Escola Técnica de Enfermagem Jaraguá

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Escola Tcnica de Enfermagem Jaragu Aluna: Larissa Frare Matria: Emergncia

Jaragu do Sul - maio de 2012.

Choque hipovolmico O que : O choque hipovolmico ocorre devido diminuio do volume de sangue, plasma ou de eletrlitos; Ou seja, corao incapaz de fornecer sangue suficiente para o corpo devido perda de sangue e falta de nutrientes aos orgos nobres, causando um distrbio circulatrio ou volume sangneo inadequado.

Causas: Pode ter vrias causas; A causa mais freqente so as hemorragias abundantes, especialmente aps eventos de trauma fsico; A desidratao que ocorre com privao de gua ou em perodos de grande calor, especialmente em idosos e crianas, que no bebem suficiente gua para compensar as perdas no suor; Na seqncia de vmitos ou diarria repetidas com perda de muita gua e eletrlitos, como em algumas doenas, das quais a clera a mais grave. Aps queimaduras graves, pois a pele que impede a evaporao excessiva de lquidos corporais destruda. leo a obstruo intestinal com seqestrao de gua para o lmen do intestino.

Sinais: Taquicardia; Palidez cutnea; Pulso irregular; Pele fria; Perda da conscincia

Fisiopatologia Durante o choque hipovolmico acontece uma seqncia de eventos, que comeam com a diminuio do volume intravascular, que resulta em um retorno venoso de sangue para o corao prejudicado e subseqente diminuio do enchimento ventricular que reduz a quantidade de sangue ejetada a partir do corao, que o volume sistlico e tambm a diminuio do debito cardaco, que por sua vez faz com que acontea uma diminuio da presso arterial e conseqentemente uma m perfuso tecidual, onde comeam a ocorrer grandes danos ao organismo. O organismo responde a uma hemorragia em grande quantidade ativando o sistema hematolgico, que por sua vez responde a uma perda sangunea severa, ativando uma cascata de coagulao, fazendo uma vasoconstrico nos vasos da hemorragia e ativando as plaquetas. O sistema cardiovascular, em resposta diminuio do volume sanguneos circulante e subseqente diminuio de oxignio circulante, vai estimular o Sistema Nervoso Central, liberando catecolaminas que provocam o aumento da

freqncia cardaca e vasoconstrio perifrica. O sistema renal, responde a hemorragia aumentando a secreo de renina, que por sua vez converte o agiotensinognio em agiotensina I que convertida em agiotensina II pelos pulmo e fgado, que promove a secreo de aldosterona que responsvel pela reabsoro de sdio e conservao de gua. J o sistema neuroendcrino aumenta o hormnio antidiurtico circulante, que o ADH, liberado pela hipfise , que faz com haja um aumento na reabsoro de gua e sal (NaCI). Todos esses sistemas agem na tentativa de conter a perda de liquido e reverter o processo de hipovolemia. Cuidados de Enfermagem Observar sinais e sintomas de debito cardaco diminudo; Monitorar sinais vitais rigorosamente; Monitorar o estado respiratrio em busca de sintomas falncia cardaca; Monitorar o equilbrio de lquidos ( ingesto, eliminao e peso dirios); Reconhecer as alteraes na presso arterial; Avaliar pulso perifricos ( cianose , temperatura ); Avaliar e anotar e reperfuso perifrica ; Avaliar a pele quando a temperatura, cor, tugor, edema e umidade; Monitorar a presena de dispnia, fadiga, taquipnia e anotar; Manter desobstrudo o acesso venoso; Obter e manter acesso venoso de grande calibre; Manter soluo intravenosa com eletrlitos a uma taxa constante quando adequado; Manter um registro minucioso e preciso da ingesto e eliminao de lquidos; Incentivar a deambulao; Monitorar, registrar e comunicar quaisquer sinais e sintomas de reteno de lquidos; Monitorar a perda de lquidos (Ex: sangramento, vmito, diarria, transpirao e taquipnia); Monitorar os nveis os nveis de hemoglobina e hematcrito; Administrar derivados do sangue conforme prescrito;

Monitorar a situao de hidratao do paciente (EX: mucosas , pele, cianose, secura , etc.); Monitorar, registrar e comunicar sinais e sintomas da hipotermia como: fadiga, confuso, apatia, coordenao prejudicada, tremor e mudana na cor da pele.

Choque Cardiognico

O que : incapacidade do miocrdio em realizar o dbito cardaco eficaz para proporcionar a demanda metablica do organismo, caracterizando uma situao de hipoperfuso tecidual. Causas: Infarto do miocrdio; Arritmias/distrbios da conduo; Leses valvares; miocardiopatias na fase terminal; Contuso miocrdica; Depresso miocrdica por sepse, ps cirurgia cardaca; Rejeio de transplante; Eletrocusso; Miocardites; Falncia de ventrculo esquerdo. Fisiopatologia A isquemia miocrdica leva a uma deficincia na contratilidade cardaca, causando um baixo dbito, o que resulta em hipotenso e baixa perfuso sistmica. muito comum a associao com o IAM, onde j se tem rea de necrose e a contratilidade est prejudicada. A hipoperfuso e o dbito prejudicados levam a hipxia e ao aparecimento de vrias substncias endgenas que debilitam ainda mais a funo cardaca, podendo levar a um aumento da rea de necrose e aparecimento de arritmias. A funo ventricular pode ser ainda mais prejudicada pelo desenvolvimento de mecanismos compensatrios que levam a um maior consumo de oxignio. Ou seja ,A

diminuio do fluxo coronariano acomete ainda mais a funo cardaca, no s contribuindo para a queda do dbito cardaco, mas tambm, agravando a leso isqumica e, conseqentemente, as necessidades metablicas do organismo. Instala-se ento, um ciclo vicioso grave, que leva perda progressiva de mais massa muscular miocrdica. Manifestaes clnicas: Presso arterial sistlica menor que 90 mmHg ou 30 mmHg abaixo do nvel normal do paciente em repouso; Taquicardia; Pele fria, plida e pegajosa; Taquipnia; Estase de jugular; Pulso filiforme; Crepitaes pulmonares; Volume urinrio inferior a 20ml/h; Enchimento capilar diminudo; Acidose metablica; Alteraes do estado de conscincia (agitao, sonolncia, confuso, coma); Presso capilar pulmonar superior a 18mmHg; Cianose.

Cuidados de Enfermagem

Posio do paciente no leito, que deve ser em decbito dorsal horizontal; Controle dos SSVV; Alvio da dor; Estabelecimento de vias para infuso venosa; Oxigenao; Reposio de volume (os expansores de volume mais comumente empregados so: sangue, plasma, albumina, soro fisiolgico, Soluo de Ringer com lactado);

Controle rigoroso da PVC e diurese para evitar sobrecarga hdrica.

Manifestaes Hemodinmica: Uso do cateter Swan-Ganz de extrema importncia para a orientao farmacolgica.

Tratamento Farmacolgico: Drogas vasoativas como, Dopamina, noradrenalina, dobutamina,Cardiotnicos: Cedilanide,Diurticos Lasix, Vasodilatadores. Assistncia Circulatria: utilizado quando as medidas medicamentosas no respondem. O objetivo desta assistncia mecnica circulao aumentar o fluxo coronariano e ao mesmo tempo reduzir o trabalho cardaco.

Choque anafiltico

O que : O choque anafiltico uma reao alrgica intensa que ocorre minutos aps a exposio a uma substncia causadora de alergia, chamada de alergeno. Fisiopatologia O choque anafiltico uma reao imediata resultante da dilatao sbita da microcirculao sangunea pela ao da histamina. Com a vasodilatao, h queda de presso arterial, deficincia de irrigao cerebral, perda da conscincia, coma e morte. Esta cadeia de eventos pode ser evitada pela aplicao de medicao de emergncia. Nas formas mais discretas do choque, o prprio organismo pode compensar a falncia circulatria. Sintomas do choque anafiltico: Sensao de mal estar, transpirao, palidez Tosse seca, falta de ar Sudorese abundante Coceira generalizada Nuseas, vmitos, dor abdominal Diminuio da Presso Perda dos sentidos Principais causas de reao anafiltica:

- Antibiticos: penicilina, estreptomicina e cefalosporinas. - Venenos: abelhas, vespas, marimbondos, formigas e cobras. - Ltex: derivado da borracha natural encontrado em luvas, camisinhas, etc - Anestsicos locais: procana, tetracana, benzocana e xilocana. - Vitaminas: B1 e B12. - Hormnios: insulina e ACTH. - Soros heterlogos: antitetnicos e antidiftricos. Reaes anafilticas menos intensas podem ser causadas por outras causas, como por exemplo alimentos (camaro). Estas reaes em geral no so graves, manifestando-se por mal estar, tonteira, urticria sbita, surgindo imediatamente aps uso destas substncias. Reao Anafilactide,tem os mesmos sintomas da reao anafiltica, mas o mecanismo no alrgico. Neste caso, a liberao da histamina ocorre por mecanismos no-imunolgicos. O exemplo mais caracterstico a reao aps uso de contrastes iodados.

Cuidados de enfermagem -reanimar se necessrio; -administrar oxignio; -iniciar monitorizao cardaca; -controlar hemorragia. Determinar o nvel de conscincia pois um indicador importante do choque porque reflete perfuso cerebral. As alteraes podem incluir: -confuso; -irritabilidade; -ansiedade; -agitao; -incapacidade de concentrao. -Verificar letargia crescente evoluindo para obnubilao(estado de apatia e torpor, apresentando turvao e lentido no pensamento) e coma, que indicam progresso do choque; -Monitorizar presso arterial; -Avaliar a qualidade do pulso e a alterao da freqncia; -Avaliar o debito urinrio; -Determinar a perfuso capilar; -Sede excessiva.

Intervenes gerais -Administrar O2; -Auxiliar na intubao se o paciente no conseguir manter uma via respiratria; -Hidratar; -Inserir SVD; -Registrar o debito urinrio; -Monitorizao de ECG; -Manter a monitorizao de enfermagem continua; -Manter a normotermia; - puncionar veia e colocar Soro Fisiolgico em perfuso rpida;

Os citos e os basfilo se ligando a imunoglobulina IgE ;para combater os antgenos, sendo uma forma de defesa do organismo provocando alterao na membrana celular. Resultados-os cuidados de enfermagem para prevenir o choque anafiltico: conscientizar o paciente do risco das reaes anafilticas e dos sinais precoces da anafilaxia; interrogar o paciente a cerca de alergias anteriores a medicaes; interrogar o paciente antes de administrar um soro estranho ou outros tipos de agentes antignicos, para determinar se ele j tomou esta medicao antes; interrogar os pacientes sobre reaes alrgicas anteriores a alimentos ou plen; evitar administrar medicaes a pacientes com febre de feno, asma, e outros distrbios alrgicos.