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MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016 Para o médico amazonense Fabiano Chiba, um dos alicerces para quem deseja cursar medicina deve ser o amor pelo ser humano. Página 3 ao próximo DIVULGAÇÃO

Especial Guia Profissões 2016 - 24 de abril de 2016

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Especial Guia Profissões 2016 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO,24 DE ABRIL DE 2016

Para o médico amazonense Fabiano Chiba, um dos alicerces para quem deseja cursar medicina deve ser o amor pelo ser humano. Página 3

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Editorial

Como já vinhamos anunciando nos outros exemplares, fi nalmente chegou o dia da palestra que tinha como foco principal o empreendedorismo. O evento, realizado no auditório do UniNorte, contou com a pre-sença de importantes profi ssionais locais e que esclareceram dúvidas sobre o tema e, claro, abordaram um pouco do mercado de trabalho e também a crise ecônomica pela qual estamos passando. Todos os detalhes, você confere nas páginas 4 e 5.

Além disso, nesta edição, batemos um papo com o médico Fabiano Chiba, que mostra um pouco de todo o processo para quem deseja entrar para o tão concorrido curso de medicina. Ainda na área da saúde, a nutricionista Francineide Cruz nos brinda nos esclarece importantes dúvidas sobre sua área de atuação.

E não poderíamos esquecer do importan-te curso de pedagogia, responsáveis pela linda arte de ensinar. A nossa personagem já queria ser pedagoga quando criança. Uma linda história.

No mais, desejamos um domingo lindo, de paz e também muita leitura. Aproveite!

Bruno MazieriEditor do Guia Profi ssões 2016

A palavra de ordem é empreender

Expediente

Mercado

EDIÇÃO/REPORTAGEMBruno Mazieri

FOTOGRAFIASDiego Janatã, Ione Moreno e Marcio Melo

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira

REVISÃODernando Monteiro

TRATAMENTO DE IMAGENSKleuton Silva

Cuidado com o próximoO curso de medicina ainda é um dos mais concorridos do Es-

tado, mas para conseguir uma vaga é preciso muita dedicação 3

A divina arte de educarA pedagoga Leslye Moutinho conta um pouco sobre o curso e

a área de pedagogia no Amazonas 7

Uma noite para empreenderProfi ssionais renomandos participaram de evento criado para

debater o mercado de trabalho e o empreendedorismo4e5

Cuidado com a alimentaçãoO curso de nutrição, segundo Francineide Cruz, disponibiliza

um leque de oportunidades de atuação para os profi ssionais6

A divina arte de

Leslye Moutinho atua como coordenadora educacional de uma escola particular em Manaus e é concursada da Semed

A paixão de Leslye pela pedagogia surgiu ainda quando era criança

Quando criança, Leslye Moutinho tinha como costume dar aula para suas bonecas. Elas ti-

nham nome, família e sempre “iam para a escola”. Na ado-lescência, ela teve a nem tão difícil missão de escolher entre o ensino médico comum e o magistério. Não pensou duas vezes e escolheu a segunda opção. “Existem algumas pes-soas na minha família que trabalham na área, mas eu não tinha convivência”, lembra.

Formada em pedagogia, Les-lye atualmente é coordenadora educacional no Colégio Santa Dorotéia, além de ser concur-sada na Secretaria Municipal de Educação (Semed). “Acredi-to que o primeiro passo para pensar em cursar pedagogia, é ter compromisso. A pessoa precisa ser comprometida com o curso, pois são muitas de-mandas e áreas de atuação que exigem responsabilida-de. Lidamos com todo tipo de pessoas, crianças, adul-tos, adolescentes... É preciso pensar o que você quer e ter responsabilidade com o que vai ensinar. Além de ter paixão pela profi ssão”, destaca.

Para ela, o primeiro passo

para entrar no mercado de trabalho, é buscar contatos ainda na universidade e a par-ticipação em cursos adicionais dentro e fora da academia. “É importante ter esse network e estar envolvido com projetos pedagógicos. Depois disso, o currículo ganha força e recebe indicações dentro da própria faculdade para futuros tra-balhos”, comenta.

Outro ponto importante destacado pela pedagoga é a reciclagem. “É preciso que os profi ssionais se mantenham atualizados para que tenham mais chances de concorrer a uma vaga de emprego. Apesar da experiência, a questão idade conta bastante. Os professo-res precisam de energia para conseguir passar, de forma positiva, os conteúdos para alunos de diversas idades”.

Entre as áreas de atuação es-tão: o setor educacional (dentro de escolas), no RH empresarial e, até mesmo, de hospitais. “Nesse último caso, os peda-gogos fazem um acompanha-mento de pacientes internados com doenças graves e crônicas para que, quando retornarem às aulas, eles não estejam de-satualizados, defasados”, diz.

Segundo Leslye, as uni-versidades estão formando cerca de 500 novos profi s-sionais por semestre. Mas a qualidade de aprendizado e a experiência ainda são fatores predominantes na hora de contratar.

Atualmente, um pedago-go que trabalha em escolas particulares pode ganhar até R$ 6 mil (com uma pós-graduação ou mestra-do), mas seu contrato exi-

ge a exclusividade, tudo por conta

da demanda de alunos e da quant idade de trabalho. Já no caso das públicas, esse valor cai para R$ 2 mil, com 20 horas s e m a -nais.

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AÇÃO

Considerado um dos cursos mais concorridos para quem deseja prestar o vestibular focando na área de saúde,

o curso de medicina exige aptidão, abdicação e amor ao próximo. Esse tripé é descrito pelo médico Fabiano Chiba, que atualmente está na fase fi -nal de sua residência em ginecologia.

“Sempre quis ser médico, apesar de não ter ninguém da família liga-do à área. Acabei escolhendo essa profi ssão por aptidão. O curso exige antes de mais nada, amor ao próximo e, juntamente com isso, abdicação e sacrifício de várias coisas, além de noites em claro. Quem opta por medicina tem que ter em mente que muitos vínculos são cortados, jus-tamente pela dedicação que a área exige”, explica ele, acrescentando também o fato da difi culdade de aprovação no vestibular.

Ao todo, são 6 anos de estudo divi-dido em duas partes: a primeira, que dura 4 anos, é mais ligada à parte teórica da profi ssão. Já a segunda, que leva 2 anos, é quando o aluno começa a colocar em prática tudo aquilo que aprendeu. “É o momento em que vivenciamos o mundo da medicina”, conta.

Atendendo no Hospital Universitá-rio Getúlio Vargas (HUGV), ele alerta que atualmente a profi ssão está pas-

sando por uma transformação. “Na verdade, existem duas realidades: a de quando formei e a atual. No meu caso, conseguir um emprego à época era muito mais fácil. Todas as pessoas que formaram comigo con-seguiram uma oportunidade. Agora está tudo um pouco mais complicado. Como o repasse para as cooperativas está com problemas, muitos recém-formados acabam não tendo acesso ao mercado”, comenta.

Outro ponto importante desta-cado por Chiba é com relação a remuneração. “A nossa classe não possui um piso salarial como a maioria. Então tudo funciona por meio de plantão. Geralmente os valores variam entre R$ 800 e R$ 1 mil, no caso de um especialista. Já para um clínico, esse valor diminui e transita entre para R$ 600 e R$ 800. Já para médicos concursados, o salário é de até R$ 6 mil, traba-lhando 20 horas semanais”.

Ele acredita que a profi ssão “está um pouco mal vista”. “O governo nos coloca a culpa de todos os males existentes e acabamos sendo vistos de forma negativa. Acho que para o futuro deva ocorrer a valorização da relação entre paciente e médico para que esse cenário mude e as coisas possam ser tornar um pouco melhores”, fi naliza.

ao próximoUma das áreas mais procuradas do momento, a medicina exige abdicação e estudo em tempo integral

Fabiano Chiba está se especia-lizando em ginecologia

A nutricionista amazonense Francineide Cruz esclarece dúvidas para quem deseja optar pelo curso de nutrição

do bem

A busca por uma ali-mentação saudável tem ganhado cada vez mais destaque em todo o mundo. Mas para consumir os

alimentos de maneira correta, o acompanhamento de um nutricionista é indispensável. Formada há 5 anos,

Francineide Cruz conta que sua paixão pela área surgiu juntamente com a vontade de cuidar do ser humano.

“Na verdade, sempre gostei da área de saúde. Tinha vontade de cursar odontologia, mas passei a pesquisar tudo sobre alimentação, de como lidar com essa parte de cuidar do próximo, de tratar uma patologia por meio de alimentos, resolver transtornos metabólicos, e acabei optando pela nutrição”, explica.

Francineide conta que é a partir do terceiro período que a pessoa aprofunda os estudos na área. “Nos dois primei-ros períodos aprendemos o que qualquer profi ssional de saúde aprende, tudo sobre o corpo humano. Mas é no terceiro período que passamos a ter uma real relação com a nutrição. E é apaixonante, temos as matérias específi cas que são bem interessantes”, revela.

Trabalhando atualmente no ambulatório do Hospital Benefi cente Portuguesa, a nutricionista afi rma que a profi ssão disponibiliza um leque de opções para

atuação. “Todo profi ssional pode trabalhar com restaurantes, cozinhas industriais, na parte hos-

pitalar, clínica e esportiva”, ressalta ela, que está prestes a concluir uma pós-graduação

voltada para esportistas.

MercadoEla revela tam-

bém que durante a uni-versidade, os alunos possuem acesso

à parte teórica, a prática surge somente com os estágios, o que é importante inclusive para a entrada no mercado de trabalho. “Tive a sorte de ter contatos na Unimed, que foi meu primeiro emprego na área. Lá, atuei como plantonista na parte de mater-nidade, mas quem formou recentemente e não buscou um caminho ainda na faculdade pode encontrar uma certa difi culdade para começar a trabalhar”, comenta.

A nutricionista diz que, ao contrário de muitas amigas, não tem aptidão para atuar em restaurantes e cozinhas industriais. “Justamente por isso fui buscando o meu caminho, me aperfeiçoando e pretendo, em breve, ter o meu consultório. Inclusive essa pós é justamente para isso. O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) está exigindo que o nutricionista possua uma especialização para poder realizar os atendimentos”.

Apesar da grande quantidade de profi ssionais for-mados e com experiência, a demanda está reduzida. “A bem da verdade é que as empresas ainda não entenderam a importância do nutricionista. Somos esquecidos. Eles não entendem que, por meio da alimentação, é possível retardar e evitar doenças em um futuro próximo”, diz.

Além disso, ela alerta para a questão da remuneração. “Existe um piso salarial que varia de R$ 2 mil a R$ 4 mil, sendo 40 horas semanais. Já uma consulta par-ticular pode variar entre R$ 300 e R$ 400. O importante é estudar e sempre se manter atuali-

zado”, fi naliza.

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O auditório do Cen-tro Universitário do Norte (UniNorte) foi o local escolhido

para a realização de um en-contro que teve como foco principal o empreendedoris-mo. O evento, que aconteceu na última terça-feira, dia 20, contou com as presença de Olinda Marinho, coordenado-ra do Centro de Empreende-dorismo do UniNorte e dos empresários José Benchimol e Marx Alexandre, proprietários do Para Guardar e MB Consul-toria, respectivamente.

Para Olinda Marinho, a inicia-tiva é considerada fantástica, pois, por meio dela, é que a sociedade pode conseguir a empregabilidade. “As pessoas estão voltadas para a sua zona de conforto, fi carem paradas aguardando por ordens. O em-preendedorismo não espera, ele é proativo. Então, quando você desperta essa personalidade, o espírito empreendedor é muito melhor tanto para um funcio-nário, quanto para alguém que está entrando no mercado de trabalho”, disse.

Ela acredita, ainda, que tais iniciativas atraem a atenção dos universitários e da socie-dade em geral. “Em tempos de crise, temos que provocar esse tipo de ação. Todo mun-do fala que precisa trabalhar, mas, na verdade, elas precisam desabrochar, despertar aquela personalidade de empreende-dora e intraempreendedora. A crise faz com que as pessoas se mexam e o que está sendo feito é algo fantástico”.

José Benchimol, proprietário do empreendimento Para Guar-dar, que disponibiliza boxes de armazenamento dos mais di-versos materiais, acredita que o processo de empreendedoris-mo está realmente acontecen-do, mas possui uma ressalva. “Acho que existem várias ações dentro e fora de universidades e organizações promovendo o empreendedorismo dos jovens. Acho ainda, que essa é uma

atividade que deve ser promo-vida, mas ao mesmo tempo, os jovens devem se perguntar: “o empreendedorismo é para mim?”. Sendo isso, acredito que deve-se estudar com cautela e ir fundo na atividade”, explicou.

Além disso, ele ressaltou que a atividade é bastante relevan-te para os alunos. “Uma vez que as pessoas na academia possuem o contato com o que acontece fora dela e já passa-ram por experiências positivas e negativas, espero que elas possam evitar alguns erros”.

LacunasRespondendo pela MB Con-

sultoria, empresa que atua no mercado nacional há mais de 20 anos, Marx Alexandre falou do que o mercado quer com-prar atualmente. “Falamos sempre de informação. Mas precisamos saber quais as características que as empre-sas privadas e órgãos públi-cos estão querendo “comprar” nesses profi ssionais. Nós te-mos uma crise de emprego forte e, por outro lado, temos empresas abrindo e querendo contratar. Precisamos saber como podemos fechar essas lacunas”, declarou.

Gerente de marketing do Grupo Raman Neves de Co-

municação, Aline Nobre foi a responsável por dar as bo-as-vindas aos palestrantes e ao público em geral. Durante seu discurso, ela destacou a importância de um projeto arrojado como o “Guia Profi s-sões 2016” e a necessidade de manter um diálogo com os estudantes e a sociedade interessada em empreender.

“Este é o primeiro evento deste projeto, que em um mo-mento de crise econômica pela qual estamos passando, se faz presente para toda a comu-nidade acadêmica e também para todos os profi ssionais que já atuam no mercado de trabalho. Nos sentimos hon-rados em estar em uma casa tão querida como o UniNorte, e que forma tantos bons profi s-sionais. Gostaria de agradecer a parceria tanto com o cen-tro universitário quanto com o Salmo 91. Acreditamos que essa ação se tornará perene no nosso calendário e nos tor-namos acessíveis para quem nos procurar”, fi nalizou.

José Benchimol é pro-prietário do empreen-dimento Para Guardar

Marx Alexandre é pro-prietário da MB Con-sultoria, empresa que até mais de 20 anos

Aline Nobre é gerente de marke-ting do Gru-po Raman Neves

Olinha Marinho é coordenadora do Centro de Em-preendedorismo do UniNorte

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Evento realizado pelo Grupo Raman Neves de Comunicação, em parceria com o UniNorte e a loja Salmo 91, contou com a presença de três especialistas na área

Uma noite sobre

Evento realizado pelo Grupo Raman Neves de Comunicação, em parceria

atividade que deve ser promo-vida, mas ao mesmo tempo,

Uma noite sobreUma noite sobre

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O auditório do Cen-tro Universitário do Norte (UniNorte) foi o local escolhido

para a realização de um en-contro que teve como foco principal o empreendedoris-mo. O evento, que aconteceu na última terça-feira, dia 20, contou com as presença de Olinda Marinho, coordenado-ra do Centro de Empreende-dorismo do UniNorte e dos empresários José Benchimol e Marx Alexandre, proprietários do Para Guardar e MB Consul-toria, respectivamente.

Para Olinda Marinho, a inicia-tiva é considerada fantástica, pois, por meio dela, é que a sociedade pode conseguir a empregabilidade. “As pessoas estão voltadas para a sua zona de conforto, fi carem paradas aguardando por ordens. O em-preendedorismo não espera, ele é proativo. Então, quando você desperta essa personalidade, o espírito empreendedor é muito melhor tanto para um funcio-nário, quanto para alguém que está entrando no mercado de trabalho”, disse.

Ela acredita, ainda, que tais iniciativas atraem a atenção dos universitários e da socie-dade em geral. “Em tempos de crise, temos que provocar esse tipo de ação. Todo mun-do fala que precisa trabalhar, mas, na verdade, elas precisam desabrochar, despertar aquela personalidade de empreende-dora e intraempreendedora. A crise faz com que as pessoas se mexam e o que está sendo feito é algo fantástico”.

José Benchimol, proprietário do empreendimento Para Guar-dar, que disponibiliza boxes de armazenamento dos mais di-versos materiais, acredita que o processo de empreendedoris-mo está realmente acontecen-do, mas possui uma ressalva. “Acho que existem várias ações dentro e fora de universidades e organizações promovendo o empreendedorismo dos jovens. Acho ainda, que essa é uma

atividade que deve ser promo-vida, mas ao mesmo tempo, os jovens devem se perguntar: “o empreendedorismo é para mim?”. Sendo isso, acredito que deve-se estudar com cautela e ir fundo na atividade”, explicou.

Além disso, ele ressaltou que a atividade é bastante relevan-te para os alunos. “Uma vez que as pessoas na academia possuem o contato com o que acontece fora dela e já passa-ram por experiências positivas e negativas, espero que elas possam evitar alguns erros”.

LacunasRespondendo pela MB Con-

sultoria, empresa que atua no mercado nacional há mais de 20 anos, Marx Alexandre falou do que o mercado quer com-prar atualmente. “Falamos sempre de informação. Mas precisamos saber quais as características que as empre-sas privadas e órgãos públi-cos estão querendo “comprar” nesses profi ssionais. Nós te-mos uma crise de emprego forte e, por outro lado, temos empresas abrindo e querendo contratar. Precisamos saber como podemos fechar essas lacunas”, declarou.

Gerente de marketing do Grupo Raman Neves de Co-

municação, Aline Nobre foi a responsável por dar as bo-as-vindas aos palestrantes e ao público em geral. Durante seu discurso, ela destacou a importância de um projeto arrojado como o “Guia Profi s-sões 2016” e a necessidade de manter um diálogo com os estudantes e a sociedade interessada em empreender.

“Este é o primeiro evento deste projeto, que em um mo-mento de crise econômica pela qual estamos passando, se faz presente para toda a comu-nidade acadêmica e também para todos os profi ssionais que já atuam no mercado de trabalho. Nos sentimos hon-rados em estar em uma casa tão querida como o UniNorte, e que forma tantos bons profi s-sionais. Gostaria de agradecer a parceria tanto com o cen-tro universitário quanto com o Salmo 91. Acreditamos que essa ação se tornará perene no nosso calendário e nos tor-namos acessíveis para quem nos procurar”, fi nalizou.

José Benchimol é pro-prietário do empreen-dimento Para Guardar

Marx Alexandre é pro-prietário da MB Con-sultoria, empresa que até mais de 20 anos

Aline Nobre é gerente de marke-ting do Gru-po Raman Neves

Olinha Marinho é coordenadora do Centro de Em-preendedorismo do UniNorte

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Evento realizado pelo Grupo Raman Neves de Comunicação, em parceria com o UniNorte e a loja Salmo 91, contou com a presença de três especialistas na área

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Evento realizado pelo Grupo Raman Neves de Comunicação, em parceria

atividade que deve ser promo-vida, mas ao mesmo tempo,

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Considerado um dos cursos mais concorridos para quem deseja prestar o vestibular focando na área de saúde,

o curso de medicina exige aptidão, abdicação e amor ao próximo. Esse tripé é descrito pelo médico Fabiano Chiba, que atualmente está na fase fi -nal de sua residência em ginecologia.

“Sempre quis ser médico, apesar de não ter ninguém da família liga-do à área. Acabei escolhendo essa profi ssão por aptidão. O curso exige antes de mais nada, amor ao próximo e, juntamente com isso, abdicação e sacrifício de várias coisas, além de noites em claro. Quem opta por medicina tem que ter em mente que muitos vínculos são cortados, jus-tamente pela dedicação que a área exige”, explica ele, acrescentando também o fato da difi culdade de aprovação no vestibular.

Ao todo, são 6 anos de estudo divi-dido em duas partes: a primeira, que dura 4 anos, é mais ligada à parte teórica da profi ssão. Já a segunda, que leva 2 anos, é quando o aluno começa a colocar em prática tudo aquilo que aprendeu. “É o momento em que vivenciamos o mundo da medicina”, conta.

Atendendo no Hospital Universitá-rio Getúlio Vargas (HUGV), ele alerta que atualmente a profi ssão está pas-

sando por uma transformação. “Na verdade, existem duas realidades: a de quando formei e a atual. No meu caso, conseguir um emprego à época era muito mais fácil. Todas as pessoas que formaram comigo con-seguiram uma oportunidade. Agora está tudo um pouco mais complicado. Como o repasse para as cooperativas está com problemas, muitos recém-formados acabam não tendo acesso ao mercado”, comenta.

Outro ponto importante desta-cado por Chiba é com relação a remuneração. “A nossa classe não possui um piso salarial como a maioria. Então tudo funciona por meio de plantão. Geralmente os valores variam entre R$ 800 e R$ 1 mil, no caso de um especialista. Já para um clínico, esse valor diminui e transita entre para R$ 600 e R$ 800. Já para médicos concursados, o salário é de até R$ 6 mil, traba-lhando 20 horas semanais”.

Ele acredita que a profi ssão “está um pouco mal vista”. “O governo nos coloca a culpa de todos os males existentes e acabamos sendo vistos de forma negativa. Acho que para o futuro deva ocorrer a valorização da relação entre paciente e médico para que esse cenário mude e as coisas possam ser tornar um pouco melhores”, fi naliza.

ao próximoUma das áreas mais procuradas do momento, a medicina exige abdicação e estudo em tempo integral

Fabiano Chiba está se especia-lizando em ginecologia

A nutricionista amazonense Francineide Cruz esclarece dúvidas para quem deseja optar pelo curso de nutrição

do bem

A busca por uma ali-mentação saudável tem ganhado cada vez mais destaque em todo o mundo. Mas para consumir os

alimentos de maneira correta, o acompanhamento de um nutricionista é indispensável. Formada há 5 anos,

Francineide Cruz conta que sua paixão pela área surgiu juntamente com a vontade de cuidar do ser humano.

“Na verdade, sempre gostei da área de saúde. Tinha vontade de cursar odontologia, mas passei a pesquisar tudo sobre alimentação, de como lidar com essa parte de cuidar do próximo, de tratar uma patologia por meio de alimentos, resolver transtornos metabólicos, e acabei optando pela nutrição”, explica.

Francineide conta que é a partir do terceiro período que a pessoa aprofunda os estudos na área. “Nos dois primei-ros períodos aprendemos o que qualquer profi ssional de saúde aprende, tudo sobre o corpo humano. Mas é no terceiro período que passamos a ter uma real relação com a nutrição. E é apaixonante, temos as matérias específi cas que são bem interessantes”, revela.

Trabalhando atualmente no ambulatório do Hospital Benefi cente Portuguesa, a nutricionista afi rma que a profi ssão disponibiliza um leque de opções para

atuação. “Todo profi ssional pode trabalhar com restaurantes, cozinhas industriais, na parte hos-

pitalar, clínica e esportiva”, ressalta ela, que está prestes a concluir uma pós-graduação

voltada para esportistas.

MercadoEla revela tam-

bém que durante a uni-versidade, os alunos possuem acesso

à parte teórica, a prática surge somente com os estágios, o que é importante inclusive para a entrada no mercado de trabalho. “Tive a sorte de ter contatos na Unimed, que foi meu primeiro emprego na área. Lá, atuei como plantonista na parte de mater-nidade, mas quem formou recentemente e não buscou um caminho ainda na faculdade pode encontrar uma certa difi culdade para começar a trabalhar”, comenta.

A nutricionista diz que, ao contrário de muitas amigas, não tem aptidão para atuar em restaurantes e cozinhas industriais. “Justamente por isso fui buscando o meu caminho, me aperfeiçoando e pretendo, em breve, ter o meu consultório. Inclusive essa pós é justamente para isso. O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) está exigindo que o nutricionista possua uma especialização para poder realizar os atendimentos”.

Apesar da grande quantidade de profi ssionais for-mados e com experiência, a demanda está reduzida. “A bem da verdade é que as empresas ainda não entenderam a importância do nutricionista. Somos esquecidos. Eles não entendem que, por meio da alimentação, é possível retardar e evitar doenças em um futuro próximo”, diz.

Além disso, ela alerta para a questão da remuneração. “Existe um piso salarial que varia de R$ 2 mil a R$ 4 mil, sendo 40 horas semanais. Já uma consulta par-ticular pode variar entre R$ 300 e R$ 400. O importante é estudar e sempre se manter atuali-

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Como já vinhamos anunciando nos outros exemplares, fi nalmente chegou o dia da palestra que tinha como foco principal o empreendedorismo. O evento, realizado no auditório do UniNorte, contou com a pre-sença de importantes profi ssionais locais e que esclareceram dúvidas sobre o tema e, claro, abordaram um pouco do mercado de trabalho e também a crise ecônomica pela qual estamos passando. Todos os detalhes, você confere nas páginas 4 e 5.

Além disso, nesta edição, batemos um papo com o médico Fabiano Chiba, que mostra um pouco de todo o processo para quem deseja entrar para o tão concorrido curso de medicina. Ainda na área da saúde, a nutricionista Francineide Cruz nos brinda nos esclarece importantes dúvidas sobre sua área de atuação.

E não poderíamos esquecer do importan-te curso de pedagogia, responsáveis pela linda arte de ensinar. A nossa personagem já queria ser pedagoga quando criança. Uma linda história.

No mais, desejamos um domingo lindo, de paz e também muita leitura. Aproveite!

Bruno MazieriEditor do Guia Profi ssões 2016

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Mercado

EDIÇÃO/REPORTAGEMBruno Mazieri

FOTOGRAFIASDiego Janatã, Ione Moreno e Marcio Melo

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TRATAMENTO DE IMAGENSKleuton Silva

Cuidado com o próximoO curso de medicina ainda é um dos mais concorridos do Es-

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A divina arte de educarA pedagoga Leslye Moutinho conta um pouco sobre o curso e

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Cuidado com a alimentaçãoO curso de nutrição, segundo Francineide Cruz, disponibiliza

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Leslye Moutinho atua como coordenadora educacional de uma escola particular em Manaus e é concursada da Semed

A paixão de Leslye pela pedagogia surgiu ainda quando era criança

Quando criança, Leslye Moutinho tinha como costume dar aula para suas bonecas. Elas ti-

nham nome, família e sempre “iam para a escola”. Na ado-lescência, ela teve a nem tão difícil missão de escolher entre o ensino médico comum e o magistério. Não pensou duas vezes e escolheu a segunda opção. “Existem algumas pes-soas na minha família que trabalham na área, mas eu não tinha convivência”, lembra.

Formada em pedagogia, Les-lye atualmente é coordenadora educacional no Colégio Santa Dorotéia, além de ser concur-sada na Secretaria Municipal de Educação (Semed). “Acredi-to que o primeiro passo para pensar em cursar pedagogia, é ter compromisso. A pessoa precisa ser comprometida com o curso, pois são muitas de-mandas e áreas de atuação que exigem responsabilida-de. Lidamos com todo tipo de pessoas, crianças, adul-tos, adolescentes... É preciso pensar o que você quer e ter responsabilidade com o que vai ensinar. Além de ter paixão pela profi ssão”, destaca.

Para ela, o primeiro passo

para entrar no mercado de trabalho, é buscar contatos ainda na universidade e a par-ticipação em cursos adicionais dentro e fora da academia. “É importante ter esse network e estar envolvido com projetos pedagógicos. Depois disso, o currículo ganha força e recebe indicações dentro da própria faculdade para futuros tra-balhos”, comenta.

Outro ponto importante destacado pela pedagoga é a reciclagem. “É preciso que os profi ssionais se mantenham atualizados para que tenham mais chances de concorrer a uma vaga de emprego. Apesar da experiência, a questão idade conta bastante. Os professo-res precisam de energia para conseguir passar, de forma positiva, os conteúdos para alunos de diversas idades”.

Entre as áreas de atuação es-tão: o setor educacional (dentro de escolas), no RH empresarial e, até mesmo, de hospitais. “Nesse último caso, os peda-gogos fazem um acompanha-mento de pacientes internados com doenças graves e crônicas para que, quando retornarem às aulas, eles não estejam de-satualizados, defasados”, diz.

Segundo Leslye, as uni-versidades estão formando cerca de 500 novos profi s-sionais por semestre. Mas a qualidade de aprendizado e a experiência ainda são fatores predominantes na hora de contratar.

Atualmente, um pedago-go que trabalha em escolas particulares pode ganhar até R$ 6 mil (com uma pós-graduação ou mestra-do), mas seu contrato exi-

ge a exclusividade, tudo por conta

da demanda de alunos e da quant idade de trabalho. Já no caso das públicas, esse valor cai para R$ 2 mil, com 20 horas s e m a -nais.

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