257

Equipamentos Médicos, Hospitalares - funcex.org.br · Ficha Catalográfica AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL. Panorama Setorial: Equipamentos Médicos, Hospitalares

Embed Size (px)

Citation preview

Brasília, 2008

Série Cadernos da Indústria ABDI

Volume VII

Panorama Setorial

EquipamentosMédicos, Hospitalares

e Odontológicos

Ficha Catalográfica

AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL.

Panorama Setorial: Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos. / Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. – Brasília: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, 2008.

257p.: il.; graf.; tab. (Série Cadernos da indústria ABDI, v.VII.)

ISBN 9788561323073

1 - Equipamento médico. 2 - Equipamento hospitalar. 3 - Equipamento odontológico I - Título. II - Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. III-Série

CDD 681.761

© 2008 - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)Série Cadernos da Indústria ABDI – Volume VIIQualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)

ABDIAgência Brasileira de Desenvolvimento Industrial Setor Bancário NorteQuadra 1 - Bloco B - Ed. CNC - 14º andar70041-902 - Brasília - DFTel.: (61) 3962-8700www.abdi.com.br

CGEECentro de Gestão e Estudos EstratégicosSetor Comercial NorteQuadra 2 - Bloco AEd. Corporate Financial Center - Sala 110270712-900 – Brasília - DFTel.: (61) 3224 9600www.cgee.org.br

Equipe da ABDIClayton Campanhola (Diretor)Claudionel de Campos Leite (Líder do Projeto)Tamar Prouse de Andrade (Apoio Técnico e Revisão)Maruska Freitas (Revisão)

Equipe técnica do CGEELiliane Rank (Coordenação Geral)Adriano Braun Galvão (Assessor e Responsável Técnico)Cláudio Chauke Nehme (Coordenação Metodológica)Cristiane Pamplona (Revisão Geral de Texto)Priscilla Matos (Apoio Técnico)

Revisão de textoAnna Cristina de Araújo Rodrigues

FotosArquivo da ABDI e Via Brasília

Projeto Gráfico e Diagramação

Via Brasília Editora

SupervisãoMarcio de Miranda SantosMarcia Oleskovicz (Comunicação Social – ABDI)

ConsultoresRenato Garcia OjedaLester Amaral Jr.Priscila AvelarCícera Henrique da Silva Fábio MeloRenato ZaniboniMarcos Signori

República Fede rativa do Brasil

Luiz Inácio Lula da Silva Presidente

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Miguel Jorge Ministro

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Reginaldo Braga Arcuri Presidente

Clayton Campanhola Diretor

Maria Luisa Campos Machado Leal Diretora

Claudionel de Campos Leite Responsável Técnico

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos

Lucia Carvalho Pinto de Melo Presidenta

Márcio de Miranda Santos Diretor Executivo

Antônio Carlos Filgueira Galvão Diretor

Fernando Cosme Rizzo Assunção Diretor

Sumário

Lista de Tabelas, Figuras e Quadros ................................................................... 10

Lista de Siglas .................................................................................................... 20

1. Introdução ...................................................................................................... 26

2. Contextualização ............................................................................................ 302.1 Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos .................................................... 37

2.1.1 Conceitos Iniciais ................................................................................................. 372.2 Descrição dos Subsetores .............................................................................................. 382.3 Cadeia Produtiva do Setor de EMHO ............................................................................. 42

3. Descrição do Panorama Atual ........................................................................ 463.1 Mercado Internacional e Nacional ................................................................................. 49

3.1.1 Análise do Mercado ............................................................................................. 493.1.2 Estratégias de Mercado ........................................................................................ 533.1.3 Comércio Exterior ................................................................................................ 57

3.1.3.1 Equipamentos e Subsetores ......................................................................... 623.1.3.1.1 Laboratórios ..................................................................................... 623.1.3.1.2 Radiologia e Diagnóstico de Imagem .................................................. 793.1.3.1.3 Equipamentos Médico-Hospitalares .................................................... 92

3.1.3.1.4 Implantes e Reabilitação ........................................................................ 1293.1.3.1.5 Insumos e Material de Consumo ...................................................... 1423.1.3.1.6 Odontológicos ................................................................................ 163

3.1.4 Empresas Líderes de Mercado e Patentes ............................................................. 1703.1.5 Produção e Consumo dos EMHO ....................................................................... 179

3.2 Inovação e Tendências Tecnológicas no Setor de Saúde ................................................. 1853.2.1 Fomento em Pesquisas ....................................................................................... 1873.2.2 Aspectos Tecnológicos e Operacionais ................................................................ 193

3.2.2.1 Micro e Nano-eletrônica ........................................................................... 1943.2.2.2 Novos Protocolos de Inter-conectividade .................................................... 196

3.2.3 Cenários de Aplicações ...................................................................................... 1983.2.3.1 e-Saúde ................................................................................................... 198

3.2.4 Potencial de Inovação ........................................................................................ 1993.2.4.1 Novos Procedimentos de Diagnóstico e Terapias ......................................... 2013.2.4.2 Pesquisa em Desenvolvimento para os Subsetores de EMHO ...................... 202

3.3 Formação, Capacitação e Qualificação ....................................................................... 2023.4 Infra-Estrutura Física .................................................................................................... 206

3.4.1 Adequação ao Uso da Tecnologia ...................................................................... 2063.4.1.1 Atendimento Médico Domiciliar ................................................................. 206

3.4.2 Aspecto Legal .................................................................................................... 2073.4.2.1 Certificação, Registro & Metrologia ............................................................ 2093.4.2.2 Políticas Tributárias e Fiscais ...................................................................... 214

4. Comentários Finais ....................................................................................... 2224.1 A Visão de Futuro do Setor e a Escolha de Prioridades para as Próximas

Etapas do Estudo Prospectivo ........................................................................................228

Referências Bibliográficas ................................................................................. 230

Anexos ............................................................................................................. 238Anexo I Normas técnicas publicadas no Brasil ..................................................................... 241Anexo II Subsetor de laboratórios ....................................................................................... 242Anexo III Subsetor de radiologia e diagnóstico por imagem .................................................. 243Anexo IV Subsetor de equipamentos médicos, hospitalares ................................................... 244Anexo V Subsetor de implantes e material de consumo ........................................................ 246Anexo VI Subsetor de odontológicos ................................................................................... 249

Apêndices ......................................................................................................... 250Apêndice I Entidades e membros do Comitê Gestor ............................................................. 253

Lista de Tabelas, Figuras e Quadros

13

List

a de

Tab

elas

, Fig

uras

e Q

uadr

osTabelasTabela 1 Distribuição das empresas por região e subsetor ......................................................52Tabela 2 Evolução das importações por subsetor no período

de 2001 a 2006 (mil US$/FOB) ..............................................................................59Tabela 3 Evolução das exportações por subsetor no período

de 2001 a 2006 (mil US$/FOB) ..............................................................................59Tabela 4 Importações de equips. em cinco países da América do Sul

até 2005 (1000xUS$) .............................................................................................60Tabela 5 Taxas de crescimento das importações por subsetor ..................................................60Tabela 6 Taxas de crescimento das exportações por subsetor ..................................................60Tabela 7 Balança comercial brasileira dos subsetores, em 2006 (US$) .....................................61Tabela 8 Balança comercial brasileira de equipamentos do setor, em 2006 (US$) ....................61Tabela 9 Comércio em 2006 e evolução do subsetor de laboratórios

2005/2006 (mil US$) ............................................................................................62Tabela 10 Origem das importações e destino das exportações outros reagentes

de diagnóstico ou do subsetor de laboratório, 2006 ...............................................64Tabela 11 Origem das importações e destino das exportações para artigos de

laboratório ou de farmácia, plástico, 2006 ............................................................65Tabela 12 Exportações e importações de outros centrifugadores,

2006 (milhões US$/FOB) .....................................................................................67Tabela 13 Exportações e importações de aparelhos para filtrar ou depurar água,

2006 (milhões US$/FOB) .....................................................................................68Tabela 14 Importações e exportações de espectrofotômetros,

2006 (milhões US$/FOB) .....................................................................................72Tabela 15 Importações e exportações de colorímetros, 2006 (milhões US$/FOB) ............................73Tabela 16 Importações e exportações de fotômetros, 2006 (milhões US$/FOB) .......................74Tabela 17 Importações e exportações de instrumentos e aparelhos que utilizaram

radiações óticas, 2006 (milhões US$/FOB) ...........................................................75Tabela 18 Origem das importações e destino das exportações de outros instrumentos e aparelhos

para análise, ensaio, medida, etc., 2006 ...............................................................77Tabela 19 Resumo do subsetor de laboratórios, 2006 (milhões US$/FOB) ...............................78Tabela 20 Comércio em 2006 e evolução 2005/2006 do subsetor de radiologia e

diagnóstico de imagem (mil US$) ..........................................................................79

14

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Tabela 21 Exportações e importações de tubos de raios X, 2006 (milhões US$/FOB)................81Tabela 22 Exportações e importações de outros aparelhos de raios X para

diagnóstico médico cirúrgico, 2006 (milhões US$/FOB) .........................................84Tabela 23 Exportações e importações de outros aparelhos de raios X para

uso médico, cirúrgico e veterinário, 2006 (milhões US$/FOB) .................................85Tabela 24 Exportações e importações de outros aparelhos de raios X para

radiofotografia e radioterapia ...............................................................................86Tabela 25 Equipamentos de raios X, acessórios e insumos,

2006 (milhões US$/FOB) .....................................................................................87Tabela 26 Importações e exportações de ecógrafos de análises espectral

doppler, 2006 (milhões US$/FOB) ........................................................................89Tabela 27 Importações e exportações de equipamentos de diagnóstico por

varredura de ultra-som .........................................................................................90Tabela 28 Exportações e importações de equipamentos de diagnósticos por

ressonância magnética, 2006 (milhões US$/FOB) ..................................................91Tabela 29 Resumo do subsetor de radiologia e diagnóstico de imagem

(milhões US$/FOB) ..............................................................................................92Tabela 30 Comércio em 2006 e evolução 2005/2006 do subsetor de

equipamentos médico-hospitalares, 2006 (mil US$) ...............................................94Tabela 31 Importações de microscópios óticos binoculares de platina móvel e

outros microscópios óticos, 2006 (milhões US$/FOB).............................................97Tabela 32 Principais fabricantes de equipamentos de monitoração no Brasil e

no mundo ...........................................................................................................98Tabela 33 Exportação e importação de cardiodesfibriladores automáticos,

2006 (milhões US$/FOB) ...................................................................................100Tabela 34 Importações de aparelhos de osmose reversa,

2006 (milhões US$/FOB) ...................................................................................102Tabela 35 Exportações e importações de aparelhos de oxigenoterapia

(milhões US$/FOB) ............................................................................................103Tabela 36 Exportações e importações de respiratórios de reanimação

(milhões US$/FOB) ............................................................................................104Tabela 37 Exportações e importações de respiradores automáticos

(pulmões de aço), 2006 (milhões US$/FOB) ........................................................105

15

List

a de

Tab

elas

, Fig

uras

e Q

uadr

osTabela 38 Exportações e importações de aparelhos de ozonoterapia e outros de terapia respiratória, 2006 (milhões US$/FOB) ....................................106

Tabela 39 Exportações e importações de outros aparelhos respiratórios, 2006 (milhões US$/FOB) ...................................................................................107

Tabela 40 Destino das exportações e origem das importações de incubadoras (US$/FOB) .....................................................................................109

Tabela 41 Exportações de incubadoras no ano de 2006 .......................................................110Tabela 42 Exportações e importações de outros instrumentos

e aparelhos de oftalmologia ...............................................................................114Tabela 43 Exportações e importações de aparelhos de mecanoterapia,

massagem e psicotécnica, no ano de 2006 (milhões US$/FOB) ............................116Tabela 44 Principais fabricantes no Brasil de equipamentos médico-hospitalares

em processos cirúrgicos ......................................................................................117Tabela 45 Principais fabricantes mundiais de equipamentos médico-hospitalares

em processos cirúrgicos ......................................................................................117Tabela 46 Exportações e importações de bisturis elétricos, no ano

de 2006 (milhões US$/FOB) ..............................................................................119Tabela 47 Principais fabricantes no Brasil de mesas cirúrgicas ...............................................120Tabela 48 Principais fabricantes mundiais de mesas cirúrgicas ..............................................121Tabela 49 Exportações e importações de mesas cirúrgicas (milhões US$/FOB) .......................122Tabela 50 Exportações e importações de camas hospitalares

(milhões US$/FOB) ............................................................................................123Tabela 51 Exportações e importações de outros mobiliários para medicina,

cirurgia e odontologia, no ano de 2006 (milhões US$/FOB) .................................123Tabela 52 Principais fabricantes no Brasil de foco cirúrgico ...................................................125Tabela 53 Principais fabricantes mundiais de foco cirúrgico ..................................................125Tabela 54 Destino das exportações e origem das importações de outros

instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, etc., no ano de 2006 ................................................................................................127

Tabela 55 Comércio em 2006 e evolução 2005/2006 do subsetor de implantes e material de consumo, 2006 (mil US$) ...........................................131

Tabela 56 Exportações e importações de outras próteses articulares, 2005 a 2006 (milhões US$/FOB) .......................................................................135

16

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Tabela 57 Resumo da família de próteses e dispositivos ativos e não-ativos ortopédicos, 2006 (milhões US$/FOB) ............................................................................................136

Tabela 58 Importações e exportações de stents – jan. a nov. 2006 (milhões US$/FOB) ..........139Tabela 59 Próteses e dispositivos ativos e não-ativos vasculares

e cardíacos, 2006 (milhões US$/FOB) ................................................................140Tabela 60 Aparelhos e dispositivos auditivos e lentes intra-oculares,

2006 (milhões US$/FOB) ...................................................................................142Tabela 61 Origem importações e destino exportações de outras sondas,

cateteres e cânulas, 2006 ...................................................................................145Tabela 62 Importações e exportações de luvas para uso cirúrgico e terapêutico,

2006 (milhões US$/FOB) ...................................................................................146Tabela 63 Importações e exportações de máscaras, sapatilhas, toucas cirúrgicas

e outros, 2006 (milhões US$/FOB) .....................................................................149Tabela 64 Materiais e insumos de uso cirúrgico e terapêutico,

2006 (milhões US$/FOB) ...................................................................................150Tabela 65 Exportações e importações de outros pensos adesivos e artigos

análogos de camada adesiva, 2006 (milhões US$/FOB) ......................................151Tabela 66 Exportações e importações de outras pastas, gazes e semelhantes

para uso medicinal e cirúrgico, 2006 (milhões US$/FOB). ....................................152Tabela 67 Importações e exportações de bolsas para hemodiálise, colostomia, outros usos

médicos, 2006 ..................................................................................................154Tabela 68 Importações e exportações de outros sacos, bolsas e cartuchos de polímeros de etileno,

2006 ................................................................................................................155Tabela 69 Exportações e importações de absorventes e outros artigos higiênico

de papel, 2006 (milhões US$/FOB) ....................................................................157Tabela 70 Exportações e importações de instrumentos e equipamentos de

infusão e transfusão, por regiões, 2006 (milhões US$/FOB) .................................161Tabela 71 Exportações e importações de instrumentos e equipamentos de

infusão e transfusão por países, 2006 (milhões US$/FOB) ....................................161Tabela 72 Importações e exportações de insumos e materiais de consumo,

2006 (milhões US$/FOB) ...................................................................................162Tabela 73 Resumo do subsetor de insumos e materiais de consumo,

2006 (milhões US$/FOB) ...................................................................................163

17

List

a de

Tab

elas

, Fig

uras

e Q

uadr

osTabela 74 Comércio em 2006 e Evolução 2005/2006 do Subsetor de Odontologia, 2006 (milhões US$/FOB) ..............................................................164

Tabela 75 Materiais e insumos odontológicos, 2006 (milhões US$/FOB) ...............................166Tabela 76 Exportações de conjuntos odontológicos,

jan., out. / 2006 (milhões US$/FOB) ..................................................................168Tabela 77 Empresas líderes de todo o setor no mercado mundial, 2005 (bilhões US$) ............173Tabela 78 Descrição das principais classes da CIP no Brasil ..................................................178Tabela 79 Descrição das principais classes da classificação Derwent no Brasil ........................179Tabela 80 Empresas líderes de todo o setor no mercado mundial, 2006

(milhões US$/FOB) ............................................................................................180Tabela 81 Resumo de alguns protocolos de comunicação que devem ser implementados

em aplicações de e-saúde. Os padrões definidos têm que proporcionar a interoperabilidade de dispositivos de monitorização e intercâmbio dos sinais biomédicos ........................................................................................................196

FigurasFigura 1 Novo foco dos sistemas de saúde ............................................................................34Figura 2 Cadeia produtiva do sistema de saúde suplementar no Brasil .....................................35Figura 3 Gestão, avaliação e regulação da qualidade dos EMHO ..........................................37Figura 4 Subsetores de equipamentos médicos, hospitalares, odontológicos

e laboratoriais ........................................................................................................40Figura 5 Cadeia produtiva do setor de EMHO .......................................................................43Figura 6 Distribuição regional das empresas do setor .............................................................51Figura 7 Característica quanto ao capital das empresas do setor de EMHO .............................53Figura 8 Aspectos de sustentabilidade do produto: causas de falhas de

novos produtos ......................................................................................................54Figura 9 Diagrama da política do desenvolvimento produtivo ..................................................56Figura 10 Ranking dos países por depósitos de patentes no mercado mundial ........................172Figura 11 Ranking dos principais depositantes no mercado mundial ......................................174Figura 12 Ranking dos principais depositantes de patentes no Brasil ......................................176Figura 13 Ranking das principais classes da CIP no Brasil .....................................................177Figura 14 Ranking das principais classes da CIP no Brasil – Detalhamento .............................178Figura 15 Ranking das principais classes da Derwent no Brasil ..............................................179

18

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Figura 16 Composição do mercado: empresas nacionais x empresas estrangeiras ..................181Figura 17 Destino produção doméstica do Brasil ..................................................................182Figura 18 Principais destinos das exportações brasileiras em 2005 ........................................183Figura 19 Evolução das atividades de fomento no DECIT, 2003

a 2005 (DECIT, 2007). .......................................................................................191Figura 20 Distribuição percentual dos recursos financeiros para fomento de

pesquisas nas regiões norte, nordeste e centro-oeste ........................................... 192Figura 21 Potencial de Inovação (MIT, 1997) .......................................................................199Figura 22 Perfil de Inovação: distribuição de pesquisadores e engenheiros

de P&D na indústria, governo e universidades .......................................................200Figura 23 Potencial de mercado em nanotecnologia esperado para 2015, (bilhões US$) ........201Figura 24 Complexidade tecnológica e Recursos humanos ...................................................203

QuadrosQuadro 1 Famílias de equipamentos pelo sistema de harmonização (SH6) ..............................41Quadro 2 Principais fabricantes no Brasil de equipamentos médico-hospitalares ....................111Quadro 3 Fabricantes mundiais de equipamentos médico-hospitalares ..................................112Quadro 4 Resumo do subsetor de equipamentos médico-hospitalares, no ano

de 2006 (milhões US$/FOB) ..............................................................................128Quadro 5 Resumo do subsetor odontológicos, no ano de 2006 (milhões US$/FOB) ...............170Quadro 6 Editais do DECIT em parceria com a FINEP e o CNPq (C&T – MS, 2006) ...............189Quadro 7 Percentual de postos de trabalhos de ocupações técnicas/auxiliares e de

qualificação elementar segundo forma de vínculo com os estabelecimentos de saúde. Brasil – 1999 a 2002 ..............................................................................204

Lista de Siglas

21

List

a de

Sig

lasABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento

IndustrialABIMED Associação Brasileira dos Importadores de

Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares

ABIMO Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios

ANPPS Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde

ANS Agência Nacional de Saúde SuplementarANSI American National Standardization InstituteANVISA Agência Nacional de Vigilância SanitáriaAPEX Agência Brasileira de Promoção de Exportações

e InvestimentosBNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

e SocialCE Comunidade EuropéiaCGEE Centro de Gestão e Estudos EstratégicosCNI Confederação Nacional da IndustriaCNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e TecnológicoCOFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade

SocialCONEP Comissão Nacional de Ética em PesquisaCSA Canadian Standards Association C&T Ciência e TecnologiaCT&I Ciência, Tecnologia e InovaçãoCSLL Contribuição Social Sobre o Lucro LíquidoDECIT-MS Departamento de Ciência e Tecnologia do

Ministério da SaúdeEAS Estabelecimento Assistencial de Saúde

22

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

EMHO Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

EUA,USA Estados Unidos da AméricaEXP Exportação FDA Food and Drug AdministrationFGTS Fundo de Garantia do Tempo de ServiçoFINEP Financiadora de Estudos e ProjetosFNDCT Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e

TecnológicoIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IEB-UFSC Instituto de Engenharia Biomédica da

Universidade Federal de Santa CatarinaIEC International Electrotechnical CommissionIEMI Instituto de Estudos e Marketing IndustrialISO International Organization for StandardizationICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e

Prestação de ServiçosINMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização

e Qualidade IndustrialIMP Importação INPI Instituto Nacional da Propriedade IndustrialINSS Instituto Nacional do Seguro SocialIPI Imposto sobre Produtos IndustrializadosIR Imposto de Renda IRPJ Imposto de Renda Pessoa JurídicaIOF Imposto sobre Operações FinanceirasLED Light Emitting DiodeLCD Light Cristal Display MCT Ministério da Ciência e TecnologiaMDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio ExteriorMERCOSUL Mercado Comum do SulMIT Massachusetts Institute of Technology

23

List

a de

Sig

lasMPEs Micro e Pequenas Empresas

MS Ministério da SaúdeNBR Norma BrasileiraNCM Nomenclatura Comum do MERCOSULOMC Organização Mundial do Comércio OMS Organização Mundial da SaúdePAPPE Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas PDP Política de Desenvolvimento ProdutivoPIS Programa de Integração SocialPNN Programa Nacional de Nanotecnologia PNDS Pesquisa Nacional de Demografia e SaúdePPSUS Programa Pesquisa para o Sistema Único de

SaúdePROSOFT Programa para o Desenvolvimento da Indústria

de Software e Serviços de Tecnologia da Informação

PITCE Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior

P&D Pesquisa e DesenvolvimentoPD&I Pesquisa, Desenvolvimento & InovaçãoRBT Rede Brasil de Tecnologia RDC Resolução da Diretoria Colegiada (ANVISA)REMATO Rede Multicêntrica de Avaliação de Implantes

OrtopédicosSECEX Secretaria do Comércio Exterior (MDIC)SH Sistema de Harmonização SCTIE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos

Estratégicos (MS)SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas

EmpresasSINMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalização

e Qualidade IndustrialSUS Sistema Único de Saúde

24

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

TIB Tecnologia Industrial BásicaTIC Tecnologia da Informação e ComunicaçãoUFSC Universidade Federal de Santa CatarinaUSDOC United States Department of CommerceWHO World Health Organization

1. Introdução

27

1. In

trod

uçãoA Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) foi criada

em dezembro de 2004 com a missão de promover a execução da política de desenvolvimento industrial, em consonância com as políticas de comércio exterior e de ciência e tecnologia, até pouco tempo conhecida como PITCE.

Atualmente o principal enfoque da ABDI está nos programas e projetos estabelecidos pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em maio de 2008. Os programa e projetos da PDP visam fortalecer a competitividade, com foco em complexos produtivos com potencial em exportar e/ou gerar efeitos de encadeamento sobre o conjunto da estrutura industrial.

Diante destes desafios, a Agência desenvolve, entre outros, o Programa de Competitividade Setorial (PCS), com o objetivo de contribuir para a articulação, construção, coordenação, monitoramento e avaliação de estratégias competitivas para as cadeias produtivas brasileiras de diversos setores, num horizonte de 15 anos.

O PCS está estruturado basicamente em duas fases: Fase Inicial ou Prospectiva – com a mobilização dos agentes influentes da cadeia produtiva para a elaboração de um Estudo Prospectivo, onde consta o levantamento do Panorama Setorial e prospecção de rotas estratégicas e tecnológicas; Fase Principal ou Executiva – com a elaboração de Planos Executivos e/ou Agendas Tecnológicas, baseados no estudo, seguido da articulação e pacto com todos os envolvidos para implantação, monitoramento e avaliação dos Planos. Os Planos Executivos Setoriais e/ou Agendas Tecnológicas contemplam medidas, projetos, metas, cronograma, recursos e os respectivos responsáveis pelas execuções das ações, que visam elevar o patamar competitivo do setor produtivo envolvido.

Para apoio no desenvolvimento do PCS a ABDI contratou o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) para coordenação e

28

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

elaboração do Estudo Prospectivo e das Agendas Tecnológicas. O CGEE, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), tem demonstrado, por meio de seu quadro técnico e especialistas ad hoc, muita competência e obtido ótimos resultados na elaboração de estudos e pesquisas prospectivas na área de Ciência e Tecnologia e setores correlatos.

O Estudo Prospectivo, elaborado pelo Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade Federal de Santa Catarina (IEB-UFSC) sob a orientação e coordenação do CGEE, tem como foco o desenvolvimento tecnológico e a inovação no setor de Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos (EMHO), fatores de contribuição para uma indústria nacional mais competitiva no mercado global.

O estudo está dividido em três etapas. A cada uma delas relaciona-se um produto, discussão e validação, com a participação de um grupo – no projeto denominado Comitê Gestor – que conta com a participação de representantes do setor, da ABDI e do CGEE. É oportuno destacar a participação ativa dos membros do Comitê Gestor (GC) que se empenharam e foram eficientes nas diretrizes, orientações e validações das etapas do estudo e cujos nomes se encontram no Apêndice I. A primeira etapa pretende obter perspectiva inicial no que concerne ao posicionamento do setor, levando em consideração dimensões tecnológicas, econômicas e organizacionais, de forma que, ao final, tenha-se o atual panorama setorial. A segunda etapa caracteriza-se pelo levantamento das perspectivas de futuro, levando em consideração dimensões observadas anteriormente, assim como possíveis estratégias e rotas tecnológicas, de forma que seja possível conhecer, minimamente, o perfil futuro de algumas das subáreas. Diante do panorama setorial e das perspectivas futuras, será elaborado, na terceira etapa, o estudo prospectivo, incluindo diretrizes para ações de curto, médio e longo prazo.

29

1. In

trod

uçãoEsta publicação apresenta o Panorama Setorial da Cadeia produtiva de

EMHO, com dados de mercado referenciados e analisados até 2006. É um trabalho panorâmico, mas também analítico, que oferece subsídios para o desenvolvimento de propostas estratégicas e tecnológicas e será utilizado como base para a elaboração do Estudo Prospectivo deste setor.

2. Contextualização

33

2. C

onte

xtua

lizaç

ãoO mercado de serviços de saúde é cada vez mais pressionado pelos custos e influenciado por importantes fatores, tais como: mudanças epidemiológicas, demandas demográficas, mudanças político-econômicas e o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas para os problemas da saúde.

Do ponto de vista da epidemiologia, existe um aumento de doenças agudas e crônicas na população, que condicionam fortemente as características do desenvolvimento tecnológico e clínico. Este cenário trará conseqüências importantes na assistência médica, como por exemplo, no Sistema Único de Saúde (SUS), do Brasil.

As demandas geográficas, o aumento da expectativa de vida e a taxa de urbanização da população, bem como o processo acelerado da inserção da mulher no mercado de trabalho, são fatores importantes na definição de um sistema de atenção diferenciado.

Mudanças das políticas institucionais para promoção da saúde, da medicina curativa para medicina preventiva, modificam o mercado e vêm engendrando as novas soluções tecnológicas. Tais soluções buscam responder as seguintes questões: a redução do tempo de internação hospitalar; programas de saúde da família; Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC); soluções tecnológicas que permitam ao próprio paciente operar o equipamento de forma segura e no conforto do seu domicílio (Home Care).

Do ponto de vista das soluções tecnológicas, elas devem estar sempre orientadas para o aumento da qualidade de vida, da efetividade dos procedimentos clínicos, e recuperação das capacidades funcionais e profissionais.

Tudo isto deve consolidar um desenvolvimento sustentável, com o equilíbrio dos recursos humanos, tecnologias e infra-estrutura necessária para a área da saúde, reconhecendo que a participação do estado é importante como agente regulador para oferecer eqüidade dos serviços.

34

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

As novas formas de organizações de sistemas de saúde (pública, privada e filantrópica) influenciam no desenvolvimento tecnológico e nas políticas e serviços de saúde. O antigo paradigma da atenção centrada nos serviços, representado pela atenção primária, hospitais sem paredes e atenção comunitária transformou-se num novo paradigma baseado na atenção centrada no paciente, com tecnologias de ponto de cuidado (Point-of-Care), dispositivos de monitoração pessoal e uma tendência consolidada em plataforma de e-Saúde.

Essa mudança de foco do sistema de saúde, representada na Figura 1, evidencia uma revolução tecnológica para poder atender a necessidade desse novo sistema. Daí surge a exigência por uma maior pró-atividade dos gestores e fornecedores da área da saúde proporcionando uma infra-estrutura integrada, seja hospitalar ou clínica, totalmente diferenciada da que se tinha antigamente. A possibilidade da manipulação da tecnologia em sistemas de internação domiciliar (Home Care), pelo próprio paciente, por exemplo, é uma tendência de mudança de perfil tecnológico e de ergonomias, com uma maior interação entre os atores do sistema, oferecendo condições de atendimento ao paciente de forma mais adequada com serviços personalizados.

Figura 1 Novo foco dos sistemas de saúdeFonte: OUFIERO, 2002

35

2. C

onte

xtua

lizaç

ãoOs sistemas de saúde atuais são ampliados por sistemas suplementares que oferecem serviços adicionais aos dos sistemas públicos. O grande contingente de instituições prestadoras, com inúmeros profissionais de variadas especialidades, exige das operadoras: controle, avaliação e supervisão das organizações que atendem aos seus beneficiários.

A cadeia produtiva do sistema de saúde suplementar no Brasil, representada na Figura 2, tem buscado o aperfeiçoamento no relacionamento institucional, maior integração do setor e melhoria do valor agregado. Mas necessita ainda de indicadores e parâmetros de produção, produtividade, qualidade e custos desta cadeia e das operadoras para uma melhor avaliação da evolução do setor. Os custos crescentes da assistência médico-hospitalar e a necessidade da manutenção dos padrões de qualidade mínimos de assistência tornam a tarefa ainda mais desafiadora (JUNIOR & PICCHIAI, 2007).

Figura 2 Cadeia produtiva do sistema de saúde suplementar no BrasilFonte: JUNIOR & PICCHIAI, 2007

36

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

A regulação das relações que compõe a cadeia produtiva da saúde, de responsabilidade do Ministério da Saúde, especialmente por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dos Ministérios da Educação, Planejamento e Fazenda e das Secretarias Estaduais e Municipais da Saúde, geram efeitos importantes e diversificados nas distintas visões dos principais atores (JUNIOR & PICCHIAI, 2007).

O impacto da incorporação de tecnologias diversas tem desenvolvido novos cenários de qualidade para os sistemas de saúde, como os programas de registro e certificação de equipamentos, tecnovigilância, farmacovigilância e hemovigilância. Sistemas de classificação de hospitais como os programas de acreditação de hospitais, sistemas de gestão de tecnologia, sistemas de metrologia na saúde, formam parte desse novo cenário tecnológico, que modifica a forma de desenvolvimento da tecnologia na área da saúde.

Como detalhado na Figura 3, são muitas as tendências e os desafios para os empresários do setor de Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos (EMHO). Por exemplo, o desenvolvimento de sistemas de informações que formam plataformas de e-Saúde, Tele-Saúde e Telemedicina e proporcionam cada vez mais a integração de equipamentos médicos no sistema de Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS). O grande desafio está nas polít icas institucionais que muitas vezes retardam o crescimento do mercado. Para vencê-lo, f ica clara a necessidade cada vez maior de informação e conectividade, bem como soluções criativas e inovadoras. As empresas que melhor se integrarem no setor, seja pelos seus produtos de baixa, média ou alta complexidade, são as que obterão maiores vantagens competit ivas.

37

2. C

onte

xtua

lizaç

ão

2.1 Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

2.1.1 Conceitos Iniciais

O setor de EMHO compreende uma diversidade de produtos e tecnologias que vão desde os mais tradicionais, como seringas, até equipamentos sofisticados que incorporam Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e nanotecnologia.

Inicialmente, é importante definir o que se entende por equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos. Para a finalidade desse estudo, o setor de Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos é constituído por fabricantes de equipamentos, eletroeletrônicos ou que utilizam outra fonte de energia, inclusive energia potencial da gravidade, incluindo as partes aplicadas, sensores e dispositivos de controle e sistemas de proteção (CGEE, 2007). Abarcam também os equipamentos e dispositivos utilizados no suporte aos diagnósticos e procedimentos médicos, ainda que não estabeleçam interação direta

Figura 3 Gestão, avaliação e regulação da qualidade dos EMHOFonte: PAHO, 2006

38

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

com os pacientes, como é o caso de equipamentos de laboratórios e os utilizados nos processos de limpeza, desinfecção e esterilização. Engloba, ainda, os produtos de mobiliário hospitalar, ainda que não acionados por fonte de energia (CGEE, 2007).

O estudo prospectivo envolve atributos de diferentes dimensões, tais como: tecnologia, mercado, infra-estrutura física e legal, talentos e investimentos. Esse estudo inicia-se com a análise do Panorama Setorial da cadeia produtiva do setor, descrevendo seus subsetores e tomando como base os fatores de competitividade das referências nacionais e internacionais.

2.2 Descrição dos Subsetores

Os equipamentos integrantes de cada subsetor são considerados, segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), bens de capital, e parte significativa deles foi inicialmente concebida como produtos de tecnologia elétrica ou metal-mecânica. Com o passar do tempo, foram recebendo controles e comandos eletrônicos ou tendo suas saídas processadas por sistemas informatizados. Hoje, praticamente, todos os equipamentos de uso médico dispõem de, pelo menos, um módulo de eletrônica embarcada.

Os subsetores de interesse para este estudo são classificados como (ABIMO, 2007):

Laboratórios• – são empresas fabricantes de equipamentos e materiais para laboratórios de análises clínicas, de pesquisa e de empresas. Identificam-se: contadores de células; equipamentos automáticos para exames clínicos; microscópios de laboratório; espectrofotômetros; agitadores; câmaras climáticas; centrífugas; reagentes para diagnóstico, para determinação de tipo sanguíneo e de fator Rh; sistemas coletores; tubos de ensaio; pipetas; recipientes em vidro; dentre outros.

39

2. C

onte

xtua

lizaç

ão

Radiologia e Diagnóstico por Imagem• – compreendem em-presas fabricantes de equipamentos para raios X, processadores, filmes (diagnóstico) e de consumo. Destacam-se aparelhos, aces-sórios e materiais de consumo, utilizados em exames baseados em exposição a radiações, principalmente os raios X. São eles: apare-lhos de raios X móvel, estacionário ou telecomandado; arcos ci-rúrgicos; simuladores de radioterapia e braquiterapia; protetores plumbíferos; chassis radiográficos; processadores e identificado-res de filmes; filmes de raios X para uso médico e odontológico; contrastes e outros.Equipamentos Médico-Hospitalares• – compreendem empre-sas fabricantes de eletromédicos, mobiliários hospitalares, instru-mentais cirúrgicos, equipamentos fisioterápicos, cozinhas e lavan-derias hospitalares. Dentre os principais elementos deste subsetor, destacam-se: mesa cirúrgica; bisturi elétrico; incubadora; aparelho de anestesia; ventilador pulmonar; monitor cardíaco; eletrocardió-grafo; equipamentos para hemodiálise; endoscópio; aparelho para tomografia computadorizada e para diagnóstico por ressonância magnética; pinças; tesouras; aparelho de ultra-som e de ondas cur-tas; esterilizadores e outros.Implantes• – integram empresas fabricantes de produtos implan-táveis, destinados a usos ortopédicos, cardíacos, neurológicos e outros. Os ortopédicos constituem: próteses articulares de quadril, ombro, cotovelo; implantes para coluna, buco-maxilares, placas, parafusos e outros. Os cardíacos compreendem: marca-passos, desfibriladores; válvulas; stents; catéteres e outros. Os neuroló-gicos constituem-se por válvulas e cateteres; implantes cocleares, de mama e testículos.Material de Consumo Médico-Hospitalar• – são empresas fabricantes de materiais de consumo hipodérmicos (agulha, seringa, escalpe, etc.), têxteis e outros.Odontológico• – são empresas fabricantes de equipamentos odontológicos (consultórios completos), materiais de consumo

40

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

(resinas, amálgamas e outros) e de implantes odontológicos. Os principais elementos correspondem a cadeiras odontológicas, equipos, refletores, mochos, dosadores e misturadores de amálgamas, resinas, amálgamas, ceras, cimentos para restaurações, massas para moldagem, etc.

A Figura 4 apresenta os subsetores com as respectivas cores que servirão de legenda para a identificação nas tabelas descritas ao longo do estudo.

O que define a que família pertencem os produtos são os regulamentos vigentes do mercado de destino e a intenção de uso do produto. O Quadro 1 apresenta as famílias de equipamentos (excluídos os insumos) que integram o panorama setorial, classificados conforme o Sistema de Harmonização - SH6, utilizado por 65 países que respondem por 92% das importações mundiais.

Figura 4 Subsetores de equipamentos médicos, hospitalares, odontológicos e laboratoriaisFonte: CGEE, 2007

LABORATÓRIOS

RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

EQUIPAMENTOS MÉDICO-HOSPITALARES

IMPLANTES E REABILITAÇÃO

MATERIAL DE CONSUMO

ODONTOLÓGICOS

41

2. C

onte

xtua

lizaç

ão

Quadro 1 Famílias de equipamentos pelo sistema de harmonização (SH6)

Sistema de classificação utilizado por 65 países que respondem por 92% das importações

mundiais

841920 - Esterilizadores médicos-cirúrgicos ou de laboratórios

842119 - Outros Esterilizadores

901110/ 20/80/90 - Microscópios estereoscópicos, fotomicrografia, outros e partes e acessórios

901811 - Eletrocardiógrafos

901812 - Aparelhos de diagnóstico por varredura ultra-sônica ("scanners")

901813 - Aparelhos de diagnóstico por visualização de ressonância magnética

901814 - Aparelhos de cintilografia

901819 - Outros aparelhos de eletrodiagnóstico

901820 - Aparelhos de raios ultravioleta ou infravermelhos, para uso médico, cirúrgico, odontológico ou veterinário

901841 - Aparelhos dentários de brocar, mesmo combinados com outros equipamentos dentários

901849 - Outros instrumentos e aparelhos para odontologia

901850 - Outros instrumentos e aparelhos para oftalmologia

901890 - Outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia ou veterinária

901910 - Aparelhos de mecanoterapia, de massagem ou de psicotécnica

901920 - Aparelhos de ozonoterapia, de oxigenoterapia, de aerossolterapia e outros de terapia respiratória

902000 - Outros aparelhos respiratórios e máscaras contra gases, exceto as de proteção desprovidas de filtro amovível

902139 - Válvulas cardíacas não mecânicas inclusive partes e acessórios

902140 - Aparelhos para facilitar a audição dos surdos, exceto as partes e acessórios

902150 - Marca-passos (estimuladores) cardíacos, exceto as partes e acessórios

902212 - Aparelhos de tomografia computadorizada

902213 - Outros aparelhos baseados no uso de raios X, para uso odontológico

902219 - Outros aparelhos baseados no uso de raios X, para usos médicos, cirúrgicos ou veterinários

902221 - Aparelhos de radiação alfa, beta, gama, para usos médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários

902229 - Aparelhos de radiação alfa, beta, gama, para outros usos

902230 - Tubos de raios X

Continua

42

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

2.3 Cadeia Produtiva do Setor de EMHO

Atualmente são considerados alguns elementos estratégicos e essenciais para a inserção competitiva de empresas brasileiras no mercado internacional. A identificação dos principais concorrentes, a forma como atuam no mercado-alvo, o potencial de inovação e a abrangência da cadeia que envolve os insumos e representam estratégias que fazem parte da contextualização da cadeia do setor EMHO.

A importância de ambientes competitivos na indústria de EMHO no Brasil tem influenciado a cadeia do setor facilitando a superação de impeditivos técnicos e uma maior inserção internacional para a promoção das exportações.

O complexo industrial de EMHO, representado pela Figura 5, envolve um conjunto de indústrias que produzem bens de consumo e equipamentos especializados para uso médico bem como um conjunto de organizações prestadoras de serviços em saúde que são as consumidoras dos produtos manufaturados pelos consumidores destes produtos e organizadores da demanda.

Quadro 1 Continuação

902290 - Outros dispositivos geradores de raios X, mesas de comando, telas de visualização e partes e acessórios

902720 - Cromatógrafos e aparelhos de eletroforese

902730 - Espectrômetros, espectrofotômetros e espectrógrafos que utilizem radiações ópticas (uv, visíveis, iv)

902750 - Outros aparelhos e instrumentos para análises físicas ou químicas que utilizem radiações ópticas (uv, visíveis, iv)

902780 - Outros instrumentos e aparelhos para análises físicas ou químicas

902790 - Micrótomos; partes e acessórios de espectrômetros, espectrógrafos e outros aparelhos semelhantes

940210 - Cadeiras de dentista, para salões de cabeleireiro e cadeiras semelhantes, e suas partes

940290 - Outros mobiliários para medicina, cirurgia, odontologia ou veterinária

Fonte: CGEE, 2007

43

2. C

onte

xtua

lizaç

ão

Os diversos agentes envolvidos na cadeia produtiva do setor foram agrupados dentro de um contexto que envolve atores principais, atores secundários, fabricantes e consumidores finais. Cada um desses agentes estabelece alguma relação com os demais.

Figura 5 Cadeia produtiva do setor de EMHOFonte: Oliveira e Porto, 2004

44

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

O contexto da cadeia do setor refere-se às influências das políticas governamentais quanto ao incentivo à exportação e à mudança do perfil epidemiológico, ocasionando maior expansão do sistema de saúde e destacando, na saúde pública brasileira, legislações vigentes como a Lei n° 8.080/90, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre: as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde; a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes; as políticas econômicas, apresentando variáveis macro-econômicas, como aumento da taxa de juros, variações cambiais e linhas de crédito; impacto no meio ambiente pela diminuição dos níveis de poluição, buscando os produtos reutilizáveis; e a dimensão da infra-estrutura física como estradas, aeroportos, eletricidade, terrenos e saneamento básico.

Destaca-se também o papel fundamental das entidades de ensino e pesquisa (especialmente as Universidades), dos poderes públicos federal, estadual e municipal e das empresas/indústrias de base tecnológica. As entidades de ensino e pesquisa possuem, no mínimo, um duplo papel nos processos de inovação: gerar conhecimento científico e fornecer força de trabalho qualificada. As empresas, sobretudo as de base tecnológica, são responsáveis pela utilização, difusão e multiplicação da inovação. O poder público define as políticas gerais em Ciência, Tecnologia & Inovação (CT&I) e as prioridades particulares em Saúde, subsidiando a maior parte dos estudos e processos responsáveis pela criação dos ambientes de Inovação.

Apenas medidas focadas em infra-estrutura de C&T não têm se mostrado eficientes. Para produzir inovações utilizando conhecimentos já existentes, é preciso investir esforços em produtos específicos de forma articulada com o setor industrial, ou seja, enfatizar a transferência de tecnologia. Mais uma vez, a ação do Estado torna-se decisiva para o avanço tecnológico do setor. As iniciativas para a constituição de âncoras tecnológicas, que permitem orientar os resultados das

45

2. C

onte

xtua

lizaç

ãoatividades cooperativas para inovação, devem ser integradas às iniciativas para o estímulo aos fornecedores desse setor.

3. Descrição do Panorama Atual

49

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualA descrição do panorama atual do setor de EMHO tem início com a

apresentação dos dados gerais e fatos relevantes que retratam o dinamismo dos mercados internacional e nacional e se encerra com uma abordagem da infra-estrutura física necessária ao suporte para o uso adequado das tecnologias da saúde envolvidas na cadeia produtiva do setor. O mercado brasileiro é descrito por dados de segmentação do setor, evolução comercial, porte das empresas e estratégias para se manterem no mercado, dentre outras informações.

3.1 Mercado Internacional e Nacional

A análise mercadológica do setor de EMHO abrange uma pluralidade de segmentos com características e dinâmicas distintas entre si, com produtos de baixa complexidade tecnológica e equipamentos altamente sofisticados, de alto valor agregado.

3.1.1 Análise do Mercado

De acordo com dados do Departamento de Comércio dos Estados Unidos (United States Department of Commerce – USDOC) e o Sistema Radar Comercial, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apresentou (MDIC), em 2006, o setor de EMHO, compreendendo equipamentos e insumos, teve produção mundial de 310 bilhões de dólares, importações mundiais de 170 bilhões de dólares, com crescimento médio de 13% nos últimos três anos. A produção brasileira nesse contexto foi de 3,09 bilhões de dólares, o equivalente a 1% da produção mundial, e as importações atingiram 1,6 bilhões de dólares. Entre os principais fatores de crescimento do setor estão:

mudança do perfil epidemiológico apresentado pelo aumento da •expectativa de vida da população;capacidade de inovação tecnológica das empresas, do sistema •produtivo e institucional;

50

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

regulamentação do mercado;•atuação nos mercados externos;•crescimento da economia em vários países, tanto os desenvolvidos •quanto em desenvolvimento.

O mercado mundial do setor EMHO está fortemente concentrado nos países desenvolvidos, cabendo aos países em desenvolvimento uma participação menor. Os Estados Unidos despontam como maior mercado, com uma participação de 37%, seguido por Alemanha, Japão e França (USDOC, 2006).

A competitividade de cada país pode variar conforme o subsetor em que o produto está inserido. Os Estados Unidos apresentam constante superávit com os países da União Européia, exceto a Alemanha. Apresentam também importante superávit com o Canadá, Japão, Austrália e até mesmo com a França, em quase todos os subsetores de EMHO. Suas exportações reduziram de 43% para 27% no período de 1999 a 2006. Longe da perda de vigor, tal mudança, se deve à intensificação de uma estratégia de descentralização de grandes fabricantes que instalaram plantas em outros países a partir dos quais abastecem o mercado mundial. Reflexo disso é demonstrado no déficit na balança comercial com o México e Irlanda em 2006, de aproximadamente 2 bilhões de dólares cada, (USDOC, 2006).

No Brasil, com a abertura econômica na década de 1990, marca-se o fim do processo de substituição das importações e das dificuldades em gerar tecnologia própria e mais sofisticada. Com isso, surge um novo ambiente de concorrência entre as empresas, o que provoca o aumento da produção de equipamentos médicos e o desenvolvimento de novas tecnologias na produção de equipamentos eletroeletrônicos. Assim, a produção de equipamentos médicos cresceu consideravelmente nesta época com a expansão e a diversificação do mercado interno e uma maior especialização da oferta, gerando um grande aumento das importações e retração na oferta de produtos tecnologicamente mais complexos.

51

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualA presente competitividade do mercado tem incorporado desde empresas

multinacionais, com tecnologias inovadoras e grande diversidade de produtos, até microempresas, algumas delas de base tecnológica, geralmente especializadas em materiais de consumo e insumos.

No Brasil, há uma prevalência de pequenas e médias empresas, mas parte substancial do faturamento, quase 70%, é obtida pelas grandes empresas. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO), o setor de EMHO é formado por cerca de 500 empresas que obtiveram um faturamento médio de 3,09 bilhões de dólares nos últimos anos, sendo que, de acordo com a classificação do IBGE, 19,07% é formado por empresas de pequeno porte, 57,20% de porte médio, 15,68% médias/grandes e 8,05% de grande porte.

A distribuição das empresas por região é mostrada na Figura 6, predominando a região Sudeste, sendo 75% somente no Estado de São Paulo, seguida da região Sul, com 12,5%, e os outros 12,5% se distribuem entre as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Com essa distribuição, aproximadamente 60% do faturamento concentra-se na região Sudeste, onde está a maior parte das grandes empresas.

Figura 6 Distribuição regional das empresas do setorFonte: CGEE, 2007

52

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Analisando a distribuição das empresas por região e subsetor, como in-dicado na Tabela 1, percebe-se que na região Sudeste concentra-se um total de 359 empresas: 129 pertencentes ao subsetor de Equipamen-tos Médico-Hospitalares e 84 de Odontologia. O subsetor de Implan-tes e Material de Consumo tem pelo menos uma empresa por região.

Tabela 1 Distribuição das empresas por região e subsetor

DISTRIBUIÇÃO ODONT. LABOR. RADIOL. EQUIP. IMPL. M. CONS. TOTAL PART.

REGIÃO NORTE 1 - - - - 1 2 0,47%

Amazonas - - - - - 1 1 0,24%

Tocantins 1 - - - - - 1 0,24%

REGIÃO NORDESTE

- - 1 1 4 6 1,42%

Bahia - - - - - 2 2 0,47%

Paraíba - - - - - 1 1 0,24%

Pernambuco - - - 1 1 1 3 0,71%

REGIÃO CENTRO-OESTE

- - - - 1 3 4 0,94%

Distrito Federal - - - - 1 1 2 0,47%

Goiás - - - - - 2 2 0,47%

REGIÃO SUL 16 - 1 26 6 4 53 12,50%

Paraná 7 - 1 13 3 1 25 5,90%

Santa Catarina 7 - - 4 - 2 13 3,07%

Rio Grande do Sul

2 - - 9 3 1 15 3,54%

REGIÃO SUDESTE 84 28 21 129 38 59 359 84,67%

Espírito Santo - - - 1 - - 1 0,24%

Minas Gerais 1 3 3 5 3 1 16 3,77%

Rio de Janeiro 11 - 1 6 - 6 24 5,66%

São Paulo Capital 43 22 17 83 17 38 220 51,89%

São Paulo Interior 29 3 - 34 18 14 98 23,11%

Fonte: ESTUDO IEMI/ABIMO, 2007

53

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

Segundo a ABIMO, 93,44% das empresas de EMHO são de capital nacional (público e privado), e 6,56% de capital estrangeiro, como representado na Figura 7.

3.1.2 Estratégias de Mercado

O setor de EMHO prodomina, na competição via diferenciação de produtos, os que são tecnologicamente mais sofisticados. Além da agregação tecnológica, a oferta de soluções integradas (produtos associados a serviços) e linhas de financiamento fazem parte da estratégia dessas empresas, as quais têm proporcionado altas margens de lucro para a indústria de insumos e equipamentos de uso médico. Contudo a sustentabilidade dos produtos-serviços exige uma análise de vários aspectos que influenciam o mercado. A Figura 8 ilustra os fatores que levam ao insucesso do produto no mercado, segundo estudo dos Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – Fundação CERTI.

Figura 7 Característica quanto ao capital das empresas do setor de EMHOFonte: ABIMO, 2007

54

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Figura 8 Aspectos de sustentabilidade do produto: causas de falhas de novos produtosFonte: Fundação CERTI, 2006

Nos últimos anos o Governo e o setor industrial têm procurado manter o mercado de EMHO em crescimento com programas de ações conjuntas. Desde sua criação em 2004, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) desenvolve ações em parceria com representantes dos setores industriais visando promover e executar Política Industrial.

Até pouco tempo a Política Industrial tinha foco nas diretrizes da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), cujos eixos estratégicos estavam relacionados ao aumento da capacidade inovadora das empresas e as fortalecimento e expansão da Base Industrial Brasileira (ABDI, 2005).

Em 12 de maio de 2008 foi lançada, pelo Governo Federal, a Política do Desenvolvimento Produtivo (PDP), que além de incorporar as diretrizes da antiga PITCE, também incrementou novas estratégias e metodologias para a efetiva implantação e monitoramento das ações e metas estabelecidas.

55

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualEm síntese, a PDP tem como objetivo central dar sustentabilidade

ao atual ciclo de expansão da economia brasileira. Seus principais desafios são: ampliar capacidade de oferta, preservar robustez do Balanço de Pagamentos, elevar capacidade de inovação e fortalecer as Micro e Pequenas Empresas (MPEs).

Na PDP estão estabelecidas as "macrometas", que estão relacionadas à ampliação do investimento fixo, ampliação das exportações, aumento do gasto privado em P&D e dinamização das MPEs. Devem ser alcançadas até 2010, bem como as metas dos programas específicos.

A PDP está estruturada em três níveis:

Ações Sistêmicas:• focadas em fatores geradores de externalidades positivas para o conjunto da estrutura produtiva.Programas Estruturantes para Sistemas Produtivos: • orien-tados por objetivos estratégicos tendo por referência a diversida-de da estrutura produtiva doméstica. Neste contexto dividem-se em: Programas Mobilizadores em Áreas Estratégicas, no qual se insere o Complexo Industrial da Saúde e, conseqüentemente, o setor de EMHO; Programas para Fortalecer a Competitividade e Programas para Consolidar e Expandir Liderança.Destaques estratégcios:• temas de política pública escolhidos deliberadamente em razão de sua importância para o desenvolvimento produtivo do país no longo prazo.

A Figura 9 apresenta a distribuição dos Programas Estruturantes da PDP, onde se insere o Complexo Industrial da Saúde (CIS), que terá a gestão do Ministério da Saúde (MS). Nos sites www.abdi.com.br e www.desenvolvimento.gov.br, está disponibilizando o link de apresentação da PDP onde constam informações mais de-talhadas.

56

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Considerando que a mudança do paradigma produtivo provoca a me-lhora da competitividade sistêmica e conseqüentemente o crescimen-to industrial sustentável, e que promove o crescimento econômico e a geração de emprego e renda, fica evidente que os rumos do desen-volvimento industrial brasileiro estão intrinsicamente relacionados ao arcabouço institucional da PDP.

Em relação ao mercado mundial, a estratégia de comercialização das empresas, principalmente de grande porte, tem significado

Figura 9 Diagrama da política do desenvolvimento produtivoFonte: ABDI/MDIC, 2008

57

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualuma importante barreira de mercado para as empresas de peque-

no porte, pois são capazes de oferecer, além do próprio equipa-mento, uma variedade de programas de softwares, serviços de as-sistência técnica e planos de financiamentos, inclusive o leasing.

A dependência entre consumidores e fornecedores é pro-longada considerando que o uso de equipamentos associa-se à necessidade de reposição periódica dealguns insumos. A busca de associação entre empresas de portes diferentes, isto é, de multinacionais com empresas menores detentoras de tecnologia suplementar, permite às empresas menores um sal-to de produção e uma política de comercialização mais agres-siva. Além disso, os custos de promoção de vendas no exte-rior, de assistência, e de certificação dos produtos determinam grande movimento de fusões e aquisições no setor de EMHO.

A internacionalização da produção nesse setor pode ocorrer graças a empresas que buscam produzir em países que apre-sentam custos menores, de empresas que vão em busca de re-presentação em um grande mercado consumidor ou empresas que vão em busca de capacidade tecnológica existente em um país de acesso mais direto na relações político-comerciais. Este último item pode apresentar o motivo pelo qual muitas empre-sas européias e japonesas se instalaram nos EUA. No entanto, seja a internacionalização de caráter comercial ou produtivo, critérios de mercado, custos de fabricação local, infra-estrutura tecnológica e logística são fatores decisivos para o investidor.

3.1.3 Comércio Exterior

A indústria de insumos e equipamentos de uso médico destaca-se pelo nível crescente de sua base tecnológica e pelo caráter social ine-rente aos serviços de saúde. A situação atual mostra grande esforço

58

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

das empresas do setor em investimentos de qualidade e certificação, não somente para atender as exigências de políticas governamentais, como também suplantar barreiras técnicas à exportação.

A indústria brasileira vem respondendo, em média, por mais da metade do mercado interno total de insumos e equipamentos para uso médico, sendo o restante suprido por importações (CGEE, 2007; ABIMO, 2007). Contribuem para essa situação, que configura uma considerável dependência externa, fatores dentre os quais:

produtos de maior complexidade tecnológica sem oferta lo-•cal, apesar da grande diversidade de bens fabricados interna-mente;concorrência direta com os bens importados: grande, po-•rém direcinado em particular quando sua aquisição é re-alizada por entidades filantrópicas ou hospitais públicos, sujeita a diferentes tratamentos tributários (isenção de im-postos), o que dificulta o acesso dos fabricantes locais a esses mercados;bens importados contam com financiamento associado a •vendas, o que nem sempre ocorre com o produto nacional, em que pese a existência de linha de crédito para a comercialização de equipamentos.

As Tabelas 2 e 3 apresentam a evolução da balança comercial brasileira do setor no período de 2001-2006. Verifica-se um crescimento das exportações (reflexo de um movimento comum a quase todos os subsetores), o desaquecimento do mercado interno, iniciado com a crise financeira de 2002 e mantido com a baixa atividade econômica de 2003, levando as empresas a buscar novos mercados no exterior e a certificação obrigatória de empresas e produtos.

59

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

Destaca-se na Tabela 4 os principais países da América do Sul de importações de equipamentos. Obtém-se, a seguinte análise:

O vertiginoso ritmo de crescimento do consumo interno nos •países da América do Sul oferece amplas possibilidades para o desenvolvimento do setor no Brasil, ainda não aproveitado;Para os cinco países mencionados, o Brasil exportou cerca de US$ 30 •milhões em equipamentos de um total de US$ 110 milhões no setor em 2006 (dados não representados na Tabela 4). Isso representa ape-nas 20% da exportação total de equipamentos brasileiros em 2006 (Tabela 8), o que indica que a oportunidade gerada pelo mencionado crescimento interno de consumo não é aproveitada adequadamente.

Tabela 2 Evolução das importações por subsetor no período de 2001 a 2006 (mil US$/FOB)

Subsetores 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Odontologia 30.065 22.606 22.066 21.250 23.931 26.545

Laboratório 295.771 240.244 226.848 242.182 299.767 359.533

Radiologia (Diagn. Imagem) 351.891 271.515 193.096 221.799 302.693 381.061

Equip. Médico-Hospitalares 166.458 149.581 104.513 116.478 163.971 232.735

Implantes 86.574 100.902 122.373 169.133 216.241 266.065

Materiais de Consumo 163.098 164.069 182.635 208.965 269.540 324.923

Total 1.093.857 948.917 851.531 979.808 1.276.145 1.590.862Fonte: ESTUDO IEMI/ABIMO, 2007

Tabela 3 Evolução das exportações por subsetor no período de 2001 a 2006 (mil US$/FOB)

Subsetores 2001 2003 2004 2005 2006

Odontologia 29.050 39.718 54.292 63.626 64.476

Laboratório 6.678 11.993 15.659 25.750 30.916

Radiologia (Diagn. Imagem) 23.146 20.811 21.718 21.111 24.258

Equip. Médico-Hospitalares 12.948 19.097 24.286 31.660 40.756

Implantes 21.554 26.618 37.806 49.028 55.219

Materiais de Consumo 94.151 104.424 164.118 208.258 226.264

Total 187.527 222.661 317.879 398.436 441.889Fonte: ESTUDO IEMI/ABIMO, 2007

60

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

A ofensiva chinesa no mercado mundial e a estratégia de descen-•tralização dos grandes fabricantes têm sido as principais dificulda-des para melhorar a atuação no mercado externo.

As Tabelas 5, 6, 7 e 8 revelam que há significativas diferenças de comportamento entre os diversos subsetores.

Tabela 4 Importações de equipamentos em cinco países da América do Sul até 2005 (1000xUS$)

Países 2003 2004 2005 Variação (%)

Argentina 135.119 200106 271.137 101,00%Chile 160.228 215961 270.351 69,00%Colômbia 183.386 235611 321.150 76,00%Peru 59.510 79812 99.086 67,00%Venezuela 94.289 182045 292.803 210,00%Total 632.532 913.535 1.254.527 98,40%Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Tabela 5 Taxas de crescimento das importações por subsetor

SubsetorTaxa média

(2001-2006)

Taxa

(2005-2006)2006

Odontologia -2,20% 10,92% VARIAÇÃO (%)Laboratório 8,36% 19,94% 101,00%Radiologia 1,60% 25,90% 69,00%Equipamentos Médicos Hospitalares

6,93% 41,94% 76,00%

Implantes 25,17% 23,04% 67,00%Material de Consumo 14,78% 20,54% 210,00%Total 632.532 913.535 98,40%Fonte: ADAPTADO DAS INFORMAÇÕES SECEX/IEMI, 2006

Tabela 6 Taxas de crescimento das exportações por subsetor

Subsetor Taxa média (2001-2006)

Taxa (2005-2006) 2006

Odontologia 17,30% 1,33% VARIAÇÃO (%)Laboratório 35,90% 20,00% 101,00%Radiologia 0,90% 14,90% 69,00%Equipamentos Médicos Hospitalares

25,80% 28,73% 76,00%

Implantes 20,70% 15,00% 67,00%Material de Consumo 19,16% 8,65% 210,00%Total 632.532 913.535 98,40%Fonte: ADAPTADO DAS INFORMAÇÕES SECEX/IEMI, 2006

61

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

O subsetor de odontologia é o único superavitário. O subsetor Laboratório apresenta movimento exportador muito frágil frente à importação majoritária de reagentes para exames e de equipamentos

Tabela 7 Balança comercial brasileira dos subsetores, em 2006 (US$)

Todo o setor Exportação Importação Bal. Com.

Laboratórios 31.010.000 359.540.000 -328.530.000

Radiologia e imagem 24.240.000 381.080.000 -356.840.000

Equipamentos 41.510.000 237.430.000 -195.920.000

Material de consumo 229.690.000 329.650.000 -99.960.000

Implantes e equipamentos de reabilitação

55.210.000 265.960.000 -210.750.000

Odontológico 64.460.000 26.520.000 37.940.000

Total 446.120.000 1.600.180.000 -1.154.060.000

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Tabela 8 Balança comercial brasileira de equipamentos do setor, em 2006 (US$)

Equipamento Exportação Importação Bal. Com.

Equipamentos de Laboratórios

26.551.384 218.036.770 -191.395.386

Equipamentos de Radiologia e Imagem

6.237.239 262.479.274 -256.242.035

Equipamentos 39.604.339 236.172.522 -196.568.183

Equipamentos de Material de Consumo

10.154.124 19.562.363 -9.408.239

Equipamentos de Reabilitação

22.094.553 76.876.501 -54.781.948

Equipamentos Odontológicos

49.484.536 7.184.022 42.300.514

Total 154.126.175 820.311.452 -666.095.277

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

62

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

de alta complexidade. Já os subsetores de implantes e de insumos e material de consumo apresentam um dos menores déficits. A seguir, apresenta-se a análise mais detalhada de todos subsetores de EMHO.

3.1.3.1 Equipamentos e Subsetores

3.1.3.1.1 Laboratórios

Na Tabela 9, apresenta-se o mercado internacional do subsetor de Laboratórios, separado em países desenvolvidos e países em desenvolvimento. Estão expressos o volume total de Exportações (EXP) e Importações (IMP), a Balança Comercial (S. BAL), o Saldo Corrente (S.CTE) comercializado, e a evolução desse mercado de 2005 para 2006.

Segundo a Tabela 9, o subsetor apresentou forte crescimento nas exportações, porém com aumento em volume muito superior das importações dos países desenvolvidos, ampliando ainda mais o saldo negativo de sua balança comercial. Para os países em desenvolvimento, houve diminuição das exportações e ampliação das importações, reduzindo o saldo na balança comercial, mas permanece ainda com saldo favorável para as vendas aos países em desenvolvimento.

Tabela 9 Comércio em 2006 e evolução do subsetor de laboratórios 2005/2006 (mil US$)

Laboratórios em 2006 (mil US$) Evolução 05/06

Comércio EXP. IMP. S. BAL S. CTE EXP. IMP.

Países Desenvolvidos 12.112 343.545 -331.443 355.657 125,70% 18,80%

Países em Desenvolvimento 18.804 15.998 2.806 34.802 -8,10% 22,40%

Total 30.916 359.543 -328.637 390.459 19,70% 19,00%

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2007

63

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualNa análise geral do comércio do subsetor de Laboratórios,

observa-se bom crescimento nas exportações, muito próximo ao das importações, porém o volume do saldo da balança é muito desfavorável, evidenciando forte dependência do mercado internacional, principalmente dos países desenvolvidos.

No Anexo II, que contém todos os itens que compõem o subsetor, pode-se analisar com detalhes as informações da Tabela 9. Assim, apresentam-se o volume comercializado e a evolução de 2005 para 2006. Pode-se verificar ainda a relevância de cada item para o subsetor. Os seguintes destaques são dados a alguns itens:

Em 2006, nas cinco classes de Reagentes Utilizados em •Diagnósticos e Laboratório, as importações registraram US$ 9,06 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,22 milhões, resultando em um déficit no valor de US$ 8,84 milhões;A classe de Outros Reagentes de Diagnóstico ou de •Laboratório registrou importações no valor de US$ 111,63 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 2,99 milhões, representando um déficit de US$ 108,60 milhões. Com um crescimento de mais de 20% nas importações, em relação a 2005, e redução das exportações, esses produtos se constituem no coração desse subsetor. Novos reagentes condicionam as tecnologias dos equipamentos utilizados em exames para diagnósticos clínicos. A automatização dos equipamentos confere maior rapidez, integração e segurança para esses exames, resultando em maior competitividade dos laboratórios de análises clínicas.

A Tabela 10 indica os valores e os destinos das exportações por país e a origem das importações, em 2006, para outros reagentes de diagnóstico ou de laboratório.

64

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Os dados de artigos de laboratório ou de farmácia, de plásticos, em 2006, registram importações no valor de US$ 20,35 milhões enquanto as exportações alcançaram US$ 1,15 milhão, resultando em um déficit de US$ 19,20 milhões. Destes, mais de 80% das

Tabela 10 Origem das importações e destino das exportações de outros reagentes de diagnóstico ou do subsetor de laboratório, 2006

Países Exp. Imp. País Exp. Imp.

1º EUA 0,88 61,13 22º Irlanda 0 0,07

2º Alemanha 0 19,36 23º Israel 0 0,06

3ºReino Unido

0,05 11,08 24º Austrália 0 0,05

4º França 0,71 4,45 25ºCoréia do

Norte0 0,03

5º Dinamarca 0 2,47 26º Cingapura 0 0,02

6º Argentina 0,33 2,31 27º Chile 0,32 0,01

7º Suécia 0 2,29 28º Noruega 0 0,01

8º Áustria 0 1,64 29º Paraguai 0,19 0

9º Espanha 0 1,5 30º Colômbia 0,17 0

10º Holanda 0 1,32 31º Bolívia 0,07 0

11º China 0 0,85 32º Uruguai 0,07 0

12º Japão 0 0,65 33º Angola 0,03 0

13º Finlândia 0 0,51 34º Equador 0,03 0

14ºCoréia do Sul

0 0,49 35º Honduras 0,02 0

15º Itália 0 0,29 36º Peru 0,02 0

16ºÁfrica do Sul

0 0,26 37º Costa Rica 0,01 0

17º Suíça 0 0,24 38º El Salvador 0,01 0

18º Cuba 0,01 0,2 39º Guatemala 0,01 0

19º Canadá 0 0,15 40º Nicarágua 0,01 0

20º Bélgica 0 0,1 41º Venezuela 0,01 0

21º Taiwan 0,04 0,09

Total 2,99 111,63Fonte: Adaptado das informações SECEX/IEMI, 2006

65

importações são oriundas dos países desenvolvidos, indicando que o preço de mercado também não é a causa mais provável da grande importação. A explicação mais plausível para esse valor é a estratégia utilizada por grandes empresas em negociar pacotes de vendas, onde esses dispositivos estariam também englobados. O detalhamento das importações e exportações permite uma análise cuidadosa dessa dependência, como indica a Tabela 11.

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

Tabela 11 Origem das importações e destino das exportações para artigos de laboratório ou de farmácia, plástico, 2006

Países Exp. Imp. País Exp. Imp.1º EUA 0,11 10,74 19º Dinamarca 0 0,04

2º Alemanha 0,01 3,86 20º Austrália 0 0,02

3º França 0,01 1,14 21º Coréia do Sul

0 0,02

4º Itália 0,08 0,95 22º Israel 0,01 0,02

5º Suíça 0 0,9 23º Taiwan 0 0,02

6º China 0 0,72 24º Chile 0,06 0

7º Bélgica 0 0,53 25º Costa Rica 0,05 0

8º Índia 0 0,2 26º Paraguai 0,05 0

9º México 0,36 0,18 27º Bolívia 0,04 0

10º Japão 0 0,17 28º Guatemala 0,04 0

11º Holanda 0 0,17 29º Colômbia 0,03 0

12º Reino Unido

0 0,17 30º Peru 0,03 0

13º Irlanda 0 0,15 31º Arábia Saudita

0,02 0

14º Espanha 0 0,13 32º Venezuela 0,02 0

15º Canadá 0 0,06 33º Angola 0,01 0

16º Finlândia 0 0,06 34º Equador 0,01 0

17º Argentina 0,19 0,05 35º Uruguai 0,01 0

18º Suécia 0 0,05 36º Republica Dominicana

0,01 0

Total 1,15 20,35

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

66

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

As importações de outros banhos maria, manta laboratorial etc. alcançaram o valor de US$ 0,35 milhão, enquanto as exportações ficaram em US$ 0,28 milhão, resultando em um déficit de US$ 0,07 milhão. As importações tiveram origem na Argentina com US$ 0,12 milhão, e Estados Unidos, Alemanha e Itália, com cerca de US$ 0,07 milhão cada um. Por outro lado, as exportações foram destinadas, principalmente, a países da América do Sul, com destaque para o Chile, complementando o valor total com exportações para o Oriente Médio.

Centrifugadores para laboratórios de análises, ensaios e pesquisa científica tiveram importações da ordem de US$ 2,65 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,28 milhão, resultando em um déficit de US$ 2,37 milhões. No ranking das importações brasileiras, em 2006, da classe de centrifugadores, aparecem a França (US$ 0,93 milhão), Estados Unidos (US$ 0,86 milhão), Alemanha (US$ 0,25 milhão), Taiwan (US$ 0,16 milhão), China (US$ 0,11 milhão), Japão (US$ 0,10 milhão), complementados pela Suíça, Coréia do Sul, Espanha e Reino Unido. O principal destino das exportações foi a América do Sul, em seguinda os países em desenvolvimento da Ásia e América Central.

Para outros centrifugadores, em 2006, estes registraram importações no valor de US$ 20,67 milhões enquanto as exportações alcançaram o valor de US$ 4,93 milhões, resultando em um déficit de US$ 15,74 milhões. As importações dobraram de valor entre 2004 e 2006 e continuam fortemente concentradas nos países desenvolvidos, principalmente Alemanha, Itália e Estados Unidos. As exportações também dobraram de valor neste período, mas ainda concentradas nos países em desenvolvimento, principalmente o México. O detalhamento da origem das importações e destino das exportações de centrifugadores, em 2006, é mostrado na Tabela 12.

67

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

Tabela 12 Exportações e importações de outros centrifugadores, em 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

Alemanha 0 7,87

Itália 0 3,8

EUA 0,26 3,68

Suécia 0,05 2,03

Finlândia 0 0,91

Suíça 0 0,56

Japão 0 0.54

Índia 0 0,47

França 0 0,46

Dinamarca 0 0,2

Argentina 0,98 0,04

Malásia 0 0,03

Holanda 0,44 0,04

Canadá 0 0,02

Coréia do Sul 0 0,01

Espanha 0 0,01

México 2,22 0

Colômbia 0,28 0

Bolívia 0,21 0

Nigéria 0,2 0

Paraguai 0,09 0

Chile 0,07 0

Venezuela 0,06 0

Reino Unido 0,03 0

Continua

68

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Foram importados US$ 15,12 milhões de aparelhos para filtrar ou depurar água, contra exportação de US$ 18,55 milhões, resultando em um superávit de US$ 3,43 milhões, como indica a Tabela 13.

Tabela 12 Continuação

Angola 0,02 0

Peru 0,02 0

Total 4,93 20,13

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Tabela 13 Exportações e importações de aparelhos para filtrar ou depurar água, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

EUA 8,47 3,89

Argentina 2,5 0,82

Angola 1,8 0

Venezuela 1,27 0

Chile 0,9 0,02

Peru 0,68 0

Paraguai 0,45 0

Equador 0,43 0

Bolívia 0,42 0

Portugal 0,42 0

Colômbia 0,37 0

México 0,26 0,1

Uruguai 0,12 0

Nicarágua 0,08 0

África do Sul 0,06 0,03

El Salvador 0,05 0

Alemanha 0,03 1,05

Guatemala 0,03 0

Panamá 0,03 0

França 0 4,35

Continua

69

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

Foram importados US$ 13,33 milhões de cromatógrafos de fase gasosa, e nenhum valor exportado foi registrado, resultando em um déficit de US$ 13,33 milhões. As importações cresceram cerca de 30% em relação a 2005 e tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 8,1 milhões; China, com US$ 1,74 milhão; Japão, com US$ 1,39 milhão; Holanda, com US$ 1,24 milhão; Itália, com US$ 0,56 milhão; Alemanha, com US$ 0,19 milhão; seguidos da França, Bélgica e Austrália.

Os dados sobre cromatógrafos de fase líquida registraram impor-tações no valor de US$ 16,9 milhões e exportações de US$ 0,05 mi-lhão, resultando em um déficit de US$ 16,85 milhões. As importações tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 9,39 milhões; Japão, com US$ 3,47 milhões; Alemanha, com US$ 1,93 milhão; Reino Uni-do, com US$ 0,68 milhão; Suécia, com US$ 0,64 milhão; Suíça, com US$ 0,53 milhão; seguidos da França, Itália, Irlanda e Holanda. A ex-

Tabela 13 Continuação

Israel 0 1,22

Itália 0 1,15

Japão 0 0,58

Reino Unido 0 0,47

Holanda 0 0,29

China 0 0,28

Suécia 0 0,16

Espanha 0 0,14

Taiwan 0 0,14

Suíça 0 0,12

Hong Kong 0 0,09

Canadá 0 0,06

Tailândia 0 0,05

Outros 0,18 0,11

Total 18,55 15,12

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

70

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

portação de US$ 0,05 milhão foi destinada ao Japão, correspondendo a uma possível operação comercial interna de um grande fabricante.

Quanto a outros cromatógrafos, registraram-se importações no valor de US$ 1,71 milhão e pequena exportação de US$ 0,01 milhão, resultando em um déficit de US$ 1,7 milhão. As importações tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 0,79 milhão; Reino Unido, com US$ 0,58 milhão; Suíça, com US$ 0,15 milhão; Alemanha, com US$ 0,11 milhão; seguidos da Itália, Irlanda e Coréia do Sul.

Não houve trocas comerciais de aparelhos de eletroforese nos três últimos anos.

Os dados dos seqüenciadores automáticos de ADN por eletroforese registraram importações no valor de US$ 2,02 milhões e nenhuma exportação, resultando em um déficit de US$ 2,02 milhões. As importações tiveram origem nos EUA, com US$ 1,35 milhão; Japão, com US$ 0,32 milhão; Suécia, com US$ 0,12 milhão; França, com US$ 0,11 milhão; seguidos da Malásia e da Alemanha.

Para outros aparelhos de eletroforese foram registradas importações no valor de US$ 1,48 milhão e praticamente nenhum valor exportado, resultando em um déficit de US$ 1,48 milhão. As importações tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 0,85 milhão; Alemanha, com US$ 0,24 milhão; Suécia, com US$ 0,22 milhão; Reino Unido, com US$ 0,07 milhão; seguidos da China e da França.

Os dados de espectrômetros de emissão óptica (emissão atômica) tiveram importações no valor de US$ 7,37 milhões e exportações de US$ 0,02 milhão, resultando em um déficit de

71

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualUS$ 7,35 milhões. As importações tiveram origem na Alemanha,

com US$ 2,1 milhões; Suíça, com US$ 1,7 milhão; Austrália, com US$ 1,27 milhão; Estados Unidos, com US$ 1,13 milhão; Japão, com US$ 0,55 milhão; Reino Unido, com US$ 0,34 milhão; Itália, com US$ 0,11 milhão; seguidos da França, Canadá, Áustria e China. A exportação de US$ 0,02 milhão foi destinada à Suíça, correspondendo a uma possível operação comercial interna de um grande fabricante.

Dados de outros espectrômetros registraram importações no valor de US$ 8,35 milhões, e as exportações foram da ordem de US$ 0,02 milhão, resultando em um déficit de US$ 8,33 milhões. As importações tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 5,87 milhões; Alemanha, com US$ 0,66 milhão; Reino Unido, com US$ 0,64 milhão; França, com US$ 0,5 milhão; Japão, com US$ 0,48 milhão; Austrália, com US$ 0,11 milhão; seguidos da Áustria, Itália, Suécia e Suíça. A exportação de US$ 0,02 milhão foi destinada aos EUA, correspondendo a uma possível operação comercial interna de um grande fabricante.

Importaram-se US$ 12,76 milhões de espectrofotômetros, conforme Tabela 14, e exportou-se US$ 0,07 milhão, resultando em um déficit de US$ 12,69 milhões. Chama a atenção o fato de que as importações aumentaram mais de 50% em relação a 2005, com a particularidade de que, em relação aos países em desenvolvimento, o valor das importações aumentou 200%. Nesse caso, há maior diversidade nos países de origem das importações brasileiras de espectrofotômetros, repetindo a liderança dos Estados Unidos e Alemanha em equipamentos para laboratório, já caracterizada pelos números até aqui analisados, mas surgindo com destaque a Austrália, com uma importação de US$ 2 milhões.

72

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Evidentemente, os pequenos valores de exportações correspondem às operações comerciais internas de grandes fabricantes mundiais.

Os grupos de classificação espectrofotômetros de radiaçôes UV, visíveis e IV; espectrofotômetros de absorção atômica; espectrofotômetros de emissão óptica e outros espectrofotômetros, não registraram importações e exportações

Tabela 14 Importações e exportações de espectrofotômetros, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

EUA 0,02 5,07

Austrália 0 2

Alemanha 0 1,63

Japão 0 1,5

China 0 0,59

Reino Unido 0 0,45

Dinamarca 0 0.44

Suécia 0 0,39

Canadá 0 0,36

França 0 0,32

Suíça 0 0,16

Áustria 0 0,15

Holanda 0 0,05

Itália 0 0,04

Argentina 0 0,02

Índia 0 0,01

Israel 0 0,01

Malásia 0 0,01

Paraguai 0,03 0

Bolívia 0,01 0

Uruguai 0,01 0Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

73

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualnos três últimos anos. É possível que esses equipamentos tenham sido

alocados na classificação geral de espectrofotômetros, adotada pelo sistema AliceWeb/MDIC.

Foram importados US$ 8,27 milhões de colorímetros e exportados US$ 0,03 milhão, resultando em um déficit de US$ 8,24 milhões. Japão, Estados Unidos e Suíça lideram o ranking das importações brasileiras de colorímetros, como indica o detalhamento da Tabela 15.

Os fotômetros tiveram importações no valor de US$ 13,74 milhões e exportações de US$ 0,04 milhão, resultando em um déficit de US$ 13,7 milhões. Alemanha e Estados Unidos lideram o ranking das importações brasileiras de fotômetros, com mais de 80% do valor total, representados na Tabela 16.

Tabela 15 Importações e exportações de colorímetros, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

Japão 0,02 2,55

EUA 0 2,03

Suíça 0 1,25

Itália 0 0,86

Finlândia 0 0,78

Alemanha 0 0,31

Reino Unido 0 0.16

França 0 0,12

Holanda 0 0,12

Espanha 0,01 0,1

Áustria 0 0,06

Argentina 0 0,05

Hungria 0 0,02

Canadá 0 0,01

China 0 0,01Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

74

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Os dados sobre refratômetros apontam importações de US$ 2,03 milhões e exportações de US$ 0,39 milhão, resultando em um déficit de US$ 1,64 milhão. As importações tiveram origem no Reino Unido, com US$ 0,68 milhão; Japão, com US$ 0,49 milhão; Estados Unidos, com US$ 0,32 milhão; Alemanha, com US$ 0,17 milhão; Finlândia, com US$ 0,13 milhão; China, com US$ 0,11 milhão; seguidos da Itália, Suíça, Áustria e Suécia. A exportação de US$ 0,39 milhão foi destinada para a Venezuela, ou por um fabricante local ou por uma operação feita, do Brasil, por um fabricante mundial.

Para outros instrumentos e aparelhos que utilizam radiações ópticas as importações alcançaram US$ 16,65 milhões e as

Tabela 16 Importações e exportações de fotômetros, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

Alemanha 0 6,25

EUA 0 5,54

Suíça 0 0,67

Itália 0,01 0,34

Áustria 0 0,22

Holanda 0 0,22

China 0 0.16

França 0 0,16

Espanha 0 0,15

Japão 0 0,09

Coréia do Sul 0 0,03

Índia 0 0,03

Reino Unido 0 0,02

Noruega 0 0,01

Suécia 0 0,01

Angola 0,03 0

Total 0,04 13,74Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

75

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualexportações, US$ 0,59 milhão, resultando em um déficit de US$ 16,06

milhões. Também nessa classe de equipamentos, as importações tiveram notável crescimento, cerca de 60% em relação a 2005 e 150% em relação a 2004. Estados Unidos, Alemanha e Japão lideraram o ranking das importações, como mostra a Tabela 17.

Tabela 17 Importações e exportações de instrumentos e aparelhos que utilizaram radiações óticas, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

EUA 0,01 6,46

Alemanha 0 4

Japão 0 2,99

Reino Unido 0 0,65

Argentina 0,5 0,62

Cingapura 0 0,45

Canadá 0 0.27

França 0 0,22

Holanda 0 0,18

Espanha 0 0,17

Austrália 0 0,15

Finlândia 0 0,15

Suíça 0 0,14

Áustria 0 0,13

Itália 0 0,09

Suécia 0 0,09

China 0 0,07

Taiwan 0 0,03

Dinamarca 0 0,02

Israel 0 0,02

República Tcheca 0 0,02

Angola 0,04 0

Venezuela 0,04 0

Total 0,59 16,65Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

76

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Os dados de densitômetros, registraram importações no valor de US$ 0,42 milhão e US$ 0,01 milhão de exportações, resultando em um déficit de US$ 0,41 milhão. As importações tiveram origem nos Estados Unidos com US$ 0,25 milhão, seguido da Alemanha, Reino Unido e Suíça, com cerca de US$ 0,06 milhão cada um.

Os aparelhos medidores de PH importados somaram US$ 1,97 milhão, enquanto os exportados alcançaram o valor de US$ 0,04 milhão, resultando em um déficit de US$ 1,93 milhão. Apesar dos pequenos valores envolvidos, as importações cresceram mais de 100% em relação a 2005 e de 500% em relação a 2004. As importações tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 0,41 milhão; Alemanha, com US$ 0,4 milhão; Japão, com US$ 0,32 milhão; Suíça, com US$ 0,24 milhão; China, com US$ 0,15 milhão; seguidos da Holanda, México, Itália e Malásia.

Os dados consolidados de outros instrumentos e aparelhos para análise, ensaio, medida etc., indicados na Tabela 18, registraram importações no valor de US$ 69,62 milhões e exportações de US$ 1,23 milhão, resultando em um déficit de US$ 68,39 milhões. Parte substancial das importações é oriunda dos países desenvolvidos, reproduzindo, em certa medida, o desempenho das outras classes de equipamentos de laboratório analisadas. Nesse caso, os Estados Unidos lideram o ranking com US$ 31,44 milhões, enquanto a União Européia responde por US$ 22,5 milhões e o Japão, por US$ 7,22 milhões. Chama atenção o crescimento expressivo das importações dos países em desenvolvimento, com liderança da China, com US$ 2,49 milhões.

Foram importados US$ 1,25 milhão de micrótomos, e não houve exportação, resultando em um déficit de US$ 1,25 milhão. As importações tiveram origem na Alemanha, com US$ 0,94 milhão; Áustria, com US$ 0,24 milhão; seguidos dos Estados Unidos e China.

77

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualTabela 18 Origem das importações e destino das exportações de outros instrumentos e aparelhos para análise,

ensaio, medida, etc, 2006

Países Exp. Imp. País Exp. Imp.

1º EUA 0,14 31,44 23º México 0,39 0,14

2º Japão 0,02 7,22 24º Hungria 0 0,11

3º Alemanha 0 6,32 25º Argentina 0,02 0,1

4º França 0 5,22 26º Bélgica 0 0,1

5º Suíça 0,04 2,79 27º Taiwan 0 0,1

6º China 0,11 2,49 28ºCoréia do

Sul0 0,07

7ºReino Unido

0 2,35 29º Malásia 0 0,06

8º Holanda 0 1,53 30º Índia 0 0,04

9º Dinamarca 0,02 1,45 31º Romênia 0 0.04

10º Irlanda 0 1,36 32º Bulgária 0 0.03

11º Áustria 0 1,24 33º Hong Kong 0 0,03

12º Canadá 0 0,93 34º Cingapura 0 0,02

13º Finlândia 0 0,88 35º Angola 0,15 0

14º Suécia 0 0,84 36º Chile 0,05 0

15º Austrália 0 0,77 37º El Salvador 0,05 0

16º Itália 0,02 0,61 38º Venezuela 0,05 0

17º Noruega 0 0,36 39º Colômbia 0,04 0

18º Tailândia 0 0,27 40º Guatemala 0,03 0

19ºRepública Tcheca

0 0,23 41º Costa Rica 0,02 0

20º Rússia 0 0,22 42º Equador 0,02 0

21º Israel 0 0,18 43º Paraguai 0,01 0

22º Espanha 0,04 0,15 44º Peru 0,01 0

Total 1,23 69,62

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

78

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Por fim, a Tabela 19 resume as informações de importações e exportações do subsetor Laboratório em 2006.

Tabela 19 Resumo do subsetor de laboratórios, 2006 (milhões US$/FOB)

Item Exportações Importações Saldo

Reagentes utilizados em diagnósticos e outros reagentes de diagnóstico ou de laboratório

3,3 120,74 117,44

Artigos de laboratório ou de farmácia, de plásticos 1,17 20,85 19,68

Outros banhos maria, manta laboratorial, etc. 0,28 0,35 -0,07

Centrifugadores para laboratórios de análises, ensaios e pesquisa científica

0,28 2,65 -2,37

Outros centrifugadores 4,93 20,67 -15,74

Aparelhos para filtrar ou depurar água 18,55 15,12 3,43

Cromatógrafos de fase gasosa 0 13,33 -13,33

Cromatógrafos de fase líquida 0,05 16,9 -16,85

Outros cromatógrafos 0,01 1,71 -1,7

Seqüenciadores automáticos de ADN por eletroforese

0 2,02 -2,02

Outros aparelhos de eletroforese 0 1,48 -1,48

Espectrômetros de emissão óptica 0,02 7,37 -7,35

Outros espectrômetros 0,02 8,35 -8,33

Espectrofotômetros 0,07 13,2 -13,13

Colorímetros 0,03 8,43 -8,4

Fotômetros 0,04 13,9 -13,86

Refratômetros 0,39 2,03 -1,64

Outros instrumentos e aparelhos que utilizam radiações ópticas

0,59 17 -16,41

Densitômetros 0,01 0,42 -0,41

Aparelhos medidores de ph 0,04 1,97 -1,93

Outros instrumentos e aparelhos para análise, ensaio, medida, etc.

1,23 69,8 -68,57

Micrótomos 0.00 1,25 -1,25

Total 31,01 359,54 -328,53Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

79

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual3.1.3.1.2 Radiologia e Diagnóstico de Imagem

Na Tabela 20, apresenta-se o mercado internacional desse subsetor, separando os países desenvolvidos dos países em desenvolvimento. Estão expressos o volume total de Exportações e Importações, a Balança Comercial e o Saldo Corrente Comercializado, bem como a evolução desse mercado de 2005 para 2006.

A Tabela 20 demonstra nesse subsetor de radiologia e diagnóstico de imagem um forte crescimento das exportações, porém com aumento semelhante nas importações dos países desenvolvidos, volume muito superior nas vendas, ampliando ainda mais o saldo negativo na balança comercial. Para os países em desenvolvimento, houve aumento pequeno das exportações em comparação com o crescimento significativo das importações, deixando o saldo na balança comercial mais deficitário.

Na análise geral do comércio do subsetor de radiologia e diagnóstico de imagem, observa-se um bom crescimento nas exportações, porém muito inferior ao das importações. O volume do saldo da balança é muito desfavorável, mostrando a forte dependência do país ao mercado internacional, principalmente dos países Desenvolvidos e em forte crescimento dos países em Desenvolvimento.

No Anexo III, pode-se analisar com detalhes as informações da Tabela 20, que contém todos os itens que compõem o subsetor. Assim,

Tabela 20 Comércio em 2006 e evolução 2005/2006 do subsetor de radiologia e diagnóstico de imagem (mil US$)

Radiologia e Diagnóstico de Imagem em 2006 (mil US$) Evolução 05/06

COMÉRCIO EXP. IMP. S. BAL S. CTE EXP. IMP.

Países desenvolvidos 12869 334457 -321587 347326 26,40% 24,40%

Países em desenvolvimento 11388 46314 -34950 57702 4,20% 36,60%Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2007

80

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

apresentam-se o volume comercializado e a evolução de 2005 para 2006, podendo-se verificar a relevância de cada item.

Na análise do subsetor, apresentam-se, destaques de alguns itens: em materiais de consumo, as exportações de opacificantes para exames radiológicos cresceram em 2004 de US$ 3,1 milhões, para cerca de US$ 11,9 milhões em 2006. Em conseqüência, o déficit caiu no mesmo período de US$ 10,3 milhões para US$ 1,43 milhão. Tal fato deve ser analisado para identificar a origem das exportações, uma vez que as soluções opacificantes são utilizadas nos exames para diagnóstico de imagem com equipamentos de raios X. Como muitos desses equipamentos são importados, é preciso saber se as exportações são feitas do Brasil por algum dos grandes fabricantes mundiais ou de responsabilidade de fabricantes nacionais. Segundo alguns fabricantes de equipamentos, o mais provável é que se trate de reexportações1.

As importações de chapas e filmes subiram de US$ 42 milhões em 2004 para US$ 71,30 milhões em 2006. Ao mesmo tempo, o déficit subiu de US$ 29 milhões em 2004 para US$ 67,56 milhões em 2006. Parte substancial desse déficit é com os países desenvolvidos, sobretudo no item denominado “filmes para raios X com sensibilidade em duas faces, em rolos”, para o qual o valor das importações em 2006 alcançou US$ 27 milhões.

No item acessórios e peças de reposição, para suprir a necessidade de reposição de tubos de raios X, foram importados US$ 20,46 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,85 milhão, resultando em um déficit de US$ 19,61 milhões. Mais de 70% das importações tiveram origem nos Estados Unidos e Alemanha, o mesmo ocorrendo com o destino de 90% das exportações, o que revela operações comerciais de grandes fabricantes mundiais. O detalhamento da origem das importações e destino das exportações é mostrado na Tabela 21.

81

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

As necessidades de materiais de reposição e acessórios englobam também a aquisição de geradores de tensão para aparelhos de raios X, telas radiológicas e, principalmente, outras partes e acessórios para aparelhos de raios X.

Nas classes partes acessórias, geradores de tensão e telas radiológicas, as importações registraram US$ 13,20 milhões e as exportações US$ 1,53 milhões, resultando em um déficit de US$ 11,67 milhões. Cerca de 90% do valor das importações é

Tabela 21 Exportações e importações de tubos de raios X, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

EUA 0,65 9,38

Alemanha 0,13 6,17

China 0 1,27

França 0 1,14

Japão 0,01 1,09

Holanda 0,01 0,45

México 0,01 0.38

Suíça 0 0,15

Itália 0 0,12

Austrália 0,01 0,1

Índia 0 0,09

Bélgica 0 0,04

Espanha 0 0.02

Áustria 0 0.02

Reino Unido 0 0.02

Rússia 0 0.02

Venezuela 0.02 0

Colômbia 0.01 0

Total 0,85 20,46Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

82

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

referente a partes e acessórios de aparelhos de raios X incluindo, eventualmente, partes de outros aparelhos de radiação ionizante.

Os equipamentos de radiologia e diagnóstico de imagem estão fundamentados em tecnologias de diagnósticos de imagens por emissão de raios X e têm aplicação em extensa variedade de equipamentos com finalidades específicas: tomografia computadorizada, mamografia, angiografia, densitometria óssea e radiofotografia, além do uso nos processos de radioterapia.

Os aparelhos de tomografia computadorizada registraram, em 2006, importações no valor de US$ 47,72 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 2,53 milhões, resultando em um déficit de US$ 45,19 milhões. As importações brasileiras de tomógrafos tiveram origem nos Estados Unidos, com o valor de US$ 17,42 milhões, Japão (US$ 9,73 milhões), Alemanha (US$ 8,3 milhões), China (US$ 8,11 milhões), Israel (US$ 3,16 milhões), Itália (US$ 0,62 milhão), Holanda (US$ 0,36 milhão), e Espanha (US$ 0,02 milhão). Por outro lado, a exportação de tomógrafos, no valor de US$ 2,53 milhões, foi destinada à Bolívia, refletindo, possivelmente, a decisão de algum fabricante mundial de exportar a partir do Brasil, uma vez que não há fabricante nacional.

Os aparelhos de raios X para mamografia registraram importações no valor de US$ 6,6 milhões e exportações de US$ 0,08 milhão, resultando em um déficit de US$ 6,52 milhões. As importações de mamógrafos tiveram origem nos Estados Unidos com o valor de US$ 2,47 milhões, Alemanha, US$ 2,05 milhões, Finlândia, com US$ 1,62 milhão, e França, com o valor de US$ 0,46 milhão. Por outro lado, o pequeno valor de exportação foi destinado ao Canadá e Paraguai, provavelmente correspondendo a peças de reposição exportadas a partir do Brasil.

83

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualPara o caso de aparelhos de raios X para angiografia, também é forte a

dependência dos países desenvolvidos. As importações registraram US$ 16,08 milhões e as exportações US$ 0,08 milhão, resultando num déficit de US$ 16 milhões. As importações de equipamentos de raios X para an-giografia tiveram origem na Holanda, com US$ 11,22 milhões; Alemanha, com US$ 1,82 milhão; Japão, com US$ 1,24 milhão; França, com US$ 0,9 milhão, e China com US$ 0,89 milhão. As exportações, no valor de US$ 0,08 milhão, foram destinadas para Holanda, possivelmente refle-tindo transações comerciais internas de um grande fabricante mundial.

Também para os aparelhos de densitometria óssea, fundamentais para o diagnóstico de osteoporose, a dependência dos países desenvolvidos é total. As importações registraram US$ 2,06 milhões e não houve exportações, resultando em um déficit de US$ 2,06 milhões. As importações de equipamentos para diagnóstico de densitometria óssea tiveram origem nos Estados Unidos.

A seguir são apresentadas as informações comerciais sobre outros aparelhos de raios X para diagnóstico médico e cirúrgico e utilizados para radiofotografia e radioterapia, que envolvem três números da classificação NCM: 9022.14.19, 9022.14.90 e 9022.19.90 - outros aparelhos de raios X para diagnóstico médico e cirúrgico, veterinário e para radiografia e radioterapia.

As duas outras classes: 9022.14.19 – aparelhos de raios X para diagnóstico médico, cirúrgico e 9022.14.90 – outros aparelhos de raios X para diagnóstico médico, cirúrgico e veterinário apresentaram, em conjunto, importações de US$ 9,39 milhões e exportações de US$ 0,95 milhão, representando um déficit de US$ 8,44 milhões. Se por um lado o valor de importação desses produtos nos países desenvolvidos decresceu em 50% entre 2004 e 2006, por outro a importação dos países em desenvolvimento cresceu expressivamente no mesmo período, refletindo uma estratégia dos grandes fabricantes

84

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

mundiais de diversificação dos pólos de exportação, buscando vantagens fiscais e de força de trabalho de menor custo.

As exportações estão concentradas na classe de aparelhos de raios X de diagnóstico médico (NCM 9022.14.19) e se ampliou em 300% entre 2004 e 2006, sendo destinadas, essencialmente, aos países em desenvolvimento. Esse é um indicador de pequeno fortalecimento local, que pode ser analisado com maior cuidado a partir das informações da Tabela 22, que contém o detalhamento das origens das importações e destinos das exportações.

Tabela 22 Exportações e importações de outros aparelhos de raios X para diagnóstico médico cirúrgico, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

Alemanha 0 1,64

Japão 0 0,41

China 0 0,2

França 0 0,19

Espanha 0 0,15

Itália 0 0,1

EUA 0 0.04

Venezuela 0,45 0

Paraguai 0,12 0

Peru 0,07 0

Bolívia 0,06 0

Angola 0,03 0

México 0,03 0

República Dominicana 0,03 0

Jordânia 0,02 0

Argentina 0,01 0

El Salvador 0.01 0

Total 0,83 2,73Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

85

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualA classe, outros aparelhos de raios X para diagnóstico médico,

cirúrgico e veterinário apresentam valores expressivos de importação, detalhados na Tabela 23.

O fato notável é a entrada efetiva da China como um pólo de exportação de equipamentos de raios X de diagnóstico de imagem, fato que já foi verificado nas importações brasileiras de tomógrafos, em 2006. É provável que isto reflita ainda, apenas na implantação de plantas dos grandes fabricantes mundiais na China, mas isto deverá gerar no futuro a capacidade de desenvolvimento e produção destes equipamentos, a exemplo do que já ocorreu em outros setores industriais.

A Índia e Israel podem estar adotando estratégias semelhantes, como demonstram os respectivos valores de importações brasileiras oriundas destes países. A Alemanha ainda é o principal país da União Européia de origem das importações brasileiras de equipamentos de raios X de diagnóstico de imagem. Entretanto, os líderes mundiais têm diversificado seus pólos de exportação na Europa para além

Tabela 23 Exportações e importações de outros aparelhos de raios X para uso médico, cirúrgico e veterinário, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações ImportaçõesChina 0 2,13Índia 0 1,18Itália 0 1,08Alemanha 0,02 0,92EUA 0 0,63Israel 0 0,31Japão 0 0.31Espanha 0 0,06Canadá 0 0,02Chile 0,07 0Total 0,09 6,33Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

86

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

dos países onde se encontram suas matrizes (Alemanha e Holanda), principalmente para a França, Itália e Finlândia.

Nas classes do produto aparelhos especiais e outros dispositivos geradores de raios X, NCM 9022.90.19 e 9022.90.80, as importações registraram US$ 7,43 milhões e as exportações alcançaram US$ 0,01 milhão, resultando em um déficit de US$ 7,42 milhões. A classe outros aparelhos geradores de raios X, registrou, em 2006, importações no valor de US$ 1,58 milhão, originadas da Alemanha (US$ 1,08 milhão), Estados Unidos (US$ 0,26 milhão), Japão (US$ 0,08 milhão), e menores valores de Israel, Bélgica, Suécia e Finlândia. A classe outros dispositivos geradores de raios X registraram importações de US$ 5,84 milhões, originadas nos Estados Unidos (US$ 3,67 milhões), Alemanha (US$ 1,85 milhão), Coréia do Sul (US$ 0,1 milhão), e menores valores da Holanda, Japão, China e França.

Em 2006, os espectrômetros ou espectógrafos de raios X registraram importações de US$ 3,17 milhões e não houve exportações, resultando em um déficit de US$ 3,17 milhões. As importações tiveram origem no Japão (US$ 1,55 milhão), Holanda (US$ 0,94 milhão), Estados Unidos (US$ 0,36 milhão), Caribe (US$ 0,13 milhão), Alemanha (US$ 0,10 milhão) e Reino Unido (US$ 0,09 milhão).

Em 2006, as importações de aparelhos de raios X para radiofotografia e radioterapia registraram US$ 7,89 milhões e as exportações US$ 0,13 milhão, resultando em um déficit de US$ 7,76 milhões. A Tabela 24 detalha a origem das exportações em 2006.

Tabela 24 Exportações e importações de outros aparelhos de raios X para radiofotografia e radioterapia

Mercado ou País Exportações ImportaçõesAlemanha 0 2,51Itália 0 1,45EUA 0 1,4

Continua

87

Na Tabela 25, são consolidados os dados comerciais de insumos, acessórios e equipamentos de diagnóstico de imagem fundamentados na emissão de raios X.

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualTabela 24 Continuação

França 0 0,86Japão 0 0,68Reino Unido 0 0,37Holanda 0 0.23África do Sul 0 0,21Bélgica 0 0,18Colombia 0,13 0Bolívia 0,06 0Total 0,13 7,89Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Tabela 25 Equipamentos de raios X, acessórios e insumos, 2006 (milhões US$/FOB)

Equipamentos de Raios X, Acessórios e

InsumosExportações Importações Saldo

Preparações opacificantes para exames radiológicos

1,9 13,33 -1,43

Chapas e filmes de diferentes sensibilidades 3,74 71,3 -67,56

Tubos de raios X 0,85 20,46 -19,61Geradores de tensão, telas radiológicas e acessórios

1,53 13,2 -11,67

Aparelhos de tomografia computadorizada 2,53 47,72 -45,19

Aparelhos de diagnóstico para mamografia 0,08 6,6 -6,52

Aparelhos de diagnóstico para angiografia 0,08 16,08 -16Aparelhos de diagnóstico para densitometria óssea, computadorizados

0 2,06 - 2,06

Outros aparelhos de raios X para diagnóstico médico e cirúrgico, veterinário

0,95 9,39 - 8,44

Outros aparelhos e dispositivos geradores de raios X

0,01 7,43 -7,42

Espectrógrafos de raios X e espectrômetros 0 3,17 -3,17Outros aparelhos de raios X para radiofotografia e radioterapia

0,13 7,89 -7,76

Total 11,8 218,63 206,83Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

88

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Os equipamentos de diagnóstico de imagem com outras radiações ionizantes englobam aparelhos de radiação Alfa, Beta, Gama para uso médico e Câmaras Gama. O Brasil não importa, há mais de três anos, equipamentos de radiocobalto e equipamentos de gamaterapia.

As importações de Aparelhos de Radiação Alfa, Beta ou Gama e Câmaras Gama registraram o valor de US$ 12,6 milhões e não houve exportações, resultando em um déficit de US$ 12,6 milhões. Destacam-se: aparelhos de radiação alfa, beta e gama, com importações de US$ 7,4 milhões, e câmaras gama, com importações de US$ 4,29 milhões. As importações de aparelhos de radiação alfa, beta e gama tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 6,84 milhões; Alemanha, com US$ 0,46 milhão, e Holanda, com o valor de US$ 0,10 milhão. Já as importações de Câmaras Gama tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 2 milhões; Israel, com US$ 1,85 milhão; Dinamarca, com US$ 0,36 milhão e Hungria, com US$ 0,08 milhão.

Os equipamentos de diagnóstico de imagem por ultra-som compreendem os ecógrafos de análise espectral doppler, (NCM 9018.12.10), de maior impacto econômico, e os equipamentos de eletrodiagnóstico de varredura por ultra–som, (NCM 9018.12.90). As importações registraram US$ 69,05 milhões e as exportações alcançaram o pequeno valor de US$ 0,03 milhão, resultando em um déficit de US$ 69,02 milhões. Esse é o principal equipamento de diagnóstico de imagem por ultra-som, e o Brasil tem apresentado importações crescentes nos últimos anos. As importações cresceram de US$ 40,6 milhões em 2004 para US$ 69 milhões em 2006. A tecnologia de diagnóstico de imagem por ultra-som é largamente utilizada em todos os sistemas de saúde e tem evoluído significativamente nos últimos anos, principalmente em relação à resolução de imagem. Na Ásia, as lideranças são da Coréia do Sul e Japão, mas Índia e China já contam com produção local. Nas Américas, a competência está restrita

89

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualaos Estados Unidos e Canadá. Na Europa, os destaques são Áustria e

Noruega. Outro destaque é Israel, que também já tem produção local. A Tabela 26 detalha a origem das importações.

Em relação aos equipamentos de eletrodiagnóstico de varredura por ultra-som, em 2006, as importações registraram US$ 6,30 milhões e as exportações alcançaram o valor de US$ 0,38 milhões, resultando em um déficit de US$ 5,92 milhões. Estes equipamentos são de concepção tecnológica mais simplificada e já existe fabricação local, embora as importações tenham um valor expressivo.

Da mesma forma que em relação aos ecógrafos, a hegemonia do Japão, Estados Unidos, Áustria e Coréia do Sul, nas trocas comerciais de equipamentos de diagnóstico por varredura de ultra-som fica

Tabela 26 Importações e exportações de ecógrafos de análises espectral doppler, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações ImportaçõesEUA 0.03 18,28Coréia do Sul 0 18,19Japão 0 10,65Áustria 0 7,6Israel 0 4,93Canadá 0 2,51Noruega 0 2,08Índia 0 1,97China 0 1,44Itália 0 0,75Coréia do Norte 0 0,28Holanda 0 0,2Reino Unido 0 0,1Alemanha 0 0,05França 0 0,01Malásia 0 0,01Polônia 0 0,01Total 0,03 69,05Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

90

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

caracterizada na Tabela 27, que detalha a origem das importações e destinos das exportações em 2006.

Os equipamentos de diagnóstico por ressonância magnética registraram importações de US$ 74,5 milhões, enquanto as exportações alcançaram o valor de US$ 2,03 milhões, resultando em um déficit de US$ 72,47 milhões. As importações dobraram de valor entre 2004 e 2006, enquanto as exportações se mantiveram no patamar de US$ 2 milhões/ano. É provável que esse valor de exportação corresponda a transações comerciais intrafirmas de grandes fabricantes mundiais. A Tabela 28 mostra o detalhamento das importações e exportações.

Tabela 27 Importações e exportações de equipamentos de diagnóstico por varredura de ultra-som

Mercado ou País Exportações ImportaçõesEUA 0.29 1,75Japão 0 1,62Áustria 0 0,84Coréia do Sul 0 0,81Índia 0 0,31Alemanha 0,01 0,24Noruega 0 0,2Dinamarca 0 0,14Israel 0 0,09China 0 0,07Holanda 0 0,07Canadá 0 0,04Reino Unido 0 0,04França 0 0,03Coréia do Norte 0 0,02Austrália 0 0,01Cingapura 0 0,01Malásia 0 0,01Bolívia 0,05 0Paraguai 0,01 0Venezuela 0,01 0Total 0,37 6,3Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

91

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

O panorama das trocas comerciais desse subsetor, nos três últimos anos, indica a enorme dependência das importações de equipamentos e insumos por ele utilizados. Grandes fabricantes mundiais – SIEMENS, PHILIPS, GE e TOSHIBA – dominam o mercado mundial e têm adotado estratégia de descentralização, ou da produção ou de pólos de exportação, buscando vantagens competitivas. Isso tem ocorrido inclusive na China e na Índia, como pode ser observado pelos valores das importações de várias famílias de equipamentos.

Os equipamentos de diagnóstico de imagem fundamentados em tecnologias de raios X ainda representam o maior volume das importações brasileiras, mas há um crescimento dos equipamentos fundamentados em outras tecnologias, sobretudo de ultra-som.

Tabela 28 Exportações e importações de equipamentos de diagnósticos por ressonância magnética, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações ImportaçõesEUA 1,8 31,62Holanda 0,23 19,17Alemanha 0 16,25China 0 3,39Japão 0 2,31Finlândia 0 1,17Itália 0 0.31Dinamarca 0 0,07Israel 0 0,06Reino Unido 0 0,05Índia 0 0,03México 0 0,02França 0 0,01Suécia 0 0,01Total 2,03 74,47Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

92

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

O item de maior peso nas exportações é constituído pelas soluções opacificantes para exames radiológicos. Entretanto, segundo alguns fabricantes nacionais, esse valor deve ser atribuído a reexportações.

A Tabela 29 apresenta resumo das informações de importações e exportações de todo o subsetor de RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO DE IMAGEM.

3.1.3.1.3 Equipamentos Médico-Hospitalares

Para a finalidade de análise das importações e exportações, nesse subsetor são considerados como equipamentos para terapia, os que estabelecem troca de massa ou energia com os pacientes produzindo efeito fisiológico em um sentido amplo. São eles:

marcapasso cardíaco;•desfibrilador e cardioversor;•máquinas de hemodiálise;•ventilador pulmonar e máquina de anestesia;•

Tabela 29 Resumo do subsetor de radiologia e diagnóstico de imagem (milhões US$/FOB)

Item Exportações Importações Saldo

Equipamentos, acessórios e insumos de raios X

11,8 218,63 -206,83

Aparelhos de radiação alfa, beta ou gama para uso médico, e câmaras gama

0,00 12,60 - 12,60

Ecógrafos de análise espectral doppler 0,03 69,05 -69,02

Equipamentos de diagnóstico de varredura por ultra-som

0,37 6,3 -5,93

Equipamentos de diagnóstico de imagem por visualização de ressonância magnética

2,03 74,47 - 72,44

Total 14,23 381,05 -366,82Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

93

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualequipamentos de infusão e transfusão de sangue;•

incubadoras e berços aquecidos;•equipamentos de fototerapia;•equipamentos de fisioterapia (ultra-som, laser e estimuladores •elétricos);equipamento de diatermia;•equipamentos de monitoração.•

São excluídos os equipamentos cirúrgicos, os de reabilitação e acessibilidade e os de laboratórios, que estão sendo tratados separadamente.

Equipamentos de monitoração, e mesmo de diagnóstico, são freqüentemente utilizados no suporte a procedimentos de terapia. Assim, os números apresentados neste subsetor incorporam valores expressivos relativos a monitores que são comercializados em conjunto.

A seguir, apresenta-se na Tabela 30 o mercado internacional desse subsetor, juntamente com sua balança comercial, separados em primeiro lugar para os países desenvolvidos e em seguida para os países em desenvolvimento. Estão expressos o volume total de exportações e importações, a balança comercial e o saldo corrente comercializado, bem como a evolução desse mercado de 2005 para 2006.

Analisando a Tabela 30, observa-se que o subsetor apresentou fortíssimo crescimento nas exportações, porém com aumento grande nas importações dos países desenvolvidos, que apresentam volume muito superior nas vendas, ampliando ainda mais o saldo negativo na balança comercial. Para os países em desenvolvimento, ocorreu aumento das exportações em comparação com o crescimento elevado das importações, deixando o saldo na balança comercial favorável para esse conjunto de países.

94

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Na análise geral do comércio do subsetor, observa-se significativo crescimento nas exportações, porém inferior ao elevado crescimento das importações. O volume do saldo da balança é muito desfavorável, mostrando a dependência do país ao mercado internacional, principalmente dos países desenvolvidos. No Anexo IV, é possível analisar com detalhes as informações da Tabela 30, apresentada com todos os itens que compõem o subsetor de equipamentos médicos e hospitalares. Assim, são apresentados o volume comercializado e a evolução de 2005 para 2006, bem como a relevância de cada item para o subsetor. Da análise do subsetor, apresentam-se a seguir os destaques de itens.

Os esterilizadores médicos, cirúrgicos ou de laboratório registraram importações de US$ 1,16 milhão, enquanto as exportações alcançaram US$ 2,13 milhões, resultando em um superávit de US$ 0,97 milhão. Tiveram como principal destino a União Européia, principalmente a Itália, com US$ 0,81 milhão, e os países da América do Sul, com US$ 0,76 milhão; com destaque para a Colômbia. As importações tiveram como origem os EUA, com US$ 1,01 milhão; e a União Européia, com US$ 0,16 milhão.

Os outros esterilizadores tiveram importações no valor de US$ 4,67 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,75 milhão, resultando em um déficit de US$ 3,92 milhões. Tiveram como principal

Tabela 30 Comércio em 2006 e evolução 2005/2006 do subsetor de equipamentos médico-hospitalares, 2006 (mil US$)

Equipamentos EMH em 2006 (mil US$) Evolução 05/06Comércio EXP IMP S. BAL S. CTE EXP. IMP.Países desenvolvidos

10145 213830 -203684 223975 68,00% 40,20%

Países em desenvolvimento

31334 23562 7772 54896 21,20% 38,50%

Total 41479 237392 -195912 278871 30,10% 40,00%Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2007

95

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualdestino o México, com o valor de US$ 0,3 milhão; Alemanha, com

US$ 0,2 milhão, e Chile, com US$ 0,1 milhão. As importações tiveram origem na Suécia, com US$ 2 milhões; Itália, com US$ 1,14 milhão; Alemanha, com US$ 0,61 milhão; Finlândia, com US$ 0,34 milhão; Argentina, com US$ 0,22 milhão; Canadá, com US$ 0,15 milhão, e Estados Unidos, com US$ 0,14 milhão.

As cadeiras de rodas sem propulsão e outras cadeiras de rodas registraram importações no valor de US$ 0,66 milhão e exportações de US$ 0,28 milhão, resultando em um déficit de US$ 0,38 milhão. No item cadeiras sem propulsão, as exportações superam ligeiramente as importações. Entretanto, para as demais cadeiras de rodas, não há exportações em 2006 e importações de US$ 0,45 milhão. Nesse item, as importações brasileiras têm origem, principalmente, nos Estados Unidos, com US$ 0,37 milhão. Por outro lado, as exportações de cadeiras de rodas sem mecanismo de propulsão destinaram-se quase que exclusivamente aos países da América do Sul, com US$ 0,24 milhão, com destaque para a Argentina, com US$ 0,14 milhão.

Os microscópios óticos estereoscópicos registraram importações no valor de US$ 2,22 milhões, enquanto as exportações alcançaram o valor de US$ 1,25 milhão; resultando em um déficit de US$ 0,97 milhão. As exportações brasileiras tiveram como principais destinos os Estados Unidos, com US$ 0,5 milhão; Turquia, com US$ 0,2 milhão; Venezuela, com US$ 0,13 milhão, e Tailândia, com US$ 0,1 milhão. Por outro lado, as importações tiveram origem na Alemanha, com US$ 1,01 milhão; Japão, com US$ 0,48 milhão; Suíça, com US$ 0,37 milhão; seguidos do Canadá, China e Estados Unidos, com US$ 0,1 milhão cada um.

Os microscópios para fotomicrografia registraram importações no valor de US$ 1,11 milhão e exportações inexpressivas, resultando em um déficit de US$ 1,11 milhão. As importações tiveram origem na Alemanha,

96

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

com um valor de US$ 0,53 milhão; Japão, com US$ 0,3 milhão, seguidos da China e Estados Unidos, com US$ 0,1 milhão cada um.

Os microscópios óticos binoculares de platina móvel registraram importações de US$ 8,53 milhões, e as exportações alcançaram um valor inexpressivo, resultando em um déficit de US$ 8,53 milhões. As importações tiveram origem nas Filipinas, com um valor de US$ 2,78 milhões; China, com US$ 1,9 milhão; Alemanha, com US$ 1,63 milhão; Japão, com US$ 1,18 milhão; Estados Unidos, com US$ 0,77 milhão, e Reino Unido, com US$ 0,18 milhão.

A classe de outros microscópios óticos registrou importações de US$ 4,61 milhões, e as exportações alcançaram o valor de US$ 0,34 milhão, resultando em um déficit de US$ 4,27 milhões. As importações tiveram origem na Alemanha, com um valor de US$ 2,39 milhões; Japão, com US$ 1 milhão; EUA, com US$ 0,38 milhão; Itália, com US$ 0,21 milhão; China, com US$ 0,2 milhão; Rússia, com US$ 0,18 milhão, e Suíça, com US$ 0,1 milhão. Na composição do valor das importações das quatro classes de microscópios, a dependência das importações está concentrada nas classes de Microscópios óticos binoculares de platina móvel e Outros microscópios óticos que, juntas, respondem por cerca de US$ 13,15 milhões de importações em 2006. Embora a ABIMO consolide os dados destas classes de produtos dentro do setor, é provável que a maior parte dos microscópios no Brasil seja utilizada em outros segmentos industriais, como o de alimentos, e nas atividades de ensino e pesquisa. Na Tabela 31, são indicados os valores e origem das importações brasileiras desses produtos.

A monitoração de parâmetros fisiológicos e sinais vitais de pacientes é utilizada em quase todos os procedimentos médicos e hospitalares, incluindo cirurgias, processos de recuperação, terapias específicas e diagnósticos. Mais recentemente, também em programas de saúde preventiva com atendimento residencial. A Tabela 32 indica, em ordem alfabética, os principais fabricantes de equipamentos de monitoração,

97

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualno Brasil e no mundo, e os respectivos estados e países onde estão

situados.

As grandes corporações transnacionais integram a relação de fabricantes mundiais de equipamentos de monitoração e investem vultosos recursos em P&D, o que torna o mercado altamente competitivo. Além disso, comercializam os equipamentos de monitoração como componente de um sistema, tendência também adotada pelos principais fabricantes nacionais. Assim, é raro encontrar empresas que fabricam exclusivamente equipamentos de monitoração. Normalmente, o foco da empresa é outro, e a linha de produção de monitores complementa o produto principal.

Por esse motivo, é difícil obter informações de importação e exportação de equipamentos de monitoração a partir das informações oficiais do MDIC. De acordo com os principais fabricantes, os maiores valores são encontrados na classificação outros aparelhos de eletrodiagnóstico. Entretanto, parte não desprezível da comercialização

Tabela 31 Importações de microscópios óticos binoculares de platina móvel e outros microscópios óticos, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Importações

Alemanha 4,02

Filipinas 2,8

Japão 2,18

China 2,1

EUA 1,15

Itália 0,21

Rússia 0,2

Reino Unido 0,2

Suíça 0,1

Canadá 0,1

Total 13,06Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

98

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

desses equipamentos é alocada no grupo outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirúrgica, etc. Ocorre que, nesse grupo, talvez por razões tributárias ou inexistência de classificação específica, são alocados inúmeros tipos de equipamentos e mesmo instrumental cirúrgico. Os principais são: instrumental cirúrgico, berços aquecidos, fototerapias, equipamentos de fisioterapia, focos cirúrgicos e uma parte dos equipamentos de monitoração. Com essa ressalva, as informações comerciais dos equipamentos de monitoração e partes constitutivas estão concentradas na análise a seguir.

As importações, em 2006, de equipamentos de monitoração e medição de parâmetros fisiológicos registraram o valor de US$ 17,2 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,43 milhão, resultando em um déficit de US$ 16,77 milhões.

Tabela 32 Principais fabricantes de equipamentos de monitoração no Brasil e no mundo

No Brasil No Mundo

Fabricante Cidade/Estado Fabricante PaísAnamed Manaus – AM Artema Mec DinamarcaBraile Biomédica São José do Rio Preto – SP Biocare TailândiaCmos Drake Belo Horizonte - MG Card Guard Survival IsraelDixtal São Paulo – SP Criticare Systems EUAFund. Adib Jatene São Paulo – SP Datascope EUAIntermed São Paulo – SP Datex - Ohmeda FinlândiaInstramed Porto Alegre – RS Dräger EUAJG Moriya São Paulo – SP GE EUAK Takaoka São Paulo – SP Invivo EUAOmnimed Belo Horizonte - MG Marquette EUAProtec São Paulo – SP Mediana Coréia do SulTEB São Paulo – SP Medrad EUATransform – ECAFIX São Paulo – SP Nellcor EUATransmai São Paulo – SP Nihon Kohden JapãoVentura São José do Rio Preto – SP Nihon Seim Japão

Omron JapãoPhillips Holanda

Continua

99

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualTabela 32 Continuação

Shenzhen Mindray ChinaSiemens Alemanha

Spacelabs Medical EUATrivirix Irlanda

Welch Allyn EUAFonte: CGEE, 2006

Tiveram como origem os Estados Unidos, com US$ 6,91 milhões; Alemanha, com US$ 6,21 milhões; Finlândia, com US$ 1,66 milhão; Dinamarca, com US$ 0,63 milhão; China, com US$ 0,56 milhão; Japão, com US$ 0,5 milhão; Holanda, com US$ 0,23 milhão; Taiwan, com US$ 0,15 milhão, e México, com US$ 0,1 milhão. Por outro lado, as exportações brasileiras tiveram como destino os países da América do Sul, com US$ 0,3 milhão, com destaque para a Bolívia, além do México e Angola.

No grupo partes de aparelhos para eletro diagnóstico estão concentradas informações comerciais sobre peças de reposição, sensores e outras partes de equipamentos de monitoração. É possível que os valores agreguem números relativos a peças de reposição de outros equipamentos. As importações dessa classe de produto registraram US$ 17,76 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,93 milhão, resultando em um déficit de US$ 16,83 milhões. O detalhamento das importações de componentes de equipamentos reflete a existência de uma estrutura descentralizada dos grandes fabricantes mundiais que operam no mercado de equipamentos de monitoração. Assim, em 2006, as importações tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 7,44 milhões; Japão, com US$ 3,39 milhões; Coréia do Sul, com US$ 1,55 milhão; Alemanha, com US$ 1,38 milhão; China, com US$ 1,1 milhão; Holanda, com US$ 0,77 milhão; Reino Unido, com US$ 0,5 milhão; Israel, com US$ 0,38 milhão; Finlândia, com US$ 0,18 milhão; Noruega, com US$ 0,17 milhão; Dinamarca, com US$ 0,14 milhão, e Índia, com US$ 0,13 milhão. Por outro lado, as exportações tiveram como destino os Estados Unidos, com o valor

100

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

de US$ 0,61 milhão; Holanda, com US$ 0,21 milhão e Alemanha, com US$ 0,1 milhão.

Para eletrocardiógrafos as importações registraram US$ 1,37 milhão, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,12 milhão, resultando em um déficit de US$ 1,25 milhão. Tiveram origem em Israel, com US$ 0,51 milhão; Alemanha, com US$ 0,27 milhão; Estados Unidos, com US$ 0,23 milhão; Itália, com US$ 0,2 milhão, e Suíça, com o valor de US$ 0,12 milhão. Por outro lado, as exportações tiveram como destino apenas dois países: Bolívia, com US$ 0,07 milhão, e Estados Unidos, com US$ 0,05 milhão. Agregando aos valores anteriores, os números alcançados representam uma estimativa dos valores das trocas comerciais para equipamentos de monitoração, eletrocardiógrafos e partes de equipamentos. As importações registraram US$ 36,33 milhões e as exportações alcançaram US$ 1,48 milhão, resultando em um déficit de US$ 34,85 milhões.

Por um lado, estes valores podem estar superestimados por agregarem pequenos valores correspondentes a outros equipamentos. Por outro lado, podem estar subestimados porque alguns exportadores e importadores alocam valores comerciais de monitores no grupo geral “Outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, etc.”

As importações de cardiodesfibriladores automáticos registraram importações de US$ 12,76 milhões e tiveram origem nos países desenvolvidos. As exportações alcançaram US$ 1,1 milhão, resultando em um déficit de US$ 11,66 milhões. A Tabela 33 detalha as origens das importações e destinos das exportações.

Tabela 33 Exportação e importação de cardiodesfibriladores automáticos, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações ImportaçõesEUA 0 5,63Alemanha 0,07 3,71

Continua

101

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

As importações de desfibriladores externos automáticos registraram importações de US$ 2,09 milhões e tiveram origem nos países desenvolvidos. As exportações alcançaram US$ 0,09 milhão, resultando em um déficit de US$ 2 milhões. Tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 1,91 milhão, e Alemanha, com US$ 0,1 milhão. A única exportação ocorreu em abril de 2006, com o valor de US$ 0,09 milhão, para a Bolívia.

A mencionada dificuldade para exportar os desfibriladores nacionais é corroborada pelos dados das trocas comerciais. Entretanto, a demanda interna por esses equipamentos é bem superior às importações, o que é indicativo de que os fabricantes nacionais atendem grande parte da demanda interna, embora com equipamentos de menor desenvolvimento tecnológico.

Os valores de importações e exportações relativos aos insumos utilizados nos processos de hemodiálise e diálise peritonial, tais como outros hemodializadores e hemodializador tipo capilar, foram considerados no subsetor de materiais de consumo. Assim, no subsetor de equipamentos, são considerados os valores relativos aos rins artificiais e aparelhos de osmose reversa.

As importações de aparelhos de osmose reversa registraram o valor de US$ 3,14 milhões, e as exportações alcançaram valor inexpressivo,

Tabela 33 ContinuaçãoSuíça 0 2,87Japão 0 0,55Venezuela 0.65 0Cuba 0,22 0Bolivia 0.03 0Chile 0,02 0México 0,02 0Total 1,01 12,76Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

102

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

resultando em um déficit de US$ 3,13 milhões. A Tabela 34 indica a origem das importações.

As importações de máquinas de hemodiálise alcançaram o valor de US$ 12,2 milhões e tiveram origem na Alemanha, com US$ 5,66 milhões; Suécia, com US$ 4,17 milhões; Japão, com US$ 1,54 milhão; e Itália, com US$ 0,84 milhão. Outro fato relevante é que as importações desses equipamentos aumentaram cerca de 300% no período de 2004 a 2006, refletindo tanto a retomada de investimentos como o encerramento das atividades de um fabricante nacional. Vale ressaltar que as máquinas de hemodiálise representam uma pequena parte dos custos envolvidos em Terapia Renal Substitutiva. Além desse item, são utilizados dialisadores capilares, que em 2006 representaram US$ 11,5 milhões em importações, equipamentos de osmose reversa, acessórios e, principalmente, soluções de diálise.

Na família de respiradores artificiais e máquinas de anestesia são incluídos os ventiladores pulmonares, as máquinas de anestesia, misturadores de gases e umidificadores. A rigor, os principais equipamentos desempenham funções mais abrangentes do que

Tabela 34 Importações de aparelhos de osmose reversa, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Importações

Argentina 1,44

EUA 1,02

Alemanha 0,29

Itália 0,24

Taiwan 0,07

Suécia 0,04

Japão 0,03

Total 3,13Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

103

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualprocedimentos de terapia médica rotineiros, sendo utilizados durante

procedimentos cirúrgicos e no suporte à vida em UTIs. Do ponto de vista das informações comerciais e tomando por base a classificação do Mercado Comum do Sul - Mercosul, essa família é coberta pelas seguintes classes: (i) aparelhos de oxigenoterapia, (ii) aparelhos de aerossolterapia, (iii) respiratórios de reanimação, (iv) respiradores automáticos – pulmões de aço, (v) aparelhos de ozonoterapia e (vi) outros de terapia respiratória e outros aparelhos respiratórios.

As importações agregadas das seis classes desse equipamento registraram o valor de US$ 27,63 milhões e as exportações alcançaram US$ 7,68 milhões, resultando em um déficit na balança comercial de US$ 19,95 milhões. O detalhamento dos valores de exportação e importação para cada classe de produto e respectivos destinos e origens são indicados na Tabela 35.

Tabela 35 Exportações e importações de aparelhos de oxigenoterapia (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações ImportaçõesEUA 0,02 4,1Alemanha 0,04 3,82Argentina 0,01 2,53Suécia 0 0,45Austrália 0 0.28Nova Zelândia 0 0,27Rússia 0 0.06Suíça 0 0,02Reino Unido 0 0,02Marrocos 0,11 0Colômbia 0,07 0Índia 0.03 0Venezuela 0.03 0Egito 0,02 0Paraguai 0,02 0Paquistão 0,02 0Uruguai 0,02 0Total 0,39 11,55Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

104

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

A análise dos números apresentados nas Tabelas 36 e 37 revelam alguns elementos importantes do comportamento deste mercado. O Brasil dispõe de fabricantes de respiradores e máquinas de anestesia com padrão tecnológico competitivo no mercado internacional e consolidou, a partir de 2002, um patamar de exportações sustentável e crescente para os países em desenvolvimento. Entretanto, persiste a dificuldade de acesso aos países desenvolvidos, para os quais nossas exportações vêm decrescendo.

Tabela 36 Exportações e importações de respiratórios de reanimação (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

México 0,77 0

Rússia 0,55 0

Indonésia 0,24 0

Argentina 0,14 0

Índia 0,11 0

África do Sul 0,1 0

Cuba 0,06 0

Bolivia 0,05 0

Turquia 0,05 0

Angola 0,04 0

Egito 0,02 0

Equador 0.02 0

República Dominicana 0.02 0

Marrocos 0,02 0

Peru 0,02 0

Emirados Árabes 0,02 0

Suíça 0 0,22

Nova Zelândia 0 0,04

Alemanha 0,02 0,02

EUA 0 0,02

Taiwan 0 0,01

Total 2,25 0,31Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

105

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualTabela 37 Exportações e importações de respiradores automáticos

(pulmões de aço), 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

Bolívia 0,83 0

Turquia 0,52 0

Rússia 0,51 0

Índia 0,44 0

Colômbia 0,23 0

Letônia 0,15 0

Equador 0,13 0

Peru 0,12 0

México 0,12 0

Argentina 0,05 0

Ucrânia 0,04 0

Síria 0,03 0

EUA 0.03 0.03

Líbia 0.03 0

Bulgária 0.02 0

Jordânia 0,02 0

Líbano 0,02 0

Paquistão 0,02 0

Tailândia 0,02 0

Arábia Saudita 0,01 0

El Salvador 0,01 0

Guatemala 0,01 0

Honduras 0,01 0

Indonésia 0,01 0

Nicarágua 0,01 0

Paraguai 0,01 0

Venezuela 0,01 0

Suécia 0 4,02

Alemanha 0 0,76

Total 3,41 4,81Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

106

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Em síntese, nos últimos anos, a indústria nacional tem apresentado crescimento das exportações em relação aos países em desenvolvimento, ainda que o superávit comercial em relação a esses países venha se mantendo estável (US$ 4,5 milhões em 2006), em virtude do crescimento expressivo das importações em relação aos países em desenvolvimento nos últimos três anos (US$ 0,23 milhão em 2004 para US$ 2,85 milhões em 2006).

Tabela 38 Exportações e importações de aparelhos de ozonoterapia e outros de terapia respiratória, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

Bolívia 0,25 0

Cuba 0,18 0

Rússia 0,13 0

Angola 0,11 0

Colômbia 0,1 0

África do Sul 0,06 0

Alemanha 0,04 0

Argentina 0,03 0

Espanha 0,02 0

Peru 0,02 0

Turquia 0,02 0

EUA 0.01 2,7

Irlanda 0 1,72

Reino Unido 0 0,28

França 0 0,2

Itália 0 0,19

Suécia 0 0,13

Austrália 0 0,04

Nova Zelândia 0 0,03

Malásia 0 0,02

Taiwan 0 0,02

Hong Kong 0 0,01

Total 0,98 5,34Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

107

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

As exportações são puxadas pelos equipamentos de ventilação, uma vez que as máquinas de anestesia apresentam frágil desempenho no mercado externo, além de estarem perdendo espaço no mercado interno para as importações dos países desenvolvidos e, em 2006, para as dos países em desenvolvimento.

Nesse sentido, chama a atenção o início de importações de equipamentos de oxigenoterapia da Argentina, registrando um valor

Tabela 39 Exportações e importações de outros aparelhos respiratórios, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

EUA 0,04 3,48

Reino Unido 0 0,66

Alemanha 0 0,57

França 0,02 0,4

México 0 0,1

África do Sul 0 0,08

Itália 0 0.05

Austrália 0 0,04

China 0 0,03

Holanda 0 0,03

Noruega 0 0,01

Coréia 0 0,01

Polônia 0 0,01

Suécia 0 0,01

Cingapura 0,07 0

Canadá 0,04 0

Venezuela 0,02 0

Angola 0,01 0

Argentina 0,01 0

Bolívia 0,01 0

Equador 0,01 0

Total 0,23 5,48Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

108

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

de US$ 2,43 milhões em 2006. Isso pode estar refletindo uma mudança de estratégia de comercialização de grandes fabricantes mundiais que operam neste mercado, seja pela diversificação de pólos de exportação ou pela implantação de novas plantas industriais, buscando vantagens competitivas regionais. Este fato deve ser analisado, pois pode afetar o desempenho das exportações brasileiras na América do Sul, que alcançou, em 2006, o valor de US$ 2,20 milhões.

No ranking das exportações brasileiras de ventiladores pulmonares e máquinas de anestesia, aparecem com destaque a Bolívia, com US$ 1,20 milhão; Rússia, US$ 1,15 milhão; México com US$ 0,90 milhão; Turquia, com US$ 0,54 milhão; e a Índia, com US$ 0,5 milhão. Por ou-tro lado, as importações dos países desenvolvidos, principalmente EUA, Suécia e Alemanha, cresceram cerca de 90% entre 2004 e 2006, atin-gindo, em 2006, o montante de US$ 24,80 milhões. Esses números pro-vavelmente incorporam valores de equipamentos de monitoração que, em muitas situações, compõem os sistemas de ventilação pulmonar. Há fabricantes nacionais e estrangeiros que utilizam nas exportações e im-portações de ventiladores pulmonares e máquinas de anestesia o núme-ro Mercosul NCM 9018.90.99 – outros instrumentos e aparelhos para medicina e cirurgia, decorrendo deste fato que os valores obti-dos no sistema Aliceweb do MDIC provavelmente estão subestimados.

O segmento de neonatologia foi estruturado no Brasil há mais de trinta anos e conta com fabricantes nacionais, com destaque para a Fanem, Olidef e Gigante, que têm incorporado tecnologia a seus produtos e aumentado a participação de seus produtos nos mercados interno e externo. Os produtos que melhor caracterizam o subsetor são as incubadoras para recém nascidos, berços aquecidos e equipamentos de fototerapia.

As informações de exportação e importação sobre incubadoras foram obtidas na classe NCM 9018.90.91. Entretanto, as relativas aos berços

109

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualaquecidos e equipamentos de fototerapia são lançadas pelas empresas

em uma classe ampla: NCM 9018.90.99 – Outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia e etc., sendo difícil desagregar dos valores globais deste código, as contribuições específicas de berços e fototerapias. Os números indicam a consolidação das exportações brasileiras de incubadoras para vários mercados, inclusive de países desenvolvidos. Em 2006, as exportações alcançaram o valor de US$ 8,16 milhões enquanto as importações registraram US$ 0,06 milhão resultando em um superávit de US$ 8,1 milhões.

A análise detalhada destas informações permite concluir que há uma distribuição bastante equilibrada no destino de nossas exportações de incubadoras, como indica o resumo relativo ao ano de 2006 representado nas Tabelas 40 e 41.

Tabela 40 Destino das exportações e origem das importações de incubadoras (US$/FOB)

País Exportações Importações País Exportações Importações

1º Rússia 1131458 28º Paquistão 64.554

2º Turquia 742.407 29º Quênia 61.040

3º México 702.185 30º Malásia 55.040

4º África do Sul 635.052 31º Uruguai 49.545

5º Venezuela 506.150 32º Sri Lanka 45.847

6º Arábia Saudita 500.355 33º Cazaquistão 42.320

7º Grécia 346.811 34º El Salvador 40.707

8º EUA 315.685 31306 35º Chile 40.061

9º Equador 244.958 36º Nicarágua 37.895

10º Colômbia 239.554 37ºCoréia do

Norte30.520

11º Peru 214.681 38º Portugal 29.170

12º Argélia 211.453 39º Espanha 26.295

13º Irã 209.446 40º Paraguai 24.481

14ºRepública

Dominicana 170.634 41º Iêmen 23.283

Continua

110

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Segundo informações obtidas junto a fabricantes nacionais, o desempenho de exportações com berços aquecidos e equipamentos

Tabela 40 Continuação

15º Emirados Árabes 159.230 42º Vietnã 22.045

16º Egito 140.029 43º Maldivas 21.800

17º Haiti 120.714 44º Holanda 21.493

18º Guatemala 118.829 45º Coréia do Sul 17.440

19º Bangladesh 106.819 46º Iraque 16.361

20º Ucrânia 95.109 47º Coveite 8.637

21º Tailândia 89.335 48º Iugoslávia 7.438

22º Jordânia 83.237 49ºNova

Caledônia 7.207

23º Alemanha 77.198 17757 50º Angola 6.190

24º Bolívia 76.626 51º Panamá 3.951

25º Líbano 74.485 52º França 3.544

26º Indonésia 74.402 53º Israel 2.474

27º Reino Unido 66.576 54º Argentina 0 14630

Total 8.162.616 63.693Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Tabela 41 Exportações de incubadoras no ano de 2006

Mercado ou País Valor US$ (FOB)

África 1053764

América do Sul (principalmente COLÔMBIA)

1396056

México 702185

CEI 1268887

Oriente Médio 1077508

América Central 683750

UE (principalmente Grécia) 571087

Ásia 527662

EUA 315685

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

111

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualde fototerapia não seguem o mesmo padrão, sendo inferior ao das

incubadoras. Ainda segundo os fabricantes, o valor das exportações de incubadoras é atualmente superior ao obtido com as vendas no mercado interno. Como as importações são inexpressivas, o mercado interno é suprido pelas empresas situadas no Brasil.

Os fabricantes de equipamentos de fisioterapia estão organizados como um subsetor dentro da ABIMO. A abrangência desse subsetor, considerada em um sentido amplo, envolveria equipamentos utilizados em inúmeros processos de reabilitação, reeducação motora e de funções fisiológicas. Nesse contexto, o fisioterapeuta atua sob a orientação do médico especializado na maioria das situações. Os Quadros 2 e 3 apresentam os principais fabricantes no Brasil e no mundo.

Quadro 2 Principais fabricantes no Brasil de equipamentos médico-hospitalares

Fabricante Cidade/Estado Estimuladores Ultra-somOndas

curtasMicroondas Laser

Advice Master Rio de Janeiro-RJ X X

Bioset Rio Claro–SP X X X X

Carci São Paulo–SP X X X X

DGM Santo André–SP X X X X

HTM Eletrônica

Amparo–SP X X X X

Ibramed Amparo–SP X X X

KLD Amparo–SP X X

Kroman São Paulo-SP X X X X

KW Eletrônica Amparo–SP X X

Medcir São Paulo-SP X X X

MM Optics São Carlos-SP X

Quark Piracicaba–SP X X

Transmai São Paulo-SP X

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

112

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Com relação às informações comerciais, o subsetor avalia que as exportações brasileiras alcancem valores da ordem de US$ 1,5 milhão, que são alocados na classe outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, etc., exceto nos casos de parte dos equipamentos de diatermia, que nos três últimos anos registrou exportações inferiores a US$ 0,03 milhão.

Os equipamentos de diagnóstico de imagem, de adoção mais recente no Sistema de Saúde no Brasil, começam a revelar um impacto importante nas importações. As informações comerciais sobre o equipamento scanner de tomografia por emissão de positrons ilustram essa situação. Esses equipamentos tiveram suas importações quintuplicadas entre 2004 e 2006, representando, em 2006, um déficit de US$ 7,0 milhões, com a particularidade que o total das importações é proveniente dos Estados Unidos.

Duas observações importantes envolvendo equipamentos de medicina nuclear: a partir de 2004, o país deixou de importar equipamentos de rádio cobalto de uso médico – bomba de cobalto. Há mais de

Quadro 3 Fabricantes mundiais de equipamentos médico-hospitalares

Outros fabricantes mundiais

Fabricante Cidade/Estado Estimuladores Ultra-somOndas

curtasMicroondas Laser

Body Clock Reino Unido XChattanooga EUA X X X XEnraf Nonius Holanda X X X XHomeTech Tailândia X XMediatea Argentina X X X XMettler EUA X X X XPagani Itália X X X X XPMI EUA XRedPlane Suíça XThor Reino Unido XFonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

113

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualtrês anos as importações de equipamentos de cintilografia registram

valores pequenos.

A classe outros equipamentos de cintilografia registrou US$ 0,1 milhão de importações e nenhum valor exportado, representando um déficit de US$ 0,10 milhão. Aparentemente, foram importações isoladas com origem na Hungria, de US$ 0,07 milhão e Estados Unidos US$ 0,03 milhão.

Os dispositivos e aparelhos utilizados para audição são considerados no subsetor de implantes e equipamentos de reabilitação. Os números correspondentes a aparelhos e partes para facilitar a audição demonstram a completa dependência das importações nesta área, registrando, em 2006, o valor de US$ 34,00 milhões. Os números relativos aos audiômetros complementam o desempenho comercial de dispositivos médicos para audição.

As importações de audiômetros registraram US$ 0,9 milhão, e as exportações foram inexpressivas, resultando em um déficit de US$ 0,9 milhão. Tiveram como principais países de origem a Dinamarca, com o valor de US$ 0,53 milhão, e os Estados Unidos, com US$ 0,2 milhão.

Os dispositivos médicos da área de oftalmologia são considerados neste subsetor de equipamentos, exceto classe de Lentes Intra-ocula-res, cujos dados comerciais são considerados no subsetor de implantes e alcançaram, em 2006, US$ 11,5 milhões de importações e US$ 1,55 milhões de exportações. As tabelas seguintes consideram três classes de produtos: outros aparelhos de raios ultravioleta ou infraver-melho, microscópios binoculares para cirurgia oftalmológica e outros instrumentos e aparelhos para oftalmologia. É prová-vel que parte dos aparelhos para cirurgia que operam por laser seja destinada para oftalmologia, mas suas informações comerciais serão consideradas em conjunto com os demais equipamentos cirúrgicos.

114

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

A classe outros aparelhos de raios ultravioleta e infravermeho registrou importações de US$ 1,41 milhão e as exportações alcançaram US$ 0,18 milhão, resultando em um déficit de US$ 1,23 milhão. Tiveram como principal país de origem a Alemanha, com o valor de US$ 0,93 milhão.

A classe microscópios binoculares para cirurgia oftalmológica registrou importações de US$ 1,48 milhão, e as exportações alcançaram US$ 0,44 milhão, resultando em um déficit de US$ 1,04 milhão. Tiveram como principais países de origem a Alemanha, com o valor de US$ 1,11 milhão, e a Suíça, com US$ 0,35 milhão. Por outro lado, os principais destinos de nossas exportações foram a Austrália, com o valor de US$ 0,13 milhão, os países da América do Sul, com US$ 0,11 milhão, e os Estados Unidos, com aproximadamente US$ 0,1 milhão.

Para a classe outros instrumentos e aparelhos de oftalmologia registra-se importações de US$ 12,90 milhões e as exportações alcançaram US$ 0,64 milhões, resultando em um déficit de US$ 12,26 milhões. Parte substancial das importações tem origem nos Estados Unidos (85%), Alemanha e Japão. A Tabela 42 detalha os dados comerciais de importação e exportação, em 2006, para esta classe de produto.

Tabela 42 Exportações e importações de outros instrumentos e aparelhos de oftalmologia

Mercado ou País Exportações Importações

EUA 0,13 10,23

Alemanha 0 0,89

Japão 0 0,59

Suíça 0 0,31

Holanda 0 0,27

Continua

115

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

A classe aparelhos para terapia intra-uretral por microondas registrou importações de US$ 0,04 milhão e nenhuma exportação, resultando em um déficit de US$ 0,04 milhão. As importações tiveram origem na França e nos Estados Unidos, com metade do valor para cada país.

Ainda, a classe aparelhos de mecanoterapia, de massagem, de psicotécnica alcançou exportações no valor de US$ 4,33 milhões, enquanto as importações registraram US$ 1,42 milhão, resultando em um superávit de US$ 2,91 milhões. A Tabela 43 detalha os dados comerciais de importação e exportação para essa classe de produto.

Tabela 42 Continuação

França 0 0,15

Coréia do Sul 0 0.14

Porto Rico 0 0,1

China 0 0,1

Austrália 0,17 0,07

Reino Unido 0,01 0,03

Índia 0,03 0,02

Peru 0,05 0

México 0,06 0

Venezuela 0,05 0

Argentina 0,03 0

Turquia 0,03 0

Uruguai 0,02 0

Angola 0,01 0

Bolívia 0,01 0

Líbano 0,01 0

Tailândia 0,01 0

Total 0,62 12,9

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

116

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Tabela 43 Exportações e importações de aparelhos de mecanoterapia, massagem e psicotécnica, no ano de 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

EUA 3,13 0,21

Paraguai 0,22 0

Uruguai 0,15 0

Trinidad e Tobago 0,12 0

El Salvador 0,1 0

Equador 0,08 0

Bolívia 0,06 0

Venezuela 0,05 0

Portugal 0.05 0

Angola 0,04 0

Chile 0,04 0

Grécia 0,04 0

Honduras 0,04 0

Argentina 0,03 0,02

Panamá 0,03 0

Colômbia 0,02 0

Nicarágua 0,02 0

Turquia 0,02 0

África do Sul 0,01 0

Gâmbia 0,01 0

México 0,01 0

Nigéria 0,01 0

China 0 0,55

Hong Kong 0 0,39

Espanha 0 0,07

Reino Unido 0 0,06

Israel 0,01 0,05

Itália 0 0,02

Suíça 0 0,02

Total 4,3 1,4Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

117

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualQuanto aos equipamentos médico-hospitalares utilizados em

processos cirúrgicos, apresentam-se a seguir os destaques de alguns itens. A endoscopia é uma modalidade de diagnóstico muito abrangente, compreendendo diversas utilizações, equipamentos e acessórios. Os modelos de maior valor agregado são os equipamentos eletrônicos utilizados para a prática de vídeo-endoscopia. Os principais fabricantes no Brasil e no mundo são mencionados nas Tabelas 44 e 45.

A empresa brasileira Endoview foi a primeira empresa latino-americana a produzir endoscópios. Essa empresa oferece no mercado sistemas de endoscopia completos (endoscópio, processador de imagem e fonte de luz) além de equipamentos auxiliares como o insuflador de CO2 e a bomba de sucção/injeção. As demais empresas locais têm enfoque nas fontes de luz e outros equipamentos auxiliares. No caso da H. Strattner a empresa representa no Brasil fabricantes mundiais

Tabela 44 Principais fabricantes no Brasil de equipamentos médico-hospitalares em processos cirúrgicos

Fabricante Cidade/Estado Fonte de LuzProcessador de

vídeoCateteres

Endoview Recife – PE X X XH. Strattner Rio de Janeiro – RJ XKomlux Campinas – SP XFonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Tabela 45 Principais fabricantes mundiais de equipamentos médico-hospitalares em processos cirúrgicos

Fabricante Cidade/Estado Fonte de Luz Processador de vídeo Cateteres

ACMI EUA X X XASAP Alemanha X XFujinon Japão X X XKarl Storz Alemanha XOlympus Japão X X XPentax Japão X X XRichard Wolf Alemanha X X XStryker EUA X X XFonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

118

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

de sistemas de endoscopia, de forma a complementar o grupo de produtos que oferece ao mercado.

Aparentemente, os equipamentos nacionais concorrem em igualdade com as grandes multinacionais asiáticas e européias no mercado nacional e internacional, principalmente a Endoview. Os produtos têm menores custos que os importados, mas com qualidade equivalente ou até superior em alguns casos. As diferenças no preço final do produto chegam a 30% ou mais, quando se analisam os gastos com manutenção e suprimentos.

No ano de 2006, a classe endoscópios tipo NCM 9018.19.10 registrou importações no valor de US$ 8,96 milhões, enquanto as exportações alcançaram um valor inexpressivo, resultando em um déficit de US$ 8,96 milhões. As importações tiveram como origem o Japão, com US$ 7,51 milhões; Alemanha, com US$ 0,71 milhão; EUA US$ 0,44 milhão, e Israel, com US$ 0,23 milhão, refletindo a hegemonia de empresas de tecnologias de imagem, nascidas no Japão.

No ano de 2006, a classe endoscópios do tipo NCM 9018.90.94 registrou importações no valor de US$ 1,95 milhão enquanto as exportações alcançaram um valor inexpressivo, resultando em um déficit de US$ 1,95 milhão. As importações em 2006 tiveram como origem os Estados Unidos com o valor de US$ 1,40 milhões e a Alemanha com US$ 0,55 milhão.

A classe de produtos aparelhos para cirurgia que operem por laser envolve os bisturis cirúrgicos a laser e equipamentos considerados cirúrgicos para procedimentos de oftalmologia.

No ano de 2006, a classe aparelhos para cirurgia que operem por laser registrou importações no valor de US$ 3,76 milhões

119

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualenquanto as exportações alcançaram um valor inexpressivo,

resultando em um déficit de US$ 3,76 milhões. As importações em 2006 tiveram como origem os Estados Unidos US$ 2,29 milhões, Alemanha US$ 1,25 milhão, Austrália US$ 0,10 milhão e a Suíça com US$ 0,10 milhão.

No ano de 2006, a classe bisturis elétricos registrou importações no valor de US$ 1,39 milhões enquanto as exportações alcançaram US$ 0,65 milhões, resultando em um déficit de US$ 0,74 milhões.

A Tabela 46 detalha os dados comerciais de importação e exportação no ano de 2006 para esta classe de produto.

Tabela 46 Exportações e importações de bisturis elétricos, no ano de 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações Importações

China 0,20 0

México 0,16 0

Venezuela 0,07 0

Alemanha 0,05 0,03

Eua 0,03 1,03

Paraguai 0,03 0

Tailândia 0,03 0

Angola 0,02 0

Nicarágua 0.02 0

Índia 0,02 0

Rússia 0,01 0

França 0 0,17

Espanha 0 0,07

Dinamarca 0 0,06

Japão 0 0,02Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

120

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

A classe outros bisturis registrou importações no valor de US$ 2,18 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,02 milhão, resultando em um déficit de US$ 2,16 milhões. As importações tiveram origem na China, com US$ 0,8 milhão; Estados Unidos, com US$ 0,73 milhão; Japão, com US$ 0,6 milhão, e Alemanha, com US$ 0,05 milhão.

As classes litotritores por onda de choque, litótomos e outros litotritores registraram importações no valor de US$ 1,6 milhão e não houve exportações, resultando em um déficit também de US$ 1,6 milhão. O fato marcante na classe de litotritores é que as importações quadruplicaram de valor em relação a 2005 e tiveram como origem a Alemanha, com US$ 1,06 milhão; Israel, com US$ 0,4 milhão; Suíça, com US$ 0,07 milhão, e EUA, com US$ 0,03 milhão.

Mesas para operação cirúrgica são utilizadas para acomodação do paciente durante intervenção ou procedimento cirúrgico de pequeno, médio e grande porte, permitindo ao cirurgião posicioná-lo de acordo com a necessidade de cada tipo de cirurgia e da técnica a ser empregada. Os principais fabricantes no Brasil e no mundo são mencionados nas Tabelas 47 e 48.

Tabela 47 Principais fabricantes no Brasil de mesas cirúrgicas

Fabricante Cidade Estado

Baumer Mogi Mirim SP

Ortosíntese São Paulo SP

Mercedes-IMEC São Paulo SP

Sismatec Curitiba PR

Synamed São Paulo SP

Barrfab Caxias do Sul RS

KSS São José dos Pinhais PR

Cimed Porto Alegre RSFonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

121

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

As mesas cirúrgicas nacionais têm custo inferior às similares importadas e menor valor agregado. De maneira geral, as mesas cirúrgicas importadas utilizam microprocessadores, componentes certificados, controles remotos sem fio, manutenção técnica remota, materiais mais leves e resistentes, como a fibra de carbono, além de alguns tipos de movimentos que ainda não foram desenvolvidos nas mesas de fabricação nacional.

A norma brasileira aplicável a esses equipamentos é a NBR IEC 60601-2-46, que se encontra na mesma versão da norma International Electrotechnical Commission (IEC). Atualmente, existe capacitação laboratorial no Brasil para realização dos ensaios necessários para certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e

Tabela 48 Principais fabricantes mundiais de mesas cirúrgicas

Fabricante País

Maquet Alemanha

Schaerer Alemanha

Trumpf Alemanha

Amsco Estados Unidos

Shampaine Estados Unidos

Skytron Alemanha

Midmark Estados Unidos

Dixons Reino Unido

Enco Republica Tcheca

Jorg & John Alemanha

Biçakcilar Turquia

UFSF Alemanha

Eschmann Reino Unido

Brumada Alemanha

ACM China

Medin BielorrussiaFonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

122

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Qualidade Industrial (INMETRO). Entretanto, como a certificação é voluntária, poucos fabricantes a possuem.

A classe mesas para operação cirúrgica registrou importações - exclusivamente dos países desenvolvidos - no valor de US$ 4,76 milhões, e as exportações alcançaram o valor de US$ 0,9 milhão, resultando em um déficit de US$ 3,86 milhões. As importações duplicaram de valor em relação a 2005, enquanto as exportações se mantiveram no mesmo patamar. A Tabela 49 detalha os dados comerciais de importação e exportação para essa classe de produto.

Tabela 49 Exportações e importações de mesas cirúrgicas (milhões US$/FOB)

Fabricante Cidade EstadoVenezuela 0,32 0

Rússia 0,1 0África do Sul 0,07 0

Cuba 0,06 0Emirados Árabes 0,04 0

Equador 0,04 0Paraguai 0,04 0Angola 0,03 0

Nicarágua 0.03 0Chile 0,02 0

Colômbia 0,02 0EUA 0.02 0,41

México 0.02 0Peru 0,02 0

Bolívia 0,01 0Egito 0,01 0

Honduras 0,01 0Holanda 0,01 0Panamá 0,01 0Uruguai 0,01 0

Alemanha 0 4,04Suécia 0 0,24Japão 0 0,07

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

123

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

A classe outros mobiliários para medicina, cirurgia e odontologia registrou importações no valor de US$ 1,22 milhão, e as exportações alcançaram US$ 1,88 milhão, resultando em um superávit de US$ 0,66 milhão. No caso de mobiliário hospitalar, as exportações são distribuídas com destaque para os países da América do Sul e para o México. A Tabela 51 detalha os dados comerciais de importação e exportação para essa classe de produto.

Tabela 50 Exportações e importações de camas hospitalares (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações ImportaçõesTailândia 0,3 0Bolívia 0,22 0México 0,1 0República Dominicana 0,04 0Nicarágua 0,02 0Reino Unido 0,02 0Angola 0,01 0Chile 0,01 0Peru 0.01 0Rússia 0,01 0Ucrânia 0,01 0Canadá 0 2,28EUA 0 1China 0 0,51Alemanha 0 0,38Taiwan 0 0,35Coréia do Sul 0 0,02Total 0,75 4,54Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Tabela 51 Exportações e importações de outros mobiliários para medicina, cirurgia e odontologia, no ano de 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou País Exportações ImportaçõesVenezuela 0,26 0México 0,24 0Chile 0,14 0Equador 0,14 0

Continua

124

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Tabela 51 ContinuaçãoAngola 0,12 0Arábia Saudita 0,12 0EUA 0,12 0,91Porto Rico 0,07 0Bolívia 0.05 0Argentina 0,04 0,05Cingapura 0,04 0África do Sul 0,03 0Colômbia 0,03 0Costa Rica 0,03 0Emirados Árabes 0,03 0Irã 0,03 0Jamaica 0,03 0Malásia 0,03 0Nicarágua 0,03 0Canadá 0,02 0Croácia 0,02 0Cuba 0,02 0Indonésia 0,02 0Portugal 0,02 0Rússia 0,02 0Egito 0,01 0Espanha 0,01 0,01Honduras 0,01 0Israel 0,01 0Peru 0,01 0Paraguai 0,01 0Reino Unido 0,01 0República Dominicana 0,01 0Uruguai 0,01 0Alemanha 0 0,12Japão 0 0,03China 0 0,02França 0 0,02Holanda 0 0,02Total 1,79 1,18Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

125

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

De maneira geral, o preço no mercado dos focos cirúrgicos nacionais é inferior aos importados. As principais diferenças recaem sobre os materiais e recursos óticos utilizados: focos nacionais são normalmente fabricados com polímeros ou alumínio e utilizam lâmpadas halógenas, enquanto parte dos focos importados já utilizam estrutura de fibra de carbono e muitos já têm sistema ótico com base em LED, tendência já reconhecida pelos fabricantes nacionais, pois o LED tem vida útil

Tabela 52 Principais fabricantes no Brasil de foco cirúrgico

Fabricante Cidade EstadoBaumer Mogi Mirim SP

Ortosíntese São Paulo SPInpromed Curitiba PRSismatec Curitiba PR

Mark Should Goiania GOAsclepios São Paulo SP

KSS São José dos Pinhais PRCMOS Drake Belo Horizonte MG

Remac Rio de Janeiro RJFonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Tabela 53 Principais fabricantes mundiais de foco cirúrgico

Fabricante PaísMaquet AlemanhaTrumpf Alemanha

Brandon Medical Reino UnidoDräger Alemanha

Hela Force ChinaDerungs SuíçaBiçakcilar Turquia

Gerbüder Martin AlemanhaHeraeus AlemanhaSpahn Alemanha

Midmark Estados UnidosDRE Estados UnidosACM China

Siemens AlemanhaFonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

126

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

muito superior à das lâmpadas halógenas, consome quantidade menor de energia e permite ajuste de cor e intensidade de acordo com a configuração mais adequada ao procedimento cirúrgico específico.

O preço desses equipamentos pode variar de R$ 3 mil a R$ 80 mil, dependendo dos recursos existentes e, segundo fabricantes locais, há um déficit de 2.500 equipamentos no Brasil, sem levar em conta que muitas unidades instaladas são obsoletas, quando não se encontram danificadas.

Com relação à regulamentação técnica, os focos cirúrgicos são considerados equipamento de baixo risco, não havendo exigência de certificação antes da colocação no mercado.

O Brasil dispõe de capacitação laboratorial para a realização de ensaios necessários a uma eventual certificação INMETRO; nesse caso, só será utilizada a norma brasileira geral NBR IEC 60.601-1, uma vez que ainda não há norma particular específica para os focos cirúrgicos.

As importações da classe outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, etc., registraram US$ 64,64 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 8,46 milhões, resultando em um déficit de US$ 56,18 milhões nos itens contemplados no grupo. Em relação a 2005, as importações aumentaram mais de 40%, enquanto as exportações cresceram menos de 15%, elevando em 33% o déficit nessa classe de produto.

O detalhamento da origem das importações e destino das exportações dessa classe de produto, mostrado na Tabela 54, não revela informações sobre a natureza dos equipamentos e dispositivos comercializados. Entretanto, traz informações que confirmam a hipótese anteriormente mencionada de que algumas corporações vêm mudando a estratégia de comercialização, passando a diversificar seus pólos de exportação.

127

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualIsso se confirma pelas importações da Colômbia (US$ 3,29 milhões),

Paquistão (US$ 2,21 milhões) e República Dominicana (US$ 1,58 milhão), países que não contam com fabricantes nacionais de produtos dessa classificação.

Tabela 54 Destino das exportações e origem das importações de outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, etc, no ano de 2006

País Exportações Importações País Exportações Importações

1º Venezuela 0,82 0 31º Espanha 0,04 0,05

2º México 0,78 0,08 32º Itália 0,04 0,98

3º Argentina 0,74 0,14 33º Holanda 0,04 0,31

4º Colômbia 0,47 3,29 34ºRepública

Dominicana0,04 1,58

5º Alemanha 0,44 12 35º Egito 0,03 0,04

6º França 0,42 0,86 36º Finlândia 0,03 2,81

7º Angola 0,38 0 37º Honduras 0,03 0

8º Rússia 0,38 0 38º Malásia 0,03 0

9º Peru 0,35 0 39º Reino Unido 0,03 0,9

10º EUA 0,28 31,24 40º Cingapura 0,02 0

11º Chile 0,27 0 41ºEmirados

Árabes0,02 0

12º Equador 0,27 0 42º Grécia 0,02 0

13º Cuba 0,26 0 43º Índia 0,02 0,05

14º Bolívia 0,22 0 44º Outros 0.16 0,03

15º Haiti 0,21 0 45º Paquistão 0 2,21

16º Turquia 0,21 0,02 46º Suíça 0 1,21

17º Tailândia 0,18 0,12 47º Suécia 0 1,02

18º Uruguai 0,15 0,31 48º Japão 0 0,87

19º Bélgica 0,14 0 49º Canadá 0 0,83

20º Guatemala 0,14 0 50º China 0 0,69

Continua

128

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

No Quadro 4, há um breve resumo dos números desse subsetor.

Tabela 54 Continuação

21º Marrocos 0,14 0 51º Dinamarca 0 0,63

22º Taiwan 0,13 0,01 52º Irlanda 0 0,59

23º Sudão 0,12 0 53º Porto Rico 0 0,47

24º Paraguai 0,1 0 54º Portugal 0 0,45

25º Cazaquistão 0,07 0 55º Áustria 0 0,3

26º Arábia Saudita 0,06 0 56º Coréia do Sul 0 0,19

27º Irã 0,06 0 57º Israel 0 0,1

28º El Salvador 0,05 0 58º Costa Rica 0 0,09

29º África do Sul 0,04 0 59º Filipinas 0 0,04

30º Austrália 0,04 0,01 60º Polônia 0 0,04

Total 8,46 64,56Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Quadro 4 Resumo do subsetor de equipamentos médico-hospitalares, no ano de 2006 (milhões US$/FOB)

Item Exportações Importações SaldoEsterilizadores médicos, cirúrgicos e outros esterilizadores

(02 classes)2,88 5,83 -2,95

Cadeiras de rodas 0,28 0,66 -0,38Microscópios óticos (04 classes) 1,59 16,47 -14,88

Equipamentos de monitoração e medição de parâmetros fisiológicos

0,43 17,2 -16,77

Partes de aparelhos de eletrodiagnóstico 0,93 17,76 -16,83Eletrocardiógrafos 0,12 1,37 -1,25

Cardiodesfibriladores automáticos 1,1 12,76 -11,66Desfibriladores externos automáticos 0,09 2,09 -2

Aparelhos de osmose reversa 0 3,14 -3,14Rins artificiais 0 12,2 -12,2

Respiradores, máquinas de anestesia (06 classes) 7,68 27,63 -19,95Incubadoras para recém-nascidos 8,16 0,06 8,1

Scanner de tomografia, emissão de positrons 0 7 -7Outros equipamentos de cintilografia 0 0,1 -0,1

Audiômetros 0 0,9 -0,9Outros aparelhos de raios ultravioleta e infravermelho 0,18 1,41 -1,23

Continua

129

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualQuadro 4 Continuação

Microscópios binoculares para cirurgia oftalmológica 0,44 1,48 -1,04Outros instrumentos e aparelhos de oftalmologia 0,64 12,9 -12,26

Aparelhos para terapia intra-uretral por microondas 0 0,04 -0,04Aparelhos de mecanoterapia, de massagem, de psicotécnica 4,33 1,42 2,91

Endoscópios 0 8,96 -8,96Endocoscópios 0 1,95 -1,95

Aparelhos para cirurgia que operem por laser 0 3,76 -3,76Bisturis elétricos 0,65 1,39 -0,74Outros bisturis 0,02 2,18 -2,16

Litotritores por onda de choque, litótomos e outros litotritores (02 classes)

0 1,6 -1,6

Mesas para operação cirúrgica 0,9 4,76 -3,86Camas dotadas de mecanismos para usos clínicos 0,75 4,55 -3,8

Outros mobiliários para medicina, cirurgia e odontologia 1,88 1,22 0,66Outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia,

etc.8,46 64,64 -56,18

Total 41,51 237,43 -195,92Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

3.1.3.1.4 Implantes e Reabilitação

Este subsetor compreende produtos médicos ativos e não ativos destinados a substituir ou apoiar funções motoras, visuais, auditivas, circulatórias, e outras funções fisiológicas.

Os dispositivos não ativos compreendem, principalmente, órteses e próteses articulares de membros superiores e inferiores, femurais, próteses de artérias vasculares e válvulas cardíacas mecânicas, próteses mamárias, endopróteses expansíveis (stent), oclusores interauriculares e lentes intra-oculares.

Os dispositivos ativos - implantáveis e não implantáveis - englobam produtos e equipamentos que incorporam tecnologias assemelhadas às dos equipamentos médico-hospitalares. Válvulas cardíacas não mecânicas, marcapassos, externo e implantável, equipamentos de audiometria e prótese articulares mioelétricas, são alguns exemplos destes dispositivos.

130

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

As tecnologias de materiais, orgânicos e inorgânicos, biocompatíveis e bioregeneradores constituem pilares do desenvolvimento tecnológico do subsetor. Adicionalmente, a microeletrônica utilizada para captação e tratamento de sinais mioelétricos, constitui-se no ativo científico e tecnológico central para os dispositivos ativos.

Os produtos caracterizados como órteses integram este subsetor com expressivo peso econômico. Dentre eles, destacam-se os artigos, aparelhos e equipamentos utilizados em suporte ortopédico e recuperação de fraturas. As informações comerciais de exportação e importação são organizadas segundo o critério utilizado pela ABIMO para caracterizar o subsetor. Em alguns casos, a classificação não é considerada como, por exemplo, cadeiras de rodas. Nesses casos, as informações comerciais desses produtos são consideradas.

Com a finalidade de organizar as informações deste subsetor, são consideradas três famílias de produtos de implantes e mais material de consumo, procurando, com alguma arbitrariedade, organizar os produtos ativos e não-ativos de acordo com sua função precípua:

próteses e dispositivos ativos e não-ativos ortopédicos;•próteses e dispositivos ativos e não-ativos vasculares e cardíacos;•aparelhos e dispositivos auditivos e lentes intra-oculares.•

Na Tabela 55 são apresentados números do mercado internacional desse subsetor, separados em primeiro para os países desenvolvidos e, em seguida, para os países em desenvolvimento. Estão expressos o volume total de exportações (EXP) e importações (IMP), a balança comercial (S. BAL) e o saldo corrente (S. CTE) comercializado, bem como a evolução desse mercado de 2005 para 2006.

131

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

Na Tabela 55, observa-se que o subsetor apresentou aumento pouco superior a 5% nas exportações, porém com grande aumento nas importações dos países desenvolvidos, que apresentam um volume três vezes menor nas vendas, ampliando ainda mais o saldo deficitário na balança comercial. Para os países em desenvolvimento, ocorreu aumento substancial nas exportações, porém as importações tiveram crescimento considerável, deixando o saldo na balança comercial desfavorável para o país.

Na análise geral do comércio do subsetor, observa-se crescimento nas exportações, porém metade do crescimento das importações. O volume do saldo da balança é desfavorável ao Brasil, mostrando a forte dependência do país ao mercado internacional, principalmente dos países desenvolvidos.

No Anexo V, pode-se analisar com detalhes todos os itens, incluindo o volume comercializado e a evolução de 2005 para 2006, podendo-se verificar a relevância de cada item para o subsetor de Implantes e Material de Consumo. Da análise do subsetor, apresentam-se a seguir os destaques de alguns itens.

A família de próteses e dispositivos ativos e não-ativos ortopédicos compreende extensa variedade de produtos, ativos e não-ativos, englobando os implantes ortopédicos e artigos e equipamentos de suporte a processos ortopédicos e de recuperação de fraturas.

Tabela 55 Comércio em 2006 e evolução 2005/2006 do subsetor de implantes e material de consumo, 2006 (mil US$)

Implantes e Material de Consumo em 2006 (mil US$) Evolução 05/06

Comércio Exp. Imp. S. Bal S. CTE Exp. Imp.Países Desenvolvidos 149588 449800 -300211 599388 8,50% 15,60%Países em Desenvolvimento 135441 145827 -10386 281268 14,80% 26,40%TOTAL 285029 595627 -310597 880656 11,40% 18,10%Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2007

132

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Em cimentos para reconstituição óssea, as importações representaram cerca de US$ 1,47 milhão e exportações de US$ 0,18 milhão, resultando em um déficit de US$ 1,29 milhão. Fato relevante é que cerca de metade das importações deste produto vem da Irlanda e cerca de 30%, dos EUA.

Os artigos e aparelhos ortopédicos registraram importações de US$ 1,39 milhão, e as exportações alcançaram US$ 0,61 milhão, resultando em um déficit de US$ 0,78 milhão. O fato a destacar é que 90% do valor das importações são procedentes dos EUA. Quanto aos artigos e aparelhos para fraturas, dois fatos chamam a atenção na evolução das importações nos últimos três anos. Em primeiro lugar, dobram no período, em segundo lugar, as importações tiveram como origem os EUA, Suíça e Alemanha, respectivamente, com os valores de US$ 10,5 milhões, US$ 10 milhões e US$ 5,5 milhões, o que pode ser indicativo de que os produtos importados contam com maior valor agregado. Por outro lado, as exportações destinaram-se para a América do Sul, com US$ 3,2 milhões, México, com US$ 0,8 milhão, e América Central, com US$ 0,5 milhão. As importações registraram US$ 34,23 milhões e as exportações alcançaram US$ 6,07 milhões, resultando em um déficit de US$ 28,16 milhões.

Nas classes de partes de aparelhos de ortopedia e fratura e aparelhos de ortopedia articular, ocorreu relativo equilíbrio na balança comercial em 2006. As exportações brasileiras estão concentradas no item outras partes de aparelhos de ortopedia e fratura. No item Partes e aparelhos de ortopedia articular estão concentradas as importações dos países desenvolvidos, principalmente dos EUA, que contribuíram com US$ 2,8 milhões no valor das importações de 2006. No período considerado, as importações registraram US$ 4,04 milhões, e as exportações alcançaram US$ 4,45 milhões, resultando em um superávit de US$ 0,41 milhão.

133

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualNa classe outros artigos e aparelhos de prótese, as exportações,

que em 2004 foram de US$ 10,4 milhões, reduziram-se, em 2006, para US$ 1,12 milhão. É possível que isso reflita simplesmente a alocação de valores em outra classificação NCM em 2005 e 2006. Pode significar também mudança de estratégia de algum fabricante mundial que tenha deixado de exportar a partir do Brasil. A análise das importações em 2006 indica que tiveram como origem os EUA, França e Holanda, com cerca de US$ 3 milhões cada país. As importações registraram US$ 11,7 milhões, e as exportações alcançaram US$ 1,12 milhão, resultando em um déficit de US$ 10,58 milhões.

As importações da classe de produto outros aparelhos implantáveis para compensar defeito ou incapacidade cresceram mais de 60% entre 2004 e 2006. Tomando como referência o ano de 2006, foram importados US$ 3,4 milhões dos EUA e US$ 3,5 milhões da Irlanda. As importações registraram US$ 8,18 milhões, e as exportações alcançaram US$ 0,3 milhão, resultando em um déficit de US$ 7,88 milhões.

Outros aparelhos para compensar deficiências ou enfermidades tiveram os EUA, com US$ 3,4 milhões, e a Suíça, com US$ 1,6 milhão, como seus principais exportadores para o Brasil. As importações registraram US$ 6,41 milhões, e as exportações alcançaram o valor de US$ 0,07 milhão, resultando em um déficit de US$ 6,34 milhões.

As partes e acessórios de artigos e aparelhos para compensar deficiência têm procedência dos EUA (70% das importações) e União Européia, principalmente, Alemanha. As importações registraram US$ 5,75 milhões, e as exportações alcançaram o valor de US$ 0,03 milhão, resultando em um déficit de US$ 5,72 milhões.

O Brasil importou US$ 5,05 milhões de próteses articulares femurais dos países desenvolvidos e exportou US$ 1,86 milhão

134

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

para os países em desenvolvimento, resultando em um déficit de US$ 3,19 milhões. As exportações brasileiras foram destinadas principalmente para os países da América do Sul, com US$ 1,1 milhão, com destaque para a Venezuela. Por outro lado, as importações são originárias, principalmente, dos EUA, com US$ 2,2 milhões, França, com US$ 0,8 milhão, seguidos da Alemanha e Irlanda.

As próteses articulares mioelétricas ainda são pouco utilizadas no Brasil, com trocas comerciais pouco expressivas: US$ 0,08 milhão de importações da Alemanha. Entretanto, é um mercado em rápido crescimento nos países desenvolvidos, particularmente nos EUA.

Outras próteses articulares alcançaram exportações de US$ 14,46 milhões, enquanto as importações registraram US$ 15,28 milhões, resultando em um déficit de US$ 0,82 milhão. Essa classe de produto é bastante representativa das próteses articulares e o ano de 2005 se constituiu em um marco de consolidação das exportações para os países em desenvolvimento e desenvolvidos. Entretanto, houve um reaquecimento das importações em 2006, que aumentaram 50% em relação a 2005, enquanto as exportações cresceram apenas 10% no período. De um superávit de US$ 3 milhões em 2004, a balança comercial desse produto apresentou, em 2006, um déficit de US$ 0,82 milhão. O Brasil importa essa classe de produto da União Européia e Estados Unidos, e 90% de nossas exportações têm como destino os países da América do Sul, México e Estados Unidos. Na Tabela 56, são indicados os números, destinos e origens de 90% de nossas exportações e importações. O fato marcante é que a União Européia aumentou expressivamente as exportações para o Brasil, com destaque para a França que, em 2005, havia exportado US$ 3,1 milhões e, em 2006 (até novembro), US$ 6,5 milhões.

135

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

As importações de partes de próteses modulares substitutas são oriundas da Alemanha (US$ 1,58 milhão) e EUA (US$ 0,8 milhão). Aparentemente, existe algum esforço local para entrar nesse mercado, como sugerem os discretos números de exportações. As importações registraram o valor de US$ 2,38 milhões, e as exportações alcançaram US$ 0,17 milhão, resultando em um déficit de US$ 2,21 milhões.

A Tabela 57 resume as informações comerciais da extensa família de próteses e dispositivos ativos e não-ativos ortopédicos, até aqui analisadas.

Tabela 56 Exportações e importações de outras próteses articulares, 2005 a 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou país Exportações Importações

2005 2006 2005 2006

Alemanha 4,1 3,72 0,45 0,64

Argentina 2,75 2,51 0 0

Colômbia 1,75 1,7 0 0

Venezuela 0,77 1,22 0 0

México 1,1 0,96 0 0

EUA 0,46 0,6 5,54 5,16

Chile 0,38 0,46 0 0

Turquia 0,21 0,26 0 0

Ecuador 0,19 0,25 0 0

Peru 0,16 0,19 0 0

Uruguai 0,13 0,17 0 0

França 0 0 3,14 6,5

Suíça 0 0 0,47 0.33

Irlanda 0 0 0,1 0,3

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

136

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Tabela 57 Resumo da família de próteses e dispositivos ativos e não-ativos ortopédicos, 2006 (milhões US$/FOB)

Exportações Importações Saldo

Cimentos para reconstituição óssea 0,18 1,47 -1,29

Artigos e aparelhos ortopédicos 0,61 1,39 -0,78

Artigos e aparelhos para fraturas 6,07 34,23 -28,16

Partes de aparelhos de ortopedia e fratura e aparelhos de ortopedia articular

4,45 4,04 0,41

Outros artigos e aparelhos de prótese 1,12 11,7 -10,58

Outros aparelhos implantáveis para compensar defeito ou incapacidade

0,3 8,18 -7,88

Outros aparelhos para compensar deficiências ou enfermidades

0,07 6,41 -6,34

Partes e acessórios de artigos e aparelhos para compensar deficiência

0,03 5,75 -5,72

Próteses articulares femurais 1,86 5,05 -3,19

Próteses articulares mioelétricas 0 0,08 -0,08

Outras próteses articulares 14,46 15,28 -0,82

Partes de próteses modulares substitutas 0,17 2,38 -2,21

Total 29,32 95,96 -66,64Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Na família de próteses e dispositivos ativos e não-ativos vasculares e cardíacos, são analisadas informações comerciais relativas a 2004, 2005 e 2006, compreendendo os dispositivos ativos e não-ativos de intenção de uso vascular e cardíaca. Assim, são analisadas as válvulas cardíacas, stents, próteses de artérias vasculares revestidas, próteses mamárias, marca-passos e respectivos acessórios e peças.

O Brasil conta com alguns fabricantes de válvulas cardíacas mecânicas que operam no mercado interno e tem realizado exportações, nessa classe de produto, para países da América do Sul, EUA e Suíça. De fato, o grande volume das exportações brasileiras está consignado na classe de produtos outras válvulas cardíacas, posteriormente analisada.

137

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualFato que chama a atenção são os valores de importações dos países

em desenvolvimento, superiores aos dos países desenvolvidos. Quase toda importação brasileira na classe de válvulas cardíacas provém de Porto Rico (US$ 3,3 milhões) e dos Estados Unidos (US$ 1,8 milhão). As importações registraram US$ 5,81 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,67 milhão, resultando em um déficit de US$ 5,14 milhões. A análise indica desempenho consistente e crescente das exportações brasileiras da classe de outras válvulas cardíacas, sobretudo para os países desenvolvidos. O destino de nossas exportações é fortemente concentrado na Bélgica, US$ 10,4 milhões; Estados Unidos, US$ 5,11 milhões; e Austrália, US$ 1,84 milhão; tomando como referência o ano de 2006. Por outro lado, as importações brasileiras tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 0,64 milhão, e Suíça, com US$ 0,32 milhão. No período considerado, as exportações alcançaram US$ 21,08 milhões, enquanto as importações registraram US$ 0,96 milhão, resultando em um superávit de US$ 20,12 milhões.

O marca-passo é um estimulador elétrico que produz pulsos periódicos que são conduzidos para eletrodos localizados na superfície do coração. É utilizado em condições patológicas em que o coração não é estimulado de maneira apropriada. O aumento da população idosa nos últimos cinco anos impulsiona a demanda por dispositivos como marca-passos. O mercado mundial de marca-passos já era de US$ 3 bilhões em 2003, com previsão de crescimento anual de pelo menos 5%. Não há no Brasil fabricante de marca-passos implantáveis, que são os mais utilizados. As empresas nacionais parecem dominar a tecnologia de geração e controle do sinal, porém não a tecnologia necessária para equipamento a ser implantado (controle telemétrico, por exemplo), nem as técnicas de encapsulamento. Entre as dificuldades tecnológicas para maior integração do produto, encontra-se a limitação para aquisição e utilização de componentes e tecnologias de menor tamanho, por exemplo, a montagem em superfície.

138

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

O aumento da população idosa nos últimos 5 anos, impulsiona a demanda por dispositivos como o marca-passos. O mercado mundial de marca-passos já era de US$ 3,0 bilhões em 2003, com previsão de crescimento anual de pelo menos 5%.

Não há no Brasil fabricante de marcapasso implantável, que são os mais utilizados. As empresas nacionais parecem dominar a tecnologia de geração e controle do sinal, porém não a tecnologia necessária para um equipamento a ser implantado (controle telemétrico, por exemplo), nem as técnicas de encapsulamento. Entre as dificuldades tecnológicas para a maior integração do produto se encontra a limitação para aquisição e utilização de componentes e tecnologias de menor tamanho, por exemplo, a montagem em superfície.

A importação de marca-passos vem crescendo, ainda que alguns fabricantes mundiais argumentem que a demanda está represada pelas dificuldades orçamentárias do SUS. Parte substancial das importações corresponde a marca-passos implantáveis com maior padrão de agregação tecnológica. Estas importações, tomando como referência o ano de 2006, têm origem em quatro países: Alemanha, com US$ 13,6 milhões; Estados Unidos, com US$ 7,72 milhões; Suíça, com US$ 6,15 milhões, e Suécia com US$ 1,31 milhão.

A exportação brasileira de marca-passos externos tem como destino o Caribe e América do Sul. Em 2006, as importações registraram US$ 28,74 milhões e as exportações alcançaram US$ 0,67 milhão resultando em um déficit de US$ 28,07 milhões.

A importação de partes e acessòrios de marca-passos cardíacos obedece à mesma lógica dos equipamentos no que diz respeito às importações. Estados Unidos e Alemanha foram responsáveis por mais de US$ 8,00 milhões do total das importações brasileiras desta classe de produto. A importações registraram US$ 10,49 milhões, e as

139

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualexportações alcançaram US$ 0,26 milhão, resultando em um déficit

de US$ 10,23 milhões.

A demanda por importações de implantes expandíveis de aço inox para dilatar artérias (stents) cresceu mais de 90% entre 2004 e 2006 alcançando, em 2006, importações de US$ 67,75 milhões. Dentre os países desenvolvidos, as importações da Irlanda, Holanda, EUA, Suíça e Alemanha, somadas alcançaram US$ 54,00 milhões. Entre os países em desenvolvimento, o Brasil importou da Índia, em 2006, o valor de US$ 4,54 milhões.

As modestas exportações, refletindo uma incipiente inserção brasileira neste mercado, alcançaram US$ 1,26 milhão, com produtos destina-dos principalmente para a União Européia. O déficit em 2006 foi de US$ 66,49 milhões. Na Tabela 58 são indicados os números e os desti-nos e origens de 98% de nossas exportações e importações, em 2006.

Tabela 58 Importações e exportações de stents – jan. a nov. 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou país Importações ExportaçõesIrlanda 30,11 0Holanda 11,05 0,42EUA 7,24 0,1Suíça 5,57 0Índia 4,54 0Alemanha 2,9 0,27Itália 2,3 0,16França 0,94 0Espanha 0,68 0China 0,53 0Dinamarca 0,46 0Cingapura 0,29 0Japão 0,19 0Argentina 0 0,14Colômbia 0 0,15Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

140

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

A primeira constatação é que a demanda por importação de próteses de artérias vasculares revestidas praticamente dobrou entre 2004 e 2006. Tal demanda foi suprida, em 2006, por importações dos Estados Unidos, com US$ 6,1 milhões; Alemanha, com US$ 0,9 milhão; Irlanda e França, com US$ 0,33 milhão. Aparentemente, o esforço local de produção ou de exportação a partir do Brasil é incipiente.

Em 2006, as importações registraram US$ 7,63 milhões, e as exportações alcançaram US$ 0,07 milhão, resultando em um déficit de US$ 7,56 milhões.

A classe de produtos próteses mamárias não-implantáveis apresentou, em 2006, importação de US$ 0,01 milhão e nenhuma exportação, a exemplo do que ocorreu nos anos anteriores.

A Tabela 59 resume as informações comerciais analisadas da extensa família de próteses e dispositivos ativos e não-ativos vasculares e cardíacos.

Na família dos aparelhos e dispositivos auditivos e lentes intra–oculares, aparentemente os dispositivos médicos de reabilitação e suporte à audição constituem produtos negligenciados pela

Tabela 59 Próteses e dispositivos ativos e não-ativos vasculares e cardíacos, 2006 (milhões US$/FOB)

Exportações Importações SaldoVálvulas cardíacas mecânicas 0,67 5,81 -5,14Outras válvulas cardíacas 21,08 0,96 20,12Marca-passos cardíacos, exceto partes e acessórios 0,67 28,74 -28,07Partes e acessórios de marca-passos cardíacos 0,26 10,49 -10,23Implantes expandíveis de aço inox para dilatar artérias – stents

1,26 67,75 -66,49

Próteses de artérias vasculares revestidas 0,07 7,63 -7,56Próteses mamárias não-implantáveis. 0 0,01 -0,01Total 24,01 121,39 -97,38Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

141

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualprodução local, embora a demanda interna seja expressiva, como

indicam os valores de importação. Sendo assim, é difícil saber o nível de agregação tecnológica presente na variedade de produtos que compõe a classe.

As importações de aparelhos para facilitar a audição de surdos têm origem em vários blocos econômicos e países. As importações brasileiras tiveram origem na Dinamarca, com o valor de US$ 10,76 milhões; Suíça, com US$ 6,02 milhões; EUA, com US$ 4,91 milhões; Austrália, com US$ 3,92 milhões; Canadá, com US$ 2,32 milhões; Alemanha, com US$ 2,04 milhões e Cingapura, com US$ 1,58 milhão. Não por acaso, são países onde a longevidade é maior e se ocupam há mais tempo das deficiências de maior incidência na população da terceira idade. Os produtos dessa classe registraram US$ 32,67 milhões de importações, e as exportações alcançaram US$ 0,03 milhão, resultando em um déficit de US$ 30,5 milhões.

Os principais fornecedores de partes e acessórios de aparelhos para facilitar a audição de surdos são os mesmos que fornecem os equipamentos. A Dinamarca, com US$ 2,01 milhões, respondeu pela metade de nossas importações em 2006. As importações registraram US$ 4,01 milhões, e as exportações, US$ 0,06 milhão, resultando em um déficit de US$ 3,95 milhões.

Em 2006, as importações registraram US$ 4,01milhões e as exportações US$ 0,06 milhão, resultando em um déficit de US$ 3,95 milhões.

A classe de produto oclusores interauriculares apresentou pequena movimentação comercial em 2006. Em resumo, o Brasil importou US$ 0,11 milhão do produto dos Estados Unidos.

Dois fatos chamam a atenção ao analisar as informações comerciais do item lentes intra-oculares. A demanda por importações dessas

142

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

lentes cresceu 90% entre 2004 e 2006. De fato, as cirurgias de catarata que utilizam esse implante vêm se intensificando no sistema de saúde brasileiro. Em segundo lugar, o valor das exportações brasileiras dessa classe de produto cresceu quase 300% nesse período, parecendo consolidar alguma capacitação local.

O Brasil importa apenas dos países desenvolvidos – US$ 10,97 milhões dos EUA e US$ 0,8 milhão da União Européia – e exporta, ainda em pequena escala, para os países da América do Sul, US$ 0,52 milhão; União Européia, US$ 0,3 milhão; e EUA, US$ 0,53 milhão. A situação é melhor que a dos dispositivos médicos de suporte auditivo, pois, nesse caso, há fortes indícios do início de consolidação da capacidade de produção local. Em 2006, as importações registraram US$ 11,82 milhões, e as exportações alcançaram US$ 1,79 milhão, resultando em um déficit de US$ 10,03 milhões. A Tabela 60 resume as informações comerciais da extensa família de aparelhos e dispositivos auditivos e lentes intra–oculares analisadas.

3.1.3.1.5 Insumos e Material de Consumo

Quanto a insumos e material de consumo, o subsetor não faz parte, a princípio, do escopo do estudo prospectivo tecnológico, mas inúmeros materiais e dispositivos são utilizados com os equipamentos ou condicionam o lançamento de novos modelos no mercado. Por esse

Tabela 60 Aparelhos e dispositivos auditivos e lentes intra-oculares, 2006 (milhões US$/FOB)

Item Exportações Importações SaldoAparelhos para facilitar a audição de surdos 0,03 32,67 -32,64Partes e acessórios de aparelhos para facilitar a audição de surdos

0,06 4,01 -3,95

Oclusores interauriculares 0 0,11 -0,11Lentes intra-oculares 1,79 11,82 -10,03Total 1,88 48,61 -46,73Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

143

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualmotivo, e para verificar a consistência dos números de todo o setor de

equipamentos, são apresentados os dados comerciais dos três últimos anos do subsetor de insumos médicos, hospitalares e laboratoriais.

As informações sobre as classes de insumos e materiais que integram o subsetor foram fornecidas pela ABIMO, mas nessa secção foram incorporadas algumas classes que não vinham sendo consideradas. A divisão que foi feita para a apresentação dos números de exportação e importação tem a finalidade de permitir uma compreensão mais ampla de como determinados insumos estão associados a determinadas famílias de equipamentos. Assim, as informações são organizadas para as seguintes famílias:

Materiais e insumos de uso cirúrgico e terapêutico• – compreende uma extensa variedade de materiais como, por exemplo: suturas, sondas, cateteres, cânulas, lancetas, luvas para cirurgia e exames, aventais cirúrgicos, máscaras, grampos, clipes e extratores. Envolve ainda, seringas e agulhas de diferentes materiais, utilizados em procedimentos médicos e hospitalares para inúmeras finalidades.Outros Insumos e Materiais de Consumo• – compreende os materiais utilizados em curativos como gases e esparadrapos de diferentes finalidades, bolsas de gelo e água quente, preservativos, termômetros clínicos, hemodialisadores capilares, aparelhos de medida de pressão arterial e outros materiais.

Da maneira como as informações comerciais são organizadas, segundo critério da ABIMO, algumas famílias de equipamentos têm seus valores lançados nesse subsetor. Este é o caso das bombas de infusão, máquinas de circulação e, eventualmente, algum equipamento de medição de pressão.

Na análise dos números, procura-se destacar situações particulares de competitividade em insumos e materiais, associando-as às respectivas

144

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

famílias de equipamentos para os quais os insumos são utilizados com maior freqüência.

Os resultados de 2006 mostram que a primeira família, materiais e insumos de uso cirúrgico e terapêutico, é deficitária em cerca de US$ 120 milhões e a família outros insumos e materiais de consumo é superavitária em aproximadamente US$ 40 milhões, resultando em um déficit de aproximadamente US$ 80 milhões.

Entre os materiais e insumos de uso cirúrgico e terapêutico, em 2006, o item suturas manteve-se no mesmo patamar do superávit comercial com os países em desenvolvimento, com US$ 37,35 milhões, e um déficit com os países desenvolvidos de US$ 15,7 milhões.

Nas exportações, têm maior peso suturas cirúrgicas de material sintético, com mais de US$ 16,8 milhões, destinados principalmente aos países em desenvolvimento. O item de maior peso nas importações outros filamentos sintéticos registraram US$ 10,5 milhões, originados principalmente nos países desenvolvidos.

Em síntese, no item de suturas, o Brasil teve, em 2006, uma exportação expressiva de US$ 43,86 milhões contra uma importação de US$ 22,2 milhões, resultando em um superávit de US$ 21,66 milhões.

Na classe de cateteres, sondas e cânulas, as exportações alcançaram US$ 14,95 milhões, enquanto as importações registraram US$ 92,07 milhões, sendo mais de 85% oriundas dos países desenvolvidos, resultando em um déficit de US$ 77,12 milhões.

Chama a atenção o fato de que, dentre os inúmeros itens, as importações e déficit comercial estão concentrados na classe outras sondas, cateteres e cânulas, para o qual o Brasil importou, em 2006, US$ 82,54 milhões e exportou US$ 7,26 milhões, com um

145

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualdéficit de US$ 75,28 milhões, semelhante ao obtido com a soma dos

valores de todas as classes.

As tecnologias de materiais, envolvendo borrachas e plásticos especiais, são essenciais para desenvolver competência de produção local desses produtos, que são importados principalmente dos Estados Unidos e União Européia, como mostram os dados da Tabela 61.

Tabela 61 Origem importações e destino exportações de outras sondas, cateteres e cânulas, 2006

País Exportações Importações País Exportações Importações1º EUA 0,88 41,49 25º Canadá 0,23 0,152º Alemanha 0 6,75 26º Hungria 0 0,153º Irlanda 0 5,48 27º Bélgica 1,23 0,144º Reino Unido 0 5,03 28º Seychelles 0 0,095º França 0 2,81 29º Ilhas do Pacifico 0 0,066º China 0,05 2,41 30º Suécia 0 0,057º Japão 0,43 2,38 31º Chile 0,43 0,038º Índia 0 2,08 32º Egito 0 0.03

9º Uruguai 0,06 1,83 33ºRepública

Dominicana0 0.01

10º Suíça 0,03 1,57 34º Peru 0,29 011º Porto Rico 0 1,41 35º Angola 0,28 012º Itália 0 1,12 36º Hong Kong 0,24 013º Malásia 0 1,04 37º Arábia Saudita 0,23 014º Colômbia 0,49 1,02 38º Paraguai 0,22 015º México 0,73 0,95 39º Bolívia 0,14 016º Coréia do Sul 0 0,93 40º Costa Rica 0,12 017º Holanda 0,01 0,61 41º Equador 0,11 018º Dinamarca 0 0,5 42º Honduras 0,05 019º Argentina 0,86 0,49 43º Guatemala 0,03 020º Polônia 0 0,46 44º Panamá 0,03 021º Taiwan 0 0,43 45º Austrália 0,02 022º Tailândia 0 0,41 46º El Salvador 0,02 023º Espanha 0 0,31 47º Nicarágua 0,02 024º Cingapura 0,02 0,3 48º Paquistão 0,01 0Total 7,26 82,54Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

146

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Na classe de grampos, clipes, aplicador e extrator para aparelhos médicos, as importações registraram US$ 22,07 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,32 milhão, resultando em um déficit de US$ 21,75 milhões. As importações tiveram origem principalmente nos Estados Unidos, US$ 20,86 milhões; seguindo-se a Alemanha, US$ 0,28 milhão; França, US$ 0,25 milhão; Porto Rico, US$ 0,18 milhão; Costa Rica, US$ 0,17 milhão; Japão, US$ 0,16 milhão; Suíça, US$ 0,11 milhão; além de pequenos valores do México, Reino Unido e Paquistão. As exportações foram destinadas para a França, US$ 0,14 milhão; Estados Unidos, US$ 0,06 milhão; países da América do Sul, US$ 0,06 milhão, e para Índia e Alemanha valores menores.

Na classe outras luvas de borracha vulcanizada não endurecida, foram registradas importações no valor de US$ 66,8 milhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 0,24 milhão, resultando em um déficit de US$ 66,56 milhões. Cerca de 97% de nossas importações tiveram origem em países da Ásia, principalmente na Malásia, mas outros países da Europa e os Estados Unidos forneceram luvas de uso cirúrgico ao Brasil. Assim, nas duas classes, importamos, em 2006, US$ 71 milhões e exportamos US$ 0,3 milhão, resultando em um déficit de US$ 70,7 milhões. Segundo alguns fabricantes do subsetor, essa dependência, que se repete em outros produtos de borracha vulcanizada não endurecida, como os preservativos, estaria vinculada à baixa qualidade do látex brasileiro.

Tabela 62 Importações e exportações de luvas para uso cirúrgico e terapêutico, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou país Exportações ImportaçõesMalásia 0 55,22Tailândia 0 6,85Sri Lanka 0 2,52China 0 2,38

Continua

147

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

As exportações de seringas, de material plástico e outros com diferentes tamanhos, alcançaram o valor de US$ 8,14 milhões, enquanto as importações somaram US$ 13,76 milhões, representando um déficit de US$ 5,62 milhões. As exportações foram destinadas para os países da América do Sul, US$ 4,76 milhões; Estados Unidos, US$ 2,23 milhões; Ásia, US$ 0,6 milhão; e menores valores para a União Européia e Austrália.

Por outro lado, as importações tiveram origem nos Estados Unidos, US$ 5,24 milhões; Ásia, US$ 3,8 milhões; América do Sul, US$ 1,73 milhão; União Européia, US$ 1,3 milhão; Suíça, US$ 1,1 milhão; e Austrália, US$ 0,4 milhão.

Tabela 62 ContinuaçãoEUA 0 0,92México 0 0,8Vietnã 0 0.64Índia 0 0,5Indonésia 0 0,45Uruguai 0,02 0,2Taiwan 0 0,14Hong Kong 0 0,1Reino Unido 0 0,08Alemanha 0 0,05Coréia do Sul 0 0,04França 0 0,04Canadá 0 0,02Paquistão 0 0,02Angola 0,18 0Argentina 0,05 0Bolívia 0,02 0Paraguai 0,02 0Chile 0,01 0República Dominicana 0,01 0Total 0,31 70,97Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

148

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Vale destacar que a classe agulhas diz respeito a agulhas tubulares de metal gengivais, destinadas principalmente ao uso odontológico. Nes-sa classe, importamos o equivalente a US$ 1,02 milhão e exportamos US$ 0,05 milhão. Nas cinco classes de agulhas, as exportações alcan-çaram US$ 34,52 milhões, e as importações registraram US$ 21,92 milhões, resultando em um superávit de US$ 12,6 milhões.

Na classe de agulhas para suturas, com maior impacto nas trocas comerciais de 2006, as exportações foram destinadas para os Estados Unidos, com o valor de US$ 10,92 milhões, Porto Rico, US$ 3,18 milhões; Reino Unido, US$ 1,8 milhão; França, US$ 1,66 milhão; México, US$ 1,39 milhão; Alemanha, US$ 1,3 milhão; Índia, US$ 1,23 milhão; Paquistão, US$ 0,63 milhão; África do Sul, US$ 0,36 milhão; e pequenos valores para a China e Suíça.

As importações dessa classe tiveram origem na França, US$ 1,06 milhão; México, US$ 0,9 milhão; Alemanha, US$ 0,65 milhão; China, US$ 0,6 milhão; Estados Unidos, US$ 0,58 milhão; Suíça, US$ 0,25 milhão; e Japão, US$ 0,22 milhão.

As máscaras contra gases alcançaram exportações de US$ 0,52 milhão, enquanto as importações registraram US$ 2,04 milhões, resultando em um déficit de US$ 1,52 milhão. As exportações foram destinadas aos países da América do Sul, US$ 0,5 milhão; com destaque para a Argentina, US$ 0,34 milhão; além de pequenos valores para Estados Unidos e França. As importações tiveram origem nos Estados Unidos, US$ 1,12 milhão; Alemanha, US$ 0,6 milhão; Chile, US$ 0,1 milhão; China, US$ 0,07 milhão; França, US$ 0,07 milhão; seguidos por Japão e Hong Kong, US$ 0,04 milhão, cada um.

Na classe de outros artefatos confecionados de falso tecido, as importações registraram US$ 6,05 milhões, enquanto as

149

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

exportações alcançaram US$ 2,62 milhões, resultando em um déficit de US$ 3,43 milhões. Chama a atenção o forte crescimento das importações dos países em desenvolvimento, que triplicou nos últimos três anos. Os valores e origem das importações, assim como o destino das exportações são indicados na Tabela 63.

Tabela 63 Importações e exportações de máscaras, sapatilhas, toucas cirúrgicas e outros, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou país Exportações Importações

EUA 0,99 2,8

China 0 1

México 0 1

Reino Unido 0 0,5

Taiwán 0 0,3

Hong Kong 0 0,05

Suíça 0 0.02

Tailândia 0 0.01

França 0,59 0

Argentina 0,42 0

Alemanha 0,22 0

Cingapura 0,08 0

Chile 0,06 0

Paraguai 0,06 0

Uruguai 0,05 0

Angola 0,03 0

Peru 0,03 0

Bolivia 0,03 0

Colômbia 0,03 0

Australia 0,01 0

Emirados Árabes 0,01 0

Venezuela 0,01 0

Total 2,62 5,68Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

150

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Para outros artefatos têxteis confecionados, as exportações alcançaram o valor de US$ 2,6 milhões, e as importações registraram US$ 2,92 milhões, resultando em um déficit de US$ 0,32 milhão. Aparentemente as importações têm se mantido ao longo dos anos em um padrão de valores estáveis, e as exportações oscilam expressivamente de um ano para outro. É provável que o valor atípico de exportação de 2004 seja conseqüência de uma alocação indevida nessa classe de produto.

As importações, em 2006, tiveram origem na China (US$ 0,98 milhão), Estados Unidos (US$ 0,51 milhão), Alemanha (US$ 0,42 milhão), Argen-tina (US$ 0,42 milhão), França (US$ 0,16 milhão) e menores valores do Japão, Hong Kong, Reino Unido e Taiwan. As exportações foram desti-nadas aos Estados Unidos (US$ 1,81 milhão), Argentina (US$ 0,38 mi-lhão), França (US$ 0,1 milhão) e menores valores para México e Angola.

As informações de exportações e importações para materiais e insumos de uso cirúrgico e terapêutico estão consolidadas na Tabela 64.

Tabela 64 Materiais e insumos de uso cirúrgico e terapêutico, 2006 (milhões US$/FOB)

Item Exportações Importações Saldo

Suturas 43,86 22,2 21,66

Cateteres, sondas e cânulas 14,95 92,07 -77,12

Grampos, clipes, aplicador, extrator para aparelhos médicos

0,32 22,07 -21,75

Luvas para uso cirúrgico e terapêutico 0,31 70,97 -70,66

Seringas 8,14 13,76 -5,62

Agulhas 34,52 21,92 12,6

Máscaras contra gases 0,52 2,04 -1,52

Máscaras, sapatilhas e toucas para cirurgias 2,62 6,05 -3,43

Aventais para cirurgias e outros procedimentos 2,6 2,92 -0,32

Total 107,84 254 -146,16Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

151

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualNa família outros insumos e materiais de consumo, cinco classes

de pensos adesivos apresentam pouca ou nenhuma participação nas trocas comerciais. Os valores expressivos na Tabela 65 referem-se, em primeiro lugar, ao item outros pensos adesivos e artigos análogos com camada adesiva, que registrou, aproximadamente, US$ 58,5 milhões de exportações e US$ 5,52 milhões de importações. Em segundo lugar, ao item pensos adesivos impregnados ou recobertos com substâncias, que registrou US$ 7,74 milhões em exportações e US$ 1,54 milhão em importações.

Os pensos adesivos registraram exportações de US$ 66,59 milhões e importações de US$ 7,67 milhões, com um superávit de US$ 58,92 milhões, conforme a Tabela 65.

Tabela 65 Exportações e importações de outros pensos adesivos e artigos análogos de camada adesiva, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou país Exportações ImportaçõesEUA 56,08 2,8Argentina 0,55 0,25México 0,48 0,01Austrália 0,22 0Colômbia 0,16 0

Canadá 0,15 0,16

Paraguai 0,12 0

Uruguai 0,12 0

Venezuela 0,12 0

França 0,1 0

Peru 0,1 0

Equador 0,08 0

África do Sul 0,06 0,1

Bolívia 0,03 0

Chile 0,02 0

Reino Unido 0,02 0,98

Dinamarca 0 0,53

Continua

152

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

O item pensos reabsorvíveis e semelhantes envolve as informações comerciais do mesmo, englobando aqueles que utilizam várias substâncias, os de uso cirúrgico e outros. Os pensos reabsorvíveis e semelhantes registraram exportações de US$ 1,35 milhão e importações de US$ 5,02 milhões, resultando em um déficit de US$ 3,67 milhões. As trocas comerciais estão concentradas na classe outras pastas, gazes e semelhantes para uso medicinal, cirúrgico etc., que responde por 90% das importações e exportações. Estados Unidos e Reino Unido lideram as importações brasileiras dessa classe, e as exportações são distribuídas como indica a Tabela 66.

Tabela 66 Exportações e importações de outras pastas, gazes e semelhantes para uso medicinal e cirúrgico, 2006 (milhões US$/FOB).

Mercado ou país Exportações Importações

EUA 0,02 1,63

Reino Unido 0 1,4

Alemanha 0 0,31

China 0 0,26

Dinamarca 0 0,25

Argentina 0,02 0,23

Itália 0 0,19

Coréia do Sul 0 0.08Continua

Tabela 65 ContinuaçãoHungria 0 0,18

Alemanha 0 0,14

Japão 0 0,14

Irlanda 0 0,13

Polônia 0 0,03

Tailândia 0 0,03

Finlândia 0 0,02

Total 58,5 5,52Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

153

No item bolsas para hemodiálise, colostomia e outros usos médicos são incluídas as informações comerciais sobre bolsas para uso em medicina, envolvendo os seguintes grupos, bolsas de plástico para uso em medicina – colostomia e hemodiálise, bolsas de plástico para colostomia, ileostomia ou urostomia, bolsas de plástico para uso em hemodiálise, outras bolsas de plástico para uso em medicina. As

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualTabela 66 Continuação

Finlândia 0 0.06

Suíça 0 0.05

Venezuela 0,09 0.05

Polônia 0 0.04

Israel 0 0.03

França 0 0.02

México 0,01 0.01

Bélgica 0 0.01

Uruguai 0,02 0.01

Angola 0,24 0

Colômbia 0,14 0

Bolívia 0,12 0

Portugal 0,12 0

República Dominicana 0,11 0

Paraguai 0,1 0

Espanha 0,06 0

Peru 0,06 0

Nicarágua 0,03 0

Canadá 0,03 0

El Salvador 0,03 0

Grécia 0,03 0

Marrocos 0,02 0

Chile 0,02 0

Equador 0,02 0

Panamá 0,02 0

Total 1,31 4,63Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

154

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

importações de bolsas para hemodiálise, colostomia e outros usos médicos registraram o valor de US$ 6,54 milhões enquanto as exportações alcançaram US$ 0,71 milhão, resultando em um déficit de US$ 5,83 milhões. Colômbia e Dinamarca lideram o ranking das importações em 2006 enquanto a Argentina lidera o das exportações, como detalhado na Tabela 67.

As exportações de outros recipientes para resíduos infectantes alcançaram o valor de US$ 21,63 milhões e as importações registraram US$ 8,81 milhões, resultando em um superávit de US$ 12,82 milhões. Chama a atenção o crescimento expressivo das exportações, em 2006, para os países em desenvolvimento, assim como a crescente

Tabela 67 Importação e exportação de bolsas para hemodiálise, colostomia, outros usos médicos, 2006

Mercado ou país Exportações Importações

Colômbia 0,01 1,24Dinamarca 0 1,15China 0 0,9EUA 0 0,81Reino Unido 0,05 0,64Hungria 0 0,6República Dominicana 0 0.54Itália 0 0.27França 0 0,22Argentina 0,4 0.13Alemanha 0 0.02México 0,02 0.02Chile 0,1 0Guatemala 0,05 0Paquistão 0,03 0Equador 0,03 0Israel 0,01 0Costa Rica 0,01 0Total (milhões US$/FOB) 0,71 6,54Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

155

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualimportação destes países, que triplicou entre 2004 e 2006. É possível

que os dados comerciais desta classe envolva produtos destinados também a outras utilizações além das de uso médico. Estados Unidos, Uruguai e Chile foram os principais destinos das exportações em 2006 e as importações foram lideradas pela China, Chile e Estados Unidos.

Tabela 68 Exportação e importação de outros sacos, bolsas e cartuchos de polímeros de etileno, 2006

Mercado ou país Exportações ImportaçõesEUA 8,49 0,93Uruguai 3,83 0,1Chile 2,28 1,49Argentina 1,43 0,85Bolívia 1,1 0Reino Unido 0,84 0Cuba 0,72 0Costa Rica 0,54 0.43Colômbia 0,37 0.01Venezuela 0,35 0China 0,25 1,88Portugal 0,24 0Coréia do Norte 0,2 0.26Trinidad e Tobago 0,19 0Paraguai 0,13 0República Dominicana 0,13 0México 0,13 0Alemanha 0,07 0,48Equador 0,06 0Coréia do Sul 0,05 0,48Filipinas 0,05 0Itália 0,04 0,38Angola 0,03 0Austrália 0,02 0Índia 0,02 0Panamá 0,02 0Israel 0,01 0,77Outros 0,04 0França 0 0,25

Continua

156

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Neste item, estão agregadas informações comerciais de duas classes de produtos: bolsas para gelo e água quente de borracha vulcanizada e outros artigos de higiene, tecidos de borracha vulcanizada.

As exportações de outros artigos de higiene em borracha vulcanizada alcançaram o valor de US$ 2,26 milhões enquanto as importações registraram US$ 0,6 milhão, resultando em superávit de US$ 1,66 milhão. As exportações foram destinadas, principalmente, para os Estados Unidos com US$ 1,63 milhão e países da América do Sul, com US$ 0,48 milhão, com menores valores para Angola, Dinamarca e México. Alemanha, com US$ 0,2 milhão; Itália com US$ 0,14 milhão; e França com US$ 0,1 milhão, lideram as importações, e os menores valores oriundos da China, Hong Kong e Tailândia.

A ABIMO agrega os valores de exportação e importação da classe absorventes e outros artigos higiênicos de papel no subsetor de material de consumo. Alguns valores deste mercado estão representados na Tabela 69. É possível que grande parte deste valor corresponda a produtos também destinados a outros usos, não médicos. Portanto, os valores devem ser analisados com alguma reserva. As exportações alcançaram US$ 17,26 milhões, e as importações registraram US$ 1,28 milhão, resultando em um superávit de US$ 16,33 milhões. A distribuição das exportações reforça a possibilidade

Tabela 68 ContinuaBélgica 0 0,13

Hong Kong 0 0,1

Tailândia 0 0,09

Holanda 0 0,07

Japão 0 0,03

Malásia 0 0,03

Taiwan 0 0,03

Total (milhões US$/FOB) 21,63 8,81Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

157

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualacima levantada, uma vez que grandes valores são destinados a países

que contam com pequenos mercados na área de saúde.

Tabela 69 Exportações e importações de absorventes e outros artigos higiênico de papel, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou país Exportações Importações

Argentina 8 0

Chile 3,36 0

EUA 1,18 0

Peru 0,84 0

Paraguai 0,74 0

África do Sul 0,68 0

Venezuela 0,51 0

Uruguai 0,37 0,16

Austrália 0,33 0

Trinidad e Tobago 0,3 0

Panamá 0,29 0

México 0,21 0

Bolívia 0,16 0

Equador 0,14 0

Colômbia 0,12 1,07

França 0,1 0

Jamaica 0,08 0

Porto Rico 0,06 0

Angola 0,04 0

Hong Kong 0,04 0

Haiti 0,02 0

Moçambique 0,02 0

Alemanha 0 0,05

TOTAL 17,26 1,28Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

158

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

As importações de estojos e caixas de primeiros socorros guarnecidos registraram US$ 0,15 milhão, e as exportações foram inexpressivas, resultando em um déficit de US$ 0,15 milhão. As importações tiveram origem nos Estados Unidos, com US$ 0,12 milhão, e na Suécia, com US$ 0,03 milhão.

As importações de preservativos de borracha vulcanizada dobraram de valor entre 2004 e 2006, enquanto as exportações se reduziram a um quinto do valor no mesmo período. A princípio, as dificuldades nacionais com esse produto são as mesmas para luvas e estão associadas à qualidade do látex no Brasil. Apesar disso, a maior parcela do mercado interno ainda é abastecida pela produção local. As importações dos países desenvolvidos, principalmente Coréia do Sul e Japão, registraram US$ 2,1 milhões, enquanto as importações dos países em desenvolvimento, principalmente Índia e Malásia, registraram US$ 9,16 milhões. As exportações alcançaram US$ 0,09 milhão, e as importações registraram o valor de US$ 11,26 milhões, resultando em um déficit de US$ 11,17 milhões. As importações tiveram origem na Índia (US$ 4,95 milhões), Malásia (US$ 2,9 milhões), Coréia do Sul (US$ 1,57 milhão), Tailândia (US$ 0,78 milhão), China (US$ 0,42 milhão), Japão (US$ 0,41 milhão), e Espanha (US$ 0,12 milhão). A exportação de US$ 0,09 milhão foi destinada para quatro países da América do Sul e Coréia do Sul.

As exportações de outras meias de malha de fibras sintéticas alcançaram US$ 1,43 milhão, e as importações registraram o valor de US$ 0,97 milhão, resultando em um superávit de US$ 0,46 milhão. O destaque é o crescimento das exportações para os países desenvolvidos entre 2004 e 2006. As exportações foram destinadas para os Estados Unidos, US$ 0,76 milhão; Bolívia, US$ 0,23 milhão; Argentina, US$ 0,1 milhão; França, US$ 0,1 milhão; Suíça, US$ 0,1 milhão; seguidos de pequenos valores para o Paraguai, Uruguai, Guatemala, Chile e Venezuela. As importações tiveram origem na China, US$ 0,46 milhão;

159

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualTaiwan, US$ 0,15 milhão; Estados Unidos, US$ 0,1 milhão; Itália, US$

0,1 milhão; seguidos de pequenos valores do México, Indonésia, Israel e Sri Lanka.

Na família outros insumos e materiais de consumo, segundo a organização das informações comerciais da ABIMO, são agregados os dados comerciais de materiais para hemodiálise, incluindo os hemodialisadores capilares, outros hemodialisadores e os acessórios. As informações sobre rins artificiais e de aparelhos de osmose reversa são alocadas no subsetor equipamentos médico-hospitalares. Além disso, as informações de termômetros clínicos e medidores de pressão arterial, incluindo eventuais equipamentos para essas finalidades, são também incluídas nessa família. Finalmente, no item instrumentos e aparelhos para transfusão de sangue, estão incluídas as informações de bombas de infusão e máquinas de circulação extracorpórea.

As importações de hemodialisador tipo capilar, outros hemodiali-sadores, acessórios para hemodialisadores registraram US$ 12,68 milhões, e as exportações alcançaram o valor de US$ 0,02 milhão, resultando em um déficit de US$ 12,66 milhões. As importações de fil-tros para hemodiálise, no valor de US$ 12,17 milhões, respondem por mais de 90% do valor total. Alemanha com US$ 6,54 milhões, Japão com US$ 5 milhões, França com US$ 0,3 milhão, Itália com US$ 0,26 milhão e Estados Unidos e Holanda com pequenos valores, foram os países de origem.

As importações de aparelhos para medida de pressão arterial registraram US$ 5,54 milhões, e as exportações alcançaram US$ 0,12 milhão, resultando em um déficit de US$ 5,42 milhões. Mesmo em aparelhos de medida de pressão arterial, de concepção e tecnologia relativamente simples, há uma dependência significativa de importações. As importações tiveram origem na China, US$ 2,55 milhões; Alemanha

160

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

US$ 0,93 milhão; Japão, US$ 0,7 milhão; Taiwan, US$ 0,54 milhão; EUA, US$ 0,44 milhão; e Indonésia, US$ 0,36 milhão. Argentina, China, Paraguai e Peru são os países para os quais o país exportou esses aparelhos, correspondendo a US$ 0,12 milhão.

O pequeno valor da corrente de comércio de termômetros clínicos de líquido de leitura direta indica que deve existir competência local de produção que supre, em grande medida, a demanda interna. As importações alcançaram US$ 1,11 milhão e as exportações, o pequeno valor de US$ 0,01 milhão, resultando em um déficit de US$ 1,1 milhão. Toda a importação de termômetros clínicos de líquido de leitura direta teve origem na China.

Finalmente, são apresentadas as informações da classe de produtos instrumentos e aparelhos para transfusão de sangue que, além de materiais de consumo utilizados em procedimentos médicos de transfusão de sangue, agregam informações de bombas de infusão. Do ponto de vista do estudo tecnológico, as bombas de infusão serão tratadas na família de equipamentos médico-hospitalares.

Esse subsetor denota comportamento oscilante nas trocas comer-ciais, saindo de uma posição deficitária de cerca de US$ 3 milhões, em 2004, para uma posição superavitária, em 2005, de US$ 1,3 milhão, retornando à posição deficitária de cerca de US$ 4 milhões em 2006. As importações registraram US$ 14,02 milhões, e as exportações alcançaram US$ 10,03 milhões, resultando em um déficit de US$ 3,99 milhões. A maioria dos fabricantes de bombas de infusão comercializa o produto e respectivos equipamentos, sendo menos freqüente a comercialização de equipos universais. Assim, esse componente tem peso expressivo nos valores indicados. O resumo dos destinos das exportações e origem das importações dessa classe de produtos, por regiões e países, é mostrado nas Tabelas 70 e 71.

161

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

Tabela 70 Exportações e importações de instrumentos e equipamentos de infusão e transfusão, por regiões, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou país Exportações ImportaçõesAmérica do Sul (principalmente Colômbia)

4.927.460 17.224

Ásia (principalmente Índia) 2.523.115 3.402.341União Européia (principalmente Holanda)

1.462.319 5.604.060

África (principalmente África do Sul)

7.994.89 0

EUA 150.000 4.081.158Oriente Médio 50.583 0América Central 0 846.861Canadá 0 0Austrália e Nova Zelândia 0 0Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Tabela 71 Exportações e importações de instrumentos e equipamentos de infusão e transfusão por países, 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou país Exportações ImportaçõesColômbia 1,65 0Índia 1,33 0Holanda 1,3 0Equador 0,85 0Tailândia 0,78 0,11Chile 0,71 0África do Sul 0,63 0Argentina 0,5 0.02Peru 0,39 0Bolívia 0,26 0Paraguai 0,2 0EUA 0,15 4,08Paquistão 0,14 0Uruguai 0,14 0Coréia do Sul 0,13 0Egito 0,12 0México 0,12 0,01Bélgica 0,1 0,43Bangladesh 0,1 0Angola 0,05 0Itália 0,05 0,32Cingapura 0,03 0Emirados Árabes 0,03 0

Continua

162

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

A Tabela 72 apresenta os dados resumidos de importações e exportações do subsetor insumos e material de consumo.

Tabela 72 Importações e exportações de insumos e materiais de consumo, 2006 (milhões US$/FOB)

Item Exportações Importações Saldo

Pensos adesivos 66,59 7,67 58,92

Pensos reabsorvíveis e semelhantes 1,35 5,02 -3,67Bolsas para hemodiálise, colostomia e outros usos médicos

0,71 6,54 -5,83

Outros recipientes para resíduos infectantes 21,63 8,81 12,82Bolsas para gelo e água quente e outros em borracha vulcanizada

2,26 0,6 1,66

Absorventes e outros artigos higiênicos de papel 17,61 1,28 16,33

Estojos e caixas de primeiros socorros 0 0,15 -0,15

Preservativos de borracha vulcanizada 0,09 11,26 -11,17

Outras meias de malha de fibras sintéticas 1,43 0,97 0,46

Filtros para hemodiálise e acessórios 0,02 12,68 -12,66

Aparelhos para medida de pressão arterial 0,12 5,54 -5,42

Termômetros clínicos de líquido de leitura direta 0,01 1,11 -1,1Instrumentos e aparelhos para transfusão, incluindo bombas de infusão

10,03 14,02 -3,99

Total 121,85 75,65 46,26Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Tabela 71 ContinuaçãoEspanha 0,03 0Iêmen 0,02 0Malásia 0,02 0Alemanha 0,01 2,26China 0,01 2,02França 0 1,91Japão 0 1,27Costa Rica 0 0,73Irlanda 0 0,31Malta 0 0,16Portugal 0 0,12República Dominicana 0 0,12Suécia 0 0,08Suíça 0 0,05Total 10,03 14,02Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

163

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualFinalmente, a Tabela 73 resume as informações comerciais do

subsetor implantes e equipamentos de reabilitação juntamente com insumos e material de consumo.

3.1.3.1.6 Odontológicos

Antes de iniciar o debate sobre o panorama tecnológico do subsetor de equipamentos odontológicos, são apresentados na Tabela 74 os dados comerciais de exportação e importação do subsetor, separados, primeiro, para os países desenvolvidos e, em seguida, para os países em desenvolvimento. São expressos o volume total de exportações (EXP) e importações (IMP), a balança comercial (S. BAL) e o saldo c orrente (S. CTE) comercializado, bem como a evolução desse mercado de 2005 para 2006.

Embora a discussão se concentre nos equipamentos, as informações comerciais referem-se também a materiais de consumo odontológico.

Na Tabela 74, observa-se que o subsetor apresentou redução das exportações e aumento das importações dos países desenvolvidos,

Tabela 73 Resumo do subsetor de insumos e materiais de consumo, no ano de 2006 (milhões US$/FOB)

Subsetor de insumos e materiais de consumoano 2006 – milhões US$ (FOB)

Item Exportações Importações SaldoPróteses e dispositivos ativos e não-ativos ortopédicos

29,32 95,96 - 66,64

Próteses e dispositivos ativos e não-ativos vasculares e cardíacos

24,01 121,39 -97,38

Aparelhos e dispositivos auditivos e lentes intra–oculares

1,88 48,61 -46,73

Materiais e insumos de uso cirúrgico e terapêutico 107,84 254 -146,16Outros insumos e materiais de consumo 121,85 75,65 46,26Total 284,9 595,61 -310,65Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

164

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

ampliando o saldo negativo na sua balança comercial. Para os países em desenvolvimento, ocorreu aumento das exportações, que já alcançam valor bastante expressivo e que garantem ao setor saldo favorável na balança comercial, devendo-se dar importância às importações dos países em desenvolvimento, pois esse crescimento pode representar uma forte concorrência que está entrando nesse mercado.

Na análise geral do comércio do subsetor, observa-se um crescimento baixo nas exportações contra um crescimento relativamente alto nas importações.

No Anexo VI, pode-se analisar com detalhes as informações da Tabela 74, apresentada com todos os itens que compõem o subsetor. Assim, apresenta-se o volume comercializado e a evolução de 2005 para 2006, podendo-se verificar a relevância de cada item para o subsetor. Da análise do subsetor, apresentam-se a seguir os destaques de alguns itens.

Dos materiais e insumos odontológicos, as três classes de gesso para uso odontológico: gesso moído para uso odontológico, outras formas de gesso para uso odontológico e outras composições para dentistas à base de gesso, representam um baixo valor na corrente de comércio, inferior a US$ 1,8 milhão. A balança comercial foi relativamente equilibrada com déficit em

Tabela 74 Comércio em 2006 e Evolução 2005/2006 do Subsetor de Odontologia, 2006 (milhões US$/FOB)

Odontológicos em 2006 (mil US$) Evolução 05/06

Comércio Exp. Imp. S. Bal S. CTE Exp. Imp.

Países Desenvolvidos 20112 24615 -4503 44727 -3,10% 6,40%

Países em Desenvolvimento

44364 1827 42537 46191 2,90% 110,10%

Total 64476 26442 38034 90918 0,90% 10,10%

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2007

165

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tualrelação aos países desenvolvidos e superávit em relação aos países em

desenvolvimento. Com importações de US$ 0,75 milhão e exportações de US$ 1,04 milhão, resultou um superávit de US$ 0,29 milhão.

O item constituído por cimentos e outros materiais para obturação dentária envolve duas classes de produtos, de acordo com a classificação do Mercosul: cimentos para obturação e outros produtos para obturação dentária. Dentre elas, a classe outros produtos para obturação dentária apresenta os maiores valores de importações, nos três últimos anos, registrando US$ 8,35 milhões em 2006. As importações de cimento e outros materiais para obturação dentária registraram US$ 9,61 milhões, originadas dos países desenvolvidos, principalmente Alemanha, EUA e Austrália, e as exportações alcançaram o valor de US$ 4,42 milhões, resultando em um déficit de US$ 5,19 milhões.

Embora os dentes artificiais de acrílico possam ser tratados como prótese no subsetor de implantes, trata-se de produto de uso comum e em escala, motivo pelo qual é tratado como insumo odontológico. O item apresentou exportações anuais médias no último triênio da ordem de US$ 6 milhões, e o grupo outros dentes artificiais, com exportações médias anuais de US$ 1,2 milhão no mesmo período. Este último item registrou, em 2006, exportações de US$ 7,68 milhões e importações no valor de US$ 0,73 milhão, resultando em um superávit de US$ 6,95 milhões. A Alemanha foi o principal destino das exportações brasileiras, com US$ 3,09 milhões, e a Argentina e Coréia do Sul importaram do Brasil, respectivamente, US$ 0,85 milhão e US$ 0,43 milhão.

O item pastas para modelar e ceras para dentistas envolve dois grupos de classificação NCM 34.07.00.10 e 34.07.00.20 e apresenta um volume de comércio pequeno nas trocas comerciais, provavelmente porque a demanda é suprida pela produção local.

166

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Em 2006, as importações registraram o valor de US$ 1,28 milhão, e as exportações alcançaram US$ 0,09 milhão, resultando em um déficit de US$ 1,19 milhão. A corrente de comércio de brocas e limas para odontologia é relativamente pequena, envolvendo importações de US$ 2,61 milhões e exportações no valor de US$ 1,12 milhão, resultando em um déficit de US$ 1,49 milhão. Os itens de maior influência são brocas de carboneto de tungstênio e, principalmente, limas importadas da Suíça. Apesar disso, parte substancial da demanda interna é suprida pelo mercado local. Do lado das importações, os materiais especiais utilizados em obturação dentária, originários principalmente da Alemanha, e as limas, importadas principalmente da Suíça, são os itens de maior expressão. Os maiores valores de exportações correspondem ao item dentes acrílicos, destinados, principalmente para Alemanha, Argentina e Coréia do Sul. A consolidação das informações comerciais dos materiais e insumos odontológicos é indicada na Tabela 75.

O item aparelhos dentários de brocar mesmo com outros equipamentos alcançou exportações de US$ 4,67 milhões, destinadas principalmente aos países em desenvolvimento, enquanto as importações registraram US$ 0,63 milhão, resultando em um

Tabela 75 Materiais e insumos odontológicos, 2006 (milhões US$/fob)

Item Exportações Importações Saldo

Gesso odontológico 1,04 0.75 0.29

Cimentos e materiais para obturação dentária 4,42 9,61 -5,19

Dentes artificiais de acrílico e outros materiais 7,68 0,73 6,95

Pastas para modelar e ceras para dentistas 0,09 1,28 -1,19

Brocas e limas - tungstênio, vanádio e de outros materiais

1,12 2,61 -1,49

Total 14,35 14,98 -0,63

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

167

superávit de US$ 4,04 milhões. Cerca de 80% das exportações foram destinadas para a América Latina e Ásia.

O item aparelhos operados por laser para tratamento bucal engloba os grupos com a classificação outros aparelhos para tratamento bucal a laser e aparelhos operados por laser para tratamento bucal. Apenas o primeiro grupo registra alguma troca comercial em 2006 de pequeno valor, com uma exportação de US$ 0,02 milhão. Da mesma forma, o grupo aparelhos operando por projeção cinética de partículas para tratamento bucal registrou o pequeno valor de US$ 0,02 milhão de importação e nenhuma exportação.

Também com valores pouco expressivos, o grupo aparelhos computadorizados para desenho e construção de peça cerâmica registrou US$ 0,08 milhão de importação e nenhuma exportação.

O grupo outros instrumentos e aparelhos de odontologia engloba fotopolimerizadores, equipamentos por ultra-som e outros, além de instrumentos de uso comum dos profissionais de odontologia. Em 2006, as exportações alcançaram US$ 22,66 milhões, e as importações registraram US$ 4,25 milhões, resultando em um superávit de US$ 18,41 milhões. Parte substancial das exportações brasileiras para os países em desenvolvimento foi destinada para a América do Sul, US$ 6,83 milhões; México, US$ 3,52 milhões; União Européia, US$ 2,47 milhões; África, US$ 1,43 milhão; Liga Árabe US$ 1,71 milhão; e Índia, US$ 1,36 milhão. Por outro lado, as importações desses produtos originaram-se, principalmente, da Ásia, US$ 1,37 milhão; União Européia, US$ 1,1 milhão; e EUA, US$ 0,98 milhão.

Apesar do expressivo volume de importações dos países desenvolvidos do item outros artigos e aparelhos de prótese dentária, a

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

168

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

evolução das exportações entre 2004 e 2006 sugere que há iniciativas recentes de produção local. Em 2006, as importações registraram US$ 4,38 milhões, e as exportações alcançaram o valor de US$ 0,64 milhão, resultando em um déficit de US$ 3,74 milhões. As importações brasileiras tiveram como origem principal os EUA, com US$ 2,46 milhões, e a Suíça, com US$ 1,37 milhão.

Embora o grupo cadeiras de dentistas condense também informações sobre cadeiras para salões de cabeleireiro, o produto praticamente não registra trocas comerciais. Assim, os dados referem-se essencialmente a consultórios odontológicos, compreendendo a cadeira odontológica, equipo e refletor. É possível que uma pequena parte desses valores corresponda a equipamentos que podem integrar os conjuntos odontológicos, na condição de acessórios, embora, usualmente, seus valores sejam alocados em outro NCM. Em 2006, as exportações alcançaram US$ 19,05 milhões, e as importações registraram US$ 0,12 milhão, resultando em um superávit de US$ 18,93 milhões. As exportações reduziram-se em cerca de US$ 1,5 milhão em relação a 2005, principalmente em relação aos países em desenvolvimento. Tal fato preocupa porque os conjuntos odontológicos são considerados como o carro-chefe do subsetor. A perda de vitalidade de nossas exportações para os países em desenvolvimento pode revelar ofensiva de outros fabricantes mundiais nesses mercados. A Tabela 76 fornece os valores das exportações brasileiras para os 27 principais importadores de conjuntos odontológicos brasileiros.

Tabela 76 Exportações de conjuntos odontológicos, jan. out. 2006 (milhões US$/FOB)

Mercado ou país Importações1º Alemanha 6.821.0562º México 1.200.7723º Rússia 1.185.8614º Romênia 699.279

Continua

169

Os aparelhos de raios X odontológicos são tratados separadamente. O Brasil dispõe de cerca de 200 mil profissionais de odontologia e de um parque instalado estimado em cerca de 100 mil aparelhos de raios X de uso odontológico, contando ainda com uma dezena de fabricantes nacionais que fornecem ao mercado interno e exportam valores expressivos, sobretudo para os países em desenvolvimento. Tal desempenho está relacionado aos aparelhos mais simples e de menor valor agregado, utilizados em diagnóstico e acompanhamento odontológico. Entretanto, a maior parte dos aparelhos de raios X de diagnóstico de tomada maxilar

Tabela 76 Continuação5º Chile 474.4856º China 436.9387º Venezuela 420.5278º Reino Unido 430.1779º Turquia 414.43610º Itália 406.36811º EUA 436.59512º Finlândia 310.97013º Índia 336.00014º Ucrânia 360.38815º Indonésia 366.98416º Irã 248.66717º Bolívia 234.39618º Espanha 227.30019º Equador 202.39520º Peru 152.73521º África do Sul 165.29722º Polônia 179.13923º Egito 128.92124º República Dominicana 131.43525º Paraguai 162.08326º Costa Rica 110.56827º Líbano 130.867Total 19.051.540Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

170

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

panorâmica é importada de países desenvolvidos. Em 2006, as exportações nessas duas classes de produto alcançaram US$ 2,96 milhões, enquanto as importações registraram US$ 0,05 milhão, resultando em um superávit no valor de US$ 2,91 milhões.

As exportações de aparelhos de raios X de diagnóstico de tomada maxilar panorâmica alcançaram US$ 0,11 milhão, e as importações registraram US$ 2,01 milhões, resultando em um déficit de US$ 1,9 milhão. O quadro abaixo resume as informações de importações e exportações do subsetor odontológico.

3.1.4 Empresas Líderes de Mercado e Patentes

O uso de bases de dados de patentes como fonte de prospecção tecnológica é baseado no pressuposto de que o aumento do interesse por novas tecnologias se refletirá no aumento da atividade de P&D e que isso, por sua vez, se refletirá no aumento de depósito de patentes (CGEE, 2006). Os principais bancos de dados comerciais hospedam bases de dados de patentes, como a base World Patent

Quadro 5 Resumo do subsetor odontológicos, no ano de 2006 (milhões US$/FOB)

Item Exportações Importações SaldoMateriais e insumos odontológicos 14,35 14,98 -0,63Aparelhos dentários de brocar mesmo com outros equipamentos

4,67 0,63 4,04

Aparelhos operados por laser, de projeção cinética, de construção de peças cerâmicas, computadorizados

0,02 0,10 - 0,08

Outros instrumentos e aparelhos de odontologia 22,66 4,25 18,41Outros artigos e aparelhos de prótese dentária 0,64 4,38 - 3,74Conjuntos odontológicos 19,05 0,12 18,93Aparelhos de raios X para diagnóstico e acompanhamento odontológico

2,96 0,05 2,91

Aparelhos de raios X de diagnóstico de tomada maxilar panorâmica

0,11 2,01 - 1,90

TOTAL 64,46 26,52 37,94Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

171

Index, desenvolvida pela Derwent, a base Inpadoc, desenvolvida pelo Escritório Europeu de Patentes e a base USPTO, desenvolvida pelo Escritório Americano de Patentes.

A capacidade de projeção de tendências tecnológicas futuras permite que vários inventores busquem uma forma de proteger o seu invento. A patente representa, normalmente, o primeiro momento em que uma nova tecnologia é levada, formalmente, ao conhecimento público, quando o inventor pede a proteção legal ao seu invento (CGEE, 2006). Entre o momento em que é solicitado o depósito e a efetiva comercialização de uma nova tecnologia, podem decorrer meses ou anos.

A tecnologia médica caracteriza-se por ser fortemente intensiva em pesquisa e desenvolvimento. Dentre as análises de patentes realizadas para o estudo prospectivo, destacam-se como usos potenciais da informação produzida os seguintes aspectos:

Ciclo de vida das tecnologias.•Identificação de tecnologias emergentes e alternativas.•Identificação dos atores (empresas, especialistas).•Política jurídica das empresas.•Tendências tecnológicas.•Potencial de pesquisa / identificação de novas linhas de pesquisa.•Redes de inventores, assuntos ou empresas.•Parceiros potenciais ou concorrentes.•Novos entrantes no mercado.•Empresas líderes atuais ou futuras.•

O setor de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos, em particular, caracteriza-se por uma forte componente tecnológica, o que é comprovado pelo expressivo número de patentes depositadas em nível internacional, conforme será apresentado nos resultados deste estudo.

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

172

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Os países líderes em depósito de patentes e também a atividade de patenteamento dos países formadores do BRICs – Brasil (Código BR), Rússia (Código RU), Índia (Código IN) e China (Código CN), estão representados na Figura 10. Dentre a atividade de patenteamento dos países formadores do BRICs, além de Taiwan (Código TW) – apenas a Índia não está no ranking dos dez maiores detentores de tecnologias na área. Entretanto, é importante ressaltar que, em números absolutos, os dois primeiros países do ranking, Estados Unidos e Japão, somam mais de 55,2 % do total de patentes existentes na área e os do BRIC 11,9%. O número de patentes depositadas no Brasil, por exemplo, é infinitamente menor do que cada um desses países isoladamente, cerca de 70 vezes menor do que os Estados Unidos e 67 vezes menor do que o Japão.

Figura 10 Ranking dos países por depósitos de patentes no mercado mundialFonte: CGEE, 2006

173

Tabela 77 Empresas líderes de todo o setor no mercado mundial, 2005 (bilhões US$)

Empresa País FaturamentoNúmero de

PatentesPosição

1 Johnson & Johnson (JNJ)

EUA 19,1 104 112

2 GE Healthcare (GE) EUA 15,2 1.395 2

3 Medtronic (MDT) EUA 11 890 11

4 Baxter International (BAX)

EUA 9,9 76 167

5 Tyco Helathcare (TYC)

EUA 9,5 120 89

6 Siemens Medical (SI)

ALEMANHA 9,5 1.353 4

7 Cardinal Health (CAH)

EUA 8,5 494 18

8 Philips Medical (PHG)

PAÍSES BAIXOS 7,6 1.304 5

9 Boston Scientific (BSX)

EUA 6,3 58 235

10 Abbott Labs (ABT) EUA 5,9 41 274

11 Becton Dickins (BDX)

EUA 5,5 31 241

12 Stryker (SYK) EUA 4,9 61 222

13 3M Healthcare (MMM)

EUA 4,4 66 149

14 Guidant (GDT) EUA 3,6 - -

15 Zimmer (ZMH) EUA 3,3 15 1.332

16 St. Jude Medical (STJ)

EUA 2,9 84 142

17 Kodak Health Group (EK)

EUA 2,7 135 74

18 Smith & Nephew (SNN)

REINO UNIDO 2,4 54 261

19 Beckman Coulter (BEC)

EUA 2,4 10 1.910

20 Alcon (ACL) SUÉCIA 2 46 324

TOTAL 136,6 6.337

Fonte: Adaptado de MX: Business Strategies for Medical Technology Executives - May/June, 2006

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

174

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

A Tabela 77 ilustra as empresas líderes no mercado mundial de dispositivos médicos. Ao analisá-la, comparando as empresas líderes do mercado de equipamentos médicos com as empresas líderes em patenteamento, observa-se que as empresas americanas lideram o mercado, com 16 dentre as 20 empresas do ranking. Das empresas líderes em patentes, somente a GE, a Medtronic, Siemens e Philips estão presentes. Percebe-se, também, que a empresa Guidant não tem depósito de patente no período analisado, mas, segundo a fonte consultada, a empresa foi adquirida mediante combinação entre a Boston Scientific e Aboott Labs.

As principais empresas depositantes no mercado mundial de EMHO estão indicadas na Figura 11.

A empresa com maior número de depósito de patentes é a multinacional japonesa Olympus Optical Co (Código OLYU), concentrando-se na tecnologia óptico-digital como sua competência básica, e tornou-

Figura 11 Ranking dos principais depositantes no mercado mundialFonte: CGEE, 2006

175

se nos últimos anos, um dos principais fabricantes de instrumentos ópticos2.

A segunda empresa do setor é a GE Medical System (Código GENE), faz parte do conglomerado GE, multinacional presente em mais de 100 países. A subsidiária da GE que atua nesse subsetor está sediada na Inglaterra e produz ferramentas de gestão e trabalho em rede, sistemas de informação em cuidados da saúde, sistemas de monitoração de pacientes, raios X convencional e digital, tomógrafo computadorizado, ressonância magnética, ultra-som, tomógrafo de emissão positron e medicina nuclear3.

A quarta empresa com maior número de depósitos de patentes na área é a Siemens Medical System (Código SIEI), que faz parte da Siemens AG, também multinacional, que já atua no Brasil há mais de 100 anos, sendo que a área médica já é responsável por cerca de 10% do seu faturamento no mundo. Na história da Siemens, há registro de grandes invenções do setor: em 1896, o primeiro tubo de raios X; o eletrocardiógrafo com amplificação do sinal eletrônico, em 1911; dispositivo elétrico de audição, em 1913; um sistema de medição universal para a medicina nuclear, em 1956; a primeira unidade ultra-sônica da ecografia com display em tempo real em 1966 e, em 1975, o tomógrafo computadorizado4.

A Konink Philips Eletronics (Código PHIG), conhecida como Philips, aparece como a quinta maior depositante de patentes na área. A empresa desenvolve produtos como: diagnósticos por imagem integrada, tais como raios X, tomografia computadorizada (CT), imagem de ressonância magnética de (MRI), medicina nuclear, tomografia computadorizada de emissão (SPECT), tomografia de emissão do positron (PET) e sistemas de ultra-som, bem como produtos radiológicos para oncologia, dispositivos de monitoração de pacientes, produtos de ressuscitação e sistemas de informação de cuidados em saúde5.

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

176

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

No Brasil, existem apenas 535 depósitos de patentes no setor de EMHO (CGEE, 2006). Conforme a Figura 12, dos dez maiores depositantes de patentes seis são pessoas físicas, aparentemente não ligadas a empresas e os outros quatro depositantes, correspondem a pessoas jurídicas sendo uma a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP (AMPA-Non-standard), duas universidades – a Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG (UYMI-Non-standard) e a Universidade Estadual Campinas – UNICAMP (UNIC-Non-standard) – e uma empresa TAKAOKA IND & COMERCIO LTDA K (TAKA-Non-standard).

Caso se selecione os vinte maiores depositantes, este perfil se replica, sendo doze deles são pessoas físicas e oito, pessoas jurídicas. Neste novo ranking, registra-se a presença da empresa Johnson &

Figura 12 Ranking dos principais depositantes de patentes no BrasilFonte: CGEE, 2006

177

Johnson Ind Ltda (Código JOHJ) e da Braile Biomedica Ind Com S.A (Código BRAI-Non-standard), a fundação ZerbinI (ZERB-Non-standard) e a Universidade Estadual Paulista (USP) (UYES-Non-standard). Os principais temas tecnológicos patenteados estão representados, segundo a classificação da CIP6, nas classes A61B (diagnóstico, cirurgia e identificação) e A61M (dispositivos para introduzir matérias no corpo ou depositá-las sobre o mesmo, dispositivos para fazer circular matérias no corpo ou para retirá-las, dispositivos para produzir ou pôr fim ao sono ou à letargia), como mostrado na Figura 13.

Quando se analisa o ranking das subclasses, como indica a Figura 14, confirma-se a classe A61B como a mais utilizada para classificar as tecnologias no Brasil, representada principalmente pela subclasse A61B-017/00 – instrumentos cirúrgicos, dispositivos ou métodos, por exemplo, torniquetes. É interessante registrar que as subclasses da classe da Física não estão presentes no ranking.

Figura 13 Ranking das principais classes da CIP no BrasilFonte: CGEE, 2006

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

178

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

No que diz respeito aos temas tecnológicos representados pela Classificação Derwent, Figura 15, a classe P34, referente à esterilização, seringas, eletroterapia foi à classe com maior concentração de depósitos no Brasil.

Tabela 78 Descrição das principais classes da CIP no Brasil

Descrição das Classes CIPA61B-017/00 - Instrumentos cirúrgicos, dispositivos ou métodos (torniquetes, etc.)A61B-019/00 - Acessórios para cirurgia ou diagnóstico; Instrumentos ou aparelhos não abrangidos por qualquer dos grupos de 1/00 a 17/00, (para-estereotaxia, operação asséptica, tratamento de luxações, etc.) A61B-005/00 - Detecção, medição ou registro para fins de diagnóstico (identificação de pessoas, etc.)A61B-005/117 - Identificação das pessoas (impressão digital, impressão do pé, técnicas de impressão, etc.)A61M-005/50 – Agulhas e detalhes, tendo meios para evitar a reutilização ou para indicar se está defeituosa, usada, com falsificação ou não-esterilizadaA61M-016/00 - Dispositivos para influenciar o sistema respiratório de pacientes por meio de tratamento a gás, por exemplo, respiração boca a boca e tubos para a traquéia (estímulo do movimento respiratório por meios mecânicos, pneumáticos ou elétricos, pulmões de aço, combinados com meios de respiração de gás)A61M-025/00 - Cateteres; sondas ocasA61H-015/00 - Massagem por meio de roletes, esferas, por exemplo, infláveis, correntes ou correntes de roletesA61H-023/02 - Massagem por percussão ou vibração, por exemplo, por meio de vibração supersônica, Massagem por vibração-sucção; massagem com diafragmas móveis com acionamento elétrico ou magnético A61B-006/00 - Aparelhos para diagnóstico por radiação, por exemplo, combinados com equipamento de terapia por radiaçãoFonte: CGEE, 2006

Figura 14 Ranking das principais classes da CIP no Brasil – DetalhamentoFonte: CGEE, 2006

179

3.1.5 Produção e Consumo dos EMHO

Os principais mercados de produção e consumo de equipamentos, estão presentes na Tabela 80.

Figura 15 Ranking das principais classes da Derwent no BrasilFonte: CGEE, 2006

Tabela 79 Descrição das principais classes da classificação Derwent no Brasil

Descrição das Classes DerwentP34 - Sterilising, syringes, electrotherapyS05 - Electrical Medical Equipment - Electrical Medical EquipmentP31 - Diagnosis, surgery - Diagnosis, surgeryP33 - Medical aids, oral administrationP32 - Dentistry, bandages, veterinary, prosthesisB07 - General - tablets, dispensers, cathetersD22 - Sterilising, bandages, dressing and skin-protection agentsA96 - Medical, dental, veterinary, cosmeticT01 - Digital ComputersB04 - Natural products and polymers, testing, compounds of unknown structureFonte: CGEE, 2006

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

180

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Oito países respondem por mais de 70% das exportações mundiais e consomem cerca de 50% das importações mundiais de equipamentos médico-hospitalares. A participação dos EUA nas exportações de equipamentos médico-hospitalares reduziu-se de 45% das exportações mundiais, em 1999, para 29,5%, em 2006, apesar da expressiva taxa de crescimento nos últimos três anos. Trata-se de nova estratégia dos grandes fabricantes mundiais de diversificação de seus pólos de produção e exportação, comprovada pela recente entrada do México, Irlanda e China no ranking dos maiores exportadores.

A concentração de mercado é evidente nesse setor, em que apenas quatro países detêm quase 80% da movimentação. As forças da oferta das empresas industriais e as demandas das instituições de saúde são apontadas como fatores que alimentam o dinamismo da oferta na indústria de equipamentos médico-hospitalares (MANFREDINI, 2006).

No Brasil, a indústria de equipamentos e materiais para uso médico estruturou-se no período de 1950 a 1980, tendo progressivamente passado a ofertar instrumentos médicos, materiais de consumo e

Tabela 80 Empresas líderes de todo o setor no mercado mundial, 2006 (milhões US$/FOB)

Principais Mercados (US$ Bilhões)

Mercado ou país Importações ExportaçõesEUA 28 22Alemanha 17 8,6Japão 8,5 6,2França 5,3 6,3Reino unido 4,7 5,3Irlanda 4,1 1,8China 4,1 4,7México 3,3 1,7Outros países 19,85 45,6Brasil 0,15 0,8Total 95 95Fonte: Radar Comercial/MDIC, 2006

181

equipamentos eletrônicos de maior densidade tecnológica. No primeiro semestre de 2006, as empresas do setor obtiveram alta de 33% nas exportações em relação ao mesmo período no ano anterior. Foram negociados US$ 61,8 milhões, contra US$ 46,3 milhões nos primeiros seis meses de 2005. Os números confirmam o ritmo ascendente das vendas externas, que em 2005, chegaram a US$ 398,5 milhões.

Segundo a ABIMO, 79,63% do mercado são compostos por empresas nacionais e 20,37% por estrangeiras, como indica a Figura 16.

A produção do setor no Brasil é considerada forte, compreendendo cerca de 515 empresas, 85% das quais são pequenas e médias empresas. Cerca de 79,64% dos produtores nacionais são financiados com capital brasileiro. As empresas estão localizadas principalmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Os principais produtos de venda centram-se em equipamentos e suprimentos cirúrgicos, mobiliário, equipamentos de anestesia e reanimação, aparelhos de

Figura 16 Composição do mercado: empresas nacionais x empresas estrangeirasFonte: ABIMO, 2006

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

182

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

raios X (básico), incubadoras, equipamentos de esterilização, próteses ortopédicas e materiais de consumo (ESPICOM, 2007).

A maior parte da produção (cerca de 90%) é direcionada ao mercado interno. Em 2005, como indicado na Figura 17, cerca de 48% das vendas da indústria doméstica foram para setor o privado, 44% para o SUS e outras entidades públicas, e 8% foram exportados.

A maioria das exportações encontra-se nas tecnologias de baixa complexidade, tais como insumos e materiais de consumo para curativos médicos, sutura e agulhas. O Brasil detém especialização em alguns produtos odontológicos, tais como cimentos, instrumentos e aparelhos, dentes artificiais, raios X e cadeiras odontológicas. O mais rápido crescimento de exportação nos últimos anos são os pensos adesivos. O restante da produção é exportado, principalmente, para outras partes da América Latina, em particular os membros da Associação Latino-Americana de Integração (ou Latin American Integration Association – LAIA); formada pela Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Figura 17 Destino produção doméstica do BrasilFonte: ABIMO, 2006

183

Os EUA, como indicado na Figura 18, representam o principal destino das exportações brasileiras individuais. Em 2005, contabilizou US$ 104,1 milhões ou 33,5% do total. Desse valor, US$ 62,3 milhões eram compostos por adesivos curativos. A União Européia (UE-15) representou US$ 48,8 milhões ou 15,7% do total. A Alemanha foi líder, com US$ 16,8 milhões, na sua maioria composta por peças artificiais, corpo e cadeiras dentárias. Uma grande quantidade de exportações é enviada para outros países latino-americanos. Argentina e México foram os principais destinos em 2005, com US$ 21,1 milhões e US$ 20,8 milhões, respectivamente.

Restritas à América Latina até 2005, as exportações de artigos brasileiros integram atualmente os mercados árabe e africano, como também, a comunidade européia e os Estados Unidos, ultrapassando 90 países. Os itens mais comercializados no exterior são implantes ortopédicos, válvulas cardíacas biológicas, próteses mamárias de silicone, aparelhos para neonatologia, além de consultórios odontológicos completos.

Figura 18 Principais destinos das exportações brasileiras em 2005Fonte: ESPICOM, 2007

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

184

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

O crescimento da produção nacional, portanto, esbarra não apenas no diferencial tecnológico entre as empresas nacionais e estrangeiras, mas também em mecanismo de comercialização que acaba atraindo para si os maiores compradores, como as licitações públicas, graças a ofertas de produtos-serviços fechados.

A política de saúde é a única política social que tem acoplada a si um corpo industrial muito importante, responsável pela produção de insumos, medicamentos, kits diagnósticos, vacinas e equipamentos de saúde. O Ministério da Saúde é responsável pela maior parte das compras governamentais do país e isso faz com que as empresas desenvolvem mecanismos em que esse poder de compra possa servir como uma ferramenta de política tecnológica e de inovação.

Atualmente, os editais públicos são uma forma de democratizar a demanda por projetos e é uma prática que deve continuar. Mas, a forma como estão sendo utilizados deve ser revista, focando nos seus temas e priorizando projetos mais avançados na cadeia de conhecimento, mais perto da inovação tecnológica em produtos e processos.

O parque tecnológico nacional de equipamentos médicos, que é avaliado em cerca de US$ 7 bilhões, tem entre 20% e 40% desse montante inoperante, seja por falta de pessoal qualificado, seja por ineficiências administrativas. Como pode ser observado nesse estudo sobre o mercado de EMHO, as importações são representativas para o setor e se originam principalmente de multinacionais como a Siemens, a Hewlett Packard, General Electric, dentre outras. Tais empresas de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos destinam recursos para P&D que representam 5,51% de seu faturamento bruto. Os recursos humanos envolvidos com P&D nessas empresas representam 5,9%.

185

O Brasil gasta muito pouco e de forma extremamente ineficiente com saúde. Aproximadamente 2,7% da população ocupada no mercado de trabalho estão no setor da saúde. A instalação de equipamentos no país não segue uma lógica geográfica ou espacial de localização, com falta de equipamentos em muitos lugares e grande concentração de equipamentos em outros. Isso ocorre principalmente devido à falta de regulação e fiscalização apropriada do governo.

O desenvolvimento interno das corporações brasileiras resulta também na sua expansão dentro do cenário globalizado em que o país se encontra. O setor industrial de saúde tem capacidade para suprir de 90-95% das necessidades de equipamentos e materiais de consumo de um hospital geral, nos padrões mundiais. O Brasil pode se tornar cada vez mais auto-suficiente nesse subsetor e ser um importante ator internacional, o que pode ser observado pela crescente evolução das exportações (APEX, 2007).

Além da indústria de equipamentos médicos ser vital e inovadora para o país, é também um componente chave ao complexo da saúde e representa com os fármacos um dos pilares da tecnologia médica.

3.2 Inovação e Tendências Tecnológicas no Setor de Saúde

A inovação tecnológica assume um papel central no desempenho da economia, pois tem provocado um forte impacto nos setores onde são inseridas. O fortalecimento da capacidade de incorporação de tecnologia é essencial para o aprimoramento do setor de saúde e para a agregação de qualidade aos seus serviços.

Nessa área é grande a demanda atual por informação tanto por parte de pacientes quanto de profissionais de saúde e administradores

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

186

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

dos Estabelecimento Assistenciais da Saúde (EAS). Percebe-se que os pacientes desejam melhorar sua conscientização e controle efetivo de sua saúde e os profissionais da saúde necessitam de informação para tomarem decisões, se manterem atualizados e qualificados para um melhor desempenho do seu trabalho. As empresas precisam de informação para gerenciar custos, qualidade no atendimento e propor inovações para o produto ofertado ao setor da saúde.

Diante deste contexto, modalidades alternativas para o cuidado à saúde têm-se destacado no campo, no que é chamado de e-Saúde ou Saúde Digital. Um dos cenários é o Home Care, modalidades de cuidado à saúde onde o paciente pode tratar da sua doença em casa junto da família, possibilitando uma recuperação mais rápida e por meio das TICs, permite ao profissional saúde um melhor acompanhamento deste paciente.

A mobilidade e a convergência digital permitem que novas plataformas tecnológicas para área da saúde sejam desenvolvidas, fortalecendo temas como inclusão digital e governo eletrônico. Em suma, convivem, no cenário de pesquisa e desenvolvimento das novas TICs, a convergência digital entre telefonia, fixa ou móvel, internet e telecomunicações (rádio e TV), modificando não apenas nos comportamentos e relação humanas e institucionais, mas também nos padrões de conexão entre as infra-estrutura de todos os setores da vida econômica e social.

Uma área de grande potencial que vêm sendo pesquisada é o campo de equipamentos de baixo custo que aproveitam as potencialidades de um microcomputador. Atualmente o microcomputador é comum em praticamente todos hospitais, pronto-socorros, postos de saúde, clínicas e até entre a população em geral. Os componentes mais caros, críticos e volumosos dos equipamentos, podem ser substituídos pela

187

tela do computador e respectiva impressora. Pretende-se dessa maneira simplificar ao máximo o hardware, permitindo assim reduzir custos, para torná-lo acessível à rede de saúde pública e até aos próprios pacientes com problemas crônicos.

Continuamente, surgem novas áreas de pesquisa e desenvolvimento - P&D e tecnologias. A biomecatrônica, por meio do desenvolvimento de próteses eletromecânicas; metabolônica, com pesquisas de subprodutos do metabolismo humano (biossensores); a engenharia genética aplicada à utilização do metabolismo das bactérias como fontes de medicamentos mais baratos; a nanotecnologia e a computação molecular constituem novas perspectivas para os próximos anos.

3.2.1 Fomento em Pesquisas

As ações de fomento à pesquisa conduzidas pelo Ministério da Saúde, por intermédio do Departamento de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, apresentaram avanços significativos nos últimos anos. As decisões políticas de gestores do Ministério da Saúde propiciaram condições favoráveis à constituição de novos marcos técnicos e políticos para a área.

Desde 2003, foram financiadas 1.600 pesquisas, com investimento de R$ 207,8 milhões somente de recursos do Ministério da Saúde e R$ 335 milhões, somando-se as cooperações técnicas com as agências de fomento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), as fundações de amparo à pesquisa e as secretarias estaduais de saúde.

Os sistemas de saúde de diferentes países vêm sofrendo o impacto provocado por um cenário de elevação de gastos e de restrição

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

188

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

de recursos em saúde, além da conseqüente reestruturação dos serviços. Assim, os gestores têm demandado informações consistentes sobre os benefícios das tecnologias e a repercussão financeira sobre a esfera pública, visando subsidiar a formulação de políticas e a efetiva tomada de decisão.

A partir dos anos 1990, o crescimento contínuo dos dispêndios em saúde, o surgimento de novas tecnologias e as mudanças no perfil epidemiológico das populações impeliram ao desenvolvimento de mecanismos de articulação entre os setores envolvidos na produção, na incorporação e na sua utilização nos sistemas de saúde.

No Brasil, a evolução das atividades de fomento nessa área atesta o progressivo empenho político do Poder Público em seguir a assertiva da Organização Mundial da Saúde (OMS): “geração de novos conhecimentos por meio do método científico para identificar e lidar com problemas de saúde” (Relatório da Comissão sobre Pesquisas em Saúde para o Desenvolvimento – 1990).

Paralela à orientação internacionalmente consolidada, e aprimorada ao longo dos anos, um novo projeto nacional se desenha com a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e implementação da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde (ANPPS). Tais iniciativas foram inscritas no momento histórico da Segunda Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, ocorrida em 2004, que sublinhou o pacto entre usuários, trabalhadores, gestores e pesquisadores em torno da indução das pesquisas segundo as linhas mestras da ANPPS.

Esses instrumentos, implementados pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (DECIT/MS) e o Conselho Nacional de Saúde, foram somados às parcerias com a UNESCO e o MCT, por

189

meio do CNPq e a FINEP. Isso resultou no lançamento de 30 editais temáticos e 1.277 projetos financiados, de 2003 a 2005. Nesse mesmo período, foram apoiados 1.260 estudos em diversas áreas do conhecimento: alimentação e nutrição, violência, acidentes e trauma, sistemas e políticas em saúde, mortalidade materna e morbi-mortalidade neonatal, saúde bucal, hantavírus e outras retroviroses, saúde mental, saúde dos povos indígenas, neoplasias, terapia celular clínica e pré-clínica, avaliação econômica e análise de custos, hanseníase, PPSUS Amazônia, bioética, avaliação do Sistema Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) / Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e assistência farmacêutica.

Em 2006, um dos editais lançados em parceria com o CNPq destinou-se a apoiar pesquisas sobre gestão do trabalho, gestão da educação e comunicação e informação em saúde (MCT-CNPq/MS-SCTIE-DECIT – Nº 23/2006). Para tal atividade, foram alocados R$ 6 milhões, atendendo a 19 projetos, fomentando pesquisas nas áreas de comunicação e informação, de modo a contribuir para o avanço do conhecimento, a geração de produtos, bem como subsidiando a formulação e implementação de ações públicas em saúde. A previsão de investimentos do Ministério da Saúde para pesquisas selecionadas por meio de editais temáticos – em parceria com a FINEP e com o CNPq, como mostra Quadro 6, foi da ordem de R$ 125,9 milhões. Essas chamadas públicas foram constituídas a partir do debate entre representantes da gestão pública, da comunidade científica e acadêmica e dos usuários.

Quadro 6 Editais do DECIT em parceria com a FINEP e o CNPq (C&T – MS, 2006)

Editais Importações

Avaliação Tecnológica em Saúde (ATS) / REBRATS 7.857.000

Inovação em Produtos Terapêuticos e Diagnósticos 63.570.000

Subtotal FINEP 71.440.000

Continua3.

Des

criç

ão d

o Pa

nora

ma

Atu

al

190

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Em 2007, foi aprovado o Projeto Editoral para conduzir as ações da área que pretende enfatizar a divulgação científica e a implementação do jornalismo científico, incluindo a capacitação da equipe técnica. Os conteúdos terão como foco a divulgação das ações como pesquisas em desenvolvimento, avaliação tecnológica em saúde, discussões no campo da biotecnologia, estudos multicêntricos e resultados de pesquisas. O público-alvo é composto por pesquisadores, gestores e usuários do SUS, e as estratégias segmentadas de acordo com conteúdo e objetivos.

Nos últimos três anos, as ações de fomento têm merecido atenção política e recursos crescentes. A expansão orçamentária é evidente: enquanto em 2003 investiram-se R$ 6,7 milhões em 151 projetos de pesquisas, em 2004, 844 projetos foram financiados com R$ 60,2 milhões, dos quais 441 projetos foram voltados ao desenvolvimento regional, integrando o Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS): gestão compartilhada em saúde, somando R$14,6 milhões. Em 2005, o montante de R$ 127,8 milhões foi investido pelos parceiros do MS, como CNPq, FINEP e UNESCO. Foram financiados 416 projetos por meio de editais temáticos e pesquisas estratégicas e de desenvolvimento

Quadro 6 Continua

Doenças Negligenciadas 20.000.000

Envelhecimento Populacional e Saúde da Pessoa Idosa 6.000.000

Determinantes Sociais e Populacionais Vulneráveis (população masculina, com deficiência e pessoa idosa)

10.000.000

Saúde e Ambiente 3.500.000

Gestão do Trabalho em Saúde; Gestão da Educação em Saúde; Comunicação e Informação em Saúde

6.000.000

Potencial Farmacológico de Organismos Marinhos 3.000.000

Genética Clínica 4.000.000

Saúde Suplementar 2.000.000Subtotal CNPq 54.500.000Total (FINEP + CNPq) 125.940.000Fonte: DECIT/MS, 2006

191

tecnológico no complexo produtivo da saúde. Ainda nesse ano, em cooperação técnica com a FINEP, foram dedicados R$ 72,1 milhões em 38 pesquisas relacionadas aos editais Rede Multicêntrica de Avaliação de Implantes Ortopédicos (REMATO) e Implantação de Unidades de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensino, Estudo Multicêntrico Longitudinal em Doenças Cardiovasculares e Diabetes Mellitus (ELSA BRASIL). E por meio de convênio com a UNESCO, a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) foi financiada com R$ 7,7 milhões.

Na Figura 19, observa-se a série histórica de incentivo à pesquisa entre os anos 2003 e 2005, com a evolução da modalidade de fomento por meio de editais temáticos e chamadas públicas. As contratações por encomenda – que em 2003 consumiam 55,3% dos recursos do DECIT – diminuíram significativamente para o patamar de apenas 11,1% em 2005. A Figura 20 confirma, assim, a consolidação de uma política de eqüidade e de participação democrática no incentivo às atividades de pesquisa.

Figura 19 Evolução das atividades de fomento no DECIT, 2003 a 2005 (DECIT, 2007).Fonte: DECIT/MS, 2007

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

192

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Uma das novidades da pesquisa realizada pelo IBGE, em parceria com a FINEP, é a inclusão de empresas de serviços de alta intensidade tecnológica, como telecomunicações, informática e pesquisa e desenvolvimento. Em 2005, somando-se 2.418 empresas de serviços inovadoras às indústrias, o Brasil teve 32,8 mil empresas que fizeram inovação tecnológica em produto ou processo. Do total do gasto industrial em inovação em todo o país, mais da metade (55,6%) foi efetuada pelas empresas paulistas. Segundo a pesquisa, o estado de São Paulo reúne 35,3% das empresas industriais inovadoras.

As atividades de pesquisa contabilizaram profissionais ocupados em atividades internas de P&D, com cerca de 3,7 mil nas empresas de telecomunicações, 14,7 mil nas empresas de informática, 23,5 mil nas instituições de pesquisa e desenvolvimento, e 58,4 mil nas empresas industriais. Com relação ao nível de qualificação, a pesquisa mostra que os setores de informática e de telecomunicações empregaram as maiores cotas de profissionais com nível superior. Em 2005, das 47,6 mil pessoas ocupadas em P&D, cerca de 27,6 mil eram de nível superior.

Figura 20 Distribuição percentual dos recursos financeiros para fomento de pesquisas nas regiões norte, nordeste e centro-oesteFonte: DECIT/MS, 2007

193

Outra forma de avaliar o esforço inovador é a participação dos gastos com inovação na receita. Os serviços de Pesquisa & Desenvolvimento, com nível de 68,9%, de informática (5,9%) e de telecomunicações (3,3%), realizaram esforços inovadores mais intensos do que a indústria (2,8%) em 2005.

O governo, por meio do Edital MCT/FINEP/MC/FUNTTEL – ÁREAS TE-MÁTICAS PRIORITÁRIA – 02/2007 e do Edital MCT/CNPq/CT-SAÚDE – 24/2007, pretende ampliar as parcerias entre centros de pesquisas e empresas para que elas possam buscar a inovação e melhorar sua participação no mercado.

3.2.2 Aspectos Tecnológicos e Operacionais

A variação do ciclo dos produtos e equipamentos está cada vez mais intensa. Percebe-se que alguns equipamentos têm o ciclo de vida curtíssimo, enquanto outros têm um ciclo mais longo, mas, independente dessa variação, os equipamentos ficam obsoletos mais rapidamente do que no passado. Frente a essa dinâmica, uma empresa deve buscar estar sempre à frente da concorrência, com equipamentos novos e inovadores, com soluções de interconectividade e tecnologias da informação e comunicação mais modernas e de acordo com o que o mercado exige.

Inovação é uma questão complexa, porque depende de tendências mundiais, ou megatrends. O impacto ambiental, o aquecimento global e a vida média da população mundial são exemplos de megatrends. Eles sinalizam as tendências futuras que o mercado vai exigir de produtos que as empresas têm que desenvolver para atender. Além de observar as megatrends, a inovação exige ouvir os clientes e o que eles necessitam e desejam. Outro fator é a tecnologia disponível – pode-se atuar mais nas áreas em que já se domina a tecnologia. Esses vários fatores levam a desenvolver novos equipamentos ou soluções que o mercado exige ou vai exigir. A inovação hoje é uma questão de sobrevivência das organizações.

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

194

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

3.2.2.1 Micro e Nano-eletrônica

As indústrias líderes de tecnologia projetam para os próximos 15 anos a introdução comercial de novos padrões de processamento e armazenagem de informação, sendo a eletrônica molecular a nova fronteira a ser ultrapassada depois da microeletrônica e da atual nano-eletrônica. Segundo o professor Sergio Bampi, do Instituto de Informática (II) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, as companhias prevêem para 2018 a fabricação de circuitos integrados (chips) com capacidade de memória de 32 gigabits em cada centímetro quadrado de silício. As empresas do setor estão desenvolvendo nano-supercomputadores, nos quais um mesmo chip contenha milhares de processadores e bilhões de bits, o que garantirá não apenas velocidade, mas mudará o paradigma do hardware. Esse é o caminho a ser trilhado pela computação integrada nos chips, o que influenciará diretamente a produção de equipamentos biomédicos. Esse prognóstico da indústria é realista em função dos expressivos investimentos e estudos em andamento nas empresas e universidades líderes no mundo em nano-eletrônica.

Segundo estudo governamental, nos últimos cinco anos, o Brasil in-vestiu R$ 150 milhões em nanotecnologia, com investimentos que vieram do Programa Nacional de Nanotecnologia – PNN, que usa fundos setoriais, subvenção econômica (aplicação de recursos públi-cos não-reembolsáveis em empresas) e editais, enquanto os Estados Unidos e o Japão gastaram cerca de US$ 1 bilhão por ano (Boletim Informática, 2007).

A nanotecnologia permite trabalhar em uma escala quântica/atômica. Ao variar a estrutura e a composição de materiais comuns, cientistas podem mudar dramaticamente suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Como exemplo de aplicação na área medica, prevê-se que

195

as nanopartículas possam viajar livremente pela corrente sangüínea para atacar um câncer específico, bem como serem colocadas em um colírio para tratar um glaucoma e possibilitar cirurgias atômicas. Em imagens e micro ou nanoscopia, prevê-se também câmeras de nanotecnologia dentro do corpo humano. Cada unidade fornecerá parte da imagem, semelhante aos olhos compostos de insetos. As nanopartículas poderão ter outras aplicações decorrentes da sua característica de bioluminescência.

Na University of North Carolina em Chapel Hill, imagens de tomografia computadorizadas foram criadas com raios X de nanotubo de carbono. Imagens quantitativas de células são uma ferramenta importante para o diagnóstico de câncer e para medir a quantidade de agentes quimioterápicos liberados a cada célula de câncer. O conceito desses equipamentos será modificado com o surgimento de um novo nanotransistor químico que possibilitará a criação de equipamentos biomédicos ultra-sensíveis, capazes de detectar um antígeno único em uma amostra de sangue ou uma única célula cancerígena. Um sistema de liberação de droga baseado em nanopartículas, em que um campo magnético aplicado direciona o acúmulo de nanocarregadores com drogas em células de tumor, foi recentemente publicado na revista Molecular Pharmaceutics (Portal Oftalmologia, 2007). Além disso, metais preciosos, como a prata e o ouro, que são ingredientes chave de nanocomponentes, podem ser desenhados para medir as reais quantidades de droga sendo absorvidas pelas células cancerígenas.

Também será possível desenvolver polímeros com memória para clínicas médicas - materiais que se transformam em uma forma pré-determinada quando ativados por luz, calor ou campo magnético e podem ser implantados e ativados em qualquer lugar no corpo humano. A primeira dessas tecnologias aparecerá na forma de auto-suturas e aparelhos ortodônticos que se ajustam rapidamente.

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

196

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

3.2.2.2 Novos Protocolos de Inter-conectividade

A integração das diferentes aplicações das TIC requer recursos específicos tais como biossensores, microeletrônica, instrumentos computadorizados, terminais de rede, rede de comunicação, conexões por satélites e outros. Para que seja possível a implementação das aplicações em e-Saúde, os padrões definidos por protocolos de comunicação devem favorecer a interoperabilidade dos sistemas de informação e a compatibilidade dos dados. Nesse contexto, a padronização deve ser considerada como uma ação estratégica importante para a difusão do e-Saúde (ROCA, 2001).

A escolha do protocolo de comunicação é de fundamental importância, pois permite ampliações e/ou adição de novos serviços. Entre os órgãos de padronização dos protocolos de comunicação, destacam-se: American National Standardization Institute (ANSI), International Standards Organization (ISO) e World Health Organization (WHO). Na Tabela 81, são apresentados esses órgãos com seus respectivos protocolos desenvolvidos para aplicações na área da saúde (TOLEDO, 2003; ROCA, 2001).

Tabela 81 Resumo de alguns protocolos de comunicação que devem ser implementados em aplicações de e-saúde. Os padrões definidos têm que proporcionar a interoperabilidade de dispositivos de monitorização e intercâmbio dos sinais biomédicos

Protocolo de Comunicação Órgão de

Padronização

Descrição

ASTM 1467 ASTM Formato de armazenamento e intercâmbio de medidas neurofisiológicas (EEG, EMG, ECG). Possibilita armazenar outros tipos de dados.

HL7 (Health Level) HL7 (Adotado depois pela ASI)

Formato de intercâmbio de informação entre sistemas de informação hospitalar. Possibilita intercâmbio de parâmetros e sinais como resultados de exames clínicos. A sua última versão (3) tem acrescentado um modelo de referência para representar a informação clínica.

Continua

197

O formato da informação médica pode ser obtido de diversas formas, tais como: texto, áudio, imagens estáticas ou dinâmicas, código de barras, voz e sinais biomédicos. No entanto, para que o intercâmbio da informação entre o equipamento médico-hospitalar e o sistema computacional seja realizado, são desenvolvidos middleware (software shell), encarregados de intermediar as comunicações entre o sistema operacional e o software aplicativo, independente do tipo de hardware, do sistema operacional e do protocolo de comunicação. Como padrão de middleware, o CORBAmed tem promovido a desejada interoperabilidade entre os equipamentos, instrumentos e sistema de

Tabela 81 Continuação

DICOM (Digital Imaging and Communications)

NEMA Formato de armazenamento e intercâmbio de imagens médicas admite também sinais biomédicos.

MEDICOM (Medical Imaging Communication)

CEN ( ENV 12052) Adaptação do padrão DICOM pelo CEN, com novas informações e interoperabilidade.

SCP-ECG CEN (ENV 1064) Formato de armazenamento ECG. Pode incluir compressão do sinal e dados derivados. Adotados por fabricantes de ECG.

VITAL CEN (ENV 13734) Modelo para a interoperabilidade entre dispositivos de monitorização. Proporciona uma representação comum independente do dispositivo, de sinais vitais e um modelo de acesso a essa informação.

IEEE 1073.5.x (Point-of-care medical device communication)

IEEE Permite adicionar padrões na interconexão de dispositivos médicos por meio de uma LAN/WAN.

MIB (Medical Information ) IEEE (IEEE 1073) Conjunto de padrões para a interoperabilidade plug and play de dispositivos em um ponto de cuidado (Point-of-Care).

Fonte: Adaptado de TOLEDO, 2003 e ROCA, 2001

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

198

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

informação, bem como melhorado a qualidade do compartilhamento dessa informação de forma confiável e segura e a redução dos custos dos serviços médicos.

3.2.3 Cenários de Aplicações

3.2.3.1 e-Saúde

O e-Saúde, definido como um campo emergente na intersecção da informática médica, saúde pública e negócios, tem tornado o compartilhamento da informação em saúde mais acessível pela internet e tecnologias relacionadas, tais como a computação móvel, Wireless e a Wi-Max.

Seguindo a vertente em que os equipamentos médico-hospitalares podem ser ligados a um microcomputador, aplicações em e-Saúde, seja a Telemedicina ou a computação móvel, permitem que os equipamentos sejam usados remotamente, ou seja, com a ajuda de um modem comum já existente nos computadores. Nesse tipo de procedimento, o paciente fará seu exame em sua própria casa, o médico o receberá imediatamente no seu consultório pela linha telefônica e poderá orientar o paciente. Mesmo em postos de saúde, onde em geral não há um especialista atendendo, o próprio clínico fará o exame no paciente, transmitirá o resultado a um especialista dentro de um hospital, que fará o diagnóstico, orientando o médico clínico no posto de saúde, ou pronto-socorro, sempre pela linha telefônica. Acredita-se que esse tipo de procedimento nos casos de emergência, em locais pobres e ermos, poderá salvar muitas vidas.

Assim, as plataformas tecnológicas que utilizam procedimentos como da telemedicina, computação móvel, dentre outras convergências digitais, possibilitam que os equipamentos médico-hospitalares

199

possam ser usados também nas campanhas de saúde, fornecendo exames de baixo custo à população carente.

3.2.4 Potencial de Inovação

De acordo com Motta, Albuquerque e Cassiolato (2000), há três assuntos muito discutidos por estudiosos do setor da saúde: o conceito de complexo médico-industrial, as fortes evidências sobre a existência de um sistema biomédico de saúde e os estudos sobre as interações entre as universidades e as indústrias na geração das inovações. O primeiro trata da articulação que envolve a assistência médica, as redes de formação profissional, a indústria farmacêutica, a indústria produtora de equipamentos médicos e instrumentos de diagnóstico. É necessário estudar os fluxos de informação tecnológica e os mecanismos de geração da inovação nesse complexo da saúde. O segundo sugere um sistema biomédico de inovação do qual os hospitais participam intensamente. E o terceiro detalha as várias formas de interação entre as universidades e a indústria na geração de tecnologia médica.

Algumas comparações em relação ao mundo merecem espaço. Por exemplo, no MIT, representado na Figura 21, incentiva-se muito o aluno a ter uma visão de empreendedor, e não tanto uma visão passiva como nas universidades brasileiras onde os alunos não são preparados para serem inovadores.

Figura 21 Potencial de Inovação (MIT, 1997)Fonte: BANK BOSTON, 1997

MIT - Impacto da Inovação

4.000 empresa (ex-alunos e professores)150 novas empresas/ano1,1 milhão depessoas empregadasFaturamento anual: US $ 232 bilhões - 24a maior ecomia do mundo

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

200

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Sistemas nacionais de inovação são arranjos compostos por instituições como empresas, redes de interações entre essas empresas, agências governamentais, universidades, institutos de pesquisa, laboratórios de empresas, dentre outras, as quais são responsáveis pela geração, implementação e difusão das inovações. Elas podem ser tanto produto de uma ação planejada como somatório de decisões não planejadas, impulsionando o progresso tecnológico. Observa-se na Figura 22 que a distribuição de pesquisadores e engenheiros de P&D no Brasil concentra-se nas universidades.

Um dos potenciais que se enxerga para o país são as nanotecnologias na medicina, como mostrado na Figura 23, com projeção de US$ 30 bilhões para 2015 na área da saúde.

Figura 22 Perfil de inovação: distribuição de pesquisadores e engenheiros de P&D na indústria, governo e universidadesFonte: INOVA UNICAMP, 2006

201

3.2.4.1 Novos Procedimentos de Diagnóstico e Terapias

No que se refere ao mercado de equipamentos de diagnóstico por imagem e de terapia, o setor da saúde vem experimentando um crescimento acima da média dos últimos anos. A valorização do real frente ao dólar foi um fator importante desse crescimento. Essa demanda veio também acompanhada de maior competitividade no mercado. Isso tem gerado benefícios para os pacientes, melhoria nas aplicações clínicas, maior precisão diagnóstica e processos mais eficientes, que proporcionam agilidade e aumento de produtividade, bem como maior conforto para o paciente.

Iniciativas como essas se somam a outras, da mesma ordem, como a monitoração remota, que reduz significativamente o tempo que o equipamento fica indisponível, e outros esforços permanentes de capacitação das suas equipes.

Figura 23 Potencial de mercado em nanotecnologia esperado para 2015, (bilhões US$)Fonte: NATIONAL SCIENCE FOUNDATION, 2007

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

202

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

3.2.4.2 Pesquisa em Desenvolvimento para os Subsetores de EMHO

Reportando à Figura 23, podemos concluir que, Imagens Biomédicas e Processamento de Imagem, e Bioinstrumentação (Sensores), Micro e Nano Tecnologias, e tem quantidade significativa de trabalhos desenvolvidos na área cardíaca, tanto em instrumentação como imagem. Trabalhos sobre equipamentos de diagnóstico, como Eletrocardiógrafos que podem se integrar em sistemas de Telemedicina com as ferramentas necessárias para transmitir informação ponto a ponto, por meio da internet e validados a partir da norma técnica IEC 60601-2-51, evidenciam a busca por inovação no setor da saúde. Atualmente, os países da América Latina e Caribe ainda concentram suas pesquisas em microtecnologia.

3.3 Formação, Capacitação e Qualificação

A complexidade dos equipamentos hospitalares é fortemente influenciada pela qualidade do processo tecnológico da saúde, pela imagem do hospital e pela participação no mercado. Aliados aos custos de aquisição, aspectos como dimensionamento da tecnologia e uso adequado dos equipamentos e das inovações tecnológicas permitem pensar em um dos principais pilares que caracterizam a gestão da tecnologia médico-hospitalar: o recurso humano.

A complexidade da tecnologia torna importante a necessidade de desenvolver recurso humano capacitado e qualificado. Como se observa no gráfico da Figura 24, a complexidade tecnológica é pouco atendida em relação aos recursos humanos. Quando se tem uma baixa complexidade tecnológica, tem-se uma quantidade de recursos humanos relativamente aceitável. Ao mudar a complexidade da

203

tecnologia, entretanto, o recurso humano começa a ser deficiente. Importante ressaltar que, do ponto de vista do setor industrial, para se ter um produto sustentado no mercado, o usuário deve ter informação e estar preparado para manusear a tecnologia.

Segundo o Ministério da Saúde, no setor público, o valor do parque tecnológico de equipamentos médico-hospitalares é estimado em US$ 7 bilhões. Entre 20% e 40% dessa infra-estrutura estão inoperantes, por aquisições inadequadas, qualidade insatisfatória e principalmente pelo uso indevido dos equipamentos. Diante de tal contexto, o Ministério da Saúde tem impulsionado a formação de sistemas de gerência e manutenção de equipamentos, a capacitação de recursos humanos especializados, a instituição de sistemas para garantia de qualidade e a elaboração de proposta para avaliação e regulamentação das tecnologias e projetos de investimento científico.

Os incentivos financeiros criados pelo Ministério da Saúde ocasionaram uma rápida expansão de diversos vínculos com os serviços de saúde. Esses vínculos, de acordo com a Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária – AMS do IBGE, apresentam-se de três

Figura 24 Complexidade tecnológica e Recursos humanosFonte: OPAS, 2007

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

204

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

formas: (i) próprio, quando o contrato é efetuado direto com o EAS; (ii) intermediário, quando o contratado se dá por meio de empresa, cooperativa ou entidade diferente do EAS; e (iii) a prestação de serviços e trabalho autônomo nos EAS, englobando outras formas de vínculo.

Conforme Quadro 7, nota-se que a vinculação formal prevalece para todas as ocupações de trabalho. Os técnicos e auxiliares que trabalham com equipamentos médico-hospitalares apresentam maiores percentuais no país de vinculo intermediário, e ainda, da prestação de serviço e do trabalho autônomo. Diante desse contexto, a incorporação de novas tecnologias na saúde (novos produtos, instrumentos, equipamentos e/ou processo) e o perfil de um setor constituído por atividades eminentemente intensivas de recursos humanos exigem novas qualificações para operação, fazendo crescer a demanda efetiva por força de trabalho.

Quadro 7 Percentual de postos de trabalhos de ocupações técnicas/auxiliares e de qualificação elementar segundo forma de vínculo com os estabelecimentos de saúde. Brasil – 1999 a 2002

Ocupações 1999 2002 Empresa País Faturamento Número

de Patentes

Posição

Total Nível Técnico/Auxiliar 89,73 10,27 89,61 10,4Téc./Aux. em histologia 73,45 26,54 84,03 15,98Téc./Aux. em patologia clínica/laboratório 82,44 17,56 86,89 13,11Téc. em citologia/citotécnica 78,73 21,27 80 20Aux. de enfermagem 91,78 8,23 91,16 8,84Téc. de enfermagem 91,61 8,39 91,31 8,69Téc./Aux. de farmácia 91,66 8,34 90,46 9,54Téc./Aux. em hematologia/hemoterapia 78,91 21,08 85,17 14,83Téc./Aux. em nutrição e dietética 90,66 9,34 89,58 10,42Téc. em radiologia médica 78,04 21,95 80,05 19,95Téc./Aux. em reabilitação 86,6 13,4 83,89 16,11

Continua

205

O crescente reconhecimento de que Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) são fatores decisivos que contribuem para o crescimento econômico, social e cultural das sociedades atuais, tem evidenciado a relevância do Estado incorporar tais variáveis em suas políticas públicas, ou mesmo de criarem políticas públicas específicas para a área.

No Brasil, a discussão sobre a importância das atividades de pesquisa científica e tecnológica tem ficado restrita ao ambiente acadêmico, quando o desenvolvimento da tecnologia deveria estar integrado com as empresas do setor de EMHO para que o produto ou serviço, desenvolvido em parcerias, tenha maior impacto no mercado. Como mostrado na cadeia produtiva do setor, os atores secundários que podem contribuir para o fomento da inovação tecnológica e formação, capacitação e qualificação do recurso humano são representantes do governo (federal, estadual e municipal), dos institutos de capacitação e formação de recursos humanos, das organizações de serviços tecnológicos, das organizações de infra-estrutura tecnológica, dos institutos de pesquisa e laboratórios para testes, das organizações

Quadro 7 ContinuaçãoTéc. em higiene dental 90,79 9,21 - -Aux. de consultório dentário 90,65 9,35 - -Téc./Aux. Em prótese dentária 68,99 31,01 - -Téc. Equipamentos médico-hospitalares 69,06 30,94 76,76 23,24Agente de saneamento 81,56 18,44 - -Fiscal sanitário 90,43 9,57 90,92 9,09Téc./Aux. Em vigilancia sanitária e ambiental 81,54 15,46 88,71 11,29Total Nível Elementar 85,14 14,86 81,99 18,01Atendente Aux. De serviços diversos assemelhados

92,89 7,11 89,75 10,26

Parteira 85,97 14,04 88,85 11,16Agente de saúde pública 82,07 17,92 82,3 17,7Agente comunitário de saúde 76,54 23,46 78,82 21,18Guarda Endemias/Agentes controle zoonose/Agente controle de vetor

75,11 24,9 74,36 25,64

Fonte: IBGE – MAS, 2002

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

206

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

de transporte e logística e dos órgãos de normas e certificação de produtos do setor.

3.4 Infra-Estrutura Física

As necessidades dos serviços médicos devem ser definidas e analisadas com base em estreita parceria entre o corpo clínico, a administração, os engenheiros e técnicos do hospital. Isso permitirá tomadas de decisões corretas das reais necessidades, considerando os contextos de infra-estrutura física (obras, instalações, eletricidade, gás e fluidos médicos, água, etc.) e colocando em evidência as exigências em termos de equipamentos, materiais de consumo e insumo, bem como as manutenções. Uma avaliação precária do contexto local, das condições de instalação e dos futuros custos de funcionamento pode levar a investimentos inadequados e, portanto, ineficientes.

A dimensão da infra-estrutura tecnológica do EAS está vinculada à definição de um plano de investimento, descrevendo os recursos financeiros a investir a curto e médio prazo, assim como esses investimentos serão financiados e pagos.

3.4.1 Adequação ao Uso da Tecnologia

3.4.1.1 Atendimento Médico Domiciliar

As modalidades de tratamento à saúde, como o atendimento médico domiciliar (Home Care), a possibilidade da coleta laboratorial para análises clínica em domicílio, o envio de exames e acompanhamento do paciente à distância (e-Saúde) e o gerenciamento dos equipamentos por tecnologias de radiofreqüência, têm crescido em razão do envelhecimento da população, da necessidade de humanização do atendimento, bem como da economia de recurso e da redução do

207

tempo de internação. Essa mudança do perfil econômico, social e cultural tem forçado as empresas de equipamentos médico-hospitalares a buscarem alternativas que resultem em eqüidade, qualidade e eficiência na assistência à saúde.

A adequação do uso dos equipamentos médicos, que podem integrar as plataformas tecnológicas para as novas modalidades de tratamento à saúde, deve estar em conformidade com as legislações vigentes, ressaltando aspectos relacionados ao uso do espaço, à organização de estrutura hospitalar e aos fluxos de trabalho, de forma a aperfeiçoar a utilização e o gerenciamento desses equipamentos.

3.4.2 Aspecto Legal

A competição internacional de bases tecnológicas, cenário em que se apresenta o comércio exterior do Brasil, tem exigido das empresas melhoria dos níveis de produtividade para que assegurem sua competitividade e presença permanente no mercado como um todo. A garantia da segurança, da qualidade e da efetividade na incorporação de tecnologias na assistência à saúde é um fenômeno que desencadeia uma série de processos como (GLOWASCKI, GARCIA, 2004):

regulatórios de pré-comercialização e pós-comercialização;•avaliação e controle da qualidade dos produtos e do processo de •assistência à saúde;gerenciamento de risco;•avaliação tecnológica;•financiamento público;•gestão da tecnologia.•

Um custo significativo incorrido pelas empresas do setor EMHO é a certificação de produtos, cujo processo demanda tempo. Em alguns

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

208

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

casos, a demora para obtenção de determinada certificação inviabiliza o lançamento de um produto quando um produto similar é lançado pelo concorrente mais rapidamente. A pluralidade de regulamentos, específicos para cada país, também gera custos e dificuldade de acesso aos mercados externos.

A certificação de produtos é uma importante atividade que é exigida em todo o mundo antes de sua autorização para comercialização. Existem hoje mais de 50 normas técnicas internacionais, entre Internacional Electrotechnical Commission (IEC) e International Organization for Standardization (ISO), especialmente criadas para ensaios dos mais diversos equipamentos e produtos para a saúde. Os regulamentos são estabelecidos pelos governos por meio de um agente específico, visando garantir a segurança e a saúde dos usuários de produtos para uso médico. Os produtos que não estiverem de acordo com tais regulamentos têm sua comercialização proibida. Essas exigências são aplicadas igualmente aos produtos nacionais e importados.

Cada país exige uma certificação própria, que deve ser obtida em laboratórios credenciados. No caso dos Estados Unidos, o órgão responsável por esse processo é o Food and Drug Administration (FDA), enquanto o mercado europeu exige a marca Comunidade Européia (CE) para comercialização de equipamentos de uso médico. Em países cuja estrutura regulatória é mais frágil ou inexistente, privilegia-se a compra de equipamentos com certificações de outros países (marca CE, por exemplo), uma vez que estas asseguram a qualidade do produto.

Ao mesmo tempo em que a certificação visa proteger a integridade física dos usuários, essa exigência de pode criar um ciclo virtuoso entre os sistemas regulador e produtivo. A adaptação dos equipamentos e de seus fabricantes aos regulamentos técnicos estimulam melhorias

209

qualitativas nos produtos e processos de fabricação, gerando um diferencial competitivo para as empresas.

A ausência de transparência das normas ou regulamentos aplicados, a imposição de procedimentos morosos ou dispendiosos para avaliação da conformidade e/ou a imposição de regulamentos excessivamente rigorosos por parte de organismos estrangeiros geram dificuldades de acesso ao comércio internacional. Essas barreiras técnicas são severas para os países em desenvolvimento, que, por se encontrarem em estágio tecnológico mais atrasado em relação aos países desenvolvidos, têm maior dificuldade de adaptação às regras estabelecidas (INMETRO, 2004).

3.4.2.1 Certificação, Registro & Metrologia

O controle sanitário da produção e comercialização de produtos de saúde no Brasil é realizado pela ANVISA. Vinculada ao Ministério da Saúde, a agência atua como entidade administrativa independente e tem como finalidade institucional promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária; inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e de fronteiras. As atribuições legais da ANVISA nessa área são:

elaborar e propor a regulamentação técnica que oriente as ações •de vigilância sanitária na área de produtos correlatos;8

coordenar e promover a execução das ações de registro de produtos •correlatos;coordenar, acompanhar e avaliar a execução de regulamentos •técnicos aplicáveis a produtos correlatos, relacionados com a área de atuação da vigilância sanitária;planejar e coordenar a execução de programas de controle de •qualidade e certificação de produtos correlatos;

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

210

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

opinar sobre a importação de produtos correlatos por entidades sem •fins lucrativos, para fins de isenção do imposto de importação;promover a harmonização dos regulamentos técnico-sanitários •da área de correlatos, no âmbito do Mercado Comum do Sul (Mercosul).

A Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que submete ao sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes, entre outros, foi regulamentada pelo Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977. Esta lei estabelece, entre outras disposições, requisitos gerais para registro desses produtos e algumas disposições particulares para registro de correlatos, no qual estão enquadrados os insumos e equipamentos de uso médico (ANVISA, 2007).

O registro desses produtos somente foi disciplinado em 1993, com a publicação da Portaria Conjunta nº 1, das Secretarias de Vigilância Sanitária e de Assistência à Saúde, que estabeleceu procedimentos e informações necessários para solicitar registro, alteração, revalidação ou cancelamento de registro desses produtos no Ministério da Saúde.

Adicionalmente, a Portaria nº 2.043 do Ministério da Saúde, de 12 de dezembro de 1994, que revoga o Anexo I da Portaria Conjunta nº 1, de 1993, instituiu o sistema de garantia da qualidade de produtos correlatos industrializados, montados ou transformados no país ou importados para comercialização ou atendimento de terceiros, e definiu o universo de produtos sujeitos a esse sistema de qualidade, como:

equipamentos de diagnóstico;•equipamentos de terapia;•equipamentos de apoio médico-hospitalar;•materiais e artigos descartáveis;•

211

materiais e artigos implantávei;•materiais e artigos de apoio médico-hospitalar;•produtos para diagnóstico de uso • in vitro.

Esses produtos ainda são classificados quanto ao potencial de risco à saúde de seus usuários (pacientes e/ou operadores). As diretrizes para sua regulamentação técnica adotam o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO) para verificação e comprovação da conformidade desses produtos, tal como definidos nos respectivos regulamentos técnicos.

Recentemente, os procedimentos de registro de produtos de uso médico foram objeto de debates no Mercosul, originando a Resolução Mercosul GMC nº 40/00, que foi internalizada no Brasil pela RDC nº 185, de 22 de outubro de 2001. Além do registro, foi instituída a qualificação de processo das empresas fabricantes e de importadoras de produtos de uso médico. A RDC nº 59, de 27 de junho de 2000, estabeleceu o cumprimento, por parte de todos os fornecedores de produtos de uso médico, dos requisitos fixados pelas Boas Práticas de Fabricação de Produtos Médicos – BPF, cabendo a inspeção ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).

A melhoria do sistema de certificação depende do aumento e melhor qualificação da equipe técnica dos organismos responsáveis, assim como da melhoria dos laboratórios existentes no país, viabilizando testes confiáveis e eficientes. Essa necessidade evidencia-se, pois muitos equipamentos não são certificados por:

falta de pessoal técnico qualificado devido a pouca experiência com •esses tipos de equipamentos e da grande diversidade de tecnologias envolvidas;falta de equipamentos para realização de ensaios devido à grande •necessidade de investimentos;

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

212

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

limitações de infra-estrutura física laboratorial devido à falta de •instalações capazes de realizar testes necessários, resultando em testes demorados por haver poucos laboratórios credenciados para realizá-los;dificuldades na calibração dos equipamentos de laboratório, •principalmente com equipamentos que devem ser calibrados no exterior;ausência de laboratórios credenciados nas Normas de compatibi-•lidade eletromagnética para equipamentos eletromédicos e nas Normas de Biocompatibilidade para equipamentos eletromédicos.

Apesar da certificação de produtos eletromédicos ser compulsória, ainda há deficiências ligadas à ausência de normas técnicas brasileiras e de capacitação laboratorial para os ensaios exigidos para a certificação. Atualmente, no Brasil, convive-se com a comercialização de produtos locais, devidamente registrados na ANVISA, porém, sem um certificado de conformidade, ou com certificações parciais, quanto à sua segurança e ao seu desempenho.

No passado, essas certificações não eram essenciais para o setor, porque a cobrança nos mercados externos não era tão ofensiva. Porém, segundo Franco M. Giuseppe Pallamolla, diretor executivo da ABIMO, “hoje, não adianta nem comparecer a um evento internacional se os produtos não seguirem os padrões lá de fora" (ABIMO, 2007).

Outro fator que motivou a qualificação internacional dos produtores nacionais de produtos médicos e odontológicos são as incertezas de crescimento da demanda interna, ainda muito vinculada às instabilidades do cenário econômico nacional. Cerca de 35% do que as associadas da ABIMO produzem já têm como destino mercados estrangeiros. Existem, porém, diversas certificações a serem obtidas. Dentre elas, a CE, voltada para o mercado europeu, e a CSA, para

213

os consumidores canadenses. Dependendo de qual é o mercado prioritário da empresa exportadora, escolhe-se o tipo de certificação mais adequado (ABIMO, 2007).

Com as informações e apoio do Sebrae-SP, as empresas associadas do setor de EMHO cuidam de todos os detalhes que antecedem as negociações de exportação – desde o convite feito para as empresas estrangeiras, traslado, hospedagem, refeições e as visitas às fábricas no Brasil.

A partir do treinamento, as empresas estão enfocando a certificação nas linhas de produtos médicos e odontológicos. De acordo com o Sebrae-SP, somente no ano de 2004, as empresas desse setor investiram R$ 11,5 milhões para a obtenção de certificações de seus produtos. Em 2005, o investimento foi da ordem de R$ 5,7 milhões. No período de 2002-2005, as certificações aumentaram aproximadamente 412%. Já em 2006, 40.8 mil produtos brasileiros receberam certificação de qualidade, sendo 5% a mais em comparação com 2005. Vale lembrar que uma certificação para exportar produtos médicos para países da Comunidade Européia custa, em média, R$ 50 mil.

Embora tenhamos forte indústria local de equipamentos para a saúde, capacitada para atender boa parte das necessidades de hospitais e clínicas, seu avanço técnico ainda é substancialmente inferior aos avanços alcançados nos países mais desenvolvidos. Isso não significa demérito completo para a indústria nacional. Apesar das empresas brasileiras terem capacidade, conhecimento e domínio de novas tecnologias, o custo de desenvolvimento de novos produtos ou aperfeiçoamento dos existentes é muito alto, além de não disporem de economia de escala de produção. As grandes empresas dos países desenvolvidos centralizam suas produções em regiões estratégicas para distribuição em escala global.

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

214

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

A falta de metodologia de certificação adequada e de profissionais com a correta capacitação, tanto por parte do governo quanto por parte das indústrias, e a necessidade de manter dados atualizados sobre equipamentos ensaiados para certificação e para exportação do setor de EMHO, têm demandado o desenvolvimento de um Plano de Desenvolvimento Setorial (PDS), articulado entre ABDI, ABIMO e ANVISA. O PDS para indústria médico-hospitalar representa oportunidades de melhorias no sistema de avaliação e aprovação das novas tecnologias, por meio dos seguintes projetos:

capacitação para gestão de negócios no mercado norte-•americano;guia orientativo de linhas de créditos e aportes financeiros;•manual orientativo para adequação de processos de manufatura e •garantia da qualidade à legislação da ANVISA;manual orientativo para registro de produtos na ANVISA.•

A ausência de novas tecnologias no sistema prejudica principalmente o paciente, e conseqüentemente o sistema de saúde, que poderá se tornar defasado em relação ao restante do mundo. O desenvolvimento constante de competências laboratoriais e o credenciamento dos laboratórios existentes são requisitos para a eficácia no atendimento de normas e regulamentações aplicáveis aos diversos tipos de equipamentos no setor de EMHO.

3.4.2.2 Políticas Tributárias e Fiscais

No Brasil, quando se fala de políticas industriais, muitos as relacionam com políticas desenvolvidas nos anos 1950-1970, baseando-se na criação de capacidade física das fábricas para substituição de importações protegendo da competição internacional e um conjunto articulado de incentivos, com o Estado criando empresas de porte e atraindo investimento externo, oferecendo como atrativo o mercado interno.

215

Com a abertura econômica nos anos 1990, a situação do mercado se modificou. A necessidade de incentivar a mudança do patamar competitivo da indústria brasileira e a ausência de um plano de ação do Estado desencadearam programas e ações, como por exemplo, a PITCE, lançada em 2004. A PITCE vinha proporcionando o desenvolvimento da indústria (aumento da eficiência) com inovação tecnológica (transformação da estrutura) e inserção e competitividade internacional (ABDI, 2008). Em substituição e ampliação àquela política industrial, o governo atual lançou, em março de 2008, a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), fortemente estruturada em um sistema de metas e buscando o crescimento de longo prazo da economia brasileira. Os programa e projetos da PDP visam fortalecer a competitividade, com foco em complexos produtivos com potencial em exportar e/ou gerar efeitos de encadeamento sobre o conjunto da estrutura industrial.

A Lei nº. 10.973, de 2 de dezembro de 2004, denominada "Lei da Inovação", reflete a necessidade do país contar com dispositivos legais que contribuam para o delineamento de um cenário favorável ao desenvolvimento científico, tecnológico e ao incentivo à inovação. O desafio é de se estabelecer no país uma cultura de inovação amparado na constatação de que a produção de conhecimento e a inovação tecnológica passaram a ditar crescentemente as políticas de desenvolvimento dos países. Nesse contexto, o conhecimento é o elemento central das novas estruturas econômicas que surgem e a inovação passa a ser o veículo de transformação de conhecimento em riqueza e melhoria da qualidade de vida das sociedades.

A Lei veio de encontro à PITCE e a atual PDP do Governo Federal, na medida em que esta propunha entre outros objetivos, o de melhorar a eficiência de setor produtivo do país de forma a capacitá-lo tecnologicamente para a competição externa, assim como na necessária ampliação de suas exportações, mediante a inserção

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

216

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

competitiva de bens e serviços com base em padrões internacionais de qualidade, maior conteúdo tecnológico e, portanto, com maior valor agregado.

O marco regulatório da “Lei de Inovação” está organizado em torno de três vertentes:

constituição de ambiente propício às parcerias estratégicas entre as I) universidades, institutos tecnológicos e empresas;estimulo à participação de instituições de ciência e tecnologia no II) processo de inovação;incentivo à inovação na empresa.III)

A Lei n.º 11.196, de 21 de novembro de 2005, conhecida como “Lei do Bem”, em seu Capítulo III, permite de forma automática o usufruto de incentivos fiscais pelas pessoas jurídicas que realizem pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Dentre esses incentivos destaca-se as deduções de Imposto de Renda de dispêndios efetuados em atividades de P&D que podem representar um valor de até o dobro do realizado pelas empresas. Os incentivos são:

dedução, na apuração do Imposto de Renda devido, dos dispêndios a) com P&D, inclusive aqueles com instituições de pesquisa, universidades ou inventores independentes;redução de Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI na compra b) de equipamentos destinados a P&D; depreciação acelerada dos equipamentos comprados para P&D;depreciação acelerada dos equipamentos comprados para P&D;c) amortização acelerada dos dispêndios para aquisição de bens d) intangíveis para P&D;crédito do Imposto de Renda Retido na Fonte incidente sobre as e) remessas ao exterior de valores para pagamento de royalties relativos a assistência técnica ou científica e de serviços especializados para P&D;

217

redução a zero da alíquota do Imposto de Renda Retido na Fonte f) (IRF) nas remessas efetuadas para o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares.

Na determinação do lucro real para cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da base de cálculo da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), a empresa poderá excluir o valor correspondente a até 60% da soma dos dispêndios efetuados com Pesquisa e Desenvolvimento. Este percentual poderá atingir 80% em função do número de empregados pesquisadores que forem contratados. Além disto, poderá haver também uma exclusão de 20% do total dos dispêndios efetuados em P&D objeto de patente concedida ou cultivar registrado.

Os valores transferidos a micro e pequenas empresas, destinados a execução de P&D de interesse e por conta da pessoa jurídica que promoveu a transferência, podem ser deduzidos como despesas operacionais no cálculo do IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), sem representar receita para as micro e pequenas empresas. Além dos incentivos fiscais, a Lei do Bem possibilitou que a União subvencione parte da remuneração de pesquisadores, mestres e doutores, empregados em atividades de P&D nas empresas.

No âmbito do Programa Nacional de Incubadoras, em junho de 2005 foram destinados R$ 11,2 milhões para incentivar o fortalecimento dos sistemas locais de inovação com ênfase em estruturação de redes de incubadoras locais e regionais, dentre outros projetos. O Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas, da FINEP, contou, em 2005, com R$ 75,9 milhões para financiamento de 702 projetos aprovados. Destes, 572 foram contratados em 19 Estados, sendo 531 empresas envolvidas, das quais 327 são micro, 114 pequenas, 74 médias e 16 grandes empresas.

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

218

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou, em 2006, cerca de R$ 1 bilhão para inovação tecnológica. Tal investimento teve por objetivo financiar todas as etapas de inovação das empresas, desde o desenvolvimento de protótipos até a fabricação de novos produtos e sua comercialização.

Inúmeros instrumentos, como a Lei da Informática, o Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços Correlatos (PROSOFT), o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (PROFARMA), bens e capital e outras ações, foram reorientados para dar mais consistência à PITCE, e que hoje alinham-se com PDP. A Lei da Informática concede incentivo fiscal às empresas que investem em P&D no país, localizadas fora da Zona Franca de Manaus, mediante o desconto e recolhimento do IPI, referente ao produto a ser fabricado no Brasil. O PROSOFT conta com o BNDES para apoiar o desenvolvimento da indústria nacional de software e serviços correlatos, de forma a ampliar significativamente a participação das empresas nacionais no mercado interno, promover o crescimento de suas exportações, fortalecer o processo de P&D e inovação no setor de software, promover o crescimento e a internacionalização das empresas nacionais de software e serviços correlatos, promover a difusão e a crescente utilização de software nacional por todas as empresas sediadas no país e no exterior e fomentar a melhoria da qualidade e a certificação de produtos e processos associados ao software.

A Lei nº 11.105 , 24 de março de 2005, “Lei de Biossegurança”, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos geneticamente modificados (OGM) e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço científico na

219

área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente.

Para Meyer-Stamer (2000), o sistema de tributos no Brasil cria obstáculos à desverticalização e com isso desestimula o principal mecanismo de colaboração entre empresas. Como há certos tributos em cascata, em muitos casos, economicamente não faz sentido desverticalizar.

Em relação à carga tributária incidente sobre o setor de EMHO, as alíquotas legais do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Imposto de Importação (II), do IPI, da Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) elevam muito o valor final dos equipamentos, insumos e materiais de consumo para uso médico. Há produtos que, para chegar ao consumidor final, passam por quatro operações de comercialização diferentes e sobre todas incidem algumas cobranças, que vão se acumulando, como o PIS/Cofins. Além do IRPJ e da CSLL, as empresas já recolhem PIS (0,65% sobre a receita), Cofins (3%), ISS (de até 5% sobre a receita, conforme a legislação de cada município), tributos sobre a folha de salários - como Instituto Nacional do Seguridade Social (INSS), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Contribuição para Terceiros (em média 44% sobre folha), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), além de outras diversas taxas (CNS, 2007).

A característica de incidência em cascata das contribuições PIS/Cofins faz que suas alíquotas efetivas – isto é, embutidas no preço final do produto – variem em função do número de etapas de produção/comercialização e da agregação de valor que ocorre em cada etapa. Sendo assim, quanto maior o valor adicionado nas etapas iniciais, maior será a alíquota efetiva, e quanto maior o número de etapas, maior também será a alíquota efetiva

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

220

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

(ANPEC, 2004). Como essas contribuições incidem sobre a receita bruta das empresas, o valor total de cada etapa, incluindo-se os demais impostos, constitui a base para o cálculo do montante pago (ANPEC, 2004).

Além do acumulo tributário, as empresas do setor também lidam com as mudanças de alíquotas de impostos. Recentemente, o Governo do estado de São Paulo derrubou os incentivos conquistados com a Lei de Informática, maximizando de 7% para 18% o ICMS de itens hospitalares, como aparelhos para anestesia, raios X, respiradores, monitoramento de parâmetros fisiológicos, incubadoras e berços aquecidos e equipamentos para fisioterapia. Na área odontológica, o aumento do imposto afeta clareadores, fotopolimerizadores e aparelhos de consultórios odontológicos (APEX, 2007).

No geral, a maior parte dos grupos de produtos médico-hospitalares corresponde a uma carga em torno de 23%. A maioria dos produtos médico-hospitalares tem mais de um quinto do seu preço formado por tributos. A carga tributária é ainda maior quando se considera o produto importado - vários grupos de produtos passam a apresentar cargas tributárias acima de 30% (ANPEC, 2004).

Em síntese, os produtos do setor de EMHO são pesadamente tributados, o que onera em demasia as compras efetuadas pelas instituições médicas.

221

NOTAS1 Reexportação: é a entrada de mercadorias em um determinado país, produzidas em outro, com o intuito final de serem, posteriormente, vendidas ao exterior, com ou sem transformação. A reexportação se justifica quando não há rede adequada de transportes, técnicas e capitais necessários à transformação do produto por parte do país exportador; soberania nacional e vínculos políticos-comerciais.

2 OLYMPUS. Homepage. Disponível em <http://www.olympuslatinoamerica.com/portuguese/ola_aboutolympus_origin_port.asp> Acesso em 14-10-2006.

3 GE Healthcare. Homepage. Disponível em:<http://www.gehealthcare.com/usen/about/about.html>. Acesso em 14-10-2006.

4 SIEMENS. Annual report 2005. Disponível em:< http://www.siemens.com/Daten/siecom/HQ/CC/Internet/Annual/WORKAREA/gb05_ed/templatedata/English/file/binary/E05_00_GB2005_1336469.pdf>. Acesso em: 14-10-2006

5 THE HEALTHCARE SALES AND MARKETING NETWORK. Página disponível em <http://salesandmarketingnetwork.com/news.php?search=1&key=Philips>. Acesso em 14-10-2006.

6 CIP: Classificação Internacional de Patentes. A CIP é um meio de obter uma classificação internacional uniforme de documentos de patentes. O objetivo primordial é o estabelecer uma ferramenta efetiva de busca para a recuperação de documentos de patentes pelos Escritórios de Patentes e por outros usuários, a fim de avaliar a atividade inventiva dos depósitos de patentes, incluindo a determinação do avanço tecnológico e os resultados úteis ou utilidades.

7 Projeto apoiados e valores financiados em cooperação técnica com o CNPq, FINEP, UNESCO e Fundo Nacional de Saúde (FNS).

8 Correlatos - aparelhos, materiais ou acessórios cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, ópticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários (ANVISA, 1977).

3. D

escr

ição

do

Pano

ram

a A

tual

4. Comentários Finais

225

O Panorama Setorial abordou a situação do setor de Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos no Brasil comparativamente ao setor em nível mundial, revelando seu posicionamento nas dimensões de mercado e tecnologia bem como em relação à infra-estrutura física que lhe dá suporte, ao marco regulatório internacional e nacional ao qual está submetido, aos talentos que têm contribuído nos desenvolvimentos e inovações tecnológicas e aos investimentos que vêm sendo feitos, representando uma aposta no desenvolvimento do setor no Brasil.

Na dimensão mercado, o setor no Brasil está entre a 10ª e 15ª posição mundial tanto em termos de produção, quanto de consumo, com participações inferiores a 1%. Este dado mostra que o Brasil está numa posição intermediária se considerado que este é um setor monopolizado no qual as 20 (vinte) maiores empresas respondem por aproximadamente 70% da produção mundial e cinco países: EUA, Alemanha, Japão, França e China, ainda representam mais de 80% do mercado de consumo. Esta é uma posição privilegiada quando se considera que é praticamente o único país na América do Sul dotado de uma indústria relativamente completa de fabricação de equipamentos e insumos médicos hospitalares.

Entretanto, é fundamental compreender a forma atual desta participação para se planejar o desenvolvimento futuro do setor. Cerca de 50% da produção nacional está concentrada em empresas multinacionais de grande porte, sobretudo no segmento de insumos e material de consumo, que nos últimos anos tem respondido por quase a metade das exportações anuais do setor. Estas empresas produzem e exportam a partir do Brasil, o que é um fato relevante para a nossa economia, mas esta é uma posição conjuntural que não pode ainda ser considerada sustentável em termos econômicos nacionais. A título de exemplo, passamos de importadores de pensos adesivos e suturas, há cerca de dez anos, para a posição de exportadores (US$ 82,00 milhões

4. C

omen

tário

s Fi

nais

226

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

em pensos adesivos e US$ 51,00 milhões em suturas no ano de 2007), em função de uma decisão da Johnson&Johnson de produzi-los e exportá-los a partir do Brasil. Da mesma forma, a decisão da BD&Co de produzir e exportar agulhas a partir do Brasil (US$ 39,00 milhões em 2007) inverteu a posição anterior de importadores deste produto. De outro lado, o fechamento da unidade de São José dos Campos da Kodak em 2005 trouxe como conseqüência um forte crescimento das importações de filmes radiológicos (US$ 82,00 milhões em 2007), alterando uma situação de oito anos atrás, quando o Brasil chegou a ser exportador deste produto. Ou seja, esta parte da produção nacional é fortemente vulnerável às decisões de grupos multinacionais que possuem unidades de produção no país, mas que podem transferi-las para outras regiões de um momento para outro. Além disso, as poucas empresas de capital nacional, que fabricam estes produtos são pequenas e atuam em pequenos nichos do mercado de material de consumo.

Por outro lado, é possível verificar um ambiente competitivo não monopolista na parcela do mercado de produção nacional composta por um expressivo número de produtos, incluindo alguns de maior conteúdo tecnológico. Esta parcela é composta por produtos dos subsetores de equipamentos médico-hospitalares, implantes e odontológico, que atendem parte substancial da demanda interna e apresentam exportações sustentáveis com importantes taxas de crescimento nos últimos cinco anos. A título de exemplo, no subsetor equipamentos, estes produtos incluem: monitores de sinais vitais multiparamétricos, ventiladores pulmonares, incubadoras para recém nascidos, berços radiantes, equipamentos de fototerapia, esterilizadores médico-cirúrgicos, bombas de infusão, bisturis elétricos, equipamentos de mecanoterapia e fisioterapia, mesas cirúrgicas, focos cirúrgicos e camas hospitalares elétricas. No subsetor de implantes incluem: próteses articulares, aparelhos biomecânicos para fraturas e válvulas cardíacas. No subsetor odontológicos incluem: cimentos

227

4. C

omen

tário

s Fi

naisodontológicos e amálgamas, dentes artificiais de acrílico, equipamentos

de uso odontológico, consultórios odontológicos, aparelhos dentários de brocar e aparelhos de raios X de acompanhamento odontológico. Os fabricantes destas famílias de produtos representam quase 40% da produção nacional, inovam freqüentemente suas linhas de produtos e alcançaram, nos últimos anos, uma presença relevante no mercado internacional.

Já nos subsetores de equipamentos e insumos para diagnóstico de imagem e laboratórios a fragilidade da indústria nacional é evidente em termos de competitividade internacional. Em termos de mercado interno, estes subsetores suprem menos da metade da demanda fornecendo produtos de menor valor agregado. Em 2006, a indústria brasileira no segmento diagnóstico de imagem forneceu US$ 290,00 milhões de equipamentos e insumos ao mercado interno e exportou cerca de US$ 24,00 milhões. O consumo aparente neste segmento em 2006 foi de US$ 650,00 milhões e, portanto, as importações alcançaram US$ 360,00 milhões. A indústria de equipamentos e insumos de laboratórios forneceu US$ 310,00 milhões ao mercado interno em 2006 e exportou US$ 30,00 milhões. O consumo aparente neste segmento em 2006 foi de US$ 690,00 milhões, portanto, as importações alcançaram US$ 380,00 milhões. Tem sido praticamente nula a participação da indústria brasileira no fornecimento de tomógrafos, ressonâncias ou ecógrafos de ultra-som com Doppler, no mercado interno de diagnóstico de imagem ou de cromatógrafos de fase líquida e gasosa, espectrômetros, espectrofotômetros e colorímetros para laboratórios de análises clínicas. Entretanto, o SUS dá cobertura à maior parte dos serviços em diagnóstico de imagem e mesmo na aquisição de equipamentos.

Em resumo, no panorama de competitividade internacional a situação do setor EMHO no Brasil é: Os segmentos de Diagnóstico de Imagem e Laboratórios apresentam frágil inserção internacional. No segmento

228

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

industrial de Material de Consumo as expressivas exportações são feitas por empresas multinacionais com plantas no Brasil, cujas estratégias são modificadas com alguma freqüência e a sua competitividade internacional não pode, ainda, ser considerada sustentável em termos econômicos nacionais. Os segmentos industriais de Equipamentos médico-hospitalares, Implantes e Odontológicos, contêm muitos nichos de produtos que alcançaram uma competitividade internacional sustentável e se constituíram, nos últimos anos, no pólo mais dinâmico do setor.

4.1 A Visão de Futuro do Setor e a Escolha de Prioridades para as Próximas Etapas do Estudo Prospectivo

A análise do Panorama Setorial bem como os debates com diversos atores do Comitê Gestor permitiram projetar a seguinte “Visão de Futuro” para o desenvolvimento estratégico do setor de Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos em um horizonte de quinze anos:

“Alcançar, nos próximos 15 anos, o reconhecimento internacional como produtores de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos de padrão tecnológico mundial”.

Alcançar a visão de futuro definida acima, considerando um setor de grande diversificação tecnológica e de produtos, exige fazer escolhas e estabelecer prioridades. O processo de discussões com o Comitê Gestor e escolha dos segmentos prioritários para as últimas fases do Estudo Prospectivo foram orientados pelos seguintes critérios:

229

dimensão do mercado mundial e potencial de seu crescimento;•posição atual e participação do segmento na Balança Comercial;•posição atual do segmento em relação à Fronteira Tecnológica;•avaliação do potencial de Recursos Humanos no país;•importância do segmento para a Política Pública de Saúde no •Brasil;excelência da indústria nacional no respectivo segmento.•

Com base nesses critérios e na visão de futuro para o setor, além de sugestões do Comitê Gestor, entre eles o Ministério da Saúde, os seguintes segmentos foram escolhidos para profundamento nas próximas etapas do Estudo Prospectivo:

imagens Médicas, com foco em Radiologia Digital e Ultra-Som;•hemodiálise, com foco em máquinas e filtros;•neonatal, com foco nas incubadoras para recém nascidos;•equipamentos Médicos fundamentados em Óptica: Endoscópios e •Similares.

4. C

omen

tário

s Fi

nais

Referências Bibliográficas

233

Ref

erên

cias

Bib

liogr

áfic

asAGÊNCIA DE PROMOÇÃO DE EXPORTAÇÕES DO BRASIL - APEX. Homepage. Disponível em http://www.apexbrasil.com.br/. Acesso em: setembro, 2007.

ALICEWEB. Homepage. Disponível em http://aliceweb.desenvolvi-mento.gov.br. Acesso em: setembro, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA, ARTIGOS E EQUIPAMENTOS MÉDICOS, ODONTOLÓGICOS, HOSPITALARES E DE LABORATÓRIOS - ABIMO. Homepage. Disponível em: http://www.abimo.org.br. Acesso em: setembro, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - ABIMAQ. Homepage. Disponível em: http://www.abimaq.org.br. Acesso em: setembro 2007.

AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL - ABDI. Balanço PITCE 2005. Brasília: ABDI, 2005.

BERMÚDEZ, L.A. Incubadoras de empresas e inovação tecnológica: o caso de Brasília. Revista Parcerias Estratégicas, n.8, 31-44 p., Brasília: 2000.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Departamento de Ciência e Tecnologia. Homepage. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sctie/decit/index.htm Acesso em: setembro, 2007.

BOLETIM INFORMÁTICA. Chip: pioneirismo e futuro se encontram no II. Disponível em: http://si3.inf.ufrgs.br/informa/Edicao39/pagina3.html>. Acesso em: setembro, 2007.

CAETANO, R.; VIANNA, C.M.M. Processo de inovação tecnológica em saúde: uma análise a partir da organização industrial. Cadernos Saúde Coletiva, vol. 14, 95-112 pp., Rio de Janeiro: 2006.

234

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

CENTRO DE GESTÃO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS (CGEE). Estudo prospectivo sobre equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos: text mining em patentes. Brasília: 2006.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI). Inovar para crescer: proposta para acelerar o desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira. Brasília: 2007.

CONSELHO NACIONAL DA SAÚDE (CNS). Homepage. Disponível em: http://www.cns.org.br/cns/_msau/2007/ed_01_07.pdf. Acesso em: setembro, 2007.

CRUZ, C.H.B. A Universidade, a Empresa e a Pesquisa que o País Precisa. Revista Humanidades. v. 45, 15-29 p., Brasília: 1999.

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. Homepage. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sctie/decit/index.htm. Acesso em: setembro, 2007.

DEPARTAMENTO DE COMERCIO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – United States Department of Commerce (USDOC). Homepage. Disponível em: http://www.commerce.gov/ Acesso em: setembro, 2007.

ERBER, F.S. Desenvolvimento Industrial e Tecnológico na Década de 90 – Uma Nova Política para um Novo Padrão de Desenvolvimento. Ensaios FEE, v.13, n.1, p. 9-42, 1992.

ESPICOM. Brazil: Medical Device Market Intelligence Report – Quarter II. Espicom Business Intelligence, 2007.

_____. Brazil: Medical Device Market Intelligence Report: Quarter III. Espicom Bussiness Intelligence, 2007.

235

Ref

erên

cias

Bib

liogr

áfic

asFundação CERTI (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras). Disponível em: http://www.certi.org.br/. Acesso em: novembro, 2006.

GE HEALTHCARE. Homepage. Disponível em: http://www.gehealthcare.com/usen/about/about.html. Acesso em: 03 novembro 2006.

GLOWACKI, L.A.; GARCIA, R. Engenharia Clínica e o nível macro da Gestão de Tecnologias Médico-Hospitalares. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE ENGENHARIA BIOMÉDICA, 2004. Proceedings..., v.05, IFMBE, 2004.

GUTIERREZ, R.M.V. & ALEXANDRE, P.V.M. Complexo Industrial da Saúde: Insumos e Equipamentos de uso médico. BNDES Setorial, n.19, 119-155 pp., Rio de Janeiro, 2004.

JÚNIOR, A. E. & PICCHAI, D. Desafio para as empresas contratantes e para as operadoras de planos de saúde. Gestão & Saúde, Caderno FGV Projetos, Ano 2, nº. 3, p. 16-19. São Paulo, 2007.

LESLIE, C., MAO, M., MORLAN, B., SCHMIDT, D. & UTELA, B. Healthcare and Nanomaterials. Frontiers in Nanotechnology, Seattle, 2004.

MANFREDINI, M.A.; BOTAZZO, C. Tendências da indústria de equipamentos odontológicos no Brasil entre 1990 e 2002: notas prévias. Ciência e Saúde Coletiva, v. 11, n.1,169-17 p. Rio de Janeiro: 2006.

MOTTA E ALBUQUERQUE, E.; CASSIOLATO, J. E. As especificidades do sistema de inovação do setor da saúde: uma resenha da literatura como introdução a uma discussão sobre o caso brasileiro. Belo Horizonte: FESBE, 2000.

NATIONAL SCIENCE FOUNDATION - NSF. Homepage.Disponível em: http://www.nsf.gov/crssprgm/nano/. Acesso em: dezembro, 2007.

236

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

OLIVEIRA, J.P.L; Porto, G. S. A cadeia produtiva do setor de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos no Brasil e a formação de clusters.Apresentado no XVIII Encontro Nacional da ANPAD. Curitiba, setembro, 2004.

OLYMPUS. Homepage. Disponível em: http://www.olympuslatinoame-rica.com/portuguese/ola_aboutolympus_origin_port.asp. Acesso em: novembro, 2006.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Oficina regional de la organizacion mundial de la salud. e-Salud in Latinoamérica y el Caribe – Tendencias y Termos Emergentes, 2003.

PAHO. Infraestructura física y tecnología en los servicios de salud en Latino América y el Caribe: Papel da OPS/OMS.In: SEMINÁRIO DE GESTIÓN TECNOLÓGICA HOSPITALARIA, 1., Ecuador, 2006. Anales. Ecuador, 2006.

PORTAL OFTALMOLOGIA. A nanotecnologia já chegou à medicina - e a oftalmologia aos poucos percebe seus efeitos. Disponível em: http://www.portaldaretina.com.br/home/noticias.asp?cod=748. Acesso em setembro, 2007.

PORTO, G. S.; Kannebley Jr., S.I Oliveira,l M. C. Uma Agenda de Competitividade para a Indústria Paulista. Esquipamentos Médicos Hospitalares e Odontológicos. FIPE/IPT São Paulo: 2008.

RADAR. Homepage. Disponível em http://radarcomercial.desenvolvi-mento.gov.br.

ROCA, O.F. Telemedicina. ESP: Média Pan-americana, 2001.

237

SALERNO, M.S. & DAHER, T. Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do Governo Federal (PITCE): balança e perspectiva. Brasília, 2006. Disponível em http://www.ipea.gov.br. Acesso em: setembro, 2007.

SOCIEDADE DE PRÓ-INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Homepage. Disponível em: <http://www.protec.org.br/noticias.asp?cod=459> Acesso em: setembro, 2007.

UNICAMP. Agência de Inovação da UNICAMP. A relação universidade empresa na promoção do desenvolvimento e inovação tecnológica: A experiência da Agência de Inovação da Unicamp. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA NA AMÉRICA LATINA, 2., Campinas, São Paulo, 2005. Anais... Campinas, São Paulo: 2005.

VIEIRA, M. et al. A inserção das ocupações técnicas nos serviços de saúde no Brasil: acompanhando os dados de postos de trabalho pela pesquisa AMS/IBGE, 2003.

Ref

erên

cias

Bib

liogr

áfic

as

Anexos

241

Ane

xosAnexo I Normas técnicas

publicadas no Brasil

A relação de Normas publicadas pelo ABNT/CB-26 está disponível na página da ABIMO (http://www.abimo.org.br/abnt/index.asp). As normas estão distribuídas em três grupos sendo, NBRs NBR ISOs e NBR IECs. As normas podem ser adquiridas diretamente com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Página da ABIMO sobre as normas relativas ao setor

242

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Anexo II Subsetor de laboratóriosLaboratórios em 2006 (mil de U$) Evolução 05/06

Equipamento Exp Imp Saldo Exp ImpReagentes utilizados em diagnósticos 0 8327 -8327 -16,00%

218 735 -517 -14,00% -64,00%Outros reagentes de diagnóstico ou de laboratório 1682 107965 -106283 -37,00% 23,00%

1293 3710 -2417 -23,00% -15,00%Artigos de laboratório ou de farmácia, de plásticos 230 19353 -19123 44,00% 12,00%

942 1495 -554 -8,00% 68,00%Outros banhos maria, manta laboratorial, etc – NCM - 8419.19.90.

0 234 -234 -80,00%281 116 165 15,00% -63,00%

Centrifugadores para laboratórios de analises, ensaios e pesquisa científica – NCM - 8421.19.10.

8 2459 -2451 76,00% 49,00%274 191 83 62,00% 76,00%

Outros centrifugadores – NCM – 8421.19.90 777 20129 -19352 51,00% 60,00%4153 536 3617 34,00% -60,00%

Aparelhos para filtrar ou depurar água – NCM – 8421.21.00

8942 13791 -4849 921,00% 10,00%9604 1325 8278 -29,00% 68,00%

Cromatógrafos de fase gasosa - NCM 9027.20.11 0 11586 -11586 0,00% 9,00%0 1739 -1739 0,00% 28,00%

Cromatógrafos de fase líquida - NCM 9027.20.12 54 16904 -16850 100,00% 3,00%0 0 0 0,00% 0,00%

Outros cromatógrafos - NCM 9027.20.19 0 1702 -1702 10,00%14 6 8 1350,00% 100,00%

Seqüenciadores automáticos de ADN por eletroforese - NCM 9027.20.21

0 1930 -1930 0,00% 61,00%0 88 -88 0,00% 100,00%

Outros aparelhos de eletroforese - NCM 9027.20.29

0 1413 -1413 25,00%2 69 -67 100,00% 1709,00%

Espectrômetros de emissão óptica - NCM 9027.30.11

24 7361 -7337 100,00% 74,00%0 12 -12 0,00% 76,00%

Outros espectrômetros - NCM 9027.30.19 19 8341 -8322 -43,00% 46,00%0 10 -10 -100,00% -94,00%

Espectrofotômetros - NCM 9027.30.20 20 12573 -12553 -77,00% 51,00%50 627 -577 -13,00% 135,00%

Calorímetros - NCM 9027.50.10 23 8353 -8329 100,00% 10,00%4 82 -78 107,00% 295,00%

Fotômetros - NCM 9027.50.20 16 13715 -13699 -90,00% -4,00%26 185 -159 3,00% 69,00%

Continua

243

Anexo III Subsetor de radiologia e diagnóstico por imagemRadiologia e diagnóstico por imagem em 2006 (mil de U$) Evolução 05/06

Equipamento Exp Imp Saldo Exp ImpPreparações opacificantes para exames radiológicos 3006.30.11, 3006.30.12, 3006.30.13, 3006.30.14, 3006.30.15, 3006.30.16, 3006.30.17, 3006.30.18 e 3006.30.19.

7927 11232 -3305 495,00% -17,00%3975 2102 1873 8,00% -45,00%

Materiais e insumos para raios X - chapas e filmes NCM 3701.10.10, 3701.10.21, 3701.10.29, 3702.10.10 e 3702.10.20

747 51012 -50265 -71,00% 25,00%2995 20281 -17286 -52,00% 18,00%

Tubos de raios X - NCM 9022.30.00 807 18704 -17897 24,00% 4,00%43 1760 -1718 192,00% 12,00%

Partes e acessórios para aparelhos de raios X, geradores de tensão e telas radiológicas -NCM 9022.90.90, 9022.90.11, 9022.90.12

884 11349 -10465 -43,00% 9,00%643 1851 -1208 31,00% 3,00%

Aparelhos de tomografia computadorizada - NCM 9022.12.00

0 39613 -39613 41,00%2532 8107 -5575 100,00% 139,00%

Aparelhos de raios X, de diagnóstico para mamografia - NCM 9022.14.11

34 6600 -6566 100,00% 97,00%41 0 41 31,00% 0,00%

Aparelhos de raios X, de diagnóstico para angiografia - NCM 9022.14.12

83 15184 -15101 100,00% 54,00%0 889 -889 0,00% 149,00%

Aparelhos computadorizados de diagnóstico para densitometria óssea - NCM 9022.14.13

0 2061 -2061 0,00% -7,00%0 0 0 0,00% 0,00%

Continua

Anexo II ContinuaçãoRefratômetros - NCM 9027.50.30 0 1919 -1919 84,00%

387 107 280 15195,00% 21,00%Outros instrumentos e aparelhos que utilizam radiações ópticas - NCM 9027.50.90

13 16231 -16217 -73,00% 52,00%575 762 -187 527,00% 73,00%

Densitometros - NCM 9027.80.13 7 417 -409 1436,00% 25,00%0 2 -2 0,00% 100,00%

Aparelhos medidores de Ph - NCM 9027.80.14 11 1615 -1604 -52,00% 11,00%34 359 -326 20,00% 108,00%

Outros instrumentos e aparelhos para análise, ensaio, medida, etc. - NCM 9027.80.90

285 65984 -65699 46,00% 10,00%946 3822 -2876 517,00% 584,00%

Micrótomos - NCM 9027.90.10 0 1232 -1232 0,00% 34,00%0 17 -17 0,00% 130,00%

Ane

xos

244

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Anexo III ContinuaçãoOutros aparelhos de raios X para diagnóstico médico e cirúrgico, veterinário e para radiografia e radioterapia - NCM 9022.14.19, 9022.14.90, 9022.19.90

15 5865 -5850 -87,00% -12,00%940 3526 -2586 131,00% 98,00%

Outros aparelhos e dispositivos geradores de raios X - NCM 9022.90.19 e 9022.90.80

6 7343 -7337 -79,00% 137,00%9 84 -75 -13,00% -41,00%

Espectrômetros ou espectrógrafos de raios X - NCM 9022.19.10

0 3034 -3034 0,00% -23,00%0 133 -133 0,00% 100,00%

Outros aparelhos de raios X para radiofotografia e radioterapia - NCM 9022.19.99

0 7674 -7674 22,00%130 211 -81 15831,00% 100,00%

Aparelhos de radiação alfa, beta ou gama para uso médico e câmaras gama. NCM 9022.21.90, 9022.29.90 e 9018.19.30.

0 12515 -12515 0,00% -37,00%0 80 -80 4799,00%

Ecógrafos de análise espectral doppler - 9018.12.10

33 65348 -65315 -73,00% 37,00%0 3704 -3704 0,00% 70,00%

Aparelhos de eletro diagnóstico de varredura por ultra-som - NCM 9018.12.90

298 5884 -5585 -41,00% -7,00%79 413 -334 4,00% -32,00%

Aparelhos de diagnóstico por visualização de ressonância magnética - NCM 9018.13.00

2035 71039 -69004 -30,00% 47,00%3 3172 -3170 100,00% 188,00%

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Anexo IV Subsetor de equipamentos médicos, hospitalaresEquipamentos médicos, hospitalares em 2006 (mil de U$) Evolução 05/06

Equipamento Exp Imp Saldo Exp ImpEsterilizadores médicos, cirúrgicos ou de laboratório – NCM 8419.20.00

838 1157 -320 539,00% 107,00%1289 0 1289 -9,00% -100,00%

Outros esterilizadores - NCM 8419.89.19 233 4427 -4195 176,00% -6,00%523 242 281 196,00% -73,00%

Cadeiras de rodas sem mecanismos de propulsão – NCM 8713.10.00 e outras cadeiras de rodas – NCM 8713.90.00.

44 519 -475 28,00% 61,00%240 141 99 8,00% 258,00%

Microscópios óticos estereoscópicos – NCM 9011.10.00

580 2095 -1515 -8,00% -14,00%673 122 551 71,00% -21,00%

Microscópios para fotomicrografia – NCM 9011.20.10

0 1015 -1015 0,00% 39,00%1 95 -94 100,00% -48,00%

Microscópios óticos binoculares de platina móvel - NCM 9011.80.10

0 3807 -3807 0,00% 2,00%6 4724 -4718 -85,00% 92,00%

Outros microscópios óticos - NCM 9011.80.90 244 4216 -3972 26,00% -3,00%100 395 -295 -30,00% 222,00%

Continua

245

Ane

xosAnexo IV Continuação

Equipamentos de monitoração e medição de parâmetros fisiológicos - NCM 9018.19.80

8 16526 -16518 -89,00% 62,00%425 661 -236 58,00% 145,00%

Partes de equip. Eletrodiagnóstico, principalmente de equip. Monitoração e medição de parâmetros fisiológicos

924 16439 -15514 46,00% 47,00%5 1319 -1314 -88,00% 88,00%

Eletrocardiógrafos - NCM 9018.11.00 49 1336 -1288 -16,00% 138,00%75 36 40 4222,00% 221988,00%

Cardiodesfibriladores automáticos – NCM 9021.90.11.

70 12760 -12690 -89,00% 37,00%937 0 937 75,00% -100,00%

Desfibriladores externos automáticos – NCM 9018.90.96

0 2087 -2087 0,00% -6,00%87 0 87 13385,00% 0,00%

Aparelhos de osmose reversa - NCM 8421.29.20. 0 1697 -1697 22,00%5 1441 -1436 -97,00% 57,00%

Rins artificiais - NCM 9018.90.40 0 12206 -12206 0,00% 140,00%0 0 0 0,00%

Respiradores artificiais e máquinas de anestesia - NCM 9019.20.10, 9019.20.20, 9019.20.30, 9019.20.40, 9019.20.90 e 9020.00.90

329 24777 -24448 -51,00% 38,00%7355 2857 4498 29,00% 114,00%

Incubadoras para recém nascidos – NCM 9018.90.91

907 49 858 85,00% 1627,00%7256 15 7241 54,00% 100,00%

Scanner de tomografia por emissão de positrons - NCM 9018.14.10

0 6957 -6957 0,00% 338,00%0 0 0 0,00% 0,00%

Outros equipamentos de cintilografia – NCM 9018.14.90

0 29 -29 0,00% -24,00%0 67 -67 0,00% 100,00%

Audiômetros - NCM 9018.19.20 0 903 -903 0,00% 8,00%2 0 2 100,00% 0,00%

Outros aparelhos de raios ultravioleta e infravermelho – NCM 9018.20.90

108 1414 -1307 884,00% 347,00%77 0 77 5938,00% 0,00%

Microscópios binoculares para cirurgia oftalmológica – NCM 9018.50.10

223 1478 -1255 183,00% 114,00%222 0 222 132,00% 0,00%

Outros instrumentos e aparelhos de oftalmologia – NCM 9018.50.90

314 12679 -12365 266,00% 19,00%330 221 108 172,00% 27,00%

Aparelhos para terapia intra-uretral por micro-ondas – NCM 9018.90.93

0 45 -45 0,00% 100,00%0 0 0 0,00% 0,00%

Aparelhos de mecanoterapia, de massagem, de psicotécnica – NCM 9019.10.00

3226 839 2386 2227,00% 74,00%1103 581 522 9,00% 274,00%

Endoscópios – NCM 9018.19.10 15 8964 -8949 100,00% 29,00%0 0 0 0,00% 0,00%

Endocoscópios – NCM 9018.90.94 0 1952 -1952 -5,00%3 0 3 1857,00% 0,00%

Continua

246

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Anexo IV ContinuaçãoAparelhos para cirurgia que operem por laser – NCM 9018.20.10

1 3758 -3757 -91,00% 104,00%0 4 -4 0,00% 100,00%

Bisturis elétricos – NCM 9018.9021 73 1387 -1314 -33,00% 21,00%583 0 583 -22,00% 0,00%

Outros bisturis – NCM 9018.90.29 5 1377 -1372 37,00% 11,00%18 806 -788 23,00% 57,00%

Litotritores por onda de choque, litotomos e outros litotritores - NCM 9018.90.31 e 9018.90.39

0 1607 -1607 305,00%0 0 0 0,00% 0,00%

Mesas para operação cirúrgica – NCM 9402.90.10 36 4762 -4726 -68,00% 96,00%857 0 857 -2,00% 0,00%

Camas dotadas de mecanismos para usos clínicos - NCM 9402.90.20

23 4036 -4013 328,00% 49,00%722 509 213 -21,00% 3546,00%

Outros mobiliários para medicina, cirurgia e odontologia - NCM 9402.90.90

237 1146 -909 -47,00% -28,00%1638 73 1565 -14,00% -60,00%

Outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, etc. - NCM 9018.90.99

1661 55383 -53722 18,00% 30,00%6802 9252 -2451 15,00% 36,00%

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Anexo V Subsetor de implantes e material de consumoImplantes e reabilitação em 2006 (mil de U$) Evolução 05/06

Equipamento Exp Imp Saldo Exp ImpPróteses e dispositivos ativos e não ativos ortopédicos: cimentos para reconstituição óssea – NCM 3006.40.20

8 1454 -1446 14,00%178 12 166 -2,00% -39,00%

Artigos e aparelhos ortopédicos – NCM 9021.10.10

267 1378 -1111 -44,00% 92,00%343 14 329 -37,00% 23,00%

Artigos e aparelhos para fraturas – NCM 9021.10.20

766 34174 -33408 -5,00% 38,00%5308 60 5248 13,00% -48,00%

Partes de aparelhos de ortopedia e fratura e aparelhos de ortopedia articular - NCM 9021.10.91 e 9021.10.99

1647 3876 -2229 4,00% 106,00%2804 164 2641 20,00% 167,00%

Outros artigos e aparelhos de prótese - NCM 9021.39.80 e 9021.39.99

446 10825 -10378 164,00% 26,00%678 874 -195 128,00% 8,00%

Outros aparelhos imp lantáveis para compensar defeito ou incapacidade. NCM 9021.90.19

112 7744 -7632 -29,00% 33,00%186 431 -245 122,00% 149,00%

Outros aparelhos para compensar deficiências ou enfermidades NCM 9021.90.89

8 6495 -6486 -89,00% -21,00%66 18 48 -87,00% -41,00%

Partes e acessórios de artigos e aparelhos para compensar deficiência NCM 9021.90.99

4 5630 -5626 100,00% 16,00%24 121 -97 -50,00% 351,00%

Continua

247

Ane

xosAnexo V Continuação

Próteses articulares femurais NCM 9021.31.10 38 5052 -5014 -53,00% -4,00%1825 0 1825 23,00% 0,00%

Próteses articulares mioelétricas NCM 9021.31.20 0 76 -76 0,00% 67,00%0 0 0 0,00% 0,00%

Próteses e dispositivos ativos e não ativos ortopédicos: outras próteses articulares NCM 9021.31.90

4785 15255 -10470 2,00% 51,00%9676 23 9653 15,00% 0,00%

Partes de próteses modulares substitutas NCM 9021.39.91

14 2376 -2362 32,00% 43,00%157 4 153 -22,00% 0,00%

Próteses e dispositivos ativos e não ativos vasculares e cardíacos válvulas cardíacas mecânicas NCM 9021.39.11

124 2537 -2412 -31,00% 71,00%542 3273 -2731 44,00% 0,00%

Outras válvulas cardíacas NCM 9021.39.19 18684 958 17726 18,00% 44,00%2395 0 2395 29,00% 0,00%

Marcapassos cardíacos, exceto partes e acessórios NCM 9021.50.00.

0 28741 -28741 -3,00%665 0 665 -3,00% 0,00%

Partes e acessórios de marcapassos cardíacos NCM 9021.90.91.

0 9010 -9010 0,00% -25,00%258 1479 -1221 -13,00% 0,00%

Implantes expandíveis de aço inox para dilatar artérias 9021.90.81

946 62216 -61270 95,00% 41,00%311 5535 -5224 0,00%

Próteses de artérias vasculares revestidas NCM 9021.39.30

22 7556 -7533 63,00% 31,00%47 73 -26 -67,00% 0,00%

Aparelhos e dispositivos auditivos e lentes intra – oculares.aparelhos para facilitar a audição de surdos NCM 9021.40.00

24 32675 -32651 16,00%6 0 6 0,00%

Partes e acessórios de aparelhos para facilitar a audição de surdos

62 3921 -3858 288,00% 24,00%0 92 -92 0,00%

Lentes intra-oculares NCM 9021.39.20 766 11820 -11054 126,00% 25,00%1027 0 1027 31,00% 0,00%

Materiais e insumos de uso cirúrgico e terapêutico - suturas NCM 3006.10.11, 3006.10.19, 3006.10.20, 3006.10.90, 5404.10.11, 5404.10.19, 5404.10.90, 5405.00.00 e 5604.90.10

2475 18166 -15691 16,00% 20,00%41383 4037 37346 4,00% 49,00%

Materiais e insumos - cateteres, sondas, cânulas e lancetas. NCM 9018.3921, 9018.3922, 9018.3923, 9018.39.24, 9018.3929, 9018.39.30, 9018.39.90, 9018.39.91 e 9018.39.99

7263 76835 -69572 199,00% -1,00%7793 15252 -7459 73,00% 31,00%

Materiais e insumos grampos, clipes, aplicador, extrator para aparelhos médicos. NCM 9018.9095

215 21688 -21473 20,00% 12,00%102 387 -284 289,00% 63,00%

Materiais e insumos luvas para uso cirúrgico e terapêutico NCM 4015.11.00 e 4015.19.00

2 1380 -1378 -96,00% 7,00%303 69589 -69286 -50,00% 9,00%

Continua

248

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

Anexo V ContinuaçãoMateriais e insumos seringas NCM 9018.31.11 – 9018.31.19 e 9018.31.90

2574 8318 -5744 -5,00% 2,00%5565 5442 123 0,00% 217,00%

Materiais e insumos agulhas NCM 9018.32.11 – 9018.32.12 – 9018.32.19 – 9018.32.20 e 9018.39.10

23873 15339 8533 -8,00% 13,00%10644 6579 4065 75,00% 78,00%

Materiais e insumos máscaras contra gases NCM 9020.00.10

16 1870 -1853 -32,00% 12,00%506 171 334 26,00% -46,00%

Materiais e insumos outros artefatos confeccionados de falso tecido NCM 6307.90.10

1880 3628 -1749 121,00% -3,00%746 2418 -1673 -10,00% 115,00%

Outros artefatos têxteis confeccionados aventais para cirurgia e outros procedimentos. NCM 6307.90.90

1970 1449 521 1325,00% 10,00%636 1476 -840 32,00% 90,00%

Outros insumos e materiais de consumo pensos adesivos NCM 3005.10.10, 3005.10.11, 3005.10.12, 3005.10.19, 3005.10.20, 3005.10.30, 3005.10.40, 3005.10.50 e 3005.10.90

64425 6917 57508 3,00% 16,00%2169 758 1411 45,00% 35,00%

Pensos reabsorvíveis e semelhantes NCM 30.05.90.11, 30.05.90.12, 30.05.90.19, 30.05.9020 e 30.05.90.90

258 4415 -4157 -51,00% 30,00%1096 608 488 41,00% -42,00%

Bolsas para hemodiálise, colostomia e outros usos médicos. NCM 3926.90.30, 3926.90.31, 3926.90.32 e 3926.90.39

71 3129 -3058 -56,00% -1,00%642 3413 -2771 288,00% 58,00%

Outros recipientes para resíduos infectantes NCM 3923.21.90

9753 3652 6101 16,00% 26,00%11873 5155 6719 37,00% 159,00%

Bolsas para gelo e água quente e outros artigos de higiene em borracha vulcanizada. NCM 4014.90.10 e 4014.90.90

1703 529 1174 12,00% 66,00%561 71 490 13,00% 156,00%

Absorventes e outros artigos higiênicos de papel NCM 4018.40.90

1637 46 1590 -43,00% -64,00%15973 1237 14736 8,00% 774,00%

Estojos e caixas de primeiros socorros NCM 3006.50.00

2 154 -152 -91,00% 10,00%2 0 2 -95,00% -100,00%

Preservativos de borracha vulcanizada NCM 4014.10.00

35 2099 -2065 -73,00% -58,00%53 9156 -9103 -33,00% 12,00%

Outras meias de malha de fibras sintéticas NCM 6115.93.00

957 397 560 216,00% 31,00%469 574 -105 9,00% 114,00%

Hemodialisador tipo capilar, outros hemodialisadores, acessórios para hemodialisadores. NCM 8421.29.11, 8421.29.19 e 3926.90.50

3 12538 -12535 -86,00% 32,00%19 143 -125 -96,00%

Aparelhos para medida de pressão arterial NCM 9018.90.92

0 2621 -2621 0,00% 102,00%123 2925 -2802 245,00% -4,00%

Continua

249

Anexo V ContinuaçãoTermômetros clínicos de líquido de leitura direta. NCM 9025.11.10

1 7 -6 -59,00%12 1105 -1093 -34,00% 45,00%

Inst. E ap. Para transfusão de sangue incluindo bombas de infusão NCM 9018.90.10

1754 10855 -9101 -15,00% 56,00%8277 3162 5115 -10,00% 7,00%

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Anexo VI Subsetor de odontológicosOdontológicos em 2006 (mil de U$) Evolução 05/06

Equipamento Exp Imp Saldo Exp ImpMateriais e insumos odontológicos gesso para uso odontológico e outras formas de gesso e outras composições para dentistas - NCM 2520.20.10, 2520.20.90 e 3407.00.90

58 422 -365 -58,00% 0,00%982 324 658 31,00% 549,00%

Materiais e insumos odontológicos cimentos e outros materiais para obturação dentária - NCM 3006.40.11 e 3006.40.12

1690 9589 -7899 61,00% 10,00%2733 20 2713 10,00% -10,00%

Materiais e insumos odontológicos, dentes artificiais de acrílico e outros materiais - NCM 9021.21.10 e 9021.21.90

5022 720 4303 -5,00% 30,00%2661 11 2649 7,00% 100,00%

Materiais e insumos odontológicos pastas para modelar e ceras para dentistas - NCM 3407.00.10 e 3407.00.20

6 1239 -1233 -97,00% 9,00%83 44 39 -67,00% -35,00%

Materiais e insumos odontológicos brocas e limas - tungstênio, vanádio e de outros materiais - NCM 9018.49.11 / 9018.49.12 / 9018.49.19 / 9018.49.20

129 2490 -2361 -60,00% -17,00%988 117 871 -23,00% 57,00%

Equipamentos odontológicos, aparelhos dentários de brocar mesmo com outros equipamentos - NCM 9018.41.00

309 627 -317 -53,00% 53,00%4357 0 4357 37,00% 0,00%

Equipamentos odontológicos, aparelhos operados por laser para tratamento bucal e semelhantes NCM 9018.20.20 e NCM 9018.49.30

3 16 -13 174,00% -94,00%25 0 25 -21,00% 0,00%

Equipamentos odontológicos, outros instrumentos e aparelhos de odontologia - NCM 9018.49.99

3188 2994 194 -1,00% 28,00%19473 1260 18212 11,00% 108,00%

Equipamentos odontológicos, outros artigos e aparelhos de prótese dentária - NCM 9021.29.00

321 4382 -4060 387,00% 1,00%317 2 315 58,00% -15,00%

Equipamentos odontológicos, conjuntos odontológicos - NCM 9402.10.00

9150 74 9076 -4,00% 38,00%9901 48 9854 -10,00% 182,00%

Aparelhos de raios X para diagnóstico e acompanhamento odontológico – NCM 9022.13.19 e 9022.13.90.

225 51 174 -25,00% 236,00%2737 0 2737 -28,00% -100,00%

Aparelhos de raios X de diagnóstico de tomada maxilar panorâmica - NCM 9022.13.11

8 2010 -2002 -11,00% 6,00%106 0 106 27,00% 0,00%

Fonte: ALICEWEB/MDIC, 2006

Ane

xos

Apêndices

253

Apê

ndic

esApêndice I

Entidades e membros do Comitê Gestor

Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) Franco Pallamolla – PresidenteHely Audrey Maestrello – Diretor Executivo

SINAEMORuy Baumer – Presidente

Baumer S.A.Wagner Mazolli – Gerente Geral da área de ortopedia

Dabi Atlante Indústrias Médico Odontológicas LtdaJosé Miranda da Cruz Neto – Diretor SuperintendenteAlberto Ferriani Neto – Gerente de Engenharia

Dixtal Biomédica Indústria e Comércio LtdaPedro Scheineder – Diretor

Fanem LtdaDjalma Luiz Rodrigues – Diretor Industrial

Labtest Diagnóstica S.AJosé Carlos Basques – Presidente

Schobell Industrial LtdaAnselmo Quinelato – Diretor Superintendente

254

Panorama Setorial – Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos

VMI Indústria e Comécio LtdaOtávio Viegas – Diretor Presidente

MDICNilton Sacenco Kornijezuk – Diretor do Departamento de Setores Intensivos em Capital e Tecnologia

BNDESRegina Gutierrez – GerenteLilian Ribeiro Mendes – Analista de Sistemas

FINEPMarcos José de Castro – Analista de Projetos

SEBRAEAlcionei Santos – Coordenador Rosana Melo – Analista

ANVISANewton Wiederhecker – Gerente Geral SubstitutoMárcio Luiz Varani – Gerente

APEXBrasilSérgio Costa – GerenteWagner Paes – Consultor Pleno

Ministério da SaúdeEduardo Jorge Valadares Oliveira – Coordenador-Geral

INMETROFernando Goulart – Pesquisador Tecnologista em Metrologia e Qualidade Industrial.

255

Apê

ndic

esAgência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)Clayton Campanhola – Diretor Claudionel de Campos Leite – Coordenador de Projetos

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)Marcio Miranda – Diretor ExecutivoLiliane Rank – Assessora TécnicaAdriano Braun Galvão – Assessor e Responsável Técnico