82
CAV/UNESP aboticabal ENZIMAS

ENZIMAS BRANCO

  • Upload
    wymelo

  • View
    7.593

  • Download
    2

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ENZIMAS BRANCO

FCAV/UNESPJaboticabalDezembro de 1991

ENZIMAS

Page 2: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

●Conceito■São biomoléculas de natureza

predomi- nantemente protéica, cuja função é cata- lisar reações termodinamicamente pos- síveis

●Exemplos■pepsina - hidrólise de proteínas no

estôma- go■tripsina - hidrólise de proteínas no

intesti- no delgado■Papaína - hidrólise de proteínas no

látex do mamoeiro

CONCEITO E EXEMPLOS

Page 3: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

PROPRIEDADES GERAIS

●Catalizam reações que, em condições normais, seriam muito lentas

●Não alteram o ponto de equilíbrio●Não são consumidas na reação●Qualquer fator que altere sua

estrutura pode de- terminar perda da atividade (calor, pH, metais pesados)

●O peso molecular das enzimas varia de 12.000 a mais de 1.000.000

●Aumentam a velocidade de reação em 109 1012 vezes

Page 4: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

CONSTITUIÇÃO●Apoenzima

■Porção protéica da molécula enzimática

●Grupo prostético■Porção não protéica da enzima

⋆Componente orgânico - coenzima⋆Componente inorgânico⋆Metal - Cu, Fe, Mn, Zn

● Sítio ativo■Porção da enzima onde se liga o

substrato●Sítio alostérico

■Porção das enzimas reguladoras onde se liga o efetor (agente regulador)

Page 5: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

CONSTITUIÇÃO

apoenzima

sítio ativo

sítio alostérico

grupo prostético

holoenzima

Page 6: ENZIMAS BRANCO

CLASSIFICAÇÃO●Pelo tipo de reação que catalisa

■Amilase - hidrólise do amido■Protease - hidrólise de proteína■Celulase - hidrólise da celulose■Lipase - hidrólise de lipídeo●Enzyme Comission (EC)

■Classificou as enzimas em classes e subclasses

■Classes (6): oxidorredutase, transferase, hidro-lase, liase, isomerase, ligase

Page 7: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

CLASSIFICAÇÃO - EC●Classe 1 - oxidorredutases

■São enzimas que catalisam reações de oxi- redução

■Nesta classe estão as desidrogenases, oxi- dases, oxigenases, peroxidases

■Sub-classes⋆1.1. atuam sobre =CH-OH⋆1.2. atuam sobre =C=O⋆1.3. atuam sobre =C-OH⋆1.4. atuam sobre =CH-NH2

⋆1.5. atuam sobre =CH-NH⋆1.6. atuam sobre NAD, NADP

Page 8: ENZIMAS BRANCO

Fermentação Lática

NADH+H+CH3

IC=O IC00Hac. pirúvico

desidrogenase lática

NAD+ CH3

I HO-C-H I C00Hac. L-lático

Glicólise

Page 9: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

CLASSIFICAÇÃO - EC●Classe 2 - transferases

■Atuam na transferência de grupos funcionais

■Nesta classe estão as transaminases, quina- ses, transaldolases, transcetilases.

■Sub-classes⋆2.1. grupos de 1C⋆2.2. grupos aldeído ou cetona⋆2.3. grupos acila⋆2.4. grupos glicosila⋆2.5. grupos alquila or arila mas não

metila⋆2.6. grupos nitrogênio⋆2.7. grupos fosfato⋆2.8. grupos contendo S

Page 10: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

H-C=OH-C-OH

H-C-OH

HO-C-H

H-C-OH

CH OH2

D(+)glicose

ATP

hexoquinase

ADPH-C=OH-C-OH

H-C-OH

HO-C-H

H-C-OH

CH OP2

D(+)glicose-6P

TRANSFERASE

Page 11: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

CLASSIFICAÇÃO - EC

●Classe 3 - hidrolases■Atuam em reações de hidrólise■Nesta classe estão as lipases,

fosfatases, proteases, amilases■Sub-classes

⋆3.1. ligação éster⋆3.2. ligção glicosídica⋆3.3. ligação peptídica⋆3.4. ligação C-N⋆3.5. anidridos ácidos

Page 12: ENZIMAS BRANCO

O

CH OH2

O

CH OH2

OO

CH OH2

O

CH OH2

OOO...

celulose celulase

O

CH OH2

O

CH OH2

On celobiose

celobiase

O

CH OH2

n a -D(+)glicose

Page 13: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

CLASSIFICAÇÃO - EC

●Classe 4 - liases■Atuam em reações de adição-remoção

reversí- vel a duplas ligações■Nesta classe estão aldolase,

fumarase, carbo- xilase■Não incluem a adiçãoremoção de

hidrogênio■Sub-classes

⋆4.1. adição a =C=C=⋆4.2. adição a C=O⋆4.3. adição a =C=N-

Page 14: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

EXEMPLO DE LIASE

H-C-COOHII

HOOC-CHÁcido fumárico

+ H-OH

COOH IHO-CH I CH2 I COOH

Ácido L-málico

Fumarase

Page 15: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

CLASSIFCAÇÃO - EC

●Classe 5 - isomerases

■Catalisam reações de isomerização■Nesta classe estão racemases,

epimerases, cis-trans isomerases, mutases

■Sub-classes⋆5.1. racemases

Page 16: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

EXEMPLO DE ISOMERASE

H-C=O

H-C-OH

H-C-OH

HO-C-H

H-C-OH

CH OP2

D(+)glicose-6P

CH2OH

C=O

H-C-OH

HO-C-H

H-C-OH

CH OP2

D(-)frutose-6P

fosfoglicoisomerase

Page 17: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

CLASSIFICAÇÃO●Classe 6 - ligases

■Catalisam reações com formação de ligção às custas da hidrólise do ATP

■Sub-classes⋆6.1. ligação C-O⋆6.2. ligação C-S⋆6.3. ligação C-N⋆6.4. ligação C-C

X + Y + ATP

X-Y + AMP + P-P

Page 18: ENZIMAS BRANCO

EXEMPLO DE LIGASE

Page 19: ENZIMAS BRANCO

FIM DA AULA 512/04/2011

Page 20: ENZIMAS BRANCO

Pintura com a boca

Simony da Rosa Garcia

Page 21: ENZIMAS BRANCO

Pintura com o péMoacir Ferraz

Page 22: ENZIMAS BRANCO
Page 23: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

NOMENCLATURA

●Antes do EC

■Nomes sem qualquer vínculo⋆Exemplos: pepsina, tripsina

■Nomes em função da origem da enzima⋆Exemplos: papaína, bromelina

■Terminação ase adicionada ao nome do subs- trato em que a enzima atua

⋆Exemplos: amilase, celulase, celobiase

Page 24: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

NOMENCLATURA

●De acordo com o EC

■nome indicativo do tipo de reação■até 4 algarismos, que indicam

⋆1o - classe da enzima⋆2o - sub-classe da enzima⋆3o grupos químicos que participam

da reação⋆4o nome recomendado para a

enzima

Page 25: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

NOMENCLATURA - ECEXEMPLO

ATP + creatina

ADP + creatina-fosfato

1. Nome: ATP-creatina-transferase2. números: 2.7.3.2

3. Significado dos números2 - classe transferase7 - sub-classe transferência de P3 - sub-classe que tem grupo nitrogena- do como receptor

2 - nome recomendado: creatina quinase

Page 26: ENZIMAS BRANCO

Http://www.chem.qmui.uk/iubmb/enzyme

MAIS DETALHES NA PÁGINA

Page 27: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

O COMPLEXO ENZIMA-SUBSTRATO

●O substrato liga-se ao sítio ativo da enzima, formando um complexo E-S

●O complexo E-S é instável, podendo desli- gar-se ou transformar o substrato S em um produto P, com regeneração da enzima

●A enzima livre formará outro complexo E-S, dando contiunidade à reação.

E + S E-S E + P

Page 28: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

O COMPLEXO ENZIMA-SUBSTRATO

E

+

S E-S

E

+

P

Page 29: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

O COMPLEXO ENZIMA-SUBSTRATO

Enzima (E)+

Substrato (S)

Complexo E-S

+

Page 30: ENZIMAS BRANCO
Page 31: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

MODO DE AÇÃO DAS ENZIMAS

●Porque as enzimas aceleram a velocidade das reações?

●As enzimas aceleram a velocidade das rea- ções porque abaixam a energia necessária para ativação do substrato, atingindo com maior facilidade, a barreira energética da transformação.

Page 32: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

MODO DE AÇÃO

/ / / / / / / / / / /

/ / / / / / / / / / // / / / / / / / / / /

/ / / / / / / / / / // / / / / / / / / / // / / / / / / / / / /

W.J.Melo

Page 33: ENZIMAS BRANCO

MODO DE AÇÃO DAS ENZIMAS

XEx

YEY

EAse

SEM

EN

ZIM

AEAce

CO

M E

NZ

IMA

AS ENZIMAS DIMINUEM A ENERGIA DE ATIVAÇÃO

W.J.Melo

Page 34: ENZIMAS BRANCO

W.J.Melo

Page 35: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO●Realiza-se experimento com as

seguintes características:■A varios tubos de ensaio, colocam-se a

mesma concentração da enzima em estudo.

■Adiciona-se, a cada tubo, uma concentração di- ferente do substrato, partindo-se de um tubo em que não se coloca sub trato (testemunha ou branco).

■Incuba-se por um certo tempo em um pH e uma temperatura ideal.

■Mede-se a quantidade de produto formado ou a de substrato que sobrou.

■Com os resultados obtidos, elabora-se um grá- fico em sistema cartesiano.

Page 36: ENZIMAS BRANCO

CINÉTICA ENZIMÁTICAEFEITO DA CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO

T1 T2 T3 T4 T5

EnzimaTampão

adicionar substrato

H2O S1

S2

S3 S4

Substrato

incubarTemperatura

Tempo tMedir

Substratoou

Produto

GRÁFICO

Page 37: ENZIMAS BRANCO

CINÉTICA ENZIMÁTICAEFEITO DA CONCENTRAÇÃO DO

SUBSTRATOVmax

Vmax 2

KMW.J.Melo

II I I

-

-

-

concentração do substrato

Velo

cid

ad

e

20

0

40

60

0 32 64 128

96

Page 38: ENZIMAS BRANCO

0

3

6

9

12

15

18

0 1 2 3 4 5

Atividade

Uréia (g L -1)

ATIVIDADE DA UREASE NO SOLOEFEITO DA CONCENTRAÇÃO DO

SUBSTRATO

Longo & Melo (2005)

Page 39: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

CINÉTICA ENZIMÁTICA - CONCEITOS

●Equação de Michaelis-Mentem■Equação que descreve a velocidade

de uma reação en-zimatica em função da concentraçao do substrato.

●Velocidade máxima■Qantidade máxima de produto

formado por unidade de tempo e por unidade de enzima nas mesmas con-dições experimentais.

●Constante de Michaelis (KM)

■Concentração de substrato que determina que a veloci-dade de uma ração enzimática ocorra com a metade da velocidade máxima.

Page 40: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

CINÉTICA ENZIMÁTICA

EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO■Equação de Michaelis-Menten

⋆A velocidade de reação das enzimas não alos-téricas segue a equação de Michaelis-Menten

⋆A velocidade da reação em um ponto qualquer é dada pela equação

V=Vmax S

KM + S

Page 41: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

A EQUAÇÃO DE MICHAELIS-MENTEN

●V= velocidade da reação●Vmax= velocidade máxima da reação●S= concentração do substrato●KM= constante de Michael

■Indica a concentração do substrato que deter-mina que a velocidade da reção seja a metade da velocidade máxima.

■Reflete a afinidade entre a enzima e o substrato

⋆Quanto menor KM, maior afinidade.

V=Vmax*[S]KM + [S]

Page 42: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

A EQUAÇÃO DE MICHAELIS-MENTEN

INTERPRETAÇÃO●Para baixas concentrações de

substrato, a velocidade da reação aumenta linearmente com o aumento da concentra-ção do substrato.■Esta é uma reação de primeira

ordem.●Para concentrações intermediárias

do substrato o aumento da velocidade não é linear com o aumento da concentra-ção do substrato.■Esta é uma reação de segunda

ordem.●Para altas concentrações do

substrato, a velocidade da reação não se altera com o aumento da concentração do substrato.

⋆Esta é uma reação de ordem zero⋆O sítio ativo está saturado pelo substrato

Page 43: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

A EQUAÇÃO DE LINEWEAVER-BURK

●Lineweaver e Burk trabalharam com os inversos da velocidade e da concentração do substrato.

●Verificaram que, ao plotarem o inverso da concentra-ção do substrato (eixo x) com o inverso da velocida-de (eixo y), obtinha-se uma equação de reta.

Page 44: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

A EQUAÇÃO DE LINEWEAVER-BURKE1 v

1

S

1

Vmax

1Km-

Y=aX + bb= 1/VmaxSe Y=0, X=-1/KM

Page 45: ENZIMAS BRANCO

LINEAWER-BURK

DEDUÇÃO

V=Vmax*[S]KM + [S]

Vmax*[S]

KM + [S]1

V=

Vmax

KM1V

=1

Vmax1

[S]X +

a b1V

=1

[S]a + b

Y= aX + b

b= 1/VmaxSe Y=0, X=-1/KM

Page 46: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

EFEITO DA TEMPERATURA

●Efeitos da temperatura■Aumenta a velocidade da reação.■Causa desnaturação da proteína

enzimática.■A conjugação dos dois efeitos

determina o comporta-mento da velocidade em função da temperatura.

■No caso de enzimas do solo, o efeito é m pouco dife-rente, devido à proteção dos colóides do solo.

Page 47: ENZIMAS BRANCO

Temperatura

Velo

cid

ad

e

-

-

-

II I I I I

CINÉTICA ENZIMÁTICAEFEITO DA TEMPERATURA

Vmax

W.J.Melo

Page 48: ENZIMAS BRANCO

--

------

0

10

20

30

40

II I I II I I

10 20 30 40 50

60

70

80

0Temperatura (oC)

Velo

cid

ad

e

ATIVIDADE DA UREASE NO SOLO

EFEITO DA TEMPERATURA

LVd

LVef

60

oC

Longo & Melo (2005)

Page 49: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

CINÉTICA ENZIMÁTICA

EFEITO DO pH●Desnaturação da proteína

enzimática■Em pH muito baixo ou muito alto,

tende a ocorrer a des-naturação da proteína enzimática, resultando em uma diminuição na atividade catalítica.

●A curva de resposta da velocidade da reação enzimáti-ca tende a assumir a forma de um sino, mas é variável em função do tipo de enzima.

●As enzimas do solo apresentam um comportamento dife-rente, em função da interação com os colóides do solo.

Page 50: ENZIMAS BRANCO

CINÉTICA ENZIMÁTICA

EFEITO DO pH

pH

Velo

cid

ad

e Vmax

Page 51: ENZIMAS BRANCO

--

--

--

-

II I I II

pH

02 -4

6

810

12

14

2,2 3,2 4,2

5,2

6,2 7,2 8,2

Velo

cid

ad

e

LVd

LVef

Longo & Melo (2005)

ATIVIDADE DA UREASE NO SOLO

EFEITO DO pH

Page 52: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

CINÉTICA ENZIMÁTICA

EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DA ENZIMA●A velocidade de uma reação

enzimática aumenta com o aumento da concentração da enzima.

●Condição■Não haver falta de substrato■As demais condições são as ideais

para a atividade da enzima

Page 53: ENZIMAS BRANCO

EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DA ENZIMA

E

V

Page 54: ENZIMAS BRANCO

Cinética Enzimática

CINÉTICA ENZIMÁTICA

EFEITO DA LUZ●Algumas enzimas, caso da redutase

do nitrato, são sen-síveis à presença da luz.

●Quando isto ocorre, há necessdade de se traba-lhar na ausência da luz.

Page 55: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

UNIDADES PARA EXPRESSAR A ATIVIDADE

ENZIMÁTICA●Quantidade do substrato ou da enzima■Pode ser expressa em miligrama,

micrograma, mol, milimol.■A unidade do SI é o mol.●Especificação da enzima

■Pode ser expressa em quantidade do material que contém a enzima (por exemplo g de solo), quantidade de proteí- na, quantidade de enzima, número de moléculas enzimáti-cas.

●Tempo de incubação■Pode ser expresso em horas,

minutos ou segundos.●Deve-se usar unidades do Sistema

Internacional (SI).

W.J.Melo

Page 56: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

UNIDADES PARA EXPRESSAR A ATIVIDADE

ENZIMÁTICA●Katal (kat)

■Unidade definida pela EC (Enzyme Comission) em 1961.

■É derivada do SI para expressar a atividade catalítica das enzimas.

■Seu uso é recomendado pela Conferência Geral de Pesos e Medidas (outubro de 1999).

■1 kat equivale à uma atividade que produz a transforma-ção de 1 mol do substrato ou a formação de 1 mol do produto em 1 segundo.

Kat

mol/segundo

Page 57: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

FORMAS DE EXPRESSAR A ATIVIDADE

ENZIMÁTICA●Unidade Internacional (IU ou U)

■Definida pela International Union of Biochemistry (1964)

■Atividade que catalisa a transformação de 1 micromol do substrato ou a produção de 1 micromol do produto em 1 minuto sob condições padrões.

■U - micromol/minuto

1 kat= 6x107 U

Page 58: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

FORMAS DE EXPRESSAR A ATIVIDADE

ENZIMÁTICA●Atividade específica

■Atividade que representa a massa ou o número de mo-les de substrato transformado ou do produto formado por umidade de enzima ou do material que a contém e por unidade de tempo.

■Exemplo⋆Na hidrólise total do amido▸Atividade= mg de glicose/g de

folha * hora▸Atividade= kat/mg folha▸Atividade= kat/mg de proteína

Page 59: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

FORMAS DE EXPRESSAR A ATIVIDADE

ENZIMÁTICA●Atividade molar ou molecular

■É o antigo turnover.■Expressa a quantidade de substrato

transformado ou de produto produzido por molécula de enzima ou por sítio ativo.

Page 60: ENZIMAS BRANCO

Planta de sorgoDeficiência de Mg

ATIVIDADE ENZIMÁTICA

Page 61: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

ATIVAÇÃO E INIBIÇÃO ENZIMÁTICA

●Ativação enzimática■Algumas enzimas precisam sofrer um

proces-so de ativação para se tornarem ativas.

■A enzima antes de ser ativada recebe o nome de zimogênio.

■Exemplo■Todas as proteases do pâncreas são

produzi-das como zimogênio, como forma de proteção.

■Pancreatite - doença que pode ser letal, causa-da pela ativaçao prematura das proteases e lipases do pâncreas.

●Inibição enzimática

Page 62: ENZIMAS BRANCO

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA

Page 63: ENZIMAS BRANCO

Inibição Enzimática

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA

●Há substâncias que, ao se ligarem à molécula enzimática, alteram o efeito catalítico da enzima.

●A ligação pode ser no sítio ativo ou em outra parte da molécula, de forma reversível ou irre-versível. Pode ser, também, uma ligação com o complexo enzima-substrto.

●Muitas delas são usadas como remédio■Exemplo: aspirina■Inibe a reação da primeira etapa da

biossínte-se de prostaglandinas, algumas das quais es-tão envolvidas na geração de dor.

Page 64: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA

●Porque estudar Inibição Enzimática

■Dar suporte ao conhecimento do mecanismo de reações químicas.

■Descobrir substâncias com potencial para uso far-macêutico.

■Contribuir no estudo das vias metabólicas.

Page 65: ENZIMAS BRANCO

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA -TIPOS

INIBIÇÃOENZIMÁTIC

A

REVERSÍVEL

IRREVERSÍVEL

COMPETITIVAINCOMPETITIVAMISTA

W.J.Melo

Page 66: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA - TIPOS

●Inibição enzimática reversível

■O inibidor forma um complexo instável com a enzima ou com o complexo ES.

■O efeito do inibidor pode ser revertido

●Inibição enzimática irreversível

■O inibidor forma um complexo estável com a enzima

■O efeito inibidor não pode ser revertido

Page 67: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA COMPETITIVA

●O inibidor é uma biomolécula muito parecida com o substrato, de modo que pode ocupar o sítio ati-vo da enzima, concorrendo com o substrato.■Exemplos

⋆Metanol e etanol⋆Ácidos málico e malônico

●O complexo E-I não forma produto, mas é rever-sível.

●Quando o complexo E-I se dissocia, o substra-to pode ocupar o sítio ativo da enzima e formar produto. Isto significa que, aumentando a con-centração do substrto, dimiui o efeito do inibidor.

Page 68: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA COMPETITIVA

H IH-C-OH I Hmetanol

H IH-C-H IH-C-OH I Hetanol

Metanol e etanol competem pelo sítio ativo da desidrogenase

alcoólica no figado

Page 69: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA COMPETITIVA COOH I H-C-H IHO-C-H I COOH

ácido L-málico

COOH IHO-C-H I COOH

ácido malônico

Ambos concorrem pelo sítio ativo da desidrognase málicaO ácido L-málico é oxidado a ácido oxaloacético.O ácido malônico não sofre alteração.

Page 70: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA COMPETITIVA

COOH I H-C-H IHO-C-H I COOH

ácido L-málico

desidrogenase málica

NAD+

H H

NADH + H+

COOH I H-C-H I C=O I COOH

ácido oxaloacético

W.J.Melo

Page 71: ENZIMAS BRANCO

Inibição Enzimática

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA COMPETITIVA

●Características

■Substrato e inibidor competem pelo sítio ativo da enzima

■Mantendo-se constante a concentração do inibidor e aumentando-se a concentração do substrato, aumenta-se a velocidade da reação.

■A velocidade máxima da reação pode ser recuperada.

■O valor de KM aumenta.

Page 72: ENZIMAS BRANCO

Inibição Enzimática

+

S S+

P

II

+

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA COMPETITIVA

I

W.J.Melo

Page 73: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA COMPETITIVA

1

S

1 v Io

1

Vmax

1Km-

I1I2

Vmax não se alteraKM aumenta

Page 74: ENZIMAS BRANCO

Inibição Enzimática

INIBIÇÃO ENIMÁTICA COMPETITIVA

●Aplicação terapêutica■O metanol é tóxico: no fígado a

desidro- genase alcoóica o transforma em formal- deído, que causa dano aos tecidos, in- cluindo cegueira.

■O etanol compete com o metanol e seu produto não é tóxico.

■No caso de envenenamento por metanol usa-se etanol como antídoto.

Page 75: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA INCOMPETITIVA

●O inibidor liga-se a um local da enzima que não é o sítio ativo.

●O inibidor liga-se ao complexo E-S.●Quando o complexo E-I se desfaz,

não significa que o substrato virá a ocupar o sítio ativo da en-zima.

●O aumento da concentração do substrato, man-tendo-se a concentração do inibidor, poderá au-mentar a velocidade da reação, mas o Vmax não será regenerado.

●Tanto o Vmax como o KM diminuem.

Page 76: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA INCOMPETITIVA

+ S S

+P

+ I S I

W.J.Melo

Page 77: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA INCOMPETITIVA

1

S

1 v IoI1

I2

1

Vmax

1Km-

Vmax e KM diminuem

Page 78: ENZIMAS BRANCO

Inibiação Enzimática

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA MISTA

●O inibidor se liga à enzima em um local distinto do sítio ativo.

●O inibidor pode ligar-se tanto à enzima quanto ao complexo E-S.

●Tanto Vmax como KM são afetados (o Vmax dimi-nui e o KM aumenta).

●Há um caso especial, em que a inibição mista recebe a denominação de inibição não compe-titiva.

●Na inibição enzimática não competitiva, o Vmax diminui, mas o KM permanece constante.

Page 79: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA MISTA1 v

1

S

IoI1I2

1

Vmax

1Km-

Vmax diminuiKM aumenta

Page 80: ENZIMAS BRANCO

1 v

1

S

IoI1

I2

1

Vmax

1Km-

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA NÃO COMPETITIVA

Vmax diminuiKM não se altera

Page 81: ENZIMAS BRANCO

Inibição Enzimática

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA IRREVERSÍVEL

●O inibidor liga-se ao sítio ativo ou a uma outra por-ção da enzima.

●O inibidor forma um complexo estável com a enzi-ma, inativando-a.

●Exemplos■Inibição da quimiotripsina pelo

DIFP (diisopro-pilfluorfosfato).■inibição do grupo sulfidrila pelo

iodo acetato.●Caso especial - inativadores suicidas

■O complexo E-S, ao invés de formar um produto normal, forma um produto altamente reativo, que se liga irreversivelmente à enzima, inativando-a.

Page 82: ENZIMAS BRANCO

Enzimas

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA IRREVERSÍVEL

+E-CH2-OH serin

a

O CH3 II I F-P-O-C-H I I O CH3 I H3C-C-CH3 I H

DIFP

F

H HF +

E-CH2-O

O CH3 II I -P-O-C-H I I O CH3 IH3C-C-CH3 I H

complexo estável