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Equilíbrio de ácido/base IMPORTÂNCIA DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE: Os fluídos biológicos são mantidos a um pH entre 7.35 e 7.45 Equilíbrio: PO 2 , PCO 2 e [H + ] Reacções importantes: H + + HCO 3 - H 2 CO 3 CO 2 + H 2 O H 2 CO 3 Níveis anormais de ião hidrogénio – resultam em acidose ou alcalose CONSEQUÊNCIAS DE DESEQUILÍBRIOS Aumento Diminuição PCO 2 vasodilatação periférica dor de cabeça tremor, coma (sintomas finais) parastesia caimbras musculares tetanio PO 2 fibrose pulmonar e da retina (apenas no tratamento prolongado com O 2 ) cianose confusão e coma hipotensão pulmonar hiperventilação hipercalémia hiperventilação parastesia caimbras

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Equilíbrio de ácido/base IMPORTÂNCIA DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE:Os fluídos biológicos são mantidos a um pH entre 7.35 e 7.45

Equilíbrio: PO2, PCO2 e [H+]

Reacções importantes:

H+ + HCO3- H2CO3

CO2 + H2O H2CO3

Níveis anormais de ião hidrogénio – resultam em acidose ou alcalose

CONSEQUÊNCIAS DE DESEQUILÍBRIOS

Aumento Diminuição

PCO2

vasodilatação periférica dor de cabeça tremor, coma (sintomas finais)

parastesia caimbras musculares tetanio

PO2

fibrose pulmonar e da retina (apenas no tratamento prolongado com O2)

cianose confusão e coma hipotensão pulmonar

[H+]

hiperventilação hipercalémia diminuição contração miocárdio depressão SNC

hiperventilação parastesia caimbras musculares tetanio coma

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Equilíbrio de ácido/base 1 – Regeneração dos iões bicarbonato

- filtrado no glomérulo

- combina-se com os iões H+ dando origem ao ácido carbónico que dá origem a CO2 e água.

- o CO2 difunde para as células do tubulo proximal onde é convertido a ácido carbónico que dá origem a H+ e iões bicarbonato.

Glomérulo Sangue

Na+ HCO3-

Na+

HCO3-H+

H2CO3

H2OCO2

Lumen do tubulo renal

Células dotubulo renal

HCO3- H+

H2CO3

H2O CO2

HCO3-

Na+Na+

Fluídointersticial

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Equilíbrio de ácido/base 2 – Excreção de ácidos metabólicos

- reacção com o monohidrogenofosfato: os iões fosfato são filtrados pelo glomérulo e podem existir no fluído tubular sob a forma de NaH2PO4

Na2HPO4 + H+ NaH2PO4 + Na+ - reacção com o amoníaco: o amoníaco não é filtrado pelo glomérulo

glutamina ácido glutâmico + NH3

NH3 + H+ + NaCl NH4Cl + Na+

Glomérulo Sangue

HPO42-

HPO42-H+

H2PO4-

NH4+

Lumen do túbulo renal

Células dotúbulo renal

HCO3-

H2CO3

HCO3-

Na+

Fluídointersticial

H+

NH3NH3

H+

Na+Na+

CO2H2O

Tanto a hipercalcemia e hipercalemia inibem a excreção renal de amónio

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Equilíbrio de ácido/base – Transporte do CO2

- Nos GV, o metabolismo é anaeróbio, logo é produzido pouca quantidade de CO2 o CO2 entra a hemoglobina serve de tampão aos iões H+

(maior poder tampão quando desoxigenada, o que acontece durante a passagem pelos tecidos). Há difusão de bicarbonato.

- Nos pulmões, ocorre o processo reverso devido à baixa pressão de CO2

nos capilares dos alvéolos. O CO2 é produzido a partir do bicarbonato e difunde para os alvéolos para ser excretado pela respiração.

É o acontece a nível dos tecidos

CO2 O2

H+CO2 + H2O

Cl-

HCO3-

Hemoglobina(HHb)

Anidrase carbónica

Membrana plasmática do eritrócito

H2CO3HCO3

-

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Equilíbrio de ácido/base – Determinação laboratorial de parâmetros ácido/base

DETERMINAÇÃO: medida da concentração do ião H+ ([H+]) em sangue arterial, contendo como anticoagulante a heparina. determinação do PCO2

determinação do PO2

COLHEITA DA AMOSTRA: retirar o ar da seringa e se possível realizar imediatamente a análise. se tiver de ser transportada tapar a ponta, fechar num saco de plástico e

colocar no gelo.

INSTRUMENTAÇÃO ANALÍTICA:

• eléctrodos selectivos de ião.

• Serve de base à determinação de bicarbonato (não é o mesmo que o bicarbonato – CO2 total – determinado por autoanalisadores)

Valores de referência (sangue arterial) :Ião hidrogénio – 35-46 nmol/L (pH 7,36-7,44)PO2 – 85-105 mmHgPCO2 – 35-46 mmHgBicarbonato total (CO2) – 22-30 mmol/L

100HCO

PCOkH

3

2

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Equilíbrio de ácido/base – Distúrbios ácido/base

ACIDOSE NÃO-RESPIRATÓRIA (METABÓLICA): Directamente:- aumento da produção (ex.: cetoacidose diabética) ou diminuição (ex.: falha glomerular renal, provocando uma diminuição da filtração de

sódio e fosfato) da excreção do ião hidrogénio

Indirectamente:- perda de bicarbonato

H+ + HCO3- H2CO3

CO2 + H2O H2CO3

aumento de H+, diminuição do bicarbonato e PCO2

Alcalose respiratória

CO2, Hiperventilação (não chega para normalizar, porque é o excesso de H+ que estimula a hiperventilação)

Aumento da excreção renal (H+)

Acidose não-respiratória[H+] pH PCO2 [HCO3

-]

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Equilíbrio de ácido/base – Distúrbios ácido/base

ACIDOSE RESPIRATÓRIA: ex.: obstrução do aparelho respiratório

Caracterizado por um aumento de PCO2 aumento H+ e bicarbonato

H+ + HCO3- H2CO3

CO2 + H2O H2CO3

ALCALOSE NÃO-RESPIRATÓRIA (METABÓLICA): ex.: perda de H+ não tamponado ou administração de álcalisCaracterizado por um aumento na concentração de bicarbonato

extracelular redução da [H+] (aumento da excreção urinaria)

H+ + HCO3- H2CO3

CO2 + H2O H2CO3

Acidose respiratóriaAguda Crónica

[H+] lig. ou NpH lig. ou NPCO2 [HCO3

-] lig.

Alcalose não-respiratória[H+] pH PCO2 [HCO3

-]

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Equilíbrio de ácido/base – Distúrbios ácido/base

ALCALOSE RESPIRATÓRIA: A causa principal de alcalose respiratória é uma diminuição de PCO2

Diminuição do PCO2 diminuição H+ e bicarbonato redução da

excreção renal de H+

H+ + HCO3- H2CO3

CO2 + H2O H2CO3

Alcalose respiratóriaAguda Crónica

[H+] lig. ou NpH lig. ou NPCO2 [HCO3

-] lig.

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Equilíbrio de ácido/base – Distúrbios ácido/base

Acidose Alcalose

Não-respiratória

RespiratóriaNão-

respiratóriarespiratória

Aguda Crónica Aguda Crónica

[H+]

pH

PCO2

[HCO3-]

H+ + HCO3- H2CO3

CO2 + H2O H2CO3

Lig. ou N

Lig. ou N

Lig.

Lig. ou N

Lig. ou N

Lig.

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Hidratos de Carbono (HC)GLICOSE SANGUÍNEA A concentração de glicose no sangue é rigorosamente controlada. Fontes de glicose:

carbohidratos da dieta

gluconeogenesis

glicogenolisis

HORMONAS ENVOLVIDAS NA HOMEOSTASE DA GLICOSE

mantêm as concentrações de glicose dentro dos limites normais

HORMONAS EFEITO NA GLICOSE

SANGUÍNEAPRINCIPAL MECANISMO DE ACÇÃO

Insulina Inibição da gliconeogenesis (L)

estimulação da síntese de glicogénio (L e M) estimulação do uptake de glicose (M e A)

Adrenalina estimulação da glicogenolisis (L e M)

Glucagon estimulação da glicogenolisis (L)

estimulação da gluconeogenesis (L)

Cortisol estimulação da gluconeogenesis (L)

diminuição do uptake de glicose (M e A)

Hormona de crescimento

estimulação da glicogenolisis (L)

L – fígadoM – músculoA – tecido adiposo

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Hidratos de Carbono (HC) – Homeostasis da glicose sanguínea

FígadoMúsculo

Tecido adiposo

Corpos cetónicos

Ácidos gordoslivres Triglicerídeos

GlicoseI+ Energia

Glicogénio decomposição I-G+

síntese I+

GluconeogeneseI- G+

ProteínasAminoácidos

lipogeneseI+

síntese I+

decomposição I-

I- - acção inibida pela insulinaI+ - acção estimulada pela insulina

G+ - acção estimulada pelo glucagon

cetogenese I- G+

lipolise I- G+

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Hidratos de Carbono (HC) – Homeostasis da glicose sanguínea

INSULINA

É um polipeptideo segregado pelas células das ilhotas de langerhans em resposta a um aumento da concentração de glicose sanguínea.

BIOSÍNTESE DA INSULINA

A hormona da tiroide também exerce influência na glicose sanguínea:

- tirosina: acção diabetogena

- tiroidectomia: inibe o desenvolvimento da diabetes

ALTERAÇÕES NA HOMEOSTASE DA GLICOSE PODEM ORIGINAR

- Hiperglicemia (Diabetes)

- Hipoglicemia

peptido-C

SS

SS

S S

proinsulina

SS

SS

S S

insulina

Síntese estimulada:- glucagina (segregado pelas células das ilhotas de langerhans)- peptideo inibidor gástrico

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Hidratos de Carbono (HC) – Diabetes mellitus

DIABETES MELLITUS A nova classificação estabelece a existência de quatro tipos clínicos, etiologicamente distintos, de Diabetes:

I – Diabetes Tipo 1

- Resulta da destruição das células β do pâncreas, com insulinopenia absoluta, passando a insulinoterapia a ser indispensável para assegurar a sobrevivência.

- Na maioria dos casos, a destruição das células β dá-se por um mecanismo auto-imune, pelo que se passa a denominar Diabetes tipo 1 Auto-imune.

- Em alguns casos, no entanto, não se consegue documentar a existência do processo imune, passando a ser denominada por Diabetes tipo 1 Idiopática.

II – Diabetes Tipo 2

É a forma mais frequente de Diabetes, resultando da existência de insulinopenia relativa, com maior ou menor grau de insulinorresistência.

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Hidratos de Carbono (HC) – Diabetes mellitus

DIABETES MELLITUS

III – Diabetes Gestacional

Corresponde a qualquer grau de intolerância à glucose documentado, pela primeira vez, durante a gravidez.

IV – Outros tipos específicos de Diabetes

Correspondem a situações em que a Diabetes é consequência de um processo etiopatogénico identificado, como, por exemplo, doença pancreática.

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Hidratos de Carbono (HC) – Diabetes mellitus

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA IDDM E NIDDM (diabetes tipo 1 e 2 descontrolado)

Tem muita fome (Polifagia) Urina muito (Poliúria) *urina doce* Desânimo, fraqueza,cansaço físico

Tem muita sede (Polidipsia)

Infecções frequentes(pele, urina e genitais)

Diabetes tipo 1 ou tipo 2 descontrolado:perda de peso

No Diabetes tipo 2: ganha peso

Lesões nas pernas ou nos pésde díficil cicatrização

Alterações visuais

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Hidratos de Carbono (HC) – Diabetes mellitus • As complicações da diabetes aumentam com a duração da doença, sendo os responsáveis pela mortalidade e morbilidade:

•Nefropatia

•Neuropatia

•Retinopatia

•Arteriopatia

Hiperglicemia – na diabetes mellitus consiste num aumento da produção de glicose pelo fígado e em menor escala a uma

diminuição da remoção da glicose da corrente sanguínea.

RIM Nos rins a glicose filtrada pelos glomérulos é normalmente completamente reabsorvida pelos tubulos renais. No entanto, para concentrações sanguíneas superiores a 180 mg/dl

(10 mmol/L) – limite renal para a glicose – a reabsorção torna-se saturada e aparece glicose na urina.

- se um indivíduo tiver uma conc. de glicose de 200 mg/dl, tem de apresentar glicosuria

- Se tiver apenas uma alteração renal (não no metabolismo dos HC) com alteração da reabsorção de glicose, pode haver glicosuria sem apresentar uma conc. elevada no sangue.

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Hidratos de Carbono (HC) – Diabetes mellitus

Glicosuria resulta duma diurese osmótica:

- aumento da excreção de água- subida da osmolaridade sérica estimula a sede

A diurese osmótica e a sede causam os sintomas característicos de:- poliuria - polidipsia (ingestão exagerada de líquidos)

Diabetes mellitus não tratada pode provocar alterações patológicas profundas originando:

- cetoacidose diabética- hiperglicémia não cetónica- acidose láctica

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Hidratos de Carbono (HC) – Diabetes mellitus

Uptake de glicose glicogenolisis gluconeogenisis proteolise lipólise

saída da glicosehepática

hiperglicemia

glicosuria

diurese osmótica

perda de água, sódio e potássio

osmolaridadesérica

sede

hipovolémia

GFR

urémia pré-renal

aminoácidos séricos

síntese de ureia

vómito

ácidos gordos livres no soro

cetogénese

cetonémia

acidosehiperventilação

excreção renalde H+

Sequência de acontecimentos que levam a hiperglicemia e as suas consequências

Relação insulina-glucaginaestá diminuída

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Hidratos de Carbono (HC) – Hipoglicemia

HIPOGLICEMIAPode verificar-se em doentes Tratados a longo prazo com agentes hipoglicemiantes Ocasionalmente (atraso na refeição após ingestão de insulina, erro na dosagem de insulina, exercício físico não habitual,...)

CAUSAS MAIS FREQUENTES: Hipoglicemia reactiva – provocada por estímulos específicos, que pode

incluir a ingestão de alimentos Induzida por drogas (insulina, sulfonilureias,...) Pós-prandial (após cirurgia gástrica, hipoglicemia reactiva

essencial,...) Induzida pelo álcool Distúrbios metabólito inerente (intolerância hereditária à

fructose,...) Hipoglicemia em jejum

Tumores produtores de insulina (insulinomas) Tumores secretores de substâncias semelhantes à insulina Doença hepática grave Doença de armazenamento de glicogénio

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Hidratos de Carbono (HC) – Hipoglicemia

HIPOGLICEMIASINTOMAS: Aguda

Devido à neuroglicopenia: confusão, parastesia, convulsões, coma

Devido à estimulação simpaticomimética: palpitações, taquicardia, tremor,...

Crónica

Alterações na personalidade

Perda de memória

Psicose

Demência

Os estados de hipoglicemia aguda normalmente respondem rapidamente à administração de glicose.

Doentes com hipoglicemia crónica (insulinoma) apresentam alterações no comportamento e psicoses, estando ausentes as manifestações de hipoglicemia aguda.

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Hidratos de Carbono (HC) – Glicose no L.C.R.

GLICOSE NO L.C.R.

É determinada em indivíduos em que se suspeita de meningite bacteriana

Nos casos positivos verifica-se uma diminuição da concentração da glicose devido ao metabolismo das bactérias

A concentração de glicose no L.C.R. é 60% da concentração da glicose sanguínea, sendo o resultado interpretado em função desta determinação.

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação laboratorial de glicose

DIAGNÓSTICO de distúrbios no metabolismo dos hidratos de carbono consiste basicamente no doseamento da glicose plasmática em:

- jejum- após testes de estimulação ou supressão

AMOSTRASangue venoso – amostra de eleição (soro deve ser separado das

células num intervalo de 30 minutos ou adicionar fluoreto de sódio)

Sangue capilar – crianças – valores mais elevados (semelhantes aos do sangue

arterial)

. sangue total – testes iniciais

– importantes no controlo em ambulatório – incluído um inibidor da glicólise

Quando refrigerado, a glicose é estável no soro ou plasma durante 48 horas.Em armazenamento mais prolongado, mesmo a –20ºC, os valores de glicose baixam significativamente e progressivamente.

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação laboratorial de glicose

Podem ser divididos em dois grupos:

Químicos – maioria baseados nas propriedades redutoras da glicose (falta de especificidade)

Enzimáticos – métodos mais específicos

Mais específico dosmétodos não enzimáticos

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA GLICOSE

- maior grau de especificidade- método de referência para a det. de glicose- elevado custo-sem interferentes (habituais em outros métodos)

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação laboratorial de glicose

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA GLICOSE

Fenilamina-fenazona(aceitador de O2) – reagente de Trinder

*

* reacção altamente específica** reacção menos específica (numerosas substâncias redutoras inibem a oxidação do cromogénio usado na reacção da peroxidase)

ácido ascórbico (vit.C) – origina uma diminuição dos valores

**(baixo custo)

(etanol e iodeto)

- preciso- linear- livre de interferências importantes

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação laboratorial de glicose

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA GLICOSEComparação das condições de reacção para a análise de glicose

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação laboratorial de glicose

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA GLICOSEDrogas que interferem com os testes laboratoriais para a determinação de glicose no soro

* Interferências importantes

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação laboratorial de glicose

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA GLICOSEReacções de substâncias encontradas na urina nos testes de determinação da glicosuria:

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação laboratorial de glicose

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA GLICOSEos valores de referência têm de ser ajustados: - Conforme o método

- Conforme a amostra Soro ou plasma: 70-110 mg/dL (3,9-6,1 mmol/L) Sangue total: 60-100 mg/dL (3,3-5,6 mmol/L) Urina

qualitativa: negativo quantitativa (24 h): 130 mg/dia (glicose)

L.C.R.: 40-80 mg/dL (2,8-4,4 mmol/L)

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Hidratos de Carbono (HC) – Glicose em jejum

GLICOSE EM JEJUMOs resultados da glicose podem ser classificados em hiperglicemia e hipoglicemia.

Após um jejum noturno consideram-se como valores aceitáveis:50 – 110 mg/dL

Diagnóstico de diabetes mellitus (ver norma portuguesa) pode ser realizado pelo doseamento da glicose em jejum:- valores > 126 mg/dL (valor anormal)- se estes resultados aconteceram duas ou mais vezes, pode ser diagnosticado diabetes de acordo com o critério NDDG (National Diabetes Data Group)

Doentes com intolerância à glicose têm conc. de glicose em jejum e em testes de tolerância à glicose entre valores normais e elevados – estado inicial de história de diabetes.

Hipoglicemia:- valores de glicose em jejum abaixo de 45 mg/dL são claramente anormais - valores de glicose em jejum acima de 55 mg/dL são normalmente considerados aceitáveis- nos recém-nascidos e crianças os valores são normalmente inferiores

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Hidratos de Carbono (HC) – Variação plasmática da glicose

VARIAÇÃO PLASMÁTICA DA GLICOSE:

- Em indivíduos saudáveis, a concentração plasmática de glicose varia pouco durante o dia e geralmente dentro do intervalo de 45 a 130 mg/dL

- Nos idosos saudáveis, a concentração da glicose pode atingir níveis de 180 mg/dL

- Em diabéticos tipo 2 as variações de glicose são mais bruscas, com flutuações tão elevadas como 150 mg/dL

- Níveis de glicose abaixo de 45 mg/dL não são usuais e alerta para uma futura investigação, especialmente em indivíduos sintomáticos (resposta fisiológica após refeição ou indicativo de um distúrbio metabólico dos HC)

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Hidratos de Carbono (HC) – Teste de tolerância à glicose

TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (TTG): Quando os valores de glicose em jejum são inferiores a 126 mg/dL em indivíduos com suspeita de intolerância à glicose, pode ser

indicada a prova de tolerância à glicose.

Como o diabetes mellitus durante a gravidez está associado a uma maior morbilidade e mortalidade perinatal, o teste de tolerância à

glicose pode ser necessário (durante a gravidez, a glicose em jejum é normalmente inferior, mas a intolerância aumenta durante o

segundo e terceiro trimestre).

Neste teste é medida a resposta do indivíduo a uma sobrecarga de glicose, doseando os seus níveis após determinados intervalos de tempo. Estes exames foram padronizados: após quer uma sobrecarga de glicose, por via oral ou intravenosa, são determinados os valores de glicose.

Apesar do TTG ser sensível, é pouco específico (dá resultados anormais numa grande variedade de doenças, é influenciado pela dieta,...)

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Hidratos de Carbono (HC) – Teste de tolerância à glicose

TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (TTG) - FASE DE PREPARAÇÃO:As condições do teste têm de ser rigorosamente controladas de forma a que os dados obtidos tenham significado:

- Três dias antes do teste o indivíduo deve ter uma alimentação diária contendo pelo menos 150 mg de HC.- Dois dias adicionais são necessários se a dieta não for a indicada anteriormente.- Necessário um jejum de 12 horas antes de realizar o teste.- Só é realizável em indivíduos em ambulatório (inactividade, como a estada em cama, está associada com intolerância à glicose).

- Fumar e exercício físico não são permitidos.- Anorexia e outros condições invalidam o teste dado estarem associados a uma dieta insuficiente. - Distúrbios endócrinos como acromegalia, hipertensão ou síndroma de Cushing estão associados a intolerância à glicose. Deve ser corrigida antes de realizar o teste.- Muitos medicamentos como os salicilatos, diuréticos e anticonvulsivantes diminuem a secreção de insulina. Devem ser evitados pelo menos 3 dias antes do teste.

- Contraceptivos orais causam resistência à glicose e alteram o seu t1/2

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Hidratos de Carbono (HC) – Teste de tolerância à glicose

TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (TTG) - PROCEDIMENTO:

CARGA DE GLICOSE: 50 g, 75 g ou 100 g- 75 g para adultos- 1,75 g/Kg de peso corporal (até 75 g) para pediátricos - Em diabetes gestacional (ver norma Portuguesa)

- Doses mais elevadas são mais sensíveis e reprodutíveis, mas levam a mais náuseas e vómitos, que invalidam o teste.

RECOLHA DE AMOSTRAS- Glicose em jejum (linha de base) – entre 7 e as 9 A.M., após 30 minutos (pelo menos) de descanso - Ingestão da carga de glicose (durante 5 minutos), no máximo 5 minutos após a colheita da primeira amostra- Recolha de outras amostras em intervalos de tempo definidos (depende do critério usado para a interpretação) após a primeira colheita

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Hidratos de Carbono (HC) – Teste de tolerância à glicose

TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (TTG) – GRÁFICO DE EVOLUÇÃO DOS NÍVEIS DE GLICOSE:

A resposta do diabético ao TTGÉ comparada com uma resposta normal- nos diabéticos, a curva da glicose está elevada e atrasada

- em respostas normais, o pico éatingido passados 30 minutose retoma a linha de base passado duas horas

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Hidratos de Carbono (HC) – Teste de tolerância à glicose

TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (TTG) – A CURVA DE TOLERÂNCIA À GLICOSE AJUDA NO DIAGNÓSTICO DE OUTRAS DOENÇAS

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Hidratos de Carbono (HC) – Teste de tolerância à glicose

TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (TTG) – CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO PARA A DIABETES MELLITUS(avaliação dos resultados):

Consultar anexo à aula (normas Portuguesas)

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DIAGNÓSTICO DE DIABETES (Plasma Venoso)I – Glicemia de jejum ≥126 mg/dl ou ≥7,0 mmol/louII– Sintomas clássicos + Glicemia ocasional ≥200 mg/dl ou ≥11,1mmol/louIII – Glicemia ≥200 mg/dl ou ≥ 11,1mmol/l, na PTGO com 75g de Glucose, às 2 horas

NOTA: Na ausência de hiperglicemia inequívoca, associada a sintomas clássicos, estes critérios devem ser confirmados num segundo tempo

TOLERÂNCIA DIMINUÍDA À GLUCOSE (TDG)Glicemia de jejum <126 mg/dl ou <7,0 mmol/l e às 2h (PTGO) ≥140 e <200 mg/dl ou ≥7,8 e <11,1 mmol/l

ANOMALIA DA GLICEMIA DE JEJUM (AGJ)Glicemia de jejum ≥110 e <126 mg/dl ou ≥6,1 e <7,0 mmol/l

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Hidratos de Carbono (HC) – Teste de tolerância à glicose

TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (TTG) – COMPARAÇÃO DE QUATRO CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO DO TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (ver norma Portuguesa):

Impaired glucose tolerance (tolerância à glicose alterada)

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Hidratos de Carbono (HC) – Teste Glicose 2 horas pós-prandial

TESTE Glicose 2 HORAS PÓS-PRANDIALOBJECTIVO:É usado como teste de despiste e de diagnóstico da diabetes mellitus e para monitorizar os níveis de glicose (controlo).

PROCEDIMENTO:- colheita de sangue em jejum- 2 horas após:

- pequeno-almoçoou- almoço

EVOLUÇÃO:O aumento máximo na glicose plasmática a seguir a uma refeição ocorre passados 60 a 90 minutos e após 2 horas os níveis são similares aos níveis encontrados em jejum.

Nas pessoas mais idosas, contudo, a concentração de glicose após 2 horas poderá ser ligeiramente superior em relação ao jejum.

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Hidratos de Carbono (HC) – Teste 2 horas pós-prandial

TESTE 2 HORAS PÓS-PRANDIALTem sido referido na literatura como o teste mais sensível no diagnóstico de diabetes.

Tem como factor limitante o facto da falta de controlo rigoroso das condições (quantidade de HC, a idade do indivíduo, infecções decorrente,...) – são responsáveis pelas diferenças na interpretação dos resultados.

Segundo a literatura o TTG (mais rigoroso) deverá ser utilizado quando os níveis de glicose 2 horas pós-prandial são superiores a 140 mg/dL (7,8 mmol/L).

Um diabético bem controlado tem sido definido como aquele tendo um valor de glicose plasmática inferior a 130 mg/dL (7,2 mmol/L)

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação de proteínas glicosiladas

DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS GLICOSILADASHEMOGLOBINA GLICOSILADA

O controlo da diabetes mellitus pela concentração da glicose plasmática reflecte alterações agudas e não alterações a longo termo.

Uma técnica mais útil para controlar a diabetes consiste em dosear hemoglobinas glicosiladas – hemoglobinas com glicose ou fosfato de glicose ligados à amina terminal de uma ou ambas as cadeias .

Embora muitas outras proteínas, como a albumina, sejam glicosiladas, as hemoglobinas glicosiladas são em número suficiente e têm um tempo de semi-vida suficientemente longo para serem usados por rotina na monitorização da glicose a longo-prazo.

A taxa de formação da hemoglobina glicosilada é proporcional à concentração de glicose no sangue.A reacção é reversível, mas uma vez formado o produto estável HbA1, ela permanecerá permanecerá no glóbulo rubro (G.R.) o tempo de vida desse mesmo glóbulo (6-8 semanas).

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação de proteínas glicosiladas

HEMOGLOBINA GLICOSILADA

Quando hemolisados os G.R. humanos são sujeitos a um processo de cromatografia usando uma resina de troca-iónica.

HEMOGLOBINA A1a, A1b e A1c

que eluem antes do pico principal da hemoglobina A

Estas hemoglobinas são formadas por modificação pós-sintética da hemoglobina A, a uma baixa velocidade, directamente dependente da concentração de glicose durante o tempo de vida do G.R. (120 dias)

Hemoglobina A1c (80% da Hb A1):Indivíduos saudáveis – 3-6% do total da hemoglobina Diabéticos – pode duplicar ou triplicar (dependendo dos

níveis de hiperglicemia) Outras variantes de hemoglobina:

A1a – 1,6% da hemoglobina totalA1b – 0,8% da hemoglobina total

Hemoglobina A1

5 – 8% da hemoglobina total

surgem 3 ou mais pequenos picos

Estas hemoglobinas estão também aumentadas

nos diabéticos

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação de proteínas glicosiladas

HEMOGLOBINA GLICOSILADA

Quando é doseada a fracção total (A1a, A1b e A1c) Hemoglobina A1 ou A1ac

Hemoglobina A1c:- aumenta a sua síntese na falta de controlo de glicose- em diabéticos bem controlados, a sua concentração retoma os valores

do intervalo de referência- é proporcional à concentração de glicose no sangue o seu

doseamento é um bom meio de controlo a longo prazo do diabetesMÉTODOS DE DOSEAMENTO

- Electroforese (interferência da Hb F, migra igual) - Focagem isoelétrica (demorado, equipamento caro)- Ensaios radioimunológicos- Cromatografia (troca-iónica, HPLC, afinidade) - sofre interferência de

hemoglobinas anormais ou em concentrações inusuais- Colorimetria

Não existe método de referência

Métodos mais frequentemente

usados

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Hidratos de Carbono (HC) – Determinação de proteínas glicosiladas

HEMOGLOBINA GLICOSILADA

O teste não é válido nos indivíduos com anemia hemolítica (vida do G.R. está diminuída)

Alguns métodos sofrem a interferência de variantes da hemoglobina dando resultados falsamente elevados

OUTRAS DETERMINAÇÕES

A determinação das proteínas séricas glicosiladas poderá vir a tornar-se um índice de controlo (o tempo de vida é de 4 semanas. Mais rapidamente dá informações sobre a evolução da doença)

A concentração de frutosamina é proporcional à concentração de albumina glicosilada, podendo-se usar a sua determinação.

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Hidratos de Carbono (HC) – Distúrbios em outros hidratos de carbono

DISTÚRBIOS EM OUTROS HIDRATOS DE CARBONO FRUCTOSE

1) fructosúria essencial (condição benigna) – deficiência em

fructoquinase (1)

2) intolerância hereditária à fructose (náuseas, vómitos, hipoglicemia, frutosuria após a ingestão de fructose, sucrose ou sorbitol)

– def. fructose 1 fosfato aldolase (3). Acumulação Frutose-1- phosphates que inibe a produção de glicose (-----)

3) deficiência de fructose-1,6-difosfatase (2) (impede a gliconeogenese. Produz glicose enquanto houver glicogénio)

- Alimentos: fruta, legumes,..

- Intervalo de referência: 1 – 6 mg/dL

- Valores superiores a 100 mg/dL após uma carga de fructose está associado a distúrbios no metabolismo da fructose.

inibe

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Hidratos de Carbono (HC) – Distúrbios em outros hidratos de carbono

DISTÚRBIOS EM OUTROS HIDRATOS DE CARBONO GALACTOSEMIAÉ um distúrbio genético pouco frequente.Características:

- baixa conc. de glicose plasmática- incapacidade de metabolizar a galactose (existe no leite sob

a forma do dissacarídeo lactose: galactose+glucose) por falta da galactose-1-phosphate uridyl transferase

resultando na acumulação da galactose

Síndroma clássico aparece na criança aparentemente normal ao nascer mas que após ingestão de leite, desenvolve diarreia, vómitos, icterícia,..., atraso mental. Quando ocorrem as deficiências enzimáticas, a galactose não segue a sua via metabólica normal e a sua acumulação leva a uma reação que não ocorreria normalmente. Essa reação dá-se pela conversão de galactose em galactitol,

Diagnóstico precoce e tratamento imediato – previne a ocorrência de danos

irreversíveis DOENÇAS ASSOCIADAS AO ARMAZENAMENTO DE GLICOGÉNIOResulta de uma deficiência específica de enzimas envolvidas no metabolismo do glicogénio. Existem vários tipos de doença.

Consequências: acumulação de glicogénio no fígado, mas em algumas deficiências, este depósito é generalizado.

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Hidratos de Carbono (HC) – Distúrbios em outros hidratos de carbono

DISTÚRBIOS EM OUTROS HIDRATOS DE CARBONO L-LACTATOO ácido láctico é um ácido forte, dissociado a pH fisiológico (L-lactato e ião hidrogénio).

Lactato é o produto final do metabolismo anaeróbio e os seus níveis estão associados com a disponibilidade de oxigénio.

Deficiência de oxigénio: o sistema citocromo está incapacitado de funcionar como um intermediário na transferência de hidrogénio para o

oxigénio molecular.Piruvato + NADH + H+ L-lactato + NAD

Lactato – acumulasse no músculo esquelético, fígado e eritrócitos. Depois difunde-se e aumentam os seus níveis na corrente

sanguínea.Situações associadas ao aumento de lactato: problemas cardíacos, perda

de sangue, exercício,...

DETERMINAÇÃO: métodos enzimáticos usando a lactato desidrogenase.

AMOSTRA: sangue arterial (preferido), sangue venoso (mais usado). Se houver degradação da glicose à aumento do piruvato.

Produto final. Na presença de oxigénioreverte a piruvato