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Especialização em Direito Tributário
ISS – Parte I
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
Prof. Rafael Antonietti Matthes Doutorando e Mestre em Direito Ambiental - Especialista
em Direito Tributário - MBA em Gestão do Agronegócio - Tecnólogo em Gestão Ambiental -
Professor universitário, consultor e palestrante nas áreas do Dir. Ambiental e Tributário -
Consultor da ONU/PNUD em Sustentabilidade na RIO+20
Parte 1: Evolução Histórica
A evolução da tributação sobre os serviços no Brasil
acompanha o efeito dinâmico da sociedade.
Origem: Alvará de 20/10/1812 – Príncipe Regente D. João
VI – criou o “imposto do banco”; em 1836, por meio da LeiOrçamentária nº. 70, passou a denominar-se “imposto
sobre lojas”.
Com a Lei Orçamentária nº. 1174/1860, o imposto sobre
lojas passa a abarcar qualquer atividade lucrativa
(inclusive a prestação de serviços).
Parte 1: Evolução Histórica
Constituição de 1891 – inseriu esse imposto na
competência exclusiva dos Estados-Membros. No Estado
de São Paulo, a Lei 16/1891, transferiu a competência
impositiva deste imposto para os Municípios.
OBS: não há, no texto constitucional autorização para a
delegação de competência. Tal delegação decorre da
ausência de vedação expressa nesse sentido.
Constituição de 1934 – Manteve o imposto sobre indústrias
e profissões sob a competência dos Estados, com divisãode receitas entre os Estados e os Municípios.
Parte 1: Evolução Histórica
Constituição de 1946 – Transferiu o imposto sobre indústrias
e profissões para os Municípios.
Reforma tributária – EC 18/65– Conferiu a roupagem do ISS
como conhecido atualmente – imposto sobre serviços dequalquer natureza de competência dos Municípios.
Constituição de 1967 – acrescentou uma restrição à
competência impositiva dos Municípios: “definidos em lei
complementar”.
Parte 2: Sistema Tributário Nacional e o ISS
A hipótese de incidência do ISS:
Art. 156, III, CF:
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no
art. 155, II, definidos em lei complementar.
§3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput
deste artigo, cabe à lei complementar: I - fixar as suas
alíquotas máximas e mínimas; II - excluir da sua
incidência exportações de serviços para o exterior; III –
regular a forma e as condições como isenções, incentivos
e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Parte 2: Sistema Tributário Nacional e o ISS
O referido parágrafo foi alterado pela EC 03/93, que
revogou o antigo parágrafo quarto, vejamos:
§4º - Cabe a Lei Complementar: “I – fixar alíquotas
máximas dos impostos previstos nos incisos III e IV (“IV -serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art.
155, I, b, definidos em lei complementar”); II – excluir da
incidência do imposto previsto no inciso IV exportações de
serviços para o exterior.
Parte 2: Sistema Tributário Nacional e o ISS
Limitações originárias específicas para a instituição do ISS
a) Serviços de qualquer natureza não compreendidos na
esfera impositiva dos Estados:
O ISS não alcança os serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicações.
De acordo com o artigo 155, §2º, IX, “b”, os Estados têm
competência, ainda, para cobrar impostos sobre os
serviços prestados com fornecimento de mercadorias, que
não estejam previstos na competência impositiva dos
Municípios.
Parte 2: Sistema Tributário Nacional e o ISS
Limitações originárias específicas para a instituição do ISS
b) Definição dos serviços tributáveis por lei complementar:
Não é qualquer serviço que pode ser tributável por meiode ISS. Apenas os serviços previstos na lista anexa à Lei
Complementar.
A lista anexa, de acordo com o STF, é taxativa, porém,
comporta interpretação ampla e analógica, com base nas
expressões “similares”, “semelhantes” ou “congêneres”.
A LC não é autoaplicável – depende de lei própria a ser
publicada pelos Municípios.
Parte 2: Sistema Tributário Nacional e o ISS
Limitações originárias específicas para a instituição do ISS
c) Definição das alíquotas máximas por lei complementar:
A LC define as alíquotas máximas (no plural) para osserviços que entender pertinente. Para os demais, os
Municípios podem livremente estipular.
A LC 100/99 estipulou uma alíquota máxima para o serviço
de exploração de rodovia mediante cobrança de preço
dos usuários.
A LC 116/03 estipulou uma “alíquota máxima” em seu
artigo 8º para todos os serviços: 5%.
Parte 2: Sistema Tributário Nacional e o ISS
Limitações originárias específicas para a instituição do ISS
d) Da não incidência do ISS nas exportações de serviços
para o exterior:
Trata-se de uma imunidade tributária.
e) Estabelecimento de alíquotas mínimas:
O art. 88 da ADCT estipula alíquota mínima de 2% para o ISS,
exceto para os serviços de execução por administração ou
empreitada, ou subempreitada, de construção civil, de obras
hidráulicas e serviços de engenharia consultiva, serviços de
demolição e serviços de reparação, conservação e reforma de
edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres.
Parte 2: Sistema Tributário Nacional e o ISS
Limitações originárias específicas para a instituição do ISS
O art. 8º-A estipula que “a alíquota mínima do Imposto
sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por
cento)” (introduzido pela LC 157/16).
Parte 2: Sistema Tributário Nacional e o ISS
Limitações originárias específicas para a instituição do ISS
e) Regulamentação da forma e condições como isenções,
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados:
De acordo com o art. 8ª-A da LC 116/03: “O imposto não será
objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios
tributários ou financeiros, inclusive de redução de base de
cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob qualquer
outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga
tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquota
mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a que se
referem os subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta Lei
Complementar” (introduzido pela LC 157/16).
Parte 3: Noções Gerais sobre o Fato Gerador e Obrigação Tributária
Obrigação tributária: elementos e domicílio tributário
Fato gerador – aspecto quantitativo – base de cálculo e
alíquota:
No ISS a regra geral é a incidência de um percentual sobre
o preço de serviço prestado.
Excepcionalmente, a tributação é feita por valor fixo,
conhecida como tributação por alíquota fixa.
Parte 3: Noções Gerais sobre o Fato Gerador e Obrigação Tributária
Alíquota fixa:
Serviços prestados sob a forma de trabalho pessoal do
próprio contribuinte ou serviços prestados por meio de
sociedade de profissionais legalmente regulamentada.
Fund. Jurídico: art. 9º, §§1º e 3º do Dec. 406/68.
Parte 3: Noções Gerais sobre o Fato Gerador e Obrigação Tributária
Fato gerador – aspecto espacial – local da ocorrência:
No ISS a regra geral é a do art. 3º - “serviço considera-se
prestado e o imposto devido no local do estabelecimentoprestador ou, na falta do estabelecimento, no local dodomicílio do prestador”.
Exceção: “exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a
XXII”.
Parte 3: Noções Gerais sobre o Fato Gerador e Obrigação Tributária
Fato gerador – aspecto espacial – local da ocorrência:
Critérios adotados:
a) Em razão do local do estabelecimento do prestador
de serviço;
b) Em razão do domicílio do prestador de serviço;
c) Em razão do local de prestação do serviço.
Parte 3: Noções Gerais sobre o Fato Gerador e Obrigação Tributária
Fato gerador – aspecto temporal – momento em que
ocorre o fato gerador:
O art. 116 do CTN fixa, genericamente, que é a partir daocorrência do fato gerador que se consideram existentes
seus efeitos:
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se
ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I - tratando-se
de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que
normalmente lhe são próprios; II - tratando-se de situação jurídica,
desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos
termos de direito aplicável.
Parte 3: Noções Gerais sobre o Fato Gerador e Obrigação Tributária
O referido artigo distingue duas situações:
I – Situações de Fato (aquelas ainda não categorizadas
como institutos jurídicos) – exemplo: entrada de produtosestrangeiros no território nacional, que é o FG do II. Isso
pode ser aferido pelo homem comum, sem a necessidade
de conhecimentos técnicos.
II – Situações Jurídicas (aquela que se encontra
disciplinada pelo ordenamento jurídico) – exemplo: fato
gerador do ITBI como transmissão de propriedade ou
domínio útil tem respaldo no art. 1245 do CC.
Parte 4: Análise da LC 116/03
Histórico:
A LC 116/03 foi precedida pelo Decreto-Lei 406/89;
Decorreu do PLC 183/2001 – alterações – PLC do SENADO
70/202
Alterada pela LC 157/16
Parte 4: Análise da LC 116/03
Elemento objetivo do FG:
Art. 1º: O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como
fato gerador a prestação de serviços constantes da lista
anexa, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador.
Parte 4: Análise da LC 116/03
a) Diferentes tipos de FG:
O FG pode ser instantâneo, continuado ou complexo.
Para o ISS, há serviços que se iniciam e terminam em um
único ato (instantâneo) – Ex. Item 6.01 (“6.01 – Barbearia,
cabeleireiros, manicuros, pedicuros e congêneres”).
Outros serviços que se estendem por um tempo mais
prolongado (continuado) – Ex. Item 7.01 (“7.01 -
Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura,
geologia, urbanismo, paisagismo e congêneres”).
Parte 4: Análise da LC 116/03
Para o ISS, há serviços que dependem de diversos atos e
fatos interligados para a prestação completa do serviço
(complexo). Ex. Item 22.01: “22.01 - Serviços de exploração
de rodovia mediante cobrança de preço ou pedágio dos
usuários, envolvendo execução de serviços de
conservação, manutenção, melhoramentos para
adequação de capacidade e segurança de trânsito,
operação, monitoração, assistência aos usuários e outros
serviços definidos em contratos, atos de concessão ou de
permissão ou em normas oficiais”.
Parte 4: Análise da LC 116/03
b) Serviços tributáveis e serviços tributados
Não se pode confundir “serviços de qualquer natureza”
com “serviço definido em lei complementar”.
A interpretação conjunta das duas expressões permite
concluir com acerto que o serviço a ser tributado deve ser
previamente definido em lista pelo legislador
complementar.
Nos itens que o legislador utilizou a expressão congêneres,
fica facultado ao legislador definir quais são os serviços
congêneres que pretende tributar.
Parte 4: Análise da LC 116/03
c) Conceito de serviço
Significa um bem econômico imaterial, fruto do esforço
humano aplicado à produção. É o produto da atividade
humana destinado à satisfação de uma necessidade, mas
que não se apresenta sob a forma de bem material.
Prestar serviço significa servir. Resulta sempre de uma
obrigação de fazer.
Ex. Súmula Vinculante 31: “É inconstitucional a incidência
do imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS sobre
operações de locação de bensmóveis”.
Parte 4: Análise da LC 116/03
d) Prestação efetiva de serviço
Pressupõe uma obrigação de fazer, mediante contrato
celebrado entre o prestador do serviço e o seu tomador.
Elementos estruturais do contrato: partes representadas por
agentes capazes, objeto lícito e forma prescrita em lei (sem
preço, não há serviço).
Serviços gratuitos não se confundem com serviços
efetivamente prestados de forma onerosa, mas semrecebimento do valor em razão do inadimplemento. O FG
não está atrelado ao pagamento, mas sim à efetivaprestação do serviço (ex. pagamento antecipado).
Parte 4: Análise da LC 116/03
d) Prestação efetiva de serviço
A incidência do ISS reclama efetiva prestação do serviço
mediante paga.
Nesse sentido, serviços gratuitos prestados por diferentes
empresas como forma de atrair clientela não são passíveisde tributação pelo ISS.
Ex. empresa que produz e comercializa pizza e promove
sua entrega ao consumidor de forma gratuita não se
cogita a tributação.
Simples: não há preço, não há base de cálculo.
Parte 4: Análise da LC 116/03
f) Fatos geradores confrontantes
Serviços são bens de natureza imaterial resultante de um
esforço humano. Não se confunde com mercadoria que
são bens corpóreos ou incorpóreos objeto de atividade
mercantil. Não se confunde também com industrialização,
que é um procedimento que modifica a natureza ou a
finalidade de um produto ou o aperfeiçoe para o
consumo.
STJ: incide ISS na execução de serviços gráficos por
encomenda ao cliente para seu uso (Súmula 156). Para a
industrialização é necessária a produção de um bem
material em grande escala.
Parte 4: Análise da LC 116/03
f) Fatos geradores confrontantes
ISS: prestação de serviço como produto de esforço
humano que se apresenta sob a forma de um bem
imaterial, ou no caso de implicar a utilização de material
que preserve a sua natureza no sentido de expressar uma
obrigação de fazer.
ICMS: circulação de bens corpóreos ou incorpóreo, mas
que expressa uma obrigação de dar.
IPI: relativa a obrigação de dar um produto que passou
por um processo, em larga escala, de modificação ou
aperfeiçoamento.
Parte 4: Análise da LC 116/03
§ 1º. O imposto incide também sobre
o serviço proveniente do exterior do
País ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior do País.
Parte 4: Análise da LC 116/03
Serviço procedente do exterior:
Hipótese de contratação pelo tomador aqui domiciliado
de um prestador de serviço domiciliado no estrangeiro.
Ex. envio pelo tomador de material para ser examinado
em laboratório localizado no exterior do país, o qual, após
analisado, remete o resultado final para o tomador.
O momento do FG será a verificação do resultado final do
exame. O imposto é pago pelo tomador como
RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO.
s
Parte 4: Análise da LC 116/03
§ 2º. Ressalvadas as exceções expressas
na lista anexa, os serviços nela
mencionados não ficam sujeitos ao
Imposto Sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação – ICMS,
ainda que sua prestação envolva
fornecimento de mercadorias.s
Parte 4: Análise da LC 116/03
Inclusão de serviços tributáveis pelo ICMS
Há diversos itens na lista anexa que elencam a prestação
de serviço com o fornecimento de mercadoria.
Ex. 17.11 – Organização de festas e recepções; bufê
(exceto o fornecimento de alimentação e bebidas, que
fica sujeito ao ICMS).
Parte 4: Análise da LC 116/03
§ 3º O imposto de que trata esta Lei
Complementar incide ainda sobre os
serviços prestados mediante a utilização
de bens e serviços públicos explorados
economicamente mediante autorização,
permissão ou concessão, com o
pagamento de tarifa, preço ou pedágio
pelo usuário final do serviço.s
Parte 4: Análise da LC 116/03
Tributação de serviços prestados por autorizadas,
permissionárias e concessionárias de serviços públicos
A prestação, nestes casos, de serviços mediante a
utilização de bem e serviços públicos, implicam no
desenvolvimento de uma atividade econômica.
Não confundir com o fornecimento de energia elétrica,
nem como o serviço de comunicação, que são tributados
por ICMS.
Parte 4: Análise da LC 116/03
§ 4º A incidência do imposto não depende da
denominação dada ao serviço prestado.
Irrelevância da denominação dada ao serviço:
Simetria com o artigo 4º do CTN.
Parte 4: Análise da LC 116/03
Art. 2º. O imposto não incide sobre:
I – as exportações de serviços para o exterior do
País;
II – a prestação de serviços em relação de
emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores
e membros de conselho consultivo ou de conselho
fiscal de sociedades e fundações, bem como dos
sócios-gerentes e dos gerentes-delegados;
Parte 4: Análise da LC 116/03
III – o valor intermediado no mercado de títulos e
valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários,
o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a
operações de crédito realizadas por instituições
financeiras.
Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no
inciso I os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo
resultado aqui se verifique, ainda que o
pagamento seja feito por residente no exterior.
Parte 4: Análise da LC 116/03
Casos de não incidência do ISS
Exportação de serviço para o exterior:
Considera o serviço contratado por uma fonte situada no
exterior do país mediante o pagamento do respectivo
preço por uma fonte também localizada no estrangeira,
com a prestação do serviço no Brasil.
Tema que comporta discussão.
Parte 4: Análise da LC 116/03
Casos de não incidência do ISS
Prestação de serviço com relação de emprego:
As pessoas abrangidas neste inciso não recebem preço,
mas sim, salário ou pro labore. Nesse sentido, não há
serviço prestado remunerado por um preço ajustado.
Parte 4: Análise da LC 116/03
Casos de não incidência do ISS
Valores intermediados no mercado de títulos e valores
mobiliários, o valor do depósito bancário etc.:
O preço decorrente da intermediação no mercado de
títulos e valores mobiliários fica excluído da tributação na
prestação de serviços.
Valor dos depósitos bancários sequer representam
contraprestação pecuniária.
DISCUSSÃO EM SALA DE AULA
TEMAS:
A COMPLEXIDADE NO ENTENDIMENTO DA IMUNIDADE
TRIBUTÁRIA PREVISTA NO ARTIGO 156, §2º, I CF;
A REVOAÇÃO DO DL 406/68 E A TRIBUTAÇÃO POR
ALÍQUOTA FIXA
ISS E OS SERVIÇOS CARTORÁRIOS
INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA EM TERRENO PRÓPRIO E POR
CONTA PRÓPRIA
NOVIDADES DA LC 157/16 E A TRIBUTAÇÃO DOS SERVIÇOSDE STREAMING