8
MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 2016 Professora do UniNorte, a psicóloga Alessandra Pereira diz que é preciso “gostar de gente” para trabalhar na área. Página 3 O estudo DIEGO JANATÃ

Especial Guia Profissões 2016 - 1º de maio de 2016

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Especial Guia Profissões 2016 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

Citation preview

Page 1: Especial Guia Profissões 2016 - 1º de maio de 2016

MANAUS, DOMINGO,1º DE MAIO DE 2016

Professora do UniNorte, a psicóloga Alessandra Pereira diz que é preciso “gostar de gente” para trabalhar na área. Página 3

O estudo

DIE

GO

JAN

ATÃ

01 - GUIA DE PROFISSÕES.indd Personalizado V 29/04/2016 23:44:42

Page 2: Especial Guia Profissões 2016 - 1º de maio de 2016

4e5

EditorialChegamos ao quinto e último exemplar

do ‘Guia Profissões 2016’. E chegamos com a sensação de missão cumprida. Ao longo desses últimos domingos, conseguimos detalhar de maneira simples e, ao mesmo tempo, aprofundada como funcionam os cursos mais procurados do momento e como está o mercado de trabalho para cada área.

Porém - e ele sempre existe -, nesta última edição, trazemos três profissões que possuem um sentimento em comum: o amor. Psicologia, serviço social e vete-rinária necessitam de uma dose maior de entrega profissional e, claro, emocional.

Por último, mas não menos importante, gostaria de agradecer cada leitor e leitora por nos acompanhar e nos dar o feedba-ck que precisávamos. Espero que vocês tenham conseguido minimizar dúvidas e escolher o melhor caminho a seguir para um futuro de sucesso.

Agradeço também a cada profissional que encontrou um tempinho na sua agenda para contribuir com este projeto pionei-ro no Estado. Espero que possamos nos encontrar em breve. Até!

Bruno MazieriEditor do Guia Profissões 2016

Até breve!

ExpedienteEDIÇÃO/REPORTAGEMBruno Mazieri

FOTOGRAFIASDiego Janatã e Ione Moreno

DIAGRAMAÇÃOMário Henrique

REVISÃODernando Monteiro

TRATAMENTO DE IMAGENSKleuton Silva

Disposição para abrir a menteA amazonense Alessandra Pereira conta um pouco do seu

cotidiano atuando como psicóloga 3

Humanidade no olharSegundo a assistente social Lylian Barroso, o curso de serviço

social busca garantir a cidadania dos seres humanos 6

Investimento em treinamentoCurso teve como fi nalidade ampliar o desempenho em vendas,

com técnicas e ferramentas que potencializam os profi ssionais7

Para a especialista Renata Pascareli, a área de veterinária está em pleno crescimento e a todo vapor na capital do Estado

Amor aos animais

Que a crise econômica refl e-te diretamente no poder de compra dos brasileiros, isso não é nenhuma novidade. De

acordo com dados do Instituto Brasi-leiro de Geografi a e Estatística (IBGE), só no comércio varejista, as vendas caíram 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Isso é fruto direto da alta taxa de desemprego que já atinge mais de nove milhões de brasileiros, segundo dados também do IBGE. E, com isso, o consumidor está mais propenso a pen-sar cuidadosamente antes de realizar qualquer compra, seja no setor imo-biliário, de varejo ou automobilístico. Nesse momento, o bom desempenho do profi ssional responsável pela venda do produto é fundamental para que a compra seja feita.

A forma de abordagem, a imagem pessoal e a motivação do vendedor, são

fundamentais no processo de vendas. São necessárias, além de boa comunicação e conhecimento do que está sendo vendido, técnicas de vendas infalíveis. Um profi ssional despreparado é garantia de insucesso no fechamento de vendas, algo que refl ete negativa-mente no lucro das empresas.

O profi ssional de coaching tem a fun-ção fundamental de despertar o poten-cial interno de outras pessoas utilizando recursos que combinam estratégias e metodologia de efi cácia.

Como alternativa de saída para este problema que os empreendimentos vêm passando, Eliana Pinheiro, master coa-ching e partner da Sociedade Brasileira Coaching (SBC) e sua equipe, minis-traram no mês de março, treinamento “Torne-se um Campeão de Vendas”, cuja fi nalidade era ampliar o desempenho em vendas, com técnicas e ferramentas

que potencializam os profi ssionais e equipes comerciais.

“Orientar para garantir aumento dos resultados. Esses são alguns dos pontos fortes da capacitação que é destinada a pessoas diretamente envolvidas com vendas. Técnicas usadas em empresas de sucesso também são empregadas no curso. O coaching é a solução atual mais indicada para alavancar resulta-dos”, revela Eliana.

O diretor de negócios da Bacellar Seguros e executivo de vendas da Asso-ciação Brasileira de Recursos Humanos – Amazonas (ABRH-AM), Elizaudo Leitão, conta que sempre está atento às novas plataformas de treinamento e aperfei-çoamento para aumentar resultados.

“O curso é fantástico e amplia os ho-rizontes. Apesar da experiência de anos que tenho no ramo de vendas, sempre

procuro fa-zer uma reciclagem, pois o merca-do está em constante mudança. Vale a pena investir no curso de vendas da SBC porque é uma nova ferramenta e que já dá resultados a partir do momento que se inicia”, ressaltou.

A SBCoaching atua em Manaus e está presente no Brasil há mais de 17 anos. A empresa é a única a possuir um centro especializado em pesquisa e desenvol-vimento, cujo objetivo é fundamentar e trazer comprovações científi cas úteis para a aplicação do processo no país.

A empresa está localizada no The Offi ce, avenida Mário Ypiranga Monteiro, 315 - Adrianópolis. Informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] e no site www.sbcempresas.com.br.

Empresas investem “Torne-se um Campeão de Vendas” teve como fi nalidade ampliar o desempenho e potencializam os profi ssionais e equipes

A SBCoa-ching atua

em Manaus e está no mer-cado há mais

de 17 anos

DIV

ULG

AÇÃO

MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 20162 7

02 - GUIA DE PROFISSÕES.indd Personalizado V 29/04/2016 23:53:54

Page 3: Especial Guia Profissões 2016 - 1º de maio de 2016

MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 20166 3

Lylian Barro-so acredita

em um futuro melhor para a profi ssão

Segundo a assistente social Lylian Barroso, o curso de serviço social busca garantir a cidadania dos seres humanos

Durante um curso pós-técnico com ênfase na área ambiental, realiza-do no Instituto Federal do Amazo-nas (Ifam), Lylian Barroso pode ter

contato direto com moradores próximos aos igarapés de Manaus. Juntamente com isso, surgiu o interesse em questões so-ciais, o que a fez cursar serviço social.

Formada desde 2009 e atuando em uma empresa terceirizada para Secre-taria de Estado de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus (SRMM), a assistente social afi rma que muitos pos-suem uma visão equivocada do curso. “As pessoas acham que vamos fazer apenas caridades, mas não é isso. O assistente social existe para garantir os direitos e deveres dos seres humanos”, revela.

Para quem deseja cursar serviço social, Lylian afi rma que é preciso ter humanidade para exercer a sua profi ssão. “É preciso olhar o próximo com sensibilidade. Muitas vezes surgem fortes críticas contra pesso-as marginalizadas, mas existe uma história por trás disso. Elas não vivem dessa forma porque querem, é porque elas são obriga-das. Não é apenas criticar, é preciso ter um olhar humano e interesse em ciências políticas que envolvam o assunto”, conta.

Ousadia é uma das palavras de ordem para entrar no mercado de trabalho, se-gundo a especialista. “Além disso, é preciso de foco para saber com qual público pre-tendemos lidar. Não é qualquer pessoa que possui feeling para trabalhar com crianças exploradas ou idosos maltratados, por exemplo. Por isso que digo que ousadia e amor ao próximo, claro, são essenciais”, comenta ela, afi rmando que o maior con-tratante, atualmente, é o poder público.

Apesar de poder atuar nos campos da educação, saúde, segurança pública e em projetos sociais, o mercado ainda é restrito. “Tive a sorte de ter pessoas que me deram a oportunidade de estágio no

Prosamim e fui contratada. Mas conheço colegas que até hoje não consegui-ram exercer a profi ssão. Penso que existe uma desvalorização dos profi ssionais”, desabafa.

Ela informa que tramita na Câmara Municipal de Manaus (CMM), um projeto de lei que obriga todas as esco-las a contarem com um assistente social. “Isso irá ajudar bastante os profi ssionais, pois conseguiram gerar emprego. Isso já é uma obrigatorieda-de nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos Cen-tros de Atenção Integral à Crian-ça (CAICs), por exemplo. Va-mos ver se surge algum avanço nesse sentido”.

A remune-ração pos-sui um piso pré-estabele-cido que é de R$ 4 mil, com 30 horas sema-nais, mas existem empresas privadas que pagam somente R$ 1.200. “Não é uma profi ssão na qual a pes-soa vai viver de forma tranquila fi nanceiramente, mas vislumbro um futuro melhor com leis aprovadas nas esferas da educação e segurança”, fi naliza.

no olhar‘É preciso

’A psicóloga Alessandra Pereira está formada desde 2006 e, atualmente, atua como professora no UniNorte

A frase que dá título a este texto é da psicóloga Alessandra Pe-reira e defi ne bem o seu ofício. Formada desde 2006 e atuando

como professora do Centro Universitá-rio do Norte (UniNorte), ela disse que sua opção pela profi ssão surgiu a partir de seu hábito pela leitura. “Além disso, na época, tinha muito interesse na vi-vência das pessoas. Até porque minha religião buscava um assistencialismo voluntário, realizando trabalhos de ca-ridade. Com isso veio o interesse pelos fenômenos humanos”, explica.

Além de fazer parte da docência na universidade, Alessandra atende crianças e adultos em seu consultó-rio particular. Segundo ela, entre os requisitos para cursar psicologia está a “disposição de abrir a mente para realidades distintas”. “É preciso gostar de gente, se você não gosta de gente, não gosta de parar ouvir o outro, não tem paciência, é melhor não entrar para o curso. É preciso disposição para abrir a mente e, principalmente, ter o desejo de se autoconhecer e mudar. Você não pode ser você mesmo o tempo todo”, comenta.

Ela justifica que o crescimento pela procura da área de psicologia se dá pelo cenário de instabilidade pelos quais o seres humanos estão passan-do. “Existem duas grandes esferas que são a religião e a academia, o que ela pode oferecer dentro deste curso. Esses dois fatos estão sendo fundamentais para esse aumento na procura”.

MercadoAssim como em boa parte dos cur-

sos, a psicóloga conta que o envol-vimento com o mercado de trabalho deve começar ainda na faculdade. “Os professores atuam como os primeiros mediadores para a carreira de cada um. Eles passam a observar a postura, se o universitário consegue vencer obstáculos, se ele se preocupa com um seminário, se é organizado... Aí, quando ele se forma, as oportunidades aparecem. Existe a indicação e ela surge mediante todas essas atitudes”.

Porém, caso ele tenha concluído o curso e vai para o mercado assim mesmo, é

preciso que se faça uma pós-graduação. “Na verdade, é preciso estudar sempre. Na psicologia o conhecimento é dinâmi-co, as teorias estão em constante mu-dança, sempre existem novas legislações. E ainda que ele não tenha experiência, é preciso buscar um caminho alternativo para ganhar espaço”, aconselha.

Entre as áreas de atuação dos psicó-logos estão: a parte organizacional de empresas e órgãos públicos, em escolas, clínicas e na área de assistência social, sendo chamados para participarem do conselho tutelar e afi ns. “Existem outras áreas como a psicologia do esporte, jurí-dica, questões de acidentes aéreos, mas essas ainda são pouco procuradas”, diz.

Sobre remuneração Alessandra alerta que existe uma demanda nacional e uma “briga” por um piso fi xo com jornada de 30 horas, mas que ainda não está nada con-solidado. “Geralmente o salário varia de R$ 1.500 a R$

4.500, para um iniciante. O conselho determina, por meio de uma tabela, os honorários para consultas particulares. Eles iniciam em R$ 80 e podem chegar até R$ 170, salve o engano. Mas alguns profi ssionais chegam a cobra R$ 350”.

Para o futuro, Alessandra vislumbra um grande desafi o. “Principalmente na formação de novos profi ssionais. Os cur-rículos estão cada vez mais apertados e é preciso colocar no mercado um pro-fi ssional competente, sendo preparado com o mínimo de conhecimento sobre a área, pois o resto ele vai aprenden-do no cotidiano, com as surpresas da profi ssão”, fi naliza.

DIE

GO

JAN

ATÃ

ION

E MO

RENO

Alessandra Pereira tam-

bém aten-de em seu

consultório particular

fenômenos humanos”, explica.Além de fazer parte da docência

na universidade, Alessandra atende crianças e adultos em seu consultó-rio particular. Segundo ela, entre os requisitos para cursar psicologia está a “disposição de abrir a mente para realidades distintas”. “É preciso gostar a “disposição de abrir a mente para realidades distintas”. “É preciso gostar a “disposição de abrir a mente para

de gente, se você não gosta de gente, não gosta de parar ouvir o outro, não tem paciência, é melhor não entrar para o curso. É preciso disposição para abrir tem paciência, é melhor não entrar para o curso. É preciso disposição para abrir tem paciência, é melhor não entrar para

a mente e, principalmente, ter o desejo de se autoconhecer e mudar. Você não pode ser você mesmo o tempo todo”, comenta.

sos, a psicóloga conta que o envol-vimento com o mercado de trabalho deve começar ainda na faculdade. “Os professores atuam como os primeiros mediadores para a carreira de cada um. Eles passam a observar a postura, se o universitário consegue vencer obstáculos, se ele se preocupa com um seminário, se é organizado... Aí, quando ele se forma, as oportunidades aparecem. Existe a indicação e ela surge mediante todas essas atitudes”.

Porém, caso ele tenha concluído o curso e vai para o mercado assim mesmo, é

conselho tutelar e afi ns. “Existem outras áreas como a psicologia do esporte, jurí-dica, questões de acidentes aéreos, mas essas ainda são pouco procuradas”, diz.

Sobre remuneração Alessandra alerta que existe uma demanda nacional e uma “briga” por um piso fi xo com jornada de 30 horas, mas que ainda não está nada con-solidado. “Geralmente o salário varia de R$ 1.500 a R$

a área, pois o resto ele vai aprenden-do no cotidiano, com as surpresas da profi ssão”, fi naliza.

DIE

GO

JAN

ATÃ

Alessandra Pereira tam-

bém aten-de em seu

consultório particular

03 - GUIA DE PROFISSÕES.indd Personalizado V 30/04/2016 00:03:40

Page 4: Especial Guia Profissões 2016 - 1º de maio de 2016

MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 20164 5

Amor aos

Para a especialista Renata Pascareli, a área de veterinária está em pleno crescimento e a

todo vapor na capital do Estado

Quando Renata Pascareli escolheu sua graduação, ela optou pela odontologia. Porém, após três períodos,

percebeu que essa não era sua vo-cação. E como era apaixonada por medicina e, claro, por animais, fez a transição para o curso de veteri-nária. “Com isso acabei ingressando na área e me identifi cando com a profi ssão”, comenta.

Formada desde 2013 e com pós-graduação em clínica e cirurgia de pequenos animais, a médica veterinária afi rma que é necessá-rio além do amor pelos animais, ter afi nidade com a medicina. “É muito comum quando o aluno passa a ter o contato com a parte de anatomia e fi siologia optar pela desistência, pois percebe que

não se identifi -ca com as duas

coisas”, explica.Atualmente tra-

balhando no Chiques & Cheirosos Boutique

e Estética Animal (Par-que Dez) e no Pet Mania

(Coroado), Renata aconselha que, ao longo da universidade, os futu-ros profi ssionais busquem estágios em clínicas ou em outras áreas ligadas a veterinária. “Muita gente desconhece que o médico veteriná-rio pode trabalhar na inspeção de alimentos em supermercados, com animais silvestres e na cavalaria, por exemplo. A partir disso, ele começa uma afi nidade com a área”, conta.

Outras opções de atuação são centros de recuperação de ani-

mais silvestres, na área privada e em hospitais 24 horas. “Isso sem

falar do ramo de pesquisas, que leva o profi ssional a ser um professor, de repente. Depende muito da identifi cação com cada uma dessas áreas”.

Segundo ela, o mercado em Manaus está bem melhor que em outras capitais do país. “Em outros estados a profi ssão está saturada. Aqui estamos em plena expansão, principalmente nos quesitos pet shops e clínicas médicas. Tenho conversado com

alguns proprietários de pets e eles quase não sofreram com a crise. A procura continua grande, pois os manauenses estão cada vez mais próximos dos animais”, diz.

Sobre remuneração, Renata con-ta que não existe um piso, mas os consultórios e clínicas pagam “um salário muito bom”. Quando o caso é de cirurgia, o valor é divi-

dido de forma igualitária, sendo 50% para a

empresa e 50% para o médico

veterinário.

“Uma consulta pode variar de R$ 60 a R$ 150. Em caso de cirurgias com anestesia inalatória, o valor varia de R$ 1 mil a R$ 2 mil e com anestesia injetável o valor vai de R$ 500 a R$ 1 mil”.

Para a posteridade, a médica veterinária visualiza um mercado mais promissor. “Seria melhor se a classe fosse mais unida, como é o caso da medicina humana. Mas só tende a crescer. Os profi s-sionais estão buscando cada vez mais especializações e saindo da clínica-geral”, fi naliza.

Renata Pascareli é formada em veterinária e possui pós em cirurgia de pequenos animais

DIV

ULG

AÇÃO

04 - GUIA DE PROFISSÕES.indd Personalizado V 29/04/2016 23:52:19

Page 5: Especial Guia Profissões 2016 - 1º de maio de 2016

MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 20164 5

Amor aos

Para a especialista Renata Pascareli, a área de veterinária está em pleno crescimento e a

todo vapor na capital do Estado

Quando Renata Pascareli escolheu sua graduação, ela optou pela odontologia. Porém, após três períodos,

percebeu que essa não era sua vo-cação. E como era apaixonada por medicina e, claro, por animais, fez a transição para o curso de veteri-nária. “Com isso acabei ingressando na área e me identifi cando com a profi ssão”, comenta.

Formada desde 2013 e com pós-graduação em clínica e cirurgia de pequenos animais, a médica veterinária afi rma que é necessá-rio além do amor pelos animais, ter afi nidade com a medicina. “É muito comum quando o aluno passa a ter o contato com a parte de anatomia e fi siologia optar pela desistência, pois percebe que

não se identifi -ca com as duas

coisas”, explica.Atualmente tra-

balhando no Chiques & Cheirosos Boutique

e Estética Animal (Par-que Dez) e no Pet Mania

(Coroado), Renata aconselha que, ao longo da universidade, os futu-ros profi ssionais busquem estágios em clínicas ou em outras áreas ligadas a veterinária. “Muita gente desconhece que o médico veteriná-rio pode trabalhar na inspeção de alimentos em supermercados, com animais silvestres e na cavalaria, por exemplo. A partir disso, ele começa uma afi nidade com a área”, conta.

Outras opções de atuação são centros de recuperação de ani-

mais silvestres, na área privada e em hospitais 24 horas. “Isso sem

falar do ramo de pesquisas, que leva o profi ssional a ser um professor, de repente. Depende muito da identifi cação com cada uma dessas áreas”.

Segundo ela, o mercado em Manaus está bem melhor que em outras capitais do país. “Em outros estados a profi ssão está saturada. Aqui estamos em plena expansão, principalmente nos quesitos pet shops e clínicas médicas. Tenho conversado com

alguns proprietários de pets e eles quase não sofreram com a crise. A procura continua grande, pois os manauenses estão cada vez mais próximos dos animais”, diz.

Sobre remuneração, Renata con-ta que não existe um piso, mas os consultórios e clínicas pagam “um salário muito bom”. Quando o caso é de cirurgia, o valor é divi-

dido de forma igualitária, sendo 50% para a

empresa e 50% para o médico

veterinário.

“Uma consulta pode variar de R$ 60 a R$ 150. Em caso de cirurgias com anestesia inalatória, o valor varia de R$ 1 mil a R$ 2 mil e com anestesia injetável o valor vai de R$ 500 a R$ 1 mil”.

Para a posteridade, a médica veterinária visualiza um mercado mais promissor. “Seria melhor se a classe fosse mais unida, como é o caso da medicina humana. Mas só tende a crescer. Os profi s-sionais estão buscando cada vez mais especializações e saindo da clínica-geral”, fi naliza.

Renata Pascareli é formada em veterinária e possui pós em cirurgia de pequenos animais

DIV

ULG

AÇÃO

04 - GUIA DE PROFISSÕES.indd Personalizado V 29/04/2016 23:52:19

Page 6: Especial Guia Profissões 2016 - 1º de maio de 2016

MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 20166 3

Lylian Barro-so acredita

em um futuro melhor para a profi ssão

Segundo a assistente social Lylian Barroso, o curso de serviço social busca garantir a cidadania dos seres humanos

Durante um curso pós-técnico com ênfase na área ambiental, realiza-do no Instituto Federal do Amazo-nas (Ifam), Lylian Barroso pode ter

contato direto com moradores próximos aos igarapés de Manaus. Juntamente com isso, surgiu o interesse em questões so-ciais, o que a fez cursar serviço social.

Formada desde 2009 e atuando em uma empresa terceirizada para Secre-taria de Estado de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus (SRMM), a assistente social afi rma que muitos pos-suem uma visão equivocada do curso. “As pessoas acham que vamos fazer apenas caridades, mas não é isso. O assistente social existe para garantir os direitos e deveres dos seres humanos”, revela.

Para quem deseja cursar serviço social, Lylian afi rma que é preciso ter humanidade para exercer a sua profi ssão. “É preciso olhar o próximo com sensibilidade. Muitas vezes surgem fortes críticas contra pesso-as marginalizadas, mas existe uma história por trás disso. Elas não vivem dessa forma porque querem, é porque elas são obriga-das. Não é apenas criticar, é preciso ter um olhar humano e interesse em ciências políticas que envolvam o assunto”, conta.

Ousadia é uma das palavras de ordem para entrar no mercado de trabalho, se-gundo a especialista. “Além disso, é preciso de foco para saber com qual público pre-tendemos lidar. Não é qualquer pessoa que possui feeling para trabalhar com crianças exploradas ou idosos maltratados, por exemplo. Por isso que digo que ousadia e amor ao próximo, claro, são essenciais”, comenta ela, afi rmando que o maior con-tratante, atualmente, é o poder público.

Apesar de poder atuar nos campos da educação, saúde, segurança pública e em projetos sociais, o mercado ainda é restrito. “Tive a sorte de ter pessoas que me deram a oportunidade de estágio no

Prosamim e fui contratada. Mas conheço colegas que até hoje não consegui-ram exercer a profi ssão. Penso que existe uma desvalorização dos profi ssionais”, desabafa.

Ela informa que tramita na Câmara Municipal de Manaus (CMM), um projeto de lei que obriga todas as esco-las a contarem com um assistente social. “Isso irá ajudar bastante os profi ssionais, pois conseguiram gerar emprego. Isso já é uma obrigatorieda-de nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos Cen-tros de Atenção Integral à Crian-ça (CAICs), por exemplo. Va-mos ver se surge algum avanço nesse sentido”.

A remune-ração pos-sui um piso pré-estabele-cido que é de R$ 4 mil, com 30 horas sema-nais, mas existem empresas privadas que pagam somente R$ 1.200. “Não é uma profi ssão na qual a pes-soa vai viver de forma tranquila fi nanceiramente, mas vislumbro um futuro melhor com leis aprovadas nas esferas da educação e segurança”, fi naliza.

no olhar‘É preciso

’A psicóloga Alessandra Pereira está formada desde 2006 e, atualmente, atua como professora no UniNorte

A frase que dá título a este texto é da psicóloga Alessandra Pe-reira e defi ne bem o seu ofício. Formada desde 2006 e atuando

como professora do Centro Universitá-rio do Norte (UniNorte), ela disse que sua opção pela profi ssão surgiu a partir de seu hábito pela leitura. “Além disso, na época, tinha muito interesse na vi-vência das pessoas. Até porque minha religião buscava um assistencialismo voluntário, realizando trabalhos de ca-ridade. Com isso veio o interesse pelos fenômenos humanos”, explica.

Além de fazer parte da docência na universidade, Alessandra atende crianças e adultos em seu consultó-rio particular. Segundo ela, entre os requisitos para cursar psicologia está a “disposição de abrir a mente para realidades distintas”. “É preciso gostar de gente, se você não gosta de gente, não gosta de parar ouvir o outro, não tem paciência, é melhor não entrar para o curso. É preciso disposição para abrir a mente e, principalmente, ter o desejo de se autoconhecer e mudar. Você não pode ser você mesmo o tempo todo”, comenta.

Ela justifica que o crescimento pela procura da área de psicologia se dá pelo cenário de instabilidade pelos quais o seres humanos estão passan-do. “Existem duas grandes esferas que são a religião e a academia, o que ela pode oferecer dentro deste curso. Esses dois fatos estão sendo fundamentais para esse aumento na procura”.

MercadoAssim como em boa parte dos cur-

sos, a psicóloga conta que o envol-vimento com o mercado de trabalho deve começar ainda na faculdade. “Os professores atuam como os primeiros mediadores para a carreira de cada um. Eles passam a observar a postura, se o universitário consegue vencer obstáculos, se ele se preocupa com um seminário, se é organizado... Aí, quando ele se forma, as oportunidades aparecem. Existe a indicação e ela surge mediante todas essas atitudes”.

Porém, caso ele tenha concluído o curso e vai para o mercado assim mesmo, é

preciso que se faça uma pós-graduação. “Na verdade, é preciso estudar sempre. Na psicologia o conhecimento é dinâmi-co, as teorias estão em constante mu-dança, sempre existem novas legislações. E ainda que ele não tenha experiência, é preciso buscar um caminho alternativo para ganhar espaço”, aconselha.

Entre as áreas de atuação dos psicó-logos estão: a parte organizacional de empresas e órgãos públicos, em escolas, clínicas e na área de assistência social, sendo chamados para participarem do conselho tutelar e afi ns. “Existem outras áreas como a psicologia do esporte, jurí-dica, questões de acidentes aéreos, mas essas ainda são pouco procuradas”, diz.

Sobre remuneração Alessandra alerta que existe uma demanda nacional e uma “briga” por um piso fi xo com jornada de 30 horas, mas que ainda não está nada con-solidado. “Geralmente o salário varia de R$ 1.500 a R$

4.500, para um iniciante. O conselho determina, por meio de uma tabela, os honorários para consultas particulares. Eles iniciam em R$ 80 e podem chegar até R$ 170, salve o engano. Mas alguns profi ssionais chegam a cobra R$ 350”.

Para o futuro, Alessandra vislumbra um grande desafi o. “Principalmente na formação de novos profi ssionais. Os cur-rículos estão cada vez mais apertados e é preciso colocar no mercado um pro-fi ssional competente, sendo preparado com o mínimo de conhecimento sobre a área, pois o resto ele vai aprenden-do no cotidiano, com as surpresas da profi ssão”, fi naliza.

DIE

GO

JAN

ATÃ

ION

E MO

RENO

Alessandra Pereira tam-

bém aten-de em seu

consultório particular

fenômenos humanos”, explica.Além de fazer parte da docência

na universidade, Alessandra atende crianças e adultos em seu consultó-rio particular. Segundo ela, entre os requisitos para cursar psicologia está a “disposição de abrir a mente para realidades distintas”. “É preciso gostar a “disposição de abrir a mente para realidades distintas”. “É preciso gostar a “disposição de abrir a mente para

de gente, se você não gosta de gente, não gosta de parar ouvir o outro, não tem paciência, é melhor não entrar para o curso. É preciso disposição para abrir tem paciência, é melhor não entrar para o curso. É preciso disposição para abrir tem paciência, é melhor não entrar para

a mente e, principalmente, ter o desejo de se autoconhecer e mudar. Você não pode ser você mesmo o tempo todo”, comenta.

sos, a psicóloga conta que o envol-vimento com o mercado de trabalho deve começar ainda na faculdade. “Os professores atuam como os primeiros mediadores para a carreira de cada um. Eles passam a observar a postura, se o universitário consegue vencer obstáculos, se ele se preocupa com um seminário, se é organizado... Aí, quando ele se forma, as oportunidades aparecem. Existe a indicação e ela surge mediante todas essas atitudes”.

Porém, caso ele tenha concluído o curso e vai para o mercado assim mesmo, é

conselho tutelar e afi ns. “Existem outras áreas como a psicologia do esporte, jurí-dica, questões de acidentes aéreos, mas essas ainda são pouco procuradas”, diz.

Sobre remuneração Alessandra alerta que existe uma demanda nacional e uma “briga” por um piso fi xo com jornada de 30 horas, mas que ainda não está nada con-solidado. “Geralmente o salário varia de R$ 1.500 a R$

a área, pois o resto ele vai aprenden-do no cotidiano, com as surpresas da profi ssão”, fi naliza.

DIE

GO

JAN

ATÃ

Alessandra Pereira tam-

bém aten-de em seu

consultório particular

03 - GUIA DE PROFISSÕES.indd Personalizado V 30/04/2016 00:03:40

Page 7: Especial Guia Profissões 2016 - 1º de maio de 2016

4e5

EditorialChegamos ao quinto e último exemplar

do ‘Guia Profissões 2016’. E chegamos com a sensação de missão cumprida. Ao longo desses últimos domingos, conseguimos detalhar de maneira simples e, ao mesmo tempo, aprofundada como funcionam os cursos mais procurados do momento e como está o mercado de trabalho para cada área.

Porém - e ele sempre existe -, nesta última edição, trazemos três profissões que possuem um sentimento em comum: o amor. Psicologia, serviço social e vete-rinária necessitam de uma dose maior de entrega profissional e, claro, emocional.

Por último, mas não menos importante, gostaria de agradecer cada leitor e leitora por nos acompanhar e nos dar o feedba-ck que precisávamos. Espero que vocês tenham conseguido minimizar dúvidas e escolher o melhor caminho a seguir para um futuro de sucesso.

Agradeço também a cada profissional que encontrou um tempinho na sua agenda para contribuir com este projeto pionei-ro no Estado. Espero que possamos nos encontrar em breve. Até!

Bruno MazieriEditor do Guia Profissões 2016

Até breve!

ExpedienteEDIÇÃO/REPORTAGEMBruno Mazieri

FOTOGRAFIASDiego Janatã e Ione Moreno

DIAGRAMAÇÃOMário Henrique

REVISÃODernando Monteiro

TRATAMENTO DE IMAGENSKleuton Silva

Disposição para abrir a menteA amazonense Alessandra Pereira conta um pouco do seu

cotidiano atuando como psicóloga 3

Humanidade no olharSegundo a assistente social Lylian Barroso, o curso de serviço

social busca garantir a cidadania dos seres humanos 6

Investimento em treinamentoCurso teve como fi nalidade ampliar o desempenho em vendas,

com técnicas e ferramentas que potencializam os profi ssionais7

Para a especialista Renata Pascareli, a área de veterinária está em pleno crescimento e a todo vapor na capital do Estado

Amor aos animais

Que a crise econômica refl e-te diretamente no poder de compra dos brasileiros, isso não é nenhuma novidade. De

acordo com dados do Instituto Brasi-leiro de Geografi a e Estatística (IBGE), só no comércio varejista, as vendas caíram 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Isso é fruto direto da alta taxa de desemprego que já atinge mais de nove milhões de brasileiros, segundo dados também do IBGE. E, com isso, o consumidor está mais propenso a pen-sar cuidadosamente antes de realizar qualquer compra, seja no setor imo-biliário, de varejo ou automobilístico. Nesse momento, o bom desempenho do profi ssional responsável pela venda do produto é fundamental para que a compra seja feita.

A forma de abordagem, a imagem pessoal e a motivação do vendedor, são

fundamentais no processo de vendas. São necessárias, além de boa comunicação e conhecimento do que está sendo vendido, técnicas de vendas infalíveis. Um profi ssional despreparado é garantia de insucesso no fechamento de vendas, algo que refl ete negativa-mente no lucro das empresas.

O profi ssional de coaching tem a fun-ção fundamental de despertar o poten-cial interno de outras pessoas utilizando recursos que combinam estratégias e metodologia de efi cácia.

Como alternativa de saída para este problema que os empreendimentos vêm passando, Eliana Pinheiro, master coa-ching e partner da Sociedade Brasileira Coaching (SBC) e sua equipe, minis-traram no mês de março, treinamento “Torne-se um Campeão de Vendas”, cuja fi nalidade era ampliar o desempenho em vendas, com técnicas e ferramentas

que potencializam os profi ssionais e equipes comerciais.

“Orientar para garantir aumento dos resultados. Esses são alguns dos pontos fortes da capacitação que é destinada a pessoas diretamente envolvidas com vendas. Técnicas usadas em empresas de sucesso também são empregadas no curso. O coaching é a solução atual mais indicada para alavancar resulta-dos”, revela Eliana.

O diretor de negócios da Bacellar Seguros e executivo de vendas da Asso-ciação Brasileira de Recursos Humanos – Amazonas (ABRH-AM), Elizaudo Leitão, conta que sempre está atento às novas plataformas de treinamento e aperfei-çoamento para aumentar resultados.

“O curso é fantástico e amplia os ho-rizontes. Apesar da experiência de anos que tenho no ramo de vendas, sempre

procuro fa-zer uma reciclagem, pois o merca-do está em constante mudança. Vale a pena investir no curso de vendas da SBC porque é uma nova ferramenta e que já dá resultados a partir do momento que se inicia”, ressaltou.

A SBCoaching atua em Manaus e está presente no Brasil há mais de 17 anos. A empresa é a única a possuir um centro especializado em pesquisa e desenvol-vimento, cujo objetivo é fundamentar e trazer comprovações científi cas úteis para a aplicação do processo no país.

A empresa está localizada no The Offi ce, avenida Mário Ypiranga Monteiro, 315 - Adrianópolis. Informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] e no site www.sbcempresas.com.br.

Empresas investem “Torne-se um Campeão de Vendas” teve como fi nalidade ampliar o desempenho e potencializam os profi ssionais e equipes

A SBCoa-ching atua

em Manaus e está no mer-cado há mais

de 17 anos

DIV

ULG

AÇÃO

MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MAIO DE 20162 7

02 - GUIA DE PROFISSÕES.indd Personalizado V 29/04/2016 23:53:54

Page 8: Especial Guia Profissões 2016 - 1º de maio de 2016

MANAUS, DOMINGO,1º DE MAIO DE 2016

Professora do UniNorte, a psicóloga Alessandra Pereira diz que é preciso “gostar de gente” para trabalhar na área. Página 3

O estudo

DIE

GO

JAN

ATÃ

01 - GUIA DE PROFISSÕES.indd Personalizado V 29/04/2016 23:44:42