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Atividades Físicas e Recreativas para a Terceira Idade Programa para a Terceira Idade / FAEFI-UFU Editorial envelhecer cOM cATeGOrIA Acreditam-se por aí que as pessoas ao envelhecer e adquirir experiência, automa- ticamente se tornarão mais sábias, mais res- ponsáveis, mais sérias, mais carinhosas, mais boazinhas, mais gentis, dentre outras tan- tas coisas mais. Sinto muito dizer, mas isso não é a mais pura verdade. Em geral, conti- nuamos sendo tão tolos quanto antes e fa- zendo uma porção de coisas desastrosas. Temos que nos policiar para não cometer os mesmo erros de sempre. Só porque envelhecemos não temos que saber tudo de tudo. Podemos aprender com experiência e não cometer os mesmos erros, mas sempre existirá um suprimento de erros novos, esperando a primei- ra oportunidade para nos pregar uma peça, ou seja, cometer erros em situações novas. O segredo é aceitar esse fato e não ficar se recriminando a cada vez que errar. O ideal é não cometê-los, mas como não cometê-los se somos humanos, seres fadados ao deslize, justamente por sermos humanos? Bom será se formos gentis conosco quando fizermos al- guma besteira leviana ou bobagem fútil. Se sem maldade, nenhum erro será insuportável o suficien- te para não ser aceito por nós e pelos outros tam- bém. Sugiro que você perdoe a si mesmo e aceite que isso faz parte da vida: você está ficando ve- lho, mas nem por isso mais sábio. Certamente, você terá mais experiência, e, conseqüentemente, será mais vivido. Quando olhamos para trás, conseguimos identifi- car nossas falhas, mas, com freqüência, deixamos de proceder as armadilhas que estão à nossa fren- te. A SABEDORIA NÃO CONSISTE EM NÃO CO- METER ERROS, E SIM EM DESCOBRIR A MELHOR MANEIRA DE SOBREVIVER A ELES, MANTENDO INTACTAS NOSSA SANIDADE E NOSSA DIGNIDA- DE. Quando somos jovens, ficar velho parece uma coisa que só acontece com os nossos avós. Mas a velhice acaba chegando para todos nós e não te- mos escolhas, senão abraçá-la e seguir em frente. NÃO IMPORTA O QUE FIZERMOS, VAMOS ENVE- LHECER. Isso só não acontecerá se o nosso ciclo de vida for interrompido – morreremos e não teremos a chance de cometer outros erros. E, à medida que a idade avança, mais rápido parece ser esse processo. Podemos encarar a questão da seguinte forma: Quanto mais velhos ficamos, mais problemas enfrentare- mos em diversas áreas. Entretanto, sempre haverá situações em que não saberemos como agir e acabaremos tomando decisões equivocadas, entenderemos tudo errado ou entraremos em pânico sem necessidade. Quanto mais flexíveis e aventureiros formos, quanto mais estiver- mos dispostos a abraçar a vida, mais espaços teremos para explorar e, naturalmente mais oportunidades de cometer erros também. QUEM NADA ARRISCA JA- MAIS COMETERÁ ERROS. Não haverá culpas, mas também não haverá conquistas. Se por um lado, compararmos a velhice como ape- nas a passagem do tempo, por outro lado, podemos afirmar que esse tempo passado é capaz de curar tudo – amores perdidos, tristezas contidas, surpresas desagradáveis, perdas momentâneas e necessárias e por aí vai. Nesse sentido, não é de tudo tão ruim, pois as coisas melhoram com a idade. Aquilo por que um jovem sofre e se desespera ... na velhice é digerido e administrado e, conseqüentemente, o sofrimento de- saparece em deixar vestígios. Afinal de contas quanto mais erros cometemos ao longo da vida, menor a pro- babilidade de se deparar com outros diferentes. A me- lhor coisa é cometer a maior quantidade de equívocos e superá-los, enquanto se é jovem, porque assim ha- verá menos para aprender mais tarde. A juventude é uma oportunidade para que façamos as tolices a que temos direito, a fim de tirá-las do nosso caminho e o aprendizado servirá para nos conduzir na velhice pró- pria de cada um de nós. Por isso, amigo leitor, acredite em si mesmo, confie na sua capacidade, em seus conhecimentos e em seu destino. O universo não costuma dar crédito para quem não acredita em si próprio. Um beijo, boa leitura e até o próximo exemplar. Drª. Geni de Araújo Costa Coordenadora do Projeto AFRID Nº 30 OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2008 - JANEIRO/FEVREIRO DE 2009 Atendendo você!!! Atendendo você!!! Atendendo você!!! Atendendo você!!! Atendendo você!!!

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Atividades Físicas e Recreativas para a Terceira IdadePrograma para a Terceira Idade / FAEFI-UFU

Editorial

envelhecer cOM cATeGOrIAAcreditam-se por aí que as pessoas ao

envelhecer e adquirir experiência, automa-ticamente se tornarão mais sábias, mais res-ponsáveis, mais sérias, mais carinhosas, maisboazinhas, mais gentis, dentre outras tan-tas coisas mais. Sinto muito dizer, mas issonão é a mais pura verdade. Em geral, conti-nuamos sendo tão tolos quanto antes e fa-zendo uma porção de coisas desastrosas.Temos que nos policiar para não cometeros mesmo erros de sempre.

Só porque envelhecemos não temos que sabertudo de tudo. Podemos aprender com experiência enão cometer os mesmos erros, mas sempre existiráum suprimento de erros novos, esperando a primei-ra oportunidade para nos pregar uma peça, ou seja,cometer erros em situações novas. O segredo éaceitar esse fato e não ficar se recriminando a cadavez que errar. O ideal é não cometê-los, mas comonão cometê-los se somos humanos, seres fadadosao deslize, justamente por sermos humanos? Bomserá se formos gentis conosco quando fizermos al-guma besteira leviana ou bobagem fútil. Se semmaldade, nenhum erro será insuportável o suficien-te para não ser aceito por nós e pelos outros tam-bém. Sugiro que você perdoe a si mesmo e aceiteque isso faz parte da vida: você está ficando ve-lho, mas nem por isso mais sábio. Certamente, vocêterá mais experiência, e, conseqüentemente, serámais vivido.

Quando olhamos para trás, conseguimos identifi-car nossas falhas, mas, com freqüência, deixamosde proceder as armadilhas que estão à nossa fren-te. A SABEDORIA NÃO CONSISTE EM NÃO CO-METER ERROS, E SIM EM DESCOBRIR A MELHORMANEIRA DE SOBREVIVER A ELES, MANTENDOINTACTAS NOSSA SANIDADE E NOSSA DIGNIDA-DE.

Quando somos jovens, ficar velho parece umacoisa que só acontece com os nossos avós. Mas avelhice acaba chegando para todos nós e não te-mos escolhas, senão abraçá-la e seguir em frente.NÃO IMPORTA O QUE FIZERMOS, VAMOS ENVE-LHECER. Isso só não acontecerá se o nosso ciclo

de vida for interrompido – morreremos e nãoteremos a chance de cometer outros erros.E, à medida que a idade avança, mais rápidoparece ser esse processo. Podemos encarara questão da seguinte forma: Quanto maisvelhos ficamos, mais problemas enfrentare-mos em diversas áreas. Entretanto, semprehaverá situações em que não saberemoscomo agir e acabaremos tomando decisõesequivocadas, entenderemos tudo errado ou

entraremos em pânico sem necessidade. Quanto maisflexíveis e aventureiros formos, quanto mais estiver-mos dispostos a abraçar a vida, mais espaços teremospara explorar e, naturalmente mais oportunidades decometer erros também. QUEM NADA ARRISCA JA-MAIS COMETERÁ ERROS. Não haverá culpas, mastambém não haverá conquistas.

Se por um lado, compararmos a velhice como ape-nas a passagem do tempo, por outro lado, podemosafirmar que esse tempo passado é capaz de curartudo – amores perdidos, tristezas contidas, surpresasdesagradáveis, perdas momentâneas e necessárias epor aí vai. Nesse sentido, não é de tudo tão ruim, poisas coisas melhoram com a idade. Aquilo por que umjovem sofre e se desespera ... na velhice é digerido eadministrado e, conseqüentemente, o sofrimento de-saparece em deixar vestígios. Afinal de contas quantomais erros cometemos ao longo da vida, menor a pro-babilidade de se deparar com outros diferentes. A me-lhor coisa é cometer a maior quantidade de equívocose superá-los, enquanto se é jovem, porque assim ha-verá menos para aprender mais tarde. A juventude éuma oportunidade para que façamos as tolices a quetemos direito, a fim de tirá-las do nosso caminho e oaprendizado servirá para nos conduzir na velhice pró-pria de cada um de nós.

Por isso, amigo leitor, acredite em si mesmo, confiena sua capacidade, em seus conhecimentos e em seudestino. O universo não costuma dar crédito para quemnão acredita em si próprio.

Um beijo, boa leitura e até o próximo exemplar.

Drª. Geni de Araújo Costa

Coordenadora do Projeto AFRID

Nº 30OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2008 - JANEIRO/FEVREIRO DE 2009

Atendendo você!!!Atendendo você!!!Atendendo você!!!Atendendo você!!!Atendendo você!!!

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O ensino de informática para idososé uma tarefa que tenta efetuar a inser-ção do aluno no mundo digital. Diantedisso há uma grande interação entrepessoas com várias experiências e ca-racterísticas distintas. Entretanto, algunsalunos têm ou já tiveram acesso à infor-mação digital. Essa diversidade torna ainteração bem saudável, na qual todosos participantes, sejam professores, estagiários ou alunos, têm aoportunidade de aprender ao ensinar e ensinar ao aprender.

Com isso, na área de informática do projeto AFRID, cada alunodesenvolve tarefas diante do seu ritmo, capacidade e aplicabilidadeda informática diante do seu convívio pessoal, havendo educativos,materiais e propostas para cada aluno de forma individual, semprepropondo construções analisadas diante de sua necessidade e prá-tica vivenciada no dia-a-dia.

Às vezes, os idosos podem ter dificuldades no aprendizado deinformática por dois motivos: falta de habilidade motora fina e o medode errar. Com o avanço da idade, a coordenação motora fina torna-selenta, demandando mais tempo de resposta para o manuseio docomputador, prática e aprendizagem. Porém, se eles estão no AFRID,desenvolvendo e executando atividades físicas e recreativas, além dapossibilidade deste processo de inclusão digital, é porque queremtambém superar os limites e prolongar a lucidez em suas vidas. Já omedo de errar se caracteriza pela ambição de buscar entender técni-cas isoladamente dos conceitos com receio de que, diante de umaação equivocada, algum mecanismo ou aplicativo no computador sejacomprometido, diferentemente de uma criança que aprende de formalúdica, onde ela brinca ao manuseá-lo.

Por isso há uma conscientização por parte de todos, professores,estagiários e alunos, propondo perspectivas para não apenas repro-duzir a informática, mas analisá-la de forma a buscar percepçõespara criar e recriar tarefas diante da criatividade, tornando-a não ape-nas técnica, mas cada vez mais próxima das necessidades, ambi-ções e vivências dos idosos, seja na forma de entretenimento, comu-nicação ou trabalho.

Um exemplo disso é o uso do correio eletrônico (e-mail). Os alu-nos comunicam entre si e com a família (netos e filhos) através dessaferramenta, promovendo cada vez mais afinidade, aproximação e

interação social, como são propostas as aulas. O envio de corres-pondências eletrônicas estreita o laço familiar, e essa comunicaçãoeleva a auto-estima dos idosos que deixa de se sentir isolado e vênovas perspectivas diante do uso de recursos tecnológicos, que-brando paradigmas, receios e tabus relacionados ao uso dainformática.

Os próprios alunos relatam essas experiências através docompartilhamento de receitas culinárias, desenhos criados a partirde softwares de edição de imagens e publicação de mensagens,textos e pensamentos no site, no jornal, e nos eventos e modalida-des do AFRID, Veja algumas das construções e relatos dos alunosde informática do AFRID:

“Que beleza! Entretanto, mais parece obra de débil mental... não,não! Estou gostando... é o que importa. Todo começo, todos concor-dam, é difícil. Não deixa de ser o primeiro passo. Saiba, toda grandecaminhada começa com o primeiro passo. Aaaaah! Viva, eu come-cei..”

“Fico feliz em poder comunicar-me com meus professores, cole-gas, amigos e amigas por meio da Internet. E com isso me sintoalegre e achei que houve uma mudança em minha vida.”“Eu sempre tive vontade de aprender computação, mas na minhaépoca era tão complicado mexer no computador e por esse motivonão tive interesse em aprender.”

Fernando Teixeira dos Santos - Estagiário da Informá[email protected]

Informática na Terceira Idade○

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A Arte da Expressão CorporalExpressão Corporal é a capacidade de explanar

emoções com o corpo. Em nossa mente estão

registrados determinados movimentos corporais, ex-

pressões faciais e sons específicos, que são formasde comunicação universal.

Sentimentos como alegria, tristeza, amor, ódio en-tre outros, fazem parte desta comunicação. E esta nos

ajuda a tomar consciência de nossos movimentos. A arte da expressão corporal propicia um reencon-

tro com o próprio corpo, integrando as áreas física,intelectual e afetiva, dando-nos a sensação de liberdade, principal-

mente com a utilização da música como ferramenta, pois esta esti-mula a criatividade na realização dos movimentos corporais.

Com o entendimento dos reais movimentos do corpo passamos a

utilizá-los como algo novo perante a sociedade, por exemplo a manei-ra como nos locomovemos ou ao usarmos os braços e a cabeça para

expressar uma idéia.Parte dos idosos expressa um acomodamento físico, até mesmo

por convenções culturais, e sua percepção limita-se às sensaçõesde dor, numa visão parcial de si mesmo.

Expressarmos corporalmente nos liberta das amarras que aprisi-

ona o corpo, pois aumenta a flexibilidade, amplia os mo-

vimentos, ativa as funções orgânicas (circulatória, respi-ratória), amenizando o desconforto físico do envelheci-

mento. As artes cênicas usam e abusam das expressões

corporais e faciais, e por meio delas os atores transmi-tem suas emoções à platéia, mostrando a esta clara-

mente o sentido de seus gestos durante a peça teatral.

A expressão corporal é possível ser interpretada nes-tes exemplos:

O ato de andar com as mãos nos bolsos, olhando para baixo,pode representar falta de entusiasmo, desmotivação;

Esfregar as mãos, roer as unhas, passam sensação de insegu-rança, ansiedade;

Colocar as mãos nas maçãs do rosto, pode representar umpensamento ou avaliação de um fato.

Em suma, a expressão corporal é uma comunicação, que envolve

os movimentos do corpo por meio dos nossos sentimentos, emo-ções e faz com que nós busquemos a nossa consciência corporal.

Leandro Leoni Franco - Estagiário da Hidroginá[email protected]

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Como Iniciar a Prática de Atividade Físicaisso vale experimentar várias atividades físicas atéencontrar a que melhor se adapta ao seu perfil.

Passo 2 - Após ter escolhido a atividade que irápraticar

Evitar fazer exercícios físicos sob o sol forte; Tomar água moderadamente antes, durante e de-

pois da atividade física; Usar roupas leves, claras e ventiladas; Não exercitar em jejum, mas também evitar co-

mer demais antes da atividade física; Usar sapatos confortáveis e macios; Respeitar os limites pessoais, interrompendo se houver dor

ou desconforto. Realizar exercício somente quando houver bemestar físico;

Iniciar a atividade lenta e gradativamente para permitir adap-tação.

Iane de Paiva Novais - Estagiária da Dança [email protected]

Benefícios da recreaçãoBenefícios da recreaçãoBenefícios da recreaçãoBenefícios da recreaçãoBenefícios da recreação INSÔNIA NA TERCEIRAIDADE E O EXERCÍCIO FÍSICOO envelhecimento é um pro-

cesso fisiológico e não está ne-cessariamente ligado à idadecronológica. É nessa perspecti-va que se deve haver compreen-são a fim de amenizar os pro-blemas inerentes à terceira ida-de, promovendo momentos deprazer e descontração para queessa realidade seja plena, sau-dável e com melhores condições de vida.

A elaboração de um programa de atividade física para a ter-ceira idade deve levar basicamente em consideração o prepa-ro para que o idoso possa cumprir suas necessidades bási-cas diárias (necessidades impostas pelo cotidiano), ou seja,tentar impedir que o idoso perca a sua auto-suficiência, atra-vés da manutenção de sua saúde física e mental.

Os efeitos da diminuição natural do desempenho físico po-dem ser atenuados se forem desenvolvidos programas de ati-vidades físicas e recreativas com os idosos que visem à me-lhoria das capacidades motoras que apóiam a realização desua vida cotidiana, dando ênfase na manutenção das aptidõesfísicas de principal importância no seu bem estar.

As atividades recreativas devem ser: atraentes, diversifica-das, com intensidade moderada, de baixo impacto, realizadasde forma gradual, promovendo a aproximação social, sendodesenvolvidos de preferência coletivamente, respeitando asindividualidades de cada um, sem estimular atividades com-petitivas, pois tanto a ansiedade como o esforço aumenta osfatores de risco.

Com isso é possível alcançar níveis bastante satisfatóriosde desempenho físico, gerando autoconfiança, satisfação, bem-estar psicológico e interação social.

Daniela Zuquete Guarato - Ex-estagiária [email protected]

Segundo a Classificação Inter-nacional de Distúrbios do Sono, terinsônia é apresentar dificuldadesrepetidas para iniciar e/oumanter o sono (insônia ini-cial e de manutenção), des-pertar precoce (insônia ter-minal) ou sono não restau-rador.

A insônia pode ser classifi-cada, em relação à duração, comoaguda, quando relacionada a um agen-te estressor e ter duração menor que três meses, ou crônica,quando permanece por mais de um mês.

A insônia nos idosos geralmente está relacionada a um qua-dro de ansiedade ligado ao estado emocional, caracterizado porconflitos psicológicos e sentimentos desagradáveis de tensão,angústia e sofrimento, sendo diretamente influenciada pela quali-dade de vida do idoso.

De acordo com estudos, o exercício físico gera uma sensa-ção de bem estar melhorando a qualidade de vida e, conseqüen-temente, a diminuição da insônia, pois este promove melhora nacapacidade respiratória, na reserva cardíaca, no tempo de rea-ção, na força muscular, na memória recente, na cognição e nashabilidades sociais; é responsável pela liberação de endorfina eda dopamina, que geram uma sensação tranqüilizante e analgé-sica no praticante regular, além de um equilíbrio psicossocial.

Vale ainda salientar que é importante que esse exercício pre-encha alguns requisitos, tais como: uma programação apropria-da, a individualidade de cada caso e uma regularidade a ser se-guida.

Milene Cristine Moreira Farias - Estagiária do [email protected]

Passo 1 Avaliação médica da saúde por um clínico

ou geriatra;Todos os indivíduos com 60 anos ou mais de-vem ser submetidos a avaliação médica periódi-ca e o clínico ou geriatra que o acompanha deveestar apto a liberar e recomendar a atividade fí-sica.

Avaliação da capacidade funcional – tarefascotidianas;O idoso precisa olhar para si e ver qual a suacapacidade funcional nas atividades do dia-a-dia,como subir as escadas de um ônibus, arrumar camas, etc. Aatividade física irá melhorar sua capacidade de desempenharessas e outras tarefas cotidianas.

Escolha da atividade que mais gosta.O idoso deve escolher a atividade de que mais gosta. É impor-tantíssimo que ele tenha prazer. Ao fazer algo que não gosta,o idoso pára após dois meses do início dos exercícios, por

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Compreendendo o ColesterolCompreendendo o ColesterolCompreendendo o ColesterolCompreendendo o ColesterolCompreendendo o ColesterolO colesterol é um tipo de lipídio,

uma gordura produzida pelo fígado epelo intestino, essencial para o orga-nismo. Existe o colesterol bom (HDL)e o colesterol ruim (LDL).

O excesso de colesterol ruim podese depositar nas artérias, gerandoplacas de gordura (aterosclerose), oque dificulta a passagem de sangue por este local.

Existem fatores para que o colesterol ruim se eleve, como:diabete, obesidade, consumo excessivo de álcool, fumo.

O colesterol bom diminui os riscos de ataque cardíaco.Para aumentar este colesterol é preciso mudar o estilo devida, como uma dieta balanceada e equilibrada, além de ati-vidade física estruturada.

Diminuir o colesterol ruim com o consumo de gordurasinsaturadas encontradas nos óleos de oliva e canola, noabacate, castanha, nozes. Diminuir o consumo de carnesgordurosas, leite e derivados e óleo de dendê também.

O aumento da atividade física, mesmo sendo menos deuma hora por dia, já se traduz em benefícios em relação aonível de colesterol e redução do risco de doenças.

O sedentarismo resulta da falta de atividades físicas,que leva à obesidade, predispondo a diabete, à hipertensãoe ao aumento do colesterol ruim, ou seja, pessoas magrastambém podem ter problemas de colesterol.

Com isso podemos melhorar nossa qualidade de vida arespeito do colesterol, assim apenas nos falta colocar emprática os aspectos colocados.

Leandro Leoni FrancoEstagiário da Hidroginá[email protected]

Diferenças entreAlimentos Diet e Light

Muitas pessoas não sabem di-ferenciar os tipos de alimentosque utilizam no seu dia-a-dia, écomum haver uma confusão en-tre os alimentos diet e light.

DIET:

Alimentos Diet são aqueles isentos de algum ingredien-te como açúcares, sódio, gorduras, proteínas, entre ou-tros e indicados para dietas de pessoas que não podemou não querem consumir algum desses ingredientes,como por exemplo os diabéticos.

LIGHT:

Para um alimento ser considerado Light, o mesmo deveter uma redução de no mínimo 25% de calorias ou dealguns de seus ingredientes como o açúcar, gorduras,proteínas, entre outros. Em sua maioria, são usados paradietas de controle de peso e para quem deseja uma ali-mentação saudável.

Lorena Borges de Ávila

[email protected]

Estagiária do AFRID

A Ginástica com Bola Para IdososNa década de 70, fisioterapeutas suíços bus-

cavam um instrumento que pudesse ser útilno tratamento de problemas posturais. Apesquisa levou à criação de uma enormebola, feita de um tipo de borracha super-resistente, que suporta até 300 kg depeso. Conhecido como fitball, o acessórioacabou conquistando especialistas de fitnesse passou a ser usado em várias atividades físi-cas.

No Brasil, a técnica foi aperfeiçoada e a ginástica érealizada com bolas especiais, que agüentam o peso daspessoas. O material da bola consiste em uma borrachasem látex no qual pode-se trabalhar equilíbrio, força,resistência, relaxamento e coordenação motora.

A ginástica com Bola é uma modalidade que serve desuporte para potencializar os efeitos da ginástica locali-zada e dos exercícios de alongamento, e ainda comouma espécie de massageador, capaz de ativar a circula-ção sanguínea e aliviar qualquer tensão, também cola-bora para aumentar a sensação de bem-estar.

Esta atividade realizada com bola apresenta exercíci-

os adequados para a terceira idade, são exercí-cios que modelam o corpo, ajudam a relaxar egarantem equilíbrio, força, resistência, e coor-denação motora. A grande vantagem da téc-nica para a terceira idade é a falta de impac-to, que elimina riscos de lesões.

Os exercícios podem também ser indicadosem casos de problemas neurológicos, ortopé-

dicos e reumáticos (Patologias que geralmenteaparecem com a terceira idade). De forma geral, a ativi-dade não apresenta contra-indicações.

Sabendo que a perda gradual do volume de massamuscular, a perda do equilíbrio, da flexibilidade da coor-denação motora e de aspectos posturais acontece namaioria das vezes durante o envelhecimento, esta mo-dalidade é altamente recomendada para as pessoas quese encontram na terceira idade, pois a mesma ajuda amelhorar todos estes aspectos citados proporcionandouma melhora na qualidade de vida de quem a praticar.

Dayane Ferreira Rodrigues

Coordenadora e Professora

do Programa FITNESS AFRID

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CANTINHO DA CULINÁRIACANTINHO DA CULINÁRIA

SUFLÊ DE QUEIJO

Ingredientes:

1 lata de creme de leite.2 xícaras (chá) de queijo ralado grosso.5 ovos.

Modo de preparo:

Misture o creme de leite, o queijo e as gemas até ficarhomogêneo. Bata as claras em neve e incorpore delica-damente à mistura. Se necessário adicione uma pitadade sal.Coloque em uma forma de borda alta untada eenfarinhada e leve ao forno quente, por cerca de 40 mi-nutos.

Lucinda Maria de SousaAluna de Hidroginástica e Computação

PrimaveraPrimaveraPrimaveraPrimaveraPrimavera

Deficiência (Mário Quintana)Deficiência (Mário Quintana)Deficiência (Mário Quintana)Deficiência (Mário Quintana)Deficiência (Mário Quintana)

“Deficiente” é aquele que não consegue modificar sua vida,aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade emque vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de

fome, de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas epequenas dores.

“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo deum amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressadopara o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e seesconde por trás da máscara da hipocrisia.

“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daquelesque precisam de sua ajuda.

“Diabético” é quem não consegue ser doce.“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer.E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois

miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.

Cedido por Lorena Borges de Á[email protected]

Estagiária do AFRID

Para RefletirPara RefletirPara RefletirPara RefletirPara Refletir

Chegou a prima-

vera: as árvores se

revestem das mais

lindas flores, pai-

rando no ar um

doce perfume.

Os jardins se

enfeitam com os

mais suaves mati-

zes, onde desa-

brocham rosas,

hortências, margaridas, amores-perfeitos, cada um mos-

trando como a natureza é perfeita.

O jardineiro com alegria no coração contempla a beleza

de cada flor, que com seu perfume delicado valoriza a sua

dedicação. Quantas vezes pelas frias madrugadas lá esta-

va o jardineiro cheio de preocupações a regar suas planti-

nhas para que a neve não as destruísse.

Hoje, a primavera chegou e com ela chegaram também

as mais lindas borboletas, voando de flor em flor.

E o velho jardineiro que tantas flores plantou, não se

cansa de admirar o jardim que cultivou, pois está cada vez

mais belo, porque a primavera chegou!!!

Rosina Sanches Martins, 78 anos,

participante do Projeto AFRID

No final do ano de 2001,passei por um grande sus-to. Sofri um AVC (AcidenteVascular Cerebral), que tiroutodos os meus movimentosdo lado esquerdo. Entrei nohospital andando e saí emcadeira de rodas totalmen-te dependente de meus fa-miliares.

Depois de quatro mesesde fisioterapia meus movi-mentos foram sendoreconstituídos lentamente,mas os músculos, muito fra-cos. O fisioterapeuta reco-mendou-me a procurar umaacademia para fortalecer os músculos. Foi aí que conhecio projeto AFRID.

Faço musculação desde 2002. Graças aos alunos de Edu-cação Física e ao projeto, voltei totalmente ao meu nor-mal. Aproveito do momento para parabenizar e agradeceraos alunos de musculação que muito me ajudaram. Agra-deço também a professora Geni, que através dela façotambém informática, que muito me realiza, além de meajudar fisicamente me ajuda mentalmente. Deixo aqui àPatrícia professora de informática, minha eterna gratidãoe ao Fernando meu muito obrigado.

Maria de Lourdes Pereira Silva, 64 anos,aluna de musculação e informática

Relatos de Superação no AFRID

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EXPEDIENTEORGANIZAÇÃO GERALLeandro Leoni [email protected]

Daiane de Almeida [email protected]

CORDENAÇÃO GERALPrfª Drª Geni de Araújo [email protected]

DIAGRAMAÇÃO:Niron Fernandes - [email protected]

IMPRESSÃO:Gráfica Scanner: [email protected]

REVISÃO:Gleber Gonçalves Vilela

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PERFIL DOS ANIVERSARIANTES:Nome: Geni de Araújo CostaNascimento: 08/10/1956Idade: 52 anosSigno: LibraCor: VerdeComida: pão de melQualidade: justaDefeito: impaciênciaPara mim o AFRID é: a possibilidade de doação pessoal e decrescimento profissional. Realizo-me coordenando o projetoAFRID.Frase: “O real não está na saída nem na chegada: ele se dispõepara a gente é no meio da travessia”. João G. Rosa

Nome: Carolina Monteiro FreitasNascimento: 01/11/1988Idade: 20 anosSigno: EscorpiãoCor: VerdeComida: LasanhaQualidade: SimpáticaDefeito: EstressadaPara mim o AFRID é: Uma oportunidade de adquirir experiências,amizades, conhecimento, carinho, respeito e responsabilidade.Frase: “Temos que ter coragem para enfrentar as grandes dificul-dades e paciência para superar as pequenas...”

Nome: Jaqueline Albernás BorgesNascimento: 05/12/1986Idade: 21 anosSigno: SagitárioCor: VermelhoComida: A que eu faço e da minha mãe.Qualidade: Companheira,confiável e flexível.Defeito: Querer que as pessoas que estejam ao meu redor,tenham apenas qualidades.Para mim o AFRID é: uma oportunidade de crescer, amadurecer eaprender na prática, o que futuramente darei segmento em minhavida.Frase: “Tudo posso naquele que me fortalece”.

Nome: Douglas Ferreira AndradeNascimento: 08/01/1988Idade: 20 anosSigno: CapricórnioCor: PretoComida: MassasQualidade: SinceroDefeito: ChatoPara mim o Afrid é: Uma família onde todos aprendem com todos,apesar de dificuldades sempre aprendemos com nossos erros.Não tendo o medo de errar, pois estamos em um processo deaprendizagem.Frase: Que diremos pois a estas coisas? Se Deus é por nós quemserá contra nós (RM 8;31)

Nome: Leandro Leoni FrancoNascimento: 16/01/1986Idade: 23 anosSigno: CapricórnioCor: VermelhoComida: Quase tudo que inclui queijoQualidade: Ser persistenteDefeito: PerfeccionistaPara mim o Afrid é: um lugar onde eu posso adquirirconhecimento, experiência para que eu consiga crescerprofissionalmente.Frase: O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é nodicionário.

ENTRETENIMENTO

Enigma = resposta

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MEGMIARA

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