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Semana 1 Caso concreto (1) O professor Epaminondas escreve no quadro a seguinte frase: O direito civil de formao histrica, jurisprudencial, estvel e altamente desenvolvido em sua tcnica, personalista e liberal. Pede que reflitam sobre tal frase e informa que exigir de todos a leitura dos seguintes textos, alm do Cdigo Civil: Constituio Federal de 1988, Lei de Introduo ao Cdigo Civil, alguns artigos do Cdigo Civil de 1916 e alguns trechos das ordenaes. No intervalo da aula, Raquel, inconformada, rene um pequeno grupo de alunos para que faam um abaixo assinado pedindo ao coordenador que interceda junto ao professor Epaminondas, sob o argumento de que o mesmo estaria exigindo material legislativo diverso do estudo da disciplina, alm do estudo de legislao revogada. Pergunta-se : 1) O estudo do direito civil contemporneo est limitado ao estudo do Cdigo Civil? 2) Com base na frase O direito civil de formao histrica, jurisprudencial, estvel e altamente desenvolvido em sua tcnica, personalista e liberal, quais so as caractersticas assinaladas. Conceitue. 3) As disposies do Cdigo Civil de 1916 ainda podem ter aplicabilidade mesmo com o advento do atual Cdigo? Justifique e exemplifique. Caso concreto (2) Carlos e Roberto discutem se no campo doutrinrio a matria de direito privado uma s, ou se devemos consider-la dividida em direito civil e direito empresarial. Carlos entende que seria uma s e Roberto afirma o contrrio. Pergunta-se Qual o fundamento doutrinrio para ambas as posies? Justifique. Questo objetiva : 1 - Assinale a alternativa incorreta: a. O Cdigo Civil atual resultou de um processo de elaborao legislativa que se desdobrou em vrias fases, no curso de 92 anos; b. Compreendia o Cdigo de 1916 duas partes, uma geral e outra especial; c. A parte geral do atual cdigo civil tem 232 artigos, dividida em trs livros.

d. A parte especial do Cdigo compreende quatro livros : Obrigaes; Empresa; Famlia e Sucesses. Semana 2

Caso concreto(1): Em plena Copa do Mundo de Futebol, Augusto torcedor fantico da seleo da Argentina. No setor que trabalha, h grande rivalidade amistosa entre os funcionrios, sendo que a maioria macia torcedora da seleo brasileira. Na tentativa de preservar-se um pouco mais, requereu que fosse reservado um local de trabalho para uso exclusivo seu e de outros colegas de trabalho que tambm torcem pelo pas vizinho e por outras equipes, haja vista que os deboches e as provocaes tm sido difceis de suportar. Embasa sua pretenso no fato de o Cdigo Civil dispor ser vedada a limitao de exerccio de direitos sem expressa previso legal, bem como a Constituio garantir a liberdade de expresso. Analise o caso concreto a partir dos seguintes tpicos: 1) Diante do exposto, poderamos afirmar que a ausncia de um local reservado para Augusto poderia caracterizar leso aos postulados constitucionais e legais? 2) O que a constitucionalizao do direito civil ? Caso concreto (2) A Indstria Farmacutica XYZ coloca no mercado um eficaz remdio, recentemente descoberto pelos seus qumicos, que neutraliza os efeitos da Sndrome da Imunodeficincia adquirida, conhecida como AIDS. O valor do medicamento inviabiliza a compra pela maior parte dos que sofrem da doena. certo que a Lei 9.279/96, nos artigos 40 e 42, dispe que o prazo ser de 20 (vinte) anos para vigncia da patente, ou seja, poder o titular (Indstria farmacutica XYZ), durante este tempo, usar, gozar, dispor e impedir terceiro de reproduzir a frmula. Contudo, a Constituio Federal (art. 5, XXIII ) e o Cdigo Civil, art 1.228, 1, reconhecem para o ordenamento ptrio o princpio da funo social da propriedade, que tem natureza de clusula geral. Pergunta-se: 1) O princpio da funo social da propriedade decorre de qual princpio do Cdigo Civil de 2002 ? 2) A funo social se apresenta no Cdigo Civil como uma clusula geral. Qual o conceito de clusula geral e qual sua finalidade?

3) O tema direito de propriedade pode ao mesmo tempo ser previsto e disciplinado no Cdigo Civil e na Constituio? Esclarea: 4) Poderamos sustentar que seria lcito ao Poder Pblico determinar a suspenso do privilgio da patente, a fim de atender a demanda social pelo remdio fabricado pela Indstria Farmacutica ? Qual seria a justificativa da sua resposta? Questo objetiva No Cdigo Civil, a funo das clusulas gerais : I dotar o sistema interno do Cdigo Civil de mobilidade, mitigando as regras mais rgidas. II a de atuar de forma a concretizar o que se encontra previsto nos princpios gerais de direito e nos conceitos legais indeterminados. III a de, tambm, abrandar as desvantagens do estilo excessivamente abstrato e genrico da lei. Assinale, portanto, a alternativa ou alternativas corretas: a) nenhuma das alternativas est correta. b) todas as alternativas esto corretas. c) apenas a alternativa II est correta. d) apenas as alternativas I e III esto corretas. e) apenas as alternativas II e III esto corretas

Semana 03 Caso concreto (1): Um jogador de futebol famoso teve sua fotografia publicada em revista especializada em fofocas. Em verdade, o contedo da revista nada desabonava a vida privada do referido jogador, mencionado apenas fatos pblicos corriqueiros. No entanto, o esportista sentiu seu direito agredido porque no autorizara a publicao de sua foto. Ingressou o jogador com um pedido de indenizao. 1) Neste caso, enxerga-se, de fato, violao ao direito da personalidade passvel de gerar indenizao? Justifique. 2) Na hiptese pode-se afirmar que houve leso a honra da pessoa? 3) H necessidade de prova de aproveitamento econmico, por parte da revista, para ensejar algum tipo de indenizao? Caso concreto ( 2 ) Jlia Cibilis uma famosa atriz que foi violentamente assassinada no ano de 2000, deixando como herdeira apenas sua me, Maria Cibilis. Um ano depois do falecimento, jornal de grande circulao publica fotos do corpo de Jlia que foram tiradas durante a percia, no local do crime, totalmente desfigurada e parcialmente nua. Pergunta-se : Maria pode pleitear dano moral ? Em caso positivo, a que ttulo ? Em caso negativo, por qu? Justifique sua resposta. Questo objetiva Assinale a opo correta. A) Tanto o Cdigo Civil em vigor como o novo Cdigo Civil disciplinam os direitos da personalidade. B) O carter extrapatrimonial dos direitos da personalidade significa que juridicamente impossvel requerer indenizao em face de sua violao. C) De acordo com o novo Cdigo Civil, salvo o caso de excees legais, os direitos da personalidade so intransmissveis e irrenunciveis, no podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria. D) Conforme disciplina do novo Cdigo Civil, o pseudnimo, mesmo adotado para atividades lcitas, no goza da proteo que se d ao nome.

Semana Caso concreto (1) Alcebades, desde criana, mal consegue se comunicar em razo de ter nascido com uma anomalia gentica, que lhe dificulta a conversao e o entendimento de coisas banais do dia-a-dia. Atualmente, ele tem 38 anos e reside em imvel prprio. Ontem, caminhando pelo jardim, resolveu cavar um buraco para plantar uma palmeira, ocasio na qual encontrou um ba com diversas jias do Sculo XVII. 1) Qual a natureza jurdica do ato de Alcebades ( achar o tesouro )? 2)Alcebades poder adquirir a propriedade do tesouro mesmo sendo absolutamente incapaz ? Justifique. Questo objetiva : Sobre a teoria geral dos fatos jurdicos, assinale a alternativa INCORRETA. a) O que caracteriza o ato-fato jurdico tratar-se de ato humano avolitivo que entra no mundo jurdico como fato. b) No ato-fato jurdico a vontade do agente no integra o suporte ftico, razo pela qual o louco pode pratic-lo eficazmente. c) O ato-fato um fato natural a que se atribui os mesmos efeitos dos atos humanos. d) No ato-fato irrelevante que o agente queira ou no praticar o ato, bastando que o pratique para que o ato exista e produza efeitos.

Semana 05 Caso concreto (1) Na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, numa rua sem sada, de cunho estritamente residencial, onde no h trfego de coletivos, seus moradores, preocupados com o crescente aumento da criminalidade, resolveram criar mecanismos prprios de defesa, instalando guarita e trave basculante no logradouro pblico, como tambm contrataram uma empresa encarregada de l manter vigilantes 24h por dia. Decidiram ainda constituir uma associao, cujo objetivo administrar os interesses dos moradores da rua, ficando acordada uma contribuio para o rateio das despesas necessrias ao pagamento do servio de vigilncia e manuteno dos equipamentos instalados. Transcorrido algum tempo, verificaram que a atitude empreendida foi um sucesso e nomearam Sidney, que acabara de fazer 18 (dezoito) anos, recentemente estabelecido residente no local, presidente da associao. Pergunta-se: Informe a natureza jurdica dos seguintes fatos acima narrados: a) compra da guarita e da trave basculante b) contratao da empresa de vigilncia c) constituio da associao de moradores d) completar 18 anos e) a troca de domiclio de Sidnei Fundamente sua resposta com base na teoria do fato jurdico. Caso concreto (2) Joo, vivo e pai de dois filhos, possui um patrimnio avaliado em um milho de reais. Ao completar 50 anos, deseja reconhecer uma filha que teve fora do casamento. Procura um advogado para saber se possvel, no reconhecimento em cartrio, inserir a condio da filha, sem revelar aos outros irmos tal paternidade, sob pena de perder a eficcia tal reconhecimento. Pergunta-se : 1) Qual a natureza jurdica do reconhecimento de filho ? 2) possvel a insero da referida condio no ato? Justifique.

Semana 6 Caso concreto (1) Carlos Alberto e Miguel so colegas de turma e estudam no 3o perodo da faculdade de Direito. Durante a aula de Direito Civil, Miguel, que anotava a matria, v que sua caneta comea a falhar. Carlos Alberto, percebendo que o amigo est em dificuldades, abre seu estojo, tira dele uma lapiseira e, em silncio, a entrega a Miguel que, tambm em silncio, a aceita e retoma suas anotaes. Ao final da aula, Carlos Alberto pede a lapiseira de volta. Miguel se recusa a devolv-la, alegando ter havido uma doao na presena de diversas testemunhas. Pergunta-se: 1) Houve negcio jurdico entre Carlos Alberto e Miguel? Justifique a resposta. 2) possvel a prtica de negcio jurdico sem a troca de palavras? 3) Como se deve resolver o conflito entre Carlos Alberto e Miguel, diante das regras de interpretao contidas em nosso Cdigo Civil? Caso concreto (2) Tomando por base o caso narrado acima, pergunta-se: 1)Qual seria a classificao do ato praticado ? 2)Conceitue cada uma das classificaes :

Semana 7 Caso concreto (1): Jos Carlos decide doar bens imveis de sua propriedade para Jlio e determina que tais bens sejam utilizados em atividades de ensino para crianas com necessidades especiais. Jlio assume o compromisso de cumprir tal destinao. Pouco tempo depois, os bens recebidos por ele so utilizados para a implantao de uma rede de padarias. 1) A doao feita para Jlio possu algum elemento acidental? Em caso positivo, justifique e conceitue. Em caso negativo, justifique. 2)Pode haver revogao do contrato celebrado? Fundamente a resposta. 3) Aplica-se na hiptese, a regra do artigo 125 do CC? Esclarea. Caso concreto (2) Antero empresta a Luiz Guilherme a quantia de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais ), concedendo a este ltimo um ano de prazo para pagar. O emprstimo ocorre no dia 26 de junho. O dia 26 de junho do ano seguinte um sbado. Pergunta-se: 1) Qual a data do vencimento da dvida de Luiz Guilherme? 2) No caso, identifique o termo e o prazo para o pagamento da dvida. Caso concreto ( 3) Toms, um grande amigo de famlia, solteiro, sem descendentes e ascendentes, deseja realizar uma doao a um de seus sobrinhos. Todavia, no quer que o negcio surta efeitos imediatamente, mas sim no futuro. Sabedor que voc estudante de Direito, ele o consulta, solicitando explicao de cunho jurdico acerca da diferena prtica alm da incerteza da condio e da certeza do termo entre inserir uma condio suspensiva ou um termo inicial em seu contrato de doao. Pesquise e responda a indagao de Toms. Questo objetiva

Sobre os elementos acidentais do negcio jurdico, que podem afetar sua validade ou comprometer sua eficcia em determinadas situaes, marque a alternativa correta: a) sobrevindo condio resolutiva em negcio jurdico de execuo continuada ou peridica, a sua realizao, salvo disposio em contrrio, no tem eficcia quanto aos atos j praticados, ainda que incompatveis com a natureza da condio pendente; b) considera-se no escrito o encargo ilcito ou impossvel, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negcio jurdico; c) ao titular do direito eventual, nos casos de condio suspensiva ou resolutiva, no permitida a prtica de atos destinados sua conservao ou execuo; d) no tendo sido estipulado prazo para sua execuo, os negcios jurdicos celebrados entre vivos so exeqveis trinta dias aps a data da celebrao.

Semana 8 Caso concreto (1) Esmeralda precisa fazer um pagamento ao seu credor, Cludio, por meio de depsito em conta bancria. Por engano, faz o depsito em conta de outra pessoa, Jlio. Este, feliz, saca o dinheiro de sua conta e o gasta. Mais tarde, quando Esmeralda exige o dinheiro de volta, Jlio alega que no coagiu ningum a fazer o depsito e que o que aconteceu foi uma doao. Cludio, por sua vez, cobra o dinheiro de Esmeralda. Pergunta-se: 1) Houve algum defeito do negcio jurdico na hiptese? Em caso afirmativo, qual? 2) Como ficam, respectivamente, as situaes de Esmeralda, Cludio e Jlio diante do ocorrido? Caso concreto (2) Estevo, jovem de 19 anos, adquire com o produto de seu trabalho uma motocicleta e fica muito satisfeito com a compra. Sua me, Almerinda, no partilha de seu entusiasmo. Exige que o filho venda a moto, chora e ameaa deixar de falar com ele. Depois de muitos conflitos, Estevo cede aos pedidos da me e vende a fonte dos problemas a outro jovem, Ezequiel. Meses depois, Estevo, aluno do curso de Direito, aprende que os negcios jurdicos praticados por coao so anulveis e comea a pensar em maneiras de reaver a motocicleta vendida. Pergunta-se: 1) Houve, na venda efetuada entre Estevo e Ezequiel, algum defeito do negcio jurdico? 2) O negcio jurdico em questo vlido? 3) Estevo pode fazer algo para reaver a motocicleta de Ezequiel? Questo objetiva

O dolo vcio de vontade que torna anulvel o negcio jurdico. Argida a prtica do dolo num determinado negcio, INCORRETO afirmar que (A) a inteno de quem pratica o dolo a de induzir o declarante a celebrar um negcio jurdico; (B) a utilizao de recursos fraudulentos graves pode se dar por parte do outro contratante ou de terceiros, se forem do conhecimento daquele; (C) o silncio intencional de uma das partes sobre fato relevante ao negcio tambm constitui dolo; (D) o dolo recproco impede a anulao do negcio jurdico sobre o qual incidiu; (E) o dolo do representante de uma das partes obriga o representado a responder civilmente por todo o prejuzo do outro contratante, independentemente do proveito que o mesmo representado experimentar.

Semana 9 Caso concreto (1): Ana Elisa empresta R$ 15.000,00 (quinze mil reais) a seu amigo, Luiz Gustavo. No vencimento da obrigao, Luiz Gustavo no paga o emprstimo. Ana Elisa, dispondo de ttulo executivo, ingressa com a ao de execuo. Nenhum bem de Luiz Gustavo encontrado para ser penhorado. Ana Elisa, porm, descobre que Luiz Gustavo, aps vencido o dbito, havia vendido para seu irmo Otaclio o nico imvel de que era titular, mais precisamente, uma sala comercial avaliada em R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais). Pergunta-se: 1) vlida a venda entre Luiz Gustavo e Otaclio? 2) A situao seria diferente caso, ao invs de venda, tivesse havido uma doao? 3) Que providncias devem ser tomadas por Ana Elisa, caso ela queira reaver o dinheiro emprestado? Caso concreto (2) Em ao anulatria de negcio jurdico ajuizada por Berenice em face de Cludia, alega a autora que celebrou contrato preliminar de promessa de compra e venda com a r, atribuindo a uma luxuosssima manso preo vil, o que s constatou posteriormente. Neste sentido, pretende a autora a anulao invocando ter ocorrido a figura da leso. Por outro lado, em contestao, a r sustenta que a autora pessoa culta, que inclusive se qualificou como comerciante no instrumento do contrato. Logo, no poderia alegar que desconhecia o valor de seu prprio imvel, devendo prevalecer o negcio celebrado. Pergunta-se: 1) Se ficasse comprovado nos autos que o valor do bem estava prximo ao valor de mercado poderia se considerar a existncia da figura da leso? Justifique.

2) O argumento da r quanto s condies pessoais da autora pertinente para o estudo da figura da leso? Justifique. Caso concreto (3) Carla sofre acidente, vindo a necessitar urgentemente de socorro mdico. Um mdico que estava na cidade a socorre e a interna em uma pequena clnica, que exige o pagamento de um exorbitante valor de trezentos mil reais. No dia seguinte, Cludio, marido de Carla, aps pagar o valor, consulta seu advogado para saber se tal negcio pode ser anulado. Com fundamentos legais, responda consulta do cliente. Questes objetivas : 1)Na regulamentao dos defeitos do negcio jurdico, significativas foram as alteraes introduzidas pelo Novo Cdigo Civil. Leia com ATENO as proposies abaixo. I) O erro no prejudica a validade do negcio jurdico quando a pessoa, a quem a manifestao de vontade se dirige, oferecer-se para execut-la na conformidade da vontade real do manifestante. II) Configura-se a leso quando algum, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua famlia, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigao excessivamente onerosa. III) Subsistir o negcio jurdico se a coao decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento, mas o autor da coao responder por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto. IV) No negcio jurdico viciado por leso, no se decretar a anulao do negcio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a reduo do proveito. Marque a alternativa CORRETA. (A) As proposies I, III e IV so verdadeiras. (B) Todas as proposies so verdadeiras. (C) As proposies I, II e IV so verdadeiras. (D) As proposies I, II e III so verdadeiras. (E) Todas as proposies so falsas. 2)Em relao ao estado de perigo, considerando o novo Cdigo Civil e as seguintes assertivas: I - Est disposto na categoria de causa de anulabilidade do negcio jurdico. II - Em seu substrato no est a fico de igualdade das partes, de modo que a regra tem relevncia na tutela do contratante fraco. III - indiferente que a parte beneficiada saiba que a obrigao foi assumida pela parte contrria para que esta se salve de grave dano.

IV - No pode o juiz considerar circunstncias favorveis para o efeito de estender a regra para pessoa no integrante da famlia do declarante. V - Confunde-se com o instituto da leso, pois como ocorre nesta ltima, considera-se, alm da premente necessidade econmica, a inexperincia de quem se obriga a contratar, circunstncias determinantes das prestaes avenadas de maneira manifestamente desproporcional. Assinale a alternativa correta: (A) (B) (C) (D) (E) Somente Somente Somente Somente Somente as as as as as assertivas assertivas assertivas assertivas assertivas I, II esto corretas. II, III e IV esto corretas. I, II, III, e IV esto corretas. III e V esto corretas. IV e V esto corretas.

Semana 10 Caso concreto (1) Ramon Lopez, argentino, proprietrio no Brasil de dois imveis, alienou um deles por escritura particular e o segundo por escritura pblica. O primeiro teve seu registro negado, sob argumento de falta de observncia da forma legal determinada. J o segundo, entrou em exigncia, porque no constava do instrumento do negcio jurdico a outorga da mulher de Ramon Lopez, que no compareceu no ato da escritura, pois fora presa no aeroporto de Assuno, envolvida com excesso de bagagem e pequenos recuerdos considerados destinados para comercializao, pelos agentes alfandegrios. A assinatura da mulher, pelo regime matrimonial, se considera indispensvel para perfeita elaborao do negcio. 1) Analise ambas as hipteses, quanto existncia, validade e eficcia dos negcios jurdicos: a)Na primeira hiptese da escritura particular , quais destes elementos esto presentes? No que se refere segunda hiptese, da mesma forma, analise-a, tendo em mente que o registro, para ambos os casos, se impe como complementar necessidade para constituio plena da propriedade. 2) Como se analisam os negcios jurdicos diante dos planos da existncia, validade e eficcia? Caso concreto (2) Antnio comparece ao seu escritrio e formula a seguinte consulta: Ele outorgou procurao para a Administradora KXM LTDA., para que esta locasse um imvel de sua propriedade. Constava neste documento os poderes de praxe para contratar, distratar, fixar valores e demais condies do contrato, receber os aluguis e os acessrios da locao, bem como para dar quitao. Na carta que encaminhou o instrumento de mandato Administradora, Antnio recomendou, por escrito, que o imvel no fosse locado para rgos pblicos, para escolas e para hospitais. Estipulou, ainda, que o

aluguel mnimo mensal deveria ser de R$ 10.000,00. Duas semanas depois, recebeu em sua casa uma cpia do contrato de locao recm-assinado pela Administradora, como sua procuradora, no qual figurava como locatria a Secretaria de Segurana Pblica do Estado. O aluguel mensal fora fixado em R$ 7.500,00. Antnio quer saber se pode anular o contrato de locao ?

Questo objetiva : 1) A, consumidor, com a finalidade no revelada de transportar substncias entorpecentes que provocam dependncia psquica e fsica, celebra com B, fornecedor, contrato de compra e venda de material prprio para transporte de objetos, sem anunciar ao vendedor o seu propsito, que somente vem a ser descoberto por este aps a consumao do contrato. Ante essas consideraes e o novo Cdigo Civil, assinale a alternativa correta: (A) H nulidade do negcio em razo de motivo ilcito, sendo a invalidade decorrente do fato de o consumidor destinar o bem negociado prtica de um delito. (B) A compra e venda considerada como negcio com objeto ilcito ante a presuno de participao do vendedor no projeto criminoso. (C) No sendo comum (razo determinante assumida por ambas as partes) o propsito de destinar o objeto adquirido para fins ilcitos ao tempo da declarao de vontade, no resta afetada a validade do negcio. (D) O motivo passou categoria de causa, provocando a nulidade porque ilcito. (E) O negcio jurdico est viciado por falso motivo, determinante para a prtica do ilcito. 2)Considerando o novo Cdigo Civil e as seguintes assertivas: I - Incorre em nulidade o negcio jurdico quando apresente objeto indeterminvel. II - Nulifica o negcio jurdico ofensa cometida contra lei imperativa, que tanto pode dar-se por ofensa frontal ou direta, convencionandose o que a lei probe (agere contra legem), como a partir de negcio jurdico lcito e vlido que, por via reflexa, atinge o resultado proibido (agere in fraudem legis). III - nulo o contrato de compra e venda se a fixao do preo resta com o exclusivo arbtrio de uma das partes.

IV - nulo o negcio jurdico praticado direta e pessoalmente por quem, em razo de causa transitria, no possa exprimir a sua vontade. V - nulo o negcio jurdico por vcio resultante de dolo. Assinale a alternativa correta: (A) (B) (C) (D) (E) Somente as assertivas I, II, III e IV esto corretas. Somente as assertivas I, III e V esto corretas. Somente as assertivas II, III e V esto corretas. Somente as assertivas I, II, e IV esto corretas. Todas as assertivas esto corretas.

Semana 11 Caso concreto (1) Trs trabalhadores rurais humildes, que possuem de receita um salrio mnimo mensal, constam como adquirentes das cotas societrias da empresa MRVL Ltda., com capital social estimado em um milho de reais, tornando-se os nicos scios. No mesmo ato da aquisio, os compradores outorgam procurao aos alienantes com poderes ilimitados de gesto. Os alienantes so donos da fazenda na qual os compradores trabalham. Pergunta-se: 1) O negcio de compra e venda das cotas vlido? 2) Se o negcio foi celebrado sob a gide do Cdigo Civil de 1916, haver alguma diferena na resposta do item 1? Qual? Esclarea. 3) Mesmo sendo praticado sob a gide do CC de 1916, poder ser o negcio regulado pelo atual cdigo? Justifique. Caso concreto (2) Rose filha do segundo casamento de Roberval Breco. Do primeiro casamento, ele teve trs filhos. Quando ficou vivo, foi feito o inventrio dos bens, integrado por propriedades agrcolas e imveis urbanos. Do novo casamento, alm de Rose, teve outra filha. No entanto, aps o nascimento de Rose, o pai alienou para a mesma 75 % (setenta e cinco por cento) da totalidade da parte que lhe coubera na partilha, quando esta tinha apenas 2 (dois)

anos de idade. Os filhos do primeiro casamento no consentiram com a venda. A esposa figura na escritura como representante legal da compradora, de quem genitora. Pergunta-se: 1) O negcio jurdico celebrado vlido? Esclarea: 2) Na hiptese pode ser utilizada a figura da converso? Justifique: 3) No sendo utilizada a converso poder produzir efeitos ? Esclarea: Questo objetiva: 1)Analise as afirmaes que se seguem sobre o tratamento do instituto da simulao no Cdigo Civil em vigor: I. II. III. IV. No se trata apenas de hiptese de nulidade relativa, como no Cdigo anterior; causa de nulidade absoluta; No se ressalvam os direitos de terceiros de boa-f em face dos contraentes do negcio jurdico simulado; Foi excludo do atual Cdigo Civil, no sendo causa de inexistncia, nem nulidade e, tampouco, de anulao do negcio jurdico

Somente CORRETO o que se afirma em a. b. c. d. e. 2) III e IV I e II III IV II e III

Considerando o novo Cdigo Civil e as seguintes assertivas: I A reserva mental oculta vontade do contratante diversa daquela que foi declarada na prtica do negcio jurdico e, no sendo do conhecimento da outra parte, no afeta a manifestao, resultando eficaz o negcio nos termos da declarao. II - Na simulao necessrio acordo entre as partes (recproca e consciente declarao que no corresponde real inteno). III- Na simulao ad personam o negcio praticado real, mas uma das partes do negcio aparente (interposio fictcia de pessoa em negcio verdadeiro). IV - nulo o negcio jurdico simulado, mas subsiste o que se dissimulou, se for vlido na substncia e na forma. V - Se terceiro de boa-f adquire direitos supervenientes simulao, negociando com a parte que detm aparente titularidade da situao jurdica, os autores da simulao no podem opor-lhe o negcio dissimulado.

Assinale a alternativa correta: (A) (B) (C) (D) (E) Somente as assertivas I, II, III e V esto corretas. Somente as assertivas I, II, IV, V esto corretas. Somente as assertivas II, III e IV esto corretas. Somente as assertivas III, IV, V esto corretas. Todas as assertivas esto corretas.

Semana 12 Caso concreto (1): Em julho de 2000, o veculo de Joo estava estacionado corretamente na margem direita de uma tranqila rua de sua cidade, quando foi abalroado por um caminho em alta velocidade e cujo motorista estava alcoolizado. Na poca, estava em vigncia o Cdigo Civil de 1916, que estipulava um prazo prescricional de vinte (20) anos para pleitear tal indenizao (art. 177 do CC/1916). O atual Cdigo Civil que entrou em vigncia em janeiro de 2003 diminuiu tal prazo para trs (3) anos (art. 206 3., V). Levando-se em conta que Joo ainda no intentou a competente ao, perguntase: Em que ano estar consumada a prescrio da pretenso de Joo para cobrar tal dvida? Justifique.

Caso concreto (2) Roberto completar dezoito anos em maio de 2006. Seu pai foi condenado a pagar-lhe alimentos em fevereiro de 1995, mas nunca pagou nem sequer uma parcela. Roberto aciona seu pai em maro de 2006, visando a forar o adimplemento de todas as prestaes vencidas. Diante disso, podero ser cobradas todas as parcelas vencidas do seu pai, mesmo tendo em vista o longo tempo transcorrido? Justifique.

Questes objetivas : 1)Sobre prescrio e decadncia, assinalar a alternativa INCORRETA. a) No pode haver aes imprescritveis ou perptuas, para evitar a intranqilidade que a perenizao do direito acarreta para o meio social. b) O prazo para propositura de determinada ao ser prescricional, sempre que a ao para assegurar o direito correspondente objetive condenar o ru a uma prestao. c) Determinado prazo fixado em lei para a propositura de determinada ao ser decadencial, sempre que a ao para realizar o direito correspondente objetive produzir sentena constitutiva. d) So imprescritveis as aes constitutivas que no tm prazo de exerccio fixado em lei. 2)Sobre prescrio e decadncia, examine as seguintes proposies e aponte a alternativa INCORRETA: a. As aes constitutivas sem prazo previsto em Lei e as aes declaratrias so imprescritveis. b. As aes declaratrias no podem ser ajuizadas quando j tenha ocorrido a violao do direito. c. As aes condenatrias esto sujeitas a prazo de prescrio.

d. As aes constitutivas com prazo de exerccio previsto em Lei, sujeitam-se a prazos de decadncia. e. O juiz no pode de ofcio reconhecer a prescrio intercorrente no processo de execuo.

Semana 13 Caso concreto (1) Antnio viajava noite, em seu automvel, para a sua cidade natal, pela rodovia privatizada e administrada pela concessionria CLX, quando, repentinamente, surgiu sua frente um cavalo na pista. No conseguindo desviar do animal, Antnio o atropelou e o automvel saiu da pista, chocando-se contra uma rvore e ficando completamente destrudo. Antnio saiu ileso do acidente. O dono do animal ainda no foi identificado porque o cavalo no tinha marca e porque h diversos stios e pequenas propriedades rurais na regio. Antnio quer saber se cabe ao indenizatria e, se couber, contra quem dever ser proposta. Alm disso, quer saber tambm quais os danos que podem ser objeto dessa eventual indenizao. Responda a essas questes, justificando as respostas. Caso concreto (2) Antnio, menor de 16 anos, dirigindo o carro do pai, atropela e fere Josevaldo gravemente. A vtima, completamente embriagada, atravessou a rua inesperadamente. Pretende ser indenizada por danos materiais e morais, pelo que prope ao contra Clio, pai de Antnio. Procede o pedido? Responda de forma fundamentada. Questo objetiva : Na responsabilidade civil, a indenizao por dano moral

(A) sempre dependente da comprovao do dano material. (B) pode ser cumulada com a indenizao por dano material. (C) prescinde da comprovao do dano material, mas com este inacumulvel. (D) exige prvia condenao do causador do dano em processo criminal. (E) no pode ser superior indenizao por dano material.

Semana 14 Caso concreto (1) Vera comprou vista uma manso no Condomnio FLAMBOYANT, em bairro nobre de sua cidade, por R$ 2.000.000,00 (dois milhes de reais). Para comemorar, convidou todos os seus amigos e fez uma grande festa, que comeou s 13h e estava prevista para durar at s 10h da manh do outro dia. ROGRIO, seu vizinho, chamou a polcia alegando que som estava muito alto, e, tambm que estaria havendo perturbao ao sossego, pois j eram 3h da madrugada. A polcia chegou ao local e Vera falou aos policiais que no abaixaria o som e continuaria a festa, pois, a legtima proprietria do bem. PERGUNTA-SE: A quem assistir razo? Faa a devida anlise crtica e aponte os motivos e fundamentos da sua resposta. Caso concreto (2) Rafael e Sueli pleiteiam a anulao de confisso de dvida no montante de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), por eles firmada em favor de Cirlei. Afirmam que Rafael trabalhava como empregado no stio de Cirlei, na cidade de Guaratinguet, e que no dia 24/05/2004, dirigia o carro do patro quando ocorreu o acidente. Alegam que no dia seguinte ao acidente Cirlei pediu que assinassem o documento

intitulado de DECLARAO DE CONDUTA E CONFISSO DE DVIDA", no qual Rafael reconhece a sua responsabilidade pelo evento danoso e, juntamente com sua me, se compromete a pagar a Cirlei a quantia de R$ 15.000,00 para o ressarcimento dos prejuzos. Mencionam que no dia seguinte aos fatos, no calor dos acontecimentos no pensaram e assinaram o documento, sem, no entanto, possurem recursos para arcar com o valor descrito. Pergunta-se: 1) Houve na hiptese o vcio da coao? Esclarea. 2) A confisso de dvida acima mencionada pode ser considerada um ato jurdico stricto sensu ou representa um abuso de direito. Fundamente sua resposta. Questo objetiva: correto afirmar-se que, de acordo com o Cdigo Civil atualmente em vigor: a) Comete ato ilcito aquele que, mesmo atuando com omisso, no causa danos de qualquer espcie a outrem. b) Comete ato ilcito aquele que causa danos a outrem, ainda que no tenha havido, de sua parte, ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia. c) Comete ato ilcito aquele que, ao exercer um direito do qual titular, excede manifestamente os limites impostos pelo fim social desse direito. d) No comete ato ilcito aquele que, ao exercer um direito do qual titular, excede os limites da boa-f. e) Todas as alternativas so incorretas.

Semana 15 Caso concreto (1) Para desviar de criana que atravessa inopinadamente a rua, no semforo vermelho, e fora da faixa de pedestres, Fernanda, que trafegava prudentemente, obrigada a lanar seu automvel em cima da papelaria de Pedro, quebrando toda a vitrine e causando um prejuzo de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). A criana no foi atingida e saiu correndo depois do acidente, no sendo mais encontrada nem por Fernanda, nem por Pedro. Pergunta-se: 1) Nesse caso, ocorreu ato ilcito? Justifique: 2) H dever de indenizar? Em caso positivo de quem? Caso concreto (2) EMENTA: APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSCRIO INDEVIDA. LINHA TELEFNICA. DVIDA INEXISTENTE. DANO MORAL. DANO IN RE IPSA. EXERCCIO REGULAR DE DIREITO. CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO. INOCORRNCIA. QUANTUM. 1. LINHA TELEFNICA. DVIDA INEXISTENTE. Restando incontroverso que a autora nunca utilizou a linha telefnica que deu origem s dvidas que passaram a lhe ser cobradas pela r e posteriormente ao cadastramento do seu nome em listagens de inadimplentes, inafastvel o reconhecimento da ilicitude da conduta. 2. INSCRIO INDEVIDA. DANO MORAL. O registro - sem causa justificadora, sem

existncia de dvida - do nome do consumidor em listagens de inadimplentes implica-lhe prejuzos, indenizveis na forma de reparao de danos morais, sendo estes, na hiptese, segundo a majoritria jurisprudncia, presumveis, ou seja, in re ipsa, por isso prescindem de prova. 3. EXERCCIO REGULAR DE DIREITO. CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO. INOCORRNCIA. A ausncia de comprovao da firmatura de contrato entre as partes, bem como da ocorrncia de culpa exclusiva de terceiro, j que necessria, conforme o art. 14, 3, inciso II, do CDC, retira a possibilidade do agir da empresa r como excludente de responsabilidade pelo exerccio regular de direito ou por culpa exclusiva de terceiro. 4. QUANTUM INDENIZATRIO. Caracterizado o dano moral, h de ser fixada a indenizao em valor consentneo com a gravidade da leso, observadas posio familiar, cultural, poltica, social e econmicofinanceira do ofendido e as condies econmicas e o grau de culpa do lesante, de modo que com a indenizao se consiga trazer uma satisfao para o ofendido, sem configurar enriquecimento sem causa, e, ainda, uma sano para o ofensor. Hiptese em que, sopesadas tais circunstncias, ressaltado o carter pedaggico de que tambm deve se revestir a indenizao por danos morais, mostra-se adequado o importe fixado, que deve ser mantido. APELAES DESPROVIDAS. . Analisando a ementa acima, responda: 1) A hiptese versada na defesa da parte autora de excluso de ilicitude ou de ausncia de nexo causal? 2) Quais so as hipteses de excluso da ilicitude para o direito civil brasileiro? Justifique sua resposta.