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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE / 2017- · PDF fileensinamentos de falsas doutrinas a igreja que deturpavam a essência da pureza e da fé do Evangelho de ... sem medo e

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A GLÓRIA É DE DEUS

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE / 2017- REVISTA CPAD- ADOLESCENTES

LIÇÕES BÍBLICAS - ADOLESCENTES DA BÍBLIA

LIÇÃO 13 – O JOVEM PASTOR INTRODUÇÃO Timóteo, o filho na fé do apóstolo Paulo, foi um exemplar homem de Deus e um honrado discípulo que cumpriu a sua missão na obra de Deus. Nesta lição estudaremos sobre a historicidade do discípulo Timóteo, o seu chamado ministerial e as exortações gerais de Paulo ao jovem Pastor.

I – FILHO NA FÉ

Os estudiosos mais conservadores da Bíblia Sagrada apontam o apóstolo Paulo como o autor da primeira e da segunda carta a Timóteo, tendo como destinatário o próprio jovem Timóteo (1 Tm 1:1-2)

Timóteo era oriundo da colônia romana chamada Listra, na província da Galácia, filho de um pai gentio e de uma mãe judia de nome Eunice, tendo sido criado pela sua mãe e pela sua avó Loíde, as quais o instruíram no entendimento da Palavra de Deus. Timóteo foi colaborador do apóstolo Paulo em suas viagens missionárias, tendo sido um importante obreiro na obra do Senhor. (At 16:1-5)

O Jovem pastor Timóteo se encontrava pastoreando a igreja em Éfeso e nas primeiras linhas da carta endereçada a ele, o Apóstolo Paulo, admoesta-o a repreender os pseudos mestres quanto aos ensinamentos de falsas doutrinas a igreja que deturpavam a essência da pureza e da fé do Evangelho de Cristo. (1 Tm 1:3-7). O apóstolo Paulo também assevera nesta primeira carta a Timóteo que é imprescindível a promulgação da Lei para os transgressores, ou seja, para todos os pecadores. (1Tm 1:8-11) II - CHAMADO PARA O MINISTÉRIO PASTORAL

O Apóstolo Paulo inicia a segunda carta a Timóteo se apresentando como um apóstolo escolhido pela vontade de Jesus Cristo, ratificando Cristo como centro da plenitude de vida abundante e ao mesmo tempo, nesta apresentação, considera o jovem Timóteo como um filho muito amado, demonstrando uma grande afeição para com o seu colaborador no ministério, desejando-lhe graça (o favor de Deus), misericórdia (perdão dos pecados) e paz (a paz com Deus e prosperidade). (2 Tm 1:1-2)

Na sequência redacional da carta, o apóstolo Paulo, manifesta uma ação de graças (gratidão no coração a Deus), através de intensas e perseverantes orações, pelo seu chamado pessoal para servir a Deus, bem como, pelas vidas dos destinatários da carta, especialmente pela vida e ministério de Timóteo, ao qual, possivelmente em seu último encontro com Paulo derramou lágrimas fruto da sua afeição, consideração, respeito e carinho para com o seu pastor, tendo Paulo na sequencia enaltecido a fé de Timóteo como fruto de sua herança familiar segundo os ensinamentos e comportamentos advindos de sua avó Lóide e de sua mãe Eunice. (2 Tm 1:3-5)

Na sequencia da carta escrita ao jovem Timóteo, o apóstolo Paulo, exorta-o a trabalhar com mais zelo, afinco, dedicação e firmeza na obra, pois, recebera pela imposição das mãos de Paulo o dom de Deus para pregar e proclamar a salvação em Cristo Jesus, sem medo e vergonha, porém, com amor e moderação, tendo como exemplo a seguir o próprio apóstolo Paulo que estava encarcerado, sofrendo muitas privações, mas que tinha a convicção do seu chamado para ser pregador, apóstolo e mestre do Evangelho de Cristo, bem como, a plena convicção do poder de quem ele tem crido. (2 Tm 1:6-14)

Neste contexto, vamos compreender o que significa ter um chamado para a obra de Deus:

1. O CHAMADO

1.1. A CHAMADA UNIVERSAL PARA SALVAÇÃO

Deus faz um convite aos pecadores para o estado de graça e salvação, por meio da pregação do Evangelho de Cristo. É uma chamada celestial, é universal, tem resultados universais, nos que se salvam ou nos que se perdem. Essa chamada harmoniza-se com o propósito divino no tocante a cada pessoa, portanto, esta chamada também é de ordem pessoal.(Rm 8:28-30)

1.2. A CHAMADA INDIVIDUAL AO SERVIÇO

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Deus também convida alguém para realizar algum serviço ou ofício especial, como nos casos do apostolado, da pregação missionária, do sacerdócio, do ensino ou para alguma outra ocupação específica sempre com um propósito (Rm 1:1). A partir de um chamado a pessoa terá que se expressar e se desenvolver espiritualmente (1 Co 7:20-24)

2. A VOCAÇÃO

No sentido da perspectiva espiritual a vocação de homens e mulheres chamados por Deus perpassa pela formação e capacitação para o desempenho de uma nobre missão, comumente, segundo as seguintes etapas:

2.1. A UNÇÃO

Do ponto de vista espiritual a "unção" significa que a presença permanente do Espírito Santo está sobre o crente. É uma operação espiritual dada diretamente por Yahweh como manifestação da sua maravilhosa graça. (Lc 4:16-22).

2.2. A FORMAÇÃO

A formação é a formatação de um caráter moral, ético, social e espiritual de um ser, de modo a acumular experiências e provisão de meios para bem desempenhar a sua chamada. Esta formação dar-se-á através das experiências pessoais com Deus, do estudo da Palavra do Senhor, da incessante oração, do enfrentamento das adversidades, tribulações e aflições vividas, porém, sob o controle de Deus. (Rm 5:1-5).

2.3. A CAPACITAÇÃO

A capacitação espiritual não se embasa nas capacidades naturais do homem, nos terrenos físico, moral e intelectual. Esta capacitação se refere as realizações, segundo a vontade de Deus, daquele que foi chamado, ungido e formado para o desempenho de sua vocação. É na capacitação que o chamado de Deus é confirmado perante os olhos das outras pessoas. (2 Co 12:11-12;.Mc 16:14-18)

III - EXORTAÇÃO E OBEDIÊNCIA

O apóstolo Paulo deseja que o seu discípulo Timóteo se torne um padrão entre os crentes com uma linguagem sadia e irrepreensível, realizando sempre boas obras, com integridade e dignidade moral de forma ilibada. O apóstolo Paulo exorta a Timóteo que trabalhe diligentemente na obra do Senhor, não permitindo que ninguém desprezasse a sua mocidade que presumidamente, talvez, implicasse em pouca maturidade, visto que, a igreja de Éfeso tinha muitos anciãos, homens experimentados. Paulo conclama Timóteo a ser um padrão dos fiéis, isto é, ser um exemplo fidedigno de homem de Deus entre os fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza. (1 Tm 4:11-14)

Mas o que significa ser exemplo entre os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza ?

1. NA PALAVRA

Ser exemplo na palavra significa que devemos sempre proferir palavras de edificação, guardando a nossa boca das murmurações, da destruição, de impropérios, das palavras torpes, das fofocas, das contendas que em nada edificam, santificam ou abençoam o ser humano. (Mt 12:33-37)

2. NO PROCEDIMENTO

Deus retribui a cada um segundo o seu procedimento, devemos ser verdadeiros e o que dizemos ser. Só seremos sábios e inteligentes se praticarmos a nossa fé alicerçados em boas obras, com um procedimento íntegro, reto, idôneo e ilibado. (Tg 3:13-18)

3. NO AMOR

O amor de Deus é indescritível, entretanto, podemos dizer que o amor antes mesmo de ser manifestado por um sentimento, deve ser confirmado por um comportamento segundo as características próprias do amor enumeradas pelo apóstolo Paulo no capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios. (1 Co 13:4-7).

4. NA FÉ

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No sentido apologético da fé o cristão deve estar preparado para responder a todo aquele que nos pedir a razão de nossa crença em Jesus e para isso devemos impreterivelmente ter o conhecimento da Palavra, manifestando a nossa fé com mansidão, temor e com boa consciência, sempre fazendo o bem a todos. (1 Pd 3:13-17)

Na concepção espiritual a fé sobrenatural é a fé advinda diretamente do Senhor, que atinge a profundidade do inexplicável, que ultrapassa os limites do conhecimento e das perspectivas humanas, garantindo ao detentor desta fé inabalável, uma fortaleza espiritual de vislumbrar as coisas que não são como já sendo reais ou existentes. (Hb 11:1)

A fé sobrenatural transcende a tudo que é racional, não havendo nada impossível de ser realizado pela fé nos permitindo crer que Deus, segundo a sua vontade, opera o sobrenatural, através das nossas palavras, gestos e intenções do nosso coração, vencendo as enfermidades, a derrota, os laços de Satanás, tudo para honra e glória do Senhor.

5- NA PUREZA

A pureza aqui tipificada é a de viver sem a contaminação e a corrupção dos valores do mundo regidos pelo amor ao dinheiro, busca pelo poder a qualquer preço e principalmente pelas perversões sexuais muito incidentes nos jovens. E para isso, o homem ou mulher de Deus, deve:

i. Fugir dos desejos malignos. (2 Tm 2:22) ii. Se conservar puro não participando dos pecados dos outros.(1 Tm 5:22) iii. Se manter puro, alicerçado na busca ao Senhor e na observância de seus mandamentos (Sl

119:9-11)

Sendo um padrão dos fiéis consubstanciado na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza seremos salvos e promoveremos a oportunidade de nossos ouvintes se salvarem também da condenação eterna (1 Tm 4:15-16)

IV – A OBRA DE DEUS NÃO PARA

O Apóstolo Paulo inicia o segundo capítulo da segunda carta a Timóteo, exortando-o a se fortificar na graça que há em Cristo Jesus e a escolher homens fiéis a Deus de modo a transmitir a eles o Evangelho de Cristo ensinado por Paulo a Timóteo para que estes homens idôneos retransmitisse a outros. (2 Tm 2:1-2).

Na sequência redacional da carta, o apóstolo Paulo, promove uma analogia entre as qualidades de funções profissionais no seu aspecto operacional, associando-as com as virtudes que um servo de Deus deve possuir em sua conduta como cristão e obreiro da Casa do Senhor, a saber:

1. UM SOLDADO DO EXÉRCITO

Quando servimos ao Senhor, somos alistados nas fileiras de um grande exército espiritual, e por isso passamos a enfrentar uma grande guerra espiritual contra os valores deste mundo contrários a vontade de Deus e contra o exército de Satanás que tenta nos aniquilar, isto é, matar, roubar e destruir. O nosso general é Cristo, e por Ele devemos suportar os sofrimentos inerentes a uma guerra, porém, nada comparável aos sofrimentos que Jesus enfrentou por nós. Devemos amar, ser fiel e sempre agradar o nosso supremo comandante, Cristo Jesus. (2 Tm 2:3-4; 2 Tm 2:8-10).

2. UM ATLETA ESPORTIVO

Todo e qualquer atleta tem um objetivo que é o de alcançar o troféu, o lugar mais alto do pódio, e para isso deve se preparar nos aspectos técnico e físico de forma a competir em um alto nível de desempenho obedecendo as normas que regulamentam a competição. Da mesma forma, o homem de Deus, o cristão, deve ter sempre em sua mente o maior objetivo de sua vida que é a salvação, consumada na glorificação de seu corpo para viver eternamente com Cristo e para isso deve se preparar em oração, jejum, conhecimento da palavra com um comportamento moral, ético, social e espiritual ilibado diante de Deus e dos homens, tudo segundo a vontade do Senhor Jesus. (2 Tm 2:5)

3. UM AGRICULTOR

Um agricultor segundo a sua sensibilidade espera as oportunidades de prenúncio das chuvas caindo do céu na estação certa para arduamente escavar a terra, lançar as sementes, cuidar do plantio e colher os frutos para o seu sustento. O cristão deve ter em seu ser o desejo de evangelizar, de levar as boas novas que recebeu para outras pessoas, ou seja, o desejo de propagar o Evangelho de Cristo, a salvação

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aos quatro cantos do mundo e para isto não deve medir esforços em todas as oportunidades possíveis de plantar a semente espiritual para colher vidas transformadas, restauradas pelo Espírito Santo e também ser abençoado em tudo pelo Senhor.(2 Tm 2:6-7).

4. UM PROFESSOR

Um professor ensina segundo o conhecimento adquirido testado e provado em suas experiências pessoais e o apóstolo Paulo conclama a Timóteo a ensinar aos cristãos que morrer com Cristo é viver com Cristo, e se perseverarmos com Cristo, reinaremos com Cristo, não devendo nunca negar a nossa profissão de fé, pois, Cristo sempre será fiel a nós ainda que sejamos infiéis a Ele. (2 Tm 2: 11-14)

5. UM ESTUDANTE

Um estudante se debruça em livros para compreender a essência de seus ensinamentos de modo a aplicar o conhecimento em sua vida profissional ou pessoal adquirindo experiências e profunda vivência na área escolhida, sendo ao longo de sua carreira estudantil submetido a testes e avaliações que chancelam o seu preparo para o exercício de sua profissão. O cristão que se preza deve ser um exímio e assíduo estudioso da Palavra de Deus devendo aplicar o conhecimento adquirido em sua vida para após muitas lutas de ordem espiritual ser aprovado por Deus, não se deixando levar por fábulas, ideologias ou filosofias humanísticas. (2 Tm 2:15-19).

Na sequencia da carta escrita ao jovem Timóteo, o apóstolo Paulo, explica que em uma casa existem muitos utensílios que reluzem e outros que obscurecem os ambientes indicando uma analogia a realidade de uma igreja institucional como a de Éfeso que possuía em seu seio pessoas para honra e outras pessoas para desonra segundo o padrão comportamental e de serviço ao Senhor.(2 Tm 2:20)

Assim é que para ser um cristão reputado como vaso de honra preparado para toda e qualquer boa obra deve ter as seguintes características de qualificação:

i. se santificar, ou seja, ser separado do pecado para ser um vaso de honra e útil ao seu Senhor (2 Tm 2:21);

ii. fugir das paixões da mocidade, ou seja, dos desejos imaturos carnais, seguindo a justiça, a fé, a paz e o amor, invocando sempre ao Senhor com o coração limpo e puro. (2 Tm 2:22);

iii. repelir as questões insensatas não entrando em contendas filosóficas e teológicas em que nada edificam (2 Tm 2:23)

Como servos de Deus devemos sempre nos colocar nas mãos do Senhor para que Ele nos molde segundo a sua vontade, sejamos sempre fiéis a Deus pedindo a sua misericórdia tendo em vista a nossa condição de pecadores. Que o Senhor seja o nosso oleiro quebrando o vaso quando deve ser quebrado para reedifica-lo segundo o seu projeto original, pois, afinal de contas somos cacos de barro entre outros cacos de barro (Jr 18:1-10; Rm 9:19-24)

O apóstolo Paulo no final do cap. 2 da segunda epístola a Timóteo fala novamente que o homem de Deus deve rejeitar as contendas devendo na oportunidade em que elas surgirem adotar uma postura branda para com todos e com extrema habilidade ensine a verdade á luz da Palavra de Deus com extremada paciência, porém, adotando uma disciplina com mansidão aos opositores do Evangelho de Cristo, sempre tendo em mente que o alvo é a salvação daqueles que estão algemados pela escravidão de Satanás (2 Tm 2:24-26)

V - CONCLUSÃO

Ser pastor ou ministros de Deus é para homens vocacionados e chamados pelo Senhor que possuem em sua alma a essência do mesmo amor de Cristo para com a igreja. Oremos pelos verdadeiros pastores e ministros de Deus, apoiando-os, ajudando-os na condução desta excelente obra de pastorear a igreja e ao mesmo tempo rejeitemos com sabedoria e maturidade espiritual os falsos pastores e ministros que apascentam a si mesmos e não as ovelhas do Senhor Jesus.