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Comunicado Técnico 17 ISSN 1415-2118 Dezembro, 2005 Campinas, SP Esboço Geológico da Gleba Machadinho D’Oeste, RO Denise de La Corte Bacci 1. Introdução O Estado de Rondônia está localizado a oeste da região conhecida como Província Tapajós, de acordo com a compartimentação elaborada por Almeida et al. (1977), também recebendo a denominação de Subprovíncia Madeira, segundo proposta de Amaral (1974). O quadro geológico do sudoeste da Amazônia, mais especificamente da região abrangida pelo Estado de Rondônia, compreende unidades de rochas de sistemas estruturais envolvidas em uma longa história, que se inicia no final do período Paleoproterozóico (1,8 a 1,6 bilhões de anos), culminando com a deposição das chamadas coberturas cenozóicas num período mais recente (2 milhões de anos até o recente). Durante essa longa evolução, foram constituídas as unidades geológicas atualmente descritas, englobando rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. O Estado de Rondônia foi compartimentado nos terrenos Jamari, Rooselvelt e Nova Brasilândia, sendo o primeiro subdividido nos domínios Ariquemes/ Porto Velho e Central de Rondônia, como descrito por Fernandes & Guimarães (2001). O TERRENO JAMARI nesse segmento crustal agrupam-se os tipos de rochas mais antigas consideradas como pertencentes ao embasamento regional, denominado Complexo Jamari, além de seis grupos de granitóides (Santo

Esboço Geológico da Gleba Machadinho D’Oeste, RO · envolvidas em uma longa história, que se inicia no final do período Paleoproterozóico (1,8 a 1,6 bilhões de anos), culminando

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ComunicadoTécnico

17ISSN 1415-2118Dezembro, 2005

Campinas, SP

Esboço Geológico da Gleba Machadinho D’Oeste, RO

Denise de La Corte Bacci

11.. IInnttrroodduuççããoo

O Estado de Rondônia está localizadoa oeste da região conhecida comoProvíncia Tapajós, de acordo com acompartimentação elaborada porAlmeida et al. (1977), tambémrecebendo a denominação deSubprovíncia Madeira, segundoproposta de Amaral (1974).

O quadro geológico do sudoeste daAmazônia, mais especificamente daregião abrangida pelo Estado deRondônia, compreende unidades derochas de sistemas estruturaisenvolvidas em uma longa história,que se inicia no final do períodoPaleoproterozóico (1,8 a 1,6 bilhõesde anos), culminando com adeposição das chamadas coberturascenozóicas num período mais recente

(2 milhões de anos até o recente).Durante essa longa evolução, foramconstituídas as unidades geológicasatualmente descritas, englobandorochas ígneas, sedimentares emetamórficas.

O Estado de Rondônia foicompartimentado nos terrenosJamari, Rooselvelt e NovaBrasilândia, sendo o primeirosubdividido nos domínios Ariquemes/Porto Velho e Central de Rondônia,como descrito por Fernandes &Guimarães (2001).

O TERRENO JAMARI – nessesegmento crustal agrupam-se ostipos de rochas mais antigasconsideradas como pertencentes aoembasamento regional, denominadoComplexo Jamari, além de seisgrupos de granitóides (Santo

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Antônio, Teotônio, Alto Candeias,São Lourenço/Caripunas, Santa Clarae Younger Granites de Rondônia),coberturas metavulcano-sedimentaresda Formação Mutum-Paraná,coberturas de rochas sedimentaresindeformadas da Formação Palmeirale coberturas sedimentares inconsolidadas do período Cenozóico.

O Terreno Jamari caracteriza-se porum quadro estrutural onde se ressaltaa superposição de estruturas emcondições de alto grau metamórfico(temperaturas entre 700°C e 750°C,relacionados a, no mínimo, doisciclos de geração de retrabalhamentode rochas na crosta terrestre (ciclosorogênicos).

O TERRENO ROOSEVELT – a fraçãocrustal aqui abordada é constituídapor rochas do embasamento regional– Complexo Jamari, pela denominadaSeqüência Metavulcano-SedimentarRoosevelt, por uma suíte granítica(Suíte Intrusiva Serra da Providência),pelos corpos máficos relacionados àSuíte Básica-Ultrabásica Cacoal e porcoberturas de rochas sedimentaresindeformadas correlacionáveis àFormação Palmeiral ou Prosperança.

Idades obtidas em rochas vulcânicasna região do médio Rio Rooseveltindicam, para este terreno, idadesmáximas próximas a 1,74 bilhão deanos. As evidências estruturaispermitem interpretar que a região foipalco de dois eventos tectônicos: oprimeiro entre 1,74 e 1,62 bilhão deanos, em condições metamórficas debaixo/médio grau (temperaturas entre500°C e 600°C) e o segundoevento, de idade mais jovem que1,55 bilhão de anos, em condiçõesmetamórficas de baixo grau

(temperaturas entre 300°C e400°C).

O TERRENO NOVA BRASILÂNDIA -o Terreno Nova Brasilândia éconstituído dominantemente por umaseqüência de rochas ígneas esedimentares metamorfisadas emcondições de alto grau (temperaturaem torno de 720°C), denominada deGrupo Nova Brasilândia, porgranitóides intrusivos das Suítes RioPardo e Costa Marques, pelo GranitoRio Branco, por coberturassedimentares continentais daFormação Palmeiral e por coberturassedimentares marinho-continentaisPaleo/Mesozóicas dos gruposPrimavera e Vilhena, associadas aodesenvolvimento da Bacia dosParecis, cujos preenchimentos sãocaracterizados por seqüênciasdecorrentes de ciclos marinhosalternados com períodos decontinentalização, envolvendoglaciação e desertificação. Muitoexpressivas neste terreno são,igualmente, as coberturas sedimentares cenozóicas inconsolidadasrelacionadas à evolução da Planíciedo Guaporé.

Um fator complicador para oentendimento da arquitetura pré-cambriana da região diz respeito àdefinição dos megalineamentos, outraços tectônicos que a “organizam”,do ponto de vista de sua adequadalocalização geográfica-geológica, desuas características mecânicas, dosseus aspectos geométricos ecinemáticos e de sua cronologia.

A análise integrada dos dadospetrológicos, petrográficos, geocronológicos, geofísicos e estruturaisdisponíveis permitiu a elaboração de

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um esboço tectono-estratigráfico,aplicável ao estado de Rondônia, deonde depreende-se que ainda hálimitações para o estabelecimento decompartimentações tectônicas comoas propostas pelos diversos autoresque discorrem sobre a geologia daregião, embora o contexto regionalseja nitidamente compatível com o deum mobile belt ou “faixa móvel”. Noentanto, é unânime entre osgeocientistas que o quadrogeotectônico do sudoeste do CratonAmazônico é retrato de sucessivasreativações relacionadas a episódiosorogenéticos de atuação paulatinamente mais ocidental à medida que oPeríodo Pré-Cambriano vai chegandoao seu final.

Desta forma, foi utilizado o termo“Faixa Orogênica PolicíclicaGuaporé”, considerando o sentidogenérico do termo - extensa zonatectônica que envolve um amplosegmento litosférico, palco dedeformações policíclicas, relaçõesmetamórficas complexas, granitização significativa, migmatização sin-tectônica e retrabalhamento crustal,produto de uma evolução segundoprocessos superimpostos no curso deum ou mais ciclos orogênicos.

Procurou-se neste trabalho elaborar oesboço geológico das glebasMachadinho D’Oeste por meio doestudo das formas atuais dasuperfície do terreno, formas estasimpostas pela evolução geológica egeomorfológica da área, através douso de imagens de satélite.

Valladares et al. (2003) realizaram olevantamento de reconhecimento demédia intensidade dos solos doProjeto de Assentamento Gleba

Machadinho, nos municípios deMachadinho d’Oeste e Anari, RO, naescala 1:100.000.

Os mapas pedológicos sãoinformações básicas para oplanejamento e para asustentabilidade agrícola de projetosde assentamento rural, como o deMachadinho d’Oeste. Além do mais,podem ser úteis ao planejamento daexpansão urbana da cidade deMachadinho d’Oeste a qual, no censode 2000, já possuía população de22.760 habitantes, dos quais 48%na área urbana.

O esboço geológico aqui apresentadovem complementar os estudospedológicos e fornecer informaçõessobre o subsolo, visando oplanejamento territorial, comoseleção de áreas para construção derodovias e ferrovias, áreas paraexpansão urbana, deposição deresíduos sólidos e exploração mineral.

22.. DDeessccrriiççããoo ggeerraall ddaa áárreeaa

22..11.. LLooccaalliizzaaççããoo ddaa ÁÁrreeaa

A área em estudo temaproximadamente 180.000 hectares.É conhecida como GlebaMachadinho, uma das áreas dosProjetos de Assentamento do INCRA,e localiza-se nos municípios deMachadinho D’Oeste e Anari, noEstado de Rondônia, estandocompreendida entre as coordenadasde 9º15’ e 9º48’ de latitude sul e de61º48’ e 62º30’ de longitude a oestede Greenwich (Figura 1).

O acesso à área, a partir de PortoVelho, é feito pela rodovia federal

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asfaltada BR 364 (Rio Branco-Cuiabá). A partir de Ariquemes,segue-se pela rodovia estadual RO257, não pavimentada, atingindoMachadinho D’Oeste. Da BR-364partem estradas vicinais de terra dosProjetos de Assentamento, as quaisdão acesso à área de estudo.

22..22.. RReelleevvoo

O relevo da área é descrito segundoEmbrapa (1982).

A região na qual se localiza a área deestudo possui aspectos variados,distinguindo-se duas unidades comcaracterísticas de relevo distintas.

A primeira é constituída pelo PlanaltoDissecado Sul da Amazônia, que secaracteriza pelo relevo bastantefragmentado, tanto devido àdescontinuidade geográfica, como àintensidade de dissecação. Éconstituída pelos relevos dissecadosem cristas, com vertentespronunciadas, que se comportamcomo relevos residuais. As cristasapresentam vertentes pronunciadas,sem orientação e distribuem-se sobreo planalto de modo desordenado.Abrange um conjunto de relevocom características geomorfológicassemelhantes, representadas predominantemente por relevo dissecado emcristas e por numerosas serras.

A Depressão Interplanáltica daAmazônia Meridional apresentaaltimetria em torno de 100 a 200metros e caracteriza-se por constituiruma superfície rebaixada, entalhadapor drenagem incipiente, sobrelitologia pré-cambriana. Em meio àárea dissecada sobressaem algunsconjuntos de relevo residual, com

altimetria mais elevada e comcaracterísticas bem diferenciadas,compostos por rochas magmáticas emetamórficas.

A área está inserida na baciahidrográfica do rio Machadinho, comdireção NE-SW, afluente do RioMachado ou Ji-Paraná, que cortatoda a área de estudo. No cursoprincipal do Rio Machado, a leste daárea de estudo, podem serobservados, por meio de imagem desatélite, a extensa planície aluvial ediversos canais meandrantesabandonados, bem como o antigotraçado do rio. Da mesma forma, ossedimentos quaternários sãomapeáveis nas planícies aluviais dosrios Machado e Machadinho.Destacam-se ainda terrenos maiselevados constituídos por rochas pré-cambrianas. Os rios na região sãomeândricos encaixados e sãonitidamente controlados porelementos estruturais de naturezatectônica. As drenagens secundáriasapresentam padrão dendrítico,subdendrítico e algumas sub-baciastêm sua drenagem angular, com forteorientação tectônica orientada,algumas com forma de candelabro.

22..33.. GGeeoollooggiiaa RReeggiioonnaall

A área de estudo está localizada naporção sul-sudoeste do CratonAmazônico, classificado por Almeida(1978) como uma das maiores áreascratônicas do mundo. O CratonAmazônico é dividido em doisescudos pré-cambrianos, Guaporé eGuiana, que são separados pelasbacias Solimões e Amazonas.

A área de estudo encontra-se naProvínica Rio Negro-Juruena,

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segundo Tassinari (1996). EstaProvíncia ocorre na porção ocidentaldo Craton e é constituída porcinturões vulcano-sedimentares erochas de composição granítica egranodiorítica, que muitas vezesexibem textura gnáissica. Apresentavárias gerações de granitosanorogênicos, incluindo corpos detextura rapakivi, de natureza sub-alcalina, que exibem característicasde granito Tipo A e intraplaca, comoos da Suíte Serra da Providência(TASSINARI, 1981).

De acordo com Sadowiski &Bettencourt (1996), o Cinturão MóvelSunsás é o resultado da colisãocontinental entre a borda sudoeste doCraton Amazônico e o EscudoCanadesnse. Essa colisão teriagerado o encurtamento crustal daárea cratônica e a reativação ougeração de grandes lineamentos dedireção NE-SW. A orogenia Sunsásteria, então, retrabalhado as rochasrondonianas, dificultando a distinçãoentre elas e as rochas mais antigas,assim como os limites entre asprovíncias geológicas.

Scandolara et al.(1999) elaboraram omapa geológico do Estado deRondônia, na escala 1:1.000.000,tendo sido este adotado como basepara a caracterização do arcabouçolito-tectônico da área estudada. Asassociações tectônicas envolvidassão: Unidades do embasamento:Complexo Jamari, do ProterozóicoInferior, Complexo Gnáissico-Migmatítico Jaru e SuítesIntrusivas Serra da Providência, deidade Proterozóico média,e as denominadas coberturassedimentares e sedimentos dedepósitos aluvionares, do Cenozóico.

Embasamento(Mesoproterozóico/Eoproterozóico)

Complexo Jamari

Unidade estratigráfica mais antigadesta parte do Craton Amazônico,representada por rochaspolideformadas, com metamorfismode grau médio a alto, constituída porgnaisses, migmatitos, granitos,anfibolitos e granulitos.

O Complexo Jamari é representado,principalmente, por rochasortoderivadas de composiçãogranítica, granodiorítica, tonalítica ediorítica, metamorfizadas emcondições de P/T condizentes com afácies anfibolito, cujas tramasmostram larga faixa de variaçãogranulométrica e uma considerávelvariabilidade nas taxas dedeformação, materializada pordiferentes intensidades de anisotropiaestrutural. A estrutura planar maisconspícua é representada por umbandamento gnáissico, de naturezacompressiva, representante de umahistória deformacional complexa,relacionada a episódios de carátercontracional ainda pouco conhecidos.

Foram identificadas, de formasubordinada, rochas de composiçãobásica, deformadas e recristalizadasem condições de metamorfismoregional progressivo, sob a forma dexenólitos ou enclaves de formas edimensões variadas, apresentando-seem diferentes graus de assimilaçãocom relação às “encaixantes”granitóides e tonalitóides.Igualmente, com caráter muitorestrito, observam-se pequenasexposições de rochas deparaderivação (biotita gnaisses ebiotita-granada gnaisses).

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Complexo Gnáissico-MigmatíticoJaru

As rochas que constituem estaunidade têm uma íntima associaçãode rochas gnáissicas, migmatitos,granitos de anatexia e anfibolitos. Naconstituição destas, destaca-se aalternância de gnaisses orto eparaderivados, com amplo predomíniodos últimos, organizados,aparentemente, sob a forma de umaleitamento tectônico, onde trama emineralogia são compatíveis comcondições de alto grau metamórfico.Rochas anfibolíticas e granitóidesporfiróides, presentes no conjunto,mostram relações intrusivas nosgnaisses paraderivados. Destaca-setambém a expressiva migmatizaçãoda unidade, refletindo as condiçõestectono-termais que determinaram osprocessos metamórficos durante aevolução geológica da região.

Suíte Intrusiva Serra daProvidência

Conjunto de corpos granitóides,rochas básicas, mangeríticas echarnockíticas estão incluídas nasuíte.

Os granitos e rochas associadas sãointrusivos no Complexo Jamari eComplexo Gnáissico-MigmatíticoJaru, embora sejam raras asevidências diretas de relação decontato, como xenólitos daencaixante nos granitos. Os granitos,charnockititos e as rochas básicasassociadas são predominantementemaciços, embora ocorram corposcom foliação ígnea superimposta porfoliação milonítica. Assim sendo,essa foliação ígnea indica que asrochas cristalizaram ainda sob umcampo tensional, portanto,

caracterizando-se como corpos tardia pós-tectônicos.

Suíte Intrusiva Santa Clara

Segundo Leite Júnior (2002) a SuíteIntrusiva Santa Clara (SISC), comidade entre 1,08 a 1,07 Ga, ocorrena porção central da ProvínciaEstanífera de Rondônia (SW doCraton Amazônico) e inclui, pelomenos, um grande batólito (maciçoSanta Clara), bem como batólitosmenores e stocks (maciços OrienteVelho, Oriente Novo, Manteiga-Sul,Manteiga-Norte, Jararaca, Carmelo,Primavera e das Antas). Os batólitose stocks ocorrem hospedados demodo discordante às orientaçõesprincipais das rochas encaixantes demédio a alto grau metamórfico (1,74a 1,43 Ga) e são compostos porintrusões precoces e/ou tardias emdiferentes combinações. As intrusõesprecoces são dominantes em área deexposição no atual nível de erosão esão divididas em dois subgrupos derochas: (1) subgrupo metaluminoso alevemente peraluminoso é dominantee composto por hornblenda-biotitaquartzo-monzonito e biotita,monzogranito e sienogranitoporfiróides ou porfiríticos e comtextura rapakivi; (2) subgrupoperaluminoso é de ocorrência maisrestrita, sendo constituído por biotitasienogranito porfirítico e muscovita-biotita microssienogranito. Já asintrusões tardias aparecem em áreasbem mais restritas e são tambémdivididas em dois subgrupos: (1)subgrupo metaluminoso e peralcalinoé formado por hornblenda álcali-feldspato sienito e microssienito,biotita-álcali-feldspato quartzo-microssienito, biotita anfibólio sódico)álcali-feldspato microgranito,traquiandesito, traquito e basalto em

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proporção bem menor; (2) subgrupoperaluminoso é composto por biotitaálcali-feldspato granito, alasquito, Li-mica álcali-feldspato granito e riólitopórfiro. Os granitos das intrusõesprecoces e tardias exibemcaracterísticas de granitos do tipo-Ae intraplaca, sendo que aqueles dosubgrupo metaluminoso a levementeperaluminoso são comparáveistambém aos granitos rapakivinormais.

Esta Suíte está incluída nos YoungerGranites de Rondônia, é compostapor, no mínimo, um grande batólito(Santa Clara) bem como outrosmenores, que compreendemintrusões de estágios, antigo e novo,como os Younger Granites.

Cenozóico (Quaternário)

Coberturas SedimentaresIndiferenciadas

Sob a denominação de coberturassedimentares indiferenciadas, estãorelacionados os depósitos plio-pleistocênicos associados aambientes de leques aluviais, canaisfluviais, planícies de inundação elacustres, numa interação complexade materiais que variam desdecascalho até a fração argila, comlaterização significativa e que, até omomento, não são passíveis deindividualização cartográfica.

Lateritos Imaturos

Os lateritos imaturos, regionalmentedistribuídos, representam tipos combaixo grau evolutivo,caracteristicamente plintíticos epetroplintíticos, mostrando perfisgeológicos simples, que permitemobservar, onde preservados, umaestruturação geral que consiste de

horizontes bem definidos, a saber:horizonte de solo, no topo; horizontecolunar/concrecionário; horizontemosqueado; horizonte pálido e rocha-mãe na base.

Os lateritos imaturos, quando emperfis completos e preservados,modelam grande parte do relevoatual. Apresentam a sua partesuperior (horizonte colunar /concrecionário) aflorante, configurando a parte mais elevada do relevo.Em certas áreas, onde a partesuperior está mais espessa eendurecida e houve maiorentalhamento da drenagem, observa-se a formação de um relevo tendendoa platôs. Nas encostas aflora a partemediana dos perfis (horizontemosqueado), podendo estarparcialmente recoberta por colúvios /alúvios areno-argilosos. Essesdepósitos colúvio/aluviais, na suabase, são constituídos por seixosprovenientes dos próprios lateritosconcrecionários, formando corpos dotipo stone-layer e no topo pormaterial argiloso proveniente dohorizonte mosqueado. Este éencontrado nas partes mais baixas dorelevo atual, podendo estar cobertopor solos amarelos e areias brancas,além de colúvios e alúvios.

22..44.. EEvvoolluuççããoo GGeeoollóóggiiccaa

Do ponto de vista evolutivo, aprimeira etapa, posicionada entre osperíodos Orosiriano/Estateriano, levouà geração dos terrenos Jamari eRoosevelt, e relaciona-se ao chamadoCiclo Orogênico Rio Negro-Juruna e àorogênese acrescionário/colisionalhomônima (1,85 – 1,55 bilhão de

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anos), de acordo com Fernandes &Guimarães (2001).

A Segunda etapa evolutivacaracteriza-se por um regimedistensivo onde as estruturasextensionais condicionam umexpressivo magmatismo intra-placade natureza sub-alcalina, obedecendoa três pulsos, no períodocompreendido entre 1,45 e 130 Ga.

A terceira etapa evolutiva pode serentendida a partir de dois estágios: oprimeiro de natureza extensionalpropiciou o rifteamentointracontinental com evolução parauma margem passiva, apresentandoum magmatismo inicial sub-alcalinoseguido por deposição em calhassedimentares, no período entre 1,30e 1,20 bilhão de anos se traduz porum evento tectono-termal deabrangência regional relacionado aoCiclo Orogênico Sunsás, decaracterísticas colisionais, que definea Faixa Móvel Sunsás-Guaporé eedifica o Terreno Nova Brasilândia.

A Quarta etapa, também de naturezaextensional, desenvolveu-se em umamassa já continentalizada e podeigualmente ser interpretada comoconstituída por dois estágios: oprimeiro atuou no Paleozóicooriginando a Fossa Tectônica deRondônia, com sedimentaçãocontinental e marinha associada aosgrabens de Pimenta Bueno eColorado; o segundo evento, noMesozóico, reativou parte dasestruturas que condicionam a FossaTectônica de Rondônia, comsedimentação continetal emagmatismo básico associados,culminando com a consolidação doslimites da Bacia dos Parecis.

A Quinta etapa relaciona-se àevolução cenozóica regional onde,num primeiro período -Mioceno/Plioceno - a históriarelaciona-se diretamente à geração daCordilheira dos Andes, enquanto osegundo quadro tectônico –Pleistoceno/Recente - vincula-se àRotação da Placa Tectônica Sul-Americana para oeste. As estruturasgeradas por estes eventos tiverampapel importante no modelamento dorelevo, desenvolvido da rede dedrenagem e instalção dasedimentação moderna (FERNANDES& GUIMARÃES, 2001).

A região da Província Rondônia/SantoInácio é uma região multi-orogênica,caracterizada por sucessivosepisódios de magmatismo,metamorfismo e deformação entre1,75 e 0,97 Ga. Os paragnaisses sãoreconhecidos como de grandeimportância como um dos elementoslitológicos dessa Província.(PAYOLLA et al., 2002).

33.. MMaatteerriiaall ee mmééttooddooss

Empregou-se uma sistemática detrabalho com base na interpretaçãode dados de mapas geológicos emdiferentes escalas e de imagens desatélites (TM- LANDSAT, SPOT,SRTM) com o intuito de obterinformações geológicas mais precisasda área das glebas Machadinhod’Oeste.

O esboço geológico foi elaboradocom base no seguinte materialdisponível:

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- Mapa Geológico do Estado deRondônia, escala 1.1.000.000(SCANDOLARA et al.,1999);

- Mapa Geológico da Suíte IntrusivaSanta Clara, na escala 1:25.000(LEITE JÚNIOR, 2002);

- Imagem do satélite SPOT 5, de26/06/2003, colorida, Resoluçãode 5 m. Órbita ponto: 678/369;

- Imagem de Satélite LANDSAT 5,bandas TM 345, de 1997, naescala 1:100.000, em papelfotográfico (no registro CNPM-EMBRAPA 3323);

- Modelo Digital de Elevação SRTM(Shuttle Radar TopographyMission - Ônibus EspacialENDEAVOUR) do Estado deRondônia, de fevereiro de 2000,precisão de 90 m, banda C ebanda X. A imagem foi obtida apartir do site:<www2.jpl.nasa.gov/srtm/southAmerica.htm>. Em seguida foimosaicada, gerado o relevo decores e recortados os estadosbrasileiros;

- Carta topográfica Rio Belém (SC-20-X-C-II) na escala 1:100.000,de 1984 (no de registro CNPM -EMBRAPA 1093);

- Carta topográfica Rio Ji-Paraná(SC-20-X-C-III) na escala1:100.000 e 1985( no de registroCNPM-EMBRAPA 1094);

- Carta topográfica Rio OrienteNovo(SC-20-X-C-V) na escala1:100.000 1984 (no de registroCNPM-EMBRAPA 1096);

- Carta topográfica Rio Tarumã (SC-20-X-C-VI) na escala 1:100.0001985 (no de registro CNPM-EMBRAPA 1097).

O método de trabalho empregado nainterpretação visual de imagens desatélite foi realizado em várias fasesseqüenciais, segundo metodologia jáconsagrada (OLIVEIRA et al. 1989,OHARA, 1995).

A partir do modelo digital de elevaçãoSRTM, foi gerada a drenagemnumérica na escala 1:500.000 para aárea, que serviu para observaçõesiniciais dos controles estruturais.Foram identificados os rios principais,como Rio Ji-Paraná ou Machado, RioMachadinho, Rio Belém e osrespectivos afluentes, além deantigos canais meandrantesabandonados.

Em seguida foi realizado orefinamento do traçado da drenagem,no qual foram traçados todos oslineamentos, sulcos e canais dedrenagem.

Na seqüência, foram traçadas asdescontinuidades mais expressivas(fraturas, falhas) para a composiçãodo esboço tectônico local.

Os contatos geológicos foramtraçados, então, usando as imagensdo SRTM e TM- LANDSAT, quegeraram o esboço final na escala1:400.000.

Foram definidas zonas fotogeológicashomogêneas, segundo Oliveira et al.(1989), por meio da análise doarranjo textural de elementos dadrenagem e do relevo, com aqualificação da intensidade e/ouregularidade de organização (grau de

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estruturação), assim como agrandeza e/ou complexidade deorganização dos elementos (ordem deestruturação).

Foram, então, delimitadas oucompartimentadas as zonashomogêneas, de acordo com adisposição espacial de seuselementos e suas propriedadesfotogeológicas em comum.

Em seguida, pôde-se caracterizar aszonas fotogeológicas homogêneas,de acordo com as propriedades deimagens (diferenças texturais ecoloração), definir os contatos(limites) litológicos aproximados eclassificar os diferentes domíniosgeológicos. A classificação dasunidades geológicas foi auxiliadapelas feições do relevo, da drenagem,dos solos e da vegetação, bem comopelas referências de literatura emapas geológicos existentes.

A identificação dos domíniosgeológicos resultou no esboço domapa geológico na escala 1:400.000para a área.

O programa utilizado na confecção doesboço geológico foi o ArcGis, versão9.0.

Amostras de rochas coletadas porValladares em 2004 foram descritasauxiliando a confecção do mapa eidentificação das unidades queocorrem na área.

44.. DDeessccrriiççããoo ddaa UUnniiddaaddeesslliittoo--eessttrraattiiggrrááffiiccaass

O esboço geológico das glebasMachadinho D’Oeste apresenta as

seguintes litologias presentes na áreade estudo . Foram definidas quatrounidades distintas pertencentes aoProterozóico - Associaçãoparagnaisses e gnaisses finos, SuíteIntrusiva Serra da Providência, SuíteIntrusiva Santa Clara e Granitosporfíríticos - e duas unidades doHoloceno - Sedimentosindiferenciados e depósitos de canal(Figura 2).

44..11 AAssssoocciiaaççããoo PPaarraaggnnaaiisssseess eeGGnnaaiisssseess FFiinnooss

A Associação Paragnaisses (Fotos 2,7, 11 e 12) representada pormigmatitos pelíticos de alto grau,granada gnaisses quartzo-feldspáticos, rochas matabásicas,gnaisses calcossilicáticos (PAYOLLA,et al., 2000) ocorre na porção centro-ocidental da área. Possui idade U/PBem zircão de 1,9 a 1,7 Ga. Seuprotólito sedimentar foi acumuladoem bacia durante a Orogenia RioNegro-Juruena. A amostra G14 (Foto26) é descrita como um migmatitopelítico com metamorfismo no fáciesgranulito (LEITE JÚNIOR, 2005,comunicação verbal).

Os gnaisses finos também ocorremna área de estudo, mas não foramdiferenciados na escala mapeada daAssociação Paragnaisses. Essaassociação de rochas é relacionada àOrogenia Rondoniana–San Ignácio epossui idade em zircão de 1,4 Ga(PAYOLLA, et al, 1998; in OKIDA,2001). Composta por gnaissesquartzo-feldspáticos de granulaçãofina a média, de composição graníticaa charnokítica e rochas metabásicas.Amostradas coletadas na áreas são

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representadas por G2, G4, G8 e G13(Fotos 17, 19, 23 e 25).

44..22 SSuuííttee GGrraannííttiiccaa SSeerrrraa ddaaPPrroovviiddêênncciiaa

A Suíte Granítica Serra daProvidência ocorre na porção sul daárea de estudo , representada porvários stocks circulares ou ovais,destacando-se por sustentar asformas mais elevadas do relevo, comrelevante destaque na paisagemlocal. Os corpos graníticos de maiordestaque apresentam-se alongadosnas direções principais NW-SE e N-S,intensamente fraturados (Fotos 3, 4,8, 10, 13, 15).

Os tipos litológicos mais freqüentessão os biotita-granitos porfiríticoscinza-rosados, seguidos dos anfibólio-biotita granitos, granitos pórfiros esienogranitos gráficos equigranularesróseos (amostras G3, G5, G9, G15,G17, G19), representadas nas fotos18, 20, 24, 27, 29 e 31. Apesar daintensa deformação, a texturarapakivi ainda encontra-se preservadalocalmente. Nessas zonas, ometamorfismo é de fácies xisto-verdesuperior a anfibolito superior(BETTENCOURT et al., 1995; apudOKIDA, 2001). De acordo com aidade U/PB em zircão, o BatólitoSerra da Providência tem 1.606 a1.532 MA (BETTENCOURT et al.,1999).

Nesta unidade, a drenagem aparecemuitas vezes truncada, contornandoos corpos graníticos e gerando umpadrão circular, comum em áreas decorpos intrusivos.

Os solos associados são descritoscomo Associação de Latossolo

Amarelo com Argissolo Amarelo ePlintossolo Argilúvico. Podemocorrem também Cambissolos e sololitólicos, porém estes não foramdescritos até o momento.

44..33 SSuuííttee IInnttrruussiivvaa SSaannttaa CCllaarraaee ooss GGrraanniittooss ppoorrffiirrííttiiccooss

A Suíte Intrusiva Santa Clara ocorrena porção noroeste da área. Osgranitos porfiríticos ocorrem emmanchas na porção nordeste da área(Foto 1).

As litologias predominantes sãobiotita-hornblenda-quartzo monzonitopórfiro, de granulação média agrossa; monzogranito e sienogranito,com textura rapakivi, formando ogrupo predominantementemetaluminoso; biotita sienogranito emuscovita-biotita microsienito - grupoperaluminoso - (LEITE JÚNIOR,2002). A única amostra coletada naregião (G1) é um biotita-granitopórfiro rosado (Foto 16), podendo serassociado à intrusões de estágiosmais novos descritas por Leite Júnior(op. cit.) como pertencente ao grupodos peraluminosos, sendorepresentado por biotita-álcali-feldspato granito, Li-mica álcali-feldspato granito e riolito pórfiro.

44..44 CCoobbeerrttuurraass SSeeddiimmeennttaarreess

As Coberturas Sedimentares podemser individualizadas em coberturasterciárias (TQi) e coberturasquaternárias (Qa).

4.4.1 Coberturas Terciárias (TQi)

As coberturas terciárias indiferenciadas ocorrem na porção central

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e norte da área de estudo (Fotos 5, 6e 14, ao longo de antigas planícies deinundação do Rio Machadinho, ondeainda hoje é possível identificar, pormeio da imagem de satélite, diversasestruturas sedimentares comoestratificações cruzadas e canaisabandonados de drenagem. Essaunidade litológica é constituída porsedimentos cuja granulometria variade cascalho a argila com laterizaçãosignificativa (amostras G6, G7, G18;fotos 21, 22 e 30).

Estão associadas aos latossolospredominantemente e aos argissolos,espodossolos e plintossolos(VALLADARES, 2003).

4.4.2 Coberturas Quaternárias

As coberturas quaternárias estãorepresentadas em quase todos oscursos de drenagem principais, comoRio Machado, Rio Machadinho e RioBelém (Foto 9) Ocorrem comosedimentos aluvionares ecoluvionares depositados nos canaisfluviais e planícies de inundação dossistemas de drenagem atuais,representados por materiais detríticospouco selecionados, compostos porsedimentos arenosos, siltosos eargilosos com níveis de cascalho.Correspondem às áreas de ocorrênciados glei solos.

55.. CCoonncclluussõõeess

As unidades litoestratigráficasmapeadas mostram dois grandesconjuntos para a área. O primeiro derochas mais antigas do proterozóico,representadas por granitóides,charnokitóides, anfibolitos,monzogranitos, gnaisses finos eparagnaisses e o segundo

representada por coberturassedimentares do terciário e doquaternário. Confrontando-se omapeamento geológico com o mapapedológico elaborado por Valladareset al. (2003) nota-se uma boacorrelação dos solos com o substratogeológico, indicando que os métodosempregados no presente trabalhoforam eficientes na elaboração doesboço geológico para a área deestudo.

O presente levantamento e ametodologia aplicada mostraram-seadequado para servir de base aoplanejamento urbano e agrícola daárea de estudo

RReeffeerrêênncciiaass

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PORTO VELHO

AriquemesAbunã

Ji-Paraná

Pedras Negras

Guarajá-Mirim

Machadinho d’Oeste

Vilhena

11°

13°

66° 64° 62° 60°

Figura 1: Mapa de localização das Glebas Machadinho D’Oeste, RO

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Foto 1: Afloramento de Biotita-granito porfiróiderosado. Suíte Intrusiva Santa Clara.

Foto 2: Afloramento de gnaisse fino doembasamento.

Foto 3: Afloramento de granitóides pórfiros. SuíteIntrusiva Serra da Providência.

Foto 4: Afloramento de charnockitóide da SuíteIntrusiva Serra da Providência.

Foto 5: Afloramento de arenitos arcoseanos,sedimentos inconsolidados.

Foto 6: Afloramento de cobertura laterítica.

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Foto 7: Afloramento de gnaisses finos, fáciesleucocrática.

Foto 8: Afloramento de anfibolito-biotita gnaisse daSuíte Intrusiva Serra da Providência.

Foto 9: Afloramento de areias originadas dedepósito de canal do rio Machadinho.

Foto 10: Afloramento de granitos charnokitos daSerra da Providência.

Foto 11: Afloramento de paragnaisse granulítico doembasamento.

Foto 12: Afloramento de Anfibolito biotita gnaisse,nas margens do rio Machadinho.

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Foto 13: Afloramento de rochas graníticascharnockíticas da Suíte Intrusiva Serra daProvidência.

Foto 14: Afloramento de arenitos arcoseanos econglomeráticos.

Foto 15: Afloramento de granitos pórfiros da Serrada Providência.

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Foto 16: Amostra de biotita-granito-porfiróiderosado.

Foto 17: Amostra de gnaisse fino.

Foto 18: Amostra de granitóide pórfiro cinza escuro(charnockito??)

Foto 19: Amostra de gnaisses finos (quartzo-feldspático, aplitos.

Foto 20: Amostra de charnockitóide. Foto 21: Amostra de arenito arcoseano.

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Foto 22: Amostra de laterito. Foto 23: Amostra de gnaisse fino.

Foto 24: Amostra de anfibolito-biotita gnaisse. Foto 25: Amostra de gnaisse finos com fáciescharnockítica.

Foto 26: Amostra de paragnaisse granulítico. Foto 27: Amostra de granitóide da Suíte Serrada Providência bastante alterado.

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ComunicadoTécnico, 17

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1ª edição, 1ª impressão (2005)Tiragem: 50 exemplares Fotografias: Arquivo do Centro

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Foto 28: Amostra de anfibolito-biotita gnaisse. Foto 29: Amostra de granito charnockítico.

Foto 30: Amostra de arenito arcoseano. Foto 31: Amostra de granito pórfiro rosado Serrada Providência.