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RESIDÊNCIA MÉDICA 2020 1ª FASE ESPECIALIDADES CLÍNICAS ESPECIALIDADES CLÍNICAS Instruções para a realização da prova Esta prova é composta de 80 questões de múltipla escolha. Para cada questão, há 4 alternativas, devendo ser marcada apenas uma. Assine a folha de respostas com caneta esferográfica preta e transcreva para essa folha as respostas escolhidas. Ao marcar o item correto, preencha completamente o campo correspondente, utilizando caneta esferográfica preta. Não deixe nenhuma das questões em branco na folha de respostas. A duração total da prova é de 5 horas. NÃO haverá tempo adicional para transcrição de gabarito. Você somente poderá deixar a sala após 2h30min do início da prova, podendo levar consigo APENAS o CONTROLE DE RESPOSTAS DO CANDIDATO e a DECLARAÇÃO DE PRESENÇA (abaixo). CONTROLE DE RESPOSTAS DO CANDIDATO 1 11 21 31 41 51 61 71 2 12 22 32 42 52 62 72 3 13 23 33 43 53 63 73 4 14 24 34 44 54 64 74 5 15 25 35 45 55 65 75 6 16 26 36 46 56 66 76 7 17 27 37 47 57 67 77 8 18 28 38 48 58 68 78 9 19 29 39 49 59 69 79 10 20 30 40 50 60 70 80 DECLARAÇÃO DE PRESENÇA Declaramos que o candidato abaixo, inscrito no PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA 2020, compareceu à prova da 1ª Fase realizada no dia 10 de novembro de 2019. Nome: Documento: Coordenação de Logística Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp ASSINATURA DO CANDIDATO INSCRIÇÃO ESCOLA SALA LUGAR NA SALA NOME

ESPECIALIDADES CLÍNICAS...RESIDÊNCIA MÉDICA 2020 – 1ª FASE ESPECIALIDADES CLÍNICAS ESPECIALIDADES CLÍNICAS Instruções para a realização da prova Esta prova é composta

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RESIDÊNCIA MÉDICA 2020 – 1ª FASE ESPECIALIDADES CLÍNICAS

ESPECIALIDADES CLÍNICAS

Instruções para a realização da prova

Esta prova é composta de 80 questões de múltipla escolha. Para cada questão, há 4 alternativas, devendo

ser marcada apenas uma.

Assine a folha de respostas com caneta esferográfica preta e transcreva para essa folha as respostas escolhidas.

Ao marcar o item correto, preencha completamente o campo correspondente, utilizando caneta esferográfica preta.

Não deixe nenhuma das questões em branco na folha de respostas.

A duração total da prova é de 5 horas. NÃO haverá tempo adicional para transcrição de gabarito.

Você somente poderá deixar a sala após 2h30min do início da prova, podendo levar consigo APENAS o CONTROLE DE RESPOSTAS DO CANDIDATO e a DECLARAÇÃO DE PRESENÇA (abaixo).

CONTROLE DE RESPOSTAS DO CANDIDATO

1 11 21 31 41 51 61 71

2 12 22 32 42 52 62 72

3 13 23 33 43 53 63 73

4 14 24 34 44 54 64 74

5 15 25 35 45 55 65 75

6 16 26 36 46 56 66 76

7 17 27 37 47 57 67 77

8 18 28 38 48 58 68 78

9 19 29 39 49 59 69 79

10 20 30 40 50 60 70 80

DECLARAÇÃO DE PRESENÇA Declaramos que o candidato abaixo, inscrito no PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA 2020, compareceu à prova da 1ª Fase realizada no dia 10 de novembro de 2019. Nome: Documento:

Coordenação de Logística

Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp

ASSINATURA DO CANDIDATO

INSCRIÇÃO ESCOLA SALA LUGAR NA SALA

NOME

PROC_QT2
Retângulo
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1. Um homem de 52 anos, em avaliação admissional realizou exames sorológicos

para triagem de hepatite B (HbsAg, Anti-Hbc), hepatite C (Anti-HCV), HIV (Anti-

HIV1,2) e Sífilis (VDRL e TPHA). Todos exames resultaram negativos, exceto

sorologia para sífilis que foi reagente, com VDRL positivo (titulação de ¼) e TPHA

positivo. Durante anamnese, paciente nega sintomas atuais ou prévios relacionados

à sífilis, nega tratamento prévio e apresenta exame físico geral e neurológico

normais. De acordo com protocolos atuais a melhor conduta é:

a. Nenhuma terapêutica específica, já que não apresenta sinais ou sintomas de

sífilis e considerando que a titulação baixa representa cicatriz sorológica, mesmo

não relatando tratamento prévio.

b. Tratar como sífilis na forma indeterminada, sem necessidade de coleta de líquido

cefalorraquidiano (LCR), com penicilina benzatina na dose total 7.200.000 UI.

c. Coleta obrigatória de LCR para confirmar neurossífilis, considerando que os

baixos títulos de VDRL demonstram infecção de longa data e provável sífilis

terciária.

d. Tratar com penicilina cristalina por 14 dias, sem necessidade de coleta de LCR,

evitando assim a realização de procedimento invasivo desnecessário, já que mesmo

com LCR normal deve ser tratado como neurossífilis.

2. Para um indivíduo masculino, de 40 anos, 70 kg, com creatinina plasmática de

2,01mg/dL, creatinina urinária de 46 mg/dL, volume urinário de 24h de 1440mL e

superfície corporal de 1,70m2, a depuração plasmática de creatinina, em ml/min

corrigida para 1,73m2 de superfície corporal, e o estágio correspondente da doença

renal são:

a. 37 ml/min/1,73m2, estágio 3A.

b. 23 ml/min/1,73m2, estágio 4.

c. 51 ml/min/1,73m2, estágio 3A.

d. 14 ml/min/1,73m2, estágio 4.

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3. Paciente masculino, 53 anos, sem antecedentes mórbidos relevantes, refere

edema assimétrico de membros inferiores, com diagnóstico confirmado de trombose

venosa profunda por ultrassonografia. Realiza anticoagulação oral por 6 meses sem

intercorrências. Para definição da necessidade de extensão da anticoagulação, além

dos 6 meses, a informação de maior relevância é:

a. Presença ou ausência de trombofilias hereditárias clássicas

b. Grau de recanalização de veias profundas ao doppler

c. Existência de fatores de risco conhecidos no momento do diagnóstico

d. História familiar de tromboembolismo venoso

4. Paciente masculino, 76 anos, foi admitido na unidade de emergência com dor

precordial. Neste momento, fez o ECG mostrado abaixo. Foi levado à sala de

hemodinâmica e submetido à intervenção coronária 20 horas após o início dos

sintomas. No terceiro dia de internação hospitalar, desenvolveu dor precordial súbita

e perda da consciência. Ao exame, encontrava-se com a atividade elétrica cardíaca

sem pulso. As bulhas cardíacas estavam bastante hipofonéticas.

O diagnóstico mais provável é:

a. Re-estenose do stent coronário.

b. Comunicação inter-ventricular.

c. Dissecção de aorta.

d. Rutura de parede livre ventricular.

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5. No ambulatório de hepatologia, o médico assistente solicita ao residente que

encaminhe o paciente com cirrose para inclusão em lista de transplante hepático. Na

avaliação da gravidade de pacientes com cirrose, assinale a alternativa abaixo que

inclui parâmetros utilizados na classificação de MELD (Model for End stage Liver

Disease) para alocação em lista de transplante de fígado.

a. Albumina e creatinina sérica

b. RNI e bilirrubinas séricas

c. Ascite e RNI sérico

d. Encefalopatia e creatinina sérica

6. Homem de 35 anos, chega a Unidade de Emergência referindo que foi mordido

por cachorro na perna esquerda. Refere que há 5 anos foi esplenectomizado pós

trauma por acidente automobilístico. O cachorro é de um amigo e está com a

vacinação em dia. O exame físico é normal, mas há uma lesão pequena em perna

esquerda que corresponde à mordida de cachorro, com eritema mínimo em volta.

A conduta para este caso é:

a. Amoxacilina-clavulonato

b. Ciprofloxacin

c. Observação

d. Metronidazol

7. Paciente masculino, 40 anos, está internado em unidade coronária por síndrome

cardiorrenal em tratamento conservador. Gasometria arterial: pH 7,39; pCO2 19

mmHg; HCO3 11,0 mEq/L. O diagnóstico apropriado neste caso é:

a. Acidose metabólica simples.

b. Acidose metabólica e acidose respiratória.

c. Acidose metabólica e alcalose respiratória.

d. Alcalose respiratória simples.

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8. Paciente feminina, 40 anos sem outros antecedentes médicos além de tabagismo

ativo há 15 anos e dismenorreia procura a emergência por cefaleia nova (inédita) e

intensa, holocraniana, com início há 2 dias e sem melhora importante com analgesia

oral. Ela diz que a dor atingiu a máxima intensidade em apenas 1 minuto e desde

então está tendo dificuldade para enxergar bem objetos na periferia de ambos os

campos visuais além de apresentar náuseas e vômitos associados a alguma foto e

fonofobia. A dor é descrita como em pressão e, as vezes, pulsátil. Faz uso regular

contraceptivo hormonal oral combinado e nega gestação atual. Exame físico: regular

estado geral, sinais vitais normais, alerta, desidratada +1/+4, responde bem a

comandos verbais. Exame neurológico: ausência de sinais neurológicos focais,

redução dos campos visuais periféricos na confrontação visual e discos ópticos

pouco nítidos na fundoscopia. O diagnóstico sindrômico, uma hipótese diagnóstica

etiológica provável e a principal conduta médica na emergência para este caso

devem ser respectivamente:

a. síndrome de cefaleia primaria tipo migrânea; migrânea com aura visual;

cetoprofeno EV e seguimento ambulatorial.

b. síndrome de cefaleia primaria; cefaleia tensional episódica; tramadol EV e

seguimento ambulatorial.

c. síndrome de cefaleia primária tipo thunderclap; hipertensão intracraniana

idiopática; admitir em sala de emergência e tomografia de crânio sem contraste.

d. síndrome de cefaleia secundária tipo thunderclap; trombose venosa cerebral;

admitir em sala de emergência e angio-tomografia de crânio arterial e venosa.

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9. Paciente masculino, 52 anos, diabético e hipertenso há 15 anos, em uso de

Insulina NPH 30 UI cedo e 10 UI às 22hs. Há 1 mês pisou em um prego sem

perceber, com formação de uma ferida em planta do pé direito. Há duas semanas

apresenta saída de grande quantidade de secreção purulenta na lesão. Tomou

cefalexina por 7 dias sem melhora da lesão. Há 5 dias com febre e saída de

secreção com odor fétido na lesão. Exame físico: bom estado geral; afebril;

eupneico; PA146 x 92 mmHg, FC 92 bpm. Úlcera em planta do pé direito com 3 cm

de diâmetro, com hiperemia ao redor, saída de secreção esverdeada e tecido

desvitalizado no fundo da lesão. Radiografia do pé direito não tem sinais de

osteomielite aguda.

O exame e a conduta são:

a. Coletar hemoculturas e indicar desbridamento cirúrgico.

b. Solicitar ressonância de pé direito e biópsia óssea com cultura de fragmento

ósseo.

c. Solicitar cintilografia com leucócitos marcados e iniciar Ciprofloxacina e

Clindamicina.

d. Coletar VHS e iniciar amoxacilina com clavulanato.

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10.Paciente feminina, 64 anos, hipertensa e diabética, apresenta uma úlcera na face

ântero-medial da perna esquerda há oito meses (figura 1), que não apresenta

melhora com medidas contra estase e curativos. Refere muita dor local. O exame

histopatológico está representado na figura 2.

A: lesão ulcerada de borda papulosa de 2,5 cm localizada na perna. B: Exame

anátomo-patológico da lesão, HE10x.

Assinale a correta:

a. O diagnóstico é de carcinoma basocelular, tratamento cirúrgico.

b. A úlcera é causada por vasculite, investigar doença autoimune.

c. A úlcera é de origem infecciosa, pesquisar um agente por cultura.

d. A lesão é uma úlcera de estase, intensificar medidas anti-estase.

11. Paciente feminina, 46 anos, obesa, hipertensa e diabética, refere dor precordial

aos esforços há 4 meses. Nega tabagismo ou dislipidemia. Faz uso de enalapril,

hidroclorotiazida e metformina. O exame físico é normal. O ECG mostra infra-

desnivelamento do segmento ST em parede lateral. Cintilografia miocárdica mostra

defeito de perfusão leve na parede anterior ao esforço; angiografia coronária

subsequente mostra artérias coronárias normais. O diagnóstico é:

a. Doença coronária microvascular.

b. Cardiomiopatia de Takotsubo.

c. Distúrbio somatoforme.

d. Síndrome coronária aguda com recanalização espontânea.

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12. Paciente feminina, 49 anos, enfermeira de pronto socorro, em acompanhamento

por artrite psoriática há 2 anos, em uso de antagonista de fator de necrose tumoral

(anti-TNF). Antes da última avaliação, realizou rastreio para tuberculose latente, com

resultado de teste intradermico (PPD) de 10 mm, tendo feito uso de isoniazida por 6

meses. Há 3 semanas iniciou quadro de tosse produtiva, febre vespertina e

sudorese noturna. Investigação resultou positividade em escarro para bacilo álcool

ácido resistente. Além da suspensão do anti-TNF, a conduta frente ao quadro é:

a. iniciar tratamento com rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol

b. Realizar novo tratamento com isoniazida, agora por 9 meses.

c. Iniciar tratamento com rifampicina por 4 meses.

d. Iniciar esquema para tuberculose multirresistente: estreptomicina + etambutol +

levofloxacino + pirazinamida + terizidona

13. Um homem de 58 anos procura atendimento médico para “check-up” de rotina

por cobrança da sua esposa. Não tem história pessoal de morbidades, porém nunca

fez qualquer exame anteriormente. Está assintomático. É tabagista ativo (40 anos-

maço), etilista social (2 cervejas aos fins de semana) e nega uso de drogas ilícitas.

Em qual das alternativas abaixo temos apenas exames de rastreamento que

comprovadamente podem reduzir a o risco de morte deste paciente?

a. Endoscopia digestiva alta; glicemia de jejum; PSA e toque retal

b. Medição da pressão arterial em casa; tomografia de tórax de baixa intensidade;

colonoscopia

c. Ultrassonografia de abdome; raio X de tórax; teste de esforço

d. Sorologia para HIV; medição da pressão arterial em consultório; teste de esforço.

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14. Paciente masculino, 52 anos, obeso, procura serviço de pronto atendimento por

dor intensa em membros superiores e tronco. Relata ter passado 1 semana

pescando. Durante a viagem de volta para casa, realizada há 4 dias sob intenso

calor e após o almoço, precisou realizar grande esforço para troca de pneu,

atividade que se seguiu de profundo desconforto. Desde então, passou a referir as

dores que o fizeram procurar auxílio médico. Exame físico: PA 162x108 mmHg; FC

112 bpm; temperatura 37,4 ºC. Restante do exame sem anormalidades. Exames

laboratoriais: hemoglobina 14,8 g/dL; leucócitos 12.050/mm3; ureia 89 mg/dL;

creatinina 3,8 mg/dL; potássio 5,6 mEq/L; sódio 134 mEq/L; cálcio 8,4 mg/dL; fósforo

4,8 mg/dL; creatinofosfoquinase 15.258 UI/L. Exame de urina: pH 5,0, densidade

1011, proteína negativo, sangue ++++, leucócitos 4/campo, eritrócitos 3/campo,

presença de cilindros pigmentados. A hipótese diagnóstica deste caso é:

a. Glomerulonefrite aguda.

b. Lesão renal aguda por embolia por colesterol.

c. Nefrite intersticial aguda.

d. Lesão renal aguda por rabdomiólise.

15. Paciente de 60 anos, feminina, chega ao ambulatório referindo fadiga e aumento

de peso nos últimos dois meses. Refere que há 5 anos fez cirurgia para tumor de

hipófise, seguido de radioterapia. Está em uso de levotiroxina. Ao exame, os sinais

vitais são normais e o IMC é de 30 kg/m2.

O melhor exame para adequar a medicação dessa paciente é:

a. TSH

b. Tiroxina livre

c. Cortisol

d. Ressonância nuclear magnética de hipófise

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16. Paciente masculino, 82 anos, com demência, foi admitido no hospital por queda

da própria altura com fratura de colo de fêmur, sendo submetido à cirurgia para a

correção da fratura. Na recuperação pós anestésica, apresenta agitação e fica mais

confuso do que o habitual, sendo tratado com algumas doses de lorazepam. No

segundo dia de internação, ele não está mais agitado. No terceiro dia pós operatório

o paciente fica mais sonolento, incapaz de manter a atenção e desidratado. A

conduta é:

a. Hidratação oral, iniciar inibidor seletivo de recaptação de serotonina.

b. Transfusão sanguínea, suspender os opioides e iniciar haloperidol.

c. Hidratação endovenosa, rever toda a prescrição médica.

d. Iniciar nutrição parenteral e solicitar tomografia computadorizada de crânio.

17. Paciente masculino, 45 anos, procura o clínico da Unidade Básica de Saúde por

dor na cavidade oral associada à mastigação há 2 semanas. Notou também

sangramento gengival ao escovar os dentes. Refere alergia à penicilina,

manifestada anteriormente por urticária e edema de glote, durante infusão de

ampicilina há 2 anos para tratamento de infecção do trato urinário. Tem antecedente

de prótese metálica em valva mitral por febre reumática na infância. Exame físico:

cavidade oral com gengivite e vários dentes cariados e ausentes. O paciente deverá

realizar tratamento dentário para limpeza, restaurações e retirada de um dente.

O esquema profilático para a consulta do dentista é:

a. Nenhum antibiótico sistêmico, apenas cuidado local.

b. Vancomicina 1 g intravenosa uma hora antes do procedimento.

c. Azitromicina 500 mg via oral uma hora antes do procedimento.

d. Trimetroprima-sulfametoxazol160/800mg, via oral, uma hora antes do

procedimento.

18. Assinale a alternativa CORRETA quanto ao manejo diagnóstico-terapêutico de

vítimas de incêndios:

a. Além do monóxido de carbono, o dióxido de carbono, os óxidos de nitrogênio e a

pneumonia aspirativa contribuem para a hipóxia aguda.

b. A queimadura térmica das vias aéreas com a presença de debris e secreção

espessa são os fatores básicos da hipóxia nesses casos.

c. O cianeto, o monóxido de carbono (CO), eventuais agentes metemoglobinizantes,

e o fosgênio (COCl2) podem estar presentes na fumaça inalada.

d. A não resposta do paciente à oxigenoterapia a 100% se deve ao deslocamento

da curva de dissociação da oxihemoglobina para a direita, secundária ao CO.

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19. Paciente masculino, 78 anos, vem à consulta ambulatorial referindo tontura de

início há 3 meses. Refere hipertensão arterial controlada, estando em uso de

anlodipina 5mg/dia e hidroclorotiazida 25 mg/dia há 10 anos. No momento, pressão

arterial 147x72 mmHg. Eletrocardiograma abaixo:

O eletrocardiograma mostra:

a. Bloqueio divisional ântero-superior esquerdo.

b. Bradicardia sinusal.

c. Eixo elétrico da onda P em -120o .

d. Sinais de infarto prévio em parede inferior.

20. Paciente masculino, 39 anos, sem antecedentes mórbidos relevantes, refere que

há 2 meses apresenta equimoses espontâneas. Nega outros sintomas ou uso de

medicamentos anteriores ao início do quadro. Há 8 semanas em uso de prednisona

60 mg por via, iniciado na UBS pela hipótese diagnóstica de púrpura

trombocitopênica imune (PTI). Apresenta queixa de insônia, mas mantém atividades

laborais regulares. Exame físico: petéquias e equimoses em membros e troncos,

sem outras alterações Exames laboratoriais: Hemograma- hemoglobina 15,5 g/dL,

VCM 93fL, leucócitos 13.000/mm3 (segmentados 78%; linfócitos 16%; monócitos

4%; eosinófilos 2%); plaquetas= 2.000/mm3. A conduta para o paciente deve ser:

a. Aumento da dose da corticoterapia.

b. Transfusão de plaquetas.

c. Imunoglobulina, ácido tranexâmico e vitamina K.

d. Dapsona.

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21. Considerando a imagem tomográfica abaixo, assinale a alternativa correta:

a. Trata-se de uma doença cística pulmonar, provavelmente Granulomatose de

células de Langerhans, e o paciente pode estar usando Oxigenoterapia Domiciliar

Prolongada.

b. Trata-se de enfisema pulmonar, que deve ser tratado de forma intensiva com

broncodilatadores.

c. Trata-se de bronquectasias císticas difusas, o paciente deve ter grande

quantidade de secreção e fibrose cística é um dos diagnósticos possíveis.

d. Os cistos têm a forma típica dos cistos observados na linfangioleiomiomatose

pulmonar, e o tratamento indicado é bloqueio hormonal associado a tacrolimus.

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22. Paciente feminina, 18 anos, conta há 2 meses febre diária, dor de garganta e um

“vermelho” no tronco, intermitente, que ocorre junto com a febre. Apresenta também

artralgia e mialgia intensas. Há 3 dias com falta de ar e dor em hemitórax esquerdo

que piora com a respiração. Exame físico: Regular estado geral, T 38,8oC, FC

98bpm, FR 24 irpm. Linfonodos palpáveis em cadeias cervicais posteriores,

múltiplos e indolores. Fígado palpável a 3 cm do rebordo costal direito e baço a 2cm

rebordo costal esquerdo. Atrito pleural à esquerda. Pele: rash maculopapular no

tronco. Edema e aumento de temperatura em punhos e joelhos. Exames

laboratoriais: hemoglobina 9,8g/dL; leucócitos 26.000/mm3 (90% de neutrófilos);

TGO 65 UI/L; TGP 72UI/L; VHS 122 mm/h, Ferritina 3.700 ng/mL. Exame de urina

normal. O diagnóstico desta paciente é:

a. Doença de Still do Adulto

b. Crioglobulinemia.

c. Linfoma.

d. Lupus Eritematoso Sistêmico.

23. Paciente feminina, 27 anos, procedente de Campinas. Vai à unidade básica de

saúde porque está com receio de “pegar sarampo”. Na carteira vacinal há o registro

de uma dose de vacina tríplice viral (SRC) com 1 ano de idade e a última dose de

dupla adulto (DT) com 15 anos de idade. Não há registro de vacina para a febre

amarela. As vacinas indicadas para esta paciente neste momento são:

a. Duas doses de SCR e uma dose de DT, duas doses de febre amarela.

b. Uma dose de SCR, uma dose de DT e uma dose de febre amarela.

c. Uma dose de SCR e uma dose de febre amarela

d. Duas doses de SCR, duas doses de DT, uma dose de febre amarela.

24. Paciente feminina, branca, 42 anos, tem diagnóstico de esclerodermia há 3

anos, com quadro de crise hipertensiva, associada à insuficiência renal aguda e

proteinúria não nefrótica. A medicação mais específica para o tratamento é:

a. Beta-bloqueador.

b. Bloqueador do canal de cálcio.

c. Vasodilatador arterial de ação direta.

d. Inibidor da enzima conversora da angiotensina.

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25. Paciente masculino, 52 anos, refere diagnóstico de insuficiência cardíaca há

sete anos por problema valvar. Fez cirurgia para trocar valvar há 1 ano. No

momento, está em uso de carvedilol, enalapril, espironolactona e varfarina. Traz a

seguinte radiografia de tórax:

A provável valvopatia primária que motivou a cirurgia desta paciente é:

a. Insuficiência mitral

b. Estenose mitral isolada

c. Estenose mitral com insuficiência tricúspide

d. Estenose aórtica

26. Paciente feminina, obesa, diabética, hipertensa e dislipidêmica realizou

ultrassonografia de abdome de rotina, com descrição de esteatose hepática. Nega

uso de álcool. Apresenta transaminases séricas normais. Com relação a este caso é

correto afirmar:

a. Trata-se de paciente com doença hepática gordurosa não alcoólica.

b. Como as enzimas hepáticas estão normais, não apresenta esteato-hepatite.

c. Devemos tranquilizar a paciente, pois é achado hepático sem significado clinico.

d. Está indicada a investigação de hepatopatias crônicas neste momento.

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27. Paciente feminina, 62 anos, foi diagnosticada com hanseníase virchowiana. A

paciente é natural do interior do Maranhão e mora em Campinas há 20 anos com o

segundo marido. Tem quatro filhos já adultos que ficaram no estado de origem.

Iniciou tratamento com poliquimioterapia por 12 meses. Em relação aos seus

familiares, é correto:

a. Está indicada vacinação com BCG dose única se o Teste de Mitsuda for negativo,

para todos os contactantes.

b. Há necessidade de exame dermatológico completo em busca de lesões suspeitas

de hanseníase, para os filhos e o atual marido.

c. Há indicação de poliquimioterapia profilática para os contactantes atuais, mas

não para os filhos.

d. Não há necessidade de investigar os filhos, pois estão afastados do caso-índice

há muitos anos, apenas o marido atual deve ser avaliado.

28. Paciente masculino, 57 anos, vem ao consultório com queixa de diarreia há um

ano com piora progressiva. Refere 10 episódios por dia, com fezes líquidas, sem

sangue ou muco. Conta ainda episódios ocasionais de rubor facial súbito, associado

a tontura. Num desses episódios teria ido a um pronto atendimento local, onde foi

constatado que estava com “pressão baixa”. Tem antecedente de hipertensão bem

controlada com hidroclorotiazida, sem outras comorbidades. Nega tabagismo,

etilismo ou drogadição. Exame físico: corado, eupneico e em bom estado nutricional.

Ausculta pulmonar normal, ausculta cardíaca com sopro diastólico em foco

tricúspide. Exame abdominal com ruídos hidroaéreos aumentados, sem outras

alterações. Os exames complementares para confirmar o diagnóstico são:

a. Balanço de gordura nas fezes e dosagem de enzimas pancreáticas

b. Colonoscopia longa e biópsia de mucosa intestinal

c. Dosagem de ácido 5-hidroxi-indoli-acético (5-HIAA) urinário e tomografia de

abdome total

d. Dosagem de catecolaminas urinárias e tomografia de abdome total

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29. Paciente de 22 anos, feminina, chega a Unidade de Emergência referindo fadiga

progressiva e dispneia há dois dias. Faz acompanhamento ambulatorial regular por

anemia falciforme diagnosticada quando tinha 5 anos. Está em uso de hidroxiureia e

ácido fólico. Exame físico: PA 120x80 mmHg; T 36.4oC, FC 120 bpm, FR 26 irpm,

descorada 3+/4+, saturação de oxigênio de 93% em ar ambiente. Pulmões sem

alterações. Exames laboratoriais: hemoglobina 4g/dL; leucócitos: 13.000/mm3;

plaquetas 510.000/mm3; reticulócitos 0,1%. O diagnóstico provável é:

a. Anemia aplástica.

b. Crise hemolítica.

c. Síndrome mielodisplásica.

d. Infecção por Parvovírus B.

30. Paciente feminina, 35 anos, procura atendimento médico por ansiedade,

tremores em mãos e palpitações há 3 meses. É tabagista 20 anos-maço. Exame

físico: Regular estado geral, agitada, taquipneica. PA 170x80 mmHg, FC122 bpm,

T38,2oC, tremor de extremidades; mãos quentes e úmidas. Exame cardiopulmonar

com ritmo cardíaco irregular, em dois tempos, sem sopros. Abdômen sem

alterações. Membros inferiores com edema (+/4). Exames laboratoriais:

hemoglobina 12,2g/dL; leucócitos 12.500/mm3; ureia 22mg/dL; creatinina 1,2 mg/dL;

TSH<0,01uUI/mL, T4L=4,2 ng/dL, TGO 82UI/L; TGP 92UI/L. O tratamento para o

quadro atual desta paciente é:

a. Hidrocortisona, Propiltiouracil, Propranolol.

b. Metimazol, anlodipina, hidrocortisona.

c. Hidrocortisona, solução de lugol, furosemida.

d. Nitroprussiato de sódio, hidrocortisona, propiltiouracil.

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31. Paciente feminina, 58 anos, diabética tipo 2 há 15 anos, interna por infecção em

úlcera do pé esquerdo há 2 semanas. Iniciado tratamento com ciprofloxacina e

clindamicina. No décimo dia de tratamento apresenta um pico febril, refere 4

evacuações de fezes líquidas, sem sangue ou muco e dor abdominal em cólica no

quadrante inferior.

A hipótese diagnóstica para a diarreia da paciente e a conduta são:

a. Colite pseudomembranosa; realizar pesquisa de toxina nas fezes; iniciar

vancomicina oral.

b. Supercrescimento bacteriano; coletar exame a fresco de fezes; iniciar

metronidazol oral.

c. Diarreia associada ao uso de antibióticos; suspender os antibióticos; prescrever

dieta obstipante.

d. Colite microscópica; realizar colonoscopia; prescrever metronidazol por via oral.

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32. Paciente masculino, negro, 34 anos, procura pronto atendimento referindo há 2

semanas cefaleia acompanhada de episódios de mal-estar, palpitações, tremores de

extremidades e sudorese intensa, tratado como síndrome do pânico. Está

aguardando consulta com psiquiatra. Refere emagrecimento no período e piora da

cefaleia há 24 horas. Exame físico: agitado, emagrecido, pulsação carotídea visível.

PA 224x144 mmHg; FC 128 bpm; FR 24 irpm; saturação O2 96% em ar ambiente.

Exame físico sem alterações. Fundo de olho (imagem abaixo). Em relação ao

quadro clinico apresentado, o diagnóstico e conduta corretos são:

a. Microangiopatia trombótica, iniciar corticoide e anti hipertensivos orais.

b. Hipertensão maligna, hospitalizar e iniciar nitroprussiato endovenoso.

c. Hipertensão acelerada, iniciar inibidor de enzima conversora e diurético.

d. Retinopatia hipertensiva, controle pressórico e terapia com laser.

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33. Paciente feminina, 61 anos, com carcinoma de células escamosas pulmonar

metastático, apresenta letargia, confusão e sonolência há 2 semanas. No último

mês, por piora da dor óssea, foi aumentada a dosagem de opióides. Exame físico:

Sonolenta mas acorda ao ser chamada. PA 112x72 mmHg; FC104 bpm; FR 18 irpm;

Sat O2 96%. Restante do exame físico sem alterações. Exames laboratoriais: ureia

43 mg/dL; creatinina 1,2 mg/dL; sódio 134 mEq/L; potássio 4,5 mEq/L; cálcio 11,5

mg/dL; albumina 2,4 g/L. A causa da alteração do status mental da paciente é:

a. Desidratação.

b. Overdose de opioides.

c. Hipercalcemia

d. Metástase cerebrais.

34. Paciente feminina, 52 anos, procura a unidade de emergência por dispneia

súbita enquanto estava varrendo a casa. É hipertensa e dislipidêmica, em uso

regular de enalapril e sinvastatina. Nega tabagismo. Exame físico: bom estado geral;

PA150x84 mmHg; FC89 bpm; FR 20 irpm; Saturação O2 96% (ar ambiente).

Ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações. Membros inferiores sem edema, sem

empastamento de panturrilhas. Radiografia de tórax e ECG sem alterações. O

exame inicial a ser solicitado para investigar embolia aguda de pulmão nesta

paciente é:

a. Angiotomografia de tórax.

b. Doppler de membros inferiores

c. D-dímero.

d. Cintilografia ventilação perfusão.

35. Paciente masculino, 64 anos, fez troca de válvula aórtica por prótese mecânica

recentemente. Seu ritmo é sinusal. A terapia antitrombótica indicada para este

paciente é:

a. Varfarina, com RNI entre 2,0 e 3,0.

b. Varfarina, com RNI entre 2,5 e 3,5.

c. Dabigatrana.

d. Rivaroxabana + aspirina.

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36. Paciente feminina, 52 anos, encaminhada do ambulatório de oftalmologia para

investigação etiológica de uveíte anterior. Relata embaçamento visual há cerca de

um mês. Nega febre, perda de peso, dispneia, tosse, artralgia ou aparecimento de

lesões de pele. Nega doenças crônicas. Exame físico: bom estado geral, eupneica,

afebril, FC 76 bpm, FR 14 irpm. Gânglios palpáveis em cadeias submandibulares,

submentonianas e cervicais posteriores bilateralmente, com no máximo 2 cm, não

coalescentes, móveis, fibroelásticos, indolores. Restante do exame físico normal.

Exames laboratoriais: hemoglobina 11,2 g/dL; Leucócitos 8.750/mm3 (distribuição

normal), plaquetas 202.000/mm3; Cálcio sérico 11,5mg/dL; cálcio urinário 450 mg

em 24hs.

Radiografia e tomografia computadorizada de tórax, mostradas abaixo.

Os diagnósticos diferenciais e a conduta neste caso são:

a. Tuberculose, linfoma e sarcoidose. Realizar biópsia de gânglio periférico.

b. Linfoma, Doença de Behcet, Artrite reativa. Realizar biópsia de gânglios

mediastinais.

c. Síndrome de Sjögren, Lúpus, Sífilis. Coletar sorologias e pesquisar painel de

auto anticorpos.

d. Paracoccocidiodomicose, Vasculite, HIV. Coletar sorologias e pesquisar painel de

auto anticorpos.

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37. Paciente feminina, 78 anos, hipertensa e diabética, antecedente de acidente

vascular cerebral prévio. Em tratamento com bisfosfonato oral há 5 anos, por

diagnóstico de osteoporose após uma fratura de fêmur decorrente de queda da

própria altura. Também faz uso de suplementação com cálcio e vitamina D. Exames

laboratoriais: Hemograma: hemoglobina 13 g/dL; leucócitos 7.500/mm3; plaquetas

175.000/mm3; creatinina 0,7 mg/dL; Cálcio 9,7 mg/dL; vitamina D 32 ng/mL; PTH 45

pg/mlL. Densitometria óssea: T score em coluna lombar – 2,2; T-score em fêmur -

2,3. Em relação à terapêutica para a osteoporose da paciente, além da manutenção

da suplementação de cálcio e vitamina D, deve-se:

a. Suspender o bisfosfonato.

b. Trocar o bisfosfonato por raloxifeno.

c. Trocar o bisfosfonato por ranelato de estrôncio.

d. Manter o bisfosfonato.

38. Paciente feminina, parda, 64 anos, deu entrada no pronto socorro apresentando

hipotensão, diarreia, tremores e confusão mental há 24 horas. Tem diagnóstico

prévio de transtorno bipolar, em uso de carbonato de lítio há 4 anos. Na última

avaliação apresentava litemia 1,1 mEq/L. Exame físico de admissão: desidratada,

confusa, com tremores de extremidades, nistagmo e ataxia. Pressão arterial 90/60

mmHg. Exames laboratoriais: ureia 68 mg/dL; creatinina 1,8 mg/dL; lítio 3,5 mEq/L;

glicemia 88 mg/dL. Além da hidratação com solução salina, a conduta indicada é:

a. Hemodiálise.

b. Lavagem estomacal.

c. Kayexalato oral (sulfato de poliestireno).

d. Administração de manitol.

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39. Paciente masculino, 59 anos, é admitido na unidade de emergência com história

de dor precordial e dispneia há 3 horas. Tem história de hipertensão em tratamento

com hidroclorotiazida. Exame físico: confuso, afebril, pressão arterial 84x50 mmHg;

frequência cardíaca 124 bpm; frequência respiratória 25 irpm. Saturação em ar

ambiente 90%. A propedêutica pulmonar mostra estertores crepitantes. A

extremidades estão frias. Realizado ECG, mostrado abaixo:

Recebeu aspirina e clopidogrel na sala de emergência. A próxima conduta neste

caso é:

a. Metoprolol E.V.

b. Nitroglicerina E.V.

c. Angioplastia primária.

d. Admissão na Unidade Coronária para estabilização clínica.

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40. Paciente feminina, 46 anos, refere crises recorrentes de dispneia desde os 10

anos de idade, acompanhadas de chiado no peito e dor torácica em aperto. Nos

útimos meses tem tido em media 4 despertares noturnos/semana devido à crise de

brocoespasmo e tosse seca. Refere também diversas passagens em serviços de

emergência, sendo a última procura há uma semana, quando necessitou usar

corticoesteroides por via parenteral e realizar inalações com broncodilatadores.

Está em uso de budesonida 400 mcg /dia associada a formoterol 24 mcg/dia há 5

anos. Terminou o uso de prednisona 20 mg há 1 dia, mas permanece com tosse

seca que se intensifica à noite e quando realiza atividades domésticas como varrer a

casa. Antecedentes: alergia a antiinflamatórios, “gripes frequentes” e hipertensão

arterial controlada com losartana 50 mg/dia. Nunca fumou. Comenta ainda que a

avó tem “ bronquite alérgica” e que também nunca fumou.

Exame Físico: bom estado geral, hidratada, corada. PA 120x80 mmHg, FR 34 irpm,

Saturação de O2 97% (ar ambiente). Aparelho respiratório: sibilos inspiratórios e

expiratórios difusos. Restante do exame físico sem anormalidades.

Exames prévios: Radiografia de tórax sem anormalidades.

Prova de função pulmonar (realizada há 1 mês):

Pré broncodilatador Pós broncodilatador

CVF (L/% do previsto) 3,03 (79%) 3,14 (81%)

VEF1 (L% do previsto) 1,87 (59%) 2,06 (65%)

VEF1/CVF 59% 65%

Em relação ao quadro clínico e laboratorial, podemos afirmar que:

a. O diagnóstico é de asma leve, e devem ser solicitados teste de cloro e sódio no

suor para iniciar imunobiológicos.

b. É necessário realizar ecocardiograma para excluir a possibilidade de hipertensão

pulmonar.

c. É necessário realizar tomografia de tórax para excluir bronquiectasia para

confirmar o diagnóstico de asma.

d. Trata-se de um quadro de asma mal controlada e é necessário aumentar a dose

do corticoide inalado.

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41. Paciente feminina, 52 anos, com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica há

10 anos em tratamento com hidroclorotiazida 25 mg/dia, enalapril 40 mg/dia e

atenolol 100 mg/dia. Há 4 anos com fraqueza em membros superiores ao realizar

suas atividades laborais. Procurou a unidade de emergência referindo fraqueza

progressiva em membros superiores há uma semana e, em membros inferiores, há

um dia. Hoje não consegue mais deambular. Exame físico: PA 200x120mmHg; FC

82 bpm, ausculta cardio pulmonar normal. Exames laboratoriais: potássio 1,8 mEq/L;

sódio 143 mEq/L; creatinina 1,0 mg/dL. A hipótese diagnóstica para este caso é:

a. Síndrome de Gittelman.

b. Hiperaldosteronismo Primário.

c. Estenose de Artéria Renal.

d. Síndrome de Cushing.

42. Paciente masculino, 54 anos, procurou a unidade de emergência por cefaleia

fronto-temporal de forte intensidade há 3 meses associada a náuseas. Há um mês

apresentou hemiparesia à direita e afasia de expressão. É hipertenso em uso de

atenolol 100 mg/dia e hidroclorotiazida 25 mg/dia. Tabagista 50 anos/maço.

Apresenta redução do jato urinário e gotejamento terminal há 6 meses. Ressonância

magnética de crânio evidenciou múltiplas lesões frontais e uma lesão em região

parietal esquerda, sugestivas de metástases cerebrais. A hipótese diagnóstica para

a neoplasia primária neste caso é:

a. Neoplasia de próstata.

b. Neoplasia de cólon.

c. Neoplasia de pulmão.

d. Neoplasia gástrica.

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43. Paciente masculino, 62 anos, hipertenso, diabético e dislipidêmico, realiza o

seguinte ECG na sala de emergência:

O diagnóstico mais provável é:

a. Choque hemorrágico.

b. Via acessória comunicando átrio direito com parede livre do ventrículo direito.

c. Hiperparatiroidismo.

d. Dupla via nodal.

44. Paciente masculino, 19 anos, procedente de Campinas, cuidador de cavalos,

procurou o Pronto Socorro com história de cefaleia, mal-estar, mialgia, febre, dor

retrorbitária, dor abdominal e vômitos há 3 dias. Exame físico da admissão: PA

95x60 mmHg; FC130 bpm; FR 20 irpm; T37,8oC. Regular estado geral, desidratado

++/4. Abdome: plano, flácido, doloroso à palpação difusa, fígado palpável a 2cm do

RCD, doloroso, baço percutível, descompressão brusca negativa. Pele: petéquias

em tornozelos. Neurológico: ausência de sinais de irritação meníngea. Exames

laboratoriais: hemoglobina 13,8 g/dL; hematócrito 40,9%; Leucócitos 4.070/mm3;

plaquetas 27.000/mm3; TGO 355 UI/L; TGP 190UI/L; Creatinina 1,36 mg/dL; Ureia

35mg/dL; potássio 4,3 mEq/L. Assinale a alternativa correta:

a. A hipótese de Dengue, classificação C, não pode ser descartada e deve ser

realizada sorologia imediatamente.

b. Para a hipótese de Febre Maculosa Brasileira, preferencialmente deve-se

prescrever Doxiciclina.

c. O exame do líquido cefalorraquidiano sem alterações afasta a hipótese de

meningococcemia.

d. A principal hipótese é a Síndrome de Weil e a diálise precoce está indicada.

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45. Paciente de 65 anos, feminina vem ao ambulatório para controle de

anticoagulação oral, por diagnóstico de trombose venosa profunda. Iniciou warfarina

há dois meses. O exame físico é completamente normal. Exames laboratoriais: RNI:

7,2. Além de retirar a warfarina, a conduta para esta paciente inclui:

a. Administrar plasma fresco.

b. Administrar complexo protrombínico concentrado.

c. Solicitar novo RNI em 2 dias.

d. Administrar vitamina K.

46. Paciente feminina, 54 anos, obesa, diabética tipo 2 há 10 anos, hipertensa há 20

anos. Está em uso regular de hidroclorotiazida 25 mg/dia, enalapril 20 mg/dia,

metformina 850 mg 3 x/dia, gliclazida MR 60 mg/dia. Exames laboratoriais:

Hemoglobina glicosilada 13%, glicemia de jejum 302 mg/dL, creatinina 1,3 mg/dL. A

terapêutica indicada para tratar o diabetes da paciente no momento é:

a. Manter Gliclazida e Metformina, iniciar insulina NPH ao deitar.

b. Suspender Gliclazida e Metformina, iniciar insulina NPH em duas tomadas.

c. Manter Gliclazida e Metformina, iniciar inibidor de SGLT2.

d. Suspender Gliclazida, manter Metformina, iniciar insulina NPH em duas tomadas.

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47. Paciente feminina, 41 anos, conta história de tenesmo e evacuações quatro a

cinco vezes ao dia, em pequena quantidade, sem sangue, muco ou alteração no

formato das fezes, há cerca de um mês e meio. Há duas semanas iniciou dor

abdominal difusa em cólica e alguns episódios de vômitos. Perdeu 5 quilos no

último mês. Refere ser constipada de longa data. Nega doenças prévias. É tabagista

ativa (20 anos-maço). Exame físico: bom estado geral, descorada (++/4), anictérica,

afebril. Palpação do abdômen: fígado palpável a 12 cm do rebordo costal direito e 10

cm do rebordo costal esquerdo, endurecido, indolor, com nódulos, baço não

palpável. Exames laboratoriais: hemoglobina 10,2 g/L; TGO 55 UI/L; TGP 48UI/L;

fosfatase alcalina 212 UI/L, gama GT 233 UI/L; bilirrubina: total 1,2mg/dL; indireta

0,5 mg/dL e direta0,7mg/dL, RNI 1,32. Tomografia computadorizada de abdômen

com imagem abaixo. Em relação a esta paciente, a hipótese diagnóstica e a conduta

são:

a. Carcinoma hepatocelular, solicitar alfafetoproteina e sorologias para Hepatite B e

C.

b. Metástases hepáticas de neoplasia primária do trato digestório, solicitar

endoscopia digestiva alta e colonoscopia.

c. Metástases hepáticas de neoplasia maligna de mama, solicitar ultrassonografia

de mamas e mamografia.

d. Metástases hepáticas de neoplasia maligna de pulmão, solicitar tomografia

computadorizada de tórax.

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48. Paciente masculino, 24 anos procura o PS referindo dor intensa na mão

esquerda, em local onde injeta drogas. Refere vacinações em dia e não usa outras

medicações. Exame físico: T 39oC; PA 86 x 50 mmHg; FC 112 bpm, Presença de

lesão violácea, com inchaço no dorso da mão esquerda, onde ele refere injeção

recente de droga. Exames laboratoriais: hematócrito 36%; leucócitos: 25.000 /mm3;

plaquetas: 100.000/uLmm3; TGO 105 UI/L, TGP 65 UI/L; creatinina 2,5mg/dL. Inicia-

se tratamento empírico com vancomicina e piperacilinatazobactam, e é

encaminhado para desbridamento. Achados intraoperatórios confirmam fasciite

necrotizante. Cultura de material coletado positiva para Streptococus do grupo A.

A conduta frente ao quadro é:

a. Manter o antibiótico em uso.

b. Trocar para doxaciclina e ceftazidima.

c. Trocar para linezolida e imipenem.

d. Trocar para penicilina e clindamicina.

49. Paciente masculino, 46 anos, foi internado com história de febre não medida há

5 dias, mialgia, dor abdominal difusa e cefaleia de moderada intensidade. Há 3 dias

notou a urina escura, sem diminuição do volume urinário. Refere ingestão de

cachaça nos finais de semana. Trabalha na construção civil. Antecedentes pessoais:

tratamento de tuberculose durante 6 meses há 20 anos. Exame físico: regular

estado geral; afebril,; ictérico (2+/4+); dispneico; PA 100x70mmHg; FC 120bpm.

Presença de sufusões hemorrágicas em conjuntivas À palpação abdominal referia

dor discreta em hipocôndrio direito, com fígado a 2,5cm do rebordo costal direito,

sem sinais de peritonite ou esplenomegalia. Exames laboratoriais: hemoglobina 11,5

g/dL; hematócrito 32,4%; leucócitos 18.800/mm3 (87% de segmentados, 8% de

bastões e 1% de metamielócitos); plaquetas 49.000/mm3, potássio 3,2 mEq/L; sódio

138mEq/L; creatinina 4,7 mg/dL; ureia 197 mg/dL; TGO173 UI/L; TGP 175UI/L;

fosfatase alcalina 188 UI/L; gama GT 185UI/L; bilirrubina indireta 2,7 mg/dL;

bilirrubina direta 14,8 mg/dL; amilase 93 UI/L; CPK 812 UI/L; PCR 8,7 mg/dl; LDH

589 U/l; RNI, R e fibrinogênio normais; complemento normal. Exame de urina:

bilirrubina (3+/4+), urobilinogênio 2,0 mg/dl, proteínas (2+/4+), leucócitos (2+/4+),

hemoglobina (3+/4+); sedimento urinário com mais de 20 leucócitos por campo e

hemácias < 10/campo. Os achados são compatíveis com o diagnóstico de:

a. Leptospirose com lesão renal aguda

b. Síndrome hepatorrenal

c. Tuberculose miliar

d. Crioglobulimenia

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50. Paciente masculino, 74 anos, procura a unidade de emergência por febre,

tremores, vômitos, náuseas e dor abdominal intensa há 8 horas. Tem histórico de

revascularizado coronariana há 4 anos e doença arterial periférica também tratado

com revascularização cirúrgica há 2 anos. Ele está confuso, mas sua filha relata

perda de peso de 8 quilos nos ltimos 3 meses associado a dor abdominal pós

alimentar. A filha não se lembra dos nomes das medicações para hipertensão

arterial e dislipidemia. Exame físico: PA80x40 mmHg; FC 122bpm; T 38,5oC.

Abdômen distendido, com dor intensa à palpação superficial, ruídos hidroaéreos

reduzidos. Restante do exame físico sem alterações significativas. Exames

laboratoriais: Leucócitos 15.300/mm3; Plaquetas 78.000/ mm3; TP 24s; TTPA 49s;

LDH 456UI/L; Fibrinogênio 210 mg/dL; creatinina 2,8 mg/dL; TGO 645UI/L, TGP

657UI/L, lactato 11mmol/L. A hipótese diagnóstica neste caso é:

a. Hepatite aguda medicamentosa.

b. Síndrome hemolítico urêmica.

c. Isquemia mesentérica.

d. Diverticulite aguda.

51. Paciente de 65 anos, feminina, é admitida na Unidade de Terapia Intensiva com

sepse. Mantém hipotensão apesar de já ter sido medicada com ressuscitação

volêmica (30ml/kg) e administração de doses crescentes de norepinefrina e dose

padrão de vasopressina. Antibióticos adequados ao caso também estão sendo

administrados. Exame físico: T 37,8oC; PA 88x44 mmHg; FC 116 bpm e saturação

O2 98% (cateter nasal com 2L O2/min). A paciente está orientada e a pele está fria.

Apresenta ainda algumas extra-sístoles ao exame e visualizadas no monitor como

ventriculares. A conduta para esta paciente é:

a. Trocar norepinefrina por dopamina.

b. Administrar hidrocortisona.

c. Aumentar a infusão de vasopressina.

d. Administrar imunoglobulina endovenosa.

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52. Paciente masculino, 60 anos, hipertenso há 20 anos, diabético há 10 anos,

controlado com inibidor de enzima conversora de angiotensina e dieta. Exames

laboratoriais prévios: proteinúria de 24 horas de 0,2 gramas/dia; creatinina 1,3mg/dL.

Hospitalizado com quadro de diarreia, náuseas e vômitos há 24 horas. Exame físico:

desidratado ++/4, corado, anictérico, acianótico, PA 100x70mmHg, FC 100 bpm,

FR20 ipm. Ausculta cardíaca: bulhas ritmicas, sopro sistólico em foco mitral +/4.

Restante do exame sem anormalidades. Exames laboratoriais atuais: creatinina

4mg/dL; ureia 200 mg/dL; fração de excreção de sódio 0,8%. Assinale o diagnóstico

mais provável e conduta terapêutica adequadas.

a. Insuficiência renal crônica terminal. Instalar acesso vascular e iniciar tratamento

dialítico.

b. Insuficiência renal crônica pré terminal. Aumentar dose de inibidor de enzima

conversora de angiotensina, associar diurético tiazídico.

c. Insuficiência renal aguda intrínseca. Associar diurético IV + suplementar

bicarbonato de sódio.

d. Insuficiência renal aguda pré renal. Hidratação IV e suspensão de inibidor de

enzima conversora de angiotensina

53. Paciente masculino, 68 anos, diagnóstico de telangiectasia hemorrágica

hereditária, com necessidade de transfusões regulares devido a epistaxe e

sangramento de trato digestório. Tem antecedente de 3 episódios de reações febris

não hemolíticas. As características do concentrado de hemácias (CH) que deve ser

usado neste paciente são:

a. Fenotipadas e filtradas.

b. Fenotipadas, filtradas e irradiadas.

c. Lavadas.

d. Filtradas e irradiadas

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54. Paciente feminina, 40 anos, há um ano com artralgia de pequenas articulações

de mãos. Há um mês apresenta febre diária. Procurou atendimento médico por

dispneia progressiva há 1 semana. Exame físico: regular estado geral,

taquidispneica. Ausculta pulmonar: murmúrio diminuído em bases com estertores

finos. Asculta cardíaca normal. Pequenos linfonodos em cadeias cervicais

posteriores, 1cm, indolores, móveis, fibroelasticos. Demais cadeias sem linfonodos

palpáveis. Artrite em interfalagianas proximais e metacarpofalangianas de ambas as

mãos. Fígado palpável a 3 cm RCD, bordas finas, indolor. Sem edema periférico.

Ausência de turgência jugular. Exames laboratoriais: Hemograma hemoglobina 7,3

g/dL; leucócitos 7.500/mm3 (distribuição normal); plaquetas 220.000/mm3, LDH 545

UI/L; TGO 143 UI/L; TGP 89 UI/L; Coombs direto fortemente positivo. Exame de

urina: normal. A hipótese diagnóstica e os exames para confirmação são:

a. Linfoma, realizar tomografia computadorizada de tórax e abdômen.

b. Endocardite bacteriana, solicitar ecocardiograma.

c. Lúpus Eritematoso Sistêmico, solicitar FAN e complemento.

d. Sarcoidose, solicitar biópsia hepática.

55. Paciente masculino, com 29 anos de idade, previamente hígido, sem história de

tabagismo, apresenta massa mediastinal de crescimento rápido provocando

dispneia por compressão de traqueia. Tomografia de tórax mostra, além da massa

previamente descrita, múltiplas lesões pulmonares redondas bem delimitadas.

Apresenta beta-HCG, alfa-feto-proteína e LDH elevados, com CEA e CA19.9

normais. Uma biópsia mediastinal é feita, mas antes que o laudo anatomo-

patológico ficasse pronto o paciente apresenta piora clínica com necessidade de

internação em UTI para suporte ventilatório. O diagnóstico anátomo patológico

esperado é:

a. Carcinoma germinativo.

b. Adenocarcinoma de pulmão.

c. Carcinoma de tireóide.

d. Timoma.

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56. Paciente feminina, 52 anos, diabética tipo 2 há 15 anos, hipertensa,

dislipidêmica. Em tratamento regular, há 10 anos, com enalapril 40 mg/dia,

hidroclorotiazida 25 mg/dia, anlodipina 10 mg/dia, metformina 850 mg 3x/dia e

glicazida MR 60 mg/dia. Assintomática. Exames laboratoriais: Hemoglobina 10,8

g/dL, VCM 104 , HCM 32, Leucócitos 4100/mm3, Plaquetas 122.000/mm3; ureia 32

mg/dL; creatinina 0,8 mg/dL; hemoglobina glicosilada 7,8%. Em relação à anemia da

paciente, é correto afirmar:

a. Trata-se de deficiência de ácido fólico, deve-se solicitar dosagem de ácido fólico

e vitamina B12.

b. A deficiência de vitamina B12 pode estar associada ao uso crônico de

metformina.

c. Deve-se fazer mielograma e biópsia de medula óssea para confirmar a hipótese

de síndrome mielodisplásica.

d. A causa provável é multicarencial, solicitar dosagem de ferro sérico, ferritina,

ácido fólico e vitamina B12.

57. Paciente feminina, 25 anos, comparece em consultam médica pela terceira vez

nos últimos nove meses queixando-se de disúria e aumento de frequência urinária.

Nega qualquer problema de saúde anterior às queixas urinárias, que coincidiram

com o início da sua atividade sexual. Nos dois episódios anteriores de infecção

urinária foram isolados Escherichia coli e ambos foram tratados com nitrofurantoína,

400 mg/dia, por cinco dias. Em relação a este caso, a conduta correta é:

a. Afastar obstrução do trato urinário através de exame de tomografia

computadorizada.

b. Iniciar tratamento com fosfomicina tometramol, seguido de profilaxia diária com

nitrofurantoína.

c. Iniciar tratamento com ceftriaxona por 14 dias, com controle de exame de

imagem após o tratamento.

d. Iniciar tratamento com ciprofloxacina por 7 dias, seguido de profilaxia diária com

cefalexina.

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58. Paciente feminina, 42 anos, comparece a consulta de rotina. Refere diagnóstico

de anemia ferropriva há 5 anos, na época do nascimento do seu segundo filho. Está

em uso de sulfato ferroso 1 comprimido duas vezes ao dia desde então. Exames

laboratoriais: leucócitos 5.200/mm3; hemoglobina 10,2 g/dL; hematócrito 32%; VCM

66 fL; Plaquetas 256.000/mm3; ferro sérico 142 μg/d; TIBC 320 μg/dL; Ferritina 230

ng/mL; Creatinina 0,6 mg/dL. A conduta neste caso é:

a. Aumentar a dose da reposição oral de ferro e associar vitamina C.

b. Suspender a reposição oral de ferro e iniciar eritropoietina.

c. Suspender a reposição oral de ferro e solicitar eletroforese de hemoglobina.

d. Trocar a reposição oral para endovenosa e solicitar sangue oculto.

59. Paciente masculino, 41 anos, hipertenso, diabético tipo 2, com transtorno afetivo

bipolar, vem em consulta de rotina, sem queixas. Faz uso regular de metformina,

enalapril, lítio. Há 5 meses o psiquiatra iniciou uma medicação nova, que não lembra

o nome, mas a associa a ganho ponderal de 15 quilos. Hemoglobina glicosilada

11%. A medicação abaixo, relacionada ao ganho de peso do paciente é:

a. Lamotrigina

b. Ácido valpróico

c. Topiramato

d. Olanzapina

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60. Paciente masculino, 35 anos. Apresenta epilepsia desde a infância. Foi trazido à

unidade de emergência referenciada por familiares por apresentar apatia, hiporexia

e redução da atenção há 10 dias. Tinha também episódios esporádicos de

espasmos musculares e apresentou uma crise tônico-clônica generalizada.

Medicações de uso crônico: ácido valpróico e carbamazepina. Exame físico: regular

estado geral, confuso, desorientado no tempo e espaço. Sinais de Chvostek e

Trosseau positivos. Exames laboratoriais; cálcio 4,4mg/dL; fósforo 8,5 mg/dL, cálcio

iônico 0,5; Albumina 2,8 g/dL. Realizada tomografia computadorizada de crânio com

imagem abaixo. A hipótese diagnóstica e o exame laboratorial neste caso são:

a. Hipoparatireoidismo com depósito de cálcio em núcleos da base; dosagem de

PTH.

b. Deficiência de vitamina D; dosagem de 25(OH)vitamina D.

c. Doença Renal Crônica; dosagem de ureia e creatinina.

d. Intoxicação por carbamazepina; dosagem sérica de carbamazepina.

61. Paciente masculino, 48 anos, com antecedente de AVC isquêmico há 4

semanas, com boa evolução da fase aguda. Tem antecedente de cirurgia bariátrica

há 5 anos, sem acompanhamento ou uso regular de medicação. Exames

laboratoriais: Hemograma: hemoglobina 14,0 g/dL, VCM 63fL, hemácias 7.106/mm3;

leucócitos 18.000/mm3 (segmentados 76%, linfócitos 10%, monócitos 5%;

eosinófilos 6%, basófilos 3%); plaquetas 1.450.000/mm3; ferritina 4ng/mL. Exame

físico: baço palpável a 2 cm do rebordo costal esquerdo. Restante do exame normal.

A hipótese diagnóstica que melhor explica o conjunto de alterações clínicas e

laboratoriais neste paciente é:

a. Traço talassêmico.

b. Policitemia Vera

c. Anemia ferropriva

d. Trombofilia hereditária.

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62. Paciente feminina, 66 anos, refere dispneia progressiva aos esforços há 6

meses e dispneia paroxística noturna há 1 semana. Nega dor precordial, palpitações

ou edema periférico. Refere infarto do miocárdio há 6 anos e diagnóstico de

insuficiência cardíaca há 4 anos. Está em uso de carvedilol 50 mg/dia, losartana 100

mg/dia, espironolactona 25 mg/dia, furosemida 120 mg/dia, aspirina 100 mg/dia e

rosuvastatina 120 mg/dia há 1 ano. Pressão arterial 102x64 mmHg, frequência

cardíaca 64 bpm. Exame físico: ictus cordis desviado para a esquerda, sopro

sistólico 2+/6+ em foco mitral. Propedêutica pulmonar é normal, assim como o

restante do exame físico. Exames recentes: Ecocardiograma: fração de ejeção de

28%; creatinina 1,3 mg/dL; Potássio 5,0 mEq/L. A conduta neste momento é:

a. Realizar angiografia coronária.

b. Trocar losartana por hidralazina + nitrato.

c. Trocar losartana por sacubitril-valsartana.

d. Realizar ecocardiograma de estresse.

63. Paciente feminina, 54 anos, previamente hígida, em acompanhamento

ambulatorial por lesões púrpuricas de aparecimento há 2 meses. Procura o serviço

de pronto atendimento referindo náuseas e vômitos há 4 dias. Exame físico: regular

estado geral, sem alterações à propedêutica cardiopulmonar. Presença de púrpura

palpável em membros inferiores. Exames laboratoriais: creatinina 8,5 mg/dL; ureia:

176 mg/dL; sódio 135 mEq/L; potássio 6,2 mEq/L; hemoglobina 11,9 g/dL; plaquetas

155.000/mm3, leucócitos12.000/mm3 (diferencial normal). Exame de urina: hemácias

30/campo, dismofismo +; leucócitos 50/campo, proteína +++/4. Proteinúria 24 horas:

3 gramas/dia. FAN, C3, C4, fator reumatoide e pesquisa de crioglobulinas negativos.

Sorologias para Hepatite B, Hepatite C e HIV não reagentes.

Biópsia cutânea: vasculite leucocitoclástica de pequenos vasos. Imunofluorescencia

negativa para imunoglobulinas e complemento.

A hipótese diagnóstica neste caso é:

a. Lúpus eritematoso sistêmico

b. Poliarteite nodosa

c. Poliangeíte microscópica

d. Púrpura de henoch-schoenlein

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64. Paciente feminina, 65 anos interna em enfermaria geral para investigação de

aumento de volume abdominal há 6 meses, associado a queda do estado geral e

emagrecimento de 10Kgs no período. Nega febre. Apresenta diabetes tipo 2 e

dislipidemia, em uso domiciliar de insulina e sinvastatina. Nega uso de álcool.

Exame físico: descorada +/4+, emagrecida, orientada, anictérica, afebril. Abdome

globoso, ascítico, com piparote presente. Edema de membros inferiores +/4+.

Exames laboratoriais: hemoglobina 10,2 g/dL; plaquetas 276.000/mm³; creatinina 0.7

mg/dL; glicemia 118 mg/dL; bilirrubinas totais 0,9 mg/dL; albumina 3,2 g/dL, RNI 1,2.

Realizada punção do líquido ascítico: leucócitos 252 /mm3 (92% de linfócitos);

proteínas 3,9 g/dL; albumina 2,7 g/dL. Com relação a este caso é correto afirmar:

a. Provavelmente a paciente apresenta cirrose por esteatohepatite não alcoólica.

b. Patologias peritoneais devem ser investigadas nesta paciente.

c. Os exames realizados sugerem ascite de origem cardiogênica.

d. Varizes de esôfago devem estar presentes na endoscopia digestiva alta.

65. Paciente masculino, 53 anos, foi levado ao pronto-socorro por familiares com

história de alteração de comportamento, desorientação e agitação psicomotora há

uma semana. Antecedentes de hipertensão arterial não controlada e etilismo de

meia garrafa de pinga ao dia por 20 anos. Exame físico: PA 150x100 mmHg;

glicemia capilar 180 mg/dL; T 36,7oC. Ausculta cardiopulmonar normal. Sem sinais

de hepatopatia crônica ou ascite. Neurológico: consciente, desorientado no tempo e

espaço, sem sinais de irritação meníngea, sem déficits focais, sem “flapping”.

Exames laboratoriais: VDRL 1:2; sorologia HIV não reagente.

Tomografia computadorizada de crânio sem contraste: ausência de coleções

subdurais, ausência de sinais de hipertensão intracraniana, atrofia cortical difusa.

Diante do caso clínico, assinale a alternativa correta:

a. A pleocitose linfomonocítica indica neurossífilis e o tratamento deve ser feito com

penicilina cristalina 4 milhões UI a cada 4 horas.

b. Como a titulação do VDRL é baixa, considera-se cicatriz sorológica e o paciente

deve ser investigado para encefalopatia de Wernicke.

c. A titulação do VDRL indica o diagnóstico de sífilis latente tardia e o tratamento

deve ser feito com penicilina G benzatina 7,2 milhões UI.

d. O VDRL não reagente no liquor exclui o diagnóstico de neurossífilis e o

tratamento deve ser feito com penicilina G benzatina 7,2 milhões UI.

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66. Paciente feminina, 52 anos, procurou pronto socorro com astenia, febre

vespertina de até 39oC e dor em hipocôndrio direito há 4 semanas. Realizou

tratamento de “canal" há 5 semanas. Exame físico: Bom estado geral, anictérica,

afebril, hidratada. Auscultas cardíaca e pulmonar normais. Abdômen doloroso à

palpação em hipocôndrio direito, fígado palpável a 3cm do rebordo costal direito,

baço não palpável. Ausência de petéquias ou outras lesões de pele. Exames

laboratoriais: Hemograma; hemoglobina 11,2 g/dL; leucócitos 15.000/mm3; TGO

45UI/L; TGP 38UI/L; fosfatase alcalina 285 UI/L; gamaGT 203 UI/L; proteína C

reativa 115. Tomografia computadorizada de abdômen, com imagem abaixo. Em

relação ao caso, a conduta adequada é:

a. Coletar hemoculturas, drenar os abscessos e iniciar vancomicina para cobrir

Staphylococcus aureus resistente à oxacilina.

b. Coletar hemoculturas, drenar os abscessos e iniciar ceftriaxone e metronidazol

para cobrir bactérias anaerobias, streptococus e bacilos gram negativos.

c. Coletar hemoculturas, iniciar metronidazol para tratar Entamoeba hystolitica e

repetir tomografia em 7 dias.

d. Coletar hemoculturas, iniciar vancomicina e metronidazol para cobrir

Staphylococcus aureus resistente à oxacilina e E. hystolitica.

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67. Paciente feminina, agente de aeroporto, 25 anos, procura a unidade de

emergência por espirros, febre, lacrimejamento ocular e tosse. Há um dia evoluiu

com quadro de exantema que progrediu da face para o tronco. Não refere doenças

prévias e tomou as vacinas da infância. Exame físico: injeção conjuntival, febril,

ausculta pulmonar limpa. Pele: exantema maculopapular com predomínio em face e

tronco Em relação a este caso, é correto afirmar

a. Diarreia é uma complicação comum.

b. A encefalite é a causa mais comum de óbito.

c. Os pacientes devem ficar em precaução de contato.

d. Medicação antiviral reduz a duração desta doença.

68. Infecções graves causadas por bactérias gram-negativas são cada vez mais

frequentes, sendo indicado o uso de aminoglicosídeos. Em relação a lesão renal

aguda (LRA) provocada por este grupo de drogas, é correto afirmar:

a. A hipocalcemia e hipomagnesemia são fatores de risco para a nefrotoxicidade

pelo aminoglicosídeo.

b. A forma clínica mais comum de apresentação de sua nefrotoxicidade é LRA

oligúrica.

c. Deve ser usada com doses fracionadas, ao invés da mesma quantidade

administrada em doses única.

d. Ocorre queda da filtração glomerular sem perda da capacidade de concentração.

69. Paciente masculino, 62 anos, professor, é achado por um amigo perdido,

procurando por sua sala. A esposa do paciente conta que por duas vezes, o

paciente pensou que um aluno estava na mesa do jantar e durante o sono ele

frequentemente se debate de forma violenta. Ao exame: paciente tem fala

lentificada, rigidez em membros e marcha arrastada. Apresentou grande dificuldade

no teste do relógio. A dosagem de vitamina B12 e o TSH estavam normais. A

hipótese diagnóstica é:

a. Doença de Parkinson.

b. Doença de Alzheimer.

c. Hidrocefalia de pressão normal.

d. Demência por corpos de Lewy.

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70. Paciente feminina, 66 anos, tem diagnóstico de hipertensão arterial, insuficiência

cardíaca com fração de ejeção preservada e angina estável. Refere dispneia e dor

precordial aos grandes esforços. Relata história pregressa de alguns episódios de

asma leve. Medicação atual: furosemida 80 mg/dia, anlodipina 10 mg/dia e enalapril

20 mg/dia. No momento, pressão arterial 132 x 86 mmHg, frequência cardíaca 98

bpm. O médico assistente decide iniciar um betabloqueador. Considerando-se a

cardiosseletividade, a medicação com maior chance de desencadear crise asmática

é:

a. Metoprolol

b. Bisoprolol

c. Atenolol

d. Carvedilol

71. Paciente feminina, 52 anos, iniciou há 6 meses quadro de dispneia progressiva e

tosse seca. Nega tabagismo prévio. Faz acompanhamento oftalmológico por úlcera

de córnea e odontológico por cáries de repetição e queda dentária. Exames

laboratoriais: Hemograma: hemoglobina 11,9 g/dL; leucócitos2.900/mm3 (65%

segmentados, 25% linfócitos, 6% eosinófilos); plaquetas 120.000/mm3; FAN 1/320

pontilhado fino; fator reumatoide positivo; anti DNA negativo;. Prova de função

pulmonar: compatível com distúrbio restritivo. Tomografia computadorizada de tórax:

doença pulmonar intersticial, com padrão tomográfico sugestivo de pneumopatia

intersticial não específica (PINE). O quadro acima é compatível com o diagnóstico

de:

a. Fibrose pulmonar idiopática.

b. Lúpus eritematoso sistêmico.

c. Sarcoidose.

d. Síndrome de Sjogren.

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72. Paciente masculino, 55 anos, com cirrose por álcool compensada, sem

comorbidades, realizou endoscopia digestiva alta, com descrição de varizes de

esôfago de grosso calibre com sinais da cor vermelha. Com relação à profilaxia

primária de hemorragia digestiva alta por hipertensão portal, é correto afirmar:

a. Está indicada realização de escleroterapia endoscópica de varizes de esôfago.

b. Ligadura elástica de varizes de esôfago é a única terapia eficaz neste contexto.

c. Propranolol não está indicado isoladamente devido ao calibre e presença de

sinais vermelhos.

d. Carvedilol em dose fixa de 6,25mg de 12/12hs é opção terapêutica neste

contexto.

73. Paciente feminina, 48 anos, esta internada com diarreia grave por Clostridium

difficile em uma enfermaria de clínica médica. As medidas para prevenir a

transmissão do Clostridium para os outros pacientes internados na enfermaria , além

do isolamento, são:

a. Uso de luvas e aventais e lavagem das mãos com soluções alcoólicas.

b. Uso de luvas e aventais e lavagem das mãos com água e sabão.

c. Uso de luvas e aventais, limpeza diária do quarto com sabão e água quente.

d. Uso de luvas e aventais, enfermagem exclusiva e restrição de visitas.

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74. Paciente feminina, 28 anos, refere palpitações intermitentes acompanhadas

ocasionalmente de falta de ar e tonturas. Estes episódios duram de 30 a 60 minutos.

Relata que há 6 anos, teve sintomas similares que a fizeram ser levada à sala de

emergência, onde foi diagnosticada taquicardia supraventricular. O exame físico é

normal. Traz um ecocardiograma recente que não mostrou alterações, e o seguinte

ECG:

A conduta a ser tomada neste caso é:

a. Bisoprolol

b. Flecainida

c. Diltiazem

d. Estudo eletrofisiológico

75. Paciente masculino, 78 anos, diabético, com antecedente de infecção

recorrente em úlceras nos membros inferiores, tratadas com antibióticos de amplo

espectro nos últimos meses. O paciente é institucionalizado, e é trazido para

unidade de emergência por tosse com secreção purulenta há 4 dias. Exame físico:

mal estado geral; T 38,5oC; FC 132 bpm; PA 80x40 mmHg; saturação O2 87% (com

cateter nasal com 4 litros de O2/min). Radiografia de tórax mostra condensação em

lobo inferior direito. Após a estabilização inicial do paciente, o regime antibiótico que

deve ser iniciado é:

a. Azitromicina e Fluconazol

b. Piperacilina Tazobactam

c. Vancomicina e Sulfametoxazol-trimetoprima.

d. Cefepime, Vancomicina e azitromicina

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76. Paciente feminina, 56 anos, com diabetes tipo 2, procura a Unidade de

Emergência por náuseas, vômitos e fadiga há 2 dias. Tem antecedente de

hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia. Faz uso de metformina, aspirina,

enalapril, atenolol, atorvastatina e empaglifozina. Exame físico: desidratada, PA

95/60 mmHg; FC 115 bpm; FR 23 irpm. Dor difusa à palpação abdominal,

descompressão brusca negativa. Ausculta cardioplulmonar normais. Exames

laboratoriais: Glicose 150 mg/dL; sódio 133 mEq/L; Bicarbonato 10 mEq/L; Anion

Gap 17 mEq/L; aumento de β-Hidroxibutirato. A medicação associada ao quadro

clínico atual da paciente é:

a. Atorvastatina

b. Metformina

c. Empaglifozina

d. Enalapril

77. Paciente feminina, 62 anos com mieloma múltiplo diagnosticado recentemente,

acabou de completar o terceiro ciclo de quimioterapia. Apresenta há 2 dias dor em

flanco esquerdo e abdômen superior. Ao exame físico: vesículas coalescentes que

se estendem do flanco até a linha média anteriormente em dois dermátomos não

contíguos. A conduta para esta paciente é:

a. Corticoide via oral.

b. Imunoglobulina endovenosa.

c. Aciclovir endovenoso.

d. Analgesia para dor neuropática.

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78. Paciente feminina, 72 anos, admitida na UTI por insuficiência respiratória aguda.

Ela é tabagista ativa (60 anos-maço). Sua espirometria mais recente mostra um

FEV1 50% do predito com defeito ventilatório obstrutivo. Fazia uso de tiotrópio e

salbutamol inalatório quando necessário. Na admissão, é tratada inicialmente com

oxigênio suplementar por cateter com 4 litrosO2/minuto, corticoide endovenoso,

broncodilatadores inalatórios e antibióticos de amplo espectro, mas evolui com piora

da dispneia. Exame físico: PA100x 62 mmHg; FC 96 bpm; FR 33 irpm; Saturação O2

91%; afebril; responde aos comandos. Utiliza musculatura acessória da respiração.

Ausculta pulmonar com sibilos expiratórios difusos. Gasometria arterial: PaO2 64

mmHg; PaCO261 mmHg; pH 7,29. A conduta é:

a. Iniciar furosemida endovenosa.

b. Intubação e ventilação mecânica.

c. Aumentar o suporte de O2 com máscara de Venturi

d. Iniciar ventilação mecânica não invasiva

79. Paciente masculino, 32 anos, em seguimento na reumatologia há 3 meses por

doença de Still do adulto, diagnosticada após extensa investigação por febre de

origem indeterminada, exantema e leucocitose. Apresentou boa resposta ao

tratamento com corticoide, atualmente em uso de prednisona 10 mg/dia, com

controle da sintomatologia. Comparece em consulta queixando-se de fraqueza

acentuada, febre baixa e sangramento gengival. Exame físico: palidez mucocutânea,

ausência de artrites ou exantemas. Exames laboratoriais: Hemograma: hemoglobina

4,5 g/dL; leucócitos 1.900/mm3 (60% segmentados, 30% linfócitos, 6% eosinófilos);

plaquetas 22.000/mm3; creatinina 1,3 mg/dL; RNI 1,7; R 2,0; ferritina 56. 000 UI/L;

TGO 500 UI/L; TGP 650 UI/L; hemoculturas negativas. O estudo da medula óssea

(MO) deve ser compatível com:

a. Hemofagocitose.

b. Presença de mais de 20% de linfoblastos.

c. Áreas de fibrose e substituição gordurosa.

d. Hipercelularidade reacional.

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80. Paciente masculino, 21 anos, comparece na consulta dermatológica por

alargamento nasal e “caroços” nas orelhas, com o aparecimento progressivo há

vários anos (fig A). Em acompanhamento regular com otorrinolaringologia por

perfuração nasal. Na avaliação dermatoneurológica apresenta nervos ulnares e

fibulares comuns espessados. Vem acompanhado da mãe que, ao exame

dermatológico, apresenta lesão hipoestésica na perna direita (fig B) com nervo

fibular comum palpável ipsilateral.

A- lesão em orelha B- lesão cutânea da mãe

Sobre o quadro acima, assinale a afirmativa correta:

a. o paciente apresenta hanseníase dimorfa e deve ser tratado com rifampicina,

dapsona e clofazimina por 24 meses.

b. a mãe do paciente apresenta hanseníase tuberculoide e deve ser tratada com

rifampicina e dapsona por 6 meses.

c. o paciente apresenta hanseníase virchowiana e deve ser tratado com corticoide

oral e talidomida para controle da reação hansênica.

d. a mãe do paciente apresenta hanseníase indeterminada e deve ser tratada com

rifampicina e dapsona por 6 meses.