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Epistemologia da Cultura Midiática [email protected] UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA 2009.1

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Epistemologia da Cultura Midiática

[email protected]

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA2009.1

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Para uma lógica e filosofia do conhecimento: gerado a partir dos processos midiáticos Desde a origem: misto de desencantamento e

deslumbramento Daí a expressão dos “apocalípticos e integrados” (ECO); pós-guerra, segunda ½ sec.XX: expansão dos audiovisuais Nasce o campo da comunicação audiovisual Em distinção-extrapolação do campo do jornalismo Do espaço público gerado pelos jornais e periódicos

à ambiência midiatizada ou aldeia global (Galáxia de McLuhan)

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Globalização: Comunicação Gobal: Tela Total

Contexto das Ciências Novas: astrofísica; engenharia genética; medicina nuclear Comunicação séc. XXI: arte, sociedade,

cultura e tecnologia As competências discursivas e o novo

mercado de trabalho

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Reconhecimento e legitimidade do campo da comunicação

Interdisciplinaridade: produção dos efeitos de verdade

As tecnologias do audiovisual e as aparências de verdade

Evidências sociopolíticas, históricas e culturais

O trabalho do comunicólogo e a distinção social

As mídias e a geração de formas de poder:

Como hegemonia, controle, dominação;

E como potência libertária; modalidades de produção e partilha do saber

sobre-das-e com as mídias e as mediações sociais

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Distinção entre Mídia e Comunicação

Processos midiáticos (mercado) e processos comunicacionais (academia)

O campo da comunicação: de olho na complexidade cognitiva e agregadora

Do fenômeno comunicacional Comunicação = comunicatio =

comunitas (Sodré. Antropológica do Espelho).

As estratégias midiáticas: conceder visibilidade às

celebridades e aos indivíduos comuns e

aos fatos cotidianos Os processos midiáticos: são

forças e intensidades que formam, deformam e transformam os modos de existência

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O sentido dessa irradiação depende de:

a) empenho dos agentes sociais;

b) vontade (coragem) de criar; c) habilidade em driblar os

obstáculos; d) bom uso da razão

comunicativa

A qualidade da experiência audiovisual depende de:

a) habilidade dos criadores e condições técnicas de veiculação;

b) componentes cognitivos, ético-políticos dos

usuários- espectadores-contribuintes-consumidores

como leitores-colaboradores-cidadãos

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A base da formação das competências

cognitivas, discursivas e operacionais:

Informações midiáticas: além dos formatos impressos

e da comunicação interpessoal e grupal;

cinema, artes do vídeo e computador como

meios de irradiação de informação e conhecimento.

Culturas líquidas, conceitos provisórios

Cultura no plural (Michel de Certeau):

Conjunto de dispositivos mentais e físicos,

Cognitivos, tecnológicos etc; Complexidade cultural (Morin): Cultura humanística,

científica, técnica, religiosa etc O campo de ação do

especialista em cultura midiática.

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Múltiplas portas abertas com as TIC ([email protected]áticas):

No plano psicológico (indivíduo) e social (comunidades);

Autonomia e socialização: walking man; câmeras portáteis;

Vídeo; gravador; controle-remoto: Cultura das mídias:

transfiguração do ambiente outrora dominado pela cultura de

massa.

Meios eletrônicos e digitais: a) estímulos sensoriais e

cognitivos dos usuários; b) dinâmica e agilidade no

trabalho: investigativo (na escola e centros

de pesquisa) operacional (nos mercados e

atividades profissionais).

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Meios (pós)massivos: são radares captando

As expectativas e necessidades do publico consumidor

Que sabe tirar proveito da midiatização social.

Narrativas audiovisuais estruturam o imaginário nacional:

Telejornais; telenovelas; esportes; filmes; propaganda;

reality e talk shows; imagens, sons e textos da internet;

assim como as comunicações interativas;

Isso se mescla com as narrativas extra-midiáticas cotidianas.

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O papel da escola: reflexão dos usos estéticos, cognitivos

e ético-políticos dos meios; vetores de aprendizagem

entre a escola, a rua, o mercado.

Barbéro & Canclini: atualização dos estudos culturais

Williams (grande revisão conceitual a partir dos anglo-saxônicos);

Crítica das noções de imperialismo, colonização e indústria cultural;

Featherstone (consumo); Said (orientalismo); Bhabba (o local da cultura);

Jameson (pós-modernismo); Beatriz Sarlo (videoculturas latino-americanas).

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Da necessidade de Crítica das Mídias

Estudos Críticos: paradoxos e contradições da globalização

Baudrillard: pensamento radical: simulacros e simulações

Crítica da sociedade de consumo (mass media, sexo e lazeres);

E das mitologias contemporâneas (mitoironias);

Muniz Sodré: transcendência da teoria crítica da indústria cultural e da teoria crítica da sociedade do espetáculo;

Crítica de o “monopólio da fala”; “máquina de narciso”; “ethos midiatizado”,

E do “império do grotesco” (Sodré & Paiva).

Estratégia dos especialistas em comunicação audiovisual:

compreender e interagir com os agenciamentos afirmativos e

Atuantes nas brechas dos sistemas aparentemente blindados

(Rede Globo, Record, Folha, VEJA, UOL, Google)

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2. Mídias Radicais & cultura do espetáculo Mecantilização e espetacularização do pensamento, vida e linguagem Discursos e ações críticos, compreensivos, corajosos e indignados; inteligentes, vigilantes e criativos. Para além da “aldeia global”: Wolton (elogio do grande público); Downing (Mídias radicais); Trigueiro (“ativistas midiáticos”); Lemos (desmistificando a cibercultura); Santaella (para entender as linguagens líquidas da cultura midiática); Primo (para entender a blogosfera); Machado (a percepção

cinematográfica); Marques de Melo (o grande sistematizador dos estudos de mídia e

comunicação).

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O campo das mídias: (De Adriano Rodrigues e outros autores ibéricos, lusitanos);

Artistas, pensadores, estetas, intelectuais: Trabalho elaborado, olhar crítico e esclarecedor; Métodos de interpretação e modalidades de conhecimento. Papel dos Especialistas em cultura midiática: (re)conhecer as informações midiáticas como vetores de cognição e comunicabilidade enfrentamento e utilização dos meios como vetores de subjetividade e sociabilidade;

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Função das escolas de (pos)graduação em Comunicação; Fornecimento das bases epistemológicas para traduzir as experiências sociais e suas interfaces midiáticas; além de uma compreensão da ética, estética e linguagem

das mídias; Um ambiente de leitura, debate e argumentação; Elaboração do trabalho das noções conceituais: advindas do pensamento teórico-metodológico; filosófico; epistemológico; rigor e formalização do conhecimento

científico; Não se confunda com o mero uso de uma “linguagem difícil”.

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Característica básica da Cultura midiática: conexões da oralidade, audivisibilidade e tecnicidade; Da formação cultural massiva, excludente, vertical a uma formação interativa, colaborativa e verdadeiramente comunicacional Atitude compreensiva, ação afirmativa geradora de (des)envolvimento, uso de processos técnicos como meios de intervenção na realidade; conquista de autonomia, emancipação e inclusividade.

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Contexto histórico: Anos 70: revolução silenciosa Estado Brasileiro: EMBRAFILME;

EMBRATEL; MOBRAL; Geração de uma comunidade

imaginada (cultura de massa, aldeia global &

integração nacional); Vide crítica radical no filme Bye

Bye Brasil; Uma aproximação da “segunda

pele do Brasil”

Anos 70: Demarcação de um território de resistência audiovisual

que alimentam hoje a cultura midiática

Criação de artistas, intelectuais, poetas, publicitários,

outsiders, visionários nos espaços do cinema, teatro, jornalismo

e vídeos alternativos, de maneira crítica e inventiva

através de processos de desmontagem e remontagem

das formações tradicionais

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vão constituir a substância da cultura midiática nos anos 80

Anos de chumbo na política (Anos Rebeldes)

& anos de ouro no mercado Barateamento dos preços, dos

financiamentos e crediários Facilitação do acesso e

popularização da tv no Brasil Um país na tv; a tv brasileira em

três canais (KHEL e outros) A moderna tradição brasileira

(Renato Ortiz) Cultura-internacional-popular-de

massa

Leitura dos processos midiáticos e atualização dos

Intérpretes da história da cultura brasileira

(S.B. Holanda; Caio Prado Jr; Gilberto Freyre)

Raízes e antenas do Brasil (Cláudio Paiva).

Inclusão do dos meios audiovisuais no

pensamento social e da vida cultural

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Para fazer uma crítica das teorias críticas:

Função do especialista em cultura midiática:

(re)pensar os usos das mídias, na era da

sedimentação, cooperação e mobilidade;

Perceber as transfigurações estéticas, tecnológicas

e cognitivas.

As bases para uma epistemologia da cultura midiática

Arlindo Machado (Ilusão especular; arte do vídeo;

Cinemas (pós-cinemas; televisão levada a serio;

Máquina e Imaginário; O sujeito na tela, modos de enunciação

no cinema e no ciberespaço). Vertente semioticista, lúcida e

perspicaz da cultura midiática;

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Anos 80: A condição pós-moderna Anos 90: A globalização cultural Anos 2000: A cibercultura Metástase e proliferação das imagens audiovisuais; Além da era do radio, século do cinema, império da

televisão; A convergência das mídias; o controle remoto; o zapping; Processo cultural global: intersemiótico, intermidiático; Geração de diferentes estilos de pensamentos, discursos e ações na esfera cotidiana.

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Liberação de um novo espaço público: Uso inédito dos objetos técnicos, criações originais e

elaboradas; Dispositivos portáteis, câmeras, projetores, celulares,

gravadores Novas estratégias de comunicação interativa Consumidores, leitores, cidadãos (Canclini) Nebulosidade midiática e comunicacional: cultura das

mídias; Configuração sociocultural em permanente transformação: Estatuto de provisoriedade do conceito;

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Uma epistemologia hermenêutica, interpretativa crítica e compreensiva, reconhecendo o

conhecimento comum, em diálogo com os saberes especializados; uma filosofia e ciência do presente; um saber

ligado nos fatos e acontecimentos da vida cotidiana, com tudo o que estes tem de nômade, mutante e

transitório; reveladores do espírito do tempo

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5. O poder das mídias e das identidades culturais O pensamento comunicacional (Bernard MIEGE); intensidades e brevidades das ocorrências midiáticas; conexões com a lógica do vivido; com a organicidade dos acontecimentos virtuais e presenciais; positividades e evidências sensíveis; DE olho na teia intersemiótica, politécnica e multicultural; Relações entre os indivíduos e as mídias; Um conhecimento aprofundado. Redes tecnológicas e redes de sociabilidade, E o poder da identidade (Castells); Participação dos setores sociais ideológicamente minoritários

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Muniz Sodré História social da cultura brasileira sob influência da mídia; Reconhecimento e crítica da tradição cultural; Compreensão e crítica das culturas midiáticas; O social irradiado (1992); Sociedade, Mídia e Violência (2002); Influências de Lasch; Baudrillard; Baudrillard: Simulacros da democracia forjados pela mídia; Crítica da simulação midiática dos direitos, liberdades e igualdades; Ética, educação, conhecimento, e as estruturas tradicionais de socialização Convivem com os processos mídiáticos .

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6. Midiofobia x Midiolatria Para uma contemplação dialógica da

cultura Bakhtin (Problemas da poética de

Dostoievsky; Marxismo e filosofia da linguagem; O poder das mediações sociais e os meios

dominantes);

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Carnavalização da cultura; Subversão da ordem cultural dominante; Como os modernistas: estética da antropofagia cultural; Como os tropicalistas e o mange-beat; Dias Gomes; Guel Arraes; Maria Adelaide Amaral; Gilberto Braga; Aguinaldo Silva; Migrações do livro ao vídeo e ao DVD; O pagador de Promessas; Macunaíma; Bye Bye Brasil O auto da Compadecida e o recente Tropa de Elite: motores transgressivos, criadores, libertários O poder da mídia é relativizado pelas modalidades de conexões entre a oralidade, a audiovisualilidade e a tecnicidade

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Anos 80: surge um mercado editorial vigoroso

Adauto Novaes: O olhar (1988); Rede imaginária (1991) e Muito além do espetáculo (2005): filosofia, sociologia, antropologia:

irrigando os estudos da comunicação e cultura audiovisual;

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Filosofia e Ciência do Imaginário: Bachelard; Durand; Maffesoli;

Da sociologia da comunicação à comunicação social;

O acontecimento comunicacional mediado pelos audiovisuais;

O imaginário e a força simbólica das mensagens

Nas diversas ambiências da vida cotidiana:

No cinema, no vídeo, na publicidade, no ciberespaço,

Nos espaços intersticiais: aeroportos,

shopping centers, supermercados:

proliferação das tecnologias da mobilidade;

O significado da cultura midiática

vai depender do uso que fizermos dela.

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7. Elementos de antropologia e sociologia da comunicação

História das imagens e sua inserção no percurso civilizatório

Regis Debray: Vida e Morte da Imagem,

uma história do olhar no Ocidente (1993);

o limite e o alcance do conhecimento pela comunicação audiovisual;

O cara´ter de reprodutibilidade das imagens e sons,

No sentido econômico, técnico e mitológico;

Desde os anos 90: uma farta produção:

Ortiz; Ianni; Santos: cultura das mídias, globalização,

aceleração e velocidade; encurtamento da distâncias e

compressão do tempo.

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Para concluir Convivência de diferentes formações culturais; Os suporte arcaicos e os ultratecnológicos; Anos 90: os meios telemáticos: mais uma camada semiótica e cognitiva à cultura das mídias; Velocidade terminal: dromologia (Virilio); Dromoscopia (Balogh); dromocracia (Trivinho); Instâncias fatias dos processos comunicacionais.

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Experiências de compactação, miniaturização, Mobilidade e teletransporte do dados, através das minimídias, Mídias locativas: um novo sentido à ambiência comunicacional Novos contextos locais e globais da experiência vivida: Inserção de novos conceitos, metodologias e perspectivas. As teorias das mídias digitais respondem às circunstâncias emergentes: blogs, flogs, microblogs, twitters, flickrs; as apreciações críticas: mídias radicais (Downing); os ativistas midiáticos (Trigueiro); os

novos agenciamentos digitais: do chip ao caleidoscópio (Leão): por uma melhoria da vida psíquica, política, sociocultural.

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O texto na íntegra está disponível na revista on line

Culturas Midiáticas Programa de Pós Graduação em

Comunicação – UFPB http://www.cchla.ufpb.br/

culturasmidiaticas/pdf/01/01_claudio.pdf