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VITÓRIA, ES | QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014 ESPECIAL Informe publicitário Atendimento especializado para superar limites > 4 Educação Ampliada, com lições fora da escola > 6 Viagem pelo mundo da arte e da leitura > 8 Vagas para todos na educação infantil Serão 3.800 novas vagas até 2016, garantindo escola para todas as crianças de até 5 anos moradoras de Vitória. SEME ALUNA DA EDUCAÇÃO INFANTIL de Vitória durante atividade em sala de aula: múltiplas linguagens são usadas para auxiliar no aprendizado dos pequenos

ES P EC I A L - ijsn.es.gov.br · de espaço especial para repouso e brinquedoteca. O prédio conta também com co-zinha, refeitório, minirefeitório, ... casa, no Cmei em Consolação

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V I T Ó R I A , E S | Q U I N T A - F E I R A , 0 7 D E A G O S T O D E 2 0 1 4

ES P EC I A LInforme publicitário

At e n d i m e n t oespecializadopara superarlimites > 4

Ed u c a ç ã oAmpliada, comlições fora daescola> 6

Viagempelo mundoda arte eda leitura > 8

Vagas para todosna educação infantilSerão 3.800 novas vagas até 2016, garantindo escolapara todas as crianças de até 5 anos moradoras de Vitória.

SEME

ALUNA DA EDUCAÇÃO INFANTIL de Vitória durante atividade em sala de aula: múltiplas linguagens são usadas para auxiliar no aprendizado dos pequenos

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2 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014

Es p e c i a l

Mais vagaspara criançasde até 5 anosAté 2016, sete Cmeisserão construídos etrês ampliados, paraoferecer 3.800 novasvagas na educaçãoinfantil em Vitória

As famílias com crianças en-tre 6 meses e 5 anos de idadeque moram no município de

Vitória têm muitos motivos paracomemorar e um deles é o aumen-to do número de vagas para ascrianças na rede municipal de en-

s i n o.Somente este ano, a Prefeitura

de Vitória entrega para a popula-ção três novos Cmeis, que irão ofe-recer mais 1.290 vagas.

Duas novas unidades já estãofuncionando, nos bairros de Con-solação e Jardim da Penha. O ter-ceiro novo Cmei fica pronto emdezembro, no bairro Comdusa, eirá beneficiar também as criançasque moram na Grande São Pedro ena Ilha das Caieiras. Serão 440 no-vas vagas para os pequenos entre 6meses e 5 anos de idade.

E as novidades não param por aí.“Até 2016, a Seme vai ampliar e re-

FOTOS: SECOM/PMV

ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL: crianças entre 6 meses e 5 anos de idade aprendem de forma lúdica

ELIZABETH NADER/PMV

REFEITÓRIO: novo Cmei tem dois pavimentos, com três pátios cobertos

ALUNOS na Praça da Ciência: acesso cada vez mais ampliado à educação

Consolação ganha 550 vagasLocalizado em Consolação, num

terreno com 3.569 metros quadra-dos de área, o Cmei Carlos AlbertoMartinelli de Souza oferece 550vagas para crianças entre 6 mesese 5 anos de idade.

O prédio da escola tem dois an-dares. No primeiro pavimentofuncionam a recepção, secretaria,sala de professores, banheiros,quatro salas de aula, sala de repou-so, refeitório, cozinha, solário, par-quinho, três pátios cobertos e um

d e s c o b e r t o.Já no segundo andar estão o mi-

niauditório, com capacidade para64 lugares, mais uma sala de re-pouso, oito salas de aula e tambémsalas de múltiplo uso, além dos ba-nheiros e brinquedoteca.

O novo Cmei Carlos AlbertoMartinelli de Souza está localiza-do no entroncamento das ruas Jo-sé Barroso com DesembargadorErnesto da Silva e DesembargadorGilson Mendonça.

OS NÚMEROS

Educação infantilem Vitória> 49 Cmeis> 4 NÚCLEOS Brincar te> 18.990 m at r í c u l a s> 150 alunos especiais> 2.389 p r o f i ss i o n a i s da Educação In-

fantil> 3.800 vagas até 2016> 7 NOVAS unidades até 2016

Nova escola em Jardim da PenhaNo mês passado foram abertas

mais 300 vagas para crianças entre2 e 5 anos de idade, no novo CentroMunicipal de Educação Infantil(Cmei) de Jardim da Penha, quecomeçou a funcionar no últimodia 15.

Localizado nas dependências daIgreja Evangélica Batista de Vitó-ria (IEBV), na avenida SaturninoRangel Mauro, o espaço para a ins-talação da unidade foi alugado pe-la administração municipal.

Atualmente, o novo Cmei ofere-ce seis turmas matutinas e seisvespertinas, com 25 alunos cadauma, totalizando 300 estudantes.

O local recebeu adaptações etem, além das salas de aula, ba-nheiro, cozinha, refeitório, pátio,área de serviço, espaço lúdico, salade diretoria, pedagogia, secretaria,parquinho, quadra e estaciona-m e n t o.

"Nós estamos realizando um so-nho da comunidade de Jardim daPenha de mais de 10 anos. Eu ficomuito feliz porque estamos aten-dendo 300 crianças em um espaçoamplo, com área verde, quadra e

excelente ambiente para que pos-samos desenvolver nossa ativida-de de universalização da educaçãoinfantil", disse o prefeito LucianoRe z e n d e.

"Com esses 300 alunos chega-mos a 1,1 mil atendidos desde oinício de nossa gestão, de um totalde 3,8 mil vagas, que ofertaremos

formar três Centros Municipais deEducação Infantil (Cmeis) e cons-truir sete novas unidades. Isso sig-nifica 3.800 novas vagas na educa-ção infantil no município de Vitó-ria”, afirma a secretária municipalde Educação, Adriana Sperandio.

No bairro Consolação foram dis-ponibilizadas 550 novas vagascom a entrega do Cmei Carlos Al-berto Martinelli de Souza, queabriu as portas para o ano letivo de2014. Dessas, 144 são de alunosatendidos em tempo integral.

Para atender os novos alunos, aSecretaria Municipal de Educação(Seme) providenciou a contrata-ção de 90 servidores, sendo 38professores, dois professores daeducação especial, quatro pedago-

gos, 33 assistentes de EducaçãoInfantil (AEI), dois agentes de su-porte operacional (ASO), dois as-sistentes administrativos e oito es-tagiários, além do diretor da uni-

dade de ensino.No mês passado, outras 300 va-

gas foram criadas no novo Cmei deJardim da Penha, que funciona nasdependências da Igreja EvangélicaBatista de Vitória (IEBV).

De acordo com Adriana Speran-dio, a administração municipaltem um empenho constante naabertura de novas vagas na educa-ção infantil.

“Nosso papel, enquanto agentepúblico, é garantir o atendimento àeducação infantil para que asatuais dificuldades com relação àaprendizagem no ensino funda-mental sejam sanadas gradativa-mente, inclusive pelo acesso cadavez mais ampliado à educação in-fantil", destacou.

até o final de 2016. Vamos colocartodas as crianças de Vitória naeducação infantil, acabando coma falta de vagas na cidade", co-mentou.

Jardim da Penha só tinha umCmei, o Zenaide Genoveva Mar-carini Cavalcanti, que funciona naavenida Dr. Pedro Feu Rosa, 421.

ELIZABETH NADER/PMV

SÃO 300 PEQUENOS, que já estudam na escola desde 15 de julho

Expediente P R O D U ÇÃO : Dinâmica de Comunicação C O N TATO S : 3331-9114 [email protected] JORNALISTA RESPONSÁVEL: Fabiana Pizzani REPORTAGEM: Ana Paula Herzog e Flávia MartinsEDIÇÃO E REVISÃO: Fabiana Pizzani e Flávia Martins D I AG R A M AÇÃO : Amauri Ploteixa e Miguel Leite TRATAMENTO DE IMAGENS: Leyson Mattos e Renan Martinelli

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VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014 ATRIBUNA 3

Es p e c i a l

I n a u g u ra ç ã ode unidade nobairro Comdusaem dezembro

As crianças do bairro Comdusairão ganhar um novo Centro Muni-cipal de Educação Infantil (Cmei).Serão 440 novas vagas, na unidadeque está sendo construída em umaárea de 3.230 metros quadrados,que também irá beneficiar os pe-quenos de até 5 anos de idade quemoram na Grande São Pedro e naIlha das Caieiras.

A estrutura física do novo Cmeiconta com 12 salas de aulas con-vencionais e salas especiais, alémde espaço especial para repouso ebrinquedoteca.

O prédio conta também com co-zinha, refeitório, minirefeitório,sanitários, auditório, quatro solá-rios, lactário, lavanderia, área ad-ministrativa, pátios coberto eaberto e estacionamento.

O Centro Municipal de Educa-ção Infantil de Comdusa aindaconta com salas de dança, infor-mática e artes.

Alegria com o lápis de cor na mãoAlunos da educaçãoinfantil de Vitóriacomeçam a mostrarseus talentos desdecedo e enchem ospais de orgulho

ACERVO PESSOAL

VITÓRIA ,conhecida

como FoquinhaBaby, é aluna

do Cmei deJardim da

Pe n h a

Nos Centros Municipais deEducação Infantil (Cmeis)de Vitória, os pequenos já

começam a manifestar seus talen-tos, alguns herdados no DNA dafamília.

É o caso da Vitória, que no novoCmei de Jardim da Penha mostra aalegria com os lápis de cor nasmãos. Alegria também do pai, o de-signer gráfico Alex Fagundes, quetrabalha com grafite, ao ver que afilha de apenas 1 ano e 11 meses fazseus primeiros traços e já tem inte-resse pelas formas e cores.

“Desde que entrou na escola elaadora colorir. É sua atividade pre-ferida”, comemora o designer, quecomenta também o quanto a pe-quena gosta das “ti a s”, que sãomuito carinhosas e atenciosas.

E como não encher de carinho eatenção a Vitória, também conhe-cida como Bebê Foquinha. O ape-lido foi herdado da mãe, a profes-sora de Educação Física PriscilaCharpinel, que morreu depois deenfrentar, pela segunda vez, umcâncer no cérebro.

O caso da jovem mãe que man-teve-se firme até o sexto mês degestão para dar vida a Vitorinha

PAIS E FILHOS

D e s e n vo l v i m e n t oA auxiliar de cabeleireiro Diana Mendes e o eletricista

Paulo Cézar Soares Santos, pais de Pietra, de 3 anos, come-moraram os avanços da filha na educação infantil. “A escolaestá ensinando muita coisa, inclusive a se relacionar. Ela eratímida, quieta e acanhada. Hoje, interage com a família, comnovos amigos e com quem a gente encontra na rua. Estamosmuito felizes e satisfeitos com essa mudança”, disse a mãe.

YURI BARICHIVICH/PMV

Perto de casaDaiane Eugênio de Jesus,

mãe de Richard, de 5 anos, e tiade Beatriz, de 3 anos, conta queos pequenos estudam perto decasa, no Cmei em Consolação.

“Meu filho estudava no CmeiCecília Meireles e minha sobri-nha, no Cmei Rubem Braga. Sãoescolas excelentes, mas agoramelhorou muito porque eles es-tudam na mesma escola e do la-dinho de casa”, comentou.

Tempo integralGilmara Monteiro, mãe dos gê-

meos Nicole e Nicolas, de 2 anos e 4meses, comemora o fato de os fi-lhos estudarem em tempo integralno Cmei em Consolação.

“Para mim, significa mais liber-dade para trabalhar em dois perío-dos. Para eles, significa mais tempona escola, mais oportunidades paraaprenderem e se desenvolveremsempre mais. A família toda estácontente”, comemora Gilmara.

“Desde queentrou na escola,

Vitória adora colorir.É a atividadepreferida dela”Alex Fagundes, designer gráfico

LEONE IGLESIAS/ARQUIVO AT

comoveu todo o País. Com força ecoragem, Alex abraçou as funçõesde pai e mãe.

Em seu primeiro ano escolar, Vi-tória está muito bem adaptada aonovo Cmei, e gosta muito de ir àescola, o que é motivo de tranqui-lidade para o pai, que pode traba-lhar sem preocupações sabendoque a filha está sendo bem cuidadae em segurança.

“A escola é maravilhosa. Tudonovinho, bem planejado. É quaseuma extensão do Cmei ZenaideMarcarini Cavalcanti, que é umareferência no bairro”, comentaAlex, sem poupar elogios à escolada filha, localizada nas dependên-cias da Igreja Evangélica Batista deVitória (IEBV). “São duas profes-soras e uma assistente na sala deaula, o que garante muita atençãopara as crianças”.

E se depender da equipe da edu-cação infantil de Vitória, o talentoda Foquinha Baby irá parar em te-las ou grafites para a apreciação demuitos, assim como outros talen-tos e vocações manifestadas pelospequenos que recebem nos Cmeistodo apoio para descobrir e desen-volver suas habilidades.

A d a p ta ç ã oO pequeno Guilher-

me começou na edu-cação infantil da Pre-feitura de Vitória noano passado, com 6meses. “Quando elecomeçou no Cmei fi-cava pouco tempo,porque ainda mama-va e foi se adaptandoaos poucos, mas logopassou a ficar todo oturno vespertino e sedeu muito bem comessa nova experiên-cia. Ele tem se desen-volvido muito e já falat u d o”, comemora amãe, Grazielly Freitas.

440 vagasvai ter o novo Cmei que estásendo construído em Comdusa

OS NÚMEROS

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4 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014

Es p e c i a l

Educação especialpara superar limitesToda as unidades deeducação infantil deVitória contam comprofissionais paraatender alunos comnecessidades especiais

A educação é um dos fatoresque contribuem para os al-tos índices de desenvolvi-

mento humano e qualidade de vi-da da capital capixaba. E, nessesentido, a educação especial é umareferência em Vitória, motivo desatisfação e confiança para as fa-mílias e orgulho para o município.

Na educação infantil, o atendi-mento aos alunos com necessida-des especiais acontece em todos osCmeis, que têm capacidade parareceber crianças com deficiênciavisual, física, intelectual, surdez, al-tas habilidades ou superdotação etranstornos globais de desenvolvi-mento, como autismo, síndrome deRett, psicose infantil, entre outros.

De acordo com o censo de 2013,são 1,4 mil estudantes na educaçãoespecial na rede municipal. Do to-tal, cerca de 200 estão nos Cmeis,atendimento que tem sido amplia-do a cada ano, de acordo com a co-ordenadora de Educação Especial,Ana Lúcia Sodré, que destaca amaior presença principalmentedos autistas nas salas de aula.

Ana Lúcia explica que toda uni-dade ensino que tenha um alunopúblico da educação especial temum professor especializado na ne-

ANDRÉ SOBRAL/PMV

ALUNO EM SALA de recursos multifuncionais do Cmei Ana Maria Chaves Colares: estrutura para atender às necessidades de todas as crianças

ACERVO PESSOAL

ANDRÉ SOBRAL/PMV

Pais comemoram cada conquistaNada melhor para mensurar os

resultados da política de educaçãoespecial do município de Vitóriaque o relato das famílias, que co-memoram a cada dia pequenasconquistas que muito represen-tam em seu cotidiano.

Mãe do Daniel de 4 anos e meio,Cristiane Alves Paixão está muitoatenta à evolução do filho que éa u t i st a .

Desde o ano passado estudandono Cmei Zenaide Genoveva Mar-carini Cavalcanti, em Jardim daPenha, Cristiane conta que o apoioe as orientações dos profissionais

da escola têm sido essenciais paraa adaptação do aluno no espaçoe s c o l a r.

Com o apoio da escola, hoje Da-niel não usa mais fraldas e reco-nhece o espaço que estuda, o que éum avanço. “Mesmo depois do pe-ríodo de férias, ele se lembrou enão estranhou a escola na volta àsaulas. A diretora permitiu que eu olevasse algumas vezes à escolamesmo nas férias para manter ocontato e deu certo”, comenta.

Um dos Cmeis de Vitória commaior número de crianças comdeficiência é o Ana Maria Chaves

Unidades bilíngues para surdos

Colares, em Jardim Camburi.O diretor Serge Matos da Silva,

relata que a convivência de todosno espaço escolar é tranquila, su-pera as limitações e diferenças eresulta em amizade.

“Mesmo depois doperíodo de férias,

ele se lembrou e nãoestranhou a escola navolta às aulas”Cristiane Alves Paixão, mãe de Daniel

DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS

Mais independente e seguroEliane Nascimento comemora a

evolução do filho Heike, 4, com oauxílio dos profissionais do CmeiLaurentina Mendonça Corrêa, emConsolação. Ela afirma que o meni-no está mais independente e con-fiante e se locomove com seguran-

ça. “Quando chegamos à rua da es-cola, ele pede para largarmos a mãodele e vai até a sala de aula”, come-mora a mãe, que participa de reu-niões mensais com os professorese orientadores e tem contatos qua-se diários com os profissionais.

S u p e ra ç ã o“Tinha muito medo do

meu filho Matheus, que ésurdo, não aprender. OCmei me surpreendeudemais. Aos 5 anos, elejá identificava as letras,lia algumas palavras, osnúmeros, as cores, e tu-do isso enquanto a esco-la ensinava as Libras eele aprendia a se comu-nicar ”, conta mãe, Adrie-le Helmer de Souza.

cessidade específica. A Secretariade Educação conta com 250 pro-fissionais especializados, que alémda formação exigida para contra-tação, recebem constantes aper-feiçoamentos e formações.

Os Cmeis contam com salas de

recursos multifuncionais que sãodestinadas ao atendimento dosalunos, como ensino do Braile parapessoas com deficiência visual, oensino de Libras para os surdos,além de outras ações de aprendi-zagem.

Dos 49 Centros Municipais deEducação Infantil (Cmeis) da redede ensino de Vitória, dois são bilín-gues, atendendo os alunos surdosou com deficiência auditiva.

Nesses espaços há professoresde Libras – Língua Brasileira deSinais –, que são surdos, e profes-sores bilíngues, ouvintes, umavanço no atendimento dessasc r i a n ç a s.

Para além da formação básicaexigida, é fácil identificar profis-

sionais com pós-graduação, mes-trado e doutorado.

Os Cmeis Denizart Santos, naIlha do Príncipe, e Jacyntha Fer-reira de Souza Simões, em Goia-beiras, são referência no municí-pio no atendimento de criançassurdas e com deficiência auditiva.

Ana Lúcia Sodré explica que oaprendizado de Libras se inicia jáno primeiro ano de vida.

“É surpreendente ver que ascrianças já fazem gestos com o de-

dinho dizendo que querem quetroque a fralda”, comenta.

FA M Í L I ADiretora do Cmei Denizart San-

tos, Marilene Coutinho explicaque em alguns casos as criançassão filhas de pais com deficiênciaauditiva, mas quando não há ou-tros casos na família, o ensino deLibras pode se estender a pais, ir-mãos, responsáveis e até membrosda comunidade.

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VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014 ATRIBUNA 5

Es p e c i a l

Parque vira sala de aula ao ar livreCrianças podemexplorar parques deVitória e aprenderde forma lúdica pormeio do projetoPé na Cidade

Na perspectiva da educaçãoampliada, os parques da ci-dade de Vitória tornam-se

espaços privilegiados para ativida-des pedagógicas com as criançasda educação infantil. Transfor-mam-se a partir de uma propostade intervenção urbana, cujo obje-tivo é criar possibilidades deaprendizagens das linguagens, ex-plorando as especificidades de ca-da um dos parques.

A ideia do Circuito Educacio-nal, Científico e Cultural da Edu-cação Infantil – Projeto Pé na Ci-dade é levar para os espaços da ci-dade as experiências curricularespropostas pelos professores valo-rizando os equipamentos públi-cos e o patrimônio histórico e na-tural da cidade.

Criado pela Secretaria Munici-pal de Educação (Seme), o ProjetoPé na Cidade vai atender a cercade 6 mil crianças da rede munici-pal de ensino matriculadas nos 49Centros Municipais de EducaçãoInfantil (Cmei) e quatro unidadesBrincarte de Vitória.

Já aconteceram seis encontrosdo projeto e até o final do ano maisnove estão programados. “O obje-tivo maior é potencializar as expe-riências curriculares e colher ossentidos desta vivência educacio-nal para as crianças em processoformativo, que conhecerão o patri-mônio da capital tendo os profes-sores como mediadores do conhe-cimento”, disse a subsecretária pe-dagógica Janine Mattar.

Neste ano, as crianças colocam

os pés nos parques da cidade, e apartir de 2015, será a vez de mu-seus e teatros, por exemplo.

A programação começou noParque Moscoso, o mais antigo dacidade, inaugurado em 1912, masinclui também a Pedra da Cebola,Fazendinha, Barreiros e outros.

Entre as atividades curricularesdesenvolvidas, estão a capoeira, vi-vências radicais com slack line, ti-rolesa, rede de escalada, artes, mú-

FOTOS: ELIZABETH NADER/PMV

CRIANÇAS SE DIVERTEM durante atividade desenvolvida no Parque Moscoso: novas possibilidades de aprendizagem explorando os espaços públicos

Alunos ficam encantadosParticipar do Pé na Cidade tem

sido uma experiência surpreen-dente mesmo para quem já temanos de carreira. Livanete DallyMateus, diretora do Cmei SantaRita de Cássia, de Itararé, se dizencantada com as inúmeras possi-bilidades educativas do projeto eprincipalmente com a interaçãodas crianças com o ambiente.

Para a diretora a empolgação dascrianças e resultados obtidos comessas novas vivências também éuma forma de envolver as famíliase despertar nelas outros olharessobre esses espaços de Vitória.

Pais, alunos e profissionais daEducação aprovaram a iniciativa,que começou no Parque Moscoso.

“Estamos encantados com oprojeto. Essa possibilidade de fa-vorecer experiências educativasmais dinâmicas, em que podem

aprender brincando e praticandoatividades diferentes, é algo muitosignificativo. Para eles, tudo é no-vidade e essencial para o cresci-mento ao ter essa vivência fora dasala de aula”, afirmou a pedagogaNúbia Rezende do NascimentoGomes, do Cmei Valdivia da PenhaAntunes Rodrigues.

“Não quero sair da oficina decapoeira! Foi muito legal sair daescola e visitar o parque”, afir-mou Carolina dos Reis, 4, alunado Cmei.

O projeto conta com a parceriada Secretaria Municipal de MeioAmbiente e tem sido campo deextensão universitária dos estu-dantes do curso de Comunicaçãosocial/Jornalismo da Faesa, querealizam registo fotográfico e fil-magem para a produção de docu-m e n t á r i o.

ALUNOS que participam do projeto ficam encantados com as descobertas

ALGUMAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NOS PARQUES

Cores, música e contação de histórias

Contato com a terra e os animaisApresentando às crianças ele-

mentos do patrimônio municipal,o projeto Pé na Cidade produz osentido de pertencimento àquelasáreas de encontro e lazer. Assim, aproposta busca estabelecer, pormeio da intervenção urbana, umarelação de interação e criação comas crianças nos parques da cidade.

As crianças demonstram grandeinteresse por explorar os espaçosde terra e areia, anunciando a ne-cessidade de adequação do espaço

e tempo educativo, possibilitandoum maior contato com esses ele-mentos da natureza.

O encontro com os animais é ou-tro ponto de destaque. No encon-tro com os patos, gansos, cabritos,galos, galinhas e passarinhos, ascrianças buscam estabelecer umarelação com eles.

Em expressões de alegria, es-panto e curiosidade, elas anun-ciam a necessidade de relação comanimais e plantas para além das fi-

sica, contação de histórias, expe-riências científicas, entre outros,sempre explorando músicas datradição cultural da cidade e pro-movendo a interação entre ascrianças e os adultos.

As possibilidades de aprendiza-gem são tantas que envolvem in-clusive noções de conhecimentocartográfico abordados por meioda exploração e interpretação demapas ilustrados dos parques.

guras dos livros e revistas.“Destacamos o encantamento

pela água dos lagos, pelo movi-mentos das árvores pelo efeito dovento, pela luminosidade do solem relação ao verde das palmeiras,cuidadosamente registrado pelaslentes de uma máquina na oficinade fotografia, que expressa umasensibilidade artística e uma aten-ção ética à vida”, comenta a geren-te de Educação Infantil, Ana PaulaHo l z m e i st e r.

> VIVÊNCIAS DA LINGUAGEM m u s ic a lenvolvendo a valorização da tradi-ção oral e estudo sobre elementos damúsica

> EXPERIÊNCIAS CIENTÍFICAS envol -vendo atividades de pesquisa de ele-mentos que compõem o contexton at u ra l

> PRODUÇÃO DE TINTA e pesquisa so-

bre cores envolvendo experiênciasda linguagem artística

> VIVÊNCIAS CULTURAIS p rod uz id asem meio ao cortejo que atravessa osparques, sempre explorando músi-cas da tradição cultural da cidade epromovendo a interação entre ascrianças

> VIVÊNCIAS NARRATIVAS por meio da

contação de histórias> NOÇÕES DE CARTOGRAFIA, aborda-

das por meio da exploração de ma-pas ilustrados dos parques, envol-vendo a leitura e interpretação doselementos que os compõe

> VIVÊNCIAS RADICAIS com slack line,tirolesa e escalada

> PRÁTICA de capoeira

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6 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014

Es p e c i a l

Ed u c a ç ã oAmpliada comi n t e g ra ç ã oPrograma estratégico da prefeitura investe emações que integram cultura, esportes e meioambiente na educação de milhares de crianças

Aulas de artes, teatro, escoli-nhas de esportes, entre vá-rias outras atividades peda-

gógicas e educativas, enriquecemo aprendizado de milhares de es-tudantes tanto do ensino funda-mental como da educação infantilna cidade de Vitória.

Assim é o programa EducaçãoAmpliada, que oferece oportuni-dades de aprendizagem em espa-ços não formais da cidade e pro-porciona novas vivências e alter-nativas de aprendizado.

A secretária de Gestão Estraté-

PMV

PRAÇA DA CIÊNCIA: atividades extracurriculares para os estudantes

CRIANÇAS praticam esportes

CAPOEIRA no Núcleo Brincarte: atendimento para crianças de 4 a 6 anos

FOTOS: PMV

AULA DE BALÉ NA FAFI: escola de artes é um dos espaços que oferece atividades extras para as crianças

Espaços para aprender brincandoDas crianças que estudam em

tempo integral em Vitória, 550 fi-cam um dos turnos nos Brincartes,que atendem crianças com 4 e 5anos. São ao todo quatro na capitalnos bairros de São Pedro, São Be-nedito, Resistência e Maria Ortiz.

Os núcleos Brincarte são espa-ços voltados ao atendimento inte-gral das crianças de 4 a 6 anos.

Ali são realizadas ações socioe-ducativas, recreativas, esportivas eculturais complementares às ativi-dades escolares desenvolvidas nosCmeis. O objetivo é integralizar asatividades educativas, ampliandoas possibilidades para o desenvol-vimento de linguagens, como amúsica, a literatura, o teatro e adança.

MÚSICA é uma das atividades

OS NÚMEROS

Programa EducaçãoAmpliada

6.300alunosdo ensinof u n d a m e n ta l

Mais de 2,6 mil alunosestudam em tempo integral

A educação em tempo integralhoje é uma realidade para muitascrianças da capital capixaba ma-triculadas na educação infantilda rede municipal. A Prefeiturade Vitória oferece hoje 2,6 mil va-gas, com 10 horas de atendimen-to diário.

As crianças de 6 meses a 3 anosfrequentam os Centros Munici-pais de Educação Infantil (Cmeis)em horário integral. Já os alunoscom idades entre 4 e 6 anos assis-tem as aulas no horário regular e,no contraturno, vão para os Nú-cleos Brincarte, espaços onde sãodesenvolvidas atividades pedagó-gicas envolvendo linguagens espe-cíficas para cada idade. As crianças

NARA PARANÁ - 03/02/2013

“A EducaçãoA m pl i a d a

proporciona novasvivências e alternativasde aprendizado”Lenise Loureiro, secretária de GestãoEstratégica de VitóriaAr te: 5 75 Dança: 67 0 Espor te: 2.850 M ú s i ca : 72 0

Vagas disponibilizadas em diversos espaços e equipamentos da cidade

2 . 50 0alunosda EducaçãoInfantil

gica, Lenise Loureiro, informa queesse é um trabalho conjunto queenvolve várias pastas da adminis-tração municipal e que as Secreta-rias de Educação, Esportes e lazer,Cultura e Meio Ambiente são asmaiores responsáveis pela ofertade atividades que fazem parte doprograma, que incluem ações deeducação ambiental, atividades lú-dicas, educacionais, culturais, delazer, esportivas, entre outras.

“A Educação Ampliada vem so-mar à proposta pedagógica desen-volvida nas escolas da rede muni-

cipal, proporcionando novas vi-vências para as crianças e alterna-tivas de aprendizado que vão enri-quecer a formação delas”, avalia.

A educação em tempo integralfaz parte do programa, que incluitambém a oferta de serviços em ho-rário oposto à escola, com ativida-des culturais e artísticas em diver-sas regiões da cidade, como a Esco-la de Teatro, Dança e Música de Vi-tória (Fafi) e a Praça da Ciência.

Ainda neste ano será lançadoum link dentro do site da prefeitu-ra para a realização de matrículason-line nas atividades que fazemparte do programa.

Outra novidade, revelou a sub-secretária de Gestão Estratégica,

Ana Elisa Pimentel, é uma parce-ria com o Serviço Social da Indús-tria (Sesi), que vai aumentar o nú-mero de vagas em escolinhas dee s p o r t e s.

Lenise garante que a Prefeiturade Vitória continuará investindopara ampliar a oferta dessas ativi-dades complementares que têmresultados comprovados no rendi-mento escolar.

Na educação infantil, uma dasmetas é criar 3,8 mil novas vagascom a reforma e ampliação de trêsCmeis e a construção de nova seteunidades, sendo duas escolas detempo integral.

Para a secretária de gestão estra-tégica, a educação é um dos princi-

pais investimentos do poder públi-co, pois reduz a necessidade demuitos outros.

“Com uma formação adequadaas pessoas se tornam mais saudá-veis, produtivas, preocupadas como meio ambiente e com questõessociais e mais felizes”, destacou.

praticam esportes e frequentamoutros espaços de socialização dacidade, como parques, museus,teatros, clubes e Centros de Ciên-cia, Educação e Cultura.

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VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014 ATRIBUNA 7

Es p e c i a l

Cardápios saborosos e saudáveisCentros de educaçãoinfantil estimulamhábitos saudáveis, usamorgânicos e têm dietasespeciais para alunoscom restrição alimentar

A rede municipal de ensinode Vitória, além de promo-ver a oferta de alimentação

adequada e saudável na escola, uti-liza o alimento como ferramentapedagógica nas atividades de Edu-cação Nutricional, favorece os há-bitos alimentares regionais e cul-turais saudáveis e estimula e pro-move a utilização de produtos or-g â n i c o s.

A Coordenação de Alimentaçãoe Nutrição da Secretaria Munici-pal de Educação conta atualmentecom 13 nutricionistas e produz emtorno de 30 cardápios por mês, pa-ra atender todos os alunos em seusturnos, faixas etárias e projetos de-senvolvidos nos dias letivos, sejameles nas unidades de ensino ou fo-ra delas, de acordo com as leis fe-derais vigentes.

Alunos com necessidades ali-mentares especiais, como porexemplo, diabetes, intolerância aoglúten, hipertensão e alergias a de-terminados produtos são atendi-dos, mediante apresentação delaudo médico, adequando o cardá-pio de acordo com cada caso, pro-movendo inclusão do aluno tam-bém na hora da alimentação esco-l a r.

Só nos Centros Municipais deEducação Infantil (Cmeis) são cer-ca de 820 casos em que há necessi-dade de refeições diferenciadas.

FOTOS: SEME

ALUNOS RECEBEM uma alimentação balanceada nos Cmeis. Município complementa os recursos federais, com 25 centavos a mais por estudante

Só produtos naturais no pratoComida natural, feita com ingre-

dientes frescos, com alto padrãode qualidade, sem utilizar tempe-ros industrializados e sem excessode gorduras, sal, açúcar. Além dis-so, seguindo todos os conceitos desegurança alimentar e a legislaçãoda Vigilância Sanitária.

Parece até um sonho em temposde fast food, produtos industriali-zados e exageros culinários que fa-zem parte da rotina da maior partedos brasileiros. No entanto, a ali-mentação saudável é realidadediária dos alunos da rede munici-pal de ensino de Vitória.

Desde as crianças que aindanem têm dentição completa, a ali-mentação natural é a mais reco-mendada por nutricionistas para odesenvolvimento de hábitos ali-mentares corretos.

“Crianças entre 6 meses e 1 anocomem frutas, legumes e carnesbem picados ou amassados e nãobatidos ou triturados, para queeles possam identificar o sabor e atextura dos alimentos”, informa acoordenadora de nutrição e ali-mentação escolar, Márcia CristinaMoreira Pinto.

As crianças um pouco maioresrecebem refeições balanceadas,com carboidratos e proteínas,

sempre com carnes magras e legu-mes e verduras da época. Os tem-peros são naturais, como alho, ce-bola, ervas e o mínimo possível desal e óleo.

O cardápio escolar inclui tam-bém algumas guloseimas, comopizza, só que em versão mais lightcom frango desfiado, milho, toma-te e queijos menos gordurosos, porexe m p l o.

Outra opção é o pastel, que é as-sado e feito com carne moída e le-g u m e s.

STOCK EXCHANGELEGUMES EV E R D U R ASfazem partedo cardápiosda educaçãoinfantil

ALUNO DECMEI PROVAM A M ÃO :trabalho comn u t r i c i o n i s ta sincentiva ascrianças adescobrir osalimentos

Educação alimentar reduzrejeição a frutas e verduras

A educação alimentar é um dife-rencial para os estudantes da edu-cação infantil da rede municipalde Vitória e nutricionistas vão paraas salas de aula para ensinar os pe-quenos a driblarem algumas rejei-ções a determinados alimentos.

No Cmei João Pedro de Aguiar,em Jardim Camburi, foram reali-zadas dinâmicas para ensinar ascrianças a lidar melhor com ali-mentos que elas evitam até provar,como peixes e certas frutas.

A nutricionista Juliana Pizzolcomenta que as frutas foram leva-das inteiras para a sala de aula.

“Eles em casa já recebiam as fru-tas picadas e nem conheciam co-mo era uma melancia, um mamão

ou um kiwi, por exemplo. Entãofoi uma descoberta e só depois foirealizada uma degustação”, contaJu l i a n a .

Para incentivar o consumo depeixe, foram apresentados vídeosreais do fundo do mar, porque amaioria só conhecia por desenhos,teatros sobre pescaria e mostradoo peixe “in natura”.

As crianças também viram asmerendeiras temperando e prepa-rando o pescado.

Depois desse trabalho de educa-ção, o resultado foi muito menossobras de peixes e frutas nos pra-tos, um aprendizado que as crian-ças levaram para casa e vão utilizarpara o resto de suas vidas.

Rita de Cássia Moura Santosafirma que a atenção dada à ali-mentação da filha Luna, de 4 anos,no Cmei Ana Maria Chaves Cola-res, em Jardim Camburi, garante atranquilidade da família.

Luna tem intolerância à lactosee não pode comer derivados doleite, nem refeições que o tenham

no preparo.“A escola é muito atenta quanto

à alimentação da minha filha e eununca tive preocupação com issoporque sei que eles monitoram oque ela come quando está lá”, con-ta a mãe, que explica que a inges-tão de lactose pode provocar febre,empolação na pele, mas que o pior

“Vi t ó r i acomplementa o

recurso federal daalimentação comR$ 0,25 por aluno”Adriana Sperandio, secretáriamunicipal de Educação de Vitória

A escolha dos fornecedores éfundamental para garantir a quali-dade da alimentação.

ORGÂNICOS“Nós damos preferência aos

produtos orgânicos e da agricultu-ra familiar e existe uma fiscaliza-ção rigorosa dos prazos e de toda alogística de distribuição e manipu-lação desses alimentos”, explica acoordenadora, que acrescenta queas merendeiras recebem treina-mento duas vezes por ano.

são acessos de tosse seca.Segundo a coordenadora de nu-

trição e alimentação escolar, Már-cia Cristina Moreira Pinto, os paisou responsáveis apresentam umlaudo médico que especifica asrestrições da criança e é criado umcardápio adaptado para cada con-dição, sempre buscando substitui-

ções que garantam uma equiva-lência em nutrientes.

“Vitória complementa o recursofederal da alimentação. São R$ 0,25a mais por estudante. Isso garanteum diferencial na qualidade da ali-m en t aç ã o”, destacou a secretáriamunicipal de Educação, AdrianaS p e ra n d i o.

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8 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014

Es p e c i a l

Projetos desenvolvidosnos centros deeducação infantilde Vitória ampliam oshorizontes dos alunose desenvolvem talentos

Os Centros Municipais deEducação Infantil (Cmeis)de Vitória realizam diversas

atividades durante todo o ano parainserir as crianças, nos seus pri-meiros anos de vida, em um mun-do de encantamento, diversão,cultura, arte e muito aprendizado.

No Cmei Sinclair Phillips, emCaratoíra, as professoras EdilianaBiluca Lemos e Raquel Wandeco-ken desenvolveram o projeto “Artee Literatura, a Magia do Apren-der ”. Com isso, crianças de 2 e 3anos de idade puderam ampliar osconhecimentos fora do ambienteda sala de aula.

“Para algumas crianças, a opor-tunidade foi única. Os momentosde lazer aliados ao aprendizadoforam valorizados”, disse a profes-sora Raquel Wandecoken.

Eles saíram do ambiente escolarpara visitar exposições de arte, oParque Botânico da Vale, em Jar-dim Camburi, e até a 6ª bienal dolivro, que aconteceu em outubro.

Pedra, madeira e tintas viram cordelOs alunos do Cmei Gilda de Athayde Ramos, em São Pe-

dro, realizaram a exposição “Saberes em Cordel”, com car-tazes produzidos coletivamente por crianças de 1 e 6 anos.

As obras em cordel se articulam com a linguagem musicalatravés da representação de fragmentos de canções dos di-versos gêneros da música brasileira, como o baião, samba,MPB, congo e bossa nova.

Organizada pela professora de Artes Aline Meireles, a ex-posição reuniu cartazes desenvolvidos utilizando materiaiscomo pedra, madeira, tecidos, tintas e papel fotográfico.

Areia colorida ecola. A combinaçãofoi utilizada pararealizar trabalhoscom os alunos doCmei Padre Gio-vanni Bartesaghi,em Santo André.

Cr ianças comidade entre 1 e 5anos entraram nabrincadeira diferente proposta pela professora CristianePacheco e aprenderam um pouco sobre a cultura africana.

“Após algumas aulas tendo noção da aparência física,dos costumes e uma cultura diferente, as crianças foramà internet e escolheram as figuras nas quais quiseramtrabalhar. Trabalhando novas texturas, os pequenos fi-caram encantados com a nova forma de criar, além deaprenderem um pouco mais sobre outra cultura”, contoua professora.

Escritores mirins lançam livrosDentro da proposta pedagógica do Cmei Sinclair Phillips,

em Caratoíra, as professoras incentivaram alunos de 3 a 6anos a ser escritores, lançar as suas publicações e promo-ver a leitura em uma Mostra Literária na própria unidade.

A mostra teve sete temas, abordando as formas geomé-tricas, a família, os sentimentos, a importância da água, acoordenação motora, a arte e a estética, para alunos. “Alémde proporcionar aos nossos alunos a criatividade, esses pe-quenos tiveram o primeiro contato com o mundo das letras”,disse a diretora do Cmei, Clovileia de Souza Biluca.

O Nordeste bra-sileiro pelos olhos emãos de criançascom idade entre 3 e5 anos. Essa foi aproposta da mos-tra de arte “Recor tede um olhar sobre aarte nordestina” noCmei LaurentinaMendonça Corrêa,em Consolação.

As crianças produziram telas e esculturas utilizando ma-teriais e técnicas diferenciadas, envolvendo o desenho, pin-tura, colagem, escultura e releitura fotográfica. As profes-soras e pedagogas do Cmei usaram como base as obras doartista, pintor e desenhista Luciano Luz, de Mossoró, no RioGrande do Norte, e também músicas de Luiz Gonzaga. Osdestaques das canções ficaram por conta do “Xote das Me-ninas ”, “Boi de Mangangá” e “Asa Branca”.

Viagem pelomundo da artee da leitura

O projeto “Alice no País das Mara-vilhas ”, do Cmei Ana Maria ChavesColares, em Jardim Camburi, fez ospequenos viajarem pela cultura nor-destina Eles aprenderam sobre osritmos musicais e a história do com-

positor Luiz Gonzaga, fazendo suaspróprias sanfonas de brinquedo.

No projeto, além da abordagemeducacional, as crianças confeccio-nam peças dos mais diversos íconesda cultura do estado “v i s i ta d o”.

“Alice adora viajar. Já visitou a Ba-hia e Pernambuco, onde conheceu acapoeira e o frevo. O próximo lugar aser visitado será o Espírito Santo”,disse a coordenadora Adelaide Gro-ner Maia Ignácio.

Passeio pela cultura do Nordeste

Outro projeto que leva as crian-ças a viajarem pela arte e a culturaé o “Alice no País das Maravilhas”,desenvolvido pelo Cmei Ana Ma-ria Chaves Colares, em JardimCamburi.

A proposta, da professora Ade-laide Groner Maia Ignácio, é queos pequenos possam aprender umpouco mais da cultura diversifica-da dos quatro cantos do Brasil.

Tudo começou depois que osalunos assistiram ao filme homô-nimo produzido pelos estúdiosD i s n e y.

As crianças demonstraram tantointeresse pela história que Adelai-de resolveu introduzir também olivro no dia a dia dos pequenos,sempre relacionando os capítulosàs cenas do filme, durante dinâmi-cas dentro de sala de aula.

Mas se restringir a uma históriafixa não foi o suficiente para a pro-fessora. Assim, tirar Alice daquelepaís lúdico e fazê-la saltar das pá-ginas do livro para guiá-la numaviagem a um país multicultural co-mo o Brasil foi fácil.

“Como na história ela explora osmais diversos lugares, explaneipara as crianças um pouco mais detoda a cultura do Brasil. Alice cainum buraco e, de repente, está noNordeste, aprendendo sobre rit-mos musicais tais quais baião e xo-te”, contou a professora Adelaide.

No Cmei Sinclair Phillips, em Cara-toíra, o projeto “Arte e Literatura, aMagia do Aprender” levou alunos de 2e 3 anos ajudou os alunos a ampliar osensinamentos fora da sala de aula.

Um dos passeios foi a visita a umaexposição em homenagem ao sanfo-neiro Luiz Gonzaga, em um dos shop-pings da região metropolitana.“Os meninos e meninas chegaramàs 10 horas, na abertura do estabele-cimento, e foram a maior atração dolocal. Clientes perguntavam de ondeeram as crianças, de qual escola, e se

surpreendiam por ser de uma unidadede ensino público”, avaliou a professo-ra Ediliana Lemos, uma das coordena-doras do projeto.

Visitas a exposições e bienal

Desenho, pintura e escultura Retratos da África

FOTOS: SEME

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VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014 ATRIBUNA 9

Es p e c i a l

Pequenos aprendem brincandoAmbiente interativo queimita supermercadofoi criado para quecrianças de 4 a 6 anosaprendam de formalúdica e divertida

Atividades lúdicas são indis-pensáveis para o desenvol-vimento sadio e a apreen-

são dos conhecimentos das crian-ças, uma vez que possibilitam odesenvolvimento da percepção,imaginação, fantasia e sentimen-t o s.

Nesse contexto, o Núcleo Brin-carte de Goiabeiras criou o Brin-camercado, uma iniciativa quetrabalha matemática, leitura, es-crita, ciências e desenvolvimentosocial junto às crianças de 4 a 6anos ali matriculadas, por meio dasimulação do ambiente de um su-p e r m e rc a d o.

“Por meio de atividades lúdicas,a criança comunica-se consigomesma e com o mundo, aceita aexistência dos outros, estabelecerelações sociais, constrói conheci-mentos e desenvolve-se integral-mente. Estou certa de que brin-cando as crianças vão aprenderm ui t o”, afirmou a coordenadorada unidade, Solanje Aparecida dosReis Cardoso.

“É um projeto que envolveu to-da a comunidade e pais, mas, prin-cipalmente, alunos, que tambémajudaram a montar o espaço”,a c re s c e n t o u .

Numa proposta pedagógica queenvolve diferentes saberes, oBrincarte visa estimular os alunosa construir seu próprio conheci-mento nesse contexto interdisci-p l i n a r.

Os conhecimentos matemáticos,por exemplo, são trabalhados nosentido de construir o significadodo número natural a partir de seusdiferentes usos no contexto social,explorando sistema monetário e

Resgate das brincadeiras antigasUm jeito diferente de brincar, resgatando, conhecendo e

valorizando brincadeiras infantis antigas e possibilitandomomentos para que crianças desenvolvam suas habilida-des cognitivas, o potencial de reflexão e de construção doconhecimento.

Essa foi a proposta da V Mostra de Arte e Educação Fí-sica, do Cmei Ernestina Pessoa, no Parque Moscoso. Oevento foi resultado do projeto “Arte e Movimento: semean-do direitos das crianças, cultivando a paz”.

Foram expostas oito telas e 11 esculturas de jornal repre-sentando tridimensionalmente alguns personagens produ-zidos coletivamente em cada turma, que representam asbrincadeiras vivenciadas pelas crianças.

Crianças dão show em musicaisO Cmei Silvanete da Silva Rosa Rocha, no bairro Comdu-

sa, realiza como projeto institucional musicais que vêmacompanhados de um tema a ser trabalhado durante oano.

“Entendemos a música como algo prazeroso, que auxi-lia no entendimento e desenvolve outras potencialidadesna criança, pois não vem de uma prática descontextua-lizada. É uma linguagem pedagógica no trabalho do pro-fessor ”, disse a diretora do Cmei, Karla Rosane GomesSilva e Silva.

Uma das apresentações foi “Aprender e Brincar: com aturma da Mônica é só começar”, onde as famílias compa-receram e as crianças deram um show.

“situações problema” que envol-vam contagem, medidas e pesos.

A prática da leitura também étrabalhada por meio de rótulosdos produtos e lista de compras.Nesse quesito, a linguagem oraltambém é explorada a partir dacriação de slogans e confecção dec a r t a z e s.

Na área de Ciências, os alunosconhecem a origem animal e vege-tal dos alimentos, vitaminas,aprendem a identificar produtosindustrializados, recebem instru-ções sobre cuidados e higiene,além de lições de alimentação sau-dável para ter uma boa saúde.

No Brincamercado os alunos co-nhecem a origem dos alimentos eaprendem noções de consumos u st e n t áve l .

OUTROS PROJETOS

FOTOS: SEME

S U P E R M E R CA D Otem até caixaregistradora comd i n h e i rode brinquedo,para queas criançasdescubram comofunciona oc o m é rc i o ,enquantoa p re n d e mtambém liçõesde matemática,leitura, escrita ed e s e n vo l v i m e n t osocial

Identidade e autonomiacom ajuda de mascote

Crianças do Cmei Ocarlina Nunes Andrade,em São Cristóvão, são estimuladas atravésde atividades lúdicas, jogos e brincadeiraspor meio de descobertas, a aprimorar suascapacidades motoras e sua oralidade.

Por meio do projeto “Os amigos de Cami-la”, desenvolvido pelas professoras Robertade Barros, Ricla Pires Egídio e Aldacir Panet-to, elas constroem sua identidade e autono-mia, a partir do reconhecimento de si e dooutro.

Para isso, contam com a mascote Camila,seus amigos e os animais apresentados commúsica na sala de aula.

PA I N E L com perspectiva simulando o ambiente de um supermercado

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10 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014

Es p e c i a l

Cidadania e cuidado com a naturezaCrianças aprendem naescola a importânciade cuidar do meioambiente, adotandoatitudes sustentáveisdesde cedo

Projetos desenvolvidos porpedagogos e professores dosCentros Municipais de Edu-

cação Infantil (Cmeis) de Vitóriabuscam despertar nos alunos aconsciência e o comprometimentocom os cuidados com o meio am-b i e n t e.

Um exemplo é o projeto “DeOlho no Planeta”, desenvolvido noCmei Nelcy da Silva Braga, em SãoC r i st óvã o.

“Temos observado uma cres-cente crise ambiental. Isso nos re-mete a uma necessária, e mais queurgente, reflexão sobre os desafiospara mudar as formas de pensar eagir. Como educadores, contribuí-mos para a formação do sujeitoconsciente em relação ao seu pa-pel de cidadão, um sujeito preocu-pado sim com a importância deatitudes sustentáveis”, explicou apedagoga Iêda Maria Rocha Do-m i n g o s.

A construção da cidadania tam-bém passa por valores como res -peito, amor e paz, alguns dos con-ceitos que alunos do Cmei RubemBraga, na Ilha de Monte Belo, vi-venciaram durante a Caminhadada Família.

Respeito, amor e paz são algumasdas palavras que alunos do Cmei Ru-bem Braga, na Ilha de Monte Belo,aprendem no dia a dia com a família.

Anualmente, eles realizam a Cami-nhada da Família, que neste ano acon-teceu em maio.

Durante a caminhada, cerca de 400pessoas, entre alunos e familiares, pu-

De olho nas u s t e n ta b i l i d a d e

Incentivar a solidariedade epromover a conscientizaçãoambiental. Esses foram osprincipais objetivos do projeto“De Olho no Planeta”, idealiza-do pela pedagoga Iêda MariaRocha Domingos e pelas pro-fessoras Kelen Corrêa Gonçal-ves Fialho e Maria de LourdesMenegucci Salvador, no CmeiNelcy da Silva Braga.

Já foram realizados conta-ção de histórias, visita à Cur-va da Jurema para avaliaçãodo uso e descarte do lixo napraia, criação do “Be lel éuAgente Fiscal do Planeta”,confecção de brinquedoscom garrafas PET e caixas depapelão, entre outros.

Estudo sobre Zumbi dos PalmaresAlunos do Cmei Gilda Athayde Ramos, em São Pedro, fize-

ram um animado desfile afro, com homenagens a Zumbi dosPalmares e sua mulher, Dandara. Com roupas étnicas e tur-bantes, os meninos desfilaram personalizados como o líder eherói quilombola, e as meninas, como a guerreira negra.

A ação integrou as comemorações pelos 10 anos da lei10.639/2003, que determina a inserção de conteúdos dacultura e da história africana nas práticas curriculares.

Sem medo de encarar desafiosEnsinar a garotada a encarar desafios é um dos objetivos

do projeto “Brincadeiras Radicais”, realizado no Cmei Álva-ro Fernandes Lima, em Bela Vista.

Crianças de 2 a 5 anos aprenderam a superar seus medosao subir na corda bamba e descer uma pequena ladeira comum skate.

O objetivo é fazer com que os alunos superem seus me-dos, transformando-os em experiências prazerosas.

FOTOS: SEME

Escola e famílias unidas pela pazderam compartilhar a experiência delevar para a sociedade uma mensa-gem de paz.

O tema deste ano foi “O Brasil dePaz ”. Na semana do evento, as famí-lias visitaram o Cmei e puderam se en-volver nas oficinas para a produção defaixas e cartazes, além de assistirem aapresentações musicais.

PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO

ELIZABETH NADER/PMV

O Cmei Lidia Rocha Feitosa, nobairro Jesus de Nazareth, desen-volveu o projeto institucional Raí-zes, que busca evidenciar ao públi-co infantil a diversidade de cores, fi-sionomias, tradições e costumesque atestam a riqueza da popula-

ção brasileira.Com o objetivo de resgatar a me-

mória da formação inicial do povobrasileiro, e logo em seguida a che-gada dos imigrantes, nossas raízesse fortaleceram e hoje buscam so-lidificar-se através das diversas po-

líticas públicas que contemplamtais diversidades.

O maior desafio do projeto Raízesé mediar todas essas diferenças,tendo o respeito e a tolerância co-mo norteadores de uma vida demaior justiça e felicidade.

Respeito às diversidades brasileiras

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VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014 ATRIBUNA 11

Es p e c i a l

Dia do Manguezal foiinstituído no calendáriode Vitória a partir deum projeto de lei criadopor professora e seusalunos de 4 a 5 anos

Uma ação pedagógica que setornou exercício de cidada-nia. Cerca de 20 crianças de

4 a 5 anos do Centro Municipal deEducação Infantil (Cmei) Jacyn-tha Ferreira de Souza, em Goiabei-ras, e a professora Fabiola Fragaconseguiram a aprovação de umalei do Dia do Manguezal, come-morado no dia 26 de julho.

A conquista é fruto do trabalhode sensibilização dos alunos sobrea importância de preservação domeio ambiente.

O Dia do Manguezal foi incluídono calendário oficial de datas eeventos de Vitória por meio da Lei8.606/2014, aprovada em janeiro.Na data, poderão ser realizadosprogramas de educação ambientalpara engajamento da sociedade naconservação e melhoria do meioa m b i e n t e.

Os alunos foram conhecer osanimais do manguezal, mas foramsurpreendidos ao encontrar lixo,animais mortos e esgoto. Eles fize-ram uma carta e cobraram que oprojeto não ficasse somente na sa-la de aula. A ação foi apresentadano evento Rio +20 e na Câmara deVitória, como projeto de lei. “Fo iuma conquista para nós. A lei éfruto de um sonho das crianças”,afirmou Fabiola.

A secretária municipal de Educa-

ção, Adriana Sperandio, ressaltouque estão no currículo das escolasos estudos relacionados à educaçãoambiental. “Temos diversas escolasque desenvolvem projetos voltadospara esta temática”.

Ela ressaltou que o Cmei deGoiabeiras foi a escola no Estadoconvidada para apresentar um tra-balho na agenda do Rio +20.

“Não me estranha que naqueleCmei emerja uma consciência ci-dadã tamanha a ponto de proporuma lei que institua o Dia Munici-pal do Manguezal. Significa que oprocesso formativo desenvolvidonaquela escola atinge plenamentea perspectiva de fazer com que noespaço escolar haja preocupaçãocom uma formação para a cidada-nia”, concluiu a secretária.

H O M E N AG E MO projeto rendeu uma homena-

gem à professora Fabiola Fraga naCâmara de Vitória.

“Dever cumprido. Essa é a sen-sação quando tal reconhecimentoé dado para o projeto. Além deconscientização, conhecimento epossibilidade de reflexão com ascrianças, é extremamente gratifi-cante ver que podemos mudar arealidade atual em relação aos cui-dados com o meio ambiente, co-meçando pela base, que são as nos-sas crianças”, afirmou.

ANTONIO MOREIRA - 16/05/2012

P R O F ESS O R A Fabiola Fraga e alunos do Cmei Jacyntha Ferreira de Souza, em Goiabeiras, que escreveram carta cobrando ações de proteção ao manguezal

SAIBA MAIS

Manguezal> ATUALMENTE, Vitória conta com 11

quilômetros quadrados de área demanguezal - extensão que faz dele omaior mangue urbano do País.

> O MUNICÍPIO faz um trabalho de pro-teção e recuperação na EstaçãoEcológica Municipal Ilha do Lamei-rão, no Parque Natural MunicipalDom Luis Gonzaga Fernandes (BaíaNoroeste) e nas áreas remanescen-tes de manguezal (Ufes, Ilha do Cam-pinho e algumas franjas da orla).

Pro j e t o> O PROJETO “Amigos do Manguezal”

foi desenvolvido no Cmei JacynthaFerreira de Souza, em Goiabeiras,pela professora Fabiola Fraga, comalunos de 4 e 5 anos.

> AS CRIANÇAS FIZERAM uma visitatemática ao manguezal e as criançasse depararam com lixo, animais mor-tos e lançamento de esgoto.

Lei municipal> ELES FIZERAM uma carta cobrando

ações de proteção ao manguezal,que foi apresentada na conferênciaRio+20 e na Câmara de Vitória, emforma de projeto de lei.

> A LEI 8.606/2014 foi aprovada em ja-neiro, instituindo 26 de julho como oDia Municipal do Manguezal.

A Rio+20> A CONFERÊNCIA das Nações Unidas

sobre Desenvolvimento Sustentável(CNUDS), conhecida também comoRio+20, foi uma conferência realiza-da em junho de 2012 no Rio de Janei-ro, com objetivo de discutir ações pa-ra o desenvolvimento sustentável.

Alunos criam lei paraproteger o manguezal

OUTROS PROJETOS

Pomar e jardim sensorial na escola

Viagem à origemdo planeta Terra

É possível viajar no tempo? OCmei Rubem Braga, na Ilha deMonte Belo, provou que sim, aocriar salas ambientadas na era pri-mitiva como parte do projeto “Umaviagem para a Pré-História”.

Foi assim que os alunos de 4 e 5anos receberam as primeiras liçõessobre a origem do planeta Terra.

As salas foram decoradas commaquetes de vulcão, desenhos dedinossauros, reprodução de pintu-ras rupestres, folhagens e outrositens que lembram os primórdios danossa existência, com o objetivo defavorecer as múltiplas linguagens.“Foi uma conquista

para nós. A lei éfruto de um sonho dascrianças ”Fabiola Fraga, professora

Com objetivo de desenvolver nascrianças o comprometimento com oscuidados com o ambiente, o Cmei ZéliaVianna de Aguiar, em Santa Luzia,criou o projeto “Eu Cuido da Natureza eela Cuida de Mim”.

Cerca de 150 crianças se reuniram

para criar o pomar e o jardim sensorialda unidade de ensino, que tem coquei-ro, bananeira, jabuticabeira, cana-de-açúcar e pés de romã, mexerica, goia-ba, mamão, graviola e cajá, entre ou-tros. O projeto foi desenvolvido pelaprofessora Maria Nery.

Ec o ss i s t e m aBuscando possibilitar à crian-

ça condições de construir novosconhecimentos, o Brincarte deResistência vem desenvolvendoneste ano ações voltadas para aquestão do meio ambiente.

Para vivência desse tema, es-tão sendo realizadas atividadesrelacionadas ao ecossistemamanguezal, ao material recicla-do, à sustentabilidade, entre ou-tros.

Dentre as atividades, eles par-ticiparam de visita monitoradaao manguezal, roda de conversacom catadores de caranguejo eprodução de brinquedos commateriais recicláveis.

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12 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014

Es p e c i a l

Educação infantil em debateSeminário vai reunir650 educadores, nospróximos dias 20 e 21,para debater ideias epráticas voltadas paraa educação infantil

Professores, pedagogos, dire-tores, assistentes de educa-ção infantil, estagiários, e

outros profissionais da rede muni-cipal de ensino estarão reunidosno Seminário Municipal de Edu-cação Infantil: Experiências Teó-rico-Práticas em Debate, eventopromovido pela Secretaria Muni-cipal de Educação, que acontecena Ufes nos próximos dias 20 e 21.

A programação do seminárioinclui diversos temas ligados aocurrículo da educação infantil,compondo um fértil campo dediscussões sobre as questões queestão em estudo, a partir de pro-duções teórico-práticas produzi-das pelos profissionais dos Cen-tros Municipais de Educação In-fantil de Vitória (Cmeis).

O seminário é um dos momen-tos privilegiados de comparti-lhamento de ideias, estudos eproduções sobre diretrizes cur-riculares da Educação Infantilque iniciou em 2013 e envolvetodos os profissionais que atuamnos Cmeis, tendo como ponto de

SEME

PROFESSORA EM ATIVIDADE com alunos: educadores vão debater as diretrizes curriculares da educação infantil

Linguagens econhecimentocientíficoentre os temas

Participantes do seminário vãodebater as temáticas do currículoda educação infantil a partir dasproduções teóricos-práticas pro-duzidas pelos professores que es-tão transformando a perspectiva dotrabalho pedagógico, impulsionan-do a criação docente no sentido depropor um modo singular de atua-ção junto as crianças pequenas.

Dentre as propostas destaca-se acapoeira como prática curricular,vivenciada como um momento deautonomia, diversão e desafio, co-mo explicou a professora GiselyFava l e s s a .

Os espaços de aprendizagenstambém estão no foco de discus-são curricular. Um olhar maisatento tem revelado diferentesusos para as rampas que se trans-formam em pistas de skate, espa-ços de terra que se constituem co-mo hortas, no cultivo de hortaliçase as árvores frutíferas existentesem alguns Cmeis disparam pro-cessos de investigação científica.

Outra temática de discussão serefere à educação infantil em tem-po integral.

partida os documentos produzi-dos ao longo dos anos e os resul-tados de um diagnóstico realiza-do pelo Sistema de AvaliaçãoEducacional Municipal de Vitó-ria (Saemvi).

Esse encontro formativo conta-

rá com a participação de 650 pro-fissionais e na condução dos traba-lhos teremos professores da pró-pria rede municipal de educaçãode Vitória e professores convida-dos da Universidade Federal doEspírito Santo (Ufes).

Na Conferência de Abertura,destaca-se a professora SandraMara Corazza, da UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul(UFRGS), discutindo Currículo,Aprendizagens, Docência e Infân-cia na Educação Infantil.