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Era Vargas Capítulo 3
O tenentismo antes de 1930 – p. 58
• 1920 – oligarquia continuava no poder através da Política dos Governadores e do Voto de Cabresto.
• Revoltas no campo e na cidade.
• Insatisfação das forças armadas com o tratamento dado pela oligarquias.
TENENTISMO
• Movimento de médio escalão;
• Exército e Marinha neutros;
• Apoio popular;
O primeiro 5 de julho – p. 58
• Primeira revolta tenentista.
• Estopim = cartas atribuídas a Arthur Bernardes
(candidato à presidência em 1922) - publicação por jornal carioca.
• Ofensas aos militares - “venais” (corrupto).
• Chamavam Hermes da Fonseca (presidente do
Clube Militar) – sargentão sem compostura;
• Cartas falsas – indignação dos militares e da sociedade.
• Militares exigiram retirada da candidatura de Arthur Bernardes.
• Manteve e foi eleito presidente.
• Arthur Bernardes, como presidente, manda prender Hermes da Fonseca por agitação da ordem = gota d’água
• 05/07/1922 - tenentes do Forte de Copacabana pegaram em armas contra o governo – “salvar a honra do Exército” e moralizar a política.
• Governo reagiu – exigiu a rendição – centenas se renderam.
• 17 militares e 1 civil saíram pela Av. Atlântica dispostos a tudo.
REVOLTA DOS 18 DO FORTE
• Troca de tiros com governo – 2 tenentes sobrevivem.
O segundo 5 de julho – p. 59
• 1924 – segundo levante tenentista – São Paulo.
• Tenentes exigiam:
a) deposição de Arthur Bernardes
b) moralização da República por meio do voto
secreto
c) obrigatoriedade do ensino primário
d) melhoria do ensino público
• Comandados pelo general Isidoro Dias Lopes e major Miguel Costa – militares tentam conquistar São Paulo.
• Governo – forças mais numerosas e aviões – vencem a revolta.
• Militares não desistiram – 1000 soldados formaram a Coluna Paulista – deixaram SP em direção à Foz do Iguaçu.
• Sul – militares, liderados por Luís Carlos Prestes, formaram a Coluna Gaúcha e foram para Foz do Iguaçu.
• Coluna Paulista + Coluna Gaúcha = COLUNA PRESTES
A Coluna Prestes – p. 59
• 1800 homens – guerra de movimento.
• Saíram pelo interior do Brasil buscando apoio popular para lutar contra o governo.
• Bem recebidos – queimavam registros de impostos – livrando o povo dos abusos.
• Movimentando-se rapidamente, conseguindo munição e armas com o inimigo e evitando grandes cidades - 25 mil km por 12 estados.
• Manteve-se invicto.
• 1927 – 600 homens que ainda sobreviviam, decidiram se refugiar na Bolívia e no Paraguai.
1930: um marco na história do Brasil – p. 60
• Ambiente de insatisfação com as oligarquias dominantes;
• Presidente Washington Luís (SP) indicou Júlio Prestes (SP) para seu sucessor;
• Antônio Carlos (governador de MG) esperava ser indicado; • Aliou-se às oligarquias do RS e PB – ALIANÇA LIBERAL;
• Eleições de 1930 – Aliança Liberal indica
Getúlio Vargas (RS – presidente) e João Pessoa (PB – vice);
• Vargas propunha: • Voto secreto;
• Incentivo à indústria nacional;
• Leis trabalhistas;
• Anistia aos “tenentes” rebelados;
• Vargas ganhou cada vez mais popularidade;
Crise de 1929
• Pós 1ª G.M. EUA grande enriquecimento Europa devastada;
• Aos poucos, Europa se reestabeleceu diminuição das exportações; • Redução dos preços;
• Queda da produção;
• Aumento do desemprego;
• Queda dos lucros;
• Paralisação do comércio;
• Queda das ações na Bolsa de Valores;
• Campanha presidencial brasileira de 1930 Crise de 1929;
• 29 milhões de sacas de café – vendeu metade – preço menor;
• Crise arruinou cafeicultores e gerou desemprego;
• Aumentou o descontentamento com Washington Luís e elevar a popularidade de Vargas;
• Eleições de 1930 – fraudulentas e violentas; • RS – 100% dos votos para Getúlio Vargas;
• Vitória geral de Júlio Prestes;
• Oposição não aceitou a derrota, se juntou com os “ex-tenentes” e começou a conspirar contra o governo. • Antônio Carlos (Governador de MG): “Façamos a revolução, antes que o povo
a faça!” momento favorável para a tomada de poder.
• Agravante: julho de 1930 João Pessoa foi assassinado a mando de rivais estaduais.
• 03/07/1930 – rebeldes liderados por Getúlio Vargas saíram do RS para o RJ para derrubar o poder.
• Antes que chegassem, uma junta militar
derrubou Washington Luís para governar
pressionados pelo povo: entregaram o poder a
Getúlio Vargas.
O primeiro governo Vargas – p. 62
• 1930–1945: • Industrialização
• crescimento de cidades
• Estado fortalecido
• economia controlada pelo Estado com boa relação
com os trabalhadores.
• Governo dividido em 3 momentos: • Governo provisório – 1930-1934
• Presidente eleito indiretamente – 1934-1937
• Ditador – 1937-1945
Governo provisório – p. 62
• Discurso de posse: Vargas disse que o governo era provisório.
• Ao assumir, fortaleceu o Estado brasileiro e a si próprio.
• Enfraqueceu as oligarquias estaduais, afastou os governadores e nomeou interventores de sua confiança;
A oposição paulista – p. 62
• Ao impor interventores, Vargas desagradou as elites estaduais.
• SP – elite criou a FRENTE ÚNICA PAULISTA (FUP): • Nova constituição
• Nomeador de um interventor civil e paulista para SP
• Pressionado, Vargas nomeia Pedro de Toledo
Paulistas continuaram a fazer oposição.
• 4 estudantes (Martins, Miragaia, Drausio e Camargo) foram mortos quando atacavam a sede de um jornal pró-Vargas.
• Iniciais – MMDC – viraram símbolo do movimento paulista.
• 09/07/1932 – Revolução Constitucionalista – SP (“Guerra Paulista” nos outros estados).
• Apoio do Estado de São Paulo e da população em peso.
• Indústrias produziam armas e munições;
• Campanha “ Ouro para o bem de São Paulo”
• Líderes: • general Isidoro Dias Lopes
• civil Pedro de Toledo.
• Paulistas apoiados por Mato Grosso – focos de apoio em MG e RS.
• Exigiam o fim do regime ditatorial e maior autonomia para SP Guerra civil durou 3 meses.
• 02/10/1932 – cercados por tropas federais, se renderam. • Governo federal: navios, mais soldados (vindos do Norte) e maior poder de
fogo. • Mesmo derrotados, paulistas se consideravam “moralmente” vitoriosos –
Assembleia Constituinte em 1934.
A Constituição de 1934 – p. 64
• Voto secreto;
• Voto feminino;
• Justiça eleitoral;
• Ensino primário gratuito;
• Nacionalização progressiva de minas, jazidas e quedas d’água;
• Justiça do Trabalho;
• Direitos trabalhistas – 8h, descanso semanal remunerado, indenização por demissão sem justa causa, proteção ao trabalho do menor e da mulher, estabilidade à gestante.
• Mesmo aprovada e avançada, foi limitada.
• Reivindicações parcialmente atendidas, mas demoraram a ser implementadas.
• Analfabetos continuaram excluídos.
• Governo defendia sindicato único por categoria, mas o Congresso aprovou o plurisindicalismo.
• 1ª eleição pós-Constituição seria indireta. Depois de Vargas, seria direta.
O governo constitucional de Vargas – p. 65
• Vargas assume o Brasil em meio a Grande Depressão de 1929 falências, desemprego, inflação.
• Inserção de ideias europeias Integralistas e Aliancistas
Fascismo
• O fascismo foi um movimento político que surgiu na Itália e assumiu o poder desse país em 1922.
• O fortalecimento do fascismo italiano, conhecido como fascismo clássico, ocorreu em um cenário de crise econômica, desânimo com os resultados da Primeira Guerra Mundial e medo do crescimento no socialismo na Itália.
• É um regime totalitário que possuía uma política autoritária, nacionalista e antiliberal e foi liderado por Benito Mussolini, chamado pelos seguidores do fascismo de Duce (líder).
• É uma ideologia política radical da direita conservadora.
• O discurso retórico fascista apresenta soluções fáceis para problemas complexos quando alcança o poder, o fascismo assume uma postura autoritária, violenta, hierárquica e com foco nas elites.
Os Integralistas – p. 65
• Liderados pelo escritor: Plínio Salgado • Inspirados pelo fascismo – Itália / Benito Mussolini
• Estrutura organizacional militar.
• 1932: fundaram a AIB – Ação Integralista Brasileira • Lema: Deus, Pátria e Família
• Defendiam: • Governo autoritário – chefe e partido único
• Predomínio dos interesses da nação sobre os do
indivíduo
• Censura aos meios de comunicação
• Defendiam a integração total da sociedade e do Estado, que seriam representados por uma única e forte agremiação: AIB.
• Uniforme – conhecidos como “camisas-verdes”.
• Símbolo – sigma.
• Gesto de saudação com brado de guerra indígena: “Anauê “
• AIB sustentava e apoiava Vargas – principalmente na luta contra o comunismo.
• Usavam da violência contra adversários políticos principalmente comunistas nacionalismo agressivo
• Apoio: • Camadas médias
• Alto clero
• Empresariado
• Forças Armadas
• Reuniu 100 mil afiliados
• Mais de mil núcleos pelo país
Os Aliancistas – p. 66
• Oposição aos Integralistas Aliancistas
• 1935: ANL – Aliança Nacional Libertadora
• Líder: ex-capitão Luís Carlos Prestes / além de comunistas
• Defendiam: • Não pagamento da dívida externa brasileira
• Nacionalização de empresas estrangeiras
• Reforma agrária
• Governo popular
• Surge inspirada nas frentes populares europeias contra o nazifascismo.
• Forte oposição ao governo.
• Defendiam propostas anti-imperialistas, reforma agrária e liberdades públicas.
• Reunia adeptos do comunismo, socialismo e liberalismo insatisfeitos com o rumo da revolução de 1930.
O levante comunista – p. 66 • 5/07/ 1935: Prestes lançou um manifesto:
• derrubada de Vargas e formação de um governo popular revolucionário
• Reação de Vargas fechou a sede da ANL e seus núcleos
• Intentona Comunista: levante armado contra o governo • Sargentos, cabos e soldados comunistas (Natal, Recife e Rio de Janeiro)
• Vargas: • Sufocou os levantes
• Prendeu e torturou simpatizantes da ANL –
comunistas ou não lotando cadeias Graciliano
Ramos e Olga Benário Prestes
O Estado Novo – p. 67
• Eleições marcadas para o início de 1938 Vargas não queria sair do poder
• Pelo rádio – presidente anunciou ter descoberto o Plano Cohen: • Comunistas iam provocar greves, incêndios em igrejas e o assassinato do
presidente
• Plano era FALSO pretexto para o golpe
• 10 de novembro de 1937: Vargas implanta o Estado Novo ditadura • Fechou o Congresso Nacional
• Impôs uma nova Constituição
• Vargas defendia um Estado-Nação forte.
• Fortalecer o Estado sem cair no Socialismo (o que enfraqueceria a Nação, a nacionalidade e o nacionalismo).
• Estado-Nação forte – autoritarismo político com ideologia nacionalista extremada.
• Governo regularia as atividades do cidadão, promoveria o desenvolvimento e incentivaria o espírito de nacionalidade.
• Regimes totalitários – distinção de Estado e Nação e fundição dos mesmos em um líder/partido.
• Estado Novo – comemorações cívicas cultuavam Vargas como “chefe”.
• “Nosso partido é o presidente”.
• Pela Constituição de 1937: o presidente podia governar por decretos- leis leis impostas
• Eleições presidenciais suspensas
• Greves estavam proibidas
• Sindicatos controlados pelo governo
• Vargas mandou extinguir todos os partidos políticos maio de 1938 – Integralistas atacaram o Palácio Guanabara guarda pessoal protegeu o presidente • Vargas mandou prender seus adversários
• Além da violência adotou um conjunto de políticas públicas: • Trabalho
• Educação
• Saúde
• Cuidadosa propaganda para dominação
O trabalhismo – p. 68
• Benefícios reais aos trabalhadores.
• Fazer propaganda do que foi concedido
• Divulgar e despertar no trabalhador gratidão e
retribuição.
• Jornais, rádio e comemorações cívicas.
• 1º/05/1943 – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS
TRABALHISTAS (CLT)
CLT
• Salário mínimo.
• Férias.
• Limitação de horas trabalhadas.
• Segurança do trabalho.
• Carteira de Trabalho.
• Justiça do trabalho.
• Regulamentação da atividade sindical – vinculados ao Ministério do Trabalho – dependentes do Governo.
• Encontros com trabalhadores em 01/05 – desfiles, bandas, torneios, operários e militares – discurso de Vargas – anúncio da medida.
• Trabalhismo – vínculo entre presidente e trabalhadores – produtivos, ordeiros para o progresso.
• Vargas fica conhecido como “pai dos pobres”.
O DIP e a propaganda varguista – p. 70
• Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP).
• Órgão de propaganda e censura - obedecia ao presidente.
• Inspirados pelo fascismo - buscava identificar Vargas ao povo e ao Brasil.
• Programas de rádio, documentários, cartazes
folhetos e cartilhas.
• Presidente cumprimentando criancinhas,
dando esmola ou exaltando o trabalho e o
patriotismo.
• Censura sobre jornais, revistas, rádio, cinema e manifestações culturais.
• A partir de 1940 – DIP negou registro de 420 jornais e 346 revistas.
• Imprensa “deveria” apoiar o governo e auxiliar no projeto nacional.
• Cassou registro dos que criticavam o governo – Estado de São Paulo
• Governo utilizava jornal e rádio – Hora do Brasil.
• 60% das notícias veiculadas eram produzidas pela Agência Nacional.
Economia: indústria e agricultura – p. 71
• 1ª República – agricultura liderava / Vargas – indústria liderava.
• Motivos: • 2ª Guerra Mundial – fabricar o que antes importava
• Industrialização por substituição de importações.
• Vargas concedeu empréstimos à indústria com juros reduzidos.
• Diminuiu impostos sobre bens e equipamentos industriais, aboliu impostos interestaduais e fixou o salário mínimo.
• Vargas criou: • Conselho Nacional do Petróleo
• Companhia Siderúrgica Nacional
• Companhia Vale do Rio Doce
• Companhia Hidrelétrica do São Francisco
• Para defender a agricultura, mandou queimar ou lançar ao mar 30 milhões de sacas de café. • Regular o preço.
• Criou um imposto por pé de café.
• Impediu novas plantações.
• A ideia era manter o preço alto investimentos na importação de máquinas e equipamentos.
• Incentivou a diversificação da agricultura. • Não dependência do café.
Fim do Estado Novo e o Queremismo – p. 72
• Participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial contra
nazismo/fascismo aumentou as críticas à Vargas.
• Era preciso combater a “ditadura varguista”.
• 1943: • políticos mineiros lançaram Manifesto dos Mineiros – exigiam a
democratização do país;
• UNE (União Nacional dos Estudantes) – passeatas contra o governo.
• Percebendo o crescimento da oposição, Vargas decidiu liderar ele próprio, o processo de democratização; • 1945 – anistiou os condenados políticos e marcou eleições presidenciais.
• Vargas fazia jogo duplo: • Em público – apoiava o general Eurico Gaspar Dutra como seu sucessor;
• Às escondidas – incentivava o QUEREMISMO - movimento popular que pedia para ele continuar no poder – “QUEREMOS GETÚLIO”;
• Assustados com a popularidade de Vargas, as oposições civis e militares uniram-se para derrubá-lo;
• 29 de outubro de 1945 – tropas lideradas por Góis Monteiro forçaram Vargas a renunciar.