riba de Ave. Os vence-dores serão premiados com 1000euros para o primeiro lugar, 500 eu-ros e 200 euros para o segundo eterceiro respetivamente. |||||

Ensinoprofissional geraprojetosinovadores

O ARQUITETO JANUÁRIO GODINHO, AUTOR DE DIVER-SAS OBRAS NO CONCELHO DE DE FAMALICÃO, ENTRE ASQUAIS OS PAÇOS DO CONCELHO, DÁ O MOTE PARA UMCONJUNTO DE INICIATIVAS QUE ARRANCAM ESTA SEXTA-FEIRA E ABORDAM A TEMÁTICA DA ARQUITETURAMODERNA NO TERRITÓRIO FAMALICENSE.

“Famalicão, Marcas de Modernida-de” é o tema do colóquio, que vaidecorrer nos Paços do Concelho, evai reunir conceituados investiga-dores do panorama nacional. Oevento realiza-se amanhã, a partirdas 9h15 e tem inscrições limita-das à capacidade de sala (os inte-ressados devem enviar a sua ins-crição através do e-mail: [email protected]).

O evento vai ficar marcado pelolançamento do Prémio de Arquite-tura Januário Godinho, que terá co-mo objetivo galardoar a melhor re-abilitação de edifício no concelho.De periodicidade bianual, o PrémioJanuário Godinho terá um valorpecuniário de 7 mil euros, caben-do dois mil euros ao promotor daobra e cinco mil à equipa projetista.

Neste dia será ainda realizadauma visita guiada às obras de Ja-nuário Godinho no concelho, no-meadamente nas freguesias de Lou-ro e Famalicão. O evento terminacom a inauguração da exposição“Januário Godinho Arquiteto (1910– 1990). Através da mate-rialidade”,que estará patente até 25 de no-vembro, nos Paços do Concelho.

Para o presidente da CâmaraMunicipal, Paulo Cunha, “a vastaobra que Januário Godinho dei-xou no território e a sua sensibili-dade à relevância do patrimónioconstituem ensinamentos que me-recem ser preservados e divulga-dos”. Além disso, o evento abordaainda a arquitetura moderna no ter-ritório de Famalicão, os edifícios eos arquitetos que os desenharam.

As iniciativas inserem-se no âm-bito da colaboração entre a Câma-

Famalicão lançaprémio dearquitetura

ra Municipal de Vila Nova de Fa-malicão e o Grupo de Estudos deArquitetura do Centro de EstudosArnaldo Araújo da Escola Superi-or Artística do Porto, contando como apoio da Ordem dos Arquitetos– Secção Regional Norte.

JANUÁRIO GODINHOArquiteto português nascido em1910, em Ovar, e falecido em 1990Januário Godinho estudou na Es-cola Superior de Belas Artes do Por-to, entre 1925 e 1930, tendo ob-tido o diploma com o estudo parao Hotel do Parque-Vidago em 1941,onde começa a esboçar algumasdas preocupações que o perseguemao longo da sua carreira, como aleitura e interpretação do lugar, oritual dos acessos, a relação entrepaisagem e espaço interior e acriteriosa escolha de materiais.

A sua relação com Vila Novade Famalicão surge nos anos 40 eprolonga-se até ao final da décadade 80. As suas obras pontuam oterritório, mas é no Louro que seencontra um número mais signifi-cativo. Da obra deixada no conce-lho por Januário Godinho desta-ca-se o edifício dos Paços do Con-celho e o antigo Tribunal; na fregue-sia de Antas o edifício para o Ban-co Português do Atlântico (1953);na freguesia de Brufe a casa Afon-so Barbosa (1940-42); na fregue-sia do Louro várias construções naQuinta de Seara, o mercado, a igre-ja, a Casa do Povo, o centro paro-quial e o cemitério. Finalmente, nafreguesia de Requião, destaca-se aQuinta de Compostela e a TêxteisManuel Gonçalves. |||||

Trofa tem novo projetopara a antiga estaçãode caminho-de-ferro

TROFA

ESPAÇO ABANDONADO COM A DESLOCAÇÃO DA VIAFERROVIÁRIA VAI AGORA GANHAR NOVA VIDA

to vai requalificar mais 42 mil me-tros quadrados e incluirá espaçosverdes, ciclovia, percursos pedonaise mais variadas áreas recreativas edesportivas que continuará aviabilizar a chegada do metro à Trofa.

Esta nova infraestrutura funcio-nará em articulação com os parquesde Nossa Senhora das Dores, Dr.Lima Carneiro e Azenhas, dotandoa cidade de equipamentos promo-tores de bem-estar, que mobilizemos trofenses, dinamizem o comér-cio e dignifiquem a cidade. |||||

A edição deste ano da Expo Clás-sicos - IX Salão de Automóveis eMotos Antigos de Guimarães, quese realiza este fim de semana, noMultiusos de Guimarães, terá comotema central “Clássicos em Férias”com a apresentação de veículos clás-sicos associados ao caravanismo ecampismo, mas também ao lazer, aospasseios de fim de semana ou àsgrandes viagens.

Neste espaço será reconstituídoo ambiente de férias em campismo,com a apresentação de uma coleçãode autocaravanas VW (“pão-de-for-ma” e Westfalia, do modelo T1 aoT6), às quais se juntam outros veí-

culos emblemáticos. No local, paraalém de apreciar a coleção da Volks-Wagen, o visitante pode relaxar naesplanada da “Creparia Paris” (quefunciona a bordo de uma VW “pão-de-forma” T2) ou tentar vencer aparede de escalada.

A par da exposição central, se-rão assinaladas efemérides de mar-cas e modelos que completam en-tre 30 a 80 anos de idade: 80anos do Fiat 500; 70 anos da Ves-pa e 50 anos do Toyota Corolla.

A Expo Clássicos funciona das10h00 às 23 horas, no sábado, eno domingo das 10h00 às 19 ho-ras. Os bilhetes custam três euros. |||||

GUIMARÃES

Veículos clássicos em exposiçãono pavilhão multiusos

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ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016 | 15

INQUERITO´́́́́

INQUÉRITO A DIOGO OLIVEIRA, PRESIDENTE DA JSD DE SANTO TIRSO

Natural da freguesia de Vilarinho eresidente em S. Tomé de Negrelos,Diogo Moisés Ferreira Oliveira (1993)é o atual presidente da JSD de SantoTirso. Formado em Engenharia Eletro-técnica pelo Instituto Superior de En-genharia do Porto, Diogo Oliveira exer-ce funções como engenheiro eletro-técnico na empresa “Energia Simples”.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?De uma rede de transportes públicoseficiente e eficaz.

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Uma semana cultural diversificadadedicada aos artistas locais.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?Sou suspeito quanto a esta perguntadada a minha condição de Negrelen-se, no entanto acho que uma obraemblemática e que muita falta faz àpopulação não só de S.Tomé deNegrelos mas também de Roriz é afamosa rotunda do Barreiro.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Não gosto de fazer futurologia, mastalvez em abril de 2029.

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para...Fazer do vereador da cultura diretordo Centro Cultural de Vila das Aves.

A Casa de chá, no Parque D. Maria II

“Espero que a pedaladapara a festa não dê oabafo a Santo Tirsopara correr atrásdo desenvolvimento”

Quem sabe na segunda deste milénio.

Com quem é que nunca iria à bola(ou à missa)?Claramente com o Sr. Mário Nogueira.

Com quem é que gostava de se coli-gar?Certamente que não seria com umaestrutura liderada pela Catarina Martins.

Sabe o nome da diretora do CentroCultural de Vila das Aves?Penso que seja a Engª Ana Maria.

Quantas vezes já esteve em Rabada?Quantas vezes estive em Rabada? Boapergunta. Não sei, mas já estive di-versas vezes na Rabada, é um facto.

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Normalmente todas as interrupçõesdo Couto cortam a possibilidade denascer em Santo Tirso.

A quem dava com um pau de selfie?A ninguém, não sou uma pessoa vi-olenta, mas é um instrumento preci-oso para tirar selfies no nosso mu-seu internacional de escultura con-temporânea ao ar livre.

Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan-ta festa?Penso que sim, só espero que compedalada para a festa não lhe dê oabafo para correr atras do autocarrodo desenvolvimento que já vai rela-tivamente longe, como podemos verpelos nossos vizinhos de Famalicãoou da Maia.

A quem oferecia uma medalha demérito?Ao Sr. Presidente da Câmara, eu tra-balho no Porto e sei bem o que custafazer a viagem todos os dias para irtrabalhar, o Sr. Presidente com a suaidade certamente sentirá mais na peleos quilómetros que separam Leça daPalmeira de Santo Tirso. |||||

dá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Nunca ingeri nem um nem outro porisso fico-me pelo chá preto.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que...Se podia nascer na maternidade deSanto Tirso.

Eu faria um abaixo-assinado para…A implementação de infraestruturasbásicas como saneamento, água egás natural canalizado para todo omunicípio.

Onde se comem os melhores jesuí-tas?Não consigo decidir entre a Confei-taria Moura ou a Confeitaria Algarve.

Eu pagava para…Ver alguém andar de Tuk Tuk em San-to Tirso.

Em que década vai o PSD conquistara Câmara de Santo Tirso?

DIOGO OLIVEIRA

“Oferecia uma medalhade mérito ao Sr. Presi-dente da Câmara. Eutrabalho no Porto e seibem o que custa fazera viagem todos os diaspara ir trabalhar...

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16 | ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016

DESPORTO

www.ortoneves.pt

FUTEBOL // TAÇA DE PORTUGAL

Vai realizar-se no próximo dia 28, pelas 20 horas, na Sala deImprensa do Estádio a Assembleia Geral do Clube Desportivo dasAves, para aprovação das contas da época desportiva finda. Tendoem conta as questões financeiras relacionadas com a cedência departicipações sociais da SAD e a sua repercussão nos resultadoseconómicos e no passivo do Clube, é de esperar que a reunião pro-mova o cabal esclarecimento da real situação do Desportivo dasAves, agora que o futebol profissional está fora da sua gestão. |||||

DIVISÃO DE ELITEPRO NACIONAL

2ª LIGA DE FUTEBOL - CD AVES, FUTEBOL SAD

Desportivo das Avesvenceu Sporting BNO JOGO QUE ESTAVA EM ATRASO, A CONTAR PARA A 8ªJORNADA DO CAMPEONATO, A EQUIPA DE VILA DAS AVESRECEBEU E VENCEU O SPORTING B.

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FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Depois de dois empates seguidos, oDesportivo das Aves venceu o Spor-ting B por 2-0, com ambos os golosapontados por Barry, atualmente me-lhor marcador avense e entre os me-lhores da liga. O jogo disputou-seno domingo, dia 9 de outubro.

Na 1ª parte assistiu-se a um jogosem interesse algum. A batalha pro-priamente dita só começou nos últi-mos minutos da primeira parte, quan-do Zé Tiago surgiu isolado mas fa-lhou a finalização. Logo a seguir foia vez de Caetano, acabado de en-trar, que quase marca mas, mais domesmo: falhou a finalização. O últi-mo “falhanço” antes do intervalo cou-

O CD Aves, Futebol SAD, perdeua 3ª eliminatória da Taça de Por-tugal em casa frente ao Paços deFerreira, que se apurou vencen-do os da casa já no prolongamen-to. No final do tempo o marcadorestava sem alterações e os golossurgiram no tempo suplementar,quando a equipa de Paços já es-tava reduzida a 10 jogadores. Le-andro marcou o único do Aves,

Desportivo das Avescaiu de formainglória peranteo Paços de Ferreira

ASSEMBLEIA GERAL DO CD AVES

fazendo novamente o empate,pois o avançado Welthon, que aca-bou por ser a figura o jogo, mar-cou o primeiro dos golos dos pa-censes e esteve envolvido no lan-ce do golo marcado depois porIvo Rodrigues. Assim, o Paços deFerreira segue em frente na Taçae a equipa de Ivo Vieira pode focara sua atenção no seu campeona-to. ||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

be a Pedró que falhou de forma in-crível uma jogada de golo certo.

Com o início da 2ª parte, a B doSporting entrou mais forte, destacan-do-se em duas boas oportunidadesde bola parada. Valeu Quim,guardião avense, que negou os go-los. Depois, foi a equipa da formaçãoavense que chegou à vantagem, nasequência de um lance individual dogoleador Barry, no minuto 62. Maistarde ao minuto 73, novamente Barry“mata” o jogo, depois de uma joga-da de contra-ataque avense.

O resultado fechou em 2-0, numjogo em que o Sporting B não con-seguiu reagir à força avense, quedepois do golo frisou a sua supre-macia num resultado que não sofrequalquer contestação. ||||||

A equipa da cidade de Santo Tirsofoi a equipa mais forte durantes todaa partida mas o Vilarinho não se con-siderou o elo mais fraco e tentousempre travar a força dos jesuítas. OTirsense marcou já tinham decorri-do 75minutos de jogo e a equipada vila de Vilarinho não conseguiumais reagir, dando a oportunidadeao Tirsense de sentenciar o resulta-do com novo golo aos 86 minutos.

O Futebol Clube Tirsense com maisesta vitória fora de portas é líderincontestado da serie 2 sendo se-guido, a quatro pontos de distância,pelo CD do Aves B. |||||

Tirsense mais forteno derby concelhiocom o Vilarinho

Depois do empate arrancado a fer-ros com o CD Sobrado (2-2), a equi-pa B do Aves conseguiu mais umavitória, desta vez em casa, com o S.Pedro da Cova, por 4-1.

O jogo teve duas faces, sem gran-des motivos de euforia. Durante osprimeiros 30m, Paulo Oliveira apro-veitou a confusão na área avensepara marcar o golo do S. Pedro daCova. Só depois do golo dos visitan-tes, os homens do Desportivo dasAves acordaram e encarreiraram nocaminho da vitória. Estando por vári-as vezes perto do golo, só à passa-gem do minuto 40 aconteceu o pri-meiro para o Aves através de Óscar.Na 2ª parte, com um futebol muitomais organizado o Aves conseguiuampliar por Rodrigues, Teixeira e no-vamente Óscar, fechando o resulta-do em 4-1. |||||

CD Aves B venceuS. Pedro da Cova

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ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016 | 17

CICLISMO | “SANGUINHEDO APIK2016”

A prova velocipédica SanguinhedoAPIK 2016, que faz parte, pela pri-meira vez, do calendário oficial deprovas da Federação Portuguesa deCiclismo, foi apresentada há diascom a presença do padrinho doevento, o tirsense e ciclista profissi-onal Sérgio Sousa.

O evento tem caraterísticas mui-to especiais: é uma prova que pre-tende acolher todos os utilizadoresde bicicleta, sem distinção de ida-des, estilos e performance física, emque o importante é participar numacorrida louca e desafiante. É um con-tra relógio, noturno e tem duelos en-tre os mais rápidos até encontrar ovencedor final. Qualquer corredor,qualquer bicicleta, uma subida de280 metros de extensão com 20,8por cento de declive médio.

A apresentação decorreu no mí-

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O torneio realizado no passado do-mingo dia 9 de outubro no Pavilhãodo Clube para apresentação da equi-pe sénior feminina que vai represen-tar o Clube Desportivo das Aves nocampeonato nacional da 3ª. divisãofoi um sucesso. Foram disputados 10jogos emocionantes que constituíramuma ótima promoção e divulgaçãoda modalidade e uma excelente de-monstração do que a equipa avenseserá capaz de fazer. Participaram notorneio as equipas do Vitória SC, FCInfesta e CD Póvoa, da 2ª divisão eCD Aves e SC Arcozelo, da 3ª divisão,

TORNEIO DE APRESENTAÇÃO MOSTROU O POTENCIAL DA EQUIPA AVENSE

Equipa sénior femininade Voleibol do CD Avesapresentou-se ao público

tendo o Vitória SC vencido o torneio,só com uma derrota; na segunda posi-ção ficaram o CD Aves e o FC Infesta.A presença da Força Avense no finalda tarde ajudou a transmitir aindamais entusiasmo aos presentes.

O Desportivo das Aves vai com-petir também em juniores e o plantelda fotografia integra os dois esca-lões já que as juniores podem serutilizadas na equipa sénior. Há nesteconjunto várias atletas que por di-versas razões haviam abandonado aprática da modalidade e outras quesão residentes na Vila das Aves, sen-

do todas cem por cento amadoras. O Desportivo das Aves vai tam-

bém promover o minivoleibol, com acoordenação do professor CarlosAlberto Fernandes e continuará a fa-zer captações de atletas com ou sempercurso desportivo no voleibol parapreparar e constituir equipas paraparticipar ainda esta época desportivano Torneio do 75º aniversário daAssociação de Voleibol do Porto, queterá inicio no final de 2016/princí-pio de 2017. Neste momento, já háatletas suficientes para constituir umaequipa no escalão de Cadetes. ||||| tico Sanguinhedo (sede da Asso-

ciação dos Amigos do Sanguinhe-do) e contou com a presença de doisvencedores da Volta a Portugal emBicicleta, Rui Vinhas (2016) e NunoRibeiro (2003).

Segundo Jorge Gomes, presiden-te da junta da União de Freguesi-as de Santo Tirso, “este é um even-to que tem vindo a crescer de umaforma exponencial e que apesar deestar apenas na sua 3ª edição, atin-giu já um patamar de nível nacio-nal”. Para o autarca, “é importanteque este tipo de iniciativas traga aSanto Tirso os melhores ciclistas dopelotão nacional, os aficionados damodalidade e todos aqueles quetenham gosto não só pela modali-dade mas também pela práticadesportiva. Quem ganha somostodos e é Santo Tirso.” |||||

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FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES EEEEE VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Pelo segundo ano consecutivo a or-ganização excedeu-se. Tudo foi mai-or. Da logística aos nomes e núme-ros dos participantes. Foi criado umautêntico ginásio ao ar livre que nema ameaça de chuva fez esmorecer oentusiasmo. Naquele domingo, 16 deoutubro, foram todos atletas. Os maisnovos e os mais velhos. Os profissi-onais e os amadores. Numa manhãde convívio e de celebração da ativi-dade física.

Sara Moreira, que orgulhosamenteamadrinhou a competição sentiu-se“privilegiada” por ver tantos amigos e

À segunda edição,“Aves emMovimento”tornou-se numsucesso aindamais retumbanteCOM MAIS DE 2600 INSCRITOS E PRESENÇA DEATLETAS DE NÍVEL NACIONAL, A CORRIDA “AVES EMMOVIMENTO” PINTOU AS RUAS DA VILA DAS AVES DEBRANCO E FLUORESCENTE E DEIXOU UMA MARCAINDELÉVEL PARA O FUTURO.

A “Liga Portuguesa de KarateShotokan” realizou-se no pas-sado dia 1 de outubro, no pavi-lhão municipal da Póvoa doVarzim. A competição junta to-dos os atletas de norte a suldo país praticantes de karateshotokan. A Associação R.C.D.Negrelense esteve presentecom o atleta Bruno Fernandesem kata e kumite cadete e aAssociação de Karate deVilarinho, foi representada porRui Faria, atleta da que compe-tiu na prova de kumite. Partici-pou também o treinador e ár-bitro José Monteiro.

Ambos os atletas estiverambem apesar de se tratar da pri-meira prova da época, a qualmostrou que ainda há muitotreino pela frente. Apesar dis-so, Bruno Fernandes conseguiualcançar o pódio, classificando-se no 4º Lugar. |||||

Joaquim Fernandesárbitro e Chefe deTatami na 1ª TaçaIbero-americana

KARATE

A Federação Nacional de Karate or-ganizou a 1ª jornada da Liga Olím-pica de Karate, competição com cin-co jornadas e classificações por jor-nada para apurar o vencedor final.Esta prova decorreu no último dia 5de outubro no pavilhão desportivode Alcabideche. O Karate ShotokanVila das Aves esteve presente com 4atletas, tendo Manuel Ribeiro sido umdos grandes vencedores na prova dekumite seniores mais de 80kg e Tâ-nia Barros na prova de kumite cade-tes menos de 53kg. Iuri Silva obteveum segundo lugar katas sénior e Jú-lio Silva alcançou o quinto lugarkumite cadetes, menos de 67kg. Ema-nuel Fernandes não competiu por es-tar lesionado. Foram excelentes resul-tados para os karatecas avenses por-que o nível técnico foi bom, com apresença da maioria dos melhoresatletas portugueses.

Antes, no 2º Open internacionalde karate, do Clube de Karate da

Shotokan Vila das Avesmedalhado na LigaOlímpica de Karaté

Aguçadoura que decorreu no dia 1no pavilhão municipal da Póvoa deVarzim, os atletas do Karate ShotokanVila das Aves conquistaram oito pó-dios entre os quais se destacam asvitórias de Emma Barros, Lea Barros,Rodrigo Azevedo, Tánia Barros e Jú-lio Silva. Manuel Ribeiro alcançou o3º lugar. Ana Pinto, José Pereira, Dio-go Rodrigues, Beatriz Pereira e BeatrizMartins não alcançaram o pódio.

TAÇA NACIONAL KARATÉA Liga Portuguesa de Karate Shoto-kan, com o apoio do Clube de Karateda Aguçadoura, organizou a taça na-cional de Karate Shotokan que decor-reu no dia 2 no pavilhão municipalda Póvoa de Varzim, competição sópara os inscritos na Liga Shotokan.O Shotokan Vila das Aves competiucom 3 atletas tendo o juvenil JúlioSilva obtido um 5º lugar kumite e osjuniores o Iuri Silva o 2º lugar katase Manuel Ribeiro o 3º lugar kumite. ||||

Bruno Fernandesno pódio para aA.R.C.D.Negrelensena Liga de Karate

Na 1ª Taça Ibero-americanaque decorreu no dia 8 em Bra-ga, com a presença de 10 paí-ses, (uma competição de gran-de nível porque estiveram pre-sentes atletas medalhados ecampeões da europa e do mun-do) o Mestre Joaquim Fernan-des foi convidado para arbitrar,o que fez com qualidade. Foinomeado Chefe de Tatami earbitrou várias finais. |||||

KARATE PEDESTRIANISMO

colegas de profissão correrem numcenário que sempre fez parte da suarealidade de treino diária, não só olocal em si, mas as pessoas que po-voam a região onde cresceu. “Estoumuito feliz por ver este grupo de pes-soas aqui, a correrem perto da terraonde nasci. Tenho muita pena de nãopoder ter corrido, não foi possível,mas pude ajudar de outra maneira eestou muito satisfeita por isso. Estouem casa.”

Quanto à corrida, o tiro de partida,dado pela presidente da Junta dasAves, Elisabete Roque Faria deu deimediato o prelúdio daquilo que iriaacontecer, uma vez que os princi-paiscandidatos saltaram logo para a frente

Page 23: ENTREVISTA A GONÇALVES AFONSO (PSD) “Nunca vi uma … · senti a necessidade de me de-safiar e ver quem eu era”, revela a artista. O álbum, lançado em maio de 2015, foi indicado

ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016 | 19

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Estrela do Monte

do pelotão, rapidamente se forman-do um grupo que viria a liderar aprova, compacto até meio da prova.A partir daí, assistiu-se ao espetáculode Tiago Costa, o atleta do Benfica,quebrou o grupo e foi decisivamenteaté à chegada, isolado. “É percursoexigente com o paralelo e muitas subi-das, felizmente o dia portou-se e nãochoveu. A prova está muito bem or-ganizada e estão todos de parabéns”.

Já no setor feminino a grande ven-cedora foi Daniela Cunha, do SportingClube de Portugal, companheira deequipa de Sara Moreira e uma dasgrandes esperanças do atletismo na-

cional. “É um percurso muito exigen-te que a moldura humana torna maisfácil. Esta é uma vitória saborosa por-que tenho trabalhado muito paraestes resultados aparecerem e dá-meânimo para trabalhar cada vez mais.”É de assinalar ainda o esforço e dedi-cação competitiva daqueles que cons-tituíam a maioria dos participantes,aqueles para quem um evento des-tes é a oportunidade de se testarem eultrapassarem os seus limites. A gran-de mancha fluorescente era sua e fi-zeram por merecê-la ao cruzar a meta.

Quanto à caminhada, essa fez-sea um ritmo e ambiente diferentes. A

boa disposição foi reinante, bem comoo espírito de convívio, num evento quejuntou famílias e amigos, miúdos egraúdos. Quem não quis faltar, foi oexecutivo camarário, incluindo o pre-sidente Joaquim Couto, a vice-presi-dente Ana Maria Ferreira e o verea-dor Tiago Araújo, que mantiveramuma postura discreta durante todo oevento. A deputada tirsense, AndreiaNeto, também marcou presença.

Para além da corrida, evento con-tou ainda com um conjunto variadode atividades na fun zone criada emtorno do Estádio do Clube Desportivodas Aves que foram animando os

presentes antes, durante e depois dacorrida e enriquecendo uma manhãjá de si ocupada.

No final, todos fizeram a festa, opúblico, os vencedores e a organiza-ção, que superou a elevada fasquiaque a primeira edição tinha deixado.“Quando temos um grupo unido,coeso, a trabalhar no mesmo senti-do, com boa vontade, os resultadosficam à vista. Não foi preciso contra-tar nenhuma empresa especializada,quando as pessoas se juntam emtorno de uma causa em que acredi-tam e vale a pena, este é o resulta-do”, concluiu a presidente da junta.

“Quando temos umgrupo unido, coeso,a trabalhar nomesmo sentido,com boa vontade,os resultados ficamà vista”.ELISABETE ROQUE FARIA, PRESIDEN-TE DA JUNTA DE VILA DAS AVES

Tiago Costa, o atleta do Benfica, quebrou o grupo efoi decisivamente até à chegada, isolado.Já no setor feminino a grande vencedora foiDaniela Cunha, do Sporting Clube de Portugal

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20 | ENTRE MARGENS | 20 OUTUBRO 2016

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

03 de novembro

GUIMARÃES | CINEMA

JOÃO PEDRO RODRIGUES ESTÁ DE REGRESSO COM UMA AMBICIOSAAPROPRIAÇÃO DO CONTO DE SANTO ANTÓNIO TRANSFORMADO EM FÁBULADE METAMORFOSE E TRANSCENDÊNCIA.

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É uma espécie de sonho efervescen-te. Uma odisseia com alcance para ládo olhar. “O Ornitólogo” é o casa-mento entre religião e natureza, umamitologia dos tempos modernos, sel-vagem, etérea, erótica até. Vencedordo Leopardo para melhor realizaçãono último festival de Locarno, JoãoPedro Rodrigues deixa tudo de si nafita. Como se toda a sua carreira ti-vesse vindo desaguar neste sonhofebril que é “O Ornitólogo”.

A sinopse podia ter sido tiradade uma qualquer aventura homérica:Fernando é um ornitólogo solitárioque decide pegar no seu caiaque edescer um rio em busca das rarascegonhas pretas, conhecidas por ape-nas se encontrarem em regiões inós-pitas, longe dos olhares humanos.Depois de algum tempo em viagem,distraído com a beleza da paisagem,é surpreendido pelos rápidos e qua-se morre afogado. Na luta pela so-brevivência, vai confrontar-se com al-guns dos seus demónios mais ínti-mos e medos mais primitivos. Contu-do, o filme nunca é apenas isso. Su-pera-se com imagens. Eleva-se como imaginário metafísico. Vai buscar àmitologia clássica, à moral cristã e de

“O Ornitólogo” afinalé Santo António

certo modo a Pessoa. Remistura tudoe torna-o seu. Íntimo e expansivo.

Paul Hamy interpreta Fernando comum carisma muito especial, porém aestrela da companhia é Rui Poças odiretor de fotografia. Poças é um dosmais requisitados cinematógrafos docinema português, transversal a dé-cadas e gerações. Recentemente cola-borou com Miguel Gomes em “Tabu”,mas com João Pedro Rodrigues, aquem fotografou todos os filmes, exis-te uma simbiose quase perfeita. Aofilme empresta-lhe o pulsar e a vibra-ção das suas captações.

Rodrigues não precisava deste fil-me para que o seu lugar no cânonenacional fosse intocável. Só que “OOrnitólogo” leva-o para outra cate-goria, para uma estratosfera que sem-pre lhe pareceu destinada. Basta lera crítica internacional, em Locarno,em Toronto ou Nova Iorque. É comtoda a certeza um dos grandes fil-mes do ano. Um dos mais ambicio-sos seguramente. O cinema portuguêsvive tempos criativamente invejáveis,isso é certo.

“O Ornitólogo” estreia comercial-mente a 20 de outubro e a 30 nocineclube de Guimarães. O filme éexibido às 21h45, no centro Cultu-ral Vila Flor. |||||