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MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 2016 O arquiteto Leonardo Lacerda afirma que, mesmo com a crise nacional, o mercado da arquitetura continua aquecido Página 5 a todo vapor IONE MORENO

Especial Guia Profissões 2016 - 3 de abril de 2016

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Especial Guia Profissões 2016 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO,3 DE ABRIL DE 2016

O arquiteto Leonardo Lacerda afi rma que, mesmo com a crise nacional, o mercado da arquitetura continua aquecido Página 5

a todo vapor

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MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 20162 7

Editorial

Em algum momento, todo universitá-rio se questiona se o curso escolhido é, de fato, aquele com o qual ele se identifi ca. Seja pelas matérias minis-tradas ou, até mesmo, pela difi culdade de entrada no mercado de trabalho.

Pensando em facilitar a vida dos estudantes, o EM TEMPO criou este suplemento, que será dividido em cin-co exemplares, e que contará com as 18 profi ssões mais procuradas do momento.

Nesta primeira edição, o leitor po-derá conferir os detalhes, por meio de profi ssionais, e todas as peculiaridades sobre os seguintes cursos: Administra-ção, Agronomia, Arquitetura e Biologia.

Além disso, apresentamos o em-presário José Benchimol, responsável pelo empreendimento Para Guardar, que revela um pouco de sua história e será um dos convidados para par-ticipar de uma palestra no dia 19 de abril, no Centro Universitário do Norte (UniNorte).

Preparado? Então aproveite o domin-go e tire todas as suas dúvidas. Até a próxima semana!

Bruno MazieriEditor do Guia Profi ssões 2016

Adeus, dúvidas!

ExpedienteEDIÇÃO/REPORTAGEMBruno Mazieri

FOTOGRAFIASDiego Janatã e Ione Moreno

DIAGRAMAÇÃOMario Henrique Silva

TRATAMENTO DE IMAGENSKleuton Silva

Tudo sob controleO administrador Rodrigo Freitas explica como está a área

para quem quer cursar Administração 3

Entre esquadros e compassosO curso de Arquitetura e Urbanismo proporciona uma grande

diversidade de áreas de atuação para futuros profi ssionais 5

Foco no empreendedorismoO jovem empresário José Benchimol adianta detalhes de sua

palestra que acontecerá no Centro Universitário do Norte 7

Proximidade da naturezaAgropecuária, comercialização de produtos e preservação

ambiental podem ser encontrados no curso de Ciências Agrárias4

Estudo da vidaA pesquisa dos seres vivos, do ecossistema e da biodiversidade

são as principais características do curso de Ciências Biológicas6

Formado em Economia com mes-trado em Administração, o jovem José Benchimol, 29, pode-se con-siderar uma pessoa de sucesso.

Proprietário do Para Guardar, empreen-dimento destinado ao armazenamento de bens em boxes, ele será uma das atrações na palestra sobre empreen-dedorismo que acontecerá no dia 19 de abril, no auditório do Centro Uni-versitário do Norte (UniNorte), Centro.

Como empresário, ele conhece bem o mercado atualmente. “Obviamente ele (mercado) está com alguns garga-los. Hoje em dia, existe uma difi cul-dade maior em conseguir emprego. Isso é um fato. Outra questão é com relação a qualifi cação e adaptação dos futuros colaboradores nas em-presas”, adianta.

Aliás, as empresas, segundo Benchi-mol, tem buscado otimização, redução de gastos e isso não signifi ca demissão. “Muitas vezes, profi ssionais são con-tratados para que eles realizem corte de gastos, cor-te de recursos, negocie melhor com o fornece-dor, proporcio-ne um melhor atendimento ao cliente. En-tão, existem duas maneiras de justifi car essa contrata-ção: cortando custos e ao mesmo tempo aumentando receita”, explica.

Entre as profi ssões destacadas pelo empresário, estão os especializados em informática. “Eles contam uma grande demanda, pois possuem a fun-ção de melhorar sistemas e otimizar tarefas. Essa automação de deter-minados processos, proporciona uma simplifi cação na hora de trabalhar”, analisa.

Como empresário, ele dá dicas essen-ciais que podem servir na hora de uma contratação. “Bom, primeiro de tudo a questão da dedicação deve ser analisa-da. É preciso saber se a pessoa é com-prometida, se tem a característica da integridade. Se ela possui conhecimento do que está acontecendo no mundo ao redor dela, se demonstra curiosidade, se tem vontade de aprender. Ninguém chega preparado para a sua organiza-ção, mas é importante que exista esse interesse em aprender”.

José Benchimol será um dos palestrantes do evento que acontecerá no dia 19, no auditório do UniNorte

InícioAntes de ser empreendedor, Ben-

chimol teve outras experiências pro-fi ssionais. “Sempre tive vontade de empreender, mas quando me formei, surgiu a dúvida se continuava nos Es-tados Unidos ou voltava para o Brasil. Cheguei a cogitar em trabalhar em algumas empresas do Vale do Silício, mas optei por voltar, para dar uma contribuição maior e mais útil”, conta.

E como seu primeiro emprego depois de formado, ele foi trabalhar na Fogás,

empresa pertencente a sua família. “O meu primeiro dia foi desesperador. Tinha uma função nova dentro da empresa que era de desenvolvimento de negócios. Estava lá para pensar em novos projetos, otimizações de pro-cessos, trabalhar de forma diferente, criar plataformas para alguém pedir gás, seja por meio de SMS ou aplica-tivo, mostrar novos produtos. Foi um trabalho que começou do zero”.

Porém, o mestrado o esperava. “Vol-tei aos Estados Unidos, pois ganhei

um bolsa para fazer mestrado. Mas ainda com a vontade de empreender. Não seria realizado se não tivesse tido a oportunidade de criar uma empresa e colocar “a minha cara” na organização. Saí da universidade já sabendo o que queria fazer, mas não sabia exatamente como refi nar essas ideias. Foi quando comecei a debater o projeto com professores, colegas e acabou culminando com o Para Guardar, que está no mercado desde dezembro de 2013”, fi naliza.

Foco no

DICAS

José Benchimol afi rma que o fu-turo profi ssional deve ser dedi-cado e demons-trar curiosidade em aprender a sistemática do seu ambiente de trabalho

Empresário amazonense fala sobre sua experiên-

cia no ramo do empreen-dedorismo no Estado

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Rodrigo Freitas acredita que a ocu-

pação dos cargos de gestão por adminis-

tradores prepara e facilita a chegada das empresas em

um futuro bastante promissor

MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 20166 3

“O profi ssional de administra-ção precisa ter uma visão sistêmica da organização, ele promove ações internas

criando sinergia entre pessoas e recursos disponíveis para gerar processos efi ca-zes”. É desta forma que o administrador Rodrigo Freitas defi ne sua profi ssão: a de administrador.

Formado desde 2009, o Freitas conta com um vasto currículo, que passa por especialização em planejamento gover-namental e orçamento público, gerencia-mento de projetos e fi naliza com auditoria de sistemas em gestão de qualidade. Atualmente trabalha na instrução de cursos na área de inspeção de qualidade.

Ele afi rma que “trabalhar no que ama e aprender a amar o que faz, parecem ser situações opostas. “O fato é que todo emprego ou trabalho terá pontos posi-tivos e negativos. Irão existir atividades que teremos certeza que foi a melhor escolha, e irão ter outras que serão desmotivadoras ou estressante”.

Apesar do perfi l profi ssional ser muito importante, a identifi cação com o curso acontece por meio de algumas atitudes, sendo uma delas a manutenção do en-tusiasmo e a motivação. “Por mais que as difi culdades existam, e sempre exis-tirão, quem ama o que faz é mais bem preparado para enfrentar adversidades. O entusiasmo contagia as pessoas e por isso é fácil de identifi cá-lo. Quando você está motivado, se torna uma pessoa mais comprometida”, diz

Freitas destaca, ainda, como caracte-rísticas para um bom administrador, a capacidade de adaptação, de decisão, de negociação, de organização, de pensar e agir sob pressão, de resolver problemas práticos, dinamismo, espírito empreen-dedor, habilidade para mediar confl itos e para trabalhar em equipe. “Embora a administração seja um processo contínuo de pensar, planejar e agir no presente, ela está voltada para construir o fu-turo. Trabalhar em mudanças implica em resolver problemas, atingir metas pré-estabelecidas”.

AtuaçãoO profi ssional de administração precisa

ter uma visão sistêmica da organização, promover ações internas criando sinergia entre pessoas e recursos disponíveis para

Vida. Essa simples e impor-t a n t e

palavra serve de base para os interessa-dos no curso

de Ciências Biológicas. Os profissionais desta área, conhec idos como biólo-gos, possuem

uma grande d i v e r s i d a d e

de atuação no mercado de tra-balho, podendo exercer a função de pesquisador

e de professor, bem como prestar consul-

toria para empresas

no em universidades, na parte labo-ratorial, análise clínica com perícia e por aí vai”, comenta.

Luciana destaca, ainda, a neces-sidade de inovação por parte dos profissionais. “Para ser um bom bió-logo é preciso disposição. Além disso, pesquisar bastante e ter ideias inova-doras. A área ainda é bastante con-servadora e necessita dessas ideias para ampliar o campo de pesquisa”.

RemuneraçãoDepois de formado, um profissional

de Ciências Biológicas pode alcançar o salário de até R$ 600, a diária. “O piso para um biólogo recém-formado, atualmente, é de R$ 2.800. Mas esse valor pode aumentar conforme a formação. Existem casos de R$ 600, a diária. E como professor, o biólogo pode ganhar entre R$ 6 mil ou R$ 7 mil. Mas é preciso gostar do que se faz. Trabalhamos mais por amor do que pelo valor”, finaliza.

A Região Norte conta com o Con-selho Regional de Biologia da 6ª Região, que abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Ron-dônia e Roraima. O CRBio-06 é uma autarquia federal que tem por objeti-vo fiscalizar e orientar profissionais no exercício da função, bem como garantir direitos.

Segundo o site do conselho, a atual diretoria (2014-2018) é formada por: Alcione Ribeiro de Azevedo, Aldeni-ra Oliveira da Silva, Dayse Campista Ferreira, Edinbergh Caldas de Oliveira, Eduardo Ossamu Nagao, José Felipe de Souza Pinheiro, Ronis da Silveira, Semirian Campos Amoedo, Vanderson de Souza Sampaio e Yamile Benaion Alencar.

O administrador possui a função de administrar recursos fi nanceiros, humanos e materiais de empresas, órgãos e instituiçõesTudo sob milhão de estudantes estão cursando

administração. “Apesar dos números so-bre a profi ssão serem expressivos, um dos maiores desafi os é a valorização. Nos Estados Unidos, administradores são profi ssionais altamente valorizados, e este é um dos fatores que faz com que aquele país seja uma potência”, explica.

Em média, os cargos para a área contam com uma remuneração de seis a sete salários mínimos. “O futuro da profi ssão passa pelo profi ssionalismo da gestão nas organizações, seja pública ou privada, e é por meio do profi ssionalismo que o administrador irá se consolidar como profi ssional indispensável nas em-presas, ajudando-as nas diversas áreas, fomentando melhorias nos processos ou na gestão, atuando como um profi ssional facilitador de mudanças. Acredito que esta é a “Era do Administrador”, pois uma das características é visão de futuro,.Quanto mais ocuparmos os cargos de gestão, mais planejadas e, consequente-mente, organizadas estarão as empresas para o futuro”, fi naliza.

gerar processos efi cazes. “Um mesmo profi ssional, pode atuar com diversas áreas. Por exemplo, você pode em um momento estar fazendo previsões de meta na área fi nanceira, e no mesmo dia estar reunido para verifi car se as metas de treinamento dos colaborares foram

alcançadas”, comenta.

Atualmente o mercado conta com 120 mil administrados formados e, segundo Freitas, todos mais de um

Variedade de atuação é um dos atrativos do curso de Ciências Biológicas, que se destina a estudar os seres vivos, ecossistemas e a biodiversidadeda vidaprivadas e órgãos públicos.

Atuando no mercado desde 2009, a bióloga e doutoranda Luciana Frazão afirma que os primeiros passos para quem deseja estudar Ciências Bioló-gicas, é a preocupação com o meio ambiente e o interesse por laborató-rios. “Acredito que o aluno consegue ter a confirmação que está na área certa logo nos primeiros períodos. A grade curricular do curso conse-gue zerar dúvidas instantaneamente. Existe também, além do bacharelado, o curso de licenciatura, que permite ao aluno lecionar após a formação”.

AtuaçãoEla explica que o biólogo possui uma

ampla e vasta área de atuação. “Esse é um dos pontos positivos de quem

estuda Ciências Bioló-gicas. Existe a pes-

quisa de campo e a consultoria técnica para empresas de construção de hidrelétricas, por exemplo. O biólogo pode atuar no ensi-

Luciana Frazão ressalta a diversidade das áreas de atuação para quem cursa Ciências Biológicas

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MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 20164 5

A afi rmação que dá título ao texto é de Jasiel Nunes Sou-za, agrônomo formado desde 1981 e que atua no setor de

produção animal da Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária (Em-brapa) e defi ne bem a importância da profi ssão. “Acho que uma das características para cursar Ciências Agrárias é possuir origem no cam-po, participação no campo, vivência. Quem conta com tudo isso, já leva uma certa vantagem durante o curso”, adianta.

Mas para quem não teve a oportu-nidade de ter esse contato direto com plantações e rebanhos, Souza dá uma dica. “Acho que ele precisa estagiar o máximo possível para compensar essa diferença. O estágio dará a

oportunidade de

suprir, inclusive, alguma defi ciência que os cursos universitários possam apresentar”, ressalta.

Além disso, a troca de experiência com outros profi ssionais é essencial no desempenho e aprendizado do futuro profi ssional. “Outro ponto importante é cursar o ensino médio voltado para técnicas agropecuárias. Isso ajudará bastante ao chegar no nível superior. No passado, a quantidade de opções era bem maior, mas algumas es-colas ainda contam com essa área de atuação”.

RamoUm agrônomo pode ocupar diversos

cargos, dentre eles o de inspecionista, pesquisador, professor, administrador e, até mesmo, produtor. “A necessidade de um profi ssional no campo é de extre-ma importância. Aliás, quem os coloca é o governo. No Sul e Sudeste existem empresas privadas que investem ain-

da mais em engenheiros agrônomos. No caso

do Amazonas, são poucas opções

p r i v a d a s , mas os con-cursos pú-blicos ainda

são a melhor opção”, diz.Souza revela

também outra ati-vidade bastante in-

teressante, a de analista de crédito agrícola dentro de bancos.

Atualmente a remuneração pode che-gar até oito salários mínimos para um profi ssional recém-formado, segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM). “Mas isso tudo pode mudar dependendo da especialização. Com o doutorado e mestrado, por exemplo, esse valor au-menta. Ainda mais nos concursos onde existem as provas de título”.

Olhando para o futuro, Souza é bastante otimista. Acredita que a ten-dência é melhor, afi nal de contas, “o mundo não vive sem alimentos”. “Apesar da crise, ninguém deixa de comer. E a tecnologia é uma grande aliada na produção de soja, milho, de carne, ovos, leite. Tudo isso requer tecnologia. Portanto, não faltará opor-tunidade. Tudo depende da qualidade do profi ssional”, fi naliza.

Com o crescimento das cidades e a construção de novos empreendi-mentos, a presença de arquitetos se faz cada vez mais necessária.

Porém, não basta apenas focar no merca-do de trabalho, é preciso estudar muito e colocar toda sua criatividade em prática.

Para Leonardo Lacerda, arquiteto pós-graduado e sócio do Studio Arquitetura & Interiores, os jovens que pretendem cursar arquitetura precisam ter consci-ência de que é preciso trabalhar. “E não somente isso, mas também usar sua criatividade praticamente o tempo todo. Aliás, esse é um dos requisitos básicos para quem quer entrar na área”, comenta.

Lacerda desmistifi ca a premissa de que quem sabe desenhar pode vir a ser um bom arquiteto. “Vai muito além disso. Até porque, na faculdade, existem diversas matérias que ensinam a técnica para se fazer um desenho que esteja de acordo com uma necessidade específi ca. Mas a criatividade é indispensável em todas as situações”, afi rma.

Ele destaca que o futuro arquiteto

precisa contar com bastante força de vontade. “Os trabalhos são bem cansati-vos. É preciso uma grande concentração e dedicar boa parte do seu tempo proje-tando. Tanto que as pessoas brincam que madrugamos para terminar um trabalho que, muitas vezes, é braçal. Fazemos um projeto, entregamos para o professor, ele devolve, ajustamos e fi camos neste ciclo. Mas é isso que vai fazer a diferença, que vai fazer com que o aluno aprenda”, diz.

Perfi lPara quem deseja possuir um estúdio

de arquitetura, Lacerda adianta que é preciso ter uma grande rede de amigos. “A palavra é network. São esses amigos e conhecidos que começam a indicar seus trabalhos para outras pessoas. É preciso ter uma cartela bem grande de amigos para fazer essa indicação boca a boca”.

Já para quem ainda não possui essa meta, o arquiteto revela duas característi-cas importantes na hora de contratar um profi ssional. “Responsabilidade e técnica. Quando falo de técnica, me refi ro ao ato

de executar projetos, no uso do AutoCAD, por exemplo”.

AtuaçãoDepois de formado, o recém-arquiteto

poderá atuar na parte de criação de edi-fi cações, execução de projetos, interiores, paisagismo e urbanismo, neste caso, re-lacionado com obras de responsabilidade da prefeitura de cada município.

A remuneração, segundo Lacerda, é bastante fl exível. “Tudo funciona por metro quadrado. Atualmente, para o projeto de uma casa, o custo está entre R$ 50 e R$ 60, o metro quadrado. Mas

esse valor muda se, de repente, o projeto for maior, como a construção de um galpão ou de um hospital. Não se pode cobrar o mesmo preço para projetos tão diferentes”, explica.

Antes de fi nalizar, ele conta que o mer-cado, mesmo em crise, continua aquecido. “Pelo menos a parte de interiores está bem interessante. Com esse “boom” de novos prédios e empreendimentos, os proprietários estão mais interessados nessa área e querem ter em suas mãos uma programação para equilibrar os gas-tos. E acho que isso estende-se também na questão de edifi cações”.

Atualmente, um profi ssional recém-formado em Ciências Agrárias pode ganhar até oito salários mínimos, segundo o piso do Crea-AM

O arquiteto Leonardo Lacerda é um dos sócios do Studio Arquitetura & Interiores, especializado em decoração de interiores

‘Não se produz

Para o agrônomo Jasiel Souza, o contato direto com o campo facilita no momen-to de escolher o curso

MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 2016

Entre esquadros

Para Leonardo Lacerda, o mer-cado continua aquecido, mesmo em tempos de crise econômica

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produção animal da Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária (Em-brapa) e defi ne bem a importância da profi ssão. “Acho que uma das características para cursar Ciências Agrárias é possuir origem no cam-po, participação no campo, vivência. Quem conta com tudo isso, já leva uma certa vantagem durante o curso”,

Mas para quem não teve a oportu-nidade de ter esse contato direto com plantações e rebanhos, Souza dá uma dica. “Acho que ele precisa estagiar o máximo possível para compensar essa diferença. O estágio dará a

oportunidade de

desempenho e aprendizado do futuro profi ssional. “Outro ponto importante é cursar o ensino médio voltado para técnicas agropecuárias. Isso ajudará bastante ao chegar no nível superior. No passado, a quantidade de opções era bem maior, mas algumas es-colas ainda contam com essa área de atuação”.

empresas privadas que investem ain-da mais em engenheiros

agrônomos. No caso do Amazonas, são

poucas opções

são a melhor opção”, diz.Souza revela

também outra ati-vidade bastante in-

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A afi rmação que dá título ao texto é de Jasiel Nunes Sou-za, agrônomo formado desde 1981 e que atua no setor de

produção animal da Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária (Em-brapa) e defi ne bem a importância da profi ssão. “Acho que uma das características para cursar Ciências Agrárias é possuir origem no cam-po, participação no campo, vivência. Quem conta com tudo isso, já leva uma certa vantagem durante o curso”, adianta.

Mas para quem não teve a oportu-nidade de ter esse contato direto com plantações e rebanhos, Souza dá uma dica. “Acho que ele precisa estagiar o máximo possível para compensar essa diferença. O estágio dará a

oportunidade de

suprir, inclusive, alguma defi ciência que os cursos universitários possam apresentar”, ressalta.

Além disso, a troca de experiência com outros profi ssionais é essencial no desempenho e aprendizado do futuro profi ssional. “Outro ponto importante é cursar o ensino médio voltado para técnicas agropecuárias. Isso ajudará bastante ao chegar no nível superior. No passado, a quantidade de opções era bem maior, mas algumas es-colas ainda contam com essa área de atuação”.

RamoUm agrônomo pode ocupar diversos

cargos, dentre eles o de inspecionista, pesquisador, professor, administrador e, até mesmo, produtor. “A necessidade de um profi ssional no campo é de extre-ma importância. Aliás, quem os coloca é o governo. No Sul e Sudeste existem empresas privadas que investem ain-

da mais em engenheiros agrônomos. No caso

do Amazonas, são poucas opções

p r i v a d a s , mas os con-cursos pú-blicos ainda

são a melhor opção”, diz.Souza revela

também outra ati-vidade bastante in-

teressante, a de analista de crédito agrícola dentro de bancos.

Atualmente a remuneração pode che-gar até oito salários mínimos para um profi ssional recém-formado, segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM). “Mas isso tudo pode mudar dependendo da especialização. Com o doutorado e mestrado, por exemplo, esse valor au-menta. Ainda mais nos concursos onde existem as provas de título”.

Olhando para o futuro, Souza é bastante otimista. Acredita que a ten-dência é melhor, afi nal de contas, “o mundo não vive sem alimentos”. “Apesar da crise, ninguém deixa de comer. E a tecnologia é uma grande aliada na produção de soja, milho, de carne, ovos, leite. Tudo isso requer tecnologia. Portanto, não faltará opor-tunidade. Tudo depende da qualidade do profi ssional”, fi naliza.

Com o crescimento das cidades e a construção de novos empreendi-mentos, a presença de arquitetos se faz cada vez mais necessária.

Porém, não basta apenas focar no merca-do de trabalho, é preciso estudar muito e colocar toda sua criatividade em prática.

Para Leonardo Lacerda, arquiteto pós-graduado e sócio do Studio Arquitetura & Interiores, os jovens que pretendem cursar arquitetura precisam ter consci-ência de que é preciso trabalhar. “E não somente isso, mas também usar sua criatividade praticamente o tempo todo. Aliás, esse é um dos requisitos básicos para quem quer entrar na área”, comenta.

Lacerda desmistifi ca a premissa de que quem sabe desenhar pode vir a ser um bom arquiteto. “Vai muito além disso. Até porque, na faculdade, existem diversas matérias que ensinam a técnica para se fazer um desenho que esteja de acordo com uma necessidade específi ca. Mas a criatividade é indispensável em todas as situações”, afi rma.

Ele destaca que o futuro arquiteto

precisa contar com bastante força de vontade. “Os trabalhos são bem cansati-vos. É preciso uma grande concentração e dedicar boa parte do seu tempo proje-tando. Tanto que as pessoas brincam que madrugamos para terminar um trabalho que, muitas vezes, é braçal. Fazemos um projeto, entregamos para o professor, ele devolve, ajustamos e fi camos neste ciclo. Mas é isso que vai fazer a diferença, que vai fazer com que o aluno aprenda”, diz.

Perfi lPara quem deseja possuir um estúdio

de arquitetura, Lacerda adianta que é preciso ter uma grande rede de amigos. “A palavra é network. São esses amigos e conhecidos que começam a indicar seus trabalhos para outras pessoas. É preciso ter uma cartela bem grande de amigos para fazer essa indicação boca a boca”.

Já para quem ainda não possui essa meta, o arquiteto revela duas característi-cas importantes na hora de contratar um profi ssional. “Responsabilidade e técnica. Quando falo de técnica, me refi ro ao ato

de executar projetos, no uso do AutoCAD, por exemplo”.

AtuaçãoDepois de formado, o recém-arquiteto

poderá atuar na parte de criação de edi-fi cações, execução de projetos, interiores, paisagismo e urbanismo, neste caso, re-lacionado com obras de responsabilidade da prefeitura de cada município.

A remuneração, segundo Lacerda, é bastante fl exível. “Tudo funciona por metro quadrado. Atualmente, para o projeto de uma casa, o custo está entre R$ 50 e R$ 60, o metro quadrado. Mas

esse valor muda se, de repente, o projeto for maior, como a construção de um galpão ou de um hospital. Não se pode cobrar o mesmo preço para projetos tão diferentes”, explica.

Antes de fi nalizar, ele conta que o mer-cado, mesmo em crise, continua aquecido. “Pelo menos a parte de interiores está bem interessante. Com esse “boom” de novos prédios e empreendimentos, os proprietários estão mais interessados nessa área e querem ter em suas mãos uma programação para equilibrar os gas-tos. E acho que isso estende-se também na questão de edifi cações”.

Atualmente, um profi ssional recém-formado em Ciências Agrárias pode ganhar até oito salários mínimos, segundo o piso do Crea-AM

O arquiteto Leonardo Lacerda é um dos sócios do Studio Arquitetura & Interiores, especializado em decoração de interiores

‘Não se produz

Para o agrônomo Jasiel Souza, o contato direto com o campo facilita no momen-to de escolher o curso

MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 2016

Entre esquadros

Para Leonardo Lacerda, o mer-cado continua aquecido, mesmo em tempos de crise econômica

ION

E M

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UÇÃ

O

produção animal da Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária (Em-brapa) e defi ne bem a importância da profi ssão. “Acho que uma das características para cursar Ciências Agrárias é possuir origem no cam-po, participação no campo, vivência. Quem conta com tudo isso, já leva uma certa vantagem durante o curso”,

Mas para quem não teve a oportu-nidade de ter esse contato direto com plantações e rebanhos, Souza dá uma dica. “Acho que ele precisa estagiar o máximo possível para compensar essa diferença. O estágio dará a

oportunidade de

desempenho e aprendizado do futuro profi ssional. “Outro ponto importante é cursar o ensino médio voltado para técnicas agropecuárias. Isso ajudará bastante ao chegar no nível superior. No passado, a quantidade de opções era bem maior, mas algumas es-colas ainda contam com essa área de atuação”.

empresas privadas que investem ain-da mais em engenheiros

agrônomos. No caso do Amazonas, são

poucas opções

são a melhor opção”, diz.Souza revela

também outra ati-vidade bastante in-

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Rodrigo Freitas acredita que a ocu-

pação dos cargos de gestão por adminis-

tradores prepara e facilita a chegada das empresas em

um futuro bastante promissor

MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 20166 3

“O profi ssional de administra-ção precisa ter uma visão sistêmica da organização, ele promove ações internas

criando sinergia entre pessoas e recursos disponíveis para gerar processos efi ca-zes”. É desta forma que o administrador Rodrigo Freitas defi ne sua profi ssão: a de administrador.

Formado desde 2009, o Freitas conta com um vasto currículo, que passa por especialização em planejamento gover-namental e orçamento público, gerencia-mento de projetos e fi naliza com auditoria de sistemas em gestão de qualidade. Atualmente trabalha na instrução de cursos na área de inspeção de qualidade.

Ele afi rma que “trabalhar no que ama e aprender a amar o que faz, parecem ser situações opostas. “O fato é que todo emprego ou trabalho terá pontos posi-tivos e negativos. Irão existir atividades que teremos certeza que foi a melhor escolha, e irão ter outras que serão desmotivadoras ou estressante”.

Apesar do perfi l profi ssional ser muito importante, a identifi cação com o curso acontece por meio de algumas atitudes, sendo uma delas a manutenção do en-tusiasmo e a motivação. “Por mais que as difi culdades existam, e sempre exis-tirão, quem ama o que faz é mais bem preparado para enfrentar adversidades. O entusiasmo contagia as pessoas e por isso é fácil de identifi cá-lo. Quando você está motivado, se torna uma pessoa mais comprometida”, diz

Freitas destaca, ainda, como caracte-rísticas para um bom administrador, a capacidade de adaptação, de decisão, de negociação, de organização, de pensar e agir sob pressão, de resolver problemas práticos, dinamismo, espírito empreen-dedor, habilidade para mediar confl itos e para trabalhar em equipe. “Embora a administração seja um processo contínuo de pensar, planejar e agir no presente, ela está voltada para construir o fu-turo. Trabalhar em mudanças implica em resolver problemas, atingir metas pré-estabelecidas”.

AtuaçãoO profi ssional de administração precisa

ter uma visão sistêmica da organização, promover ações internas criando sinergia entre pessoas e recursos disponíveis para

Vida. Essa simples e impor-t a n t e

palavra serve de base para os interessa-dos no curso

de Ciências Biológicas. Os profissionais desta área, conhec idos como biólo-gos, possuem

uma grande d i v e r s i d a d e

de atuação no mercado de tra-balho, podendo exercer a função de pesquisador

e de professor, bem como prestar consul-

toria para empresas

no em universidades, na parte labo-ratorial, análise clínica com perícia e por aí vai”, comenta.

Luciana destaca, ainda, a neces-sidade de inovação por parte dos profissionais. “Para ser um bom bió-logo é preciso disposição. Além disso, pesquisar bastante e ter ideias inova-doras. A área ainda é bastante con-servadora e necessita dessas ideias para ampliar o campo de pesquisa”.

RemuneraçãoDepois de formado, um profissional

de Ciências Biológicas pode alcançar o salário de até R$ 600, a diária. “O piso para um biólogo recém-formado, atualmente, é de R$ 2.800. Mas esse valor pode aumentar conforme a formação. Existem casos de R$ 600, a diária. E como professor, o biólogo pode ganhar entre R$ 6 mil ou R$ 7 mil. Mas é preciso gostar do que se faz. Trabalhamos mais por amor do que pelo valor”, finaliza.

A Região Norte conta com o Con-selho Regional de Biologia da 6ª Região, que abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Ron-dônia e Roraima. O CRBio-06 é uma autarquia federal que tem por objeti-vo fiscalizar e orientar profissionais no exercício da função, bem como garantir direitos.

Segundo o site do conselho, a atual diretoria (2014-2018) é formada por: Alcione Ribeiro de Azevedo, Aldeni-ra Oliveira da Silva, Dayse Campista Ferreira, Edinbergh Caldas de Oliveira, Eduardo Ossamu Nagao, José Felipe de Souza Pinheiro, Ronis da Silveira, Semirian Campos Amoedo, Vanderson de Souza Sampaio e Yamile Benaion Alencar.

O administrador possui a função de administrar recursos fi nanceiros, humanos e materiais de empresas, órgãos e instituiçõesTudo sob milhão de estudantes estão cursando

administração. “Apesar dos números so-bre a profi ssão serem expressivos, um dos maiores desafi os é a valorização. Nos Estados Unidos, administradores são profi ssionais altamente valorizados, e este é um dos fatores que faz com que aquele país seja uma potência”, explica.

Em média, os cargos para a área contam com uma remuneração de seis a sete salários mínimos. “O futuro da profi ssão passa pelo profi ssionalismo da gestão nas organizações, seja pública ou privada, e é por meio do profi ssionalismo que o administrador irá se consolidar como profi ssional indispensável nas em-presas, ajudando-as nas diversas áreas, fomentando melhorias nos processos ou na gestão, atuando como um profi ssional facilitador de mudanças. Acredito que esta é a “Era do Administrador”, pois uma das características é visão de futuro,.Quanto mais ocuparmos os cargos de gestão, mais planejadas e, consequente-mente, organizadas estarão as empresas para o futuro”, fi naliza.

gerar processos efi cazes. “Um mesmo profi ssional, pode atuar com diversas áreas. Por exemplo, você pode em um momento estar fazendo previsões de meta na área fi nanceira, e no mesmo dia estar reunido para verifi car se as metas de treinamento dos colaborares foram

alcançadas”, comenta.

Atualmente o mercado conta com 120 mil administrados formados e, segundo Freitas, todos mais de um

Variedade de atuação é um dos atrativos do curso de Ciências Biológicas, que se destina a estudar os seres vivos, ecossistemas e a biodiversidadeda vidaprivadas e órgãos públicos.

Atuando no mercado desde 2009, a bióloga e doutoranda Luciana Frazão afirma que os primeiros passos para quem deseja estudar Ciências Bioló-gicas, é a preocupação com o meio ambiente e o interesse por laborató-rios. “Acredito que o aluno consegue ter a confirmação que está na área certa logo nos primeiros períodos. A grade curricular do curso conse-gue zerar dúvidas instantaneamente. Existe também, além do bacharelado, o curso de licenciatura, que permite ao aluno lecionar após a formação”.

AtuaçãoEla explica que o biólogo possui uma

ampla e vasta área de atuação. “Esse é um dos pontos positivos de quem

estuda Ciências Bioló-gicas. Existe a pes-

quisa de campo e a consultoria técnica para empresas de construção de hidrelétricas, por exemplo. O biólogo pode atuar no ensi-

Luciana Frazão ressalta a diversidade das áreas de atuação para quem cursa Ciências Biológicas

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MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 2016 MANAUS, DOMINGO, 3 DE ABRIL DE 20162 7

Editorial

Em algum momento, todo universitá-rio se questiona se o curso escolhido é, de fato, aquele com o qual ele se identifi ca. Seja pelas matérias minis-tradas ou, até mesmo, pela difi culdade de entrada no mercado de trabalho.

Pensando em facilitar a vida dos estudantes, o EM TEMPO criou este suplemento, que será dividido em cin-co exemplares, e que contará com as 18 profi ssões mais procuradas do momento.

Nesta primeira edição, o leitor po-derá conferir os detalhes, por meio de profi ssionais, e todas as peculiaridades sobre os seguintes cursos: Administra-ção, Agronomia, Arquitetura e Biologia.

Além disso, apresentamos o em-presário José Benchimol, responsável pelo empreendimento Para Guardar, que revela um pouco de sua história e será um dos convidados para par-ticipar de uma palestra no dia 19 de abril, no Centro Universitário do Norte (UniNorte).

Preparado? Então aproveite o domin-go e tire todas as suas dúvidas. Até a próxima semana!

Bruno MazieriEditor do Guia Profi ssões 2016

Adeus, dúvidas!

ExpedienteEDIÇÃO/REPORTAGEMBruno Mazieri

FOTOGRAFIASDiego Janatã e Ione Moreno

DIAGRAMAÇÃOMario Henrique Silva

TRATAMENTO DE IMAGENSKleuton Silva

Tudo sob controleO administrador Rodrigo Freitas explica como está a área

para quem quer cursar Administração 3

Entre esquadros e compassosO curso de Arquitetura e Urbanismo proporciona uma grande

diversidade de áreas de atuação para futuros profi ssionais 5

Foco no empreendedorismoO jovem empresário José Benchimol adianta detalhes de sua

palestra que acontecerá no Centro Universitário do Norte 7

Proximidade da naturezaAgropecuária, comercialização de produtos e preservação

ambiental podem ser encontrados no curso de Ciências Agrárias4

Estudo da vidaA pesquisa dos seres vivos, do ecossistema e da biodiversidade

são as principais características do curso de Ciências Biológicas6

Formado em Economia com mes-trado em Administração, o jovem José Benchimol, 29, pode-se con-siderar uma pessoa de sucesso.

Proprietário do Para Guardar, empreen-dimento destinado ao armazenamento de bens em boxes, ele será uma das atrações na palestra sobre empreen-dedorismo que acontecerá no dia 19 de abril, no auditório do Centro Uni-versitário do Norte (UniNorte), Centro.

Como empresário, ele conhece bem o mercado atualmente. “Obviamente ele (mercado) está com alguns garga-los. Hoje em dia, existe uma difi cul-dade maior em conseguir emprego. Isso é um fato. Outra questão é com relação a qualifi cação e adaptação dos futuros colaboradores nas em-presas”, adianta.

Aliás, as empresas, segundo Benchi-mol, tem buscado otimização, redução de gastos e isso não signifi ca demissão. “Muitas vezes, profi ssionais são con-tratados para que eles realizem corte de gastos, cor-te de recursos, negocie melhor com o fornece-dor, proporcio-ne um melhor atendimento ao cliente. En-tão, existem duas maneiras de justifi car essa contrata-ção: cortando custos e ao mesmo tempo aumentando receita”, explica.

Entre as profi ssões destacadas pelo empresário, estão os especializados em informática. “Eles contam uma grande demanda, pois possuem a fun-ção de melhorar sistemas e otimizar tarefas. Essa automação de deter-minados processos, proporciona uma simplifi cação na hora de trabalhar”, analisa.

Como empresário, ele dá dicas essen-ciais que podem servir na hora de uma contratação. “Bom, primeiro de tudo a questão da dedicação deve ser analisa-da. É preciso saber se a pessoa é com-prometida, se tem a característica da integridade. Se ela possui conhecimento do que está acontecendo no mundo ao redor dela, se demonstra curiosidade, se tem vontade de aprender. Ninguém chega preparado para a sua organiza-ção, mas é importante que exista esse interesse em aprender”.

José Benchimol será um dos palestrantes do evento que acontecerá no dia 19, no auditório do UniNorte

InícioAntes de ser empreendedor, Ben-

chimol teve outras experiências pro-fi ssionais. “Sempre tive vontade de empreender, mas quando me formei, surgiu a dúvida se continuava nos Es-tados Unidos ou voltava para o Brasil. Cheguei a cogitar em trabalhar em algumas empresas do Vale do Silício, mas optei por voltar, para dar uma contribuição maior e mais útil”, conta.

E como seu primeiro emprego depois de formado, ele foi trabalhar na Fogás,

empresa pertencente a sua família. “O meu primeiro dia foi desesperador. Tinha uma função nova dentro da empresa que era de desenvolvimento de negócios. Estava lá para pensar em novos projetos, otimizações de pro-cessos, trabalhar de forma diferente, criar plataformas para alguém pedir gás, seja por meio de SMS ou aplica-tivo, mostrar novos produtos. Foi um trabalho que começou do zero”.

Porém, o mestrado o esperava. “Vol-tei aos Estados Unidos, pois ganhei

um bolsa para fazer mestrado. Mas ainda com a vontade de empreender. Não seria realizado se não tivesse tido a oportunidade de criar uma empresa e colocar “a minha cara” na organização. Saí da universidade já sabendo o que queria fazer, mas não sabia exatamente como refi nar essas ideias. Foi quando comecei a debater o projeto com professores, colegas e acabou culminando com o Para Guardar, que está no mercado desde dezembro de 2013”, fi naliza.

Foco no

DICAS

José Benchimol afi rma que o fu-turo profi ssional deve ser dedi-cado e demons-trar curiosidade em aprender a sistemática do seu ambiente de trabalho

Empresário amazonense fala sobre sua experiên-

cia no ramo do empreen-dedorismo no Estado

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MANAUS, DOMINGO,3 DE ABRIL DE 2016

O arquiteto Leonardo Lacerda afi rma que, mesmo com a crise nacional, o mercado da arquitetura continua aquecido Página 5

a todo vapor

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