Click here to load reader
View
220
Download
3
Embed Size (px)
Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro
O Estado de Coisas Inconstitucional na sade pblica e a metfora da rvore
Juliana Patricio da Paixo
Rio de Janeiro
2016
JULIANA PATRICIO DA PAIXO
O ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL NA SADE PBLICA E A
METFORA DA RVORE
Monografia apresentada como exigncia de concluso de Curso de Ps-Graduao Lato Sensu da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Professor(a) Orientador(a): Guilherme Pea de Moraes Professora Coorientadora: Nli L. C. Fetzner
Rio de Janeiro 2016
JULIANA PATRICIO DA PAIXO
O ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL NA SADE PBLICA E A
METFORA DA RVORE
Monografia apresentada como exigncia de concluso de Curso de Ps-Graduao Lato Sensu em Direito da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro.
Aprovada em _____ de _______________ de 2016.
BANCA EXAMINADORA: ____________________________________
Presidente: Prof. Des. Claudio Brando de Oliveira Escola da Magistratura do Estado
do Rio de Janeiro-EMERJ.
____________________________________
Convidado: Prof. Dr. Marcelo Pereira de Almeida Escola da Magistratura do Estado
do Rio de Janeiro-EMERJ.
____________________________________
Orientador: Prof. Guilherme Braga Pea de Moraes - Escola da Magistratura do Estado
do Rio de Janeiro EMERJ. ____________________________________
A ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EMERJ
NO APROVA NEM REPROVA AS OPINIES EMITIDAS NESTE TRABALHO,
QUE SO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DO(A) AUTOR(A).
AGRADECIMENTOS
A Deus, por tornar tudo possvel.
Ao professor e orientador Guilherme Pea de Moraes, pela orientao com ateno,
dedicao e pacincia em todas reunies e pelos precisos insights que enriqueceram
enormemente esta produo monogrfica.
Ao professor Alexandre Antonio Franco Freitas Cmara, pela colaborao e pelo
estmulo, ao seu olhar desafiador, a me tornar uma aluna, pesquisadora e jurista cada vez
melhor.
professora e coorientadora Nli Fetzner, pela confiana que depositou no presente
trabalho e pelos elogios e conselhos oferecidos na minha carreira.
Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, por proporcionar um ambiente
ideal de estudos, reflexes e amadurecimento profissional.
Aos meus pais, Avelino e Edelzuita, por depositar tanta f e esperana em mim e tornar
toda a minha vida possvel.
Nelly, Ricardo e Renata, meus padrinhos, Frank, Annie, por todo o amor, carinho e
ateno que sempre me dedicaram.
s crianas Leonardo, Fernanda, Luiz Eduardo, Joo Ricardo e Ana Beatriz, minha irm,
pelas risadas, pelas brincadeiras trocadas e as viagens mais divertidas.
A ele, fonte de amor, carinho e inspirao.
A todos os que, com palavras e atitudes, me ajudaram a chegar at aqui.
Nenhuma atividade no bem insignificante...
As mais altas rvores so oriundas de minsculas sementes.
Chico Xavier
SNTESE
No julgamento da medida cautelar da ADPF n 347/DF, da relatoria do ministro
Marco Aurlio Mello, no Supremo Tribunal Federal, foi debatida adoo do modelo de
incorporao do estado de coisas inconstitucional na jurisdio constitucional brasileira.
O presente trabalho desenvolveu, de forma inovadora, a teoria da rvore do estado de
coisas inconstitucional para explicar a aplicao desse controle de constitucionalidade
sob o vis material e processual. Por isso, tratou do neoconstitucionalismo,
transconstitucionalismo, evoluo do sistema jurdico policntrico e a tribunalizao da
vida. Alm disso, relacionou o estado de coisas inconstitucional com a doutrina e a
jurisprudncia colombiana, bem como o precedente norte-americano Brown v. Board of
Education of Topeka.
SUMRIO
INTRODUO..................................................................................................... 09
1. ATIVISMO JUDICIAL NO CONTEXTO MUNDIAL................................... 11
1.1 A construo do neoconstitucionalismo e seus marcos fundamentais...... 12
1.2 Atitude do ativismo judicial como reao garantista................................. 16
1.3 Evoluo metodolgica do ativismo judicial no Supremo Tribunal
Federal (STF).......................................................................................................
17
1.4 Judicializao no abrangente controle de constitucionalidade e o seu
impacto no arranjo institucional brasileiro.......................................................
21
1.5 A evoluo do sistema jurdico policntrico no mundo globalizado........... 25
1.6 Pragmatismo jurdico na racionalizao da gesto..................................... 28
1.7 Dilogos do transconstitucionalismo............................................................ 31
2. O ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL........................................... 36
2.1.1 Panorama histrico para a criao das sentenas estruturais: Lies
do precedente Brown v. Board of Education of Topeka......................................
36
2.1.2 Difuso do constitucionalismo transformativo pelas decises
estruturais............................................................................................................
39
2.2 Construo conceitual da teoria do Estado de Coisas Inconstitucional... 42
2.3 Carter inovador do Estado de Coisas Inconstitucional............................. 44
2.4 A tcnica de declarao do Estado de Coisas Inconstitucional e a
prorrogao do exerccio da jurisdio da Corte Constitucional colombiana
47
2.4.1 A construo processual e procedimental na sentena estrutura
paradigmtica T-025 de 2004 do deslocamento forado...................................
51
2.4.2 O procedimento judicial na sentena T- 760 de 2008 quanto ao direito sade......................................................................................................
58
2.5 Efeitos do ativismo judicial dialgico............................................................ 59
2.5.1 Efeito desbloqueador.................................................................................. 59
2.5.2 Efeito de poltica pblica............................................................................ 60
2.5.3 Efeito socioeconmico................................................................................. 61
2.5.4 Efeito simblico........................................................................................... 62
2.5.5 Efeito de reestruturao do marco............................................................. 62
2.5.6 Efeito participativo..................................................................................... 63
2.6 A consagrao do direito constitucional dctil na operacionalidade do
Estado de Coisas Inconstitucional......................................................................
65
2.7 O ataque e contra-ataque: o Estado de Coisas Inconstitucional em
questo..................................................................................................................
68
2.7.1 Violao do postulado clssico da Separao de Poderes versus
Construo coordenada das funes estatais.....................................................
68
2.7.2 Ilegitimidade democrtica e incapacidade institucional versus
democracia deliberativa......................................................................................
71
2.7.3 Discricionariedade judicial versus aplicao dos pressupostos
caractersticos do Estado de Coisas Inconstitucional........................................
73
2.8 Esclarecimentos metodolgicos.................................................................... 75
2.9 Evoluo histrica do direito sade ................................................................ 75
3. O ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL NO BRASIL..................... 79
3.1 A teoria da rvore do Estado de Coisas Inconstitucional com as
ramificaes de direito material.........................................................................
80
3.1.1 A rvore repartida em fases....................................................................... 83
3.2 A reinveno da Jurisdio........................................................................... 86
3.3 A teoria da rvore do estado de coisas inconstitucional sob o vis
processual.............................................................................................................
88
3.4.1 A rvore processual mais ativista............................................................... 89
3.4.2 Aproximao da Justia............................................................................. 92
3.5 A rvore processual menos ativista.............................................................. 95
3.6 O Estado de Coisas Inconstitucional como controle abstrato de constitucionalidade nos Estados-membros..................................................
97
3.7 Tenses no Sul e no Norte Global.................................................................. 99
CONCLUSO................................................................................................. 102
REFERNCIAS............................................................................................. 105
SIGLAS E ABREVIATURAS
ADI ou ADIN