Escut Ismo

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    Escutismo

    Aqui tens o bsico sobre o escutismo, algumas curiosidades domundo escutista, e algum material relacionado com o escutismo.

    s um escuteiro se...

    Glossrio Escutista

    Fogo de Conselho

    O chifre de Kudu

    B.P.

    C.N.E.

    Saudaes

    Flor de Liz

    s provavelmente um escuteiro se...

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    ... Tens buracos nos bolsos das calas por andares sempre com o canivete ldentro.

    ... Tens sempre um balde de gua ao lado do fogo quando ests a cozinharem casa.

    ... Comeas espontaneamente a cantar umas canes esquisitas em pblico.

    ... s capaz de ficar uma hora a olhar para uma teia de aranha, e no darespelo tempo passar.

    ... Levas sempre contigo um rolo de papel higinico para onde quer que vs.

    ... Amarras o teu irmo mais novo com uns ns esquisitos, e ele no seconsegue libertar.

    noite, na cama, ficas a ler luz de uma lanterna.

    No s capaz de passar por um papel no cho sem o apanhar e deitar nocaixote.

    Andas sempre com um copo de metal preso ao cinto.

    Abres as cartas do correio com um canivete.

    Os vizinhos fingem no estar em casa quando te topam a percorrer a ruacom um monte de calendrios.

    Algum pede um voluntrio e descobres que j tens a mo no ar

    GLOSSRIO ESCUTISTA

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    A ABRIGO proteco feita com ramos ou toldos para passar a noite.ACANTONAMENTO actividade na qual se pernoita numa habitao.

    ADRIA espia que ia a bandeira no mastro.

    A.E.M. Associao de Escoteiros de Macau

    A.E.P. Associao dos Escoteiros de Portugal

    A.G.P. Associao das Guias de Portugal

    ALCATEIA seco dos lobitos

    ALERTA divisa dos escuteiros do CNE; grita-se para chamar a ateno de outro escuteiro

    ALVORADA fenmeno curioso e muito lento e que a primeira coisa a acontecer num dia de

    acampamento

    AQUEL Chefe dos lobitos

    ASPIRANTE jovem que ainda no fez a Promessa

    AVENTURA seco ou ramo da AGP, para a faixa etria entre os 10 e os 14 anos; actividadetpica da II seco

    AVEZINHA elemento da AGP com idade entre os 6 e os 10 anos

    AZIMUTE direco definida em graus a partir de um ponto, sendo de 0 para norte, 90 para

    este, 180 para sul, etc.)

    B B.A. boa aco diriaBADGE termo ingls para insgnia

    BAGUIR adjunto do Chefe dos lobitos

    BALU adjunto do Chefe dos lobitos

    BANDEIROLA o mesmo que totem de patrulha

    BANDO grupo de 4 a 8 lobitos

    BASE sede dos caminheiros

    BE PREPARED original em ingls de "alerta" ou "sempre pronto"

    BERET termo em ingls, que significa boina

    BIFURCADA vara do caminheiro; o mesmo que Tronca

    BIVACAR passar a noite no mato

    BIVAQUE acampamento apenas para passar a noite

    BOA-CAA termo usado entre escuteiros para desejar felicidades, bom trabalho ou boa

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    actividade.

    BORNAL saco de tiracolo para actividade, normalmente contende sisal, ou material decampismo.

    BOY SCOUT termo mais apropriado, em ingls, para traduzir "escuteiro"

    B.P. abreviatura por que conhecido Baden-Powell

    B.P. (um) chapu de escuteiro de abas largas

    B.S.A. abreviatura de Boy Scouts of America, a associao de escuteiros dos EUA

    BUREAU MUNDIAL secretariado mundial do escutismo, o qual serve de referncia e renetodas as associaes escutistas do mundo, presentemente na Suia

    CCABANA sede dos Exploradores

    CABEA material de campo que os escuteiros muitas vezes se esquecem de levar para osacampamentos

    CABEA-DE-LOBO condecorao atribuda a escuteiros do CNE que revelem assiduidade,bom comportamento e bom aproveitamento (fitas: amarela, verde, azul ou encarnada, conforme aseco a que pertena o escuteiro)

    CABIDE DE FARDA escuteiro vaidoso e pouco trabalhador

    CADERNO DE CAA pequeno livro ou caderno, feito pelo escuteiro, e onde ele aponta todas ascoisas de interesse; caderno com que o escuteiro "caa"

    C.A.F. Curso de Adjuntos de Formadores, destinado a dirigentes que participaro em cursos deformao de dirigentes (insgnia de madeira de 3 contas)

    C.A.P. Curso de Aprofundamento Pedaggico, destinado a chefes de unidade, e relativos a umaunidade especfica (insgnia de madeira de 2 contas)

    CAMINHEIROS escuteiros com mais de 17 anos

    CAMPO-ESCOLA campo com infraestruturais onde tradicionalmente se d instruo adirigentes ou guias, normalmente tambm usado como local de acampamento para escuteiros;em Portugal h vrios: Caparica (AEP), S.Jacinto (CNE), Fraio (CNE), etc.

    CANHOTA nome por que conhecido o aperto de mo escutista, feito com a mo esquerda.

    CANTIL recipiente fechado usado para transportar gua nas caminhadas

    CANTINA panelas, tachos e restante equipamento de culinria para os acampamentos

    CARAVELA seco ou ramo da AGP, para a faixa etria entre os 14 e os 18 anos

    CARICAS insgnias de especialidade

    CAVALEIRO DA PTRIA ltima etapa do sistema de progresso escutista; esta insgnia concedida ao escuteiro que, para alm de ter completado as provas todas da insgnia de Ouro ede ter conquistado vrias especialidades, demonstre qualidades extraordinrias como escuteiro,como pessoa e como cidado, e que os seus dirigentes o achem deveras merecedor de usar essa

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    risco a prpria vida ao tentar socorrer outras vidas (fitas: vermelha com risca amarela central aoalto)

    CURSO DE GUIAS - actividade s para guias onde lhes dada instruo mais avanada

    D DIRIGENTE - o mesmo que chefeDIVISO - grupo de escuteiros da mesma faixa etria; na AEP existem 4: Alcateia, Tribo Jnior,Tribo Snior e Cl

    D.M.F.- Depsito de Material e Fardamento, CNE

    E CLAIREUR - termo francs para "escuteiro"EMPREENDIMENTO - actividade tpica da IIISeco

    E.p.R. - abreviatura do livro "Escutismo para Rapazes"

    EQUIPA - grupo de 4 a 8 pioneiros ou caminheiros

    EQUIPA DE ANIMAO - equipa de dirigentes e/ou caminheiros que orientam e/ou chefiam umaseco, ou actividade

    ESCALPO - fitas com as cores da patrulha; trofu obtido pela patrulha e que pendurado nototem da patrulha;

    ESCOLA DE GUIAS - o mesmo que Curso de Guias

    ESCOTEIRO - o mesmo que escuteiro, mas usado noutras associaes, por exemplo AEP, AEMe UEB.

    ESCOTEIRO DA PTRIA - o mesmo que Cavaleiro da Ptria, na AEP

    ESCUTA - o mesmo que escuteiro

    ESPIA - corda utilizada para amarraes e ns

    ESCUTEIRO DE PAU E CORDA - escuteiro desalinhado e pouco sabedor

    ESCUTEIRO DE SALA - escuteiro aprumado e condecorado que s aparece em festas ecerimnias.

    ESPECIALIDADES - insgnias tipo competncias atribudas a caminheiros; antigamente, asinsgnias de competncia eram chamadas especialidades

    EXPLORADOR - escuteiro com idade entre os 10 e os 14 anos (CNE); traduo literal paraportugus da palavra inglesa "scout" que significa escuteiro (ou batedor);

    F FITINHAS - fitas usadas pelos guias e sub-guias no bolso esquerdoFLEXES - exerccio de meditao muito salutar destinado aos escuteiros que percam a cabeanuma formatura

    FLOR DE LIZ - emblema do escutismo; revista oficial do CNE

    FOGO DE CONSELHO - cerimnia volta de uma fogueira, noite, onde se apresentam

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    canes, teatro, jogos e onde se fazem reflexes.

    FORMATURA - maneira de os escuteiros estarem numa cerimnia qualquer, sob as ordens dealgum. As formaturas mais comuns so em coluna e em ferradura.

    FOSSA - buraco feito no solo para lixo ou para servir de latrina

    G GAMBOZINO - animal de caractersticas especiais, nocturno, e que muito difcil de caar.Normalmente caam-se nos acampamentos.GILCRAFT (SRIE) - srie de livros editada pelo Campo Escola de Gilwell Park (Londres)dedicados a dirigentes

    GILWELL PARK - primeiro campo escola para formao de chefes

    GIRL GUIDE - termo ingls para guia, do movimento das Guias;

    GRANDE UIVO - saudao dos lobitos ao Chefe

    GRITO DE PATRULHA saudao feita pelos escuteiros de uma patrulha; tambm serve paraestes comunicarem entre si noite no mato.

    GRITO DE ANIMAO - grito dado pelos escuteiros em sinal de agradecimento, aplauso oureprovao.

    GUIA o lder do bando, alcateia, patrulha, grupo ou equipa; rapariga pertencente AGP.

    GUIDISMO - movimento originrio do escutismo e que rene apenas raparigas

    H HIPOPTAMO - latrina do acampamentoHOMGRAFO - tcnica de sinalagem por meio de um cdigo (cdigo homgrfico) usandobandeirolas ou mos nuas, baseado em posies diferentes dos braos

    HORRIO DE CAMPO - programa com o horrio das actividades de um acampamento, e que feito de propsito para toda a gente se atrasar

    I IMPOSSVEL - aquilo que qualquer coisa nunca para um escuteiro;INDABA - encontro de dirigentes

    INSGNIA DE MADEIRA - cordo de couro com contas de madeira usada pelos dirigentes quetenham concludo um curso para dirigentes tipo CAP ou CAF,

    INSGNIA DE MRITO - insgnia que se atribui ao escuteiro que tire, pelo menos, umacompetncia de cada rea, e que s retirada da farda quando tire a primeira especialidade noCl.

    INSPECO - visita feita pela chefia de campo aos campos de patrulha para descobriresparguete, papel de rebuado e bocadinhos de salsicha no cho.

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    NHANHA - refeio tpica feita por escuteiros em campo

    NHECA - o mesmo que nhanha

    NINHO - patrulha de avezinhas

    N-DA-AMIZADE - n em esquadria que se d com as duas pontas do leno durante actividadescom muitos escuteiros

    N-DE-MRITO - condecorao atribuda a escuteiros do CNE que demonstrem fidelidade Lei,Princpios e Promessa, ser exemplo de atitudes em favor da comunidade, etc.(fitas: amarelo,verde, azul e vermelho)

    NOITE DE CAMPO - coisa que os escuteiros gostam de juntar, e que ganham por cada vez quedormem num acampamento; se ficarem acordados tambm ganham.

    NOVATO - o mesmo que aspirante, mais caracterizado pela sua falta de experincia

    NOVIO - escuteiro que passou de seco mas que ainda no renovou a sua Promessa na novaseco

    NMERO - nmero de Fogo de Conselho, que pode ser uma cano, um jogo, uma histria, umapea de teatro, etc.

    O OLH DCIMO! - recomendao feita a um escuteiro para lhe lembrar o 10 artigo da Lei doEscutaP PALAVRO - palavra, que pode ser pequenina, e que um escuteiro costuma dizer para pedir paralavar a loia ou fazer flexes

    PASSAGEM - mudana de seco

    PATA-TENRA - escuteiro novato, inexperiente, que em campo d mostras de no se saberdesenrascar nem de trabalhar em equipa

    PATCH - termo ingls para insgnia

    PENACHO - espcie de molho de penas usada pelos chefes no chapu BP

    PESCADINHAS - o mesmo que fitinhas

    PIONEIRISMO - arte de fazer ns e construes

    PIONEIROS - escuteiros com 14-16 anos

    PISTA - percurso marcado com sinais especiais (sinais de pista) ou com objectos, ou de qualqueroutra maneira.

    PRTICO - construo de campo por onde os escuteiros entram para o seu campo de patrulha.

    PROGRAMA - plano para uma actividade e muito sujeita a alteraes

    PROMESSA - cerimnia em que o jovem passa a ser escuteiro

    P.T. - abreviatura de pata-tenra

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    Q QUEN - escuteiro do CNE chamado por outro de outra associao

    R RAID - actividade em que se andam grandes distncias a p, normalmente de mais de 24hREGIONAL - acampamento com escuteiros da mesma regio

    ROVER - termo em ingls para caminheiro

    S SADA DE CAMPO - actividade fora da sede, com a durao mxima de um diaSAL - condimento que o escuteiro costuma esquecer de deitar na comida, ou cuja quantidadenunca acerta

    SCARF - termo ingls para leno

    SCOUT - termo em ingls que significa escuteiro; batedor; explorador;

    SCOUTING FOR BOYS - "escutismo para rapazes" em ingls;

    SECO - o mesmo que diviso

    SEMPRE ALERTA PARA SERVIR - lema dos dirigentes do CNE

    SEMPRE PRONTO - divisa dos escuteiros da AEP; um "sempre pronto" um escuteiro da AEP;grita-se para chamar a ateno de um escuteiro da AEP; revista oficial da AEP

    SEMPRE PRONTO PARA SERVIR - lema dos dirigentes da AEP ou AEM

    SENTIDO - posio que se deve tomar em sinal de respeito. feita com os calcanhares juntos,braos ao longo do corpo, e queixo ligeiramente levantado.

    SENTIDO DE HUMOR - aquilo que nunca falta a um escuteiro

    SERVIR - lema dos caminheiros

    SISAL - tipo de corda muito usada pelos escuteiros em construes

    S.JORGE - cavaleiro-santo patrono dos escuteiros em todo o mundo

    S.M.U. - Servio de Material e Uniformes, AEP

    T TONG QUAN - termo chins para escuteiroTOTEM - conjunto da vara, bandeirola e escalpos da patrulha, usada apenas pelo guia ou seusubstituto.

    TRALHA - lado da bandeira onde segura a adria

    TRS-FITAS - guia de grupo ou alcateia

    TRIBO - seco dos Exploradores ou Pioneiros, na AEP

    TRIBUNAL DE HONRA reunio dos Guias com a Equipa de Animao para julgar o acto dealgum escuteiro que tenha atentado Lei do Escuta; por norma, se o ru for um dos Guias,

    nenhum Sub-Guia poder participar nesse Tribunal de Honra;

    TRILHO - caminho de terra batida no meio do mato; pode ser largo para passar um carro, ou

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    estreito para s caber uma pessoa

    TRONCA - vara do caminheiro

    U

    UEB - Unio dos Escoteiros do Brasil

    UNIDADE - o mesmo que diviso e seco; no CNE h a Alcateia, Grupo Explorador, GrupoPioneiro e Cl

    V VEDAO - diviso normalmente feita com sisal e que delimita o campo de cada patrulha nosacampamentosVOLUNTRIO - (para lavar a loia ou fazer flexes) escuteiro que, depois de fazer uma asneira,se oferece prontamente para uma dessas tarefas.

    W

    X

    Y

    Z

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    FOGO DE CONSELHO

    O que um Fogo de ConselhoMensagem da Fogueira

    Organizao de um Fogo de ConselhoDisposio dos elementos no Fogo de Conselho

    A fogueiraTipos de Fogueiras

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    O que um fogo de conselho?O que um fogo de conselho?"Transio entre o dia e a noite; a passagem da actividade ao repouso"Lon Chanterelle"

    Reunio de amigos que viveram o mesmo dia, que se empenharam e participaram nasmesmas actividades;Actividade que procura encontrar o equilbrio entre a excitao de um dia cheio deempreendimentos e a necessidade que cada um tem de se recolher e fortalecer;Preparao do recolhimento e entrada em contracto com Deus (por parte de cada um e

    de todos) para aco de graas e pedir ajuda para o dia seguinte;Ocasio em que se faz reviso do dia por meio de representaes

    MENSAGEM DA FOGUEIRANo h nada mais belo que uma luz de uma chama no meio da noite que nos aquece,que nos ilumina e nos guia...Ela envolve-nos de tal forma que quando est bem viva consegue fazer-nos mais vivostambm... Mas quando a chama perde a sua fora, tambm um pouco da nossa fora sedissipa na imensido da noite... O fogo que h em ns torna-se mais fraco....Esta luz natural conhece-nos melhor que ns prprios pois est connosco desde o nossonascimento, nos nossas refeies, no atingir do nosso caminho, iluminando-nos na

    escurido... ela que nos abraa quando temos frio... a luz, e o fogo em si, so umsmbolo da nossa vida!Quem j teve o prazer de se contemplar observando o centro de uma chama e ter sidocomo que consumido pela alegria e tristeza que ela emana, sabe o quanto bomabstrair-mo-nos em algo melhor, ela que nos d fora de vontade depois de um diacansativo e que nos faz pensar nos erros que precisam de ser corrigidos...Ao olharmos para o fogo em si, veremos nele como que um mundo de sonhos, ondetudo perfeito... ele transmite-nos essa perfeio... ao olhar-mos melhor, repararemosna pessoa do outro lado da chama, essa pessoa no nada mais nada menos, que umnosso irmo, ele est a pensar exactamente o mesmo que ns... esta a perfeio, a amizade e plenitude que nos enche e que transposta na chama, nosguia e nos une, mostrando-nos que somos todos iguais e que juntos construiremos ummundo melhor... O mundo criado pela chama, sendo algo de perfeito, mostra-nos quecoisas que no nosso mundo sejam ms, l conseguem ser melhores... a mo do homem que as torna imperfeitas...Esta chama no precisa de ser vista para estar presente, pois est dentro de ns e estemundo que ela contm uma representao do mundo melhor que os homens podemcriar... basta quererem...Aos nos reunirmos com amigos e irmos mais novos ou mais velhos todos partilhamosos sentimentos com esta fora sobrenatural que o fogo, e todos nos deixaremos levarcom ele... no incio a entrada em que comeamos a senti-la e a vive-la... a meio o

    expoente mximo dos nossos sentimentos e da prpria vida.... Por fim a paz se deixatransparecer, e de todos os sentimentos at agora sentidos, um deles prevalece... o

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    cansao. este que por vezes no nos deixa captar a mensagem que a fogueira nosprocura transmitir...

    Organizao de um fogo de conselhoOrganizao de um fogo de conselhoEscolha do local do "fogoEscolha do local do "fogo-> Caractersticas

    De preferncia Plano;Em forma de anfiteatro;Amplo;Afastado de entradas ou outras fontes de rudosCho seco

    ->O local pode ser:

    Livre (planalto, terrao de uma casa velha; etc.)Rodeado (clareira, terrao de uma casa velha, etc.)Tapado (tendo como fundo uma barreira de arvores, uma sebe, muro, etc.)

    Preparao do Fogo de ConselhoPreparao do Fogo de Conselho

    ->Aquilo que se vai realizar

    Tipo de fogoGrupos participantes e tempo de actuao (O fogo de conselho tem uma duraolimitada, normalmente de 1h a 1h30)Levantamentos dos nmeros ( feito pelo animador do Fogo que na altura se informado tipo de nmeros que vai ser apresentado para estes serem organizados segundo o nde entrada)

    -> Preparao do programa

    Os nmeros podero ser organizados da seguinte forma:Nmeros dramticosNmeros cmicosCanes rpidasCanes LentasCnonesDiversos

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    Ritmo do fogoRitmo do fogo

    4-Climax do fogo deconselho. Tempo dedurao: 5 a 10 minutos

    3-Parte muito rpida com afogueira bem alimentadaTempo de durao: 15 a 25minutos

    5-Parte rpida moderada,alimenta-se pouco a fogueiraTempo de durao:15 a 25minutos

    2-Parte rpida e muito alegre.Tempo de durao:10 a 20minutos

    6-Parte lenta e suave. Tempode durao:15 a 25 minutos

    1-Acender do Fogo.Tempo de durao:7 a 15minutos

    7-Parte muito lenta.Fogueira em brasido. Tempode durao:7 a 15 minutos

    Comeo Final Diagrama do Desenvolvimento do fogo de Conselho

    A FOGUEIRA

    ABASTECIMENTO DA FOGUEIRA

    O "arsenal' de lenha preparado previamente antes do 'Fogo' comear;O 'arsenal' tem local prprio no espao do 'Fogo';O "arsenal' deve estar em local que no estorve o 'Fogo';O abastecimento feito pelos ajudantes do Animador;O abastecimento dever ser feito no intervalo dos nmeros para no perturbar as

    apresentaes;Os Tronco devero ser colocados em forma de pirmide;

    CUIDADOS E PREVENES

    O local tem de estar bem limpo e num raio de 3 a 4m em redor;O local escolhido deve ser uma clareira, bastante larga, de tal forma que as labaredas efagulhas subam;Rapidamente e se extingam. No ar sem chegar s rvores ou vegetao;

    No usar papeis e palha como mechas, porque se elevam no ar com facilidade edemoram tempo a apagar-se;Colocar junto do abastecimento da lenha, vrios batedores dois baldes com areia, uma

    p, uma enchada que serviro para apagar a fogueira no fim do fogo.

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    TIPOS DE FOGUEIRASTIPOS DE FOGUEIRAS

    PIRAMIDE

    Utilizao. Grandes Fogos de ConselhoCaractersticas. No necessita de grande manuteno fornece bastante luz e calorDescrio: A base um quadrado de 1 a 1,2m de lado, com troncos muito grossos, indoo dimetro diminuindo em altura at 1 a 1,2m do solo. O bloco central constitudo por,acendalha e lenha fina.

    Vista de lado

    Vista de cima

    POLINESIA

    Utilizao: Fogo de conselho comunitrios, em que os escutas se renem paraconversar, cantar.Caractersticas: Longa durao e manuteno simples, D pouca luz.Descrio: Abre-se um buraco quadrado de 40cm de largura e outros tantos de

    profundidade. Coloca-se no fundo uma Pedras para suporte dos troncos que sodispostos a toda a volta sobressaindo um pouco do buraco.

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    ESTRELA

    Utilizao: Fogos de Conselho de patrulha ou equipe.Caractersticas: Fogueira de grande durao, D pouco calor e luz.Descrio- Traam-se no cho 4 a 6 canais nos quais se colocam outros tantos troncos,

    esboroados rias pontas. No centro faz-se uma pequena fogueira em cone, que incendiaros troncos dispostos em estrela.

    CANADIANA

    Utilizao: Fogos de Conselho de patrulha ou equipeCaractersticas: Fogueira reflectora para aquecimento

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    O CHIFRE DE KUDU

    O kudu (Tregelaphus strepsiceros) uma espcie de antlope cujo

    habitat vai desde a frica do Sul Etipia. Um touro Kudu podechegar a uma altura de 1,5 metros e tem uma colorao que vaide um cinzento avermelhado at quase azul. As suascaractersticas de viso aguada, bom sentido de audio, olfactoapurado e grande velocidade fazem dele um animal difcil decapturar.

    Seguindo uma tradio que remonta h 90 anos, as patrulhas so chamadas areunir com o toque tradicional do chifre de kudu, durante os cursos da Insgniade Madeira.

    Pode parecer estranho que o chifre de um antlope africano, do tipo usadopelos Matabeles como clarim de guerra no sculo XIX, seja usado para chamarEscuteiros e Chefes por esse mundo fora. Mas foi precisamente com um toquedeste chifre que os primeiros Escuteiros foram acordados.

    Quando reuniu os primeiros escuteiros em Brownsea, Baden-Powell lembrou-se do chifre de kudu que tinha trazido dasguerras contra os Matabeles, e usou-o para dar um toque deaventura e divertimento ao acampamento.

    De facto, foi durante o acampamento experimental deBrownsea, em Poole Harbour, no vero de 1907, que Baden-Powell colocou ao servio do Escutismo, e pela primeira vez, ochifre de kudu.

    William Hillcourt, um dos grandes pioneiros do Escutismo,o mesmo que escreveu o resumo da histria de BP nofinal do Escutismo para Rapazes, descreve assim aprimeira alvorada em Brownsea:"O dia comeou s 6h da manh, quando BP acordou oacampamento com o som esquisito do longo chifre dekudu em espiral o clarim de guerra que tinha trazido dasua expedio floresta de Somabula durante aCampanha Matabele de 1896"

    John Thurman, grande nome do Escutismo britnico, conta como BP conheceuo chifre de kudu:"Como coronel em frica, em 1896, Baden-Powell comandou uma colunamilitar na Campanha Matabele. Foi num raid pelo rio Shangani abaixo que eleprimeiro ouviu o som do chifre de kudu. Ele andava confundido pela rapidezcom que os alarmes eram espalhados entre os Matabeles, at que um dia seapercebeu que eles usavam o chifre de kudu, o qual tinha uma grande

    potncia sonora. Era usado um cdigo. Assim que o inimigo era avistado, oalarme era tocado no kudu, para todos os lados, e assim transmitido por muitasmilhas em pouco tempo."

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    Depois da ilha de Brownsea, o chifre de kudu voltou para a casa de BP ondepermaneceu silenciosamente durante 12 anos, enquanto o movimento que eleanunciara se tornava moda e se espalhava pelo mundo fora.

    Ento, em 1919, Baden-Powell entregou o chifre ao Parque de

    Gilwell para ser usado nos primeiros cursos para treino deChefes.

    William Hillcourt comenta assim o incio do uso do chifre de kuduno Parque de Gilwell, na floresta de Epping, Inglaterra, a 8 deSetembro de 1919:

    "O primeiro acampamento para treino de chefes feito em Gilwell comeou a 8de Setembro. Seguiu o padro que BP tinha usado com os rapazes emBrownsea, 12 anos atrs. O sistema de patrulhas foi novamente posto provacom 19 participantes divididos em patrulhas e vivendo uma vida em patrulha. A

    instruo tomou a mesma forma que em Brownsea. Cada dia um assunto novoera introduzido e aplicado em demonstraes, prtica e jogos. O chifre de kududos Matabeles que tinha sido usado para chamar os rapazes em Brownsea foiusado para todos os sinais."

    Dez anos mais tarde, aos 72 anos de idade, Baden-Powelllevou consigo o chifre de kudu para a abertura do 3 JamboreeMundial, em Arrowe Park, Birkenhead, Inglaterra, a 28 de Julhode 1929. Foi constatado, pela experincia de Arrowe Park, quefazer soar o chifre de kudu um desafio. Os resultados, no

    entanto, foram to impressionantes quanto se poderia desejar,segundo as palavras de William Hillcourt:

    "O dia da abertura do 3 Jamboree Mundial comeou com uma forte chuvadaque aumentou com o passar do dia; mas, hora prevista... o tempo tornou-seameno. BP tinha trazido consigo para Arrowe Park o velho chifre de kududos dias da guerra com os Matabeles que tinha sido usado para acordar osacampados em Brownsea no primeiro acampamento de escuteiros do mundo epara abrir o primeiro curso para chefes no Parque de Gilwell. Levou-o aoslbios para dar um toque que haveria de ecoar pela extensa parada em frentedele, mas, com o excitamento, os lbios recusaram-se a fazer o que deviam. O

    som do chifre no passou de um fraco pff. No entanto, como que chamadospara a acco pelo chifre, a marcha comeou, com os contingentes a desfilarematrs de contingentes em frente da plateia, com as bandeiras de quase todosas naes civilizadas desfraldadas ao vento, com milhares de pessoas aaplaudirem cada nao entusiasticamente."

    Ainda hoje o chifre usado para reunir chefes em cursos deformao em todo o mundo. Para todos os que seguem aspegadas do fundador, um viver do Escutismo no seu melhor.

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    A VIDA DE BADEN-POWELLA VIDA DE BADEN-POWELL

    CAPITULO 1: A JUVENTUDE DE B.P.

    CAPITULO 2: A VIDA MILITAR

    CAPITULO 3: A OUTRA VIDA DE B.P.: OESCUTISMO

    CAPITULO 4: B.P. NA INTIMIDADE

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    A VIDA DE BADEN-POWELL

    CAPITULO 1:A JUVENTUDE DE B.P.

    Robert Stephenson Baden-Powell nasceu em Londres em22 de Fevereiro de 1857. Foi o quinto dos sete filhos do

    Rev. Professor Baden-Powell, que morreu em 1860.O filho mais velho, Warington, que tinha ento treze anos,entrou um ano mais tarde para o navio-escola Conway. Foicom ele que o nosso B.P. aprendeu a manobrar um barco,a acampar, a cozinhar e a obedecer s ordens comrapidez e elegncia.

    Em 1869 B.P. entrou para a Escola da Cartuxa, de onde se transferiu dois anosmais tarde para Godalming. A Cartuxa tinha uma pequena mata que estavavedada aos alunos. B.P. costumava ir para ai observar os animais, apanhar porvezes um coelho que cozinhava numa fogueira sem fumo (o fumo t-lo-iadenunciado aos seus mestres),... Desenvolveu, tambm ai, as suas habilidadesnas construes de abrigos e aprendeu a usar um pequeno machado.

    Era muito popular na Escola, embora no fosseum estudante que se pusesse em evidncia ouum grande atleta. Mesmo assim, tomava parteem inmeras actividades com toda a energia quetinha e era considervel. Tinha habilidade paradesenhar, para cantar canes cmicas e para

    representar, e em toda a sua longa vida usou emcheio todos estes talentos.

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    A VIDA DE BADEN-POWELL

    CAPITULO 2:A VIDA MILITAR

    Em 1876 fez exame de aptido Escola do Exrcito e f-lo tobem que imediatamente recebeu a patente de Alferes doRegimento de Hussardos N 13, ento colocado na ndia. Muitocedo se distinguiu, no s pelo zelo no cumprimento dos seusdeveres mas tambm nas habilidades fsicas e nacamaradagem, de tal modo que em 1883, com a idade de 26anos, era Capito e ajudante do Regimento. Era perito emexplorao e espionagem, tanto assim que foi uma autoridadereconhecida nestes assuntos. Como desportista notabilizou-sena montaria ao javali desporto arriscadssimo mas muito

    apreciado pela equitao e perspiccia que exige noseguimento das pistas. Muitas vezes vagueava pelas regiesmais silvestres observando os animais e aprendendo-lhes oscostumes.

    B.P. capito do 13 de

    Husardos

    O Regimento de Hussardos N 13 deixou a ndia em 1884. No regresso aviagem foi interrompida no Natal (territrio da frica do Sul) porque se receavaum conflito com os Boeres. Foi durante esta primeira visita quela regio queentrou em contacto com os zulus. Comeou ento a colher informaessecretas disfarado de jornalista.

    Na frica do Sul, comosecretrio militar, cerca de 1888

    Em 1887 foi de novo para frica como ajudante de campodo seu tio que era governador da provncia do Cabo. B.P.satisfez o seu primeiro desejo de servio activo numacampanha contra os zulus. Foi ento que ouviu o coro"Ingoniama", cantado por uma coluna de zulus em marcha.Os nativos deram-lhe o nome de "Mhala panzi", quesignifica o "homem que se deita para disparar", sinnimoque tinha cuidado ao apontar ou pensava antes de agir.

    Em seguida fez servio em Malta e simultaneamente foinomeado Oficial de Informao para o Mediterrneo. Isso

    deu-lhe mais aventuras como espio e ensinou-lhe aindamais de explorao.

    Em 1893 foi escolhido para uma misso especial em Ashanti. O Rei nativoestava a perturbar a ordem e foi enviada uma expedio para a manter. Istoobrigou a uma marcha de cerca de 150 milhas atravs de densos bosques eflorestas e a atravessar numerosos rios. Nesta expedio o trabalho de B.P.era a explorao e o pioneirismo; assim aprendeu a maneira prtica e til deconstruir pontes. Foi quando estava no Oeste Africano que ouviu o ditado:"Devagar devagarinho se apanha o macaquinho". Veio a ser o seu preferido.

    Usou-o muitas vezes quando os outros se precipitavam a fazer as coisas emvez de as fazerem tranquilamente e depois de as terem pensado bem.

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    Ps o chapu de "cow-boy" pela primeira vez em Ashanti, e os nativoschamaram-lhe, por isso, "Kantankye", ou "chapu grande". Terminada aexpedio foi promovido a Tenente-Coronel e pouco depois punha-se acaminho do que ele dizia ser "a melhor aventura da minha vida"... A guerra dosMatabeles.

    A terra dos Matabeles agora conhecidaagora por Zimbabwe (antiga Rodsia), entopouco explorada por ai haver poucos colonosbrancos. Os nativos tinham-se sublevado,massacrado alguns colonos brancos e fugidopara as montanhas. Ali havia lugares difceisde atingir, pois as suas grandes rochasofereciam muito e bons abrigos. B.P. foiencarregado da sua explorao. A sua tarefano era nada fcil pois tinha de descobrir o

    paradeiro do inimigo e, o que ainda era maisdifcil, atingir as suas fortalezas.

    Patrulhando as colinas Mapoto, durante a Guerrados Matabeles, cerca de 1896

    Perdeu muitas noites nas suas expedies mas era to bem sucedido quequase sempre guiava os soldados para o lugar ideal para o ataque. Desenhoumapas absolutamente correctos, de grande valor.

    Foi durante esta campanha que ficou conhecido como um grande explorador.Os Matabeles chamaram-lhe "Impiza", que dizer "O lobo que no dorme".Sabia que gritavam com dio o seu nome e o ameaavam com toda a espcie

    de torturas se lhes viesse a cair nas mos.Muitas das suas experincias de observao e deduo, bem como muitos dosepisdios que viveu foram para ele mais tarde aproveitados na educao dosjovens escutas.

    Pelos servios prestados na campanha contra os Matabeles, B.P. foipromovido a Coronel. A misso que em seguida lhe foi confiada foi o comandodo Regimento de Drages N 5, ento em servio na ndia. Foi com pena quedeixou o seu velho regimento, mas lanou-se no seu novo trabalho com todo oseu habitual entusiasmo e eficincia. Procurou que os seus soldados

    encontrassem felicidade mesmo nas dificuldades e procurou conquistar-lhesrapidamente a confiana.

    A sua realizao mais importante foi nos mtodos de treino. Porque o achavaimportante, procurou que a explorao se tornasse popular. Os homens eramdivididos em pequenas unidades de meia dzia a que depois no Escutismochamaramos de patrulhas sob o comando de um deles o Guia de Patrulha.Aqueles que melhor desempenhassem os seus deveres tinham direito a usarno uniforme uma insgnia especial a flor-de-lis, que na bssola indica o rumonorte.

    Em 1889 B.P. regressou a casa, mas logo se lanou noutro empreendimento.Trouxera consigo da ndia um manuscrito de um pequeno livro chamado "Aids

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    to Scouting" ("Auxiliar do Explorador"), que continha as palestras que fizera aossoldados, com muitos exemplos de observao e deduo.

    Noticia de 18 de Maio de 1900, acerca da libertaode Mafeking

    Ainda antes que o livro fosse publicado, j eleestava de novo a caminho da frica do Sul,

    onde se previa uma guerra com os Boeres. Asua misso era organizar uma frente militar,pronta para qualquer emergncia. Quando aguerra estalou estava ele em Mafeking comparte das suas foras. Quase ao mesmotempo o exrcito Boer de 9.000 homens pscerco pequena cidade. Longa foi a histriado famoso cerco.

    Contudo justo salientar que foi nele que o nome de B.P. saltou as fronteiras

    de todos os pases tornando-se conhecido em todo o mundo pois defendera acidade durante 217 dias das poderosas foras inimigas e foi graas suaalegria e sua desenvoltura (ao seu "desenrascamento") que a cidade no foitomada.

    Para os Escuteiros, Mafeking tem uma grande importncia. Durante o cerco, osrapazes de Mafeking foram organizados num corpo de mensageiros o qualtinha a funo de passar mensagens de soldado em soldado. B.P.impressionou-se pela maneira como eles levaram a cabo as suas misses. Viuque se lhes fossem confiadas quaisquer responsabilidades, eles se sairiambem em qualquer ocasio.

    Como reconhecimento do seu empreendimento em Mafeking, B.P. foipromovido a Major-General, o mais novo do Exrcito.Foi-lhe ento confiada a importante tarefa de organizar a Policia Montada dafrica do Sul (P.M.A.S.). Era um corpo de homens valentes fundado paraajudar a reconstruo da frica do Sul depois da guerra. Prestaram excelentesservios graas ao treino que B.P. lhes deu em disciplina e responsabilidade.Bem organizada, a P.M.A.S., B.P. voltou Inglaterra para outra importantetarefa- tinha sido nomeado Inspector-Geral-da-Cavalaria. De novo encetoumais esta misso com a dedicao e perspiccia habitual e muito trabalhoupara elevar o nvel da Arma de Cavalaria do seu pas.

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    A VIDA DE BADEN-POWELL

    CAPITULO 3:A OUTRA VIDA DE B.P.: O ESCUTISMO

    Outro facto, entretanto, lhe tinha chamado a ateno: vira que o seu pequenolivro "Aids to Scouts" tinha sido adoptado como compndio na educao dajuventude. O fundador da Brigada dos Rapazes "Sir" William Smith pediu-lheque adaptasse os mtodos de explorao formao dos jovens. B.P. estudouum plano e, em 1907, fez um Acampamento experimental na ilha de Brownsea(o primeiro acampamento escutista de todos os tempos - o Acampamento deBrownsea), com duas dezenas de rapazes de todas as classes. Esteacampamento foi to bem sucedido que resolveu escrever tudo o que tinhaensinado volta do Fogo de Conselho. Assim nasceu o "Escutismo paraRapazes", autntica "bblia" do Escutismo. Foi primeiro publicado em fascculos

    quinzenais nos primeiros meses de 1908. Os rapazes buscavam-no em toda aparte e rapidamente formaram patrulhas com os seus amigos.

    O nmero cresceu to depressa pelos fins de 1908 havia j cerca de 60.000escuteiros que B.P. teve que se esforar muito para conseguir uniformes,insgnias, cartes de alistamento, etc...Assim, a coroar o rduo esforo em levantar a voz do Escutismo bem alta, em1920 realiza-se em Londres o primeiro Jamboree Mundial que contou com apresena de cerca de 111.000 escuteiros de 36 naes diversas. Na ltimanoite todos aclamaram B.P. como "Chefe Escuteiro Mundial".

    A VIDA DE BADEN-POWELL

    CAPITULO 4:B.P. NA INTIMIDADE

    B.P. era uma figura magra, franzina, mas certamente se o visses te admirariaspelos olhos bastante expressivos.

    Era um homem simples no seu modo de viver. Dormia numa varanda quasetodo o ano, levantava-se muito cedo e praticava logo exerccios de ginstica.

    Poucos homens tero trabalhado como ele. Mantinha uma assduacorrespondncia mas nunca se esquecia dos seus velhos amigos quandoprocurava adquirir outros e foram muitos. A pesca era o seu desportofavorito. Ocupou-lhe muito tempo e deu-lhe oportunidade de admirar aNatureza, sobretudo a vida dos animais selvagens. Pintava quadros comaspectos da vida desses animais.

    Os ltimos anos da sua vida passou-os no Qunia, onde veio a falecer no dia 8de Janeiro de 1941, aps uma vida de inteira dedicao.

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    CORPO NACIONAL DE ESCUTAS (C.N.E.) ESCUTISMO EMPORTUGAL

    Foi em 1911, em Macau, que se deram os primeiros passos do escutismo emPortugal. Foram muitas as associaes que apareceram. Mas apenas duas

    conseguiram singrar: "Unio dos Adueiros de Portugal" (extinta em 1930) e"Associao dos Escoteiros de Portugal", que ainda existe e com boavitalidade. A ttulo de curiosidade a primeira reunio do primeiro grupo daA.E.P. foi no dia 9 de Abril de 1912.Existem hoje cerca de 60.000 a 70.000 escuteiros do C.N.E. em Portugal.

    PARA QUE SE FUNDOU O C.N.E.? PARA QU MAIS UMA ORGANIZAOESCUTISTA EM PORTUGAL?

    A Igreja, logo desde o aparecimento do Escutismo, viu nele um ptimo meiopara a educao dos jovens catlicos. E no demorou em lanar-lhe mo. EmPortugal as associaes escutistas eram aconfessionais, isto noprofessavam nenhuma religio.

    Trabalhava-se j para um Escutismo catlico portugus. Mas a ocasio aindano tinha surgido. At que...

    Em 1922 realizou-se em Roma o Congresso Eucarstico Internacional. Um doseventos de mais empolgante interesse foi o desfile, impecvel e imponente degravidade, compostura, vigor e alegria juvenil, de 20.000 escuteiros.

    A assistir estavam S. Ex. o Arcebispo Primaz de Braga, D.Manuel Vieira deMatos, acompanhado do seu Secretrio, Monsenhor Avelino Gonalves.

    Os escuteiros catlicos Italianos prestaram brilhantes servios no congresso ederam ao ambiente festivo de Roma um ar de graa e de mocidade

    O Senhor Arcebispo ficou to bem impressionado que imediatamenteperguntou ao seu secretrio: "No podemos t-los tambm l?"

    Aquele l vibrou desde essa hora e assim, a 27 de Maio de

    1923, aparece em Braga a primeira realizao escutistacatlica, que logo se desenvolveu, indo assim ao encontro daansiedade que toda a juventude portuguesa tinha de umaobra de assistncia e formao integral. Nasce finalmente ona altura denominado "Corpo de Scouts CatlicosPortugueses", que mais tarde v o seu nome alterado paraCorpo Nacional de Escutas.

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    sem ordens...todas estas personagens fazem parte da histria do Livro daSelva. Baquera e Bal so tambm alguns dos nomes dados a chefesadjuntos das Alcateias. Dentro da Alcateia, a/o Aquel conta aos seus lobitos ahistria de Mugli, relacionando os animais da Selva, atravs de jogos, danase representaes... As crianas aprendem a viver, brincando, fazendo

    jogos...Tambm elas fazem acampamentos, sendo os esforos das actividadesmenor que as outras divises.Tambm na Alcateia h vrias tradies: o Grande Uivo, os Crculos deConselho e de Parada.

    II Seco Exploradores:Denomina-seGrupo, a unidade formada por Patrulhas de Exploradorese pela equipa de animao. Esta seco vai dos 10 aos 14 anos. Estestm leno verde.

    O grupo Explorador est dividido por patrulhas, com cerca de 8elementos cada uma. Cada patrulha designada pelo nome de umanimal: o Totem de Patrulha. O Totem simboliza o animal que apatrulha escolheu para a sua vivncia: as virtudes prprias do animaltotem. As patrulhas tm tradies prprias traduzidas, entre outros, portotens e gritos prprios. A bandeirola da patrulha colocada na vara(basto do escuteiro) do guia. Dentro da patrulha h vrias funes:guia, sub-guia, tesoureiro, guarda-material, secretrio, cozinheiro,socorrista, animador e relaes pblicas.

    A mstica da II seco inspira-se na figura de S.Jorge, o padroeiro da seco.Era um grande militar, que defendeu a filha do Rei de ser comida pelo drago(lenda de S.Jorge). O explorador aprende a conhecer e a amar a natureza, aser auto-disciplinado e auto-suficiente, a adaptar-se ao meio ambiente em quevive e a respeit-lo, assim como a todas as outras pessoas.A vida de um explorador exclusivamente dedicada natureza: fazemacampamentos, jogos...

    III Seco Pioneiros

    Denomina-se Grupo, a Unidade formada por Equipas de Pioneiros e pelasua equipa de animao. Esta seco vai dos 14 aos 17 anos. Estes tmleno azul, a cor da descoberta. O grupo est dividido por equipas squais se do o nome de animais ou figuras clebres. Dentro das equipash cargos iguais aos dos exploradores. Vivem na base do Pioneirismo.

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    IV Seco CaminheirosD-se o nome de Cl Unidade formada por equipas de Caminheiros epela sua equipa de animao. Esta seco vai dos 17 aos 22 anos.Estes tm leno vermelho. Esto divididos por equipas, que tm o nomede figuras clebres. Transportam a vara bifurcada (a chamada tronca).

    Os jovens do Cl vo em busca da maturidade plena. O Cl serve comoespao de partilha, reflexo, informao, comparao, avaliao,entreajuda, resumindo a smola da vida comunitria. Quando esto nacasa dos 22 anos os caminheiros fazem o CIP (curso para chefes),estando ento aptos para se tornarem dirigentes.

    O C.N.E tem como objectivos formar o Homem-Novo. Aquele que,inconformado e humildemente, procura a perfeio como resposta aos desafiosda Igreja, da Sociedade e da Famlia, rumo felicidade.

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    ALGUMAS DATAS HISTRICAS DO C.N.E.:

    1923- (27 de Maio) fundao do CNE, em Braga, por D.Manuel V de Matos;

    1925- (Fevereiro) aparece o 1 nmero da revista Flor-de-Lis (rgo oficialdo C.N.E. ainda hoje existente);

    1926- (Agosto) 1 Acampamento Nacional em Aljubarrota (o chamadoAcanac);

    1927- 1 congresso de assistentes em Braga;

    1929- B.P visita Portugal pela 1 vez; o CNE reconhecido pelo BureauMundial;

    1932- Morre o fundador do CNE, D.Manuel Vieira de Matos;

    1934- B.P visita pela 2 vez Portugal;

    1942- So reformados os estatutos do CNE;

    1945- A Flor-de-lis comea a ser editada como revista;

    1953- Primeiras insgnias de Madeira portuguesas, tiradas em Gilwell Park;

    1954- Publica-se em Portugal o Escutismo para rapazes, com traduoportuguesa;

    1963- Inaugurao do campo escola de Fraio, Braga;

    1964- 1 Curso de Insgnia de Madeira no Campo Escola do Fraio, Braga;

    1966- 1 Encontro Nacional do C.N.E., em Ftima;

    1975- Primeiras eleies para os Orgos Nacionais do C.N.E.;

    1976- Abertura do C.N.E. co-educao;

    1977- Morre D. Jos de Lencastre, Chefe Nacional Honorrio;

    1983- O C.N.E declarado de Instituio de Utilidade Pblica (D.R II Srie,n177-3/8/83);

    1989- Inaugurao, em Lisboa, da actual Sede Nacional;

    1990- Seguro escuta obrigatrio para todos os filiados;

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    1995- Centenrio do nascimento de Mons. Avelino Gonalves e publicao daExortao Pastoral O escutismo, Escola de Educao, pela ConfernciaEpiscopal Portuguesa;

    1996- Congresso Valores e Misses;

    1997- Carta do Escutismo Catlico Portugus;

    1998- Jubileu das Bodas de Diamante do C.N.E.

    O ESCUTISMO DE LINGUA PORTUGUESA

    O C.N.E. tem vindo a apoiar, na ltima dcada, o ressurgimento do Escutismonos pases africanos de lngua oficial portuguesa. Um esforo humano efinanceiro de que se comeam a ver os resultados:

    Designao do movimento N aproximado de elementos*AEP - Associao de Escuteiros de Angola 5000

    UES Unio dos Escoteiros do Brasil 56916

    AECV Associao de Escuteiros de Cabo Verde 2000

    CNE Escutismo Catlico da Guin-bissau 184

    LEMO Liga dos Escuteiros de Moambique 9212

    CNE Corpo Nacional de Escutas 60363

    ESTP Escuteiros de So Tom e Prncipe 421

    AEP Associao de Escoteiros de Portugal 15000

    TOTAL 149096

    *- Os dados apresentados referem-se a 1995/96

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    A saudao e o cumprimentoescutista

    Baden-Powell quis que os escuteiros tivessem uma saudao e um cumprimento prprios. Foibusc-los aos costumes que tinha observado entre os povos habitantes das regies por ondepassou.

    Histria Significado A saudao dos Lobitos Ocasies para se fazer a saudao Ocasies para se fazer a saudao Tipos de saudao

    Histria

    Em 1893, B.-P. foi enviado numa expedio colnia britncia daCosta do Ouro (frica Ocidental), para pacificar os Ashantis, fazercumprir o tratado de 1874 e pr termo ao contrabando de escravos.

    Quando da queda do Kamussi, um dos Chefes veio ao encontro deB.-P. e estendeu-lhe a mo esquerda. B.-P. estendeu-lhe a modireita, mas o Chefe disse-lhe: "No, no meu pas, ao mais bravoentre os bravos cumprimenta-se com a mo esquerda".

    B.-P. reparou que, enquanto o chefe lhe estendia a mo esquerda, levantava a direita aberta,por cima da cabea, o que significava que era um amigo leal, pois a mo utilizada normalmentepara segurar a arma estava vazia.

    A mo esquerda tambm era a mo que segurava no escudo e quando um guerreirocumprimentava com a mo esquerda tinha que afastar o escudo, ficando,portanto, desprotegido. Este tambm era um sinal de confiana e de lealdadepara com a pessoa que se estava a cumprimentar.

    O aperto de mo com a mo esquerda demonstra algo ainda mais nobre, odesejo dos homens acreditarem uns nos outros!

    Os escuteiros cumprimentam-se apertando a mo esquerda, entrelaando osdedos mindinhos.

    O sinal escutista faz-se levantando a mo direita, de palma para a frente, como polegar apoiado na unha do dedo mindinho e os outros dedos apontadospara cima.

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    Significado

    Os trs dedos lembram ao escuteiro os trs artigos da promessa. O dedopolegar sobre o dedo mindinho interpretado como a afirmao de que osescuteiros esto conscientes de que o mais forte protege o mais fraco.

    O cumprimento feito com a mo esquerda para deixar a mo direita livre parafazer a saudao e porque a mo do lado do corao, que o smbolo daamizade. O dedos mindinhos entrelaados permitem um aperto de mo maisforte, sinal de maior unio, e simbolizam um abrao trocado entre escuteiros,como sinal de profunda amizade.

    A saudao dos Lobitos

    Os Lobitos tm uma forma especial de se saudarem. A saudao dos Lobitos como est na gravura:

    A saudao dos Lobitos pretende representar as orelhas de um lobo quando estcom ateno, e os dois artigos da Lei do Lobito. A posio do polegar sobre oanelar e o mindinho tem o mesmo significado que na saudao do resto dosescuteiros.

    Ocasies para se fazer a saudao

    Os escuteiros devem sempre fazer a saudao em sinal de respeito, quando se hasteia aBandeira Nacional, a entidades oficiais, sempre que se entoe o Hino Nacional ou do CNE.

    Os escuteiros devem-se saudar uns aos outros com o cumprimento escutista. Sendo o primeiroescuteiro a ver o outro, o que sada, independentemente da categoria, cargo ou posio.

    Tipos de saudao

    Se um escuteiro estiver fardado e com boina ou chapu, a saudao feita elevando a modireita de modo a que a extremidade do dedo indicador toque a testa, um pouco acima dasobrancelha. Esta saudao chama-se a saudao boina.

    Quando um escuteiro est fardado e transporta a vara, a saudao no executada com amo direita; mas sim levando rapidamente o brao esquerdo posio horizontal, tocando comos dedos a formar o sinal escutista, na vara. A este tipo de saudao d-se o nome desaudao vara.

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    A FLOR-DE-LIS NO ESCUTISMO

    A descrio da Flor-de-Lis num postal antigo

    A descrio da Flor-de-Lis segundo o Bureau

    Mundial

    Outras Interpretaes

    Uma planta chamada Flor-de-Lis

    A FLOR-DE-LIS NO ESCUTISMOSEGUNDO UM POSTAL ANTIGO

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    Neste postal antigo Ingls podemos veruma descrio simples da Flor-de-Lis.

    As 3 ptalas correspondem a:

    Good Turns Boas Aces Duty to God Dever para com

    Deus Scout Law Lei do Escuteiro

    As 2 estrelas de 5 pontas correspondemaos 10 artigos da Lei do Escuteiro.

    Os 10 artigos da Lei do Escuteiro nas 2 estrelas, de acordo com o postal:

    1. Honourable honrado2. Loyal leal3. Helpful til4. Friendly amigo

    5. Courteous corts

    6. Kind amvel7. Obedient obediente8. Cheerful alegre9. Thrifty econmico

    10. Clean puro

    A FLOR-DE-LIS NO ESCUTISMO

    SEGUNDO O BUREAU MUNDIAL

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    No respeitante a cores, a insgnia do Bureau Mundial tem duascores:

    Branco: representa pureza

    Roxo: representa liderana e servio

    Nota: a organizao de que faz parte o Bureau Mundial a OMME(Organizao Mundial do Movimento Escutista), que em ingls WOSM (WorldOrganization of the Scout Movement)

    A FLOR-DE-LIS NO ESCUTISMOOUTRAS INTERPRETAES

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    A Flor-de-Lis existe realmente.

    uma planta bonita e muito sensvel, que sereproduz por bolbos.

    Esta flor na imagem foi fotografada nascomemoraes dos 75 anos do CNE, emBarcelos, em 1998. Foi trazida pelo ChefeHenrique Barroqueiro desde o Centro deFormao Ambiental de S. Jacinto, e esteveexposta no stand da Regio de Aveiro.

    Para a maior parte dos presentes e visitantes,foi certamente a primeira vez que viram estabonita planta e a sua flor que a ns, escuteiros,tanto nos diz.