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Petróleo, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizará novas coletas de pescados e mariscos ao longo da costa do nordeste. Essas amostras serão encaminhadas aos Laboratórios Centrais de Rede Pública Estaduais (LACEN), que ficarão responsáveis pelo envio das amostras ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)/Fiocruz. O cronograma de entrega de amostras aos LACEN Estaduais será estabelecido pela Coordenação Geral de Laboratórios Nacional (CGLAB). De qualquer forma, as vigilâncias sanitárias (VISA) municipais devem atuar no comércio e, caso identificada a comercialização de pescados com contaminação visível por óleo/derivados do petróleo, devem ser adotadas as medidas preventivas e de fiscalização necessárias, pois esse tipo de alimento já está em desacordo à legislação sanitária, especificamente a RDC nº 14, de 28 de março de 2014. Maiores informações estão disponíveis na Nota Técnica nº 27/2019/SEI/GGALI/DIRE2/ANVISA e a Nota Técnica nº 56/2019/SEI/GIALI/GGFIS/DIRE4/AN VISA. SEMINÁRIO DERRAMAMENTO DE PETRÓLEO E IMPACTOS NA SAÚDE ESPECIAL NATAL 9 | Novembro/Dezembro de 2019 Seminário contou com a presença da diretora da Divast Letícia Nobre Mesa de abertura do Seminário: Derramamento de Petróleo e Impactos na Saúde A Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia (Divisa), em consonância com as orientações e referências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), analisou os dados do parecer técnico da Bahia Pesca do último dia 21 de novembro, a fim de avaliar o impacto à saúde relacionado ao consumo de pescados oriundos das regiões contaminadas por óleo de petróleo no litoral baiano. O documento avaliou os laudos das análises de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA), emitidos pelo Laboratório de Estudos do Petróleo – LEPETRO. As análises realizadas pelo LEPETRO foram tabuladas e os resultados das análises foram comparados com limites de preocupação estabelecidos pela Anvisa em Nota Técnica nº 27/2019. Nenhuma das amostras analisadas pelo LEPETRO coletadas no estado da Bahia ultrapassou esses valores. Dessa forma, até o momento, não há indícios de contaminação dos pescados coletados na região que indique preocupação sob o ponto de vista de segurança de consumo. A conclusão é que nenhuma das amostras coletadas no período de 24/10/19 a 05/11/2019 e analisadas pela Bahia Pesca, em conjunto com o LEPETRO, apresentou resultados acima dos níveis de preocupação à saúde estabelecidos pela Anvisa. Contudo, a direção da Divisa destaca a importância do acompanhamento das análises em andamento ao longo da costa baiana, a partir do monitoramento contínuo realizado pelos órgãos da agricultura, de forma a dar um panorama mais real do nível de contaminação, considerando a forma de consumo habitual dos pescados e mariscos oriundos de áreas contaminadas. Foram analisados os resultados das 23 amostras de pescados (ostra, caranguejo, siri e peixes) coletados pela Bahia Pesca nos quatro pontos de amostragem do Litoral Norte e três pontos de amostragem em Salvador e região metropolitana, no período de 24/10/2019 a 05/11/2019. Em relação aos limites de segurança, a Anvisa estipulou valores distintos para peixes, moluscos e crustáceos, considerando os dados de segurança existentes na literatura, bem como o padrão de consumo de cada produto e peso corporal médio da população brasileira. No caso de peixe, considerou-se o consumo de 180 gramas/dia, com base em dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). No caso de crustáceos e moluscos, estabeleceu-se um consumo diário de 60 gramas, que também tem esse caráter conservador. Essa abordagem tem como princípio proteger os indivíduos que são considerados altos consumidores. De forma a acompanhar de maneira mais contínua o assunto, novas análises estão sendo programadas. Segundo o Comitê Operacional de Saúde Petróleo Nacional – COE

ESPECIAL NATAL Novembro/Dezembro 2019€¦ · Nº 9 | Novembro/Dezembro de 2019 Com o objetivo de discutir e re˚etir sobre o contexto atual do desenvolvimento econômico social no

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Petróleo, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizará novas coletas de pescados e mariscos ao longo da costa do nordeste. Essas amostras serão encaminhadas aos Laboratórios Centrais de Rede Pública Estaduais (LACEN), que �carão responsáveis pelo envio das amostras ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)/Fiocruz. O cronograma de entrega de amostras aos LACEN Estaduais será estabelecido pela Coordenação Geral de Laboratórios Nacional (CGLAB).

De qualquer forma, as vigilâncias sanitárias (VISA) municipais devem atuar no comércio e, caso identi�cada a comercialização de pescados com contaminação visível por óleo/derivados do petróleo, devem ser adotadas as medidas preventivas e de �scalização necessárias, pois esse tipo de alimento já está em desacordo à legislação sanitária, especi�camente a RDC nº 14, de 28 de março de 2014.

Maiores informações estão disponíveis na Nota Técnica nº 27/2019/SEI/GGALI/DIRE2/ANVISA e a Nota Técnica nº 56/2019/SEI/GIALI/GGFIS/DIRE4/ANVISA.

SEMINÁRIODERRAMAMENTODE PETRÓLEOE IMPACTOSNA SAÚDE

ESPECIAL NATAL

Nº 9 | Novembro/Dezembro de 2019

Seminário contoucom a presençada diretora da DivastLetícia Nobre

Mesa de aberturado Seminário:Derramamento dePetróleo eImpactos naSaúde

A Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia (Divisa), em consonância com as orientações e referências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), analisou os dados do parecer técnico da Bahia Pesca do último dia 21 de novembro, a �m de avaliar o impacto à saúde relacionado ao consumo de pescados oriundos das regiões contaminadas por óleo de petróleo no litoral baiano. O documento avaliou os laudos das análises de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA), emitidos pelo Laboratório de Estudos do Petróleo – LEPETRO.

As análises realizadas pelo LEPETRO foram tabuladas e os resultados das análises foram comparados com limites de preocupação estabelecidos pela Anvisa em Nota Técnica nº 27/2019. Nenhuma das amostras analisadas pelo LEPETRO

coletadas no estado da Bahia ultrapassou esses valores. Dessa forma, até o momento, não há indícios de contaminação dos pescados coletados na região que indique preocupação sob o ponto de vista de segurança de consumo.

A conclusão é que nenhuma das amostras coletadas no período de 24/10/19 a 05/11/2019 e analisadas pela Bahia Pesca, em conjunto com o LEPETRO, apresentou resultados acima dos níveis de preocupação à saúde estabelecidos pela Anvisa. Contudo, a direção da Divisa destaca a importância do acompanhamento das análises em andamento ao longo da costa baiana, a partir do monitoramento contínuo realizado pelos órgãos da agricultura, de forma a dar um panorama mais real do nível de contaminação, considerando a forma de consumo habitual dos pescados e mariscos oriundos de áreas contaminadas.

Foram analisados os resultados das 23 amostras de pescados (ostra, caranguejo, siri e peixes) coletados pela Bahia Pesca nos quatro pontos

de amostragem do Litoral Norte e três pontos de amostragem em Salvador e região metropolitana, no período de 24/10/2019 a 05/11/2019.

Em relação aos limites de segurança, a Anvisa estipulou valores distintos para peixes, moluscos e crustáceos, considerando os dados de segurança existentes na literatura, bem como o padrão de consumo de cada produto e peso corporal médio da população brasileira. No caso de peixe, considerou-se o consumo de 180 gramas/dia, com base em dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). No caso de crustáceos e moluscos, estabeleceu-se um consumo diário de 60 gramas, que também tem esse caráter conservador. Essa abordagem tem como princípio proteger os indivíduos que são considerados altos consumidores.

De forma a acompanhar de maneira mais contínua o assunto, novas análises estão sendo programadas. Segundo o Comitê Operacional de Saúde Petróleo Nacional – COE

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Nº 9 | Novembro/Dezembro de 2019

Com o objetivo de discutir e re�etir sobre o contexto atual do desenvolvimento econômico social no estado, sobre as mudanças no mundo do trabalho e suas implicações para a garantia do direito à saúde, a Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde – Suvisa, por meio da Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador – Divast/Cesat, promoveu o Seminário: “Desenvolvimento socioeconômico no estado da Bahia: garantias de direitos e desa�os para a Política de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora”. O evento aconteceu

SUVISA PROMOVESEMINÁRIO SOBREDESENVOLVIMENTOSOCIOECONÔMICONA BAHIA

Com o objetivo de avaliar as ações de Vigilância Laboratorial desenvolvidas em 2019, o Laboratório Central Gonçalo Muniz (Lacen-Ba), através da Coordenação de Gestão da Rede (CGR), realizou no período de 19 a 21 de novembro, o I Encontro da Rede Estadual de Laboratórios de Saúde Pública de 2019.

O evento reuniu coordenadores dos Laboratórios Municipais de Referência Regional (LMRR) e do Laboratório Estadual de Referência Regional (LERR), que compõem a Rede Estadual de Laboratórios de Saúde Pública (RELSP) na Bahia, bem como a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) e técnicos da unidade.

Dentre as atividades destacaram-se as apresentações dos coordenadores dos LMRR e LERR na Mostra de Experiências Exitosas, no que tange a supervisão aos postos de coleta da área de abrangência e a interface do laboratório e a vigilância epidemiológica, bem como foi discutida a importância da qualidade no âmbito laboratorial, a inserção do nome social nos serviços de saúde, a importância da vigilância laboratorial no contexto do laboratório de saúde pública e controle de qualidade interno e externo.

Na Mesa Redonda sobre agravos de saúde pública foram abordados os seguintes temas: Diagnóstico laboratorial das hemoparasitoses; Panorama das arboviroses na Bahia e situação epidemiológica do sarampo no estado. O evento foi �nalizado com uma Roda de Conversa, com a coordenadora da CGR, Eliene Barreto, e Arabela Leal, diretora do Lacen.

AÇÕES DEVIGILÂNCIALABORATORIALFORAMAPRESENTADAS EMENCONTRO DOLACEN-BA

Momento dediscussão noSeminário:“Desenvolvimentosocioeconômico noestado da Bahia”

I MOSTRA DEEXPERIÊNCIAS DAATENÇÃO PRIMÁRIAÀ SAÚDE DAMACRORREGIÃOSUDOESTE DA BAHIA

A I Mostra de Experiências da Atenção Primária à Saúde da Macrorregião Sudoeste da Bahia nasceu do desejo de promover uma discussão, a partir das experiências vivenciadas nos territórios, a cerca da complexidade do fazer da Atenção Primária à Saúde na coordenação do cuidado e ordenamento das Redes de Atenção à Saúde (RAS). Para tanto, visou-se promover espaços de quali�cação da atenção e da gestão a partir da discussão de experiências concretas; dar visibilidade às iniciativas inovadoras desenvolvidas pelos pro�ssionais de saúde da APS na macrorregião e incentivar as produções cientí�cas das equipes de APS, da gestão e áreas técnicas dos municípios.

A primeira edição da Mostra de Experiências da Atenção Primária a Saúde da Macrorregião Sudoeste, foi organizada pelo NRS-Sudoeste/SESAB, e teve como tema: “Atenção Primária à Saúde: básica ou complexa?” reunindo 500 participantes entre os dias 19, 20 e 21 de novembro de 2019 no Complexo de Saúde de Vitória da Conquista, localizado na Avenida Olívia Flores, nº 3000, Bairro Candeias, Vitória da Conquista- Bahia.

Quem teve participação foram os trabalhadores de saúde dos 74 municípios que exercem suas atividades vinculados às Equipes de Atenção Básica (e-AB), Equipes de Saúde da Família (eSF), Equipes de Saúde Bucal (eSB), Equipes de

Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS), Equipes de Consultório na Rua (eCR), Equipes de Atenção Básica Prisional (eABP), bem como aqueles vinculados à gestão municipal (Coordenadores de Atenção Básica, Apoiadores Institucionais da Atenção Básica, Coordenadores de Vigilância à Saúde e Secretários Municipais de Saúde) e à Gestão Regional (BRS/NRS-Sudoeste).

no dia 13 de dezembro, das 8h às 14h, no Auditório Sergio Macedo – Divast/Cesat (Rua Pedro Lessa, nº 123 – Canela).

O seminário marcou os 31 anos de criação e funcionamento da Divast/Cesat na Bahia e propirciou discussão de temas relevantes e, ao mesmo tempo, serviu como momento de educação permanente e divulgação de informações para os participantes. Ainda apontou, juntos com seus participantes, perspectivas e desa�os para a política estadual de Saúde do Trabalhador, bem como identi�cou necessidades e prioridades a serem incluídas no planejamento de ações da Divast/Suvisa/Sesab, para o próximo quadriênio.

Na programação, constou temas que forão debatidos em dois momentos: “Desenvolvimento socioeconômico na Bahia: perspectivas e desa�os” e “Proteção à Saúde do Trabalhador: desa�os atuais frente à desregulamentação de direitos trabalhistas e previdenciários”. Durante o seminário, também ocorreu o lançamento da Consulta Pública da proposta de Política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, documento de fundamental importância para o fortalecimento e ampliação das ações de saúde do trabalhador nos municípios e regiões de saúde do estado da Bahia.

ESPECIAL NATAL