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Especificação LNEC E465
Metodologia para estimar as propriedades de
desempenho que permitem satisfazer a vida útil de
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
desempenho que permitem satisfazer a vida útil de
projecto de estruturas de betão armado ou pré-
esforçado sob as exposições ambientais XC e XS
Enquadramento
Nív
el d
e d
eter
iora
ção
3
41 despassivação2 fendilhação3 delaminação4 rotura
Desenvolvimento da deterioração no tempo
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
tempoiniciação propagação
ti tp
1
2
Vida útil ���� tL = ti + tp
Vida útil
Categorias de vida útil na EN 1990
Vida útil pretendida Exemplos
Categoria tg (anos)
1 10 Estruturas temporárias
2 10 a 25 Partes estruturais substituíveis
3 15 a 30 Estruturas para a agricultura e semelhantes
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
3 15 a 30 Estruturas para a agricultura e semelhantes
4 50 Edifícios e outras estruturas comuns (v.g., hospitais, escolas)
5 100 Edifícios monumentais, pontes e outras estruturas de engenharia civil
As diferentes partes de uma estrutura podem ter diferentes vidas úteis
A avaliação da vida útil deve ser realizada com base numa análise probabilística, tal como acontece no dimensionamento estrutural dos elementos, dada a aleatoriedade dos processos de deterioração
S(t) – efeito da acção
R(t) - resistência
pr = P(R<S) – probabilidade de roturapac – nível aceitável da probabilidade
de rotura
TL – período de vida útil
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
pr = P(TL<T)
No caso das funções S(t) e R(t) terem distribuições normais a análise probabilística pode ser realizada com base no Índice de Fiabilidade β
pr = P(TL<T) = P(Z<0)TL= Ф(-β)
pr 10-1 10-2 10-3 10-4
β 1.28 2.32 3.09 3.72
Relação entre a probabilidade de rotura e o índice de fiabilidade
em que Z(t) = R(t) – S(t)
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
β.σ(z) = µR -µS
β.σ(z) = µZ
Para definição da vida útil a Esp LNEC E465 estabelece apenas o estado limite de utilização definido como início da fendilhação do betão de recobrimento por corrosão de armaduras
Nív
el d
e d
eter
iora
ção
� Estado limite de despassivação das armaduras� Estado limite de fendilhação� Estado limite de delaminação� Estado limite último
O cálculo da vida útil é realizado com base em estados limites:
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
despassivaçãofendilhaçãodelaminaçãorotura
Nív
el d
e d
eter
iora
ção
tempoti tp
1
3
4
2
1
2
3
4
tL
Metodologia
Análise semi-probabilística – considerar um factor de segurança da vida útil γ
Garantir que:
tL – vida útil avaliada através de modelos de desempenho
tg – vida útil pretendida
tL – tg > 0
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
Esta metodologia permite:
Calcular de forma determinística as propriedades de desempenho para vida útil de cálculo:
de modo a satisfazer a condição tL – tg > 0 com uma abordagem probabilística.
td = γ tg
Factores de segurança / Índices de fiabilidade
Factores de segurança da vida útil γγγγ
Mínimos índices de fiabilidade ββββ
Classes de fiabilidade RC3 RC2 RC1
ββββ
probabilidade
2,0
2,3*10 -2
1,5
6,7*10 -2
1,2
12*10 -2
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
Factores de segurança da vida útil γγγγ
Classes de fiabilidade Factor γγγγ para o Estado Limite de Utilização
RC3 2,8
RC2 2,3
RC1 2,0
Modelação da deterioração
Objectivo: Especificar propriedades de desempenho para o betão de modo a que tL > td
tL = ti + tp
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
Metodologia adoptada:
estimar valores mínimos para o período de propagação tp e caracterizar o betão através das propriedades ligadas ao período de iniciação ti
(para o estado limite de utilização considerado, a deterioração por corrosão de armaduras é muito limitada)
Modelos de cálculo para o Período de Iniciação
CARBONATAÇÃO
∆
=
=∆
=
nt
kktcD
Kta
cDX
02*1****2
****2
Modelo 1
Define a resistência à carbonatação do betão RC65 de modo a que ao fim do período de iniciação ti a profundidade de carbonatação seja no máximo igual ao recobrimento
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
=t
kkta
02*1**
onde:
X - profundidade de carbonatação (m)
D – coeficiente de difusão do CO2 no betão carbonatado (65% HR; 20 ºC)
∆c =0,0007kg/m3 (concentração do CO2 no ar)
a= consumo de CO2, função do tipo e dosagem de cimento
K1 – factor dependente da HR do betão
K2 – factor dependente da cura do betão
n – factor dependente da molhagem/secagem ao longo do tempo (<0,3)
t0 – período de referência (1 ano)
Considerando:
n
C t
tkk
R
tX
∗∗∗
∗∗= 0
65
210006,02
D
aR C =65
(kg.ano/m5)
n
i
iC
t
tkk
R
tR
2
0
2
3
6521
10*2,1
∗∗∗
∗=
−Valor da resistência à carbonatação a exigir ao betão
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
A medição de RC65 é feita no ensaio acelerado (LNEC E391)
2
1
1
65
2
X
tcR acel
C
∗∗=
ACÇÃO DOS CLORETOS
−=
tD
XerfCtxC S
21),(
Modelo base
D é o coeficiente de difusão dos cloretos no betão, em m2/s;
C (x, t) é a concentração dos cloretos, à profundidade x (m) após decorrido o tempo t (s)
CS é a concentração dos cloretos, em % da massa de ligante, na superfície do betão (X=0), para t=0
erf é a função erro: erf (z)=w
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
erf é a função erro: erf (z)=w
2
2
4 ξ∗∗=
t
XD
S
S
C
txCCerf
),(1 −= −ξcom:
A despassivação das armaduras ocorre para uma concentração de cloretos ao nível das armaduras C (x, t) = C(R,ti) = CR (teor critico de cloretos)
R – recobrimento das armaduras
A concentração superficial Cs é dada por:
temphorvertcabs kkkkCC ⋅∗∗∗=/
CR (% em massa do cimento)
Água/cimento XS1; XS2 XS3
a/c ≤0,30 0,6 0,5
0,30 < a/c ≤ 0,40 0,5 0,4
a/c >0,40 0,4 0,3
Teor crítico de cloretos
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
Cb=3,0% nas classes XS2 e XS3 e Cb=2,0% na XS1
Ka/c = 2,5 * (a/c), sendo a/c a razão água/ligante
Ktemp , referente ao betão, tem os seguintes valores:
0 ºC 10 ºC 15ºC 20 ºC 25ºC 30 ºC 35ºC
2,2 1,5 1,2 1,0 0,8 0,7 0,6
Classe de exposição kvert
XS1 0,7
XS2 1 a 1m de profundidade1,4 a 25 m de profundidade*
XS3 1,0
Distância à linha de costa**
Khor
0 1
1 Km* 0,6
3 Km* 0,4
kvert e khor têm os valores indicados no quadro:
O coeficiente de difusão D é dado por:
kD,c é um factor que tem em conta a influência das condições de cura;
kD,RH é um factor que tem em conta a influência da humidade relativa do ambiente;
kD,T é um factor que tem em conta a influência da temperatura;
D0 é o coeficiente de difusão potencial (m2/s), determinado em laboratório de acordo com a Especificação LNEC E 463,
com o betão na idade de referência t0 =28 dias;
n é um factor que tem em conta o decréscimo de ingresso dos cloretos ao longo do tempo.
Número de dias de cura kD,c
normalizada 2,4
Classes de exposição KD,RH
XS1 0,4
Da(t) = Da(t0)*(t0/t)n = kD,c * kD,RH * kD,T * D0 * (t0/t)
n
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
normalizada 2,4
em contacto permanente com água
0,75
Cofragem de permeabilidade controlada e 3 dias de cura
húmida
1,0
XS1 0,4
XS3 1,0
XS2 1,0
Temperatura do betão (ºC) KD,T
30 ºC 1,5
25 ºC 1,2
20 ºC 1,0
15 ºC 0,8
10 ºC 0,75
0 ºC 0,4
Classes de exposição n
CEM I / II*
CEM III / IV
XS1 0,55 0,65
XS2 0,45 0,55
XS3 0,55 0,65
* Excepto CEM II-W, II-T, II/B-L e II/B-LL
Modelo de cálculo para o Período de Propagação
- lei de Faraday
pt0,0115Ixcor
=
x (mm) é a redução de raio provocada pela intensidade da corrente de corrosão Icorr (µA/cm2) durante o tempo de propagação da corrosão tp (anos)
x = 10-3 (74,5 + 7,3R/φ – 17,4 f )
O modelo recorre:
- à expressão experimental de estima da redução de raio, x , que provoca a iniciação da fissuração:
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
x = 10-3 * (74,5 + 7,3R/φ0 – 17,4 fcd)
R é o recobrimento (mm);fcd é a resistência à compressão diametral do betão, com o valor 2 e 2,5 MPa nos betões para a carbonatação
e 3 e 4 MPa nos betões para os cloretos.
φ0 diâmetro inicial das armaduras
- à consideração da diferente influência na corrosão da carbonatação e da acção dos cloretos
φ0 - φ = αx
α = 2 quando a corrosão é uniforme, caso da corrosão por carbonataçãoα ≤ 10 quando a corrosão é por picadas, caso da corrosão por cloretos
- à consideração dos níveis de corrosão expectáveis nas classes de exposição XC e XS em função dos teores de humidade nos poros do betão
Classes de exposição e níveis de corrosão das armaduras
XC1 XC2 XC3 XC4 XS1 XS2 XS3
Despr Baixo Despr. Baixo/ Moder.
Moder. Despr Elevado
Níveis de corrosão
Intensidade da corrente de corrosão (µA/cm2)
Nível de corrosão
< 0,10,1-0,5
0,5-1
desprezávelbaixo
moderado
elevado
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
com:
Período de propagação:
k = 0,1*(74,5 + 7,3 R/φ0 – 17,4 fcd) /(φ0/2)
>1 elevado
tp = k φ0 / (1,15 α Icorr )
Cálculo das propriedades de desempenho do betão
Definir previamente:
� Período de vida útil pretendido tg
� Classe de fiabilidade da estrutura ou do elemento estrutural: RC1//RC2/RC3
� Classes de exposição a que cada elemento estrutural está sujeito: XC1 a XC4 ou XS1 a XS3
� Recobrimento mínimo a adoptar em cada elemento estrutural
Seguidamente calcular:
� O período de propagação tp
Valores do período de iniciação de cálculo tic (anos)
tic
(anos)
tg=50 anos tg=100 anos
tp RC3 RC2 RC1 tp RC3 RC2
2,8 2,3 2,0 2,8 2,3
Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos
� O período de iniciação de cálculo
� As propriedades do betão relacionadas com a durabilidade – resistência à carbonatação RC65
e coeficiente de difusão aos cloretos D0 – com base nos modelos de deterioração.
tic = γ (tg – tp).
XC1 >100 - - - >100 - -
XC2 10 112 92 80 20 224 161
XC3 45 14 12 10 90 28 23
XC4 s-15 98 80 70 s-20 224 184
h-5 126 104 90 h-10 252 207
XS1 0 140 115 100 0 280 230
XS2 40 28 24 20 80 56 46
XS3 0 140 115 100 0 280 230