25
Valdir Guimarães - laboratório de 1 Espectro de raios X Espectro de raios X Os raios X foram descobertos acidentalmente por W. C. Roentgen em 1895 quando ele estava trabalhando com tubos de raios catódicos. Devido a natureza desconhecida desses raios penetrantes foi denominado raio X. raios X corresponde a radiação eletromagnética de comprimentos de onda ao redor de 0.1 a 10 A

Espectro Raio X

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 20041

Espectro de raios XEspectro de raios X

Os raios X foram descobertos acidentalmente por W. C. Roentgen em 1895 quando ele estava trabalhando com tubos de raios catódicos.

Devido a natureza desconhecida desses raios penetrantes foi denominado raio X.

raios X corresponde a radiação eletromagnética de comprimentos de onda ao redor de 0.1 a 10 A

Page 2: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 20042

História do raio XHistória do raio X

O primeiro raio-X foi tirado da mão de sua esposa mas um ano depois, em 1986, já era amplamente aplicado em medicina tornando-se uma das grandes descobertas do século XX.

Em 1916 raios-X já eram usados para inspecionarcargas de navios.

Page 3: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 20043

Produção de raio XProdução de raio X

O filamento de tungstênio O filamento de tungstênio é aquecido pela passagem é aquecido pela passagem de corrente ( I< 80 de corrente ( I< 80 µµA) e A) e emite elétronsemite elétrons

Elétrons são acelerados por Elétrons são acelerados por uma diferença de potencial uma diferença de potencial ((∆∆V=20 kV ou 30 kV) entre V=20 kV ou 30 kV) entre o filamento (catodo) e um o filamento (catodo) e um eletrôdo de Cobre (anôdo).eletrôdo de Cobre (anôdo).

Válvula - produção de raio-X

Ao atingirem o ânodo de cobre os elétrons são freados bruscamente, emitindo radiação e ionizando os átomos de cobre.

O processo é como um efeito foto-elétrico invertido.

Radiação eletromagnética emitida tem vários cumprimentos de onda.

Page 4: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 20044

Espectro de raio-X do Espectro de raio-X do CobreCobre

Componente continua – bremsstrahlung.Componente continua – bremsstrahlung. Componente discreta – ionização do átomo Componente discreta – ionização do átomo

de Cobre (fenômeno de fluorescência).de Cobre (fenômeno de fluorescência). Mínimo bem definido para uma dada energia Mínimo bem definido para uma dada energia

dos elétronsdos elétrons, , λ min..

λmin

Page 5: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 20045

O fóton de menor comprimento de onda, O fóton de menor comprimento de onda, λ min, seria emitido quando o elétron , seria emitido quando o elétron perdesse o máximo perdesse o máximo (toda) de sua de sua energia cinética durante a colisão (K´=0).energia cinética durante a colisão (K´=0).

Parte continua do espectro - Parte continua do espectro - BremssstrahlungBremssstrahlung

KK

elétron

K´núcleo

Fóton de bremsstrahlung

Efóton = hυ = K – K´

Efóton = hc/λ = K – K´

energia inicial do eletron K = eV = hc/λmin

determinando λmin constante. de Planck

h = eVλmin/c

Page 6: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 20046

Parte discreta do Parte discreta do espectro de raio X espectro de raio X

Elétrons do catodo (filamento) se chocam com os elétrons dos átomos arrancando-os.

A energia do fóton é dada pela diferença de energia das órbitas.

No processo de recombinação

Emissão de fótonEmissão de fóton

Idéia de órbitasIdéia de órbitas Niels BohrNiels Bohr

e-

Page 7: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 20047

Postulado de BohrPostulado de Bohr

• elétrons se movem em órbitas circulares em torno do núcleo.

• apenas certas órbitas discretas de energia são permitidas (estados estacionários).

• os elétrons que se movem numa dessas órbitas não emitem radiação.

• o momento angular L associado a essa órbita é um múltiplo inteiro de h, L=nh.

• ao saltar de uma órbita para outra o elétron solta uma energia E=hv

Mais detalhes experiência do átomo de hidrogênio

Page 8: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 20048

Os números quânticos

Na notação espectroscópica usamos as letras s,p,d,f,h...para especifificar os valores de

l = 0, 1, 2, 3, 4, 5…., respectivamente.

Conventionalmente, as camadas são designadas pelas letras K,L,M...

K , n =1

L , n =2

M , n =3

As sub-camadas correspondem aos valores de l .

n=4, N n=3, M n=2, L

n=1, K

Page 9: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 20049

notação espectroscópica.notação espectroscópica.

De acordo com a mecânica quântica uma descrição completa de um estado dos elétrons requerem 4 números quânticos, n, l, ml e ms.

Símbolo Nome

n número quântico principal

l número quântico orbital

ml número quântico magnetico

ms número quântico de spin

Page 10: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200410

Átomos com muitos elétrons

Devido ao Princípio de Exclusão de Pauli dois elétrons não podem ter um mesmo conjundo de números quânticos (n,l,ml,ms).’ (Wolfgang Pauli, 1929).

Por exemplo a órbita n =1 (camada K) pode ter no máximo 2 elétrons.

n l ml ms

1 0 0 +1/2

1 0 0 -1/2

Símbolo Valores permitidos

n n=1,2,3,4,…

l l=0,1,2,3,…,(n-1)

ml -l, -l+1,…..,(l-1),+l projeção de L

ms +1/2 and -1/2 projeção de s.

Page 11: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200411

preenchimento

Page 12: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200412

Page 13: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200413

Ionização e De-excitaçãoIonização e De-excitação

e-

n=4, N n=3, M n=2, L

n=1, K

K series

L series

M series

K series

L series

Page 14: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200414

λmin

Page 15: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200415

Como medirComo medir

Equipamento para medidas de espectro de raio-X

Lei de Bragg para selecionar os comprimentos de onda.

Contador Geiger para medir quantidade de fótons (raio-X)

Medir quantidade de fótons em função de 2θ

LiF

Page 16: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200416

Cristal de LiFFunciona como uma rede de difração

Raio-X incidente

Raio-X refletido

θ

θ

θ

Lei de Bragg para determinar λ

Page 17: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200417

Conversão deConversão de θθ emem λλ

λ = 2d sen(θ)

Para que haja interferência construtiva

Para n=1

Page 18: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200418

Contador GeigerContador Geiger

Raio-X refletido

θ

θ

θgás

Fenda3mmGeiger

Raio X de comprimento de onda dado pela lei de Bragg

escalímetro

Page 19: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200419

Detector GeigerDetector Geiger

O feixe de raios X interage com a janela de entrada e com o gás do contador Geiger predominantemente através do efeito foto-elétrico.

A energia depositada no detector provoca uma descarga de avalanche e o pulso elétrico produzido é contado num escalímetro.

Page 20: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200420

Espectro de raio – X emEspectro de raio – X emfunção da energiafunção da energia

λmin

Medir número de fótons com o escalímetro Medir número de fótons com o escalímetro e com o detector Geiger em função dee com o detector Geiger em função de θθ..

TransformarTransformar θθ em em λ , λ , λ = 2d sen(θ) Transformar Transformar λλ em E, em E, Efóton = hc/λ Obter espectro de raio – X em termos de Obter espectro de raio – X em termos de

energia.energia.

Page 21: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200421

Experiência de Absorção Experiência de Absorção e Fluorescênciae Fluorescência

Medir a absorção de raio-X de um material em função da energia do raio-X incidente.

Page 22: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200422

absorçãoabsorção

O processo de interação predominante dos raios-X com a matéria de um absorvedor é o efeito fotoelétrico.

I0 = intensidade inicial

IT = intensidade transmitida

Raio-X incidente

A = I0/IT = absortânciaA assortância decresce com o aumento da energia do fóton.

Mas existem descontinuidades de salto correspondentes ao aumento da absorção quando a energia do fóton ultrapassa a energia de ligação de cada camada eletrônica do elemento absorvedor.

absorvedor

Page 23: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200423

0

-5

-8

Energia de ligação (keV)

Emissão Absorção

Fluorescência absorção e re-emissão de raio-X

Page 24: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200424

Page 25: Espectro Raio X

Valdir Guimarães - laboratório de Fisica Moderna - 200425