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Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1753, de 28 de setembro 2018, e não pode ser vendido separadamente Especial Vinhos Vinitech-Sifel: ‘Wines of Portugal’: “Estamos todos a trabalhar no mesmo sentido e para os mesmos resultados” Dossier Vins Vinitech-Sifel: ‘Wines of Portugal’: “Nous travaillons ensemble à la réalisation d´un même objectif” Vinitech-Sifel acolhe 850 expositores e 1200 marcas em Bordéus PÁG. 7 Expositores e visitantes portugueses do Vinitech-Sifel “são muito importantes para nós” PÁGS. 8-9 Rumo estratégico para o setor dos vinhos do Porto e do Douro deve arrancar em 2019 PÁGS. 14-15 PÁGS. 2-3 PAGS. 2-3 Vinitech-Sifel accueil 850 exposants et 1200 marques à Bordeaux PAG. 7 “Les exposants et les visiteurs portugais du Vinitech-Sifel sont très importants pour nous” PAGS. 8-9 L’orientation stratégique du secteur des vins de Porto et du Douro devrait démarrer en 2019 PAGS. 14-15

Especial Vinhos Vinitech-Sifel · moins en moins dire que nos efforts se centrent sur les pays africains lu-sophones et sur l’Europe. Nous som- mes désormais présents sur beaucoup

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Page 1: Especial Vinhos Vinitech-Sifel · moins en moins dire que nos efforts se centrent sur les pays africains lu-sophones et sur l’Europe. Nous som- mes désormais présents sur beaucoup

Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1753,

de 28 de setembro 2018, e não pode ser vendido separadamente

Especial Vinhos Vinitech-Sifel: ‘Wines of Portugal’: “Estamos todos a trabalhar no mesmo sentido e para os mesmos resultados”

Dossier Vins Vinitech-Sifel: ‘Wines of Portugal’: “Nous travaillons ensemble à la réalisation d´un même objectif”

Vinitech-Sifel acolhe 850 expositores e 1200 marcas em Bordéus

PÁG. 7

Expositores e visitantes portugueses do Vinitech-Sifel “são muito importantes para nós”

PÁGS. 8-9

Rumo estratégico para o setor dos vinhos do Porto e do Douro deve arrancar em 2019

PÁGS. 14-15

PÁGS. 2-3

PAGS. 2-3

Vinitech-Sifel accueil 850 exposants et 1200 marques à Bordeaux

PAG. 7

“Les exposants et les visiteurs portugais du Vinitech-Sifel sont très importants pour nous”

PAGS. 8-9

L’orientation stratégique du secteur des vins de Porto et du Douro devrait démarrer en 2019

PAGS. 14-15

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sexta-feira, 28 de setembro 20182 3sexta-feira, 28 de setembro 2018ESPECIAL VINITECH ESPECIAL VINITECH

TERESA [email protected]

Vida Económica – Vous êtes à la tête de ViniPortugal depuis sept ans. Quel bilan dressez-vous aujourd´hui?

Jorge Monteiro – Nous avons pris des mesures importantes. Nous avons impulsé une dynamique nou-velle à ViniPortugal. C´est une lon-gue croisade qui n’a pas commencé il y a sept ans, et qui ne prendra pas fin de sitôt. Je soulignerais deux ou trois aspects fondamentaux. L’un d’entre eux étant la croissance continue des exportations de vin portugais.

De nos jours, nous pouvons de moins en moins dire que nos efforts se centrent sur les pays africains lu-sophones et sur l’Europe. Nous som-mes désormais présents sur beaucoup

d’autres marchés. Le meilleur exem-ple de cela est le marché américain. Les États-Unis sont aujourd’hui la première destination d’exportation de vins tranquilles portugais.

Le vin de Porto pèse évidem-ment encore très lourd en France, mais, pour ce qui est des vins de ta-ble, les États-Unis sont la première destination et c’est une victoire pour nous.

VE – Nous examinerons plus tard et en détail les marchés d’exportation. Ma question est la suivante: en plus d’accroître la diversité et la distance géographi-que des marchés sur lesquels nous exportons, quels autres aspects souligneriez-vous en ce qui con-cerne votre activité?

JM – J’ai commencé par cet as-pect parce que c’est le résultat final, mais pour y arriver, il a tout d’abord été nécessaire de définir une stratégie en 2011, mise en pratique à partir de 2012, qui reste aujourd’hui fonda-mentalement la même malgré que-lques légères adaptations. Il y a un souci de cohérence stratégique.

VE –Bien entendu avec la création de la marque ‘Wines of Portugal’.

JM – La marque a été créé fin 2009, 2010, mais c’est effectivement un aspect très important. En effet, et c´est là un deuxième point à sou-ligner, nous avons réussi à regrouper tout le secteur autour de la marque «Wines of Portugal», de façon har-monieuse. Nous parlons de marques régionales, de vins verts, du Douro, de Bairrada, de l´Alentejo, mais aussi de marques privées. Ce qui en res-

sort : une énorme symbiose autour de la marque Vinhos de Portugal.

VE – Aujourd´hui personne ne doute de l´efficacité de cette stra-tégie ?

JM – Certains en auront enco-re, mais je dirais qu´aujourd´hui, les plus grands players du marché recherchent la marque « Vinhos de Portugal ». Presque tous les vins des grands noms portent sur la contre étiquette le symbole ‘Wines of Por-tugal’. C’est un aspect important. Le troisième point découle des deux pre-miers: aujourd’hui, il est très facile de réunir tous ces acteurs autour d’une table pour discuter. Le secteur regar-de dans la même direction, les diffé-rentes entités se complètent davanta-ge, désormais, il n’y a ni concurrence, ni différences. Et ce sont peut-être là nos grandes victoires, celles qui pé-renniseront et seront décisives pour la croissance et le succès du secteur. Nous travaillons tous dans le même sens et avec les mêmes objectifs. Il existe bien évidemment des com-plémentarités. Pour certaines CVR (Commission de Viticulture Régio-nale) il existe des marchés plus im-portants que pour nous.

VE – Comment s´organise ce travail d´articulation entre les di-verses CVR?

JM –Le 20 juin, le plan de com-munication de la marque Vinhos de Portugal a été présenté à l›ensemble du secteur pour la période 2019-2023. C›était une réunion d›affaires. Il s´agit d´un instrument rapportant à ViniPortugal, mais nous avons tenu à le partager avec d’autres entités.

Nous définissons quels sont nos

JORGE MONTEIRO, PRÉSIDENT DE VINIPORTUGAL, AFFIRME “AUJOURD´HUI IL EST FACILE DE RÉUNIR TOUS LES ACTEURS DU SECTEUR AUTOUR D´UNE TABLE POUR DISCUTER”

‘Wines of Portugal’: “Nous travaillons ensemble à la réalisation d´un même objectif”

TERESA [email protected]

Vida Económica – Está há sete anos à frente da ViniPortugal. Que balanço faz do seu trabalho?

Jorge Monteiro – Demos passos importantes. Conseguimos melhorar a dinamização da ViniPortugal. Há uma cruzada enorme que não co-meçou há sete anos nem acabará tão cedo. E há dois ou três aspetos funda-mentais que se notam. Um deles é o crescimento continuado das exporta-ções de vinhos portugueses. Hoje cada vez menos podemos dizer que nos concentramos nos países africanos de língua portuguesa e na Europa. Hoje vamos a muitos outros mercados. E o melhor exemplo talvez seja o mercado americano, os Estados Unidos, que hoje são o primeiro destino da expor-

tação de vinhos tranquilos portugue-ses. É evidente que o vinho do Porto continua a ter um peso muito grande em França, mas, quando falamos dos vinhos de mesa, os Estados Unidos são o primeiro destino. E essa é uma bandeira muito importante para nós.

VE – Deixemos uma análise detalhada aos mercados de expor-tação mais para a frente. Pergun-to-lhe: além de aumentar a diver-sidade e a distância geográfica dos mercados para onde exportamos, que outros aspetos realçaria da sua atividade?

JM – Eu comecei por este aspeto porque é o resultado final mas, para chegarmos a isto, há, em primeiro lu-gar, uma estratégia, que foi definida em 2011 para funcionar a partir de 2012, e que hoje se mantém no essen-cial com ligeiros ajustes. Há aqui uma consistência estratégica.

VE – Desde logo com a criação da marca ‘Wines of Portugal’.

JM - A marca foi criada em finais de 2009, 2010, mas esse é também um aspeto muito importante. Porque outra coisa muito importante foi con-seguirmos, à volta da marca ‘Wines of Portugal’, congregar todo o setor. E há aqui uma grande sintonia. Estamos a falar de marcas regionais, dos vinhos verdes, do Douro, Bairrada, Alentejo, e depois das marcas privadas. E o que se nota é que há uma grande sintonia à volta da marca Vinhos de Portugal.

VE – Hoje ninguém tem dú-vidas de que essa foi a estratégia mais acertada?

JM – Alguém ainda terá dúvidas, mas eu diria que hoje aqueles que são os atores relevantes, de maior peso,

todos eles vão atrás da marca ‘Vinhos de Portugal’. Quase todos os vinhos das grandes empresas têm hoje no contra-rótulo o ‘Wines of Portugal’ como elemento distintivo. Esse é um aspeto muito importante. E o tercei-ro que resulta destes dois: é que hoje é muito fácil pôr todos estes atores à volta de uma mesa a conversar. O setor rema todo no mesmo sentido, as diferentes entidades hoje comple-mentam-se muito mais, nem há con-corrência nem há divergências. E essas são talvez as grandes vitórias, aquilo que ficará para o futuro e aquilo que é determinante para o crescimento e o sucesso do setor. Estamos todos a trabalhar no mesmo sentido e para os mesmos resultados.

Obviamente que depois há com-plementaridades. Para umas CVR [comissão de viticultura regional] há mercados mais importantes do que para nós.

VE – E como funciona esse trabalho de articulação das várias CVR?

JM – No dia 20 de junho hou-ve uma apresentação a todo o setor do plano de comunicação da marca Vinhos de Portugal para o período 2019-2023. Foi uma reunião de tra-balho. Este é um instrumento da Vi-niPortugal, mas fizemos questão de o partilhar com outras entidades. Nele definimos quais são os mercados e en-tendemos que as outras entidades do setor sabem quais são os nossos mer-cados prioritários e têm a liberdade de trabalhar outros mercados comple-mentares. E todos os anos organiza-mos reuniões em que cruzamos infor-mação. E pode acontecer uma de três coisas. Uma é uma entidade qualquer, uma CVR, querer ir ao mesmo mer-

PRESIDENTE DA VINIPORTUGAL, DIZ QUE “HOJE É MUITO FÁCIL PÔR TODOS OS ATORES À VOLTA DE UMA MESA A CONVERSAR”

‘Wines of Portugal’: “Estamos todos a trabalhar no mesmo sentido e para os mesmos resultados”

Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal.

Jorge Monteiro, président de ViniPortugal.

cado que a ViniPortugal e tentamos, num primeiro momento, estar juntos no mesmo dia e no mesmo lugar. A segunda é: nós vamos estar no mes-mo mercado com ações semelhantes, mas não faz sentido estar lá hoje uma organização e daqui a um mês outra. Então, procuramos escalonar no tem-po para que não haja um desperdício de esforços e possa haver uma com-plementaridade. Por exemplo, nós vamos em abril a um mercado e vai uma CVR em outubro complemen-tar. E isto é visto por esse mercado como um complemento de atuação e não como desorganização ou concor-rência. Mas tentamos conversar e ver se um determinado mercado que não é prioritário não podia vir a ser assu-mido como tal, porque há aqui duas ou três entidades que já estão a traba-

lhar e acham que chegou o momento de estar a marca ‘Wines of Portugal’ e não a marca regional/denominação de origem. Portanto, há aqui ao longo do ano um conjunto de sessões de tra-balho que terminam com um fórum anual, na última semana de novem-bro, que tem sido na Curia, em que fazemos uma apresentação conjunta dos planos. E, aí, já estamos a discutir o plano da marca Vinhos de Portugal. E isto faz-se sem grandes discussões. O objetivo é ganhar sinergias.

VE – Mas nem sempre foi as-sim.

JM – Há sete anos isto, de facto, era muito complicado. Nós somos pessoas e como pessoas é importan-te conversarmos e entendermo-nos e ganharmos confiança nas instituições.

VE – Por que é que diz que era complicado?

JM – Porque havia uma confli-tualidade grande. Eu diria que havia um reduzido esforço, um menor es-forço, não interessa de quem, na pro-cura desta concertação. Nós, quando chegámos, tivemos essa preocupação de nos aproximarmos e de fazermos um esforço de concertação. Todos têm de ceder, todos têm de trabalhar. E esta é uma prova de confiança. E hoje o cenário é completamente dis-tinto.

VE – Por isso lhe perguntava se ninguém questiona, por exem-plo, a marca-chapéu ‘Wines of Portugal’.

JM – Ninguém questiona, embo-ra, quando nós olhamos para grandes regiões, haja grandes regiões que po-derão precisar menos de nós. Mas de-pois há as pequenas regiões que estão mais próximas e que precisam mais da marca Vinhos de Portugal. Mas, hoje em dia, diria, não há ralações à volta disto, há um entendimento entre to-dos.

VE – A ViniPortugal tem um orçamento de cerca de seis mi-lhões de euros para a promoção dos vinhos de Portugal. É suficien-te?

JM – Olhe, quando chegámos havia, aqui alguma dispersão e mais olhos que barriga. Nós gostávamos de ter um orçamento maior. Mas aqui não é só a ambição do orçamento, é ter, depois, a capacidade de o execu-tar. Acho que mais vale concentrar isto numa boa execução destes seis/sete milhões de euros do que propria-mente estarmos a pensar num orça-mento para gastar mais e menos bem.

Mas vamos admitir que poderíamos aumentar este orçamento. Ele era pas-sível de ser aumentado. Estes seis/sete milhões estão no limiar daquilo que julgamos ser, por um lado, a capaci-dade disponível das empresas para trabalharem connosco e, por outro, estamos também no limite máximo da taxa de promoção que é paga por todos e que financia a nossa ativida-de no mercado interno e majora nos mercados terceiros.

VE – O que é que isso quer di-zer?

JM – Quer dizer que, a partir destes valores em que nós estamos, para aumentar em dois milhões de euros o investimento tínhamos de ir pedir um milhão de euros aos agen-tes económicos. Porque a partir deste limite em que estamos podemos ter mais dinheiro de Bruxelas da OCM [Organização Comum de Mercado - Apoio à Promoção de Vinhos em Mercados de Países Terceiros], mas esse financiamento seria a 50%, o que exigiria mais da parte dos agen-tes económicos. A nossa perceção é que estamos num momento em que não é ainda muito aconselhável estar a exigir esse esforço financeiro às em-presas. Daí estarmos a trabalhar na ordem dos oito milhões de euros de orçamento total, quase sete milhões de orçamento para a promoção. Por-tanto, à pergunta se não gostaríamos de aumentar, sim, mas provavelmen-te entraríamos num intervalo de es-forço financeiro grande da parte das empresas.

VE – De quantas empresas é que estamos a falar?

JM – O ano passado, trabalha-ram connosco 377. Há aqui 60, 70,

80 empresas que têm um movimen-to muito grande, que participam em muitas ações. Temos algumas que participam em 10, 15, 20, 25, 30 ações [por ano].

VE – E aquelas empresas, so-bretudo as que fazem um maior esforço financeiro e participam em mais ações, sentem que há retorno ao nível do volume de vendas e de exportações?

JM – Há duas leituras que procu-ramos fazer. Ou até três. A primeira é: sempre que fazemos um evento, faze-mos um inquérito aos agentes econó-micos, para perceber se correspondeu às expetativas, quais são as falhas e o que é preciso melhorar. Mas, depois, a Direção da ViniPortugal faz balanços com as suas associadas. Na construção do plano seguinte, submetemos um plano às associações que depois ou-vem as suas empresas para perceberem se estas propostas vão ou não de en-contro às expetativas. E o terceiro ele-mento é sempre a taxa de adesão aos eventos. Quando abrimos um evento e ficamos abaixo das expetativas, o for-mato pode não ser o mais adequado. Mas, este ano, o que tem acontecido é estarmos acima das expetativas. Nós temos provas, por exemplo, no Japão, na Coreia, mesmo no Brasil, que ul-trapassaram claramente o número de lugares que tínhamos à disposição. O que nos leva a esta coisa difícil que é: uma coisa são os índices de realização e outra coisa são os resultados finais. Até porque, nas exportações, as coisas demoram o seu tempo até trazer resul-tados. E, por isso, nalguns formatos, fazemos um inquérito a seguir, outro, passados três meses, e outro, passados seis, para perceber se houve continui-dade e evolução nos negócios.

(Continuação nas páginas 4-5)

A ViniPortugal, Organização Interprofissional do Vinho de Portugal, é a entidade gestora da marca ‘Wines of Portugal’, lançada em 2010. Em entrevista à “Vida Económica”, Jorge Monteiro, presidente, há sete anos no cargo e com mandato até 2020, fala de “uma cruzada enorme” que “não acabará tão cedo”, ao longo da qual foi possível pôr de lado “a grande conflitualidade que havia”, “congregar todo o setor” e gerar “uma grande sintonia”.Com um orçamento anual de perto de sete milhões de euros para a promoção interna, mas, sobretudo, externa, dos vinhos portugueses, Jorge Monteiro é taxativo: “As diferentes entidades hoje complementam-se muito mais”. Por outro lado, “estamos todos a trabalhar no mesmo sentido e para os mesmos resultados”. E isso, diz, “é determinante para o crescimento e o sucesso do setor”.

marchés prioritaires et partons du principe que les autres entités du secteur sont libres, avec cette infor-mation, de travailler d’autres mar-chés complémentaires. Chaque an-née, nous organisons des réunions où nous croisons de l´information. Trois cas de figure peuvent se présen-ter. Le premier: une société ou CVR prétend au même marché que Vini-Portugal, dans ce cas nous essayons, dans un premier temps, d´être pré-sents le même jour et au même en-droit. Le deuxième: nous allons être présents sur le même marché avec des actions similaires, il ne fait donc aucun sens qu´une organisation soit présente aujourd’hui, et une autre dans un mois. Nous essayons donc d´échelonner les actions dans le temps, de façon complémentai-re, afin qu´il n´y ai pas d´efforts en vain. A titre d´exemple, nous serons sur un marché en Avril et une CVR ira complémenter en Octobre. De cette façon cela est perçu sur ce mar-ché comme de la complémentarité et non comme de la désorganisation ou encore de la concurrence. Nous essayons d´en parler et voir si un cer-tain marché qui jusque-là n’était pas considéré comme prioritaire ne pour-rait pas le devenir, dès lors que deux ou trois entités le travaillent déjà et

pensent que le moment est venu que la marque « Wines of Portugal » soit présente plutôt que la marque régio-nale / appellation d’origine.

Pour cela, une série de sessions de travail sont organisées tout au long de l’année clôturées par un forum annuel organisé au cours de la dernière se-maine de novembre, à Curie où nous présentons les plans conjointement. Dès lors, nous sommes d’ores-et-déjà en train de discuter la marque Vinhos de Portugal. Et cela se fait sans grandes discussions. L’objectif étant d’obtenir des synergies.

VE – Cela n´a pas toujours été comme cela

JM – Il y a sept ans, c´était effec-tivement très compliqué. Nous som-mes des êtres humains et en tant que tels il est important de discuter, de nous comprendre et d´avoir confian-ce en nos institutions.

VE – Pourquoi dire que c´était compliqué?

JM – Parce qu’il y avait de gran-ds conflits. Je dirais que les efforts était réduits, peu importe de qui, dans cette quête de concertation. Lorsque nous sommes arrivés, nous avions comme préoccupation de nous rapprocher et de faire un effort

de concertation. Tout le monde doit céder, tout le monde doit tra-vailler. Et c’est là une preuve de con-fiance. Aujourd’hui, le scénario est complètement différent.

VE – C´est la raison pour laquelle je demandais si per-sonne ne remettait en question la marque-ombrelle ‘Wines of Portugal’.

JM – Personne ne remet la mar-que en question, même si les grandes régions ont certainement moins be-soin de nous. Par ailleurs, il y a aussi les petites régions, plus proches et qui ont plus besoin de la marque Vins du Portugal. De nos jours, je dirais qu´il n´y pas de contrariétés à ce sujet, il y a une bonne entente entre tous.

VE –ViniPortugal dispose d’un budget d’environ six millions d’euros pour la promotion des vins portugais. Est-ce suffisant?

JM – Ecoutez, quand nous som-mes arrivés il y avait beaucoup de dispersion et une ambition déme-surée. Nous aurions aimé disposer d´un budget plus important. Il ne s´agit pas seulement d´une question de budget mais également de capa-cité d´exécution. Je pense qu´il vaut mieux se concentrer sur la bonne exécution de ces six/sept millions d´euros plutôt que de penser à un budget plus important mais moins bien appliqué. Admettons que nous puissions augmenter ce budget, ces six ou sept millions représentent le seuil de ce que nous pensons être, d’une part, la capacité disponible des entreprises à travailler avec nous et, d’autre part, la limite maximale du taux de promotion payé par tous et qui finance notre activité sur le mar-

ché interne (majoré sur les marchés tiers).

VE – Qu´est-ce que cela signi-fie exactement?

JM – Cela signifie qu´au-delà de ces valeurs, une augmen-tation de deux millions en terme d´investissement impliquerait une demande d´un million supplémen-taire auprès des agents économiques.

En effet, à partir du seuil sur lequel nous nous trouvons, nous pourrions recevoir plus de fonds de Bruxelle, de l´OCM (Organisation Commune des Marchés- Appui à la Promotion des Vins sur les Marchés Tiers), mais ce financement serait de 50%, ce qui exigerait une participa-tion accrue de la part des agents éco-nomiques.

Notre avis est que nous sommes à un stade où il est encore préco-ce d’exiger cet effort financier de la part des entreprises. Nous travaillons donc à hauteur de huit millions d’euros de budget total, soit près de sept millions d´euros pour la promo-tion.

Donc, pour répondre à la ques-tion de savoir si nous aimerions aug-menter le budget, la réponse est oui, mais cela nous obligerait à un effort financier important de la part des en-treprises.

VE – De combien d´entreprises parlons-nous?

JM – L´année dernière 377 en-treprises ont collaboré avec nous, 60, 70, 80 d´entre elles participent acti-vement aux actions menées soit 10-15-20-25-30 actions (par an).

VE – Ces entreprises, en par-ticulier celles qui fournissent un

effort financier plus important et participent à plus d’actions, esti-ment-elles qu´il y a un retour sur investissement en terme de volu-me de ventes et d´exportations ?

JM – Nous pouvons faire deux lectures, peut-être même trois. La première est la suivante: chaque fois que nous organisons un événement, nous menons une enquête auprès des agents économiques afin de savoir si elle a répondu aux attentes, identifier ce qui a échoué et ce qui peut être amélioré. Après cela, la direction de ViniPortugal établit des bilans avec ses associés. Le plan suivant est sou-mis dans un premier temps aux as-sociations afin de comprendre si les propositions vont à l´encontre de leurs attentes. Enfin, le taux de par-ticipation est également un bon indi-cateur. Lorsque nous lançons un évé-nement et que nous nous retrouvons en dessous des attentes, le format peut, à titre d´exemple, ne pas être le plus approprié.

Ce qui est arrivé cette année est totalement l´inverse. Certaines dégustations, comme par exemple celles réalisées au Japon, en Corée ou encore au Brésil, ont clairement dépassé le nombre de places dispo-nibles. Cela nous amène à cette con-clusion: les indices de réalisation sont une chose et les résultats finaux en sont une autre. Même si, dans le ca-dre des exportations, il faut du temps pour obtenir des résultats. Ainsi, pour certains formats, nous réalisons une enquête immédiatement après l´évènement, une autre 3 mois plus tard et enfin une dernière 6 mois après sa réalisation, afin de pouvoir observer la continuité et l´évolution des affaires.

(Continuação nas páginas 4-5)

ViniPortugal, Organisation Interprofessionnelle du Vin du Portugal, est l´entité responsable de la marque «Wines of Portugal», lancée en 2010. Dans son interview à «Vida Económica», Jorge Monteiro, actuel président mandaté jusqu´en 2020, parle d´une «longue croisade» qui «ne prendra pas fin de sitôt», au cours de laquelle, il a été possible de mettre de côté « les conflits existants » « rassembler le secteur » et « créer une harmonie ».Avec un budget annuel de près de sept millions d’euros dédié à la promotion interne mais surtout externe des vins portugais, Jorge Monteiro est catégorique: «les différentes entités se complètent désormais davantage». D’autre part, «nous travaillons tous dans le même sens et dans le même but» ce qui «est essentiel pour la croissance et le succès du secteur».

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3sexta-feira, 28 de setembro 2018ESPECIAL VINITECHsexta-feira, 28 de setembro 20184 ESPECIAL VINITECH 5sexta-feira, 28 de setembro 2018

actuel. Les États-Unis et le Canada sont sur des marchés en croissance ; la Chine et le Brésil sur les marchés émergents.

Il y a bien entendu d´autres marchés, de plus petite taille, émer-gents et en croissance sur lesquels nous allons continuer à travailler. Il nous faut regarder chaque marché, sa classification et dimension. Nous allons également continuer à travai-ller des marchés stables comme le Royaume-Unis, la Suisse, la Norvège

et la Suède et nous ouvrir à des mar-chés Européens desquels nous nous étions éloignés mais sur lesquels nous pensons à l´heure actuelle qu´il est opportun que la marque soit dy-namisée. Je parle du Danemark, de la Hollande, de la Belgique et du Luxembourg.

VE – En résumé, vous al-lez réduire certains marchés en maintenir d´autres et même en augmenter.

JM – Il y a en effet des mar-chés où il est nécessaire de rédui-re l´investissement (Allemagne), d´autres ou nous allons maintenir une bonne partie de ce dernier (Etats Unis; Canada, Brésil et Chi-ne qui représentent 60% du bud-get) et enfin les marchés émergents (Japon, Corée, Hong Kong, Polog-ne et Angola) où nous allons main-tenir les investissements que nous avons fait jusqu´à présent.

Nous avons ajouté deux mar-chés OCM (Taiwan et Mexico) et quatre marchés de plus en interne (Danemark, Hollande, Belgique et Luxembourg). Ce sont les marchés que nous allons travailler. Quatre

d´entre eux représentent 60% du budget. Les 40% restants sont répar-tit sur 10 marchés puis 2 marchés émergents (Danemark et éventuelle-ment le Mexique).

VE – La sélection des mar-chés ou Viniportugal décide de faire sa promotion et les vins et régions viticoles intégrant ces actions sont deux choses diffé-rentes.

JM – Nous n´intervenons pas dans ce processus. Nous élaborons le plan, nous le diffusons et préparons les actions de communication sur le secteur. Les entreprises s´inscrivent comme elles l´entendent.

VE – Permettez-moi de re-formuler ma question: la sé-lection des marchés se fait en fonction du potentiel de consom-mation existants sur ces marchés et non en fonction de l´offre vi-ticole existante dans notre pays. C´est bien cela?

JM – Tout à fait. Ce qui moti-

ve notre décision, est l’expansion du marché de destination bien plus que l’offre que nous avons à disposition. Il peut y avoir, pour un marché don-né, des dégustations pour lesquel-les 80% des sociétés présentes sont de l´Alentejo et d´autres ou, sur un tout autre marché, 40% des sociétés sont du Douro ou encore de la ré-gion du vin vert. Nous n´avons pas la main sur ce processus.

Nous divisons notre plan en deux grandes catégories: les actions col-lectives (dégustations, présence sur des salons professionnels, journées du vin, commissions d´acheteurs, événements de consommation) et la promotion des produits génériques. Les actions collectives sont celles qui impliquent directement les agents économique, pour ces dernières, nous ne contrôlons pas qui est pré-

sent et qui ne l´est pas. Nous avons ensuite ce que l´on appelle la promo-tion générique, qui est la commu-nication de marque, la formation, la formation pour l’importation et la restauration. Dans ce cas, nous avons quelques critères, notamment en ce qui concerne la définition du positionnement que nous préten-dons avoir. La grande tendance des prochaines années passera par plus d´évènements de consommateurs et moins d´évènements propres.

VE – Ces actions auprès du public n´engagent-elles pas plus de frais?

JM – Oui. Elles sont ce qu´elles sont. Au brésil, par exemple, ces ac-tions sont très couteuses mais soit nous les mettons en place soit nous nous mettons hors course.

TERESA [email protected]

VE – Revenons sur le thè-me du financement et du pro-chain plan financier pluriannuel 2021-2027. Pensez- vous que les appuis financier se maintiendrons dans le secteur au Portugal?

JM – Nous sommes confiants. Naturellement, il y aura des ajuste-ments. Cependant - et il s´agit là de mon avis personnel - je pense que les ajustements les plus importants d’un point de vue financier favoriseront la restructuration du vignoble et moins l’internationalisation. Nous par-lons d’un budget de 14/16 millions d’euros pour l’internationalisation dont la majorité provient de l’OCM était destinée à la restructuration / modernisation du vignoble. Nous nous attendons donc à ce qu’il y ait des réajustements.

VE – À la baisse? JM – Oui, il y a beaucoup de

sujets à aborder dans le cadre de la politique agricole commune (PAC),

à notre avis, le plus sensible est ce-lui lié aux appuis pour la moder-nisation du vignoble. Cependant, lorsque l´on aborde les appuis à l’internationalisation, quelques craintes surgissent: d’un côté, le lo-bby européen anti-alcool et anti-vin qui a émis des critiques contre ces enveloppes budgétaires de soutien promotionnel, de l´autre, celle que nous craignons le plus: le fait que Bruxelles veuille limiter les efforts de promotion sur cinq ans.

La lecture que Bruxelles fait des efforts de promotion sur un marché donné est que ces derniers devraient se limiter à cinq ans.

Notre point de vue– que partage l´Espagne la France et l´Italie – est qu´un délais de 5 ans pour travailler un petit marché, comme c´est le cas du Luxembourg, peut-être suffisant. Cependant, lorsqu´il s´agit de mar-ché beaucoup plus vastes, comme la Chine, les Etats Unis, le Brésil ou encore la Russie, un délai de cinq ans est trop court.

C´est notre préoccupation ma-jeure. Elle ne concerne pas tant le

montant, mais bien les répercussions que pourrait avoir le lobby anti-al-cool, ou encore l’établissement de ce délais de cinq ans qui nous limitera et anéantira une partie du travail déjà réalisé sur les grands marchés et qui exigera un délai supérieur à cinq ans. Ce sont là nos inquiétudes. En ce qui concerne les montants, il est clair que nous préférerions croître 10% plutôt que de décroitre 10%, mais nous nous adapterons.

VE – Les exportations de vin ont atteint environ 800 millions d’euros en 2017 (plus exacte-ment 777,9 millions) et Vini-Portugal s’est fixé comme ob-jectif d’atteindre le milliard d’ici 2022. Ce chiffre est-il toujours d´actualité et réalisable?

JM – Nous nous sommes lan-cé ce défi et avons changé le délai de concrétisation d´ici 2023, ce qui nous permet, malgré tout, une croissance de 28% en cinq ans.

VE – Comment s´exécutera cette croissance? Par l´expansion sur les marchés ou nous sommes présents actuellement ou par l´entrée sur de nouveaux mar-chés ?

JM – Nous avons ajouté Me-xico et Taiwan à ceux qui étaient déjà nos 14 marchés prioritaires. Nous avons dans l´idée de réduire l´investissement en Allemagne, en effet il s´agit d´un marché déjà ma-ture et notre pari porte sur les mar-chés émergents ou en croissance. Les marchés en croissance étant le Ca-nada, le Japon, la Corée du Sud et Hong Kong. Le Brésil, la Chine, les États-Unis et le Canada vont repré-senter 60% de notre investissement

TERESA [email protected]

VE – Voltemos ao financia-mento e ao tema do próximo qua-dro financeiro plurianual 2021-2027. Acredita que os montantes financeiros de apoio ao setor para Portugal se vão manter?

JM – Nós estamos confiantes. É natural que possa haver alguns ajus-tes. No entanto – e esta é a minha opinião – creio que os ajustes mais significativos do ponto de vista finan-ceiro far-se-ão no apoio à reestrutura-ção da vinha e não tanto nos apoios à internacionalização. Nós estamos a falar de um orçamento de 14/16 milhões de euros para internaciona-lização e a maior fatia da OCM era para a reestruturação/modernização da vinha. Portanto, a expetativa que temos é que poderá haver alguns rea-justamentos.

VE – Para baixo?JM – Sim. Há muita coisa a

discutir no âmbito da PAC [Política Agrícola Comum], mas a perceção que temos é que o que será mais crí-tica serão os apoios à modernização da vinha. Mas quando falamos dos apoios à internacionalização há aqui duas ou três preocupações: por um lado, há um lóbi europeu antiálcool e antivinho que tem tido algumas manifestações críticas contra estes envelopes de apoio à promoção e uma outra que, para nós, é mais crí-tica: tem havido uma preocupação da parte de Bruxelas de limitar a cinco anos os esforços de promoção. Bru-xelas tem uma leitura de que os esfor-ços de promoção de um determinado mercado não devem ir além de cinco anos. E a perceção que nós temos – e Espanha, França, Itália têm a mesma posição que Portugal – é que cinco anos para trabalhar um mercado

pequeno, como o Luxemburgo, por exemplo, poderiam ser suficientes. Mas quando falamos num mercado muito extenso, como a China ou os Estados Unidos ou o Brasil ou Rús-sia, cinco anos é um período muito curto. E esta é a nossa preocupação. Não é tanto o montante, mas algum travão por efeito dos lóbis antiálcool e depois também por manutenção ou estabelecimento desse limite dos cinco anos que nos vai limitar e dei-tar por terra muito do trabalho que vinha a ser efetuado em mercados grandes, mas que vão exigir um pós--cinco anos. Estas são as nossas preo-cupações. Quanto aos montantes, é evidente que gostaríamos de crescer mais 10% do que reduzir 10%, mas ajustar-nos-emos.

VE – As exportações de vinhos atingiram em 2017 cerca de 800 milhões de euros (777,9 milhões, mais exatamente) e a ViniPortu-gal traçou o objetivo de chegar aos 1000 milhões em 2022. Esse número ainda se mantém e é con-cretizável?

JM – Nós lançámos o objetivo e alterámos o horizonte para 2023. O que, apesar de tudo, dá um cresci-mento de 28% em cinco anos.

VE – Mas esse crescimento far-se-á como? Pelo alargamento da presença nos mercados onde já estamos ou pela entrada em novos países?

JM – Àqueles que eram os nos-sos 14 mercados prioritários, intro-duzimos o México e Taiwan. Temos uma ideia de reduzir o investimento na Alemanha, porque é um mercado já maduro, pelo que devemos apostar

PRESIDENTE DA VINIPORTUGAL TEME “LÓBI EUROPEU ANTIÁLCOOL E ANTIVINHO”

PAC 2021-2027: “os ajustes financeiros mais significativos far-se-ão no apoio à reestruturação da vinha e não tanto à internacionalização”

Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal.

Jorge Monteiro, président de ViniPortugal.

O próximo quadro financeiro plurianual 2021-2027 pode trazer “alguns ajustes”, “para baixo”, nos apoios ao setor do vinho para Portugal. No entanto, para o presidente da ViniPortugal, “os ajustes mais significativos do ponto de vista financeiro far-se-ão no apoio à reestruturação da vinha e não tanto nos apoios à internacionalização”.Jorge Monteiro está, é preocupado com o “lóbi europeu antiálcool e antivinho”, que tem tido “algumas manifestações críticas contra os envelopes de apoio à promoção” dos vinhos”. Por outro lado, “Bruxelas tem uma leitura de que os esforços de promoção de um determinado mercado não devem ir além de cinco anos” e que pode “deitar por terra muito do trabalho que vinha a ser efetuado em mercados grandes”.Seja como for, o presidente da ViniPortugal está “confiante”. “É evidente que gostaríamos de crescer mais 10% do que reduzir 10%”, diz, mas, se tal suceder, “ajustar-nos-emos”.

nos mercados ou emergentes ou de crescimento. Os de crescimento são o Canadá, o Japão, a Coreia do Sul e Hong-Kong. O Brasil, a China, Esta-dos Unidos e Canadá vão representar 60% do nosso investimento anual. Os Estados Unidos e o Canadá estão nos mercados em crescimento; a Chi-na e o Brasil estão nos emergentes. Mas depois há mais mercados emer-

gentes e em crescimento que vamos continuar a trabalhar, mas que são de menor dimensão. Temos de olhar para cada mercado e para a sua clas-sificação e dimensão. Mas depois va-mos continuar a trabalhar mercados estáveis, como Reino Unido, a Suíça, a Noruega e a Suécia. E vamos fazer uma abertura a mercados europeus de onde estávamos arredados, mas

onde julgamos que, neste momento, faz algum sentido a dinamização da marca. Estou a falar da Dinamarca, Holanda, Bélgica e Luxemburgo.

VE – Ou seja, vão reduzir nuns, manter noutros e aumentar nou-tros.

JM - Portanto, temos um mer-cado a reduzir investimento (Alema-nha), temos outros a manter o grosso do investimento (Estados Unidos, Canadá, Brasil e China, que levam 60% do orçamento) e depois os ou-tros que são emergentes (Japão, Co-reia, Hong Kong, Polónia e Angola), onde vamos manter os investimentos que temos vindo a fazer. E colocámos mais dois mercados OCM (Taiwan e México) e mais quatro mercados do mercado interno (Dinamarca, Holanda, Bélgica e Luxemburgo). São estes os mercados que vamos trabalhar. Quatro levam 60% do or-çamento. Os outros 40% repartem--se por 10 mercados e há depois dois mercados que vão começar a emergir (Dinamarca e eventualmente o Mé-xico).

VE – Mas uma coisa é a se-leção dos mercados onde a Vini-Portugal decide fazer promoção e outra coisa é saber quais são os vinhos e as regiões vitivinícolas que integram essas ações.

JM – Não temos intervenção nesse processo. Nós formatamos o plano e divulgamos e depois prepa-ramos para ação uma comunicação ao setor. E as empresas inscrevem-se como quiserem.

VE – Deixe-me colocar a questão de outra forma: a seleção dos mercados é feita em função

do potencial de consumo que há nesses mercados e não em função da oferta de vinhos que temos cá. É isso?

JM – Exatamente. O que orienta a nossa determinação é muito mais a ampliação do mercado de destino e muito menos a oferta que temos. Pode muito bem acontecer uma pro-va em que tenhamos 80% de empre-sas do Alentejo para aquele mercado e uma outra prova noutro mercado qualquer com 40% de empresas do Douro e 40% de empresas de vinhos verdes. Não controlamos esse proces-so.

Nós dividimos o nosso plano em duas grandes áreas: as ações co-letivas (provas, presença em feiras, ‘wine days’, comitivas de comprador, eventos de consumidor) e a promo-ção genérica. As ações coletivas são as

que envolvem diretamente os agen-tes económicos e, nestas, nós não controlamos quem vem e quem não vem. Depois temos a chamada pro-moção genérica, que é a comunica-ção de marca, a formação, formação para importação ou restauração. E, aí sim, temos algum critério, nomea-damente na definição ou na defini-ção do posicionamento que vamos querer. E a grande tendência nos próximos anos é haver mais eventos de consumidores e menos eventos próprios.

VE – Mas essas ações junto do público não envolvem mais gas-tos?

JM – Sim. São o que são. No Brasil, por exemplo, estas ações cus-tam muito dinheiro. Mas, ou faze-mos, ou morremos na praia.

“Trabalhar um mercado pequeno, como o Luxemburgo, por exemplo, cinco anos poderiam ser suficientes, mas quando

falamos num mercado muito extenso, como a China ou os Estados Unidos ou o Brasil ou a Rússia, cinco anos é um período muito curto”

Direção da ViniPortugal tem mandato até 2020

A ViniPortugal é a Organização Interprofissional do Vinho de Por-tugal, reconhecida por Despacho do Ministério da Agricultura, sendo a entidade gestora da marca ‘Wines of Portugal’.

Fundada em 1997 enquanto associação privada sem fins lucrativos, agrupa estruturas associativas e organizações de profissionais ligadas ao comércio (ACIBEV e ANCEVE), à produção (FENAVI e FEVIPOR), às cooperativas (FENADEGAS), aos destiladores (AND), aos agricultores (CAP) e às Denominações de Origem (ANDOVI).

Através da ViniPortugal, a marca Wines of Portugal está presente em quatro continentes e 14 mercados estratégicos. Com um investimento anual entre seis e sete milhões de euros, realiza anualmente mais de 100 ações de promoção dos vinhos portugueses, envolvendo mais de 370 agentes económicos nacionais.

A Direção da ViniPortugal, eleita em março de 2017 para o triénio 2017/2020, é composta por três membros: Jorge Monteiro (presidente), Jorge Basto Gonçalves e Martim Guedes.

Direction de ViniPortugal mandatée jusqu´en 2020

ViniPortugal est l’organisation interprofessionnelle du vin du Portugal, reconnue par le ministère de l’agriculture, et responsable de la marque «Wines of Portugal». Fondée en 1997 cette association privée à but non lucratif regroupe des associations et des organisations professionnelles liées au commerce (ACIBEV et ANCEVE), à la production (FENAVI et FEVIPOR), aux coopératives (FENADEGAS), aux distillateurs (AND) aux agriculteurs. ) et aux appellations d’origine (ANDOVI).

Par l´intermédiaire de ViniPortugal, la marque Wines of Portugal est présente sur quatre continents et 14 marchés stratégiques. Avec un investissement annuel de 6 à 7 millions d´euros, plus de 100 actions de promotion des vins portugais sont réalisées annuellement, impliquant plus de 370 agents économiques nationaux.

La direction de ViniPortugal, élue en mars 2017 pour la période triennale 2017/2020, est composée de trois membres: Jorge Monteiro (président), Jorge Basto Gonçalves et Martim Guedes.

PRÉSIDENT DE VINIPORTUGAL CRAINT “LE LOBBY EUROPÉEN ANTI-ALCOOL ET ANTI-VIN”

PAC 2021-2027: “Les ajustements financiers les plus significatifs seront apportés à l’appui de la restructuration du vignoble et moins à l’internationalisation”Le prochain plan financier pluriannuel 2021-2027 pourrait apporter «quelques ajustements» en ce qui concerne les appuis au secteur du vin au Portugal. Cependant, pour le président de ViniPortugal, «les ajustements les plus significatifs du point de vue financier seront réalisés en faveur de la restructuration du vignoble et pas tellement en faveur de l’internationalisation».Jorge Monteiro craint «le lobby européen anti-alcool et anti-vin», la promotion des vins a fait l objet de «quelques manifestations critiques concernant les enveloppes budgétaires de soutient à sa promotion». D’autre part, «Bruxelles a le sentiment que les efforts visant à promouvoir un marché donné ne devraient pas dépasser cinq ans» ce qui pourrait «anéantir une grande partie du travail accompli sur les grands marchés».Indépendamment de tout cela, le président de ViniPortugal reste «confiant». «Il est clair que nous aimerions croître de 10% plutôt que décroitre de 10%», dit-il, mais si cela se produit, «Nous nous adapterons».

“Travailler un petit marché, comme c´est le cas du Luxembourg, cinq ans peut-être suffisant. Cependant, lorsqu´il s´agit de marché beaucoup plus vastes, comme la

Chine, les Etats Unis, le Brésil ou encore la Russie, un délai de cinq ans est trop court”

Page 4: Especial Vinhos Vinitech-Sifel · moins en moins dire que nos efforts se centrent sur les pays africains lu-sophones et sur l’Europe. Nous som- mes désormais présents sur beaucoup

sexta-feira, 28 de setembro 20186 ESPECIAL VINITECH

TERESA [email protected]

As previsões do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) traçadas em julho para a produção de vinho apontam para uma diminuição, em Portugal, de cerca de

3% face à campanha passada, “para um volume na ordem dos 6,5 milhões de hectolitros, muito próximo da média das cinco últimas campa-nhas”.

As vindimas já começaram e a previsão aponta para uma quebra de produção na maio-ria das regiões, com exceção do Alentejo, Algar-ve e Açores, onde é expectável “um aumento, sustentado por um bom desenvolvimento vege-tativo das videiras”, e no Douro, onde se espera uma produção equivalente à campanha passada. No entanto, os produtores falam em perdas na ordem dos 30%, devido aos episódios de queda de granizo em várias localidades e às doenças das vinhas (míldio, oídio e ‘black rot’, também co-nhecido como podridão negra).

Também para o Douro e para a vindima de 2018, o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) fixou a produção de mosto generoso na Região Demarcada do Douro (RDD) – a quan-tidade de mosto que cada viticultor pode desti-nar à produção de vinho do Porto – em 116.000 pipas (550 litros). Em 2017, foram transforma-das 118 mil pipas de Porto (mais 2000 pipas).

As regiões das Terras da Beira e das Terras do Dão terão sido as mais afetadas pela que-bra da produção este ano, segundo o IVV, com “uma previsão de quebra de produção superior a 20%”.

Portugal (54 litros por ano) lidera consumo ‘per capita’

As condições meteorológicas verificadas ao longo da campanha foram favoráveis aos ata-ques de míldio e de oídio, considerados estes os principais responsáveis pela quebra estimada de produção.

O ciclo vegetativo das videiras estava, em julho, “atrasado duas a três semanas”, diz o IVV, pelo que as condições climatéricas nos meses de agosto e de setembro foram “determinantes na quantidade e qualidade da colheita”.

Numa outra perspetiva, a do consumo, e de acordo com a Organização Internacio-nal da Vinha e do Vinho (OIV), Portugal é o país do mundo com maior consumo anual de vinho ‘per capita’, sendo que cada português bebe, em média, 54 litros por ano (em Fran-ça bebe-se, em média, 51,8 litros/’per capita’/ano, em Itália 41,5, na Suíça 40,4 e na Áustria 32,4 litros. Paradoxalmente, na China, que é o sexto maior produtor mundial de vinho, cada cidadão apenas bebe, em média, 1,4 li-tros de vinho por ano.

Granizo e doenças da vinha afetam a vindima de 2018

Concurso Decanter Asia Wine Awards – Premiados portugueses‘Platina - Melhor em Prova’– Blandy’s, Sercial Vintage, Madeira, Portugal, 1968 – 98 pontos – Ferreira, Quinta do Porto, Single Quinta Vintage, Port, Portugal, 2015 – 97 pontos – Justino’s, 50 Years Old Terrantez, Madeira, Portugal, NV – 98 pontos – Quinta Nova, Unoaked Touriga Nacional-Touriga Franca-Tinta Roriz-Tinto Cão, Douro, Portugal, 2016 – 97 pontos – Sandeman, 40 Year Old Tawny, Port, Portugal, NV – 97 pontos – Vista Alegre 40 Years Old Port  White – 97 pontos

‘Platina’Os vinhos portugueses nesta categoria adquiriram todos 97 pontos.

– Barros, Colheita 1998, Port, Portugal  – Blandy’s, Colheita Verdelho, Madeira, Portugal, 2000  – Espinho, Douro, Portugal, 2014 – Esporão, Quinta dos Murças, Single Quinta Vintage, Port, Portugal, 2015 – Justino’s, Malvasia, Madeira, Portugal, 1997  – Kopke, Colheita, Port, Portugal, 1978  – Kopke, Colheita, Port, Portugal, 1958 – Morrisons, Ruby, Port, Portugal, NV  – Pingo Doce, Alvarinho, Monção e Melgaço, Vinho Verde, Portugal, 2017 – Quinta do Pégo, Vintage, Port, Portugal, 2015  – Quinta do Portal, Reserva, Moscatel do Douro, Portugal, 1996  – Sandeman, 30 Year Old Tawny, Port, Portugal, NV 

TERESA [email protected]

Os vinhos licorosos portugueses arreca-daram este mês de setembro seis me-dalhas ‘Platinum – Best in Show’ no concurso ‘Decanter Asia Wine Awar-

ds’, em Hong Kong, um dos maiores concursos de vinho realizados na Ásia. O concurso pre-miou seis licorosos portugueses com a medalha ‘Platina - Melhor em Prova’, a melhor distinção da competição. O Blandy’s, Sercial Vintage, Ma-deira, 1968 e Justino’s, 50 Years Old Terrantez foram classificados com 98 pontos.

À parte disso, os vinhos portugueses con-quistaram 12 medalhas platina, 23 medalhas de

ouro e 149 medalhas de prata. Entre os vencedo-res Platina, dez são vinhos licorosos e dois vinhos tranquilos, todos classificados com 97 pontos. França foi o país que arrecadou mais medalhas ’Platina - Melhor em Prova’ (12), seguida de Por-tugal e de Itália, ambos empatados no segundo lugar com seis medalhas nesta categoria.

O ‘Decanter World Wines Awards’ (DWWA) é um concurso internacional promo-vido pela revista de referência inglesa ‘Decanter’. Cerca de 16900 vinhos foram julgados em prova cega por 275 dos melhores palatos do mundo.

No final, atribuíram 50 medalhas ‘Platina - Melhor em Prova’, 149 medalhas de platina, 439 medalhas de ouro, 3454 medalhas de prata e 7079 medalhas de bronze.

Vinhos licorosos portugueses premiados nos ‘Decanter Asia Wine Awards’

TERESA [email protected]

Selon les prévisions de l’Institut du Vin et de la Vigne (IVV) en juillet, la pro-duction de vin aurait diminué au Por-tugal d’environ 3% par rapport à l’an

dernier “pour atteindre un volume de l’ordre de 6,5 millions hectolitres, très proches de la moyenne des cinq dernières campagnes “.

La récolte a déjà commencé et les prévi-sions indiquent une baisse de la production dans la plupart des régions, à l’exception de l’Alentejo, de l’Algarve et des Açores, où l’on s’attend à «une augmentation soutenue grâce à un bon développement végétatif des vig-nes». Dans le Douro, on attend une produc-tion équivalente à la campagne précédente.

Cependant, les producteurs signalent des pertes de l’ordre de 30%, dues aux tempêtes de grêle dans divers endroits et aux maladies de la vigne (mildiou, oïdium et « black rot » également connue sous le nom de « pourritu-re noire »).

Toujours pour le Douro et concernant la récolte de 2018, l’IVDP a fixé la production de moût généreux dans la RDD - la quantité de moût que chaque vigneron peut destiner à la production de vin de Porto - à 116 000 barils (550 litres). En 2017, 118 000 barils de Porto ont été transformés (2000 barils de plus).

Selon l’IVV, les régions de Terras da Beira et de Terras do Dão auraient été les plus dure-ment touchées par la chute de la production cette année, avec “une prévision de pertes de production de plus de 20%”.

Le Portugal (54 litres par an) leader de la consommation ‘per capita’

Les conditions météorologiques au cours de la campagne ont favorisé les attaques de mildiou et d´oïdium, considérées comme les principales responsables de la chute estimée de la production.

Le cycle végétatif des vignes a “pris un re-tard de deux à trois semaines en juillet”, pré-cise l’IVV, de sorte que les conditions météo-rologiques des mois d’août et de septembre ont été “déterminantes pour la quantité et la qualité de la récolte”.

Du point de vue de la consommation, et selon l’Organisation Internationale de la Vig-ne et du Vin (OIV), le Portugal est le pays où la consommation annuelle de vin par ha-bitant est la plus élevée au monde, avec une moyenne de 54 litres par an (en France on consomme en moyenne 51,8 litres / par ha-bitant / an), en Italie 41,5, en Suisse 40,4 et en Autriche 32,4 litres. La Chine, sixième producteur mondial de vin, ne consomme en moyenne que 1,4 litre de vin par an.

La grêle et les maladies de la vigne affectent la récolte de 2018

CONCOURS DECANTER ASIA WINE AWARDS – LAURÉATS PORTUGAIS‘Platine – Meilleure dégustation”– Blandy’s, Sercial Vintage, Madeira, Portugal, 1968 – 98 points– Ferreira, Quinta do Porto, Single Quinta Vintage, Port, Portugal, 2015 – 97 points– Justino’s, 50 Years Old Terrantez, Madeira, Portugal, NV – 98 points– Quinta Nova, Unoaked Touriga Nacional-Touriga Franca-Tinta Roriz-Tinto Cão, Douro, Portugal, 2016 – 97 points– Sandeman, 40 Year Old Tawny, Port, Portugal, NV – 97 points– Vista Alegre 40 Years Old Port White – 97 points

‘Platine’Les vins portugais de cette catégorie ont recueillis 97 points

– Barros, Colheita 1998, Port, Portugal – Blandy’s, Colheita Verdelho, Madeira, Portugal, 2000 – Espinho, Douro, Portugal, 2014– Esporão, Quinta dos Murças, Single Quinta Vintage, Port, Portugal, 2015– Justino’s, Malvasia, Madeira, Portugal, 1997 – Kopke, Colheita, Port, Portugal, 1978 – Kopke, Colheita, Port, Portugal, 1958– Morrisons, Ruby, Port, Portugal, NV – Pingo Doce, Alvarinho, Monção e Melgaço, Vinho Verde, Portugal, 2017– Quinta do Pégo, Vintage, Port, Portugal, 2015 – Quinta do Portal, Reserva, Moscatel do Douro, Portugal, 1996 – Sandeman, 30 Year Old Tawny, Port, Portugal, NV

TERESA [email protected]

Les vins liquoreux portugais ont rem-porté six médailles «Platinum - Best in Show» lors des Decanter Asia Wine Awards à Hong Kong, l’un des plus

grands concours de vin organisés en septembre en Asie.

Le concours a récompensé six liqueurs por-tugaises avec la médaille «Platinum - Best in Competition», la plus grande distinction de la compétition. Le vins Blandy´s, Sercial Vintage, Madeira, 1968 et Justino’s, 50 ans Old Terran-tez ont reçu 98 points.

De plus, les vins portugais ont remporté 12 médailles de platine, 23 médailles d’or et 149

médailles d’argent. Parmi les lauréats Platine, dix sont des vins liquoreux et deux vins tran-quilles, tous notés avec 97 points.

La France est le pays qui a remporté le plus de «Platinum - Best in Proof» (12), suivi du Portugal et de l’Italie, tous deux à égalité pour la deuxième place avec six médailles dans cette catégorie.

Le «Decanter World Wines Awards» (DWWA) est un concours international or-ganisé par le magazine de référence anglais «Decanter». Environ 16900 vins ont été éva-lués dans dégustation à l’aveugle par 275 des meilleurs palais du monde.

Au total, 50 médailles «Platinum - Best in Proof», 149 médailles de platine, 439 médailles d’or, 3454 médailles d’argen t et 7079 médail-les de bronze ont été décernées.

Vins liquoreux portugais récompensés lors des «Decanter Asia Wine Awards»

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7sexta-feira, 28 de setembro 2018ESPECIAL VINITECH

TERESA [email protected]

Les 20, 21 et 22 novembre, 850 ex-posants sont attendus pour la 21ème édition de Vinitech-Sifel, à Bor-deaux, France, três proche des ac-teurs des filières vitivinicole et fruits

et légumes. Cette grande biennale internationale cons-

titue “pendant trois jours ‘the place to be’ en matière d’innovations et un grand carrefour d’affaires”. Le salon sera aussi “le rendez-vous incontournable pour les professionnels décidés à relever les défis technologiques, environne-mentaux et économiques présents et à venir”, selon l’organisation.

Il y aura trois parcours de visites théma-tiques, les espaces ‘Ecophyto Agroécologie’, ‘Start-up’, ‘Wine & Spirit Profiling’ ou ‘Busi-ness meetings’; quatre concours de référence dédiés à l’innovation, plus de 65 conférences.

Avec 1200 marques représentées, l’offre de Vinitech-Sifel se décline en quatre pôles d’activités: 1 - pôle techniques culturales (21 500 m² soit 34% du salon) 2 - pôle embou-teillage et le conditionnement (13 500 m² soit 22%) 3 - pôle équipements de caves et de chais (24 000 m² soit 38%) 4 - pôle services (4 000 m² soit 6%).

“Vinitech-Sifel se veut plateforme

d’échanges, de business, de découvertes et outil utile avec la mise en place de services au béné-fice des visiteurs”, dit l’organisation du salon. Pour une visite sur mesure, pour favoriser la transversalité et la lisibilité de l’offre commer-ciale, le salon proposera trois parcours de visite: ‘Fruits et Légumes’, ‘Spiritueux’ et ‘Bio’.

Avec la présentation de matériels et d’expérimentations existantes, l’espace ‘Eco-phyto et Agroécolologie’ guidera les produc-teurs viticoles et arboricoles dans leur volonté de faire évoluer les pratiques.

L’espace ‘Technoshow’ aura des démonstra-tions et essais de conduite avec des matériels et machines de pointe seront proposés sur les trois jours de salon.

La formation et l’emploi seront aussi abor-dés dans le cadre de la ‘Sphère des Métiers’, espa-ce co-organisé avec Vitijob.com et l’APECITA et son ‘Job Dating’ (sur pré-inscription). Une vingtaine d’entreprises, de cabinets de recrute-ment ainsi qu’une vingtaine d’écoles et organis-mes de formation accompagneront les jeunes ou candidats à la reconversion.

21e Trophées de l’Innovation Porteur des nouveaux enjeux, Vinitech-Si-

fel constitue un temps fort pour les échanges, les débats et rencontres. Dans le cadre du ‘Pôle Rencontres et Innovations’, le salon mobilise-

ra de nombreux experts autour de plus de 65 conférences et forums dont certaines proposée en traduction simultanée. Y seront abordés les grands sujets des filières et des thématiques transversales aux secteurs viti-vini et fruits & légumes. 15 forums développeront le sujet de l’agroécologie, du travail du sol, de la roboti-sation, variétés résistantes, gestion d’entreprise, etc.

Delphine Demade, directrice du Vinitech--Sifel, souligne: “notre salon est perçu comme une plateforme pluraliste d’échanges. Il permet à tout type de visiteur, quelle que soit la taille de son entreprise, de son exploitation et quels que soient les types de productions, d’y trou-ver sa place et des avancées pour améliorer ses pratiques au quotidien. Vinitech-Sifel se doit d’offrir des réponses sur mesure. C’est le messa-ge fort que nous souhaitons passer”.

Grand Prix de la Fondation Amorim

Partage d’expériences et rencontres seront aussi au rendez-vous de l’espace de dégusta-tion “Wine & Spirit Profiling”. Cette opéra-tion montée en collaboration avec l’IFV, avec la contribution des bureaux interprofessionnels

du Cognac et de l’Armagnac et de Bordeaux Sciences Agro, a pour mission de faire décou-vrir les bénéfices de la recherche sur les arômes.

Dans la construction de sa nouvelle édi-tion, Vinitech-Sifel a défini une stratégie de moyens pour être rapporteur d’affaires et assu-rer aux constructeurs présents un visitorat de qualité. Depuis plusieurs mois le salon dévelo-ppe une campagne de promotion d’envergure menée à l’international, auprès d’une soixan-taine de pays producteurs européens, améri-cains et asiatiques en vue de recruter des visi-teurs décideurs.

Le salon accueil ainsi cette année les en-treprises primées sur le concours ‘Wilaaw’ s’adressant aux designers d’étiquettes de vins et le Concours International ‘Wine in Box’ (CIWIB) dédié aux vins conditionnés en BIB.

Les visiteurs retrouveront en parallèle les innovations distinguées dans le cadre du Tro-phée Oenovation (solutions dans le domaine viticole) organisé en partenariat avec la Tech-nopole Bordeaux Montesquieu et du Grand Prix de la Fondation Amorim, à destination des jeunes entrepreneurs présentant un projet innovant autour du vin pour les secteurs de la sommellerie, des cavistes, de la grande distribu-tion ou encore du grand public.

TERESA [email protected]

Nos dias 20, 21 e 22 de novembro, são esperados 850 expositores na 21ª edição da Vinitech-Sifel, em Bordeaux, França, um certame particularmente dedicado aos ope-

radores dos setores dos vinhos, frutas e legumes.Esta grande bienal internacional vai ser, du-

rante três dias, ‘the place to be’ em termos de inovação e um importante centro de negócios. De acordo com a organização, o certame tam-bém será “um evento imperdível para os pro-fissionais apostados em enfrentarem os desafios tecnológicos, ambientais e económicos do pre-sente e do futuro”.

Haverá três percursos temáticos, ‘Ecophyto Agroecology’, ‘Start-up’, ‘Wine & Spirit Profi-ling’ ou ‘business meetings’ e quatro competi-ções de referência dedicadas à inovação e mais de 65 conferências.

Com 1200 marcas representadas, o Vini-tech-Sifel oferece aos visitantes quatro polos de atividades: 1 – um de técnicas de cultivo (21.500 metros quadrados que ocupa 34% do salão de exposições); 2 – um polo de engarrafa-mento e centro de embalagem (13.500 m² que ocupa 22% da exposição; 3 – uma divisão de

equipamentos de adega (24.000 m² e 38% da área de exposição); 4 – uma divisão de serviços (4000 m² ou 6% da área de exposição).

“O Vinitech-Sifel quer ser uma plataforma de intercâmbio, de negócios, de descobertas e uma ferramenta útil que proporciona vários ser-viços em benefício dos visitantes”, afirma a orga-nização do evento. Para uma visita personalizada e para promover a legibilidade da oferta comer-cial, o certame vai oferecer três visitas guiadas: ‘Frutas e legumes’, ‘espíritos’ e ‘Bio’.

Com a apresentação de materiais e experiên-cias existentes, o espaço ‘Ecophyto and Agroe-colology’ guiará os viticultores e os produtores arborícolas pelo seu desejo de mudar as práticas agrícolas.

O espaço ‘Technoshow’ terá demonstrações e testes de direção com equipamentos e maqui-naria avançados, que serão colocados à disposi-ção dos visitantes nos três dias do certame.

Por outro lado, a formação e o emprego também serão discutidos no contexto da ‘Esfera dos Ofícios’ (‘Sphère des Métiers’), um espaço co-organizado pelo Vitijob.com e APECITA e pelo seu ‘Job Dating’ (no pré-registo). Vinte empresas, empresas de recrutamento e cerca de vinte escolas e entidades de formação acompa-nharão os jovens ou os candidatos à mudança de atividade.

21ºs Troféus de InovaçãoPortador de novos desafios, o Vinitech-

-Sifel é um local privilegiado para as mudan-ças, os debates e as reuniões. No âmbito do “Encounters and Innovations Pole”, o certa-me mobilizará muitos especialistas em mais de 65 conferências e fóruns, alguns dos quais com possibilidade de tradução simultânea. Lá se discutirão os principais assuntos e os temas transversais aos setores vitícolas, das frutas e dos legumes. Também haverá 15 fó-runs que desenvolverão os temas de agroeco-logia, do plantio direto, da robotização, das variedades resistentes, da gestão de negócios, etc.

Delphine Demade, diretora da Vinitech--Sifel, frisa que “o nosso certame é percebido como uma plataforma plural de intercâmbios. Permite que qualquer tipo de visitante, inde-pendente da dimensão da sua empresa, da sua exploração e quaisquer que sejam os tipos de produção, encontre o seu lugar e progrida para melhorar as suas práticas diárias. A Vinitech--Sifel tem que oferecer respostas à medida. Esta é a forte mensagem que queremos passar”.

Grande Prémio da Fundação Amorim

A partilha de experiências e as reuniões também terão lugar na área de degustação

“Wine & Spirit Profiling”. O aumento desta oferta em colaboração com IFV, com a contri-buição de inter-office de Cognac e Armagnac e Bordeaux Ciências Agro, tem como objetivo descobrir os benefícios da investigação acerca dos aromas.

Na construção desta nova edição, o Vini-tech-Sifel definiu uma estratégia de meios para ser um veículo de negócios e garantir aos ex-positores e visitantes uma estadia de qualidade. De há vários meses a esta parte, o certame tem vindo a desenvolver uma grande campanha de promoção externa junto de cerca de sessenta países produtores europeus, dos EUA e da Ásia, com vista a recrutar visitantes com capacidade de decisão.

Este ano, o Vinitech-Sifel também acolhe as empresas vencedoras no concurso ‘Wilaaw’ e o Concurso Internacional ‘Wine in Box’ (CIWIB) dedicados ao vinho embalado em BIB e a abordar os rótulos de vinhos da autoria de ‘designers’.

Em paralelo, os visitantes vão encontrar as inovações distinguidas no Troféu Oenovation (soluções na vinha) organizado em parceria com o Tecnopólo Bordeaux Montesquieu, as-sim como o vencedor do Grande Prémio da Fundação Amorim para jovens empresários, com um “projeto inovador” dedicado ao vinho para ‘sommelliers’, comerciantes, supermerca-dos ou o público em geral.

DIAS 20, 21 E 22 DE NOVEMBRO NO CENTRO DE EXPOSIÇÕES DE BORDEAUX

Vinitech-Sifel acolhe 850 expositores e 1200 marcas em Bordeaux

LES 20, 21 ET 22 NOVEMBRE AU PARC DES EXPOSITIONS DE BORDEAUX

Vinitech-Sifel accueil 850 exposants et 1200 marques à Bordeaux

Delphine Demade, directora do Vinitech-Sifel.

Delphine Demade, directrice du Vinitech-Sifel.

Page 6: Especial Vinhos Vinitech-Sifel · moins en moins dire que nos efforts se centrent sur les pays africains lu-sophones et sur l’Europe. Nous som- mes désormais présents sur beaucoup

sexta-feira, 28 de setembro 20188 9sexta-feira, 28 de setembro 2018ESPECIAL VINITECH ESPECIAL VINITECH

TERESA [email protected]

Delphine Demade, dire-tora dos salões de Bor-déus, esteve no Porto, na última semana, para apresentar a próxima

edição do Vinitech & Sifel, o salão de exposição internacional de equi-pamentos e técnicas da vinha e do vinho, que terá lugar no Parque de Exposições de Bordéus, em França, de 22 a 25 de novembro.

O evento também contou com a presença de Laurent Marionnet, di-retor-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF), do presidente do Instituto dos Vi-nhos do Douro e do Porto (IVDP), Manuel Novaes Cabral, e do presi-dente da ViniPortugal, Jorge Mon-teiro.

Em declarações ao jornal “Vida

Económica”, Delphine Demade re-velou que, para já, apenas “está ins-crita cerca de uma dezena de empre-sas portuguesas” como expositoras. No total há, neste momento, 850 ex-positores no certame, 20% dos quais estrangeiros. Em termos de visitantes são esperados “cerca de 45 mil profis-sionais, dos quais 15% estrangeiros, sendo estes oriundos de todas as re-giões produtoras do mundo”.

“Para já, ainda é cedo para afir-mar com certeza, mas parece-nos que há uma tendência de crescimento”,

quer quanto ao número de visitantes, quer de expositores, refere a diretora dos salões de Bordéus. Até porque, diz, “neste momento, temos um nú-mero muito elevado de reservas, o que faz prever que o salão vai esgo-tar, o que também revela a vitalidade desta fileira”.

Questionada sobre o baixo nú-mero de empresas portuguesas a exporem na feira, a diretora do di-retora dos salões de Bordéus desva-loriza. Diz que as inscrições ainda não estão fechadas e que é possível

que, “nos próximos dois meses”, haja mais empresas a inscreverem--se no Vinitech & Sifel 2018, que se realiza em novembro. Ainda as-sim, este nível de participação “é sensivelmente o mesmo” de edições anteriores, “sobretudo por parte das empresas fabricantes de rolhas, vasi-lhame e embalagem”.

Já quanto aos visitantes portu-gueses, Delphine Demade não tem dúvidas: “são muito importantes para nós e estão sempre no ‘top 4’ dos visitantes da feira, lado a lado com os espanhóis ou os italianos, cujos produtores se mobilizam imen-so para este certame”.

Portugal no 18º lugar do ranking de clientesde França

A França é a sexta maior econo-mia mundial e a terceira da União Europeia (UE). Com 66,6 milhões de habitantes, é o segundo país mais populoso da UE. A média estimada de idade da população francesa é de 40,9 anos, sendo que cerca de 24% da população tem menos de 20 anos,

58% tem entre 20 e 64 e 18% acima dos 64.

Os últimos dados disponibili-zados pela AICEP revelam que, em 2016, o país foi o sexto importador mundial de bens (terceiro europeu) e o quarto importador de serviços (segundo europeu). Destaca-se ain-da como quarto exportador mundial de serviços e sétimo de bens (tercei-ro europeu). Foi, nesse ano, o 16º maior recetor de fluxos de investi-mento direto estrangeiro (IDE) a ní-vel mundial (quinto da UE), tendo captado cerca de 28,4 mil milhões de dólares em 2016.

As previsões do Governo francês apontam para um crescimento da economia de 1,7% para 2018 (e de 1,7% entre 2019 e 2020), uma redu-ção do défice do setor público para 2,6% do PIB, ou seja, 82,9 mil mi-lhões de Euros (após 2,9% em 2017 e 3,4% em 2016). As despesas pú-blicas também deverão registar uma descida relativamente a 2017 (de 0,7% do PIB), passando de 54,6% em 2017 para 53,9% em 2018.

As cinco áreas mais significati-vas do orçamento de Estado francês para 2018 são o ensino escolar (51,3

DELPHINE DEMADE, DIRETORA DOS SALÕES DE BORDÉUS, APRESENTOU NO PORTO A PRÓXIMA FEIRA VINITECH & SIFEL

Expositores e visitantes portugueses do Vinitech-Sifel “são muito importantes para nós”

Delphine Demade, diretora dos salões de Bordéus, e Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal.

TERESA [email protected]

Delphine Demade, direc-trice des salons de Bor-deaux, était à Porto la semaine dernière pour présenter la prochaine

édition du Vinitech & Sifel, le salon international des équipements et te-chniques du vin et de la vigne, qui prendra place au parc des exposi-tions de Bordeaux, France, du 22 au 25 novembre. Participant également à cet évènement : Laurent Marion-net, directeur général de la Cham-bre de Commerce et d’Industrie Franco-Portugaise (CCILF), Ma-nuel Novaes Cabral, président de l’Institut des Vins du Douro et de

Porto (IVDP), et Jorge Monteiro, président de ViniPortugal.

En déclaration au journal «Vida Económica», Delphine Demade a révélé que, pour le moment, seule «une douzaine d’entreprises por-tugaises sont enregistrées» en tant qu’exposants. Au total, il y a actuel-lement 850 exposants inscrits, dont 20% d’étrangers. En termes de visi-teurs, on s’attend à «environ 45 000 professionnels, dont 15% de toutes les régions productrices du monde».

«ll est encore trop tôt pour le dire avec certitude, mais il nous semble que la tendance est à la crois-sance», tant en termes de nombre de visiteurs que d’exposants, considère la directrice des salons de Bordeaux. «Nous avons actuellement un nom-

bre très élevé de réservations, ce qui indique que le salon pourrait affi-cher complet, ce qui révèle aussi la vitalité de la filière.»

Interrogée sur le faible nombre de sociétés portugaises exposant sur le salon, la directrice des salons de Bordeaux ne n´est pas inquiète. Elle rappelle que les inscriptions ne sont pas encore fermées et qu’il est possible que «dans les deux pro-chains mois», d´autres d’entreprises s´inscrivent sur le salon Vinitech & Sifel 2018, qui aura lieu en novem-bre. Malgré tout, le niveau de parti-cipation «est sensiblement le même» que pour les éditions précédentes, «notamment pour les entreprises qui fabriquent des bouchons, des contenants et des emballages».

Pour ce qui est des visiteurs portugais, Delphine Demade n’a aucun doute: « ils sont très im-portants pour nous et se tiennent toujours dans le top 4 des visiteurs du salon, aux côtés des Espagnols et des Italiens, dont les producteurs se mobilisent énormément pour cet événement».

Le Portugal occupe la 18ème place du classement des clients de la France

La France est la sixième éco-nomie mondiale et la troisième de l’Union européenne (UE). Avec 66,6 millions d’habitants, c’est le deuxième pays le plus peuplé de l’UE. L’âge moyen estimé de la po-pulation française est de 40,9 ans, avec environ 24% de la population âgée de moins de 20 ans, 58% entre 20 et 64 ans et 18% de plus de 64 ans.

Les derniers chiffres publiés par

l’AICEP montrent qu’en 2016, le pays était le sixième importateur mondial de marchandises (troisiè-me pays européen) et le quatrième importateur de services (deuxième pays européen). Il est également le quatrième exportateur de services et le septième exportateur de biens (troisième européen). Cette année, il s´est classé 16ème plus grand des-tinataire de fluxs d’investissements directs étrangers (IDE) au niveau mondial (cinquième dans l’UE) de l´ordre des 28,4 milliards de dollars en 2016.

Le gouvernement français pré-voit que l’économie progresse 1,7% d’ici 2018 (et 1,7% entre 2019 et 2020), avec une réduction du déficit du secteur public de 2,6% du PIB, soit 82,9 milliards d’euros (après 2,9% en 2017 et 3,4% en 2016). Les dépenses publiques diminue-ront également d’ici 2017 (de 0,7% du PIB), passant de 54,6% en 2017 à 53,9% en 2018.

Les cinq secteurs les plus impor-tants du budget de l’Etat français

DELPHINE DEMADE, DIRECTRICE DU SALON DE BORDEAUX, A PRÉSENTÉ À PORTO LA PROCHAINE ÉDITION DU SALON VINITECH & SIFEL

“Les exposants et les visiteurs portugais du Vinitech-Sifel sont très importants pour nous”

Delphine Demade, directrice du salons de Bordeaux, et Jorge Monteiro, president de la ViniPortugal.

mil milhões de euros), a defesa (34,2 mil milhões), a investigação e ensino superior (27,4 mil milhões), a soli-dariedade, inserção e igualdade de oportunidades (19,2 mil milhões) e a segurança (13,3 mil milhões).

Em matéria de comércio inter-nacional, os principais clientes da França são os países vizinhos da UE e os EUA. De acordo com os últimos dados da AICEP, Portugal ocupou o 18º lugar do ranking de clientes de França em 2016, representando 1% do total exportado (+7,8% face ao ano anterior, de acordo com o ITC - International Trade Centre).

As previsões do EIU para 2018 apontam para um aumento das ex-portações francesas de bens de 7,6%. Já as importações deverão crescer 8,3%. Os principais clientes da Fran-ça são os países vizinhos da UE e os EUA. Portugal ocupou o 18º lugar do ranking de clientes de França em 2016, representando 1% do total ex-portado (+7,8% face ao ano anterior, de acordo com o ITC).

pour 2018 sont l’enseignement scolaire (51,3 milliards d’euros), la défense (34,2 milliards d’euros), la recherche et l’enseignement su-périeur (27,4 milliards d’euros), la solidarité, l´intégration et l´égalité des chances (19,2 milliards) et la sécurité (13,3 milliards).

En termes de commerce in-ternational, les principaux clients de la France sont les pays voisins de l’UE et les États-Unis. Selon les dernières données de l’AICEP, le Portugal se classe au 18ème au rang des clients de la France en 2016, représentant 1% des expor-tations totales (+7,8% par rapport à l’année précédente, selon l’ITC - International Trade Center).

Les prévisions de l’EIU pour 2018 indiquent une augmenta-tion des exportations françaises de biens de 7,6%. Les importations devraient augmenter de 8,3%. Les principaux clients de la France sont les pays voisins de l’UE et les États-Unis.

No total há 850 expositores no certame, 20% dos quais estrangeiros. São esperados “cerca de 45 mil visitantes profissionais, dos quais 15% estrangeiros, oriundos de todas as

regiões produtoras do mundo” Da esquerda para a direita: Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, Delphine Demade, diretora dos salões de Bordéus, Laurent Marionnet, diretor-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF), e Manuel Novaes Cabral, presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP).

De gauche à droite: Jorge Monteiro, president de la ViniPortugal, Delphine Demade, directrice du salons de Bordeaux, Laurent Marionnet, Directeur général de Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF), et Manuel Novaes Cabral, president du Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP).

Delphine Demade, diretora dos salões de Bordéus, e Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal.

Delphine Demade, directrice du salons de Bordeaux, et Jorge Monteiro, president de la ViniPortugal.

Estatísticas para a economia francesa entre 2018 e 2019

• O PIB deverá crescer 2% em 2018 e 1,6% em 2019. Por seu lado, a Comissão Europeia prevê 1,7% em 2018 e 1,6% em 2019 (ou seja, abaixo do nível de crescimento previsto para a zona euro, que é de 2,1% e 1,9% para o período em questão). O FMI aponta para 1,9% em 2018 e 2019.

• O consumo privado deverá registar uma variação positiva de 1,8% em 2018 e 1,7% em 2019, enquanto o consumo público abrandará para 1,4% em 2018 e 1,3% em 2019. Também o investimento deverá registar um abrandamento em 2018 e 2019, crescendo 3,1% e 2,7%, respetivamente (após 3,5% em 2017, o maior crescimento dos últimos cinco anos). A procura interna deverá aumentar 1,8% e 2% em 2018 e 2019, respetivamente.

• As importações de bens e serviços devem crescer, em termos reais, na ordem dos 3,6% em 2018 e 3% em 2019. Em relação às exportações, é esperada uma evolução de 3,6% e 2,8% no mesmo período.

• O nível de desemprego manter-se-á elevado ao longo do período em análise, prevendo-se, no entanto, que mantenha uma trajetória de redução gradual (8,7% em 2018 e 8,4% em 2019).

• O saldo negativo da balança corrente deverá voltar a aumentar no período 2018-2019. Em termos do seu peso no PIB, prevê-se que passe para 1% do PIB em 2018 (após 0,4% do PIB em 2015 e 0,9% em 2017).

• A dívida pública continuará a desagravar-se, situando-se nos 95,3% do PIB em 2018 e 94,4% do PIB em 2019. É também esperada uma diminuição do peso do défice do setor público no PIB ao longo do período (2,7% em 2018 e 2,4% em 2019).

FONTE: EIU - Economist Intelligence Unit)

Statistiques pour l´Economie française entre 2018 et 2019

• Le PIB devrait croitre 2% en 2018 et 1,6% en 2019. La Commission Européenne prévoit, pour sa part, 1,7% pour 2018 et 1,6% en 2019 (soit en dessous du taux de croissance prévu pour la zone Euro qui est de 2,1% et 1,9% pour la période en question). Le FMI prévoit lui 1,9% en 2018 et 2019.

• La consommation privée devrait augmenter 1,8% en 2018 et 1,7% en 2019, tandis que la consommation publique ralentira pour atteindre les 1,4% en 2018 et 1,3% en 2019. L´investissement devrait également ralentir en 2018 et 2019, avec une croissance respective de 3,1% et 2,7% (la plus forte croissance des cinq dernières années après les 3,5% en 2017). La demande interne devrait augmenter respectivement 1,8% et 2% en 2018 et 2019.

• Les importations de biens et services devraient augmenter en termes réels de 3,6% en 2018 et de 3% en 2019. Les exportations devraient augmenter de 3,6% et de 2,8% % sur la même période.

• Le taux de chômage restera élevé au cours de la période analysée, mais le taux devrait s´orienter à la baisse (8,7% en 2018 et 8,4% en 2019).

• Le solde négatif du compte courant devrait encore augmenter sur la période 2018-2019. En termes de poids dans le PIB, il pourrait passer à 1% du PIB en 2018 (après 0,4% du PIB en 2015 et 0,9% en 2017).

• La dette publique continuera de s´alléger pour atteindre 95,3% du PIB en 2018 et 94,4% du PIB en 2019. On attend également sur cette période, ne réduction de la part du déficit du secteur public dans le PIB (2,7% en 2018 et 2,4% en 2019).

FONTE: EIU - Economist Intelligence Unit)

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sexta-feira, 28 de setembro 201810 ESPECIAL VINITECH

TERESA [email protected]

Em termos climatéricos, o ano agrícola 2016/2017 em Portugal continental registou “valores de preci-pitação abaixo do normal

e temperaturas superiores à média do período 1971-2000”, revelou o Ins-tituto Nacional de Estatística (INE) no relatório “Estatísticas Agrícolas 2017”. O ano passado foi, aliás, “o terceiro ano mais seco e o segundo ano mais quente desde 1931”. O seu verão foi “o sexto mais quente e o terceiro mais seco desde 2000”. Meteorologicamente, foi classificado como “quente e extremamente seco”, refere o INE.

Em consequência foi frequente a secagem completa de charcas e a acentuada diminuição do nível dos lençóis freáticos dos furos e poços, o que teve implicações diretas para os produtores agrícolas, gerando es-cassez de água para abeberamento e dificuldades em satisfazer as necessi-dades hídricas das culturas.

Conclusão antecipada das vindimas

Quanto à vinha, o INE refere que o avanço de cerca de duas sema-nas que o ciclo vegetativo das videiras registou face ao habitual, conjugado com o tempo seco (que permitiu que as vindimas se realizassem sem difi-culdade e concentradas no tempo), determinou a “conclusão antecipada das vindimas nas principais regiões vitivinícolas”.

Na generalidade das vinhas de sequeiro, o elevado número de ca-chos e as condições climatéricas ex-tremas (calor e carência de humidade do solo) determinaram que os bagos se apresentassem “pouco túrgidos” ou mesmo “muito engelhados”.

Ainda assim, as uvas entregues nas adegas encontravam-se, no geral, “em boas condições sanitárias, bem amadurecidas e com elevados teores de açúcar”. A produção de vinho al-cançou os 6,6 milhões de hectolitros (+12,3% face à vindima de 2016), “maioritariamente de qualidade su-perior”.

Produção de vinho em 2017 cresceu 12,3% e foi “maioritariamente de qualidade superior”

Produção das principais culturas na Região Autónoma da MadeiraProduction vinicole déclarée, exprimée en moût, par NUTS

Anos

Culturas

Superfície Produção

2015 2016 2017 2015 2016 2017

ha t

Culturas temporáriasAbóbora 23 23 25 606 406 447

Alface 100 100 100 2 992 3 201 3 201

Batata 1 244 996 1 001 37 169 26 110 30 689

Batata-doce 546 546 555 13 194 11 294 11 736

Cana-de-açúcar 172 172 172 8 824 10 812 10 830

Cebola 98 98 98 3 421 2 737 2 737

Cenoura 40 40 38 1 505 1 204 1 361

Couve-bróculo 57 57 52 1 444 1 227 859

Couve-flor 36 36 30 1 120 896 538

Couve-repolho 96 96 87 3 272 4 123 2 350

Fava em verde 8 8 10 43 43 55

Feijão maduro 83 83 87 1 000 1 080 1 490

Feijão-verde 100 100 95 1 403 2 498 2 622

Inhame 31 31 31 628 628 641

Milho p/maçaroca 113 113 107 3 382 3 044 2 740

Morango 4 4 4 123 130 158

Nabo 20 20 20 600 600 600

Tomate 159 159 151 7 921 6 720 6 452

Culturas permanentesAbacate 41 41 42 472 414 414

Ameixa 45 45 45 303 236 342

Anona 115 119 126 1 104 1 012 1 316

Banana 742 749 755 18 578 21 305 23 187

Castanha 94 94 94 99 89 89

Cereja 64 64 64 249 85 296

Kiwi 11 11 11 158 158 158

Limão 81 81 64 1 242 825 709

Maçã 94 94 94 1 454 1 454 1 454

Manga 19 19 19 166 166 166

Maracujá 23 23 23 140 103 103

Papaia 5 5 5 229 149 149

Pera 24 24 24 349 349 349

Pero p/sidra 64 64 64 999 832 832

Tangerina 15 15 15 155 155 155

Vinha (vitis vinifera ) (a) 448 445 443 39 829 29 388 37 804Fonte: Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural e IVBAM- Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, I.P.(a) Produção de mosto - unidade: hl.

Produção das principais culturas, na Região Autónoma dos AçoresProdution vinicole déclarée, exprime en moût, par région vitivinicole

Anos

Culturas

Superfície Produção

2015 2016 2017 2015 2016 2017

ha t

Culturas temporáriasBatata 593 596 446 11 778 14 731 11 323

Batata-doce 62 65 53 1 125 1 227 980

Beterraba 100 97 106 5 761 5 132 6 550

Fava seca 37 37 37 72 67 65

Feijão seco 42 41 37 86 84 74

Inhame 60 62 63 1 194 1 209 1 119

Milho para grão 242 211 183 424 417 366

Milho forrageiro 11 202 10 550 10 446 333 300 319 827 316 621

Tabaco 60 60 50 141 146 120

Culturas permanentesAnanás 58 59 56 1 052 998 948

Anona 31 31 31 219 221 245

Banana 292 292 283 5 680 4 919 4 657

Castanha 65 59 52 192 154 146

Chá 37 37 37 157 161 176

Laranja 366 363 318 3 930 4 090 3 708

Maçã 56 56 59 396 356 414

Maracujá 10 10 8 30 30 25Fonte: Serviço Regional de Estatística dos Açores

TERESA [email protected]

L’Institut national de la statistique (INE) dans son rapport «Agricul-tural Statistics 2017» indique qu´en terme de

climat, l’année agricole 2016/2017 au Portugal continental a enregis-tré «des valeurs de précipitations en dessous de la normale et des tempé-ratures supérieures à la moyenne sur la période 1971-2000». L’année der-nière a été, par ailleurs, «la troisième année la plus sèche et la deuxième année la plus chaude depuis 1931». L´été a été «le sixième plus chaud et le troisième plus sec depuis 2000». D´un point de vue météorologique, il a été classé «chaud et extrêmement sec», rapporte l’INE.

Par conséquent, les étangs ont souffert de sécheresse totale et la diminution marquée du niveau de la nappe phréatique dans les puits s´est avérée fréquente, ce qui a eu des conséquences directes pour les producteurs agricoles, générant une pénurie d›eau nécessaire à l’arrosage des cultures.

Clôture anticipée des vendanges

Concernant le vignoble, l’INE rapporte que l’avance d’environ deux semaines que le cycle végéta-tif des vignes a enregistré par rap-port à ce qui est habituel, allié à un temps sec (qui a permis une récolte sans difficulté et concentrée dans le temps), a provoqué la « clôture anticipée des récoltes dans les prin-cipales régions viticoles «.

Dans la plupart des vignobles des zones arides, le nombre élevé de grappes et les conditions clima-tiques extrêmes (chaleur et manque d’humidité du sol) ont permis de déterminer que les baies étaient «peu turgescentes» et même «très ridés».

Néanmoins, les raisins li-vrés aux établissements vinico-les étaient généralement «dans de bonnes conditions sanitaires, bien mûres et riches en sucre». La production de vin a atteint 6,6 millions d’hectolitres (+ 12,3% par rapport à la vendange 2016), «majoritairement de qualité supé-rieure».

La production de vin, majoritairement de qualité supérieure, a enregistré une croissance de 12,3% en 2017

Ficha Técnica: Edição e coordenação: Teresa Silveira | Email: [email protected] | Paginação: Flávia Leitão | Periodicidade: Bianual | Tradução: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF)

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11sexta-feira, 28 de setembro 2018ESPECIAL VINITECH

TERESA [email protected]

Le Concours Mondial de Bruxelles se vante d’être «la seule compétition itinérante au monde avec 25 ans d’expérience et le seul concours de vin qui procède à des tests de con-

trôle de qualité sur des vins lauréats». En mai, l’événement s’est tenu pour la première fois en Asie. L’organisation a choisi Pékin comme des-tination, ce qui révèle également l’importance croissante du vin (production, commercialisa-tion et consommation) sur le marché chinois. L’événement a été soutenu par le gouverne-ment municipal de Pékin, le district de Hai-dian à Pékin et la Bourse Internacional de Vi-nho e Esprit de Pequim (BJIWSE).

En 2019, la ville d’Aigle, en Suisse, sera la capitale mondiale du vin.

Au total, 9 180 vins de plus de 50 pays ont participé au concours et ont été évalué par un panel de plus de 330 jurés, parmi lesquels des sommeliers, des acheteurs, des importateurs, des journalistes et des critiques du monde en-tier.

Les dix premiers pays ayant remporté une médaille cette année étaient la France, l’Espagne, l’Italie, le Portugal, la Chine, le Chili, l’Afrique du Sud, la Grèce, la Suisse et la Bulgarie. Le pays hôte (la Chine) a augmenté son nombre de médailles de 68%, remportant

un total de 131 (5 médailles d’or, 46 médailles d’or et 80 médailles d’argent). L’organisation de l’événement a indiqué que les vins chinois les plus primés ont été élaborés à partir de cépages internationaux (Cabernet-Sauvignon, Merlot, Chardonnay et Marselan). Le prix de la révélation du meilleur vin chinois en 2018 a été attribué à un vin Marselan du Xinjiang. Le Portugal a récolté 324 médailles, 17 Grands Or et 115 Or (368 médailles en 2017).

Outre les médailles, plusieurs éléments sont à relever concernant l’événement de cette année. Pour commencer, ceux liés à l´emplacement géographique de l’événement. L’organisation du Concours Mondial de Bru-xelles a révélé qu’en 2017, «l’Asie est resté l’un des marchés viticoles les plus importants au monde», la Chine étant le pays «où le secteur vitivinicole s’est développé le plus en termes de production et de consommation». En espérant que cette tendance “se maintienne en 2018”.

La Chine est le plus grand marché d’exportation pour les vins de Bordeaux

“La Chine est sur le point de devenir le premier importateur mondial de vin, avec des ventes de plus de 2 milliards de dollars et une croissance surprenante de 37% depuis 2014”, déclare le Concours Mondial de Bruxelles . Baudouin Havaux, président du Concours

Mondial de Bruxelles, n’hésite pas à déclarer que “la Chine est le marché du vin le plus dy-namique et que ses vins gagnent progressive-ment en prestige”.

L’Organisation Internationale de la Vigne et du Vin (OIV) assure que la superficie du vignoble chinois continue d’augmenter (17 000 hectares supplémentaires entre 2015 et 2016), devenant ainsi “la principale zone de croissance du vignoble mondial”. Avec 847 000 hectares plantés, la Chine est aujourd’hui la deuxième plus grande région viticole du monde (l’Espagne est en tête, la France troisiè-me et l’Italie quatrième).

En ce qui concerne la consommation, il y a 38 millions de consommateurs de vin en Chi-ne, et 40% des amateurs de vin chinois sont âgés de 18 à 29 ans, ce qui laisse une marge de “ réelles opportunités pour les producteurs de vin”.

Les vins importés les plus populaires sont français, chiliens, australiens, la Chine étant le plus grand marché d’exportation de vin à Bor-deaux. Cependant, affirme l’organisation du concours, on dénote “une baisse de la consom-mation des vins français”, du fait que les con-sommateurs recherchent “la qualité associée à un prix plus abordable”. Les vins argentins, espagnols et portugais répondent, eux, à ces critères, indique la même source.

En 2017, les inscriptions de vins chinois à cet événement ont augmenté de 112,5% par rapport à 2016 et de près de 250% depuis 2015. En 2017, la Chine a remporté 78 mé-dailles pour 255 inscriptions à l’événement. Et, face à ces chiffres, cette année “la Chine pourrait continuer à être le plus grand marché

pour certains des principaux pays producteurs de vin au monde”

Les vins bio en hausse pendant le Concours Mondial

L’intérêt des consommateurs pour les vins biologiques issus de vignobles traités avec des produits naturels et fabriqués à partir de raisins cultivés sans utilisation de produits agrochi-miques augmente (bien qu’ils puissent avoir des substances chimiques - sulfites - ajoutés au cours du processus de production). De même, en 2017, les cinq principaux gagnants du Con-cours Mondial de Bruxelles dans la catégorie bio étaient l’Italie, la France, l’Espagne, la Chi-ne et le Portugal.

En 2018, les tendances observées lors de l’événement de Pékin démontrent que “sur ces trois dernières années, nous avons obser-vé une augmentation remarquable de près de 80% de la consommation de vin biologique et biodynamique”, ce qui révèle “un fort intérêt des consommateurs pour ces deux catégories “.

Aujourd’hui, les consommateurs sont mieux informés, plus expérimentés et curieux de savoir ce qui se passe avec le vin qu’ils con-somment. “Tout comme les” gourmets “qui se concentrent sur ce qui est dans leur assiette, les amateurs de vin recherchent des vins élaborés avec un souci du détail”, explique l’organisation de l’événement. En conséquence, cette année et à l’avenir, “les détaillants et les restaurateurs devront trouver de nouvelles formules pour at-tirer les consommateurs qui considèrent la fa-brication du vin comme un aspect clé”, déclare le Concours Mondial de Bruxelles.

TERESA [email protected]

O Concours Mondial de Bruxelles as-sume com orgulho que é “a única competição itinerante do mundo, com 25 anos de experiência, e o único concurso de vinhos a realizar

testes de controlo de qualidade nos vinhos pre-miados”. Em maio, o evento realizou-se pela pri-meira vez na Ásia. A organização escolheu como destino a cidade de Pequim, o que também reve-la a crescente importância do vinho (produção, comercialização e consumo) no mercado chinês. O certame mereceu o apoio do Governo Mu-nicipal de Pequim, do Distrito de Haidian de Pequim e da Bolsa Internacional do Vinho e Es-pírito de Pequim (BJIWSE).

Em 2019, a cidade de Aigle, na Suíça, vai ser a capital mundial do vinho.

Participaram no concurso deste ano 9180 vinhos, provenientes de mais de 50 países, que foram sujeitos à avaliação de um painel consti-tuído por mais de 330 jurados, entre os quais es-canções, compradores, importadores, jornalistas e críticos de vinho de todo o mundo.

Os dez principais países que ganharam uma medalha este ano foram França, Espanha, Itá-lia, Portugal, China, Chile, África do Sul, Gré-cia, Suíça e Bulgária. O país anfitrião (China) aumentou em 68% o número de medalhas, vencendo um total de 131 (5 Grande Ouro, 46 Ouro e 80 Prata). Os vinhos chineses mais pre-miados foram feitos a partir de castas internacio-nais (Cabernet-Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Marselan), indicou a organização do evento. O prémio Revelação para o melhor vinho chinês em 2018 foi para um vinho Marselan de Xin-jiang. Portugal arrecadou 324 medalhas, 17 de Grande Ouro e 115 Ouro (368 medalhas em 2017).

Para lá das medalhas, há vários dados a reter do evento deste ano. Desde logo os relaciona-

dos com a geografia onde o evento teve lugar. A organização do Concours Mondial de Bruxelles revelou que, em 2017, “a Ásia continuou a ser um dos mercados vitivinícolas mais importantes do mundo”, sendo a China o país “onde o setor vitivinícola se desenvolveu em termos de produ-ção e consumo”, esperando que esta tendência “continue em 2018”.

China é o maior mercado de exportação de vinhos de Bordéus

“A China está no processo de se tornar o maior importador de vinho do mundo, com vendas no valor de mais de dois mil milhões de dólares americanos e com um crescimento surpreendente de 37% desde 2014”, diz a or-ganização do Concours Mondial de Bruxel-les. Baudouin Havaux, presidente do Concours Mondial de Bruxelles, não tem dúvidas em afir-mar que “a China é o mercado de vinhos mais dinâmico e os seus vinhos estão a ganhar gra-dualmente prestígio”.

A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) refere que a área da vinha chinesa continua a aumentar (mais 17 mil hectares entre 2015 e 2016), tornando-se “a principal área de crescimento da vinha mundial”. Com 847 mil hectares plantados, a China é hoje a segunda maior área vinícola do mundo (Espanha está em primeiro lugar, França em terceiro e Itália em quarto).

Quanto ao consumo, há 38 milhões de consumidores de vinho na China, sendo que os 40% de entusiastas do vinho chinês têm entre 18 e 29 anos, o que permite “oportunidades reais para os produtores de vinho”.

Os vinhos importados mais populares são franceses, chilenos e australianos, sendo que a China é o maior mercado de exportação de vi-nhos de Bordéus. No entanto, diz a organização do concurso que há “uma queda no consumo de vinhos franceses”, devido ao facto de os consu-

midores procurarem “qualidade associada a um preço mais acessível”. Já os vinhos argentinos, espanhóis e portugueses preenchem esses crité-rios, diz a mesma fonte.

Em 2017, as inscrições de vinhos chineses naquele certame registaram um aumento de 112,5% face a 2016 e quase 250% desde 2015. Em 2017, a China ganhou 78 medalhas para 255 inscrições no evento. E, em face destes nú-meros, este ano “a China pode continuar a ser o maior mercado para alguns dos principais países produtores de vinho do mundo”.

Vinhos orgânicos em alta no Concours Mondial de Bruxelles

O interesse dos consumidores pelos vinhos orgânicos, provenientes de vinhedos tratados com produtos de origem natural e feitos a par-tir de uvas cultivadas sem recurso a agrotóxicos (ainda que possam ter substâncias químicas – sulfitos - adicionadas durante o processo de produção), está a aumentar. Aliás, em 2017 os

cinco principais países premiados no Concours Mondial de Bruxelles na categoria orgânica fo-ram a Itália, França, Espanha, China e Portugal.

Em 2018, as tendências manifestadas du-rante a edição do evento, em Pequim, revelam que, “ao longo dos últimos três anos, vimos um crescimento notável de quase 80% nas entradas de vinhos orgânicos e biodinâmicos”, o que re-vela “o forte interesse dos consumidores em am-bas as categorias”.

Hoje, os consumidores estão mais infor-mados e são mais experientes e curiosos quan-to ao que se passa no vinho que consomem. “Assim como os ‘foodies’ se concentram no que está nos seus pratos, os amantes do vinho procuram vinhos feitos com atenção aos de-talhes”, refere a organização do certame. Em consequência, este ano e daqui para o futuro, “os retalhistas e os restaurantes terão que des-cobrir novas formas de atrair os consumidores que vêem o ‘fazer do vinho’ como um aspeto--chave”, diz a organização do Concours Mon-dial de Bruxelles.

Ásia é um dos mercados vitivinícolas mais importantes do mundo

L’Asie est l’un des marchés du vin les plus importants au monde

Concours Mondial de Bruxelles – Revelações 2018Revelações 2018 Vinho Produtor País

Vinhos Revelação 2018 Revelação Internacional Vinho Tinto La Togata Riserva 2012 La Togata Itália2018 RevelaçãoInternacional Vinho Branco

Colombelle L’Original Blanc 2017 Plaimont Producteurs França

2018 Revelação Internacional Vinho Fortificado

D’Oliveiras Wines 2000 Matured over 15 years Pereira d’Oliveira Portugal

2018 RevelaçãoInternacional Vinho Orgânico Maria Costanza Riserva 2013 G. Milazzo Itália

2018 Revelação Internacional Vinho Rosé LePlan – Rosé 2017 Dirk Vermeersch França

2018 Revelação Internacional Vinho Espumante Rare 2002 Piper-Heidsieck França

2018 Revelações por País

2018 Revelação Portugal Quinta da Lapa Syrah Reserva 2015 Quinta da Lapa Portugal

2018 Revelação China ZhongFei Marselan Reserve 2015 Zhongfei Winery China

2018 Revelação Itália Papale Linea Oro 2015 Varvaglione Itália

2018 Revelação Espanha Palmeri Navalta 2014 100% Garnacha. Palmeri Sicila Espanha

2018 Revelação França Dourthe La Grande Cuvée 2017 Dourthe Kressmann França

2018 Revelação Suiça Petit Vignoble Yvorne Blanc 2015 Henri Badoux Suíça

2018 Revelação África do Sul Waverley Hills Chardonnay 2016

Waverley Hills Organic Wines

África do Sul

2018 Revelação Chile Terramater Magna Limited Reserve Cabernet Sauvignon 2016

TerraMater Chile

Fonte: Concours Mondial de Bruxelles.

Concours Mondial de Bruxelles – Révélations 2018

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sexta-feira, 28 de setembro 201812 13sexta-feira, 28 de setembro 2018ESPECIAL VINITECH ESPECIAL VINITECH

TERESA [email protected]

Vida Económica – A CD, en-quanto entidade pública, foi extin-ta em dezembro de 2014, durante o Governo do PSD/CDS-PP, mas recentemente o PS, PCP e BE apresentaram projetos de lei para fazer reverter o seu estatuto, tor-nando-a, de novo, uma associação pública, de inscrição obrigatória. Como vê esta situação?

António Lencastre – Aqui há dois níveis de apreciação. Um, não me incomoda. Há um outro que me incomoda, que é o facto de as solu-ções não partirem da região e que tenham de ser os iluminados de qual-quer lado ou de qualquer partido a terem ideias e fazerem de conta que somos todos menores de idade e inca-pazes na região e que, portanto, temos de engolir as ideias que vêm de fora. Essa relação do poder político com a região incomoda-me e não gosto de pactuar com ela.

Mas, indo diretamente à sua

questão, digo-lhe que não me faz con-fusão que o poder político decida que a CD seja uma entidade pública ou privada ou pela inscrição obrigatória. O que me faz confusão é quando o poder político vem dizer como é que funciona uma instituição privada ou pública ao nível orgânico, nomeada-mente se tem diretor executivo ou se não tem, etc. Isso é uma interferência brutal numa organização. Eu posso discordar, mas tendo a dizer que a CD vive pública ou vive privada.

VE – Mas a inscrição na CD deveria ser obrigatória?

AL – É redundante. E não tem efeito prático.

VE – Porquê?AL – É redundante porque, se eu

disser que todos os inscritos no IVDP [Instituto dos Vinhos do Douro e Por-to] podem votar na CD, de facto não é preciso inscrição na CD. Ela já está fei-ta. E obrigar os viticultores da região a inscreverem-se numa nova instituição acho forçado. No entanto, a CD con-vive bem com isso. Os prejudicados são os viticultores, claramente, porque serão obrigados a vincularem-se a ou-tra instituição e vão ter quotas a pagar.

VE – Coloco a questão de ou-tra maneira. Quais as vantagens para os viticultores de serem asso-ciados na CD?

AL – Eu não consigo ver van-tagem nenhuma em os viticultores terem inscrição obrigatória. Neste momento existe um problema. É que, apesar das vantagens da CD e de esta ser uma defensora dos inte-resses de toda a região, inscritos ou não – e vai continuar a ser assim no futuro –, isso desmobiliza as pessoas, no sentido em que tem custos. Por-que o viticultor sabe que vai ser de-fendido, esteja inscrito ou não esteja. Depois, os viticultores podem estar inscritos, mas não podem ser obriga-dos a votar. ‘Se eu não tenho ganho nenhum na eleição, para que é que eu vou votar?’, perguntará um viti-cultor. Por isso, regressar a modelo anterior [entidade pública ou priva-da] é questionável.

VE – Mas se a CD vier a ser pública, novamente, acha bem?

AL – Eu acho à mesma. Até lhe digo: é muito mais fácil arrecadar recursos. É muito mais fácil ser uma entidade pública e dizer ao Governo ‘venha para cá algum [dinheiro] por-que não temos nenhum’ do que ser uma entidade privada e convencer o secretário de Estado [da Agricultura] ou o ministro a porem lá [na Casa do Douro] alguma coisa. Por isso, apesar de eu, em particular e em tese, poder dizer que nos tratam como menores de idade, se tornarem a CD pública pode haver vantagens. E seriam essas: a capacidade de captação de recursos. Porque dos viticultores dificilmente vou conseguir captar esses recursos diretamente. Portanto, estamos pelos

dois cenários. Enquanto instituição, não temos prejuízo por ser pública ou ser privada. Para nós, não é essa a discussão.

VE – A vossa discordância é haver tentativas de ingerência no funcionamento interno, é isso?

AL – Aí é que parece que somos crianças, que não temos direito a nada. Temos de funcionar conforme os ditames. Aí é que eu discordo. Por isso elaborámos um projeto de esta-tutos que prevêem a eleição de dele-gados municipais, ou seja, a possibi-

lidade de ter, numa assembleia geral, uma parte das pessoas oriundas das cooperativas e das associações e ter os outros 50% mais ou menos oriundos da eleição de um candidato em cada município.

VE – Que mudança é essa? E quais são as vantagens dessa alte-ração estatutária?

AL – A vantagem é esta: qualquer um que tenha ideias para a CD pode--se candidatar. Basta que esteja inscri-to no IVDP. E os eleitores são todos os inscritos no IVDP. Quer dizer, nós

não obrigamos a que haja uma inscri-ção, mas obrigamos a que o candida-to seja inscrito no IVDP. E para mim isso é mais importante que torná-los inscritos na CD. Agora, se, de hoje para amanhã, a Assembleia da Repú-blica decidir que todos os viticultores têm de estar inscritos, acho que vai ser um tiro no pé. Ninguém vai gostar.

VE – E o que antevê que acon-teça com as iniciativas legislativas que baixaram entretanto à espe-cialidade?

AL – Não sei. Elas são muito

coincidentes. Que eu saiba, ainda não há nenhuma votação agendada. E tendo a ter esperança que haja um certo bom senso, essencialmente nas lideranças do PSD e do PS, que são os dois únicos partidos que têm implan-tação na região. Os outros têm uma implantação reduzida.

VE – Agora qual é o próximo passo?

AL – Vamos alterar os estatutos. E vamos fazer isso já. E vamos pro-mover eleições já agora, na primeira semana de novembro. Temos essa intenção. É uma proposta que já está divulgada. Já enviámos a informação aos deputados e ao Governo.

VE – Essa alteração dos esta-tutos da CD vai em que sentido?

AL – Vai no sentido do que lhe disse: criar um novo grupo de eleitos dentro da assembleia geral que, em conjunto com os delegados das coo-perativas e das associações, faça parte da assembleia geral. Serão mais 21 elementos, que serão eleitos um em cada município. E cada eleito terá o seu peso. Vamos alargar a nossa repre-sentatividade por municípios, trazendo uma representação direta para a CD, sem retirar da linha de influência direta as cooperativas e as associações, tanto mais porque às cooperativas estão liga-dos os pequenos produtores com me-nos de meio hectare e que são mais de 50%. Entendemos que estamos a criar a fórmula melhor, mais sensata. E não vamos esperar por uma solução que ve-nha da Assembleia da República.

PRESIDENTE DA CASA DO DOURO/FEDERAÇÃO RENOVAÇÃO DO DOURO REVELA

Casa do Douro altera os estatutos e vai passar a eleger delegados municipais

António Lencastre, presidente da Casa do Douro/Federação Renovação do Douro.

Novos delegados municipais da Casa do Douro têm de estar inscritos no IVDP

A Casa do Douro (CD) vai continuar a ser “uma pessoa coletiva de direito privado com personalidade jurídica, constituída sob a forma de associação e sem fins lucrativos”, mas vai passar a ter como membros, além dos associados ordinários (em representação das cooperativas e as associações), dos associados de mérito e dos associados honorários, 21 novos associados delegados municipais.

Assim refere o artigo 6º do projeto de novos estatutos da CD a que a “Vida Económica” teve acesso e que deverá ser votado em assembleia geral na primeira semana de novembro.

De acordo com o mesmo documento, podem ser associados delegados municipais da CD “aquelas pessoas singulares, viticultores da Região Demarcada do Douro há mais de três anos ininterruptos à data em que forem eleitas pelos viticultores do município onde exercem a sua atividade e a quem representam”, sendo que “a definição de viticultor na Região Demarcada do Douro, para efeitos de elegibilidade e de capacidade de votar, avalia-se pelo exercício legal da viticultura através do seu registo como tal no IVDP [Instituto dos Vinhos do Douro e Porto]. E “só poderão votar no município onde tenham a maior parte da sua exploração vitícola, contra a apresentação, no ato de eleição do delegado municipal, de ficha de exploração atualizada do IVDP”.

Se esta alteração for aprovada, o número de votos atribuído a cada associado da CD na assembleia geral será estabelecido da seguinte forma: “cada associado disporá de um número de votos em função do número de viticultores a eles ligado e da área por eles explorada”, sendo que, “no caso dos associados delegados municipais, o número de votos será em função do número total de viticultores eleitores votantes na eleição do seu município e da área de vinha por eles explorada”. Por outro lado, “os votos dos associados delegados municipais permanecerão imutáveis durante o seu mandato”.

A Casa do Douro (CD) vai alterar os estatutos. Uma assembleia geral já está a ser preparada para a primeira semana de novembro. O objetivo é ganhar “maior representatividade” na região, passando a ter como associados com direito a voto, além dos representantes das cooperativas e das associações, 21 novos delegados municipais, um por cada um dos municípios que integram a Região Demarcada do Douro (RDD). Serão eleitos “trianualmente” pelos viticultores desse concelho. Em entrevista à “Vida Económica”, António Lencastre, presidente da Casa do Douro/Federação Renovação do Douro, entidade privada, de inscrição voluntária, que representa cerca de 50% da RDD – tem 28 membros federados, agregando mais de 8500 vitivinicultores e mais de 19200 hectares de área de vinha plantada – mostra-se confiante. Cansado de ver o poder político tratar os viticultores durienses como “incapazes”, garante que “esta é a fórmula melhor, mais sensata”.

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sexta-feira, 28 de setembro 201814 15sexta-feira, 28 de setembro 2018ESPECIAL VINITECH ESPECIAL VINITECH

TERESA [email protected]

Tim Hogg e João Rebelo, da Universidade de Trás--os-Montes e Alto Douro (UTAD), coordenaram e apresentaram, a 14 de

setembro, no Museu do Douro, na Régua, na presença do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, aquele que deverá ser o “Rumo estratégico para o setor dos vinhos do Porto e do Douro”. O estudo foi encomen-dado pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), liderado por Manuel Novaes Cabral, que re-conhece que o setor dos vinhos do Porto e Douro “enfrenta desafios di-versos e relevantes, tanto do lado da

produção/transformação, como do comércio”.

Sendo a Região Demarcada do Douro (RDD) uma região de viti-cultura de encosta, com “elevados custos de produção e baixa produ-

tividade” e pelo facto de “produzir, essencialmente, dois tipos de vinhos com caraterísticas e denominações de origem (DO) diferentes, o vi-nho (fortificado) do Porto e o vinho (tranquilo) Douro”, a sua história e

posição no mercado são “completa-mente diferentes”.

Em 2016, a RDD detinha uma área vitícola de 43.480 hectares, com cerca de 60% reconvertida e passível de mecanização. Também nesse ano, estavam registadas cerca de 21.400 explorações, 62,4% das quais com menos de 1 hectare (5.182 hecta-res), 16,5% entre um e dois hecta-res (5.013 hectares), 13,2% entre dois e cinco hectares (8.883 hecta-res), 4,6% entre cinco e 10 hectares (6.876 hectares), 4,6% entre 10 e 20 hectares (6.250 hectares), 1,2% mais que 20 hectares (11.276 hectares).

Tomemos como referência a pro-dução média declarada no período 2008-2016 (cerca de 142.894 mil litros). Verifica-se que “o vinho do Porto representa 52%, o DO Dou-

ro 31,09%, o Moscatel do Douro 2,19%, o DO Espumante 0,15%, o IG Duriense 1,86% e o Vinho 12,71%”. Mas, por outro lado, e comparando 2016 com 2006, as vendas totais de vinho do Porto observaram “um decréscimo em volume (-16%) e em valor (-5%)”, fixando-se no ano de 2016 em 764 milhares de hectolitros e em 374 mi-lhões de euros. O preço médio foi de 4,89 euros/litro.

Face a este diagnóstico, a UTAD recomenda um conjunto de 10 me-didas a implementar e que deverão arrancar já em 2019. As primeiras quatro “centram-se, essencialmente, em ações viradas para o mercado e devem ser lideradas pelo IVDP”, di-zem os especialistas autores do estu-do. Tudo deve ser feito “em sinergia

Rumo estratégico para o setor dos vinhos do Porto e do Douro deve arrancar em 2019

TERESA [email protected]

Tim Hogg et João Rebe-lo, de l’Université de Trás-os-Montes et Alto Douro (UTAD) ont coordonné et présen-

té, le 14 septembre au Musée du Douro à Régua, en présence du Ministre de l’agriculture Capoulas Santos celle qui devra être la ligne stratégique pour le secteur viticole de Porto et du Douro».

L’étude a été commandée par l’Institut du Douro et du vin de Porto (IVDP), dirigé par Manuel Novaes Cabral, qui reconnaît que le secteur viticole de Porto et du Douro «est face à plusieurs défis tant d´un point de vue de la pro-duction/transformation que du commerce».

La région délimitée du Douro (RDD) étant une région de viti-culture sur coteaux en forte pente, caractérisée par «des coûts de pro-duction élevés et une faible pro-ductivité» et un type de production spécifique : « deux vins aux carac-

téristiques et appellation d’origine différentes (DO) le vin (fortifié) de Porto et le vin (tranquille) du Dou-ro «, dont l´histoire et la position sur le marché sont « complètement différentes «.

En 2016, la RDD comptait sur

une superficie viticole de 43 480 hectares, dont environ 60% recon-vertis et susceptibles d’être méca-nisés. Cette même année, environ 21 400 exploitations agricoles ont été enregistrées, dont 62,4% de moins d’un hectare (5 182 hecta-res), 16,5% entre un et deux hec-tares (5 013 hectares), 13,2% entre deux et cinq hectares, (8 883 hec-tares), 4,6% entre cinq et 10 hec-tares (6 876 hectares), 4,6% entre 10 et 20 hectares (6 250 hectares), 1,2% plus de 20 hectares (11 276 hectares).

En prenant comme référence la production moyenne déclarée sur la période 2008-2016 (environ 142 894 milliers de litres) il se vé-rifie que «le vin de Porto représen-te 52%, le DO Douro 31,09%, le Moscatel do Douro 2,19%, l’OE Espumante 0,15%, l’IG Durien-se 1,86% et le Vin 12, 71%. « En

revanche, si l´on compare 2016 et 2006, les ventes totales de vin de Porto on constate «une diminu-tion en volume (-16%) et en valeur (-5%)», s´étant fixé en 2016 autour des 764 000 hectolitres et 374 mi-llions d’euros. Le prix moyen étant de 4,89 euros / litre.

Compte tenu de ce diagnostic, l’UTAD recommande un ensemble de 10 mesures à mettre en place dès 2019. Selon les experts auteurs de l´étude, les quatre premières «se concentrent essentiellement sur des actions axées sur le marché et devraient être dirigés par l›IVDP». Tout doit être fait «en association avec d’autres institutions (ViniPor-tugal, AICEP et IVV) et avec les as-sociations professionnelles», ayant comme source de financement les taxes versées par le secteur et les aides publiques, notamment celles issues de la mesure communautaire

L’orientation stratégique du secteur des vins de Porto et du Douro devrait démarrer en 2019

« promotion communautaire dans les pays tiers ».

L’UTAD indique que les me-sures (v) et (vi), qui «n’impliquent pas de ressources financières per-tinentes», devraient être mises en pratique par l’IVDP, «cependant, elles requerront une plus grande implication que précédemment, de la part son conseil interprofes-sionnel». Enfin, les quatre derniè-res mesures ont un «caractère plus large», appelant à «l’implication des acteurs régionaux, mais aussi à des politiques publiques actives, qui supposent une volonté poli-tique et des ressources financières publiques, nationales ou commu-nautaires».

Malgré le fait que ces dix me-sures constituent un «ensemble superadditif», dans le sens ou le tout est plus grand que la som-me des parties, «rien n’empêche qu’elles ne soient exécutées iso-lément ou par petits groupes», déclare l´UTAD.

L’objectif est tracé : obtenir «des vins distinctifs et de plus grande valeur», «des vins de Porto et du Douro valorisés sur le mar-ché mondial, en améliorant les prémisses pour un secteur et une région économiquement, sociale-ment, écologiquement et culturel-lement durables». D’autre part, il est nécessaire de se concentrer sur les «critères différenciateurs des vins basés sur la trilogie climat--soleil-cépages, mais aussi sur les caractéristiques unique du paysage viticole et des caves portuaires de Gaia». Le tout à travers une inter-connexion avec le tourisme dans le pays, au nord du Portugal, à Porto et dans le Douro.

Em 2016, a Região Demarcada do Douro (RDD) detinha uma área vitícola de 43.480 hectares, com cerca de 60% reconvertida e passível de mecanização. Também nesse ano, estavam registadas cerca de 21.400

explorações, 62,4% das quais com menos de um hectare e 16,5% entre um e dois hectares

Manuel Novaes Cabral, presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto.

Manuel Novaes Cabral, president du Instituto dos Vinhos do Douro e Porto.

“Rumo estratégico para o setor dos vinhos do Porto e do Douro”“Orientation stratégique pour le secteur des vins de Porto et du Douro”

MESURE PROPOSÉE MEDIDA PROPOSTA

Système Marché Intelligent

Implémenter et alimenter un système de marché intelligent lié à la promotion des vins du secteur, à l´usage des entreprises et des organisations

Sistema Inteligente de Mercado

Implementar e manter um sistema inteligente de mercado para uso das empresas e organizações ligadas à promoção dos vinhos do setor.

Renforcer la promotion collective sur les marchés prioritaires

Renforcer la promotion collective sur des marchés reconnus comme prioritaires, comme les EUA et le Canada.

Reforço da promoção coletiva em mercados prioritários

Reforçar a promoção coletiva em mercados reconhecidamente prioritários, como é o caso dos EUA e do Canadá.

Améliorer la communication « en ligne » avec les consommateurs et les marchés

Améliorer la communication ‘online’ (web) avec les consommateurs et les marchés. Il est proposé d´articuler le site institutionnel autour des vins de Porto et du Douro, des agents économiques du territoire / région et des entités qui interviennent dans le tourisme (national, régional et local). L’objectif est que chacun profite des résultats de cet outil considéré comme «hautement exigeant d´un point de vue technologique» et de plus en plus utilisé par un nouveau public national et international.

Melhoria da comunicação ‘online’ aos consumidores e mercados

Melhoria da comunicação ‘online’ (web) aos consumidores e mercados. Propõe-se a articulação do site institucional para os vinhos do Porto e Douro com os agentes económicos do território/região e com as entidades que intervêm no turismo (nacional, regional e local). O objetivo é que todos beneficiem dos resultados desta ferramenta considerada “de grande exigência tecnológica” e que é cada vez mais utilizada pelos novos públicos nacionais e internacionais.

Campagne de modernisation de l´ image du vin de Porto

Mise en place des campagnes de modernisation de l´image du vin de Porto, sur le marché interne et externe. Promouvoir auprès du jeune public, une nouvelle façon de consommer, et si possible, créer un lien avec le territoire et l´appellation D´origine (DO) Douro.

Campanhas de rejuvenescimento da imagem do vinho do Porto

Implementar campanhas de rejuvenescimento da imagem do vinho do Porto, tanto no mercado externo como interno. Promover novas formas de consumo, junto de públicos mais jovens e, se possível, interligando-o ao território e à Denominação de Origem (DO) Douro.

Réduire la quantité de “stock” minimum pour le vin de Porto

Réduction de la quantité minimale de stock pour l´exercice de l’activité commerciale du vin de Porto. L’objectif est de promouvoir la diversification de l’offre de vin par de nouvelles entreprises, potentiellement jeunes, innovantes et visant des segments élevés du marché.

Redução da quantidade do ‘stock’ mínimo para vinho do Porto

Redução da quantidade do ‘stock’ mínimo para o exercício da atividade comercial do vinho do Porto. O objetivo é promover a diversificação da oferta de vinhos por parte de novas empresas, potencialmente jovens, inovadoras e vocacionadas para segmentos elevados do mercado.

Règlementation intelligente du vin du Douro

Réglementation intelligente du vin du Douro, dans le sens de la consolidation de sa réputation collective et de sa valorisation. Ceci, sous-entend ce que les auteurs de l’étude appellent “un équilibre entre l’offre et la demande sur le marché”, ayant pour objectif ‘d´induire une augmentation du prix des raisins utilisés dans cette appellation d’origine.

Regulação inteligente do vinho Douro

Regulação inteligente do vinho Douro, no sentido do reforço da reputação coletiva e da sua valorização. Isto, tendo subjacente aquilo que os autores do estudo chamam “um equilíbrio entre a oferta e a procura no mercado”, com vista a induzir um aumento do preço das uvas utilizadas nesta denominação de origem.

Plateforme logistique régionale du Douro

Plateforme logistique régionale du Douro, de façon à faciliter les flux de services, de stockage, douaniers et de transports, essentiellement pour les entreprises qui opèrent et commercialisent à partir du Douro, bénéficiant d´une économie d´échelle.

Plataforma logística regional no Douro

Plataforma logística regional no Douro, de modo a facilitar fluxos de serviços, de armazenagem, aduaneiros e de transporte, essencialmente, para as empresas que operam e comercializam a partir do Douro, beneficiando de economias de escala.

Simplex + pour les agents économiques

Un Simplex + du secteur qui centraliserait les relations avec les institutions publiques sur un seul interlocuteur. L´IVDP, étant un institut public est fortement suggéré.

Simplex + para agentes económicos

Um, Simplex + do setor concentrando o seu relacionamento com as instituições públicas num único interlocutor. Sugere-se o IVDP, por ser um instituto público.

Système intégré de formation

Un système de formation intégré focalisé sur les établissements d’enseignement supérieur, mais adoptant une perspective collaborative et à géométrie variable avec plusieurs organisations, centré sur les différents domaines de l’industrie viticole, du climat et du sol jusqu´aux marchés et aux consommateurs, sans négliger l’œnotourisme et les compétences générales de gestion, en particulier les PME.

Sistema integrado de formação

Um sistema integrado de formação centrado nas instituições de ensino superior, mas adotando uma perspetiva colaborativa e de geometria variável com diversas organizações, focado nas diferentes áreas da fileira do vinho, desde o clima e solo até aos mercados e consumidores, sem descurar o enoturismo e competências gerais de gestão, em especial das PME.

Activités d´aide à l´innovation

Promouvoir des activités de soutien à l’innovation, à la densification entrepreneuriale et au positionnement sur le marché dans un environnement associatif, basé sur un modèle de financement et de gouvernance différenciatrice, avec, par exemple, une cotisation et un pouvoir de décision (vote), proportionnel à la quantité vendu ou à la valeur de facturée favorisant ainsi l’inclusion et le rajeunissement des entreprises

Atividades de apoio à inovação

Fomentar atividades de apoio à inovação e densificação empresarial e ao posicionamento nos mercados num ambiente associativista, assentes num modelo de financiamento e de governação diferenciador, por exemplo com quotizações e de poder de decisão (votação) tendencialmente, na proporção da quantidade vendida ou do valor da faturação, favorecendo a inclusão e o rejuvenescimento empresarial

com outras instituições (ViniPortu-gal, a AICEP e o IVV) e associações empresariais”, tendo como fontes de financiamento as taxas pagas pelo setor e os apoios públicos, nomea-damente os provenientes da medida comunitária ‘promoção em países terceiros’.

Diz a UTAD que as medidas (v) e (vi), que “não implicam recursos financeiros relevantes”, devem ser executadas pelo IVDP, “exigindo, no entanto, um maior envolvimento, do que as anteriores, do seu Conselho Interprofissional”. Por fim, as últi-mas quatro medidas são de “caráter mais amplo”, apelando ao “envolvi-mento dos ‘players’ regionais, mas também de políticas públicas ativas, exigindo vontade política e recursos financeiros públicos, sejam eles na-cionais ou comunitários”.

Apesar de as dez medidas consti-tuírem “um conjunto superaditivo”, no sentido que o todo é superior à soma das partes, “nada obsta a que as mesmas sejam executadas isolada-mente ou por pequenos conjuntos”, diz a UTAD.

O objetivo está traçado: conse-guir “vinhos mais distintivos e com maior valor”, “vinhos do Porto e Douro valorizados no mercado glo-bal, melhorando as premissas para um setor e uma região sustentáveis ao nível económico, social, ambien-tal e cultural”. Por outro lado, quer apostar-se no “caráter diferencia-do dos vinhos baseado na trilogia clima-solo-castas, mas também nas características únicas da paisagem vinhateira e das caves de vinho do Porto em Gaia”. Tudo através da interligação com o turismo no país, no norte de Portugal, no Porto e no Douro.

En 2016, la RDD comptait sur une superficie viticole de 43 480 hectares, dont environ 60% reconvertis et susceptibles d’être mécanisés. Cette même année, environ 21 400 exploitations agricoles ont été

enregistrées, dont 62,4% de moins d’un hectare et 16,5% entre un et deux hectares

Page 11: Especial Vinhos Vinitech-Sifel · moins en moins dire que nos efforts se centrent sur les pays africains lu-sophones et sur l’Europe. Nous som- mes désormais présents sur beaucoup

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