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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA Responsável Direcção Data 23-12-2008 Refª

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO INSTITUTO ...€¦ · assentando numa aprendizagem mais activa, autónoma e prática, baseada no trabalho . 6 laboratorial e de campo, na resolução

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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

Responsável Direcção

Data 23-12-2008 Refª

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Conteúdo

1. Introdução ............................................................................................................................. 2

2. A Implementação do Processo de Bolonha na ESTG ............................................................ 3

2.1. Metodologia e Fases do processo ..................................................................................... 3

2.2. Mudanças operadas .......................................................................................................... 5

2.2.1.Mudanças de ordem pedagógica .................................................................................. 6

2.2.2.Mudanças na estrutura dos cursos ............................................................................... 7

2.2.3.Novos cursos ................................................................................................................. 8

3. Indicadores de progresso ...................................................................................................... 9

3.1. Evolução do número de alunos inscritos .......................................................................... 9

3.2. Indicadores de sucesso educativo, insucesso e abandono escolar ............................. 11

3.3. Indicadores das componentes de trabalho dos estudantes ....................................... 14

4. Outras medidas ................................................................................................................... 15

4.1. Medidas de apoio à promoção do sucesso escolar .................................................... 15

4.2. Acções de apoio ao desenvolvimento de competências extra-curriculares ............... 16

4.3. Medidas de estímulo à inserção na vida activa........................................................... 16

5. Inquéritos relativos à implementação do processo de Bolonha na ESTG ........................... 18

5.1. Inquérito aos alunos .................................................................................................... 18

5.2. Inquérito aos docentes................................................................................................ 23

6. Conclusões........................................................................................................................... 26

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1. Introdução

O presente relatório foi elaborado tendo em vista o cumprimento do disposto no artº 66-A do

DL 74/2006 de 24 de Março, com as alterações do DL 107/2008 de 15 de Junho.

Pretende-se com o mesmo dar conta do modo como se desenvolveu a implementação do

processo de Bolonha na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico

da Guarda (IPG) e das principais mudanças operadas na instituição, em particular as relativas

ao processo de ensino-aprendizagem.

A estrutura do relatório visa responder ao disposto no normativo legal atrás citado.

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2. A Implementação do Processo de Bolonha na ESTG

2.1. Metodologia e Fases do processo

A adequação dos cursos da ESTG ao Processo de Bolonha começou muito antes da publicação

dos normativos legais respectivos. Com efeito, a partir de Maio/Junho de 2005, a Direcção da

ESTG promovou internamente o debate e a discussão da adequação dos seus cursos tendo, em

primeira instância analisado e divulgado os diferentes relatórios dos grupos de trabalho, tanto

os promovidos pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) como os

promovidos pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).

Para a reformulação curricular dos cursos da ESTG, seguiu-se a seguinte abordagem

sequencial:

1. Definição dos perfis de competências;

2. Definição do plano curricular;

3. Para cada unidade curricular, solicitando o preenchimento da Ficha de

Unidade Curricular, tendo-se sugerido uma metodologia do tipo: a partir das

competências a adquirir, definem-se os conteúdos programáticos mínimos;

seguidamente definem-se as metodologias de ensino e aprendizagem e, a

partir dos elementos anteriores, procede-se à discriminação de cargas

horárias segundo as várias modalidades (contacto, trabalhos, tutoria, estudo,

avaliação, etc);

4. Fixação provisória de ECTS, os quais seriam posteriormente validados em

função dos inquéritos aos alunos relacionados com as cargas de trabalho.

De forma a que fosse possível que as alterações curriculares estivessem prontas para serem

submetidas a apreciação superior com vista à sua entrada em vigor no ano lectivo 2006/07,

estabeleceu-se a seguinte calendarização:

o Até 29 de Julho de 2005:

o Definição, para cada curso, das competências, e planos curriculares

mínimos (sem discriminação das cargas horárias);

o Preenchimento prévio dos pontos 1 a 9 do formulário da DGES;

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o Esta tarefa foi da responsabilidade dos departamentos responsáveis

pelos cursos, podendo contudo, socorrer-se de pareceres ou

sugestões de outros departamentos;

o Nesta fase, fez-se uma primeira compatibilização entre planos

curriculares dos diferentes cursos, em particular no que diz respeito às

unidades curriculares comuns.

o Até 30 de Setembro de 2005:

o Preenchimento e entrega aos Directores de Departamento, das fichas

curriculares de todas as unidades curriculares.

o Até 21 de Outubro de 2005:

o Compatibilização das fichas curriculares e preenchimento integral do

formulário da DGES e entrega do dossier completo à Direcção da ESTG.

o Até 25 de Outubro de 2005:

o Encaminhamento, pela Direcção da ESTG, das propostas de

reformulação curricular para apreciação das CCP’s dos outros

departamentos envolvidos na leccionação dos cursos.

o Até 11 de Novembro de 2005:

o Remessa, à Direcção da ESTG, dos pareceres e propostas de alteração

provenientes dos departamentos.

o Até 16 de Dezembro de 2005:

o Entrega à Direcção das propostas definitivas dos departamentos

responsáveis pelos cursos.

o Encaminhamento das propostas definitivas para o Conselho Científico,

com conhecimento a todos os Departamentos envolvidos.

o Até 20 de Janeiro de 2006:

o Apreciação das propostas pelo Conselho Científico.

Nesta fase, os cursos adequados foram os seguintes:

Engenharia Topográfica

Engenharia Informática

Engenharia Mecânica

Gestão

Marketing

Contabilidade (regime diurno)

Contabilidade (regime nocturno)

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Gestão de Recursos Humanos

Design do Equipamento

Secretariado e Assessoria de Direcção

Motivado fundamentalmente pela indefinição quando à duração de alguns cursos objecto de

acreditação junto de organismos profissionais (Ordem dos Engenheiros e Associação Nacional

de Engenheiros Técnicos - ANET), os cursos de Engenharia do Ambiente e Engenharia Civil não

foram adequados neste primeiro ano, tendo-o sido apenas no ano lectivo de 2007/08.

2.2. Mudanças operadas

A transformação mais visível trazida por Bolonha é a organização do ensino superior em três

ciclos:

o 1.º ciclo, com duração de três anos, conducente ao grau de licenciado;

o 2.º ciclo, com duração de dois anos, conducente ao grau de mestre;

o 3.º ciclo, com duração de três anos, conducente ao grau de doutor

No caso da ESTG, isto significa que:

os bacharelatos deixam de existir, passando a licenciaturas com a duração de 6

semestres, equivalentes a 180 créditos. Apesar desta mudança, a vocação

profissionalizante destes cursos mantém-se;

os mestrados, ou seja, o 2º ciclo de formação, podem ser leccionados e têm a duração

de 2 anos e correspondem a 120 créditos.

As mudanças na estrutura dos cursos são, como já foi referido, a face mais visível da

implementação do Processo de Bolonha. Mas este processo transcende as alterações formais.

Bolonha representa uma mudança de paradigma de ensino, preconizando a passagem de um

modelo passivo, assente na transmissão de conhecimentos, para um modelo baseado no

desenvolvimento das competências dos alunos.

Esta "revolução" coloca o aluno no centro do processo de aprendizagem e implica, em muitos

casos, a adopção de novas metodologias, colocando maior ênfase no trabalho do aluno e

assentando numa aprendizagem mais activa, autónoma e prática, baseada no trabalho

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laboratorial e de campo, na resolução de problemas, no estudo de casos, no desenvolvimento

de projectos e na aprendizagem à distância.

A aplicação destas novas metodologias de ensino/aprendizagem é facilitada pela redução do

número de alunos por turma, de forma a possibilitar uma maior interacção docente-aluno e

aluno-aluno.

2.2.1. Mudanças de ordem pedagógica

Uma das mais importantes alterações ao nível pedagógico residiu na introdução e

generalização das sessões de tutoria. Esta reveste sobretudo a forma de sessões de trabalho

em que o professor trabalha com pequenos grupos de alunos centrando-se estas sessões no

apoio à resolução de casos práticos e problemas bem como no apoio ao desenvolvimento de

competências transversais por parte do aluno.

Para implementação destas novas metodologias de trabalho, a Direcção da ESTG proporcionou

aos docentes da escola algumas iniciativas importantes:

Junho de 2006: uma conferência intitulada “As tutorias: uma metodologia de ensino no

Ensino Superior”, ministrada pelo Professor Victor Rojo, da Universidade de Sevilha;

Julho de 2006: uma acção de formação sobre a “Metodologia de Estudo de Casos”,

com duração de 2 dias, orientada para docentes das áreas de Economia e Gestão,

ministrada pela Profª Béatrice Collin;

Setembro de 2006: duas edições de um conjunto de 4 acções de formação ministradas

igualmente por um grupo de docentes da Facultad de Ciencias de la Educación da

Universidade de Sevilha (Dr. Víctor Álvarez Rojo; Dr. Eduardo García Jiménez; Dr. Javier

Gil Flores e Dr. Antonio Rodríguez Diéguez), com duração de 24 horas, com as

seguintes temáticas:

o O processo de ensino-aprendizagem na universidade;

o Planificação da docência por competências;

o Metodologias de ensino universitário:

-O ensino tutorado,

- O ensino baseado em problemas,

- O ensino no laboratório,

- O ensino clínico,

o Estratégias de avaliação da aprendizagem;

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o Estratégias de apoio aos estudantes e de acção tutorial.

Mais do que uma acção de formação, tratou-se de uma iniciativa que visou a “assessoria

técnica” para a realização de uma tarefa:

o desenho da oferta docente que se proporcionará aos alunos;

a elaboração dos programas das unidades curriculares;

a adaptação das metodologias de ensino dos professores participantes.

2.2.2. Mudanças na estrutura dos cursos

Como referido anteriormente, todos os cursos de licenciatura da ESTG têm actualmente uma

duração de anos, correspondentes a 6 semestres e 180 créditos (ECTS).

Em função das orientações e das exigências para efeitos de acreditação profissional,

nomeaadmente da ANET, nos cursos de engenharia (Civil, Ambiente, Topográfica, Informática

e Mecânica), foi suprimido o habitual Estágio curricular. Contudo, reconhecendo-se a

importância deste, enquanto instrumento de ligação entre a escola e o mercado de trabalho, a

ESTG tem mantido a sua organização e oferta como Unidade Extra-curricular, tendo

simultaneamente mantido e alargado o Protocolo com a ANET, que visa o reconhecimento

desta, dos estágios curriculares (e agora extra-curriculares) para efeitos de inscrição naquela

associação profissional.

Relativamente aos restantes cursos, manteve-se o Estágio como unidade curricular, agora

integrada no 6º semestre dos cursos.

Para além destas mudanças, há a registar:

Uma quase generalizada redução das cargas horárias lectivas presenciais, tendo como

principal objectivo, não a redução das cargas de trabalho dos estudantes, mas antes a

adopção de metodologias de ensino-aprendizagem mais activas e participativas,

baseadas no trabalho autónomo dos estudantes.

Nesta perspectiva, foi introduzida e generalizada a metodologia das “tutorias”,

entendidas aqui como estratégia de ensino-aprendizagem consubstanciadas em

sessões de natureza colectiva e /ou indiviudal, em pequenos grupos, visando o apoio e

acompanhametno na resolução do trabalho autónomo dos alunos.

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2.2.3. Novos cursos

No âmbito da reformulação da oferta formativa da escola, a ESTG apresentou ao MCTES uma

proposta de criação de um curso de Mestrado em Gestão com várias especializações:

Contabilidade, Logística, Administração Pública, Empreendedorismo e Inovação e Gestão de

Unidades de Saúde e uma proposta de um curso de Mestrado em Computação Móvel, os quais

estão actualmente já na 2ª edição.

Para 2008/09 será de esperar a aprovação de cursos de 2º ciclo, particularmente nas áreas de

Engenharia Civil e Energia e Ambiente, de forma a responder-se às necessidades de

actualização e especialização de conhecimentos dos profissionais da região.

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3. Indicadores de progresso

Os gráficosque se seguem pretendem ilustrar a evolução de um conjunto de indicadores,

tendo-se usado como horizonte temporal um período de 5 anos: três relativos ao período

“pré-Bolonha” (2003/04 a 2005/06) e dois relativos ao período “pós-Bolonha” (2006/07 e

2007/08).

3.1. Evolução do número de alunos inscritos

No geral, os gráficos abaixo mostram que, a ESTG assistiu, no período pré-Bolonha a uma

redução significativa do número de alunos inscritos e de novos alunos, tendência que se

inverteu no período pós-Bolonha. Esta tendência, assenta em algumas variáveis, de sentido

contrário:

Por um lado, seria de esperar um decréscimo do número de inscritos decorrente da

redução do número de anos necessários para concluir um curso (passou-se de 4 para 3

anos e noutros casos de 5 para 3);

Um acréscimo significativo dos alunos, detentores do grau de Bacharel em anos

anteriores, que reingressaram na escola para obterem o grau de licenciado. Este efeito

foi notório no caso particular do curso de Engenharia Topográfica, que viu, no ano

lectivo de 2006/07, duplicar o número de alunos inscritos;

O curso de Engenharia Mecânica, foi “encerrado” pelo facto de o MCTES não ter

autorizado a fixação de vagas, por não cumprir com os critérios superiormente fixados;

Relativamente à tipologia dos ingressos, regista-se que o acesso de novos alunos por via do

regime geral de acesso ao ensino superior, verificou a mesma tendência do número global de

alunos inscritos, sendo todavia de assinalar o forte incremento das entradas de novos alunos

através dos “Concursos Especiais”, fruto, principalmente dos reingressos de antigos alunos e

do acesso de alunos pelo contingente dos “maiores de 23 anos”.

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3.2. Indicadores de sucesso educativo, insucesso e abandono escolar

Nesta secção, os gráficos que se seguem pretendem ilustrar, para além do rácio de alunos que

se apresentaram a avaliação, a evolução de dois indicadores de sucesso escolar:

a taxa de alunos aprovados relativamente aos alunos inscritos, e

a taxa de alunos aprovados relativamente aos alunos avaliados,

sendo de observar os seguintes aspectos:

no global, não é possível afirmar que seja visível uma melhoria (ou degradação) dos

indicadores de sucesso escolar, medido pelas percentagens de aprovação nas unidades

curriculares que integram os planos de estudos de cada curso;

regista-se uma ligeira melhoria das classificações médias obtidas pelos alunos;

o número de novos diplomados sofreu um acréscimo significativo em quase todos os

cursos;

as classificações médias finais de conclusão dos cursos mantêm-se na faixa dos 11 aos

14 valores.

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3.3. Indicadores das componentes de trabalho dos estudantes

Para averiguar se o Processo de Bolonha implica maiores e diferentes cargas de trabalho por

parte dos estudantes, no inquérito elaborado dirigido aos alunos que frequentaram os seus

cursos em ambos os períodos, incluímos duas questões para aferir este aspecto, e cujas

respostas constam dos gráficos seguintes, podendo concluir-se que actualmente os alunos

sentem maiores cargas de trabalho, as quais são visíveis nas componentes de trabalho

laboratorial, experimental e de campo, o que vai de encontro aos pressupostos do “processo

de Bolonha.

7.1. As cargas de trabalho (aulas, estudo, trabalhos, etc) são

actualmente:

86,2

0,712,5

0,7

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Maiores Menores Não há diferenças

signif icativas

NR

7.2. As componentes de trabalho de projecto e

experimental/laboratorial, são actualmente:

65,1

0,7

31,6

2,6

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Mais intensas Menos intensas Não se registaram

alterações

signif icativas

NR

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4. Outras medidas

4.1. Medidas de apoio à promoção do sucesso escolar

Para além do exposto anteriormente, a ESTG procurou estar sempre envolvida em projectos

de índole científico-pedagógica e institucionais que visassem promover o sucesso escolar.

Nesse sentido, destaca-se a candidatura apresentada e aprovada ao prograam POCI 2010,

intitulado EgiTUTOR: Novas Pedagogias.

O projecto desenvolvido na ESTG, partiu da assumpção de que a tutoria é também uma

metodologia de ensino, efectivando uma política europeia de normalização com a exigência de

maiores quotas de aprendizagem independente para os alunos (não presencial, em cenários

profissionais, sob supervisão). Por outro lado, tomou-se como background o projecto nacional

“Campus Virtuais – e-U”, que veio possibilitar às Instituições de Ensino Superior (IES) a

instalação das infra-estruturas físicas de suporte a projectos de e-learning. Contudo, o mesmo

não foi acompanhado de medidas/acções que permitam actuar sobre os recursos humanos

existentes, correndo-se o sério risco de o e-learning nas IES se traduzir num mero repositório

de documentos em formato Word, PDF ou Powerpoint, disponibilizados sobre uma plataforma

tecnológica. Esqueceu-se contudo o elevadíssimo número de alunos trabalhadores estudantes

que, por dificuldades várias não podem frequentar as aulas presenciais.

Para ir de encontro às necessidades destes alunos e ajudar a combater o insucesso escolar,

torna-se necessário que o professor assuma um papel mais pró-activo no processo de ensino

aprendizagem, aproximando-o do aluno e adaptando-se à evolução e tendências das

sociedades actuais.

Para alcançar estes objectivos, actuou-se, no âmbito do projecto, a vários níveis:

1. Foram realizadas acções de formação e sensibilização para os professores, já

mencionadas anteriormente;

2. Criou-se um “Centro de Produção de Conteúdos”, enquanto estrutura técnica de

apoio ao professor, orientada para a concepção de conteúdos pedagógicos

interactivos para aqueles professores que, não possam ou não queiram ser os próprios

“desenvolvedores” de conteúdos pedagógicos. Neste centro foram desenvolvidos

variadíssimos recursos pedagógicos.

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3. Este projecto foi ainda complementado com a realização de variadas acções de

formação dirigidas aos docentes, sobre ferramentas de autor para a concepção de

materiais pedagógicos (Lectora, CourseGenie, Blackboard).

Foram ainda adquiridos equipamentos de suporte pedagógico como um sistema de

gravação/disponibilização de aulas (ECHO 360) e licenciado software diverso de apoio ao

ensino.

4.2. Acções de apoio ao desenvolvimento de competências extra-curriculares

Para promover o desenvolvimento de competências extra-curriculares, a ESTG manteve um

conjunto de iniciativas já habitualmente desenvolvidas e que se têm revelado como frutuosas,

como o são o caso da realização de inúmeras “visitas de estudo”, a realização, por iniciativa

dos alunos, e com o apoio da escola, de eventos, jornadas pedagógico-científicas, a

participação de alunos no desenvolvimento de trabalhos de campo relativos a serviços

prestados ao exterior, etc.

4.3. Medidas de estímulo à inserção na vida activa

Para estimular a inserção na vida activa, a ESTG dispõe, desde há largos anos de um Gabinete

de Estágios e Saídas Profissionais (GESP).

O GESP identifica-se como um órgão de apoio à direcção da ESTG encarregue de promover

actividades e programas dirigidos aos estudantes, diplomados e antigos estudantes da ESTG.

A actividade deste gabinete tem como orientação o exercício profissional qualificado,

nomeadamente, no que respeita aos estágios curriculares, aos projectos de fim de curso e à

integração e progressão no mercado de trabalho. Estas acções são concretizadas através da

interacção com instituições, das mais variadas áreas de actividade económicas e sedeadas em

diversas zonas geográficas, colocando o GESP como um elo de ligação ímpar entre a ESTG e a

comunidade onde esta se insere.

Complementarmente, o GESP é ainda um gabinete de apoio aos docentes, no percurso

formativo dos seus estudantes, e a todos os serviços e órgãos da ESTG. O GESP desenvolve três

objectivos fundamentais que são:

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Apoio aos estudantes, diplomados e antigos estudantes da ESTG na inserção na vida

activa;

Apoio aos docentes nos percursos formativos dos seus estudantes da ESTG;

Desenvolvimento de contactos com Instituições no âmbito da realização de estágios e

na inserção profissional de estudantes, diplomados e antigos estudantes da ESTG.

Importa ainda referir, que actualmente se encontra em fase de testes o novo portal do GESP,

pretendendo-se que este desempenhe um papel ainda mais importante na interface escola-

empresas, facilitando os processos de estágios e recrutamento dos nossos alunos por parte

das empresas e organizações.

Para além do exposto, há a destacar a realização de uma acção integrada no programa

nacional INOVJOVEM através do qual foram proporcionados estágios profissionais a alguns

diplomados.

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5. Inquéritos relativos à implementação do processo de Bolonha na ESTG

Para auscultarmos a opinião de alunos e professores, foram lançados dois inquéritos: um

destinado aos alunos, o qual visava obter a percepção dos alunos que frequentam ou tenham

frequentado a escola nos períodos pré e pós-Bolonha e o segundo, dirigido aos docentes da

escola.

5.1. Inquérito aos alunos

O inquérito aos alunos foi realizado no mês de Novembro de 2008 e dirigia-se apenas a alunos

que tivessem frequentado os seus cursos antes e após o processo de adequação dos mesmos.

Responderam ao inquérito 152 alunos.

Das respostas obtidas, cujos resultados são ilustrados pelos gráficos seguintes, é possível

sinteizar as seguintes ideias:

Os alunos consideraram-se globalmente bem informados acreca da adequação dos

seus cursos ao Processo de Bolonha;

Os professores foram o principal veículo de informação e esclarecimento das

dúvidas levantadas;

Os alunos considerarm que a transição entre planos de estudos foi adequada;

Os alunos sentem actualmente maiores cargas de trabalho (aulas, estudo,

trabalhos), incluindo nas componentes de ensino laboratorial e experimental;

Os alunos reconhecem os esforços dos professores na adopção de novas e

melhores metodologias de ensino e de avaliação dos conhecimentos e

competências adquiridas;

Os alunos reconhecem ser hoje melhor e mais fácil o acesso aos conteúdos

pedagógicos disponibilizados pelos professores;

Os alunos sentem mais necessidade de estudarem e pesquisarem de uma forma

autónoma;

Os alunos avaliam a de forma positiva a introdução da metodologia da “orientação

tutorial”;

Globalmente, 64% dos alunos reconhecem, que o Processo de Bolonha na ESTG

trouxe algumas melhorias do processo de ensino-aprendizagem.

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1. Curso

12,5 13,2

26,3

11,2

7,2 7,99,9

7,2

4,6

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Contabilidade Engenharia

do Ambiente

Engenharia

Civil

Engenharia

Informática

Engenharia

Topográfica

Gestão Marketing Secret. Ass.

Direcção

Gestão de

Recursos

Humanos

2. Ano de ingresso pela 1ª vez no seu curso

0,7 0,7 0,7 0,7 1,33,3

2,03,9 4,6

7,2

16,4 15,8

22,4

11,8

8,6

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

1990 1992 1994 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 NR

3. Fez o reingresso no seu curso actual após a adequação do mesmo

ao processo de Bolonha?

42,148,0

9,9

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Sim Não NR

4. Considera que foi informado acerca da adequação do mesmo ao

Processo de Bolonha?

29,6

50,7

17,1

1,3 1,3

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Insuficientemente

Informado

Suficientemente

informado

Bem informado Sem opinião NR

5. De que forma tomou conhecimento das mudanças operadas no

curso?

57,2

18,411,8 9,9

2,6

,0

10,0

20,0

30,040,0

50,0

60,0

70,0

Através dos

professores

Através de

reuniões com

directores de

curso e/ou

Departamento

Através de

colegas

Através de

informação

divulgada pela

escola

Outros,

especif ique

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6. Considera que o plano de transição entre o antigo e o novo plano

de estudos foi o adequado?

41,4

31,6

23,7

3,3

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

Sim Sem opinião Não, porque NR

7.1. As cargas de trabalho (aulas, estudo, trabalhos, etc) são

actualmente:

86,2

0,712,5

0,7

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Maiores Menores Não há diferenças

signif icativas

NR

7.2. As componentes de trabalho de projecto e

experimental/laboratorial, são actualmente:

65,1

0,7

31,6

2,6

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Mais intensas Menos intensas Não se registaram

alterações

signif icativas

NR

7.3. Actualmente os professores fora da aula:

32,9

2,0

64,5

0,7

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Prestam mais apoio Prestam menos

apoio

Não se registaram

alterações

signif icativas

NR

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7.4. Em relação aos métodos de avaliação actuais considera que:

32,9

52,6

13,2

1,3

,010,020,030,040,050,060,0

Na maior parte dos

casos não se

registaram

mudanças

signif icativas

Registaram-se

algumas mudanças

para melhor

Registaram-se

algumas mudanças

para pior

NR

7.5. Os conteúdos pedagógicos que lhe são disponibilizados:

62,5

34,9

2,0 0,7

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

São os mesmos São melhores São piores NR

7.6. O acesso aos conteúdos pedagógicos é hoje mais fácil?

65,1

13,819,1

2,0

,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Sim Não Sem opinião NR

7.7. O Processo de Bolonha fez com que tenha aumentado a sua

necessidade de pesquisa pelos seus próprios meios (por ex.

frequência da Biblioteca)?

78,9

19,1

1,3

,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Sim Não NR

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8. Como avalia a sua dinâmica na contrução do seu próprio

Suplemento ao Diploma?

25,0

46,1

27,0

2,0

,010,020,030,040,050,0

É a adequada Gostaria que o

curso/escola me

oferecesse mais

oportunidades para

participar em

actividades extra-

curriculares

Sem opinião NR

9. Globalmente, considerando que o Processo de Bolonha substitui

um ensino essencialmente baseado na transmissão de

conhecimentos por um ensino baseado no trabalho dos alunos, as

mudanças no processo ensino/aprendizagem na ESTG:

26,3

63,8

7,2 2,6

,0

20,0

40,0

60,0

80,0

Não foram

signif icativas

Foram algumas para

melhor

Foram algumas para

pior

NR

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23

5.2. Inquérito aos docentes

No sentido de aferir a opinião dos docentes relativamente à implementação do Processo de

Bolonha na ESTG/IPG, foi realizado um pequeno inqúerito junto do corpo docente. O mesmo

foi realizado no mês de Novembro de 2008, tendo respondido 82 docentes (cerca de 75% da

população).

Os gráficos seguintes ilustram a opinião dos docentes relativamente à implementação do

processo propriamente dito, como também a percepção que os mesmos têm actualmente

relativamente às mudanças operadas.

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Tendo sido considerada uma questão de resposta aberta, são de registar algumas opiniões dos

docentes desta escola:

Os alunos actualmente deveriam ter uma participação ainda mais activa no processo de

ensino/aprendizagem.

Os alunos têm mais sucesso, mesmo que não seja visível em termos de notas obtidas,

porque são mais activos e supostamente adquirem mais competências. Porém, as tutorias

não funcionam em pleno, porque considero que seria importante, ou mesmo essencial, os

alunos estarem mais divididos em pequenos grupos quando o número por turma fosse

superior a 15, o que exigiria entretanto, o envolvimento de mais docentes na lecionação de

uma mesma unidade curricular, ou outra situação similar, que permitisse a

compatibilização adequada da carga horária lectiva do docente.

A aplicação do processo com sucesso implica uma atitude diferente dos alunos perante

novos problemas e formas de abordagem. Porém, esta atitude não lhes é incutida

previamente (ensino secundário), faltando-lhes espírito crítico. Em resultado, o modelo fica

mais pela intenção de mudança de paradigma do que pela mudança efectiva. Talvez o

tempo corrija o problema!...

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O processo foi mais sentido a nível institucional (adaptação de normativos) do que

propriamente pelas partes activas envlvidas (professores e alunos). Quanto aos

professores houve um esforço de adaptação ao novo modelo mas só o tempo

proprocionará uma avaliação mas oportuna uma vez que se transita de modelos

instituídos durante muitos anos.

Em relação à qualidade no ensino, tenho como tinha antes do modelo estar implementado

dúvidas se os alunos ficam ou não melhor preparados. De facto o secesso aumentou, mas

é um sucesso que depende de uma avaliação contínua (step by step) passo a passo com

um acompanhamento tutorial constante que inibe muitas vezes o aluno de caminhar

sozinho. Pois com os alunos a cheagarem ao ensino superior mal preparados em

disciplinas fundamentais de base, torna-se dificil para nós docentes esperar que caminhem

por si pois Bolonha impõe outro ritmo, logo nós professores para avançar nas matérias

apoiamos….

As metodologias de ensino e os métodos de avaliação são processos dinâmicos, daí que

não se possam imputar directamente ao processo de Bolonha as evoluções sofridas.

O elemento central do processo - o aluno - não foi preparado para a alteração do

paradigma.

O sucesso dos alunos não depende apenas do empenhamento dos professores, das

metodologias utilizadas, nem só da participação activa dos alunos pois estes podem ter

boa formação inicial (pré-requisitos) ou não. Também devo dizer que pode haver sucesso

com alguns alunos, ou com algumas turmas, em todas as épocas, independentemente do

'sistema' de ensino. O importante é haver bom ambiente de trabalho e busca permanente

de soluções para os problemas propostos em vez de memorização simples de conceitos e

leis. Aproveitar a motivação dos alunos é um bom princípio assim como é fundamental

saber quando se deve parar para recuperar falhas, ou quando é melhor avançar para

novos desafios-o equilíbrio é dinâmico!

O processo de Bolonha induz a que aos alunos trabalhem mais, ao longo do semestre e de

uma forma autónoma, exigindo também que o Docente faça um acompanhamento, mais

próximo, aos alunos para ir controlando a evolução do processo de aprendizagem e

fornecendo orientações.

Julgo haver ainda muito por fazer no incentivo da participação dos alunos no processo de

ensino/aprendizagem no sentido de se obter uma melhoria nessa qualidade. As alterações

introduzidas nos métodos de avaliação nem sempre se traduzem na melhoria de

qualidade, pelo que também este aspecto necessita, em algumas situações, de ser mais

afinado; mais trabalho realizado pelo aluno tem que ser incentivado e tem que ser

traduzido nos resultados da avaliação.

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6. Conclusões

Em síntese, embora o processo de Bolonha não seja algo que possa ser avaliado de uma forma

simples, mensurável e objectiva num curto espaço de tempo, há que registar que,

globalmente, foram introduzidas melhorias no sistema, tendo o processo de adequação dos

cursos da ESTG decorrido com normalidade e com a participação efectiva dos docentes e

discentes.

ESTG, Dezembro de 2008