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Edição nº 34 – Junho 2015 EQUIPE CAPE Dirigente: Fabiula de Paula Secchin Agentes de Apoio: Geisa Genaro Rodrigues e Susete Ferreira Magalhães. Assessoria Técnica Pedagógica: Camila Ferreira Moreira Agente Técnico (Assistente Social): Andreia Lima de Cristo Fernanda Talita F. da Cruz Apoio Administrativo Gleisiane Rodrigues Leão Telefone: (27) 3194-4733/4734/4735 No dia 26 de junho, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e do Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Educação (Cape), realizou o “Encontro Estadual de Conselheiros dos CACS Fundeb – FNDE e Ministério Público”. O evento contou com a participação de aproximadamente 120 pessoas entre conselheiros, técnicos de Secretarias de Educação e servidores do MPES, que assistiram palestras sobre Transporte Escolar e Operacionalização do Fundeb, com espaço para debates e informações relevantes sobre a situação cadastral dos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social (CACS) Fundeb, o valor disponibilizado a cada município por meio do Programa Brasil Carinhoso, prazos e prestação de contas dessas verbas. No período da tarde, os participantes foram divididos em dois grupos para atividades práticas sobre as duas temáticas, resolução de dúvidas, consultas on-line e esclarecimentos para regularização de situações pendentes junto ao Fundo nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

EQUIPE CAPE - mpes.mp.br · ementa: agravo de instrumento - aÇÃo civil pÚblica – obras de adaptaÇÃo em escolas DA REDE ESTADUAL PARA ASSEGURAR ACESSIBILIDADE AOS PORTADORES

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Edição nº 34 – Junho 2015

EQUIPE CAPE Dirigente: Fabiula de Paula Secchin

Agentes de Apoio: Geisa Genaro Rodrigues e Susete Ferreira Magalhães.

Assessoria Técnica Pedagógica:

Camila Ferreira Moreira Agente Técnico (Assistente Social):

Andreia Lima de Cristo

Fernanda Talita F. da Cruz Apoio Administrativo

Gleisiane Rodrigues Leão

Telefone: (27) 3194-4733/4734/4735

No dia 26 de junho, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Estudos e

Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e do Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de

Educação (Cape), realizou o “Encontro Estadual de Conselheiros dos CACS Fundeb – FNDE e Ministério

Público”.

O evento contou com a participação de aproximadamente 120 pessoas entre conselheiros, técnicos de

Secretarias de Educação e servidores do MPES, que assistiram palestras sobre Transporte Escolar e

Operacionalização do Fundeb, com espaço para debates e informações relevantes sobre a situação cadastral

dos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social (CACS) Fundeb, o valor disponibilizado a cada

município por meio do Programa Brasil Carinhoso, prazos e prestação de contas dessas verbas.

No período da tarde, os participantes foram divididos em dois grupos para atividades práticas sobre as duas

temáticas, resolução de dúvidas, consultas on-line e esclarecimentos para regularização de situações

pendentes junto ao Fundo nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

ghgj

País precisa colocar 2,8 milhões de crianças na

escola, diz relatório.

Relatório do movimento Todos Pela Educação (TPE)

divulgado nesta quinta-feira (2) aponta que o Brasil

ainda precisa incluir cerca de 2,8 milhões de

crianças e adolescentes na Educação Básica.

Além disso, precisa garantir que os já matriculados

concluam os estudos dentro da faixa etária

recomendada e com melhores índices de

aproveitamento das disciplinas. Leia mais...

Brasil descumpre quatro de cinco metas pela

Educação

Das cinco metas estipuladas pelo movimento Todos

Pela Educação (TPE), quatro não foram cumpridas

pelo Brasil. É o que mostra um relatório da ONG, que

será lançado hoje e aponta dificuldades

principalmente nos objetivos relacionados à

qualidade. O documento mostra alguns dos principais

desafios que o país ainda precisa enfrentar na área

educacional, como incluir cerca de 2,8 milhões de

crianças de 4 a 17 anos na educação básica, garantir

aos alunos aprendizado adequado e combater os

motivos que fazem com que apenas 54% dos jovens

concluam o ensino médio na idade certa. Leia mais...

Jovens se livram das drogas por meio de Ensino Médio inovador

O reconhecimento do estudante como protagonista do processo educativo está entusiasmando a

juventude do Maranhão, a ponto de muitos jovens deixarem as ruas para voltarem à escola. Foi o

que aconteceu, por exemplo, no Centro de Ensino Oscar Galvão, com 1.300 alunos do ensino

médio no município maranhense de Pedreiras, a 280 km da capital maranhense. Um projeto de

artes desenvolvido pelos estudantes levou-os a procurar e resgatar antigos colegas para participar

de uma peça teatral e das atividades escolares. O sucesso do espetáculo foi tanto que os alunos

tiveram de fazer duas apresentações da peça para a comunidade. Outro projeto, desta vez de

espanhol, chegou a mobilizar os estudantes de escolas vizinhas. Leia mais...

Relatório da CGU indica falhas em programa de transporte escolar

Relatório divulgado no dia 29 pela Controladoria-Geral da União (CGU) indicou falhas na execução

de licitações e de contratos administrativos no Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar

(Pnate). Com base em fiscalizações de 2011 a 2013, em 131 municípios e conselhos de

Acompanhamento e de Controle Social, a CGU recomendou a devolução de R$ 3 milhões aplicados

no programa.

Entre as irregularidades, foram constatados casos como o de veículos e condutores que não

atendem aos requisitos previstos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além da devolução do

dinheiro, a CGU recomendou o aprimoramento de mecanismos de controle interno do Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a melhoria da fiscalização dos recursos

repassados aos municípios. Leia mais...

ghgj

Atraso em plano de educação pode dar multa e até ação por

improbidade Prazo para elaboração do plano terminou na última quarta-feira (26).

Veja que tipo de controle pode ser feito com os gestores de educação.

Secretários municipais e estaduais de Educação que descumprirem

os prazos de metas e estratégias de seus planos locais e do Plano

Nacional de Educação (PNE) estão sujeitos a multas, processos

administrativos ou até ações por improbidade. Especialistas ouvidos pelo G1, porém, explicam que a fiscalização não deve se ater apenas

ao mero cumprimento de prazos, mas entender quais são os gestores

que estão trabalhando, e os que estão sendo omissos.

De acordo com dados do Ministério da Educação, até a noite desta

sexta-feira (26), 3.924 dos 5.570 municípios já tinham sancionado seus

planos municipais, ou seja, pouco mais de 70%. Leia mais...

Os estados onde há mais jovens atrasados no ensino médio

Só 60% dos jovens estão na série compatível com a sua idade

São Paulo - Ter poucos jovens frequentando a sala de aula é um desafio que, aos poucos, vem

sendo superado no país. Estima-se que 83,3% dos adolescentes de 15 a 17 anos estejam

matriculados nas escolas. Há pouco mais de dez anos esse percentual era de 79%.

O problema, no entanto, é que muitos deles não frequentam as séries correspondentes à sua idade.

É como se, a cada 100 jovens brasileiros, apenas 60 fossem alunos do ensino médio.

Por que isso é ruim? O atraso escolar pode fazer com que boa parte desses estudantes desista de

concluir os estudos e, consequentemente, de entrar numa universidade.

Assim como em outros indicadores da educação, o percentual de quem consegue chegar ao ensino

médio na idade certa varia muito de estado para estado. Enquanto em São Paulo quase 70% dos

jovens de 15 a 17 anos estão no ensino médio, em Alagoas apenas 37% alcançam essa etapa de

ensino. Leia mais...

Sedu e Juizado unidos contra a evasão escolar na Serra

Na sexta-feira (26), a titular da 2ª Vara da Infância e Juventude da Serra juíza Janete Pantaleão

realizou uma audiência com os pais e responsáveis de 400 alunos da rede pública municipal que

foram convocados para comparecer ao Fórum do Município. O objetivo é alertar sobre a obrigação

e responsabilidade com a vida escolar das crianças.

A ação faz parte do programa Pró-Escola, desenvolvido pela Secretaria de Educação da Serra

(Sedu), em parceria com a Vara da Infância e Juventude, que trabalha a conscientização das

famílias de todas as unidades da rede municipal de ensino fundamental visando coibir a evasão

escolar. As audiências estão previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Após esgotadas

todas as tentativas e intervenções junto à família, a Sedu faz um levantamento dos alunos com o

maior número de faltas e encaminha para o Juizado. Leia mais...

Criado fórum para acompanhar piso salarial dos professores

Um fórum para acompanhar a atualização do valor do piso salarial nacional dos profissionais do

magistério público da educação básica foi criado por meio da Portaria 618, publicada na edição de

hoje (25) do Diário Oficial da União.

O objetivo é propor mecanismos para obter e organizar informações sobre o cumprimento do piso

salarial dos professores e de planos de carreiras. Leia mais...

ghgj

Ex-Prefeito de Quixelô deve ressarcir município por não prestar conta de merenda escolar

O ex-prefeito de Quixelô (a 392 km da Capital), Marconi Matos, foi condenado a devolver ao município o

valor de R$ 173.374,81 porque não prestou conta com o Governo Federal sobre repasse de verba

destinada à merenda escolar. Em virtude disso, o ente público ficou impedido de receber o beneficio. Para o juiz David Fortuna da Mata, em respondência pela Comarca, fica evidente que “a conduta do

promovido [Marconi Matos] importou em dano ao erário municipal, devendo este ser ressarcido”. Segundo os autos (n° 298-79.2000.8.06.0153), o ex-gestor, durante o mandato (1993-1996), não prestou

conta dos valores recebidos nos exercícios de 1995 e 1996, no total de R$ 24.632,00 cada, referentes ao

Programa de Alimentação Escolar do Ministério da Educação. Em decorrência, o município gerou um débito de R$ 49.514,00 que prejudicou a gestão posterior, que não

pôde mais firmar convênio com a administração Federal. Além disso, teve o nome inscrito no Cadastro

Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). Por esses motivos, o município ajuizou ação e requereu o ressarcimento dos recursos administrativos não

informado. O ex-prefeito Marconi Matos não apresentou contestação e foi julgado à revelia. Ao analisar o caso, o magistrado determinou o ressarcimento dos danos causados no valor de R$

173.374,81, já devidamente corrigido monetariamente. “Prospera a pretensão ressarcitória, devendo o

réu responder pelos prejuízos financeiros causados ao Município quanto a má aplicação dos recursos

federais financeiros”, destacou o magistrados.

Jovens em conflito com a lei relatam problemas ao voltar para o ambiente escolar

Ainda na escola, o adolescente G.I. envolveu-se com o tráfico de drogas, pois, segundo ele,

necessitava de dinheiro para ajudar a família a sobreviver. Flagrado pela polícia, ficou oito meses

internado na Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), onde concluiu

o segundo ano do ensino médio. Após sair do período de internação e em cumprimento de medida

de liberdade assistida, o jovem precisava voltar a estudar, solicitando retorno à escola que

frequentava antes de entrar em conflito com a lei. Após ter a matrícula negada, encontrou vaga em

outra escola, onde permaneceu por somente cinco dias, até receber ameaças de morte da polícia.

Com isso, após buscar vagas durante cinco meses, G.I. conseguiu entrar em outra instituição, onde

estuda há três semanas. Hoje com 18 anos recém-cumpridos, o adolescente garante que concluirá o

ensino médio em 2015, mesmo diante das dificuldades que enfrenta no cotidiano letivo.

G.I. é um dos muitos adolescentes brasileiros que, após passarem um período cumprindo medida

socioeducativa, tentam retornar à escola. Os dados de jovens que estão em escolarização em

semiliberdade ou em medidas socioeducativas em meio aberto, porém, não são detectáveis no

Censo Escolar da Educação Básica, uma vez que se referem a matrículas realizadas em escolas da

rede pública que, conforme prescrição prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), não

identificam tais adolescentes. Leia mais...

Justiça nega substituição de docente que teve desavença com aluna

Na Justiça, a inimizade comprovada entre um juiz e o advogado da causa, ou uma das partes, é

motivo de suspeição, devendo o processo ser analisado por outro juiz. Mas o mesmo não acontece

entre aluno e professor que não se dão bem. A decisão é da 1ª Vara Federal de Rio Grande ao julgar

a ação de uma aluna da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG) que pedia o

afastamento de sua professora com quem teve uma desavença. Para o Judiciário gaúcho, não se pode

equiparar a situação descrita com as hipóteses de impedimento/suspeição dos magistrados.

Na visão da aluna, a professora deveria ser substituída pois não haveria no caso a imparcialidade da

docente. Leia mais...

ghgj

TJMS NEGA PROVIMENTO A RECURSO CONTRA DECISÃO EM ACP MOVIDA PELO MINISTÉRIO

PÚBLICO PARA GARANTIA DE ACESSIBILIDADE EM ESCOLAS

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA – OBRAS DE ADAPTAÇÃO EM ESCOLAS

DA REDE ESTADUAL PARA ASSEGURAR ACESSIBILIDADE AOS PORTADORES DE NECESSIDADES

ESPECIAIS – DEVER DO ESTADO – ART. 227, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LEIS FEDERAIS –

LIMINAR MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO. Segundo a Constituição Federal (art. 227, § 2º), bem como

normas infraconstitucionais (Leis n. 7.853/89, 10.098/00 e 10.172/01, Decreto n.5.296/04), é dever da

Administração Pública realizar políticas públicas que assegurem o direito dos portadores de necessidades

especiais ao acesso a todos os ambientes existentes nas escolas públicas, bibliotecas, auditórios, ginásios,

sanitários, dentre outros.

A C Ó R D Ã O. Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os juízes da 3ª Câmara Cível do Tribunal de

Justiça, na conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade e com o parecer, negar provimento ao recurso,

nos termos do voto do Relator. (Sidrolandia, relator: eduardo Machado rocha, Agravante: Estado de Mato Grosso

do Sul, Proc. do Estado: Kemi Helena Bomor Maro,Proc. do Estado: Adriano Aparecido Arrias de Lima, Agravado:

Ministério Público Estadual, Prom. Justiça: Nicolau Bacarji Júnior, órgão julgador: 3ª Câmara Civil, TJMS)

TJGO CONFIRMA DECISÃO EM MS QUE GARANTE VAGA EM CRECHE

EMENTA: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. EDUCAÇÃO

INFANTIL. MATRÍCULA CMEI - CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL. DIREITO LÍQUIDO E

CERTO. 1. É obrigação legal do Poder Público o oferecimento, às crianças, de atendimento gratuito em creches

e pré-escolas, uma vez que tornar eficaz o direito de todo cidadão de receber educação escolar é ato vinculado,

não se inserindo no âmbito daqueles que o administrador pratica, em face da conveniência e da oportunidade. 2.

O ato ilegal/abusivo resta devidamente comprovado ante a inércia do Secretário Municipal de Educação em

atender à solicitação de vaga ao menor, embaraçando o acesso deste ao ensino público e gratuito. 3. A

determinação para que o Poder Público efetue a matrícula da criança em instituição de ensino privada e para que

seja bloqueado o valor necessário ao pagamento de mensalidades e demais despesas são meios aptos a conferir

efetividade à decisão judicial e à obrigação constitucional imposta aos Municípios de assegurar aos cidadãos de

pouca idade o atendimento em creches, ou pré-escolas. REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CÍVEL

CONHECIDAS E DESPROVIDAS. (TJGO, DUPLO GRAU DE JURISDICAO 98978-62.2014.8.09.0012, Rel. DES.

FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5A CAMARA CIVEL, julgado em 11/06/2015, DJe 1808 de 19/06/2015).

TJDF RELATIVIZA CORTE ETÁRIO PRESENTE EM RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DF,

PARA INGRESSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDANDO

DE SEGURANÇA. DIREITO À EDUCAÇÃO. EDUCAÇÃO INFANTIL. IDADE LIMITE. OBSERVÂNCIA AOS

PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE.1. A Constituição Federal dispõe em seus arts.

6º e 205 que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, ao passo que o art. 208 ressalta as

garantias que devem ser resguardadas pelo Estado com a efetivação do acesso à educação.2. A idade limite

imposta pela Resolução nº 1/2012 do Conselho de Educação do Distrito Federal em seu art. 134, parágrafo único,

deve observar os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, considerando a data em que os agravantes

a atingirão, 26 dias e 54 dias após, respectivamente, não gerando quaisquer prejuízos para a instituição de ensino,

nem para os demais colegas.3. A idade limite imposta pela Resolução nº 1/2012 do Conselho de Educação do

Distrito Federal não se mostra razoável, além de ser mais rigorosa do que a definida pela Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional.4. Agravo conhecido e provido.(Acórdão n.876299, 20140020297796AGI, Relator: ANA

CANTARINO, 3ª Turma Cível, Data de Julgamento: 17/06/2015, Publicado no DJE: 29/06/2015. Pág.: 87).

ghgj

TJRS DETERMINA MATRICULA DE ALUNO QUE CONCLUIU PRÉ-ESCOLA NO ENSINO

FUNDAMENTAL INDEPENDENTE DO CRITÉRIO DA IDADE.

Ementa: REEXAME NECESSÁRIO. ECA. MATRÍCULA. EDUCAÇÃO. ENSINO FUNDAMENTAL. IDADE

MÍNIMA. PORTARIA Nº 151/2011 DA SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO X CONSTITUIÇÃO

FEDERAL. O critério de idade não pode obstaculizar o acesso ao primeiro ano do ensino fundamental

da criança que concluiu o ensino infantil. Ademais, deve ser mantida a situação quando matriculadas

as crianças por ordem liminar, superada a questão da idade, porquanto contraproducente seria a

reforma da sentença. CONFIRMARAM A SENTENÇA EM REEXAME NECESSÁRIO. (Reexame

Necessário Nº 70063267249, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe

Schmitz, Julgado em 25/06/2015)

AUXILIARES DE CRECHE EM FUNÇÃO DE PROFESSOR DEVEM RECEBER

REENQUADRAMENTO SALARIAL

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO ADMINISTRATIVO. AGENTE AUXILIAR DE CRECHE. DESVIO

DE FUNÇÃO. ATIVIDADES AFETAS AO CARGO DE PROFESSOR DE

EDUCAÇÃO INFANTIL. CONFIGURAÇÃO. PROVA DA HABILITAÇÃO TÉCNICA DAS SERVIDORAS.

PRESCINDIBILIDADE. SITUAÇÃO DE FATO QUE SE COMPROVA PELA AUSÊNCIA DE PROFESSORES

DE EDUCAÇÃO INFANTIL NAS SALAS DE AULA. REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA. Conforme

entendimento jurisprudencial pacificado do Superior Tribunal de Justiça, o servidor público desviado

de sua atribuição legal possui o direito à percepção das vantagens e vencimentos correspondentes às

funções por ele desenvolvidas, não importando tal reconhecimento em reenquadramento funcional

(Enunciado nº 378 da Súmula do STJ). Vedação ao enriquecimento ilícito estatal. Comprovado pelo

extenso acervo documental que as servidoras atuavam sozinhas na realização da avaliação das

crianças, elaboração de planejamento pedagógico semanal, preenchimento de diário de classe e

relatório individual de cada aluno, descaracterizado o caráter acessório e auxiliar do cargo no qual as

Autoras ingressaram no serviço público, que exige, sobretudo, a figura principal do Professor de

Educação Infantil. Situação administrativa que, embora moralmente reprovável, não induz à obrigação

de indenizar por danos morais. Reconhecimento do desvio de função e do direito das servidoras à

percepção das verbas remuneratórias atinentes ao cargo efetivamente exercido. Pretensão de

aplicação do IPCA à correção monetária. Decisão do STF sobre a modulação dos efeitos da declaração

de inconstitucionalidade, na ADI 4357/DF, que se deu em 25.03.2015. Reforma parcial da sentença que

se impõe. Conhecimento dos recursos, parcial provimento ao 1º recurso (Sandra e Outras) e negativa

de seguimento ao 2º recurso (Município). (DES. ROGERIO DE OLIVEIRA SOUZA - Julgamento:

26/06/2015 - VIGESIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL).

PARA TJSP RECUSA DE MATRÍCULA SOLICITADA FORA DO PRAZO ADMINISTRATIVO NÃO

PODE RESTRINGIR O ACESSO À EDUCAÇÃO

OBRIGAÇÃO DE FAZER. Recusa de rematrícula após o decurso do prazo fixado. Ato administrativo

que, apesar de encontrar suporte no regimento interno, se mostra desarrazoado pelo decurso de

somente um dia do prazo limite. O acesso à educação é direito constitucionalmente garantido, não

pode ser restringido por mera formalidade administrativa. Ofensa ao princípio constitucional previsto

no art. 205 da Constituição Federal. Acordo firmado para pagamento de débitos pretéritos. Apelação

improvida. (TJSP, Relator(a): Jairo Oliveira Junior; Comarca: Santos; Órgão julgador: 12ª Câmara

Extraordinária de Direito Privado; Data do julgamento: 26/06/2015; Data de registro: 27/06/2015)

ghgj

TJSP ANALISA PEDIDO DE NOMEAÇÃO PARA O CARGO DE PROFESSOR FORA DO

PRAZO DE VAGAS FIXADAS EM EDITAL

APELAÇÃO CÍVEL. Mandado de Segurança. Concurso Público. Município de São José do

Rio Preto. 1. Candidata que fora aprovada para o preenchimento de cargo de Professor de

Educação Básica I, porém, fora do número de vagas previstas no edital. Abertura

subsequente de edital para contratação de professores temporários, para o exercício de

função atividade. Pretenso direito à nomeação face à alegada afronta a direito líquido e

certo. Sentença de concessão da segurança. 2. Posterior perda do interesse da ação

mandamental porquanto a impetrante logrou êxito em outro concurso e foi nomeada em

janeiro de 2014, por meio de outro concurso, para o mesmo cargo. Desistência expressa

da impetrante (fls. 354). Recurso prejudicado ante à perda do interesse recursal. (TJSP,

Relator(a): Oswaldo Luiz Palu; Comarca: São José do Rio Preto; Órgão julgador: 9ª Câmara

de Direito Público; Data do julgamento: 24/06/2015; Data de registro: 25/06/2015)

AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO PERANTE O TJSP MANTÉM DECISÃO

PARA SUSPENSÃO DE INFORME GREVISTA, CUJA MENSAGEM PEDIA PARA QUE

OS PAIS NÃO ENVIASSEM SEUS FILHOS À ESCOLA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ATO JUDICIAL IMPUGNADO. DEFERIMENTO PARCIAL DE

TUTELA ANTECIPADA. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER. PROIBIÇÃO DE CAMPANHA

PUBLICITÁRIA. Pedido cumulado de indenização por danos morais difusos. Peça

publicitária paredista pedindo aos pais que não enviassem os filhos para a escola durante

o movimento de greve dos professores. Tensão com direitos de estatura constitucional.

Cognição não exauriente do substrato da causa. Consistência jurídica da tese sobre a

inconstitucionalidade limitada ao trecho da peça publicitária recomendando aos pais que

não mandem os filhos à escola. Sobrevivência da veiculação publicitária na parte em que

contém críticas dirigidas à gestão da educação pelo Governo. Proteção constitucional para

a livre exteriorização do pensamento e para o livre exercício do direito de greve. Controle

judicial circunscrito à incitação para que os alunos não sejam levados para a escola.

Incidência da tutela inibitória apenas em relação aos meios de comunicação em que os

pais e alunos recebem, passivamente, as informações veiculadas pela APEOESP.

Intangibilidade da mensagem publicitária divulgada junto ao sítio eletrônico do Sindicato.

Aparentemente, manifestações veiculadas de forma eletrônica, junto ao site do Sindicato,

não parecem ostentar poder de persuasão suficiente para influenciar decisivamente os

responsáveis pelos alunos à evasão escolar, tampouco para culminar em desordem

pública. Decisão reformada em parte. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (TJSP,

Relator(a): José Maria Câmara Junior; Comarca: São Paulo; Órgão julgador: 9ª Câmara de

Direito Público; Data do julgamento: 24/06/2015; Data de registro: 25/06/2015)

ghgj

Promotoria de Alfredo Chaves

A Promotoria de Alfredo Chaves instaurou dois Procedimentos Preparatórios visando a garantia do

direito à educação, o primeiro objetivando investigar omissão na disponibilização de transporte

escolar para os jovens que frequentam as escolas da rede estadual. O segundo PP apura o possível

descumprimento da Lei que estabelece o piso nacional do magistério público, e ausência da gestão

democrática da educação no município.

Promotoria de Aracruz

A Promotoria de Aracruz instaurou 47 Procedimentos Administrativos visando apurar irregularidades e

omissões em escolas da região, constatadas após a realização de vistorias.

Promotoria de Muniz Freire

A Promotoria de Muniz Freire expediu Notificação Recomendatória endereçada ao Prefeito e Secretário

de Educação do município, para a correta aplicação da Lei do Fundo de Desenvolvimento da Educação

e de Valorização dos Profissionais da Educação Básica-FUNDEB. .

Promotoria de Afonso Cláudio

A Promotoria de Afonso Cláudio instaurou Inquérito Civil com o intuito de investigar intervenções na

Escola Augusta Lamas, considerada integrante do patrimônio histórico municipal, e as adequações do

serviço educacional prestado aos estudantes ali matriculados. Instaurou, ainda, outra investigação

visando a garantia de oferta de vaga em creche na localidade de Córrego do Firme, no interior do

município.

Promotoria de Cariacica

A Promotoria de Justiça de Cariacica instaurou Procedimentos Preparatórios com o fim de apurar a

paralisação de obra na EMEF Vienna Rosetti Guterres, que vem causando prejuízos aos alunos

residentes na comunidade, a inadequação estrutural da EEEFM Jesus Cristo Rei, constatada após

vistoria à escola, e para investigar o abandono de obras no CMEI Princípio do saber e nas EMEFs

Itanguá, Porto Belo I, Alice Coutinho, Campo Verde e Escola Ipiranga.

ghgj

Aberta Consulta Pública sobre

educação de jovens em atendimento

socioeducativo

O Conselho Nacional de Educação

disponibilizou para consulta pública o

documento base sobre as diretrizes nacionais

para a educação escolar de adolescentes e

jovens em atendimento socioeducativo.

Em 16 Estados, gasto federal com ensino médio é menor que mínimo indicado.

O valor investido pelo governo federal em alunos do ensino médio de 16 Estados do País em 2015

não é suficiente para garantir a qualidade mínima de educação. Nas redes públicas de Bahia,

Ceará, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro, entre outros, o gasto estimado pelo governo federal

ficará abaixo dos R$ 3.771, valor mínimo do Custo Aluno-Qualidade (CAQi), referência aprovada

no Plano Nacional de Educação.

O valor mínimo necessário por aluno para garantir uma educação de qualidade foi atualizado a pedido do iG por José Marcelino de Resende, professor da USP e presidente da Fineduca

(Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação) com base em parecer

aprovado pelo Conselho Nacional de Educação em 2010.

Neste custo estão inclusos o custo de professores com formação e salário adequados, limites mais

baixos no número de crianças por sala, escolas com biblioteca, laboratórios de ciência e

informática e quadra esportiva.

Em dez Estados, o valor investido por aluno do ensino médio será de R$ 3.220,46 – gasto mínimo

estipulado pelo Fundeb em portaria publicada no dia 29 de dezembro de 2014. Continue lendo

ghgj

EDUCAÇÃO INFANTIL: CRECHES,

PERÍODO INTEGRAL/PARCIAL e FÉRIAS.

Luiz Antonio Miguel Ferreira 1

Vital Didonet 2

01. INTRODUÇÃO.

Um dos problemas que mais tem afetado a justiça refere-se à garantia do direito à

creche para as crianças de 0 a 3 anos de idade. Trata-se de uma questão de caráter

nacional que atinge grande parcela da comunidade.

Tem como discussão principal a falta de vagas. No entanto, observa-se uma ampliação

da análise da questão, estendendo-se ao tempo de permanência na instituição se tempo

parcial ou integral e à duração anual do funcionamento e do atendimento às crianças –

com ou sem interrupções para férias. A questão das vagas encontra-se sedimentada na

doutrina e jurisprudência, inclusive com a edição de súmula de Tribunais Superiores a

respeito. Porém, quanto aos demais temas, há necessidade de uma análise mais

detalhada, em face das soluções que estão sendo apresentadas pela Justiça, como a

obrigatoriedade do fornecimento de vaga em período integral e o funcionamento da

creche de forma ininterrupta, sem direito a férias. O presente artigo faz uma análise

detalhada destas questões a fim de buscar um encaminhamento que mais se harmonize

com os dispositivos legais e com o sistema educacional.

02. A CRECHE NO SISTEMA EDUCACIONAL.

A primeira observação a ser feita é que atualmente as creches integram o sistema de

ensino e não mais o da assistência social. . Esta condição aponta para o caminho a ser

seguido quando da análise das férias e do período escolar.

Ressalta-se que antes do advento da Constituição Federal de 1988 as creches

estavam locadas na assistência social, dai porque muitas demandas ainda surgem

quando se analisa o seu funcionamento. A legislação atual é clara nesse sentido, não

restando dúvida quanto ao seu caráter educacional. Diz a lei:

1 Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo. Mestre em Educação. Membro do Conselho Consultivo da Fundação

Abrinq – junho/2015.

2 Professor. Mestre em educação. Especialista em educação infantil. Assessor para assuntos legislativos da Rede Nacional Primeira

Infância – RNPI.

ghgj

CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de

idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram

acesso na idade própria;

...... IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de

idade;

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – Lei n. 9394/96

Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a

garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de

idade, organizada da seguinte forma:

a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;

Art. 21. A educação escolar compõe-se de:

I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino

médio;

II - educação superior.

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus

aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da

comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;

II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade

Extrai-se que as creches integram a educação infantil que é a primeira etapa da

educação básica. A sua oferta é dever do Estado, gerando um direito público subjetivo

aos pais ou responsáveis que desejarem matricular o seu filho ou dependente. Dai

porque, em relação ao direito à vaga não haver discussão a respeito.

Integrando o sistema educacional, a creche deve ser analisada levando-se em

consideração os princípios e os regramentos próprios da educação, afastando-se de vez

a análise assistencialista que sempre pontuou a questão. E isso traz reflexos direito

quando se questiona o oferecimento em período integral ou parcial e o direito às férias

escolares. Medidas operacionais específicas decorrem da função educacional da

instituição e da centralidade da criança como sujeito da educação.

A análise deste tema fica mais evidente quando se apresentam os questionamentos de

forma comparativa, como a seguir expostos: