19
MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES ASTRONOMIA BÁSICA & AVANÇADA

Especialidade astronomia

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Especialidade do Clube de Desbravadores

Citation preview

Page 1: Especialidade astronomia

MIN ISTÉR IO DOS DESBRA VA DOR ES

ASTRONOMIA BÁSICA & AVANÇADA

Page 2: Especialidade astronomia

Esta é mais uma publicação do site,

Guias de estudo para as especialidade do Clube de Desbravadores

Volume 30

ASTRONOMIA BÁSICA E AVANÇADA

1ª Edição: Disponível em www.mundodasespecialidades.com.br

Diagramação e Edição: Khelven Klay de A. Lemos

Coordenação: Aênio Rodrigues

Autor: José Luiz Xavier Filho

DIREITOS RESERVADOS:

A reprodução deste material seja de forma total ou parcial de seus textos ou imagens

é permitida, desde que seja referenciado o Mundo das Especialidades e seus autores

pela nova autoria ao fim de seu material. Todos os direitos reservados para Mundo

das Especialidades

União Nordeste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Ministério dos Desbravadores

Este material estar registrado nos seguintes órgãos

Natal, RN, Maio de 2014

Page 3: Especialidade astronomia

APRESEN

TAÇ

ÃO

[email protected]

1

O que vem por aí

PARTICIPE

Queremos contar

com seu apoio para

montar as nossas

especialidades. Con-

te para nós sua expe-

riência, envie sua fo-

to, desenho, texto ou

conhecimento, você

será sempre bem

vindo neste mundo.

Conheça o grupo de dramatização Perspectiva Brasil d

P or que estudar Astronomia? Nosso objetivo é

utilizar o Universo como laboratório, deduzin-

do de sua observação as leis físicas que po-

derão ser utilizadas em coisas muito práticas, desde

prever as marés e estudar a queda de asteróides

sobre nossas cabeças, até como construir reatores

nucleares, analisar o aquecimento da atmosfera por

efeito estufa causado pela poluição, necessários pa-

ra a sobrevivência e desenvolvimento da raça huma-

na.

Em uma noite sem nuvens, em um local dis-

tante das luzes da cidade, o céu noturno pode ser

visto em todo o seu esplendor, e é fácil entender

porque desperta o interesse das pessoas. Depois do

Sol, necessário à vida, a Lua é o objeto celeste mais

importante, continuamente mudando de fase. As es-

trelas aparecem como uma miríade de pontos bri-

lhantes no céu. Entre elas, os planetas se destacam

por seu brilho e por se moverem entre as demais.

Astronomia é fascinante, instigante, harmônica e be-

líssima. A ciência mais antiga da humanidade e

aquela que impulsionou os maiores avanços tecno-

lógicos. Também porque é aquela ciência que quan-

to mais respostas conseguimos para nossas pergun-

tas, mais perguntas surgem, e possui uma quantida-

de tão grande de mistérios que talvez nunca conse-

guiremos desvendar.

Um Abraço!

José Luiz Xavier Filho

"Olhar o céu não é

apenas ver estrelas

cintilando, mas sim,

ver o universo que

nelas esconde."

Esta matéria foi escrita

para permitir acesso

por pessoas sem qual-

quer conhecimento

prévio de Astronomia.

Page 4: Especialidade astronomia

A stronomia, que etimologicamente

significa "lei das estrelas" com ori-

gem grega: (άστρο + νόμος) povos

que acreditavam existir um ensinamento vindo das

estrelas, é hoje uma ciência que se abre num leque

de categorias complementares aos interesses da

física, da matemática e da biologia. Envolve diver-

sas observações procurando respostas aos fenô-

menos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra

bem como em sua atmosfera e estuda as origens,

evolução e propriedades físicas e químicas de to-

dos os objetos que podem ser observados no céu

(e estão além da Terra), bem como todos os pro-

cessos que os envolvem. Observações astronômi-

cas não são relevantes apenas para a astronomia,

mas também fornecem informações essenciais pa-

ra a verificação de teorias fundamentais da física,

tais como a teoria da relatividade geral.

A origem da astronomia se baseia na antiga

(hoje considerada pseudociência) astrologia, prati-

cada desde tempos remotos. Todos os povos de-

senvolveram, ao observar o céu, um ou outro tipo

de calendário, para medir as variações do clima no

decorrer do ano. A função primordial destes calen-

dários era prever eventos cíclicos dos quais depen-

dia a sobrevivência humana, como a chegada das

chuvas ou do frio. Esse conhecimento empírico foi

a base de classificações variadas dos corpos celes-

tes. As primeiras idéias de constelação surgiram

dessa necessidade de acompanhar o movimento

dos planetas contra um quadro de referência fixo.

A Astronomia é uma das poucas ciências

onde observadores independentes possuem um

papel ativo, especialmente na descoberta e monito-

ração de fenômenos temporários. Muito embora

seja a sua origem, a astronomia não deve ser con-

fundida com Astrologia, o segmento de um estudo

teórico que associava os fenômenos celestes com

as coisas na terra (marés), mas que apresenta-se

falho ao generalizar o comportamento e o destino

da humanidade com as estrelas e planetas. Embo-

ra os dois casos compartilhem uma origem co-

mum, seus segmentos hoje são bastante diferen-

tes; a astronomia incorpora o método científico e

associa observações científicas extraterrestres para

confirmar algumas teorias terrenas (o hélio foi des-

coberto assim), enquanto a única base científica da

astrologia foi correlacionar a posição dos principais

astros da abóboda celeste (como o Sol e a Lua)

com alguns fenômenos terrestres, como o movi-

mento das marés, o clima ou a alternância de

estações.

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

2 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

Ema

Page 5: Especialidade astronomia

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

VIA LÁCTEA: A GALÁXIA DA TERRA É ESPIRAL

De todas as galáxias, a mais importante para nós é a Via

Láctea. A Via Láctea é a galáxia onde está localizado o Sistema

Solar da Terra. É uma estrutura constituída por cerca de duzen-

tos bilhões de estrelas (algumas estimativas colocam esse nú-

mero no dobro, em torno de quatrocentos bilhões) e tem uma

massa de cerca de 1 trilhão e 750 bilhões de massas solares.

Sua idade está calculada entre 13 bilhões e 800 milhões de

anos, embora alguns autores afirmem estar na faixa de quatorze

bilhões de anos. Daqui da Terra, portanto do interior da galáxia,

a Via Láctea é vista, em noites límpidas, como uma extensa faixa

esbranquiçada que atravessa o céu.

Ictiossauro

3 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

Richard Owen, 1804-1892.

Via Láctea quer dizer “caminho de lei-te”, devido à cor leitosa que nossa ga-láxia apresenta quando vista no céu, à noite. Esse nome foi dado pelos povos antigos.

Como deve ser nossa galáxia vista do topo. A Via Láctea provavelmente tem forma espiral, como um denso bojo cen-tral cercado por quatro braços que se espiralam para fora. O Sistema Solar fica em um desses braços, como se vê na ilus-tração feita por computador.

O SISTEMA SOLAR

Localizado em um dos braços da nossa galáxia, o Sol

reúne em torno de si vários corpos celestes: planetas (como a

Terra, Marte, Saturno), satélites naturais (como a Lua), asterói-

des, cometas e meteoróides. Há também gás e poeira nesse

conjunto.

O conjunto de corpos celestes “liderados” pelo Sol rece-

be o nome de Sistema Solar. Os componentes do Sistema Solar

se mantêm reunidos porque gravitam em torno do Sol. Ou seja,

a força de gravidade exercida pelo Sol os atrai e faz com que

eles sigam o seu trajeto dentro da sua galáxia, a Via Láctea. A

força da gravidade existe sempre entre dois corpos. Quanto

maior a massa, maior a força de atração; quanto maior a distân-

cia entre os corpos, menor a força de atração. A Terra e a Lua

atraem-se mutuamente.

Page 6: Especialidade astronomia

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

4 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

ÓRBITA: TRAJETÓRIA DOS CORPOS CELESTES

Qualquer trajetória que um astro descreve em

torno de outro é chamado de órbita. Todos os corpos

do Sistema Solar descrevem uma órbita elíptica em

torno do Sol. A elipse é uma curva fechada, ovalada,

que tem dois focos. No Sistema Solar, o Sol ocupa um

dos focos. No entanto, nesse caso a distância entre os

focos é tão pequena que a órbita dos planetas é, prati-

camente, circular. Veja a órbita elíptica de um planeta.

Periélio: é o ponto da órbita de um corpo, seja

ele planeta, planetóide, asteróide ou cometa, que está

mais próximo do Sol.

Afélio: é o ponto da órbita em que o planeta,

ou planetóide, está mais afastado do Sol.

O SOL: MAIS MASSA QUE TODOS OS AS-TROS DO SISTEMA SOLAR JUNTOS

Os astros do Sistema Solar diferenciam-se sobretudo pelas suas dimensões. O Sol é o maior de todos. Em seguida, vêm os planetas, os satélites naturais, os asteróides, os come-tas e os meteoróides.

O Sol é a estrela central do Sistema Solar. To-

dos os outros corpos do Sistema Solar, como plane-

tas, planetas anões, asteróides, cometas e poeira, bem

todos os satélites associados a estes corpos, giram ao

seu redor. Responsável por 99,86% da massa do Siste-

ma Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes mai-

or que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior

que o do nosso planeta. A distância da Terra ao Sol é

de cerca de 150 milhões de quilômetros.

A luz solar demora aproximadamente 8 minu-

tos e 18 segundos para chegar à Terra. Energia do Sol

na forma de luz solar é armazenada em glicose por

organismos vivos através da fotossíntese, processo do

qual, direta ou indiretamente, dependem todos os se-

res vivos que habitam nosso planeta. A energia do Sol

também é responsável pelos fenômenos meteorológi-

cos e o clima na Terra.

É composto primariamente de hidrogênio (74%

de sua massa, ou 92% de seu volume) e hélio (24% da

massa solar, 7% do volume solar), com traços de ou-

tros elementos, incluindo ferro, níquel, oxigênio, silício,

enxofre, magnésio, néon, cálcio e crômio.

Os principais elementos celestes que orbitam

em torno do Sol são os oito planetas principais conhe-

cidos atualmente cujas dimensões vão do gigante de

gás Júpiter até ao pequeno e rochoso Mercúrio, que

possui menos da metade do tamanho da Terra. Vamos

conhêce-los pela ordem de afastamento do Sol.

Quando o Sol é observado com os filtros

apropriados, as características mais imediatamente

visíveis são geralmente suas manchas, áreas bem

definidas na superfície solar que aparentam ser mais

escuras do que a região ao seu redor pelo fato de

possuírem temperaturas mais baixas. Manchas sola-

res são regiões de intensa atividade magnética onde

convecção é inibida por fortes campos magnéticos,

reduzindo transporte de energia do interior quente do

Sol, fazendo que estas regiões possuam uma tempe-

ratura mais baixa do que ao redor. O campo magnéti-

co gera intenso aquecimento da coroa solar, forman-

do regiões ativas que são as fontes de erupções sola-

res e ejeção de massa coronal. As maiores manchas

solares podem possuir dezenas de quilômetros de

diâmetro.

Page 7: Especialidade astronomia

5 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA

WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

Manchas solares, aproximadamente de 4 a 5 000°C.

OS OITO PLANETAS DO SISTEMA SOLAR

Os planetas do Sistema Solar são os

oito astros que tradicionalmente são conhe-

cidos como tal: Mercúrio (☿), Vênus (♀),

Terra (♁), Marte (♂ ), Júpiter (♃), Saturno

(♄), Urano (♅) e Netuno (♆). Todos os pla-

netas receberam nomes de deuses e deu-

sas da mitologia greco-romana. Fazendo

parte do Sistema Solar, esses oitos planetas

recebem a luz e o calor do Sol, ou seja, a

energia emitida pelo nosso astro-rei, en-

quanto giram em torno dele.

Os planetas do Sistema Solar estão

divididos em dois grupos:

Planetas interiores – Mercúrio, Vê-

nus, Terra e Marte.

Planetas exteriores – Júpiter, Satur-

no, Urano e Netuno.

Lembrando que, planeta, como defi-

nido pela União Astronômica Internacional

(UAI), é um corpo celeste orbitando uma

estrela ou restos estelares que tem massa

suficiente para haver rotação em torno de si

(através da gravidade) e, não tem massa

suficiente para causar fusão termonuclear,

ou seja, não tendo luz própria. Os planetas

se diferenciam principalmente pela massa,

por suas dimensões e por sua composição

química.

MERCÚRIO: é o planeta

mais próximo do Sol. Está

a uma distância média de

58 milhões de quilomêtros

do Sol e descreve uma

órbita completa a cada 88

dias terrestres. Sua massa

é igual a 5,5% da massa

da Terra. Não possui água

nem atmosfera . Sua

t e m p e r a t u r a é

extremamente oscilante.

De dia, pode chegar a 430°

C; de noite, a temperatura

chega a atingir -170°C.

Mercúrio teve o seu nome

atribuído pelos romanos

baseado no mensageiro

dos deuses, de asas nos

pés, porque parecia mover

-se mais depressa do que

qualquer outro planeta.

VÊNUS: é o segundo mais

próximo do Sol. Está a 108

milhões de quilômetros do

Sol (em média) e descreve

um ano que dura 255 dias

terrestres. Recebe seu no-

me em honra da deusa

romana do amor Vênus.

Sua massa é igual a 81%

da massa da Terra. Não

possui água. É conhecido

como planeta das nuvens,

pois sua atmosfera é den-

sa, composta basicamente

de gás carbônico. É um

planeta muito quente, sua

temperatura chega a 480°

C. Depois do Sol e da Lua,

o planeta vênus é o corpo

mais brilhante que avista-

mos no Céu, porque sua

atmosfera reflete intensa-

mente a luz solar. Aborda-

rei mais sobre o planeta

Vênus no tópico sobre es-

trelas .

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

TERRA: terceiro

planeta do Sistema Solar.

Está, em média, a 150

milhões de quilômetros do

Sol. Entre os planetas do

sistema, a Terra tem

condições únicas:

mantém grandes

quantidades de água em

estado líquido, tem placas

tectônicas e um forte

campo magnético. A

atmosfera interage com os

sistemas vivos. A ciência

moderna coloca a Terra

como único corpo

planetário conhecido que

possui vida da forma a

qual conhecemos.

MARTE: quarto planeta do Sistema

Solar. De noite, aparece como uma estrela

vermelha, razão por que os antigos

romanos lhe deram o nome de Marte, o

deus da guerra. Está uma distância média

de 228 milhões de quilômetros do Sol e

descreve uma órbita que dura 1,88 ano

terrestre. Por estar mais distante do Sol,

possui temperaturas mais baixas, entre 20°

C e -150°C. Sua atmosfera contém

principalmente gás carbônico, mas em

quantidade bem inferior ao de Vênus. Marte

tem calotas polares que contêm água e

dióxido de carbono gelados, a maior

montanha do sistema solar - o Olympus

Mons, um desfiladeiro imenso.

Page 8: Especialidade astronomia

JÚPITER: é o quinto pla-

neta em distância do

Sol. Está, em média, a

778 milhões de quilô-

metros de distância. Um

ano de Júpiter equivale

a quase 12 anos terres-

tres. Sua massa é 318

vezes maior que a da

Terra. É um planeta ga-

soso, composto por

90% de hidrogênio. É o

maior planeta do siste-

ma solar. É conhecido

pela grande mancha

vermelha e pelos seus

quatro grandes satéli-

tes: Ganímedes, Euro-

pa, Io e Calisto. Júpiter

é o planeta do sistema

solar que mais têm luas:

possui 62 de-

las.

SATURNO: sexto plane-

ta do Sistema Solar.

Está, em média, a 1,4

bilhões de quilômetros

do Sol. É quase tão

grande quanto Júpiter.

Sua massa equivale a

95 vezes a massa da

Terra. É também um

planeta gasoso, com

94% de hidrogênio. Sua

característica mais notá-

vel é um sistema de

anéis que tem mil quilô-

metros de espessura e

se estende por até 420

mil quilômetros além da

da superfície do plane-

ta. Seu nome provém

do deus romano Satur-

no. Saturno tem 48 luas.

URANO: é o sétimo

planeta. Está a uma

distância média de 2,9

bilhões de quilômetros

do Sol. Descreve uma

órbita completa em

cerca de 84 anos ter-

restres. Sua massa é

de 14,5 vezes maior

que a Terra. Tem a

superfície a mais uni-

forme de todos os pla-

netas por sua caracte-

rística cor azul-

esverdeada, produzida

pela combinação de

gases em sua atmosfe-

ra.

NETUNO: oitavo e últi-

mo planeta do Sistema

Solar desde a reclassi-

ficação de Plutão para

a categoria de planeta-

anão. Sua distância

média do Sol é de 4,5

bilhões de quilôme-

tros. Um ano de Netu-

no equivale a quase

165 anos terrestres,

sua massa é 17 vezes

maior que a massa da

Terra. Netuno recebeu

o nome do deus roma-

no dos mares.

Por ordem de afastamento do Sol temos: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Satur-no, Urano e Netuno. Em tamanho a ordem é: Júpiter, Saturno, Netuno, Urano, Terra, Marte, Vênus e Mercúrio. Podemos identificar a olho nu os planetas: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpi-ter e Saturno. O planeta do nascer do sol é Mercúrio e do pôr-do-sol é Vênus.

SATÉLITES NATURAIS: NEM TODOS OS PLANETAS TÊM

Satélite natural é um corpo celeste que gravita em torno de

um planeta. Veja como se distribuem os satélites em nosso

Sistema Solar:

Mercúrio e Vênus – não possuem satélites.

Terra – possui um satélite, a Lua.

Marte – tem dois satélites, Fobos e Deimos.

Júpiter – possui 62, sendo os principais: Ganimedes, Calisto,

Io e Europa.

Saturno – possui 48, sendo os principais: Titã, Encelado, Mi-

mas, Tétis e Dione.

Urano – possui 27 satélites.

Netuno – possui 13 satélites.

Deimos, um dos satélites naturais de Marte

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

6 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

Page 9: Especialidade astronomia

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

7 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

NEBULOSA, ASTERÓIDES, COMETAS E METEORÓIDES

Asteróides, cometas e meteoróides têm em

comum a composição de sua matéria. São fragmentos

que se originaram da nebulosa.

NEBULOSA: nuvem estelar; condensação local

de gás, poeira e moléculas interestelares; pode dar

origem a novas estrelas ou ser consequência da morte

de uma estrela de pequena massa, são nuvens de

poeira, hidrogênio e plasma.

OS ASTERÓIDES, também chamados de plane-

tóides, são astros que giram em torno do Sol, predomi-

nantemente entre as órbitas de Marte e Júpiter. São

corpos celestes rochosos, de formato irregular, meno-

res que Mercúrio, que é o menor planeta do Sistema

Solar. Os asteróides tem um brilho muito fraco; por

isso, só podem ser vistos com auxílio de lunetas e te-

lescópios.

OS COMETAS são corpos celestes, em geral

pequenos, que giram em torno do Sol em órbitas eclíp-

ticas alongadas. Possuem um núcleo sólido muito ge-

lado, que costumam medir alguns quilômetros e é

composto por gelo de água e poeira. A cauda de um

cometa chega a atingir centenas de milhares de quilô-

metros. A velocidade de um cometa pode atingir 196

mil quilômetros por horas (km/h) quando está mais

próximo do Sol; à medida que se afasta, sua velocida-

de diminui, chegando a 3,3 mil km/h. Geralmente po-

demos enxergar os cometas no céu apenas se usar-

mos telescópio. Sem esse instrumento, só os enxerga-

mos quando estão perto do Sol.

METEORÓIDES são fragmentos de material que

vagueiam pelo espaço e que, segundo a International

Meteor Organization (Organização Internacional de

Meteoros), possuem dimensões significativamente me-

nores que um asteróide e significativamente maiores

que um átomo ou molécula, distinguindo-nos dos aste-

róides - objetos maiores, ou da poeira interestelar - ob-

jetos micrométricos ou menores.

Meteoro designa o fenômeno luminoso obser-

vado quando da passagem de um meteoróide pela

atmosfera terrestre. Este fenômeno que pode apresen-

tar várias cores, que são dependentes da velocidade e

da composição do meteoróide, um rastro, que pode

ser designado por persistente, se tiver duração apreci-

ável no tempo, e pode apresentar também registro de

sons. Um meteoro é também por vezes designado de

estrela cadente. Sobre esse fenômeno, “estrela caden-

te”, darei maior ênfase no tópico sobre estrelas.

A atmosfera nos protege dos meteoróides. Mas

alguns fragmentos – os de dimensões maiores – con-

seguem atingir a superfície terrestre. Esses fragmentos

são denominados meteoritos e muitas vezes podem

causar danos enormes, dependendo da região terres-

tre onde caem. Pode ser um aerólito (rochoso), siderito

(metálico) ou siderólito (metálico-rochoso).

Nebulosa

Asteróides

Cometa Meteoróides

Page 10: Especialidade astronomia

8 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA

WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

ESTRELAS

AS ESTRELAS SE

MOVIMENTAM?

Em 1718, Sir Edmund Halley

(1656-1742) observou que a

posição da estrela Arcturus no

céu havia mudado um grau em

relação à posição medida por

Ptolomeu. Sírius também havia

mudado, de meio grau. Desde

então os astrônomos têm medi-

do o movimento transverso, isto

é, o movimento aparente das

estrelas no céu, perpendicular à

linha de visada. Este movimen-

to é chamado de movimento

próprio e usualmente é medido

em segundos de arco por ano.

Lembrando que, esse movimento não acontece diariamente, e muito menos em um tempo de 20 ou 40h. É em tempo muito longo, décadas ou séculos. O movimento aparente que observamos daqui da Terra é causado pelo movimento de rotação e translação da Terra!

Uma estrela é um corpo

celeste luminoso. Por

causa de sua pressão

interna, produz energia

por fusão nuclear, trans-

formando moléculas de

hidrogênio em hélio. A

energia gerada é emiti-

da através do espaço

sob a forma de radiação

eletromagnética (luz). A

estrela mais próxima da

Terra é o Sol.

AS CORES DAS ESTRELAS

Quando olhamos para o céu numa noite limpa e sem luar, longe das

luzes da cidade, facilmente constatamos que muitas estrelas têm uma cor

peculiar. Sírius e Vega, por exemplo, cintilam como diamantes branco-

azulados. Capella tem um brilho amarelo, como um sol distante, enquanto

Arcturus é levemente alaranjada. Betelgeuse, Aldebaran e principalmente An-

tares exibem um tom vermelho como um rubi. Ao telescópio, essas cores

atingem tons de elevada pureza.

Não é difícil analisar as cores de uma luz. Basta fazê-la passar por

uma fenda delgada e atravessar um prisma de vidro. Com isso obtemos o

espectro da luz. O espectro das estrelas geralmente se apresenta como uma

faixa luminosa e contínua, contendo todas as cores do arco-íris. Por exemplo,

quando a luz do Sol atravessa um prisma, obtemos as mais variadas cores

conforme o desenho.

As cores das estrelas também informam sobre sua temperatura, se é

uma estrela quente ou fria. Estrelas quentes possuem cor azul, já as estrelas

frias possuem cor vermelha.

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

Page 11: Especialidade astronomia

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

9

CONSTELAÇÕES: PURA IMAGINAÇÃO HUMANA?

Constelação de Virgem, de Escorpião, o

Cruzeiro do Sul, a Constelação de Centauro e tantas

outras, o que são? São estrelas que, embora muito

distantes entre si, ao homem aqui da Terra parecem

agrupadas, formando um desenho. Às figuras cria-

das pela imaginação humana a partir de agrupa-

mentos de estrelas dá-se o nome de constelação.

As estrelas que compõem constelações se encon-

tram tão distantes entre si que praticamente não

exercem atração de gravidade umas sobre as ou-

tras.

Durante todo o ano é possível ver várias

constelações, das quais duas são mais conhecidas:

Cruzeiro do Sul e Centauro.

No hemisfério sul, podemos ver durante to-

da a noite, em céu limpo, as seguintes constela-

ções: Cruzeiro do Sul, Centauro, Navio, Mosca e

Triângulo. Ainda podemos encontrar no hemisfério

sul, constelações que são visíveis entre o pôr-do-sol

e meia-noite, no verão e no inverno, são as seguin-

tes: Verão - Câncer, Leão, Gêmeos, Cruzeiro do Sul,

Folso. Inverno - Cruzeiro do Sul, Folso, Escorpião,

Peixes, Touros, Plêiades.

SÃO DEFINIDAS 88 CONSTELAÇÕES, QUE PODEM

SER CLASSIFICADAS EM:

AUSTRAIS: CIRCINUS, CENTAURUS, PHOENIX,

PAVO, NORMA, COLUMBA, MICROSCOPIUM, CO-

RONA AUSTRALIS, LUPUS, CRUX, DORADO, MUS-

CA, INDUS, HOROLOGIUM, FORNAX, PICTOR, CA-

RINA, PISCIS AUSTRINUS, ANTLIA, VOLANS, VE-

LA, ARA, TUCANA, TRIANGULUM AUSTRALE, CA-

ELUM, GRUS, PUPPIS, PYXIS, RETICULUM,

SCULPTOR E TELESCOPIUM.

BOREAIS: LEO MINOR, LACERTA, URSA MAJOR,

PERSEUS, LYNX, LYRA, HÉRCULES, TRIANGU-

LUM, CORONA BOREALIS, CASSIOPÉIA, ANDRO-

MEDA, AURIGA, CANES VENATICI E CYGNUS.

ZODIACAIS: PISCES, ARIES, VIRGO, AQUARIUS,

TAURUS, SCORPIUS, SAGITTARIUS, CAPRICOR-

NUS, LEO, CANCER, GEMINI E LIBRA

CIRCUMPOLARES NORTE: DRACO, CEPHEUS,

CAMELOPARDALIS E URSA MINOR

CIRCUMPOLARES SUL: OCTANS, CHAMAELEON,

MENSA, APUS E HYDRUS

EQUATORIAIS: VULPECULA, BOÖTES, CANIS MI-

NOR, CANIS MAJOR, SEXTANS, SERPENS, SCU-

TUM, AQUILA, SAGITTA, MONOCEROS, ERIDA-

NUS, DELPHINUS, CRATER, EQUULEUS, CORVUS,

COMA BERENICES, HYDRA, OPHIUCHUS, ORION,

PEGASUS, CETUS E LEPUS.

AS CONSTELAÇÕES E OS SIGNOS DO ZODÍACO

Desde a antigüidade o homem, levantando a

sua cabeça para o céu, começou a indagar o que

significavam todos aqueles pontos brilhantes que

apareciam desde o momento que o Sol se punha. E,

para guiá-los na noite, os homens das primeiras civi-

lizações abriram mão de um artifício. A humanidade

que desde sua origem, sentiu a necessidade de per-

petuar imagens de seu cotidiano, assim deixou gra-

vados os primeiros desenhos de animais que são

vistos nas cavernas paleolíticas. Movidos por sua

necessidade de se guiarem durante a noite escura

do deserto, os povos da antigüidade - especialmen-

te aqueles que viviam entre os rios Tigre e o Eufrates

- acharam conveniente ligar entre si aqueles pontos

luminosos representados pelas estrelas fixas e que,

aparentemente, poderiam tomar formas de animais

ou mesmo de seres legendários.

De fato, elas são “desenhadas” sobre a abó-

bada celeste, que é representada como um grande

globo estelar imaginário em volta da Terra. Das 88

constelações, somente doze são tocadas pelo Sol

em seu caminho aparente em volta da Terra.

ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

Page 12: Especialidade astronomia

10 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA

WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

Estas constelações estão

colocadas no caminho apa-

rente do Sol, ou seja, por

causa do movimento e da

inclinação da Terra no seu

eixo, o Sol descreve em

volta desta um caminho

aparente, chamado elíptica,

formando um circulo que é

chamado pelos astrônomos

e astrólogos de círculo zo-

diacal. Ao associar as cons-

telações zodiacais com os

mitos e arquétipos da anti-

güidade, especialmente

aqueles ligados à mitologia

grega.

MAGNITUDE

Quando observamos o firmamento estrelado, uma das pri-

meiras coisas que notamos é que as estrelas possuem brilhos dife-

rentes. Algumas estrelas chamam a nossa atenção devido ao seu

brilho intenso, existem aquelas de brilho intermediário, e outras são

tão pálidas que mal podemos enxergá-las. Tamanha diversidade

chamou atenção dos antigos observadores da Grécia Clássica, on-

de teve origem o primeiro sistema de classificação das estrelas se-

gundo o seu brilho, e que acabou originando o moderno sistema

que usamos até os dias de hoje.

Utilizando apenas a vista desarmada e demonstrando uma

grande acuidade visual, eles agruparam as estrelas em seis classes

de brilho, que chamaram de grandezas. Atualmente, o termo

“grandeza” está obsoleto e foi substituído por magnitude. O quadro

ao lado mostra as 50 estrelas mais brilhantes por ordem de magni-

tude:

O NOME DAS ESTRELAS

Em Astronomia, o alfabeto grego é muito usado, pois é par-

te integrante dos mapas e cartas celestes, nomeadamente, na iden-

tificação das estrelas pela designação de Bayer. Existe uma lógica

para essa classificação e existem também outros sistemas de identi-

ficação de estrelas, mas nesta secção abordamos a designação de

Bayer e o tema do alfabeto grego (minúsculas, pois as maiúsculas

não são usadas).

Assim, podem consultar todas as letras do mesmo alfabeto,

vendo a sua representação e como se devem ler cada uma delas.

Podem, também, encontrar uma pequena explicação do sistema do

alfabeto grego, usado na nomenclatura de estrelas.

E aqui está o quadro com o alfabeto grego completo na pá-

gina ao lado. A estrela mais brilhante recebe o nome Alfa, depois

Beta, Gama, Delta, até Omega.

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

Page 13: Especialidade astronomia

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

11

As estrelas fixas – termo

utilizado em contraposição às es-

trelas errantes, ou planetas – já

eram conhecidas pelos gregos

como um recurso de interpretação.

N ã o h á n e n h u m a

"explicação científica" por que não

há nenhum "mistério científico"

neste fenômeno simples: as estre-

las fixas são "fixas" porque estão

muito longe, então o movimento

delas não é perceptível a um ob-

servador terráqueo que vive ape-

nas algumas décadas. Seriam ne-

cessárias centenas de milhares de

anos de observação para perceber

alterações nas posições das estre-

las fixas. Por isto elas são chama-

das de fixas: na nossa escala de

tempo, ainda não houve observa-

ções suficientes para perceber

qualquer alteração de posição

destas estrelas. Já os planetas

estão em constante movimento.

QUADRO COM O ALFABETO GREGO COMPLETO

ESTRELAS FIXAS

Muitas vezes meteoróides proporcionam um fenômeno sempre

admirado, que é o da “estrela cadente”.“Estrelas cadentes” se formam

quando esses corpos celestes, vindos do espaço desviados da sua órbi-

ta, penetram na atmosfera terrestre, ali se fragmentando devido ao calor

gerado pelo atrito do meteoróide com o ar. Caindo em fragmentos bri-

lhantes, cortam o céu e parecem estrelas que caem, esse fenômeno é

chamado cientificamente de meteoro. “Estrelas cadentes” são, pois, fra-

gmentos de meteoróides.

Letra Nome Ordem Letra Nome Ordem

alfa 1

niú 13

beta 2

csi 14

gama 3

omicron 15

delta 4

pi 16

épsilon 5

ró 17

zeta 6

sigma 18

eta 7

tau 19

teta 8

upsilon 20

iota 9

fi 21

capa 10

qui 22

lambda 11

psi 23

miú 12

ómega 24

ESTRELA DA MANHÃ E ESTRELA VESPERTINA

O planeta Vênus era muito

observado pelos índios brasileiros

por ser, depois do Sol e da Lua, o

objeto mais brilhante do céu e era

utilizado principalmente para orien-

tação, por ser visto pouco antes

do nascer ou logo após o pôr-do-

sol, sempre próximo ao Sol. Eles

pensavam que se tratava de duas

estrelas que apareciam em perío-

dos diferentes: a estrela matutina

(que chamamos Dalva) e a estrela

vespertina (que chamamos Vés-

per), cada uma delas ficando visí-

vel cerca de 263 dias. A primeira

aparição de Vênus como estrela

da manhã ocorre no lado leste,

antes do nascer do sol. Nesse dia,

à medida que o tempo passa, o

céu fica cada vez mais brilhante e,

quando a última estrela desapare-

ce de vista, Vênus surge como um

ponto brilhante no horizonte, próxi-

mo do local onde o Sol nascerá.

Então, rapidamente, ele desapare-

ce, ofuscado pelo avanço da luz

solar.

ESTRELA CADENTE

ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

Page 14: Especialidade astronomia

12 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA

WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

Orion, Oríon, Órion ou Ori-

onte, o caçador Órion, é uma

constelação do equador celeste.

As estrelas que compõem esta

constelação podem ter como ele-

mento do seu nome o genitivo

"Orionis".

Órion é uma constelação

reconhecida em todo o mundo,

por incluir estrelas brilhantes e

visíveis de ambos os hemisférios.

A constelação tem a forma de um

trapézio formado por quatro estre-

las: Betelgeuse (Alfa de Órion),

Rigel (Beta de Órion), Bellatrix

(Gama de Órion) e Saiph (Kapa de

Órion). É uma constelação fácil de

ser enxergada pois, dentre as es-

trelas que a compõem, destaca-se

a presença de três, Mintaka (Delta

de Órion), Alnilam (Epsilon de

Órion) e Alnitak (Zeta de Órion),

popularmente conhecidas como

"As Três Marias", que formam o

cinturão de Órion e está localizado

no centro desta.

Nesta constelação também

encontra-se uma das raras nebu-

losas que podem ser vistas a olho

nu, a Nebulosa de Órion que é

uma região de intensa formação

de estrelas. A constelação de

Órion pode ser melhor vista, no

hemisfério sul, em abril e maio.

ÓRION

Nebulosa de Órion

O CRIADOR E SUA CRIAÇÃO

Deus cita várias vezes a constela-

ção de Órion, na Bíblia. Não somente

Órion, mas as Plêiades e Arcturos, etc.:

Jó 9:9 – O que fez a Ursa, o

Órion, e as Plêiades, e as recâmaras do

sul;

Jó 38:31 – Podes atar as cadeias

das Plêiades, ou soltar os atilhos do

Órion?

Amós 5:8 – Procurai aquele que

fez as Plêiades e o Órion, e torna a som-

bra da noite em manhã, e transforma o

dia em noite; o que chama as águas do

mar, e as derrama sobre a terra; o Se-

nhor é o seu nome. ELLEN G. WHITE – PRIMEIROS ESCRITOS

“A 16 de dezembro de 1848, o Senhor me

deu uma visão acerca do abalo das potesta-

des do céu. Vi que quando o Senhor desse

céu, ao dar os sinais registrados por S. Ma-

teus, Marcos e Lucas, Ele queria dizer céu, e

quando disse "Terra", queria dizer terra. As

Potestades do céu são o sol, Lua e estrelas.

Seu governo é no firmamento. As potestades

da terra são os que governam sobre a terra.

As potestades do céu serão abaladas com a

voz de Deus . Então o sol, lua as estrelas se

moverão de lugares. Não passarão, mas se-

rão abalados pela voz de Deus. Nuvens ne-

gras e densas subiam e chocavam-se entre

si. A atmosfera abriu-se e recuou: aonde vi-

nha a voz de Deus. A santa cidade descerá

por aquele espaço aberto. Vi que as potesta-

des da Terra estão sendo abalados agora, e

que os acontecimentos ocorrem em ordem.

Guerra e rumores de guerra, espada, fome e

pestilência devem primeiramente abalar as

potestades da Terra, e então a voz de Deus

abalará o sol, a lua e as estrelas como tam-

bém a terra”.

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

Page 15: Especialidade astronomia

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

13

Em astronomia, zênite é o ponto superior da esfera

celeste, segundo a perspectiva de um observador estacio-

nado num plano sobre a Terra, o exato ponto acima de sua

cabeça projetado na abóboda celeste, ou a interseção da

vertical superior do lugar com a esfera celeste. O zênite é

um marco referencial de localização da rosa dos ventos em

relação a posição do observador e os objetos celestes a

sua volta. O zênite também denominado auge, apogeu, cul-

minância opõe-se a nadir outro importante referencial de

orientação. Este termo foi criado pelos gregos na antiguida-

de.

Em astronomia, nadir é o ponto inferior da esfera

celeste, segundo a perspectiva de um observador na super-

fície da do planeta é a projeção do alinhamento vertical que

esta sob os pés do observador à esfera celeste superior,

localizada do outro lado da planeta e é o oposto ao Zênite,

ponto em que o sol fica perpendicular a região subtropical

em pleno solstício.

PARA ENTEDER MAIS DE ASTRONOMIA

Para calcular a distância entre os astros os cientistas baseiam-se na velocidade da luz no vácuo. A unidade de medida que os cien-tista usam para medir a enorme distância en-tre os astros é denominada ano-luz. Um ano-luz equivale à distância que a luz percorre, no vácuo, em um ano. Um raio de luz percorre aproximadamente trezentos mil quilômetros em um segundo (300 000 km/s); então, em um ano, esse raio atravessa cerca de dez trilhões de quilômetros.

Esfera Celeste: O céu é considerado uma

esfera enorme, infinita, sobre o observador, com

esses objetos na superfície interna desta esfera.

Polo Celeste: São os pontos (Norte e Sul)

em que o eixo se encontra na esfera.

Equador Celeste: É o circulo resultante da

interseção da esfera celeste do plano que passa

pelo centro da Terra e perpendicular ao eixo.

-Horizonte: É o círculo que resulta da inter-

seção com a esfera celeste do plano que passa por

nossos pés e na vertical que também passa por

nossos pés. Horizonte é aquilo que está ao alcance

de nossas vistas.

-Ascensão Reta: É quando um corpo ce-

leste faz sua órbita no equador celeste sendo que

este entra no 0º.

-Declinação: É quando o Sol declina para

mais ou menos.

-Trânsito: É o deslocamento em ascensão

reta e, declinação pela revolução da terra.

-Conjunção e Eclíptica: É o plano de órbi-

ta traçado pela terra em torno do Sol. Durante um

ano.

ZÊNITE E NADIR

ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

Page 16: Especialidade astronomia

14 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA

WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

A Terra, nosso pla-

neta, é o terceiro em dis-

tância a partir do Sol. Pos-

sui as seguintes condições

que favorecem o apareci-

mento, o desenvolvimento

e a manuteção da vida tal

como a conhecemos:

Temperatura ade-

quada, com média em

torno de 15°C; uma tempe-

ratura muito elevada desi-

drataria os seres vivos, e

uma temperatura muito

baixa impediria que eles

se desenvolvessem;

Quantidade suficiente de

água em estado líquido;

Atmosfera contendo gás

oxigênio – que é utilizado

na respiração da maioria

dos seres vivo. Atmosfera

que, além de proteger a

Terra dos meteoróides,

contém ozônio, nosso filtro

solar de radiações ultravio-

leta da luz solar. A Terra

executa dois movimentos

principais: o movimento

em volta do Sol, chamado

translação, que dura 365

dias, ou, mais especifica-

mente, 365 dias, 5horas,

48 minutos e 46 segun-

dos. o movimento em tor-

no de si mesma, chamado

rotação, que dura 24h ou

um dia, ou, mais especifi-

camente, 23 horas, 56 mi-

nutos e 4 segundos Esta-

ção do ano é uma das

quatro subdivisões do ano

baseadas em padrões cli-

máticos. São elas: Prima-

vera, Verão, Outono e In-

verno.

ESTUDANDO A TERRA

EQUINÓCIO

Em astronomia,

equinócio é definido co-

mo um dos dois mo-

mentos em que o Sol,

em sua órbita aparente

(como vista da Terra),

cruza o plano do equa-

dor celeste (a linha do

equador terrestre proje-

tada na esfera celeste).

Mais precisamente é o

ponto onde a eclíptica

cruza o equador celeste.

A palavra equinócio vem

do Latim, aequus (igual)

e nox (noite), e significa

"noites iguais", ocasiões

em que o dia e a noite

duram o mesmo tempo.

Ao medir a duração do

dia, considera-se que o

nascer do Sol (alvorada

ou dilúculo) é o instante

em que metade do cír-

culo solar está acima do

horizonte e o pôr do Sol

(crepúsculo ou ocaso) o

instante em que o círcu-

lo solar encontra-se me-

tade abaixo do horizon-

te. Com esta definição, o

dia e a noite durante os

equinócios têm igual-

mente 12 horas de dura-

ção.

Os equinócios

ocorrem nos meses de

março e setembro e defi-

nem as mudanças de

estação. No hemisfério

norte a primavera inicia

em março e o outono

em setembro. No hemis-

fério sul é o contrário, a

primavera inicia em se-

tembro e o outono em

março. O equinócio ver-

nal é 21 de março e o

equinócio outonal é no

dia 23 de setembro.

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

Page 17: Especialidade astronomia

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

15

Um eclipse é um evento celeste que mais tem

atraído a curiosidade humana com respeito à mecâni-

ca celeste. Um eclipse é quando um corpo celeste se

sobrepõe a outro formando um cone de sombra que

no caso risca a superfície terrestre formando uma zo-

na de ocultação. Existem dois tipos: lunares e sola-

res.

UM ECLIPSE LUNAR é um fenômeno celeste

que ocorre quando a Lua penetra totalmente ou parci-

almente o cone de sombra projetado pela Terra, em

geral sendo visível a nu. Isto ocorre sempre que o

Sol, a Terra e a Lua se encontram próximos ou em

perfeito alinhamento, estando a Terra no meio destes

outros dois corpos.

UM ECLIPSE SOLAR assim chamado, é um

raríssimo fenômeno de alinhamentos que ocorre

quando a Lua se interpõe entre o Sol ocultando com-

pletamente a sua luz numa estreita faixa terrestre.

A LUA

Nosso único satélite natural e

astro mais brilhante da noite é a Lua. É

a mais brilhante para nós porque está

mais próxima da Terra do que os outros

corpos celestes.

A Lua brilha sem luz própria; é ilumina-

da, refletindo a luz que recebe do Sol.

Situa-se a uma distância de cerca de

384.405 km do nosso planeta. A Lua

não tem atmosfera e apresenta, embora

muito escassa, água no estado sólido

(em forma de cristais de gelo). Não ten-

do atmosfera, não há erosão e a super-

fície da Lua mantém-se intacta durante

milhões de anos. É apenas afetada pe-

las colisões com meteoritos.

A Lua dá um volta em torno de si

mesma em aproximadamente 28 dias.

Nesse mesmo período, a Lua dá uma

volta completa em torno da Terra. As-

sim, mantém sempre a mesma face vol-

tada pra Terra. O movimento que a Lua

faz em torno da Terra chama-se revolu-

ção.É a principal responsável pelos efei-

tos de maré que ocorrem na Terra, em

seguida vem o Sol, com uma participa-

ção menor. Contudo, a força de atração

que o Sol e a Lua exercem sobre a Ter-

ra influencia o movimento de subida e

descida da água dos oceanos. Durante

um mês, a maré é mais forte nas fases

de lua cheia e nova. Pode-se dizer do

efeito de maré aqui na Terra como sen-

do a tendência de os oceanos acompa-

nharem o movimento orbital da Lua. A

maré alta ocorre quando a Terra, a Lua

e o Sol se encontram em conjunção ou

oposição. E a maré baixa, quando a

Terra, a Lua e o Sol se encontram em

quadratura, formando um ângulo de

90°. A ocorrência desse fenômeno se

dá duas vezes por dia, aproximadamen-

te a cada 12 horas.

ECLIPSE

Há quatro tipos de eclipses solares: solar parcial, solar total, anular (anelar ou em anel) e eclipse híbrido. O exemplo acima é um eclipse solar total.

Eclipse Lunar Eclipse Solar

ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

Page 18: Especialidade astronomia

16 ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA

WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR

A aurora polar é um

fenômeno óptico compos-

to de um brilho observado

nos céus noturnos em re-

giões próximas a zonas

polares, em decorrência

do impacto de partículas

de vento solar no campo

magnético terrestre. Em

latitudes do hemisfério

norte é conhecida como

aurora boreal, nome bati-

zado por Galileu Galilei,

em referência à deusa ro-

mana do amanhecer Auro-

ra e ao seu filho Bóreas,

representante dos ventos

nortes. Ocorre normalmen-

te nas épocas de setem-

bro a outubro e de março

a abril. Em latitudes do

hemisfério sul é conhecida

como aurora austral, nome

batizado por James Cook,

uma referência direta ao

fato de estar ao Sul.

O fenômeno não é exclusi-

vo somente à Terra, sendo

também observável em

outros planetas do sistema

solar como Júpiter, Satur-

no, Marte e Vênus. Da

mesma maneira, o fenô-

meno não é exclusivo da

natureza, sendo também

reproduzível artificialmente

através de explosões nu-

cleares ou em laboratório.

AURORA BOREAL

Abordarei apenas alguns aparelhos quem têm

possibilitado ao ser humano realizar suas pesquisas es-

paciais: luneta, telescópio, foguete, satélite artificial, son-

da espacial, ônibus espacial, estação espacial.

Aurora Boreal

Aurora Austral

OS INSTRUMENTOS PARA OS ESTUDOS

Luneta: é um instrumento

óptico que possui, basi-

camente, dois conjuntos

de lentes que ampliam a

imagem para o observa-

dor. Mesmo sendo um

instrumento bastante anti-

go, as lunetas ainda são

utilizadas para observar o

céu e acompanhar certos

fenômenos.

Telescópio: é um instru-

mento importante para os

astrônomos. Entre os vá-

rios tipos, os mais eficien-

te são: Os telescópios

refratores – constituídos

por dois conjuntos de

lentes; Os telescópios

refletores – que possuem

um conjunto de lentes e

um sistema de espelhos.

Foguete: é um veículo próprio para lançar instru-

mentos de pesquisa ou mesmo outros veículos es-

paciais, como os satélites artificiais. É também uma

terrível arma de guerra.

Satélite artificial: é um veículo espacial, tripulado ou

teleguiado, que é levado ao espaço para ficar giran-

do em torno da Terra ou de outro corpo celeste.

Sonda espacial: é um veículo sem tripulantes, tele-

guiado e utilizado em voos para a coleta de informa-

ções sobre o espaço. Pode passar próximo a um

corpo celeste, entrar em sua órbita ou mesmo pou-

sar nele.

Ônibus espacial: o Colúmbia, primeiro ônibus espa-

cial, revolucionou a astronáutica, por se tratar de um

veículo de lançamento reaproveitável, ao contrário

dos foguetes então existentes. Como o próprio nome

diz, trata-se de uma espécie de ônibus, que vai e

volta. São capazes de transportar um número maior

de tripulantes que os demais veículos espaciais.

Estação espacial: é um engenho montado para per-

manecer numa órbita em torno do astro. Assemelha-

se a uma “casa espacial”, com acomodações para

os astronautas e locais apropriados para as realia-

ções dos estudos científicos e experiências. Pode

servir de posto de combustível para outros aparelhos

espaciais

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

Page 19: Especialidade astronomia

RELÓGIO SOLAR

O relógio de sol é, provavelmente, a forma

mais antiga de se medir o tempo. Ele utiliza o

movimento aparente do Sol que surge pela

manhã no Leste e desaparece, à tarde, no

Oeste.

Nessa versão super simples, ele será

apenas uma haste vertical sobre uma prancha

horizontal. A ponta da sombra da haste serve

para indicar a hora do dia. Vamos descrever

dois projetos de relógio solar, o primeiro bem

simples e o outro um pouco mais elaborado e

preciso.

1) Esse relógio é feito com uma base plana no

centro da qual é fixada uma haste fina e verti-

cal. Leve o conjunto para um local ensolarado

e use um nível e uma linha de prumo para ga-

rantir que a haste está na vertical. As dimen-

sões da base e da haste ficam a seu critério.

Uma haste de 30 centímetros é suficiente. O

tamanho da base deve ser tal que contenha a

sombra completa da haste para todas as ho-

ras do dia, de preferência de 6 às 18 horas.

Use um relógio comum para calibrar

seu relógio de Sol. Ajuste esse relógio pela

hora oficial. Comece cedo e marque a posição

da ponta da sombra da haste para cada hora

completa. No exemplo da figura, foram marca-

dos os pontos de 7 às 17 horas pois as som-

bras das 6 e 18 horas foram longas demais

para o tamanho da base. Observe que a som-

bra é mínima perto do meio dia. A direção des-

sa sombra mínima indica a direção do meridia-

no do local, isto é, a direção Norte-Sul. Não é

exatamente ao meio dia porque a hora oficial

não coincide exatamente com a hora solar.

Esse relógio é muito fácil de fazer e calibrar

mas é limitado pois só serve para uns poucos

dias depois da calibração. Alguns dias depois,

as linhas das horas vão mudar de direção e o

relógio vai marcar horas erradas. A figura ilus-

tra como a linha das 13 horas muda de Junho

a Dezembro, por exemplo. Esse problema po-

de ser resolvido, como veremos na descrição

do relógio mais elaborado, descrito a seguir.

PARA APRENDER MAIS:

17

GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA

BARROS, Carlos & PAULINO, Wilson Roberto. Ciências:

O meio ambiente. 60ª. ed., São Paulo: Ática, 1999.

SAMPAIO, Francisco Coelho. Geografia do século XXI,

Redescobrindo o Planeta Azul: a Terra pede ajuda. 2ª

ed., Curitiba: Positivo, 2005.

SOUZA, Kepler de & SARAIVA, Maria de Fátima. Astro-

nomia e Astrofísica.

FARIA, Romildo Póvoa. Visão para o Universo: Uma

iniciação a Astronomia. 4a ed., São Paulo: Papirus,

1994.

FARIA, Romildo Póvoa. Fundamentos da Astronomia.

2a ed., São Paulo: Papirus, 1994.

NICOLINI, Jean. Manual do astrônomo amador. 1a e 2a

ed., São Paulo: Papirus, 1985. .

ASTRONOMIA - BÁSICA E AVANÇADA

I LOVE TO DRIVE. I LOVE TO TRAVEL.